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Wellington Barbosa1
RESUMO
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Graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Betel Brasileiro.
2
ABSTRACT
Analyzing the educational practice throughout the middle ages shows the importance
of the reformist actions of the sixteenth century in the democratization of teaching,
curricular and pedagogical revision. Despite the deficiencies in the educational model
in force in the Middle Ages, the emergence of schools and universities is identified in
the period. The Protestant ideals were closely linked to education. As a result of the
principles of the Reformation, there was an emphasis on the need for reading,
understanding and interpretation of the Bible, and therefore, it is fundamental to offer
instruction to people. Faced with this reality, there was a need to offer a general and
more comprehensive education, since all should read the holy Scriptures, without
distinction and discrimination, to know the will of God and accept the commandments
recorded therein. The Bible became the most widely read book in Europe in the
seventeenth century. The reform movement left indelible markings on society, not
only its age, but the ideals defended by the reformers reach countless generations.
The Protestants who adhered to the movement led by Luther did not remain stagnant
on the educational question and were fundamental to the formation of the pedagogy
that we find until today.
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INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, ao se falar sobre o direito à educação, logo surgem à mente
algumas características intrínsecas a esse debate, como o fato de que ela deve ser
para todos e oferecida gratuitamente, sendo obrigatória sua frequência em
determinado nível de ensino, e ainda, de que cabe ao Estado, se responsabilizar
pela sua oferta e manutenção. Nesse sentido, é ampla a produção científica sobre o
direito à educação mediante a vertente de análise da educação como um direito
social, que teria surgido como fruto da Revolução Francesa2, no século XVIII.
Entretanto, apesar dos princípios de universalidade, gratuidade, laicidade e
obrigatoriedade que compõem este direito como o que se concebe hoje serem
muitas vezes apresentados como conquista da Revolução Francesa (Lopes, 1981),
esses podem ser identificado em um período anterior, em especial no final da Idade
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Revolução Francesa: Foi um processo social e político que decorreu entre 1789 e 1799 em França e
que, com o tempo, se estendeu noutros países. Disponível em: < https://conceito.de/revolucao-
francesa>. Acesso em 26 Fev. 2018.
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Média – início da Moderna, fruto do pensamento educacional de alguns dos
principais reformadores, como será mostrado nesta parte.
Sobre a força da atuação da Reforma e seus reformadores, também nas
questões educativas, Manacorda (1989, p. 199) diz que:
1. A REFORMA E A EDUCAÇÃO
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algumas das melhores instituições de ensino da época. Em consequência disso, os
protestantes deram grandes contribuições à área educacional, como a criação de
importantes universidades que até hoje oferecem valiosos serviços às suas
coletividades.
É verdade que as universidades não foram uma invenção protestante. Sobre
isso Matos (1996) escreve: ―No início do século 16, ou seja, no alvorecer da
Reforma, havia mais de cinquenta universidades na Europa, [...] todas com forte
identidade católica romana‖. (MATOS, 1996) As mais antigas e famosas eram as de
Bolonha (1190), Paris (1208) e Oxford (1208).
No entanto, algumas dessas instituições passaram a receber nítida
influência protestante; mais tarde, os partidários da Reforma criaram suas próprias
universidades. Estas e aquelas passaram a refletir em seus currículos a nova
cosmovisão protestante. A partir do século 18, essa cosmovisão sofreria grandes
abalos com o surgimento do Iluminismo, mas este assunto não é objeto desta
pesquisa.
A Reforma, com seu princípio de sola Scriptura e a ênfase paralela no direito
do livre exame das Escrituras, produziu um renovado interesse pela educação. A
Bíblia era um livro que devia ser lido, estudado e corretamente interpretado, o que
exigia que as pessoas soubessem ler e tivessem um bom preparo intelectual. Lutero
insistiu na educação do homem comum e incentivou os pais a cumprirem o dever de
proporcionar educação aos seus filhos. Ele também resgatou a prioridade do lar no
processo educacional.
