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Apresentação

Às vezes, as bênçãos são doces como o mel e deixam uma sensação duradoura
de aconchego e contentamento. Com júbilo, elevamos nossos louvores ao Céu. A
vida é boa, e assim é Deus.
Outras vezes, porém, as bênçãos chegam revestidas com a cortante e dolorosa
realidade da vida num mundo que traz a marca do pecado. A vida não é boa, mas
Deus é. E o amor que Ele sente por todas nós é realmente incomum.
O convite deste devocional é para que você se una às muitas mulheres ao redor
do mundo que se sentem amadas por Deus e que reconhecem a profunda verdade
destas palavras: “Todos os dons de Deus estão entre vocês, que aguardam com
expectativa o retorno do Senhor Jesus. Além disso, Deus está com vocês
disposto a mantê-los no caminho até que todas as coisas sejam acertadas de vez
por Jesus. Deus, que conduziu vocês a esta aventura espiritual, compartilha
conosco a vida do Seu Filho e nosso Senhor Jesus. Ele jamais irá desistir de
vocês. Nunca se esqueçam disso” (1 Coríntios 1:7-9, A Mensagem).





Ardis Dick Stenbakken, organizadora deste devocional, vem dedicando seu
tempo ao Ministério da Mulher há muitos anos. Além de curtir os netos, ela
gosta de incentivar as mulheres a usar os dons que Deus lhes deu.
Título original em inglês:
BLESSED

Copyright © da edição em inglês:


Review and Herald, Hagerstown, EUA.
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1ª edição neste formato


Versão 1.1
2014

Coordenação Editorial: Marcos De Benedicto


Editoração: Neila D. Oliveira
Revisão: Adriana Seratto
Design Developer: Fernando Lima e Paloma Cartaxo
Capa: Renan Martin
Imagem da Capa: Fotolia

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio,
sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

14373/29216 – ISSN 1983-6244


Janeiro

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Faça de mim um instrumento

Abre os meus olhos para que eu veja. Salmo


119:18

Cinco minutos após o início da minha apresentação, notei a mulher entrar e


ocupar o último assento vago na fila da frente. Com o canto do olho, senti a
intensidade do seu olhar. Após o seminário, ela veio a mim e disse: – Meu nome
é Maya. Eu nunca tinha ouvido falar de você até duas horas atrás, e estava pronta
para tomar uma overdose disto aqui. – Ela ergueu um frasco grande de pílulas. –
Mas tive uma impressão muito estranha – continuou ela – de que precisava
navegar pela internet uma última vez. Dentro de segundos, dei de cara com seu
site e descobri que você falaria na universidade, a poucos minutos da minha
casa. – Ela jogou o frasco dentro de um recipiente ali perto e acrescentou: –
Sabe, você opera milagres. Você me salvou a vida.
– Posso ser um instrumento – respondi –, mas é Deus o operador de milagres.
Quem, você acha, a impressionou a navegar na internet? Quem a conduziu ao
meu site? E – continuei, sorrindo – quem a cutucou para que assistisse ao
seminário e jogasse fora as pílulas? – A sombra de uma reação sorridente
despontou na face de Maya.
Enquanto conversávamos acerca do papel da providência em nossa vida, uma
conselheira a quem eu havia sido apresentada antes, naquela noite, veio
participar da conversa. Dentro de minutos, ficou óbvio que as duas mulheres se
identificavam. Ótimo, pensei, enquanto elas se afastavam juntas, trocando
informações de contato. Milagre número dois. Eu Te agradeço!
Voltando ao hotel, ponderei as maneiras pelas quais Deus responde à oração,
mesmo àquela que ainda não foi proferida. Muitas vezes, a resposta vem como
uma impressão no sentido de tomar alguma atitude, ou quando uma pessoa com
informações vitais cruza nosso caminho. Às vezes, tenho reconhecido essas
oportunidades e agido de acordo com elas. Outras vezes, deixei de agir. E,
lamentavelmente, algumas se perderam por completo porque não me dei conta
de que eram uma resposta à minha oração.
Ao começarmos um novo ano, que cada uma de nós abra os olhos para
enxergar as oportunidades que Deus tem para nós. Ao abrir Ele a nossa mente,
respondamos às Suas impressões. Temos um ano inteiro de oportunidades para
ser um instrumento da paz de Deus. Ele pode ter milagres a operar em sua vida
ou na vida daqueles que a rodeiam.

ARLENE R. TAYLOR
Beluga

Reflita nos caminhos dela [da formiga] e seja


sábio! Provérbios 6:6

Ele nasceu em nossa casa e recebeu seu nome segundos após o nascimento.
“Esse gatinho é todo branco”, exclamou nosso filho de 5 anos, “a não ser pela
mancha preta na cabeça, que parece um respiradouro. Vamos chamá-lo de
Beluga – assim como as baleias brancas!”
Beluga viveu conosco por quase 16 anos, e aprendi muitas coisas com ele.
Ele era amoroso. A mãe morreu quando ele e os irmãozinhos tinham apenas
quatro semanas e meia de vida – mal tinham idade suficiente para lamber o leite.
Um dos seus irmãos sentiu tanto a falta da mãe que, durante os quatro meses
seguintes, Beluga permitiu, pacientemente, que ele tentasse mamar.
Ele era sociável. Se estivesse procurando rãs junto ao lago e visse nossa família
desfrutando a penumbra do entardecer, corria colina acima para sentar-se ao
nosso lado. Ocasionalmente, queria sua própria cadeira, para ficar no mesmo
nível em que estávamos, meu marido e eu. Também esperava no corredor até
ver-nos ir para a cama, e depois pulava para cima da cama e se aconchegava em
meus joelhos.
Ele era feliz e ronronava toda vez que era afagado. Com frequência ficava ao
meu lado enquanto eu corrigia as redações dos alunos, espreguiçando-se,
ronronando e tocando meu braço para chamar atenção para sua presença.
Quando adulto, pesava quase seis quilos, mas aos poucos – e depois com
pavorosa rapidez – começou a perder peso. O veterinário disse que ele tinha
problemas no fígado e nos rins. E que ficaria cada vez mais fraco e acabaria
morrendo. Em pouco tempo, pesava apenas dois quilos e meio, mas continuava
sociável. Ainda parecia feliz. Ainda ronronava.
Certa noite, virei-me na cama e dei um encontrão em Beluga, que estava
enroscado junto aos meus joelhos. Sonolenta, estendi a mão para passá-la na
cabeça dele, num breve e automático pedido de desculpas. Ele não reagiu com o
seu ronronar. Teria morrido? Se estivesse vivo, certamente teria ronronado. Eu
não quis acender a luz e acordar meu marido, e assim toquei-o novamente. Ele
abriu os olhos, depois pôs o queixo sobre as patinhas e continuou o sono
interrompido.
Alguns meses depois, Beluga morreu, mas não antes de eu refletir sobre suas
qualidades: flexibilidade, sociabilidade e a capacidade de mostrar alegria e
contentamento aos outros.
Se eu me parecesse mais com um gato, eu me pareceria mais com Cristo.

DENISE DICK HERR


Apenas a bainha de Seu manto

Mas Jesus disse: “Alguém tocou em Mim; Eu


sei que de Mim saiu poder.” Lucas 8:46

Você deve conhecer a história contada em Lucas 8:40-48, da mulher que


precisava de Jesus. Você percebe até onde precisa se curvar para tocar a orla de
um manto longo e esvoaçante? Até embaixo, quem sabe até rastejando no chão.
Pelo menos, ajoelhada. Então, ali estava ela – fraca, desanimada, provavelmente
com fome e sede, e, literalmente, sangrando até a morte. Eu a imagino em meio
àquela multidão, talvez de joelhos atrás de Jesus, na desesperada expectativa de
que Ele parasse para ela poder contar-Lhe sua história. Mas Jesus continuou
andando. Jairo e seu pessoal apressavam a Jesus por uma razão muito diferente.
A multidão empurrava e se acotovelava; o barulho ensurdecia a todos os que
tentassem chegar mais perto de Jesus. Mas Diana – é assim que eu a chamo –
não conseguia acompanhar. As lágrimas lhe encheram os olhos. Com lábios
trementes, murmurou consigo mesma: “Fracassei de novo. Não há esperança.”
Mas algo dentro dela reagiu e Diana percebeu que, com apenas mais um
impulso, pelo menos a borda do manto dEle ficaria ao seu alcance. “Acredito, de
todo o coração, que, se apenas tocar a orla do Seu manto, serei curada.” Nada
mais de dúvida, nada mais de hesitação. Estenda a mão, estenda a mão. Estenda
a mão! Com um último esforço, ela agarrou o manto da justiça – mais
exatamente a bainha – e foi curada. Seu corpo ficara sadio novamente! Agora só
preciso me esconder na multidão por alguns minutos, e Ele vai... Mas espere!
Jesus olhava ao redor. E olhou diretamente para ela. O corpo de Diana ficou
amortecido. O que foi que eu fiz? Não deveria tê-Lo tocado. Mas a voz de Jesus
era bondosa, gentil, encorajadora. “Eu sei que alguém Me tocou, porque senti
que de Mim saiu poder.”
Estão vendo, senhoras? A multidão O comprimia de todos os lados, mas
nenhum poder saíra de Jesus. Ninguém foi curado por simplesmente topar com
Ele. Diana acertou – ela estendeu a mão!
Nós também podemos tocar a borda de Sua justiça, e Ele não nos pede que nos
curvemos até o chão. É só ajoelhar-se e dizer: “Senhor, necessito de forças para
este dia.”
“Filha, você Me ama a ponto de humilhar-se e estender a mão? Estenda a mão
e receba o poder que sairá de Mim. Você pode receber coragem e pode ter
esperança no coração.”
Diana “veio tremendo e prostrou-se aos Seus pés”.

CAROL WIGGINS GIGANTE


O atracadouro fujão

Quando você atravessar as águas, Eu estarei


com você; quando você atravessar os rios, eles
não o encobrirão. Isaías 43:2

Justamente quando penso que estou no controle da minha vida, acontece algo
que prova o contrário. Neste caso, foi um atracadouro flutuante de barcos que
escapuliu. Aconteceu num dos dias mais ventosos de janeiro, e a temperatura
havia despencado para alguns graus abaixo de zero. Brrr! Isso é frio em
Tennessee!
Lembro-me de ter pensado, enquanto olhava para o Lago Norris a partir do
calorzinho de nossa sala de estar, como éramos afortunados por poder estar ali
dentro e porque nossa lareira funcionava. Então olhei com mais atenção. A
margem do lago na frente da nossa casa estava vazia. Não podia ser! Onde
estava nosso atracadouro do barco? Não demorou muito para que eu o
localizasse, flutuando no meio do lago. Os cabos se haviam desprendido.
O que fazer? Orei: “Senhor, socorre-me! Permite que o vento traga o
atracadouro de volta para a margem.” Nesse mesmo instante, o vento mudou de
direção e o atracadouro começou a flutuar de volta para a praia. Mesmo assim,
estava a uma longa distância da nossa casa – do outro lado de uma enseada
lamacenta.
Eu precisava resgatar aquele atracadouro antes que ele batesse na ribanceira. A
última coisa que eu queria fazer era entrar na água gélida em busca dele – ou,
pior ainda – nadar até lá! Passei um S.O.S. para Kari (minha filha que mora na
casa ao lado), e desci voando os 88 degraus até o lago. Enquanto caminhava pela
enseada lamacenta, pensei: O que é que eu, uma mulher de 65 anos de idade,
com um joelho machucado, estou fazendo na tentativa de agarrar um fugitivo
atracadouro flutuante de barcos? Isso é loucura!
Exatamente quando eu estava a ponto de desistir, Kari chegou correndo. De
algum modo, nós duas conseguimos alcançar o atracadouro e segurá-lo.
Três horas mais tarde, enquanto tentava aquecer meus pés e mãos gelados,
pensei: Isso não estava na minha lista de coisas para fazer hoje! Eu não tinha
separado tempo para isso! Nunca desejei ser uma caçadora de atracadouros –
nem havia treinado para isso. Mas não é assim que acontece na vida? Muitas das
coisas que precisamos fazer nós não queremos fazer.
Por isso, descobri que devo entregar meu dia totalmente ao Senhor e confiar no
fato de que Ele fala sério quando diz, em Jeremias 29:11: “‘Porque sou Eu que
conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los
prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.’”
Caso contrário, muitas coisas que acabo tendo que fazer pareceriam uma perda
de tempo sem sentido!

KAY KUZMA
Eu vou com você

Faze-me ouvir do Teu amor leal pela manhã,


pois em Ti confio. Mostra-me o caminho que
devo seguir, pois a Ti elevo a minha alma.
Salmo 143:8

Muitos anos atrás, trabalhei num escritório de relações públicas


tecnologicamente equipado e plenamente automatizado. Embora eu não fosse
uma grande entusiasta quanto a usar toda aquela tecnologia, não havia escolha, e
eu gostava do meu trabalho. Contudo, quando a empresa se mudou para outro
estado, decidi não acompanhá-la e mudei de ramo. Imagine minha surpresa
quando soube que a nova empresa tinha uma tecnologia limitada. Isso é incrível
nesta época e nestes dias, pensei. Devido a essa mudança, minhas habilidades se
reduziram rapidamente.
Mas então enfrentei outro problema. A igreja que eu frequentava tinha uma
forte equipe de tecnologia, e a maior parte das informações para comissões,
apresentações e planejamento era transmitida pela via tecnológica. Assim, eu me
senti pressionada a me envolver e permanecer em sintonia. Após muita
resistência, pedi o auxílio de alguém, e bondosamente me deram informações
impressas sobre como escolher o equipamento do qual eu precisava. Alguns
meses se passaram, mas não fiz grande progresso. Então alguém me disse:
“Quando você se dispuser a adquirir seu equipamento, vou com você.” Uma
semana depois, tudo de que eu precisava já havia sido adquirido e instalado.
Deram-me um rápido curso de reciclagem e a recomendação de meu amigo no
sentido de que, se eu enfrentasse qualquer problema, devia chamá-lo.
As palavras ditas por meu amigo nunca me saíram da cabeça: Eu vou com
você. Elas me fazem lembrar de que cada dia, ao traçar meus planos, não preciso
temer, porque Jesus prometeu ir comigo e me mostrar o caminho por onde devo
andar. E assim como meu amigo terrestre foi capaz de responder a todas as
perguntas técnicas que o funcionário da loja me fez, assim Jesus é capaz de
responder a todas as minhas perguntas e ajudar-me a tomar as decisões certas.
Essas palavras também me levaram a lamentar as muitas vezes em que, em
resposta a uma pergunta, respondi a alguém o que fazer ou aonde ir, quando teria
sido melhor dizer: “Vou com você.” Penso nas vezes em que falei a um novo
cristão sobre Jesus, em vez de dizer: “Permita que eu caminhe com você até que
aprenda o caminho.”
Minha oração por todas nós hoje é que busquemos a guia divina para andar ou
ir com aqueles que necessitam de ajuda, em vez de meramente lhes dizer para
onde ir ou o que fazer.

MAUREEN O. BURKE
Visão vertical

Quando começarem a acontecer estas coisas,


levantem-se e ergam a cabeça, porque estará
próxima a redenção de vocês. Lucas 21:28

Quando a vida se torna dura, quando a dor é difícil demais de suportar,


frequentemente nos vemos concentradas nessa dor e nas circunstâncias que nos
rodeiam. Enquanto fazemos isso, deixamos de ver o “quadro completo”.
Trancamo-nos em nossos mundinhos, em nossa dor, em nossas provas e
tribulações. Em pouco tempo, Satanás nos convence de que não há esperança, de
que não há escape de nossa depressão e sofrimento.
O que fazer? Lembro-me de uma obra de arte de 1915, a qual adquiri de meu
pai. Pertencera à minha avó, e eu a obtive muito tempo depois da morte dela.
Retrata uma “foto” realista de Daniel na cova dos leões. Na imagem, Daniel está
em pé na cova, rodeado por leões. Está escuro. Os leões, famintos. Todavia, não
se aproximam dele. Daniel está de costas para os leões. O seu rosto se volta para
cima, na direção de uma fresta por onde uma luz, jorrando como se viesse do
Céu, brilha sobre o semblante dele.
Essa imagem me encantou desde o momento em que a vi. Ao refletir sobre ela,
a lição é muitíssimo clara. Devemos olhar para cima – olhar para Jesus. Jesus é a
Luz do mundo. Ali está Daniel, rodeado por leões, os “problemas” em sua vida.
Ele olha para os problemas? Não. Daniel escolheu olhar para o Céu. Escolheu
olhar para Jesus, a solução.
Nossa natural tendência humana é concentrar-nos em nós mesmas e em nossos
problemas. Contudo, se olharmos para Jesus, se formos a Ele em oração e
buscarmos a Sua sabedoria, encontraremos conforto, esperança e coragem. Tito
2:13 declara: “Aguardando a bendita esperança: a gloriosa manifestação de
nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus.” Temos esperança em Cristo!
Precisamos olhar para cima, ter uma “visão vertical” – uma visão que dirija
nossos olhos ao Salvador, não às circunstâncias perturbadoras por todos os lados.
Hebreus 12:2 descreve qual deve ser nossa atitude: “Tendo os olhos fitos em
Jesus, Autor e Consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que Lhe fora proposta,
suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-Se à direita do trono de
Deus.” Não sei quanto a você, mas escolhi olhar para Jesus.

SAMANTHA NELSON
A ilusão do controle

Em seu coração o homem planeja o seu


caminho, mas o Senhor determina os seus
passos. Provérbios 16:9

Quantas de nós nos esforçamos por controlar a nós mesmas e o nosso


ambiente? Para a maioria, essa necessidade de controlar leva ao estresse e à
frustração. No caso de algumas, leva a distúrbios alimentares ou outro tipo de
comportamento destrutivo. Um dia, enquanto estava deitada na cama com meu
filhinho de 6 meses de idade, ele começou a brincar com a minha mão. Relaxei e
deixei que ele fizesse suas experiências enquanto puxava minha mão para perto
de si e depois a empurrava. Ele a movia para a esquerda e para a direita, e
tentava torcê-la repetidas vezes. Se ele procurava movê-la de um jeito que me
era desconfortável, eu simplesmente mexia o cotovelo ou o ombro para diminuir
a pressão ou gentilmente o corrigia. Ele brincou desse jeito por um bom tempo,
já que é um garotinho muito curioso.
De repente, ocorreu-me a ideia de que ele poderia achar que estava no controle.
Afinal, se queria que minha mão fosse para o lado esquerdo, ela ia para o lado
esquerdo. Logicamente, ele podia raciocinar que estava no controle. Como tinha
apenas 6 meses de idade, duvido de que tenha realmente chegado a essa
conclusão, mas outros podem chegar – não sobre meu filho mexendo a minha
mão, mas sobre sua capacidade de controlar a mão de Deus. Dizem que devemos
orar e pedir que Deus conceda os desejos do nosso coração – cura, auxílio e
conforto, bem como tudo mais. Deus, porém, não é um gênio mágico numa
garrafa, e muitas vezes, embora peçamos, Ele diz “não” ou “espere”. Mas há
ocasiões em que aquilo que pedimos é da vontade de Deus, e a resposta é “sim”.
Se temos a bênção de receber a resposta dessas orações vez após vez, podemos
achar que nossas diligentes preces ou alguma outra atividade que estejamos
realizando levam Deus a fazer conforme pedimos.
Esse pensamento é perigoso. À semelhança de Pedro, quando andou sobre o
Mar da Galileia, pode levar-nos a afundar e, se não formos cuidadosas, a afogar-
nos. Por quê? Porque Satanás aprecia estimular esse tipo de pensamento. Ele nos
leva a tirar os olhos de Jesus e a colocá-los sobre nós mesmas. Jamais nos
devemos esquecer de que Deus está sempre no controle. Quando nossas orações
são atendidas com um “sim”, naturalmente nos regozijamos. Porém, em vez de a
resposta indicar que Deus está cumprindo nosso pedido, sabemos que estamos
fazendo Sua vontade.
Cada dia, ao tomarmos pela fé a mão de Deus, é importante lembrar que,
embora estejamos segurando a mão de Deus, nós não a controlamos. Regozije-se
na alegria e paz de saber que Deus está no controle – sempre.

JULI BLOOD
Palavras sem voz

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com


Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1, ARA

Anos atrás, eu passava por uma crise emocional. Estacionei o carro diante da
garagem e rompi em lágrimas. De repente, “palavras sem voz” me encheram a
mente: Tudo ficará bem. E fui inundada por uma sensação de ser amada, além de
sentir calma, paz e confiança.
Naquela tarde, alegremente contei ao meu pastor sobre essa tranquilidade. Ele
ficou sério e se afastou um pouco de mim. “Não seja iludida pelo diabo”, disse
ele. “Você não é profetisa! Você não ouviu a voz de Deus. Ele não Se comunica
diretamente com o homem desde o tempo de Malaquias!”
Fiquei horrorizada. A ideia de ser profetisa jamais me ocorrera. Imediatamente
pensei nas muitas lições de Cristo registradas no Novo Testamento. Não eram
elas a comunicação direta de Deus com as pessoas? Deixei o escritório do pastor
num estado de choque e perplexidade.
Mais tarde, lembrei-me de Isaías 8:20: “À lei e aos mandamentos! Se eles não
falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” Então decidi testar
minha experiência. Encontrei João 14:27: “Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes
dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham
medo.” Minha experiência diante da garagem correspondia aos critérios bíblicos.
Deus falara comigo para me dar paz num período de tribulação.
Mas Deus sempre Se comunicou com as pessoas. Creio que Ele fala
silenciosamente à nossa alma, porém não com uma voz que já ouvimos antes.
Suas palavras de amor e conforto, reprovação, ensino, guia e instrução não são
audíveis, mas mesmo assim provêm dEle. O problema é que não reconhecemos
as “palavras sem voz” porque não acreditamos que Deus “fale” pessoalmente
conosco. Não esperamos ouvir Deus falando, e por isso não Lhe prestamos
atenção.
Saiba que Deus lhe fala, sim, com amor e conforto, cada dia da sua vida.
Aprenda a ouvir as divinas “palavras sem voz” e você também será capaz de
ouvi-Lo. Se as “palavras sem voz” em sua experiência passam pelo teste de
Isaías 8:20, então creia, aprenda e obedeça. É necessário ouvir as divinas
“palavras sem voz” para aprender a reconhecê-las. Por favor, ouça!

DARLENEJOAN MCKIBBIN RHINE


Adoração

Eu Te exaltarei, meu Deus e meu rei; bendirei o


Teu nome para todo o sempre! Todos os dias Te
bendirei e louvarei o Teu nome para todo o
sempre! Grande é o Senhor e digno de ser
louvado; Sua grandeza não tem limites. Salmo
145:1-3

Num sábado de manhã, senti a presença de Deus vindo sobre mim. Em minha
vida no ministério, tenho consciência de que, nas disciplinas espirituais, a
adoração a Deus nem sempre é parte da minha vida devocional. Contudo, ao
examinar Salmos e Provérbios, notei o tema da adoração a Deus o Pai, o Filho e
o Espírito Santo.
Na vida de personagens bíblicos – particularmente Davi –, notamos momentos
substanciais de tempo dedicados a adorar a Deus. Também descobri que existe
algo terapêutico na adoração e no louvor a Deus. Ao ouvir as histórias
incrivelmente tocantes de preciosas pessoas percorrendo a jornada cristã, elas me
contam que não estão sempre em adoração ao nosso Pai. Tomando conhecimento
de suas diversas jornadas, às vezes detecto que sua fé e confiança em Deus têm
sido desafiadas. Se a sua fé e confiança estão sendo desafiadas, será mais difícil
comparecer perante Deus em adoração. Todavia, mediante a adoração, sua luta
com a fé e a confiança começarão a mudar.
Em minha experiência pessoal, conhecer a Deus e buscá-Lo de todo o coração,
alma e mente é o prefácio para a adoração. Quando me sinto profundamente
estressada durante os dias ou semanas de minha multifacetada vida, doando e
esvaziando-me para os outros, encontro a verdade segundo a qual a adoração me
eleva a um plano mais alto de vida.
De acordo com o dicionário, “adoração”, como substantivo, significa o ato de
adorar. O dicionário Webster ainda acrescenta que a raiz da palavra significa: 1.
adorar ou reverenciar (uma divindade); 2. respeitar com amorável admiração e
devoção; 3. ter grande apreço por.
“Ó Senhor, Tu és o meu Deus. Eu Te adorarei e louvarei o Teu nome, pois tens
feito coisas maravilhosas; tens cumprido fielmente os planos seguros que há
muito tempo decidiste fazer” (Isaías 25:1, NTLH). Deus nos criou com o anseio
de adorá-Lo como Criador, Senhor e Redentor – com o anelo para que Ele seja o
Senhor da nossa vida. Desafio você hoje: tome tempo para adorá-Lo. Ele é nosso
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é Jesus Cristo, nosso Senhor!

MARY L. MAXSON
Deixe Cristo brilhar

Tudo posso nAquele que me fortalece.


Filipenses 4:13


Minha irmã faleceu na semana passada. Enquanto estive na casa dela, notei seu
andador junto à porta da garagem. Tirei uma foto dele para me lembrar de que,
no Céu, ela correrá, literalmente, e não se cansará. Sim, Lynne não precisará de
hospital, injeções, próteses, cirurgiões, neurologistas, prescrições, bengalas e não
sentirá dor. Como eu disse no dia em que ela morreu: “Terei uma irmã outra vez,
na manhã da ressurreição. E será mais que perfeita!” E, como lhe disse junto ao
caixão: “Eu a verei naquela manhã.”
A morte de Lynne, para mim, traz vida nova às Escrituras. Na noite anterior à
sua morte, ela pediu para ouvir o hino “Bendita Segurança”. Não houve cura
para seu câncer e sua enfermidade neuromuscular, mas me lembro de ter lido que
o descanso seria o único remédio que aliviaria seus sintomas. Agora ela
descansa. Mas não por muito tempo!
Uma semana antes do falecimento de Lynne, recebi uma história de pesar e
gratidão. Parece que uma senhora enfrentava seu Criador no juízo final. Diante
dela, e de outras mulheres, a vida de cada uma estava exposta como os
quadrados de uma colcha de retalhos. Um anjo se pôs a costurar os quadrados,
produzindo uma tapeçaria da vida. A mulher relatou: “Mas, enquanto o anjo
tomava cada pedaço de tecido, notei como os meus quadrados estavam gastos e
rasgados. Cada um vinha rotulado com uma parte da minha vida que havia sido
difícil – os desafios e enfermidades que eu enfrentara, sendo que as durezas
faziam os maiores buracos. Olhei ao redor. Ninguém mais tinha quadrados como
aqueles. A não ser um furinho aqui e ali, as outras tapeçarias estavam cheias de
vivas cores. Meu coração ficou desalentado.
“Por fim, chegou o momento de se expor cada vida, diante da luz. Cada mulher
segurou sua tapeçaria. A vida delas parecia tão preenchida! Então o anjo fez
sinal para que eu me levantasse.
“Quando me coloquei em pé e ergui contra a luz os quadrados combinados da
minha vida, todas as outras pessoas engoliram em seco. Ao olhar para a
tapeçaria da minha vida, notei que a luz se filtrava através dos muitos furos,
criando uma imagem. Era a face de Cristo. ‘Toda vez que você entregou a vida a
Mim, ela se tornou a Minha vida, Minha dificuldade, Minha luta’, disse Jesus.
‘Cada ponto de luz em sua vida representa o seu ato de dar um passo ao lado e
permitir que Eu brilhe através dela.’”
Assim, desejo que a sua colcha seja rala e desgastada, para que Cristo brilhe
através dela.

DIANE SHELLYN NUDD


Correspondência para você

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais


do que tudo o que pedimos ou pensamos, de
acordo com o Seu poder que atua em nós.
Efésios 3:20

Durante um dia arrastado de trabalho, comecei a verificar a esmo os meus e-


mails e vi que um deles dizia: “Examine os cosméticos que eu vendo.” Só pode
ser um daqueles e-mails indesejados, como tantos hoje em dia, pensei. Estive a
ponto de deletá-lo, quando algo me fez parar, e em vez disso cliquei para abri-lo.
A mensagem convidava qualquer pessoa interessada em adquirir cosméticos para
discar o número de contato. Apressadamente, anotei o número e o enfiei na
bolsa.
Algumas semanas mais tarde, quando acabou minha base, encontrei a anotação.
Peguei o celular e marquei uma hora para o fim do dia. Quando cheguei à casa, a
consultora se apresentou como Ella. Sua casa estava desarrumada. A cozinha
estava cheia de caixas e todo tipo de produtos para unhas, tipos de pele e muito
mais.
O procedimento de Ella me dizia que seu coração também estava em
frangalhos, revelando exteriormente sua tristeza e aflição. Enquanto
continuávamos a conversa, ela me confidenciou a história de abuso que havia
suportado com os dois filhos durante os últimos anos. Meu coração se condoeu
por ela enquanto me contava sobre o uso de drogas por parte do marido. Então
lhe perguntei se podia orar com ela. Aceitando prontamente o folheto inspirador
que lhe dei, ela permitiu que eu a abraçasse e sorriu quando garanti que
permaneceria em contato.
Em meio às provas dela, o Senhor nos uniu. Nossa amizade fortaleceu-se com
o passar do tempo, enquanto eu a ajudava a enfrentar sua necessidade de mudar-
se para um abrigo, encontrar emprego e conseguir transporte. Então ela me
contou a verdade: ela também estava usando drogas. Por fim, os eventos a
levaram a acabar no sistema prisional. Embora eu nunca tivesse entrado numa
instituição carcerária, fui visitá-la. Na solidão da cela da prisão, Ella clamou a
Deus. Deus revelou Sua graça e respondeu às orações. Ela conseguiu entrar num
programa de reabilitação para lidar com as debilitantes questões que surgiam de
seus relacionamentos disfuncionais.
Perguntei-lhe, um dia, como obtivera meu endereço eletrônico. Ela não tinha
ideia. Em seus terríveis apuros, havia simplesmente mandado e-mails em massa,
na esperança de que alguém respondesse. Ao olharmos para trás, nós duas nos
maravilhamos diante do modo como Deus operou para colocar-nos em contato
de uma forma tão miraculosa.
Deus conhece o seu e-mail? Aposto que conhece.

KAREN PHILLIPS
Ele foi enterrado vivo

Louvem o nome do Senhor [...]. Louvem o


Senhor, pois o Senhor é bom. Salmo 135:1, 3

Na terça-feira, 12 de janeiro de 2010, um terremoto (7º na escala Richter),


abalou Port-au-Prince, Haiti, demolindo numerosos prédios e matando mais de
300.000 pessoas. Muitas delas foram sepultadas sob os escombros de concreto.
A princípio, os esforços de recuperação foram lentos, pois os peritos de outros
países tiveram que se deslocar para lá a fim de ajudar. Pessoas começaram a ser
resgatadas, algumas vivas, outras mortas. Por volta do terceiro dia, a esperança
começou a diminuir. Sabe-se que, sem alimento e água, e muitas vezes com
ferimentos, as pessoas começam a morrer sob os escombros.
No sétimo dia, ocorreu um milagre. Um menino de oito anos de idade foi
desenterrado – vivo! Assisti, pela televisão, como o ergueram no ar. O rosto dele
estampava um sorriso de orelha a orelha, e as mãos se ergueram para o céu
enquanto ele louvava e agradecia a Deus. Para mim, foi uma cena tocante. Sua
atitude parecia quase mais importante do que seu miraculoso resgate. Eu me
comovi até as lágrimas, enquanto vários pensamentos me cruzavam a mente.
Aquele garotinho, enterrado tão fundo que foram necessários sete dias para
alcançá-lo, devia estar faminto, sedento, fraco e aterrorizado. Sem dúvida, ele
gostaria de saber por onde andava todo mundo! Sete dias equivalem a uma
semana, que equivale a 168 horas, que se compõem de 10.080 minutos, o tempo
aproximado que ele permaneceu lá no fundo, sozinho. Teria entrado em pânico?
Teria consciência do dia ou da noite? Teria chorado? Se tivesse, isso seria
compreensível. Contudo, ao ser retirado, seu rosto não mostrou evidência de
tortura ou medo. Sentia-se eternamente agradecido por estar ali fora.
Não pude deixar de compará-lo a muitas de nós. Também estamos sepultadas
sob o entulho do pecado e do mal, causado por outro terremoto – as tentações de
Satanás – que provavelmente atingiria 100º na escala Richter de Deus. Ao
contrário daquele menino, que não sabia se seria resgatado, nós sabemos que
Jesus morreu para resgatar-nos. Mesmo assim, andamos mal-humoradas pela
vida, reclamando, ingratas, lamentando nosso infeliz e pobre quinhão. Não posso
deixar de me perguntar: Como isso faz com que Deus Se sinta?
Minha esperança é que nos lembremos de que, um dia, nós também seremos
retiradas e erguidas, rumo à eterna liberdade. Que vivamos de tal modo que
nosso coração esteja preparado, que nossa face exiba fé e gratidão a Deus, para
que outros também sejam atraídos ao nosso Senhor e Salvador.

JOYCE O’GARRO
Sonhos desfeitos

José teve um sonho. Gênesis 37:5

Os guarda-roupas são museus de sonhos desfeitos: vestidos que compramos na


esperança de ter uma ocasião na qual usá-los, calçados que usamos uma vez só.
E existem roupas que quase nos serviam quando as adquirimos, achando que
perderíamos alguns quilos – o que nunca aconteceu.
Recentemente, precisei arranjar mais espaço no meu guarda-roupa
congestionado. Enquanto descartava impiedosamente artigos velhos demais ou
que não me serviam, encontrei o vestido. Eu o havia comprado quinze anos
antes, porque era o vestido perfeito para uma ocasião especial. Embora não
precisasse dele na ocasião, comprei-o porque fazia com que me sentisse jovem,
esbelta e atraente.
Enquanto passavam os anos, eu o vesti uma vez só, mas ele era tão bonito que
o guardei. Achei que, certamente, haveria outra ocasião na qual o vestiria para,
mais uma vez, me sentir jovem, esbelta e atraente. Contudo, ao examiná-lo dias
atrás, fui forçada a admitir que o vestido maravilhoso não estava apenas fora de
moda, mas também não mais servia no corpo de meia-idade.
Chorei ao colocar o ainda belo vestido na sacola para levá-lo à loja de artigos
de segunda mão – chorei pelos sonhos que nunca se realizaram, pelas vezes que
desejei sentir-me jovem e atraente, pelas ocasiões que nunca chegaram. A vida
está repleta de sonhos desfeitos, e esse vestido é um símbolo de minha vida.
Lembro-me de outra pessoa que teve sonhos desfeitos: José, o sonhador, o filho
predileto de seu pai, Jacó. Certamente, José derramou lágrimas quando foi traído
pelos irmãos e vendido como escravo. Deve ter chorado, pelo menos por dentro,
quando a esposa de Potifar mentiu a seu respeito, e ele foi posto na prisão. Mas,
a despeito de desapontamentos e injustiças, ele não voltou as costas para Deus.
Por fim, Deus usou os sonhos de José de um modo muito maior do que ele
imaginara – para salvar uma nação inteira da fome. Nesse processo, Deus deu a
José novos sonhos, novas e ousadas realidades – primeiro-ministro do Egito,
salvador da própria família e, finalmente, o reencontro com o amado pai.
Por meio da história de José, aprendemos que Deus tem interesse em nossos
sonhos, mas Seus sonhos para nós são muito maiores do que os nossos. Deus,
por vezes, atrasa a realização dos nossos sonhos, a fim de que se produza um
bem maior. Enquanto chorava por causa do vestido, percebi que os sonhos de
Deus para mim sempre foram maiores que um vestido. Vezes incontáveis Ele
tomou meus sonhos desfeitos e os usou para o bem de outros e para a Sua glória.
Estou segura ao entregar meus sonhos a Deus.

CARLA BAKER
Aflição na cidade grande

Que mundo hostil! Clamo pelo Eterno, grito


para que Deus me socorra. Do Seu palácio, Ele
ouve minha voz; meu grito chegou à Sua
presença – uma audiência particular! Salmo
18:6, A Mensagem

Brincando, digo às minhas amigas: “Deus nos dá filhos para que


permaneçamos de joelhos.” Recentemente, provei uma vez mais quão real Deus
é e como Ele ouve nossos clamores por auxílio. A sobrinha de meu esposo se
casaria em Nova Jersey, e todos nós estávamos entusiasmados com a viagem até
lá para estar com a família e amigos mais uma vez. Nós, das ilhas do Caribe,
sempre aguardamos com expectativa a oportunidade de visitar os Estados
Unidos. Semanas antes da partida, pedi que Deus nos protegesse durante a
viagem. Nossa segunda filha, que estudava no colégio de Tennessee, nos
encontraria em Nova Jersey. Ela viajaria sozinha de Atlanta, Geórgia.
Naturalmente, isso fazia com que ela se sentisse adulta – estava com 20 anos –,
mas nem por isso deixava sua mãe menos preocupada.
Chegamos a Nova Jersey antes de nossa filha e desfrutamos momentos
maravilhosos fazendo compras e passando tempo com os familiares. No dia de
sua chegada, fomos de limusine até o hotel onde ficaríamos hospedados. O
preço, porém, foi mais do que havíamos imaginado, e ainda precisávamos buscar
nossa filha no aeroporto. Decidimos usar o mesmo serviço de limusine, mas,
para nossa perplexidade, fomos informados de que o custo seria de 175 dólares
se fôssemos junto, e apenas 85 dólares se o motorista fosse sozinho.
Comecei a entrar em pânico. De súbito, desenrolava-se diante de meus olhos a
viagem que uma vez seria perfeita. Meu esposo pastor sugeriu que
solicitássemos ao motorista que buscasse nossa filha. Embora me sentisse muito
incomodada com essa ideia, não consegui pensar em outra solução. Assim, a
limusine partiu, deixando-nos a fazer a única coisa possível – orar! E como
oramos! Imediatamente liguei para nossa filha e lhe expliquei a situação. Você
sabe como trabalha a mente das mães: cenas de filmes policiais de TV – garotas
encontradas mortas na grande cidade – dançavam selvagemente em minha
cabeça. Mas continuei orando para que Deus protegesse nossa menina. Enquanto
isso, enquanto ela viajava na limusine, eu a mantive ao telefone, verificando
constantemente a porta da frente do hotel. Aqueles foram os mais longos 45
minutos de minha vida! Quando, por fim, ela entrou no saguão do hotel, achei
que eu fosse explodir, de pura gratidão e alegria. Deus me concedera uma
audiência particular em Sua presença!
Ele fará o mesmo por você também!

LYNN C. SMITH
Sapatos que servem

Uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o


caminho; siga-o.” Isaías 30:21

Quando peço ao meu esposo que me compre sapatos, não sei lhe dizer o
número, porque nem todas as fábricas numeram os tamanhos do mesmo modo.
Para ter certeza, traço o contorno do pé sobre um papel, corto a forma e a
entrego ao meu esposo. Mesmo assim, já precisei lhe pedir que devolvesse os
sapatos e trouxesse o número seguinte. Para dizer a verdade, preciso fazer a
compra eu mesma, a fim de poder prová-los.
Quando eu era bem mais jovem, tinha mais interesse no estilo dos calçados do
que no tamanho certo. Devo confessar que eu tinha paixão por sapatos.
Comprava sapatos principalmente por causa da moda e do que se usava na
ocasião. Admito que isso se devia um tanto à vaidade de minha parte. Agora que
sou velha e aposentada, procuro conforto. Preciso sentir segurança quando
caminho, e também quero conservar os pés aquecidos.
Em nossa recente viagem à Tailândia, nosso filho nos levou a um mercado
noturno que vende sapatos de segunda mão. Não sou alguém que se interessaria
por sapatos velhos, de modo que não tinha interesse em comprar coisa alguma.
Só olhei ao redor, na seção feminina, enquanto os homens escolhiam os deles.
Contudo, acabei convencida a comprar um par que estava praticamente novo.
Examinei-os cuidadosamente, e não havia indício de que alguma vez houvessem
sido usados. Quem quer que tenha sido a proprietária, impressionou-me o fato de
que ela devia ser muito cuidadosa e caprichosa com suas coisas. Assim, toda vez
que calço esses sapatos, sinto que devo me mostrar digna de possuí-los.
Ao pensar em sapatos, minha mente vai até Jesus, na época em que Ele esteve
neste mundo. Tenho certeza de que Ele deve ter possuído apenas um par de cada
vez. E talvez esse par precisou frequentemente ser consertado. Em Seu
ministério, Jesus deve ter usado as sandálias locais, comuns. Esse calçado
permitia que o pó entrasse com facilidade, e não conservava os pés limpos ou
aquecidos. Essas sandálias O levaram a vilas e cidades distantes. Ele andava por
toda parte fazendo o bem, buscando e salvando o perdido. Minha autora
preferida chama esses calçados de “sapatos do evangelho”. Ela escreve: “Façam
com que todos vejam que têm os pés calçados com a preparação do evangelho da
paz e da boa vontade para com os homens. Maravilhosos são os resultados que
havemos de ver se entrarmos na obra imbuídos do Espírito de Cristo”
(Evangelismo, p. 564).
Minha oração é que eu calce os sapatos do evangelho para poder ir aonde o
Espírito me guiar.

BIRDIE PODDAR
Protegidos e seguros

Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha


que voa de dia, nem a peste que se move
sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta
ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez
mil à sua direita, mas nada o atingirá. Salmo
91:5-7

Certa vez, alguém leu para mim um poema que não consegui mais encontrar. O
poeta deixaria sua mansão perto do paraíso para os outros; o que ele queria era
uma cabana junto aos portões do inferno, a fim de, quem sabe, poder fazer
alguém dar meia-volta diante dos portões. Eu desejo que meu ministério seja
como esse. Gostaria de arrancar pessoas das garras do diabo, justamente quando
se acham a ponto de entrar no inferno.
Depois de aproximadamente cinco anos na Escola Miracle Meadows (um
programa para jovens em situação de risco), tenho descoberto que os portões do
inferno podem ser um lugar bem “quente”. O diabo não gosta que alguém seja
arrancado de suas garras. É pela graça de Deus que ele não destrói nem minha
cabana, nem a mim.
Recentemente, tive um vislumbre do cuidado de Deus quando fui a uma
reunião de treinamento para professores com outros quatro professores. Eu
dirigia, pensando em outras coisas, quando, de súbito, a van começou a sacudir.
Senti cheiro de borracha queimada, e achei que um pneu houvesse estourado.
Mas consegui manobrar a van com segurança até o acostamento.
Saímos todos para verificar os danos, e vimos o fluido da transmissão
pingando. Os pneus estavam intactos, mas um pneu danificado vinha rolando em
nossa direção. Nós não o havíamos visto, mas o atingíramos.
“Bem, acho que preciso chamar o Sr. Weber para guinchar a van”, disse o
diretor. Fazia quatro horas que estávamos na estrada – e nosso destino ainda
ficava quatro horas adiante.
Um policial rodoviário chegou e nos levou a uma loja de conveniência, onde
poderíamos beber alguma coisa fresca e esperar com relativo conforto.
Chamamos o Automóvel Clube para que buscasse a van. Quando meus colegas
saíram para encontrar o caminhão guincho, descobriram o eixo cardã em três
pedaços na estrada. O eixo quebrado havia danificado o tanque de gasolina. Se
tivesse batido com um pouco mais de força, nós provavelmente teríamos nos
queimado ou explodido.
“Sabem”, disse uma das outras professoras, “nunca tive nada perto de um
arranhão, até começar a realmente seguir a Deus. Daí...” E interrompeu o que
dizia. Ela tem razão, naturalmente. Nosso inimigo ataca quando vê que estamos
perto de Deus. Mas nosso Pai é maior do que todos os planos do inimigo.

PAULA GRAHAM
“Eu gosto dos cristãos”

Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu


respeito, para que o protejam em todos os seus
caminhos. Salmo 91:11

Hermie Munez, a esposa Daniela, e dois filhos acordaram sobressaltados certa


madrugada, quando cinco homens armados invadiram sua casa. Os Munez eram
uma família de missionários na África.
Rapidamente, os ladrões amarraram as mãos e o pescoço de Hermie e
ordenaram que Daniela juntasse as coisas que eles queriam – principalmente
dinheiro. O problema era que a família Munez tinha pouco dinheiro. Repetidas
vezes, os ladrões esbofetearam o rosto de Daniela e a agrediram na cabeça,
exigindo que ela lhes arranjasse mais dinheiro. A filha de onze anos, Joanne, e o
filho de quatro, Zuriel, encolheram-se num canto, orando fervorosamente
durante a provação de duas horas.
Quando os homens se viraram para reunir o produto da pilhagem, Daniela e as
crianças começaram a cantar “Não Há Nome Mais Amável”. Logo notaram que
toda vez que cantavam a palavra Jesus os ladrões paravam o que estavam
fazendo. Todavia, após saquear a casa, um dos ladrões, zangado, esbofeteou
Daniela no rosto, exigindo dinheiro novamente. Outro ligou o ferro de passar
roupa e acendeu o fogão. O coração de Daniela pulou para a garganta. Ela
soubera que os ladrões, muitas vezes, torturavam as vítimas, segurando um ferro
quente contra o rosto delas ou segurando a cabeça contra o queimador do fogão.
– Pai – cochichou ela, dominada pelo medo –, eles vão me queimar com o
ferro.
Hermie, que tinha dificuldade para respirar por causa da corda amarrada com
força ao redor do pescoço, conseguiu emitir um sussurro: – Simplesmente ore.
Continue orando.
E fizeram isso. Daniela e os filhos oraram e começaram a recitar o Salmo 23.
Ao ouvir as palavras daquele capítulo conhecido, um dos ladrões se virou para
seus amigos e disse: – Ah, eles são cristãos. Vamos embora.
Quando começaram a juntar as coisas que queriam levar, os outros ladrões
exigiram que a família toda se deitasse de barriga, com o rosto para baixo.
Daniela cobriu-se e aos filhos com um cobertor, achando que seria melhor não
ver o que os homens fariam a seguir. Aqueles foram os momentos mais longos
de sua vida – esperando pelo som do revólver. Mas ele não veio. Então, ouviram
um dos homens dizer: – Não se preocupem, não os mataremos. Eu gosto dos
cristãos.

JEMIMA DOLLOSA ORILLOSA


O Planejador Mestre

Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a


glória, a honra e o poder, porque criaste todas
as coisas, e por Tua vontade elas existem e
foram criadas. Apocalipse 4:11

Que lugar glorioso deve ter sido o Jardim do Éden! Quão prazeroso e
gratificante para Adão e Eva deve ter sido habitá-lo e cuidar dele, com todas as
criaturas que ali viviam. Mas já nos distanciamos bastante do Éden. O pecado
cobrou sua conta. Mesmo assim, maculada como se encontra, a marca de Deus
ainda existe.
Da nossa porta corrediça da sala de estar, obtemos uma vista panorâmica do
quintal e do bosque atrás dele. Para mim, a marca de Deus é evidente ali. Desde
os poderosos carvalhos, mais altos que nossa casa de dois pisos, até o menor
brotinho de bordo, podemos ver os detalhes exclusivos de cada espécie. A forma
das folhas, a textura da casca do tronco, o contorno dos ramos os identificam. As
folhas e flores das plantas menores variam em tamanho, cor e forma,
distinguindo-se umas das outras e revelando sua beleza única.
Esquilos cinzentos, pretos e vermelhos, com sua cauda felpuda, e as miudinhas
tâmias, usando elegantes agasalhos, escolhem nosso quintal como o lugar onde
beber alguma coisa e comer as sementes que caem dos alimentadores de aves.
Suas piruetas nos encantam. Só o Planejador Mestre pode dar a um esquilo a
capacidade de subir verticalmente e saltar em alturas estonteantes de uma árvore
para outra, sem cair. E como aquelas minúsculas tâmias têm força para cavar
buracos subterrâneos?
Quem diz à corça com seu salpicado casaco e ao cervo adulto que é hora de
mudar a cor do pelo?
Alimentar os pássaros nos traz alegria sem medida. Eles chegam em todos os
tamanhos, desde os enormes e empertigados perus selvagens, saindo do bosque
com seus filhotes, até os minúsculos colibris colhendo néctar das flores no
alpendre. As muitas variedades, com as belas cores de suas penas, enfeitam as
casinhas para alimentação de aves. Cada uma tem exatamente o tipo certo de
bico, patinhas e asas para suprir suas necessidades. Como sabem elas quando a
casinha está abastecida com alimento e quando está vazia?
Ao examinar a natureza de perto, como pode alguém acreditar que não existe
Deus? Não precisamos olhar muito longe para ver evidências abundantes de um
planejador mestre. Para mim, a evolução é um embuste. O Deus do Universo é o
Criador de toda a natureza. Essa é a minha crença, e me apego a ela. Espero que
seja a sua também!

MARIAN M. HART
Os óculos de meu pai

Felizes são os olhos de vocês, porque veem; e os


ouvidos de vocês, porque ouvem. Mateus 13:16

Meu pai faleceu em 2005. Como minha mãe não se decidiu a descartar os
pertences dele, foi só depois da morte dela, dois anos mais tarde, que
começamos o processo de esvaziar móveis. Abrindo a gaveta superior da
cômoda do papai, encontrei alguns objetos pessoais, como um relógio de bolso
do vovô, recortes de jornal e óculos. Seis pares de óculos.
Provavelmente, ele guardava todos eles para o caso de, se um quebrasse, poder
facilmente voltar ao par antigo, e assim economizar um pouco de dinheiro. Por
curiosidade, decidi prová-los para ver que tipo de visão meu pai tinha.
Como fiquei chocada! Papai, que lia livros, jornal ou a última edição da revista
Seleções até tarde da noite, era, aparentemente, quase cego de um olho.
Consegui ver com a lente de um lado, mas a segunda lente parecia um espesso
nevoeiro. Comecei a chorar. Papai realmente possuía uma visão ruim. Talvez
fosse por isso que ele insistia com tanta frequência em que eu levasse meus
filhos ao oftalmologista.
Foi então que me veio à mente uma história que papai me contou quando eu era
criança, acerca de seu “olho preguiçoso”. “Lembro-me de ter andando numa
charrete com papai e mamãe quando eu tinha uns cinco anos”, dissera ele. “Eu
colocava a mão sobre um olho e via bem, mas quando cobria o outro olho tudo
ficava escuro, com apenas um pouquinho de luz aparecendo. Quando fiquei mais
velho, meus pais me arranjaram uns óculos, mas minha visão era fraca num olho.
Se tão somente alguém tivesse posto uma tarja no olho bom para fazer com que
o olho fraco trabalhasse um pouquinho mais para se fortalecer, possivelmente eu
teria uma visão melhor nesse olho.”
Assim, por 90 anos, meu pai não tivera visão boa. Contudo, criou uma família,
manteve seu emprego e viveu normalmente. Nunca imaginamos que sua visão
fosse menos do que perfeita.
Com que frequência olhamos para alguém sem saber, na realidade, como essa
pessoa vê o mundo? Ela “vê” coisas com olhos nublados, olhos que tornam
amarga a sua vida? Ou tem visão clara, refletindo sua alegria no brilho dos
olhos? É provável que Helen Keller, que perdeu a visão por volta dos dois anos
de idade, não se lembrasse de ter visto alguma coisa. Mas sua visão interior era
de felicidade, deleite e pensamentos positivos. Se pudéssemos ver através dos
olhos de outra pessoa, isso nos ajudaria a entender melhor como tomou suas
decisões. Poderíamos, inclusive, ver as coisas da maneira como Deus deseja que
vejamos o mundo.

CHARLOTTE ROBINSON
Missão no Chile

Corramos com perseverança a corrida que nos


é proposta. Hebreus 12:1

Tudo começou como um sonho – um devaneio – segundo o qual, um dia, eu


participaria de uma viagem missionária de verdade. Era uma esperança
impossível, de muitas maneiras. Então, por anos, eu me contentei em lecionar na
escola primária da igreja e em saber que aquele era meu campo missionário
também. À medida que grupo após grupo de crianças passava por minhas mãos,
eu orava para que fosse capaz de fazer a diferença em suas vidas; para que, de
algum modo, minha presença as tivesse levado ao pé da cruz. Enquanto os anos
passavam e muitos ex-alunos me contavam de seu serviço para Deus, eu me
enchia com um sentimento de realização. Contudo, isso não supria minha
necessidade de partir numa viagem missionária.
Anos mais tarde, numa emissora cristã de TV, assisti às histórias de pessoas que
faziam viagens missionárias com um grupo chamado Maranata, e voltaram
minhas esperanças de que um dia eu mesma faria isso.
Então, algum tempo atrás, fiquei sabendo de uma viagem missionária ao Chile,
e meus pensamentos e esperanças se reacenderam. Expus minha esperança
diante de Deus: Deus, estou disposta a trabalhar todos os dias para conseguir o
dinheiro para a viagem missionária. Assim, lecionei como professora substituta
por alguns meses. Eu sonhava com o dia em que estaria no Chile.
Então aconteceu o maior desapontamento de minha vida. Essa viagem
missionária foi cancelada. Guardei meu pesar lá dentro e sorri por fora.
Perguntei a Deus: Por quê? Mas não obtive resposta. Alguém sugeriu que o
dinheiro para a viagem missionária poderia ser usado em outra coisa, mas me
recusei a gastá-lo. Eu não sabia por que os planos haviam mudado, mas aprendi
que, às vezes, Deus tem planos ainda melhores.
O telefonema veio no fim de 2008.
– Mamãe, a senhora ainda gostaria de ir ao Chile? Nossa igreja está indo, e há
lugar para a senhora, se quiser ir.
De súbito, o plano de Deus tornou-se claro. Eu não só participaria de uma
viagem missionária, mas estaria indo com meu filho. Na verdade, uma bênção
dupla!
Agora estou em casa, e minha experiência foi tudo e mais ainda do que sempre
esperei. Com frequência, meus pensamentos voltam às novas amizades que fiz, à
oportunidade de ouvir meu filho pregar numa série evangelística, e ver lágrimas
de alegria na face de pessoas que apreciaram os esforços que havíamos feito em
seu favor. Verdadeiramente, Deus tem planos maravilhosos para cada uma de
nós.

PATRÍCIA COVE
Uma lição de paciência

Espere pelo Senhor, tem bom ânimo, e


fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo
Senhor. Salmo 27:14, ARA

Quando me mudei para Charlotte, Carolina do Norte, mal sabia eu que minha
fé seria grandemente provada naquela simpática cidade. Depois de procurar
emprego, sem sucesso, decidi retornar ao trabalho em Nova York. Todavia,
apenas três dias antes do meu retorno, abriu-se uma vaga de meio expediente
como professora num colégio. Deveria eu desistir de um emprego com
benefícios e anos de experiência em troca de um emprego de meio expediente,
sem benefícios? Pedi a Deus que a diretora me oferecesse o cargo
imediatamente. Bem, ela o fez e, após um dia de oração, aceitei. Não havia meio
de saber que o Senhor tinha planos de usar esse emprego de tempo parcial para
me ajudar a aprender uma lição de paciência.
Comecei dando aula para seis turmas em setembro; foram reduzidas para três
em março, e não tive nenhuma em abril. Estava desempregada novamente! Em
outubro, porém, uma de minhas colegas me falou sobre uma vaga em tempo
integral em outro colégio. Eu me inscrevi, mas não recebi comunicação
nenhuma de lá. Desapontada, passei o verão com seguro-desemprego até que o
diretor da escola com a vaga em tempo parcial pediu que eu retornasse para
trabalhar em setembro. Contudo, a rotina seria a mesma – seis aulas em
setembro e nenhuma depois de abril.
Orei por um cargo em tempo integral com benefícios, mas fiquei desanimada
ao saber de notícias sobre dispensa em massa de profissionais na área de
educação. Tive a curiosidade de saber por quanto tempo Deus me manteria à
espera. Em meio a isso tudo, decidi que seria um bom momento para fortalecer
meu relacionamento com o Senhor, para confiar plenamente nEle. Ele Se
manifestaria, oportunamente.
Quando o emprego em meio expediente estava para terminar, em abril, eu não
sabia se conseguiria enfrentar outro verão, mesmo com o benefício do seguro-
desemprego. Então, três dias antes do encerramento das aulas, recebi um
telefonema do administrador do colégio para o qual eu me inscrevera em outubro
do ano anterior. “Agnes, você ainda tem interesse num cargo em nosso colégio?”
Chocada, mal consegui gaguejar uma resposta. Após a entrevista, Deus me deu
esse emprego em tempo integral.
Agora compreendo que quando Deus diz que devemos esperar, Ele não
responde segundo a nossa contagem do tempo, mas segundo a dEle. Durante
aquele período de incertezas, graças ao meu Deus e à minha família, nunca
passei fome e minhas contas foram sempre pagas. Dou graças a Deus por ter me
ensinado uma verdadeira lição sobre espera.

AGNES VAUGHAN
Meu tempo está em Tuas mãos

Eu confio em Ti, Senhor, e digo: Tu és o meu


Deus. O meu futuro está nas Tuas mãos. Salmo
31:14, 15

Há muitas maneiras interessantes de passar nosso tempo. Enquanto lia uma


revista, dias atrás, descobri que, durante a vida, o americano médio passará seis
meses parado diante do semáforo, esperando que a luz mude. Passará um ano
mexendo na escrivaninha bagunçada, em busca de objetos fora de lugar, e oito
meses abrindo correspondência que não solicitou. Passará cinco anos da sua vida
esperando em filas. Três anos em reuniões. Acho que é bem mais do que isso!
Somos interrompidos 73 vezes por dia. Parece um enorme desperdício, não é?
Maluquice. Pense naquilo que realmente importa na vida, e depois pense em
todas aquelas atividades relacionais verdadeiramente significativas que
exercemos – ou poderíamos exercer. Precisamos assumir o controle do nosso
tempo e começar a empregá-lo com sabedoria.
Ministrar às mulheres em diferentes culturas, um dos desafios que a mulher
enfrenta – e não importa em qual cultura ela se encontre – não é orquestrar sua
vida ou planejar seu ano, mas organizar cada dia, tomando providências quanto a
um repouso suficiente, nutrição, exercícios adequados e tempo devocional
passado exclusivamente com o Senhor.
Gosto de pensar que nossa vida é como um trem. À semelhança dos trens,
nossa vida tem um ponto de partida e um destino final. Ela transcorre num
período divinamente indicado e faz importantes paradas ao longo do
caminho.Temos uma poderosa máquina, o Espírito Santo, que nos impulsiona ao
longo dos trilhos da fé e obediência. E, como o trem, nossa manutenção é feita
com cuidado pela Palavra de Deus.
Hoje é um dia especial porque você está exatamente onde Deus deseja que você
se encontre em sua jornada. Talvez esteja esperando um milagre ou uma
promessa que necessita de cumprimento, ou esteja ansiosa para avançar rumo a
algo novo. Talvez esteja chorando e orando por alguém, ou pedindo a Deus uma
cura – ou algum outro desejo. Não se esqueça: o fato de estar esperando não
significa que Deus não esteja em ação. Pode haver obstáculos que precisam
primeiro ser removidos, antes que Deus a leve adiante em Sua vontade.
A verdade é que se você está aguardando numa estação ou avançando, o mais
importante é lembrar-se de que seus dias estão em Suas mãos e Ele sabe o que é
melhor para você, porque Seus olhos atentos estão sobre você.

RAQUEL QUEIROZ DA COSTA ARRAIS


O quarto do profeta

Certo dia, Eliseu foi a Suném, onde uma mulher


rica insistiu que ele fosse tomar uma refeição
em sua casa. Depois disso, sempre que passava
por ali, ele parava para uma refeição. Em vista
disso, ela disse ao marido: “Sei que esse
homem que sempre vem aqui é um santo homem
de Deus. Vamos construir lá em cima um
quartinho de tijolos e colocar nele uma cama,
uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para
ele. Assim, sempre que nos visitar ele poderá
ocupá-lo.” 2 Reis 4:8-10

Agora que a maioria dos nossos filhos saiu, temos mais espaço em casa. Assim,
preparamos um quarto de hóspedes no piso superior, sob os caibros do telhado.
Está decorado com os muitos objetos exóticos que meus pais colecionaram. É
um belo quarto, com uma atmosfera asiática. O único problema é que está no
sótão e só pode ser alcançado por uma escada e uma porta de alçapão.
Tivemos amigos que nos visitaram, vindos de outro país – um pastor e a
família. Pensei em dar a eles nosso dormitório durante sua estada, mas nós
dormimos numa cama com colchão d’água. Por experiência pessoal, sei que uma
pessoa não consegue dormir bem num colchão d’água se não estiver
acostumada. Mas como lhes explicar o acesso ao quarto de hóspedes?
Pensei na história bíblica do quarto do telhado para o profeta, e lhes disse que
havíamos preparado o quarto do profeta para eles. Os hóspedes entenderam a
alusão, não tiveram problema com a escada e dormiram bem no quarto do sótão.
A mulher de Suném quis cuidar das necessidades do profeta porque viu nele
um homem de Deus. Ela sempre o convidava para um refeição, mas sentiu que
podia fazer mais. Queria que ele permanecesse mais tempo na casa dela. Foi por
isso que acrescentou outro quarto ao piso superior. Estou eu tão interessada em
que Deus more em minha casa? Desejo envolvê-Lo em tudo o que acontece em
nossa casa? Tenho espaço para Ele em minha vida todos os dias? Minha casa é
uma casa do Senhor? “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil
trabalhar na construção” (Salmo 127:1).
No fim, a mais bela casa sem Deus é sem valor. Mas se hoje o Senhor morar
em nossa casa, um dia viveremos no lar que Ele está preparando para nós agora.
“Na casa de Meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu lhes teria dito.
Vou preparar-lhes lugar. E se Eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei
para Mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:2, 3).

HANNELE OTTSCHOFSKI
Orações respondidas

Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não


estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Recentemente, o texto de hoje se tornou realidade em minha vida. Eu


caminhava para a cidade após um culto de oração e jejum, repleto do Espírito,
em uma de nossas igrejas locais. Havia usado o computador para a apresentação
durante o culto, e agora caminhava com esforço, carregando-o. O calor da ilha
era intenso, e a umidade alta, enquanto eu andava sob o sol do meio-dia. Sentia-
me cansada, pensando em tudo o que precisava fazer na cidade.
Quando cheguei ao supermercado, estava bastante cansada. Orei
desesperadamente para que Deus me providenciasse uma carona, a fim de levar
as compras para casa. De outro modo, eu teria que tomar um ônibus, que me
deixaria a duas quadras de casa. Isso significaria uma luta com os produtos do
mercado, subindo por um aclive para chegar ao apartamento. O dinheiro estava
tão escasso que eu não poderia tomar um táxi. Bem, preciso mencionar que
somente uma intervenção divina poderia me providenciar uma carona até em
casa, já que eu era relativamente nova na ilha e havia recentemente me mudado
para esse apartamento. Na fila do caixa, eu ainda não havia obtido uma resposta
à minha oração. Então, ao sair do supermercado com a carga extra, mudei meu
pedido: Senhor, se não me arranjares uma carona, então concede-me forças
para suportar este peso. Senti paz e tranquilidade enquanto fazia a curta
caminhada até o terminal do ônibus.
Então, correndo para entrar no ônibus, quase dei um encontrão em Rose, a
esposa de um de meus colegas. Trocamos amenidades e aí ela saiu apressada,
explicando que ia tentar encontrar o marido que, incidentemente, a esperava na
frente do supermercado. Prossegui pela rua quando ouvi alguém atrás de mim
gritando meu nome. Era Rose. “Meu marido quer lhe dar uma carona até sua
casa”, disse ela. Eles moravam na cidade, e me levar para casa significava fazer
um grande desvio. Mais tarde, fiquei sabendo que eles haviam confundido o
lugar marcado para seu encontro, por causa da “amnésia momentânea” de meu
colega. Assim, em vez de esperar a esposa no centro da cidade, ele acabara na
frente do supermercado.
Confusão nos planos? Não acredito. Vejo claramente a mão de Deus nessa
situação. “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão. Batam, e a porta
lhes será aberta” (Mateus 7:7). Preciso lembrar-me sempre, ao viver cada dia,
que Deus Se encontra a uma oração apenas de distância.

TAMAR BOSWELL
É difícil esperar

Enquanto isso, o povo esperava por Zacarias,


estranhando sua demora no santuário. Lucas
1:21

Para mim, “espere” é uma palavra cruel. Não gosto de ficar à espera de nada!
Com essa atitude, não posso entender a pomba no jardim, do lado de fora do
banheiro. Ela fica sentada no ninho durante semanas, esperando que os
filhotinhos saiam da casca. Consigo observá-la enquanto tomo banho. Como
pode ela ser tão paciente, esperando por tanto tempo? Sentada ali o tempo todo,
sem mesmo sair para procurar comida! Mas todas as coisas têm o seu momento.
E se você tentar apressar o nascimento da avezinha, vai apenas destruir o
passarinho que espera para sair do ovo.
Quando preciso acompanhar meu marido a algum lugar, sempre carrego um
livro ou palavras cruzadas, porque não gosto de simplesmente sentar no carro e
esperar. Assim, enquanto ele faz o que precisa, posso ler sem sentir a
impaciência da espera.
A maioria de nosso mundo frenético, maluco e rodopiante encara a palavra
“aguarde” como impiedosa. Com muita frequência somos impetuosos e
impacientes, esperando que as coisas saiam do nosso jeito e ocorram dentro do
prazo que estipulamos. Por que escrever uma carta, se posso mandar um e-mail
ou uma mensagem de texto? Esperamos resultados instantâneos e ação
instantânea.
A verdade é que achamos que não podemos esperar. Queremos que as pessoas
entendam agora! Queremos que as pessoas mudem agora! Queremos que as
pessoas atuem com fluência e dinamismo! Agora. O sábio Salomão já disse que
“para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo
do céu” (Eclesiastes 3:1). O fato é que não temos a paciência de esperar pelo
tempo certo para que as coisas aconteçam.
Mas não devíamos correr adiante de Deus. Se não esperarmos por Ele,
correremos sem energia e com resultados desastrosos. Destruiremos o
maravilhoso plano que Ele tem em mente para nós. Durante minha vida, aprendi
que cada dia tenho que estudar a Palavra de Deus com oração e lhe pedir que me
dê poder e paciência, como as pessoas à espera de que o sacerdote Zacarias
saísse do Templo. Penso que elas aguardaram por longo tempo. Talvez tenham
ficado cansadas de aguardar, e se preocuparam com o que teria acontecido com o
sacerdote. Mas a Bíblia diz que elas “esperaram”.
Temos esperado a segunda vinda de Jesus por longo tempo. Oro para que Deus
nos dê paciência para continuar aguardando, porque Ele sabe o tempo certo – e,
na verdade, está muito próximo.

ANI KÖHLER BRAVO


Não é exatamente assim que Deus faz?

Se você confessar com a sua boca que Jesus é


Senhor e crer em seu coração que Deus O
ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
Romanos 10:9

Desde os seis anos de idade, sei que sou filha de Deus, e desde aquele tempo
tenho crido no Pai, Filho e Espírito Santo, e no fato de que Jesus é meu Salvador.
Um dia, indo da escola para casa, fui cercada por alguns garotos mais velhos,
provocadores e agressivos. Eu não via saída, mas também tinha fé. De repente,
fui puxada para trás pela gola do casaco, e aqueles garotos maldosos começaram
a se espalhar. Um de meus quatro irmãos mais velhos (eu era uma das mais
novas de dez irmãos) voltava de carro do trabalho e me salvou. Ele me deu
carona até em casa com a caminhonete de trabalho, e eu me senti encantada e
muito segura. Não foi Deus quem enviou alguém para me salvar, quando estava
realmente assustada e orando silenciosamente?
Houve ocasiões em que precisei brigar (o que eu detestava), enquanto ia para
casa, mas eu era brava e muitos se machucaram. Eu me meti em encrenca mais
de uma vez, porque meus óculos se quebraram. Com tantos filhos, meus pais não
tinham o que se chama de “dinheiro sobrando”. Logo fiquei mais velha e
acompanhava minha irmã menor, da escola para casa, e tinha que protegê-la. Ela
era minha irmã!
Quando os israelitas deixaram o Egito com Moisés, sentiram-se contra a parede
diante do Mar Vermelho. Mas Deus abriu um caminho em terra seca, com
paredes de água de cada lado. Tenho certeza de que foi por Suas mãos poderosas
e maravilhosamente fortes. Então Ele lhes disse: “Marchem!” O modo como
Deus protege devia tranquilizar Seu povo por longo tempo, mas, não demora
muito, essa certeza é facilmente esquecida.
Jesus me mostrou vez após vez como Ele me salva, não apenas dos pecados,
mas de mim mesma e de situações ruins. Minhas irmãs em Cristo e eu oramos
umas pelas outras, para que tenhamos fé e graça. Nós nos reunimos após o
almoço na igreja e repassamos a lista de pedidos de oração. Quando me sinto
“enredada” num grupo de pessoas, numa atmosfera de discussão e caos, faço
orações silenciosas em busca de respostas simples. Quanto mais simples a
resposta, melhor, e as orações são atendidas perpetuamente. Não é essa a marca
registrada de Deus? Como me sinto agradecida!

SALLY J. AKEN-LINKE
Os fios dourados do amor

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o


Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle
crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João
3:16

Com frequência, nós, cristãos, concentramo-nos nas coisas da vida que nos
separam e nos fazem diferentes, em vez de focalizarmos as semelhanças que
partilhamos e os atributos que nos unem em Cristo.
A vida de tia Dolly exemplifica o verdadeiro cristianismo. Ela dá
generosamente de si mesma, de seu tempo, talentos e recursos financeiros aos
necessitados e aos não tão necessitados. As pessoas que ela beneficia não têm
ligação religiosa ou familiar com ela. Tia Dolly vive uma vida de constante
oração e ação de graças, até pelas provações que lhe atravessam o caminho. Isso
ficou evidente para minha família e para mim numa recente viagem à Jamaica,
onde fomos hóspedes em sua casa por um período estendido de tempo.
A vida dela não é fácil. Pouco depois que meus tios se aposentaram e
retornaram para sua terra natal, tio Herman sofreu um grave AVC que lhe afetou
grandemente a fala e as habilidades motoras. O preparo profissional de tia Dolly
na área de enfermagem tornou-se um dom de valor inestimável no cuidado para
com ele. Sua devoção para cuidar dele, porém, deixa pouco tempo para si
mesma. A incapacidade dele para viajar também significa a incapacidade dela
para viajar. A despeito dessa aparente limitação, ela trata meu tio com gratidão a
Deus por Seu maravilhoso cuidado.
Embora minha tia e eu não tenhamos em comum as mesmas doutrinas
religiosas, no que diz respeito a certos dogmas, nós desenvolvemos uma ligação
profunda por meio de nossas crenças cristãs mútuas, que se entretecem com os
fios dourados do amor. As coisas que temos em comum incluem uma fé
profunda em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Também partilhamos a
crença de que a oração é nosso único meio de comunicação com Deus mediante
Cristo Jesus, por meio de quem temos a vida eterna.
Ao refletir sobre nossa visita à colina em Montego Bay, as devoções e
meditações compartilhadas, devo concluir que as coisas que nos unem são muito
maiores do que as que nos dividem como cristãs. Empenhemo-nos, hoje, em
descobrir nas demais mulheres aqueles fios em comum que nos tornam cristãs
singulares e evitemos as diferenças que trariam discórdia e nos separariam. Jesus
disse a Seus discípulos: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É
necessário que Eu as conduza também. Elas ouvirão a Minha voz, e haverá um
só rebanho e um só pastor” (João 10:16).

AVIS MAE RODNEY


Acorde!

Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os


mortos. Efésios 5:14

A luz ofuscante e as passadas macias e forradas de enfermeiras me tiraram de


um sono pesado. “Acorde, dorminhoca”, brincaram elas. “É hora de se preparar
para a cirurgia. Permita-nos ajudá-la a passar para esta maca.” Observei o
relógio. Eram 6 horas da manhã. Meu cérebro registrou com lentidão – câncer do
cólon.
O que vem pela frente? Justamente dois dias antes, eu havia sentido um
desconforto incomum no abdome e meu médico achou que eu devia passar por
um exame de tomografia computadorizada. Ele revelou um grande volume na
área dos intestinos, e agora eu me encontrava no hospital, preparando-me para a
cirurgia. Eu informara ao médico que, se fosse câncer, eu não queria tratamento
de químio ou radiação. Sentia-me preparada para morrer sem todas aquelas
químicas que, eu sabia, me deixariam muito enjoada e que ainda poderiam nem
me curar. Eu havia perguntado ao cirurgião se ele era cristão, e ele me garantiu
que era. Senti-me surpreendentemente em paz, embora tudo à minha volta fosse
tão esquisito e desconcertante.
A sala para a qual as enfermeiras empurraram a maca fervilhava de atividade.
Elas verificaram todas as informações necessárias, ligaram-me a numerosas
máquinas e examinaram meus sinais vitais. O anestesista entrou e me explicou
calmamente tudo o que se relacionava com o seu trabalho e o que iria acontecer.
Então ele pôs uma máscara sobre meu nariz e pediu que eu respirasse devagar.
No instante seguinte, segundo minha impressão, ouvi: “Frances, acorde! Já
acabou.”Outra voz anunciou: “A cirurgia terminou e você está na sala de
recuperação.” Abri os olhos. As enfermeiras me rodeavam – eu ainda estava
viva! As enfermeiras me levaram de volta para o quarto. Agora desperta no
quarto, ouvi o médico explicando os detalhes a meu filho. Eu sabia que estava
bem cuidada. Contudo, meu cérebro continuava ouvindo o chamado: “Frances,
acorde!”
Pude visualizar a manhã da ressurreição e como será quando Jesus retornar e
chamar os justos – das tumbas para a vida outra vez. Que belo dia vai ser aquele!
Ah, como desejo ouvir essa voz e escutá-Lo chamar meu nome! Jó o diz muito
bem: “E depois que meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu O
verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu
peito o coração!” (Jó 19:26, 27).

FRANCES OSBORNE MORFORD


Sei bem como você se sente

Assim diz o Senhor dos Exércitos: Administrem


a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e
compaixão uns para com os outros. Zacarias
7:9

Alguma vez você já disse a alguém que estava passando por um momento
difícil: “Lamento muito. Sei bem como você se sente”? Mas, ao dizermos essas
palavras, sabemos de fato como a pessoa se sente? E sabem as pessoas como nos
sentimos quando dizem a mesma coisa para nós? Três meses depois de passar
por minha primeira cirurgia para substituição do joelho, fiz uma viagem à cidade
de Nova York a fim de assistir a uma conferência de mulheres nas Nações
Unidas. O hotel ficava a quatro quadras do prédio da ONU. Eu sabia que não
poderia caminhar essa distância cada dia, e aluguei uma cadeira móvel para usar.
Mas não contava com a reação da maioria das pessoas para com alguém numa
cadeira de rodas.
Todos os dias da conferência, enquanto percorria as ruas com a cadeira e
entrava no prédio, ficava impressionada com a insensibilidade de alguns. Muitas
pessoas abriam a porta e entravam diretamente, deixando-a fechar diante de
mim. Quando eu tentava alcançar algo sobre uma prateleira, as pessoas
estendiam a mão por cima da minha para pegar o que queriam, sem perguntar se
eu precisava de auxílio. Fiquei estupefata.
Mas havia aquelas que paravam, sorriam e perguntavam se eu necessitava de
ajuda. Era um contraste marcante entre o que essas poucas pessoas faziam por
mim e o que a maioria fazia ou não. Essa experiência, embora houvesse durado
apenas alguns dias, me ensinou muito sobre quão difícil deve ser a vida para
aqueles que se encontram incapacitados ou fisicamente limitados. Será que
consideram, como eu considerei, que a maioria de nós, pessoas “capazes”,
somos rudes e insensíveis?
Na semana seguinte à viagem para Nova York, estando eu sentada, pensando
sobre minha experiência, entendi que uma das razões pelas quais Deus nos
permite passar por provas difíceis é ajudar-nos a cultivar a compaixão. Ter
experimentado pessoalmente a dor ou o sofrimento deveria ajudar-nos a sentir
compaixão pelos outros.
A Bíblia nos diz que devemos mostrar misericórdia e compaixão uns para com
os outros. Uma definição de compaixão é “sentir ou identificar-se com o
sofrimento de outros”. Como fazer isso? Como podemos verdadeiramente sentir
o sofrimento dos outros? Pedindo que Deus nos dê o coração de Jesus, e
permitindo que nossa dor e sofrimento pessoal nos deem um coração amoroso
para auxiliar alguém. Desse modo, nenhuma prova é em vão.

HEATHER-DAWN SMALL
O gato pródigo

Como o Pai Me amou, também Eu os amei;


permaneçam no Meu amor. João 15:9

– Professora! Temos que ajudar Sunshine! – suplicaram os alunos, enquanto


entravam depois do recreio. Corri para fora, olhei o pátio do recreio, mas não vi
nada.
As crianças apontaram para a divisa da propriedade da escola. – Lá em cima!
Ali, encarapitado no topo do poste da rede telefônica, vi a forma arredondada
do meu gato malhado em tom laranja. Sunshine vinha para a escola comigo
todas as manhãs, acreditando que livros, carteiras e afagos diários de meninos e
meninas eram algo agradável, embora rotineiro. Porém, Sunshine decidira
acrescentar alguma aventura à rotina, e meus alunos se preocuparam com a
segurança de seu melhor amigo peludo.
Um rápido telefonema para a companhia telefônica, e Sunshine foi resgatado. A
paz e a calma retornaram à sala de aula, e Sunshine voltou a cochilar sobre as
carteiras.
Uma semana depois, todavia, ouvi outra vez o pedido das crianças.
Desta vez, foi no poste número dois. Uns dez postes contornam os vinte acres
da escola. O que a empresa de telefonia vai pensar por ter que mandar seu
caminhão à nossa escola outra vez? Felizmente, não houve queixas e uma vez
mais Sunshine voltou à terra firme.
– Quando é que Sunshine vai aprender? – perguntou um aluno, consternado. –
Ele não sabe que pode morrer, fazendo uma coisa como essa?
Apesar de nossas esperanças e nosso melhor interesse por Sunshine, logo
chegou o dia em que a liberdade o colocou no alto do poste número três. Como
ligaria eu para a companhia telefônica pela terceira vez?
– Sinto muito, crianças, mas agora vamos ter que deixar Sunshine lá em cima.
Ele fez a sua escolha. – Um amor severo não foi fácil, especialmente quando a
neve começou a cair. Os flocos ficaram cada vez mais espessos, e a preocupação
dos alunos se aprofundou mais e mais. As aulas terminariam logo, e Sunshine
continuava empoleirado no poste. Meu aluno mais velho foi olhar a porta pela
última vez.
– Sunshine! Você voltou! – Os alunos correram para rodear Sunshine e afagá-lo
carinhosamente. – Vou buscar alguma comida para ele! Tire a neve das suas
orelhas! – E correram para cuidar de Sunshine, que, sabiamente, nunca mais
resolveu subir num poste da linha telefônica.
Algum dia no Céu saberemos como foi, para Deus, quando nos distanciamos
dEle. Anseio pelo dia em que Deus me receberá no Lar. Somente então
começarei a entender o quanto Deus nos ama.

JODIE BELL AAKKO


A cebola Vidalia

E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o. É


melhor entrar no Reino de Deus com um só olho
do que, tendo os dois olhos, ser lançado no
inferno. Marcos 9:47

Ao fazer compras, sempre adquiro cebolas por réstia, a fim de tê-las à mão para
as receitas. Recentemente, enquanto picava as ervas aromáticas e estava pronta
para acrescentar os outros ingredientes, notei que a cebola parecia machucada
numa extremidade. Se tivesse sido uma cebolinha amarela ou uma chalota, eu a
teria descartado e pegado outra. Essa, porém, era uma cebola Vidalia doce e
grande, grande demais para ser desperdiçada.
Sobre a tábua de cortar, pouco a pouco fui removendo as partes ruins, a fim de
salvar tudo o que pudesse. Por fim, acabei jogando fora um oitavo da cebola.
Então cortei em cubos e piquei o resto da cebola, preparando-a para o prato que
pretendia fazer. Enquanto a refogava, o cheiro era tão delicioso que fiquei feliz
por ter salvado uma parte dela, já que a porção salva era certamente melhor que
nada.
Como profissional da área da saúde, às vezes devo falar com os pacientes como
preparativo para alguma cirurgia indesejada, como a amputação de um membro
ou a remoção de outra parte do corpo. Gosto de dizer-lhes: “Será melhor para
você ter removida essa parte danificada do que ficar sem nada de você!” E,
pensando na doce cebola Vidalia, também me lembrei de Marcos 9:47: “E se o
seu olho o fizer tropeçar, arranque-o.”
Quando aceitamos Jesus como nosso Salvador, temos partes danificadas em
nós que precisam ser podadas, desbastadas ou até removidas inteiramente, a fim
de que o Senhor nos possa usar em Seu serviço.
“Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados
para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Coríntios 11:32). Tudo o
que temos que fazer é dizer, assim como Charlotte Elliot, na letra do velho hino:
“Tal qual estou, eu venho a Ti, e Tu minh’alma limparás”. O Senhor tem Seus
próprios meios misteriosos e tremendos de nos preparar para sermos úteis aqui
no mundo e depois no Céu e na Nova Terra.

BETTY G. PERRY
Fevereiro

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“Mestre, quem pecou?”

