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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Funções Analíticas

Nome: Benito Daniel Júnior

Código:

Curso: Lic. Ensino de Matemática

Disciplina: Analise Harmónica

Ano de frequência: 4º Ano

Docente: Helder Obra

Quelimane, Maio de 2023


Classificação
Pontuaçã Nota Subtota
Categorias Indicadores Padrões o máxima do l
tuto
r

 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionai  Discussão 0.5
s
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
Análise e cuidada, coerência /
discussão coesão textual)
 Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
Bibliográfica citações e citações/referências 4.0
s bibliografia bibliográficas
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................ 3

1.1. Objetivos ...................................................................................................................... 3

1.2. Metodologias ............................................................................................................... 3

2. Funções Analíticas .............................................................................................................. 4

2.1. O teorema de Laurent sobre desenvolvimento de de funcao analitica f(z em séries de


potências. .................................................................................................................................... 4

2.2. Equações de cauchy-Riemanni ........................................................................................ 7

2.3. Inteiro Representacao grafica dos numeros complexos z1, z2, z1*z2 ............................ 9

3. Conclusão ...................................................................................................................... 10

4. Referência bibliográfica .................................................................................................... 11


1. Introdução

Os números complexos desempenham um papel muito importante nos mais diversos


ramos da Matemática e, através destes, em muitas aplicações em outras áreas. Os números
complexos começaram a aparecer no século XVI e, embora os matemáticos afirmassem que
eles eram inúteis, começaram a usá-los no estudo das equações do 30 grau. Símbolo fi foi
introduzido em 1629 por Albert Girard, já os termos real e imaginário foram empregados pela
primeira vez por René Descartes em 1637

. Com a interpretação geométrica os números complexos se tornaram mais aceitáveis


entre os matemáticos. E, apesar de muitos terem feito essa interpretação, quem a tornou
amplamente aceita foi Carl Friederich Gauss.

Assim como os números complexos a teoria das funções de variável complexa têm se
mostrado uma das mais importantes no contexto global da matemática. Conceitos já
estudados no cálculo de funções de variável real foram estendidos para o plano complexo.

1.1. Objetivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Conhecer as funções analíticas.
1.1.2. Objetivo Específicos
 Apresentar as condições de Cauchy-Riemann;
 Enunciar e demostrar o Teorema de Laurent sobre o desenvolvimento de funções
analíticas em séries de potencia.
 Resolver os exercícios propostos

1.2. Metodologias

De acordo com Marconi & Lakatos, (2003), qualquer pesquisa depende de uma
pesquisa bibliográfica, factores, magnitude e aspectos tomados no passado a partir do material
já elaborados de diversos autores sobre o assunto em análise. Este método permite
compreender as diversas opiniões de autores sobre o tema em pesquisa. Para a materialização
do trabalho utilizou se a técnica de pesquisa bibliografia.

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2. Funções Analíticas

Diz-se que uma função f é analítica numa região R se ela é derivável em cada ponto de R;
f é analítica num ponto z0 se f é analítica numa região contendo z0, por exemplo numa
vizinhança Vδ (z0).

2.1. O teorema de Laurent sobre desenvolvimento de função analítica em


séries de potências.

Teorema de Laurent : Seja f uma função analítica no anel A = {z ∈ C : r < |z − z0| < R} ,
em que 0 ≤ r < R ≤ ∞. A função f tem uma representação em série de Laurent centrada em z0

∑ ∑ ∑

Que é válida para todo z ∈ A. Os coeficientes an são dados por:

Onde γ é o caminho fechado em A: |δ − z0| = s, em que s é qualquer número real tal


que

Demonstração. Sejam γ1 e γ2 círculos concêntricos com centro z0 e raios ρ1 e ρ2, tais


que . Consideremos um ponto z arbitrário tal que ρ1 < |z−z0| < ρ2. Se L
é um arco que liga γ1 e γ2, então o caminho γ = γ2 + L − γ1 − L é fechado. Pela Fórmula
Integral de Cauchy, temos:

Como as integrais ao longo de L e −L se cancelam, vemos que:

∮ ∮

Vamos estudar separadamente cada uma das integrais acima.

Pelo Teorema de Taylor, a primeira integral é dada por:

4
∮ ∑ ∮

∮ ∮ ∮

∮ [ ]

Como:

( ) ( )

Segue que:

∮ [ ( ) ( ) ]

Em que:

∮ ∮

Seja M o maior valor de ao longo de γ1 e d a distância de z a z0, ou seja,

Pois,

5
Assim, pelo Lema de (Desigualdade ML), obtém-se:

| ∮ |

( )

Como ( )

∮ ∑ ∮

Portanto,

∑ ∑ ∑

Onde os coeficientes an foram especificados acima. Outra observação é que, sendo z0


um ponto interior de A e γ um caminho fechado simples em A, podemos reescrever a como

∮ ∮

Facto este que pode ser justificado pelo Princípio da Deformação de Caminhos.