O estudo do pensamento educacional de Melanchthon também é de grande
relevância para melhor se compreender as matrizes do ensino humanístico, que
fincaram profundas raízes nos conteúdos e métodos dos colégios secundários,
liceus3 e cursos superiores do Ocidente, dos séculos XV às primeiras décadas do
século XX. Essas raízes se manifestam no grande prestígio dado aos ensinos das
línguas clássicas, análise dos clássicos e da gramática. Além disto, ao estudar esse
importante reformador, serão revelados aspectos da visão melanchthoniana
3
Liceus: Eram é o tipo de estabelecimento de ensino onde são ministrados os três últimos anos do
ensino secundário, aos adolescentes com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Liceu>. Acesso em 06 Mar. 2018.
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presentes no desencadeamento da Reforma Protestante, que tiveram repercussões
na relação entre escola, religião, governo e povo, elementos fundamentais para a
constituição do que se passou a nomear de escola moderna.
A cerca da relação entre a Reforma Protestante e o Humanismo vigente no
final da Idade Média, Luzuriaga (1975) também afirma: ―A reforma religiosa, a
Reforma por antonomásia4, é parte do grande movimento humanista da
Renascença: é sua aplicação à vida religiosa.‖ (LUZURIAGA, 1975 apud. SILVA,
2010, p. 17). É importante registrar outro relato importante do autor ( apud. SILVA, 2010,
p. 17) diz que:
Calvino foi ainda mais enfático nessas questões. Em sua obra magna, as
Institutas, ele caracterizou a Igreja como ―mãe e mestra‖ dos fiéis, aquela que os
leva ao conhecimento de Cristo e depois os nutre e orienta durante toda a sua vida
cristã. Nas Ordenanças eclesiásticas (1542), ele insistiu que a Igreja devia ter uma
classe de oficiais voltados exclusivamente para o ensino, os mestres ou doutores.
Em 1559, Calvino fundou a Academia de Genebra, embrião da atual
universidade de mesmo nome. Os três reformadores – Lutero, Melanchthon e
Calvino, escreveram, dentre muitas coisas, catecismos que se tornaram um dos
mais valiosos recursos para a educação cristã ao longo dos séculos. Outro
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Antonomásia: Trata-se da substituição de um nome próprio (de uma pessoa, povo, cidade ou país,
ser real ou ficcional) por um nome comum e vice-versa, de modo que ambos os nomes utilizados
tenham uma relação lógica e inconfundível entre si. Na linguagem coloquial, geralmente o uso de
apelidos representa o emprego da antonomásia. Disponível em:
<https://www.infoenem.com.br/figuras-de-linguagem-antonomasia-e-perifrase/> Acesso em 25 Fev.
2018.
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importante meio de instrução religiosa era o culto e seu ponto central, a pregação. A
ênfase no ―sacerdócio de todos os crentes‖ e o entendimento de que as verdades
cristãs devem permear todas as áreas da existência tiveram um impacto salutar na
educação cristã e geral. Em consequência de suas ações, não só as Igrejas tinham
um sólido programa educacional, mas surgiu um sistema de escolas mantidas pelo
Estado visando tornar a educação disponível a todos.
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degenerado que se falava naquela época. Felipe sinalizou para a importância do
estudo da história, das ciências naturais e das matemáticas Rupp (1996 apud Ulrich
e Klug 2016). De acordo com Scheible (2013, p. 31-32):
[...] a ignorância é a maior adversária da fé, por isso deve ser combatida
(não só no nível da infância) mediante uma radical reforma das escolas e
uma recuperação da autoridade cultural e moral dos educadores.
Ao que parece, seu objetivo era fornecer uma formação para exclusivo
benefício dos reformados. Prova disso está em seu discurso inaugural da
escola fundada em 1526 em Nuremberg (In laudum novae scolae), no qual
apregoa que a finalidade da escola é promover a ―piedade evangélica‖.