Seus discípulos Lhe perguntaram: “Mestre,


quem pecou: este homem ou seus pais, para que
ele nascesse cego?” Disse Jesus: “Nem ele nem
seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que
a obra de Deus se manifestasse na vida dele.”
João 9:2, 3

Por que algumas pessoas sofrem tanto? Por que meu filho é saudável, enquanto
outra mãe tem dois filhos com deficiências? Por que Deus dá a algumas pessoas
um fardo tão pesado? Em minha igreja, na América do Sul, havia uma mãe com
um casal de filhos na faixa dos vinte anos. Ambos tinham paralisia cerebral. A
mãe não conseguia cuidar de ambos, de modo que precisou colocar o filho numa
casa de repouso. Ele tinha seu quartinho e revelava uma disposição radiante e
feliz. Estudou a Bíblia com diligência e insistiu em ser batizado por imersão,
como seu Salvador havia sido. Tenho certeza de que foi o dia mais feliz da vida
dele.
O irmão conseguia comunicar-se perfeitamente, mas a fala e a mobilidade de
sua irmã estavam prejudicadas. Restrita ao leito, era tão difícil entendê-la que se
podia até pensar na possibilidade de ela ter também limitação mental. Sempre a
tratei como se ela entendesse tudo, embora sem nunca ter certeza de ser esse o
caso. Então me mudei, e não voltei por dez anos. Quando retornei, fui ver esses
irmãos outra vez. Os membros da igreja visitavam o rapaz, mas me disseram que
não me preocupasse em ver a irmã, pois ela era “beligerante” e não queria ver
outras pessoas.
O irmão ficou encantado ao me ver, e insistiu para que eu visitasse sua irmã.
Quando entrei no quarto dela, ela me olhou e formou as palavras “Feliz
aniversário, irmã Sinikka”. Para dizer a verdade, eu me havia esquecido de que
era o dia do meu aniversário! Como foi possível que ela me reconhecesse e até
se lembrasse do meu aniversário, depois de tantos anos? Eu me senti muito
pequena e humilde, e ao mesmo tempo grata por havê-la tratado com respeito.
Deus não cura miraculosamente todos os crentes ou seus filhos. Mas Ele deseja
que tenhamos consideração para com os sofredores. Deseja que os tratemos com
amor e compaixão. Deus é glorificado, não só mediante uma cura milagrosa,
mas também por meio das palavras e atos de Seus filhos. Talvez Deus não afaste
todas as limitações para que tenhamos a oportunidade de desenvolver o caráter
de Cristo, que cuida até mesmo do pardal.

SINIKKA DIXON
Colisão

Clame a Mim no dia da angústia; Eu o livrarei.


Salmo 50:15

Num momento eu saía com o carro de um estacionamento para um setor muito


perigoso da rua, e no momento seguinte houve a colisão, fazendo meu veículo
rodopiar várias vezes, indo parar num estacionamento do outro lado da rua. O
tempo todo pensei que aquilo não podia estar acontecendo, que certamente eu
não havia sido atingida com tanta força. Fiquei sentada ao volante, aturdida, mal
notando que o braço esquerdo sangrava profusamente. Mais tarde, percebi que a
perna esquerda também sangrava. No momento, eu tentava recuperar o fôlego e
organizar os pensamentos confusos. Nunca antes me envolvera num acidente
grave e não conseguia captar o fato de que aquilo havia mesmo ocorrido.
Uma pequena multidão se reuniu e um bondoso rapaz apareceu junto à minha
janela, garantindo que eu ficaria bem. Outros perguntaram se eu achava que
devia ir ao hospital. Insensatamente, respondi que achava que não precisava ir.
Mesmo assim, alguém chamou uma ambulância e fui logo acomodada sobre a
maca, com um colar cervical, uma injeção no braço direito, um medidor de
pressão sanguínea no braço esquerdo e oxigênio nas narinas. Colocaram-me
dentro da ambulância para um percurso sacolejante ao hospital, onde fui levada
ao setor de pronto-socorro.
Várias horas mais tarde, após muitos exames de raios X, uma vacina contra
tétano e outros procedimentos, fiquei sabendo que, apesar de contundida e
machucada, não havia sofrido fraturas.
Sem familiares por perto, liguei para minha amiga Marilyn e, sem explicações,
perguntei se ela podia me buscar na emergência do hospital. Ela chegou em
seguida. Fiquei sabendo para onde meu carro fora levado, e assim ela me levou
para vê-lo e retirar meus pertences. O veículo, algo triste de se ver, foi declarado
como tendo sofrido perda total. Havia compras de mercado no porta-mala, e
cerca de metade delas estava esmagada e inutilizada, mas resgatamos o restante.
A filha de Marilyn, Lori, uma enfermeira maravilhosa, veio todos os dias,
enquanto foi necessário, para trocar os curativos sobre as feridas. Minha irmã
Lila veio de outra cidade para ficar alguns dias. Eu não podia ter pedido um
atendimento melhor.
Mais tarde, Marilyn comentou com Lori que era triste o fato de eu não ter
família aqui. Lori respondeu: “Ela tem. Ela tem a nós.” E tinha razão. Tenho
uma família aqui. Minhas amigas. A família da igreja. A família de Deus. Se
você tem isso, é uma pessoa abençoada.

MARY JANE GRAVES


A parábola do Sudoku

Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me


procurarem de todo o coração. Jeremias 29:13

Algum tempo atrás, achei-me numa situação na qual eu tinha tempo livre
sobrando, porém necessitava de atividades que reduzissem ou pelo menos não
aumentassem meu nível de estresse. Minha paciência com atividades de curta
duração que, em outras circunstâncias, seriam agradáveis, estava um tanto
diminuída, até o dia em que vi um jornal com um quebra-cabeça de Sudoku. Já
havia visto outras pessoas resolvendo esses quebra-cabeças antes, mas eles
nunca me atraíram.
Esse jogo tornou-se popular em 1986, por intermédio de uma empresa
japonesa, com o nome de Sudoku, significando número simples. Nos Estados
Unidos, o primeiro quebra-cabeça de Sudoku apareceu num jornal de New
Hampshire em 2004. O jogo tem nove quadrados, cada um dos quais tem
quadrados para nove dígitos. A ideia é colocar números de 1 a 9 em cada
quadrado apenas uma vez, e em cada linha, horizontal e verticalmente.
Naquele dia, ao olhar para o quebra-cabeça, notei que vinha publicada a
solução do joguinho do dia anterior. Que tenho a perder?, matutei comigo
mesma. Posso seguir no meu ritmo, parar e recomeçar quando quiser e, se ficar
empacada, vejo a solução amanhã. Tendo me preparado psicologicamente para
o desafio, peguei um lápis com borrachinha, li as instruções e comecei. A
princípio, usei a borracha com frequência, mas logo percebi que não só estava
fazendo progresso, mas obtendo grande prazer com essa recém-descoberta
atividade. Em pouco tempo, estava usando o Sudoku para aliviar o estresse ou
simplesmente me distrair durante o tempo livre.
Ocorreu-me que há várias lições a serem aprendidas com o Sudoku. Uma é que
frequentemente há vários meios de procurar e encontrar solução para as
situações da vida. Percebi também que, embora às vezes impalpável, há sempre
uma solução, mas é necessário olhar em várias direções, bem como dentro e fora
dos quadrados. Outra lição é que, por vezes, é necessário “dormir” sobre o
desafio, para que “acordemos” com uma perspectiva renovada.
Na vida espiritual, podemos pedir que Deus nos ajude a buscar continuamente
novas maneiras de encontrá-Lo e servi-Lo. Precisamos de auxílio para olhar com
mais frequência para fora das caixas de nossa vida cotidiana, a fim de podermos
verdadeiramente encontrar e servir a Deus.

DOREEN EVANS-YORKE
As flores sempre trazem um sorriso

Deem graças ao Senhor, porque Ele é bom. O


Seu amor dura para sempre! Salmo 136:1

Tenho feito arranjos de flores para muitas cerimônias, residências e salas de


reunião. Interessei-me por arte floral e recebi o preparo necessário para tornar-
me uma arranjadora de flores e designer de arte. Mesmo que me sinta cansada,
aproveito toda oportunidade de fazer arranjos de flores porque sempre me sinto
alegre e durmo serenamente depois disso.
Os comentários que tenho recebido de outros me fazem entender que minha
arte no arranjo de flores também é um ministério. Um dos primeiros foi num
sábado, após a confraternização. Uma senhora idosa me disse: “Senti falta dos
seus arranjos na semana passada. Sempre fico na expectativa de vê-los. Eles me
animam e sempre trazem um sorriso.” Tenho recebido muitos comentários
parecidos desde então, mas quer alguém comente, quer não, faço os arranjos
com todo o coração.
Ao pensar nas emoções e nos pensamentos que as flores provocam, lembro-me
de uma conversa que tive ontem com uma colega. Ela falou de um tempo que
passou na Holanda, e lhe contei a história de minha visita à Grã-Bretanha. Ela
pintou um quadro verbal dos infindáveis jardins de tulipas, como um mar de
cores. Isso me fez lembrar de um verão em East Midlands, e das plantações sem
fim de colzas amarelas no interior. A beleza e a calma que nos vêm com essas
lembranças produzem sempre um sorriso, e não pude deixar de sorrir enquanto
ela falava.
Frequentemente uso flores como rosas, tulipas, cravos, crisântemos, lírios,
gipsófila e aves-do-paraíso em meus arranjos. Flores de cor viva são sempre
interessantes, e, colocadas num arranjo, podem animar ou transmitir calma.
Quando Jesus e Seus discípulos iam de vila em vila, levavam alegria ao coração
e sorrisos ao rosto das pessoas. Pense nas vidas que foram mudadas por meio da
cura, libertação, restauração, companheirismo, necessidades supridas e a dádiva
da esperança quanto ao futuro.
Jesus ainda hoje toca nossa vida. Seja como Ele. Procure tocar alguém, ou
cultive plantas e flores ao redor. Você verá certamente uma reação. É
maravilhoso e admirável que Deus tenha dado a nós a capacidade de tocar
corações e levar um sorriso aos outros. Tenho certeza de que Ele quer que
façamos isso com frequência.

ELIZABETH IDA CAIN


“Eu não faço...”

Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o


querer quanto o realizar, de acordo com a boa
vontade dEle. Filipenses 2:13

Sabemos que todas as coisas cooperam para o


bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o Seu propósito.
Romanos 8:28

Há coisas em sua vida que você coloca na categoria do “Eu não faço...”? Com
certeza, todas nós fazemos isso em algum momento ou outro,
independentemente de as nossas razões serem bem fundamentadas ou
substanciais. Ao examinarmos a Bíblia, porém, encontramos dezenas de pessoas
que poderiam facilmente ter escolhido dizer: “Eu não faço...” durante momentos
críticos, mas que, sob convicção e humildade, escolheram o oposto e produziram
grande bem.
Considere por um momento a perda de oportunidade e a perda espiritual
permanente se os seguintes personagens bíblicos houvessem escolhido essa
atitude. Imagine o que teria acontecido se Noemi dissesse: “Não faço amizade
com minhas noras”, ou se Rute houvesse respondido: “Não vou respigar no
campo de Boaz.” Se Raabe houvesse declarado: “Não recebo espias”, sua
família toda haveria se perdido. Que aconteceria se a viúva de Sarepta dissesse:
“Não hospedo profetas”, ou se a mulher samaritana junto ao poço de Jacó
houvesse dito: “Não converso com judeus”? Rebeca poderia ter decidido: “Uma
coisa que não faço é andar de camelo”, e teria perdido seu lugar na história.
Finalmente, a mulher com o fluxo de sangue teria perdido tudo se pensasse:
“Não ponho a mão em bainhas.”
Semelhantemente, o que aconteceria hoje se Deus dissesse: “Não faço curas –
espirituais, mentais, sociais, emocionais ou físicas”? Ou então “Não mais atendo
as viúvas”. E se Deus declarasse: “Também não cuido de pessoas divorciadas ou
lares desfeitos”? Imagine se Deus decidisse: “Não ligo para a solidão,
desesperança, desamparo.” Pior de tudo, o que seria se Ele decidisse:
“Finalmente, não recebo mais pecadores!” Que catástrofe seria! Mas o amor e o
cuidado de Deus são tão abrangentes que atravessam todas as barreiras humanas
de etnia, cor, gênero, status e crença religiosa. Ele nos aceita a todas, todos os
dias.
Parece óbvio que devíamos reexaminar nossa lista de “Não faço...” Talvez
precisemos acrescentar exatamente as coisas que Deus já nos tem pedido que
façamos. Você sabe quais são elas, no seu caso. E, sim, isso pode exigir toda a
nossa humildade, mas valerá a pena.
Estou reorganizando minha lista. E você vai “fazer” o mesmo?

ALTHEA Y. BOXX
Um aprazível passeio matinal

Se vocês derem atenção ao Senhor, o seu Deus,


e fizerem o que Ele aprova, se derem ouvidos
aos Seus mandamentos e obedecerem a todos os
Seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma
das doenças que Eu trouxe sobre os egípcios,
pois Eu sou o Senhor que os cura. Êxodo 15:26

Todas as manhãs, meu esposo e eu saímos para uma caminhada. É sempre


emocionante, pois vivemos num lugar de onde podemos ver o luxuriante verde
da Mata Atlântica, na qual esquilos correm por todo lado procurando algo com o
que encher a barriguinha, onde os gritos estridentes de macaquinhos nos
chamam a atenção e pássaros cantam para anunciar um dia bonito. Tudo isso faz
com que nos sintamos mais perto de Deus. Em nossa caminhada, vemos também
gansos nadando num lago após receber um desjejum grátis. Às vezes, as crianças
jogam comida no lago e os gansos se apressam para pegá-la com grande
determinação.
Enquanto caminho, gosto de me lembrar dos oito remédios naturais, princípios
que nos trazem mais saúde. Considero-os proveitosos na minha vida. O primeiro
é o ar puro, e procuro respirar profundamente quando estou ao ar livre. Para
continuar a desfrutá-lo, precisamos conservar o ar limpo. A água pura é
importante também. O corpo, como o planeta, se compõe de dois terços de água.
Assim, devemos beber água ao longo do dia, exceto durante as refeições.
Também precisamos de água para manter o corpo limpo. A luz solar é um
eficiente germicida, e nossas casas devem ser ventiladas e banhadas pelos raios
do sol. Precisamos sair à luz solar, mas também proteger a pele dos raios
prejudiciais. Um regime alimentar saudável tem sua origem em Deus, que criou
os céus e a Terra. Comer frutas, vegetais de muitas cores e grãos integrais
contribuem, todos, para nossa saúde geral. Também precisamos de exercício
vigoroso e regular. Ele ajuda a manter o coração saudável, o colesterol baixo e
também controla a pressão sanguínea. O autocontrole, ou temperança em todas
as coisas, é outro elemento essencial para se viver uma vida bem equilibrada. E
embora Deus nos tenha dado seis dias para trabalhar, o descanso também é
importante.
Após uma semana de atividade, recebemos do Criador um presente
maravilhoso, o sábado, no qual descansamos assim como Ele o fez, ao concluir a
criação do mundo.
Estudos revelam que as pessoas que vivem mais perto de Deus, que têm a
convicção de serem auxiliadas por Ele, vivem mais felizes e têm
relacionamentos mais positivos – e saúde melhor. “O coração bem disposto é
remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos” (Provérbios 17:22).

NEIDE BALTHAZAR DE OLIVEIRA


“Você não é cristã!”

E conhecerão a verdade, e a verdade os


libertará. João 8:32

Quando voltei da igreja para casa, meu esposo estava terminando de preparar o
almoço que eu havia começado antes. Mas ele estava fazendo um molho escuro,
em lugar do molho à base de tomate, como eu havia pedido.
– Você nunca presta atenção! – explodi, zangada. – Você faz simplesmente o
que quer. Isso não me ajuda, se você não fizer o que peço.
Meu marido olhou para mim e reagiu: – Você nem mesmo é cristã!
Recuei até o canto do guarda-louças da cozinha. Estava chocada. Em geral, eu
não levaria em conta o comentário dele. O que é que ele sabia? Acaso ia à igreja
todas as semanas e estudava a Bíblia cada manhã? Não! Mas desta vez senti o
Espírito Santo falando por intermédio dos lábios dele.
Por que ando reagindo com raiva contra meu esposo, tão frequentemente, nos
últimos tempos?, perguntei a mim mesma.
Então senti como se Deus me dissesse: “Você é cristã, sim; caso contrário, não
se importaria por Me ter representado mal. Mas a sua raiva não Me representa.
Quero levá-la a outro nível, para se tornar como Jesus.” Eu sabia que Satanás, o
acusador, nunca diz palavras de esperança com suas acusações, e por isso tive
certeza de que era Deus falando.
“OK, Pai”, orei silenciosamente. “Vou jejuar e orar até que me mostres qual é o
meu problema.”
Enquanto lia, estudava e orava pedindo sabedoria, Deus me conduziu à história
de Davi e Saul. Percebi que eu estava cheia de ressentimento; não, era mais
profundo que isso. Estava cheia de inveja e, como Saul, isso me levava a
palavras e comportamento feios, irracionais. Mas de que tinha inveja? Então
Deus me mostrou que eu invejava o relacionamento acolhedor que meu esposo e
minha filha adulta tinham um com o outro. Eu me sentia de fora, e isso me
deixava infeliz – e aos outros também.
Em vez de me sentir arrasada com essa descoberta, fiquei emocionada por
finalmente entender. Quase gritei: “Sim, Senhor, leva isso embora. Cura-me!” E
Ele o fez. Estou livre. A verdade a meu próprio respeito me libertou. Deus sabia
que eu precisava ver isso antes que minha filha chegasse para as férias de verão.
Então pude desfrutar o prazer da convivência com eles, sem me sentir deixada de
fora. Que presente de Deus!

LANA FLETCHER
Suéter marrom

O Senhor é a minha luz e a minha salvação.


Salmo 27:1

Eu decidira, com antecedência, o que vestir para trabalhar naquela quinta-feira


– suéter marrom de mangas compridas, calça com uma estampa miudinha
marrom e preta, e botas marrons. Isso me economizaria um pouco de tempo pela
manhã. Como de costume, às 5h45, saí da cama e me coloquei de joelhos para a
oração, lavei o rosto e fui ao meu lugar especial para estudar a lição bíblica do
dia e escrever meu diário, antes de me vestir e descer para o desjejum.
Achei que estava vestida adequadamente para a manhã de inverno com
temperatura um pouquinho abaixo de zero. Então dei uma olhada final no
espelho do quarto, sob uma luz diferente que a do banheiro. Somente então vi
que, embora tivesse certeza de que o suéter fosse marrom, na realidade era de
um tom vinho escuro, e certamente não combinava com a calça e as botas. Agora
precisava correr para chegar em tempo ao trabalho. Em vez de trocar de suéter,
decidi usar calças e botas pretas.
Sob o escrutínio de uma luz melhor, a cor verdadeira se revelara. A vida pode
ser exatamente assim. Às vezes, nós nos sentimos bem conosco – frequentamos
a igreja regularmente, fazemos doações para ajudar os pobres, enfermos,
necessitados e aqueles que julgamos ser menos afortunados que nós mesmas.
Olhamo-nos no espelho e pensamos que estamos bem, ou pelo menos não tão
“mal” como alguns outros com quem nos comparamos.
Certa vez, ouvi o seguinte ditado: “Somos, na verdade, aquela pessoa que
mostramos quando estamos sob pressão.” Quando as coisas vão mal ou alguém
nos passa uma rasteira, a feiura que muitas vezes jaz sob nosso exterior bem
arrumado se revela, e descobrimos que não somos exatamente quem julgávamos
ser, ou quem gostaríamos que os outros enxergassem. Em vez disso, percebemos
a que distância nos encontramos de corresponder ao padrão real: Cristo Jesus. À
luz das Escrituras, vemo-nos como somos realmente, e reconhecemos que, afinal
de contas, não somos mesmo tão “boas”. Percebemos que devemos olhar para
Jesus em busca de forças a todo momento. Ao nos colocarmos sob Sua luz para
ver nosso verdadeiro caráter, podemos fazer as mudanças necessárias a fim de
colocar-nos em harmonia com Cristo, nosso elevado padrão e verdadeira luz.
Você gostaria de, comigo, submeter-se à Sua luz, para que vejamos a nós
mesmas como somos realmente e tenhamos a disposição de mudar como Ele
julgar necessário?

GLÓRIA STELLA FELDER


Selá!

Meditarei nos Teus preceitos e darei atenção às


Tuas veredas. Salmo 119:15

Selá. Muitas vezes passamos por cima desse termo, quando nele tropeçamos
durante a leitura dos Salmos, ou o ignoramos inteiramente ao passarmos para
informações mais “interessantes”. Muitas pessoas nem mesmo o pronunciam
quando leem em voz alta. À semelhança de muitas outras coisas na vida, das
quais sentimos falta, Selá tem um significado profundo e inescapável. Muitos
acreditam que seja uma pausa exagerada para meditação sobre o que foi escrito,
e uma ênfase sobre o que vem a seguir. No mínimo irredutível das explicações,
Selá pode ser comparado ao momento em que você finalmente dá uma mordida
num maravilhoso quitute depois de ter desejado fazê-lo durante as três últimas
horas. Você faz uma pausa para saborear a delícia.
Quando um martelo bate sobre o alvo errado e você grita com dor excruciante,
a sensação de alívio da água fria correndo sobre o ainda latejante polegar traz
esperança. Selá! Quando você finalmente usa o sanitário depois de ter por longo
tempo lutado para suprimir a necessidade – você quase derrete de alívio. E
quando esperou com paciência pelo retorno do amor da sua vida após uma longa
viagem, e se surpreende porque ele chegou antes do esperado – e com presentes
–, você fica por um momento atônita sob uma exuberância de emoção,
felicidade, incredulidade e gratidão! Selá!
Em todas essas experiências, você é forçada a fazer uma pausa momentânea e
meditar sobre o que acabou de acontecer, além de ficar na expectativa do que
está por vir.
Aqui estão alguns dos versos sobre os quais seria interessante fazer uma pausa
para reflexão: Salmo 85:2: “Perdoaste a iniquidade do Teu povo; cobriste todos
os seus pecados. (Selá)”. Salmo 3:8: “A salvação vem do Senhor; sobre o Teu
povo seja a Tua bênção (Selá)”. Salmo 60:4: “Deste um estandarte aos que Te
temem [...] (Selá).” Salmo 62:8: “Confiai nEle, ó povo, em todos os tempos;
derramai perante Ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio (Selá).” Salmo
24:10: “Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da
Glória (Selá).”1
Minha esperança é que cada uma de nós faça uma pausa por um momento,
hoje, para meditar sobre as promessas da Palavra de Deus. Escolhamos habitar
em Sua presença neste dia e confiar-Lhe todos os nossos empreendimentos.
Proclamo diante dEle: “Só Tu és o meu Deus. Selá!”

SHANTER H. ALEXANDER

1
Nota de Tradução: Os textos deste parágrafo são da versão Almeida Revista e
Corrigida.
O pavão branco

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro,


como em espelho; mas, então, veremos face a
face. Agora conheço em parte; então,
conhecerei plenamente, da mesma forma como
sou plenamente conhecido. 1 Coríntios 13:12

Há belos painéis de vidro nas portas da frente de nossa casa. Gosto da


elegância que os motivos em relevo projetam. Mamãe aprecia o fato deque,
embora possamos ver o lado de fora, ninguém pode ver o lado de dentro. Hoje
de manhã, descobrimos outra razão para apreciar nossas portas com painéis de
vidro.
Através dessas portas, vi o que julguei ser o gato branquíssimo do vizinho, no
alpendre. Mas, quando abri a porta, encontrei uma estonteante exibição de cores.
Três pavões – dois dos quais vestiam a plumagem iridescente e vibrante de
esmeralda que os tornou famosos – ali estavam para uma visita. Ainda mais
atraente, porém, era o pavão branco que vinha com eles. Os olhos escuros me
deram a certeza de que ele não era albino. Fiquei fascinada enquanto o
observava a desfilar pelo canteiro de rosas, atento às suas diferentes atrações –
ou era o que parecia. Entretanto, quando ele começou a comer os botões de rosa,
meu encanto se transformou em desprazer, e precisei enxotá-lo.
Mas que bênção! Quando o observei com os outros dois, uma frase do texto de
hoje me veio à mente: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente.”
Senti o poder de sua poesia. Era para mim um lembrete de que minha
compreensão e meu relacionamento com Deus eram sombreados, na melhor das
hipóteses. Eu não O conhecia realmente.
Em seu livro mais conhecido, Ellen White me faz pensar em um meio de
conhecê-Lo melhor. “A natureza fala sem cessar aos nossos sentidos. O coração
aberto é impressionado com o amor e a glória de Deus manifestados nas Suas
obras” (Caminho a Cristo, p. 85).
Dei graças a Deus por Ele haver ligado essa preciosa lição ao pavão branco. Ele
relacionara aquela ave com uma verdade que me fazia lembrar que a beleza é
mais do que aparência; que a pureza se reflete no caráter e nas ações; que Seu
amor é constante, abrangente e supremo.
Agora, sempre que passo pelas portas com painéis de vidro, lembro-me da
necessidade de passar mais tempo com Deus. Mas o texto de hoje não para aí. É
seguido pela certeza de que, um dia, chegarei a conhecê-Lo tão intensamente
quanto Ele me conhece. E essa é uma promessa tremenda.
“Mas pergunta agora [...] às aves dos céus, e elas to farão saber. [...] A mão do
Senhor fez isto” (Jó 12:7-9, ARA). O pavão branco me fez saber.

GLENDA-MAE GREENE
O trem rumo ao Céu

Felizes os que lavam as suas vestes, e assim têm


direito à árvore da vida e podem entrar na
cidade pelas portas. Apocalipse 22:14

Gosto muito de viajar de trem. Na Inglaterra, os trens são mais caros que os
ônibus, porém são mais rápidos e pontuais. Gosto da maneira como deslizam
pelos trilhos através de vales, áreas montanhosas, cidades e vilas. Posso carregar
comigo todos os volumes que quiser, pois não há restrição de quantos quilos a
pessoa pode levar, como no caso dos aviões. Os trens também transportam
muitas pessoas. Alimentos e bebidas são vendidos, e assim você não passa fome.
Na Inglaterra, a maioria das pessoas que usam trens no início da manhã está a
caminho do trabalho. Os que viajam no fim da manhã ou início da tarde
geralmente vão fazer compras ou alguma conexão para outras cidades. Os que
usam o transporte à noite, naturalmente, são, em sua maioria, pessoas que voltam
do trabalho para casa.
Mas existe um outro trem no qual anseio viajar. Sua vinda é mais aguardada
que os trens deste mundo. Ninguém sabe o dia ou a hora em que ele chegará,
mas ele virá, certamente. Esse trem levará a bordo todos os que estiverem
dispostos a embarcar – gratuitamente e sem discriminação de cor, etnia, idade ou
gênero. Nesse trem, contudo, você precisa ter muito cuidado com os volumes
que transporta. A sacola rotulada como fofoca não será permitida a bordo. A
mala com a marca do adultério não será aceita. A sacolinha com a etiqueta de
rancor não irá a lugar nenhum. A caixa marcada como fornicação será
descartada. A mala da ira deve ficar para trás. A frasqueira rotulada como furto
ou mentira não será permitida nem perto desse trem.
Entretanto, grandes volumes de bondade, perdão, longanimidade, amor, pureza
e paciência terão bastante espaço no trem. E, ao viajarmos, serão servidos
alimentos e bebidas sem custo. Quando você sentir fome ou sede, é só erguer a
mão, e garçons vestidos de branco virão servi-la.
Passaremos por muitos países. Atravessaremos muitos rios, mares e oceanos.
Passaremos por desertos e montanhas, mergulhando no espaço exterior. Talvez o
mais impressionante é que não necessitaremos de passaporte ou visto para
participar dessa viagem. O coração é o passaporte. Sejam quais forem seus
planos na vida, planeje viajar nesse trem, pois o seu destino é o Céu. Não deseja
você convidar toda a família, os amigos e vizinhos para irem junto também?

PEGGY RUSIKE
O poder de uma assinatura

Jesus respondeu: “Você não Me conhece,


Filipe, mesmo depois de Eu ter estado com
vocês durante tanto tempo? Quem Me vê, vê o
Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o
Pai’? [...] As palavras que Eu lhes digo não são
apenas Minhas. Ao contrário, o Pai, que vive
em Mim, está realizando a Sua obra. Creiam em
Mim quando digo que estou no Pai e que o Pai
está em Mim; ou pelo menos creiam por causa
das mesmas obras.” João 14:9-11


Quando vi o catálogo de um programa da mídia cristã, decidi encomendar
alguns dos seus livros. Preenchi o formulário de encomenda com meu nome,
endereço, número do telefone, os títulos dos livros, quantidade e preços, e somei
tudo. Preenchi um cheque para enviar junto, coloquei-o no envelope, selei-o e o
enviei. Alguns dias mais tarde, recebi um telefonema dizendo que eu não havia
assinado o cheque! “Como isso pôde acontecer?”, perguntei. Eu devia estar com
pressa, porque sempre assino meus cheques. A bondosa senhora disse que eles
poderiam conseguir permissão do banco para assinar por mim, se eles pusessem
suas iniciais junto da assinatura. Eu concordaria com isso? Respondi: “É claro.”
Orei para que isso desse certo para o bem deles e a minha paz de espírito. Mais
tarde, quando recebi o pacote de livros e verifiquei o extrato bancário, vi que o
cheque fora descontado. Senti alívio por saber que tudo estava bem quanto a
isso, e dei graças a Deus por Sua intervenção nesse sentido. Então prometi, com
o auxílio de Deus, não cometer esse erro de novo. Como é importante uma
assinatura! Seu nome, meu nome, o nome de qualquer pessoa, quando assinado à
mão, é sinal de autoridade.
Isso me fez pensar sobre o poder de uma assinatura. Segundo minha
compreensão, no verso de hoje Cristo disse aos discípulos que Ele era a
assinatura de Deus, Sua autoridade! Procurei a palavra “assinatura” no
dicionário Oxford, e ela pode significar “característica”, o que na verdade se
encaixa no caso de nosso Senhor, o Filho de Deus. Poderoso, não é mesmo?
Da próxima vez que você ou eu passarmos por um check-in de aeroporto, pela
fila da alfândega, cruzarmos uma fronteira com o passaporte, ou mesmo diante
de um caixa de loja em que fazemos o pagamento, lembremo-nos da importância
dessa autoridade, uma assinatura, e demos graças a Deus pela autoridade que
nos foi dada mediante Seu Filho, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e Seu
Santo Espírito. Mais digna de confiança ainda!

BESSIE SIEMENS
“Você me ama, não é?”

Nisto consiste o amor: não em que nós


tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos
amou e enviou Seu Filho como propiciação
pelos nossos pecados. 1 João 4:10

Nós amamos porque Deus nos amou primeiro. 1


João 4:19

– Vovô, você me ama, não é mesmo? – perguntou Damien, de 2 anos de idade,


enquanto se aconhegava ao vovô no sofá.
– Sim – respondeu o vovô, e diante disso Damien pulou em seu colo e o afagou
com abraços e beijos. – Eu te amo, vovô! Eu te amo, vovô! – exclamava ele. Foi
um daqueles momentos especiais de inocência e alegria que as criancinhas
trazem à nossa vida.
Sabemos que Deus, nosso Pai celestial, nos ama muito mais do que qualquer
pessoa da família terrestre. Ele nos disse isso, e mostrou Seu amor de muitas
maneiras, sendo a maior delas o ato de dar-nos Jesus. “Foi assim que Deus
mostrou o Seu amor por nós: Ele mandou o Seu único Filho ao mundo para que
pudéssemos ter vida por meio dEle” (1 João 4:9, NTLH). Jesus disse que não
deveríamos nos preocupar com as necessidades diárias, porque nosso Pai celeste
já sabe do que precisamos e nos dá isso (ver Mateus 6:31, 32; Atos 17:25). E não
é só; Ele nos dá coisas que estão além de nossos mais ousados sonhos ou
imaginação (ver Efésios 3:20; 1 Coríntios 2:9).
Então, qual é a nossa reação ao amor de Deus? Retribuímos esse amor assim
como Damien fez em relação com seu avô? “Nós O amamos porque Ele nos
amou primeiro.” E como demonstramos nosso amor por Ele? A resposta é
simples, dada pelo próprio Senhor: “Amem uns aos outros como Eu amei vocês.
É a melhor maneira de amar” (João 15:12, A Mensagem).
O Dia dos Namorados é o momento perfeito para distribuir amor. Assim, um
gesto de bondade para com um ente querido ou vizinho, palavras de apreço
dirigidas a um familiar, amigo, vizinho, colega de trabalho ou membro da igreja,
um auxílio prestado ou uma palavra animadora dita a um companheiro
desalentado; andar a segunda milha, partilhar o que você tem com os carentes –
todas essas são maneiras de dizer a Deus: “Eu Te amo.”
Você deu um abraço em Deus, ultimamente?

ANTONIA CASTELLINO
Meu admirador secreto

Eu a amei com amor eterno; com amor leal a


atraí. Jeremias 31:3

Sétima série. Aquela fase maravilhosa, terrível, desengonçada, de ter


pensamentos como: Sou bonita? Sou importante para alguém? Ai, não! Outra
espinha! Ahhh! E por último, mas não menos importante: Eu queria saber se
alguém vai me mandar um cartão neste ano.
Todas essas perguntas dançavam em minha cabeça naquela fria tarde de
fevereiro, justamente antes do Dia de São Valentim [no Brasil, Dia dos
Namorados]. Depois das aulas, passei pela porta dos fundos de casa e entrei na
sala da frente para apanhar a correspondência. Nossa caixa do correio não ficava
fora da casa. Em vez disso, a correspondência era entregue por meio de uma
pequena abertura na parede, junto à porta da frente. A correspondência era
colocada pela abertura e caía no chão. Naquele dia, apenas um envelope estava
no chão. Eu o ergui. Virei-o. Nele estava escrito o meu nome! Não havia
endereço – apenas meu nome. Alguém havia entregado algo justamente para
mim! Ansiosamente abri o envelope e descobri, para meu deleite, um cartão!
Não havia nenhuma mensagem florida na frente. Para dizer a verdade, não havia
palavra nenhuma. Curiosa além da conta, abri o cartão. “Feliz Dia de São
Valentim”, foi o que li. Mas não trazia assinatura. Só um código: GL2. O que é
isso? Nada no meu cérebro registrava GL2. Não conhecia ninguém com essas
iniciais. Não tinha ideia do que meu admirador secreto queria dizer com esse
código desconhecido! O coração disparou enquanto eu tentava, sem sucesso,
identificá-lo. Alguém me considerava especial! Alguém gostava de mim!
Cativada por aquele cartãozinho enviado por um remetente desconhecido,
entendi, em meu desajeitado coração de sétima série, que alguém se importava
comigo.
Alguma vez você já se perguntou: “Tenho importância para alguém?” Já houve
um tempo em que você se sentiu menos do que especial? Bem, querida, tenho
boas notícias! Hoje chegou uma mensagem com o seu nome escrito. Foi
assinada com todo o amor que seu coração pode conter, e se destina justamente a
você. Ela diz: “Com amor eterno te amei.” Na verdade, Ele a conhecia antes
mesmo que você nascesse (ver Salmo 139:16). Ele Se deleita em você – até
canta canções a seu respeito! (Ver Sofonias 3:17). E fica fascinado com sua
beleza! “Tu és Minha!” (Ver Isaías 43:1, NTLH). Você acha difícil acreditar
nessas palavras? Esses dizeres são para você, amiga! Nunca descobri a
identidade do admirador secreto, mas não há mistério quanto ao remetente dessa
mensagem para você! O Amante de sua alma a enviou. Você é importante para
Ele!

DEEANN BRAGAW
O benefício da sabedoria

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento;
reconheça o Senhor em todos os seus caminhos,
e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios
3:5, 6

O som da voz de meu esposo ainda ressoava claramente aos meus ouvidos
enquanto eu, sentada, estava em silêncio para orar. Ele havia falado com
sabedoria e grande convicção. “Simplesmente faça o melhor”, ele dissera. “E
confie que Deus fará o restante.” Era exatamente o lembrete de que eu precisava,
e isso me relaxou, tal qual beber um grande copo de limonada num dia quente de
sol. Eu havia organizado um encontro de mulheres para 90 líderes de todo o país.
Mas fora fácil perceber que haviam chegado mais mulheres do que eu esperava.
E agora era a hora do almoço. Eu havia encomendado apenas 100 refeições.
Instruí as mulheres a que saíssem do salão de reuniões no Hotel Radisson e
fossem ao Animal Park, onde almoçaríamos juntas. Enquanto eu orava sozinha,
perguntei a Deus: Assim como multiplicaste os cinco pães e dois peixes, farias o
favor de multiplicar este almoço, para que ninguém fique sem um prato de
comida?
Encaminhei-me ao Animal Park para me encontrar com as mulheres que ali me
esperavam. Logo que cheguei, a cozinheira se aproximou de mim e disse,
nervosa: “Achei que a senhora tivesse pedido que eu trouxesse 100 pratos, mas
já servi 101. E preciso de mais pratos.”
Em sua mente, ela havia cozinhado para alimentar 100 pessoas, e trouxera um
prato a mais, como garantia. Mas Deus já sabia que isso não seria suficiente, e
fez a multiplicação. A cozinheira serviu mais vinte mulheres com o alimento que
ainda restava nos recipientes levados ao parque. Houve o suficiente para todas as
mulheres.
Os discípulos também ficaram perplexos quanto ao alimento e clamaram ao
Mestre: “Este é um lugar deserto, e já é tarde”, disseram eles. “Manda embora o
povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para
comer” (Marcos 6:35, 36). Mas Jesus tomou alguns pães e peixes, deu graças e
serviu a todos uma substancial refeição. Nosso Deus é um Deus de milagres.
Quando não conseguimos enxergar por causa de uma montanha, precisamos ter
fé e confiar em Suas promessas. A fé explícita no Pai é a única coisa de valor à
qual devemos nos apegar quando surgem dificuldades.

VELDA M. JESSE
Tempo de cura!

Amado, oro para que você tenha boa saúde e


tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua
alma. 3 João 2

Não conheço ninguém que não tenha estado doente, pelo menos uma vez ou
outra. E você conhece? Enquanto viveu na Terra, Jesus entrou em contato com
incontáveis pessoas que estavam enfermas. Na verdade, muitos doentes saíam à
procura de Jesus. Ele era cheio de compaixão, e entre Seus numerosos títulos
está o de Grande Médico. Fico fascinada com as muitas narrativas registradas
nos Evangelhos, mas considero particularmente interessantes aquelas que se
referem à cura. Pela quantidade de enfermos que havia, parece que Jesus Se
mantinha ocupado especialmente no ministério de curar. Ninguém jamais deixou
de ser atendido.
No tempo de Cristo, a lepra era um grave flagelo. O maior. Se você tivesse
lepra, era considerada amaldiçoada por Deus e declarada cerimonialmente
imunda. Era rejeitada pela sociedade e precisava manter uma distância segura de
todos os demais. Sempre que se aproximassem da civilização, os leprosos
tinham a obrigação de bradar: “Imundo!”, para que os outros saíssem correndo.
Os Evangelhos registram dois casos em que Jesus curou leprosos, mas tenho
certeza de que Ele deve ter curado muitos mais. Mateus nos conta a história de
um leproso, corajoso o suficiente para aproximar-se dEle. Caiu aos pés de Jesus
e “adorou-O, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me” (Mateus 8:2).
Jesus desafiou a lei da época e tocou nele, garantindo: “Quero, seja purificado!”
(Mateus 8:3). Os dez leprosos foram curados de modo diferente. Quando Jesus
Se aproximava de certa vila, eles foram ao Seu encontro mas se mantiveram à
distância, e clamaram em voz alta: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!” (Lucas
17:13). Note que Jesus não os tocou. Em vez disso, mandou que se
apresentassem ao sacerdote. Sua obediência, ao partir em busca do sacerdote,
mostra que acreditaram que haviam sido curados. Um leproso só podia ir à
presença do sacerdote após ter sido purificado. O verso 14 nos diz: “Enquanto
eles iam, foram purificados.” Observe que apenas um retornou e demonstrou
gratidão para com seu Benfeitor.
Hoje, muitas de nós carecemos do toque terapêutico de Jesus. Algumas de nós
nos encontramos fisicamente enfermas; outras, social e emocionalmente doentes.
Mas a maioria, se não a totalidade, está enferma espiritualmente. A doença
espiritual é, muitas vezes, assemelhada à lepra. Dou graças porque Jesus
continua passando diante de nós e, assim, também podemos ser curadas.

JACQUELINE HOPE HOSHING-CLARKE


A proteção de Deus

Pois está escrito: “Ele dará ordens a Seus anjos


a seu respeito, para o guardarem.” Lucas 4:10

Justamente antes do almoço, meu esposo ligou a TV para assistirmos ao


noticiário. Uma das primeiras histórias me surpreendeu. Um repórter anunciou
que havia ocorrido uma grande colisão num município perto do nosso. Uma
ambulância havia colidido enquanto levava uma mãe e o bebê recém-nascido ao
hospital, e aquele bebezinho tinha sido lançado para fora do veículo, dentro do
mato. Chorei e orei a Deus, pedindo-Lhe que protegesse aquela criança preciosa,
vulnerável. Então orei para que Deus me ajudasse a encontrá-los. Estariam eles
num hospital, e, nesse caso, em que hospital? Onde estavam eles? O local do
acidente ficava a certa distância e o acesso era um pouco difícil. Assim, orei por
eles. Por algum motivo, eu me senti especialmente atraída por essa criança. No
dia seguinte, liguei para os hospitais da minha cidade e da cidade do canal de TV
que havia transmitido a reportagem, mas não consegui nenhuma informação
acerca do acidente ou do bebê.
Enquanto os dias passavam, eu pensava frequentemente naquela tragédia.
Queria saber o que acontecera com o recém-nascido que fora lançado no mato, e
como ele estava reagindo. Então, cerca de um mês mais tarde, sentada na igreja
num sábado de manhã, meditando, orando e dando graças a Deus pelas bênçãos
infinitas em minha vida, uma mulher se aproximou e perguntou se podia sentar a
meu lado. É claro que prontamente lhe dei permissão. Perguntei se ela visitava
nossa igreja, porque não a havia visto antes. Ela respondeu que sim e lhe dei as
boas-vindas, dizendo que era um prazer conhecê-la. Amo bebês e vi que ela
segurava um bebê nos braços. Então ela me olhou e perguntou: – A senhora
ficou sabendo de um acidente que ocorreu com uma ambulância no mês
passado? Sou a mulher que estava dentro dela, e este é meu bebê, que foi jogado
para fora do veículo. – Comecei a chorar e peguei aquele bebezinho no colo.
Enquanto eu o abraçava e acariciava, disse a ela: – Você não pode imaginar o
quanto orei a Deus pela vida dos dois. Eu queria muito saber notícias de vocês.
Naquele exato momento senti e vi a presença de Deus em minha vida – e na
vida daqueles por quem eu havia orado. Ele, obviamente, cuida dos incidentes e
acidentes diários. Tenho certeza de que Deus enviou os anjos para guardarem e
protegerem a mãe e o filho.

ESTER LORENO PERIN


Deixando minha rede

Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu


dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu
irmão André. Eles estavam lançando redes ao
mar, pois eram pescadores. E disse Jesus:
“Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de
homens”. No mesmo instante eles deixaram as
suas redes e O seguiram. Mateus 4:18-20

Eles anunciaram mais redução nas horas de trabalho, além de serviço


obrigatório aos sábados. E eu planejava ser batizada no dia seguinte.
Sabia que forças tenebrosas trabalhariam bastante para me segurar. Mesmo
assim, rapidamente me vi pensando: Deus entenderá se eu decidir trabalhar aos
sábados. Seria tão mais fácil permanecer trabalhando! Ficar sem trabalho
significava ficar sem casa, e o aluguel estava a ponto de sofrer um enorme
aumento. E o que seria de minha filha?
Não assinei os papéis concordando com essas condições. Fiquei com raiva
porque, após trabalhar nesse emprego por oito anos, eu estava sendo colocada
naquela posição impossível. Recusar um cargo de meio expediente significaria
uma dispensa. O estado, porém, disse que eu havia deixado o emprego, e por
isso não teria direito aos benefícios do seguro-desemprego. Saí da casa, e minha
filha e eu ficamos na casa de minha melhor amiga, a 50 km de distância –
porque eu não podia alugar um apartamento sem comprovante de renda.
Ninguém me empregaria. Minha filha teria que frequentar outra escola. Minha
mãe sentia saudade da neta. A igreja que eu frequentava sentiu minha falta
quando comecei a frequentar a igreja perto da casa de minha amiga.
Cinco meses transcorreram até que eu conseguisse o seguro-desemprego, mas o
estado aceitou minha “desistência” por motivos religiosos. Uma rejeição após
outra nas entrevistas de emprego era algo que doía, mas minha filha e eu
permanecemos ativas na igreja. Usei o tempo extra para ajudá-la nos estudos da
primeira série.
Encontrei outro emprego. Agora casada, mudamo-nos para um apartamento
com espaço para três pessoas e, com um pouco de ajuda da igreja, minha filha
foi matriculada na escola da igreja.
Deus não me abandonou! Gosto muito do meu trabalho. Sempre há uma
incerteza quanto ao futuro, mas tenho a confiança de que teremos as
necessidades supridas, aconteça o que acontecer. Penso no que aconteceu quando
Jesus chamou Pedro e seu irmão André para serem Seus discípulos. Eles se
preocuparam com o emprego? Ficaram ansiosos quanto a onde morariam? A
Bíblia diz claramente que eles deixaram o que estavam fazendo e O seguiram. Se
verdadeiramente tivermos fé, nunca precisaremos nos preocupar.

JENNIFER BURKES
Ele supre minhas necessidades

E o meu Deus, de acordo com as gloriosas


riquezas que Ele tem para oferecer por meio de
Cristo Jesus, lhes dará tudo o que vocês
precisam. Filipenses 4:19, NTLH

Era sexta-feira, dez dias antes do banquete do Conselho de Governadores, no


qual eu receberia um prêmio por longos serviços prestados. Havia revistado meu
guarda-roupa a fim de ver o que vestir, mas não encontrei nada que considerasse
apropriado. Eu precisava realmente de um vestido para a ocasião, mas não tinha
dinheiro para comprar um naquele momento. Assim, falei com meu Pai acerca
dessa necessidade.
Naquela mesma tarde, uma amiga dos Estados Unidos telefonou para dar um
alô. Depois de conversarmos um pouco, ela perguntou se havia alguma coisa que
eu gostaria que ela me trouxesse, já que viria para a ilha algumas semanas mais
tarde. Eu lhe disse que não havia nada de que eu precisasse realmente, mas
mencionei o banquete do qual devia participar. Logo depois nos despedimos,
desejando-nos mutuamente um sábado agradável.
Cerca de uma hora mais tarde o telefone tocou e, quando atendi, ouvi
novamente a voz de minha amiga. Ela disse que me havia comprado não só um
vestido para o banquete, mas sapatos, bolsa e estola combinando. Fiquei sem
fala, mas, quando a recuperei, expressei meus agradecimentos de modo
extravagante, e perguntei como os receberia, já que ela mora nos Estados Unidos
e eu na Jamaica. Ela me garantiu que havia tempo suficiente para fazer com que
eu os recebesse. Ela levaria o pacote à igreja no dia seguinte e tinha confiança de
encontrar alguém que estivesse indo para a Jamaica e pudesse levá-lo.
No sábado à noite, minha amiga telefonou para dizer que havia dado o pacote a
um rapaz que assistiria a uma cerimônia na ilha, no fim de semana seguinte.
Dois dias antes do evento, recebi o pacote e vi que ele continha tudo o que ela
mencionara: um esplêndido vestido preto com tudo combinando: sapatos, bolsa e
estola.
Enquanto agradecia a Deus por ter ouvido e atendido à minha oração tão
rapidamente, refleti sobre o texto de hoje: “E o meu Deus, de acordo com as
gloriosas riquezas que Ele tem para oferecer por meio de Cristo Jesus, lhes dará
tudo o que vocês precisam” (NTLH). Deus é verdadeiramente tremendo! Ele tem
interesse em cada pormenor de minha vida e procura suprir minhas necessidades.
Deus, com frequência, demonstra Seu grande amor por mim de maneiras
tangíveis. Tem Ele feito o mesmo por você também? E você tem dado glória a
Deus ao contar sua história?

CAROL JOY FIDER


Por um triz!

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que


O temem e os livra. Salmo 34:7, ARA

Era quarta-feira de manhã, feriado nacional, e eu tinha acabado de levar


algumas das minhas “filhas” da igreja às suas casas, após uma noite de
confraternização. Antes de começar o trajeto de meia hora de volta para casa,
minha amiga Pauline sugeriu que eu dormisse e fosse para casa mais tarde. Estou
bem, pensei, e quando chegar à minha casa posso dormir sem pensar em ter que
dirigir depois. Assim, agradeci a ela e me coloquei a caminho.
Na metade do percurso, senti muito cansaço. Abri as janelas do carro para
sentir o ar fresco e liguei o rádio, esperando permanecer alerta. Lembro-me de
ter ouvido pelo rádio o comentário sobre o jogo de críquete – que não é meu
esporte preferido. Então, sem aviso, numa questão de segundos, caí no sono. O
carro saiu da faixa correta do lado esquerdo da estrada (dirigimos na pista da
esquerda na Jamaica), e foi para a direita. A coisa seguinte de que me lembro foi
que acordei assustada com o impacto, enquanto o carro batia e subia uma rampa
do lado oposto da estrada.
Eu tremia literalmente, como uma folha. Ao recuperar o controle e manobrar o
carro para o lado esquerdo da estrada, não havia nenhum veículo à vista. Mas tão
logo completei a manobra surgiu atrás de mim um táxi veloz. Estava cheio de
gente e alguns gritaram para mim ao passar, perguntando se eu estava bem. Com
a pista livre, parei num local seguro e dei graças ao Senhor por me ter poupado a
vida.
Dirigir requer muita atenção, especialmente nas estradas rurais da Jamaica!
Mas eu havia dormido. Como era feriado, a estrada sinuosa, que geralmente é
bem movimentada, estava livre. O acidente aconteceu em um dos mais difíceis
pontos cegos da região. Ninguém gostaria de ter algum problema ali,
especialmente do lado errado. Sem dúvida, o Mestre esteve em ação.
Amigas, servimos a um Deus que é todo amor e cuidado. Não é por causa de
nossa bondade, mas por causa de Sua misericórdia, que vivemos cada dia. A
experiência me fez refletir que aquela manhã poderia ter sido minha última.
Estaria eu preparada? Estamos preparadas para a vinda de Jesus? Então pensei:
Talvez o Senhor ainda tenha algum trabalho para mim. Permitamos que Ele nos
use. Que estejamos prontas, permaneçamos preparadas e vivamos cada dia como
se fosse o último. Não sabemos quando será.

DONETTE JAMES
Humilhada

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se


para que não caia! 1 Coríntios 10:12

As línguas me fascinam. Gosto de livros e palavras, e sou meticulosa quanto à


grafia correta. Quase sempre escrevo com acerto, e costumo ficar irritada quando
outros deixam de verificar se não lhes escapou algum erro na escrita. Então,
certa noite, preparei um documento que eu devia apresentar à administração de
uma escola na manhã seguinte. Era tarde e, enquanto eu relia e revisava o
documento, deixei passar a expressão “todos espera”, quando devia ser “todos
esperam”.
O diretor de tecnologia projetou o PowerPoint sobre a tela e tão logo apareceu
a expressão chocante, uma colega gritou dizendo que havia um erro gramatical!
Duvidei de que eu estivesse sendo corrigida por amor, mas assim mesmo
agradeci à colega e, com o coração pesado, continuei e concluí o restante da
apresentação.
Mais tarde, naquele dia, eu fervia de agitação. Estava furiosa comigo mesma
por não haver percebido aquele erro, e zangada com minha colega por ela ter-me
constrangido. Ao dirigir o carro de volta para casa, murmurava no coração e
arranjava desculpas pelo fato de ter errado. Quanto mais resmungava, mais
sentia o Espírito de Deus falando a mim. O amor de Deus abafou o fogo em meu
coração, e comecei a escutar.
Percebi que eu não estava apenas zangada. Sentia-me humilhada! Achava que
eu não podia – ou não devia – cometer erros.Também senti vergonha enquanto
me perguntava quantas vezes teria apontado as faltas dos outros em público,
deixando-os embaraçados. Bem, pensei, eu podia ter sido corrigida em
particular! Mas, novamente, senti a voz gentil a me guiar e acalmar. Entendi,
por fim, que o incidente acontecera para me fazer lembrar de que cometo erros,
sim, e que é perfeitamente natural que alguém me corrija.
Precisei perceber que Deus usa qualquer coisa ou pessoa para desenvolver meu
caráter. Eu precisava pôr o orgulho de lado e ser mais paciente com os outros.
Com isso em mente, e revelando um coração limpo e um espírito renovado,
pensei naquela colega ao escrever outro documento. Enviei o documento para a
colega, que de boa vontade o revisou. Conquistei uma nova revisora, descartei
algo de meu orgulho e agora me sinto livre para cometer equívocos. Além disso,
não me incomodo mais quando outras pessoas cometem erros de grafia.

ROSE JOSEPH THOMAS


Conhecendo a Deus

Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus. Salmo


46:10, ARA

Decidi que tudo aquilo que eu fizer deve ser algo útil. Sou avó e não tenho
muito tempo para desperdiçar. Se houve alguma coisa em minha vida que deixei
de fazer ou aprender, agora é o momento de fazê-la ou aprendê-la. Por isso,
enquanto cuido de minha netinha Julie, também desejo fazer alguma outra coisa
útil.
Enquanto tomo conta dela, leio um livro. Mas é só ler dois parágrafos, e minha
atenção é desviada. Ela está aprendendo a ficar em pé, e recentemente aprendeu
a sentar-se sozinha. Ela também se vira e gira com destemor. Tento bordar
alguns presentes de Natal, mas, após alguns pontos, preciso parar e ajudá-la. Não
posso deixá-la sozinha com seus brinquedos de pelúcia. Agora ela engatinha por
toda a casa. Então, ou eu leio, ou bordo, ou fico de olho em Julie.
Tenho medo de que ela se machuque. Ela desconsidera totalmente o perigo.
Joga-se do carrinho para pegar alguma coisa que caiu. Prendo o cinto de
segurança, mas ela escorrega por baixo e, de repente, noto que está meio
pendurada, chutando e rindo. O que conseguirei fazer mais nesta manhã?
Finalmente percebo – nada, nada, a não ser estar com Julie.
Então, que posso aprender com isso? Não há experiência em nossa vida que
seja insignificante aos olhos de Deus. Hoje posso dar amor, carícias e abraços.
Obrigada, Senhor. Há muitos que não têm isso. Não há nada como a alegria de
embalar Julie para que ela durma confiante em meus braços; nada como o prazer
de guiar-lhe os primeiros passos e recordar belos momentos com meus filhos
enquanto cuido de minha neta.
A paciência é uma lição importante que devo continuar aprendendo, e lições de
tranquilidade de espírito. Hoje permanecerei calma, sem turbulências.
Encontrarei quietude para minha alma e conhecerei a Deus. Também aprendi
sobre o amor e cuidado de Deus para comigo enquanto cuido de Julie. Esse é o
maior privilégio e a melhor lição – compreender o que Deus faz por mim e por
todas nós a cada dia. Aprendi muito por meio dessa experiência.
Considere os desafios de hoje, não importa quais sejam. Que lição você pensa
que Deus está procurando ensinar-lhe?

LENI URÍA DE ZAMORANO


Deus providencia

Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi um


homem bom abandonado por Deus e nunca vi
os seus filhos mendigando comida. Ele sempre é
generoso em dar e emprestar, e os seus filhos
são uma bênção. Salmo 37:25, 26, NTLH

Enquanto escrevo isto, minha família e eu estamos passando por um período


difícil. Acabei de usar os últimos tíquetes-alimentação que eu tinha, adquirindo
algumas coisas para o desjejum, e, bem, o almoço terá que cuidar de si.
Em pé na cozinha, dividindo o restante do pão e despejando um pouco de
cereal numa tigela, lembro-me de uma promessa, o texto de hoje: “Já fui jovem e
agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando
o pão.” Esse texto é tão altissonante que sou levada a cantar e dar louvor a Deus
no íntimo. Apresso-me a escrever essas palavras como testemunho de Sua
fidelidade. Sei que é Ele quem me traz isso à lembrança e me dá esta canção
para cantar.
Recapitulo cada período de escassez pelo qual já passamos, cada momento de
quase pânico e estresse, e este em particular. Reconheço que minha família
nunca passou fome por um dia que fosse, nem faltou gasolina no carro para
podermos trabalhar, nem uma conta sequer ficou sem ser paga. Estamos
abrigados e aquecidos, enquanto a chuva bate no telhado e o vento uiva. Acima
de tudo, temos o amor de Cristo dentro de nós, e nosso amor e respeito de uns
para com os outros. Isso nos dá a certeza de que passaremos por este deserto
assim como aconteceu com todos os outros, e o superaremos louvando nosso
Pai, Jeová Jiré (Deus é provedor). Superaremos tudo com um cântico.
Tempos difíceis virão para testar-nos e para nos tentar a não confiar em Deus e
a crer que Ele nos abandonou, mas apeguemo-nos às Suas promessas. Ele
prometeu: “Sejam fortes e corajosos; não se assustem, nem tenham medo deles,
pois é o Senhor, nosso Deus, quem irá com vocês. Ele não os deixará, nem
abandonará” (Deuteronômio 31:6, NTLH). Ele também prometeu suprir todas as
nossas necessidades, segundo Suas gloriosas riquezas (ver Filipenses 4:19).
Então, regozije-se na adversidade porque, quando as coisas parecem chegar ao
ponto mais baixo e tenebroso, esse é o momento de você ter certeza de que Deus
está abrindo um caminho para você e para mim, a fim de que vejamos o Seu
livramento. Mais ainda, isso significa que temos um testemunho a partilhar, um
cântico que Ele nos dará para cantar.

GRETA M. JOACHIM-FOX-DYETT
“Olá!”

O falar amável é árvore de vida. Provérbios


15:4

Nasci numa aldeia em Gana, África Ocidental. Lá, todos são guardadores de
todos, e todos se conhecem. Assim, você tem que dizer “oi” a todos que
encontra, por onde quer que você ande. Caso contrário, seus pais ou guardiães
serão informados e você receberá uma repreensão. Se isso continuar, você será
castigada.
Então, em meu primeiro dia andando pela Inglaterra, eu disse “olá” a todo
mundo que encontrava – mas ninguém tomou conhecimento. Então minha amiga
me aconselhou a parar, porque aqui não é como em nossa aldeia, onde é
obrigação dirigir-se a todos. Levou algum tempo até que eu me acostumasse a
passar pelas pessoas sem cumprimentá-las.
Suponha que eu passe por alguém sem dizer “oi” e então tropece ou caia. Essa
pessoa me ajudaria? Acho que ela poderia recusar ajuda, se eu passasse por ela
sem consideração alguma. E você, o que acha? Infelizmente, é esse o estilo de
vida na maioria das regiões metropolitanas. As pessoas cumprimentam apenas os
conhecidos, os entes queridos, esquecendo-se de que há outros que precisam de
amor, auxílio, atenção e cuidado. Alguns são solitários, deprimidos por não ter
alguém com quem conversar. Outros têm problemas e desejam que alguém
simplesmente diga algo para demonstrar um pouco de interesse, ou que os ouça.
Lamentavelmente, passamos por eles sem notá-los.
Por que não falamos com pessoas que encontramos na loja da esquina, perto de
um caixa automático, na lavanderia, no elevador, na sala de espera do
consultório médico ou no ponto do ônibus? Foi assim que conheci uma mulher
que estava desesperada para localizar minha igreja. Fazia mais de sete meses que
ela morava em Nova Jersey. Ficou muito agradecida porque eu a cumprimentei
na sala de espera de um consultório médico.
Ao falar com estranhos, podemos fazer amizade com os solitários e carentes,
dando esperança aos deprimidos – tudo para a glória de Deus. Foi isso que
Cristo disse que devíamos fazer, em vez de permanecer ligados apenas a velhos
amigos e familiares, e trocando presentes com aqueles que não estão passando
por necessidade. Lucas 6:33 nos pergunta por que fazemos o bem àqueles que
nos fazem o bem, em vez de fazê-lo em favor dos necessitados.
Notemos a presença dos outros. Então poderemos colocar-nos à direita do Rei
celestial, e um dia Ele nos dirá: “Venha e participe da alegria do seu Senhor!”
(Mateus 25:23). Sim! Apenas por cumprimentar estranhos.

MABEL KWEI
Meu quadro

Vocês significam muito para Mim! Sim, Eu os


amo tanto assim! Isaías 43:4, A Mensagem

Numa tarde dessas, andei por uma loja de artigos de segunda mão. Vi vários
objetos, mas nenhum sem o qual eu não pudesse viver. Então, contra a parede
dos fundos, notei uma tela pintada. Contemplei a obra de arte e me identifiquei
imediatamente com o simbolismo da pintura. O quadro, porém, não tinha
moldura e parecia um tanto caro. Lentamente, coloquei-o de volta no lugar,
mesmo depois de a funcionária ter-me dito que eu poderia levá-lo pela metade
do preço. Vou procurar uma moldura e pensar no assunto, decidi.
Naquela noite, na cama, não consegui tirar o quadro da cabeça. Eu não havia
encontrado uma moldura, mas ainda queria a tela. Jesus sussurrou: “É Minha
dádiva para você.” Por que não percebi antes que esse quadro era justamente
para mim? Antes de pegar no sono, tomei a decisão de adquirir a pintura na
próxima vez que fosse a Trenton. Se Jesus queria que eu a possuísse, Ele a
guardaria para mim.
Dois dias depois, desci a montanha e fui à loja. Informei à jovem funcionária: –
Voltei para buscar meu quadro. Deus quer que ele seja meu.
– Uma mulher olhou essa pintura ontem – disse ela –, mas eu sabia que a
senhora voltaria.
Entregando-lhe o dinheiro, sorri. – Esse quadro significa muito para mim.
Enquanto dirigia de volta para casa, senti-me muito amada. Talvez, algum dia,
eu encontre uma moldura e o pendure na parede, mas por enquanto está colocado
sobre o piano. Minha pintura é uma cena marítima com um farol, provavelmente
no litoral do Maine. Nuvens escuras cobrem o céu, e, no meio delas, o arco-íris
se curva até em baixo. Duas águias voam acima das ondas. A serenidade
impregna a calma após a tormenta. O simbolismo me fala ao coração. Jesus é o
Farol da minha vida. Durante anos, o arco-íris tem sido o lembrete pessoal de
Deus para mim, acerca de Seu cuidado amorável. O ano que passou foi difícil,
com várias mortes e situações trágicas na família. O arco-íris, que é central nesse
quadro, é a promessa de Deus de extrair bem do mal, de dar-me esperança e um
futuro além das tristezas e tormentas do presente. Ele também me assegura:
“Você pode voar como as águias.”
Jesus me conduziu a esse quadro – e convenceu-me a adquiri-lo como uma
mensagem visual. Ele tem interesse pessoal por mim e compreende minha
tristeza e meus anseios. Sou preciosa para Jesus. Seu presente – o quadro – é
muito especial.

BÁRBARA ANN KAY


Vida nova

Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou


eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida
que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho
de Deus, que me amou e Se entregou por mim.
Gálatas 2:20

Em algum momento, no início de 2005, sonhei que morreria no sétimo mês


daquele ano. Contei sobre isso a uma amiga apenas, porque ela estaria comigo
durante o verão, e achei que ela devia saber. Ironicamente, o sétimo mês, julho, é
o mês do meu aniversário.
Saí de Trinidad e fui para o Canadá plenamente consciente desse sonho, e
honestamente não esperava retornar para casa. Todos os dias, enquanto me
encontrava no shopping Sheridan, na parte oeste de Toronto, vendendo materiais
religiosos e ouvindo falar das atividades “sombrias” que costumavam acontecer
ali, achei que eu seria baleada ou ferida de algum outro modo. Minha amiga não
se sentia à vontade quando eu relembrava o sonho, já que a maioria dos meus
sonhos têm tido significado, e eu achava que este não seria diferente.
Sei que, com Deus, não existem coincidências, e creio que foi por ordem divina
que o programa do qual eu participava escolhera Gálatas 2:20 como o tema das
férias de verão. Ensinei ao grupo o cântico “Estou Crucificado com Cristo”, que
se tornou popular pela interpretação de Phillips, Craig e Dean. Fala sobre Cristo
vivendo em mim; embora estando crucificada com Cristo, ainda vivo. Todos os
dias, durante o momento devocional, repetíamos o texto do dia e cantávamos
esse cântico.
Morrer para o “eu” parece tolice. Por ser necessário andar pela fé e não pela
vista, preciso confiar em Deus, mesmo onde não consiga percebê-Lo. Tenho que
viver um dia de cada vez, confiando nEle porque, certamente, Deus não revelou
Seus planos a não ser em Sua Palavra. Tenho certeza de que eles devem
prosperar e não me prejudicar, pois são “planos de fazê-los prosperar e não de
lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29:11).
Ao pensar nesses assuntos, percebi que, às vezes, quero fazer as coisas do meu
jeito, e então preciso reconsiderá-las por causa da vontade dEle, revelada em Sua
Palavra. Meus pensamentos, sentimentos e atos não devem apenas ser
submetidos a Ele, mas morrer. Qualquer coisa que eu fizer deve ser feita não por
minha vontade, mas por meio de Cristo vivendo em mim.
Foi só quando o verão acabou que percebi qual morte havia ocorrido – o início
da minha morte para o “eu”!

NADINE A. JOSEPH
Expectativa

Então aparecerá no céu o sinal do Filho do


homem, e todas as nações da Terra se
lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas
nuvens do céu com poder e grande glória.
Mateus 24:30

Numa tarde fria no fim de fevereiro, fui ao supermercado para comprar


algumas coisas. A princípio, não entendi por que não havia carrinhos de compras
alinhados do lado de fora. Quando tentei entrar no supermercado, entendi que as
pessoas estavam fazendo compras como preparativo para uma tempestade
anunciada. A loja estava repleta de gente, e era difícil até movimentar-se. O rosto
de todos revelava ansiedade e tensão. As filas dos caixas começavam no balcão e
se estendiam por todos os corredores até os fundos da loja. Como meu tempo era
muito escasso, decidi ir a outro supermercado.
Ao entrar no estacionamento, observei rapidamente a área em busca dos
carrinhos de compras. Para meu alívio, vi alguns alinhados contra a parede
externa. Não eram muitos, mas pelo menos havia alguns. Essa loja estava lotada
também, mas nem perto do que acontecia na primeira. Havia espaço para
caminhar, e as filas eram significativamente mais curtas que as do outro. Escolhi
os produtos e me acomodei na fila, preparada para a longa espera. Passei a maior
parte do tempo na fila ensaiando os princípios relacionados com a paciência,
recapitulados no estudo bíblico da semana anterior.
Os repórteres da meteorologia haviam predito uma tempestade de neve, e
milhares de pessoas simplesmente os levaram a sério e começaram a fazer
preparativos para a tempestade. Essa experiência me levou a pensar na vinda de
Cristo. Começando com os Seus discípulos, os crentes têm declarado que Jesus
logo virá, e que precisamos estar preparados. Por que é tão fácil acreditar nas
previsões do clima, e tão difícil acreditar na Palavra de Deus? Quantas vezes os
meteorologistas erraram? As palavras de Deus falharam alguma vez? Ele
prometeu retornar a fim de levar Seu povo para o Lar. “Pois, dada a ordem, com
a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).
Nosso preparo revela a mesma urgência e intensidade com as quais os
consumidores se prepararam para a tempestade?

BEVERLY P. GORDON
Minha casa de 36 dólares

Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos


do teu coração. Entrega o teu caminho ao
Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará. Salmo
37:4, 5, ARA

Um ano antes de eu começar realmente a procurar uma casa, notei que


apartamentos e casas para alugar eram muito caros. Frustrada, orei: “Senhor,
tudo é tão caro que não tenho como pagar. Não sei o que fazer!” Então ouvi o
Senhor dizendo: “Espere.” Não queria esperar. Mesmo assim, com lágrimas, eu
me submeti ao Senhor, orei e esperei.
Em fevereiro, fui impressionada a prosseguir a busca. Por intermédio de uma
amiga, o Senhor me pôs em contato com uma corretora de imóveis. Ela era cristã
e muito simpática, e nossa procura começou. Essa corretora, então, me pôs em
contato com um agente cristão de empréstimos. O fato de serem cristãos tornou
possível que eu confiasse neles. Enquanto andávamos à caça de residências, o
agente de empréstimos ligou e me disse que minha classificação de crédito era
de 701. “De quanto você disse que é minha faixa de crédito?”, perguntei. Ele
repetiu. Fiquei atônita, agitada e assustada, tudo ao mesmo tempo. Agora não
havia nada que me impedisse de ir em frente, obter um empréstimo e comprar
uma casa.
Então fiquei sabendo de uma empresa que construía casas e, com uma entrada
de apenas 100 dólares, eu podia comprar uma. A corretora foi verificar.
Enquanto eu tentava decidir que modelo queria, a corretora ligou para dizer que
havia encontrado uma casa que estava na relação da mesma empresa por 89.900
dólares, e eles pagariam 6% do custo de fechamento do negócio. Corremos
imediatamente para ver a casa, porque alguém mais iria também, e queríamos
chegar lá primeiro. Essas pessoas já estavam dentro quando chegamos, e a
mulher queria a casa. Nada havia que eu pudesse fazer, já que os primeiros a
chegar seriam atendidos. Contudo, se ela não se qualificasse, eu seria a seguinte
na fila. Assim, após examinar a casa, começamos a tratar da papelada. Antes de
terminarmos, o outro agente imobiliário telefonou e disse que sua cliente não se
qualificava.
Enquanto se preparavam os papéis do empréstimo, minha corretora abriu mão
da comissão (350 dólares) que o comprador geralmente paga. Então, no dia do
fechamento, recebi um telefonema pedindo que levasse 64,04 dólares. Quando
cheguei lá, a mulher se desculpou. Ela havia cometido um equívoco, e eles é que
deviam me dar 64,04 dólares. Assim, eu me mudei para uma casa novinha que
começara valendo 124.000 dólares, por apenas 36 dólares. Só Deus podia ter
feito isso!

ELAINE GRAY
Março

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15 16 17 18 19 20 21

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29 30 31
Quem já viu o vento?

O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas


não pode dizer de onde vem nem para onde vai.
Assim acontece com todos os nascidos do
Espírito. João 3:8

Desde o início da Criação, o vento tem soprado. Num dia frio de março, eu me
vi recordando dias ventosos pelos quais passei na infância. Relembrei a diversão
desses dias, quando meu irmão, minha irmã e eu empinávamos nossas pipas
coloridas. A cada rajada de vento, era emocionante observar as pipas subindo
mais e mais pelo céu claro e bonito.
Embora muitos anos tenham passado, deixando para trás meu tempo de
empinar pipas, continuo gostando de ver outros fazendo isso. Num dia ventoso
qualquer, sinto prazer em observar como o vento impele objetos em seu
caminho, aqui e ali, nas ruas, nos jardins e sobre o telhado das casas. Certa
manhã, da porta da frente de casa, vi um saco plástico branco flutuando, às vezes
devagar, em qualquer direção para a qual o vento o soprava. A observação dessa
cena me trouxe à mente um de meus poemas favoritos de Christina Rossetti:
“Quem já viu o vento? Nem você, nem eu: mas quando as folhas pendem,
trêmulas, é o vento que passa por elas.” Deus, nosso Criador, controla as rajadas
do vento. As pessoas podem apenas ouvir, sentir ou ver os resultados, enquanto
ele sopra. Quando os discípulos de Jesus passaram por uma feroz tormenta no
mar, com ondas encapeladas e ventos fortes, e depois viram seu Mestre acalmar
o vento e as ondas, ficaram espantados. Em uníssono, perguntaram: “Quem é
este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles Lhe obedecem?” (Lucas
8:25).
Recordo outro dia de vento forte. Eu havia estacionado o carro num shopping e
caminhava na direção da entrada quando fui empurrada pelo vento. De súbito, o
vento arrancou meu chapéu, e eu, impotente, o vi sendo levado por cima e ao
redor dos carros. Por sorte, uma mulher estava sentada em seu veículo,
observando meus apuros. Ela saiu, recuperou o chapéu e o entregou a mim com
um sorriso. Expressando minha gratidão, eu disse a ela que Deus a havia
designado como meu anjo em meio àquela ventania.
Dou graças a meu querido Jesus por Sua presença comigo quando sopram os
ventos tempestuosos da vida. Só Ele pode me socorrer nessas ocasiões. Quero
confiar nas promessas de Sua Santa Palavra. Meu desejo é que você também
sinta Sua presença quando enfrentar quaisquer ventos tormentosos.

ANNIE B. BEST
Um tesouro – onde?

Amado, oro para que você tenha boa saúde e


tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua
alma. 3 João 2

Alguma vez você já participou de uma caça ao tesouro? Até onde você viajaria
para encontrar um tesouro? Que faria se encontrasse um tesouro? Estaria
disposta a tomar medidas extremas para salvaguardá-lo? Tenho certeza de que,
quando se trata de um tesouro, é melhor tomar medidas de segurança do que se
arrepender depois, certo?
Mas não muitas pessoas se dão conta do tesouro que já possuem e, portanto,
não tomam providências para preservá-lo. Muitas percebem isso tarde demais na
vida, para poderem fazer algo a respeito.
Você está à caça de um tesouro? Não procure mais. Você e eu recebemos um
tesouro da parte do Criador. O baú do tesouro é o nosso corpo. O tesouro é a
saúde. É nosso dever preservá-lo, seguindo as instruções do Criador, para que
vivamos vida próspera e produtiva, vida que leve outros a glorificar o Pai
celestial.
Por que tantos tratam seu tesouro de modo tão descuidado? Sabemos que há
certas coisas que devemos evitar, como alguns tipos de carne, gorduras de
origem animal, carboidratos muito refinados, sal e açúcar em excesso. Também
sabemos de coisas importantes que devemos fazer, como beber mais água, fazer
exercícios regularmente, comer frutas e vegetais, evitar o fumo e o álcool – e a
lista prossegue. Que estamos esperando?
Você precisa de algum incentivo? É só visitar um hospital. Garanto que não é
uma cena agradável, a menos que você visite a ala da maternidade. O restante é
deprimente. Estamos considerando a saúde como algo que acontece de modo
automático? Uma vez tendo perdido esse tesouro incomparável, nossa vida
nunca será a mesma.
Você ainda precisa de um empurrãozinho adicional? Verifique a conta
hospitalar, só para passar algumas horas no pronto-socorro! Com certeza, deve
haver algo mais com o qual você preferiria gastar seu dinheiro!
O Criador está mais do que disposto a auxiliar-nos a aderir a um plano que
garanta nossa saúde e felicidade. Ele anela ver-nos com boa saúde, tanto física
quanto espiritual. Temos um Deus que nos diz, no texto de hoje, que Ele
verdadeiramente Se importa com tudo o que nos diz respeito, em todos os
sentidos.
Você tem adoecido ultimamente? Considere esse fato como um convite para
despertar. Comece a salvaguardar o precioso tesouro de sua saúde. Melhor tomar
providências do que lamentar, certo? Seu tesouro vale a pena!

RHODI ALERS DE LÓPEZ


O exame esquecido

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Era quase o fim do meu primeiro semestre no Colégio Monroe, e a carga era
bastante pesada: trabalhos para entregar, exames semestrais e o exame final já
dobrando a esquina. O dia 3 de março continua claro como cristal em minha
lembrança – o dia do meu exame final de empreendedorismo.
Avisaram-nos com pelo menos duas semanas de antecedência sobre esse
exame. Havíamos recebido um caso para estudar e nos disseram que o exame
seria baseado nele. Mas eu estava tão ocupada no preparo para os exames em
outras matérias, e tentando concluir os projetos do semestre, que as duas
semanas passaram muito mais rapidamente do que pude perceber. Para piorar as
coisas, uma semana antes do exame, dei meu notebook para a orientadora, pois
queria uma segunda opinião sobre meu trabalho. Eu me esquecera de que havia
anotado a data daquele exame no notebook.
O dia em que recebi de volta o notebook era o dia do exame! Para meu espanto,
eu me havia esquecido desse fato. Nem acreditei no que acontecia. Fiquei
petrificada, desapontada e muito aborrecida por ter-me esquecido completamente
dele. A primeira coisa que me veio à mente foi: Vou ser reprovada! Contudo,
depois de me acalmar um pouco, também percebi que me havia esquecido de
que existe Alguém ainda maior que o exame cuidando de mim.
Antes do início do exame, fiz uma rápida oração, reclamando a promessa de
Deus segundo a qual “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das
coisas que não vemos” (Hebreus 11:1). A primeira resposta à minha breve e
sincera oração foi que pudemos usar o estudo daquele caso ao fazermos o
exame. Respondi às questões, confiando que Deus me daria sabedoria e
compreensão para fazer o melhor. Também o fiz acreditando que meu Deus está
sempre presente e é capaz de operar milagres, desde que dependamos dEle de
todo o coração.
Saí da sala do exame com um sorriso, certa de que havia sido aprovada. Devo
dizer que o Deus a quem sirvo é um Deus amoroso, e Ele sempre ouve as
petições dos Seus filhos. Digo isso porque passei no exame com um notável
acerto de 96%! Muito obrigada, Jesus!
Perguntei a mim mesma: Será que sou mesmo digna dessa meritória nota? Dei
ao meu Deus todo o louvor. Ele prometeu suprir as necessidades de Seus filhos
segundo a Sua vontade. E Ele fez por mim exatamente isso.

AMANDA AMY ISLES


Milagres – eles ainda acontecem!

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade. Salmo
46:1

Certa noite, eu me sentia exausta porque alguns professores e eu havíamos


retornado de um seminário. Meu esposo e eu oramos juntos e ele foi para a
cama. Deitei no sofá para relaxar, enquanto ouvia a previsão meteorológica. A
última coisa que ouvi antes de dormir foi o aviso de uma forte tempestade.
Pareceu-me ter passado um momento apenas, quando acordei assustada ao som
de um barulho terrivelmente alto. Uma parede vinha na minha direção! Confusa,
achei que a tormenta houvesse arrancado uma árvore do jardim, jogando-a
contra a casa. O Senhor é muito misericordioso, porque, quando acordei, corri
para a cozinha, chamando meu esposo aos gritos. Ele despertou e correu até
onde eu me encontrava, achando que alguém assaltara a casa. Mas não. “Olhe!”,
gritei. “Olhe!”
Para nossa perplexidade, um veículo estava na sala, preso no alicerce de tijolos.
Alguns arbustos também estavam dentro de casa, e os móveis espalhados pela
sala.
A mulher que dirigia o carro estivera bebendo. Dirigia com uma licença de
aprendiz e não tinha seguro. Tentara fugir assim que conseguiu sair do veículo,
mas nossos vizinhos estavam do lado de fora, investigando a causa do barulho, e
chamaram a polícia. Então telefonamos para nossos familiares a fim de contar o
que acontecera, para que não soubessem do caso pelo noticiário.
Quando minha mãe entrou na casa, sua atenção foi chamada para o sofá. Ela
me disse: – Mas você não estava ali?
Olhei para ela e disse: – Pois era exatamente onde eu estava! – O Senhor me
havia escudado contra escombros de tijolos, reboco e vidro que voaram e agora
cobriam o sofá. Foi um milagre o fato de eu não ter sido ferida.
Nossos vizinhos nos ajudaram a colocar um plástico sobre o carro e o buraco,
para impedir que a chuva entrasse. Então disseram a mim e a meu esposo: –
Vocês devem ser cristãos. – Perguntamos por que pensavam assim, e
responderam: – Porque vocês não deram uma surra na mulher! – No dia
seguinte, ela e a família foram à nossa casa. Ela se desculpou muito. Eu lhe disse
que estava contente e agradecida a Deus porque nós duas estávamos vivas, e a
abracei. Espero que isso tenha mostrado a ela que estava perdoada. Louvado seja
o Senhor por Sua misericórdia e perdão – e Seus milagres!

