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Romantismo no Brasil:
C4
Compreender a Arte como saber
cultural e estético gerador de
significação e integrador da
A Prosa Romântica
organização do mundo e da própria
identidade.
C5
H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas,
Analisar, interpretar e aplicar padrões de beleza e preconceitos artísticos.
recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando
contextos, mediante a natureza,
função, organização, estrutura das
aspectos do contexto histórico, social e político.
manifestações, de acordo com as H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no
condições de produção e recepção.
patrimônio literário nacional.
Obras Neorromânticas
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Romantismo
Para lembrar:
A Moreninha
Publicada originalmente sob a forma de FOLHETIM, a obra é considerada o
primeiro romance da Literatura Brasileira. O gênero alcançou de imediato grande
popularidade ante ao público leitor.
Romantismo
Romances Românticos
Romance Indianista
Romance Histórico ELEMENTOS
Romance Regionalista DA
NARRATIVA
Romance Urbano
Romance Gótico
Romantismo PROSA ROMÂNTICA
Os romances românticos brasileiros tiveram grande aceitação pelo
público burguês à época.
CARACTERÍSTICAS
➔ Estrutura folhetinesca
➔ Maniqueísmo: o triunfo do bem e a punição do mal, com intenção
moralizante.
➔ Literatura de cor local, que procurava detalhar os costumes da
época.
➔ Comunhão entre a natureza e os sentimentos dos personagens.
Romantismo
CARACTERÍSTICAS
➔ Personagens lineares (comportamento previsível) Os protagonistas
normalmente são dotados de todas as virtudes físicas e morais, e os
antagonistas são claramente caracterizados como tais.
Homem
Separação Reconciliação
Intrigas
Mulher
A literatura produzida no Brasil no Período Colonial é concebida por críticos literários como precedente à
literatura brasileira de fato. Entre os aspectos que fundamentam essa interpretação, observa-se nesse
excerto o(a)
ALENCAR, José de. Senhora. Disponível em: http://objdigital.bn.br. Acesso em: 1 out. 2021.
No poema, a literatura e a vida são unidas de forma indissociável, principalmente por meio de
Análise Literária
➔ Escrito em folhetim 1857.
➔ Imagens poderosas, trama nem tanto.
➔ Narrativa começa em 1604 – flashback.
➔ Narrador 3ª pessoa – onisciente.
➔ Espaço é o planalto fluminense, a Serra dos Órgãos, às margens do rio Paquequer, afluente do
rio Paraíba.
➔ A ação principia e termina tendo o cenário o Paquequer; imagem primeira - primordial, plena e
pura - associa à figura nuclear do protagonista, Peri:
➔ "filho(s) indômito(s) desta pátria de liberdade", mas também "vassalo(s) e tributário(s)": o índio,
de sua "senhora", Cecília Mariz; o rio, "desse rei das águas", o Paraíba.
O Guarani, José de Alencar
Romance “heróico ou epopéia nacional”
➔ Ceci era a cópia física das heroínas românticas européias e Peri, o índio
alto de beleza selvagem, retratava o perfeito cavaleiro medieval
apaixonado, sempre pronto para servir sua senhora.
Protagonistas:
PERI – Cacique dos goitacás, rapaz alto, cabelo preto, “dentes Alvos e rosto
oval de beleza selvagem”. Apaixonado por Ceci.
CECI – Com olhos azuis e longos cabelos louros, Ceci tinha 18 anos e obedecia
à severa educação dos pais. Sonhava com um príncipe encantado protetor e se
apaixona por Peri.
.
O Guarani
Análise Literária
➔ Escrito em folhetim 1865.
➔ Relação amorosa entre Iracema e Martim metáfora da história da colonização da
América.
➔ Conforme Machado de Assis, poema em prosa, devido ao trabalho com a linguagem.
➔ Obra disposta em capítulos curtos que sobrepõe imagens e comparações, para
sugerir o nascimento de um novo mundo.
Iracema
Análise Literária
➔ Inocência foi publicado em 1872.
➔ Taunay revela com muita sinceridade seu relacionamento com uma jovem que
conheceu no Mato Grosso, fato que nos leva a perceber a origem mais íntima da
personagem central de Inocência, modelo da mulher sertaneja imaginada pelo autor.
➔ O narrador nos mostra o choque de duas concepções de mundo extremamente
diferentes. Pereira, homem do sertão, preso a padrões estritos de comportamento,
mantém sua bela filha Inocência reclusa.
➔ Nesse romance, o rigor do observador militar que percorreu os sertões mistura-se à
capacidade imaginativa do ficcionista. O resultado é um belo equilíbrio entre a ficção e a
realidade, raramente alcançado na literatura brasileira até então.
Inocência, Visconde de Taunay
Temática da obra
❖ Trama amorosa.
❖ Choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão que se hospedara
na casa de Pereira à procura de borboletas, evidenciando as contradições entre o
meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.