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O curso dos estudos está dividido em: a) Primeiro – Destina-se aos
principiantes, mormente, à aprendizagem dos primeiros rudimentos do latim,
através dos estudo de alguns simples fragmentos de Catão e de Donato; b)
O segundo – É endereçado predominantemente ao estudo da gramática,
através de Terêncio e Virgílio; c) O Terceiro – É orientado para a dialética e
a retórica, através de Salústio, Lívio, Horácio, Ovídio e Cícero. Neste
terceiro nível, os melhores alunos são iniciados no conhecimento do grego e
do hebraico, da matemática e das artes. Além de elencar de maneira muito
detalhada as matérias de estudo e até as suas horas de ensino, o plano
fornece indicações úteis sobre o método de aprendizagem que dá muito
espaço à leitura e à conversação, mais que à gramática e a sintaxe, cuja
utilidade não é, todavia, posta em dúvida para o melhor aprendizado e uso
da língua. Ainda no nível universitário renova o curso dos estudos com a
introdução de novas matérias, entre as quais a matemática, até então
ensinada para fins meramente prático-comerciais, e de uma mentalidade
humanista geral (filosófica e literária), em vista da realização de uma religião
culta e eloquente (CAMBI, 1999, apud LOPES, 2006, p. 75-76).
De acordo com Rupp (2011 apud Ulrich; Klug 2016), para o professor Felipe
Melanchthon, devido a sua formação e base humanística, todo trabalho de educação
precisa estar baseado numa clara concepção antropológica. Sem esta clara noção
da origem, causa e finalidade do ser humano não é possível desenvolver uma ação
pedagógica proveitosa. Melanchthon estava apegado a um certo otimismo
antropológico, enraizado na crença de que o ser humano, se é educado e formado
adequadamente nos valores humanos, é por si só capaz de melhorar a situação do
mundo. Segundo Rupp (1996, p. 665), em confronto com o movimento dos
entusiastas, pois estes rechaçavam todo o saber e também o batismo de crianças.
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Melanchthon defendia o batismo de crianças, pois a partir de sua concepção
antropológica, ele entendia que também elas iriam se desenvolver na fé. Na língua
alemã aparece muitas vezes o termo schwärmer, que lembra um enxame de
abelhas que voa confusamente em torno da colmeia (comunidade), desejando
somente colher o mel. ―Para os grupos entusiastas a educação não era importante.
Tudo era fruto da inspiração do Espírito‖ (BIRNSTEIN, 2010, apud Ulrich; Klug,
2016, p. 159). Melanchthon valorizou, também, o conhecimento científico, mesmo
que ele cresse que o saber nunca deveria se converter num fim em si mesmo, mas
que teria que permanecer sempre à serviço da teologia e do conhecimento de Deus.
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o estudante deve treinar seu estilo e sua linguagem. 2. Na segunda parte, o
regulamente universitário de Melanchthon trata da conduta geral dos
estudantes. Quem for piedoso e correto não precisa de leis. A
espiritualidade (pietas) aprende-se na Bíblia, já a humanitas e a civilitas
(civilidade), com os antigos oradores e poetas (…). Portanto os estudantes
devem andar decentes, vestir-se com dignidade e cumprimentar seus
superiores. As proibições são: forçar portas, devastar jardins, prostituição,
bebedeira, panfletos difamatórios, berreiros e tumultos na rua. Tudo isso
está proibido no direito imperial (romano). Mas como a universidade é um
organismo com jurisdição própria, a ameaça de punição parte diretamente
do reitor. Além disso, o príncipe- eleitor proíbe todo e qualquer porte de
armas (SCHEIBLE, 2013, p. 38-39).