BERTHA HALL
Milagres acontecem em meio ao louvor

Eu sou o Senhor, este é o Meu nome! Não darei


a outro a Minha glória nem a imagens o Meu
louvor. Isaías 42:8

Já passaram 19 anos, e minha sogra, Comfort, ainda está viva! Numa quarta-
feira, em fevereiro de 1994, Comfort foi incomodada por uma leve dor de
cabeça. Tomou imediatamente algumas pílulas para sentir alívio, mas as coisas
pioraram. Não soubemos nada a respeito disso a não ser na sexta-feira à noite,
por volta das 21 horas. Aprontamo-nos rapidamente e corremos para o seu lado.
A equipe de médicos disse que seus nervos estavam mal, o cérebro não
funcionava normalmente e a medula espinhal já estava prejudicada. Se
sobrevivesse, teria uma “vida vegetativa”.
Aqui entra a fé! Aqui entram a prova, a confiança, a crença! Com essa notícia,
vieram orações fervorosas e um foco voltado para o Autor e Consumador de
nossa fé, Jesus.
Amigos e familiares começaram a louvar a Deus, com oração e jejum durante
dias. Citaram as Escrituras e reivindicaram cada linha das promessas: “Comfort,
você não morrerá, mas viverá para declarar a bondade de Deus. Nos dias de
Ezequiel, ossos secos reviveram, e você ainda está viva. Comfort, essa
enfermidade não é para a morte, mas para que a glória de Deus se revele, como
foi dito por Jesus acerca de Lázaro. Sim, você será curada definitivamente; não
viverá uma vida vegetativa; você vai caminhar, falar, ver, ouvir e louvar a Deus
com ação de graças.”
Vinte e sete netos não ficaram de fora, e parentes de longe e de perto vieram
para ajudar do seu jeito e conforme sua compreensão. Alguns tentaram usar
outros poderes, mas nós os recusamos categoricamente e lhes dissemos que
nosso Deus no Céu não dividiria Sua glória com ninguém! Eles não aceitaram
bem essa posição, mas insistimos e permanecemos concentrados em Deus.
No vigésimo quinto dia de coma, mamãe falou! Foi uma fala coerente, também,
sem hesitação. Foi então que o líder da junta médica disse: “Estávamos
aplicando apenas uma terapia paliativa.” Ele se identificava com o Deus de
nossa família. Hoje mamãe continua robusta e cheia de vigor! Quem é como
nosso Senhor? Confie nEle, e Ele aperfeiçoará os seus caminhos.
Em abril, dei à luz uma menina a quem Comfort chamou de Oluwatoyin, que
significa: “Somente Deus seja louvado”. E, como parte do cumprimento de
nossos votos ao Senhor, se Ele curasse mamãe completamente, meu esposo e eu
nos tornamos evangelistas no distrito de nossa igreja e na Associação. Muito
pode a oração dos santos.

FALADE DORCAS MODUPE


Onde está seu coração?

Pois onde estiver o seu tesouro, aí também


estará o seu coração. Mateus 6:21

O quintal de nossa casa fica na frente de uma casa de fazenda. Embora


moremos numa cidade, temos o privilégio de desfrutar um ambiente rural.
Gostamos muito desse lugar, pois nos traz a sensação de calma e tranquilidade.
Certa manhã, abri a janela dos fundos da casa e senti grande alegria ao ver uma
infinidade de pássaros enchendo o jardim. Os bem-te-vis, com o vistoso peito
amarelo, embelezavam as árvores. O ruivo joão-de-barro procurava material
para construir sua casa. Os colibris voavam de flor em flor para coletar néctar.
Era lindo ver o balé de pombas e rolas, felizes e tranquilas.
Enquanto observava, meditei sobre como a felicidade se encontra em pequenas
coisas: contemplar a natureza; cultivar uma flor e vê-la desabrochar; plantar uma
árvore e vê-la germinar; e ouvir o canto dos passarinhos. Todavia, há tantas
coisas que passam despercebidas na correria da vida diária. Talvez estejamos
deixando passar aquilo que realmente traz felicidade.
Todos os dias, corrremos cegamente atrás de coisas que julgamos trazer-nos
verdadeira felicidade – como dinheiro e fama. Estamos procurando a felicidade
nos lugares errados? Desperdiçamos momentos preciosos da vida sem observar
os filhos crescendo, sem conviver com amigos ou familiares e, mais importante,
sem passar momentos com nosso Deus? Tomo tempo suficiente para aquilo que
é realmente importante?
Quando chegamos ao local de trabalho, tomamos tempo para dizer “Bom-dia”
aos colegas? Temos tempo para notar que alguém ao nosso lado precisa de
ajuda? Talvez essa pessoa esteja esperando uma palavra amiga ou alguém que se
disponha a ouvi-la. Por vezes, a busca egoísta do próprio bem-estar nos cega
para aquilo que acontece ao redor.
O que nos ocupa a mente, o coração? Lembro-me das importantes palavras de
Jesus sobre o assunto, em Mateus 6:19 e 20: “Não acumulem para vocês
tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões
arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos Céus, onde a traça e
a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.”
Onde está meu coração? Onde está o seu?

DARLEN CIBELI MARTELO BACH


O nascimento de Tori

Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus. Salmo


46:10, ARA

Senti apreensão naquela noite em que meu marido me levou ao hospital, em


nossa cidadezinha do interior. O sentimento não se justificava, pois era minha
terceira gravidez, e os dois primeiros partos não haviam apresentado
complicação. As dores do parto não eram tão intensas – por que o temor?
Chegamos ao hospital e passei a noite num leve trabalho de parto. Por volta das
4 da manhã, as contrações começaram a ficar mais frequentes, e às 5 horas eu
me encontrava em pleno parto. Infelizmente, o bebê não estava na posição
correta. Quando o jovem médico tentou virá-lo, isso me causou a dor mais
excruciante que já senti. Toda vez que ele tentava virar o bebê, eu gritava.
Mas, em meio à dor, continuei repetindo o versículo: “Aquietai-vos e sabei que
Eu sou Deus.” Senti uma paz totalmente irreal. Quando tive uma contração, os
batimentos cardíacos do bebê caíram muito, indicando que ele estava em
angústia respiratória. Finalmente, o jovem médico chamou o outro doutor, que
clinicava em nossa região por uns 30 anos e havia trazido numerosos bebês ao
mundo. Ele decidiu que era necessária, imediatamente, uma cesariana.
Em nosso hospital, naquela época, todas as enfermeiras eram voluntárias, e a
única enfermeira do centro cirúrgico – da qual se necessitava para a cesariana –
morava a uns 80 quilômetros de distância. Era março, e as estradas estavam
escorregadias e cobertas de neve. Assim, tivemos que esperar até que ela
chegasse, fizesse a assepsia e demais preparativos, antes de a cirurgia poder
começar.
Enquanto isso, dores fortes continuavam a espancar meu corpo. A cada
contração, os batimentos do coração do bebê caíam. Embora eu estivesse em
meio a uma dor extrema, o “meu” texto continuou cruzando minha mente e senti
paz em relação a tudo o que acontecia. Eu sabia que o Senhor estava no controle
e, fosse qual fosse o resultado, estaria tudo bem porque o encarregado era Ele.
Por fim, puderam fazer a cirurgia. Recebi anestesia geral e, quando acordei, a
paz continuava comigo. Eu “sabia” que meu bebê havia morrido, e que era um
menino (meu esposo queria um menino), mas me senti bem. Esperei meu
esposo. Ele chorava quando entrou. Eram lágrimas de alegria e alívio. “Temos
uma menininha”, disse ele, “ e ela está bem!”
Ah, meu Deus é tão bom! Demos a ela o nome de Victoria – ela é
verdadeiramente vitoriosa! É o nosso bebê do milagre. “Aquietai-vos e sabei que
Eu sou Deus.”

GAYLE A. KILDAL
Semana da amizade

O homem que tem muitos amigos sai perdendo;


mas há amigo mais chegado do que um irmão.
Provérbios 18:24, ARA

Várias vezes, a cada ano, recebo um e-mail declarando que aquela semana é
chamada de Semana da Amizade. Muitas vezes me pergunto quando, realmente,
é essa semana, e quem a designou assim. Bem, para mim, toda semana é a
Semana da Amizade, já que tenho sido abençoada a vida inteira com grandes
amigos. Eles moram em diferentes localizações geográficas, têm variadas idades,
qualidades e funções.
Tenho amizades de mais de 50 anos. Tenho amigos na Jamaica e do outro lado
do mundo, na Austrália. Alguns são como da família, e partilhamos as alegrias e
tristezas uns dos outros. Uma amiga, benevolente e talentosa com as mãos, tem
embelezado minha casa com almofadas e fronhas. Tenho duas amigas com o
dom do encorajamento. Uma envia e-mails cheios de poder espiritual quando
estou passando por algum período difícil, e outra telefona todos os dias até que
passe a crise. Tenho, ainda, meus jovens amigos. Dou-lhes conselhos com base
nos anos de vasta experiência, conhecimento adquirido e exposição à vida, e eles
me deixam atualizada quanto às tendências do momento e ao seu linguajar –
deixando-me, por vezes, levemente chocada, porém mais capaz de me
comunicar com eles.
Contudo, tenho um Amigo que é o maior! Na verdade, Ele é meu Irmão por
renascimento. Sua idade é atemporal. Ele me conhecia muito antes de eu ser
concebida e me amou muito antes de eu conhecê-Lo. Deu Sua vida por mim e,
embora viva longe, está a meu lado antes mesmo que eu O chame. Sua
benevolência supera a de todos os outros, pois Ele me supre todas as
necessidades. O impressionante é que Ele não passa por alto nenhum pormenor,
e faz até com que vagas de estacionamento se materializem em minha frente!
Ele me manda mensagens de texto para cada ocasião. Quando estou triste, Ele
digita: “De manhã irrompe a alegria” (Salmo 30:5). Quando meu dinheiro anda
curto, Ele escreve: “Observem [...] os lírios” (Lucas 12:27). Quando enfrento
provas: “Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você” (Isaías 43:2).
Quando sou tentada: “Não permitirá que vocês sejam tentados além do que
podem suportar” (1 Coríntios 10:13). Quando tenho medo, Seu texto é: “Nunca o
deixarei, nunca O abandonarei ” (Hebreus 13:5).
Toda semana é a Semana da Amizade quando desfrutamos um doce
companheirismo. Aceite-O como seu amigo hoje. Não me importo de dividi-Lo
com você.

CECELIA GRANT
A arte de reivindicar direitos

E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei


e vos receberei para Mim mesmo, para que,
onde Eu estou, estejais vós também. João 14:3
ARA

Existe uma arte e um protocolo para dirigir reuniões, etiqueta para e-mails e
comunicação escrita, e até para o modo de se pôr uma mesa. Também existe a
arte de dar e receber. Essas habilidades devem ser não apenas ensinadas, mas
reforçadas a cada oportunidade que surge. Tenho uma inclinação natural para a
etiqueta relacionada com o chá, a qual se reforça e amplia a cada evento que sou
convocada para organizar: colheres de chá sobre os pires, facas à direita do
prato, garfos à esquerda – tudo parte dessa orquestração.
Nunca imginaria eu, com toda a minha idade, que chegaria o dia em que uma
garota de sete anos de idade me apresentaria a Arte de Reivindicar Direitos.
Minha irmã mais velha trabalha diligentemente com minhas sobrinhas no sentido
de conservar bem viva a arte de escrever cartas. Ela e as meninas passam horas
procurando o tipo certo de papel de carta, que represente corretamente cada uma
delas, seu estilo e personalidade. Sobre um papel cuidadosamente escolhido, elas
aprendem a saudação, a estrutura e até a pontuação. Num determinado domingo,
dedicaram tempo à arte de escrever cartas. Foi então que minha sobrinha de sete
anos escreveu uma carta para sua tia em Bermuda, expressando seus
pensamentos. Ela começou a carta com a saudação apropriada. A seguir, passou
para o conteúdo expressando sua posição como “sobrinha favorita”. Depois
selou o contrato com um selo divino, escrevendo: “Bem, isso fica entre Deus,
você e mim.” Enquanto me vi rindo diante dessa nova arte introduzida por minha
sobrinha, encantei-me com o pensamento de que ainda conservo uma posição de
importância e amor.
Parece que, num passado não distante, li acerca de uma mãe reivindicando o
direito de colocar os dois filhos à direita e à esquerda de Jesus. Também pensei
no fato de que, quando você está numa cidade estrangeira e tenta localizar um
destino com um GPS, o posicionamento é importante. Contudo, no reino de
Deus, as posições não são relevantes. E Jesus declara: “Contudo, muitos
primeiros serão últimos; e muitos últimos serão primeiros” (Mateus 19:30).
Certamente devíamos nos preocupar mais em servir do que com a posição que
mantemos, pois o maior desejo de Deus é que cheguemos ao Reino, onde todos
poderemos desfrutar nossa posição como filhos e filhas. Sem reivindicar a
primazia.

LADY DANA AUSTIN


O livro que falou

Pois Tu tens sido uma fortaleza para mim, um


refúgio nos meus dias de aflição. Salmo 59:16,
NTLH

Há quase dois anos, recém-saída da adolescência, fui inspirada por Deus a fazer
mudanças drásticas em minha vida cristã. Decidi renovar minha experiência
cristã por inteiro. Comecei a orar com mais frequência e a ler todos os livros
espirituais que podia comprar numa livraria cristã próxima. A vida estava
mudando. Deus começou a transformar minha vida.
Mas essas mudanças vieram com tribulações medonhas. O diabo decidiu que
não me daria descanso, já que eu decidira ficar perto de Deus. Aos poucos, tudo
parecia dar terrivelmente errado. Amigos próximos começaram a se voltar contra
mim. Comecei a ter problemas com alguns dos membros da igreja. Questionei a
mim mesma. Certamente, algo estava errado comigo. Até na família as coisas
davam errado. Fiquei extremamente deprimida.
Lembrei-me de ter lido que todos os que vivem uma vida piedosa sofrerão
perseguição. Uma amiga íntima me confortou, dizendo que, por eu estar me
esforçando para viver corretamente, o diabo queria me subjugar. Concluí que, se
devo estar à altura dos reclamos do Céu, devo entender que isso vem com suas
lutas.
Comecei a ter noites insones, durante as quais espíritos maus começaram a
atacar. Por vezes, precisei dormir com a luz acesa, como forma de deter seus
ataques. Enquanto lutava com os espíritos ao longo das horas de escuridão,
descobri que, quando chamava o nome de Jesus, encontrava alívio.
Uma noite, o diabo investiu com uma porção dupla de aflição, mas Deus tinha
uma porção dupla de bênção. Acordei no meio da noite, quando a cama começou
a sacudir – e não era eu quem a sacudia. Eu sabia que os espíritos maus estavam
ao redor, porque sentia a mesma coisa incômoda que havia experimentado por
semanas. Passei um medo extremo e, como criança que precisa da mãe, clamei
ao Senhor. De repente, o quarto ficou em silêncio. Sentei-me, trêmula. Ao olhar
para o lado da cama, vi o livro devocional e o abri. Quase automaticamente, os
olhos passaram por alto alguns parágrafos e caíram diretamente sobre o título,
que dizia em negrito: “Não Tema; Deus Está com Você.” Diante disso, as
lágrimas fluíram profusamente, enquanto a paz dominava o coração. Naquele
momento, Deus Se revelou a mim – Ele falou por intermédio de um livro.
Precisamos apenas clamar a Deus durante as provas e deixar que Ele nos fale
palavras de paz ao coração.

JUNET S. JACKSON
Seja bondosa

Mansidão e domínio próprio. Contra essas


coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo
Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões
e os seus desejos. Gálatas 5:23, 24

Quantas coisas me ensinou Deus ao longo dos anos? Eu diria que foram
centenas. Uma das mais importantes é a bondade. Ele me pediu que olhasse e
ouvisse pessoas ao redor, e Ele me mostraria aquelas que precisavam de ajuda. É
a mulher idosa que atravessa a rua com uma sacola pesada? Posso ajudá-la a
carregar a sacola. Às vezes, tenho o impulso de ceder meu assento no ônibus
para uma criança ou um velhinho. Preciso estar atenta às sugestões de Deus.
Na universidade, trabalhei duro para pagar os estudos. Às vezes, sentia que não
ia conseguir pagar a mensalidade seguinte. Lembro-me de um sábado, quando
alguém me perguntou por que eu vestia os mesmos dois vestidos para a Escola
Sabatina e o culto, semana após semana. Minha discreta resposta era: “Isso é
tudo o que tenho.” Eu sentia pena de mim mesma, embora, como sempre, Deus
já estivesse me auxiliando. Ele me ajudava de duas maneiras: eu aprendia a
confiar nEle, e Ele me deu uma amiga que O ouvia.
Um dia, essa amiga bateu à porta do meu quarto no dormitório. Quando abri a
porta, eu a vi diante de mim com uma caixa muito grande. Ela parecia um pouco
tímida e isso me pareceu estranho, porque ela era uma pessoa meiga e
maravilhosa. Todas nós nos alegrávamos pelo fato de ela ser nossa amiga. Em
voz baixa, ela perguntou: “Você se interessaria pelas roupas desta caixa? Vou
ganhar roupas novas. Minha avó quer comprar alguns conjuntos novos para
mim, de modo que não preciso destes aqui. Você os quer?”
Se eu queria! Fiquei emocionada e lhe agradeci o presente. Abraçamo-nos, e
ela seguiu seu caminho.
Agora eu tinha roupas mais do que suficientes para o ano seguinte e além. Mais
do que dois vestidos para usar na igreja! Essa amiga ainda é uma pessoa muito
especial para mim, e oro para que ela saiba como foi grande e bondoso o ato que
ela praticou naquele dia.
Desejo ser fiel àquilo que Deus me pede que faça. Em geral, Ele me chama a
atenção com uma voz suave, e oro para que eu não me omita de ajudar os outros
e de vê-los com os olhos de Deus. Uma versão contemporânea da Bíblia em
inglês traduz o pensamento de hoje deste modo: “Mas o fruto do Espírito é amor,
paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gálatas 5:22-24). Não é isso que
todas nós desejamos?

SUSEN MATTISON MOLÉ


Transportados por um anjo

Deus mandará que os anjos dEle cuidem de


você para protegê-lo aonde quer que você for.
Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que
nem mesmo os seus pés sejam feridos nas
pedras. Salmo 91:11, 12, NTLH

Foi no início de 1970. Eu ainda estava no meio da adolescência, mas já havia


começado minha carreira como professora. Meu primeiro trabalho foi no sertão
de Belize, América Central. Chegar à escolinha significava caminhar 12
quilômetros, ou então 28, se eu perdesse o único meio de transporte que cobria
os primeiros 16 quilômetros. Conseguir uma carona na carroceria de um
caminhão era tão bom quanto andar num carro luxuoso.
Num determinado domingo, meu irmão de 9 anos e eu perdemos o transporte.
Demos um profundo suspiro ao enfrentar os 28 quilômetros a pé, com pouca
esperança de conseguir carona. O sol escaldante tornava a jornada mais
desencorajadora. Até as árvores à margem da estrada pareciam murchas.
Já era o fim da tarde quando chegamos ao rio. Geralmente, os bondosos irmãos
da igreja que moravam perto do rio deixavam uma pequena canoa para a
professora usar a fim de chegar ao outro lado. Mas não havia canoa naquele
domingo. Um cavalo de gênio calmo, porém, nos esperava do outro lado.
Admiral, meu cavalo favorito até hoje, encontrava-se a poucas centenas de
metros de distância – tão perto, mas ainda assim tão longe. Teria eu que
atravessar a nado? Eu podia – e essa parecia a melhor opção –, mas não queria
que meu irmãozinho fizesse isso. Então, ali na barranca do rio, enquanto as
sombras começavam a se alongar, peguei a mão de meu irmão e falei com o
Único que poderia nos ajudar.
Eu não tinha ideia da resposta que viria, mas ela chegou em segundos. Um
cavalheiro, que se parecia muito com as pessoas que moravam rio acima, surgiu
numa canoa pequena, semelhante àquela que usávamos para fazer a travessia.
Ele se ofereceu para nos levar. Quando desembarcamos da canoa e me virei para
agradecer, ele não estava mais ali. Havia desaparecido, assim como surgira.
Estranho, pensei. Até aquele ponto, parecera algo normal.
Montamos no cavalo e começamos o trecho final da jornada. As pessoas que
viviam mais perto do rio ficaram espantadas ao nos ver. “Como foi que vocês
atravessaram?”, perguntaram elas, desculpando-se por não terem deixado a
canoa em tempo. Ninguém conhecia o cavalheiro que descrevemos. A promessa
de Deus no texto de hoje se havia cumprido diante dos nossos olhos. A fé de
meu irmão pequeno, assim como a minha, se fortaleceu.
Mal posso esperar para conhecer esse anjo e saber o restante da história.

CLAUDETTE GARBUTT-HARDING
Diante do tribunal

Pois todos compareceremos diante do tribunal


de Deus. Romanos 14:10

Nunca me esquecerei do dia em que precisei comparecer diante do tribunal do


júri contra um homem que me havia atacado, enquanto eu cumpria meu plantão
no hospital. O incidente aconteceu em 2006. Contudo, cinco anos transcorreram
até que o caso fosse a júri.
Meu esposo e eu fomos ao fórum e nos reunimos com o policial que atendeu o
meu caso. Ele também era cristão. E me perguntou: – A senhora quer punir esse
homem que a feriu ou quer perdoar-lhe? – De acordo com minha decisão, eu
seria preparada para falar ao juiz.
– Eu não sei – respondi, finalmente. Lembrei-me da dor física e da agonia
mental que sofri devido ao ataque. A depressão me levou a ficar diabética e
hipertensa – condições das quais ainda sofro. A experiência toda passou diante
de mim como uma visão. Eu não conseguia tomar uma decisão imediata. Queria
castigá-lo, mas também perdoá-lo. Então orei a Deus para que me ajudasse, e me
lembrei de nosso Senhor Jesus, dizendo, na cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois não
sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Assim como Deus me perdoou todos
os pecados, decidi perdoar aquele homem também.
Mesmo não sendo a pessoa culpada, tremi ao me colocar em pé diante do juiz.
Mas respondi a todas as suas perguntas e, antes do encerramento do caso,
consegui dizer: – Senhor juiz, quero perdoar esse homem.
Voltando para casa, sentei-me e pensei no juízo final, quando todos
comparecerão perante o maior e mais poderoso Juiz, Jesus Cristo. Como Lhe
responderemos? Qual será o resultado final? Ele nos recompensará ou punirá? E
como nos prepararemos para o juízo final? Temos certeza de que nossos pecados
foram lavados pelo sangue de Jesus? Como é a nossa vida agora? Damos
testemunho aos outros? Os outros veem Jesus em nós? São muitas as perguntas
para fazermos a nós mesmas.
Um julgamento terrestre pode depender da riqueza, posição, situação
financeira, nome ou fama da pessoa. Podemos escapar do julgamento terrestre,
mas não do juízo celestial. Nosso Senhor Jesus não é homem que mude de ideia
ou diga uma mentira. Assim, não é tarde demais para mudar nossa atitude. Deus
nos concede muitas oportunidades de arrependimento. Preparemo-nos para
comparecer perante o trono de nosso Senhor. Por Sua graça, estudemos Sua
Palavra com oração e estejamos prontas para a Sua vinda.

VICTORIA SELVARAJ
Por infidelidade

“Porque sou Eu que conheço os planos que


tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de
fazê-los prosperar [...], planos de dar-lhes
esperança e um futuro.” Jeremias 29:11

Tenho certeza de que você conhece a história dos israelitas, contada no Antigo
Testamento. Era uma turma sem fé, que servia a Deus e depois servia aos deuses
dos povos ao redor. Foram com Moisés para o deserto e lá tiveram que passar
mais 38 anos porque prosseguiam fazendo escolhas erradas. Eles simplesmente
continuavam repetindo os mesmos erros, um após outro. Quando, por fim,
chegaram a Canaã, nem assim obedeceram à ordem de Deus, e escolheram
manter os inimigos como amigos. Por centenas de anos seguiram o próprio
caminho, foram levados à escravidão, clamaram a Deus – que os livrou – e
voltaram aos mesmos pecados que lhes haviam causado problemas da última
vez. Finalmente, Deus disse que já bastava, e trouxe uma nação conquistadora
para tirá-los da Terra Prometida. Eles foram levados a Babilônia, e Jerusalém e o
Templo foram destruídos. Além de perderem tudo o que valorizavam, Deus
ainda lhes disse que isso não era tudo – prometeu-lhes 70 anos de cativeiro: “Ah,
por falar nisso, o que lhes sobrevirá se deve ao fato de que ‘tenho bons planos
para vocês e seu futuro’.”
Para mim, é fácil ver a Deus quando estou rodeada por Seu santos, aquelas
brilhantes estrelas que parecem resplandecer em Sua presença. Infelizmente,
esses preciosos santos não estão por aí todo dia. Não são aqueles com quem
trabalho, com quem vou às compras, e então me sinto sozinha aí pelo mundo.
Com muita frequência, fico sozinha no escuro. Tropeço entre querer agradar a
Deus e querer identificar-me com os que estão ao redor. Alguns dias fico muito
cansada de ser sempre diferente, ou ser a garota que não recebe convite para
lanchar porque sabem que não vou beber ou dizer bobagens. Para eles, isso me
torna uma puritana ou sem graça. Então, meu coração é como o de um israelita.
Ele anseia pela graça de Deus e por beleza para preenchê-lo. Os momentos em
que me deleito em Sua glória são inigualáveis, mas, quando chega o crepúsculo,
fico distraída com os vaga-lumes até me perder no escuro. Protesto contra minha
falta de fé e me pergunto por que não consigo ser leal ao Deus que me ama assim
mesmo. Então, nas trevas, vêm as tormentas que me empurram de volta para a
luz. Na minha tempestade mais tenebrosa, quando o coração é sacudido e
machucado a ponto de eu mal poder respirar, Ele diz: “Fique firme. A
tempestade ainda não revelou sua força total. Há uma longa batalha à sua frente
– mas aguente firme. Eu a escolhi, mesmo em sua infidelidade. Ainda sei o que
você pode ser. Eu vejo seu futuro.”

SELENA BLACKBURN
À prova de bebês

O Senhor não demora em cumprir a Sua


promessa, como julgam alguns. Ao contrário,
Ele é paciente com vocês, não querendo que
ninguém pereça, mas que todos cheguem ao
arrependimento. 2 Pedro 3:9

Minha filhinha, Lily, está na fase em que sua curiosidade ultrapassa seu
discernimento. Eu a sigo pela casa toda, tirando sua mão da tigela da ração do
cachorro, levantando o cesto virado de material reciclável, ouvindo as risadinhas
felizes quando o rolo de papel toalha chega ao fim sob seu comando, e
aplacando sua perplexidade quando tiro dela o meu celular.
Eu havia subestimado o sentido das palavras “à prova de bebê”. Cobri as
tomadas da energia elétrica, coloquei produtos químicos num armário alto e
esfreguei as mãos, satisfeita, por ser uma mamãe precavida. Ah! Desde então,
precisei aprender também a cuidar de moedas soltas, ensinar meu marido a
cuidar de pregos ou parafusos que pudessem cair da caixinha, reforçar a estante
de livros meio bamba, e pôr tesouras fora do alcance. Ainda não sei o que fazer
com a comida do cachorro.
Ocorreu-me uma ideia: meus esforços quanto à prevenção de acidentes infantis
são semelhantes à maneira como Deus nos trata. Quando somos bebês
espirituais, inexperientes e incapazes de discernir o que é bom para nós, Ele nos
protege do perigo espiritual. Fiquei ruminando essa ideia antes de perceber que
ela não é realmente verdadeira. Embora Deus dirija nosso crescimento espiritual,
Ele não torna o mundo “à prova de bebê” para nós. Aqueles que estão
começando a conhecer o caráter de Deus entram em contato com danos
espirituais: membros da igreja que O representam mal, sistemas que deixam de
suprir suas necessidades, orações que parecem ficar sem resposta e até sem ser
ouvidas. Por que Deus não cuida melhor de Seus bebês?
Uma coisa que vemos nas histórias de Abraão, Davi e Jó, bem como na vida de
pessoas que conhecemos, é que Deus permite que as pessoas se desiludam.
Mesmo quando estamos apenas aprendendo a confiar em Deus, Ele permite que
nossa religiosidade seja machucada, a fé se desvaneça e o ânimo se perca.
Contudo, Ele nunca nos deixa nesse ponto! Deus confia em que, oportunamente,
sejamos capazes de ver Seu impressionante amor por nós e de corresponder a
ele. Assim como sempre afasto Lily da tigela de ração do cachorro e a coloco
numa direção melhor, nosso grande e amoroso Deus fará conosco. Seu caráter
longânimo não quer que nenhuma de nós pereça.

DENISE TONN
O pano amassado

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e


renova dentro de mim um espírito inabalável.
Salmo 51:10, ARA

Era cedo, numa segunda-feira de manhã, o primeiro dia de mais uma semana de
trabalho. Eu estava intensamente envolvida na rotina diária e automática de
preparar-me para o trabalho, quando um pano que havia caído ao chão me
chamou a atenção. Quando me curvei para apanhá-lo e pendurá-lo no suporte,
notei sua condição: seco, amassado, rígido e difícil de alisar. A única forma de
restaurar o pano a uma condição de maciez isenta de rugas, e com boa aparência
ao ser pendurado, era lavá-lo.
É isso! Essa é a nossa condição. Necessitamos de lavagem e restauração! Como
nos permitimos ficar tão amarrotadas com o pecado, endurecidas e rígidas diante
do paciente apelo de nosso Pai celestial? Afinal, Ele nos deu Seu único Filho
para morrer por nossos pecados, a fim de que sejamos salvas, se tão somente
crermos. Esquecemo-nos do modo como Deus nos guiou até o presente
momento. Colocamos o “eu” antes de Deus em nossa vida diária. Enganamo-nos
a nós mesmas, acreditando que sabemos administrar a própria vida. Podemos
realmente lidar com alegrias, realizações, tentações, provas e tribulações?
Orgulhamo-nos no próprio engano e nos falta disposição para reconhecer nossa
impotência. Submeter tudo a Deus torna-se uma segunda alternativa, ou nem
chega a ser alternativa. Enquanto isso, Deus, que nos deu o Seu tudo, bate
pacientemente à porta do nosso coração, desejando entrar e ajudar-nos, querendo
ser parte integral da nossa vida porque nos ama. Somente quando caímos – como
o pano – sobre Cristo, nossa rocha e salvação, nosso refúgio em tempo de
tormenta, podemos valer-nos do poder redentor e purificador do Seu sangue e
tornar-nos renovadas e restauradas. Hebreus 10:22 diz: “Tendo os corações
aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e tendo os nossos
corpos lavados com água pura.”
É esse processo que nos capacita a ter a disposição de ouvir Sua palavra ao
ouvido, chamando-nos pelo nome e dizendo: “Este é o caminho, siga-o” (Isaías
30:21). Ah, como é tremendo o Pai celestial a quem servimos! Ele está
empenhado em salvar-nos, porque nos ama. Derramemos o coração diante de
Deus como fez Davi, o salmista, e digamos: “Lava-me de toda a minha culpa e
purifica-me do meu pecado.” “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova
dentro de mim um espírito inabalável” (Salmo 51:2, 10).

CYNTHIA BEST-GORING
Sem o saber, acolheram anjos

Não se esqueçam da hospitalidade; foi


praticando-a que, sem o saber, alguns
acolheram anjos. Hebreus 13:2

Quando menina, eu sempre ficava eufórica quando chegava a época de fazer a


viagem a Montego Bay com meus pais. Embora a maioria das viagens fosse por
causa de reuniões, eu gostava do passeio e da ideia de sair. Eu devia ter uns 6
anos naquele determinado dia. Assim que chegamos ao cruzamento principal
que conduzia à cidade movimentada, nosso carro parou no meio da rua. As
buzinas começaram a tocar e altas vozes ecoavam irritação contra nós, por
estarmos obstruindo o trânsito.
Naquela época, minha mãe não dirigia e pouco sabia acerca de automóveis, e
eu simplesmente fiquei sentada no banco de trás, sem poder ajudar nessa
situação. O carro estava por conta do meu pai. Fiquei um pouco ansiosa
enquanto ele olhava o motor para ver o que podia ser feito. Ele tentou isso e
aquilo, e minha mãe virou a chave na ignição, mas nada aconteceu.
Então, de lugar nenhum, apareceu um homem. Ele vestia roupa andrajosa,
sapatos rachados e dava a impressão de que, provavelmente, até cheirasse mal.
Minhas palpitações aumentaram, ao achar que ele parecia perigoso, e a
expressão no rosto de minha mãe confirmava meus sentimentos. Ele vinha na
direção de meu pai. Fiquei assustada. Papai também parecia hesitante a respeito
dele, mas o homem continuou caminhando em nossa direção, como se fosse
fazer alguma coisa com o motor.
“Não deixe!”, minha mãe gritou de dentro do carro. Mas tudo aconteceu tão
rapidamente que meu pai foi incapaz de impedi-lo. Após tocar num fio ou dois, o
homem disse ao meu pai: “Peça a ela que o ligue agora.” Relutantemente, papai
fez sinal para minha mãe, e ela virou a chave. O carro “pegou”! Nossos olhos
devem ter dado a impressão de saltar do rosto. Foi inacreditável. Em menos de
um minuto, um estranho consertou o veículo.
Meu pai saiu de seu espanto e desviou o olhar de minha mãe para agradecer ao
estranho, mas ele se fora. O homem havia desaparecido e nenhum de nós soube
dizer para onde. Papai entrou no carro e partiu para procurá-lo, mas não o vimos
em lugar nenhum.
O texto de hoje fala de anjos. Ali, naquele momento, paramos o carro e demos
graças a Deus por ter-nos enviado um anjo. Por causa de seu auxílio, pudemos
concluir a viagem com sucesso.

AVIA ROCHESTER-SOLOMON
Ele ouve meu clamor

O Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor


aceitou a minha oração. Salmo 6:9

Minha filha se parecia com o pai, e eles eram muito próximos. Quando ele
faleceu, poucas semanas após o segundo aniversário dela, a menina ficou
arrasada. Chorava, ficava sempre perto de mim e não queria estar sozinha. Era
como se ela temesse que eu também sumisse como o pai. As crianças choram
por um bocado de coisas – pode ser por comida, conforto ou atenção. Minha
filha chorava muito para receber minha atenção. Toda vez que ela chorava,
esperava que eu dissesse “triste”. Depois de eu dizer isso, ela parava de chorar.
Um dia, ela foi brincar com outras crianças no condomínio. Fiquei feliz por ela
estar superando o trauma. Ficou lá por mais de uma hora, mas voltou para casa
chorando e não sabia dizer o que acontecera. Várias vezes, eu repeti a palavra
mágica, “triste”, mas não funcionou. Apalpei todo o corpo para descobrir se ela
se havia cortado ou fraturado algum osso. Não achei nada que a fizesse chorar.
Meus vizinhos vieram ajudar-me a consolá-la. Trouxeram brinquedos, biscoitos,
chocolates. Ela continuava chorando. Depois eles saíram e fiquei sozinha com
minha filha chorosa. Desesperada, eu lhe dei um analgésico. Ao cair da noite, ela
estava exausta de tanto chorar e caiu no sono, mas vi que continuava agitada,
mesmo dormindo. Ela se virava frequentemente de um lado para o outro, com
um soluço. Isso era muito incomum. Eu havia tentado todos os truques e
habilidades maternais que conhecia, sem resultado, de maneira que me ajoelhei
para orar. Eu não tinha esposo para me dar o apoio necessário naquele momento,
e assim clamei ao Marido de todas as viúvas. Clamei ao Senhor por auxílio,
porque havia esgotado todas as opções maternas que conhecia.
Deus ouviu minha oração. Não consegui dormir depois de orar, e fiquei
olhando atentamente a face da minha filha. De repente, algo me disse que devia
olhar ainda mais de perto. Então minha atenção se voltou para o narizinho dela, e
vi um pequeno objeto lá dentro. Eu não conseguia imaginar o que seria aquilo.
Era quase meia-noite e eu não podia chamar o médico, de modo que decidi
removê-lo eu mesma. Era um pedacinho de giz. Apliquei um unguento, e ela
dormiu como um anjo durante o restante da noite.
É maravilhoso saber que Deus, que nos concedeu tão grandes e preciosas
promessas, cuida realmente de nós. Ele nunca nos abandonará.

TAIWO ADENAKAN
Todas as despesas pagas

Aquele que dá testemunho destas coisas diz:


“Sim, venho em breve!” Amém. Vem, Senhor
Jesus! Apocalipse 22:20

Se lhe oferecessem uma viagem com todas as despesas pagas, para qualquer
lugar do mundo, aonde você gostaria de ir? A ideia me veio à mente certa
manhã, enquanto me preparava para ir à igreja. Tentei pensar nos lugares que
gostaria de visitar. Alasca? Suíça? Inglaterra? Flórida? Não sendo muito
apreciadora de viagens, não pensei em nenhum lugar para onde desejaria
realmente ir. Simplesmente ficar em casa já estaria bom para mim.
Lar! Foi aí que me veio a ideia.
Já tenho uma viagem com todas as despesas pagas para ir a um lugar onde
nunca estive. Não há panfletos mostrando fotos de lá. Todavia, ele tem tantas
características que um Livro inteiro foi escrito a seu respeito. Os privilégios
relacionados com essa viagem são maravilhosos! Posso convidar qualquer
pessoa para ir comigo: famíliares, amigos, vizinhos. Qualquer um! Vai ser a
melhor viagem da qual terei participado. Definitivamente, não é uma viagem que
quero perder. O impressionante é que, embora o preço seja altíssimo, ele já foi
pago. A única coisa que tenho que fazer é estar pronta para ir. Sem arrumar as
malas. O traje será providenciado. Receberemos mantos e coroas. Tratados como
realeza. Também não precisamos fazer reservas. Alguém já cuidou disso. O
Livro conta que ficaremos em belas mansões. Sem preocupação com as refeições
também, ou com o lugar onde comer – e sem precisar dar gorjetas. Em toda parte
por onde você andar haverá frutas e vegetais frescos.
É um Rei que governa esse lugar. Poderemos conversar e andar com Ele. Fazer-
Lhe perguntas. Tenho certeza de que todas faremos uma porção de perguntas.
Não sei o dia da partida. Mas o Livro diz que a única coisa que preciso fazer é
estar pronta quando chegar o momento, a fim de não perder o voo. Sei que
amigos que não vemos há muito tempo irão também, e até membros da família
dos quais estivemos afastados durante anos. Minha expectativa cresce
constantemente. Mal posso esperar! Ah, li sobre a alegria e a emoção que
teremos por ocasião da chegada, pois esse lugar belo e feliz será nosso lar para
sempre.
Sendo que posso convidar outros para irem comigo, convido você. E você,
então, pode convidar sua família, amigos e vizinhos para acompanhá- la. É quase
o tempo de ir para casa. É quase o tempo de Jesus voltar. Não perca o voo. Você
está pronta?

DONNA SHERRILL
Tua mão haverá de me guiar

Quando clamei, Tu me respondeste; deste-me


força e coragem. Salmo 138:3

Os salgueiros são geralmente as primeiras árvores cujas folhas brotam na


primavera. Aprendi isso em Chengde, nordeste da China, quando visitei nossa
filha mais velha que lecionava lá, num colégio. Foi maravilhoso visitar Robyn,
ver onde ela morava, as ruas pelas quais andava de bicicleta, os vendedores que
lhe vendiam sorvete. No globo que eu tinha em casa, Chengde ficava justamente
do outro lado de Maryland, EUA – a uns 11.300 quilômetros de distância. Era
tão longe que, quando eu tentava visualizá-lo, tudo o que eu via era escuridão.
Mas agora ali estava eu, e a cidade era inundada com a luz do sol. O tempo
passou rapidamente, e era hora de voltar para casa.
Um senhor do colégio me levou ao aeroporto de Pequim. Foi uma das coisas
mais difíceis que já fiz – deixar minha filha e o motorista, que retornavam para
sua cidade.
Isso aconteceu em 1993. O aeroporto de Pequim era pequeno, escuro e
cinzento. Depois do check-in, passei umas três horas numa terra-de-ninguém,
superlotada e sombria, parada junto da bagagem, sem poder avançar, até que
uma porta se abriu e permitiu que eu e 200 outros viajantes passassem. Mais
tarde, naquela noite, pousei em Hong Kong e fui recebida por missionários que
me levaram à sua casa para o pernoite. Moravam num pequeno apartamento.
Pessoas simpáticas. Bom jantar. Cama confortável. Mesmo assim, eu me sentia
desolada. Robyn começava o segundo ano como professora no colégio chinês.
Ela já havia visto e experimentado muitas coisas maravilhosas, e me senti muito
melhor tendo vivido por uma semana no lugar em que ela morava. Mas agora eu
me sentia muito sozinha. Meu coração estava partido. Então abri a Bíblia no
Salmo 139, desejando ler a promessa: “Se eu [...] morar na extremidade do mar,
mesmo ali a Tua mão direita me guiará e me susterá” (v. 9, 10).
Em lugar disso, meus olhos caíram na página oposta, Salmo 138. “Eu Te
louvarei, Senhor, de todo o coração. [...] Quando clamei, Tu me respondeste;
deste-me força e coragem” (v. 1-3).
Era exatamente disso que eu precisava. Se eu precisava de alguma coisa, era
que Deus me desse força e coragem – coragem ao deixar minha filha, coragem
para fazer o voo de catorze horas até Los Angeles, coragem ao passar a noite
num hotel lá, e finalmente voar para Virgínia. De algum modo, meu ânimo
subiu. Deus cuidaria de minha filha e da moça que lecionava com ela. Deus
abençoaria o trabalho delas e as pessoas cuja vida elas tocariam. Deus me levaria
para casa em segurança. E a elas também. E Ele fez isso.

PENNY ESTES WHEELER


Nevasca vezes dois

Faz cair a neve como lã, e espalha a geada


como cinza. Salmo 147:16

Meu futuro marido e eu estávamos namorando havia alguns meses, quando


sugeri que planejássemos uma viagem de fim de semana até Iowa, onde ele
poderia conhecer alguns dos meus parentes. Racionalizei que seria uma forma
agradável de comemorar meu aniversário em março. Ele concordou e pediu
emprestado o novo Ford de seu pai, para a viagem.
Chegamos a Iowa, convidamos minhas duas tias e partimos para a fazenda do
tio Jim, para visitar mais familiares. Desfrutamos uma visita e um almoço
maravilhosos. Com demasiada rapidez, a noite se aproximou. Quando nós quatro
saímos da fazenda, começou a nevar levemente. Todavia, logo a seguir, os
poucos quilômetros que ligavam a estrada rural à rodovia mal podiam ser
percorridos, pois dentro de minutos a neve fraca se havia transformado numa
nevasca típica de Iowa. Era uma sensação esquisita, foi como se uma cortina
branca, pesada, estivesse ao redor. Meu namorado, ao volante, tremia de
ansiedade. A estrada não só lhe era desconhecida, mas estava praticamente
obliterada pela neve em redemoinho.
Minha tia conhecia a estrada, e quando notou uma luz fraquinha tremeluzindo
numa casa de fazenda próxima, insistiu em que nos dirigíssemos à entrada da
garagem. Aconteceu que era a fazenda de minha ex-professora e de seu esposo,
minha primeira professora na escola rural. Eles foram anfitriões gentis e nos
deixaram à vontade para aguardar que a tormenta passasse durante a noite.
Acordamos na manhã seguinte com o aroma gostoso de um desjejum de fazenda
e a notícia de que o marido havia levantado cedo para afastar a neve da
estradinha, abrindo caminho para a rodovia. Ele anunciou que a rodovia já estava
limpa e pronta para o trânsito! Eles foram muito cordiais para com quatro
viajantes desesperados e carentes de um abrigo contra a tempestade.
Dez anos depois, enfrentamos outra nevasca, desta vez casados, com dois
filhos, no estado de Kansas. Meu esposo era o diretor da escola de uma
cidadezinha. Tínhamos acabado de levar minha tia de volta a Kansas City
durante o feriado de Natal, e voltávamos para casa quando a nevasca começou.
Agora, estávamos em nosso próprio Ford. Além do perigo da nevasca ao redor, o
aquecimento do carro parou de funcionar, de repente. Meu esposo se esforçava
para enxergar a estrada, enquanto eu orava: “Senhor, rompe essa cortina branca
para que possamos ver.” Experimentamos a proteção de Deus mais uma vez,
durante outra nevasca.

RETHA MCCARTY
Amar seus inimigos?

Mas Eu lhes digo: Amem os seus inimigos e


orem por aqueles que os perseguem. Mateus
5:44

Amar os inimigos. Acho que essa é uma das coisas mais difíceis de praticar,
amar aqueles que falam de você, aqueles que abusam de sua bondade, aqueles
que a apunhalam pelas costas, que têm inveja de você por ser filha do Deus
Altíssimo.
Durante os últimos meses, experimentei uma fase muito difícil no trabalho.
Pedi que Deus me ajudasse a conviver com uma colega. Eu me melindrava com
as conversas dela e sabia que não devia ser assim o caráter de uma cristã. Pedi
que Deus me transformasse, que erguesse uma cerca de proteção ao redor na
presença dela. Orei para que Deus me ajudasse a andar em Suas pegadas e que
eu tivesse a mente de Cristo, que sorrisse e aceitasse a tarefa indicada. Mas
parecia que nada ajudava.
Num sábado à noite, eu assistia a uma emissora de TV religiosa, quando o
orador falou sobre o perdão. Falou de uma jovem senhora de sua igreja que
havia deixado de falar com ele, por razões desconhecidas. Ela o evitava em todas
as oportunidades. Ele se preocupou com isso e decidiu buscar a raiz de tudo.
Assim, enquanto se dirigia à igreja, decidiu fazer uma parada diante da casa dela.
Quando ela atendeu à porta, ele perguntou: – Eu a ofendi, de alguma forma? Se
foi esse o caso, peço-lhe perdão. – A senhora disse: – O senhor não fez nada.
Sou eu quem devo pedir seu perdão.
Naquele momento, eu soube que precisava pedir perdão à minha colega,
mesmo sentindo que não fizera nada de errado. Deus, porém, me revelou coisas
que justificavam meu pedido de perdão. Lutei contra isso, mas sabia que era a
vontade de Deus. Ao retornar ao trabalho, com o coração sincero, fui ao
escritório dela e disse: – Se eu a desrespeitei de algum modo, peço-lhe perdão. –
Instantaneamente me senti aliviada, renovada e revigorada. Era como se um
fardo houvesse sido erguido de sobre mim, e como se Deus estivesse satisfeito
com minha decisão.
Continuo orando por minha colega de trabalho e peço que Deus me ajude a
amar meus inimigos e a orar pelos que me usam afrontosamente. No fim do dia,
o amor segura a chave da vida eterna.

SYLVIA GILES BENNETT


Palavras que curam um coração ferido

Pois o seu Criador é o seu marido, o Senhor dos


Exércitos é o Seu nome, o Santo de Israel é seu
Redentor; Ele é chamado o Deus de toda a
Terra. Isaías 54:5

Fazia 15 anos que estávamos casados quando meu esposo me disse que queria
o divórcio. Fiquei arrasada, mas vinha esperando por isso havia algum tempo, já
que o afastamento ocorrera bem antes. Eu havia orado ao Senhor pedindo Sua
guia e conforto, e a resposta foi que eu perseverasse e suportasse a situação.
Assim, por três anos, tentei fazer funcionar meu casamento. O fato de termos
dois filhos adolescentes só tornava as coisas mais desafiadoras, mas eu me
apegava às promessas do meu Salvador. Infelizmente, o inevitável aconteceu, e
nada mais havia que eu pudesse fazer para salvar um relacionamento que se
tinha perdido pouco depois de se formar.
Eu me sentia zangada comigo mesma e com Deus. Sentia-me abandonada por
Aquele em quem havia confiado, e desapontada por causa das esperanças e
sonhos que acariciara.
Clamei ao meu Redentor, suplicando perdão, coragem e sabedoria. Deus não
falhou comigo, embora eu me sentisse um fracasso e uma perdedora. Todos os
dias, Sua palavra vinha me confirmar Seu amor e fidelidade. Pedi Suas bênçãos
e que cuidasse dos meus filhos, que escolheram morar com o pai. Deus me disse
que Ele não me condenava e que eu não precisava temer. Contou-me do Seu
infalível amor que não se abalaria, e do Seu concerto de paz que não seria
removido de mim. Prometeu que meus filhos seriam ensinados pelo Senhor e
que grande seria a sua paz. Garantiu-me que eu não teria nada a temer e que
refutaria toda língua que me acusasse. Ele vindicaria o meu caso (ver Isaías 54).
Nada me separaria do Seu amor (Romanos 8:35). Ele me disse que Seus planos
seriam de me fazer prosperar, de me dar esperança e um futuro melhor (Jeremias
29:11).
Ele me fez lembrar de que sou preciosa e honrada aos Seus olhos. Ele me ama.
Chamou-me pelo nome, e sou dEle! Disse-me que estava fazendo algo novo por
mim (ver Isaías 43). Prometeu que veria Sua glória, o esplendor do meu Deus.
Alegria e gozo me dominariam.
Ele me elogia e diz que sou bela a Seus olhos, minha voz é doce e meu rosto,
bonito. Ele diz que me ama com amor eterno. Eu digo: “Muito obrigada, meu
Marido, por falar palavras que saram meu coração partido.”

JULIETTE ROSE
Honra e honestidade

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro,


tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo
o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é
de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso
pensamento. Filipenses 4:8, ARA

Ainda há muitas pessoas honestas e honradas no mundo. Não importa o que


dizem as pessoas acerca de nossa sociedade, ainda posso proclamar que há
pessoas honestas no planeta Terra. Conheço muita gente boa e honrada a quem
posso elogiar e agradecer.
Acabo de voltar para casa, depois do retiro de 10 dias de minha igreja, numa
reunião campal. Durante a estada, comecei a conversar com uma querida
senhora idosa que se sentia muito aflita, pois havia perdido todo o dinheiro que
trouxera. Ela me contou que seu maço de dinheiro devia ter caído quando puxou
um lenço de sua bolsa, e só percebeu que o dinheiro se fora quando foi ao seu
aposento. Animei-a, e orei por ela e pela pessoa que o encontrou. Depois de
anunciada a perda durante a reunião principal, o dinheiro foi devolvido a essa
estimada senhora.
Alguns dias depois de voltar para casa, fui a um mercado para comprar frutas e
verduras. Tenho o hábito de verificar as notas fiscais antes de sair do caixa e,
nesse dia em particular, vi que a funcionária me havia cobrado mais pelas
laranjas. As laranjas de tamanho médio custavam apenas 49 centavos por meio
quilo, mas me cobraram 1,38 dólar o meio quilo. Quando chamei a atenção da
funcionária, ela devolveu mais de 3 dólares. Fiquei contente por não ter que
pagar a mais por aquelas laranjas.
A caminho de casa, parei numa loja asiática para comprar alguns vegetais
tropicais. Foi bom eu ter colocado os 3 dólares na sacola, e não na carteira,
porque descobri que estava sem a carteira. Procurei no carro, na sacola e nas
pilhas de vegetais, mas não a encontrei em parte alguma. Corri de volta ao
mercado onde havia comprado as frutas. Meu primeiro pensamento foi: Como
pude ser tão descuidada? Eu havia orado – sempre oro antes de fazer compras,
para não gastar desnecessariamente. Será que a pessoa que encontrou a carteira a
entregaria ao guichê de atendimento ao consumidor? Orei por uma pessoa
honesta e pedi a Deus perdão por meu descuido.
Eu não queria perder dinheiro, mesmo que fosse apenas 35 dólares. Fui
depressa ao balcão de atendimento ao consumidor. Minha carteira estava lá. A
caminho do carro, dei graças a Deus por pessoas honestas que devolvem o que
não lhes pertence!

OFÉLIA A. PANGAN
Carregadores de fardos

Levem os fardos pesados uns dos outros e,


assim, cumpram a lei de Cristo. Gálatas 6:2

Foi triste o dia em que Chuck, nosso vizinho ao sopé da colina, foi embora.
Agora nos perguntávamos quem seriam os novos vizinhos.
Dentro de pouco tempo, observamos atividade em volta da casa. Nossos novos
vizinhos se haviam instalado ali. Um dia, enquanto passávamos pela frente, um
rapaz saiu e acenou, pedindo que parássemos. Ele se apresentou como Zane, o
novo vizinho. Conversamos um pouco, e concluímos que um jovem casal havia
adquirido a casa. Depois, descobrimos que Mark e June, as pessoas que ali
moravam, eram os pais de Zane. Mark sofria de um tipo raro de câncer, e Zane
havia chegado para ajudar a cuidar dele.
Um dia, quando nossa nora convidou a eles e a nós para o almoço, tivemos a
oportunidade de nos conhecer melhor. O casal tinha outro filho, ainda no ensino
médio, e ficamos impressionados com a polidez e as boas maneiras dos dois
jovens. Mark não se sentia suficientemente bem para participar do almoço
conosco, mas apreciamos conversar com June. Alguns dias mais tarde, passei
pela casa deles e deixei uns biscoitos recém-assados, algo que os rapazes
apreciaram de modo especial. Eu não queria que June se sentisse obrigada a
fazer algo como retribuição, de modo que lhe disse que aquilo era uma expressão
de “boas-vindas à vizinhança”.
A vida agitada continuou. Algumas semanas mais tarde, quando meu esposo
ofereceu a Zane uma árvore que ele poderia cortar para fazer lenha, voltou com a
notícia de que Mark havia falecido. Que choque foi aquilo! June nos contara
acerca de um novo tratamento que ela estava aplicando em seu marido, mas
simplesmente não percebemos que ele se encontrava tão doente. Também nos
sentimos mal por não o havermos nem sequer conhecido. Eu sabia que devia ir
em seguida para ver June, mas, já que nunca estivera na situação dela, o que
poderia dizer?
Quando parei em frente ao jardim, June saiu para me receber. Eu não tinha
palavras para dizer, de modo que simplesmente estendi os braços e a abracei por
longo tempo. Minhas lágrimas se misturaram com as dela, e isso pareceu ser
suficiente. Eu sabia que ela compreendia meu sentimento a seu respeito. Nossas
visitas sempre começam e terminam com abraços – algo mais importante do que
palavras. Não custam nada, mas nos ajudam a levar as cargas uns dos outros.

BETTY J. ADAMS
Indo para casa

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em


Deus; creiam também em Mim. Na casa de Meu
Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu
lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar [...] e os
levarei para Mim, para que vocês estejam onde
Eu estiver. Vocês conhecem o caminho para
onde vou. João 14:1-4

Ao chegar ao aeroporto de Sydney, vindo de Fiji, descobri que minha filha Sala
não estava ali para me receber. Minha filha mais nova, Terri, que se encontrava
de férias nas Ilhas Salomão, não havia entrado em contato com ela sobre minha
chegada. Eu tinha bagagem pesada, e viajar de trem até o local em que Sala
mora não era uma opção. Rapidamente mexi em minha sacola de mão para
procurar os números do telefone dela, mas, para meu espanto, não consegui
localizá-los. Informei-me sobre acomodações mais baratas em hotel, mas o
agente me disse que era alta temporada e os preços dos hotéis eram caros.
Sentei-me ali e pensei, perplexa diante da situação. Que vou fazer se Sala não
estiver no país? Então, sussurrando uma oração de agradecimento pela chegada
com segurança, permiti que o Senhor assumisse a situação.
Logo senti o impulso de verificar mais uma vez a frasqueira. Para minha
surpresa, descobri o endereço e o número de telefone de uma amiga de Papua-
Nova Guiné, Roseline Baker. Ela mora e trabalha em Sydney com o esposo
australiano, Shaner. Fiquei muito feliz e dei graças a Deus por isso. Depois,
comprei um telefone móvel barato e liguei para Roseline. Ela estava em Vitória,
um estado diferente, mas me deu informações de contato com amigos próximos
e parentes, Jeff e Jo Hansen. Todavia, eu me senti insegura em ligar para eles.
Convocá-los para me ajudar era embaraçoso. Eu havia planejado visitá-los mais
tarde, a fim de discutir a possibilidade de trabalhar com eles em projetos
comunitários em Papua-Nova Guiné. Senhor, esta é a melhor ocasião que
abriste para mim? Então liguei para o número. Jeff atendeu imediatamente. E Jo
disse que eles me ajudariam a chegar à casa de Sala.
Em pouco tempo, Jeff e Jo me encontraram na ala de chegada do aeroporto e
nos preparamos para ir à casa de minha filha. Eu sabia para onde estávamos
indo, mas precisava de ajuda para chegar lá. Jeff tinha um GPS e, com o auxílio
desse aparelho mágico, chegamos em apenas meia hora.
Todas nós aguardamos o momento de ir para o Lar de glória. Hoje temos
televisão, rádio e internet para nos ajudarem a partilhar as boas-novas acerca do
lar celestial. Não demorará para que façamos essa viagem para casa. E graças a
Deus por amigos que nos ajudam pelo caminho.

FULORI SUSUSEWA BOLA


Os despreparados

Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o


dia do Senhor virá como ladrão à noite. 1
Tessalonicenses 5:2


Ao retornar de uma viagem à Geórgia, meu esposo e eu paramos em Miami
para visitar alguns familiares. Durante aqueles dias felizes, preparei-me para ir
ao aeroporto com uma amiga, a fim de receber um casal que vinha de Nova
York. Eles chegariam perto da meia-noite. Meu esposo nos levaria e deixaria lá,
e voltaríamos com eles num carro alugado.
Eles chegaram e, após abraços e saudações, o carro foi alugado e preenchido
com bagagem, deixando apenas espaço suficiente para nos sentarmos. Coloquei
minha bolsa atrás de mim, perto da cabeça, entre malas e sacolas. Nosso amigo
nunca havia dirigido nas velozes autoestradas dos Estados Unidos, de modo que
prosseguimos com hesitação, confiando nas instruções que lhe haviam sido
dadas. Depois de algum tempo, descobrimos que nos havíamos perdido num dos
bairros mais perigosos da cidade.
Eu não sabia que estávamos rodeados por tantos perigos, mas me senti segura
dentro do carro, conversando com os amigos. Pessoas ainda perambulavam pelas
ruas, mesmo sendo tarde da noite.
De repente, a luz do semáforo ficou vermelha. Somente os motoristas ingênuos
e ignorantes dos perigos da região parariam diante de uma luz vermelha naquela
hora – mas nós não sabíamos. De súbito, um rapaz muito alto abriu a porta
detrás do carro, exatamente onde eu estava sentada, e começou a passar as mãos
nos meus pés, procurando minha bolsa.
O terror, o pânico e o temor indescritível me deram forças, permitindo-me
gritar. Naquele momento de surpresa e angústia, pedi que Deus não permitisse
que ele me puxasse para fora do carro. Talvez surpreso pelos muitos gritos, o
jovem retrocedeu lentamente em direção da calçada sem levar coisa alguma.
Providencialmente, minha bolsa estava acima de mim, entre as sacolas.
Quando chegamos a casa, louvamos a Deus, o Pai, que sempre cuida de nós.
Refleti: Assim será o retorno do Filho do Homem. Muitos serão encontrados
desapercebidos, apanhados de surpresa. Jesus virá como um ladrão de noite,
numa hora em que ninguém está esperando. Decidi, ali mesmo, permanecer
mais atenta e me preparar melhor para o grande evento a ocorrer em breve. Que
não seja, para você ou para mim, um dia de medo e pavor, mas de alegria e
prazer!

ZUILA V. N. RODRIGUES
Santa Ceia

Porque, sempre que comerem deste pão e


beberem deste cálice, vocês anunciam a morte
do Senhor até que Ele venha. 1 Coríntios 11:26

Como membro batizado da igreja desde os 7 anos de idade, já tomei parte em


muitas cerimônias da Santa Ceia. Sempre soube o que esse rito significa: diz
respeito a Jesus morrendo na cruz por nossos pecados. As cerimônias eram
muito tradicionais: um sermão, a ordenança da humildade (lava-pés), orações
pelo pão e pelo suco de uva, a distribuição dos símbolos, um pensamento
conclusivo, um cântico e a despedida.
Desde que nos mudamos para a nova residência, temos participado da Santa
Ceia às sextas-feiras à noite e aos sábados à tarde. Embora essas cerimônias
tenham os mesmos elementos tradicionais, elas incluem ilustrações que me
trazem à mente a natureza impressionante do sacrifício de Cristo.
Numa Santa Ceia de sexta-feira à noite, o pastor fez um breve sermão sobre
como Deus nos perdoa, não importando o que tenhamos feito. Tudo o que
precisamos fazer é confessar nossos pecados e deixá-los junto à cruz. O cenário,
na parte da frente da igreja, era uma cruz, vazia e cruel. Solicitou-se que os
diáconos entregassem um pedaço de fita vermelha a cada participante. No
momento apropriado, os diáconos se puseram diante daquela cruz com um
martelo e pregos. Pediu-se que considerássemos aquela fita como nossos
pecados. Usando o martelo, e tomando um prego, cada um pregou sua fita (seus
pecados) sobre a cruz. Enquanto os músicos tocavam e cantavam “Lá estão
sobre a cruz, meus pecados na cruz já estão”, não pude deixar de visualizar a
intensidade da dor que Jesus teve que sentir ao estar pendurado naquela cruz no
Gólgota, por pecados que Ele não cometeu. Por causa do amor, Ele fez isso
especificamente por mim. Essa foi a maior demonstração de amor! Ele o fez
especificamente por você.
Não estive presente quando eles O pregaram na cruz. Mas tomar parte dessa
Santa Ceia, em particular, fez-me tremer com uma percepção mais profunda de
como Jesus morreu. Lembrei-me de um cântico evangélico popular, que diz:
“Eles O penduraram no alto, abriram Seus braços; Ele inclinou a cabeça e por
mim morreu. Isso é amor.”
Se confessamos, todos os pecados são perdoados. Ainda que nossos pecados
sejam vermelhos como aquelas fitas, Cristo prometeu tornar nosso coração
branco como a neve. Oro para que, ao continuarmos participando de cerimônias
da Santa Ceia, nós nos concentremos profundamente na cruz e em seu tremendo
significado – tudo por você e por mim.

MARIE H. SEARD
Você conhece Jesus?

Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e


sentir em mim o poder da Sua ressurreição.
Quero também tomar parte nos Seus
sofrimentos e me tornar como Ele na Sua morte,
com a esperança de que eu mesmo seja
ressuscitado da morte para a vida. Filipenses
3:10, 11, NTLH

Não faz muito tempo, passei por uma experiência incomum que causou em
mim um profundo impacto. Tendo retornado da caminhada matinal com meu
esposo, decidi remover uns tufos de grama de má aparência, na rua, em frente à
minha casa. Havia quase concluído a tarefa, quando meu vizinho saiu de sua
casa e me cumprimentou dizendo: – Olá, vizinha. Vocês viajam um bocado, e
quando voltam para casa trabalham duro.
Não é com frequência que vejo o vizinho todo vestido com terno preto e a
Bíblia na mão, de modo que, brincando, eu disse: – Você parece um pastor. Vai
pregar hoje? – A resposta dele me pegou de surpresa: – Vou, se me deixarem. –
Eu não esperava essa resposta, então perguntei sobre o que ele pregaria. Para
minha surpresa, ele disse: – A primeira coisa que eu perguntaria a eles é: “Vocês
conhecem Jesus?” – Atravessando o gramado, ele continuou: – Sabe, uma
porção de gente vem à igreja bem vestida, com boa aparência e roupas chiques,
dirigindo carros grandes e caros, e alguns com a Bíblia na mão. Mas o
importante é se eles conhecem a Jesus.
Ele prosseguiu: – Veja o caso dos discípulos. Eles seguiram Jesus durante três
anos e não O conheciam. Pedro esteve com Ele o tempo todo, mas no fim disse
que nem conhecia Jesus. E Tomé. Também andou com Ele, mas não acreditava
nEle. Quando Jesus lhes disse que morreria, eles não acreditaram, porque tinham
outra agenda. E aquele companheiro chamado Judas – ele veio direto até Jesus e
deu-Lhe um beijo na face, para que os soldados soubessem qual deles levar. Sim,
eu perguntaria às pessoas se elas conhecem Jesus.
– Puxa, Carlos, fiquei sensibilizada com sua profunda mensagem. Você me deu
algo em que pensar – foi minha resposta. Desejei-lhe um feliz domingo, ele foi à
igreja e eu concluí minha tarefa. As palavras inquiridoras de Carlos
reverberaram em minha mente: “Você conhece Jesus?” Vi-me perguntando a
mim mesma: – Shirley, você conhece Jesus ou é como as pessoas sobre as quais
Carlos falou, bem vestida, com tudo combinando, perfumada, mas não sabendo
dizer com honestidade que conhece verdadeiramente a Jesus como seu Senhor e
Salvador?
Amiga, permita-me perguntar a você também: Você conhece Jesus?

SHIRLEY C. IHEANACHO
Experiência na Terra Santa

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o


Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle
crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João
3:16

Participei de uma viagem à Terra Santa e me senti abençoada por ver os lugares
em que Jesus esteve enquanto viveu na Terra. Visitamos a Igreja da Natividade,
o local onde se crê que Jesus tenha nascido, e vi o estábulo no qual os animais
testemunharam Seu santo nascimento. Senti-me pequena ao ver a igreja que se
supõe ter sido construída sobre o lugar correto para comemorar esse importante
evento da História.
Tivemos o privilégio de atravessar de barco o Mar da Galileia. Pudemos
imaginar Jesus pregando, a partir de um dos barcos de pesca, às multidões
reunidas sobre as colinas ao longo da praia. Pudemos visualizar Cristo dormindo
no fundo do barco enquanto rugia a tempestade, e quase ouvir Sua voz
ordenando às ondas e aos ventos que se aquietassem. Tivemos o desejo de ser
ousados como Pedro, caminhando sobre a água para encontrar seu Senhor!
Subimos a montanha onde Jesus proferiu as Bem-aventuranças e admiramos os
belos jardins ao redor. Visitamos o rio Jordão, onde Jesus foi batizado, e
presenciamos a renovação dos votos batismais de 19 pessoas naquela tarde de
sábado. Pude ouvir o Céu se regozijando conosco, ao testemunharmos os filhos
de Deus reconsagrarem sua vida a Ele.
Ao visitarmos o Monte das Oliveiras, quase pude ver a face de Jesus, molhada
com lágrimas, pedindo que Seu Pai retirasse dEle o cálice amargo que estava
para receber. Embora soubesse que não tinha pecado, escolheu sacrificar tudo
por nossa redenção. Tive o privilégio de visitar o cenáculo, onde Ele pode ter
passado aqueles últimos momentos com os discípulos, antes da crucifixão.
Andar pela Via Dolorosa e ver o Gólgota, onde Cristo foi crucificado, fez com
que eu me sentisse mais grata pelo grande sacrifício que Jesus fez por todos nós.
Sua morte na cruz nos dá a promessa de vida eterna. A tumba vazia é um
lembrete de que Ele ressurgiu dos mortos e nos representa perante Seu Pai.
Essa experiência aumentou meu desejo de servir a Deus e partilhar Seu amor
com outros. Fortaleceu-me a fé nEle e renovou meu compromisso de segui-Lo
todos os dias de minha vida. Ele, verdadeiramente, é o Senhor do amor, que
escolheu morrer na cruz para conceder-nos a dádiva da salvação.

RHONA GRACE MAGPAYO


Pensamentos do alto

Por meio dEle vocês creem em Deus, que O


ressuscitou dentre os mortos e O glorificou, de
modo que a fé e a esperança de vocês estão em
Deus. 1 Pedro 1:21

O pequeno avião ganhou velocidade e decolou da pista do aeroporto


internacional de Los Angeles. Como era uma aeronave pequena, da ponte aérea,
minha visão era boa. Foi incrível o quão rapidamente as pessoas, depois os
carros e depois os prédios encolhiam de tamanho. Ao tomarmos a direção sul, ao
longo da costa, pude ver belas mansões construídas sobre penhascos acima do
oceano, mas elas logo deram lugar a pequenos pontos, alinhados em filas e mais
filas, todos parecendo iguais lá do alto. Pessoas, e mesmo os carros, agora eram
pequenos demais para serem vistos. Cidades inteiras podiam ser vistas de uma
vez só.
Como foi que nos tornamos tão importantes, a ponto de Deus, lá em cima, no
Céu, prestar atenção em nós? Somos tão insignificantes. E há tanta gente – mais
de 7 bilhões! Como é que Ele ouve minhas orações, que Ele tem um plano para
minha vida, que Ele cuida de tudo o que me diz respeito? Como é que esse
grande Deus, que vê, ouve, conhece e controla todas as coisas no Universo
inteiro, esteve disposto a vir como bebê a esta insignificante bola azul que
chamamos de lar? O fato de que Ele Se dispôs a morrer em meio à imundície
deste mundo é incrível por si só, mas a enfermidade, a ferida, o abuso, o pecado
devem ter sido muito dolorosos. Ele fez isso tudo e morreu uma morte
humilhante e dolorosa na cruz. Incrível, não é mesmo?
Mas, louvado seja Deus, a história não termina aqui. Ele ressurgiu do sepulcro,
vitorioso sobre a morte. E isso é que dá a você e a mim sentido, valor e
esperança. Ele o fez por você e por mim – e por todos esses bilhões de outras
pessoas que vivem naquelas mansões, casas de subúrbio, naqueles enormes
edifícios de apartamentos, casas de aluguel, pequenas choupanas e casebres de
barro.
É Sua ressurreição que nos dá esperança, que nos dá um futuro. Como Paulo
escreveu: “E, se Cristo não foi resssucitado, nós não temos nada para anunciar, e
vocês não têm nada para crer. [...] Porque, se os mortos não são ressuscitados,
Cristo também não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, a fé que
vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados” (1
Coríntios 15:14-17, NTLH). Mas Cristo foi ressuscitado! Sabemos disso. Agora,
saiamos e vivamos para Ele também, aceitando o valor que Ele nos atribuiu e
estendendo esse valor aos que nos rodeiam. Ainda há milhões e milhões que não
sabem das boas-novas. Hoje é o dia de dizer-lhes: “Cristo ressuscitou!”

ARDIS DICK STENBAKKEN


Abril

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Acorde dissonante

Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor


que puder. Eclesiastes 9:10, NTLH

Sou organista na igreja há muitos anos, não tanto por ter talento, mas pela
desesperada necessidade da igreja. Meus filhos costumavam sentar-se no
primeiro banco toda semana, não por serem piedosos, como eu esperava a
princípio, mas na expectativa do tratamento criativo que eu daria ao hino de
abertura. E nas ocasiões em que achavam que eu tentaria uma modulação em
tonalidade diferente antes da última estrofe, eles ficavam ansiosos ao considerar
o amplo leque de cenários desastrosos que sempre resultavam quando eu tentava
isso.
Bem que eu gostaria de tocar uma fuga de Bach como E. Power Biggs e
transportar meus ouvintes aos próprios portais do Céu. Infelizmente, não consigo
– a logística de manobrar mãos e pés para tocar três melodias diferentes
simultaneamente está além da minha capacidade. Mesmo assim, há ocasiões em
que quase anseio tocar uma música grandiosa, deixar os acordes soarem de
modo estrondoso ao redor dos meus ouvidos e explodirem no coração. Assim,
uma vez por ano, em julho, satisfaço esse profundo anseio tocando “The Lost
Chord” [O Acorde Perdido] como prelúdio na igreja. A peça chega a ficar
devidamente trovejante em alguns trechos e atinge o fundo da minha alma.
Isso não parece incomodar a congregação tanto quanto você poderia imaginar.
A essa altura, eles já estão acostumados a muitos dos meus acordes perdidos, e
isso acontece faz alguns anos. Mas um ano foi diferente, porque, após minha
interpretação anual costumeira, recebi um bilhete de Judye Estes. Ela escreveu:
“Toda vez que ouço você tocar ‘The Lost Chord’, fecho os olhos e me sinto
como se estivesse no Tabernáculo Mórmon, ouvindo sua bela música de órgão.
Graças a você e a seus talentos, não preciso fazer a longa viagem a Salt Lake
City para me sentir abençoada!”
Puxa! Desde os cinco pães e dois peixes, o Senhor não transformou
miraculosamente tão pouca coisa em tanto! É claramente um exemplo de como
Ele pode tomar seja o que for que Lhe ofereçamos e generosamente traduzir isso
em serviço útil.
E no coração de cada filho de Adão, desde aquele dia no Éden, vem pulsando o
anelo pelo toque confortante da Divindade. O anelo de saber que o grande Deus
do Universo vê as circunstâncias de cada um de nós e Se importa com elas. O
anelo de saber que Ele ainda Se inclina e toca os corações. A Divindade tocando
a humanidade, incluindo-nos em Seu serviço.

JEANNETTE BUSBY JOHNSON


Maçãs de ouro

Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim


é a palavra dita a seu tempo. Provérbios 25:11,
ARA

Quatro horas da manhã não era, geralmente, o horário de maior movimento


naquele restaurante costeiro. Mas isso mudou quando minha turma de biologia
marinha, numa excursão de pesquisas, entrou por suas portas. A única servidora
ali, uma garota provavelmente no fim da adolescência, olhou para nós com os
olhos arregalados, à medida que cadeiras e mesas começaram a encher-se com
estudantes universitários. Secretamente me perguntei como a garota lidaria com
aquele inesperado influxo de trabalho.
Observei com interesse, enquanto ela ia de mesa em mesa, anotando as
encomendas e respondendo às perguntas. Então ela chegou à minha mesa. Ela
revelava uma conduta agradável enquanto fazia um excelente trabalho ao lidar
com um grupo como aquele, e eu lhe disse isso.
Ela me olhou e, com esperança no tom de voz, exclamou: “Ah, poderia, por
favor, dizer isso ao meu patrão? Estou procurando passar para o turno do dia, e
isso ajudaria bastante.” Garanti-lhe que seria um prazer fazer isso.
Quando fui pagar a conta, mencionei à moça do caixa o bom trabalho que a
garçonete fizera, ao servir tantas pessoas. Ela tirou uma toalha de papel do
suporte próximo, pegou um lápis e os pôs no balcão, diante de mim. “Por favor”,
suplicou ela, com as mãos trêmulas de emoção, “poderia escrever isso para que o
nosso chefe veja? Eu apreciaria muito!” Aquela simples toalha de papel quase
tomou vida própria, enquanto eu anotava todos os itens elogiosos que observara
naquela jovem funcionária.
Jesus nos fala sobre a importância do apreço na história bíblica dos 10 leprosos.
Aqueles homens foram até Jesus pedindo misericórdia. Quando Ele os viu,
disse-lhes que fossem e se apresentassem diante dos sacerdotes. No caminho,
foram curados, mas somente um leproso voltou para agradecer. O Senhor
mostrou decepção pelo fato de os outros nove não terem feito o mesmo. O
leproso que voltou para dar graças glorificou a Deus, reconhecendo que o dom
da cura viera dEle.
Neste mundo veloz, no qual a tecnologia muitas vezes deixa de lado a
comunicação pessoal, é fácil desconsiderar as pequenas coisas que as pessoas
fazem para ajudar-nos. Uma palavra ou ato bondoso, não importa quão pequeno,
pode ser justamente aquilo que é necessário para mudar a perspectiva, a
circunstância ou a vida de uma pessoa.
Deus nos concede muitas bênçãos todos os dias. Glorificamos a Deus quando
Lhe damos graças pelo privilégio de partilhar essas bênçãos.

MÁRCIA MOLLENKOPF
Confiança

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Confiança é algo sem o qual não podemos viver. Precisamos confiar que outros
motoristas sejam prudentes e estejam sóbrios. Ou então manter uma distância
segura, se não estamos tão confiantes. Confiamos que o banco cuidará bem do
nosso dinheiro, ou o esconderemos embaixo do colchão e confiaremos que a
casa não se consumirá num incêndio.
Não podemos viver a vida sem confiar em alguém, em algum lugar. Até um
eremita precisa ter certa confiança. Ao nos associarmos com outros, com o
passar do tempo, nossa confiança se desintegra e afastamos as pessoas, ou ela
cresce e aprendemos a confiar ainda mais. Confiança gera confiança.
O casamento é construído sobre a confiança mútua. Esforço-me por confiar
completamente em meu esposo. E, na maioria das vezes, isso acontece. Mas há
exceções.
Um dia, após voltar da cidade para casa, o maridinho saltou para abrir a porta
da garagem, a fim de que eu pudesse entrar com a caminhonete. Eu me sentia
um tanto insegura quanto aos perímetros do veículo, de modo que ele sempre me
guiava na entrada. Eu precisava manobrar, fazendo uma curva à medida que me
aproximava, e dessa vez ele simplesmente continuou acenando com os braços,
insistindo para que eu continuasse em frente. A ombreira direita da porta parecia
perto demais para me deixar tranquila, mas, sendo uma esposa confiante,
prossegui, embora a passo de lesma.
E foi a minha sorte, porque houve uma batida. A caminhonete parou
prontamente, e o motor morreu. Eu havia batido contra a porta novinha de nossa
garagem novinha em folha.
Que explicação viria de meu decepcionado marido?
– Achei que você continuaria virando o volante ao chegar, e haveria espaço
suficiente!
– O volante estava virado, tanto quanto era possível – respondi, como criança
mal-humorada.
– Eu não sabia disso – foi sua mansa e frustrada resposta.
Mas era apenas uma garagem, e as marcas foram pequenas. A expressão
favorita do maridinho é: “Confie em mim, querida!” Estou tentando. Poderá
levar algum tempo.
A coisa boa de se confiar em Deus é que Ele é perfeito e nunca nos deixará
mal. É seguro confiar nEle, sempre. Ao avançarmos pela fé, a confiança nEle
crescerá e se tornará completa.

DAWNA BEAUSOLEIL
A mente de uma criança

Quando vocês recebem os que se fizeram


crianças por Minha causa, é como se estivessem
recebendo a Mim. Mas, se vocês os
prejudicarem, intimidando-os ou tirando
proveito da simplicidade deles, logo irão
desejar nunca ter feito isso. Seria melhor que
vocês se jogassem no meio do mar com uma
pedra de moinho amarrada ao pescoço. Mateus
18:5, 6, A Mensagem

As criancinhas se agarravam às pernas das mães enquanto as mães falavam


sobre seus bebês. Então uma disse: “Vamos nos divertir um pouco hoje à noite –
mas só depois de colocarmos o bebê na cama. Se ele souber, vai fazer um
estardalhaço.” Isso me fez lembrar dos dois pequenos que, por pouco tempo,
entraram em minha vida.
Quando éramos missionários em Sarawak, meu esposo trazia regularmente, de
avioneta, pessoas doentes de vilas remotas para hospitalização. Eu as levava ao
hospital e ficava por perto, até que estivessem na ala respectiva. Longe dos
familiares, elas apreciavam minhas visitas frequentes. Certa vez, Dick trouxe
uma menina de um ano e um garoto de cinco anos. Ele não sabia muita coisa
acerca do menino, exceto que o pastor local o encontrara na taba, doente, apático
e sem expressão. Durante minhas visitas, as duas crianças se aproximavam
ansiosamente de mim e brincavam felizes comigo.
Depois de se recuperarem, o hospital decidiu não liberar o menino enquanto o
pai não viesse para receber instruções quanto ao seu cuidado. Quando entrei com
o pai, o menino deu uma olhada e gritou – e não parava de gritar! O pai virou-se
para mim e disse: “Ele se esqueceu de mim.” Pensei: Ao contrário – ele se
lembra, e muito bem. Obviamente, o garoto não queria voltar a ser negligenciado
e a sofrer maus-tratos.
Levamos a menininha para sua casa, já que estávamos levando suprimentos
para aquela vila. Durante a longa viagem, ela se apegou a mim. Paramos no topo
da colina sobranceira à vila para verificar os freios e nosso carregamento. A
distância, vi seu pai correndo colina acima. Quando ela o viu, imediatamente
estendeu os bracinhos gordos e eu fui esquecida. Ela conhecia o pai e seu amor.
Que diferença na reação daquelas duas crianças diante de seus pais! A mente
delas havia sido impressionada de modo muito diferente pelo tratamento que
tinham recebido, e por isso o comentário daquela jovem mãe me assombrou. As
crianças aprendem de maneira rápida, e podem aprender a desconfiança tão
facilmente quanto a confiança. Uma vez aprendida, a desconfiança é difícil de se
reverter. Deus nos confia esses pequeninos. Ele nos encarrega de transmitir amor
e confiança, e de sermos gentis com os sentimentos deles.

JEAN HALL
O dízimo de Deus

Tragam o dízimo todo ao depósito do templo.


Malaquias 3:10

“Vince, você viu meu dízimo?” O pânico se instalou. “Não consigo encontrá-
lo!”
OK, Dana, disse eu a mim mesma, pare e ore. Estávamos saindo pela porta
para ir à igreja, e eu enfrentava um problema: não encontrava o dízimo de Deus.
Solução: orar. Com o rosto comprido, entrei no carro. Meu esposo me fez
lembrar de que eu já havia orado a respeito, e uma coisa da qual tínhamos
certeza era de que ele estava dentro de casa.
Quando voltamos da igreja para casa, comecei a ajudar minha mãe a preparar o
alimento na casa dela. Entre as várias idas à minha casa, continuei procurando o
dízimo, mas nem assim pude achá-lo. Foi numa dessas idas à cozinha que uma
voz me disse: “Olhe no saco de lixo, embaixo da pia.” Meu pensamento
imediato foi: Por que o dízimo estaria no lixo? Mesmo assim, obedeci e abri a
portinha. Para meu espanto, ali estava o dízimo perto do topo do lixo. Foi então
que entendi o que acontecera.
Em meio à correria da manhã, lembro-me de ter deixado o dízimo sobre a
cama. Depois tirei meu vestido do guarda-roupa. Depois de tirar o vestido do
saco plástico da lavanderia a seco, coloquei o plástico sobre a cama. Quando fiz
isso, coloquei-o em cima do envelope do dízimo. Depois de me vestir, comecei a
sair do quarto e ir para a cozinha. Ao sair do quarto, peguei o plástico – dízimo
junto – e o coloquei no lixo.
Sou muito grata a Deus pela resposta à minha prece. Amigas, há várias lições
que aprendi com essa situação. Algumas delas são:
• Quando estiver preocupada, ore.
• Continue fazendo sua parte para resolver a situação.
• Deus sempre protegerá o Seu dízimo.
• Deus sempre responde às orações.
É natural preocupar-nos quando perdemos coisas, mas podemos ir a Deus em
busca de auxílio. Tudo é importante para o Pai, e Ele sempre ouvirá e atenderá às
nossas orações. Quando recebemos essas maravilhosas respostas, precisamos
contá-las a outros, já que isso vai ajudar a fortalecer-lhes a fé também.

