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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Derivadas Parciais

Nome: Benito Daniel Júnior

Código:

Curso: Lic. Ensino de Matemática

Disciplina: CD e IRn

Ano de frequência: 4º Ano

Docente: Helder Obra

Quelimane, Junho de 2023


Classificação
Pontuaçã Nota Subtota
Categorias Indicadores Padrões o máxima do l
tuto
r

 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionai  Discussão 0.5
s
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
Análise e cuidada, coerência /
discussão coesão textual)
 Revisão
bibliográfica
nacional e 2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
Bibliográfica citações e citações/referências 4.0
s bibliografia bibliográficas
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 3

1.2. Metodologias ............................................................................................................... 3

2. Derivadas Parciais ............................................................................................................... 4

2.1. Derivadas parciais da primeira ordem ............................................................................. 5

2.2. Derivadas parciais de segunda ordem ............................................................................. 7

2.3. Teorema de Clairaut-Schwarz-Young ............................................................................. 8

2.4. Aplicação económica ..................................................................................................... 10

2.5. Derivadas parciais de ordens superiores ........................................................................ 12

3. Conclusão ...................................................................................................................... 13

4. Referência bibliográfica .................................................................................................... 14


1. Introdução

Existem problemas no nosso qotidiano que geram funções com duas variáveis
independentes, cujo objetivo encontrar a taxa de variação (derivada) da função considerando
uma como variável independente e a outra como constante. A esse procedimento denominamos
Derivação Parcial.

O resultado dessa derivação é denominado de Derivada Parcial da função. As regras que


utilizaremos para encontrar as derivadas parciais são as mesmas empregadas quando do estudo
das derivadas de funções com uma variável independente.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Entender as derivadas parciais.
1.1.2. Objectivo Específicos
 Debruçar sobre as derivadas de 1ª, 2ª e ordens superiores;
 Apresentar o teorema de Young;
 Aplicar as derivadas parciais no calculo económico.

1.2. Metodologias

De acordo com Marconi & Lakatos, (2003), qualquer pesquisa depende de uma
pesquisa bibliográfica, factores, magnitude e aspectos tomados no passado a partir do material
já elaborados de diversos autores sobre o assunto em análise. Este método permite
compreender as diversas opiniões de autores sobre o tema em pesquisa. Para a materialização
do trabalho utilizou se a técnica de pesquisa bibliografia.

Para estas mesmas autoras, método é o conjunto de actividades sistemáticas e


racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo –
conhecimentos válidos e verdadeiros - traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista.

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2. Derivadas Parciais

De Uma definição análoga pode ser feita para a variável y com as devidas
modificações. Em outras palavras, para calcularmos a derivada parcial de uma função com
duas (ou mais) variáveis, devemos escolher uma das variáveis para calcularmos a derivada e
tratarmos as demais como se fossem constantes Stewart (2006).

i. Sejam A  R2 um conjunto aberto e f: A  R uma função.


a) A derivada parcial de f em relação à variável x, no ponto (x,y)  A é denotada por
f
( x, y ) e definida por:
x

f  f ( x  t , y )  f ( x, y ) 
( x, y )  Lim   ( se existe lim ite)
x t
t 0

b) A derivada parcial de f em relação à variável y, no ponto  A é denotada por


f
( x, y ) e definida por:
y

f  f ( x, y  t )  f ( x, y ) 
( x, y )  Lim   ( se existe lim ite)
y t
t 0

ii. Sejam A  R3 um conjunto aberto e  uma função.

a) A derivada parcial de f em relação à variável x, no ponto  A é denotada por


f
( x, y ) ou fx e definida por:
x

f  f ( x  t , y , z )  f ( x, y , z ) 
( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite),
x t onde y e z são constantes.
t 0

4
b) A derivada parcial de f em relação à variável y, no ponto  é denotada por
f
( x, y, z ) = fy e definida por:
y

f  f ( x, y  t , z )  f ( x, y , z ) 
( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite),
y t
t 0

onde x e z são constantes.

c) A derivada parcial de f em relação à variável z, no ponto  é denotada por


f
( x, y, z ) e definida por:
z

f  f ( x, y , z  t )  f ( x, y , z ) 
( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite),
z t
t 0

Onde x e y são constantes e t é o acréscimo dado a cada variável independente.

De modo equivalente são definidas as derivadas parciais de duas variáveis


independentes.

Sejam A  R2 um conjunto aberto e f: A  R uma função.

Quando calculamos as derivadas parciais de uma função, por exemplo: .


f
Devemos determinar a derivada parcial em relação a (fx = ) (y constante) e depois em
x
f
relação a y (fy = ) (x constante).
y

2.1. Derivadas parciais da primeira ordem

Segundo Leithold (1994), para encontrar as derivadas parciais da primeira ordem de uma
função de duas variáveis , por exemplo, primeiro derivamos em relação a x
(considerando y uma constante), e depois derivamos em relação a y (considerando x uma
constante).