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Donato: Bispo cismático de Cartago (313-47), também chamado Donato de Magno. É precursor do
movimento conhecido como donatismo que surgiu no século V. (ELWEL, A. Walter. Enciclopédia
histórico-teológica da Igreja Cristã. São Paulo-SP: 2009)
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Catão: Marco Pórcio Catão (em latim: Marcus Porcius Cato; c. 73 a.C.–42 a.C. (31 anos)) foi um
político da gente Pórcia da República Romana. A princípio, assinava-se também com seu terceiro
nome, Prisco, mas depois, provando seu grande senso e sua suficiência, foi denominado Catão,
porque os romanos chamam ao homem sábio, de grande clarividência, Catão. Disponível em:<
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As crianças deviam se exercitar até que soubessem ler fluentemente,
conhecendo o maior número possível de palavras latinas, adquirindo um
vocabulário para se expressarem. Além da leitura, era de fundamental
importância que aprendessem a ler e que mostrassem a lição diariamente
ao professor. Para enriquecerem seu vocabulário latino, deviam memorizar
vocábulos. Os alunos da primeira classe também devem aprender música e
canto (SCHEIBLE, 2013, apud Ulrich; Klug, 2016, p. 164).
b) Segunda classe: Os alunos que sabiam ler passavam para a segunda classe
e precisavam, na sequência, aprender a gramática. No entanto, diariamente, na
primeira hora da tarde, todos os alunos, pequenos e grandes deviam exercitar-se na
música. As crianças tinham contato com as fábulas de Esopo7, pedagogia de
Mosellano8, trechos de colóquios de Erasmo9, os quais deveriam ser proveitosos e
edificantes para os alunos. Na segunda classe recebiam frases que deviam recitar
no dia seguinte. Após terem adquirido o domínio da gramática os alunos deviam,
então, construir frases. O foco da segunda classe era o estudo e o conhecimento em
profundidade da gramática grega. As regras gramaticais deviam ser recitadas de
memória pelos alunos. Além disso, o professor também deveria explicar o Pai nosso,
o Credo e os Dez Mandamentos, incutindo nos alunos as partes necessárias para
uma vida decente, como temor a Deus, fé e boas obras. Memorizar alguns Salmos
que contenham um resumo da vida cristã também fazia parte do currículo. Para
Melanchthon era importante que as crianças conhecessem poucos autores, mas
http://www.consciencia.org/roma-antiga-biografia-de-catao-o-censor-plutarco-vidas-paralelas>.
Acesso em: 06 Mar. 2018.
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Fábulas de Esopo: São uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um escravo e
contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se um termo
branco para coleções de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personificados.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fábulas_de_Esopo. Acesso em 06 Mar. 2018.
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Pedagogia de Mosellano: É o método de ensino desenvolvido por Petrus Mosellanus
Protegensis (1493-1524), humanista, teólogo católico e filólogo alemão. Foi professor de grego
da Universidade de Leipzig. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Petrus_Mosellanus>.
Acesso em 06 Mar. 2018.
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Colóquios de Erasmo: Familiarium colloquiorum formulae (1514) –
geralmente chamado de Colóquios – era um estimulante guia para vida e religião, nele,
Erasmo ridiculariza os clérigos gananciosos, os falsos milagres, os rituais desprovidos de
significado, etc. Disponível em:< http://ordemlivre.org/posts/biografia-erasmo-de-roterda>. Acesso
em: 06 Mar. 2018.
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com profundidade, não sendo recomendado para a juventude, uma sobrecarga de
livros de difícil compreensão (BIRNSTEIN, 2010, apud Ulrich; Klug, 2016).
c) Terceira classe: Birnstein (2010 apud Ulrich; Klug 2016) diz que ―Depois de
bem exercitados, os alunos que demonstrassem domínio da gramática, eram
separados e com estes, forma-se a terceira classe.‖ Também com este grupo devia-
se exercitar a música, juntamente com os demais. Nesta fase, eram estudados
Virgílio10 e Ovídio11. Para exercitar a gramática exigia-se a construção de frases,
declinações e a análise das figuras retóricas especiais. Após o domínio da
etimologia e da sintaxe, estudava-se com os alunos a métrica, para que
aprendessem a compor versos. Birnstein (2010 apud Ulrich; Klug 2016, p. 165) diz
que:
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Virgílio: foi um importante poeta romano. Nasceu na cidade italiana de Andes (atual Pietole) em 70
a.C. e morreu na comuna italiana de Brindisi em 19 a.C. Foi grande admirador da cultura grega e
sua obra teve grande influência do poeta grego Teócrito. Em suas obras, Virgílio deu grande
destaque para as tradições da cultura latina, valorizando a expansão de Roma. Buscou a perfeição
estilística e retratou, nos poemas, seus sofrimentos, angústias e ilusões. Disponível em:<
https://www.suapesquisa.com/biografias/virgilio.htm>. Acesso em: 06 Mar. 2018.