DANA M. BASSETT BEAN


O clamor da meia-noite

À meia-noite, ouviu-se um grito: “O noivo se


aproxima! Saiam para encontrá-lo!” Mateus
25:6

Minha filha desfrutava o recesso escolar da primavera, e nós nos dirigíamos à


Jamaica para comemorar o octogésimo terceiro aniversário de minha mãe. Eu
levava o presente perfeito – um intrincado broche de prata do qual, eu sabia, ela
iria gostar muito. No hotel, pedi que nos despertassem às 4 horas da manhã, já
que precisávamos estar no aeroporto com duas horas de antecedência para o voo
internacional.
Enquanto eu dormia, o telefone tocou. Será que já é hora de acordar?
–Cheryl? – Era meu irmão, ligando do Canadá. – Tenho uma notícia triste.
Mamãe faleceu enquanto dormia. – De súbito, eu estava totalmente acordada. De
que meu irmão estava falando? Mamãe havia morrido! Como pôde acontecer
isso? Eu havia falado com ela no dia anterior, confirmando o voo, e ela parecia
ótima. Fiquei chocada. As lágrimas corriam pelo rosto.
Mais tarde, fiquei sabendo que, em seu último dia, mamãe havia preparado
meus pratos prediletos, visitado uma senhora enferma e feito o culto vespertino,
cantando o hino “Santa Hora de Oração”. Morreu à meia-noite, durante o sono,
sorrindo.
Meses mais tarde, vi uma comparação com a parábola das 10 virgens. Como
mamãe fazendo preparativos para minha chegada, as primeiras cinco virgens se
prepararam para a chegada do noivo. As outras cinco estavam despreparadas,
achando que estavam prontas ou que tinham tempo de sobra para preparar-se. “E
as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas
lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não
nos falte a nós e a vós outras!” (Mateus 25:8, 9, ARA).
Agora passo meu tempo preparando-me para o retorno de Jesus e esperando
por ele. Desejo viver a vida como se estivesse a poucas horas da chegada de Seu
voo para me levar para o Lar. Desejo que meu destino final seja o Céu. O que
está você fazendo – dormindo como as cinco virgens que julgavam ter óleo
suficiente, ou preparando-se, como as outras cinco?
Desejo ver novamente minha preciosa mãe, Leila McGill-Henry. Sinto muita
saudade dela. Mas, acima de tudo, quero ver a face de Jesus. Continuemos nosso
preparo para Seu retorno, a fim de que, quando Ele vier, em vez de ouvi-Lo
dizer: “Em verdade vos digo que não vos conheço”, nós O ouçamos dizendo:
“Muito bem, servo bom e fiel.”

CHERYL HENRY-AGUILAR
Aproximar-se sorrateiramente

Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de


vocês, anda ao redor como leão, rugindo e
procurando a quem possa devorar. 1 Pedro 5:8

Quando eu era criança, costumava ouvir a expressão “aproximar-se


sorrateiramente” e não tinha ideia do que significava. Mas, ao ficar mais velha,
comecei a entendê-la, enquanto considerava como as coisas aconteciam. Os
prazos de entrega se aproximam sorrateiramente quando temos coisas demais
para fazer e não andamos no ritmo suficiente para completar o trabalho. As
pessoas se aproximam sorrateiramente de nós quando não estamos prestando
atenção ou não sabemos que elas estão próximas, até darem um salto e quase nos
matarem de susto. Os gatos se aproximam sorrateiramente da presa, primeiro
devagar, depois precipitando-se quando ela já está ao alcance. Problemas de
saúde chegam sorrateiramente quando ignoramos pequenos sinais, dizendo que
temos sintomas a ser tratados, até um dia em que devemos lidar com desafios
maiores. A idade chega sorrateiramente quando estamos tão ocupadas,
aproveitando a vida, a ponto de não sentir que os anos se escoam e não mais
somos jovens.
Para mim, não existe nada de bom numa “aproximação sorrateira”. Ao
aproximar-se desse modo, algo ou alguém está sempre se intrometendo em nosso
espaço ou tempo – lenta ou cautelosamente observando de perto; e nós, por fim,
temos que lidar com as ramificações de nossa ignorância ou desatenção. Claro, é
desconcertante – uma surpresa, até – quando algo se aproxima de nós de modo
sorrateiro. Mas, se estivéssemos mais apercebidas, não teríamos razão para
lamentar o resultado.
Como isso é verdade acerca de Satanás! Ele nos espreita – nunca com uma
proposta olho no olho, mas chegando cada vez mais perto, calculando com
detalhes exatamente o que vai fazer quando, por fim, se apresentar. Enquanto
isso, sem perceber sua presença ou suas táticas para nos derrubar, vamos vivendo
a vida de forma inocente. Então, um dia, como se não soubéssemos quem ele é
ou de que é capaz, ele aparece e caímos presa de suas artimanhas. Se ele se
houvesse colocado diante de nós aos pulos, em vez de se aproximar
sorrateiramente, teríamos consciência de seus diabólicos ardis para enganar-nos
e nos colocar em trilhas que levam ao pecado e arruínam a nossa vida. Teríamos,
de modo sábio, fugido das garras do adversário antes que isso pudesse acontecer.
No texto de hoje, Deus diz que o diabo anda em derredor procurando alguém
para devorar. Não permita que esse alguém seja você!

ÍRIS L. KITCHING
Um lugar preparado para você

Na casa de Meu Pai há muitos aposentos; se


não fosse assim, Eu lhes teria dito. Vou
preparar-lhes lugar. E se Eu for e lhes preparar
lugar, voltarei e os levarei para Mim, para que
vocês estejam onde Eu estiver. João 14:2, 3

Os elefantes asiáticos estão na lista de animais ameaçados de extinção.


Enquanto seu habitat encolhe, o número deles cai a um índice alarmante. Para
ajudar a garantir o futuro dessas criaturas fascinantes e inteligentes, os
zoológicos australianos não só estão contribuindo para a preservação do habitat,
mas também participam de um programa de reprodução. Em 2006, depois de um
extenso planejamento e um custo considerável, um grupo de um macho e quatro
fêmeas foi levado de avião, da Tailândia para o Zoológico Taronga, de Sydney. A
maioria dos elefantes vem de campos de trabalho onde, ironicamente, alguns
ajudam a carregar troncos de árvores das próprias florestas que são essenciais
para a sobrevivência da espécie em seu ambiente. Uma fêmea, porém, chamada
Thong Dee (Dourada), era um animal de rua em Bangkok, onde perambulava
pela cidade pedindo comida. Como os elefantes precisam de muitos quilos de
alimento por dia, a existência dela era muito precária.
Gosto de pensar que, para Thong Dee, vir para o Zoológico Taronga seria algo
como chegar ao “céu” dos elefantes, com alimento abundante, companheiros da
mesma espécie e, além disso, instalações adequadas, incluindo local onde nadar,
um espojadouro de lama e um abrigo confortável. Os tratadores relatam que
Thong Dee tem natureza dócil e, percebendo que estava garantido o
abastecimento de comida, deixou emergir sua personalidade amistosa e
brincalhona. Thong Dee também foi bem-sucedida na reprodução, e agora é a
orgulhosa mãe de Luk Chai (filho), o primeiro elefante nascido na Austrália. Luk
Chai encanta os visitantes do zoológico, como eu mesma, com suas piruetas
infantis, enquanto se espoja na lama e brinca com uma bola de futebol de
tamanho adequado para elefantes.
Os tratadores desenvolvem fortes laços com os elefantes e são aceitos como
parte do grupo familiar. A confiança e a afeição que os elefantes e seus
dedicados auxiliares têm uns pelos outros é fácil de se ver. Observar esses
afortunados elefantes me deixou a pensar: a doença do pecado se alastra e a raça
humana está sob o risco de extinção, mas Deus teve um plano. A um custo de
grande perda pessoal, Jesus veio para cá a fim de nos garantir a sobrevivência.
Agora, Ele amorosamente prepara um novo lar para nós e voltará em breve a fim
de levar-nos para lá. Que futuro maravilhoso podemos aguardar – louvado seja
Deus!

JENNIFER M. BALDWIN
Com os olhos de um gato

Observem os corvos: não semeiam nem colhem,


não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus
os alimenta. E vocês têm muito mais valor do
que as aves! Lucas 12:24

Depois que meu esposo pastor saiu para trabalhar, ocupei-me juntando coisas
espalhadas pela sala. Enquanto fazia isso, falei com o Senhor. Nós nos havíamos
mudado para um lugar novo, e eu não sabia como seria a vida. Por um lado,
passávamos por um aperto financeiro. Eu também me sentia emocionalmente
exaurida. Com que tipo de pessoas teria que lidar agora? Eu ainda era jovem e
procurava aprender a me relacionar com a vida de esposa de pastor.
Eunie, nossa filha de um ano, estava no berço, de frente para a cozinha,
brincando ruidosamente com sua bola colorida favorita. Abruptamente, no meio
de minha conversa com o Senhor, percebi que ela estava notavelmente quieta.
Olhei para ela. Os grandes olhos estavam fixos em algo na cozinha, e o rosto
apresentava uma expressão de surpresa e terror. Imediatamente fui investigar. O
que vi foi um gato estranho sobre a mesa, olhando para Eunie. Sua pata estava
sobre a cabeça do peixe que eu preparara para o almoço. Fiquei horrorizada,
porque meu esposo estaria fora por vários dias, e nos havia deixado com apenas
uma xícara de arroz para cozinhar e o peixe frito que estava sobre a mesa. Não
tínhamos comida para o dia seguinte, e por isso eu precisava daquele peixe.
O olhar de Eunie parecia dizer: “Mamãe, faça alguma coisa!” Em silêncio,
aproximei-me da mesa e consegui segurar a cauda do peixe e puxá-lo. O gato
mostrou os dentes e deu um horrível silvo, enquanto segurava a outra
extremidade do peixe e tentava correr. Mas minha mão também foi rápida.
Cortei fora um pequeno pedaço do peixe e o dei ao gato. Ele saiu correndo,
alegre, com sua porção.
O dia passou. Estava quase escuro e eu havia planejado me recolher cedo,
quando ouvi uma batida insistente à porta. Abrindo-a, vi uma mulher segurando
uma cesta grande, cheia de vegetais, arroz, frutas e peixe. Ela entrou, colocou-a
sobre a mesa e saiu. Na manhã seguinte, um pregador leigo veio visitar-nos, com
uma grande penca de bananas e outras coisas. As provisões continuaram
chegando até meu esposo voltar.
Desde então, quando as dúvidas me oprimem, lembro-me de que Deus está
pronto para suprir todas as nossas necessidades, tanto materiais quanto
emocionais, tanto nutrição para o corpo quanto para a alma. Quando confiamos
plenamente em Deus, nossas atitudes e desejos se tornam os dEle.

LEAH A. SALLOMAN
Vulnerável como uma criança

Eis que Eu vos envio como ovelhas para o meio


de lobos; sede, portanto, prudentes como as
serpentes e símplices como as pombas. Mateus
10:16, ARA

O fato de ter netos me deixou assustadoramente consciente de quão vulneráveis


são as crianças. Quando Silas tinha 6 anos e meio e Íris 2, ambos ficavam à
mercê de adultos e seu ambiente. Não sabiam o que era medo; os adultos tinham
medo por eles. A partir do momento em que Íris conseguiu alcançar a maçaneta
para abrir a porta, seus pais tiveram que tomar precauções. Eles não sabiam que
ela conseguia abrir a porta até o dia em que ela saiu e andou pelo jardim do
vizinho. Felizmente, não foi atraída para a rua.
As crianças também eram psicologicamente vulneráveis. Um dia, o vovô gritou
zangado com Silas, e Silas fugiu para o quarto. O vovô achou que gritar deixaria
Silas mais inclinado a obedecer, mas, em vez disso, ele ficou com prevenção
contra o avô. Silas e Íris têm bons pais, que os amam e elogiam, mas a mãe deles
trabalha todos os dias com crianças cujos pais estão muito mais preocupados
com o próprio bem-estar do que com o dos filhos. Quer ignorem as necessidades
básicas da criança, quer a humilhem e agridam verbalmente, esses pais tiram
lascas ou pedaços da frágil autoestima da criança, inconscientes da terrível
destruição que estão causando. Esse dano, muitas vezes, fica sem tratamento e,
por fim, leva a uma destruição semelhante nas gerações que se sucedem.
Quando Jesus enviou Seus discípulos para disseminar as boas-novas, notou a
vulnerabilidade deles. Os cristãos de hoje não são vulneráveis apenas diante dos
lobos mundanos, mas também dos lobos vestidos de ovelha, que ofendem os
cristãos ao usar mal as Escrituras. Alguns mantêm seus seguidores num estado
de permanente criancice, produzindo cristãos que receiam pensar por conta
própria ou confiar em seu discernimento pessoal, por medo de ofender a Deus ao
não serem “como uma criança”.
Cristãos insensíveis e carnais agridem outros com ásperas palavras ou
julgamento, ou ainda mediante atos como falso testemunho e traição. Raramente
essas feridas vêm à luz ou são tratadas e curadas. Ficam a mutilar a vítima ou a
intoxicá-la com veneno.
“Sede prudentes”, aconselhou Jesus. A prudência é a proteção contra falsos
mestres. E Ele nos ensinou a sermos cuidadosos com nossos relacionamentos,
tratando os outros com bondade e amor. Quando permitimos que Deus coloque o
perdão em nosso íntimo, quando levamos cura aos feridos, a vulnerabilidade se
transforma em oportunidade para que Deus atue na vida dos outros e na nossa.

DOLORES KLINSKY WALKER


Confiar

Confia no Senhor de todo o teu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Visitei minha irmã, Lorinne, em Beaverton, Oregon, na segunda semana de


abril. A primavera havia chegado e cobria Oregon com um verde lindo. Meu
esposo e eu nos encantamos com o lugar. Viajaríamos para a Califórnia de carro,
descendo pelas montanhas e voltando pelo litoral. O trecho montanhoso foi
impressionante; o topo das montanhas ainda estava coberto com neve. Mas a
viagem à beira-mar foi tão excepcional que não consigo descrevê-la com
palavras.
Lorinne nos levou a Loma Linda, onde meu esposo devia assistir a algumas
reuniões. Ela e eu faríamos alguns passeios. Saímos da região de São Bernardino
e nos dirigimos ao Vale da Morte. Esse lugar é conhecido como o ponto mais
baixo, mais seco e mais quente nos Estados Unidos.
Dificilmente se via alguém na estrada e, se tivéssemos algum problema no
carro, não sei quando conseguiríamos ajuda. Para ser honesta, fiquei um pouco
ansiosa, porque esse era um lugar novo para mim, e os dois lados da estrada
pareciam áridos e desolados. Além disso, éramos as únicas pessoas ao longo de
quilômetros.
Tranquilizei-me com o pensamento de que Lorinne havia estado ali antes e
conhecia o caminho. Ela também havia planejado a viagem e se preparara para
isso, de modo que sabia quanto tempo levaríamos para chegar lá e quanto tempo
poderíamos passar na região. Além disso, seu veículo utilitário estava em
excelente condição. Na realidade, eu não precisava me preocupar, mas uma parte
do Salmo 23 continuava passando por minha mente ao longo da viagem ao Vale
da Morte. Não era a parte: “Não temerei perigo algum, porque Tu estás comigo”.
Era a parte do “vale da sombra da morte”.
Isso é muito típico da minha atitude para com Deus. Eu devia simplesmente
confiar nEle, porque Ele sabe tudo e pode ajudar-me a sair de situações difíceis
quando Lhe peço. Infelizmente, continuo a me preocupar com muitas coisas.
Que bom que Deus não me deixa presa às minhas preocupações! Em vez disso,
Ele me desvia delas com amor (e às vezes com firmeza).
Chegamos ao nosso destino e terminamos o passeio sem nenhum incidente.
Assim, agora, minha oração é: “Senhor, por favor ajuda-me a confiar em Ti cada
dia, em tudo o que eu fizer (sem exceções).”

ROSENITA CHRISTO
Os retalhos de Deus

“Porque sou Eu que conheço os planos que


tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de
fazê-los prosperar e não de lhes causar dano,
planos de dar-lhes esperança e um futuro.”
Jeremias 29:11

A emoção de mudar-nos para nossa casa nova desvaneceu-se diante da


realidade, enquanto eu andava por vielas tortuosas entre as antigas cabanas de
pedra da pequena vila. De repente, eu me senti sozinha, a centenas de
quilômetros dos amigos e familiares. O ministério do meu esposo nos havia
levado para a Escócia, onde não havia emprego para mim, de modo que eu
trabalhava longas horas como escritora freelance.
Desci e subi pela meia dúzia de ruas calçadas com pedras cinzentas, na tarde
cinza e úmida. O monumento era cinza, as aves eram cinzentas, o céu era cinza e
até meu coração se sentia cinzento. Como é que eu faria amizade naquela vila
apertadinha, onde as mesmas famílias haviam morado por gerações? Uma
chuvarada acrescentou cinza sobre cinza, e me abriguei no centro comunitário
local. O corredor estava quentinho e claro. No quadro mural, havia vários
anúncios. Entre eles, estava um pequeno cartaz anunciando a reunião de
senhoras que faziam acolchoados.
Senhoras que trabalham com retalhos? Eu havia morado em cidades onde não
havia um único clube de confeccionadoras de acolchoados, e ali havia um grupo
a cinco minutos de caminhada da porta da minha casa?
A chuva parou e o sol do entardecer brilhou sobre o mundo de pedra molhada,
enquanto eu voltava para casa, aquecidamente confortada. Fazer colchas de
retalhos era o único passatempo que eu trouxera comigo para a Escócia. Eu tinha
interesse em patchwork desde criança.
Deus sabia que, um dia, eu me veria sozinha num lugar estranho. Ele sabia que
eu precisaria do calor de uma amizade compartilhada ao redor de um interesse
comum. Sabia que eu necessitaria de mulheres atenciosas e criativas que me
dariam dicas, trocariam retalhos, informações sobre a localidade e histórias de
sua vida. Eu achava que esse era um passatempo sem importância, mas Deus
havia colocado “retalhos” na minha vida o tempo todo, sabendo que, no futuro,
isso me traria cor, aconchego, conforto e amizade num lugar solitário e cinzento.
De que maneira está Deus juntando as peças da sua vida? Quais são os
formatos, as estampas e as cores que Ele vem colocando em sua vida para ajudá-
la a se sentir valorizada por Ele? E o que dizer das peças que parecem não se
encaixar ainda, ou que não parecem importantes? Tenho a curiosidade de saber
como Ele as usará para abençoá-la.

KAREN HOLFORD
Sempre no tempo certo

Temos coragem por causa do seguinte: se


pedimos alguma coisa de acordo com a Sua
vontade, temos a certeza de que Ele nos ouve.
[...] E, como sabemos que isso é verdade,
sabemos também que Ele nos dá o que Lhe
pedimos. 1 João 5:14, 15, NTLH

Durante 10 anos de serviço missionário na África, recebíamos constantemente


pedidos de alunos ou de seus pais quanto a auxílio escolar ou bolsas de estudo.
Como resultado, constantemente solicitávamos recursos aos membros da igreja e
amigos para complementar nossas contribuições.
Aproveitávamos toda oportunidade para apresentar as necessidades dos
estudantes durante apelos de ênfase missionária e outros eventos. Num sábado,
depois de apresentarmos a situação de um estudante, um membro da igreja
ofereceu-se para pagar as despesas do aluno ao longo de todo o ano final.
Durante um almoço, apresentamos a história de um refugiado ruandês e
recebemos de uma família um cheque de 1.000 dólares. Descontamos o cheque,
guardamos o dinheiro com segurança e começamos os preparativos para deixar
os Estados Unidos. No dia anterior à viagem, meu esposo e eu procuramos o
dinheiro por toda parte e não conseguimos encontrá-lo. Por fim, tivemos que
partir sem ele.
Na chegada à África, usamos os próprios recursos para auxiliar o estudante,
mas tínhamos a confiança de que seria encontrado o dinheiro para repor nossas
economias. Frequentemente pensávamos no assunto e orávamos para que Deus
nos mostrasse onde encontrar o dinheiro.
Dois anos mais tarde, enquanto mexia numa prateleira de livros, de repente me
fixei num livro de enfermagem. Eu não tinha certeza de que havia visto aquele
título antes, e apressadamente o retirei com a intenção de folhear seu conteúdo.
O livro caiu aberto, e vi um pequeno envelope branco com o nosso nome escrito.
Uma voz interior disse: Seria o dinheiro perdido que estamos procurando? Dito
e feito. Quando abri o envelope, encontrei dez notas de 100 dólares.
Sussurrei uma oração de agradecimento e, emocionada, corri ao encontro do
meu marido, que ficou igualmente feliz. Esse dinheiro apareceu justamente no
momento oportuno. Estávamos financiando os estudos do aluno para o qual ele
se destinava, e uma semana antes, ele nos informou que o laptop que havíamos
adquirido para ele fora roubado. Ficamos arrasados, porque para ele seria
impossível acompanhar as aulas como formando em computação. Encontrar o
dinheiro naquele momento foi um alívio e conforto, por saber que Deus nem
sempre Se manifesta quando queremos, mas chega sempre no momento certo.

LYDIA ANDREWS
Papai sabe tudo

Muitos são os planos no coração do homem,


mas o que prevalece é o propósito do Senhor.
Provérbios 19:21, NTLH

Quando eu era menina, assistia fielmente, todas as semanas, a um seriado que


se chamava Papai Sabe Tudo. Invariavelmente, em cada episódio, Jim Anderson,
o pai, sempre tinha a solução certa para seus filhos perplexos ou errantes. Nosso
Pai celestial também tem a melhor solução quando seguimos cuidadosamente
Seu plano.
Não faz muito tempo, minha filha Alícia procurava um apartamento para
comprar para ela e para minha neta, Jordan. Quando encontrou uma unidade
nova, com o preço certo e numa boa localização, fiquei satisfeita com sua
escolha. Mas, como outros compradores estavam fazendo uma oferta pelo
mesmo apartamento, a agente imobiliária de Alícia aconselhou que ela fizesse
uma oferta de 5.000 dólares acima do preço solicitado. Alícia seguiu essas
instruções e oramos pela intervenção de Deus, mas concordamos que, se não
acontecesse, era porque Ele teria algo melhor.
Dois dias depois, soubemos que fora aceita uma oferta mais alta. Ficamos
desapontadas. Aquele parecia o apartamento perfeito, com dois quartos e dois
banheiros, para Alícia e Jordan.
Mais tarde, naquela semana, Alícia pediu que eu a acompanhasse para ver uma
unidade de três dormitórios, com características que a valorizavam, mas ela me
avisou que o preço estava além do orçamento.
Hesitantemente concordei em ir, certa de que não seria o caso para ela. Mas
fiquei agradavelmente surpresa com a beleza do lugar e senti, de imediato, que
aquele seria o apartamento certo para ela. Os quartos eram espaçosos. As
paredes haviam sido pintadas recentemente, cada cômodo tinha carpetes novos, e
a unidade de aquecimento ocupava o closet do corredor. Mas havia um grande
problema: o preço. “Faça uma oferta mais baixa”, sugeri. “Se Deus quiser que
você venha para este lugar, os proprietários aceitarão sua oferta.”
Alícia apresentou sua oferta, desta vez 30.000 dólares a menos que o preço
anunciado. Oramos fervorosamente e esperamos. Na noite seguinte, o corretor
telefonou e disse que a propriedade era dela.
Muitas vezes nossa visão é limitada, e nos acomodamos com aquilo que parece
apropriado, quando Deus pode ter algo muito diferente e definitivamente melhor
para nós. Fazemos planos, entendendo que nossas escolhas são as escolhas de
Deus. Felizmente, servimos a um Pai maravilhoso que sempre tem no coração
nossos melhores interesses. Nossa atitude é simples: temos apenas que confiar
em Deus, certas de que nosso Pai sabe tudo.

YVONNE CURRY SMALLWOOD


O contorno prateado

Sabemos que Deus age em todas as coisas para


o bem daqueles que O amam, dos que foram
chamados de acordo com o Seu propósito.
Romanos 8:28

Alguns anos atrás, escrevi um devocional acerca de minha irmã Bárbara. Ela
havia casado, mas cinco meses depois seu esposo, Peter, morreu de um ataque
cardíaco. Lembro-me das minhas emoções naquela época, e de ter pensado: Que
bem pode resultar disso?
Antes do falecimento de Peter, eu falava ocasionalmente com minha irmã. Era
sempre eu que mandava presentes e cartões e mantinha abertas as linhas de
comunicação. Às vezes, passavam seis meses ou mais antes que eu recebesse um
telefonema como retorno. Quando ela telefonava, conversávamos bastante, e
nem parecia que se haviam passado meses, quando na realidade era esse o caso.
Todavia, após a morte de Peter, a história mudou. Minha irmã começou a
telefonar várias vezes por semana. Gostei de conhecê-la um pouco melhor. Se eu
deixava um recado, recebia um telefonema dentro de algumas horas ou dias.
Um dia, quando Bárbara ligou, disse que se sentia estranha; seus pés coçavam e
a pele toda estava cheia de manchas. Perguntei onde ela se encontrava. Ela disse
que estivera correndo na praia e agora estava no carro. Havia tomado Benadryl e
voltava para casa. Entendi que a crise havia passado, e começamos a falar sobre
outras coisas. Durante a conversa, ela mencionou que os olhos estavam
inchando. Perguntei como estava a garganta. “Parece que tem alguma coisa lá
dentro”, disse ela. Tão calmamente quanto me foi possível, eu lhe disse que ela
devia ir ao pronto-socorro mais próximo. Ela respondeu que havia um a oito
quilômetros. O som da voz dela estava mudando, ficando mais grave. Orei em
silêncio. Pareceu uma eternidade, mas finalmente ela chegou. Eu continuava ao
telefone quando ouvi o som de portas se abrindo, enquanto ela entrava na
emergência. Ouvi muitas vozes diferentes; então caiu a linha. Passaram algumas
horas antes que eu conseguisse falar com minha irmã. Ela explicou que tivera
uma reação alérgica a alguma coisa. Contou que uma das enfermeiras lhe dissera
que ela quase havia morrido. A enfermeira então perguntou: – Como você soube
que precisava vir ao hospital?
Bárbara respondeu: – Minha irmã me disse. Ela sabia.
Serei sempre grata a Deus por nos ter ajudado a permanecer conectadas e por
tê-la conservado em segurança. É impressionante como uma tragédia pode se
transformar em triunfo. É tudo uma questão de procurar aquele contorno
prateado que está em cada nuvem.

MARY WAGONER-ANGELIN
A maior missão de resgate

Houve então uma guerra nos Céus. Miguel e


Seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão
e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram
suficientemente fortes, e assim perderam o seu
lugar nos Céus. Apocalipse 12:7, 8

No domingo de Páscoa, 2 de abril de 1972, na parte norte do Vietnã do Sul, o


tenente-coronel Iceal Hambleton voava como navegador numa aeronave
eletrônica de guerra EB-66, quando foi atingido por um míssil terra-ar a 30.000
pés. Ele foi o único, de uma tripulação de seis homens, a ejetar-se com sucesso,
mas pousou numa área que fervilhava com 30.000 soldados inimigos perto de
um cruzamento da rodovia, na rota de abastecimento dos comunistas. Ele se
feriu gravemente no braço e nas costas. Embora fosse resgatado após onze dias
no solo, isso não aconteceu antes da perda de várias aeronaves e suas
tripulações. Foi a mais longa operação de busca e resgate de um só homem na
história da Força Aérea dos Estados Unidos.
Hambleton foi resgatado pelos SEALS da Marinha americana e sul-vietnamita,
tenentes Thomas R. Norris e Nguyen Van Kiet. Norris, mais tarde, receberia a
Medalha de Honra, e Van Kiet, a Cruz da Marinha, por sua ação. Hambleton
recebeu a Estrela de Prata, a Distinção da Cruz Voadora, a Medalha Aérea, a
Medalha do Serviço Meritório e um Coração Púrpura, por seu esforço.
Uma guerra também se travou no Céu. Miguel e Seus anjos foram vencedores.
Lúcifer e seus anjos foram expulsos. Adão e Eva pecaram e foram expulsos de
seu formoso lar no Éden. Eles haviam caído da graça e tiveram que sofrer lutas e
dores, tristeza, rejeição, separação espiritual. Enfrentaram a perspectiva da morte
eterna.
Mas havia um plano de resgate. Deus está lutando para resgatar pessoas da
ruína eterna. Ele enviou Seu Filho Jesus para redimir a raça caída de Adão.
Assim como vários homens perderam a vida no esforço por resgatar um homem,
Jesus pagou um elevado preço para salvar-nos.
Ele ressurgiu da tumba e retornou à base para fazer preparativos para Seus
filhos escolhidos. Um dia, em breve, essa missão de resgate se encerrará. Do
mesmo modo como os militares recebem honrarias, os santos de todas as eras,
que trabalharam, vigiaram e aguardaram seu Senhor, viverão e reinarão com Ele,
e beberão do rio da vida. “Eis que venho em breve! A Minha recompensa está
comigo, e Eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez” (Apocalipse
22:12).

BULA ROSE HAUGHTON THOMPSON


Mais dinheiro?

Ai daquele que amontoa bens roubados!


Habacuque 2:6

Dei graças a Deus pela proteção durante a viagem e desejei um pouco de


descanso. Nesta parte da cidade, há muitos carregadores que esperam “ajudar”
os passageiros que chegam com bagagem pesada. Eu os vi pela janela do veículo
e previa que me incomodariam um pouco. Mostrei minha bagagem para o
condutor da van, e, num piscar de olhos, vi mãos abraçando a bagagem. Era um
dos carregadores, com seu carrinho estrategicamente posicionado numa direção,
“pronto para partir”. Fiquei contente por ter alguma ajuda, mas precisava ter
certeza de que não me “depenariam”.
– Quanto? – perguntei. Concordamos com o preço. Enquanto caminhávamos, e
a alguns metros da casa, eu o ouvi resmungando. Perguntando-lhe qual era o
problema, ele disse que esperava que eu lhe pagasse mais! Mas já falamos sobre
isso e concordamos com o preço, pensei. Agora ele queria que eu lhe pagasse
quatro vezes o que havíamos combinado! Fiquei chocada. Então ele começou a
me fazer ameaças. Eu não via ninguém que viesse em meu auxílio, caso a cena
se tornasse mais dramática. Enquanto continuávamos caminhando e eu
permanecia em silêncio, ele ameaçou pegar minha mala ou me espancar. Eu não
optaria por nenhum. Não houve argumento calmo que ajudasse naquela situação.
Eu sabia que meu Deus me ouviria, então orei: Senhor, livra-me desta situação
horrível. Tu sabes que eu quero fazer o que é certo, e conheces o coração do
carregador. Salva-me, e salva a ele também. A resposta foi instantânea. Logo
adiante, havia quatro homens conversando. Expliquei-lhes corajosamente as
exigências do carregador, enquanto este ouvia atentamente. Nem bem os “quatro
anjos” entenderam meus apuros, um deles puxou a mala do carrinho do
carregador. Enquanto os outros ordenavam que ele recuasse, paguei-lhe o que
havíamos combinado e ele se foi. Engoli em seco e dei boas-vindas ao ar que
entrava em meus pulmões. Expressei meu agradecimento aos homens, que,
então, levaram minha mala até o degrau da porta.
Ganância e extorsão só podem causar problemas e infelicidade. Habacuque
questionou a Deus acerca de Babilônia. Jesus odeia o pecado do desejo
insaciável, do orgulho e da cobiça – coisas que não acabaram depois da queda de
Babilônia. Que elas não nos enredem também.

BERYL ASENO NYAMWANGE


Nunca estou só

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da


morte, não temerei mal nenhum, porque Tu
estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me
consolam. Salmo 23:4, ARA

Nunca estou só, mesmo quando me sinto sozinha e quando não há ninguém ao
redor. Há ocasiões em que sinto uma solidão intensa, ou penso que não há
ninguém que me entenda. Mas sei que não estou só, pois o Espírito de Deus me
garante que está sempre comigo.
Há muitos anos, visitei minha avó na América do Sul. Ela estava muito idosa e
doente no momento em que fomos vê-la. Durante a estada lá, nós a levamos à
igreja, e num intervalo do programa ela gritou: “Deus!” Aquilo me deixou muito
sem jeito, porque as pessoas na igreja não entenderam. Eu tampouco entendi,
pois ainda era jovem. Os membros resmungaram algo como “alguma coisa está
errada com essa velhinha”. Na verdade, alguma coisa estava errada. Vovó tinha a
doença de Parkinson e a demência que acompanha esse mal, quando se
encaminha para o fim.
Mas vovó também tinha algo mais que, na realidade, não entendi senão uns 20
anos após a sua morte. Vovó tinha Deus: Deus no espírito, Deus na mente e Deus
a seu lado. Ele era real para ela, e era Alguém a quem ela clamava até mesmo em
sua demência.
Essa compreensão me vem porque, muitas vezes, sou tentada a me sentir só.
Como meus filhos cresceram e saíram de casa, há muito silêncio por aqui. Mas,
na quietude, tenho encontrado uma nova profundidade no relacionamento com
Deus. Tenho Deus, e percebo que Ele me tem, inclusive na palma da mão. Deus
está comigo, Deus está perto e me ouve quando Lhe falo.
Na realidade, às vezes falo audivelmente com Ele quando estou sozinha. Isso
me conforta, e frequentemente me sinto como se Ele estivesse aqui comigo.
Receio que, assim como aconteceu com minha avó materna antes de mim, um
dia me ouvirão bradando “Deus”, quando me vier a necessidade de senti-Lo por
perto. Desejo que Ele me achegue a Si e me abrace com força, especialmente
quando falham minhas âncoras terrestres.
A que ou a quem você apela quando os cuidados da vida pesam sobre seus
ombros? Espero, querida irmã, que sua âncora seja Deus, porque é vontade dEle
nos guardar em todos os nossos caminhos e nos sustentar, para que não
tropecemos em alguma pedra (ver Salmo 91:12). Em horas mais profundas e
escuras, devemos confiar nEle e estender a mão para Jesus. A mão dEle está
estendida para você!

WENDY WONGK
Paz e presença

Mas os bons ficam contentes e felizes na Sua


presença e, cheios de alegria, cantam hinos.
Salmo 68:3, NTLH

Foi um longo dia de viagem pelas colinas Cassie, no nordeste da Índia.


Estávamos agora bem perto de nosso destino em Haflong, Assam. O dia
começara com nevoeiro, e a umidade deu lugar ao brilho do sol. Eram bonitas as
colinas pelas quais viajávamos. Era minha primeira viagem por essas colinas, e
desfrutei a vista nova a cada curva da estrada.
Como havíamos passado por algumas poças d’água, remanescentes das últimas
chuvas, nosso veículo ficou muito sujo. Quando avistamos um riozinho, o
motorista achou que seria uma boa oportunidade de tirar o barro e a sujeira do
veículo. Naturalmente, ele não me permitiu ajudar. Eu estava acostumada com
isso, de modo que me afastei um pouco pela ampla barranca do rio e encontrei
uma pedra grande onde poderia sentar e observar. Não demorou para que uma
mulher da vila próxima se aproximasse e sentasse sobre uma pedra bem perto de
mim. Sorrimos uma para a outra e dissemos “olá”, cada uma no próprio idioma.
Depois, voltamos a atenção para o motorista lavando o carro, as crianças
brincando na água e os cães que gostavam de correr atrás delas.
Essa bela mulher e eu falamos sem palavras. Ela apontou para as crianças e
depois levantou um número de dedos, indicando o número de filhos que tinha.
Fiz a mesma coisa. Continuamos a conversa silenciosa por uns 30 minutos. Eu
me sentia plenamente em paz. Então ela se levantou, sorriu e se curvou
conforme a tradição indiana. Depois se virou e caminhou na direção da vila.
Sentada, eu a observei saindo e percebi que havia acabado de ter uma das mais
maravilhosas e interessantes conversas de minha vida. Embora não falássemos a
mesma língua, tivemos uma ótima conversa. Ela incluiu ficarmos simplesmente
sentadas e apreciar a presença uma da outra.
Não é assim que deve ser nosso relacionamento com Deus? Davi deve ter
passado muito tempo sentado, desfrutando a presença de Deus, enquanto
escrevia bastante a esse respeito. Após o verso de hoje, ele escreveu: “Cantem
em louvor a Deus, cantem hinos em Sua honra. [...] O Seu nome é Senhor;
alegrem-se na Sua presença” (Salmo 68:4, NTLH). Quando estamos em Sua
presença, podemos então aquietar-nos e saber que Ele é Deus (ver Salmo 46:10).

CANDACE ZOOK
Com Deus, sem problema

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.


Salmo 23:1, ARA

Numa bela e ensolarada manhã, meu esposo, Wilson, e eu decidimos ir à cidade


a fim de comprar alguns artigos para o fim de semana. Enquanto Wilson dirigia a
van, um adesivo na traseira do carro à nossa frente nos chamou a atenção. Era o
conhecido verso do Salmo 23:1, escrito deste modo: “O Senhor é meu pastor;
sem problema!” Nós dois caímos na risada, mas a memória me levou para anos
antes, no início de nosso ministério.
Wilson estava entre os jovens pastores distritais no dia em que voltamos para
casa depois de uma reunião mensal de obreiros. Ele parecia preocupado
enquanto me entregava um envelope contendo seu extrato financeiro e apenas P
81,50 (menos de 2 dólares). Com voz baixa, ele disse: – Isso é tudo o que temos
para o mês inteiro.
– O quê? – perguntei, enquanto as lágrimas me rolavam pelo rosto. Dentro de
uma hora, o proprietário esperava que pagássemos o aluguel de P 250,00. Fui em
silêncio ao quarto, e meu esposo me seguiu sem dizer uma palavra. Mais tarde,
ele disse: – Tente dar uma olhada no extrato da minha conta. As deduções se
devem, na maioria, aos materiais... – A voz dele sumiu enquanto eu permanecia
quieta. – Deus proverá – consolou-me ele. Depois, sugeriu que fôssemos a
igrejas diferentes durante aquele mês, visitando as casas durante o dia e
apresentando seminários à noite. Achávamos que seríamos alimentados pelos
membros, e eles também seriam abençoados por nossas visitas e apresentações.
Eu disse: – OK, vamos empacotar nossas coisas, sair amanhã e voltar na véspera
da próxima reunião dos obreiros.
Exatamente antes de terminarmos a oração, ouvimos uma batida forte na porta
da frente, e Wilson foi de imediato ver quem era. Para nossa surpresa, era um
ancião de uma das maiores igrejas ali perto. – Não vou demorar – disse ele. –
Estou só trazendo o pagamento total dos guias de lições bíblicas que a igreja
adquiriu. – Depois, entregou-nos uma grande soma de dinheiro e saiu. Meu
esposo me abraçou, exclamando: – Definitivamente, Deus é bom o tempo todo!
Enquanto continuávamos seguindo aquele carro, eu ia com um sorriso no rosto
e um cântico no coração. Comecei a cantarolar o hino “Se Deus protege as
aves”. Chegamos ao nosso destino, onde compramos as coisas de que
precisávamos, porém o adesivo que tínhamos visto pela manhã nos fez lembrar
de que “O Senhor é meu pastor; sem problema!”

SHIRLEY CADIZ AGUINALDO


O que você está lendo?

Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e


felizes aqueles que ouvem [...] ao que nela está
escrito. Apocalipse 1:3.

– Como você ficou sabendo desse programa de bolsas de estudo? – perguntei


timidamente a uma senhora, ao aproximar-me.
– Pelo jornal – respondeu ela.
– Em que seção do jornal? – insisti, cautelosamente. E nossa conversa
continuou.
Estávamos assistindo a uma reunião para estudantes que haviam recebido uma
bolsa de estudos com base em certos critérios. Eu havia ficado sabendo por
intermédio de uma das professoras do nosso filho, no ensino médio. Ela estivera
lendo o jornal quando viu o artigo e pensou em nosso filho. Então, deu-lhe a
informação, nós a conferimos e ele foi beneficiado.
Mas continuei me perguntando: Por que não vi esse artigo? Naquela época, eu
era uma ávida leitora de jornal. Ficava ansiosa se não pudesse lê-lo todos os dias.
Ver os jornais se empilhando quando eu estava ocupada demais para manter-me
em dia quase me deixava em pânico, achando que perderia algo importante. Eu
achava que era vital manter-me a par dos acontecimentos.
Após esse incidente, eu soube que não dependia totalmente dos jornais quanto
a informações que Deus queria que eu soubesse. Na verdade, comecei a me
gabar diante das pessoas sobre o fato de não me preocupar mais em ler o jornal –
até que meu esposo me censurou quanto ao modo impróprio de transmitir essa
informação. Minha tia lê o jornal religiosamente e, faz pouco tempo, me
perguntou por que eu não me havia comunicado com ela quando sua região do
país passara por um evento climático incomum. Você pode imaginar a razão.
Envergonhada, admiti que não estava mais lendo o jornal, e me senti mal por não
ter ficado a par do problema. Mas Deus havia cuidado dela.
Bem, ainda leio o jornal de vez em quando. E quanto às notícias das quais não
tomo conhecimento, ou não vejo pela internet quando a uso para manter contato
com pessoas, ou no trabalho, não me preocupo mais. Descobri algo melhor para
ler: a Bíblia. Agora, se passo um dia sem ler a Bíblia, sei que perdi algo
verdadeiramente importante. Perdi a oportunidade de conhecer melhor meu Pai e
Sua vontade para mim. Dou graças a Deus por Sua Palavra, a Palavra acima de
todas as outras.

SHARON M. THOMAS
A madressilva

O óleo e o perfume alegram o coração.


Provérbios 27:9, ARC

Durante minha infância, se eu visse uma madressilva, não resistia ao impulso


de apanhar uma flor, quebrar a extremidade de baixo e sugar a doce gotinha de
néctar que ali brotava.
A madressilva é um arbusto ou trepadeira do gênero Lonicera, e tem flores
tubulares, muito aromáticas, brancas, que se tornam amareladas. Seu nome [em
inglês] significa “sugar o mel”.
Agora, muitos anos mais tarde, estou casada e moro em residência própria.
Depois de anos vivendo em outras províncias, sou privilegiada por ter uma cerca
de madressilvas. Elas não precisam de muita atenção para se conservar – parece
que simplesmente vicejam de modo espontâneo.
Ao entrar em nosso terreno e caminhar pela calçada que leva à porta, mesmo
que não tenha notado a cerca por trás da oliveira, você concretamente aspira a
deliciosa fragrância daquelas flores, recendendo pelo ar.
Um pé pode produzir centenas de pequenas flores. Cada uma parece uma mão
aberta: quatro pétalas juntas, como quatro dedos, e uma pétala separada, como
um polegar. Essa flor me faz pensar em uma dádiva, com a doce influência do
amor.
Essa flor miúda e docemente perfumada me faz lembrar de Maria, a Maria que
sacrificou suas economias de muitos anos para comprar um perfume caríssimo, a
fim de ungir os pés de Jesus. Ah, que dádiva de amor! Amor não é amor
enquanto você não o distribui. Maria amava muito a Jesus, pois Ele a havia
libertado dos grilhões de uma vida de pecado. Ela ficou sabendo que Jesus
estaria naquele lar para um banquete, e introduziu-se discretamente na casa. Não
queria ser notada. Mas, ao abrir o vaso de alabastro, a fragrância simplesmente
encheu o salão. Agora Maria não podia mais se esconder; todos os olhos estavam
sobre ela, e surgiram perguntas (Marcos 14:3-9; Lucas 7:37, 38; João 12:3).
Assim como acontece com o doce aroma da minúscula flor da madressilva,
Maria não pôde esconder-se, já que a fragrância do amor se espalhou e perfumou
o ar. Nenhum sacrifício por Ele era grande demais.
Você entregará a vida a Jesus hoje? Renove seu amor por Ele. Será uma suave
fragrância. Ele a ama tanto!

PRISCILLA E. ADONIS
Sou uma pecadora salva pela graça

Veja, Eu gravei você nas palmas das Minhas


mãos. Isaías 49:16

Como foi que essa transformação ocorreu dentro de mim? Quando foi que o
Espírito Santo começou a me transformar numa mulher que não pode sequer
imaginar viver sem esta fé profunda no meu Senhor – uma pessoa que deseja
apenas descobrir que talentos Deus pedirá que ela use?
Vamos retroceder no tempo. Vejamos quantas vezes Deus bateu à minha porta,
e ainda assim escolhi continuar fugindo, levando minha vida mundana. Deus me
conduziu ao Hospital Adventista em Hong Kong. Participei de cursos que eles
ofereciam. Fazia com eles caminhadas pelo Peak aos domingos. Levava meus
filhos ao hospital adventista em busca de atendimento médico. Muitas pessoas
ali falavam do amor de Deus, mas eu era surda! Deus me levou também a
escolher um dentista cristão em Hong Kong. Eu permanecia surda.
Então Deus me cochichou ao ouvido que voltasse a meu país, o Brasil, após
uma ausência de 24 anos. Era o país ao qual eu achava que jamais retornaria,
pois estava no auge da carreira profissional. Mas parece que, pela primeira vez,
ouvi Sua voz! Talvez tenha sido o início da transformação. Eu me lembrarei
sempre daquela manhã, em Hong Kong, quando ouvi uma voz dizer: “Volte para
o Brasil.” Obedeci sem debater ou questionar! Dentro de cinco meses, eu estava
no Brasil.
Deus continuou a me guiar, embora eu não tivesse uma clara consciência disso.
Ele me levou a inscrever minha filha no Clube de Desbravadores, uma
organização na qual as crianças aprendem acerca de Deus e do estilo de vida
cristã. Pouco a pouco, comecei a observar minha transformação: mudanças em
meus hábitos de comer e beber, mudanças no estilo de vida, até que chegou o dia
em que eu disse: “Estou pronta para aceitar estudos bíblicos.” O Espírito Santo
continuou transformando esta pecadora, dando-me a esperança da salvação!
Chegou o precioso dia em que eu estava pronta para ser transformada num novo
ser, e entrei nas águas ao som de 150 vozes do coral jovem, cantando: “O Poder
do Amor”!
Agora, por fim, entendo as palavras do cântico “More Than Ever” [Mais do
que Nunca], de Bill Gaither, valorizando a cruz mais do que nunca, ao nos
sentarmos aos pés de Jesus. Termina dizendo: “Todas as milhas da minha
jornada têm provado que meu Senhor é leal!” Por isso Ele é tão precioso para
mim também! Sou transformada pelo poder do Seu amor! Que você também seja
transformada por esse amor.

JOELCIRA F. MÜLLER-CAVEDON
Precisamos apenas pedir

Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que


você deve seguir. Salmo 32:8

Meu pai, que agora se aposenta e está encerrando seus negócios, me contratou
como secretária um ano antes, quando eu precisava muito de um emprego.
Agora precisava outra vez de trabalho. Inscrevendo-me para uma vaga num
hospital local de propriedade de uma organização cristã, fui contratada para
trabalhar no setor de contas dos pacientes. Após um treinamento de apenas umas
duas horas, fui deixada sozinha. Minha tarefa era cobrar o dinheiro devido
naquelas contas pendentes. Esforcei-me ao longo do dia e fui para casa muito
desanimada. Decidi que devia procurar o supervisor na manhã seguinte e admitir
que eu não era esperta o suficiente para fazer aquele trabalho. Era a única coisa
honesta a fazer. Contudo, sendo a única responsável pelo meu sustento e o de
dois filhos, eu precisava desesperadamente do trabalho. Decidi mergulhar fundo,
fazer perguntas, aprender procedimentos e, de algum modo, apresentar um
desempenho bom o suficiente para conservar o emprego.
Alguns dias depois, fiquei sabendo que o hospital incentivava grupos de oração
na hora do almoço, na capela, e decidi investigar. Unindo-me a três outras
pessoas, oramos por vários desafios em nossa vida. Pedi que as amigas orassem
comigo por meu sucesso no trabalho. Reclamamos a promessa no texto de hoje.
Lentamente, reconquistei a confiança e me tornei proficiente no trabalho. Cerca
de um ano depois, fui promovida para um cargo de supervisão.
Como nosso grupo de oração continuava a se reunir, levei outro pedido aos
participantes. Hesitei, achando que me rotulariam como totalmente irrealista,
mas eu queria voltar à faculdade. Teria que trabalhar em expediente completo e
assistir às aulas em tempo integral. Como enfrentar isso? Como orar por isso?
Começamos a orar, reivindicando a afirmação de Mateus 19:26: “Para o homem
é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis.”
As portas começaram a se abrir. Inscrevi-me numa universidade cristã.
Subvenções do governo e uma bolsa de estudos fizeram frente às despesas; um
hospital próximo me contratou e permitiu que eu trabalhasse depois das aulas.
Mas, acima de tudo, o Senhor tornou possível que eu me formasse em três anos,
porque, como você vê, todas as coisas são possíveis com Ele!
Ao longo dos anos, tenho dado graças a Deus, repetidas vezes. Ele está sempre
pronto a auxiliar-nos, seja qual for a nossa luta. Por que hesitamos? Temos
apenas que pedir.

PEGGY MILES SNOW


Um salmo realmente pessoal

Deus é nosso refúgio e fortaleza. Ele é aquela


ajuda na qual se pode confiar no dia da
angústia. Por isso não ficaremos perturbados,
mesmo que o mundo seja destruído, mesmo que
as montanhas desabem dentro do mar. Salmo
46:1, 2, A Nova Bíblia Viva

Em vez de pregar um sermão, nosso pastor anunciou que nós o ajudaríamos a


escrever um salmo. Os diáconos distribuíram papel e lápis. Quando recolheram
nossos salmos, os diáconos nos entregaram os salmos escritos por pessoas do
outro lado do corredor. Fomos instruídos a ler em voz alta aquele que havíamos
recebido, se o considerássemos digno de nota.
Eu não conseguia acreditar no salmo que recebi: “Sinto profundo pesar pelo
grande mal que há no mundo, pela bela pessoa cristã que já sofreu nas mãos de
pessoas más. Talvez a dor dessas pessoas más seja tão grande que elas precisem
causar dor a mais alguém. Senhor, por favor, dá-lhe da Tua força para suportar.
Não virias, por favor, para acabar com toda a maldade, a fim de que aqueles que
Te amam – e todas as Tuas criaturas – não tenham mais temor? Vem, Senhor
Jesus, vem! Estamos esperando por Ti.”
Parecia que o autor dessas palavras sabia tudo a meu respeito. Mas essa era
uma igreja nova para mim, e ninguém me conhecia bem. Fiquei ali sentada,
aturdida. Não li o “meu” salmo em voz alta. A instrução era que déssemos
nossos salmos aos diáconos. Eu conservei o meu.
Como poderia alguém nessa igreja saber o que me atribulava o coração? Era
essa uma mensagem direta de Deus para mim? Veja só, no dia 11 de janeiro de
1982, meu mundo parou quando fui ameaçada com uma faca, estuprada e
sodomizada, com os olhos vendados, num ato de violência aleatório, sem
sentido. Como perdoar o perpetrador, se algum dia eu viesse a saber quem me
fizera isso? Simplesmente não parecia justo ter que olhar para a dor dele! Minha
dor era tão intensa! Cada parte do meu corpo fora violada, e eu sentia muito
medo.
Sempre encontrei conforto no Salmo 46. Abri a Bíblia, mas, desta vez, fui
atraída para Romanos 12:17, 21: “Nunca paguem o mal com o mal.” “Não
deixem que o mal prevaleça, mas triunfem sobre o mal, praticando o bem”
(NBV).
Tornei-me conselheira voluntária e defensora num centro de amparo a vítimas
de estupro, e encontrei minha paz ajudando outras mulheres em seu processo de
recuperação. Naquela manhã, o Espírito Santo impressionou alguém a escrever
aquilo que eu precisava desesperadamente saber – meu verdadeiro salmo
pessoal.

PATRÍCIA HOOK RHYNDRESS BODI


Deus cuida de nós

Pois os olhos do Senhor estão atentos sobre


toda a Terra para fortalecer aqueles que Lhe
dedicam totalmente o coração. 2 Crônicas 16:9

A história aconteceu quando eu tinha 8 anos de idade. Minha mãe, Omee, havia
falecido, e fiquei com meu pai. Quando comecei a ir para a escola, notei que as
mães de outras crianças lhes levavam o lanche. Elas compravam laranjas e
bananas e se sentavam com os filhos, abraçando-os e comendo com eles. Mas eu
estava sempre sozinha, olhando os outros. Simplesmente não era agradável! Eu
me sentia abandonada e dolorosamente sozinha; meu coração doía. Às vezes, eu
chorava, lembrando-me de minha mãe e observando como as mães amam os
filhos. Mas minha mãe se fora. Eu não tinha mãe para me trazer o lanche – ou
qualquer outra coisa. Sentia muito a falta dela. Embora mamãe tenha falecido há
13 anos, ainda tenho saudade.
Quando eu tinha 9 anos, comecei a frequentar a igreja e a Escola Sabatina com
outras crianças. As professoras nos incentivavam a amar-nos uns aos outros, a
fazer o bem aos outros e a dividir o que tínhamos com os amigos. Elas também
nos ensinavam que não devemos ter inveja quando vemos que outros possuem
algo que nós não temos. Daquele momento em diante, mudei de atitude. Embora
eu ainda visse os pais de outras crianças levando-lhes coisas na escola, não mais
me sentia sozinha. Eu havia aprendido que Jesus era meu amigo. Ele me ajudava
a afastar aquela solidão, e me trazia satisfação e liberdade.
“Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1
Pedro 5:7) é uma promessa confortadora. Deus diz que devemos deixar todos os
nossos cuidados com Ele. Sendo que Jesus nos aceita como filhos, mesmo que
nos encontremos em tribulações e tristeza, Deus não nos deixará sós. Os olhos
do Senhor passam por toda a Terra, e Ele sustentou fortemente esta menina do
Sudão, que havia perdido a mãe.
Queridas irmãs, Deus está olhando hoje a Terra toda e a vocês também, e Ele
tirará sua ansiedade, porque tem cuidado de vocês. Sei disso porque foi o que
aconteceu comigo. Vocês também podem experimentar o amor e o apoio de
Deus em sua vida. Ele prometeu: “Não os deixarei órfãos, voltarei para vocês”
(João 14:18). Continuemos orando pelas crianças que hoje enfrentam situações
difíceis no mundo.

HANAN JACOB MANIWA


Deus tem planos melhores

Invoca-Me, e te responderei; anunciar-te-ei


coisas grandes e ocultas, que não sabes.
Jeremias 33:3, ARA

Muitas leitoras se identificarão com a realidade de cuidar de uma pessoa idosa


que não tem mais condições suficientes para administrar suas finanças, cuidar
das necessidades pessoais ou tomar decisões sábias. Por mais de 40 anos, minha
amiga solteira havia tido uma carreira bem-sucedida no magistério. Era uma
pessoa organizada e decidida. Fez planos para o fim da vida muito antes da
maioria das pessoas concluir que está ficando velha. Vendeu a casa e mudou-se
para um apartamento, a fim de não precisar cuidar do jardim. Sua mudança
seguinte foi para uma casa de repouso, onde eram providenciadas as refeições e
outros serviços de atendimento pessoal. Agora, ela chegara ao ponto de precisar
depender de cuidados constantes.
A mudança para uma instituição de atendimento integral foi a mais difícil de
todas, porque se trata do “fim da estrada”. Quando seu médico a declarou
incompetente para assumir a responsabilidade pelo próprio bem-estar, ela me
confiou a tarefa de ser sua orientadora pessoal. Por duas vezes, recusou-se a ser
avaliada para uma transferência “ao lugar do outro lado da rua”, como ela o
chamava. Quando a casa de repouso fez a terceira recomendação quanto a uma
assessoria, fui chamada a convencê-la de que esse seria o passo seguinte que ela
precisaria dar.
Fiquei com receio de ter que explicar por que ela devia mudar-se. Pensei nas
coisas anormais que ela fazia agora. O mais recente sinal de demência era que
ela nem sempre atendia ao telefone, porque não sabia qual objeto do quarto era o
telefone.
Tenho o hábito de dar sugestões a Deus acerca de como Ele pode me ajudar a
resolver problemas. No dia em que planejei ter essa conversa difícil com minha
amiga, pedi que Deus a impedisse de atender ao telefone, de modo que eu
pudesse dar essa como uma razão pela qual ela precisava fazer a mudança.
Infelizmente, ela atendeu ao telefonema – e isso detonou minha fala! Mas Deus
tinha algo ainda maior. Enquanto estávamos sentadas juntas em seu quarto todo
forrado, pedi-lhe que olhasse para os próprios pés. Ela havia calçado um par de
meias amarelas e acrescentara uma meia azul por cima da amarela, no pé
esquerdo. Nós duas demos uma boa risada, e ela concordou com o fato de que
talvez precisasse mudar-se.
Não caiamos na tentação de dar sugestões a Deus, hoje. Confiemos nEle. Ele
tem planos maiores e mais poderosos do que tudo o que podemos imaginar.

EDIT FITCH
Não corra, escreva!

Eu os abençoarei com um futuro cheio de


esperança – um futuro de sucesso. Jeremias
29:11, Comtemporary English Version (CEV)

No segundo ano na universidade, senti um empurrãozinho peculiar. Era como


se Deus me chamasse para escrever devocionais, mas achei que aquilo não podia
ser verdade. Eu cria, equivocadamente, que as pessoas de minha idade não
escreviam devocionais! Despachei a ideia quase com a mesma rapidez com que
ela aparecera. Empurrei-a para o fundo da mente e a deixei ali, enquanto
continuava com meu trabalho, a faculdade e a minha vida. Mas, de vez em
quando, a ideia que eu afastara acenava para mim, como se sussurrasse: Ainda
estou aqui.
Nos cinco anos seguintes me vi rodeada à esquerda e à direita por frustrações,
devastações e percepções pessoais. Por fim, eu me vi num ponto no qual éramos
apenas Deus e eu. Orei fervorosamente: “Querido Senhor, que queres que eu
faça?” Dentro de dias, aquela ideia que eu empurrara para o fundo da mente anos
antes abriu caminho para a frente.
Embora perguntasse a Deus o que fazer, eu não estava muito disposta a ir em
frente. “Mas Senhor”, eu arrazoava, “não tenho um computador adequado. De
que jeito vou escrever um devocional sem computador?” Talvez eu achasse que
estava apresentando algo difícil para Deus. Mas, três meses depois, um laptop e
uma impressora novinhos em folha chegaram à minha porta da frente. Eu me
esquecera de que havia vencido um concurso do qual participara meses antes.
Poderia continuar negando que Deus me estimulava a escrever um devocional?
Para alguma outra pessoa, talvez não, mas eu precisava de mais provas.
Com relutância, comecei a escrever. Após algumas semanas, já me sentia
desanimada outra vez. Perguntei: “Quem vai ler isto, Senhor? Quem vai ler o
que escrevi e se sentir animado? Estou lendo isto, e não me sinto nem um pouco
animada.”
Alguns dias depois, minha irmã pediu que eu escrevesse umas palavras de
encorajamento para uma de suas colegas. Hesitei, mas desta vez não saí correndo
– escrevi. A colega ficou sinceramente agradecida, e, dali em diante,
ocasionalmente pedia que eu lhe escrevesse alguns textos. Ela me dizia que essa
leitura era uma bênção, e frequentemente me incentivava a continuar
escrevendo.
Quando você pedir a Deus alguma coisa, prepare-se para a resposta.

MAXINE YOUNG
O equilíbrio da equação

Estou convencido de que Aquele que começou


boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de
Cristo Jesus. Filipenses 1:6

Depois de passar um ano letivo em tempo integral na Universidade do Norte do


Caribe estudando religião, meu esposo não conseguiu concluir o curso por falta
de recursos financeiros. Os anos passaram, mas voltar para completar o curso
nunca ficou longe de seus pensamentos. Tivemos várias conversas a respeito,
mas não parecia possível equilibrar as contas. Por um lado, havia mensalidades,
livros, despesas com transporte e, por outro lado, os pagamentos de hipoteca,
despesas da casa, alimento e criação de duas crianças. Como equilibrar a
equação? Impossível!
Um dia, o Senhor me impressionou a orar e jejuar por meu esposo,
particularmente por sua volta em tempo integral para concluir o curso. Obedeci
ao Senhor, mas não disse uma palavra sequer a meu esposo sobre isso. Naquele
mesmo dia, ele telefonou e disse que havia decidido voltar ao colégio para
completar os estudos. Não argumentei nem me queixei; em vez disso, a paz
desceu sobre mim.
Ele pediu demissão do emprego e passou os dois anos seguintes terminando os
estudos. Você poderia perguntar: E a equação, ficou equilibrada? Sim. Como? O
Senhor providenciou membros da família, particularmente minha tia, para
ajudar; promoções ocasionais em meu trabalho; empréstimos escolares,
economias e a outra fonte importante: a providência divina. Nossa despensa
nunca ficou vazia, e as contas foram sempre pagas. Como é poderoso o Deus a
quem servimos!
Jeremias 29:11 diz: “Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês [...],
planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano”. Não é maravilhoso
saber que Deus tem um plano para cada uma de nós? Fico extremamente alegre.
Um tio meu era arquiteto. Como criança, eu observava enquanto ele, de modo
meticuloso, desenhava plantas para seus clientes. Levava semanas para concluí-
las, mas, depois de prontas, como ficavam bonitas, com tudo no lugar! Aprendi
que aquelas plantas custam um bocado. Mas, sem uma boa equipe de construção
e sem os devidos materiais no local, que utilidade têm as plantas? À semelhança
de um arquiteto, Deus tem um plano para cada um de nós. Ele também tem os
materiais certos (a justiça de Cristo e as provações) para garantir que a
construção (nosso caráter) esteja em harmonia com a Sua ideia. O custo? Pago
pelo sangue de Jesus. Então por que nos preocupamos, reclamamos e
duvidamos? O amor de Deus não a conduzirá a um lugar no qual Sua graça não
possa guardá-la. É possível, sim, equilibrar a equação!

THAMER CASSANDRA SMIKLE


A perfeita cronometragem de Deus

No dia da minha angústia, clamarei a Ti, pois


Tu me responderás. Salmo 86:7

Meu destino era a África do Sul. No aeroporto, depois de despachar a bagagem,


saí para procurar minha irmã e suas filhas, que me esperavam para as últimas
despedidas. Enquanto caminhava apressadamente para encontrá-las, não notei
que meu passaporte havia caído ao chão. Foi só quando me encontrei no portão
de embarque, precisando mostrar o passaporte, que o procurei na bolsa e
descobri que ele sumira.
Fiquei assustada. Sem o passaporte, não poderia sair do país. Não só perderia o
voo – poderia perder até meu cargo no magistério. É necessário esperar um
longo tempo pela emissão de outro passaporte e o processamento de um visto de
trabalho. A administração da escola não poderia esperar por mim tanto tempo.
Eu já havia tido férias prolongadas e perdera uma semana de aulas. Precisava
urgentemente encontrar o passaporte!
Andando daqui para lá, repeti o percurso que havia feito do balcão ao portão de
embarque, onde minha irmã e suas filhas também procuravam meu passaporte.
Continuei orando para que Deus me ajudasse a sair daquele dilema. A resposta
de Deus veio no momento perfeito. Enquanto me aproximava do guarda na
entrada do portão para perguntar se alguém havia entregue um passaporte, uma
senhora lhe entregou um passaporte que havia encontrado no chão. Orei
fervorosamente: “Deus, que seja o meu!” Perguntei ao segurança se podia vê-lo,
e quase pulei de alegria quando vi que era o meu.
Agradeci à senhora por sua generosidade em tomar tempo para entregar o
passaporte. Em minha vibração por tê-lo de volta, eu me esqueci de perguntar o
nome dela. As únicas palavras que consegui pronunciar naquele momento foram
de gratidão e apreço por seu bondoso gesto. Ela foi um anjo enviado por Deus
para me resgatar no meu dia de angústia.
Infelizmente, eu me esqueci do rosto dela. Posso me esquecer, mas sei que
Deus nunca Se esquece da bondade que ela demonstrou em meu momento de
aflição. Oro para que Deus a abençoe tanto quanto Ele me abençoa.
No dia da angústia, Deus respondeu à minha oração. Como é amoroso e atento
o Deus a quem servimos! Verdadeiramente, Ele não tem ouvidos surdos às
nossas preces e petições.

MINERVA M. ALINAYA
Maio

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Um lugar onde reclinar a cabeça

Honra teu pai e tua mãe, para que se


prolonguem os teus dias na Terra. Êxodo 20:12,
ARA

Quando consegui o primeiro emprego, decidi que eu mesma construiria uma


extensão na casa de nossa mãe. Os amigos acharam estranho que, em vez de
comprar um carro, prosseguir nos estudos ou ir para um apartamento, eu me
envolvesse com construção – construir com tijolos, pedra e cimento. Eu tinha 23
anos, era mulher e não sabia nada de construção. Havia pessoas que, muitas
vezes, se aproveitavam de mamãe e de mim. Muitas vezes, gastávamos o que
não precisávamos gastar. Acabou sendo um considerável desafio concluir a
pretendida construção, e muitas vezes chorei.
O que mais me impressiona nessa experiência é que, quando comecei a
construir, não pretendia morar na casa. Na verdade, os planos estavam em
marcha para outra coisa. Mas Deus vê tudo. Semanas antes da época em que eu
oficialmente sairia de casa, a direção mudou, permanentemente. Então, enquanto
ainda estávamos construindo, um membro da família enfrentou uma dificuldade
e se tornou criticamente necessário que a casa tivesse mais espaço. E se eu não
houvesse sido impressionada a construir? Ela e eu teríamos que usar o mesmo
quarto. Essa extensão, que devia ser para minha mãe, agora se tornara meu
refúgio e abrigo nos fins de semana. Pouco depois, decidi voltar à faculdade.
Precisei mudar de endereço, e essa casa se tornou mais uma vez meu lar em
tempo integral.
Quem constrói um apartamento para a mãe no primeiro ano após começar a
trabalhar? Não muitas pessoas. Quem, a não ser Deus, poderia ter-me
impressionado? Toda vez que vou para casa e me deito naquela cama, ou olho
para o teto, penso na bondade, providência, bênção, guia e impressões de Deus.
Ele tem maneiras estranhas de cuidar de nós. Tem maneiras de colocar as coisas
em ordem para a necessidade do amanhã. Hoje em dia, a extensão ainda abriga
familiares, amigos e conhecidos, conforme a necessidade.
Ouso afirmar que compensa honrar nossos pais, confiar nas sugestões de Deus
e dar de nós mesmas ou de nossos recursos para abençoar outros. Aquilo que
julguei estar fazendo para outra pessoa acabou sendo uma bênção para mim
também. Continuo a ver o modo impressionante como Deus nos guia, embora, às
vezes, a trilha nos pareça tortuosa. Oro no sentido de ser sensível, atenta e
receptiva àquilo que Deus procura comunicar. Ainda não compreendo muitas
coisas, nem posso explicar as idas e vindas, as aparentes decepções, as dores e os
pesares. Mas estou aprendendo que Deus toma, sim, providências para nos suprir
as necessidades, de maneiras estranhas, mas reais.

KEISHA D. STERLING
Sem alegria

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade. Salmo
46:1

Minha vida tem sido turbulenta nos últimos tempos. Estamos passando por
maus momentos na igreja, e isso tem pesado sobre mim. Tenho o costume de
cantar, mas não encontro a alegria que me dê o desejo de cantar. Sou professora
de uma classe de estudo da Bíblia e, embora digam que me saio bem nessa
atividade, não tenho feito isso de coração.
Comecei a trabalhar num novo emprego, e tenho lutado para me encontrar –
com muito pouco sucesso. Tivemos duas despesas inesperadamente grandes, que
levaram nossas finanças ao desastre, e não consigo ver uma saída. Meu cunhado
faleceu, a mãe de minha cunhada faleceu, minha mãe ficou doente e foi
hospitalizada por duas semanas.
Em casa, o aparelho de ar-condicionado está estragado e sopra ar quente. Tenho
dificuldade para me concentrar, e minha filha mais nova, pela primeira vez, não
está indo bem na escola. Minha filha mais velha percebe o tumulto e tem andado
“pegajosa” ultimamente – um sinal certo de estresse.
Ontem, meu esposo entrou em casa e anunciou que seu carro havia morrido na
entrada da garagem. Tive vontade de me enroscar e chorar, mas naturalmente
não podia. Coloquei as meninas na cama, liguei para meu pai e pedi para usar o
carro de mamãe, a fim de podermos levar as meninas à escola e depois irmos
para o trabalho.
Estou exausta emocional e fisicamente. Não aguento mais. Dormi esta noite,
mas acordei com dor no estômago, outro sinal certo de estresse. Como de
costume, estudei a lição bíblica, li a Bíblia e depois li o livro devocional da
mulher. A história de hoje se intitulava “Fé Infantil”. Era exatamente o que eu
precisava ler. Fez-me lembrar de que devo confiar em Deus e ter, como criança,
fé em que Ele vai cuidar de tudo.
Terminei de me preparar para o trabalho e entrei no carro de mamãe. Gosto do
silêncio no início da manhã, mas hoje tive o impulso de ligar o rádio. Adivinha o
que Deus fez por mim? Tocou duas músicas que eu precisava ouvir. A primeira
dizia: “Erga sua face. A salvação está chamando.” A segunda declarava: “Ele
venceu.” Tudo o que pude fazer foi chorar.
Nunca duvidei de que Deus me ama, porém hoje, Ele me disse exatamente o
que eu precisava ouvir. Fez com que me lembrasse de que Ele continua no
controle e de que, não importa quão ruim seja a situação, Ele está presente,
acessível e é mais do que capaz de prestar auxílio! Entreguei tudo a Ele hoje.
Adivinha uma coisa? Reencontrei minha alegria.

TAMARA MARQUEZ DE SMITH


E então...

E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei


e vos receberei para Mim mesmo, para que,
onde Eu estou, estejais vós também. João 14:3,
ARA

Em seu livro Deus Chegou Perto, Max Lucado declara: “A cruz não foi uma
trágica surpresa. Foi uma escolha calculada!” Sabe de uma coisa? O segundo
advento de Cristo tampouco é uma surpresa. João 14:3 registra a promessa de
Jesus, de que Ele voltará à Terra outra vez. Não é surpresa nem intenção egoísta!
Apenas uma verdade, pura e simples. Ele vem para levar os vencedores a um
lugar real, chamado Céu. E, ao contrário da crença popular, não será em segredo.
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E
todas as tribos da Terra se lamentarão por causa dEle” (Apocalipse 1:7).
Você pergunta: “Como vai ser isso?” Primeiro, Cristo deve concluir Sua obra
como nosso advogado no Lugar Santíssimo, a sala do tribunal celeste. Ele atua
como nosso advogado de defesa, o melhor (e o único habilitado) da faculdade de
direito do Céu. Ele Se aproxima do trono de Deus e cobre nossa pecaminosidade
com o sangue que derramou por nós na cruz. No momento certo, Deus declarará:
“Está consumado!” “Continue o injusto a praticar injustiça, continue o imundo
na imundícia; continue o justo a praticar justiça, e continue o santo a santificar-
se” (Apocalipse 22:11). O julgamento está encerrado! Ele suspira: “Fiz tudo o
que pude por aqueles que creram em Mim, e tudo o que pude por aqueles que
Me questionavam. Chegou a hora de cumprir Minha promessa.”
E então...
Milhares e milhares de anjos se reunirão ao Seu redor, segurando trombetas,
para dar início à comemoração. Eles estão emocionados! Mal podem esperar! O
brilho de Sua pureza incomodará os olhos daqueles que não O esperam, mas os
justos estarão com seus divinos óculos de sol preparados. Ele Se assenta sobre
fofas nuvens cúmulos, com uma coroa de glória sobre a cabeça. O triunfo está
em uma das mãos, e a recompensa na outra! Aplausos! Louvor! A divindade
começa a descer!
Jesus me dá as boas-vindas – que júbilo indescritível! Terei um corpo novo,
que nunca mais ficará doente ou morrerá. Terei uma bela mansão, sem hipoteca!
Está confirmada a minha reserva para a ceia, à mesa do banquete; incrível!
Como não nos emocionarmos? Que esperança maravilhosa!

EVELYN GREENWADE BOLTWOOD


Lembre-se do jacarandá

Eles serão chamados carvalhos de justiça,


plantio do Senhor, para manifestação da Sua
glória. Isaías 61:3

Hoje de manhã, olhei pela janela e vi a vibrante beleza lilás da árvore de


jacarandá, em plena floração. Extravagantes babados de um azul-lavanda
desciam como cascata do topo da magnífica copa da árvore até as pontinhas de
seus ramos. De vez em quando, algumas flores se soltavam e, macias como
flocos de neve, flutuavam até embaixo e se aninhavam sobre a grama, formando
um rendado carpete azul e verde.
Atrás do glorioso jacarandá, dançava uma nívea nuvem de açafrão, com seu
deslumbrante branco passando gradualmente para o rosa, entre o verde intenso
da grama nova que brotou com a chuva. Quanta formosura! Riqueza de cores
contra o céu azul.
E sabe de uma coisa, querida filha de Deus? Essa beleza me faz lembrar de
você, da distinção de sua vida separada para servir a Cristo.Você é essa
majestosa e altaneira árvore, florida e resplandecente de beleza. Você é aquela
que se destaca do restante e irradia prazer e alegria para todos os que a veem.
Aquela que foi plantada pelo Senhor para manifestação de Sua glória.
Olhando pela janela, sinto-me subjugada pela beleza que vejo e pelas lições
espirituais que ela me ensina. Uma árvore de jacarandá plenamente florida
sempre se evidencia; nem a distância pode ocultar sua vibrante exibição. Sua
beleza conquista qualquer paisagem ao redor. Passada por alto e mal percebida
durante o inverno, enquanto permanece despida de folhas, seu verdadeiro valor e
beleza estão ocultos no interior. Mas a primavera chega e voila! Aquilo que antes
passou despercebido, agora exige atenção e admiração.
Assim acontece, muitas vezes, com as fiéis filhas de Deus.Você pode achar que
foi plantada numa terra seca e num canto obscuro. Ou sepultada sob fraldas,
merendas e roupas por lavar. Mas o próprio Senhor a plantou onde você está,
para a manifestação de Seu esplendor. No momento certo, Ele a apresentará,
deslumbrante de beleza para que todos vejam, e para a Sua glória.
Não se preocupe se parecer que as flores da vida estão todas caindo. As flores
caídas sob um jacarandá fazem parte da beleza singular da árvore. Elas
acarpetam o chão com uma beleza refletida. De algum modo, tudo o que elas
tocam se transforma.
Lembre-se do jacarandá!

LYNETTE KENNY
Quando Deus me segurou pela mão

Pois Eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura


pela mão direita e lhe diz: Não tema; Eu o
ajudarei. Isaías 41:13

Nervosa, eu aguardava com minha sogra na sala de espera do centro cirúrgico


do hospital. Minutos antes, eu havia me despedido de meu esposo com um beijo
e feito a última oração com ele, antes que ele desaparecesse do outro lado da
porta para uma cirurgia de ressecção no fígado. Apenas dois meses antes, aos 38
anos de idade, meu querido esposo havia recebido o diagnóstico de câncer do
cólon, estágio quatro. Ele já havia passado por uma cirurgia de emergência 18
meses antes, e o estresse da situação pesava sobre mim. Tínhamos um filho de
um ano para amar e cuidar, e eu estava profundamente preocupada com meu
esposo. Desde a cirurgia do cólon, o câncer se havia espalhado para dois pontos
do fígado, e seu oncologista recomendara que o câncer fosse removido
cirurgicamente. Explicaram que a cirurgia devia durar entre cinco e sete horas.
Nesse momento, ouvi meu nome pelo sistema de som do hospital. Minha sogra
e eu corremos ao balcão, onde nos disseram que o médico queria falar conosco
na sala particular. Olhei o relógio. Fazia apenas umas quatro horas! Então
lembrei-me de que o cirurgião nos havia dito que, se o câncer se houvesse
espalhado para outras partes da região abdominal, não poderia ser removido
cirurgicamente. O risco de espalhar a doença seria grande demais. Eles teriam
que simplesmente costurá-lo e dar início à quimioterapia. Por que fomos
chamadas para uma saleta particular? Eu havia visto outros cirurgiões virem e
falarem com a família ali mesmo, na sala de espera. Com certeza, algo terrível
devia ter acontecido. Por que motivo a cirurgia demoraria tão pouco tempo?
Então os passos do médico me interromperam os pensamentos. A cirurgia fora
bem-sucedida. O câncer não se havia espalhado e eles puderam removê-lo todo.
Meu esposo se encontrava na sala de recuperação e reagia muito bem!
A paz me inundou a alma enquanto lágrimas de alívio rolavam pelo meu rosto.
Deus estivera comigo o tempo todo, segurando minha mão! Queria
simplesmente que eu confiasse nEle e estivesse em paz, mesmo sem poder ver e
entender. Ele queria que eu confiasse nEle e descansasse em Seus braços de
amor. Eu sabia que viriam duras provas dali em diante, mas também sabia que
Deus estaria junto para me segurar pela mão. “Mas eu, quando estiver com
medo, confiarei em Ti” (Salmo 56:3).

TAMMY SOMMER
Crocodilos e Deus

O Senhor faz justiça e defende a causa dos


oprimidos. Salmo 103:6

Moro na África, e morar na África nos dá muitos motivos para meditar.


Crocodilos e Deus são um dos enigmas a serem explorados. Deus criou os
crocodilos? Deus usa os crocodilos para o bem ou para o mal? Qual é a utilidade
deles? Algumas pessoas acham que eles não deviam estar na Terra, porque são
muito feios e assustadores, e matam e engolem muitas pessoas nos rios e
estuários através deste continente. Mas a história verídica, que aconteceu no país
em que morei por tanto tempo, revela para mim que Deus é o grande Criador e
pode transformar coisas feias em bonitas. Deus pode fazer qualquer coisa, e eu
posso confiar nEle.
Perto de um rio, em Chiredzi, na parte sul de Zimbábue, uma menina de onze
anos ia caminhando para a igreja quando percebeu que estava sendo seguida por
um homem mau, conhecido como estuprador e assassino. Ela correu,
aterrorizada, mas logo chegou ao rio que a separava do local de reuniões da
igreja e da segurança. Tudo o que ela pôde fazer foi correr por cima dos troncos
que flutuavam no rio, esperando alcançar a segurança da igreja antes que o
homem, a apenas uns 30 metros atrás dela, a segurasse. Ele a seguiu
rapidamente, saltando de um tronco para o outro, mas aqueles troncos ferozes,
de repente, fizeram a água espumar. Abriram bem a boca e estraçalharam o
corpo do homem, enquanto o arrastavam até o fundo. Obviamente, os “troncos”
eram crocodilos.
A garota, apavorada, chegou à igreja e contou às pessoas ali reunidas como
havia escapado por um triz, mas ninguém viu o homem. Os membros se
perguntavam se a história seria verdade, e foram todos ao rio para olhar. Lá no
rio, viram 15 preguiçosos crocodilos, com os olhos aparecendo e o dorso
flutuando acima da água, parecendo satisfeitos e tranquilos à luz do sol. Viram
as pegadas da menina no barro, nas duas margens do rio. As pegadas do homem
apareciam apenas num dos lados, e não estavam longe das da menina.
Essa história nos faz lembrar dos filhos de Israel diante do Mar Vermelho e da
segurança. Moisés lhes disse: “Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o
livramento que o Senhor lhes trará hoje” (Êxodo 14:13). Ele ainda livrará Seus
filhos em qualquer lugar, em qualquer tempo.
Toda aquela congregação renovou sua entrega a Jesus Cristo, e muitos foram
batizados.