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Exemplos: Calcule as derivadas parciais de primeira ordem de cada função:

w = f(x, y, z) = x2 y z2.

f  f ( x  t , y , z )  f ( x, y , z ) 
a.1) ( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite)
x t
t 0

f  ( x  t ) 2 . y.z 2  x 2 . y.z2   ( x 2  2 xt  t 2 ). y.z 2  x 2 y z 2 


( x, y, z )  Lim    Lim  
x  t   t 
t 0 t 0

 x 2 .y.z2  2xyz2 .t  t 2 . y.z 2  x 2 .y.z2 


Lim    Lim (2 xyz2  t. y.z 2 )  2 xyz2
 t 
t 0 t 0

f  x 2 ( y  t ).z 2  x 2 y z 2   x 2 y z 2  x 2 z 2t  x 2 y z 2 
( x, y, z )  Lim    Lim  
x  t   t 
t 0 t 0

x 2 z 2t
 Lim  Lim x 2z2  x 2z2
t
t 0 t 0

f  f ( x, y  t , z )  f ( x, y , z ) 
a.2) ( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite),
y t
t 0

f  x 2 ( y  t ).z 2  x 2 y z 2   x 2 y z 2  x 2 z 2t  x 2 y z 2 
( x, y, z )  Lim    Lim  
x  t   t 
t 0 t 0

x 2 z 2t
 Lim  Lim x 2z2  x 2z2
t
t 0 t 0

6
f  f ( x, y , z  t )  f ( x, y , z ) 
a.3) ( x, y, z )  Lim   ( se existe lim ite),
z t
t 0

f  x 2 . y.( z  t ) 2  x 2 y z 2   x 2 y ( z 2  2 zt  t 2 )  x 2 y z 2 
( x, y, z )  Lim    Lim  
x  t   t 
t 0 t 0

 2x 2 y.z.t  t 2 . y.x 2 
Lim    Lim (2 x 2 y.z  t. y.x 2 )  2 x 2 yz
 t 
t 0 t 0

Observe que até esse momento resolvemos utilizando a definição, agora vamos resolver
aplicando as regras de derivada.

w = f(x, y, z) = x2 y z2

f f f
 ( x 2 )'.y.z 2  2.x. y.z 2 ,  x 2 .( y )'.z 2  x 2 .z 2 ,  x 2 . y.( z 2 )'  2.x 2 . y.z
x y z

2.2. Derivadas parciais de segunda ordem

Para Leithold (1994), Também podemos derivar derivadas parciais, obtendo derivadas
parciais de segunda ordem. No caso de uma função de duas variáveis reais, podemos derivar
cada uma das duas derivadas parciais da função com relação `a variável x e com relação `a
variável y, de modo que teremos 4 derivadas parciais de segunda ordem:

São as funções resultantes quando utiliza-se duas vezes derivadas parciais da seguinte
maneira:

Seja a função :

 2 z   z  2 z   z 
1)    ou fxx 2)    ou fyy
x 2 x  x  y 2
y  y 
2 z   z  2z   z 
3)    ou fyx 4)    ou fxy
yx y  x  xy x  y 

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De modo semelhante, uma função de três variáveis reais teria derivadas
2
parciais de segunda ordem e uma função de n variáveis reais, n derivadas parciais de segunda
ordem.

Exemplo: Encontre as derivadas parciais de segunda ordem de cada função:

a) z = 3x4 – 4xy – 2y3

Solução:

a) z = 3x4 – 4xy – 2y3

z   z  z   z 
a.1)  12 x 3  4 y     36x 2 a.2)  4 x  6 y 2     12 y
x x  x  y y  y 

z 
a.3)
x

 12 x 3  4 y  12 x3  4 y   4 a.4)
y
z
y
 4 x  6 y 2 
x
 
 4 x  6 y 2  4

2.3. Teorema de Clairaut-Schwarz-Young

Para o caso de uma função de duas variáveis reais, esse teorema afirma que, dada uma
função que tenha derivadas segundas contínuas em um determinado ponto
2 f 2 f
então  . O teorema ´e enunciado a seguir:
xy yx

Teorema 1 – Teorema de Young para funções de duas variáveis reais - dada uma

função definida em uma região D(f) R2 tal que (x0, y0) D(f), se e ,

calculadas em (x0, y0), forem ambas contínuas nesse ponto, então em

Exemplo: calcule todas as derivadas parciais de primeira e de segunda ordens da função


Solução: escrevendo a função na forma de uma potência:

As derivadas de primeira ordem ficam:

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As derivadas parciais de segunda ordem são feitas a seguir:

Para funções de n variáveis reais, onde podemos ter n derivadas


parciais de primeira ordem e n 2 derivadas parciais de segunda ordem, podemos enunciar uma
versão mais geral do teorema 1.

Teorema 2 - Teorema de Clairaut-Schwarz-Young para funções de n variáveis


reais - dada uma função definida em uma região D(f) Rn tal que

D(f), se e , onde i, calculadas em forem

ambas cont´ınuas nesse ponto, ent˜ao em .

