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*TEXTO: ANA, ZÉ E OS ESCRAVOS

EXERCÍCIOS DE COMPREENSÃO TEXTUAL

1. Antes de mais faz uma breve pesquisa, informa-te e esclarece-te sobre a época histórica em que
se enquadra a temática do texto.

2. Observa com atenção as seguintes expressões e esclarece toda a carga simbólica que esta
linguagem encerra, ligando as expressões do lado A às do lado B (Valor simbólico – o que
representa):

Expressões – Lado A Valor simbólico – Lado B


A. Actores de escuro encolhem-se, ajoelham-se 1. Pais saudáveis e filhos queridos.
(com) medo, expectativa, avançam 2. Escravos amontoados no porão do barco como
cautelosamente hesitantes, distraídos envolvem- simples mercadoria.
se e enredam-se no tecido. 3. Apanhados e vendidos para serem levados
B. Galinhas e ovos como escravos – ou “submissão dos escravos”.
C. Guerreiros de branco… depositam no chão uma 4. Produto trazido europeu para a troca comercial
imensa peça de tecido branco. com os escravos – ou troca de objectos por
D. Empurrados com a ajuda das grades para o escravos.
fundo do espaço cénico

3. Faz a correspondência correcta.

1 Os presentes no Tribunal do Escravo, A ...era conhecido como um criminoso que dividia o que
assumiam... roubava com os mais necessitados.
2 D. Ana é facilmente caracterizada B ...comerciante de escravos, nobre de origem angolana.
como...
3 D. Ana apresenta uma postura C ... como forma de se dedicar à valorização dos frutos da
contraditória na cena Tortura e terra.
decreto, pois...
4 Na cena Missa, D. Ana revela seu D ...de se dedicar ao tráfico ilegal de escravos.
interesse pela abolição do tráfico de
escravos...
5 Zé do Telhado, referido numa conversa E ...era claramente criminoso, afinal cúmplice e
no Salão de D. Ana,... conhecedor do tráfico ilegal.
6 Durante um jantar o governador F ...apesar de lembrar aos servidores que tinha
mostra a sua crença em que D. Ana terminando a escravatura, dá indícios que não
terminara o tráfico de escravos... cumpriria com o decreto.
7 A cena sete demostra claramente as G ...que os negros não mereciam a liberdade a eles
intenções da comerciante... restituída.
8 O padre, apesar dos discursos a favor H ...como uma oportunidade de negócio, por conta do
da abolição da escravatura... aumento da procura.

4. Atenta às três primeiras cenas do momento 2.


a. Através das palavras da D. Ana é anunciado o tempo em que decorre a acção. Identifica-o.
b. A ordem inicial de D. Ana (“Parem com isso!”) e as palavras que se seguem induzem o
espectador em erro relativamente àquilo que efectivamente D. Ana pensa sobre o fim da
escravatura. Explica esta afirmação.
c. Quem era o escravo referido no momento 2?
d. Na didascália inicial da peça (“Elementos de cenografia”), o autor apresenta o seguinte
esclarecimento: “As mudanças de cena fazem-se à vista do espectador e não há qualquer
intervalo ao longo da obra."
Indica de que forma o autor sugere que se faça uma ligação entre esta e situação/cena
seguinte

5. Relê a Situação 3.
5.1. Todo o discurso inicial do Padre vai no sentido da condenação de prática da escravatura.
5.1.1. Transcreve os adjectivos e os nomes utilizados para caracterizar tal prática.
5.1.2 Indica o grau em que se encontram os adiectivos e justifica o seu emprego.
5.2. Prova que o Padre não acredita nem concorda com o discurso que proferiu publicamente.
5.2 1. Como explica ele o facto de o ter proferido?
5.3. O Padre regozija-se por D. Ana prever uma melhoria nos seus negócios à custa de um
aumento previsível do tráfico de escravos. Que argumento invoca para justificar a defesa da
manutenção da escravatura?
5.4. Como classificas as palavras finais do Padre nesta cena? Escolhe entre as seguintes:
sensatas, irônicas, hipócritas, justas, apaziguadoras, cínicas.
5.5. Indica a função crítica desta cena.

6. Relê, finalmente, a Situação 4.


6.1. Transcreve o título desta cena e enumera os nomes das personagens que nela intervêm.
6.2. Como justificas que entre as personagens não se encontre qualquer escravo, apesar do
título escolhido?
6.3. O que une todas as personagens?
6.4. Justifica o facto de nenhuma das personagens ser identificada por um nome próprio.
6.4. 1. Poder-se-á aqui falar da existência de personagens-tipo? Explica a tua resposta.
6.5. Recolhe, das falas das personagens, passagens que revelem as relações então existentes
entre senhores e escravos, brancos e negros.