JOY BUTLER
Entrega especial

Rendam graças ao Senhor, pois Ele é bom; o


Seu amor dura para sempre. 1 Crônicas 16:34


Sou enfermeira, trabalho com infusão e vejo clientes de todas as idades,
diagnósticos e etnias durante minha semana de trabalho. Às sextas-feiras,
quando visito uma cliente em particular, a quem vou chamar de Tamika, fico
sempre impressionada com sua generosidade. Ela vai de lambreta, equipada com
o tanque de oxigênio, buscar pão amanhecido para entregar aos necessitados.
Embora participe do programa de cesta básica, ela insiste em me dar algo toda
vez que a visito. Mas o que também me impressiona é como Tamika dá louvor a
Deus.
Um dia, tive a forte impressão de que devia encher uma sacola com os artigos
de que ela mais precisava. Abastecendo a sacola com ovos, batatas, chás e outras
coisas que eu sabia que ela devia ter, acrescentei outra sacola com coisas que
certa vez ela dissera que tinha vontade de ter. Então descobri que havia um
problema. Como entregar as sacolas sem que ela soubesse que era eu a doadora?
Decidimos que meu filho, seu amigo e minha filha fossem de carro à casa de
Tamika e colocassem as sacolas junto à porta da frente. Eu observava, de dentro
do carro, enquanto meus cúmplices deixavam as sacolas, e ouvia Tamika
exclamar: “Ah, era justamente disso que eu precisava! Exatamente o que pedi
em oração!”
Quando contei a meu esposo sobre nossa travessura, ele participou da alegria.
Sabendo que Tamika precisava de um passe de ônibus para suas frequentes
visitas aos médicos e ao hospital, ele foi ao centro da cidade e conseguiu um
passe para ela. Quando fui à casa de Tamika na visita seguinte, enquanto ouvia
seu relatório de um exemplo recente da bondade de Deus, coloquei
disfarçadamente o passe dentro da sua Bíblia. Ela precisava, segundo me contou,
de quatro dólares para um medicamento, mas não tinha absolutamente nada de
dinheiro. Enquanto orava pedindo o auxílio de Deus, foi interrompida por uma
visita da vizinha. “Tenho cinco dólares sobrando, e quero dá-los a você”, dissera
a vizinha. Tamika não pôde fazer nada a não ser louvar ao Senhor.
Quando fui à casa de Tamika na sexta-feira seguinte, ela mal podia esperar para
me contar acerca das sacolas deixadas na porta da frente e do passe que havia
encontrado dentro da Bíblia. Agora ela poderia ir à igreja. Ouvindo a maneira
como Tamika louvava ao Senhor, fiquei convencida de que meu plano fora
“soprado” por Deus.
Gosto de servir como um anjo terrestre de Deus, e aguardo a hora de conhecer
meu próprio anjo da guarda naquela gloriosa mansão celestial.

KATHY WALTER
Compromisso

Amados, não se surpreendam com o fogo que


surge entre vocês para os provar, como se algo
estranho lhes estivesse acontecendo. Mas
alegrem-se à medida que participam dos
sofrimentos de Cristo, para que também,
quando a Sua glória for revelada, vocês exultem
com grande alegria. 1 Pedro 4:12, 13

Eu tinha 12 anos quando fui batizada e me tornei oficialmente membro da


igreja. Parece que a maioria dos juvenis estava pronta para esse compromisso
por volta dessa idade, e acho que foi uma boa decisão para mim. Mais tarde, na
adolescência, muitos começam a questionar a autoridade dos pais, dos
professores e de outros. Por algum motivo, tendo feito essa entrega aos 12 anos,
foi mais fácil permanecer ligada à família (embora também começasse a
perceber que eles não eram sempre perfeitos) e à igreja (cujos membros também
não eram sempre perfeitos).
Casei-me quando eu tinha quase 19 anos. É pouca idade para um compromisso
tão importante. Quando você se casa e faz todas aquelas promessas, não tem
ideia do que virá ao longo da estrada da vida. Todo tipo de coisas que põem em
risco o compromisso do casamento podem surgir na vida de alguém. Têm o
potencial de atacar o próprio alicerce dessa instituição. É necessário um firme
compromisso para ajudar-nos a superar as fases difíceis.
Naturalmente, precisamos assumir compromissos em muitas áreas da vida. É
por isso que todo compromisso deve ser firme e inabalável. Ele ajuda a dar
estabilidade durante as tormentas, os altos e baixos, as entradas e saídas, ao se
viver a vida. Onde não existe compromisso para com a igreja, a família ou o
casamento, o que pode manter uma pessoa firme?
Manter-nos fiéis a um compromisso ajuda a apegar-nos às coisas importantes e
a suportar tragédias, bem como a avançar pela fé para atingir nossas maiores
metas. Graças a Deus porque, mediante a vida de Jesus, é-nos mostrado o
modelo de compromisso!
Se você acha que seu compromisso vacila, convido-a para que o reforce agora
com o auxílio de Deus. Ele está a seu alcance e pode consertar as roturas de sua
vida. Se o seu compromisso com Ele está firme, todos os outros se encaixarão no
lugar certo. “Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a
vontade de Deus, recebam o que Ele prometeu” (Hebreus 10:36). Erga a cabeça
e o coração diante de Jesus, que sofreu tudo por você. Ele Se comprometeu com
você.

PEGGY HARRIS
Onde está minha bênção, Senhor?

O Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e


tenha misericórdia de ti; [...] e te dê a paz.
Números 6:25, 26, ARA

Enquanto eu abria a porta para sair do sanitário das mulheres na igreja, minha
personalidade geralmente fleumática teve o desejo de dar um soco na barriga da
mulher grávida que vinha entrando. Pouco tempo antes, minha solícita mãe me
havia dado um livro sobre a mulher casada e sem filhos. Essa era eu. Por seis
anos, eu vivera um casamento sereno com um marido amoroso – sem filhos.
Agora, sentia raiva porque meus sonhos da vida toda quanto a ser “mamãe” não
haviam dado em nada. Por que ela? Por que não eu? Por que ela está grávida e
eu não?
Minha cunhada deu à luz sua terceira bênção com o comentário: “Achávamos
que não poderíamos ter mais filhos, mas o Senhor nos abençoou.” Onde está a
minha bênção, Senhor? Minha irmã teve seu segundo filho, “um acidente”,
como ela disse. Senhor, não precisa ser uma “bênção”. Um “acidente” já serve.
Um “acidente” nunca aconteceu. Em lugar disso, tivemos duas bênçãos
miraculosas. Hoje, olho para nosso casal de filhos crescidos e me lembro dos
abundantes e generosos milagres de Deus. O Credo da Adoção diz: “Não é carne
da minha carne, nem osso dos meus ossos, mas, ainda assim, é miraculosamente
meu. Nunca se esqueça, nem por um minuto: você não cresceu embaixo do meu
coração, mas dentro dele.” Tínhamos todas as características da família
perfeitamente fabulosa que viveria feliz para sempre.
Graças a Deus, agora vivemos felizes por causa de um Deus que nunca falha.
Os anos foram borrados com desafios no jardim da infância, conversas
desagradáveis com diretores de escolas, escolas de modificação do
comportamento, recepções gélidas às nossas visitas ao internato, mau uso da
dádiva de uma educação universitária paga integralmente, noites insones orando
pelo jovem “lá fora”. Vivendo felizes? Deus nos deu esses lindos pequenos por
ocasião do seu nascimento. Ele nos aceitou como parceiros para criar dois de
Seus preciosos filhos. Às vezes, a luta era intensa. Sua graça foi sempre
suficiente. Em meio a lágrimas e abundante alegria, o ilimitado amor de Deus se
entretecia com tudo.
Deus não respondeu à minha raiva do modo como pedi; Deus tampouco
respondeu à minha oração pedindo crianças dóceis. A Ele, toda a glória pelos
telefonemas frequentes, pelas visitas programadas ou de surpresa, e pelos muitos
momentos de comunhão que agora passamos com os nossos filhos adultos.

SANDY COLBURN
Três palavras

Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também


colherá pouco, e aquele que semeia com
fartura, também colherá fartamente. 2 Coríntios
9:6

Já me fizeram a pergunta, e tenho certeza de que a outros também se


perguntou: “Quais são as três palavras que você quer que escrevam em sua
lápide?” Alguns anos atrás eu poderia não saber, mas tenho pensado sobre isso e
agora sei. Minhas três palavras seriam: “Faça a diferença.” Se eu fizer a
diferença na vida de uma só pessoa que seja, creio ter feito aquilo que Deus
queria que eu fizesse.
Um modo pelo qual fazemos a diferença é semeando sementes. Faço o meu
melhor semeando sementes, embora saiba que posso não ver os resultados. Já
ouvi pessoas dizerem: “Você deve semear sementes para poder colher.” Espero,
sim, que um dia, eu possa colher algo, mas mesmo que isso não aconteça, sei
que algumas sementes que plantei produzirão fruto.
Deus nos chama a todos para que semeemos, e isso pode ser tudo o que somos
chamados a fazer. Pense na história de John Chapman, conhecido como Johnny
Appleseed [Joãozinho Semente de Maçã]. Ele semeou milhares de sementes de
maçã e, mediante o seu trabalho, muitas macieiras cresceram. Mas ele não
cuidou delas e nem sempre viu os resultados das sementes plantadas. Ele pode
ter preparado o terreno e protegido os pés enquanto eram pequenos, mas os
resultados nem sempre foram vistos. Do mesmo modo, nem sempre podemos
cuidar das sementes, e nem sempre vemos os resultados. Você espera para ver as
sementes produzirem fruto antes de semear mais algumas?
Quando escrevo alguma coisa, espero que as sementes plantadas produzam
fruto algum dia. Contudo, posso não ser eu a pessoa que vai colhê-lo. Oro para
que essas pessoas a quem influenciei um pouquinho sejam minhas vizinhas no
Céu. Verei que foram colhidas para Deus a partir de uma semente que plantei. Já
me perguntaram: “Por que você escreve o que você faz?” Meu desejo é fazer a
diferença na vida de alguém. Se eu vir uma pessoa apenas entrar em
relacionamento com Deus, terei cumprido meu propósito.
Pode ser um tanto desalentador quando uma pessoa em cuja vida você tem
plantado sementes dá a impressão de rejeitar a mensagem de Deus. Mas sempre
existe a chance de que sua semente seja exatamente o necessário. Ela espera pela
água viva de Cristo, para poder produzir fruto. Então eu lhe faço duas perguntas:
Você está semeando sementes? E: Quais são as três palavras que você quer em
sua lápide?

MELANIE CARTER WINKLER


Mulheres extraordinárias

Semelhantemente, ensine as mulheres mais


velhas a serem reverentes na sua maneira de
viver, a não serem caluniadoras nem
escravizadas a muito vinho, mas a serem
capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão
orientar as mulheres mais jovens a amarem seus
maridos e seus filhos, a serem prudentes e
puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem
bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que
a palavra de Deus não seja difamada. Tito 2:3-5

A Bíblia relata a vida de muitas mulheres extraordinárias, mulheres como Rute,


Ana, Isabel e Maria, só para mencionar algumas. Essas mulheres enfrentaram
muitas dificuldades, mas estavam decididas a superá-las. Existem algumas
mulheres extraordinárias em sua vida? Na minha, certamente.
Mulheres extraordinárias podem apresentar-se de muitas maneiras diferentes e
em ocasiões diferentes. Elas se fazem presentes quando nos sentimos desoladas.
Ouvem nossos lamentos, enxugam nossas lágrimas, oferecem um ombro no qual
reclinar-nos, dão conselhos de valor inestimável, além de sua amizade e até
ajuda financeira, quando possível.
Essas mulheres se apresentam na forma de boas amigas, mães, primas,
sobrinhas, tias, avós, sogras e irmãs. Nós as encontramos em casa, no trabalho,
na igreja e pelo telefone, quando a distância nos separa.
Graças a Deus por essas mulheres maravilhosas! O Dia das Mães é a ocasião
perfeita para tomar tempo e dizer-lhes o quanto significam para nós e contar que
somos agradecidas porque Deus as colocou em nossa vida.
O apoio que essas mulheres extraordinárias proporcionam é muito proveitoso.
Elas nos ensinam a ser mulheres sensatas, com autocontrole. Elas nos ajudam a
desenvolver habilidades maternas, a preparar nutritivas e deliciosas refeições, a
cuidar de nós mesmas e dos outros. Mulheres extraordinárias cuidam umas das
outras e se colocam à disposição umas das outras, em qualquer circunstância.
Essas mulheres estão sempre dispostas a ouvir, sem julgar, mas são honestas o
suficiente para dizer-nos – com amor – quando estamos erradas. E, porque as
amamos e respeitamos, acolhemos os seus bons conselhos. Tito nos admoesta,
no texto de hoje, como mulheres de mais idade (e todas somos mais velhas em
relação a alguém) a sermos reverentes na maneira pela qual vivemos. Ao
ficarmos idosas, devemos nos tornar bons exemplos e ser mulheres
extraordinárias para que outras nos sigam. Ensinemos o que é bom. Sejamos
puras e bondosas, para não difamarmos a Palavra de Deus. Não será você uma
extraordinária mulher para Cristo?

TANIESHA ROBERTSON-BROWN
A esperança de uma mãe

Não nos trata conforme os nossos pecados nem


nos retribui conforme as nossas iniquidades.
Salmo 103:10

Mônica sabia que era tarde demais, porém pôs os joelhos no chão aos pés da
cama do filho. “Senhor, perdoa-me por não ter orado o suficiente enquanto ele
crescia. Perdoa-me por ter pensado que eu poderia influenciá-lo a Te escolher,
simplesmente por ensinar-lhe acerca de Jesus. Perdoa minha autossuficiência.”
Era meia-noite, e seu garoto dormia o profundo sono da juventude. Ao
levantar-se, ela concentrou os olhos na forma adormecida: o contorno de sua
estrutura atlética, o cabelo loiro espesso emoldurando o rosto bonito, e até a
cadência da respiração dele. Admirava-se de quão prático e prestativo ele era
quando havia uma necessidade, e se alegrava com sua personalidade simpática e
agradável. Ela via a bondade e o interesse que ele demonstrava para com os
idosos e os pequeninos, e o amava com toda a devoção que as mães possuem.
Mas aqui estava a sua tristeza: seu filho não amava a Deus. Anos de cultos
domésticos, Escola Sabatina, escola da igreja e eventos para os jovens da igreja
haviam resultado apenas em descrença. Deve ser culpa minha, raciocinava ela.
Recapitulou a maneira como o havia criado e concluiu, com tristeza, que ela não
havia envolvido suficientemente a Deus. Concluiu que, se pudesse voltar no
tempo, ela oraria e seria muito mais dependente de Deus quanto à conversão de
seu filho. Demonstraria sua ligação com o Senhor, e ele veria como é vital essa
conexão.
Depois, lembrou-se das promessas da Escritura e entendeu que o Senhor não a
havia abandonado. Naquele mesmo momento, Deus andava com ela e ouvia
cada oração sua. Mônica, por fim, entendeu quão indispensável é, na verdade,
um relacionamento vivo com Deus. “Como agora eu confio mais nEle, posso ver
a mão de Deus em nossa vida e especialmente na vida de meu filho”, confessa
ela.
A história de Mônica é uma obra em andamento. Não tem um resultado
miraculoso nem um fim espetacular – ainda. Mas, como Mônica pertence a
Deus, sua história é também a história dEle. Por meio da oração, ela está
envolvendo o Deus que nunca dormita. Clama Àquele cujo poder não conhece
limites e cuja sabedoria não tem fim. Mas ainda existe algo que ela possa fazer
por seu garoto? Ela pode continuar – continuar orando, continuar amando,
continuar crendo e continuar esperando. “Que o Deus da esperança os encha de
toda alegria e paz, por sua confiança nEle, para que vocês transbordem de
esperança, pelo poder do Espírito Santo” (Romanos 15:13).

CAROLE FERCH-JOHNSON
Nunca estamos sós

Os anjos não são, todos eles, espíritos


ministradores enviados para servir aqueles que
hão de herdar a salvação? Hebreus 1:14

– Boa-noite, vovó e vovô Loshack –, dissemos, ao sair da casa deles após o


jantar. Começamos a descer pela rua do Rio Dore até nossa casa. Era uma noite
muito escura. A lua não brilhava e não tínhamos lanterna. Que dificuldade! Mas
não havia alternativa, e continuamos caminhando.
Então ouvimos um estalo nos arbustos ao lado da estreita rua de terra.
– Mamãe, o que foi isso? – cochichou em voz baixa o garotinho.
– Provavelmente, um cervo pisou em cima de um galho caído – respondi, com
a naturalidade que me foi possível. Continuamos, então, a caminhada em
silêncio, quando, vindo de um ramo justamente acima de nós, algo fez “Uuuuu,
Uuuuu, Uuuuu!”
– Mamãe, e isso, o que foi? – perguntou meu filho, com voz trêmula.
– Simplesmente o Sr. Coruja chamando a Sra. Coruja – respondi. Eu sabia com
certeza que era uma coruja; não era palpite. Já nos aproximávamos da calçada de
nossa casa quando, na quietude da noite, ouvimos o som inconfundível – alto e
claro – de uma onça-parda.
– Mamãe, que foi isso? – estremeceu agora um menininho verdadeiramente
assustado.
– Foi um onça-parda urrando, mas ela está do outro lado do rio agora –
respondi. Eu esperava, realmente, que ela estivesse no lado mais distante do rio,
e não no campo que ficava perto de nossa casa. Apertando mais ainda a mão
dele, subi correndo a longa entrada da garagem. Foi só quando a porta estava
fechada e as luzes acesas que dei um profundo suspiro de alívio.
Mark nunca percebeu nosso perigo. Ele sabia apenas que a mamãe estava com
ele, segurando sua mão, e que ele estava seguro – assim como eu soube que
nossos anjos da guarda haviam caminhado conosco ao longo daquela rua deserta
e escura. Muitas vezes, quando nos encontramos numa posição incomum,
assustadora, quase entramos em pânico. Mas como somos bem-aventurados por
saber que nossos anjos, embora invisíveis, estão sempre presentes conosco!
Nunca estamos sós, nunca! “Porque a Seus anjos dará ordens a seu respeito, para
que o protejam em todos os seus caminhos” (Salmo 91:11). Que oração de
louvor e ação de graças fiz ao Pai celeste! Estávamos em casa, seguros. Em
nenhum momento estivemos sozinhos – nunca!

MURIEL HEPPEL
Segura em Seus braços

Com as mãos eles o segurarão, para que você


não tropece em alguma pedra. Salmo 91:12

Eu gostaria de contar dois incidentes separados que me aconteceram. Em cada


um, fui salva miraculosamente. Um ocorreu quando eu era criança, e o outro,
após meu casamento.
Quando eu tinha 7 anos, houve uma grande fome na vila, pois não chovera por
três anos consecutivos. Tudo estava seco. Um dia, fui a um poço próximo com
meu pai, para lavar nossas roupas. Era um poço fundo, com um pouco de água lá
embaixo, a um lado; o outro lado estava seco. Degraus íngremes levavam até o
poço. Meu pai estava lavando as roupas na parte funda do poço. Eu estava em pé
nos degraus, a aproximadamente 25 metros do poço, agarrando as roupas que
papai jogava para mim. Eu devia levá-las para secarem. De súbito, escorreguei e,
gritando, caí na direção do poço. Instantaneamente, papai estendeu os braços e
me pegou antes que eu tocasse a água. Quando abri os olhos, estava segura nos
braços dele. Tudo isso aconteceu numa fração de segundo. Se eu houvesse caído
do outro lado, onde não havia água, teria morrido instantaneamente.
O outro evento foi um acidente no qual meu esposo e eu nos envolvemos. Ele
conduzia a bicicleta e eu estava sentada atrás dele. Quando ele deixou de
perceber a lombada na estrada e provocou aquele solavanco, caí da bicicleta e
meu ombro atingiu o solo. Nesse instante, meu vestido ficou preso num
jinriquixá, que vinha logo atrás. Ele continuou andando, e me arrastou por uns
20 metros. Pela impressionante graça de Deus, não sofri ferimentos graves, e
Deus ainda me protegeu de ser atropelada por algum veículo que viesse atrás.
No texto de hoje, Deus diz que anjos nos segurarão em suas mãos para que não
machuquemos nem mesmo o pé numa pedra. Mas a Bíblia também traz outras
promessas que são verdadeiras para nós. Provérbios 1:33 diz: “Mas quem Me
ouvir viverá em segurança e estará tranquilo, sem temer nenhum mal.” Descobri
que isso é verdade. Há muito tempo, Deus disse a Israel: “Eis que envio um anjo
à frente de vocês para protegê-los por todo o caminho e fazê-los chegar ao lugar
que preparei” (Êxodo 23:20). Ele continua cumprindo essa promessa.
Louvemos e demos graças ao poderoso Deus pelas vezes conhecidas e
desconhecidas em que nos manteve seguras em Seus braços.

JOTHI GNANAPRAKASAM
Dois vestidos para o casamento

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais


do que tudo o que pedimos ou pensamos, de
acordo com o Seu poder que atua em nós, a Ele
seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por
todas as gerações, para todo o sempre! Amém!
Efésios 3:20, 21

A emoção enchia o ar! Meu filho primogênito estava para se casar dentro de
um mês. Como a mãe do noivo, eu precisava estar bonita!
Os preparativos acabaram ficando mais caros do que havíamos calculado.
Nosso país havia recentemente mudado sua moeda, adotando a moeda forte: o
dólar americano. A economia ainda tentava reagir, e os preços dos artigos nas
lojas eram exorbitantes – especialmente as roupas!
Deus operou muitos milagres para nós, como família, durante os preparativos
para o casamento, e os preços foram reduzidos para alguns dos serviços. Recebi
coragem e forças, acreditando que o Deus que nos conduzira até ali também
tomaria providências para que eu tivesse o desejado vestido para o casamento.
Eu tinha duas cunhadas no exterior, e lhes contei sobre minha necessidade. Elas
prometeram trazer-me um vestido e sapatos quando viessem para o casamento.
Mas elas não conseguiram comprar as passagens aéreas. Naturalmente, entrei em
pânico. Eu não tinha dinheiro para o vestido e a data se aproximava.
Duas semanas antes do casamento, decidi ir a pé para a cidade a fim de
procurar um vestido. O Senhor me conduziu a uma loja que tinha vestidos
lindos, e encontrei um do qual gostei, mas o preço era de colossais 200 dólares!
Decidi que eu iria comprá-lo e confiei que Deus supriria o dinheiro necessário.
Na semana seguinte, ao terminarmos nossa reunião de oração da metade da
semana, a qual havia sido realizada em nossa casa, uma das mulheres ficou para
trás. Achei que ela só quisesse conversar um pouco e isso para mim foi uma
surpresa, porque, sob circunstâncias normais, ela sairia apressada para voltar
para sua casa. Ela me perguntou se eu havia comprado o vestido. Eu lhe disse
que tinha visto um na cidade, não tinha dinheiro para pagá-lo, mas sabia que
Deus, de algum modo, o providenciaria para mim. Ela perguntou quanto custava.
Depois me disse que não tinha o dinheiro naquele momento, mas iria comprar o
vestido para mim! Uma resposta à oração!
Alguns dias antes do casamento, recebi um telefonema de minha cunhada,
dizendo que ela encontrara alguém que iria ao nosso país, e lhe havia entregado
meu vestido para o casamento. Tive, então, a dor de cabeça de escolher qual dos
vestidos usar! Meu Deus fez infinitamente mais do que eu Lhe pedira!

ALICE MAFANUKE
Crer nas promessas de Deus

E tudo o que pedirem em oração, se crerem,


vocês receberão. Mateus 21:22

E esta é a confiança que temos ao nos


aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma
coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve em
tudo o que pedimos, sabemos que temos o que
dEle pedimos. 1 João 5:14, 15

Alguns meses atrás, Lee, uma senhorita budista, disse que seu chefe lhe havia
dado um mês para completar sua cota de vendas; caso contrário, ela seria
despedida. Ela me pediu ajuda. Respondi: “Posso orar por você, pedindo que
Deus lhe dê Sua sabedoria, misericórdia e graça. Também pedirei que Ele a
abençoe com mais encomendas de material de escritório.” Em pouco tempo,
Deus a abençoou com muitas encomendas de papelaria. Ela diz que agora crê em
Deus, e sente-se grata por Sua providência. Muitas vezes, ela me agradeceu por
eu ter orado em seu favor, e disse que continuava recebendo as bênçãos de Deus.
Eu lhe disse: “Agradeça a Deus e louve o nome dEle.”
Algum tempo depois, Lee disse que não dava conta da encomenda por parte de
uma empresa, porque era muito volumosa. Ela passou a encomenda para sua
supervisora, já que a supervisora não tinha encomendas, mas pediu meu
conselho. Eu lhe disse que ela havia tomado sua decisão. “Foi sua escolha dar a
encomenda a quem julgou por bem dá-la, porque Deus a abençoou.”
Algumas semanas atrás, Mabel me contou que seu esposo, Phillip, fora
hospitalizado com febre alta. Eu disse: “Ele deve ser ungido.” Como eu estava
gripada, dei-lhe as instruções sobre como ungir o esposo. Eu disse: “Quando
você fizer isso, verá as maravilhas de Deus.” Naquela tarde, ela e as duas filhas
visitaram o enfermo. Ela o ungiu com óleo e orou segundo a vontade de Deus, e
em nome de Jesus. No dia seguinte, ficou feliz ao saber que ele havia aberto os
olhos. Mabel falou com Phillip, e ele respondeu. Mais tarde, recuperou-se o
suficiente para voltar à casa de repouso.
“Com meus lábios louvarei o Senhor. Que todo ser vivo bendiga o Seu santo
nome para todo o sempre!” (Salmo 145:21). Nós pedimos, nós cremos, e
reivindicamos as promessas de Deus.

YAN SIEW GHIANG


Mau gênio

Quando vocês ficarem irados, não pequem.


Efésios 4:26

“Será difícil transformar sua paixão em ministério, se você é uma pessoa


zangada.” Quando li essa declaração, entendi que era verdade.
Como recém-casada na faixa dos 20 e poucos anos, eu tinha um gênio terrível.
Lembro-me de ter ficado tão brava com meu marido, a ponto de, com
frequência, bater as panelas com tanta força sobre o balcão, que elas não se
acomodavam direito sobre o queimador. Lembro-me, inclusive, de ter ficado
zangada a ponto de bater a cabeça contra a parede. Tenho certeza de que meu
calmo esposo nunca viu coisa igual! Como você pode imaginar, tenho orado a
respeito de meu gênio muitas e muitas vezes, e pedido que Deus o controle.
As pessoas fazem coisas malucas quando perdem o controle. Já vi bebês que
mal aprenderam a andar tendo acessos de fúria, adolescentes dando soco em
portas de vidro e jovens mães tratando os filhos com desrespeito. Já vi um
homem adulto constranger a esposa e amigos ao gritar com um empregado.
Uma das primeiras coisas que me atraíram a meu esposo foi o fato de que
nunca o vi zangado. Após 43 anos de casamento, isso ainda é verdade hoje, e me
sinto grata.
O texto de hoje declara: “Quando vocês ficarem irados, não pequem”, de modo
que está certo ficar irado – em outras palavras, experimentar fortes sentimentos
de desprazer e indignação. Certamente Jesus estava zangado quando expulsou os
cambistas do templo. Mas não está certo manifestar a ira por meio de um
comportamento pecaminoso e explosivo. Não está certo ter acessos de raiva,
jogar panelas e enfiar o punho numa porta de vidro.
O livro de Provérbios diz que uma mulher bondosa conquista o respeito, e uma
resposta branda desvia a fúria, enquanto a palavra ríspida desperta a ira (ver
Provérbios 15). A ira mal administrada contribui para o divórcio. Deixa os outros
desconfortáveis e se transfere para os filhos.
Eu sabia que precisava parar com esse negócio de raiva antes de decidirmos ter
uma família. Sinto-me grata porque minha filha ficou muito surpresa ao saber
dos meus primeiros anos tendo acessos, batendo panelas e até a cabeça. Ela disse
que não sabia que eu tinha esse gênio.
Se você quer saber se ainda sou geniosa, a verdade é que sim. De vez em
quando, ainda sinto o sangue ferver. Louvado seja o Senhor, que me ajudou a
gerenciar os efeitos pecaminosos da ira.
Jesus conhece a nossa raiva e as outras coisas que nos impedem de servi-Lo.
Nossa única necessidade é ficar perto dEle. Minha irmã, lembre-se de
permanecer junto a Jesus, cada dia.

NANCY BUXTON
Ele é fiel. E você?

Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu


respeito, para que o protejam em todos os seus
caminhos; com as mãos eles o segurarão, para
que você não tropece em alguma pedra. Salmo
91:11, 12

Como você começa seu dia? Começa cada dia com o Senhor? O tempo com
Deus é seu primeiro compromisso? Toda manhã, antes de começar as tarefas
para o dia, tenho o hábito de passar o melhor tempo do dia com o Senhor. Às
vezes, isso significa levantar um pouco mais cedo a fim de ter minha hora
tranquila. Essa é a hora mais importante do dia para mim. Fico mais bem
preparada para enfrentar aquilo que o dia trouxer.
Era o fim da tarde. Meu neto, Christopher, e eu vínhamos de carro, de sua aula
de piano para casa. Tínhamos atravessado parcialmente um cruzamento de
quatro pistas, quando a luz do semáforo mudou. Um homem que vinha em nossa
direção estava na faixa de conversão, e evidentemente com pressa. Ele deve ter
pensado que, se pisasse no acelerador, poderia entrar à esquerda antes que meu
carro atravessasse as pistas restantes. Foi um daqueles momentos em que se
precisa tomar uma decisão instantânea. Como não havia ninguém atrás de mim,
pisei rapidamente no freio. Contudo, pude ouvir o pneu traseiro dele roçar contra
o lado do passageiro da frente do meu carro, e fui para o meio-fio. O outro
motorista também foi. Christopher e eu estávamos um pouco trêmulos, mas não
machucados. Ao examinar a frente do meu carro, vi que não apresentava
amassados, arranhões nem faróis quebrados, apenas algumas marcas pretas de
seu pneu traseiro. Mais tarde, consegui limpar aquelas marcas.
Dei graças porque os anjos da guarda estavam conosco e nos guardaram com
segurança. Também me senti grata por não ter que preencher um relatório de
acidente ou notificar a companhia de seguros. Alguns meses antes, eu havia
mudado de companhia de seguro. Embora esse acidente não fosse culpa minha,
relatar um acidente não ficaria bem no meu registro junto à nova empresa.
Há muitos momentos, cada dia, em que a proteção de Deus nos guarda com
segurança. Lembramo-nos de dar-Lhe graças? Ou achamos que Sua proteção é
nosso direito adquirido? Por muitos anos, agora, no fim do dia, escrevo em meu
livro da gratidão cinco ou seis coisas que aconteceram naquele dia pelas quais
me sinto agradecida. É uma forma abençoada de terminar o dia.
Muitas vezes, não temos consciência do amoroso cuidado de Deus, mas um dia
nosso anjo da guarda nos relatará as muitas experiências durante as quais a mão
de Deus nos protegeu.

PATRÍCIA MULRANEY KOVALSKI


Um ato de amor

Então, se Eu, o Mestre e Senhor, lavei os pés de


vocês, lavem também os pés uns dos outros.
Estabeleci um padrão aqui. O que Eu fiz, façam
também. João 13:13-15, A Mensagem

De todas as palavras que o Senhor Jesus falou, as que penetram mais fundo em
meu coração se relacionam com Sua ordem de lavarmos os pés uns dos outros.
Esse ato humilde preparou Seus seguidores para a instituição da Ceia do Senhor,
ou Santa Ceia. Para mim, é como um minibatismo e uma renovação dos votos de
servi-Lo. Para alguns, porém, a participação na cerimônia da humildade não é
fisicamente fácil. Ajoelhar-se para servir pode ser problemático. Uma sugestão:
esteja atenta àquelas que precisam de ajuda e àquelas que não participam da
cerimônia. Ficam ausentes porque não têm condições físicas de participar? O
próprio templo é deficiente, por falta de acesso fácil aos participantes? Contornar
esses desafios pode ser o mais profundo ato de amor que você já realizou.
Não aprendi de Jesus sobre os joelhos de minha mãe. Na verdade, ela só
entregou a vida a Jesus depois de meu casamento e de minha maternidade.
Todavia, aprendi com ela um ato de compaixão que ela praticava quando
começou a participar das cerimônias do lava-pés. Ela pegava uma bacia, dobrava
e pendurava duas toalhas no braço e desaparecia da sala onde as outras mulheres
da igreja estavam reunidas. Subia a escada, do piso inferior até a antessala do
sanitário das mulheres, onde se ajoelhava para servir uma irmã – ou talvez mais
de uma – que não conseguia descer as escadas para participar. Seu singelo
ministério proporcionava inclusão, anulando a negligência para com essas
mulheres idosas, tímidas ou com alguma limitação.
Posteriormente, mamãe sofreu um derrame que a deixou incapaz de falar ou
cuidar de si mesma. Embora morasse numa casa de repouso, nosso pastor
sugeriu que levássemos a ela esse ritual gêmeo. Expliquei que ela não conseguia
engolir e ele disse: “Não há problema; isto é simbólico. Vou simplesmente tocar
os lábios dela com o suco da uva.” Quando me ajoelhei para lavar os pés dela,
seus olhos brilharam. O pastor também convidou alguns adolescentes da igreja
para fazerem parte da cerimônia. Ele esperava que, algum dia, eles escolhessem
o ministério pastoral. Mamãe não podia falar, mas sei que a cerimônia lhe trouxe
alegria. Trouxe alegria a todos nós.
Tudo isso diz respeito ao amor. Existe algum ministério assim esperando por
você? “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João
13:1).

BETTY KOSSICK
Nós temos uma história

Anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e


como teve misericórdia de você. Marcos 5:19

O tempo que transcorreu entre o momento em que concordei em contar a


história para as crianças na igreja e o momento em que a contei foi de pura
aflição para mim. Acusei-me de sempre atender a todos os pedidos. Repreendi a
mim mesma por não ter firmeza suficiente para, às vezes, dizer “não”.
Eu já havia contado a história para as crianças várias vezes em minha igreja
anterior, bem como na Escola Cristã de Férias. Então qual era o problema agora?
Talvez se devesse ao fato de eu ser nova na congregação, mas acho que foi
porque me senti intimidada. Todas as semanas, eu ouvia outras contando
histórias emocionantes de suas aventuras infantis ou acerca de confrontações
familiares desconcertantes, durante as quais o Senhor fazia coisas dramáticas. Eu
não tinha esse tipo de experiência. Pelo menos, era o que eu dizia a mim mesma.
Rebusquei a memória à procura de alguma história apropriada, mas não
encontrei nenhuma. Li várias e as rejeitei. Eram histórias de outras pessoas. Eu
queria uma que fosse minha.
Com o tempo se esgotando, finalmente me lembrei de que eu tinha, sim, uma
história – a história de uma sobrinha que me visitava, perdeu seu telefone celular
e o encontrou depois que orei, silenciosa e fervorosamente. Também me lembrei
de que, ao ver minha oração atendida, senti grande alegria espiritual. Que
emoção! Deus me ouviu e me deu uma resposta concreta. Lição: Ele presta
atenção aos pardais e também a telefones celulares perdidos. Certamente, Ele
cuidará de mim.
Preparei a história com uma encenação apropriada – um travesseiro com um
celular dentro da fronha – onde o telefone foi encontrado momentos antes de
minha sobrinha viajar de volta para Nova York. A história recebeu uma reação
entusiástica, tanto por parte das crianças como de adultos atentos. Para mim, foi
uma agradável surpresa.
Por algum tempo, depois disso, refleti sobre o evento. Eu achava que não tinha
uma história pessoal, mas tinha. Às vezes, fazemos isto – desconsideramos algo
que devia ser fonte de fortalecimento espiritual e alegria. Todas temos uma
história. Cada um dos pequenos milagres de Deus em nossa vida, no dia a dia, é
uma história. Nossa salvação é uma história maravilhosa, sendo que algumas
têm coisas mais dramáticas e ocorrências mais impressionantes do que outras.
Mas, se conhecemos a salvadora graça de Deus, a história é maravilhosa. E
devemos estar dispostas e prontas a contá-la a Seus filhos.

JUDITH P. NEMBHARD
Silenciando os diabinhos

“Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a


estão perturbando? Ela praticou uma boa ação
para comigo.” Marcos 14:6

Escrevi dez livros. Com uma ou duas exceções, as vendas foram fracas. A
tentação de desistir, após uma sequência de fracassos, pode pesar sobre uma
pessoa. Alguns dias, um diabinho se aproxima e diz: “Ninguém liga para o que
você pensa! Você não faz a mínima diferença. Chega a ser ridícula. Livre-se
dessa frustração e desista desse negócio de ministério.”
Nessas horas, lembro-me de Maria Madalena. Ela teve uma ideia criativa,
brilhante. Como você sabe, a lei de Moisés proibia o recebimento de ofertas de
prostitutas, de modo que uma doação em dinheiro estava fora de questão. Mas
em nenhum lugar se dizia que uma ex-prostituta não pudesse gastar seu dinheiro
com um precioso unguento, digno de um rei, e depois derramar generosamente
esse glorioso perfume sobre Jesus, como preparativo para Seu sepultamento.
“Talvez, então, Ele saiba quanto eu O amo!”, disse ela para si mesma. E correu
para o boticário a fim de gastar uns 40.000 dólares das economias da sua vida
em um vaso de alabastro com nardo puro.
Enquanto ela derramava sua oferta e muitas lágrimas de gratidão, um salão
cheio de diabretes irrompeu em coro: “Por que esse desperdício? Ela está
jogando fora o dinheiro de Deus. Ela não consegue fazer nada certo!”Algumas
traduções dizem: “E a repreendiam severamente” (Marcos 14:5). Essa palavra
em grego, embrimaomai, significa “bufar de raiva”. Até posso ouvir: “Por que é
que ela simplesmente não cozinha como sua irmã Marta? Isso é o que acontece
quando você permite a entrada desse tipo de mulher aqui.”
Maria não pôde deixar de sentir uma pontada de vergonha. Olhando ao redor,
para o salão cheio de olhos ameaçadores, ela planejou sua retirada. Por um
momento, os diabinhos pareceram triunfar, orgulhosos e felizes com sua
crueldade. Pesarosa, trêmula, fungando, Maria ajeitou a roupa e...
Uma voz sacudiu o ar. Essa voz já havia sacudido montanhas, e agora sacudia
montanhas de preconceito. Essa voz proferiu algumas das mais belas palavras de
toda a Bíblia: “Deixem-na em paz.” Jesus prosseguiu: “Onde quer que o
evangelho for pregado, contem o que ela fez.” O salão fervilhou de emoção.
Ninguém ousou desafiá-Lo.
Jesus, hoje, diz a seus diabinhos particulares: “Deixem-na em paz.” Ele
promete usar a vida que você derrama diante dEle. Ele ama sua dádiva
exagerada. Deixe que eles bufem de raiva. É tudo o que eles têm. Você, mulher,
tem um futuro na eternidade.

JENNIFER JILL SCHWIRZER


Saudade de alguém

Perguntaram-se um ao outro: “Não estava


queimando o nosso coração, enquanto Ele nos
falava no caminho e nos expunha as
Escrituras?” Lucas 24:32

Você conhece tão bem algumas pessoas que consegue ouvir a voz delas mesmo
quando não estão falando. Você as ouve num e-mail, num cartão de aniversário
ou num comentário rabiscado sobre um papel autoadesivo. Tenho algumas
amigas desse tipo.
Shaunda, uma boa amiga do colégio, partiu recentemente, após um ano de
trabalho no Hospital Gimbie. A despedida foi breve, e o momento da separação
foi relativamente indolor. Depois que a carregada caminhoneta sumiu de minha
vista, voltei para a casa que havíamos compartilhado. Encontrei um bilhete e,
sobre ele, meu nome escrito com aquela letra conhecida. Era de Shaunda. Ao ler
suas palavras animadoras, ouvi a voz dela.
Enquanto me ocupava com a rotina matinal, minha lembrança voltava para a
tarefa de escovar paredes com Shaunda na Clínica Green Lake, para nossa
respiração rítmica durante as corridas no início da manhã e os exercícios do tipo
“carrinho de mão” para aliviar o estresse. A realidade da ausência de Shaunda
surgiu em vários momentos ao longo do dia – enquanto escolhia roupas no
armário meio vazio, quando ia ver as horas no despertador de Shaunda, que
agora não estava mais ali, e sentada no escritório onde havíamos trabalhado
juntas. Havia um buraco, mas eu tinha a esperança de que nossos caminhos se
cruzassem nos Estados Unidos.
Tenho a curiosidade de saber se os discípulos de Jesus sentiram a mesma
mistura de emoções após a ascensão dEle ao Céu. Teriam percorrido uma certa
trilha “lembrando-se daquela vez”, ou ido à sinagoga só para recordar um dos
sermões de Jesus? “Então eles O adoraram e voltaram para Jerusalém com
grande alegria” (Lucas 24:52).
Eu me pergunto se a leitura do relato de Mateus sobre a vida de Jesus teria
acionado um clipe com o som mental da voz do Mestre. Não seria lindo se
estivesse disponível, miraculosamente, um MP3 de Jesus apresentando o Sermão
da Montanha? E se pudéssemos ouvir cada pausa, ou notar Sua voz embargada
de fervor, ouvir Sua alegria espontânea numa conversa? Embora a entonação
seja desconhecida, ainda temos Suas poderosas palavras. Assim como o bilhete
de Shaunda, o significado dos Evangelhos se amplifica no relacionamento. Então
explore a natureza, medite na letra de hinos, leia os Evangelhos e lembre-se da
cadência de Suas palavras e do valor de Sua mensagem.

RENEE BAUMGARTNER
A viúva de Sarepta

O meu Deus suprirá todas as necessidades de


vocês, de acordo com as Suas gloriosas
riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19

Fiquei intrigada ao ler a história da viúva de Sarepta. Essa pobre mulher havia
chegado ao fim. Ela sabia disso. Depois de comer a última refeição, ela e o filho
morreriam. Se conhecesse o Deus de Israel, talvez ela tivesse cobrado todas as
promessas relacionadas com pedir e receber, com lançar as ansiedades sobre o
Senhor. Ela havia reclamado todas, e nem assim chegara algum produto à sua
porta durante a noite; nenhum corvo trouxera alimento para ela assim como para
Elias; não caiu maná do céu, como acontecera com os filhos de Israel. Com
certeza, ela não estava deitada sobre pastos verdejantes, como Davi. Deus havia
prometido suprir cada uma das suas necessidades, e as necessidades dela eram
desesperadoras. Ela estava para tomar sua última ceia, assim como a última ceia
de Jesus.
Tento imaginar seus sentimentos, tenham sido eles de medo, tormento, dúvida,
confiança, esperança, satisfação, descrença, queixa ou dependência total da
vontade de Deus. Jesus sabia o que estava à Sua frente depois da Última Ceia.
Ele agonizou diante de Seu Pai, mas deixou o resultado com Ele. Embora tivesse
recebido o conforto do Pai, ainda sentia a tortura e a agonia de alma. Assim
como Deus, a viúva de Sarepta deve ter sentido a mesma agonia diante da morte
de seu filho.
Creio que ela lutou com a situação, mas se submeteu totalmente à vontade de
Deus. Foi só quando Elias pediu pão que ela confessou sua situação real. O
milagre começou a acontecer quando ela se dispôs a obedecer, preparando um
bolo e oferecendo-o primeiro a Elias. Ela colocou Elias, que representava a
Deus, em primeiro lugar. E nós, em nossas dificuldades, buscamos a Deus em
primeiro lugar?
Confrontados com provas, Daniel e os três rapazes hebreus não se importaram
com qual seria o resultado para sua vida. Fizeram questão de colocar a Deus em
primeiro lugar. Dar o primeiro lugar a Deus mudou as circunstâncias da viúva,
da morte para a vida, não só para si, como também para a família. Como cristãs,
podemos ser a pessoa que Deus usará para salvar nossa família, se O colocarmos
como o primeiro, assim como a viúva fez.
O milagre da farinha e do óleo continuou até que Deus mudasse as
circunstâncias, enviando chuva. Deus sempre tem um plano melhor do que
aquele que vemos ou imaginamos. É sábio depender dEle e colocá-Lo em
primeiro lugar. Nosso milagre vem quando fazemos isso!

MAUREEN PIERRE
Tribunal Superior de Justiça

Em tudo seja você mesmo um exemplo para


eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre
integridade e seriedade. Tito 2:7

A irmã de Sonny e eu fomos à [cafeteria] Starbucks para terminar a papelada


concernente à revisão da tutela de Sonny perante o Tribunal Superior de Justiça,
em Alberta [Canadá]. Diante de uma xícara de chocolate quente, trabalhamos e
conversamos por três horas. Mencionei a Andee que aquele era um dia muito
especial para mim, porque fazia exatamente 40 anos que eu havia entrado no
Canadá.
Lágrimas encheram os olhos de Andee e os meus. – Mamãe, naquela época,
você nem deve ter imaginado que estaria preenchendo esta papelada a fim de
cuidar do Sonny. Tenho muito orgulho de você, do papai e de Sonny.
Congratulações por ter recebido o prêmio de Liderança Familiar para a Região
Nordeste. Pena que não recebeu também o Prêmio da Província.
– Quem sabe, no próximo ano – respondi, com um sorriso. Vinte dos meus
últimos 40 anos foram passados como defensora de Sonny, bem como porta-voz
para muitos outros com deficiências de desenvolvimento e suas famílias. Não
tenho o que lamentar.
– Se chegar a hora de você assumir a função de guardiã legal de Sonny, lembre-
se disto – disse eu a Andee. – Quaisquer decisões que você tomar em nome dele
serão as escolhas certas. Às vezes, você se verá em situações desagradáveis,
trabalhando com pessoas desagradáveis, e as coisas podem ficar confusas e feias
mesmo. Contudo, você não vai cometer um erro, porque não é você que está no
controle – é Jesus! Todas as coisas acabarão por cooperar para o bem, porque
amamos o Senhor. Ele vive em nosso coração. Reivindique todas as promessas
na Bíblia e não tenha medo de expor sua ideia, em nome de Jesus.
Cerca de um mês mais tarde, Sonny e eu fomos entrevistados para a renovação
da minha autorização como provedora de atendimento. A inspetora perguntou:
– Sonny, você pode me dar um exemplo de seus direitos?
Sem hesitação, Sonny respondeu: – Tomar banho de chuveiro!
– Sim, Sonny, você tem todo o direito de se manter limpo – respondeu a
bondosa senhora.
Tudo isso estava nos planos de Deus. À luz da cruz, dei graças ao Senhor por
Sua paz, que excede todo entendimento. Mas como será melhor comparecer
perante o tribunal celeste, tendo a Jesus como nosso representante!

DEBORAH SANDERS
Quando tenho medo

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade. Por
isso não temeremos, ainda que a terra trema e
os montes afundem no coração do mar. Salmo
46:1, 2

A maioria das pessoas que conheço gosta de ouvir a chuva e as trovoadas. Mas
não sou uma dessas pessoas. Nunca apreciei o som dos trovões e nunca vi com
bons olhos a afiada ponta elétrica de um relâmpago. Quando penso em
trovoadas, duas histórias curtas me vêm à mente.
A primeira aconteceu quando eu tinha uns 9 anos de idade. Meu rosto está
escondido no ombro da minha vovó, enquanto lágrimas me correm pela face. –
Não gosto de tormentas – choramingo.
Passando a mão na minha cabeça, ela me consola com doces palavras. – Jesus
vai cuidar de você – murmura ela. – Ele fez a chuva. Ele sabe o que faz. – Eu
sabia que Jesus nunca me abandonaria, e sabia que Ele me ama. Por que tinha
tanto medo?
A segunda história que me vem à mente é a de Jesus dormindo entre Seus
amigos num barco de pesca, que balança no mar da Galileia. Naturalmente,
sabemos que, depois de algum tempo, o suave deslizar do barco se torna
violento, com a proximidade de um temporal. Em pânico, e temendo pela
própria vida, todos os discípulos ficaram com medo. Essa é a parte da história
que me deixa perplexa. O Filho de Deus está no barco com eles – e assim
mesmo eles sentem medo.
Meu esposo, certa vez, disse: “Deus nunca pretendeu que passássemos pela
experiência do medo. É o resultado do pecado no mundo.” Embora Jesus esteja
no barco (na minha vida) comigo, ainda passo por momentos de temor. Isso
acontece até que eu coloque os olhos em Jesus e a fé em Deus, e me lembre de
que Ele está aqui comigo. Para mim, a beleza dessa história não é que Ele
acalma a tempestade, mas que Ele passa pela tempestade comigo. Ele está no
barco. Ele sente as rajadas do vento. Ele ouve e vê o trovão e o relâmpago. Se
tão somente fecharmos os olhos e ouvirmos Sua voz, nós O ouviremos dizer,
uma vez mais: “Acalma-te, emudece!” Podemos ter nossa própria calma em
meio à tempestade.
Aqui está um trecho da letra de uma canção que, acredito, Deus me deu de
presente: “Prometes suprir todas as minhas necessidades. Conheces meus sonhos
e meus temores, mas o medo não é algo que criaste. Faz parte do pecado no
mundo. Assim, permanecerei leal. Serei fiel. Serei um Jó para Ti. Continuarei
leal” (do CD Parables [Parábolas], de Joey Tolbert).

JOEY NORWOOD TOLBERT


O dia do juízo

Dá-me sabedoria e conhecimento, pois confio


nos Teus mandamentos. Salmo 119:66, NTLH

Eu morava com meus pais adotivos em Gensen, um bairro de Mindanao,


Filipinas. Era um quadro perfeito da vila de agricultores, onde a igreja, a escola,
o governo e a vida sociocultural estavam interligados. Meu pai era o ancião da
igreja, líder do bairro, presidente do conselho escolar e líder da associação de
agricultores. Todas as pessoas que eu conhecia em Gensen pertenciam à mesma
igreja.
Certa noite, após um jantar em comemoração ao meu sexto aniversário, um dos
convidados, um diácono da igreja, não saiu da nossa casa com os outros. Ele e
meus pais conversaram a noite toda, e fui dormir sem vê-lo saindo. Eles
discutiam um problema que só poderia ser resolvido se meu pai convocasse um
pequeno tribunal do júri no auditório da escola da igreja.
As crianças não podiam entrar no auditório no dia do julgamento. Mas nós
estávamos brincando do lado de fora e ouvíamos vozes em tons de oratória,
testemunhando em favor de alguém ou contra alguém. Um pouco antes, vi o
diácono que havia conversado a noite toda com meus pais entrar no auditório
com seus dois garotos adolescentes. A esposa dele vinha atrás, acompanhada por
sua frágil mãe e a filhinha de 4 anos.
Era o dia do juízo para a esposa do diácono. Estava sendo acusada de cometer
adultério. Meu pai fez entrar um juiz da cidade, que indicou duas pessoas
conhecedoras da lei e da doutrina da igreja – uma representava a comunidade e a
outra era a defensora da esposa. Um membro da igreja declarou que havia
testemunhado o comportamento adúltero. Depois desse testemunho, o esposo
declarou que amava a esposa e lhe perdoaria, se ela desistisse do relacionamento.
Então o defensor da esposa falou em favor da acusada. Pediu que a igreja e a
comunidade lhe perdoassem pelo que ela havia feito. Disse que ela admitia o que
fizera. Contudo, acrescentou, ela não estava arrependida.
A decisão do juiz foi definitiva: a esposa havia proferido a própria sentença e
não deveria ser compelida a fazer o que se recusava a fazer. Ela era culpada e
sofreria as consequências. O júri foi encerrado, deixando todos os presentes
atônitos, e alguns derramando lágrimas.
Nós também temos uma escolha a fazer antes do dia do juízo. Temos orado,
pedindo a sabedoria e o conhecimento disponíveis por meio de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo?

ROSE E. CONSTANTINO
Você acreditaria?

Mas eu clamo a Deus, e Ele me socorrerá. Ao


anoitecer, ao amanhecer e ao meio-dia, suspiro
profundamente, e Ele ouve e me resgata. Salmo
55:16, 17, A Mensagem

Depois de semanas andando pelas lojas, por fim encontrei o freezer vertical do
tamanho certo para o espaço na minha cozinha. No sábado à noite, decidi
preparar o freezer para ser usado. Isso envolveu retirar parafusos da embalagem
e descartar a base de madeira usada no transporte. Isso significou colocar o
freezer de lado, algo definidamente desanimador para eu mesma fazer,
considerando o peso do freezer.
Depois de estudar a situação, e tomando muito cuidado para não prejudicar
minhas costas, consegui inclinar o freezer o suficiente para que sua parte
superior se apoiasse em duas cadeiras. Desse modo, eu tinha acesso fácil à base
da qual os parafusos e duas placas de madeira precisavam ser removidos. Bem,
não sou inclinada à mecânica e, quando os parafusos não puderam ser
afrouxados com uma chave de fenda, fiquei preocupada. Não tinha ideia do que
fazer, de modo que me sentei, desalentada, e fiquei olhando para o freezer.
Ocorreu-me dizer ao Senhor que aquele era um problema real, e pedir Seu
auxílio. Afinal, Ele conhece minhas limitações em todas as coisas mecânicas.
Olhei para a prateleira das ferramentas no gabinete da cozinha e comecei a
remexer nela. Eis que vi um alicate e percebi que, com ele, os parafusos
poderiam ser agarrados e desenroscados. Coloquei mãos à obra e fui muito
expressiva em minha gratidão ao Senhor, quando dois parafusos, com a
correspondente placa de madeira, foram removidos com sucesso da parte de
baixo do freezer.
Agora, o lado oposto da base do freezer. Mais uma vez, minhas sinceras
tentativas de desalojar os parafusos se mostraram infrutíferas. Ficou claro que o
freezer precisava ser colocado do outro lado para que os parafusos ficassem mais
prontamente acessíveis. Contudo, isso exigia erguer o freezer à sua posição
normal e incliná-lo para o lado contrário. Durante o tempo todo, processava-se
uma conversa mental que consistia de algo assim: Senhor, Tu sabes que não sou
tão forte, tão jovem e estou sozinha em casa. Meu único recurso é a Tua força.
Então me coloquei a trabalhar, e tudo se realizou sem impedimentos.
Refletindo sobre essa experiência, fico impressionada e grata diante de quanto
o Senhor Se importa conosco. Ele Se interessa pelos mais insignificantes
aspectos de nossa vida, proporcionando ânimo, discernimento, compreensão e
tudo mais que é necessário para enfrentarmos nossos desafios, grandes e
pequenos.

MARION V. CLARKE MARTIN


Viagem de avião

Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem


desanimem [...], pois conosco está um poder
maior do que o que está com ele. 2 Crônicas
32:7

Sempre me lembrarei do dia em que voei com as freiras.


O coração batia forte enquanto me preparava para a primeira viagem de avião
depois de vários anos. Eu abrigava um medo intenso de voar, originado com meu
voo inaugural num avião particular, comandado por um piloto jovem e exibido.
Naquela época, decidi nunca mais sair do chão. Agora, enfrentava um futuro
desconhecido, saindo da Califórnia de avião para morar na Costa Leste. Tudo me
estressava! Então Deus operou uma de Suas incríveis coincidências, que vêm
como resultado de orações desesperadas.
A irmã Ana e eu nos conhecemos num seminário em Pasadena, Califórnia.
Freira de uma ordem estrita, ela agora se deleitava à luz das mudanças do
[Concílio] Vaticano II. “Um verdadeiro sopro de ar”, como dizia ela.
Quando expressei o medo de voar, Ana me contou que ela e as irmãs do
convento participariam, em breve, de uma conferência na Filadélfia.
Descobrimos que tínhamos reserva no mesmo voo. Foi uma coincidência
incrível. Eu voaria não só com uma amiga, mas com mais de uma dúzia de
freiras.
Elas oraram por mim no dia do voo, e me cercaram como um exército angelical
enquanto embarcávamos. Ana era a mais jovem do grupo, enquanto algumas das
freiras já eram bem idosas. Lembro-me, em particular, da irmã Mary. Seu rosto
enrugado brilhava com o amor de Jesus, enquanto ela me segurava pela mão e
me guiava até a entrada da aeronave. Ana sentou-se a meu lado, mas pouco
depois da decolagem a irmã Mary contou a uma das comissárias sobre o meu
temor. Ela voltou em seguida para me dizer que uma das comissárias se sentia
indisposta e perguntou se eu tomaria o lugar dela. “Você vai esquecer seu medo,
prometo”, disse ela. Assim, passei as cinco horas da viagem atendendo
passageiros e não fiquei assustada nem uma vez sequer. Deus respondera às
nossas orações em conjunto.
Ainda me lembro da presença tranquilizadora dos rostos felizes das freiras.
Elas se tornaram minhas irmãs naquele dia. Nós, cristãos, pertencemos a uma
grande família composta por muitas etnias, práticas, tradições e histórias. Mas há
Um que promove nossa união, e esse é Cristo. Ao interagir com outros cristãos,
queremos evitar o egotismo eclesiástico, pois Deus não é propriedade de
nenhuma religião. Não adoramos uma organização, mas a Cristo. Ele deve ser o
primeiro em qualquer contato com outros cristãos.

ELLA RYDZEWSKI
Nosso Deus prático

Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos


do seu coração. Salmo 37:4

No curso de apenas uma semana, Deus não só respondeu à minha oração, mas
também me mostrou que Ele me ama e cuida de mim até nos mínimos aspectos
da minha vida.
Meu filho de 17 anos preparava-se para a festa do ensino médio e queria uma
camisa nova. Foi fazer compras com os amigos e, numa loja muito cara,
encontrou uma camisa de marca da qual gostou muito. Custava 80 dólares, e ele
a comprou. Quando voltou para casa e me mostrou a camisa, dizendo quanto
havia pagado por ela, fiquei surpresa. Expliquei que lojas caras vendem artigos
de preço muito alto, e lhe disse que ele conseguiria muito mais com seu dinheiro
numa loja menos cara. Assim, decidimos devolver a camisa de alto custo e ver se
ele encontrava outra da qual gostasse, por menos dinheiro.
No dia seguinte, ele pediu que eu fosse junto às compras. Temos o costume de
orar antes de ligar o carro. Naquele dia, oramos para que Deus nos ajudasse a
encontrar uma camisa mais barata. Na primeira loja, encontramos uma
vendedora cordial que nos ajudou a encontrar uma camisa que estava em oferta.
Como o preço era bom, meu filho pegou outra camisa e duas gravatas. Quando
fomos ao balcão para pagar as coisas que ele havia escolhido, ficamos
agradavelmente surpresos por ver que a vendedora havia deduzido mais 15% do
preço de cada um dos itens. Meu filho ficou maravilhado ao descobrir que, por
78 dólares, ele havia comprado duas camisas e duas gravatas combinando!
Esse incidente fortaleceu nossa fé. Quando confiamos em Deus, Ele nos
abençoa muito mais do que poderíamos esperar.
Alguns dias depois, fui ao mercado. Depois de pagar os artigos com cartão de
crédito, peguei as duas sacolas e estava para sair, quando a mulher que estava na
fila atrás de mim me avisou que eu tinha deixado a carteira dos cartões de
crédito na prateleira dos doces. Como fiquei agradecida por ela ter dito isso! Se
eu a houvesse deixado ali, teria sido fácil que alguém saísse com a carteira, que
continha todos os meus cartões, incluindo o da conta bancária. Eu teria ficado
arrasada. Deus foi muito bondoso ao fazer com que uma pessoa honesta
estivesse justamente atrás de mim. Voltei para casa com regozijo e o coração
agradecido. Louvo a Deus todos os dias pelas maneiras mediante as quais Ele
demonstra Seu amor por nós.
Regozijemo-nos ao pensar sobre a bela promessa do texto de hoje.

STELLA THOMAS
As crianças falam

Em verdade vos afirmo que, sempre que o


fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a
Mim o fizestes. Mateus 25:40, ARA

Era o último dia do ano letivo, e meu trabalho voluntário na primeira série
também terminava. As crianças estavam ocupadas com as despedidas e se
mostravam muito orgulhosas das cartas que haviam escrito para mim. Kaitlen,
sentada perto de mim, perguntou: “Você vai vir para a segunda série no ano que
vem?” Calmamente respondi que não, pois fico sempre com a primeira série.
Então ela chamou a professora: “Sra. Abramson, posso ficar na primeira série
com a Sra. Hardin no ano que vem?” Então se ouviu um murmúrio pela classe:
“Eu também!”
As professoras perguntaram se eu voltaria. Pensei: Estou ficando cansada.
Minha filha Janna havia dito: “Mãe, você não precisa fazer isso, se não quiser.”
E tinha razão. Mas então me lembrei das cartas e especialmente de uma, escrita
por Kimberly, que dizia: “A senhora realmente fez com que eu me sentisse
especial.” A verdade é que eu podia dar meu tempo para as crianças, mais uma
vez.
Agora, o ano letivo começou e novamente estou de volta com meus livros,
sentada numa cadeira e rodeada de crianças sentadas no chão. É uma nova
classe, encantadora. A Srta. Jennifer me apresentou a um garotinho russo que foi
adotado aos 3 anos de idade. Ele olhou para mim e disse, solenemente: “Eu
tenho que ser compositor, porque sou russo.” Há sempre alguém ou algo novo.
Um dia, enquanto apresentava um livro da Inglaterra que leria para eles, falei
um pouquinho sobre esse país. Mostrando-lhes uma foto da rainha, perguntei: “E
quem é o nosso governante?” Theresa disse, em voz baixa: “Quem nos governa é
Deus.” Sharon repetiu a frase, e Thomas, sentado ao lado dela, disse: “Eu ia
dizer isso.” Calmamente lhes confirmei que Deus é o governante sobre todos
nós. Eles haviam sido informados de que poderiam falar sobre religião, mas não
era esse o lugar. As crianças devem deixar seu Deus fora da escola pública?
Fiquei feliz por estar ali para confirmar a ideia delas naquele dia.
Posso compartilhar meu tempo, minhas informações, minha atenção e meu
amor por elas. Lembre-se: Jesus proclamou que, ao fazermos algo para os
outros, é como se fosse para Ele mesmo. E esses alunos são Seus preciosos
filhos. Oro para que Deus me ajude e me abençoe enquanto eu estiver aqui, na
sala de aula de uma escola pública com esses pequeninos.

DESSA WEISZ HARDIN


Orações atendidas

Em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de


graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6

Eu estava no segundo ano da faculdade quando minha irmã foi hospitalizada,


no dia do meu aniversário, para ter seu bebê. Não havia possibilidade de eu ir
para ficar com ela. Além disso, tinha aulas o dia todo. O telefonema chegou
naquela noite. Uma graciosa menina, Linda Karen, nascera uma hora e 19
minutos depois do horário do meu nascimento. Ficamos felizes porque tudo saíra
bem, e eu mal podia esperar para vê-las.
Nove dias depois, fui à casa de minha irmã e cunhado para conhecer a nova
sobrinha. Fui para passar o fim de semana, mas, quando cheguei, descobri que
Priscilla estava muito doente. Teve bronquite, que se transformou em
pneumonia. Separei as duas, Priscilla no quarto e Linda na sala. Eu trocava as
roupas e cuidava do bebê.
Para Priscilla estava sendo difícil, porque ela queria amamentar Linda, mas não
podia fazê-lo agora, pois o bebê ficaria doente. Minha irmã alimentava o bebê de
três em três horas, de modo que eu precisava fazer a mamadeira – algo que
nunca havia feito. Priscilla me ensinou, e Martin foi ao mercado buscar as coisas
que precisava.
Depois de cuidar de Linda, eu trocava a roupa e ia cuidar de Priscilla. Se uma
delas quisesse algo enquanto eu estivesse ocupada com a outra, precisaria
esperar. Martin ajudava a cuidar do bebê depois de voltar do trabalho para casa.
Faltei às aulas na semana seguinte. Orei bastante por minha irmã, pois ela
estava muito doente. Achei que deveríamos levá-la ao hospital, mas então a
febre cedeu. Fiquei muito agradecida ao Senhor.
Uma noite, enquanto eu alimentava Linda, ela começou a ter soluço. Eu não
sabia o que fazer. Quando eu tinha 15 anos, cuidei de um bebê de seis semanas,
mas ele não havia tido esse problema. Linda continuou com os soluços por tanto
tempo que fiquei muito preocupada. Por fim, orei para que Deus fizesse aquilo
parar, e, no mesmo instante, Ele fez! Ela não teve mais soluços enquanto
permaneci lá. Contei a Deus sobre minha gratidão por Ele ter feito com que o
soluço parasse.
Fico muito feliz por ter um Pai amoroso a quem podemos levar nossos
problemas. Como nos foi escrito há muito tempo: “Lancem sobre Ele toda a sua
ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1 Pedro 5:7).

ANNE ELAINE NELSON


Junho

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O jardim de minha mãe

Por isso não desanimamos. Embora


exteriormente estejamos a desgastar-nos,
interiormente estamos sendo renovados dia
após dia, pois os nossos sofrimentos leves e
momentâneos estão produzindo para nós uma
glória eterna que pesa mais do que todos eles.
Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê,
mas no que não se vê, pois o que se vê é
transitório, mas o que não se vê é eterno. 2
Coríntios 4:16-18

Quando ela trabalha no jardim, é a alma de uma garota que brinca. Todavia, ela
não é mais uma menina. Embora a doença de Parkinson tenha reclamado seu
corpo, a alma dela se lembra de que nascemos num jardim. E, passando pelo
Jardim do Getsêmani, retornaremos uma vez mais ao jardim preparado para nós.
Morangos, flores, endro, tomates – por entre eles, devagar, ela arranca as ervas
daninhas. Cultivando nosso jardim espiritual, o Espírito de Deus faz crescer
diariamente o nosso interior, embora o exterior possa murchar. De algum modo,
os problemas que nos sobrevêm hoje adquirirão uma glória eterna. Ontem, hoje,
tudo o que vejo e sinto é a frustração e o desapontamento de algo que deu
errado. Mas somos convidadas a ver o que é invisível e permanente. O paradoxo
é que aquilo que se vê, aqui e agora, é temporário. Às vezes, o presente parece
ser tudo o que existe, e que durará para sempre. Mas a experiência tangível e
muito real dos problemas com dinheiro e relacionamentos, com as garras da
enfermidade e o luto da morte – todas as feias chagas do pecado são limitadas
pelo tempo. Elas acabarão. Desaparecerão. O bem que perdura ainda se verá.
“Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então,
veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da
mesma forma como sou plenamente conhecido” (1 Coríntios 13:12).
Nesse meio-tempo, o Espírito de Deus Se ocupa cultivando fruto em nosso
pomar; para produzir fruto, o Espírito deve também arrancar as ervas daninhas.
O Espírito compreende se nos retorcemos ou choramos quando uma raiz rebelde
é arrancada. O mesmo Espírito que põe ativamente mãos à obra é um conforto,
seja qual for o caso. Os nossos desafios não são grandes demais para Deus.
Mesmo de modo imperceptível agora, Deus está transformando tenazmente essas
tribulações passageiras em um belíssimo jardim que durará para sempre. Então
tenha bom ânimo hoje.

LISA M. BEARDSLEY-HARDY
Minha vez

Ela invocará o Meu nome, e Eu lhe responderei.


É o Meu povo, direi; e ela dirá: “O Senhor é o
meu Deus”. Zacarias 13:9

Em pé, junto à pia da cozinha, murmurei para uma amiga íntima: – Eu gostaria
de ajudar nesse ministério, mas o que vou fazer com os meninos?
– Sim – respondeu ela, com sua costumeira e rápida franqueza –, nosso foco
agora são os filhos, mas um dia chegará nossa vez. – Suas palavras proféticas
passaram a fazer parte de meu catálogo de conversas memoráveis. Mais de 20
anos depois, chegou minha vez.
– Vocês se lembram de Davi? – perguntei às mulheres do grupo de estudos da
Bíblia no abrigo.
– Sim, ele não foi engolido por um grande peixe? – Eu sorri, expliquei e voltei
à lição.
– O que é a segunda vinda? – encaminhei-as a um número de página das
Bíblias que estávamos usando.
Betsy interrompe: – Ei, Jesus é o mesmo Cristo? – Fiquei intrigada. Como
podiam aquelas mulheres fazer essas perguntas?
Estou sentada numa cadeira de plástico turquesa, estilo institucional, ladeada à
esquerda por Cassie, minha amiga da igreja, e à direita por uma jovem mãe com
dois filhos, e grávida de sete meses. Ela ficará até o nascimento do bebê, a fim
de ter acesso ao hospital e a tratamento médico.
Do outro lado da mesa comercial de fórmica, estão três mulheres sentadas.
Betsy cresceu em lares adotivos, e a “mãe” que a tratou com mais bondade cria
sinceramente em bruxaria. Betsy luta como mãe solteira, e, às vezes, seu filho de
dois anos se encolhe quando ela anda rapidamente. Jessica tem dois filhos de um
homem com quem nunca se casou. Quando tiveram problemas, ela pegou as
crianças e se mudou para quase 1.600 quilômetros de distância. Emocionalmente
arrasada, ela busca uma ordem judicial para seu retorno. Tracy está afastada do
esposo, e o filho morreu faz pouco tempo de overdose. Essas mulheres são as
que voluntariamente vêm cada semana para estudar sobre um desconhecido
Deus de amor. Outras não comparecem durante sua hora de tempo livre.
Cassie e eu entramos pelas portas trancadas para nosso estudo bíblico semanal,
somente depois que a recepcionista atende a nosso pedido eletrônico de entrada.
Os escritórios e o corredor abrigam a dureza: mulheres exaustas, iradas e
oprimidas. Sim, este é um abrigo para mulheres sem lar. É a minha vez.
Não; na verdade, é a vez de Jesus dizer: “Este é o Meu povo.”

VERLYNE STARR
O vingador

Como um pai se compadece de seus filhos,


assim o Senhor tem compaixão dos que O
temem. Salmo 103:13

Foi 18 meses após a morte de Ashika que decidimos arranjar outro cachorro.
Na primeira vez em que vi Avenger [Vingador] – nome que um garotinho deu ao
filhote no veterinário –, descobri que ele gostava muito de brincar. O
cachorrinho foi entregue em meu escritório numa caixa de papelão. Durante o
dia todo, enquanto aguardava para ser levado por motorista particular à sua nova
casa, ele se ocupou saindo da caixa e entrando nela.
Mas, desde que chegou, foi a nós que Avenger manteve ocupados. Achando
que ele precisava de um companheiro de brincadeiras, arranjamos outro
filhotinho. Como se tivesse ciúme do cachorrinho mais novo, brincando Avenger
dava mordidinhas no recém-chegado. Infelizmente, estava causando pequenos
ferimentos na cabeça e no focinho do outro.
Avenger é culpado de pequenas travessuras. Os recipientes do seu alimento são
muitas vezes estraçalhados. Preciso trocar minhas meias-calças quase todos os
dias, já que ele, brincando, salta sobre mim toda vez que volto para casa. O
capacho da porta e a capa da máquina de lavar foram rasgados em tiras. Os
chinelos de andar no quintal foram mastigados. Ele destruiu plantas.
Recentemente, inventou de puxar todas as peças de roupa que ficam a seu
alcance no varal. Ele as pega para fazer com elas a sua cama. Certa vez, as
mesmas peças de roupa tiveram que ser lavadas três vezes, três dias
consecutivos. Recorremos à punição, toda vez que ele puxava as roupas do varal,
com a esperança de cortar esse mau hábito, mas foi inútil. Toda vez que há roupa
pendurada no varal para secar, ela precisa ser lavada novamente. Agora, sempre
que me vê caminhando em sua direção, ele se encolhe num canto, à espera da
repreensão.
O pequeno Avenger me faz lembrar de meus repetidos erros, e do modo como
Jesus é paciente comigo. Por intermédio de Sua Palavra, Ele me repreende, e
mesmo assim persisto na rebeldia. À semelhança do meu cachorrinho, cometo os
mesmos pecados, vez após vez. Meu Jesus, porém, é paciente e me perdoa,
quando assim Lhe peço. Todavia, uma vez mais, volto a cair nos velhos hábitos
pecaminosos. “Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que
odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a Lei é boa. Neste caso, não sou
mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim” (Romanos 7:15-17). Fico
muito feliz por não ser espancada por causa de cada má ação, mas porque Jesus
me ama incondicionalmente.

RUBY H. ENNIS-ALLEYNE
De jugo desigual para igual

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento;
reconheça o Senhor em todos os seus caminhos,
e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios
3:5, 6

Toda vez que algo acontece com minha família, sinto de novo que Deus
procura me dizer alguma coisa. Cheryl percebeu que eu estava preocupada e me
deu um abraço apertado, com medo de perder o irmão. “O Kenneth vai morrer
porque é prematuro?” Eu a abracei, sem saber o que dizer. Carl chegou
justamente no momento em que o médico saiu da sala de cirurgia para nos
informar que o bebê Kenneth estava bem, mas ficaria em observação. Demos um
suspiro coletivo de alívio. Seria isso um teste de Deus?
A sensação de que eu não estava vivendo dentro da vontade de Deus
continuava a me incomodar. Embora Carl nunca interferisse em meu modo de
criar as crianças como cristãs, eu ficava chateada porque ele não participava
disso conosco. Por que havia eu concordado diante de sua insistência em se casar
comigo? Será que eu o amava demais para agir com base em minha crença de
que um casal deve estar sob o mesmo jugo? O amor era muito intenso. E
continuei orando por sua conversão.
Um dia, saí sob uma chuva torrencial para buscar um aspirador de pó. As ruas
estavam escorregadias e a visibilidade era fraca. A última coisa da qual me
lembro foi de uma colisão, na qual o volante e o painel me apertavam o
estômago. Perdi os sentidos e acordei numa sala do pronto-socorro, para saber
que meu pâncreas estava esmagado. Precisavam da presença do meu esposo para
assinar o consentimento relacionado com uma cirurgia imediata.
Alguém foi acionado para encontrá-lo. A impressão foi de que haviam
transcorrido apenas segundos antes que Carl aparecesse a meu lado, segurando
minhas mãos e dizendo que tudo sairia bem. O médico estava pronto para me
levar à sala de cirurgia, mas Carl insistiu no fato de que precisava me dizer
alguma coisa. Carl declarou que, se eu me salvasse, ele entregaria a vida ao
Senhor. Ele segurou as mãos do médico e orou por aquelas mãos.
A cirurgia foi bem-sucedida. Quando o médico me visitou na sala de
recuperação, a primeira coisa que perguntou foi: “Como está seu esposo?” Carl
causara nele um grande impacto. Louvei a Deus. Carl começou a ler várias das
minhas lições da Bíblia e a estudar a Palavra. Assistiu à classe batismal e foi
batizado no meu aniversário, imediatamente após meu restabelecimento. Com
nossas orações perseverantes e bom exemplo, aqueles que nos rodeiam podem
reconhecer a beleza de Deus e se voltar para o Senhor.

ANDRÉA THOMPSON
O trem para lugar nenhum

Com o Teu amor conduzes o povo que


resgataste; com a Tua força Tu o levas à Tua
santa habitação. Êxodo 15:13

Participávamos da segunda viagem missionária dos Desbravadores (um grupo


de adolescentes da igreja) a Nova Orleans para ajudar na reconstrução depois do
furacão Katrina. Tínhamos dois projetos grandes para concluir em uma semana,
além da limpeza do centro de conferências. Eu era a “mãe” do grupo nessa
viagem. Logo eram 5h45 da manhã, o último toque de despertar. Um rápido
desjejum e o devocional, e agora, rumo ao aeroporto. Voltávamos para casa.
Aqui começaram os desafios. Se eu soubesse o que aconteceria naquele dia,
teria ficado na cama! Contudo, eu sabia que meu Pai celeste estava cuidando de
todos os pormenores – então por que me preocupar tanto?
Independentemente daquilo que nossas passagens aéreas dissessem ou do que
fizéssemos, nosso grupo não embarcaria todo no mesmo avião. Fizemos uma
oração rápida, pedindo que os líderes soubessem o que fazer. Decidimos dividir
o grupo, já que uma garota precisava de um dos assentos para chegar
imediatamente à sua casa, ou então o pai seria detido por desacato à autoridade
de um tribunal. O grupo menor de sete pessoas permaneceu intacto.
Embarcaríamos no avião seguinte. Os pais foram informados de cada passo e de
cada problema.
Depois que o primeiro avião partiu, fomos ao balcão das passagens. Disseram
que, se estivéssemos dispostos a voar para Houston, Texas, poderíamos embarcar
num voo para Denver. Mas, após a chegada a Houston, soubemos que não havia
voos diretos disponíveis. A única forma de chegar a Denver seria passar por Las
Vegas.
Até ali, havíamos ficado firmes. Agora, porém, o avião apresentava problemas
mecânicos, e não se informava o horário da partida. Repeti ao grupo que nosso
Pai estava no controle. Ele, às vezes, nos leva ao limite de nossa capacidade a
fim de que exerçamos fé. Se nunca abrimos a embalagem, como vamos saber o
que o pacote contém? Os desbravadores ficaram conformados
Naquele aeroporto, há um trem que dá voltas e voltas, mas basicamente não vai
a lugar nenhum. Sem nada para fazer, a não ser esperar, vários do grupo
embarcaram naquele trem. Não foram a lugar nenhum. E lugar nenhum é aonde
chegaremos se não permitirmos que o Pai nos conduza. Este mundo está a
caminho do nada. Acompanhemos nosso Pai no trem que vai a um lugar: o Céu.

CATHY KISSNER
Cicatrizes

Coloque o seu dedo aqui; veja as Minhas mãos.


Estenda a mão e coloque-a no Meu lado. João
20:27

Cicatrizes são marcas que duram a vida toda. Tenho muitas delas marcando o
corpo – cortes, arranhões, cirurgias, mordidas de cachorro e muitas outras.
Quando penso em qualquer uma das minhas cicatrizes, quase instantaneamente
me lembro do incidente que as produziu. Contudo, se fosse possível, eu não teria
nenhuma delas, já que não estão em meu corpo por minha vontade. Algumas me
causaram desconforto, dor, lágrimas e sofrimento. Mas algumas cicatrizes são
necessárias.
Em 2009, passei por um transplante de rim. Não é coisa simples receber um
órgão. O doador, além de ser especial, deve ser compatível com o tipo sanguíneo
e ter outras características em comum. E deve estar disposto a doar um dos rins!
Minha irmã, num ato de bravura e coragem, realizou esse sacrifício de boa
vontade. E, graças ao grandioso amor de Cristo, a cirurgia foi um sucesso. Hoje,
tanto minha irmã quanto eu carregamos cicatrizes no corpo. A minha me faz
lembrar de que, mediante o gesto de alguém que me ama, fui libertada de passar
o resto da vida na máquina de hemodiálise. A cicatriz de minha irmã me faz
pensar em seu gesto de doação e entrega.
Cristo, doador da vida e liberdade, ofereceu-Se de modo incomparavelmente
maior. Ele não Se deu parcialmente, mas por completo, sem reservas, mostrando
amor incondicional.
A Bíblia diz que alguém pode dar a vida por uma pessoa justa, amável e de
bom caráter. Mas o fato é que Cristo morreu por nós enquanto ainda éramos
pecadores.
Ele deu a Si mesmo! Seu corpo está repleto de cicatrizes causadas por Seu
amor para com você e comigo. Sua entrega nos trouxe vida, libertando-nos para
sempre da máquina do pecado.
As cicatrizes no corpo de Cristo provarão, para sempre, a extensão de Seu
grande e imensurável amor! Minha oração é que eu não apenas seja tocada por
esse gesto, mas me posicione sempre, de modo confiante e obediente, a Seu
lado. Como expressamos gratidão ao nosso Pai e a outras pessoas, como minha
irmã, que fizeram tanto por nós?

JUSSARA ALVES
Antegozo do Céu

Depois ouvi todas as criaturas existentes no


Céu, na Terra, debaixo da terra e no mar, e tudo
o que neles há, que diziam: “Àquele que está
assentado no trono e ao Cordeiro sejam o
louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o
sempre!” Apocalipse 5:13

Estávamos muito eufóricos. Meu esposo e eu voaríamos com destino à


Inglaterra para a formatura, no ensino médio, de uma das nossas netas. Cozinhei
durante semanas, preparando alguns de seus pratos favoritos para levar junto. Fiz
compras por vários dias, procurando algumas roupas que meu neto desejava,
especificamente.
Por fim, o dia chegou. Pousamos no aeroporto de Heathrow, passamos pela
alfândega e fomos em busca da bagagem. Mas a minha bagagem não apareceu.
Felizmente, no dia seguinte, o aeroporto ligou e meu filho foi buscar a mala
“encontrada”. Foi só aí que começaram realmente as nossas férias.
A formatura de minha neta foi tão bonita quanto as rosas que desabrochavam
nos jardins bem cuidados do colégio. Ela recebeu vários prêmios, confirmando
algo que eu já sabia – minha neta era brilhante. Lágrimas me vieram aos olhos
quando nosso neto de 12 anos cantou “Você me criou”. Eu sabia o que outros
não sabiam. Jordan estava com febre alta, mas achou que devia cantar para a
irmã mais velha.
Visitamos o Castelo de Windsor, uma das muitas residências da rainha. O
castelo ficava bem perto da casa de meu filho, e um dia nos unimos às multidões
acampadas nos dois lados da rua para ver a rainha, que se encontrava na
residência naquela semana. Vimos a troca da guarda e a rainha – uma mulher de
estatura baixa, vestida com um elegante conjunto verde. Ela acenou para nós em
sua carruagem real.
Contando aos meus amigos e familiares sobre essa viagem especial, vi algumas
comparações entre ela e outra que estamos planejando: ir para o Céu e viver com
nossa família celestial. Pensei na beleza das paisagens celestes. O terreno não
precisa ser regado para manter sua vegetação luxuriante. Lembrei-me de quão
aflita me senti quando perdi a mala. Mas isso não acontecerá quando eu chegar
ao Céu, pois a única coisa que levarei comigo é o caráter. Anseio ouvir os belos
cânticos, e será ainda mais glorioso quando os anjos cantarem conosco. Pensei
na enfermidade de Jordan, que jamais acontecerá no Céu (ver Apocalipse 21:4).
Pensei em como havia sido bom ver a rainha, mas será muito mais magnificente
viver com nosso Rei para sempre.
O Céu é um lugar maravilhoso. Preciso estar lá. E você?