Exemplo: calcule todas as derivadas parciais de primeira e de segunda ordem da


função

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Solução: as derivadas parciais de primeira ordem já foram calculadas no exemplo 4 da seção
anterior. A partir delas, calculamos

As derivadas parciais de segunda ordem são

As derivadas parciais de terceira ordem, ficam, então,

2.4. Aplicação económica

Consideremos dois bens relacionados para os quais as quantidades demandadas são x e y


se os respectivos preços forem p e q, então as funções de demanda poderão ser dadas por
e .

Definição 1: Se uma função de produção ´e dada por então u e v são os


insumos de produção. Se f for derivável, a derivada parcial de z em relação `a ´e a
produtividade marginal de u ou o produto marginal de u. Analogamente, a derivada parcial de
z em relação `a ´e a produtividade marginal de v ou o produto marginal Mochón (2007).

Definição 2: Considere as equações em (1), fixe o preço p, e suponha que seja


permitido que o preço q varie, então pode-se esperar que haja variação nas quantidades x e y.
Pelo item 2 da Observação 0.1 se o preço q aumentar, a quantidade y diminui Mochón (2007).

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i. Se um aumento no preço q provocar um aumento da quantidade x diremos que os dois
bens são competitivos. Veja que uma diminuição da demanda por um dos bens
provoca um aumento da demanda pelo outro bem.
ii. Se um aumento no preço q provocar uma diminuição da quantidade demandada x
diremos que os dois bens complementares. Veja que uma diminuição da demanda por
um dos bens provoca uma diminuição da demanda pelo outro bem.

Esta definição pode ser formulada com a negativa das afirmações contida nos ´ıtens I e II
da Definição 2.

Mas, se as funções e g tiverem derivadas de primeira ordem, podemos verificar a


afirmações da definição 2 pela derivada das derivadas parciais das funções . Segue da
Definições 1 que:

é a demanda marginal de x em relação a .

é a demanda marginal de em relação a .

é a demanda marginal de em relação a .

é a demanda marginal de em relação a .

Uma aplicação directa da Definição 2 nos faz ver que:

Exemplo: Seja a função de produção semanal de determinada fábrica:


unidades, em que x = número de trabalhadores qualificados
= 30 e y = número de trabalhadores não qualificados = 60. Qual a variação na produção
semanal dada a contratação adicional de um operário qualificado, sendo mantido constante o
número de operários não qualificados?

Taxa média de variação da produção (Q) em relação ao número de trabalhadores


qualificados = Derivada

No ponto (30,60):

11
=> Ao nível de produção Q(30,60), se x (núm. de trabalhadores qualificados) aumentar em 1
unidade, Q irá aumentar, aproximadamente, em 2100 unidades, mantendo y constante

2.5. Derivadas parciais de ordens superiores

Do mesmo como como derivamos as derivadas parciais de uma função para conseguir
derivadas parciais de segunda ordem, podemos derivar essas novas derivadas sucessivamente,
obtendo derivadas de ordens 3, 4 e, em geral, de ordem n. Por exemplo, uma função de duas
variáveis reais tem duas derivadas parciais de primeira ordem, quatro derivadas parciais de
segunda ordem e oito derivadas parciais de terceira ordem (figura a seguir). Uma função de
três variáveis reais terá 3 derivadas parciais de primeira ordem, 9 de segunda ordem e 27 de
terceira ordem Anton (2007).

No caso geral, uma função de m variáveis reais terá derivadas parciais de ordem n.

Exemplo: calcule todas as derivadas parciais de terceira ordem da função

Solução: as derivadas parciais de primeira e segunda ordem já foram calculadas no


exemplo anterior. A partir delas, calculamos as derivadas parciais de terceira ordem, ficam:

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3. Conclusão

O grande diferencial da matemática é a sua aplicação em situações reias, no intuito de


facilitar a vida em sociedade. O cálculo, desde o seu surgimento, continua a ser aplicado em
vários ramos do conhecimento. Sendo assim, ele é uma importante ferramenta utilizada por
administradores e economistas para se determinar o custo marginal de um produto, sabendo
qual é a sua função de produção. Essa ferramenta utilizada no plano empresarial pode ajudar
as empresas a descobrir qual o custo de se produzir uma unidade adicional de um determinado
produto, facilitando, dessa forma, na no controle dos custos de produção e no aumento da
eficiência sobre os mesmos.

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4. Referência bibliográfica

Anton, H., Bivens, I. e Davis, S. Cálculo. vol. 2. Tradução: Claus I. Doering. 8 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2007.

Lakatos, E. M & Marconi, M. A., (2003). Fundamentos de metodologia científica. (6ª


ed.).

Leithold, L. (1994). O cálculo com geometria analítica. vol.2. 3 ed. São Paulo: Harbra,
1994.

Mochón, Francisco (2007). Princípios de Economia. Tradução de Thelma Guimarães- São


Paulo: Person Prentice Hall.

Stewart, James (2006). Cálculo. Vol. 2. 5 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Swokowski, E. W. Cálculo com geometria analítica. Vol. 2. 2. ed. São Paulo: Makron
Books do Brasil,1995.

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