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Ovídio: Públio Ovídio Naso (43 a.C. - 18 d.C.) foi um célebre poeta latino. Entre suas obras,
Metamorfoses, se destaca como a mais conhecida. Foi condenado ao exílio pelo imperador
Augusto, onde permaneceu até sua morte. Disponível em:<
https://www.pensador.com/autor/ovidio/biografia/>. Acesso em: 06 Mar. 2018.
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A preocupação de Melanchthon não se limitou a uma simples divisão de
classes e temas, ele se dedicou também com a estruturação da rotina diária de
estudos, como escreve Birnstein (2010 apud Ulrich; Klug, 2016, p.165):
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Gramáticas e livros didáticos; manuais de lógica e retórica; Loci theologici;
comentários bíblicos e edições de textos bíblicos; comentários e edições de
autores latinos; edições, traduções e comentários de autores gregos;
manuais de ética, política e direito; manuais de antropologia e física;
manuais de história e geografia; obras de polêmica e história
contemporânea; obras de doutrina e praxe eclesiástica; discursos
acadêmicos (declamationes, orationes); poesias; correspondência
(SCHEIBLE, 1997 apud RIETH, 1997, p. 224)
Para se ter uma ideia do volume representado por essa obra, a principal
edição dos escritos de Melanchthon (Philippi Melanthonis Opera quae
supersunt, ed. por C. G. Bretschneider e H. E. Bindseil, Corpus
Reformatorvm, Halle, 1834-1860 [reimpressão: New York-Frankfurt, 1963])
tem 28 volumes, cada um com uma média de 950 colunas, ou 475 páginas.
Os escritos não incluídos aqui foram reunidos em outra edição
(Supplementa Melanchthoniana, Leipzig, 1910-1928 [reimpressão:
Frankfurt, 1968]) com 5 volumes de igual tamanho. As cerca de 10 mil
cartas do reformador estão sendo compiladas em uma nova edição
(Melanchthons Briefwechsel: kritische und kommentieite Gesamtausgabe,
ed. por Heinz Scheible, Stuttgart-Bad Cannstatt, 1977-), que num registro
inicial limitado a informar data, local, destinatário e síntese de conteúdo de
cada carta encheu seis volumes de 470 páginas em média cada.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo - SP: Editora
Moderna, 1996. 2ª edição Rev. e Atual.
CAIRNS, Earle Edwin. O Cristianismo através dos séculos. São Paulo - SP:
Editora Vida Nova, 2008. 2ª edição.
KLEIN, Carlos Jeremias. Curso de história da igreja. São Paulo - SP: Editora Fonte
Editorial, 2007.
MATOS, Alderi Souza. A Reforma Protestante do Século XVI. São Paulo – SP:
2011. Disponível em: <http://cpaj.mackenzie.br/historiadaigreja/pagina.php?id=112>.
Acesso em 25 Abr. 2017.
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______. Universidades Protestantes: benefícios e riscos. Viçosa – MG: 2011.
Artigo publicado na Revista Ultimato Março-Abril 2011. Disponível em:
<http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/329/universidades-protestantes-
beneficios-e-riscos>. Acesso em: 14 Fev. 2018.
______. Breve História da Educação Cristã: Dos Primórdios ao Século 20. São
Paulo –SP: 1996. Editora Makenzie. Artigo publicado pela revista Fides Reformata –
Vol. I, n.1. Disponível em:
http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_XIII__2008
__2/Breve_Historia_da_Educacao_Crista_-_Dos_Primordios_ao_Seculo_20.pdf.
Acesso em 14 Fev. 2018.
MONROE, P. História da Educação. São Paulo - SP: Cia Editora Nacional, 1979.
14ª edição.
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