KAY SINCLAIR
Deus está a uma oração de distância

Fiquem firmes e vejam o livramento que o


Senhor lhes trará hoje. Êxodo 14:13

Nossa família jamais se esquecerá do dia 8 de junho de 1988. Eu era a jovem


mãe de duas crianças, de 3 e 5 anos de idade, e aguardávamos o retorno de meu
esposo, que estivera assistindo a reuniões da igreja em Bangalore. Era o
entardecer de sexta-feira. Eu estava ocupada com os preparativos para o sábado.
O tempo passou, e ele não chegou. Finalmente, por volta das 21 horas, nós o
vimos à porta – com roupas amassadas e rasgadas. Atônita diante da cena, fiquei
parada, imóvel, olhando para ele com a boca aberta. “Valsa, abra a porta!”,
bradou ele. Isso me fez reagir, e corri para abrir a porta.
Ele, então, nos contou sobre o terrível acidente ferroviário em Quilon, onde fica
Ashtamudi, o maior dos oito lagos. Meu esposo e o presidente regional da igreja
conversavam no trem, quando sentiram um solavanco incomum. Então, antes
que soubessem o que acontecia, viram-se mergulhados na água que havia
entrado pelas janelas do trem quando ele descarrilou e caiu no lago. As pessoas
estavam presas lá dentro como ratos numa armadilha. Por 45 minutos, meu
esposo se agarrou a um ventilador, gritando e orando para que Deus o salvasse.
Como é verdadeira aquela frase: “Deus está a uma oração apenas de distância”!
Por fim, alguns homens que pescavam ali perto correram para o resgate,
quebraram as barras das janelas do trem e o arrastaram para fora.
Ele ficou assombrado ao ver as centenas de mortos na praia. A maioria deles se
havia afogado nos vagões totalmente submersos. Entre os poucos sobreviventes
estavam meu esposo e o presidente regional da igreja. As mãos do Deus
onipotente os guardaram em segurança, enquanto 1.500 morreram no local. Os
jornais e a televisão relataram o horrível acidente. Como Deus disse: “Quando
você atravessar águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles
não o cobrirão” (Isaías 43:2).
Deus preservou a vida de meu esposo para que vivesse e trabalhasse para Ele.
Vinte e quatro longos anos depois, ainda me recordo daquele dia terrível e,
quando o faço, canto o hino que retrata Deus como sendo tão bom, tão forte e
poderoso que nada há que Ele não possa fazer.
Minha amiga, se Ele operou esse milagre por nós, você não acha que Ele é
suficientemente bondoso para fazer o mesmo por você? Sim, sim e sim!

VALSA EDISON
Deus, Sudoku e criação

E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia


ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a
manhã; esse foi o sexto dia. Gênesis 1:31

Um dos meus passatempos é resolver quebra-cabeças, especialmente Sudoku.


Quando meu esposo estava muito doente, morrendo de câncer, às vezes, eu
ficava sem dormir por três a quatro dias e noites. Durante essas ocasiões, quando
possível, eu passava o tempo resolvendo Sudoku. Nunca fui boa em matemática;
minhas notas mais baixas eram nessa matéria. Mas o quebra-cabeça é um desafio
agradável para mim. Tenho uma revistinha de bolso que levo toda vez que
preciso esperar por algo: num consultório médico, no salão de cabeleireiro, em
qualquer tipo de compromisso para o qual devo esperar que chegue a minha vez.
Na verdade, fico feliz em ocupar o tempo resolvendo esses quebra-cabeças, já
que, de outra forma, não tenho tempo. Agora faço todo o trabalho que meu
esposo costumava fazer, bem como o trabalho que eu já fazia. É impossível,
mas, de algum modo, com o auxílio do Senhor, eu consigo.
Um dia, enquanto fazia os quebra-cabeças, pensei na satisfação que obtenho
com eles – especialmente quando quase acerto tudo ou mesmo quando resolvo
tudo – de vez em quando. Então comecei a pensar em como Deus, Jesus e o
Espírito Santo devem ter ficado satisfeitos ao criar este mundo e todas as
criaturas, incluindo os seres humanos. Tenho certeza de que Adão se divertiu ao
dar nome aos animais, mas não tanto quanto Deus e Jesus ao criá-los, bem como
às aves e peixes. Para nós, é bom ver todas as várias criaturas que Eles fizeram,
mas eu gostaria de ter assistido à criação. Enquanto escrevo, é primavera.
Olhando pela janela vejo lilases, cornisos, árvores-de-judas, cerejeiras, macieiras
– e poderia prosseguir. Qualquer pessoa que tenha costurado, feito crochê,
pintado quadros, tirado fotos, feito potes de argila ou mesmo outros tipos de
artesanato saberá o que estou dizendo. Criar é divertido.
Todas nós recebemos do Senhor a criatividade. Todos os nossos talentos vêm
dEle, para que os desenvolvamos e usemos para Ele e em favor de outros. E
todas nós gostamos de aprender e fazer algo que nunca fizemos antes.
Orgulhamo-nos com nosso trabalho e sei que Deus e Jesus Se orgulharam de Sua
obra. Quando contemplamos flocos de neve e percebemos que todos são
originais, sem que haja dois idênticos, é de impressionar o fato de que alguém
pense que eles simplesmente aconteceram sem um idealizador mestre. Isso está
além da minha imaginação! Louvado seja Deus por Seu amor ao providenciar
uma criação tão maravilhosa!

LORAINE F. SWEETLAND
O pão que veio do céu

Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça,


havia um pão assado sobre brasas quentes e um
jarro de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se de
novo. 1 Reis 19:6

Éramos os primeiros residentes do bairro Alvorada I, em Manaus, Amazonas.


Meus pais receberam terra do governo, e meu pai construiu um barraco na Rua
Oito. Ele disse: “Era uma casa muito engraçada. Não tinha paredes, não tinha
nada.” Morávamos todos juntos: minha tia Maria, meus pais e minhas quatro
irmãs. Eu tinha apenas 4 anos de idade, mas ainda me lembro.
Um dia, meu pai voltou do trabalho para casa. Era sexta-feira, o dia da
preparação, e nós, crianças, havíamos esperado ansiosamente. Sabe, não
havíamos tomado nossas refeições costumeiras naquele dia, e nossa mãe nos
acalmou dizendo que o papai chegaria logo com um lanche. Normalmente, ele
também trazia almoço e o alimento para o dia seguinte. Entretanto, quando papai
chegou, trouxe a notícia de que o dia havia sido ruim. Ele era um barqueiro, que
ajudava as pessoas a cruzarem o Rio Negro de um lado para o outro, e vendia
lanches aos passageiros. Mas chovera bastante naquele dia, e não haviam
aparecido muitos fregueses. Ele acrescentou que o lanche que ele vendia
“nadou”, seu jeito de dizer que havia estragado. Sem dinheiro e sem lanche, nós,
crianças, ficamos tristes e famintas.
Mas mamãe não perdeu a fé, reuniu a família e fez o culto vespertino como de
costume. Pouco depois, era nossa hora de ir para a cama. Entretanto, ao nos
prepararmos para dormir, alguém bateu à porta. Um carro havia parado na frente
do barraco e alguém saiu, carregando uma caixa. Sem explicação nenhuma, o
homem deixou a caixa em frente à nossa casa. Continha comida suficiente para
alimentar nossa família por vários dias!
Nosso coração transbordou de regozijo, e toda a família se ajoelhou e deu
graças a Deus pelo milagre que Ele havia operado. Assim como alimentou Elias
no deserto, Deus alimentou Seus filhos – literalmente. Ele nos enviou aquilo de
que precisávamos. Em compensação, tudo o que Ele desejava era que não
perdêssemos a fé. Mesmo antes de pedirmos, Ele providencia o necessário
porque nos conhece muito bem.
Nós, as crianças, somos adultas agora, mas não nos esquecemos do milagre que
ocorreu durante nossa infância. Joel nos diz: “Digam aos seus filhos o que
aconteceu; que eles contem aos seus filhos, e que eles falem sobre isso à geração
seguinte” (Joel 1:3, NTLH). Assim, hoje, nós o contamos aos nossos filhos, que
contarão às outras gerações. E o nome de Deus será exaltado, para sempre e
sempre.

ESTER FIGUEIREDO ARAÚJO


Sonho, prova no colégio: coincidência?

A verdade é que Deus fala, ora de um modo, ora


de outro, mesmo que o homem não o perceba.
Em sonho ou em visão durante a noite, quando
o sono profundo cai sobre os homens e eles
dormem em suas camas, Ele pode falar aos
ouvidos deles e aterrorizá-los com advertências,
para prevenir o homem das suas más ações e
livrá-lo do orgulho. Jó 33:14-17

Era época de exames finais no colégio em que eu concluía o terceiro ano, e eu


havia acumulado muito material para estudar. Além disso, para pagar meus
estudos e outras despesas, trabalhava oito horas por dia como servidora pública
no judiciário estadual. Meus pais supriam todas as minhas necessidades em casa,
mas era eu a responsável por pagar os estudos. Assim, nessa época do ano,
apesar de haver estudado com diligência desde o início do semestre, eu estava
muito cansada e estressada.
Eu sabia que uma das provas, em particular, seria muito difícil, já que o
professor era bastante rígido. Eu não havia conseguido escapar do trabalho no
dia anterior a essa prova (tive aulas pela manhã e trabalhei até às 19 horas), de
modo que me sentia exausta e aflita. Eram quase 20 horas quando voltei para
casa naquela noite, e pensei: Só por Deus poderei fazer essa prova. Fraqueza e
frustração me invadiram a alma, porque eu não conseguira recapitular todo o
conteúdo que cairia no teste.
Recapitulei o material até depois das 23 horas, e então fui para a cama. Acordei
às 4 horas da manhã para revisar um pouco mais, porém não pude estudar tudo.
Deus, todavia, me dera um sonho no qual vi uma folha de papel contendo quatro
questões; a última me chamou a atenção. Lembrei-me da pergunta (até hoje me
lembro dela). Quando acordei, abri meu notebook e encontrei o material que
respondia à pergunta.
Quando cheguei ao colégio, comecei a conversar com duas colegas antes do
início da prova. Recapitulamos o material e lhes contei sobre o sonho. Pouco
depois, recebemos a prova. Quando olhei minha folha, não pude acreditar: ela
continha quatro perguntas, e a última era exatamente como eu havia sonhado.
Quando saí da sala de aula, fui surpreendida pelas duas colegas, que me
disseram: “Se você não tivesse falado antes da prova, eu nunca teria acreditado
em você ou em seu sonho.” Eu me saí muito bem no exame final, recebi uma
nota excelente e, acima de tudo, pude ver a bondade e a misericórdia de Deus
atuando em minha vida e me fazendo testemunhar dEle.
O que você acha de entregar tudo a Ele agora?

MARCELA BITTENCOURT BREY


Brincadeiras infantis

O reino dos Céus será, pois, semelhante a dez


virgens que pegaram suas candeias e saíram
para encontrar-se com o noivo. Mateus 25:1

Deus me deu o privilégio de trabalhar com crianças. Considero isso uma


grande responsabilidade. Embora, por vezes, seja estressante, também é
divertido, já que as crianças se expressam espontaneamente. Penso que já ouvi
de tudo!
Entre as muitas “pérolas” que as crianças apresentam, existem algumas das
quais nunca me esquecerei. Certa ocasião, três garotinhos, de aproximadamente
3 anos de idade, trocavam ideias, querendo dar início a uma brincadeira. De
repente, um deles disse: – Eu vou ser o Pai!
O segundo gritou rapidamente: – Eu sou o Filho!
Para minha grande surpresa, o terceiro disse, instantaneamente: – Eu sou o
Espírito!
Confesso que me emociono, até hoje, quando penso na magnitude dessa
conversa infantil. Para que uma vida espiritual seja vitoriosa, a presença de Deus
em Sua plenitude é indispensável: Pai, Filho e Espírito Santo. Quantas vezes nos
esquecemos de que Ele é triúno! Nós oramos ao Pai em nome do Filho, mas
quase sempre nos esquecemos do Espírito Santo. Certamente, isso não agrada a
Deus. Quando fazemos isso, estamos deixando de fora uma parte da trindade,
deixando fora uma parte de Deus.
Na parábola das dez virgens, cinco ficaram do lado de fora. Quando tomaram
as lâmpadas, não levaram óleo suficiente. Mais tarde, ao clamar: “Senhor,
Senhor, abre-nos a porta”, elas se esqueceram da terceira parte da Trindade e
receberam a dura resposta: “Não as conheço” (Mateus 25:12). Isso foi porque
lhes faltava o óleo, que simboliza o Espírito Santo. Como salvará o Senhor
aqueles que não O conhecem, aqueles que ignoram o Espírito Santo? O Espírito
é a parte da Trindade que nos convence do pecado, da justiça e do juízo nos
últimos dias.
Louvo a Deus pelo privilégio de conhecer essas três crianças, e por aquele
momento em que, com tanta simplicidade, me ensinaram que o Espírito Santo
deve estar presente. A brincadeira não estaria certa se faltasse o Espírito. Uma
criança seria deixada de fora, ou então faltaria Alguém na brincadeira. Não teria
funcionado!
Sempre oro ao Pai, em nome do Filho, para que o Espírito Santo de Deus atue
em mim. Querida irmã, espero que essa oração também seja a sua daqui em
diante.

GILSANA SOUZA CONDÉ


Deus ainda nos fala

Depois dessas coisas o Senhor falou a Abrão


numa visão: “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o
seu escudo; grande será a sua recompensa!”
Gênesis 15:1

Era uma bela manhã de domingo. Depois de fazer o culto pessoal, decidi ir à
praia. Tomei um banho de chuveiro, comi algo e tomei o ônibus para a praia.
Quando cheguei lá, contemplei a beleza da criação de Deus. Após algumas
horas, comecei a me sentir inquieta e ansiosa, achando que devia ir para casa. A
princípio, ignorei essa sensação, mas, por fim, decidi voltar.
Quando cheguei novamente ao ponto do ônibus, senti o impulso – desta vez, de
ir a um caixa automático sacar um pouco de dinheiro. Não entendi a razão de
nada disso, mas fui a um supermercado, saquei o dinheiro e voltei para casa.
Quando cheguei, fiquei chocada. Minha avó estava com um curativo na mão.
Perguntei-lhe o que acontecera, e ela disse: – Cortei a mão enquanto temperava a
carne. – Retirando o curativo, vi que o corte havia perfurado sua veia. Isso
exigiria alguns pontos. Limpei o corte e tomei um banho rápido.
Então, com o dinheiro que havia sido induzida a sacar, levei minha avó de táxi
para o hospital. Tivemos que trocar o curativo três vezes pelo caminho, pois o
corte não parava de sangrar. Quando chegamos lá, fui informada de que o
hospital estava sem um cirurgião, e assim tomamos outro táxi, para outro
hospital. Lá me disseram que o cirurgião estava de férias. Orei a Deus,
perguntando o que devia fazer e implorando que Ele fizesse o corte parar de
sangrar. Decidi ir para casa, mas, no caminho, pedi que Deus me iluminasse. E
Ele o fez! Telefonei para uma amiga que é enfermeira e solicitei instruções sobre
o que devia ser feito. Bondosamente, ela me instruiu. Quando chegamos à nossa
casa, o corte havia parado de sangrar, e fiz o que minha amiga me orientara a
fazer. Por fim, minha avó ficou bem.
Depois que as coisas se acalmaram, entendi por que Deus me pedira que
voltasse para casa e também sacasse algum dinheiro. Se o Senhor não tivesse
falado comigo, minha avó poderia ter tido um problema muito mais grave.
Não é maravilhoso quando permitimos que Deus esteja no controle de nossa
vida? Ele nos fala, dizendo que não nos preocupemos, mas que tão só nos
volvamos para Ele, e Ele será nosso escudo e recompensa.

CARMEN VIRGÍNIA DOS SANTOS PAULO


O Senhor é fiel

Se desviares o pé de profanar o sábado e de


cuidar dos teus próprios interesses no Meu
santo dia; se chamares ao sábado deleitoso [...],
então, te deleitarás no Senhor. Isaías 58:13, 14,
ARA

Eu tinha acabado de me formar na faculdade e enfrentava o desafio de começar


minha carreira num mundo altamente competitivo. A chance de trabalhar na
empresa na qual estava mais interessada não era tranquilizadora, pois 57.567
candidatos disputavam 10 cargos.
Após seis meses de testes, encontrei-me entre os 15 candidatos que restavam.
Faltava apenas uma entrevista com o diretor e com uma psicóloga. Perto do fim
da entrevista, o diretor disse: “Parabéns! Acho que vamos trabalhar juntos.” A
psicóloga, porém, não havia terminado. Ela perguntou: – O que seus pais fazem?
Respondi: – Meu pai é pastor, e minha mãe é psicóloga. – Ela quis saber de que
igreja, e, quando lhe respondi, ela comentou: – Essa não é a igreja que não faz
nada aos sábados? – Expliquei que o sábado é um dia diferente e especial, no
qual se faz a obra de Deus e o bem aos outros. Eles se olharam e disseram: –
Vamos aguardar os resultados.
Três dias depois, a psicóloga me chamou e perguntou se eu participaria das
reuniões da empresa, quem sabe uma vez por ano, num sábado. Respondi que eu
estaria disponível a qualquer momento, incluindo domingos e feriados, mas não
no sábado. O resultado veio por e-mail: “Muito obrigado por participar deste
processo. Você se saiu muito bem, mas tivemos que escolher outro candidato.”
Chorei muito e perguntei ao meu pai: – Por que o Senhor me deixou lutar por
esse emprego durante seis meses, se Ele sabia que haveria o problema com o
sábado? – Meu pai disse: – Filha, não pergunte “por quê”. Pergunte “para quê”.
Seu motivo foi muito nobre. Você não foi aprovada porque escolheu ser fiel à
guarda do sábado, e não por falta de capacidade. O Senhor proverá.
Três meses depois, fui chamada para uma entrevista numa empresa americana.
Após a entrevista, a vice-presidente me disse que havia originalmente escolhido
outra pessoa para o cargo, mas agora sentia que eu devia ser contratada no lugar
dela. Comecei como coordenadora, fui logo promovida a gerente e, pouco
depois, a diretora. Hoje sou bem-sucedida, e já trabalhei em mais de uma dúzia
de belos países; porém, o mais importante é que tenho aprendido que os
caminhos do Senhor são sempre melhores que os nossos – tudo que
necessitamos é confiar. “O choro pode persistir uma noite, mas de manhã
irrompe a alegria” (Salmo 30:5).

LILIANE CALCIDONI KAFLER


E fechou-se a porta

Vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a


hora! Mateus 25:13

Eu havia esperado por longo tempo um curso para professores em minha área e
em minha cidade, e finalmente foi aberto o curso, como eu esperava.
Inscrevi-me e o dia do exame teórico chegou. Acordei cedo e fui de carro à
universidade para fazer a prova. Já sabendo onde se localizava e onde eu devia
estar às 7h45, cheguei com antecedência. Um grande grupo aguardava na sala
designada.
As pessoas responsáveis por selecionar aleatoriamente o tópico da redação
chegaram. Depois de escolhido o tópico, disseram-nos que tínhamos uma hora
para estudar, e então retornar à sala, às 9h17. Minha amiga, que também faria o
curso, havia levado um artigo que se relacionava com o tópico. Estava em seu
notebook, no carro dela, estacionado na frente do prédio, e assim fomos ao carro
para buscá-lo. Ficamos no carro, estudando. Pouco depois, perguntei que horas
eram, já que estava sem relógio. Ela me disse que havia acionado o despertador
no seu relógio.
Antes que o despertador tocasse, voltamos para a sala de aula. Contudo, ao
chegarmos à porta, as duas pessoas responsáveis por aplicar a prova estavam
saindo, e não nos permitiram entrar na sala.
– Dissemos que deviam estar aqui às 9h17 e, pelo nosso relógio, vocês estão
dois minutos atrasadas!
Imediatamente, a parábola das dez virgens me veio à mente. Eu havia estado
dentro da sala, havia chegado cedo e agora não poderia fazer o curso que queria
tanto! Perdi a oportunidade de melhorar meu salário e estabilidade na carreira
como professora de uma escola pública.
Comecei, porém, a imaginar quão terrível seria se Cristo retornasse e eu não
estivesse pronta. Eu perderia muito mais do que apenas uma carreira e a
estabilidade. Minha perda seria, isso sim, permanente, já que eu perderia a
oportunidade de ver Jesus, meus amigos ou minha filha, que já descansa no
Senhor. Eu perderia a vida eterna.
Quero permanecer alerta e não permitir que nada me atrase ou impeça de estar
pronta para o melhor e maior evento no Universo, a segunda vinda de Cristo.
Você também não deseja estar pronta?

AUCELY CORRÊA FERNANDES CHAGAS


Prometida a Deus

Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere


no Senhor. Salmo 27:14

Tive o privilégio de nascer num lar cristão. Meu pai era fiel a Deus em tudo.
Mesmo enfrentando dificuldades financeiras para sustentar a família, ele buscava
sempre manter uma vida em comunhão com Deus. Pregava e dava estudos
bíblicos, confiando nas promessas de Deus. Mas ele nunca imaginou que, após
dois meses de vida, eu seria diagnosticada como tendo uma doença incurável.
Assim, ele sabia que perderia sua pequena Débora antes de um ano de idade.
Depois de muitas noites insones, e gastando tudo o que tinha, ele ficou sem
esperança. Os médicos disseram isso. Ele esperava apenas em Deus por um
grande milagre.
Então uma irmã da igreja ofereceu a meu pai um determinado chá que ele devia
me dar. Ela disse que isso ajudaria. Naquela noite, papai decidiu que, antes de
me dar o chá, ele faria a seguinte oração: “Ó Deus, se for da Tua vontade que
minha filha cresça e se torne Tua serva, mensageira da Tua Palavra, alguém que
agrade ao Pai celeste e a seus pais terrenos, então que este chá a cure. Caso
contrário, que esta seja sua última noite de vida.”
Meu pai passou a mais longa noite de sua vida, ansioso por ver sua menininha
no dia seguinte. Ao nascer do sol, antes de ir verificar como eu estava, ele orou:
“Ó Deus, eu Te agradeço se minha filha estiver viva, porque sei que tens grandes
planos e sonhos para a vida dela. E, se ela estiver morta, também Te agradeço
porque Tu sabes o que é melhor.” Ele foi ao meu quarto e viu que eu estava
acordada e sorrindo. Ele gritou para minha mãe: “Deus curou nossa filha!”
Daquele dia em diante, não fui mais levada aos médicos. Deus havia me curado.
Cresci com o desejo de ser uma grande mensageira de Deus. Hoje realizo meus
sonhos trabalhando como missionária para Jesus no Amazonas. Ao sair com meu
esposo pastor, procuro incentivar os membros da igreja a manterem uma vida de
comunhão com Deus. Tudo o que sou e tenho devo a meu Pai celeste e ao meu
pai, que um dia intercedeu por minha vida diante de Deus.
Minha querida amiga, muitas de nós sabemos que nosso pai terrestre nos ama,
porém todas podemos saber que nosso Pai celeste sempre nos ama e fará por nós
o que for melhor. Confie, apenas, e entregue-se nos braços do amoroso Pai
celestial.

DÉBORA DE SOUZA
Frágeis começos

Eu Te louvo por causa do modo admirável como


me criaste. Tudo o que fazes é maravilhoso!
Disso não tenho dúvida. Nada a meu respeito Te
é oculto! Salmo 139:14, 15, Comtemporary
English Version

Os dias traziam ansiedade para nossa família, pois meu filho, Daryl, e a esposa,
Julianne, viviam com o temor de perder o filho que ainda não nascera. Eu
ansiava aliviar a dor deles, mas qualquer consolo parecia fútil, à medida que os
relatórios faziam desvanecer as esperanças. Eu implorava a Deus por força para
sustentar-nos naquele momento de crise, e acalentava as palavras: “Cristo me dá
a força para enfrentar qualquer coisa” (Filipenses 4:13, versão inglesa
contemporânea).
As horas se arrastavam naquele dia 17 de junho de 2005. Fora tomada a
decisão de se fazer o parto quando o medicamento ministrado fosse mais
eficiente. Mas o bebê estava apenas na 26ª semana de gestação.
Chegou o momento em que Julianne foi levada de seu quarto no hospital, com
meu filho a seu lado. As duas “vovós” ficaram. Olhamos para o espaço vazio,
incapazes de expressar os pensamentos, porém cada uma elevava uma oração
silenciosa ao Deus lá do alto, Aquele cujo coração é tocado por nossas tristezas.
Kyle nasceu vivo, mas muito frágil. Nós o vimos por algums momentos
apenas. Foi grande a nossa emoção. Pesando apenas 570 gramas, o corpo
minúsculo tinha o comprimento de uma caneta. Ele passou a ser cuidado dentro
de um berço úmido, tendo a vida mantida por máquinas. Era um período crítico e
probante, especialmente para seus pais. Houve dias de ansiedade e telefonemas
perturbadores. Então chegou a terrível notícia de que o intestino de Kyle se havia
rompido, e seria necessária uma cirurgia de emergência. O cirurgião deu uma
chance de sobrevivência de apenas 40%.
A espera foi agonizante. Ele, porém, sobreviveu, só para passar pela mesma
coisa uma semana mais tarde. Dessa vez foi necessária a bolsa da colostomia;
contudo, uma vez mais, sua vida foi poupada. Demos graças a Deus por guiar as
mãos daquele cirurgião e por sua habilidade de usar instrumentos tão pequenos
num bebê tão minúsculo.
Muitos ficaram sabendo da provação de nossa família, e grupos de oração se
formaram em muitos lugares da Austrália. “A oração de uma pessoa obediente a
Deus tem muito poder” (Tiago 5:16, NTLH). Deus respondeu às orações de Seu
povo, e Kyle viveu.
Hoje, Kyle é um menininho normal, feliz, que traz alegria a nós todos.
Louvado seja Deus por esse milagre extraordinário.

LYN WELK-SANDY
Meu novo rosto

No dia da minha angústia clamarei a Ti, pois Tu


me responderás. Salmo 86:7

Eu já sentia o sangue pingando do meu rosto quando minha mãe correu para
ver o que acontecera. Rapidamente, a ferida foi tratada pelas delicadas mãos de
alguém que ama sua filha.
Era uma ensolarada manhã, e meu irmão e eu havíamos decidido brincar no
quintal. Enquanto corríamos, como todas as crianças fazem, caí ao chão,
cortando o rosto. Pensávamos que, com o tempo, ele sararia como qualquer
outro corte. Mas, então, a pequena ferida se transformou numa doença de pele,
chamada vitiligo.
Fui levada aos melhores médicos da cidade e região, e, em cada consulta, a
resposta era a mesma: “Sua filha tem uma doença incurável chamada vitiligo. A
doença vai se espalhar por todo o corpo, produzindo manchas brancas que nunca
sairão da pele. Sinto muito, mas não há nada que possamos fazer.”
Minha mãe não dormia, mas passava noites chorando e clamando a Deus em
favor de sua filhinha. Ela pensava em como a minha adolescência e juventude
seriam marcadas pelas manchas no rosto e corpo.
As igrejas da cidade já estavam orando, clamando a Deus por minha cura.
Meus pais já haviam gastado bastante dinheiro; não retiveram nada.
A essa altura, outra mancha apareceu sobre meu pé, aumentando ainda mais a
preocupação.
A única solução era Deus, e foi mediante oração, jejum e completa entrega que
Deus curou Sua filha. Ele lhe deu um rosto novo, quando os médicos não tinham
esperança para o problema.
O tratamento foi com a luz solar, mas a base de toda a cura foi, e é, apenas
Deus, o Médico dos médicos, cujo amor e cuidado são maiores do que tudo.
A mancha desapareceu gradualmente, e minha pele voltou ao normal. E, como
a cura de Deus é perfeita e completa, hoje, se me corto, a pele volta à sua
pigmentação original. Aquilo que Deus faz é perfeito!
Quando pensamos que não há solução para um problema que, aos nossos olhos,
parece impossível, podemos olhar para cima. O mesmo Deus de nossos pais
ainda opera maravilhas em favor de Seus filhos hoje, e Seu amor é imensurável.

MINÉIA DA SILVA CONSTANTINO


Faça de mim uma bênção

Pois Eu tive fome, e vocês Me deram de comer;


tive sede, e vocês Me deram de beber. Mateus
25:35

Era um dia bonito, na ensolarada ilha da Jamaica. Minha irmã Dilyn me havia
permitido ir junto em uma das férias de sua família. Eu sempre havia sonhado
em visitar a Jamaica, mas nunca fizera planos de torná-lo realidade.
Havíamos passado o dia vendo lugares bonitos e desfrutando a praia em Negril.
Depois de nos havermos recreado o dia todo, decidimos comer alguma coisa.
Encontramos uma lanchonete que vendia deliciosas empadas jamaicanas, com as
quais meu cunhado se delicia. Mas, quando Jangles, o motorista, entrou no
estacionamento, fomos abruptamente abordados por um homem que dava a
impressão de estar querendo dinheiro. Ele não tinha um sorriso amigável no
rosto. Na verdade, parecia um tanto grosseiro. Ele deve ter visto que éramos
turistas, porque começou imediatamente a limpar nosso veículo com um trapo.
“Não passe isso no carro”, ordenou Jangles, mas o homem continuou assim
mesmo. Depois que compramos o alimento, o homem começou a nos pedir
dinheiro. Jangles nos disse: “Não prestem atenção – vamos embora!” e
rapidamente ligou o motor do carro. Entramos logo, mas quando o homem
percebeu que sairíamos sem atender a seu pedido, pegou uma pedra grande e nos
seguiu, enquanto passávamos lentamente pelas ruas congestionadas de Negril. A
certa altura, ele parou na frente do carro, com a pedra na mão, como se fosse
quebrar o para-brisa. Jangles saiu do carro com rapidez e o enfrentou
agressivamente. Depois de alguns minutos dizendo palavras zangadas, o homem
soltou a pedra e desapareceu na multidão.
Ao recordar aquele dia que começara de modo tão lindo, pergunto: Por que,
simplesmente, não lhe demos algum dinheiro? Creio que teria mudado o fim do
dia para aquele pobre homem e para nós. Passamos tantas vezes de largo por
pessoas que precisam de nossa ajuda, temendo ser envolvidos por seus
problemas, e não querendo envolver-nos. A Escritura nos diz: “Como é feliz
aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade.
O Senhor o protegerá e preservará a sua vida; Ele o fará feliz na terra e não o
entregará ao desejo dos seus inimigos” (Salmo 41:1, 2). Assim, peço a Deus
cada dia que me ajude a ser vigilante e estar sempre pronta a auxiliar alguém que
esteja passando por necessidade. Quero ser uma bênção para alguém hoje.

MARLYN L. DEAUGUST
Vigor para o fraco

Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao


que está sem forças. Isaías 40:29

Foi um daqueles dias em que você tem coisas demais para fazer, e parece que o
tempo conspira contra você. Eu andava com tanta rapidez pela rua que minhas
pernas pareciam voar. Foi então que algo interessante aconteceu. À frente, duas
senhoras idosas andavam pesada e vagarosamente com suas pernas frágeis e
cansadas. Eu as alcancei, pronta para passar como um relâmpago quando, no
mesmo instante, me veio o pensamento: Como é bom poder andar com esta
rapidez. Sei que, dentro de alguns anos, serei como essas mulheres, caminhando
com grande esforço. Minhas pernas já não são tão obedientes como eram
outrora diante da ordem para correr, enviada pelo cérebro.
Naquele momento, agucei os ouvidos e diminuí o passo para ouvir uma das
mulheres suspirar e dizer para a outra: – Ah, quando eu era mais jovem, tinha
pernas fortes e também podia caminhar rápido. Mas o tempo passou e não faço
mais isso.
– Sim, era uma vez o tempo em que nós duas andávamos sem esforço.
Pensei naquele simples incidente por vários dias, e por fim concluí que, na vida
espiritual, acontece exatamente o oposto. Se hoje me sinto um fracasso, se hoje
careço de forças para correr do pecado; se hoje minhas pernas são fracas e ando
quase caindo, posso ficar mais forte a cada dia se andar com Jesus. E com o
passar dos anos, na jornada da vida, ganho mais energia e mais vigor em meu
relacionamento com Jesus. Progredirei a ponto de poder voar alto como as
águias, correr e não me cansar, caminhar e não me fatigar (ver Isaías 40:31).
O apóstolo Paulo nos diz que podemos prosseguir “para o alvo, a fim de ganhar
o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que
alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum
aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá.
Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos” (Filipenses 3:14-16).
Mesmo que eu fique fisicamente enfraquecida pela correria da vida e dos
agitados anos passados aqui na Terra, sei que haverá um dia melhor logo adiante.
Por isso, continuo confiando nas promessas de Deus, de derrotar o pecado e me
dar força espiritual na caminhada cristã.

ELLEN REZENDE FESTA


Anjos na minha vida

O anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles


que O temem, e os livra. Provem, e vejam como
o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nEle
se refugia! Salmo 34:7, 8

Durante muitos anos, tive pesadelos nos quais eu sonhava que havia perdido
meus filhos. Quando despertava, banhada em suor, precisava ir ao quarto deles
para ter certeza de que ainda estavam ali.
Não me surpreendo com esse temor, porque, na realidade, perdi meus filhos
algumas vezes. Numa delas, no mercado, já havia escurecido quando, por fim,
segurei minha filhinha nos braços outra vez. Eu a encontrei numa loja, feliz da
vida, lambendo um doce natalino! Ela nem sequer sentira minha falta! Mas,
perto da loja, havia um rio, e eu tinha certeza de que ela havia caído lá dentro.
Foi horrível. Outra vez, perdi minha outra garotinha em um supermercado, na
Itália. Um homem andava com ela pelo estacionamento para que ela pudesse
mostrar-lhe nosso carro. Havia centenas de veículos, e nenhum de nós falava
italiano.
De lá para cá, minhas meninas cresceram e se tornaram adultas. Aprenderam a
ser seguras de si e a ter uma confiança básica. Fico muito feliz por isso.
Minhas filhas são guias de Desbravadores. Uma teve que liderar um fim de
semana dos escoteiros quando tinha 18 anos. Após as aulas, ela devia encontrar
o grupo que ficaria sob seus cuidados em determinado ponto das montanhas. As
conexões do trem eram difíceis. Naquela noite, o trem se atrasou, e ela perdeu a
conexão. Tudo parecia estar contra ela. Por fim, chegou à vila para tomar o
ônibus, mas o último já havia partido. Ela não sabia o que fazer, mas estava
acostumada a orar. Foi o que fez. E começou a andar, com uma pesada mochila,
passo a passo. Sentiu-se perdida.
De repente, um carro parou ao lado. Uma bondosa motorista se ofereceu para
levá-la ao ponto final do ônibus. Quando lá chegaram, esse anjo ajudador
perguntou aonde minha filha precisava ir. Ela mostrou no mapa onde ficava a
casa de fazenda, na qual as crianças estavam esperando. Teria sido uma
caminhada íngreme de quase uma hora, montanha acima. Estava escuro e havia
bastante neve.
A mulher se ofereceu para levar minha filha ao longo desse último trecho
também. Quando minha filha viu por onde teria que ter passado, ficou muito
feliz pela guia de Deus! Quando encontrou o grupo, houve muita alegria. As
crianças gritaram e fizeram um bocado de barulho. Então todos, agradecidos,
saltaram para cima do monte de palhas e caíram no sono.
Você ainda acha que não existem anjos?

DENISE HOCHSTRASSER
Atravessando o seu Jordão

Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com Ele


à minha direita, não serei abalado. Salmo 16:8

Durante certa época do ano, o Rio Jordão passa pela fase de enchente; ele
transborda pelas ribanceiras e não há como atravessá-lo – é intransitável. Mas
em certa ocasião, durante a história de Israel, os israelitas foram instruídos por
Deus, mediante Josué: “Dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo,
à terra que Eu dou aos filhos de Israel” (Josué 1:2, ARA). Creio que, na época
dessa instrução, a neve que derretia deixou o rio mais fundo e mais largo. Os
israelitas se encontravam numa situação difícil, e diante deles estava o Rio
Jordão. Deus, porém, havia dito: “Dispõe-te, passa este Jordão.”
Eles haviam recebido as instruções. Crendo que Deus estava com eles, puseram
nEle a sua confiança. Enfileiraram-se e marcharam na direção do rio, com os
sacerdotes na frente. Quando chegaram à margem do Jordão, os sacerdotes
pisaram na água e o Senhor Deus onipotente criou terra seca sobre a qual deviam
caminhar. As águas se dividiram e eles passaram para o outro lado.
Seja qual for o seu Jordão hoje – um teste inesperado, uma situação imprevista
que exige muito de você, uma amiga que a incentiva a fazer algo errado, um
amigo que tenta atraí-la para uma impropriedade sexual, um colega que a
estimula a comprometer seus princípios financeiros, ou mesmo contas que você
não consegue pagar –, o Senhor lhe diz: “Dispõe-te e atravessa.”
Confie no Senhor. Creia nEle. Ele a fará vencedora. Ele deseja fazer maravilhas
por você. Ele está sempre à sua direita. Você não precisa atravessar seu Jordão
sozinha. Deus está a seu lado; Ele nunca a deixará nem abandonará. Ele gravou
seu nome na palma de Sua mão – isso mostra como você Lhe é preciosa. Deus
fará tudo para conservá-la em segurança.
Permita que Ele a guie e cuide de você. Mas essa deve ser uma decisão
consciente. Você precisa fazer a escolha de permitir que Ele a dirija. Os israelitas
fizeram isso, e passaram com segurança à Terra Prometida, por um rio que
momentos antes era caudaloso.
Deus fez isso por eles naquela ocasião, e o fará por você hoje. Apenas confie
nEle.

SANJO ANGELLA JEFFREY


“Quem é o senhor?”

Não se esqueçam da hospitalidade; foi


praticando-a que, sem o saber, alguns
acolheram anjos. Hebreus 13:2

Meu esposo e eu estávamos planejando uma viagem de lazer e tentando decidir


a melhor maneira de fazê-la. Devíamos ir de trem, com uma parada de oito
horas; de avião, que era muito caro; ou de ônibus, que levaria dezoito longas
horas? Oramos e discutimos a questão. Como meu esposo é praticamente cego, a
decisão final era dele. Passaram alguns dias e ele anunciou: “Devemos ir de
ônibus, porque assim poderei ‘ver’ alguma coisa da paisagem do interior.”
Escolhemos data e horário, e comecei a fazer as malas.
Durante nossa espera de duas horas no terminal rodoviário, peguei as passagens
e comecei a observar os arredores. Notei um rapaz sentado com outras três
pessoas. Após algum tempo, eu o vi acompanhando ao sanitário um jovem
senhor, que parecia ter deficiência mental. Quando o embarque começou, ele
estava à nossa frente e nos cumprimentamos. Sentamos em nossos assentos
prioritários, e ele se sentou do outro lado do corredor. Na segunda parada, meu
esposo quis usar o sanitário. Pensei: Senhor, como devo fazer isso? Não quero
que ele entre lá sozinho, e não posso entrar lá com ele. Então vi o mesmo rapaz
saindo. Ele nos viu e, naquele instante, algo me disse: Peça a ele.
Pensei: Não; ele nem nos conhece! Então ouvi de novo: Peça a ele! Chamei-o.
– Com licença. Poderia fazer-me um favor?
Ele respondeu: – Certamente! – Perguntei se ele acompanharia meu esposo ao
sanitário. Ele acenou que sim com a cabeça e deu o braço a meu esposo, que
rapidamente perguntou: – Quem é o senhor?
– Meu nome é Charles – disse ele – e vou acompanhá-lo ao sanitário.
Dali em diante, toda vez que fazíamos uma parada, Charles vinha para saber se
meu esposo precisava de alguma coisa. Ele o ouvira dizer que estava sentindo
frio, de modo que foi pedir ao motorista para que diminuísse a temperatura do
ar-condicionado. Charles era da nossa cidade, e havia frequentado a mesma
escola de ensino médio dos nossos filhos.
Quando chegamos ao destino, Charles fez questão de nos alcançar a bagagem e
de saber se havia alguém para nos receber. Agora sei que nossa viagem foi
cuidadosa e previamente planejada. O anjo estava lá, esperando por nós. Deus
disse que cuidaria de todas as nossas necessidades.

ELAINE J. JOHNSON
Cooktop

Pois Eu sou o Senhor, o seu Deus, que agito o


mar. Isaías 51:15

Meu esposo e eu decidimos adquirir um novo cooktop. A principal razão para a


mudança era uma lasca de meio centímetro e uma rachadura visível, de um lado
ao outro. O motivo óbvio era o uso frequente.
Fizemos contato com a empresa com a qual já trabalhávamos por mais de 40
anos, e com a qual tínhamos um relacionamento satisfatório. Encomendamos um
top de vidro temperado, salpicado com pintas de cor cinza, bocas de aço
inoxidável, no 9114674591, exatamente como o que usávamos, mas nos disseram
que aquele modelo estava fora de linha. Receberíamos, em seu lugar, um top
branco. Concordamos com isso, já que todos os outros utensílios da cozinha
eram brancos.
Ficamos satisfeitos quando a entrega se deu em dois dias, e foram feitos
arranjos para a instalação dentro de mais dois dias.
O instalador chegou pontualmente mas, quando abriu a embalagem, vimos um
top escuro, marrom-avermelhado, e não o branco da encomenda. O técnico
fechou apressadamente a embalagem e a colocou fora da cozinha. Depois,
ordenou que o caminhão da entrega a retirasse, devolvesse à empresa e cobrasse
o top branco.Também nos deu o número de seu telefone e disse que deveríamos
entrar em contato com ele assim que o produto chegasse. Fizemos isso, mas não
recebemos retorno. Isso nos desapontou, porque ele parecia ser um homem
correto, cheio de compaixão e preocupado com nosso problema.
Um instalador diferente veio a seguir. Ele disse que o que realmente
precisávamos era de alguém para consertar o top. Recusou-se a tocar na
embalagem, mas nos aconselhou a pedir que a empresa mandasse o funcionário
certo. A empresa nos garantiu que essa pessoa chegaria dentro de dois dias. Mas
a data passou e nenhum funcionário apareceu. A situação agora piorava, porque
o espaço dos queimadores estava limitado.
Por fim, quase três meses após a primeira encomenda, um novo top foi
instalado. Vibrando de entusiasmo, notei que era exatamente aquele que
havíamos encomendado a princípio: não o marrom-avermelhado, não o branco,
mas o de pintas cinzas, mesa de vidro temperado, bocas de aço inoxidável.
Louvamos ao Senhor. Ele estava trabalhando silenciosamente por nós antes que
clamássemos a Ele, e nos regozijamos por poder dividir nossa alegria, dando um
livreto missionário ao instalador do aparelho.

QUILVIE G. MILLS
Deus protetor

Ele livra e salva; e faz sinais e maravilhas nos


céus e na Terra. Ele livrou Daniel do poder dos
leões. Daniel 6:27

Desde criança, sempre acreditei em Deus. Minha família não frequentava


nenhuma igreja, mas meus pais me ensinaram a confiar no Pai celestial, e minha
irmã e eu tivemos a oportunidade de estudar numa escola cristã de ensino médio.
Ali aprendi mais acerca do cuidado de Deus por Seus filhos.
Quando eu tinha 16 anos, fiquei na escola para uma aula à tarde. Terminada a
aula, fui ao ponto do ônibus para voltar para casa. Eu aguardava o ônibus e me
virei para pegar algo em minha bolsa, quando vi um homem parado bem perto
de mim. Assustada, olhei para ver quem era. Ele não olhou para mim, mas fingiu
estar distraído. Éramos os únicos ali, e não havia razão para que ele estivesse tão
perto. Fiquei assustada até que um pensamento me veio à mente: Existe um anjo
entre mim e esse homem. Então decidi me afastar tanto quanto possível, e fui
para o outro lado da calçada. Dali vi outro homem me observando, parado com
uma bicicleta. Então, de repente, ele se aproximou do homem de quem eu
acabara de me afastar. Eles trocaram algumas palavras. Depois, aparentemente
assustado, o homem da bicicleta fez o sinal da cruz, desceu pela rua e virou
rapidamente na primeira esquina. O outro homem se apressou rua acima, quase
correndo, e olhando para trás várias vezes. Ele parecia assustado com alguma
coisa.
Agora eu me encontrava sozinha na parada do ônibus, muito confusa com o
que acontecera. O ônibus chegou e embarquei, sentando-me, aliviada. Agora
entendia que meu anjo havia realmente estado ali. Eu não poderia ter feito nada,
sozinha, com aqueles dois homens. Não sei o que eles planejavam, mas eu estava
certa da proteção de Deus. Acho que possivelmente um anjo apareceu para eles.
Deve ter sido por isso que me olharam com medo e saíram correndo.
Depois desse dia, eu soube que não há razão para temer coisa alguma neste
mundo, porque temos um Deus Todo-Poderoso ao nosso lado, em todas as
situações. Ele faz coisas incríveis diante dos nossos olhos! Essa experiência me
fortaleceu a fé. Como cristã, espero confiar sempre em Deus.
Meu desejo é que você também sinta a presença de seu Pai, o Criador do
Universo, que está sempre perto de você. Onde quer que esteja hoje, lembre-se:
“Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em
todos os seus caminhos” (Salmo 91:11).

YARA BERSOT PELLIM


Guia constante

O Senhor o guiará constantemente, satisfará os


seus desejos numa terra ressequida pelo sol e
fortalecerá os seus ossos. Você será como um
jardim bem regado, como uma fonte cujas águas
nunca faltam. Isaías 58:11

O sol da manhã já começava a iluminar o céu oriental. Eu havia dormido um


pouco mais do que o costume, já que retornara tarde da noite de um evento
musical num estado vizinho. Acomodei-me sobre os travesseiros, relutante em
assumir o pleno compromisso de me levantar e brilhar. Minha mente
perambulava por anos passados.
Anos antes, eu tinha um emprego com salário adequado. Mas então, por uma
virada de circunstâncias, encontrei-me nesta pequena cidade onde os empregos
são escassos e o pagamento não cobre as despesas básicas. Em dez anos, tive três
desses empregos de curta duração. Eu havia feito um curso num colégio da
comunidade a fim de manter atualizadas as minhas técnicas no trabalho, achando
que certamente encontraria outro emprego, mas foi inútil. Todavia, com uma boa
quantidade de habilidades criativas, consegui algum dinheiro graças às
comissões. Por mais gratificantes que fossem essas atividades, o dinheiro não era
suficiente.
Quando minhas economias se esgotaram, comecei a fazer saques da conta de
aposentadoria para continuar pagando a hipoteca. Então, quando o saldo da
conta da aposentadoria acabou, coloquei minha casa à venda. Eu nunca havia
atrasado ou deixado de pagar uma mensalidade, pois achava que a reputação de
Deus estaria em jogo diante dos vizinhos não cristãos. Como fui tonta! Eu
precisava aprender que Deus é mais do que competente para cuidar de Sua
própria reputação.
Um mês depois de encerrada minha conta de aposentadoria, comecei a assumir
trabalhos avulsos e mais comissões. No fim do mês, eu havia ganhado o
suficiente para pagar as contas. E assim tem sido por uns dois anos, deixando
tempo para o ministério da música, que sempre foi um profundo desejo meu.
Dessa maneira, assistindo ao alvorecer, com o coração cheio de gratidão para
com a guia de Deus, repentinamente me dei conta de como minha vida espelhava
Seu plano da salvação. Independentemente de quanto eu me esforce para
“trabalhar”, para “chegar lá”, minhas febris tentativas de obter o favor de Deus
são inúteis. Somente quando desisto de me concentrar em minhas tentativas de
alcançar o verdadeiro desejo do coração é que as bênçãos desta vida se espalham
pelo caminho. Preciso apenas desistir do esforço e depor tudo aos Seus pés. Ele é
mais do que capaz, e Suas promessas são certas!

SYLVIA STARK
Deixe cair a pedra

Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o


primeiro a atirar uma pedra nesta mulher! João
8:7, NTLH

Para muitas de nós, perfeição é aquilo que fazemos ou aquilo que acontece em
nosso pequeno círculo. Tudo mais cai na categoria do menos que perfeito,
precisando ser consertado ou, melhor ainda, precisando do nosso conserto.
Olhamos os outros com uma atitude de superioridade. Mas esse não é um
comportamento novo. Encontramos muitos casos, tanto na Bíblia como ao nosso
redor. E ainda assim deixamos de aprender o que Jesus ensinou.
Uma história bíblica que aprecio verdadeiramente se encontra em João 8. Ali
estava ela, uma mulher adúltera encolhida no chão, ali jogada após ter sido
empurrada, ridicularizada e ofendida por aqueles indivíduos perfeitos, com o
queixo erguido para o ar e pedras nas mãos, prontos a erradicar o pecado dos
outros. Ao olharem para ela, o veredito era claro: culpada.
Como pais, um de nossos maiores temores é ver um de nossos filhos no meio
de uma multidão acusadora, como aquela da história. O pecado pode variar, mas
o comportamento acusador provavelmente seria o mesmo. Contudo, a despeito
do nosso temor, esquecemo-nos de outorgar aos outros a mesma misericórdia e o
mesmo amor que apreciaríamos merecer. Assim, continuamos cometendo mais
erros e pecando ainda mais, só porque temos medo daquele tratamento acusador
e da pedra feroz jogada contra nós e nossos queridos.
Ah, mas como é diferente o Deus a quem servimos! Continuando a leitura
dessa história, descobrimos um dos sermões – sem palavras – mais eficazes que
já foram pregados. Jesus dirigia a grande reunião evangelística, reunião que
trouxe libertação a pecadores, pois nem a acusada nem os acusadores são
condenados. Que lição! Você e eu estamos na mesma categoria. Somos
pecadoras que podem tornar-se perfeitas apenas mediante a graça de Deus.
Qualquer bem que esteja presente em nossa vida hoje não existe por aquilo que
tenhamos feito, mas por causa do amor e da misericórdia que recebemos. Ainda
assim, deixamos de estender a graça aos outros.
Como seguidoras de Jesus, precisamos ser como Ele. Jesus nos diz o que se
espera de nós, mas também nos diz como dominar nosso comportamento
pecaminoso. “Aproximem-se de Deus, e Ele Se aproximará de vocês! Pecadores,
limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração.
Entristeçam-se, lamentem-se e chorem” (Tiago 4:8, 9).
Tomemos um momento para pedir que Deus mude nosso caminho. Deixemos
cair as pedras acusadoras e concedamos aos outros a mesma graça e o mesmo
amor que Ele nos outorga tão graciosamente.

DINORAH M. RIVERA
Anjos em forma humana

Não se esqueçam de ser bondosos com os


estranhos, porque alguns que fizeram isso
hospedaram anjos sem percebê-lo! Hebreus
13:2, Nova Bíblia Viva

Num momento, eu me encaminhava para o carro, sentindo mais energia do que


sentira em meses, e na expectativa de ir para casa. No momento seguinte, eu caía
no piso de asfalto do estacionamento. Estatelei-me no pavimento, sacudindo o
corpo todo. Eu me vi achatada contra o chão, olhando para a calota do pneu
traseiro do carro. Debilmente, pedi ajuda e também orei silenciosamente pelo
socorro de Deus. Fiquei preocupada de ter machucado de novo o joelho direito,
que havia sido cirurgicamente substituído seis semanas antes. Como explicar ao
meu médico que eu estava realmente sendo cuidadosa? Às vezes, os acidentes
simplesmente acontecem; certamente não os planejamos!
Um grande grupo se reuniu e tentou me ajudar. Alguns trouxeram um
travesseiro, alguém chamou a ambulância e uma senhora disse que ficaria
comigo enquanto eu precisasse dela. Ela me segurou a mão e falou mansamente
para me confortar. A ambulância chegou e os paramédicos assumiram o
atendimento. Minhas respostas às suas muitas perguntas mostravam que eu não
havia sofrido concussão e não precisava ser hospitalizada. Eles concordaram,
mas disseram que eu não poderia dirigir. A bondosa senhora se ofereceu para me
levar para casa no carro dela. Transferiu minhas compras para o seu carro. Fez
questão de garantir que eu entrasse em casa com segurança e, depois de colocar
algumas coisas no freezer e na geladeira, fez com que eu me sentasse e pusesse
os pés para cima. Ela insistiu que eu não devia ficar em casa sozinha e que ela
ficaria comigo até que meu esposo chegasse. Ligou para sua família e eles
entenderam por que ela chegaria mais tarde. Trocamos informações sobre nossos
familiares. Meu esposo ficou muito feliz com o gesto solícito da parte dela e lhe
agradeceu a preocupação e bondade. Ela rejeitou qualquer pagamento ou
recompensa.
Enquanto contava à minha irmã sobre a aventura, ela perguntou se eu achava
que minha benfeitora teria sido um anjo. Sim, o pensamento cruzara minha
mente várias vezes durante a experiência e depois dela. Eu havia orado pedindo
ajuda, e ela me foi enviada.
Nunca sabemos quando podemos estar na presença visível de um anjo.
Deus sabe exatamente onde encontrar anjos “humanos”, e muitas vezes os
coloca no lugar certo, na hora certa. Demos-Lhe graças pelo amor e cuidado que
nos dispensa a cada instante. Que seria de nós sem Ele e Seus anjos “humanos”?

LILLIAN MUSGRAVE
Por que é tão difícil confiar?

Confie no Senhor de todo o seu coração [...] e


Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:5,
6

Cantamos “Crer e Observar”. Falamos sobre como é importante confiar em


Deus. A frase “Em Deus confiamos” está impressa nas cédulas do dinheiro dos
Estados Unidos. Mas confiamos realmente em Deus?
Como se caracteriza a confiança em Deus? Você já se sentiu ansiosa quanto à
próxima refeição? Terá condições de comprar sapatos e roupas para a escola ou
para a igreja, para seus filhos? Talvez você esteja precisando de um carro
confiável. Você acabou de perder o emprego? Confie em Deus.
Nos relacionamentos pessoais, é a mãe ou o pai que humilha você? Você é
solteira, à procura daquele alguém perfeito? É casada com alguém que acabou
não sendo aquele que você esperava como companheiro? Um membro da família
tem doença crônica e nada parece ajudar? Estão suas orações sendo atendidas?
Seu cônjuge, pai, mãe ou filho morreu? Confie em Deus.
Perdidos! Dirigíamo-nos a um resort perto de Mount Hood, Oregon, e a viagem
do dia inteiro havia sido ótima. Paramos para comprar frutas numa chácara à
margem da estrada. Depois de termos estacionado, nosso carro agora estava de
frente para a direção de onde vínhamos. Ligamos o GPS e recebemos instruções
diferentes das que havíamos imprimido. Devíamos voltar pelo caminho pelo
qual viéramos, e virar para o oeste.
Depois de viajarmos ao longo de estradas estreitas margeadas por árvores de
uma luxuriante floresta, a estrada chegou ao fim, sem sinal do resort. Entardecia,
e havia bem pouco combustível. Agora eu me sentia ansiosa! Voltamos e
paramos no posto de gasolina que havíamos considerado muito caro quando por
ele passamos antes. Dessa vez, pagamos alegremente o preço. Voltando à estrada
original, chegamos ao destino com segurança. Confiar em Deus.
Enquanto me sentia estressada e preocupada com a situação, perguntei a mim
mesma: Por que não estou confiando em Deus a esse respeito? Ele sabe onde
estou e aonde quero chegar. Se ficarmos sem gasolina, Ele nos ajudará. Ele está
aqui conosco. Mas então a outra voz dizia: OK, mas você ficará aqui a noite
toda, na estrada, antes que chegue alguma ajuda?
Confiar em Deus em todos os aspectos da vida tem sido sempre um desafio
para mim. É fácil confiar em Deus quando as coisas correm tranquilamente, mas
a fé e a confiança reais vêm quando a vida não é tranquila. “O caminho do
Senhor é perfeito; a palavra do Senhor é provada; Ele é escudo para todos os que
nEle se refugiam” (2 Samuel 22:31, ARA).

LOUISE DRIVER
“Cabeça-de-cabra”

E todos nós, que com a face descoberta


contemplamos a glória do Senhor, segundo a
Sua imagem estamos sendo transformados com
glória cada vez maior, a qual vem do Senhor,
que é o Espírito. 2 Coríntios 3:18

Gosto muitíssimo de jardinagem, embora nem sempre dedique tempo suficiente


a ela em minha vida agitada. Há miríades de lições a serem aprendidas cavando
a terra, plantando uma semente pela fé, cuidando das necessidades da planta e
testemunhando o milagre da vida e do crescimento. Mas um aspecto da
jardinagem que não aprecio de modo particular é a erradicação de ervas
daninhas. Consome tempo, exige esforço e às vezes é dolorosa. Contudo, se for
feita com certa frequência, fica muito mais fácil da próxima vez.
Uma erva daninha encontrada em nossa região tem o apelido de “cabeça-de-
cabra”, por causa dos chifres pontudos que a deixam semelhante à cabeça de
uma cabra. À primeira vista, a erva é uma planta enganosamente bonita. As
folhas verdes, rendadas, e as delicadas flores amarelas servem de camuflagem
para as farpas por baixo. As plantas crescem abundantemente e cobrem
virtualmente tudo em seu caminho. Quando alguém chega a perceber que as
bonitas plantas são na verdade insidiosas e representam uma ameaça ao jardim,
elas já são difíceis de remover. Elas não só firmaram as raízes no solo, mas seus
espinhos tornam a remoção um processo tedioso e consumidor de tempo. Mesmo
depois que as plantas foram arrancadas, algum “chifre” que ficou durante a
remoção pode ocultar-se no solo e produzir novas plantas por até sete anos.
Toda vez que vejo uma “cabeça-de-cabra”, lembro-me do diabo. Os chifres não
só se parecem com a arquetípica figura da cabeça do diabo, com chifres, mas sua
presença num jardim é muito semelhante à do diabo e do pecado em nossa vida.
O diabo disfarça o pecado com a enganosa beleza inicial que apresenta e com a
diversão que parece promover. Mas, no momento em que o perigo se revela, o
diabo já fincou suas raízes e ocupou outros espaços essenciais à saúde e à vida.
Ele não tem planos de sair sem uma luta. Felizmente para nós, o Pai celeste está
ansiosamente pronto e disposto a arrancar do nosso coração as ervas daninhas do
diabo, embora as venenosas farpas do pecado machuquem enquanto são
removidas. Devemos estar sempre alerta, porque, uma vez tendo o pecado
entrado no coração, pode facilmente brotar de novo nos anos que vêm pela
frente. Devemos todos os dias apoiar-nos em nosso Jardineiro celestial, nosso
Salvador, para que cuide do nosso coração e o conserve livre de ervas daninhas.

ROXIE L. GRAHAM-MARSKI
Julho

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Apenas uma conta

Não cobiçarás. Êxodo 20:17

Ao entrar com a correspondência, joguei-a sobre a mesa perto do cesto de lixo.


Você sabe como é – anúncios de coisas que você não quer, catálogos de coisas
que você não compra, propaganda política. É claro que há uma carta ocasional,
ou uma conta, e todo mês vem o extrato bancário. Reconheci o envelope e
coloquei o extrato bancário num lugar seguro para depois abri-lo.
Alguns dias mais tarde, quando tive um momento livre, peguei o extrato do
banco e meu talão de cheques para reconciliar os dados. Ali estavam as coisas
costumeiras: o cheque para a igreja, o cheque para o cabeleireiro, o pagamento
para a loja de roupas infantis, saque no caixa automático e um pagamento com o
Cartão Discovetr. Meus olhos piscaram quando olhei o último item outra vez.
Sim, dizia Cartão Discovetr – discovetr. Ri em voz alta ao pensar na pessoa que
registrou a movimentação bancária e digitou erroneamente uma tecla a mais,
como já fiz muitas vezes. Depois, as letras centrais, covet [cobiçar], continuaram
saltando diante de mim. Certamente me deram muito o que pensar.
Haveria alguma relação entre meu cartão de crédito e o ato de cobiçar? Ah,
claro que não! Entretanto, devo dizer francamente que gosto muito de fazer
compras. Meu esposo diz que essa é a minha terapia. E devo admitir que fica
muito prático fazer compras quando tenho um cartão de crédito na carteira. Mas
isso conta como cobiça?
Conheço o verso bíblico que diz: “Não cobiçarás”. Fui olhar o dicionário. Ele
dá a definição de cobiçar como ambicionar, desejar imoderadamente. Aí chegou
o momento da autoavaliação. Ter um cartão de crédito quando vou às compras
torna mais fácil fazer mais do que simplesmente desejar as coisas que vejo.
Quero, porém, ser uma boa administradora do dinheiro de Deus. Afinal, para
início de conversa, o dinheiro não é meu. Todavia, minha reação padrão ao
carregar comigo um cartão de crédito é que ele torna possível tirar vantagem de
uma venda diante da qual eu me veja inesperadamente.
Meu extrato bancário chegou com essa surpreendente grafia por dois meses
consecutivos. Talvez alguém (ou seja, o Espírito Santo) estivesse tentando atrair
minha atenção.
Talvez o que eu precise fazer quando chega a correspondência é rapidamente
jogar no lixo as atraentes propagandas e os sedutores catálogos, antes que um
anseio ou desejo excessivo tenha tempo de criar raízes!

ROXY HOEHN
Danificada pela água

Eis que faço novas todas as coisas. Apocalipse


21:5, ARA

Todas nós gostamos de uma chuva mansa num dia quente de verão. A
temperatura parece cair, o ar fica com cheiro de limpeza e nós, agradecidas
porque não precisaremos regar as plantas naquele dia. Mas a chuva nem sempre
é mansa e refrescante. Às vezes, passamos por aguaceiros que danificam ou
destroem vidas e propriedades. Aqui está um exemplo do que quero dizer.
Nossa casa recentemente reformada tinha um pequeno problema: goteiras no
telhado. Ele passou por tormenta após tormenta, até que a água escureceu as
paredes, danificou o teto e descoloriu os armários e paredes de minha cozinha
nova, toda branca. Um dispendioso trabalho no telhado, por fim, consertou as
goteiras, mas o estrago da água permanecia. Os pintores rasparam e refizeram o
acabamento do teto. Então veio a minha parte. Coloquei mãos à obra para
reparar o dano que a água causara. Em algum ponto sob o mofo e o pretume,
estavam meus armários e paredes, resplandecentemente brancos. Com a imagem
do “antes” na cabeça, escovei e lavei, trocando balde após balde de água. Aos
poucos, minha verdadeira cozinha começou a emergir. E ali contemplei a mim
mesma e refleti sobre a obra de Deus em mim.
A minha foto que Deus tem é a original, a que Ele criou. Como Ele deve ficar
pesaroso ao testemunhar os danos da água em minha vida, a destruição das
tormentas do pecado que me fustigaram a alma. A imagem não é bonita. Mas Ele
não desiste de mim. Trabalha para restaurar a imagem de Sua filha imaculada.
Após meu batismo, Deus continua a me purificar a alma por ocasião da Santa
Ceia e da cerimônia do lava-pés. Lentamente, averdadeira foto emerge e posso
dizer: Senhor, começo a ter um vislumbre daquilo que desejas que eu me torne.
Isso me dá a esperança de que, um dia, completarás a obra e serei nova, por
dentro e por fora.
Você também pode ter sofrido os danos da tormenta. O corpo e a alma podem
apresentar cicatrizes de abuso físico ou sexual. Ou você pode ter sido marcada
por agressão psicológica. Pode ter sofrido enfermidades ou outros desafios
físicos.
Em primeiro lugar, permita que Jesus conserte as goteiras, a fim de que o
problema não se repita. Depois, entregue-se a Ele, de corpo e alma. Por baixo do
quadro melancólico e sombrio, você é uma pessoa nova, resplandecente.
Enquanto Cristo trabalha para curar os danos em sua alma, ah, veja só que
desdobramento glorioso daquilo que você realmente deve ser!

ANNETTE WALWYN MICHAEL


Que amor incrível!

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira


que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o
que nEle crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. João 3:16, ARA

Morávamos em Karmatar, uma estação missionária bem distante da civilização.


Todos nós, que trabalhávamos no escritório da igreja, morávamos juntos numa
colônia, como num sistema familiar. Como resultado, nos reuníamos
regularmente para os junta-panelas – especialmente aos sábados. Era quase
como o Céu na Terra. Muito raramente recebíamos visitas de fora; mas toda vez
que tínhamos hóspedes, também nos reuníamos. Os cultos de pôr do sol de
sábado eram muito especiais para todos.
Ao lado da nossa casa morava uma família canadense. Em pouco tempo, a
esposa e eu nos tornamos amigas muito íntimas. Ambas tínhamos filhos mais
velhos estudando em internatos. Os dois meninos pequenos dela e nosso filho
mais novo brincavam juntos quase todos os dias. Então, certa tarde, quando
voltei ao escritório após o almoço (eu não costumava trancar a porta do
escritório durante a hora do almoço), fui tomada de surpresa. Flores de hibisco,
de cor vibrante, estavam por toda parte – sobre minha escrivaninha, cadeira,
máquina de escrever e no parapeito da janela. Eu não tinha a menor ideia de
quem podia ter feito aquilo. Fui ao escritório de minha amiga e ali, também,
havia três ou quatro flores de hibisco.
– Então você também recebeu flores – disse eu. – Sabe quem as trouxe?
– Quem seria, se não Kevin? – disse ela. Kevin é o filho dela.
– Se fosse Kevin – comentei –, por que ele teria dado a você apenas três ou
quatro hibiscos, ao passo que cobriu minha sala com eles? Com certeza, teria
dado a você mais flores, porque você é a mãe dele.
– Sim, tenho certeza de que foi Kevin – foi sua resposta. Então minha amiga
foi a meu escritório e se surpreendeu quando viu flores por toda parte.
– Kevin deve gostar muito de você – disse ela. Minha amiga não estava
magoada porque ele me dera mais flores, já que ela também gostava de mim.
Contudo, fiquei profundamente emocionada pelo fato de um menino de sete anos
demonstrar tanto amor para comigo. Essa expressão foi impressionante.
Quando vi Kevin, dei-lhe um abraço bem apertado e agradeci as flores. Isso me
fez lembrar de Deus e Seu grande amor, não só pela raça humana, mas por cada
uma de nós, individualmente. Ele esvaziou o Céu quando enviou Jesus como
nosso resgate, e Jesus depôs a vida prontamente para que tivéssemos vida eterna
com Ele. E quando Deus me revela Seu amor de maneiras pessoais incontáveis,
não posso deixar de exclamar: “Sublime amor, o amor de Deus! Oh! Maravilha
sem par!”

BIROL CHARLOTTE CHRISTO


Esperando o arco-íris

Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria


vem pela manhã. Salmo 30:5, ARA

Ao nos debruçarmos sobre os mapas, nossa euforia aumentava. Essa seria


nossa maior aventura até então! Meu esposo e eu havíamos decidido fazer uma
longa viagem de bicicleta. Pedalaríamos 2.200 quilômetros, percorrendo um
terço dos Estados Unidos. Normalmente, o verão era a época das aulas de
educação contínua, mas desta vez optamos por uma educação diferente.
Andávamos o dia todo de bicicleta e acampávamos na maioria das noites,
embora ocasionalmente pernoitássemos em algum albergue ou hotel barato que
nos permitisse levar para o quarto as bicicletas e o equipamento. Vimos nosso
país de perto e de modo pessoal, e adquirimos um renovado apreço pelo povo
que o chama de pátria.
Para mim, o Quatro de Julho, data da Independência dos EUA, é um feriado
muito especial. Nossa família aprecia comemorações e piqueniques patrióticos,
como também o importante show noturno de fogos de artifício. Fanaticamente
patriótica, transbordo de emoção quando se trata de fogos de artifício! Aguardo-
os durante o ano inteiro. Assim, na manhã de Quatro de Julho, planejamos
começar cedo e pedalar bastante. Queríamos chegar a uma cidade grande, onde
apreciaríamos um magnífico show de fogos de artifício naquela noite. Mas,
infelizmente, quando rompeu o dia, fomos saudados por nada além de chuva.
Pedalamos sob chuva o dia inteiro. Tudo, e quero dizer tudo mesmo, estava
completamente encharcado. Eu tinha certeza de que a chuva pararia em tempo
para os fogos, mas estava errada! O desapontamento se expressou em lágrimas,
quando o evento que eu aguardara por meses se afogou num aguaceiro. Por
sorte, na manhã seguinte, a tormenta mudou de endereço e um belo arco-íris
amenizou a decepção do feriado ensopado.
Apreciei muitas outras comemorações com fogos de artifício desde aquela
noite molhada, mas tive outros desapontamentos que duraram mais tempo e
doeram mais profundamente do que perder os fogos. Tenho certeza de que você
também enfrentou muitas frustrações. Hoje, se nuvens de chuva amortecem a
alegria que você devia sentir, se seus planos ameaçam desmoronar, lembre-se
disto: tanto a luz solar quanto a chuva são necessários para formar um arco-íris!
As durezas que enfrentamos podem ser exatamente as coisas que Jesus usa para
fazer algo belo com aquilo que, a princípio, parece desanimador. Ele Se
especializou nisso, como você sabe. Então, hoje, onde quer que você viva,
comemore! Saia para receber a luz do sol! Depois, observe como Ele transforma
seus desapontamentos num esplêndido arco-íris!

DEEANN BRAGAW
A carteira testemunhou

Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre


nós o Teu rosto, para que sejamos salvos. Salmo
80:3

Tive o privilégio de assistir à 59ª assembleia mundial da Associação Geral em


Atlanta, Geórgia, no verão de 2010. Foi uma bela experiência. A presença de
Deus estava, definitivamente, conosco. Podíamos senti-Lo.
Três irmãs da igreja e eu reservamos um quarto num lindo hotel, a 10 minutos
apenas de caminhada do Georgia Dome, onde as reuniões foram realizadas. Às
vezes, porém, quando estávamos atrasadas para a reunião, tomávamos um táxi
até o centro de convenções.
No terceiro dia da assembleia, recebi um telefonema de minha irmã, na
Jamaica. Meu irmão havia sofrido um grave AVC e estava sendo transferido para
uma casa de repouso. Fui à casa de uma prima para desabafar minha tristeza e
pedir que me ajudasse a providenciar a viagem para a Jamaica. Quando fui tirar
meu cartão de crédito para pagar a passagem, fiz uma descoberta surpreendente.
Minha carteira sumira!
Fiquei terrivelmente perturbada. Eu havia pedido que Deus me guiasse, e sabia
que Ele estava no controle. Mas meu cartão de crédito, o de débito, carteira de
habilitação e outros documentos importantes se haviam perdido, fazia dois dias,
e eu precisava encontrá-los. Com oração, refiz meu trajeto à procura da carteira.
Fui ao guichê de Achados e Perdidos na área de exposições, onde eu havia
passado bastante tempo. A carteira não estava lá. Voltei ao hotel. Perguntei em
todas as mercearias e restaurantes ao longo do percurso, mas ninguém vira
minha carteira.
Mais tarde, perguntei de novo no hotel. A recepcionista me olhou, surpresa,
quando me viu. “Você é a pessoa que o motorista do táxi está procurando!”,
disse ela. Explicou então que, por não estar o meu nome no registro de hóspedes,
eles não conseguiam me achar. Então ela pegou o cartãozinho do motorista do
táxi, discou o número e me entregou o telefone.
Em pouco tempo, o taxista estava no saguão do hotel. Trazia minha carteira.
“Você deve tê-la deixado cair dentro do carro”, disse ele, entregando-me a
carteira. Não pude deixar de louvar o Senhor. Testemunhei ao motorista, falando
da gloriosa bondade de Deus. Não lhe dei uma gorgeta no momento, mas insisti
com minhas amigas para que usássemos o serviço dele quando fôssemos para o
aeroporto. Nessa ocasião, nós lhe demos uma boa gorgeta, acrescentando um
livro sobre saúde para mostrar nossa gratidão. Como diz o velho hino: “Meu
Jesus me guia sempre: Que mais posso desejar?”

HAZEL ROOLE
Hortelã e oração

Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em


tudo, dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco. 1
Tessalonicenses 5:16-18, ARA

O jardim da casa em que moramos depois de aposentados tem a intenção de


facilitar as coisas – pouca rega e menos grama para cortar. O quintal é de
cascalho, mas, ao pé do muro de blocos que o circunda, deixamos 45 cm de
terra, onde plantamos hera e trepadeiras ornamentais.
Antes de sair para uma viagem de cinco semanas, combinei com alguém para
que cortasse o pequeno gramado da frente. As plantas dos fundos teriam que
cuidar de si mesmas. Verificamos a irrigação automática e saímos. Por ocasião
do nosso retorno, tudo estava bem – exceto a hortelã, crescida demais.
Eu sabia que podia haver problema com a hortelã se espalhando sem ser
convidada, ao longo do muro, mas não estava preparada para plantas de 1,20 m
de altura. Gosto de chá de hortelã numa tarde fresca e muitas vezes faço jarras de
chá de hortelã para tomar com gelo, no verão. Mas eu não tinha a intenção de
preparar chá de hortelã para a vizinhança toda!
Enquanto arrancava a hortelã e podava a hera, lembrei-me de que em algum
lugar, no canto detrás, eu havia plantado uma lantana, porque eu queria algo
colorido, e erva-cidreira, meu chá de ervas predileto. Onde estavam elas?
Cuidadosamente, arranquei a hortelã até encontrar as duas plantas – totalmente
subjugadas pela hortelã. Sem luz solar, as duas plantas estavam moles e
rastejantes.
O episódio da hortelã me fez pensar. As coisas que me deixam ocupada demais
para fazer a devoção pessoal não precisam ser más, assim como a hortelã não é
má. Às vezes, eu me ocupo tanto com coisas boas – como visitar vizinhos e levar
pessoas enfermas ao médico – que não tenho ou não tiro tempo para o estudo e a
oração particular.
Então a hortelã é boa, mas não crescendo como doida! De modo semelhante,
não posso permitir que minhas boas ações tomem tanto tempo e energia que eu
não tenha espaço para a hora tranquila, tão necessária para capacitar-me a
crescer e desabrochar. Quero me lembrar da hortelã e impedir que o atravancado
da vida interfira em meu relacionamento com Deus. Se Ele precisava de noites
inteiras de oração, certamente necessito de um horário regular para a
comunicação com meu Deus. Que meu coração se erga continuamente em
jubilosa oração de reconhecimento por todos os Seus benefícios.

NANCY VYHMEISTER
Anjo do Céu

Satisfizeste-lhe o desejo do coração e não lhe


negaste as súplicas dos seus lábios. Salmo 21:2,
ARA

Durante os últimos dez anos, temos levado nosso pastor-alemão, Buddy, na


viagem anual de férias da família, para acampamentos. Então, certa manhã, fui à
casinha de Buddy para levá-lo para passear, mas ele não conseguia ficar em pé.
Telefonei para o veterinário e ele me disse com pesar que deveríamos tomar uma
decisão ao voltar para casa. Fiquei triste durante o restante das férias.
Em casa, descarregamos o veículo enquanto Buddy nos observava. Toda vez
que nos movimentávamos, ele fazia todo o possível para levantar-se. No fundo,
eu sabia o que nos esperava. No dia seguinte, enchi meus bolsos com petiscos e
lenços de papel e levamos Buddy ao consultório do veterinário. O veterinário
nos disse que Buddy não caminharia mais, e, com relutância, tomamos a decisão
de colocá-lo para dormir. Com lágrimas, eu me despedi dele, dei-lhe as
guloseimas e deixei que meu esposo ficasse com ele. Nós sepultamos o querido
Buddy no quintal, onde ele gostava de brincar.
Seus olhos brilhantes não estavam mais lá e eu sentia terrivelmente sua falta, de
modo que meu esposo e eu concordamos em que, na primavera, procuraríamos
um novo animal de estimação. Orei para que o Senhor me mandasse um
cachorro jovem, mas adulto, que fosse treinado com coleira e gostasse de ficar
ao ar livre, no quintal. Na manhã em que anunciei que começaria a procurar um
cachorro, meu esposo foi comigo. No abrigo, dissemos que estávamos
procurando um mix de pastor-alemão. No dia seguinte, recebemos o telefonema
de uma senhora que administra um centro de colocação desses cães. Contei-lhe
sobre minha oração. Ela fez uma pausa e disse: “Engraçado. Ontem recebi o
telefonema de um casal que precisa dar seu jovem pastor-alemão para adoção. É
uma fêmea. Querem vê-la amanhã?” Fiquei muito feliz! No dia seguinte, uma
van com o logotipo “Um Pastor de Cada Vez” chegou. A porta foi aberta e um
belo pastor-alemão saltou para fora. Em seguida, meu esposo e eu estávamos
afagando Angel [Anjo] e brincando com ela. Os olhos da mulher se encheram de
lágrimas e ela disse: “Creio que este foi um divino encontro marcado.”
O Senhor respondeu às minhas orações. Angel era tudo aquilo que eu havia
pedido. Nós a amamos imediatamente, assinamos os papéis de adoção e ela se
tornou membro da família.
Se o Senhor Se importa com os pequenos pardais, também está disposto a
promover o encontro de uma dona solitária e um cão, que precisam um do outro.
Ele Se importa com tudo o que nos toca o coração.

ROSE NEFF SIKORA


A abelha

Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um


pouco de tempo, devam ser entristecidos por
todo tipo de provação. Assim acontece para que
fique comprovado que a fé que vocês têm, muito
mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo
que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em
louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for
revelado.1 Pedro 1:6, 7

Minha mãe sofria com dores de cabeça constantes. Depois, essas constantes
dores de cabeça se transformaram naquilo que ela descrevia como se alguém a
estivesse golpeando com uma faca na parte superior da cabeça, e uma ardência
extrema no rosto. Essa dor horrível começava a qualquer hora do dia ou da noite.
Eu, que cuidava dela, podia ouvi-la pela casa, andando com passos pesados e
chorando. Em três anos, consultamos treze médicos, ela foi internada em cinco
diferentes hospitais, passou por duas cirurgias do cérebro, mas a dor continuava.
Nessa época, passei por muito estresse e frustração, porque nenhum médico
descobria a causa dessa dor terrível de minha mãe. Eu também me encontrava
num estado de perplexidade e raiva, porque meu Senhor parecia não ouvir ou
atender às nossas orações. A impressão era de que Ele nos abandonara, no
momento em que mais precisávamos dEle. Mas Deus estava ali. Enviava
mensagens de vez em quando, por meio de um cântico, sermão ou leitura
devocional. Num determinado sábado, Ele usou uma abelha. Sim, uma abelha.
Ao ligar o motor do carro, de repente vi uma abelha caminhando sobre o para-
brisa. A 50 km por hora, observei minha passageira atentamente, esperando para
ver quando ela seria soprada para longe. Quando a velocidade alcançou 80 km
por hora, a abelha não ficou mais de frente para o vento. Ela virou o corpo contra
o vento, para que este a atingisse nas costas. Calculei que ela seria soprada
quando eu alcançasse 110 ou 120 km por hora, mas, para minha surpresa, a
abelha se virou e se apegou ainda mais firmemente ao para-brisa. Quando
estacionei o carro na igreja, minha passageira saiu voando. Fiquei ali sentada,
atônita.
Deus me ensinara uma lição. A abelha representa a você e a mim. O vento
representa as lutas e provas que nos cruzam o caminho. A reação da abelha à
prova pela qual passava era virar o corpo. Essa deve ser nossa reação às
provações e a quem as manda para nós.
Embora as tribulações com minha mãe continuem, reflito sobre minha
passageira especial. Se você passa por um momento difícil, seja como a abelha!
Se você está passando por uma prova na vida, oro para que essa experiência lhe
sirva de encorajamento e forças.

CHYNSIA MORSE
Convite por meio de acenos

Sejam mutuamente hospitaleiros, sem


reclamação. 1 Pedro 4:9

O vento começava a ficar mais forte. Olhando pela janela, vi uma planta
pendurada ao ar livre sendo agitada de um lado para o outro, e corri a fim de
trazê-la para dentro. Os gigantescos salgueiros que margeiam nossa entrada da
garagem balançavam violentamente, rangendo enquanto lutavam para
permanecer eretos. Então, acima do ruído do vento, ouvi o som de um motor,
enquanto um homem descia pela estrada sobre uma bela moto Harley-Davidson,
à procura de abrigo da tormenta que se aproximava. Eu sabia que havia um
espaço desocupado em nossa garagem, e sem pensar duas vezes acenei para que
ele entrasse. Abrindo a porta da garagem, observei enquanto o homem,
agradecido, ali estacionava.
Convidei-o para entrar em casa, e meu esposo chegou para conversar enquanto
nos sentávamos. Pelas janelas, observamos a plena força da tempestade. A chuva
e o granizo batiam no chão. É desnecessário dizer que nosso hóspede inesperado
estava feliz por ver sua moto protegida dos elementos.
Eu estivera usando o forno naquela tarde, e a casa se encheu com o aroma de
pãezinhos doces recém-assados. O aroma era convidativo. Preparei e servi vários
pãezinhos amanteigados. Enquanto conversávamos, soubemos que o visitante
morava numa cidade próxima e estava a caminho de casa, voltando do trabalho.
Oferecemos-lhe o telefone a fim de que ele ligasse para sua casa e comunicasse à
família que estava bem, e depois continuamos a conversa até que a tormenta
amainou. Sentindo que havíamos feito uma nova amizade, foi com alegria que
nos despedimos, e ele seguiu seu caminho.
Essa experiência me fez lembrar das muitas vezes em que abrimos a casa para
amigos, familiares, vizinhos e, sim, estranhos. Nossa vida tem sido enriquecida
por tais experiências. Quer tenha sido um viajante cansado, carente de auxílio,
ou uma feliz reunião familiar, a hospitalidade que temos podido oferecer é uma
bênção para nós. Frequentemente dizemos aos amigos e conhecidos que “o
hotelzinho está sempre aberto”. O esforço extra que nos é exigido para oferecer
uma cama e um desjejum aos hóspedes já nos deu muitas lembranças preciosas e
muitos amigos novos.
Convidar o Senhor para a nossa casa nos traz mais bênçãos do que somos
capazes de contar. Não precisamos nem sequer acenar para chamá-Lo – é só
abrir o coração e convidá-Lo a tomar posse da residência. Ele não é um visitante
ocasional, mas está sempre presente. Seu amor nos protege das tormentas e nos
transmite segurança.

