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SANTO DO DIA – 06 de Agosto

Para o dia de hoje, 06 de Agosto, destacamos para partilha:


• São Hormisdas; e
• Beata Maria Francisca Rubatto.

Mas primeiro, assinalar em breve a Festa que se celebra hoje: a “Transfiguração do Senhor”.

Com alegria, toda a Igreja festeja neste dia, a Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual se encontra
testemunhada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Neste facto bíblico, nós nos deparamos com o
segredo da santidade para todos os tempos: “Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o!” (Mc 9,7)

• A festa da “Transfiguração do Senhor” acontece no mundo cristão desde o século V.


• A Igreja contempla a Transfiguração de Jesus em dois momentos: no segundo domingo da Quaresma e hoje.

O significado dessa festa é, e sempre será, o mesmo que Jesus pretendeu, naquele tempo, ao se transfigurar para os apóstolos
no monte, ou seja, preparar os cristãos para que, em qualquer circunstância, permaneçam firmes na fé no Cristo. Ela nos
convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua
transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galileia. A transfiguração é um sinal da nossa vida futura,
na eternidade, onde também nós dialogaremos com Deus, com Nossa Senhora e todos os santos.

Melhor explicação, só através das inspiradas palavras do Papa João Paulo II, quando nesta solenidade em 2002, nos lembrou
que: “O rosto de Cristo é um rosto de luz que rasga a obscuridade da morte: é anúncio e penhor da nossa glória, porque é o rosto
do Crucificado Ressuscitado, o único Redentor da humanidade, que continua a resplandecer sobre nós (cf. Sl 67, 3)”. Somente
em 1457, esta celebração se estendeu para toda a cristandade, por determinação do Papa Calisto III, que quis enaltecer a
vitória, do ano anterior, das tropas cristãs sobre os turcos muçulmanos que ameaçavam a liberdade na Europa.

S. HORMISDAS, PAPA

Papa da Igreja Cristã Romana (514-523) nascido em Frosinone, Itália, eleito em 20 de Setembro (514) como
sucessor de São Símaco (498-514) de quem fora diácono, cujo pontificado ocorreu a reconciliação entre a
Igreja do Oriente e a do Ocidente, sem dúvida, seu grande feito.

Eleito Papa cuidou de enfrentar a grave situação em que estava envolvida a Igreja de sua época, o cisma
laurenciano, herdado de seu antecessor e provocado pelo antipapa Lourenço (498-515). Após a retratação
dos seguidores de Lourenço, reintegrou-os em sua função e cuidou, em seguida, da conciliação do cisma mais
grave, o Acaciano, criado por Acácio, patriarca de Constantinopla (484), que separava a Igreja do Oriente de
Roma, cujos seguidores aceitavam os concílios de Nicéia e de Constantinopla, mas se negavam ao de
Calcedônia.

As negociações entre o Papa e o imperador do Oriente, Anastácio, fracassaram; e um acordo só foi possível
com o imperador sucessor, Justino, e o patriarca João, que aceitou e subscreveu a Fórmula de fé de Hormisdas
ou Formula Hormisdae (519). Reorganizou a Igreja da Espanha após a invasão dos visigodos e estabeleceu
que os cargos de Bispo não podiam ser comprados com privilégios ou donativos.

Casado, antes de ser ordenado presbítero, seu filho Silvério seria eleito Papa (536).

Foi no seu pontificado que São Bento fundou a Ordem dos Beneditinos e construiu a célebre abadia de Monte
Casino, destruída por um bombardeio (1944).

O Papa de número 52, morreu em 6 de Agosto (523) em Roma e foi sucedido por São João I (523-526).
BEATA MARIA FRANCISCA RUBATTO

Em Carmanhola, cidade agrícola de intensa actividade pastoral, próxima de Turim, nasceu Ana Maria Rubatto,
em 14 de fevereiro de 1844, numa família simples e cristã. Desde a infância, fez voto de virgindade,
recusando, mais tarde, um casamento vantajoso. Aos dezenove anos, após algumas tragédias familiares, como
a morte de alguns irmãos pequenos e a perda dos pais, deixou a cidade. Foi para Turim, onde residia sua irmã
mais velha.

Durante cinco anos, dedicou-se às obras de caridade, fazendo parte da equipe de auxiliares do futuro são João
Bosco, no seu Oratório. Lá, a rica e nobre senhora Scoffone, também pia e caridosa, fez dela sua filha adoptiva.
Levou-a para viver em sua casa e tornou-a sua conselheira na administração do seu patrimônio. Ao morrer,
doou tudo, em testamento, para as obras dos padres do Cotolengo de Turim. Os anos vividos ao lado da
senhora Scoffone foram de intenso empenho espiritual e caritativo.

Após o falecimento da protectora, voltou para junto de sua irmã. No verão de 1883, costumava ir para o
balneário de Loano, na Riviera da Ligúria, onde ajudava as famílias e cuidava dos pescadores doentes em suas
casas, dando, também, assistência às crianças abandonadas. Nesse local, uniu-se a um grupo de senhoras pias
que se dedicavam às obras de caridade. Esse pequeno núcleo iniciava-se numa vida comunitária religiosa,
inspirando-se no ideal de São Francisco de Assis, sob a direcção do capuchinho Padre Angélico.

Logo o Padre percebeu que Ana Maria tinha uma fantástica capacidade organizadora de obras de caridade e
que sua vocação missionária era emocionante, só voltada para a salvação das almas. Por isso o próprio Padre
Angélico incentivou-a a criar um novo Instituto. Em Janeiro de 1885, vestiu o hábito religioso franciscano,
junto com algumas das senhoras. Nascia a família religiosa das Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano,
depois chamadas Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto, com a finalidade de dar assistência aos enfermos,
especialmente em domicílio, e proporcionar a educação cristã da juventude.

Ana Maria emitiu os segundos votos em 1886, tomando o nome de Maria Francisca de Jesus. Foi eleita a
primeira madre superiora do Instituto, cargo que manteve até a morte.

A sua obra difundiu-se rapidamente na Itália e também na América Latina. A partir de 1892, madre Maria
Francisca começou a viajar para o Uruguai, a Argentina e o Brasil. Em 1895, fundou a primeira casa do seu
Instituto fora do seu país, no Uruguai. Depois, acompanhou um grupo de religiosas à Missão de Alto Alegre,
no Maranhão, Brasil, onde, em 1901, sete delas morreram mártires sob um dos ataques dos índios. A
Argentina também recebeu a semente da sua Obra.

Ao todo, foram vinte casas abertas nos vinte anos do seu governo, todas organizadas e fundadas por madre
Maria Francisca. Estava no Uruguai, em Montevidéu, quando adoeceu. Foi um exemplo cristão até no
sofrimento. Morreu em 6 de agosto de 1904, nessa cidade, onde foi enterrada na capela da primeira casa
fundada em terras estrangeiras.

O papa João Paulo II proclamou-a, solenemente, a “primeira bem-aventurada do Uruguai” em 1993. A


celebração da bem-aventurada Maria Francisca Rubatto deve acontecer no dia de sua morte.

Outros Santos do mesmo dia: Beato Tadeu Dulny, Santos Justo e Pastor, Santa Alberta, Beato Carlos Lopes
Vidal e Beato Otaviano de Sabóia.

São Hormisdas, Beata Maria Francisca Rubatto e Todos os Santos do dia, rogai por nós!

Fonte da Informação:
- Vatican News; - Nossa Sagrada Família; - Editora Cleófas; e,
- Portal São Francisco.
Compilação e apresentação:
Amâncio A. Nguluve
Maputo, 06/08/2020

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