❖ Sofrimento – o sertanejo em busca de seus objetivos caminha por longas distâncias,
sendo que no percurso, existe a dificuldade do abrigo.
❖ Simplicidade – observada por meio do comportamento e dos diálogos entre as
personagens típicas.
❖ Contradições – Pereira e Meyer.
❖ Amor impossível – amor tão puro e verdadeiro que por falta de condições de
existência preferiu a morte, ou pelo menos, foram levados a ela.
❖ Honra – Pereira, em nome da honra, sacrifica sua própria filha, pois sua palavra está
acima de tudo.
❖ Beleza – por meio da paisagem do sertão e da Inocência.
Inocência, de Visconde de Taunay
O sertão e o sertanejo
“Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz
das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em
vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso
ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na
touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por
débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a
contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela.
O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo,
vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da
avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes
passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É
cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou
por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca
vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.”
O Seminarista, de Bernardo Soares
“Eugênio já tinha entrado para a terceira classe de latim, e, começando
a traduzir o livro dos Tristes de Ovídio e as Églogas de Virgílio,
sentiu-se tomado de um vivo gosto pela poesia. Para isso o predispunham
sua terna sensibilidade e ardente imaginação. Só esperava a mão que
viesse correr aos olhos de sua inteligência inexperta o véu que encobre
esses desconhecidos e encantados horizontes, essas paisagens
fantásticas e deslumbrantes, tão cheias de magia, de luz e de harmonia,
em que os espíritos elevados encontram tão grato abrigo contra a
insipidez e as asperezas da vida real.
Virgílio, de um lado, e Ovídio, do outro, deram-lhe as mãos e o
introduziram no templo da harmonia.”
O Romance
Urbano e o Gótico
“Senhora”
José de Alencar
A estrutura: Quatro Blocos
Preço • Negócios
Quitação • Interesses
Posse • Transações
“Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia
reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o merecimento relativo
de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores
pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial”.
a) representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob
a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
b) mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as
relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor
monetário.
c) é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do
amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
d) denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão
dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
e) tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro
como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo
nacional como os valores da vida urbana.
“Memórias de um
sargento de milícias”
Manuel Antônio de Almeida
Quebra da fórmula romântica
O enterro saiu acompanhado pela gente da amizade: os escravos da casa fizeram uma algazarra
tremenda. A vizinhança pôs-se toda à janela, e tudo foi analisado, desde as argolas e galões do
caixão, até o número e qualidade dos convidados; e sobre cada um dos pontos apareceram três ou
quatro opiniões diversas. (Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um sargento de milícias)
a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses.
b) são apresentadas como consequência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização.
c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista.
d) ocorrem com frequência no grupo social mais amplamente representado.
e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico.
“Noite na Taverna”
Álvares de Azevedo
Literatura Gótica: Origens e Características
Anticlericalismo
O Sublime
Literatura Gótica: Origens e Características
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
➔ Enredo – narrativa composta por sete capítulos:
“A noite ia alta; a orgia findara. Os convivas dormiam repletos, nas trevas. Uma luz raiou súbito pelas fisgas da porta. A porta
abriu-se. Entrou uma mulher vestida de negro. Era pálida; e a luz de uma lanterna, que trazia erguida na mão, se derramava
macilenta nas faces dela e dava-lhe um brilho singular nos olhos. Talvez que um dia fosse uma beleza típica, uma dessas
imagens que fazem descorar de volúpia nos sonhos de mancebo. Mas agora com sua tez lívida, seus olhos acesos, seus
lábios roxos, suas mãos de mármore, e a roupagem escura e gotejante da chuva, disséreis antes – o anjo perdido da loucura.”
(AZEVEDO, Álvares. “Último Beijo de Amor”. In: Noite na Taverna e Poemas Escolhidos. São Paulo: Moderna, 1994, p. 58.)
O trecho transcrito acima pertence à obra “A Noite na Taverna”, de Álvares de Azevedo. Sobre essa narrativa, é correto afirmar
que
a) a noite, extrapolando o aspecto natural, significa um meio psicológico e afetivo, correspondendo à visão lutuosa e
desesperada do amor, ligado à morte, criando imagens satânicas.
b) a noite, reproduzindo o aspecto natural, tangencia o satanismo, uma vez que a visão do amor desesperado e lutuoso destoa
da concepção romântica característica do Mal do Século.
c) as imagens satânicas, ligadas à morte, e à visão lutuosa, desesperada do amor, recriam essencialmente o aspecto natural
da noite, originando o elemento feminino da narrativa.
d) a visão lutuosa e desesperada do amor, destoando do meio psicológico e afetivo, liga-se à morte
por intermédio das imagens satânicas originadas do elemento feminino da narrativa.
e) enfoca um conflito entre gerações, que se diferenciam pela idade e pelos interesses profissionais.