EVELYN GLASS
Em meio a tudo isso

Provem e vejam que o Senhor é bom. Como é


feliz o homem que nEle se refugia! Salmo 34:8

Havia emoção no ar. Eu estava no sétimo mês de gravidez do nosso primeiro


filho quando meu esposo recebeu a oportunidade de estudar numa universidade
em outro país africano. Quando chegamos ao novo país, ficou evidente, de
muitas maneiras, que Deus havia ido adiante de nós.
Numa consulta ao ginecologista, ele nos disse que o bebê estava na posição
errada. Fiquei aterrorizada por ter que dar à luz por intermédio de uma cesariana.
Nessa mesma época, recebemos um telefonema informando que ladrões haviam
entrado em nossa casa em Zimbábue. Essa não era uma notícia da qual
precisávamos numa ocasião como aquela. Só encontramos tranquilidade quando
apresentamos a situação ao Senhor, entregando-Lhe tudo, lançando nossas
ansiedades sobre Ele.
Chegou o dia do parto. Recordar as experiências de outras parecia multiplicar
meus temores. Uma breve oração: “Senhor, não me abandones agora!” pareceu
me estabilizar, enquanto eu apertava a mão de meu esposo. Miraculosamente,
após quatro a cinco horas de trabalho de parto, nossa menininha, Joelah,
saudável e sem complicações, estava deitada sobre meu peito, enquanto eu me
maravilhava diante do milagre da vida.
Com alegria, nós nos adaptávamos à presença de uma terceira pessoa na família
quando enfrentamos o maior desafio de nossa vida. Dez dias após o nascimento
de Joelah, comecei a ter horríveis dores de cabeça. Um médico me examinou e
achou que fossem causadas por estresse. Prescreveu descanso e analgésicos. Mas
as dores persistiram e, antes que eu me desse conta, o lado esquerdo do corpo
ficou completamente paralisado. Sofri uma hemorragia cerebral e fiquei no
hospital durante semanas. Os médicos não sabiam determinar a causa.
Considerando a extensão da hemorragia, eles se perguntavam como eu ainda
estava viva. Meu esposo foi informado de que as possibilidades de eu usar
plenamente o braço e a perna eram muito pequenas. Em meio a essa tormenta,
apegamo-nos à promessa de Deus de nunca nos abandonar.
Com frequência, eu desabava emocionalmente e clamava a Deus. De modo
impressionante, Deus me conduziu por um processo de cura, passo a passo.
Cinco meses após essa provação, o braço e a perna que haviam sido condenados
funcionavam plenamente.
Cada uma de nós tem um caminho a percorrer. Quando a correnteza ameaçar
arrastá-la, permaneça em Jesus Cristo, a Rocha da sua salvação. Em meio a tudo
isso, aprendi a confiar nEle.

NANZELELO MOTSI
Encontro

Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia:


“Agora o tabernáculo de Deus está com os
homens, com os quais Ele viverá. Eles serão os
Seus povos; o próprio Deus estará com eles e
será o seu Deus.” Apocalipse 21:3

Em julho de 2010, a igreja realizou uma assembleia mundial em Atlanta,


Geórgia. Esse encontro é realizado a cada cinco anos, em diferentes locais, e os
membros da igreja de todo o mundo (incluindo delegados que representam
diferentes áreas) se fazem presentes. Durante meses, meu esposo e eu
aguardamos com expectativa o momento de ir, e na verdade foi tudo o que
esperávamos. Eu fazia a contagem regressiva dos dias no calendário. Fizemos
planos, preparativos, economizamos dinheiro e oramos a respeito quase todos os
dias. Foi emocionante e nos trouxe muita alegria. Havíamos feito contato com
alguns velhos amigos, combinando ficar juntos numa casa alugada. (Tivemos
uma pequena reunião na mesma época também.)
Fomos abençoados espiritualmente, nossa fé se fortaleceu ao ouvir os
diferentes oradores, e a música foi realmente inspiradora! Encontramos amigos
de longa data, mais do que esperávamos – até uma amiga dos tempos do ensino
médio. Foi emocionante encontrar pessoas de tantos países diferentes; foi
interessante ver muitas usando trajes típicos coloridos. O último sábado foi o
clímax – milhares de cristãos de “toda nação e língua”, reunidos para adorar
nosso Criador, Senhor e Salvador. Cantamos juntos e oramos em nome do nosso
Deus. Fiquei arrepiada ao olhar ao redor e ver milhares de adoradores no enorme
centro de convenções Georgia Dome.
Tive que pensar no encontro celestial que ocorrerá em breve. Será jubiloso e
extraordinário. E não precisaremos dizer adeus aos amigos, como fizemos em
Atlanta. Os maravilhosos eventos que ocorrerão no Céu incluem encontrar a
maioria de nossos queridos, familiares e amigos. Não haverá mais desespero,
choro, separação, doenças. Poderei comer de todos os frutos que quiser, sem me
preocupar com reações alérgicas.
Você gostaria de visitar outros planetas e galáxias? Puxa, tudo de graça! Se
você planeja estar lá no grande encontro no Reino do Céu, comece a preparar-se
agora. Só podemos fazer isso enquanto estamos aqui na Terra. Lembre-se, o seu
caráter é a única posse que você levará. Mas também é só disso que você
precisa. Jesus providenciará tudo o mais.

LOIDA GULAJA LEHMANN


Tuxie

Com amor eterno Eu te amei; por isso, com


benignidade te atraí. Jeremias 31:3, ARA

Ele vestia terno preto, colarinho branco e luvas. Foi membro da família por
cerca de metade do tempo em que nossos filhos o foram. Com tristeza, nós o
levamos ao descanso neste verão.
Quando criança, eu amava meus bichos de estimação, especialmente aqueles
que se enroscavam comigo. Como adulta, alimento, protejo, limpo e pago suas
contas médicas. Seu amor consistia em me seguir por toda parte. Os abraços
eram breves. O amor era do seu jeito, pois ele se torcia e remexia até que eu o
soltasse. Muitas vezes, eu me perguntei por que nos conformávamos com sua
atitude egocêntrica.
O relacionamento de Tuxie comigo refletia meu relacionamento com Deus. Ele
nos criou, nos ama e supre nossas necessidades de ar, água, alimento, boa saúde,
vestuário, abrigo e transporte. Supre até muitos de nossos desejos: carros,
computadores, roupas bonitas, torta com sorvete e férias. Ele vibra ao nos
conceder boas dádivas. Deseja abraçar-nos e comunicar-Se conosco, o que nos
leva a uma adoração sincera, amor e alegre obediência. Mas com quanta
frequência agimos como Tuxie, seguindo-O a distância e não Lhe entregando o
coração por inteiro? Agimos de maneira esquiva até que a porta se feche, e então
ficamos irrequietos para entrar, contorcendo-nos até conseguir o que queremos?
Dizemos que amamos a Deus, mas, como Tuxie, é do nosso jeito, e esperamos
que isso não afete nosso relacionamento com Ele. Decidimos como comemorar o
sábado, estabelecemos nossas normas de vestuário e ética no trabalho.
Esquecemo-nos de perguntar o que Ele gostaria que fizéssemos ou de que modo.
Vamos a Ele com uma lista de necessidades e desejos, e vamos direto ao ponto
de pedir que Ele cure nossos amigos, consiga para nós um bom negócio ou nos
guarde enquanto corremos para conquistar o mundo.
Deus nos fez perfeitos, bonitos e inteligentes. Jesus deixou o Céu por 33 anos
para amar-nos e mostrar-nos como corresponder a esse amor. Somos as criaturas;
dependemos do cuidado de Deus quanto à sobrevivência. Todavia, assim como
Tuxie, é difícil que alguém nos ame. A despeito disso, Ele promete atrair-nos
com benignidade e amor eterno!
Nós amávamos o gato que Deus colocou em nossa vida, e eu agradeço o fato de
Ele ter usado esse relacionamento para me mostrar Seu amor incondicional. Hoje
quero ser mais amável.

ELIZABETH VERSTEEGH ODIYAR


Preservação dupla

O Senhor o protegerá de todo mal, guardará a


sua vida. O Senhor protegerá a sua saída e a
sua chegada, desde agora e para sempre. Salmo
121:7, 8

Um grande grupo de estudantes eufóricos saiu para uma caminhada a partir de


Maracas Valley, indo pelas montanhas até a praia além. Apesar de ter profundas
apreensões, eu me permiti ser convencida a ir também. “Não se preocupe”,
disseram meus amigos. “Temos guias que conhecem o caminho. Não iremos
rápido demais e vamos esperar, se você ficar cansada.”
Tudo correu bem na maior parte da jornada, mas, por fim, com peso a mais e
não condicionada como o restante do grupo, comecei a ficar para trás.
Entusiasmados para passar o dia fora do campus e ansiosos por chegar à praia
antes que ficasse muito tarde, as promessas foram esquecidas e o grupo se
distanciou.
Por fim, só uma pessoa ficou caminhando comigo. Depois de algum tempo,
nem mesmo se ouvia o grupo à nossa frente. Chegamos a uma encruzilhada no
caminho e enveredamos por aquele que parecia a opção mais percorrida, só para
chegar a uma descida a prumo, coberta com folhagem e plantas rasteiras. Não
havia sinal do grupo. Gritar não trouxe resposta, e percebemos que havíamos
tomado o caminho errado. Retrocedemos, mas ficamos desorientadas.
Desalentada, exausta, e cheia de visões de como seria estarmos perdidas nas
montanhas, rompi em lágrimas. Minha amiga me consolou e, quando chegamos
a uma clareira, ela me convenceu a sentar e descansar, enquanto procurava sinais
do grupo ali em volta. Pareceu-me que a clareira tinha um cheiro estranho, mas
estava cansada demais para me inquietar com isso, então me sentei para
descansar. Enquanto aguardava, recitei salmos e versos bíblicos que me
confortavam.
Após o que me pareceu horas, minha amiga voltou com a equipe de busca, que
retornara para nos procurar quando o grupo chegou à praia e viu que não
estávamos junto. Era tarde demais para ir por outro caminho, e assim fomos pela
traiçoeira descida. Eu me agarrei às plantas, fui carregada na garupa e desci
escorregando sentada!
Fomos levados ao campus num micro-ônibus e chegamos após o anoitecer,
tendo encontrado alunos aos soluços e vigílias de oração em nosso favor.
Somente após nosso retorno, um guia me disse que a clareira onde havíamos
esperado era provavelmente o covil de uma onça-parda ou de outros animais
selvagens que habitavam aquela área. Dei graças a Deus por ter preservado
minha vida e resolvi ser mais cuidadosa para ouvir as sugestões do Espírito
Santo. Como é maravilhoso o Deus a quem servimos!

ARDIS SICHANGWA
Você toca piano?

Irmãos, devemos sempre dar graças a Deus por


vocês; e isso é justo, porque a fé que vocês têm
cresce cada vez mais, e muito aumenta o amor
de todos vocês uns pelos outros. 2
Tessalonicenses 1:3

O trajeto de 20 minutos até a pequena igreja em Genoa era um pouco


surpreendente. Com exceção dos três anos em Memphis, enquanto meu esposo
estava na escola, eu havia morado em Nebraska a vida toda. Mas as belas colinas
ondulantes não eram como em outras áreas de Nebraska nas quais eu havia
morado.
A cidade de Genoa era muito pequena, e encontramos com facilidade a
igrejinha branca na esquina. De suas janelas abertas, soava a música de Del
Delker, enquanto nos encaminhávamos à porta com nossos dois filhos, de um
ano de idade e o outro com apenas um mês. O ancião nos recebeu à porta com
um sorriso, um aperto de mão e a pergunta: “Você toca piano?”
Gaguejei um pouco, enquanto tentava avaliar se um ano de aulas de piano na
oitava série contava como “tocar piano” em um culto da igreja. Assim,
finalmente, eu disse: “Só um pouquinho.” Ele sorriu e disse: “É o suficiente.” A
música de Del Delker foi desligada e eles se apressaram a levar meu menino de
um ano escada abaixo, para uma classe da Escola Sabatina, e nos deram as boas-
vindas à igreja de Genoa.
O número de membros era pequeno – apenas dois casais mais velhos e uma ou
duas famílias. Estávamos acostumados com as igrejas de Memphis e as de
colégios onde havíamos morado, e por isso achávamos que iríamos preferir uma
igreja maior. Mas a igreja de Genoa logo se tornou a nossa também.
Após alguns anos, a sede estadual da igreja enviou alguém para realizar
reuniões evangelísticas em Columbus, onde, na realidade, morávamos. Então se
tomou a decisão de mudar a igreja de Genoa para Columbus. Nossa igreja em
Columbus ainda é pequena, mas cresceu para 70 membros com uma escola de
ensino fundamental, mantida pela igreja. E, sim, ainda toco piano de vez em
quando. Um membro, porém, doou um órgão, de modo que agora é isso que
procuro tocar.
Ao cumprimentarmos as pessoas que visitam nossas igrejas, façamos com que
se sintam bem recebidas, dando-lhes um sorriso e um firme aperto de mão.
Acompanhemos as crianças às suas classes e perguntemos se cantam ou tocam
piano. Como diz o Salmo 150:3, podemos louvá-Lo “ao som de trombeta [...]
com a lira e a harpa”, ou piano ou órgão, sendo ou não exímios ao tocar o
instrumento. Nunca teremos música demais!

JUDY GRAY SEEGER CHERRY


Incapacitados?

Assim como cada um de nós tem um corpo com


muitos membros e esses membros não exercem
todos a mesma função, assim também em Cristo
nós, que somos muitos, formamos um corpo, e
cada membro está ligado a todos os outros.
Romanos 12:4, 5

Ao sairmos do mercado em Nairóbi, Quênia, minha amiga e eu fomos cercadas


de todos os lados por pedintes de todas as idades e necessidades. Ao abrirmos
caminho em meio àquele labirinto, demos graças porque nossos amigos
missionários haviam arranjado uma pessoa do local para nos acompanhar.
De repente, vi uma cena incomum: um homem alto, robusto, carregando nas
costas um menor, aparentemente aleijado. As pernas do homem menor se
prendiam ao redor da cintura do homem alto. Eles andavam em meio ao tráfego
com tanta agilidade que não tive tempo de avaliar sua situação. Eu os perdi de
vista, mas várias vezes naquele dia tive a curiosidade despertada a respeito deles.
Chegando com segurança à escola de Nairóbi, demos um suspiro de alívio por
termos sobrevivido à viagem no meio daquele trânsito. Naquela noite, junto à
lareira, enquanto relatávamos as experiências do dia, meus amigos Lydia e
Newton perguntaram:
– Por falar nisso, você viu um homem alto e robusto carregando um homem
aleijado nas costas?
– Para dizer a verdade, vi, sim!
Meus amigos me informaram: – O “caroneiro” enxerga; ele orienta o homem
alto, cego, em meio ao trânsito, conduzindo-o a determinados lugares para
receber esmolas.
Durante algum tempo, não consegui responder, refletindo sobre a criatividade
daquelas duas pessoas com deficiências, que haviam descoberto um modo de
unir seus recursos, talentos e bênçãos para benefício mútuo. O cego não teria
durado cinco minutos no trânsito que provém do aeroporto de Nairóbi. O
aleijado tampouco seria capaz de mover-se mais do que alguns metros por conta
própria, devendo morrer de fome por causa da competição.
A Bíblia diz: “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a
recompensa do trabalho de duas pessoas” (Eclesiastes 4:9). No corpo de Cristo,
somos todos membros, embora não tenhamos recebido os mesmos dons e
talentos. Usemos os talentos que Deus nos deu para a edificação do corpo como
um todo.

VASTHI HINDS-VANIER
Gavinhas

Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando


assim, é mister socorrer os necessitados e
recordar as palavras do próprio Senhor Jesus:
Mais bem-aventurado é dar que receber. Atos
20:35, ARA

Um jardinzinho especial está entrelaçado em torno do meu coração. À


semelhança das tenazes gavinhas de suas ipomeias de azul intenso, mamãe
Barros estendeu a mão e me tirou de um período precário de meu
desenvolvimento físico e espiritual. Seu jardim se aninhava na terra vermelha do
Colorado. Em meados do verão, a roda quebrada de carroção, junto ao portão da
frente, ficava quase escondida por aquela extravagância de glória azul.
A vida de mamãe Barros não era descomplicada, mas, à semelhança das flores
que cultivava, ela parecia ganhar forças ao estender a mão. Nós, que moramos
em seu lar para estudantes, atingimos um nível mais elevado de sabedoria
espiritual, acadêmica e médica, por meio de sua influência.
Quando fiquei internada no sanatório com febre alta, foi mamãe Barros que
aplicou ou supervisionou meus tratamentos hidroterápicos duas vezes por dia,
durante uma semana, dando início à minha jornada de cura de uma debilidade
crônica dos pulmões que me afetava desde o nascimento. Ela estava lá para dar
apoio nutricional e espiritual, enquanto eu recuperava forças suficientes para
retomar minha carga normal de trabalho.
O turno da noite de mamãe Barros, como enfermeira do sanatório, às vezes
desafiava seu horário regular de refeições, mas nunca afetou seu espírito de
devoção a seus “filhos”. E as gavinhas de mamãe Barros não se limitavam à
América; chegaram a atravessar o oceano. Montanhas de roupas, lavadas e
consertadas por suas mãos, foram embarcadas para a África.
Em sua última carta para mim, mamãe Barros anexou uma foto recente
(sorrindo, como sempre) e um folheto intitulado: “Fale de Coragem! Fale de Fé!
Fale de Esperança!” e me contou o quanto apreciava as histórias que eu lhe
mandava sobre as lições que eu aprendia em minha estufa de plantas. Embora ela
não estivesse mais na ativa como enfermeira, ainda preparava vegetais frescos
para enfermos. “Ainda faço salada para todo o mundo! Louvo meu Amigo
celeste pela boa saúde! Nada de dor!”
No além, não haverá mais fraturas para esconder, representadas pela roda
quebrada de carroção que mamãe Barros tem. Mas, quando penso no Céu, não
posso deixar de visualizar uma pequena ipomeia azul enlaçando uma coluna
branca, majestosa, de uma determinada mansão, estendendo-se sempre na
direção da Luz.

LINDA FRANKLIN
Apoiando-se em Deus

Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos,


e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios
3:6

Tornar-me enfermeira anestesista tem sido meu sonho, paixão e motivo de


oração durante anos. Quando saí da Universidade do Norte do Caribe, em 1998,
externei o pedido diante de Deus e trabalhei diligentemente rumo a essa meta.
Em 2010, tive a oportunidade de ser entrevistada para participar do programa
numa escola de prestígio. Cada candidato devia passar por dois painéis
diferentes de entrevistadores. Depois de concluída a primeira entrevista, fui
encaminhada para a segunda sala. A última entrevistadora que falou comigo foi a
diretora do programa. Ela disse: “Cleópatra, vejo que você fez uma matéria neste
verão, e tirou nota B nela. Se você faz uma só matéria e ainda tira apenas um B,
como vai estudar quatro matérias e tirar nota A? Não sabe que as notas A são
importantes? Na verdade, não acho que você se encaixa num programa tão
intenso.” Quase morri do coração quando ouvi isso. Tentei explicar-me; porém,
acima de tudo, confiei em Deus.
Para a matéria à qual ela se referira, todos os exames eram online, e o instrutor
nos dissera que devíamos fazer o exame sozinhos. Alguns de meus colegas se
surpreenderam por eu estar realmente fazendo o exame sozinha, e me
incentivaram a escrever as respostas com eles. Fui tentada, mas decidi fazer a
coisa certa, mesmo que significasse reprovação. Pelo menos, eu a faria
honestamente.
Depois de sair da entrevista, continuei orando, e também pedi orações. Sempre
acreditei na frase “muita oração, muito poder”. Você pode imaginar como me
senti exultante quando recebi a ligação no dia seguinte, informando que eu havia
sido aceita no programa. Na verdade, quando você se apoiar em Deus, Ele
apoiará você.
Deus ouve nossos mais profundos desejos, expressões e clamores. Ele conhece
nosso coração e não reterá de Seus filhos nada que seja bom. Por que não
confiamos nEle hoje? Tenho passado por muitos fracassos e sofrimento enquanto
luto para alcançar meu alvo, mas “todas as coisas cooperam para o bem” quando
você O serve. Estou apenas começando minha jornada – que será cansativa –,
mas sei que Deus é poderoso e justo para me conceder os desejos do meu
coração. “Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o que o seu
coração deseja” (Salmo 37:4, NTLH).

CLEÓPATRA WALLACE
Vem primeiro a Mim

Entregue suas preocupações ao Senhor, e Ele o


susterá; jamais permitirá que o justo venha a
cair. Salmo 55:22

Caí ao chão, com uma dor literal no coração e na boca do estômago. A


impressão era de que alguém me havia dado um soco no peito, roubado meu
fôlego e me passado uma rasteira. Não consegui ficar em pé nem pensar – ou
impedir que as lágrimas caíssem. Doera demais quando ele me disse: “Eu me
apaixonei por outra. Não vou mais ver você.”
O rompimento havia surgido do nada, e parecia exatamente o que a palavra
trazia implícita: partiu meu coração. Achei que nunca mais conseguiria juntar os
pedaços e ir em frente. E como se a ferida não fosse suficientemente profunda,
eu via muitas vezes o meu “ex” com seu novo amor. A ferida se abria de novo
toda vez que eu via um deles, e achei que fosse morrer fisicamente de dor
emocional.
Todos os lugares por onde havíamos andado, cada espaço que havíamos
compartilhado, se tornara um memorial de nosso relacionamento que perecera.
Caminhar constantemente entre sepulcros me pôs sob uma nuvem; assim
mesmo, o tempo todo, senti que devia fingir que tudo estava bem. Achei que
nunca superaria o golpe arrasador de confiar em alguém só para descobrir que
ele era indigno de confiança. Entrei em depressão e me isolei.
Um dia, depois de ver meu “ex” e, subsequentemente, desmoronar sob uma
torrente de lágrimas, vi um livro. Folheando suas páginas, encontrei um poema
intitulado: “Vem Primeiro a Mim”. Ali, Deus me fazia lembrar de que Ele sabia
como era amar e ser rejeitado. Ele me avivou a memória dos milhões de vezes
em que eu O deixara de lado, em troca de outro alguém ou algo. Fora eu que O
rejeitara, e desprezara Seu amor em troca do amor de outro. Eu O ouvi declarar:
“Vem primeiro a Mim, e nunca te desiludirei. Ainda que alguém a quem amas se
afaste ou faça algo doloroso, tua vida não desabará, porque terás edificado a vida
sobre Mim, e não sobre ele. Vem primeiro a Mim”, suplicava Ele.
Essas palavras mudaram minha vida. Percebi que aquele com quem passo a
maior parte do tempo e a quem dedico minha energia é realmente quem mais
amo. Comecei a construir um relacionamento real com Jesus. Eu edificaria
minha vida sobre Ele, para que essa vida nunca mais desmoronasse. E aqui
estou, onze anos depois, casada, com filhos, e ocupada como sempre, mas indo a
Ele primeiro. Eu O amo mais do que a qualquer pessoa.

SHARI LOVEDAY
Ele os resgata

O anjo do Senhor fica em volta daqueles que O


temem e os protege do perigo. Salmo 34:7,
NTLH.

Numa viagem recente ao Havaí, uma amiga e eu aproveitamos a oportunidade


para nadar com os golfinhos. Estávamos eufóricas ao embarcar no bote que nos
levaria ao longo da costa de Oahu. O dia era bonito; vimos o salto de uma baleia
para fora da água a distância e, a certa altura, vimos algumas enormes tartarugas-
do-mar, nadando embaixo. Informaram-nos que os golfinhos se encontram em
cavernas perto da praia no início da manhã, porém mais tarde, durante o dia,
dirigem-se a águas mais profundas para se alimentar.
Participávamos de uma das últimas viagens e já estávamos no barco por algum
tempo quando a capitã apontou para um distante grupo de golfinhos que vinha
em nossa direção. Quando o barco estivesse alinhado com a rota deles, devíamos
entrar na água com máscara e tubo de respiração para mergulho. Fomos
instruídos a ficar ali, em silêncio, enquanto o barco manobrava para se afastar.
Não fazia muito tempo que estávamos ali quando fomos literalmente rodeados.
Os golfinhos subiam à superfície bem próximos de onde estávamos e
mergulhavam por baixo de nós. Fiquei simplesmente olhando, atônita, o
tamanho, a beleza e a graça. A despeito de sua velocidade e força, nenhum deles
tocou qualquer um de nós.
Saímos do barco duas vezes para essa maravilhosa experiência. Depois,
retornamos para a costa. Não havíamos ido longe quando alguns notaram um
pequeno grupo de golfinhos nadando em círculos, devagar, não muito atrás do
nosso grupo.
Quando perguntamos à capitã a respeito deles, ela respondeu que
provavelmente estivessem esperando que algum golfinho enfermo ou
machucado os alcançasse. Eles o acompanhariam com segurança para águas
mais profundas. Um pouco antes, ela contara acerca de um bebê golfinho que
haviam visto dias antes, o qual fora mordido por um tubarão e estava sendo
“guardado” pelos adultos numa caverna. Naquele momento, vimos a mamãe e
um bebê chegando, e observamos enquanto os outros golfinhos nadavam com
eles, formando um flanco de cada lado, para protegê-los. Via-se distintamente
que faltava uma parte na frente de sua nadadeira dorsal.
A cena me trouxe lágrimas aos olhos. Lembrei-me de que nosso amorável Pai
não só cuida daquelas belas criaturas e as cria com o instinto de cuidar uns dos
outros, mas Ele também cuida de nós. Deus enviará legiões de Seus anjos para se
acamparem ao redor dos que confiam nEle e, quando for necessário, os
resgatará.

BEVERLY D. HAZZARD
Remexida e purificada

Lava-me completamente da minha iniquidade e


purifica-me do meu pecado. Salmo 51:2, ARA

Eu visitava Beira, Moçambique, durante um treinamento de liderança. O hotel


ficava a cinco minutos de caminhada da praia. Fiz questão de sair cedo, cada
manhã, para caminhar. No trajeto de retorno, andava pela areia e juntava
conchinhas.
Enquanto juntava conchas, descobri que as ondas depositavam muitas outras
coisas na praia: pedaços de pau, plásticos, papéis, garrafas, comida, peixes
mortos, roupas e qualquer outra coisa que pudesse ter sido jogada ao mar.
Também observei que, após o meio-dia, a maré subia e as ondas ficavam cada
vez mais altas. Nesse processo, o oceano se agitava vigorosamente, trazendo
todo tipo de artigos e sujeira à praia.
Um dia, enquanto caminhava, o texto de hoje me veio à lembrança. Então fiz
para mim mesma a pergunta: Será possível que, durante as tormentas e provas
da vida, Deus está, na verdade, purificando-me de todas as impurezas? Devo eu
reclamar quando minha vida está sendo vigorosamente agitada?
Percebi, então, que é dever de Deus purificar Sua criação de todas as
impurezas. Ele limpa as águas por meio das ondas, cada dia. Ninguém entra no
oceano para purificar as águas. O processo é quase automático. Ele purifica a
terra por meio de urubus, porcos, gusanos e até da chuva. Purifica a atmosfera
por meio de árvores que liberam oxigênio, para que respiremos ar fresco. A terra,
a água e a atmosfera passam de boa vontade por esse processo, diariamente.
Também é dever de Deus guardar Seus filhos de impurezas espirituais. Ele está
sempre pronto a dar início ao processo em nossa vida, se apenas permitirmos que
o faça. A questão é quanta disposição temos de ser sacudidas e reviradas para o
processo de purificação. Muitas vezes, somos rápidas para nos queixar, quando
enfrentamos uma tormenta na vida. Parece que o processo de limpeza se torna
tão doloroso que deixamos de perceber que ele ocorre para o nosso bem.
Quero ter a disposição de dar graças ao Senhor pela sacudidura que ocorre em
minha vida, pois ela é designada a me purificar e me deixar branca como a neve.
Hoje entrego o coração e digo: “Investiga minha vida, ó Deus, descobre tudo a
meu respeito. Interroga-me, testa-me; assim, terás uma ideia clara de quem sou.
Vê por Ti mesmo se fiz alguma coisa errada e, então, guia-me na estrada que
conduz à vida eterna” (Salmo 139:23, 24, A Mensagem).

CAROLINE CHOLA
O troféu

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de


Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes
serão acrescentadas. Mateus 6:33

Meu filho de 7 anos de idade entrou vibrando no carro. Após a aula, ele trazia
nas mãos um “troféu”. Troféu? Para mim, nada mais era do que o convite para
uma festa de aniversário.
Mas ele deu uma explicação melhor. Uma de suas coleguinhas teria uma festa
de aniversário. Seria um evento especial, numa importante casa de festas
infantis. E a aniversariante estava escolhendo quem comemoraria com ela.
Meu filho, então, com sua sutileza de criança, pensou numa forma de estar
entre os sortudos escolhidos. Assim, ele disse à colega aniversariante que, se
fosse convidado, ele lhe daria uma boneca exclusiva da loja do pai dele. A
boneca andava, movia a cabeça e até soprava bolhas de sabão. Era quase um ser
vivo. O convite nas mãos deixou muito claro que ele havia obtido bom êxito em
seu plano.
Eu não conseguia parar de sorrir. Mas também não deixei de lhe mostrar as
implicações desse ato. Falei com ele a respeito de sinceridade, de amizades
verdadeiras e desinteressadas. Depois, perguntei-lhe duas coisas: “Filho, você
terá condições de cumprir a promessa que fez? E se ela convidou você apenas
por interesse no presente, essa amizade vale a pena?”
Ele não havia pensado nessas duas implicações e, depois de refletir, não
pareceu mais tão entusiasmado como antes.
Parece que a mesma coisa também acontece conosco. Em nosso
relacionamento com Deus, muitas vezes queremos barganhar com Ele. Metemo-
nos em certas situações, e fazemos promessas como: “Senhor, se me deres isso,
vou fazer aquilo” ou: “Se me concederes tal coisa, serei fiel a Ti.” Entretanto,
muitas vezes falhamos em exercer nossa plena confiança e em deixar que Ele
decida se aquilo que solicitamos é verdadeiramente proveitoso e razoável, ou nos
levaria a situações que nos afastariam do Seu caminho.
Como no caso do meu menino, é necessário refletir e, quem sabe, “perder o
interesse” por coisas que valorizamos demais e que podem ser uma pedra de
tropeço para nós. Como Jesus disse a Seu Pai: “Faça-se a Tua vontade” (Mateus
26:42).

SUELY LUPPI NOVAIS


Pairando acima da rocha

Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu


respeito, para que o protejam em todos os seus
caminhos; com as mãos eles o segurarão, para
que você não tropece em alguma pedra. Salmo
91:11, 12

Foi uma sensação boa acordar. Enfrentar o sofrimento com coragem e saber
que Deus cuidava de mim era suficiente. Eu dirigia rumo à igreja para ser
madrinha de um batizado, quando um carro colidiu com o meu. Agora eu me
encontrava num leito de hospital.
Sentindo-me frágil e extremamente preocupada com meu filho de um ano de
idade, que estava em casa com minha sogra bastante idosa, fui informada de que
parte da minha perna direita fora esmagada. E agora, como vou criar meu filho?
Como poderei ser uma boa esposa e mãe com esse problema no corpo?
Dormi e tive um sonho. Eu caminhava por uma rua revestida com pedras. Era
extremamente difícil andar com meu ferimento. Foi então que vi um anjo em
forma humana, que disse: “Venha!” Assustada e insegura, eu o ouvi dizer: “Não
tenha medo!” Segurei suas mãos e continuei caminhando. Quando chegamos ao
fim da rua, ele me olhou e disse: “Vá em paz.” Então desapareceu. Ah, como foi
bom ouvir aquela voz suave!
Quando acordei, lembrei-me do Salmo 91, especialmente os versos 11 e 12,
que me haviam sido recomendados como tema de reflexão. Lendo-os, recebi o
ânimo necessário para enfrentar aquela situação traumática. Senti-me fortalecida
e pronta para continuar a vida, embora dali para a frente ela fosse radicalmente
alterada por causa da minha lesão.
O mais surpreendente após o sonho foi descobrir que o anjo que aparecera e
falara comigo era alguém que eu conheceria mais tarde. Um dia, eu estava em
casa e liguei o rádio. Ao sintonizar um programa chamado A Voz da Profecia,
fizeram um convite para receber estudos bíblicos. Aceitei o convite, entrando em
contato com a emissora de rádio para pedir que alguém me guiasse nos estudos.
E que surpresa tive ao ver o instrutor bíblico que bateu à minha porta! Ele era o
anjo que me aparecera no sonho. Pude ver que Deus o havia enviado e que Ele
tem meios muito impressionantes de nos alcançar e completar a obra que
começou em nós.
Hoje, com muita gratidão e regozijo, sirvo a esse mesmo Deus misericordioso.

EUCLÍDEA ASSIS RABELO


A alegria da viúva

E dar a todos os que choram em Sião uma bela


coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez
de pranto, e um manto de louvor em vez de
espírito deprimido. Eles serão chamados
carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para
manifestação da Sua glória. Isaías 61:3

Sentada na igreja naquele dia, encontrei-me intimamente oprimida, enquanto


miríades de emoções me inundavam a alma. Durante os últimos anos, minha
vida e seus eventos e circunstâncias me haviam tirado da posição de “motorista”
para a de “piloto automático”. Minhas mãos haviam sido tiradas do volante,
enquanto Deus me conduzia a um estágio da vida que eu não havia
experimentado e com o qual nunca sonhara. Encontrava-me agora na situação de
viuvez.
Havia sido um casamento testado e provado de 40 anos, e agora Deus, em Sua
infinita sabedoria, chamara meu esposo para dormir, para repousar em Seus
braços de amor, aguardando a manhã da ressurreição. Então ali estava eu,
desgastada e com cicatrizes da batalha, sem um manual claro para esse estágio
lançado tão inesperadamente sobre mim. Eu não tinha dúvida de que o Deus que
me havia dirigido a vida toda certamente continuaria a me segurar a mão nessa
nova e estranha posição de viúva, para a qual eu não havia estudado nem me
preparado.
Enquanto refletia e ponderava, os membros da igreja retiraram-se para a
cerimônia do lava-pés, da Santa Ceia. Como eu havia recebido o santo
sacramento no sábado anterior, não participei. Com os olhos fechados, pedi a
Deus não o manual, as orientações ou tranquilidade, mas aquilo de que eu mais
precisava: alegria. Senhor, concede-me Tua alegria.
Levada pelo Espírito, abri a Bíblia na concordância, tirei um pedaço de papel e
caneta e decidi fazer uma lista dos textos da Escritura sobre a palavra alegria.
Mais tarde eu iria sublinhá-los na Bíblia. Não, pensei, não esta Bíblia. Ela já
contém um arco-íris de textos sublinhados. Vou comprar uma Bíblia especial,
uma Bíblia da alegria, e sublinhar todos os textos com a cor púrpura. Meu
entusiasmo cresceu, pois eu suspeitava que Deus queria realizar algo. Copiando
apressadamente os poucos versos da pequena concordância, meus olhos pararam
em Jó 29:13. O que poderia haver no livro de Jó sobre alegria? Procurei
rapidamente o texto e Deus, como sempre, me deu mais do que eu havia pedido.
A última parte do verso declara: “Eu ajudei muitas viúvas a ficarem alegres
novamente” (NBV). Deus não me havia dado apenas alegria, mas uma alegria
especial – a alegria da viúva. Esse será meu tema para o resto da vida, decidi.
Fechei os olhos e sorri para Deus.

DONNEL POWELL
Caminho aberto

Estende o homem a mão contra o rochedo e


revolve os montes desde as suas raízes. Jó 28:9,
ARA

Aconteceu numa terça-feira de manhã. Eu dirigia pela estrada que já fora


familiar, mas pela qual eu não viajava fazia algum tempo. Geralmente, enquanto
passava, eu costumava olhar para cima e notar as montanhas cobertas de grama
verde, até que saíssem do meu campo de visão. Admirava sua enormidade e
firmeza, enquanto o carro prosseguia pela estrada.
Mas, nessa terça-feira em particular, ao olhar para cima, em vez de verde vi
uma grande área marrom. Alguém decidira construir uma casa no topo da
montanha, e, numa questão de poucas horas, uma máquina de terraplenagem,
com toda a sua força e capacidade, havia subido pela montanha e aberto um
caminho para caminhões e automóveis.
De repente, enquanto reduzia a velocidade, pensei: Se os seres humanos podem
abrir um caminho por uma montanha que, a distância, parece tão alta e
inacessível, quanto mais pode Deus fazer por mim? Quando os filhos de Israel
viram à sua frente a gigantesca “montanha de água”, Deus dividiu o Mar
Vermelho diante dos olhos deles, providenciando terra seca sobre a qual passar.
Enquanto se encontravam diante do rio Jordão em época de enchente, e os pés
dos sacerdotes que levavam a arca do Senhor pisaram na água, Deus operou o
mesmo milagre. Posteriormente, os muros da cidade de Jericó, solidamente
fortificada, foram derribados por Deus como se fossem de palha, enquanto os
israelitas Lhe obedeciam e exerciam fé nEle.
Há muitos exemplos da manifestação do tremendo poder da destra de Deus em
meu favor, sobre os quais pensar. Ele disse: “Transformarei todos os Meus
montes em estradas, e os Meus caminhos serão erguidos” (Isaías 49:11). Então
eu disse: Muito obrigada, Jesus, por me trazeres esses pensamentos à mente.
Muito obrigada por me fazeres lembrar de que, independentemente da situação
ou circunstância, quando eu a levo a Ti, tens condição de cuidar dela.
Continuei dirigindo e a montanha ficou para trás, mas os pensamentos
permaneceram comigo. No fundo, eu sabia que, quando surgem diante de mim
situações difíceis como um monstruoso desafio, posso rever mentalmente a
imagem da montanha com um caminho aberto sobre ela, orar e ter a confiança
de que o Deus Todo-Poderoso e sábio, que revolve os montes desde as raízes,
está no controle.

VIOLETA MACK-DONOVAN
Estaria eu disposta?

Devolve-me a alegria da Tua salvação e


sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.
Salmo 51:12

Como coordenadora do ministério voltado aos enfermos em minha igreja,


descobri quantas necessidades têm os idosos, particularmente aqueles confinados
à sua casa ou a instituições de atendimento aos que não têm condições de cuidar
de si mesmos, e gosto de estar com eles. Esse grupo especial anseia por um
toque individual, mesmo que seja de apenas 30 minutos por semana. Dentro
desse período de tempo, minha equipe auxilia essas queridas pessoas a lidarem
com solidão, ansiedade e pesar. Com frequência, precisamos assegurar-lhes que,
independentemente de quão triste pareça a situação, Deus prometeu que nunca
os deixará nem abandonará (ver Deuteronômio 31:6).
Lembro-me de ter trabalhado com Virgínia. Ela morava na casa do filho
quando comecei a visitá-la, e, pelo fato de ela ficar sozinha durante o dia,
minhas visitas eram frequentes. Desfrutávamos um maravilhoso
companheirismo, e ela revelava grande fé, ao trocarmos histórias sobre como
Deus cuidou de nós ao longo dos anos. Minha fé saía sempre fortalecida toda
vez que eu a visitava.
Algum tempo depois, contudo, sua saúde se deteriorou e exigiu que ela
estivesse numa instituição onde há pessoas que prestam atendimento 24 horas
por dia. Achei que poderia reduzir a frequência das minhas visitas e concentrar-
me mais naqueles que ficavam sozinhos em casa. Mas senti saudade de Virgínia,
e um dia fiz o percurso de 60 quilômetros, ida e volta, até o centro para vê-la.
Em pé, na porta do quarto simples de Virgínia, bati hesitantemente. Virgínia
ergueu a cabeça, estendeu a mão e disse: “Marian! Marian!” Eu a cumprimentei
com um alegre abraço. Conversamos e eu lhe disse que ela estava bonita. Cortei
suas unhas, cantamos em voz baixa alguns hinos e fiz a Santa Ceia com ela.
Nossa conversa terminou com uma oração. Para mim, foi realmente difícil
deixá-la, e sei que ela sentiu o mesmo.
Voltando para casa, examinei minha vida. Estaria minha vida atravancada com
atividades “necessárias” – reuniões, internet, TV –, coisas sem as quais acho que
não posso viver? Então minhas perguntas se tornaram mais espirituais. Que farei
quando Jesus voltar? Terei a disposição de deixar essas coisas materiais e
correr para ajoelhar-me a Seus pés? Reconhecerei Sua voz, Seu sorridente
convite e bradarei: “Jesus, Jesus, estou à Tua espera por tanto tempo”? Teria eu
essa disposição? Oro para que assim seja.

MARIAN C. HOLDER
Todas as coisas são possíveis

Para o homem é impossível, mas para Deus


todas as coisas são possíveis. Mateus 19:26

Médicos e enfermeiras corriam freneticamente para dentro e para fora da sala


de cirurgia, tentando salvar a vida de minha mãe e a minha, por ocasião do meu
nascimento. A agonia de perder a amada esposa ou a filha primogênita era
incompreensível. – Quem o senhor quer que salvemos, sua esposa ou sua filha?
– perguntaram ao meu pai. Com lábios trêmulos e a confiança em Deus no
coração, ele disse: – Por favor, tentem salvar as duas. – Sob orações incessantes,
eles tiraram meu minúsculo corpo com fórceps.
Era difícil, para as visitas, deixar de notar as marcas do profundo ferimento que
o fórceps havia deixado ao redor da minha cabeça. Mesmo assim, todos
garantiram aos meus pais que massagens diárias ajudariam a aliviar as
impressões, o que, por fim, mostrou ser verdade.
– Sua filha terá dificuldade para compreender conceitos matemáticos – foi o
que os médicos avisaram aos meus pais. Isso os levou a ser tipicamente
superprotetores. Como resultado, não frequentei regularmente a escola. Meu pai
era o pastor e minha mãe, a diretora da escola, e todos os professores tinham a
estrita recomendação de me permitir visitar qualquer sala de aula, em qualquer
momento. Hoje, quando revejo fotografias antigas, geralmente sorrio
constrangida, ao ver fotos minhas segurando troféus em eventos dos quais eu
nem sequer havia participado. Embora ninguém achasse que aquilo era correto,
ninguém dizia uma palavra.
Então, certo dia, meus pais perceberam que eu estava usando minha
“dificuldade de aprendizado” para tirar alguma vantagem. Perceberam que a
“inocente” garotinha que seria ruim em matemática era, na verdade,
extremamente calculista, esperta e manipuladora. As coisas mudaram.
– Qual foi sua nota no exame de matemática e física? – perguntou meu pai.
– Ah, papai, todos foram mal. Nossa média foi de apenas 35%.
– Bem, algum dos alunos acertou acima de 90%?
Quando admiti que sim, ele disse: – OK. Então até você consegue isso.
Hoje, tenho dois títulos de mestrado e um doutorado. As quatro singelas
palavras: “você consegue fazer isso” têm sido o âmago do meu sucesso. Minha
meta hoje é motivar as crianças a acreditarem em si mesmas; os pais, a não
apresentarem desculpas pelos filhos; os professores, a serem aquela luz que guia
a cada um. Que ninguém lhe diga: “Isso é impossível”. “Para Deus tudo é
possível.”

SUHANA BENNY PASAD CHIKATLA


Um marido de presente

Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos


do seu coração. Salmo 37:4

Quando entregamos a vida a Deus e Lhe pedimos que nos transforme, podemos
nos surpreender com o rumo que a vida tomará. Eu estava na casa dos meus pais,
assistindo ao show de fogos de artifício pela TV. Era solteira, tinha 26 anos de
idade e concluí que não era fácil a tarefa de encontrar sozinha um esposo ideal.
Senti o imenso desejo de pedir que Deus me ajudasse a encontrar um bom
companheiro. Pedi que meu futuro esposo fosse alguém que amasse a Deus, um
cristão que partilhasse minha fé e, se possível, fosse vegetariano, como eu.
Passei um pouco mais de um ano orando a respeito. Uma amiga sugeriu um site
de amizades pela internet, organizado por pessoas da igreja, e decidi visitá-lo.
Encontrei um rapaz simpático, agradável, e começamos a nos corresponder
eletronicamente. Trocamos informações e orávamos juntos quase cada dia por
telefone. Sempre pedíamos a direção de Deus em nossa vida e em nosso
relacionamento virtual internacional, que durou uns dois anos.
Durante esse tempo, ele visitou minha família, e eu o visitei em seu país.
Depois de muitas orações, decidimos unir-nos para a honra e glória de Deus.
Casamo-nos e, em 2008, eu me mudei para a terra natal dele.
Se não fosse por nosso querido Pai, eu nunca teria encontrado meu
companheiro. Naturalmente, fiz a minha parte também. Primeiro, coloquei a vida
nas mãos de Deus, e segundo, matriculei-me num curso de outro idioma, porque
havia pedido a Deus um esposo de outro país.
Já estamos casados há 18 meses, e somos muito felizes. Nada teria sido
possível sem nosso poderoso Pai. Deus é maravilhoso e, para Ele, não há nada
impossível. Ele é um verdadeiro pai, que nunca nos abandonará, e deseja sempre
o melhor para Seus filhos. Ele também é seu Pai e pode fazer coisas incríveis.
Opera milagres e realiza eventos inacreditáveis aos olhos humanos. É suficiente
entregar-se a Deus e pedir-Lhe que guie sua vida também.
O que você deseja pedir a Deus hoje? Você precisa pedir algo, porque Ele quer
fazer algo por você, agora mesmo.

CARLA PIETRUSKA
Do tamanho certo

Sabemos que todas as coisas cooperam para o


bem daqueles que amam a Deus. Romanos 8:28,
ARA

Estávamos de férias na praia, e, como sempre, visitamos as lojas de fábrica


numa cidade próxima, antes de voltar para casa. Eu precisava de um novo par de
calçados para caminhada e esperava encontrar um tipo parecido com os meus já
quase gastos.
Infelizmente, não encontrei nenhum calçado parecido com o que eu desejava
substituir, embora procurasse na loja que comercializa aquela marca. Todos os
estilos haviam mudado e, por mais que eu tentasse, não encontrei nada, nem
mesmo parecido com aquilo que eu queria.
Quando a funcionária, por fim, se aproximou para me ajudar, ela sugeriu um
certo modelo e ele tinha boa aparência. Eu lhe disse qual era o meu número, e
ela trouxe um par. Comprei-o sem mesmo prová-lo. Foi só depois de voltarmos
para casa que eu os tirei da caixa e vi, com frustração, que ela me trouxera um
tamanho maior. Decidi que tentaria trocá-lo numa loja mais perto de casa.
Então fraturei o tornozelo! A cirurgia o consertou, com todo tipo de placas e
pinos. Depois de estar no gesso por seis semanas e andando com uma bota
ortopédica mais tarde, permitiram-me finalmente usar sapatos de novo, mas
nenhum dos meus preferidos acomodava o pé com o tornozelo fraturado.
Embora me sentisse esquisita fazendo isso, usava um chinelo no pé machucado
aonde quer que eu fosse.
Certa manhã, tive a ideia de provar aqueles sapatos novos, folgados. E provei.
Ficavam um pouco grandes no meu pé sadio, mas eu podia amarrá-los com força
e assim ficavam firmes. Então deslizei meu pé inchado para dentro do outro
sapato, e, ao amarrá-lo frouxamente, ele serviu com perfeição. Fiquei muito feliz
por poder usar os dois sapatos pela casa e até sair com eles. Não, eu não os
calçava para ir à igreja; ainda usava um sapato bonito e um chinelo, mas, para
outras saídas, aqueles se tornaram o par perfeito para mim.
Afinal, não houvera engano quanto ao número daqueles sapatos. Deus sabia, o
tempo todo, que eu precisaria exatamente daquele par depois de fraturar o
tornozelo, e cuidou disso com antecedência.
A paráfrase da Bíblia na versão A Mensagem redige o texto de hoje deste
modo: “Ele nos conhece melhor do que nós mesmos, conhece nossa condição de
‘gravidez’ e nos mantém na presença de Deus. Assim, podemos ter certeza de
que cada detalhe em nossa vida de amor a Deus é transformado em algo muito
bom.”

ANNA MAY RADKE WATERS


Creio em milagres

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressureição e a vida.


Aquele que crê em Mim, ainda que morra,
viverá. João 11:25

Tenho 71 anos de idade e tive o privilégio de nascer em um lar cristão. Dou


graças a Deus por ter permanecido firme.
Minha luta pela vida começou no dia de Natal de 1999, quando fui vítima de
uma queda grave. Dias depois, comecei a sentir dor no peito, ter respiração curta
e gosto de sangue na boca. Fui ao médico e, após vários exames, a tomografia
mostrou que meu pulmão esquerdo fora afetado na queda. Depois houve um
rompimento, e células começaram a morrer. Fui transferida imediatamente para a
sala de cirurgia, a fim de passar por um procedimento de alto risco.
Faz agora doze anos desde que renasci durante a cirurgia. Devido a um erro
médico, uma agulha foi desviada e me perfurou o coração. Os batimentos se
reduziram até parar por completo. Embora eu estivesse anestesiada, ouvi os
médicos dizendo que minha pressão sanguínea estava em colapso, os sinais
vitais falhando e eu, perto do óbito. Nesse momento, pensei na terceira estrofe de
um velho hino, que diz: “E quando, enfim, chegar a hora de aqui cessar o meu
viver, não temerei, pois Cristo vivo está, e eu viverei, pois vida nova me dará.”
Então não vi mais nada. Por dois minutos e 27 segundos, o coração não bateu.
Mas, pelo poder de Deus, a quem amo e sirvo de todo o coração, e com os
recursos de ressuscitação, meu coração começou a bater novamente. Contudo, eu
já estava com hemorragia interna, e foi necessário romper o pericárdio para
retirar o sangue que cobria o coração. Mesmo assim, nosso Deus me susteve. Por
seis dias, fiquei entubada e em coma profundo, respirando só por aparelhos.
Então Deus me despertou. Ele ainda tinha um plano. Eu precisava viver para
continuar cuidando de meus netos e minha bisneta, meu genro e nora. Depois de
quase três meses de tratamento intensivo, fui curada, graças a Deus. Creio em
milagres, porque sou filha de um Deus que esteve morto e reviveu.
Minha querida irmã, se você está passando pelo vale da sombra da morte ou
enfrentando qualquer problema que pareça insolúvel, não se desanime. Nosso
Deus é o Deus do impossível, e Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

MARIA VICÊNCIA SALVIANO PEREIRA


Esfera celestial

Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nEle,


e Ele agirá. Salmo 37:5

Chegamos cedo ao Comando da Força Aérea, no Rio de Janeiro, para o


compromisso das 8 horas, sem saber que fora remarcado para as 13 horas.
Identificamo-nos e aguardamos lá dentro. Meu esposo e eu havíamos levado um
livro, de modo que líamos enquanto esperávamos. A certa altura, olhei para cima
e vi um sargento conhecido aproximando-se para falar conosco. Quando lhe
contamos da nossa necessidade, que era de primeiro falar com o coronel na
tesouraria, ele disse que não valia a pena esperar, já que o coronel não receberia
ninguém. Respondi que, como já estávamos ali, eu tentaria. Olhei para meu
esposo e disse: “O coronel não vai me ver? Vou orar!” Então saí da esfera
humana e entrei na esfera celestial. Terminei de falar com Deus e continuamos
lendo. Deus havia começado a agir.
Fomos chamados às 11 horas. No terceiro balcão ao qual fomos encaminhados,
um homem com trajes civis começou a me fazer perguntas. Falei com o soldado
e pacientemente respondi ao homem, ao mesmo tempo. Então o cavalheiro nos
pediu que o acompanhássemos, e fizemos isso. Achando que ele era um servidor
civil, falei descontraidamente enquanto caminhávamos. Meu esposo, que é
militar, tentou sussurrar algo para me informar sobre a hierarquia do homem,
porém não entendi. Entramos no escritório, e o homem iniciou o procedimento
de corrigir o erro em meu holerite. Quando terminou, pedi permissão para ver
seu nome no crachá, pois ele havia sido muito prestativo. Fiquei atônita! O
homem que Deus enviara para me ajudar não era o assistente do tesoureiro, mas
a segunda pessoa mais importante dentro da organização – o diretor-adjunto.
Precisei esperar um pouco mais em outra sala, onde dei graças a Deus com
grande emoção e testemunhei a meu esposo acerca do Deus a quem amo e
obedeço. Esse Deus dos milagres, esse Deus da esfera celestial, permanece o
mesmo. É só acreditar!
Nosso compromisso havia sido remarcado para as 13 horas, mas saímos do
Comando da Força Aérea ao meio-dia, com a solução desejada.
E você? Que tal começar a experimentar o poder de Deus agora mesmo? Não
desista!

ELIANA NUNES PEIXOTO


Quatro assaltantes armados

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que


O temem e os livra. Salmo 34:7, ARA

Era cedo, na manhã do último dia de julho de 2007, quando fui abruptamente
despertada por quatro assaltantes armados com longas facas. Eles já haviam
amarrado e amordaçado meu esposo, para que ele não pudesse mover-se ou falar.
Disseram-lhe que, se ele se mexesse, eles o matariam.
Fiquei aterrorizada, ao perceber que era um assalto à mão armada. Eles haviam
cortado a linha telefônica e empacotado todos os aparelhos elétricos que
puderam encontrar. Estavam prontos para sair, a não ser por uma coisa: exigiam
dinheiro, nosso telefone celular e as chaves do carro.
Comecei a orar e falei aos dois que me seguravam acerca do Deus a quem
sirvo. Perguntei a um deles sobre igreja. Tivemos uma conversa, mas todas as
respostas dele eram negativas. Todavia, após receber as chaves do carro, um dos
assaltantes disse que devolveria o automóvel. (Ele fez isso, mas não no lugar
onde dissera que o deixaria.) Depois, mostrou-nos uma corda, dizendo que a
usaria para nos amarrar a ambos, mas tampouco fez isso. Ele, porém, nos
trancou no banheiro depois que lhe dei a chave. Então partiram, com seu
despojo. Depois de conversarmos com um deles por alguns minutos, sua última
observação foi: “Orem por mim.”
Não podíamos sair do banheiro sem chave, e os ladrões a haviam levado com
as do carro e nossos celulares. Felizmente, eu deixava a chave do piano de cauda
na entrada do banheiro, e tentei usá-la na fechadura da porta. Para minha
surpresa, a chave funcionou – estávamos livres! Mais uma vez, fora feita uma
provisão para o nosso escape, e embora achássemos que todas as linhas
telefônicas houvessem sido cortadas, descobrimos que uma linha permanecia
intacta. Com essa linha, que Deus havia preservado, tive condições de chamar a
polícia e o pastor. Ambos vieram prontamente.
Confie em Deus. Ele ouve e atende às orações. Enquanto falamos, Ele
responde.
Os assaltantes saíram sem nos ferir. Por fim, tivemos o carro de volta, porém
não os muitos aparelhos elétricos. Mas, graças a Deus, nossa vida foi poupada.
Isso deve ter sido uma intervenção dos anjos, e rendemos graças a Deus. É uma
boa coisa manter-nos em contato com Ele!

ETHLYN THOMPSON
Agosto

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A baía dos cães

Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu


respeito, para que o protejam em todos os seus
caminhos. Salmo 91:11

Passamos as férias na Espanha, desfrutando o maravilhoso clima cálido, a luz


solar e o ar fresco que nos saudavam cada manhã. Nossas acomodações ficavam
a uma curta distância da praia, onde havia uma pequena baía. Uma parte maior
da praia ficava um pouco mais longe, e podia ser acessada apenas por uma
pequena trilha pedregosa. Naquela parte mais distante da praia, era muito
agradável caminhar, e encontrávamos conchas maravilhosas trazidas pela maré.
Um dia, minha filha Selina e eu nos levantamos pouco depois do amanhecer e
nos preparamos para percorrer a trilha pedregosa até a praia. Planejávamos
juntar conchas, achando que poucas pessoas estariam lá tão cedo, competindo
pelos achados mais bonitos.
Mesmo nesse horário, o sol já estava quente, o que tornava a caminhada um
prazer. Em certos pontos, a trilha era íngreme e difícil, mas, ainda assim,
revigorante e aprazível – até chegarmos a uma baía pela qual duas pessoas
faziam caminhada com seus três cães. No momento da nossa chegada, aqueles
cães parecidos com lobos correram em nossa direção, latindo e rosnando. Selina
e eu ficamos aterrorizadas e não conseguimos evitar gritar. Graças a Deus, os
donos chamaram as feras, porém, ao continuarmos na trilha, não mais nos
sentíamos animadas, e sim trêmulas dos pés à cabeça.
Encontramos algumas conchas na praia e vimos o sol nascente refletido no mar.
Entretanto, não conseguimos apreciar nada daquilo, porque os pensamentos se
voltavam sempre para a trilha pedregosa que dava acesso à aterrorizante “baía
dos cães”.
Minha oração silenciosa foi: Por favor, Deus, protege-nos.
Um senhor idoso veio em nossa direção. Relembrando essa cena, creio que foi
um anjo. Ele se identificou como emigrante alemão, de modo que a comunciação
não foi problema. Eu lhe contei que estávamos com medo por causa dos cães
que ainda poderiam estar na trilha, e ele foi simpático ao nos acompanhar até a
baía. Quando chegamos lá, demos graças a Deus porque os donos dos cães
haviam ido embora.
Pelo restante do caminho, ainda estávamos um pouco ansiosas, mas assim
mesmo felizes porque entendemos que, numa parte da trilha, um anjo havia
estado conosco.

SANDRA WIDULLE
O poder das nossas palavras

A palavra proferida no tempo certo é como


frutas de ouro incrustadas numa escultura de
prata. Provérbios 25:11

Ao longo dos anos, li o texto de hoje muitas vezes e sempre o apreciei. Mas o
impacto pleno de nossas palavras não me impressionava até que fui trabalhar
para a Sra. Wade.
A Sra. Wade, uma viúva idosa, muito rica, precisava de ajuda quanto às tarefas
domésticas e ao trabalho de jardinagem. Ela empregava vários funcionários para
que mantivessem a mansão e o jardim bem cuidados. Desafortunadamente, ela
não era uma mulher feliz, e sua atitude desagradável ficava bem evidente a todos
os que trabalhavam para ela. À medida que o tempo passava, notei que,um
número cada vez menor de pessoas ainda trabalhava para ela. Ela empregara
vários jardineiros para que cuidassem do jardim paisagístico em plataformas,
porém apenas um homem continuava, no fim, para cortar a grama. Não demorou
para que ela me mandasse plantar flores e recolher folhas caídas. Então, após
algumas semanas, a outra pessoa que trabalhava na casa não voltou mais. Agora
eu era a única para fazer as tarefas domésticas.
Muitas vezes, eu voltava para casa em lágrimas, pois parecia que nunca
conseguiria agradá-la. Independentemente de quão esforçada e cuidadosamente
eu trabalhasse, ou ela encontrava algo para criticar ou simplesmente não dizia
nada. Então meu esposo pastor recebeu a notícia de que nos mudaríamos para
um novo distrito. Fui trabalhar ansiosa por informar à Sra. Wade que eu não
mais trabalharia para ela. Pretendia dar minha mensagem e não voltar nunca
mais.
Depois de lhe dar a notícia, preparei-me para o que certamente seria um
comentário penetrante e ríspido. Mas houve silêncio. Por fim, ela disse: “Bem,
eu sou uma mulher idosa, e na minha vida já vi muitos empregados chegarem e
irem embora, mas você é a melhor funcionária que já tive. Vou escrever uma
carta de recomendação.”
Apenas algumas palavras bondosas, e de repente eu não estava mais tão ansiosa
por sair. Agora eu até queria trabalhar para ela! E trabalhei – até o dia da
mudança. Salomão, o mais sábio homem que já viveu, tinha algumas coisas para
dizer acerca das palavras. Em Provérbios 12:25, ele escreveu: “O coração
ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima.” E em Provérbios
16:24, ele disse: “As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces
para a alma e trazem cura para os ossos.” As palavras têm o poder de curar ou
destruir. Quão cuidadosas devemos ser com nossas palavras!

SHARON OSTER
Meu milagre

Como é precioso o Teu amor, ó Deus! Os


homens encontram refúgio à sombra das Tuas
asas. Salmo 36:7

Encontrava-me em São Francisco depois de apresentar um seminário. Minha


amiga Martha e eu estávamos cheias de planos sobre o que ver e fazer no dia
seguinte. O tempo estava perfeito. Primeiro, fomos ao topo do Mark Hotel, para
vermos a cidade e a baía do 18º andar. Visitamos a famosa Catedral Grace. Então
fizemos um passeio divertido pela Rua Lombard, que tem a característica de ser
a rua mais sinuosa do mundo, com oito curvas em forma de U, num só
quarteirão. A seguir, rumamos para Fisherman’s Wharf e o Píer 39. Depois do
almoço no píer, fizemos um passeio de barca que proporcionou uma visão
desimpedida da silhueta da cidade, navegamos sob a ponte Golden Gate e demos
a volta em torno de Alcatraz, para ver de perto a famosa penitenciária federal da
qual ninguém jamais conseguiu escapar com sucesso.
Nosso dia chegava ao fim, mas não antes de visitarmos os Jardins Japoneses.
Após sair dos jardins, notei um leve problema no carro quando eu dava marcha à
ré, mas pouco pensei nele, pois andava bem. Entramos no trânsito pesado e
começamos a viagem de três horas de volta para Fresno. Depois da parada para o
jantar, notei um problema muito maior ao dar a ré. Mas novamente ele andava
bem para a frente, e voltamos para casa a 110 quilômetros por hora, o caminho
todo.
Por causa do problema com a ré, estacionei na frente de casa. Enquanto
estacionava, bati em algo com força. Como não havia nada em que bater, saí
para descobrir qual era o problema. Então vi que a roda direita da frente havia
atingido a calçada, enquanto a esquerda apontava para a frente. As duas rodas da
frente apontavam para diferentes direções! O carro foi guinchado para a oficina
no dia seguinte, e se descobriu que a barra de direção quebrada causara o
problema.
Recapitulei mentalmente por onde havia andado: por ruas íngremes e tortuosas,
e pelas rodovias a 110 quilômetros por hora. Uma barra de direção quebrar-se a
essa velocidade poderia ter-me jogado para fora da estrada ou contra outro
veículo – em qualquer caso, teria causado um grave acidente. Inclinei a cabeça e
dei graças a Deus por Sua amorosa proteção. É emocionante ler histórias de
milagres que acontecem com outras pessoas. É ainda mais emocionante quando
acontecem com você – prova positiva do amoroso cuidado e da proteção de
Deus diariamente.

NANCY VAN PELT


A vinha

Portanto, estejam com a mente preparada,


prontos para agir; estejam alertas e coloquem
toda a esperança na graça que lhes será dada
quando Jesus Cristo for revelado. 1 Pedro 1:13

Moro numa região vitícola, e a maioria dos agricultores cuida bem de suas
parreiras. Mas uma vinha que for deixada sem cuidados fica silvestre, com as
gavinhas se estendendo em todas as direções. Plantas e ervas daninhas se
entrelaçam e acabam virando uma confusão improdutiva, desagradável à vista.
De modo semelhante, minha vida sem direção e planos bem formulados – sem
controle de pensamento, sem metas ou objetivos –, deixada ao léu, acabará num
emaranhado. Já passei por essas experiências na vida.
Descobri, de lá para cá, que meus pensamentos e planos precisam estar sob o
controle de Deus, em conformidade com Sua direção. Sem Ele, ando de modo
insensato e sem ponderada reflexão, tomando um rumo e depois me virando para
outro, agarrando-me naquilo que puder. À semelhança das gavinhas sem controle
da parreira, minha vida pode prender-se a ideias imprestáveis e tomar direções
equivocadas.
Antes de conhecer a Deus, minha vida não tinha um propósito real. Mudava
facilmente de uma ideia para outra, e tinha um vazio que eu não conseguia
preencher. Eu havia tido algum contato com o cristianismo quando criança e, por
algum motivo, sentia que aí encontraria as respostas que procurava. Então minha
busca teve início. Não foi um caminho fácil, já que havia muitos caminhos. Mas
o princípio de fazer uma relação de todos os textos bíblicos sobre um assunto me
ajudou a descobrir o que a Bíblia ensina, e me guiou na tentativa de encontrar a
Deus. Descobri coisas que precisavam mudar em minha vida.
Antes que uma parreira fora de controle possa ser útil, as gavinhas devem
desprender-se das coisas às quais se agarraram, e então a vinha deve ser levada a
apegar-se àquilo que lhe permitirá crescer de maneira bem formada. Isso, então,
produz uma planta sadia e fecunda.
Desse modo, eu também precisava desapegar-me de ideias e pensamentos
infrutíferos, e alinhar minha vida com as mais elevadas normas que me foram
dadas por Deus por intermédio de Sua Palavra. Devo aprender sempre, e
esforçar-me como estudante da Palavra, descobrindo nova luz, novas ideias e
novas gemas da verdade para aplicar à minha vida, permitindo, assim, que ela
cresça para tornar-se bela e útil.

DAWN HARGRAVE
“Não se turbe o coração”

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em


Deus; creiam também em Mim. João 14:1

Posso verdadeiramente dizer que, nos dias anteriores a 9 de agosto de 2010,


nem sempre me sentia uma cristã corajosa. Por vezes, posso ter parecido uma
cristã nocauteada. Começou com a mamografia que fiz naquela primavera. Fui
solicitada a retornar, já que o médico havia visto uma massa suspeita e achava
que eu deveria me submeter a uma biópsia. Eu conseguira escapar desse
procedimento alguns anos antes, quando se concluiu que a biópsia não seria
necessária. Em nenhum dos casos, senti que eu tinha pleno controle. Eu
dependia da orientação e guia dos médicos, como devia ter feito. Porém
ultimamente, e sem sombra de dúvida, era claro que minha fé tinha que estar em
nosso Senhor Jesus Cristo. Eu precisava de Sua direção.
No dia anterior à biópsia, fui solicitada a cantar num serviço fúnebre para
ajudar a família de um membro da igreja a celebrar a vida de seu patriarca.
Escolhi o hino “Cuidará de Mim Também”, de C. D. Martin, e me lembro de que
a letra realmente mexeu comigo, enquanto eu cantava.
Quando entrei no hospital na manhã seguinte, o primeiro médico que me
consultou verificou os sinais vitais. Contei-lhe que eu havia dormido
surpreendentemente bem, considerando o curso dos eventos do dia. Sua resposta
foi: “Ó, coração, não se turbe!” Puxa! Esse médico havia dito o mesmo texto que
havia no cântico. Então percebi que, mesmo na letra de um hino que eu cantava,
Deus acalmaria minhas preocupações e me ajudaria a ter paz. Minha fé só
precisava de um ânimo renovado, e Deus usou um médico para me ajudar. E
tudo saiu bem. Sou grata pelo conforto e o atendimento da equipe médica.
Jesus não nos diz que devemos continuar preocupadas após orar. Ele deseja que
tenhamos fé nEle. Preocupar-se apenas torna as coisas mais complicadas. Nem
sempre é possível controlar as circunstâncias da vida, mas podemos dominar os
pensamentos acerca do que ocorre. O Senhor prometeu que nunca nos deixará
nem nos abandonará (Hebreus 13:5). É uma simples questão de fé infantil.
Aleluia!

PATRICE HILL TAYLOR


Surpresa de aniversário

Como são preciosos para mim os Teus


pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma
deles! Salmo 139:17

Meu aniversário estava próximo, em agosto. Aos 50 anos de idade, eu chegava


a uma novável marca. Meus planos não eram grandes – simplesmente sair para
caminhar e desfrutar a natureza. Geralmente, meu esposo, Cal, tira uma folga do
trabalho no dia do meu aniversário, e nós o passamos juntos, em atividades ao ar
livre. Eu esperava fazer a mesma coisa neste ano. É bom sentir-se paparicada de
vez em quando, especialmente no dia do aniversário. Receber muitos cartões e
telefonemas da família e amigos cria uma sensação agradável de ser amada e
lembrada.
Bem, este aniversário acabou sendo ainda mais especial do que eu sonhara.
Ultimamente, Cal vinha fazendo coisas extras em volta da casa. Ele havia
limpado o carpete da varanda externa – um grande trabalho, que ele só concluiu
depois da meia-noite. Também o vi trabalhando bastante no jardim, mas pensei:
Ele está fazendo isso porque é o que precisa ser feito. Até nosso filho mais novo,
Dmitri, passou o aspirador de pó na sala, e quando lhe perguntei por que, ele
respondeu: “Papai mandou passar.” Mais uma vez, pensei: Que legal receber
ajuda diante de tantas tarefas por aqui!
No fim da tarde de domingo, Cal me chamou dizendo: “Alguém está
chegando.” Virei-me e vi um grande SUV na entrada do jardim. Minha família
havia feito uma viagem de 13 horas, de Nova York, para o meu aniversário!
Observei-os saindo do veículo – minha mãe, minha irmã, meu cunhado –, mas
não acreditava no que via. Eles estavam concretamente parados na minha frente.
Eu não tinha ideia de que viriam. Nem nos mais ousados sonhos imaginaria que
viriam. O que consegui pensar foi que eles haviam vindo por minha causa.
Tinham vindo para estar comigo. Uma sensação de alegria me dominou.
Passamos tempo juntos, desfrutando a proximidade. O que minha família fez por
mim ficou gravado na mente e no coração. Choro só de pensar nisso.
Sim, meu aniversário chegou com muitos presentes e surpresas, porém o mais
precioso foi termos estado juntos. Um dia, Jesus virá surpreender-nos, não é
mesmo? Um dia Ele virá do Céu à Terra por sua causa e por minha causa, e esse
será o dia do qual jamais nos esqueceremos. Estaremos juntos com a família
perpétua, por toda a eternidade. Que dia será aquele, quando Jesus vier outra
vez! Choro só de pensar nisso.

ROSEMARIE CLARDY
Rebeca: “aquela que enlaça”

Feliz é o homem que persevera na provação,


porque depois de aprovado receberá a coroa da
vida, que Deus prometeu aos que O amam.
Tiago 1:12

Numa tarde de sexta-feira, 7 de agosto de 2009, nasceu minha querida filha:


Rebeca – a filha prometida! Bonita e esperta , mas com dois problemas
congênitos. Tinha um cisto nas gengivas e um canal da aorta cardíaca que devia
ter fechado com oito semanas, mas não fechara. Portanto, ela precisou de
cirurgia pelos dois motivos. A primeira, quando ela estava com dois meses, foi
rápida e tranquila. Voltamos para casa no mesmo dia. A correção cardíaca,
porém, quando ela estava com quatro meses, foi uma verdadeira prova de fogo
para meu marido e para mim.
Aquilo que a princípio seria uma simples correção, transformou-se em várias
complicações, começando com uma séria laringite por causa da entubação, a
qual evoluiu para uma parada respiratória, bem como quatro dias de entubação,
infecção urinária, pressão alta persistente, anemia, sangramento gastrointestinal,
retirada do uso de sedativos e entubação pela terceira vez por causa de uma
infecção generalizada.
Minha filha passava literalmente pelo vale da sombra da morte, e minhas forças
físicas e mentais estavam no limite. Meu corpo não reagia mais. Não sentia
fome. Não sentia sede. Orei sem cessar, e muitos oraram comigo. Rebeca passou
20 dias no hospital, 13 deles na UTI pediátrica.
Foi um período de terrível aflição para mim. Eu nunca experimentara
sentimentos como aqueles. O Senhor, contudo, libertou minha menininha de
todas as enfermidades e me sustentou com Sua força. Várias vezes, perguntei por
que isso estava acontecendo. Deus, em Sua infinita bondade, colocou em meu
coração não o “por quê”, mas o “para quê”. Rebeca veio para me unir a Deus, a
fim de que eu pudesse desenvolver o fruto do Espírito, pelo qual vinha clamando
nos últimos anos; para que eu aprendesse a lançar todas as minhas ansiedades
diante do Senhor; para que aprendesse a louvá-Lo em tempos de calma e tempos
de aflição; para derribar minha arrogância e meu orgulho e me recriar à Sua
semelhança. Acima de tudo, para me preparar para a segunda vinda de Jesus.
Agora posso dar graças ao Senhor por me haver levado ao fogo refinador.
Como Ele nos ama! Bendito seja o Deus de Israel, o Deus dos milagres, o Deus
da nossa salvação!

SUZI DAVID ARANDAS


Salvos por um matagal espinhoso

Deem graças em todas as circunstâncias, pois


esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo
Jesus. 1 Tessalonicenses 5:18

Em janeiro de 2001, fui indicada como diretora da Escola Secundária de


Matandani. Naquela época, eu estava no oitavo mês de gestação de nosso quinto
filho, Chimwemwe. Como diretora da instituição, eu fazia com frequência
viagens oficiais a Blantyre, uma cidade comercial de Maláui. Fica a mais de 100
quilômetros de Matandani. Eu viajava no veículo da escola, e os membros da
equipe que tinham negócios em Blantyre geralmente viajavam conosco porque o
transporte entre Matandani e Blantyre é um desafio. A primeira parte da estrada
de Blantyre é bastante acidentada, com muitos pontos derrapantes durante a
estação chuvosa.
Chimwemwe nasceu no dia 27 de fevereiro. Após um mês apenas de licença-
maternidade, retomei o trabalho, e, como o bebê ainda era muito pequenino, eu o
levava conosco nas viagens de trabalho. Então algo aconteceu. Era noite, e havia
mais de cinco pessoas no veículo. Eu estava sentada ao lado do motorista, com o
bebê no colo. Subíamos por uma parte difícil da estrada quando, de repente, o
carro parou e começou a deslizar para trás.
– Pise no freio! – gritei.
– Ele não funciona! – respondeu o motorista. Ficou claro que algo estava
terrivelmente errado. Todos ficaram em silêncio mortal. O carro continuou indo
para trás com velocidade cada vez maior, até que, repentinamente, parou.
Ninguém soube por quê. Todos nos apressamos para sair.
Com meu filhinho nos braços, abri rapidamente a porta e saí, só para me
enredar numa moita de arbustos espinhentos. Tentei livrar-me do emaranhado,
mas todos os meus esforços foram inúteis. Por fim, consegui voltar para dentro
do carro e usei a porta do lado do motorista para sair. Passamos a noite ali.
Ao romper do dia, andamos por aquele lugar enquanto esperávamos algum
auxílio. Foi quando descobrimos que, a poucos centímetros de onde meu bebê e
eu ficamos enredados na moita, havia um bueiro muito profundo. Deus nos
protegera de cair dentro do bueiro. Louvamos a Deus.
Seja qual for a situação na qual você se encontre, dê graças a Deus, pois há
uma razão para tudo.

MARGARET MASAMBA
“Minha graça é suficiente”

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de


mim. Mas Ele me disse: “Minha graça é
suficiente para você, pois o Meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza”. 2 Coríntios 12:8, 9

Sempre me perguntei o que era o espinho na carne de Paulo, e por que o Senhor
não atendia ao pedido dele. Então, certo dia, enquanto minha perna estava
engessada, acidentalmente deixei uma tampa de caneta entrar por baixo do
gesso. Foi um tormento porque, quanto mais eu tentava tirá-la, mais fundo ela
descia.
Eu me desesperei. Tentei de tudo, mas nada funcionou. Então decidi orar a
Deus e, como Paulo, supliquei a Ele: Senhor, tira essa tampa de caneta da minha
perna, por favor. Sei que podes. Em desespero, achei que, tão logo terminasse a
oração, Deus faria o que eu pedira, mas não foi isso que aconteceu. Mais uma
vez tentei, em vão, tirar a tampa. Ela foi ainda mais fundo.
Para minha consternação e dor, a tampa se alojou num lugar onde causava
bastante dor se eu fizesse qualquer movimento com a perna. Em lágrimas,
clamei uma vez mais a Deus, porém nada aconteceu. Então eu disse ao Senhor:
Só Tu podes me tirar desta situação. Nesse momento, a tampa deixou de me
incomodar e consegui cair no sono.
Na manhã seguinte, orei outra vez a Deus e tentei tirar a tampa de dentro do
gesso, mas não pude. Comecei minha devoção pessoal e ali, sozinha no quarto, o
Senhor me falou por intermédio de um livro de Ellen G. White: “Toda tentação
resistida, toda provação valorosamente suportada, traz-nos uma nova
experiência, levando-nos avante na obra da edificação do caráter. A alma que,
mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo
celeste a eficácia da graça de Cristo” (O Maior Discurso de Cristo, p. 117).
Foi assim que cheguei a entender por que Paulo teve que viver com seu
espinho, e aprendi a viver com a tampa da caneta por baixo do gesso. Aprendi a
suportar a prova pela fé e perseverança. Quando finalmente aprendi a lição, o
Senhor Jesus me iluminou, e, com a ajuda de uma amiga, consegui tirá-la do
gesso. Mas isso aconteceu apenas quando aprendi a viver pela graça.
Que saibamos tirar vantagem das tentações e provas, não como incentivo para
pecar, mas como motivação para vencer pelo poder de Deus concedido à nossa
vida. Vivemos pela graça de Deus e cultivamos uma fé inabalável que move e
conquista montanhas.

CARMEN VIRGÍNIA DOS SANTOS PAULO


Como é sua fé?

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a


prova das coisas que não vemos. Hebreus 11:1

Falar e pregar sobre a fé é fácil, especialmente quando tudo vai bem, o céu está
azul e não há crise à vista. Mas bata de frente com uma crise, e o pregador da fé
vê a necessidade de investigar mais profundamente sobre o grau de sua
confiança no Senhor.
Minha mãe estava morrendo em Penang, Malásia, e quando recebi a notícia de
que devia ir para casa imediatamente, fiz um esforço maluco para reservar a
passagem de avião de Seul, Coreia, para Cingapura e depois para Penang. O
primeiro trajeto do voo, de Seul para Cingapura, foi confirmado, mas eu estava
na lista de espera de Cingapura para Penang. Naquela manhã, quando cheguei ao
aeroporto de Seul, usei todo o poder persuasivo para convencer o gerente a me
dar um assento de Cingapura para Penang, mas as mãos dele estavam amarradas.
“Tente a sorte em Cingapura”, disse ele.
Durante as sete horas seguintes, nada havia que eu pudesse fazer. Contudo, a
reação humana era preocupar-se com o que aconteceria em Cingapura. Será que
eu conseguiria a conexão?
Foi interessante o modo como falei comigo mesma acerca de minha fé no
Senhor. Sentada no avião que saía de Seul, fiquei repetindo promessas bíblicas e,
mentalmente, me submeti a Deus. Após a refeição, o Senhor me deu uma paz tão
grande, no sentido de que cuidaria de todos os detalhes, que caí no sono. As
horas anteriores haviam sido estressantes. A enfermidade de mamãe me trouxera
grande pesar. Mas o Senhor me deu paz e confiança em Sua guia.
Os passageiros estavam saindo do avião quando acordei. O Senhor colocara a
aeronave no terminal de onde sairia meu voo de conexão. No balcão, contei à
funcionária que minha mãe estava doente, em estado crítico, e que eu precisava
embarcar no voo. Ela foi compassiva e garantiu que me daria consideração
especial. Levou uma hora, mas eu me ocupei falando de fé ao telefone com
minha filha. Fizemos até planos alternativos, para o caso de não ser da vontade
de Deus que eu embarcasse naquele voo. Relembrei uma vez mais como Maria e
Marta acharam que Jesus estava quatro dias atrasado para curar Lázaro, mas,
graças a Deus, Ele é sempre pontual.
Quando chegou o momento de conferir a questão com a funcionária que
cuidava das passagens, fiquei emocionada. Minha fé se renovou em um Deus
que Se importa conosco. Deus é bom, com certeza!