Exemplo: Vamos expandir a função , em uma série de Lourent valida no

domínio anelar

Primeiramente, trabalharemos com a função . Temos:

[ ] [ ]

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Multiplicando por , temos:

[ ] ∑

Observa-se que a parte principal da série converge para |z| > 0 e a parte analítica
converge para |z| < 3. Portanto, a série de Laurent da função converge no

domínio anelar 0 < |z| < 3.

Nota-se que para fazer a expansão em série de Laurent da função não

utilizou-se a fórmula integral ∮ e sim uma manipulacao algebrica da

soma de derie geomrtrica ∑ .

2.2. Equações de cauchy-Riemanni

Equação de CAUCHY-RIEMANN Seja derivável num ponto


. Então o quociente abaixo tem limite com , independentemente do modo
como ∆z tende a zero Dinniz (1997).

Em particular podemos fazer ∆z → 0 por valores reais ∆z = k e separadamente por


valores imaginários ∆z = i

[ ]

[ ]

Como o limite de uma soma é igual à soma dos limites, teremos que existem dois
limites (das partes real e imaginária) portanto:

[ ]

[ ]

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Ou seja, as funções u e v possuem derivadas parciais no ponto (x, y) e valem nesse
ponto a seguintes relações:

Igualando as expressões obtemos as equações de Cauchy- Riemann:

Esta condição é necessária mas não suficiente para garantir a existência de derivada.

Como as equações de Cauchy-Riemann são necessárias mas não suficiente para


garantir a existência de derivada podem ser utilizadas para determinar os pontos onde f não
tem derivada!

i. A condição suficiente para garantir a existência de derivada

Teorema 1 Cauchy-Riemann Seja f : D −→ C uma função complexa de variável


complexa definida num conjunto aberto
∈ . A derivada f(z0) existe (ou seja, f é diferenciável em z0) se e só se as funções u e v
são contínuas e têm derivadas de 1a ordem contínuas numa vizinhança de (x0, y0) e, no ponto
(x0, y0), satisfazem as

Assim, se as derivadas parciais de 1a ordem das funções u e v existem, são contínuas e


satisfazem as equações de Cauchy-Riemann em D então f é analítica em D.

Exemplo: Consideremos a função definida em C.


Temos e

Verificamos que as funções u e v são contínuas e têm derivadas contínuas em todos os


pontos. Pelo teorema de Cauchy-Riemann, é diferençável em todos os pontos em que as
equações de Cauchy-Riemann são satisfeitas, ou seja, em pontos (x, y) tais que:

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Logo f é diferençável nos pontos da recta . No entanto, dado que nenhum ponto
desta recta tem uma vizinhança na qual as equações de Cauchy-Riemann sejam válidas, f não
é analítica em nenhum ponto do seu domínio C.

2.3. Inteiro Representação gráfica dos números complexos z1, z2, z1*z2

a)

b)
√ √

( )
√ √ √ √ √ √

√ √ √ √ √ √

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3. Conclusão

Em geral, uma função de variável complexa também será complexa. Uma teoria de
limites, diferenciação e integração pode ser definida, seguindo, com algumas precauções, as
mesmas linhas das funções de variáveis reais.

A maior diferença é que as partes reais e imaginária da função complexa devem ter
derivadas contínuas de todas as ordens no ponto determinado, mas a função em si pode não
ser derivável. É necessário cuidado no cálculo de funções complexas.

A representação gráfica dessas funções se torna difícil, pois tanto o argumento quanto a
função requer duas dimensões.

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4. Referência bibliográfica

Apostol, T. M. (1969). Calculus, Volume 2 - Multi Variable Calculus and Linear Algebra,
with Applications to Differential Equations and Probability. 2. ed. New York: Wiley.

Ávila, G. (2011). Variáveis complexas e aplicações. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC.

Dinniz G. Zill, Patrick D. Shanaan (1997). Curso Introdutorio a Analise Complexa com
Aplicacoes. 2ª ed

Lakatos, E. M & Marconi, M. A., (2003). Fundamentos de metodologia científica. (6ª


ed.).

Lima, E. L. (2004). Análise real. 8. ed. Rio de Janeiro: IMPA. (Colecção Matemática
Universitária, v. 1).

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