7. Seleciona para cada afirmação a opção melhor responda a interpretação correcta do texto.
7.1. Na pág. 48, o actor que permanece de pé é uma personagem tipo que representa:
a) Todos os aventureiros coloniais; c) Os homens livres da época;
b) Todos os que não queriam confusão; d) Todos os que se bateram contra o colono.
7.2. «Luz azul, … actores vestidos de escuro…» pág. 48. Isto tem como valor simbólico:
a) O céu e as nuvens em tempo chuvoso; c) A paz que reinava no mar;
b) A vida luxuosa que se levava; d) A paz que reinava entre os autóctones.
7.3. Um actor de escuro sobe numa caixa negra e narra. Pág. 49. O tempo histórico desta peça é:
a) O antes da presença colonial; c) O colonial;
b) O pós-colonial; d) O neocolonial.
7.4. Na pág. 52, o degredado diz: «Eu, apesar da minha situação (…) essa gente bestial…». Aqui, vê-
se que este era:
a) Muito desprezado em Angola; c) Simplesmente um escravo;
b) Mais respeitado do que os autóctones; d) Superior a todos.
7.5. Na pág. 53, a Ama diz: «Ruína, tu? … o Nosso Senhor pode castigar-te.» Aqui, vê-se a ideia de
que:
a) Nunca houve riscos na vida; c) Deus não protege os fortes;
b) D. Ana estava muito segura; d) Eram ajudados por Deus nas suas façanhas.
7.6. Olhando para a conversa entre o Padre e o Capitão, na pág. 55, pode-se concluir que:
a) Este tinha temor por tudo e pelo padre; c) Era um homem inseguro;
b) Este podia temer a tudo menos ao padre; d) O padre era muito recto.
7.7. Na pág. 58, o Capitão diz: «Aquelas carcaças ne cérebro têm, quanto mais alma…»
Aqui, revela-se:
a) O grande desdém que se tinha para com a ¨carga¨ de humanos;
b) O grande desprezo para com toda a criatura;
c) A vontade da emancipação racial;
d) O papel da Igreja em Angola

8. Faz a adequada correspondência entre as três colunas.

Trecho| Exemplo Marca Função


1. “O que será de nós neste ambiente a. Dá mais enfoque ao receptor. I. Apelativa
hostil? Quem nos vai trazer a cera, a Caracterizada por uma linguagem
borracha e o marfim do interior...” persuasiva que tem o intuito de
convencer o interlocutor.
2. O Cristianismo, a primeira religião b. Marcada pela subjectividade, II. Poética
que proclamou todos os homens cumprindo o papel de emitir opiniões,
irmãos... emoções, desejos, sentimentos,
expressões individuais na mensagem.
3. “Parem com isso!” c. A intenção é a de construir uma III. Referencial
mensagem que valoriza a forma em sua
elaboração, o sentido conotativo.
4. “Não tem encantos mil a noite d. Enfatiza o contexto, determinada pela IV. Emotiva
escura| não deleita então mais um objectividade, carácter informativo do
roxinol?! texto.

8. Dado o extracto: «Ilustríssimo e Excelentíssimo Barão de Santa Comba Dão… eu sou uma viúva, não tenho
Pai, nem filho, nem irmãos; a fraqueza do meu sexo me não permite o que a honra me tem ditado, mas para
uma afronta há um punhal.»
5.1. Identifica o registo de língua e justifica.
5.2. Considera a mesma ideia numa situação menos formal, familiar numa conversa entre dois
conhecidos muito próximos. Como seria dito o trecho?

9. Completa o texto, com as palavras|expressões do quadro.


Movimentação Cena Dramático Espectáculo Dramaturgo Espectador Discurso actores
Verso Personagem Didascálias Encenador Prosa Texto Principal Representação diálogo

O texto ____________________, escrito pelo ___________________, tem como objetivo máximo a


________________________. Aí os __________________, que encarnam as ____________________
conduzem o ____________________ perante o _________________.
Qualquer texto dramático pode ser escrito em ________________ ou ________________, mas a
modalidade do _________________ que predomina é o ____________________.
Há que distinguir, no ___________ dramático, o texto ______________ do texto secundário ou
_________________. Estas permitem ao __________________ compreender melhor a _________________
das personagens em _________________ tal como o autor as concebeu.

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