SALLY LAM-PHOON
Esquecendo o passado

Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio


do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
Filipenses 3:14

Deus deseja que façamos muitas coisas espetaculares por Seu povo, se tão só
submetermos nossa vontade à Sua. Muitas de nós temos nossa agenda, mas
sabemos que aquilo de que realmente precisamos é da agenda de Deus. Muitas
de nós passamos de um dia para o outro fazendo o que desejamos, quando
queremos e como queremos. Nem mesmo pensamos duas vezes se o que
fazemos é o que Deus deseja para a nossa vida. Não consideramos se o que
fazemos glorifica a Deus ou se glorifica o “eu”. Deus disse, em Sua Palavra, que
concederia todos os desejos do nosso coração se O buscássemos em primeiro
lugar, e ao Seu reino de justiça.
Deus tem grandes planos para cada uma de nós. Algumas sabem, cedo na vida,
quais são os planos e propósitos de Deus, e outras descobrem mais tarde. Muitas
sabem qual é a vontade de Deus para a sua vida, mas ainda fazem o que desejam
fazer, em vez de aquilo que Deus quer que façam. Nossos planos só levam à
destruição, enquanto os planos de Deus sempre levam à vida eterna.
Para sermos bem-sucedidas à vista de Deus, não devemos permitir que o
passado ou o presente sejam um obstáculo para o futuro. Devemos abandonar
tudo o que impeça o propósito de Deus para nós. Se temos um problema com um
irmão ou irmã, precisamos resolvê-lo. Devemos enfrentar a adversidade a fim de
podermos criar o sucesso. Amigos podem abandonar-nos durante o processo de
transformação. Talvez precisemos passar pelas trevas, para podermos produzir
luz. Devemos suportar sofrimento e tristeza antes de recebermos a alegria.
Podemos não compreender tudo o que existe para se saber nesta vida, mas o que
podemos saber e fazer é esquecer-nos daquilo que ficou para trás e prosseguir
rumo às coisas que estão adiante de nós.
A mediocridade não é suficientemente boa quando se trata de fazer a vontade
de Cristo. Devemos avançar sempre com coragem, a fim de não sermos uma
pedra de tropeço para os outros. Devemos permitir que o Espírito Santo trabalhe
em nós, fazendo-nos vibrar por Cristo e partilhar a Palavra de Deus com os
outros. Algumas mulheres foram maltratadas durante a maior parte da vida e não
reconhecem seus dons até que Deus os revele a elas. Mas, com Deus, podemos
deixar nossa luz brilhar num mundo tenebroso. Precisamos viver a vida para
Deus e não para nós mesmas.

SHEILA WEBSTER
As Suas mil maneiras

Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os


seus planos serão bem-sucedidos. Provérbios
16:3

Minha família e eu estávamos morando numa das residências da Missão, a qual


fica junto a um posto de gasolina. Como eu fazia parte da administração, recebi a
oportunidade de mudar-me para a casa onde havia morado o tesoureiro anterior.
Mas meu esposo e eu discutimos a questão e decidimos que o novo
administrador devia ocupar a casa, e não nós. Aquela casa acabara de ser
reformada e modernizada. Se eu me mudasse para lá, alguém poderia me acusar
de reformar a casa para poder ocupá-la.
Mas tínhamos um problema. Havia distúrbios permanentes perto do nosso
apartamento. Era um gerador enorme, barulhento, abastecido pelo posto de
gasolina vizinho. Oramos muitas vezes, pedindo que o Senhor nos livrasse dele.
Estávamos realmente cansados do barulho, dia e noite.
De uma hora para outra, a administração da Missão decidiu acrescentar mais
um membro à nossa equipe. Sendo a tesoureira, considerei como acomodar essa
nova família, já que não havia uma casa desocupada para o pessoal. Então nosso
presidente (estrangeiro) propôs que transformássemos um dos dois cômodos
para hóspedes estrangeiros em habitação para a equipe. Eu sabia que os cômodos
não rendiam tanto quanto deveriam, de modo que transformá-los em residência
seria mais lucrativo, e todos concordaram com a ideia. Agora a questão era quem
se mudaria para a casa nova, já que era um pouco menor que as casas regulares.
O presidente solicitou primeiro que o secretário se mudasse para lá, mas ele
declinou. Então o presidente sugeriu que eu me mudasse para lá. Respondi:
“Deixe-me falar com meu esposo.” Conversamos sobre o assunto, mas vimos o
mesmo problema de antes. Se nos mudássemos para a casa reformada,
poderíamos ser acusados de egoístas. Então eu disse ao presidente: “Se alguém
mais quiser a casa, não há problema da nossa parte.”
O presidente ficou um pouco sério e respondeu: “As pessoas sempre falam a
seu respeito, sobre como você se sacrifica e como é boa para todo o mundo. Eu
ordenei que se mudasse!” Sem posterior discussão, nós nos mudamos. E demos
graças ao Senhor por não ter que sofrer mais com o barulho do gerador. Não
tínhamos ideia de como Deus resolveria o problema do barulho, mas Ele sabe
como solucionar qualquer problema. Ponha-O à prova. Ele tem mil maneiras de
satisfazê-la. Mas busque primeiro Sua orientação.

SWEETIE RITCHILL
O jardim

Se não for o Senhor o construtor da casa, será


inútil trabalhar na construção. Se não é o
Senhor que vigia a cidade, será inútil a
sentinela montar guarda. Salmo 127:1

Se você gosta de cultivar a terra, como se sentiria caso descobrisse que os


vegetais começam a murchar pouco depois de amadurecerem? Você ficaria
preocupada e desgostosa, certo? Minha situação foi diferente.
Por mais de um ano, eu vinha cultivando uma pequena horta na frente de casa.
Nela havia diferentes tipos de vegetais. Espinafre, quiabo, tomate e outros
produziam bem. Todos na vizinhança os admiravam e até vinham em momentos
de emergência para buscar algo. Os tomates estavam grandes e maduros para o
consumo, e os outros vegetais eram folhosos e atraentes aos vizinhos que por ali
passavam. Eu ficava feliz porque todo o meu esforço – regar na estação seca e
arrancar as ervas daninhas – não era em vão. Também enviei um pouco para
meus pais, já que minha mãe gosta muito de verduras frescas, e se orgulhava da
minha horta.
No dia 13 de agosto, saí do trabalho e fui para casa com a ideia de colher
alguns vegetais para preparar uma refeição balanceada. Mas meus planos foram
por água abaixo quando cheguei à frente da minha casa e vi uma horta vazia,
limpa. Todos os vegetais haviam desaparecido! As folhas ainda penduradas dos
caules haviam secado ao sol, e algumas haviam até sido arrancadas. Não havia
esperança de que a horta revivesse.
O jardineiro, empregado novo, fora instruído a limpar os arbustos ao redor da
horta, mas entendeu que tudo eram ervas daninhas e acabou com as plantas,
todas! Fiquei muito consternada e abatida, mas não desanimada. Orei para que
Deus me ajudasse a controlar a raiva e procurei ver se havia alguma esperança
de que os vegetais ainda tivessem as raízes no solo. Segundo a vontade de Deus,
muitos começaram a reviver.
Pensei: Isso é exatamente o que fazemos ao Senhor. Ele nos planta e procura
cultivar-nos da maneira correta, mas destruímos a nós mesmas por meio de
nossos pecados, deixando-O, por isso, desgostoso e permitindo que o diabo se
regozije.
Isso me ajudou a apreciar a obra de Deus em minha vida e me auxiliou a
decidir não destruir a vida que Ele edifica em mim. Quero cultivar um belo
jardim com Deus, no Céu.

TEMITOPE JOYCE LAWAL


Minha história

Como Ele será bondoso quando você clamar


por socorro! Assim que Ele ouvir, lhe
responderá. Isaías 30:19

Quando eu era pequena, moramos num sobrado em McDonald, Tennessee.


Meu irmão mais novo, John, dividia o quarto comigo, enquanto o bebê, Rick,
dormia no berço, no quarto dos meus pais. Outra família vivia ao lado, mas o
único nome de que me lembro agora é Erin, uma das filhas.
Um dia, papai foi à loja e mamãe me pôs para dormir uma sesta. Mas eu estava
agitada, e assim que mamãe caiu no sono, levantei-me e comecei a andar de um
lado para outro, procurando algo para fazer. De repente, espiei a carteira de
mamãe e nesse momento tive uma ideia. Para minha cabeça de dois anos de
idade, parecia brilhante. Eu pegaria um pouco de dinheiro, iria à casa de um dos
vizinhos e secretamente deixaria para eles o dinheiro – um presente anônimo.
Então peguei da carteira uma moeda de 25 centavos (que parecia uma fortuna
que qualquer pessoa ficaria encantada em possuir) e saí – de pés descalços. É
desnecessário dizer que não demorou muito para que meu pé se machucasse num
graveto, e dei meia-volta na direção de casa. Mas eu já havia percorrido uma boa
distância, e me perdi. Fiquei tão assustada que corri – na direção errada.
Naturalmente eu não sabia que era a direção errada, e me perdi mais ainda.
Por fim, parei de correr e comecei a pensar. Por estranho que pareça, a primeira
coisa que me veio à mente foi a história que mamãe havia lido para mim, sobre
uma menina e sua irmã que se haviam perdido. Na história, elas oraram e depois
encontraram o caminho de volta. Então raciocinei: Se Deus lhes respondeu,
seguramente vai me responder também. Então, ali mesmo, no meio das árvores
do bairro, ajoelhei-me e pedi que Deus me levasse para casa.
Quase imediatamente, ouvi o som de um carro. Virando-me, corri em sua
direção. Era um carro de polícia, e o policial me levou para casa no mesmo
instante. Tudo indica que mamãe tenha despertado e, ao não me ver, chamou a
polícia. Deus ouvira minha oração e a atendera antes que eu pensasse em orar.
Mateus 6:8 diz: “O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o
pedirem.” Ele certamente provou, na minha vida, que isso é verdade.

MARIELENA (MARY) BURDICK


Siga o Líder

Sigam-Me. Mateus 4:19

Certa manhã, depois de terminar minha devoção, fiquei deitada na cama,


meditando, e as palavras “siga o líder” pipocaram em minha mente. Isso me fez
retroceder aos tempos de escola, quando brincávamos de “seguir o líder”.
Escolhíamos um número de crianças e depois escolhíamos um líder. O líder
praticava certos atos, como sair pulando com uma perna só. Todos tinham que
fazer a mesma coisa. O líder mudava e fazia algo diferente, como andar para trás
ou correr de lado. O objetivo da brincadeira era ver quem conseguia seguir o
líder por mais tempo. Assim que alguém cometia um erro, saía do jogo.
Ninguém queria sair e, mesmo quando o líder fazia coisas que não queríamos
fazer, nós o seguíamos de qualquer jeito para continuar na brincadeira.
Nessa atividade, a pessoa precisava se concentrar e manter os olhos sobre o
líder, para ter certeza de que acompanharia todas as mudanças feitas. Ao pensar
naquele tempo, eu me pergunto o que teria feito se o líder nos mandasse pular de
um muro alto. Eu teria pulado?
Muitas pessoas acabam se metendo em problemas e arruinando a vida porque
seguiram o líder errado. Na escola, “siga o líder” era uma brincadeira divertida,
mas, na vida real, quando fazemos o mesmo, nem sempre a história acaba bem.
Muitos viciados em drogas e criminosos entraram por esse caminho porque
seguiram o líder errado.
Cristo nos ordena que não coloquemos nossa confiança em pessoas. O Salmo
118:8, semelhante ao texto de hoje, diz: “É melhor buscar refúgio no Senhor do
que confiar nos homens.” No texto de hoje, Deus diz: “Sigam-Me.” Deus nunca
pedirá que façamos algo que não seja correto. Ele é o verdadeiro Líder. Ele nos
criou e redimiu. Ele é nosso exemplo, e nos guiará pelo caminho da justiça. Não
nos pedirá que façamos coisas que não somos capazes de fazer.
Para seguir a Jesus, precisamos manter os olhos nEle e ir para onde Ele nos
guiar. “Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de
você lhe dirá: ‘Este é o caminho; siga-o’” (Isaías 30:21). Empenhemo-nos em
seguir a Jesus, o divino líder. Se O seguirmos bem de perto, Ele por fim nos
conduzirá ao reino do Céu.
Que todas nós sejamos verdadeiras seguidoras de Jesus.

ENA THORPE
O compassivo cuidado de Deus

Eu sempre serei o seu Deus; cuidarei de vocês


quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e
os carregarei; Eu serei o seu Salvador para
sempre. Isaías 46:4, Nova Bíblia Viva

A dor intensa de ferimentos anteriores me percorreu o corpo certa manhã,


quando tentei sair da cama. Por favor, Deus e Pai, supliquei entre lágrimas
enquanto a dor severa me abalava a estrutura e exauria minhas energias, tenho
vontade de ficar na cama, coberta até a cabeça, mas é sábado. Meu lugar é na
igreja.
Ainda me sentindo horrível, eu me vesti, entrei no carro e dirigi por 35 minutos
até a igreja. Ao chegar lá, porém, vi que precisava me convencer a sair do carro.
Devia entrar.
Era um dia de oração e louvor. Sabendo disso, antes de sair de casa, levei três
livros da minha pilha sobre oração. Tirando um dos livros da bolsa, coloquei-o
de volta sem mesmo abri-lo e peguei outro. Agora, ao me lembrar disso, posso
ver que meu Deus sabia exatamente do que eu precisava naquele momento.
O livreto se abriu no lugar em que uma pequena foto de uma versão mais
jovem de mim mesma se encontrava, entre as páginas. Eu nem me lembrava de
que ainda tinha aquela foto, porém o mais surpreendente foi o título do texto:
Idade Avançada. Acomodando-me no banco da igreja, comecei a ler:
“Independentemente da minha idade avançada, desejas que eu produza fruto,
Deus e Pai. Graças Te dou pela promessa que me encoraja, quando os ais e as
dores me incomodam, e o temor quanto ao futuro me enche a mente. [...] Permite
que inclusive meus últimos dias glorifiquem Tua fidelidade” (Andrew Murray,
The Everyday Guide to Prayer, p. 112). A passagem também falava sobre servir
a Deus por meio da adoração e obediência, e sobre não me permitir definhar ou
desfalecer. Somos aconselhados a dar graças a Deus pelos frutos que Ele nos
deu: filhos, amigos e bênçãos espirituais.
Não pude segurar as lágrimas ao ler a oração. Senti-me indigna e insignificante
ao pensar em nosso grande Deus, o Criador do vasto Universo, que pensou em
mim – tão pequenina. Não pude deixar de escrever este testemunho de louvor e
disposição de servi-Lo: “Quando considero a ternura de Deus e Seus
pensamentos a meu respeito, eu O louvo por me dar forças e me erguer quando
estou a ponto de desabar. Grande é a fidelidade de Deus para comigo. Eu Te
amo, Senhor Jesus. Meu desejo é servir-Te pelo restante da minha vida.”

MADGE S. MAY
Cuidado com o adversário

Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de


vocês, anda ao redor como leão, rugindo e
procurando a quem possa devorar. 1 Pedro 5:8

Meu esposo e eu somos apreciadores de pássaros. Observar as travessuras dos


passarinhos pelas portas corrediças de vidro nos entretém a cada refeição. É
desnecessário dizer que não gostamos nada de ver o gato malhado da vizinha
andando em volta das casinhas com alimento para aves.
Recentemente, eu lia perto dessa porta de vidro quando olhei para fora e vi
nosso gatuno felino. Eu sabia, pela inquieta cauda, que algo sinistro estava
acontecendo. Mediante uma investigação mais de perto, assisti a um pequeno e
emocionante drama. Uma bela pomba estava sobre a cerca, olhando com atenção
para o gato, aparentemente tranquila diante da situação perigosa que enfrentava.
A impressão que tive foi de que os dois animais estavam brincando um com o
outro. A pomba desafiava o gato a tentar pegá-la, sabendo que poderia voar a
qualquer momento. Enquanto uma permanecia apática diante de sua grave
situação, o outro estava pronto para a emoção da caça. Cada músculo do corpo
do gato estava em alerta máximo. Os olhos estavam grudados na ave.
A pomba tinha consciência de que o gato se aproximava e, assim, casualmente,
distanciou-se um pouco do inimigo, ao longo da cerca. A certa altura, chegou a
ficar de costas para o gato. Lutei comigo mesma para enxotar o gato, mas não
consegui. Eu me sentia impotentemente paralisada diante do drama daquele
momento. Por fim, o gato fez outro movimento para mais perto da ave e ela foi
embora voando.
Quantas vezes nos encontramos racionalizando nossos pecados de estimação?
Pensamos que podemos voar para longe da tentação a qualquer momento, sem
perceber quão mortífero é o adversário e quão sutilmente pode convencer-nos a
ignorar nossa consciência. Então brincamos com esse gato (leão/diabo). Não
percebemos quão velozmente ele pode atacar. E quando ele ataca, esquecemo-
nos de orar fervorosamente ao aliado e amigo precioso, Jesus, por forças
celestiais para derrotar esse inimigo mortal.
Reconhecemos o mundo perigoso em que vivemos. Somos gratas a Deus, que
nos trouxe coragem e esperança ao morrer na cruz em nosso favor. Ele nos diz:
“Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o diabo, que ele fugirá de vocês”
(Tiago 4:7, NTLH). Precisamos, hoje, entregar tudo a Deus. É a única maneira
de conseguirmos escapar desse adversário mortal.

DONNA LEE SHARP


A bola

Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar


boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai
de vocês, que está nos Céus, dará coisas boas
aos que Lhe pedirem! Mateus 7:11

Num mês de agosto, a escola na qual meu filho estudava planejou uma festa em
homenagem aos pais dos alunos. Haveria diferentes atividades e jogos, mas,
infelizmente, meu esposo tinha um compromisso de trabalho que conflitava com
o programa. Ele nunca antes havia perdido um evento promovido pela escola,
mas precisou estar em outro lugar naquela data. Assim, eu me ofereci para ir,
mesmo temendo que o evento não fosse o mesmo para nosso filho sem o pai.
Quando chegamos à escola e meu filho notou os amigos vindo, cada um com seu
pai, com lágrimas decidiu não entrar. Então meu esposo nos levou de volta para
casa e foi ao seu local de trabalho.
Depois de algum tempo, decidimos voltar à escola e participar do programa.
Ao chegarmos, fomos bem recebidos e vimos outras crianças cujos pais não
haviam podido estar presentes.
Quando chegou o momento do sorteio, notamos que os prêmios eram bolas:
bolas de vôlei, de basquete e de futebol. Meu filho ficou entusiasmado quando
viu os prêmios e disse que, se nosso número fosse sorteado, ele escolheria uma
bola de futebol. Então eu, que dificilmente ganhava alguma coisa, comecei a me
preocupar e a orar. Era uma aflição, a cada número chamado. Meu filho se
agarrava a mim com força, enquanto eu apertava o número 82 e orava.
Lembrando-me de como ele havia chorado por causa da ausência do pai,
comecei a clamar a Deus, apoiando-me em Seu interesse até por coisas
pequeninas, sabendo que a bola seria uma espécie de consolo.
Então a pessoa que fazia o sorteio parou por um momento, sacudiu o envelope
e, como se fosse em câmera lenta, anunciou: “Número 82!” Nosso coração
disparou de alegria, e meu filho e eu corremos para receber a última bola de
futebol.
O brilho nos olhos do meu filho era intenso. Ele ficou muito feliz e mostrava a
bola para todo mundo. Contei-lhe sobre o quanto eu havia orado para que fosse
sorteado o nosso número, e ele ficou radiante de alegria. Tivemos um domingo
maravilhoso!
Deus ouve os mais singelos e insignificantes pedidos. Aquilo que até julgamos
como de pouca importância é importante para Deus, porque Ele nos ama muito!

ÉRICA CRISTINA PINHEIRO DE SOUZA


Ao Deus que ouve – minha gratidão

Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e


os Seus ouvidos estão atentos ao seu grito de
socorro. Salmo 34:15

Gosto de parar e pensar sobre como Deus me vê. Diante da grandeza de Deus,
Criador do Universo, quem sou eu para merecer Sua atenção, Seu amor, afeição,
cuidado e proteção? Sim, sou Sua filha, e sei, com certeza, que Ele me ama e
cuida de mim carinhosamente!
Que mais posso dizer quando leio Jeremias 29:11-13? “‘Porque sou Eu que
conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los
prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.
Então vocês clamarão a Mim, virão orar a Mim, e Eu os ouvirei. Vocês Me
procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração.’”
Sempre fui saudável, até começar a me sentir doente, com uma pressão
sanguínea anormal. No hospital, aplicaram-me uma injeção errada, e foi aí que
começou o problema real. Tive duas convulsões que causaram a fratura dos dois
braços, de duas costelas e três vértebras torácicas. Como se isso não fosse
suficiente, sofri um AVC.
Por duas semanas, permaneci em coma. As pessoas que me visitavam diziam
que eu não sobreviveria. Minha família esperava o pior. Os médicos e
enfermeiras diziam que só um milagre me traria de volta à vida. Foi nesse
momento que as orações começaram a ascender ao Céu em meu favor. Fui
ungida pelo querido pastor de minha igreja. Eu não tinha consciência do que
acontecia, mas hoje sei que tantas pessoas oraram por mim que um milagre
aconteceu.
Fiquei no hospital por 27 dias e depois usei uma cadeira de rodas por quatro
meses. Mas hoje estou bem e não tenho sequelas. Realizamos um belo culto de
gratidão, e meu coração continua grato ao nosso Deus Todo-Poderoso e a meus
amados que oraram por mim. Todos os que me acompanharam testemunharam o
milagre que ocorreu e reconhecem que, quando oramos, coisas acontecem –
Deus nos ouve e atende.
“Sobre cada um o Pai celeste vigia com ternura. Nenhuma lágrima é vertida
sem que Deus a note. Não há sorriso que Ele não perceba. Se tão somente
crêssemos isto plenamente, desvanecer-se-iam todas as ansiedades inúteis”
(Caminho a Cristo, p. 86).
Deus pode fazer tudo, inclusive cuidar de mim e de você. Ele me provou isso.

HILDA JOSÉ DOS SANTOS


Protegida por um anjo

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade. Por
isso não temeremos, ainda que a Terra trema e
os montes afundem no coração do mar. Salmo
46:1, 2

Como tenho o problema da claustrofobia, não entro num elevador sozinha, ou


numa área fechada da qual eu não possa sair por conta própria.
Uns cinco meses atrás, acompanhei meu esposo a um escritório da cidade.
Enquanto esperávamos, precisei ir ao sanitário. Examinei a porta e a fechadura, e
notei que a tranca era curva. Entrei no cubículo e fechei a porta, esperando poder
abri-la quando estivesse pronta para sair.
Percebi que me havia metido numa tremenda encrenca quando tentei destrancar
a porta e não consegui. O medo tomou conta de mim; entrei em pânico! Comecei
a gritar pedindo socorro, bati na porta e tentei subir no vaso sanitário, num
esforço por sair. Nesse momento, ouvi a descarga no cubículo ao lado.
Imediatamente, aproveitei a oportunidade e gritei para que a pessoa me ajudasse
a sair.
A simpática senhora me disse que iria em busca de alguém para destrancar a
porta, mas lhe implorei que não me deixasse sozinha – pois eu morreria! Ela me
disse que seu nome era Sue e que não me deixaria. Como Sue, meu “anjo”, era
de baixa estatura, ela pôde se agachar sob a porta, entrar no cubículo, ajudar a
me acalmar, orar comigo e repreender a fobia, que é do diabo. Ela reivindicou
para mim a promessa em 2 Timóteo 1:7: “Pois Deus não nos deu espírito de
covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.”
Sue examinou a tranca e conseguiu abri-la. É desnecessário dizer que nós duas
ficamos felizes e louvamos a Deus por Seu auxílio. Fizemos oração juntas, antes
de voltarmos para nossos respectivos esposos.
É fácil nos esquecermos de que Deus é um socorro bem presente nas
tribulações, e de que tudo o que precisamos fazer é nos acalmar, pensar e pedir
que Ele nos resgate. Naquele dia, permiti que o medo tomasse conta de mim,
mas sei que o Senhor é generoso, cheio de compaixão e me perdoou por esse
momento de fraqueza.

KOLLIS SALMON-FAIRWEATHER
Cem cenouras

Acumulem para vocês tesouros nos Céus.


Mateus 6:20

Há muitos anos, quando nossos filhos eram pequenos, fazíamos


frequentemente uma caminhada nas tardes de sábado até a praia do caudaloso
Rio Skeena, local de muitas lembranças felizes. Um dia, a caminho do rio,
passamos por uma serraria ao lado de uma horta, onde se cultivavam deliciosas
cenouras.
Ali havia várias pilhas de madeira. Uma das extremidades das tábuas ficava
perfeitamente alinhada com as demais, enquanto a outra extremidade formava
algo como degraus desparelhos de uma escada, dependendo do comprimento de
cada tábua.
Notamos uma cenoura na extremidade de uma da tábuas e, quando nos
aproximamos, vimos outra, e mais outra cenoura, na ponta de quase cada peça de
madeira. Depois, vimos não só uma cenoura, mas cinco ou mais sobre algumas
tábuas. Viramo-nos para olhar outra pilha de madeira e, certamente, ali havia
também mais cenouras precariamente amontoadas! Ficamos simplesmente
parados, contemplando aquela cena peculiar e engraçada. Aparentemente, algum
esquilo da região havia descoberto as doces e deliciosas cenouras e decidira
escondê-las para um suculento lanche de inverno. Imagine o trabalho duro para o
bichinho!
Fiquei feliz por estar com minha máquina fotográfica e tiramos uma foto que
ainda nos faz sorrir, ao nos lembrarmos da cena divertida daquele dia. (Na
verdade, agora mesmo olhei a foto, na qual estão visíveis aproximadamente 100
cenouras!)
Então esse dinâmico esquilinho estava, sem dúvida, armazenando seu tesouro
para o inverno. Mal sabia ele que aquilo povavelmente seria em vão, porque as
cenouras, em pouco tempo, ficariam congeladas e estragariam. Talvez ele
devesse ter escolhido as avelãs que a região produzia.
Isso me fez perguntar quais são os “tesouros” que passamos tempo
armazenando, e que um dia serão inúteis. Façamos questão de ajuntar tesouros
no Céu, como atos bondosos em favor daqueles que não podem retribuir, ou
gestos aleatórios de bondade, investindo em pessoas. Anos atrás, li o seguinte:
“Uma vida só, que logo passará; só o que fizemos por Cristo é que
permanecerá.”

GAY MENTES
Das trevas para a luz

No arrependimento e no descanso está a


salvação de vocês, na quietude e na confiança
está o seu vigor. Isaías 30:15

Precisei deixar meu esposo com dois bebês pequenos e um menino de 8 anos
de idade. Como se isso não fosse suficiente, comecei a ouvir vozes. Essas vozes
me mandavam fazer coisas; como eu estava muito frágil, acabava por fazê-las.
Cheguei ao ponto de ser internada numa instituição para doenças mentais,
sofrendo de transtorno bipolar. Tive sete crises horríveis. A voz me dissera que
eu estava curada, e parei de tomar a medicação. Isso trouxe outra crise. Na
sétima crise, tentei tirar a própria vida, e pensei: Preciso encontrar esse
Salvador, ou essa coisa vai me matar.
Eu já havia ido a algumas igrejas, mas não O encontrara.
Então decidi procurar na Bíblia. Quando li o verso de hoje, meu coração se
encheu de esperança, já que esse verso dizia que eu teria força na tranquilidade e
na confiança.
Quando a voz falava comigo, eu recitava o verso acima, respirava fundo, me
acalmava e confiava em Deus, ou imaginava que Ele estivesse a meu lado, e a
voz desaparecia. Fiz esse exercício várias vezes, até que a voz cessou por
completo. Hoje estou livre.
Também li acerca dos mandamentos de Deus e da importância de guardá-los,
mas não havia em minha cidade uma igreja que guardasse todos os
mandamentos de Deus. Senti que pertencia a um rebanho diferente. Então Deus
me guiou à rádio Novo Tempo. Descobri que, às 8h, havia uma pregação muito
boa. Mas eu estava sempre muito ocupada, trabalhando na cozinha naquele
horário, e sempre a perdia. Isso me deixou triste, porque eu precisava ouvir a
pregação. Um dia, para minha surpresa, o despertador tocou às 8h sem que eu o
houvesse acionado. Considerei isso obra de Deus, para que eu pudesse ouvir Sua
mensagem. O despertador continuou tocando por um mês, e por fim me
acostumei tanto a ligar o rádio nesse horário que não esperava mais pelo toque.
Então, um dia, o despertador parou de tocar sozinho.
Deus mostrou o grande amor que tem por todos nós na cruz do Calvário, e
quando desejarmos a verdade, Ele nos guiará até ela.

EVA MATOS RODRIGUES


Silêncio

Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus. Salmo


46:10, ARA

Minha jornada com o silêncio e meu relacionamento com Deus começaram


com duas experiências profundas. Eu vivia na Bavária em 1978, quando meu pai
veio fazer uma visita a fim de descobrir suas raízes. Seus pais haviam emigrado
da Eslováquia para o que hoje é a Croácia, no fim dos anos 1800. Mas papai
queria chegar às suas raízes na terra natal. Fomos a Bratislava, agora capital da
república da Eslováquia, mas, na época, sob governo comunista. Como parte da
nossa visita, fomos a uma igreja católica, a única igreja aberta. O interior era
pré-Primeira Guerra Mundial, e mais provavelmente ao estilo de meados do
século 19. Enquanto estávamos sentados num banco, chegaram algumas pessoas
mais idosas, principalmente mulheres, ajoelharam-se e oraram. O sentimento de
devoção era profundo. Aquele era, realmente, um espaço sagrado, e as pessoas
vinham ali para comungar com Deus – em silêncio e reverência.
A segunda experiência foi quando estive em Tenebrae, que significa “trevas”
ou “sombras”, e durante séculos se aplicou aos antigos cultos monásticos da
noite e do início da manhã, dos três dias antes da ressurreição. Os cultos
começam com velas acesas, cada uma das quais é apagada após um hino
meditativo e um período de silêncio. Por fim, a vela grande, representando a
Cristo, é levada para fora, e a igreja fica em total escuridão.
A reverência que senti na igreja escura e silenciosa era palpável. A princípio,
durante os momentos de silêncio, comecei a orar, mas então percebi que as
palavras eram supérfluas. Eu precisava deixar que Deus falasse e me envolvesse
no escuro silêncio.
Depois do último hino, o órgão tocava um barulho alto, representando a pedra
sendo rolada para lacrar o sepulcro de Cristo. Uma iluminação velada surgia, e
éramos deixados em silêncio. Quando entrei no carro e voltei para casa, senti
que meu tempo com Deus não havia terminado. Dirigi para casa, envolta pela
presença de Deus. Ele fala conosco por intermédio da eloquência do silêncio.
Madre Teresa disse: “Precisamos encontrar Deus, e Ele não pode ser
encontrado no ruído e na agitação. Deus é amigo do silêncio. Veja como a
natureza cresce no silêncio – árvores, flores, grama; veja as estrelas, a Lua e o
Sol, como se movem silenciosamente. Necessitamos do silêncio para poder tocar
as pessoas.”

GLÓRIA DURICHEK GYURE


Feliz aniversário!

Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a


verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se
não nascer de novo. [...] Ninguém pode entrar
no Reino de Deus, se não nascer da água e do
Espírito.” João 3:3, 5

Um dia, mexendo em alguns papéis, encontrei meu certificado de batismo.


Embora me lembrasse de ter sido batizada uns 30 anos antes, não me lembrava
do dia exato. Então comecei a pensar em aniversários passados. Todas nós nos
lembramos do dia do aniversário (embora, às vezes, não queiramos). Recordo
que, na infância, era grande a euforia diante da aproximação do aniversário.
Meses antes, eu falava sobre ele com minha mãe, como se ela fosse esquecer. Eu
mal podia me conter diante da expectativa do meu aniversário. Tenho certeza de
que todas nos lembramos das festas, dos presentes, dos cartões, dos bolos e dos
amigos que comemoraram nosso dia especial. Lembro-me, particularmente, do
meu décimo quarto aniversário.
Minha mãe era divorciada, tinha três filhos, e a vida muitas vezes era difícil. O
dinheiro era sempre curto. Assim, naquele ano em particular, eu não esperava
nada além de “muitas felicidades, muitos anos de vida”. Mas a verdade foi que
minha mãe me deu uma grande festa. Todas as minhas amigas e os membros da
família vieram, trazendo presentes. Foi uma surpresa; fiquei emocionadíssima e
feliz. Para a mente juvenil, era como se eu estivesse no Céu. Nada podia ter sido
melhor. Mesmo agora, uns 30 anos mais tarde, a lembrança daquele dia me traz
momentos agradáveis.
Pergunto-me quanto mais deveríamos comemorar o dia em que morremos para
o pecado e fomos sepultadas naquele sepulcro de água, para sairmos em
novidade de vida, com nosso Senhor Jesus Cristo. Foi o dia em que nossa vida
foi completamente transformada, garantindo que nunca mais seríamos a mesma
pessoa. Que celebração devia ser! Imagine esse aniversário com a santa Trindade
e os anjos todos, em jubilosa comemoração, conosco e por nós. Todos os anos
precisamos comemorar o dia do nosso batismo – não com bolos, presentes e
festas –, mas com rededicação, entregando a vida novamente a Cristo, decididas
a deixar sepultada a velha pessoa do pecado. É o momento de disseminar o
evangelho de nosso Salvador, para que outros experimentem esse inesquecível
aniversário. Então comemoremos o dia do nosso novo nascimento com tanto
zelo e expectativa que a emoção dificilmente caiba dentro de nós – um dia que
nos aponte a vinda de nosso Senhor. Feliz aniversário!

VENESSA STINVIL GUTIERREZ


Trovoadas da vida

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele


me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me
para junto das águas de descanso; refrigera-me
a alma. Salmo 23:1-3, ARA

Foi numa tarde ventosa, turbulenta de agosto que uma feroz tempestade passou
por Kingston, Jamaica. O dia havia sido muito quente e úmido, com breves
períodos de vento e garoa. As pessoas olhavam para o céu, atentas às nuvens da
tormenta. Agricultores que tinham animais verificaram se os rebanhos estavam
todos em abrigos seguros, caso a tempestade chegasse durante a noite. Algumas
pessoas colocaram potes e panelas para captar e armazenar água da chuva, a fim
de terem água limpa durante e após a tormenta. Aqueles que cultivavam vegetais
colheram a plantação para evitar perda total. Naquela noite, em particular,
muitos quilos de vegetais e outros alimentos foram guardados em grandes
celeiros, a fim de acomodar famílias que pudessem não ter alimento durante e
após a tempestade.
De súbito, às 19 horas, os relâmpagos começaram a brilhar! Os trovões
começaram a ribombar! Pessoas corriam em todas as direções, tentando chegar
às casas. Rose, uma menina de dez anos de idade, que havia plantado sementes
para um projeto de ciências, cobriu-as com uma cuba muito pesada antes de
correr para o quarto de sua avó. Ela cobriu a cabeça com travesseiros, porque se
assustava com os relâmpagos e trovões. E todos na cidade fecharam as portas e
verificaram se os trincos estavam seguros. A garotinha não sabia, mas a pesada
cuba que protegia as sementes também lhes deu o calor de que precisavam para
crescer.
Assim acontece com os cristãos, quando estão cobertos pelo calor da oração e
devoção. O Senhor, nosso Pastor, nos guiará a verdes pastos após a passagem do
temporal, e nos restaurará, dando-nos renovada coragem. Ele nos guiará aos
pastos verdejantes, nos quais as sementinhas de bondade possam crescer e se
transformar em belos jardins de amor. Os jardins da vida serão regados e, após
passarem as trovoadas, nossa alma aflita será guiada às veredas da justiça.
Mesmo que nossas pétalas murchem e nós morramos, despertaremos outra vez,
em novidade de vida, para viver para sempre na presença do bom Pastor.
Seremos consoladas por Sua vara e Seu cajado. Lá não enfrentaremos
tempestades elétricas destrutivas; não precisaremos armazenar hortaliças e
outros alimentos, porque uma farta mesa estará preparada diante de nós, e na
presença dos inimigos nosso cálice transbordará. Jamais sentiremos fome ou
sede, porque a bondade do Senhor estará conosco para sempre e sempre.

EDNA ASHMEADE
Compaixão

Um samaritano, estando de viagem, chegou


onde se encontrava o homem e, quando o viu,
teve piedade dele. Lucas 10:33

Meu esposo, Ric, e eu gostamos de viajar. Tivemos a oportunidade de visitar


muitos países, da América do Norte à Ásia. Uma das viagens mais significativas
aconteceu quando passamos as férias em Londres, com meus pais. Sem nunca
havermos estado na Inglaterra antes, estávamos ansiosos por ver tantas coisas
quantas o tempo nos permitisse. Planejei um itinerário moderadamente ativo que
focalizasse um ponto diferente a cada dia. Começou na manhã em que chegamos
a Londres, quando embarcamos, emocionados, no ônibus de turismo, vermelho,
de dois andares, para percorrer a cidade. Num dia, visitamos os pontos turísticos,
como a Torre de Londres, e nos maravilhamos diante da arquitetura das Casas do
Parlamento, com seu famoso ícone, o Big Ben. Em outros dias, viajamos até os
misteriosos monólitos em Stonehenge, e o antigo templo romano em Bath. A
cada noite, revivíamos o que tínhamos visto, na hora de um descontraído jantar
ou uma rápida ceia, antes de nos recolhermos.
Certa noite, ao sairmos de um restaurante próximo ao hotel, olhamos para
baixo e vimos um rapaz sentado na calçada, pedindo dinheiro aos transeuntes. A
maioria das pessoas, que deve tê-lo considerado suficientemente saudável para
trabalhar, especulava sobre as circunstâncias que o teriam levado à presente
situação. Meu esposo, porém, parou e lhe deu o sanduíche intacto que sobrara da
refeição da noite e que ele levava num saquinho. O agradecimento em alta voz
daquele rapaz nos seguiu enquanto continuávamos descendo a rua. Esperando
ver o pedinte jogar o sanduíche para o lado e continuar pedindo dinheiro, olhei
para trás em tempo de vê-lo devorando sofregamente o sanduíche no lugar em
que estava sentado.
Assim como o compassivo samaritano em Lucas 10, meu esposo havia visto o
rapaz como pessoa, não como esmoleiro, e usou o que tinha no momento para
suprir a necessidade imediata de um semelhante. Nunca saberemos que
circunstâncias levaram o rapaz a essa situação desesperada. Talvez ele tenha sido
um mochileiro que foi roubado durante sua aventura. Em vez de fazer um
julgamento precipitado, aprendi o benefício de “precipitar” um gesto de
compaixão. Naquela noite, ao olhar para o rosto de Ric, tenho certeza de que o
rapaz viu os olhos de Jesus.

SHERMA WEBBE CLARKE


O perfume das Tuas vestes

Vejam como é grande o amor que o Pai nos


concedeu: sermos chamados filhos de Deus. 1
João 3:1

Ah, como fiquei emocionada diante da revelação que me deste enquanto eu lia,
hoje de manhã! Deste-me o conforto do Teu amor, em busca do qual eu andava
desesperada. Respondeste à minha prece, na qual eu pedia uma compreensão
profunda da extensão do Teu amor por mim; eu queria conhecer por experiência
quão abrangente ele é, e ser preenchida e inundada pelo próprio Deus, como
prometeste em Efésios 3:19. Deste-me a experiência de ir à Tua presença, e
abriste amplamente os braços, e me permitiste abraçar-Te pela cintura, como se
eu fosse uma criança. Deixaste que eu cheirasse Tua roupa, o perfume das Tuas
vestes. Então me cobriste com o calor do Teu manto, assim como Boaz fez por
Rute. Declaraste, uma vez mais, que nunca me deixarias nem me abandonarias,
como prometeste em Josué 1:5. Disseste-me que eu também nunca Te deixaria.
Disseste que eu podia permanecer envolta por Teu manto, enquanto desejasse. E
como Tu, o Deus Todo-Poderoso, dizes que não devo ir embora, sei que isso é
verdade.
Permites que eu sinta a mesma alegria que Maria Madalena deve ter sentido
quando Te adorou, ungindo Teus pés com perfume e derramando seu amor e
apreço, do fundo do coração. Lá no Getsêmani, adquiriste o direito de perdoar-
lhe os pecados, que eram muitos. Eu também me sinto como Maria.
Tu, grande Deus, que me deixas experimentar Teu amor ao ser envolvida por
Tua justiça, Teu manto branco, és o mesmo Homem que foi abandonado por
todos os melhores amigos. O mesmo Homem cujo coração se partiu no Jardim
do Getsêmani, ao adquirires o direito de permitir que eu Te abrace. Adquiriste o
direito de me envolver no manto da Tua justiça, do Teu amor, fé e pureza. “Vede
que grande amor nos concedeu o Pai!”
Hoje, enquanto leio, percebo o que tens feito. A capa, a túnica, as vestes que
puseste ao meu redor são o manto da Tua justiça. Ah, Jesus, e pensar que não
preciso estar em lugar nenhum a não ser aqui, contigo, permanecendo sob Tuas
vestes brancas! O preço requerido para o recebimento de uma dádiva como essa
é, simplesmente, a entrega do “eu” (Isaías 55:1)!

ELIZABETH BOYD
Ponha Deus à prova

Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para


que haja mantimento na Minha casa; e provai-
Me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não
vos abrir as janelas do Céu e não derramar
sobre vós bênção sem medida. Malaquias 3:10,
ARA

As palavras: “Não furtarás” (Êxodo 20:15) e “Roubará o homem a Deus?


Todavia, vós Me roubais [...] nos dízimos e nas ofertas” (Malaquias 3:8, ARA)
me espicaçavam como uma saraivada, toda vez que eu recebia meu magro
holerite. Além disso, uma voz suave, como um gotejar contínuo em dia de
chuva, sempre me incomodava até as gotas ficarem mais espaçadas, diminuírem
e, por fim, pararem. Senti-me confortável com minha desonestidade.
Fazia algum tempo que eu não devolvia o dízimo. Como dividir meu
contracheque com a igreja? Eu não só trabalhava por um salário mínimo, como
meu empregador me fez lembrar de que meu emprego seria descontinuado. Eu
morava numa cidade pequena, e a perspectiva de um futuro emprego ali era
limitada. Minha renda mal cobria as necessidades mais básicas. O dízimo não
fazia parte do meu orçamento.
A frustração me oprimia. Quais eram as minhas alternativas? Talvez eu pudesse
voltar a estudar. Mas isso exigiria pagamento. Depois de ponderar seriamente,
com oração, decidi assumir o risco. Matriculei-me numa universidade estadual.
O Senhor é longânimo, e esticou meu pagamento para incluir as despesas com
educação. Os desafios eram muitos, mas Deus estava comigo.
Então, num sábado, um pastor visitante na minha igreja pregou sobre
mordomia cristã. Aquelas pedras de granizo me atingiram novamente, mas desta
vez a voz foi alta e clara: “Vós Me roubais nos dízimos e nas ofertas.” Quando
ele fez o apelo para um compromisso, respondi e, ao voltar para o meu
apartamento, lutei, ajoelhada. Abri a Bíblia em Malaquias 3:8-11, os versos que
o pastor havia lido. Minha decisão foi definitiva. Eu poria Deus à prova. Não
houve evasiva. Comecei a devolver o dízimo e permaneci fiel à minha promessa.
E “o azeite da botija” nunca se esgotou. Havia sempre exatamente o suficiente
para “encher a panela” (1 Reis 17:16).
No fim do curso, comecei a procurar emprego. Dois dias após a última
entrevista, o diretor me chamou e me ofereceu o emprego. Deus havia reservado
para mim o trabalho perfeito – na verdade, um ministério. Ponha Deus à prova.
Veja como Suas bênçãos se derramam sobre aqueles que confiam nEle!

BEULAH E. ANDREWS
Uma segunda oportunidade

As Suas misericórdias são inesgotáveis.


Renovam-se cada manhã; grande é a Sua
fidelidade! Lamentações 3:22, 23

Não é com frequência que vivemos o mesmo dia duas vezes. Há pouco tempo,
meu esposo, Bob, e eu saímos de Cairns, Austrália, às 8h da manhã, e chegamos
a Michigan [EUA] à meia-noite, 31 horas depois. Acima do Pacífico, cruzamos a
linha internacional de data e começamos aquele domingo outra vez. Vimos duas
vezes o amanhecer, uma sobre o Mar dos Corais, e uma sobre o Pacífico.
Tomamos o desjejum no hotel em Cairns, o almoço entre Cairns e Auckland, na
Nova Zelândia, o jantar logo ao sair de Auckland, e o desjejum novamente um
pouco antes de São Francisco. Ponderei sobre a oportunidade de uma segunda
chance de viver bem aquele dia.
Sentada ali, tive tempo de orar pela família, por amigos, pela igreja e questões
pessoais. Tive tempo de pensar nas muitas tarefas que me aguardavam em casa
após cinco semanas de ausência. Comecei a fazer a lista num pedaço de papel e
checar as mais urgentes. Também tive tempo de refletir sobre nossa viagem
maravilhosa – primeiro à Nova Zelândia, onde meu esposo batizou uma neta de
12 anos de idade que mora lá, e um neto de 11 anos que veio de Oklahoma.
Posteriormente, fomos à Austrália para visitar amigos e passear. Recordei o
carinho dos membros da igreja que assistiram ao batismo, os passeios turísticos,
as caminhadas e o entretenimento com as famílias de nossas duas filhas. Depois,
meus pensamentos se voltaram para a bondade de Deus em poupar uma filha da
cegueira numa emergência oftalmológica, a hospitalidade dos amigos que nos
receberam na Austrália e as novas espécies de aves que adicionei à minha lista.
Sorri pensando nos cangurus, no coala que alimentamos e afagamos, nos
pelicanos que vimos de perto, na viagem de barco à Grande Barreira de Corais,
no passeio de trem dentro da floresta tropical, nas cordiais boas-vindas na igreja
de Cairns, e muito mais.
Se eu tivesse uma segunda chance num dia normal, sem a privação do sono,
como eu o passaria? Dedicaria mais tempo à oração? Planejaria minha vida de
modo mais estratégico? Refletiria sobre as bênçãos e lembranças felizes?
Estamos planejando a mudança, sem muita demora, para uma pátria sem noite.
Saberemos como passar mil anos lá? Poderemos conversar com Ele face a face,
programar viagens pelo Universo e desfrutar um aprendizado infindável.
Poderemos, para sempre, recontar as bênçãos de Deus.

MADELINE STEELE JOHNSTON


Outro tipo de fertilidade

O meu corpo e o meu coração poderão


fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e
a minha herança para sempre. Salmo 73:26

Marcel, um fotógrafo e colega meu, tinha um compromisso perto de meu


escritório e passou para conversar um pouco. Sempre gosto de nossas conversas,
e assim coloquei de lado meus papéis e fiz a pergunta costumeira: “Como vai
você?” Boa pergunta. Nos dois sentidos.
Mencionei o fato de ter passado por uma histerectomia um mês antes, e ele se
surpreendeu por me ver sorrindo. Ele sabia que eu não tinha filhos. Para
diminuir seu constrangimento, disse-lhe que acreditava em Deus e tinha certeza
de que Ele havia, de algum modo, me preparado para isso, e eu sabia que Ele me
ajudaria a superar a leve tristeza pela qual passava.
Não chegamos a ir longe em nossa conversa, pois ele precisou sair para
começar a sessão de fotos. Enquanto se apressava para sair, ele disse, em voz
baixa: “Eu também sou cristão.” E se foi.
Duas semanas mais tarde, Marcel passou de novo pelo meu escritório. Dessa
vez, não tinha compromisso por perto. Assim, continuamos a conversa sem
interrupções. Ele me entregou um presentinho e disse: “Lorena, eu lhe desejo
outro tipo de fertilidade. Certo, você não terá a oportunidade de gerar filhos, mas
pode criar outro tipo de filhos. Você pode fazer todo tipo de coisas que
beneficiem os outros. Você pode produzir coisas que exerçam influência positiva
sobre as pessoas.”
Depois que ele saiu, peguei meu diário e escrevi estas palavras: “outro tipo de
fertilidade”. Eu sabia que aquele seria um momento do qual me lembraria para
sempre. E agora estou convencida de que essa foi também a mensagem do Pai
celeste. Foi uma forma de me dar ânimo para prosseguir. Afinal, é Ele o Deus
que disse: “Cante, ó estéril, você que nunca teve um filho; irrompa em canto,
grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto” (Isaías 54:1).
Naquela noite, meu esposo e eu nos sentimos muito tocados ao refletir sobre
essas palavras sábias, que promovem cura. Até para um homem, essa foi uma
mensagem particularmente animadora.
Assim, convido você a tomar essas palavras simples, refletir sobre elas e fazer
com que se encaixem na história da sua vida. É o Pai, animando-nos a
prosseguir. Ele pode tornar mais largos os sorrisos, menores as lágrimas, e o
serviço em favor dos outros extraordinariamente gratificante – outro tipo de
fertilidade.

LORENA MAYER
Após o livramento, uma escolha

Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes


preservar um remanescente nesta terra e para
salvar-lhes a vida com grande livramento.
Gênesis 45:7

“Uuuii! Que é isso?”, exclamou meu esposo, ao olhar para o vômito que nosso
grande pastor-alemão, Max, havia deixado no chão. Olhei mais de perto e vi uma
bolha daquele grude se mexendo. Eu não tinha certeza do que pudesse ser, mas
sabia que estava vivo. Peguei a coisa e a levei à pia, abri a torneira de água
morna e comecei a lavar o conteúdo do estômago de Max. Para minha surpresa,
era o filhotinho de algum tipo de esquilo – eu não sabia dizer ao certo. Estava
vivo, mas frio. Tendo nascido para ser mãe, enfiei o bebê no lugar que considerei
mais quentinho – embaixo da blusa, dentro do sutiã. Meu marido simplesmente
não acreditou! Fui fazer minhas tarefas domésticas e, à medida que as horas
passavam, ele perguntava: “Ainda está vivo?” E eu respondia: “Está!”, e dava
risada.
Bem, o Chip, como resolvemos chamar nosso esquilinho terrícola, tinha uma
pata da frente muito machucada. Como alimento, nós lhe demos farinha de aveia
cozida com nozes e coisas misturadas, porque ele não podia comer comida
regular. Quando ele foi à igreja comigo, na hora da história para as crianças, a
congregação toda quis afagá-lo. Ele era um ator regular e gostava de atenção. De
sua gaiola, ele passava as horas olhando ansiosamente para fora da janela, para o
grande espaço ao ar livre, e você podia ver que ele queria liberdade. Orei,
pedindo orientação, sabendo que não poderia soltá-lo na natureza com a pata
machucada. Tentei colocar vários tipos de tala, mas nada funcionou. Então
tivemos a ideia de simplesmente colocar um curativo sobre ela. O curativo ficou
apenas três dias, mas permitiu a cura da patinha. Quando Chip finalmente a
removeu com os dentes, podia usar a pata de novo. Conservamos o esquilinho
por mais uma semana, para garantir que ele pudesse usá-la para segurar todo tipo
de alimento. Então nós o levamos pela estrada até uma bela pilha de lenha, onde
ele ficaria seguro, e o libertamos. Levei-lhe alimento por uma semana, e ele saiu
para me ver por uns dois dias. Mas, depois disso, não apareceu mais ao ouvir
minha voz.
A história de Chip me faz lembrar de que Jesus pagou o preço máximo por nós,
por nossa liberdade, e pelo direito de escolhermos onde viver pela eternidade.
Jesus faz tanto por nós e, se escolhermos ir morar com Ele, todas as nossas
imperfeições serão corrigidas, para sempre. Ah, como desejo ouvir a voz de
Jesus me chamando para o lar! Que dia glorioso será esse!

MONA FELLERS
Setembro

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30
Totalmente pago

Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor


Jesus Cristo que, sendo rico, Se fez pobre por
amor de vocês, para que por meio de Sua
pobreza vocês se tornassem ricos. 2 Coríntios
8:9

Parece que minha filha e eu estamos sempre diante do Senhor, pedindo-Lhe


algo, e dando-Lhe graças por bênçãos já desfrutadas. O ano de 2009 não foi
exceção.
Poucos anos antes, minha filha Loretta havia recebido o diagnóstico de
esclerose múltipla. Antes disso, ela havia diligentemente sido a professora dos
dois filhos em casa, e fazia o doutorado em educação. Passara nos abrangentes
exames em sua primeira tentativa, e esperava completar o curso em tempo
recorde. Nunca imaginaríamos que naquele ano, em vez de escrever sua
dissertação, ela passaria os 12 meses seguintes em busca de uma resposta. A
família dela vivia com uma renda só, e não tinha plano de saúde na época do
diagnóstico. Loretta não possuía mais dinheiro para fazer o curso, e havia cada
vez menos perspectivas de concluir o doutorado.
A praxe da universidade era que os estudantes de doutorado não podiam
ausentar-se do programa por mais de um ano. Se isso acontecesse, o aluno
deveria começar tudo de novo. Como mãe, eu animava Loretta por meio da
oração, e meu esposo e eu também lhe demos alguma assistência financeira, mas
não foi suficiente. Confiamos em que Deus abriria as janelas do Céu e
derramaria sobre nós uma bênção financeira. Um dia, enquanto apresentava suas
súplicas ao Senhor, um texto veio à lembrança de Loretta. Ela se sentiu
impressionada a escrever cartas para pessoas influentes ao redor do mundo –
desde celebridades até o presidente dos Estados Unidos. O prazo final para a
matrícula aproximava-se rapidamente. De modo magnífico, a partir do nada,
uma porta se abriu. Loretta recebeu uma carta da universidade, declarando que
seus estudos estavam totalmente pagos até o fim do programa de doutorado.
Como é poderoso o Deus a quem servimos!
Essa experiência me aproximou mais do Senhor. Como você sabe, Jesus fez o
sacrifício máximo, salvando-me de meus pecados. O desejo de Deus é salvar-
nos, e Ele tornou isso possível ao entregar Seu único Filho. Aprendi que não
preciso me preocupar ou me estressar com os cuidados desta vida. As dívidas
que tenho são elevadas demais para saldar. Jesus Cristo pagou tudo, e Seu
sangue cobriu meu pecado. Minha dívida foi totalmente paga.

VIVIAN BROWN
O testemunho de Dorothy

Por isso não desanimamos. Embora


exteriormente estejamos a desgastar-nos,
interiormente estamos sendo renovados dia
após dia, pois os nossos sofrimentos leves e
momentâneos estão produzindo para nós uma
glória eterna que pesa mais do que todos eles. 2
Coríntios 4:16, 17

Quando minha irmã, Dorothy, recebeu o diagnóstico de HIV/AIDS, a família


ficou mais irada do que triste. Por que Deus permitira que uma coisa tão horrível
acontecesse? Pessoalmente, fiquei extremamente zangada com o esposo dela,
culpando-o por tê-la infectado. Acrescentando um insulto ao dano, ele se
recusou a dar-lhe dinheiro para a medicação. Ameacei-o, dizendo que se algo
acontecesse com minha irmã, eu o consideraria responsável. Eu me consumia de
amargura e raiva contra ele, e nunca pensei no tormento pelo qual ele poderia
estar passando. A despeito da dor e do sofrimento de Dorothy, minha linda irmã
nunca culpou o esposo. Nunca o repreendeu por, deliberadamente, reter apoio
financeiro, mas dava graças a Deus por haver-lhe dado uma família que a
apoiava.
Nossa família solicitou orações de amigos e jejuou durante dias, crendo que
Cristo, em Seu ilimitado amor, restauraria a saúde dela. A despeito disso tudo,
Dorothy não foi curada fisicamente. Em sua última carta para mim, a qual
chegou dois dias antes de ela iniciar seu repouso em Jesus, ela expressava
gratidão a Deus. “Deus tem me mostrado muito amor e muitos milagres durante
este período”, ela escreveu. “Nada há que eu possa fazer por Ele, a não ser
aguardá-Lo naquela formosa manhã, quando todos nos reuniremos sobre o mar
de vidro. Minha oração é que todos estejamos lá.”
Minha irmã explicava que, embora não recebesse o milagre da cura física,
acreditava que Deus a havia curado espiritualmente. Ela cria que Deus
respondera ao seu maior pedido em oração: salvar sua alma da perda eterna. Ela
citou as palavras de Paulo no texto de hoje.
Contaram-me que todos ao redor de Dorothy choravam durante sua última ida
ao Hospital Mulago, em Uganda, mas ela cantava: “A Deus demos glória com
grande fervor, Seu Filho bendito por nós todos deu.” Minha mãe e minha irmã
mais nova, fortalecidas por sua coragem e fé, começaram a cantar com ela.
Dorothy repetia as palavras: “Meu Redentor vive.” Dois dias depois, descansou
pacificamente durante o sono.
Em vez de me lamentar, comecei a louvar a Deus por esse grande testemunho.
Também perdoei a meu cunhado e, por fim, fui inundada por uma grande
sensação de calma.

EDITH KIGGUNDU
Encorajar é uma ação positiva

A palavra proferida no tempo certo é como


frutas de ouro incrustadas numa escultura de
prata. Provérbios 25:11

Quando olhamos para o nosso passado, é absolutamente maravilhoso recordar-


nos das diferentes pessoas que conhecemos e dos relacionamentos que
mantivemos. Alguns foram inspiradores e enobrecedores, enquanto outros foram
desanimadores. Creio que, em todas as situações, Deus procura ensinar-nos
algumas lições. Talvez nunca saibamos, antes da eternidade, qual o efeito que
nossas palavras e atos tiveram sobre as pessoas com quem nos associamos, dia
após dia.
Penso na história de Russell e naquilo que as animadoras palavras proferidas
por uma pessoa compreensiva fizeram por esse rapaz. Elas lhe deram a coragem
e a confiança de que Deus poderia falar por intermédio dele para alcançar os
jovens da nossa igreja.
Russell frequentava uma grande igreja nos subúrbios de Adelaide, a capital da
região sul da Austrália. Quando tinha por volta dos 18 anos de idade, sentiu o
desejo de pregar a Palavra de Deus. Mas Russell não tinha a confiança de pregar
diante dos seus colegas, e por isso procurou uma igreja do interior, em Murray
Bridge, a aproximadamente 80 quilômetros de Adelaide. Após muito tempo de
oração e estudo, Russell teve confiança para pregar seu sermão de estreia.
Contudo, quando chegou o momento e ele se levantou para pregar, as palavras
lhe faltaram. Ele perdeu a coragem e saiu da igreja para um salão anexo. Ali,
uma senhora de meia-idade o alcançou e lhe falou bondosas palavras de
estímulo.
Posteriormente, Russell mudou-se com a família para Melbourne, a capital de
Victoria, onde ele se preparou para ser professor. Casou-se, e agora prega numa
igreja de jovens. Também dirige estudos bíblicos semanais para um grupo de
rapazes, e sua esposa faz o mesmo com as moças.
Nós subestimamos a poderosa palavra “encorajamento”. Deus nos dá palavras
para falar e nos impulsiona à ação. “Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus
nosso pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça,
deem ânimo ao coração de vocês e os fortaleçam para fazerem sempre o bem,
tanto em atos como em palavras” (2 Tessalonicenses 2:16, 17). O maravilhoso é
que Deus não só nos anima, como, por meio do Espírito Santo, pode ajudar-nos a
encorajar os outros. Talvez nunca saibamos a diferença que isso pode fazer na
vida de alguém.

JOAN D. L. JAENSCH
Areias prateadas

Mas por isso mesmo alcancei misericórdia,


para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo
Jesus demonstrasse toda a grandeza da Sua
paciência, usando-me como um exemplo para
aqueles que nEle haveriam de crer para a vida
eterna. Timóteo 1:16

O bangalô que hospedou a mim, a meu esposo Milton e a vários outros casais
no retiro do corpo docente estava quieto. Às 5 da manhã, passamos
silenciosamente pelos dormitórios, saímos pela porta da frente e fomos respirar o
refrescante ar da manhã. Parecia realmente um dia novo. Enquanto
caminhávamos pela sinuosa trilha em direção à praia, um raio de sol espiou por
trás do céu oriental. Se os outros soubessem o que estavam perdendo, teriam
pulado para fora da cama e ido conosco. Ouvimos o suave quebrar das ondas e
contemplamos o amanhecer, uma cintilação alaranjada no céu. Como crianças,
apressamo-nos em livrar os aprisionados pés dos chinelos para caminhar na água
fria. A areia branco-prateada parecia pó entre meus artelhos. Milton entrou na
água até a cintura, e eu, até os joelhos. Meu corpo inteiro parecia imerso e
refrigerado pela água clara e relaxante.
Após alguns minutos, notei que Milton havia se distanciado um pouco na praia.
Sem querer perder um momento de nossa aventura matinal, fui atrás dele. Mas
era difícil caminhar em suas pegadas na areia. Eu precisava dar dois passos para
cada um dele. Chamei-o, pedindo que me esperasse, e imediatamente me lembrei
do popular poema “Pegadas na Areia”.
No caminho de volta para o bangalô, refletimos sobre a bela experiência da
manhã, mas fiquei impressionada com a ideia de andar nas pegadas de outra
pessoa. Como pais, esperamos que os fihos andem em nossas pegadas, mas isso
é difícil para eles. Como professores, desejamos que os alunos façam e ajam
exatamente como nós. É quase impossível, de acordo com um provérbio popular
dos índios americanos: “Não julgue os outros antes de caminhar com os seus
mocassins.”
Naquela manhã, a experiência nas areias prateadas me fez perceber que não
devo esperar que os outros sejam como eu. Devo apontar para eles o perfeito
exemplo de Cristo. Mostrar-lhes como cultivar um relacionamento com Ele.
Quando O imitarem, Ele não só lhes mostrará o que fazer, mas, quando
cometerem algum erro, Se disporá a perdoar-lhes e cobri-los com Sua justiça.

GLÓRIA GREGORY
Livramento

Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos


segundo a instrução e o conselho do Senhor.
Efésios 6:4

Notei que ele estava sempre sozinho. Não disse uma palavra, nem uma sequer,
durante um longo período de tempo. Quem é essa criança?, eu me perguntava.
Que estaria fazendo naquela prisão, entre todos aqueles homens mais velhos?
Havia uma instituição para adolescentes. Por que ele nunca assistia às sessões de
aconselhamento? Eu não tirava os olhos dele.
Um dia, um dos homens mais velhos lhe falou e então, tomando-o pela mão,
levou-o a um dos grupos de aconselhamento. O menino foi com ele mansamente,
e sentou-se. Não muito depois, pediu uma Bíblia. Eu lhe dei uma, e ele a apertou
contra o coração. Mais tarde, muitos dos outros homens me contaram que ele a
levava consigo por toda parte. Quando saíam, enquanto os outros jogavam bola,
ele procurava um lugar quieto e lia a Bíblia. Passou muito meses atrás das
grades.
Por fim, o caso chegou perante o juiz. Naturalmente, ele devia estar com medo.
Cedo, de manhã, quando o oficial foi buscá-lo, encontrou-o ajoelhado, agarrado
à Bíblia e orando. O juiz olhou para ele com compaixão, enquanto ele se
assentava na sala do tribunal ao lado de seu advogado. Ali estava uma criança de
14 anos. O conselheiro pediu que ele tirassse sua camisa e mostrasse as costas
aos jurados. O rosto do juiz empalideceu, pois as costas do rapazinho estavam
tão marcadas com cicatrizes, que não ficava visível sua pele original. Quando o
juiz se recompôs, disse, com lágrimas na voz: “Vista de novo sua camisa e vá
para casa.” Contaram-me que não se via um par de olhos secos naquele tribunal.
A história era que o pai do menino era um alcoólatra que voltava para casa
embriagado todos os sábados à noite e batia nele e na mãe dele sem
misericórdia. Uma noite, quando o pai estava a ponto de matá-la de modo brutal,
o menino pegou uma faca de cozinha e esfaqueou o pai até a morte. A mãe
acabara no hospital, e ele, na cadeia.
Sozinho e assustado, ele se viu preso. Não falara com ninguém, até o dia em
que pediu a Bíblia, que ele lia constantemente. Ele e sua mãe se reuniram, e ele a
incentivou a ir junto para a igreja. Agora, ambos são fiéis ao Senhor que lhes
concedeu livramento.
Dê graças ao Senhor, pois Ele é bom e Sua misericórdia dura para sempre.

DAISY SIMPSON
O Deus da estética

Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre,


tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo
o que for amável, tudo o que for de boa fama, se
houver algo de excelente ou digno de louvor,
pensem nessas coisas. Filipenses 4:8

Alguns anos atrás, ouvi uma dissertação sobre minha igreja e seus valores. O
estudo se concentrou nos valores que alcançavam pontuação mais alta entre os
membros da igreja e apresentou hipóteses sobre o motivo. Os resultados foram
um tanto previsíveis. Uma inesperada mudança de direção, porém, nos
surpreendeu a todos. Um dos examinadores, professor visitante de outra
denominação, disse: “Isso tudo é muito bonito, mas não seria interessante
considerar os valores que não atingiram muitos pontos, como, por exemplo, a
estética? Vocês pregam a respeito do Céu, onde se espera que tudo seja bonito,
mas parece que ninguém dá importância à estética aqui na Terra. Como vocês
explicam isso?”
Toda vez que lemos o verso de hoje, normalmente pensamos no caráter, nos
pensamentos, etc., mas raramente achamos que esse verso também pode referir-
se à beleza, pura e simples.
Alguns dias atrás, li a respeito do êxodo dos israelitas, particularmente quando
Deus lhes deu instruções sobre como viver. Deus deu ao Seu povo os Dez
Mandamentos, explicou suas responsabilidades sociais, depois falou sobre as leis
sabáticas e as festas e, finalmente, os instruiu sobre como edificar o tabernáculo.
De Êxodo 25 até o fim do livro, 11 capítulos dos restantes 16 descrevem uma
criação estética! Poderia significar, talvez, que a beleza seja importante para
Deus, mesmo aqui na Terra imperfeita? Fragrâncias, cortinas coloridas, pedras
deslumbrantes, querubins bordados – algo poderia ser mais bonito que isso?
Êxodo 35 declara que é o Espírito de Deus quem nos dá “plena capacidade
artística, para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar
e lapidar pedras e entalhar madeira para todo tipo de obra artesanal. A todos
esses deu capacidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas,
bordadores de linho fino e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e como
tecelões. Eram capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal” (v. 31-
33, 35).
Você acha que a estética tem elevada pontuação no sistema de valores de Deus
e faz parte de Sua essência? Eu acho. Por que não fazemos esforços para refletir
essa beleza e agir com base em “tudo o que for amável” em nossa vida? Que
hoje possamos trazer um pouquinho de Deus e do Céu para a Terra.

CÍNTIA GARCÍA BLOCK


Esforço motivado pelo amor

Lembramos continuamente, diante de nosso


Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o
trabalho que resulta da fé, o esforço motivado
pelo amor. 1 Tessalonicenses 1:3

No início de cada ano letivo, além de adquirir os livros didáticos novos e


usados, tínhamos que preencher um questionário a nosso respeito. A melhor
parte não era o formulário em si, mas o seu propósito. Estava começando o
programa “Amigos de Oração”. Cada aluno relacionava a data de seu
aniversário, informações sobre a família, interesses e também coisas das quais
não gostavam. Os responsáveis pelo “Amigos de Oração”, então, distribuíam as
informações aos membros da igreja que desejassem orar pelos estudantes. A
ideia era que cada aluno tivesse um guerreiro da oração orando especialmente
por ele.
Para um adolescente, algo tangível como um cartãozinho ou uma surpresa
mostrava que alguém se importava com ele e orava em seu favor. Infelizmente, a
maioria dos alunos nunca recebia nada. Por volta da época do Natal, a maioria se
havia esquecido de que tinha os “Amigos de Oração”.
Desde caloura até o último ano, preenchi o questionário. Os anos passaram sem
um bilhetinho sequer de meu amigo de oração. Não podia deixar de me
perguntar se eu havia sido esquecida. No último ano, cheguei ao trabalho certa
manhã, e vi um vaso de violeta africana sobre a escrivaninha. Perguntei: “De
quem veio isso? É para mim?” Meus chefes disseram que não poderiam
responder, mas eu sabia que era de meu amigo de oração.
Ao longo daquele ano, encontrei pequenas surpresas sobre minha mesa quando
chegava para o trabalho. Era a melhor das sensações saber que alguém pensava
em mim e orava em meu favor. Eu me senti amada.
Algum tempo depois de minha formatura no ensino médio, contei a meu primo
sobre os amigos de oração e sobre o significado de, por fim, receber alguma
coisa. De repente, notei que meu primo e minha tia apresentavam um ar
engraçado no rosto. “O quê? Eram vocês os meus amigos de oração?”, perguntei,
incrédula. Minha tia disse que não era, mas sentia desgosto por saber que eu e
alguns dos outros alunos nunca havíamos recebido algo que revelasse que
tínhamos um amigo de oração, e decidira tomar o assunto nas próprias mãos.
Assim, todas as pequenas surpresas e lembrancinhas eram dela!
Minha tia viu a necessidade não apenas de oração, mas de ação. Como diz o
texto, “esforço motivado pelo amor”. Minha oração é que seu amor a motive a
esforçar-se em favor daqueles que a rodeiam.

BETH-ANNE NICOLE WHITE


Um balde de alegria

Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande


humildemente com o seu Deus. Miqueias 6:8

Uma família da igreja veio fazer uma visita durante minha enfermidade, e
trouxe junto o filho pequeno. Quando entraram pela porta de repente, fiquei
triste ao pensar que não tinha brinquedos em casa, com os quais ele pudesse
brincar. Isso, naturalmente, tornou desafiadora para os pais a visita. Mas, após
explorar o ambiente, aos poucos a criança encontrou alegria em brincar sozinha
com seu único brinquedo, um carrinho.
Quando nosso filho era pequeno, ele tinha tantos brinquedos que havia sempre
o suficiente para dividir com os amigos. Entretanto, ao ficar mais velho e sair de
casa para frequentar a universidade, passamos adiante ou jogamos fora a maior
parte daqueles amados tesouros. Uma semana depois da visita do garotinho,
comecei a procurar pela casa, sabendo que ainda devia haver brinquedos em
algum lugar. Foi então que encontrei um quebra-cabeça. Fiquei encantada, mas
me vi olhando fixamente para ele por um minuto. Era um tabuleiro amarelo de
cortiça, com números coloridos para serem destacados: alaranjados, azuis,
verdes e roxos. Era um jogo atrativo, seguro, fácil e interessante para uma
criança. Mas o que me intrigou foi a posição dos números. Eles estavam em
ordem, de 1 a 0. Muitas vezes, eu havia me perguntado por que o zero estava no
fim, em vez de estar no início. Não sou educadora, de modo que, após pesquisar
na internet, aprendi que o zero é um dos números mais importantes. Ele
desempenha um papel central na física, química, ciência da computação e
matemática, denotando importantes elementos, objetos, graus, valores, lógica e
teorias. Mas isso ainda não me explicava o quebra-cabeça.
Pensei em como nós, adultos, nos concentramos tanto em números. Cada um
deles tem a própria identidade, forma e cor. Faz diferença se um deles é o mais
mportante? O zero no fim pareceria tão bom quanto qualquer outro número para
uma criança. Assim como aqueles números, às vezes tentamos colocar-nos
acima de outros, só para sobressairmos. Mas, no fim, isso não nos torna
melhores do que qualquer outra pessoa. Como minha família costumava dizer,
temos que vestir as calças – uma perna de cada vez.
Tratar bem uns aos outros é aquilo que nos esforçamos por ensinar aos filhos, e
mesmo assim nos esquecemos das próprias lições. Não dizemos a eles: “Jesus
quer que amemos uns aos outros”?
Agora tenho um balde de brinquedos, incluindo o quebra-cabeça, prontos e à
espera de que um pequeno visitante venha outra vez. Isso também seria um balde
de alegria.

CATHERINE MCIVER
Falando com Deus

Em paz me deito e logo adormeço, pois só Tu,


Senhor, me fazes viver em segurança. Salmo 4:8

Fazia cerca de duas semanas apenas que meu esposo David falecera, e eu
estava tendo uma das minhas conversas com Deus.
Não havíamos feito o joguinho do “Por que comigo?” David era maravilhoso, e
teve fé em que Deus o curaria ou então permitiria que dormisse até Jesus voltar
para buscar-nos. Não foi fácil viver aqueles 12 a 14 meses que o cirurgião havia
dado de vida a meu esposo. Num momento, uma contração no braço direito; no
minuto seguinte, a sentença de morte. “Tumor maligno no cérebro”, disseram.
Nas primeiras semanas, corremos atrás de idas ao hospital, radioterapia e uma
cirurgia.
Muitas coisas aconteceram durante aqueles meses, e nossa casa foi inundada
por enfermeiras, médicos, pessoas adaptando nossa casa para as necessidades de
David e, mais importante, para nós, nosso “pequeno grupo” da igreja. Todas as
quintas-feiras pela manhã, estudávamos a vida de Jesus, e todas as semanas
nossa fé crescia no conhecimento de que Deus nos ama e salva. As amizades
cresceram ao redor daquela mesa, e foram esses amigos que cuidaram de nós e
nos carregaram pelos dias mais tenebrosos.
David comemorou o septuagésimo aniversário e, naquela noite, depois que
todos os visitantes haviam saído, ele adormeceu. A igreja estava repleta para a
cerimônia que relembrava a vida dele. Alguns meses antes, ele até havia escrito
um cântico, e o coral o cantou durante a cerimônia. Nós o levamos ao descanso
numa tarde ensolarada, e agora, sobre a lápide, estão as palavas do texto de hoje,
uma oração da qual me lembro diariamente.
Os dias após a morte de David foram incrivelmente tristes e muito silenciosos
em comparação com os meses anteriores. Eu havia gritado para Deus, bradado
para Ele, e finalmente Lhe perguntei: – Por quê? Quando todos havíamos pedido
apenas um milagre, Ele não nos ouvira? A resposta que recebi foi
impressionante: – Eu lhe dei dois milagres. – Teria eu deixado de notá-los? Eu
não tinha visto nada.
– Que dois milagres? – perguntei, em meio às lágrimas.
– Nenhum de vocês sentiu dor. Eu a tirei de vocês.
Sabe, eu sofro de artrite reumatóide e não havia tido uma única crise durante a
enfermidade de David, e o havia levantado de cadeiras, camas e cadeira de
rodas. Quatro dias depois do sepultamento, acordei sentindo que não podia
mover minhas mãos.
Quando as pessoas me perguntam sobre Deus e Sua existência, digo: “Ele
existe. Tenho provas.”

WENDY BRADLEY
É a esse Jesus que eu sirvo?

Minha graça é suficiente. 2 Coríntios 12:9.

Não pude deixar de pensar naquilo que nosso filho Paul dissera: “É a esse Jesus
que eu sirvo?” Tenho considerado um privilégio e uma alegria servir os outros.
Na verdade, foi emocionante pensar que eu podia estar servindo meu melhor
amigo, Jesus, Aquele que me criou! Aquele que me possibilitou estar com Ele
eternamente. A pergunta de Paul me fez lembrar daquilo que Jesus disse: O que
vocês fazem pelos outros, fazem por Mim. Que privilégio é o nosso!
Deus nos ama profundamente. Está mais perto de nós do que imaginamos.
Pense: cada respiração que Ele proporciona, cada batida do coração, é uma
dádiva que vem dEle. Ele responde às orações. Cuida de tudo o que nos diz
respeito. Escritos inspirados nos dizem que nós O conheceremos por Sua voz!
Ouvimos a voz de Deus de muitas maneiras, especialmente ao passarmos tempo
lendo Sua Palavra, Sua carta de amor para nós.
Alguém me deu um número de telefone e pediu que eu entrasse em contato
com uma senhora que passava por um divórcio tempestuoso. Durante vários
meses, ela e eu passamos horas ao telefone, orando e às vezes chorando juntas.
Durante todo esse tempo, eu não havia conhecido Carol pessoalmente, mas
conhecia sua voz toda vez que ela telefonava.
Na reunião campal, num sábado de manhã, procurei um assento vago sob a
enorme tenda. Então ouvi uma voz e soube imediatamente que era Carol. Mal
pude esperar para vê-la, estar a seu lado e nos abraçarmos calorosamente pela
primeira vez.
Isso me deu um pequeno vislumbre do que será quando virmos Jesus. Nós O
conheceremos pela voz! Para sobreviver às tormentas da vida, precisamos
conhecê-Lo. Chegamos a conhecer a Deus não só por meio de Sua Palavra, mas
pela natureza, por Sua guia providencial, por impressões do Espírito Santo, por
intermédio de Seus amigos – e pode haver meios que nem percebemos.
Agora, ao cuidar de meus afazeres, penso com frequência: É a esse Jesus que
eu sirvo? Servi-Lo como servimos aos outros será nosso prazer. Nenhum
sacrifício será grande demais.
A hora da oração é um tempo maravilhoso para nos religarmos, para ouvir a
voz de Deus e perceber que a oração abre as portas para que Ele fale ao nosso
coração com paz, conforto e amor. Que dia glorioso será quando ouvirmos a voz
de Jesus com a mensagem: “Minha graça é suficiente para você.”

IONE RICHARDSON
Bênçãos x 4

Lembramos continuamente, diante de nosso


Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o
trabalho que resulta da fé, o esforço motivado
pelo amor e a perseverança proveniente da
esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 1
Tessalonicenses 1:3

Quatro mulheres com múltiplos talentos têm sido uma bênção para nossa
igreja. Essas mulheres são a irmã L, obreira bíblica; irmã F, dona de casa; irmã
E, professora aposentada, e irmã G, professora universitária e oradora
motivacional. De modo surpreendente, todas as quatro mulheres exibem as
mesmas qualidades quanto à maneira suave de falar. Cada uma delas trabalhou
incansavelmente por muitos anos na Escola Sabatina e em outros ministérios da
igreja. Mas agora, devido a enfermidades, elas se encontram incapacitadas de
ensinar regularmente. Vários anos atrás, muitos da família da igreja se uniram
para prestar homenagem a elas com “Uma Cesta de Flores”, na forma de
cânticos, poemas e outras manifestações. Essas homenagens foram apresentadas
por pessoas de diferentes idades, desde criancinhas até adultos de meia-idade.
Que legado deixaram essas quatro mulheres para as irmãs de todas as idades na
igreja! Elas enxergavam uma necessidade e davam tudo de si mesmas. Fazer
uma lista daquilo que fizeram tomaria todo o espaço deste devocional. Ao longo
dos anos, tive o privilégio de trabalhar com elas em várias funções, em
diferentes ministérios. Parece que elas não têm a palavra “não” em seu
vocabulário. Quando solicitadas a ajudar numa tarefa, elas se dispõem a fazer
tudo o que podem, e o fazem com muito entusiasmo. A Irmã G, por exemplo,
estava sempre pronta para ajudar, quer fosse fazer uma palestra para o ministério
da mulher, quer fosse apresentar a lição para a congregação toda.
Essas mulheres me fazem pensar nas mulheres que se envolveram no
ministério de Jesus enquanto Ele esteve aqui na Terra. Elas sempre veem o que é
bom em cada pessoa. A atitude solícita e amável, um espírito que não se inclina
a fazer reclamações, e palavras animadoras fazem delas pessoas ao redor das
quais é uma alegria estar.
É uma bênção tê-las entre nós. Agora estou aprendendo a seguir seu exemplo.
Oro para que, pela graça de Deus, eu chegue lá, a fim de poder também ser um
bom exemplo para a geração mais nova. Paulo nos admoesta: “Tudo quanto
fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor” (Colossenses 3:23).
Que cada uma de nós faça tudo o que puder para a glória de Deus, como essas
mulheres têm feito.

GLÓRIA P. HUTCHINSON
Caminhando com amigos

Mas aqueles que esperam no Senhor renovam


as suas forças. Voam alto como águias; correm
e não ficam exaustos, andam e não se cansam.
Isaías 40:31

Em nosso bairro margeado por jacarandás e buganvílias, em Nairóbi, Quênia,


minha vizinha inglesa, Lilian, e eu caminhávamos sob o ar fresco da manhã.
Solucionávamos os problemas do mundo, organizávamos almoços em conjunto e
discutíamos os coros de “Elias” e “Messias”, nos quais cantávamos na Catedral
de Todos os Santos. Subíamos ao monte Longonot e olhávamos para o vale
vulcânico; caminhávamos por florestas de pinheiros perto do monte Kenya,
enquanto contemplávamos a neve dos picos.
O aroma de pão assando me lembrava as caminhadas que eu fazia com minha
vizinha canadense, Donna, no início das manhãs em Beirute, Líbano, colina
acima, na direção do Colégio do Oriente Médio. Freios guinchando a distância,
tiros de armas de fogo e buzinas musicais flutuavam no ar a partir da cidade que
acordava junto ao brilhante azul do Mediterrâneo. Além do já aberto mercado do
bairro, das mansões com portões majestosos, de recantos com ciclame e
anêmonas, contemplávamos os navios ancorados no porto. Falávamos sobre
eventos escolares, a maravilha de morar sobre a colina chamada “Septieh” (sete),
e a beleza de uma amizade compartilhada num país bíblico.
Atualmente, minha amiga Janet e eu nos encontramos na curva entre os pés de
milho e as margaridas-amarelas, perto da Universidade Andrews, em Berrien
Springs, Michigan, para caminhar mais de 4,5 quilômetros todos os dias.
Passamos esse tempo recolhendo lixo, procurando memorizar textos bíblicos,
identificando pássaros canoros e maravilhando-nos com a mudança das estações.
As orações em conjunto incluem os vizinhos, a quimioterapia e projetos
voluntários. Nossa meta é continuar caminhando juntas – rumo ao Céu.
Jesus sabia como multiplicar pão que acabara de sair do forno. Ele veio para
limpar o “lixo” da vida das pessoas. Ele caminhava e curava, nas praias do Mar
da Galileia; Ele observava o pardal e o lírio. Subia montanhas e amava as
crianças, conhecia as lágrimas e os resultados do pecado.
Assim, ao redor do mundo, podemos caminhar com Ele cada dia – passando
por montanhas que espiam por entre as nuvens, por vales de tristeza, pelas notas
agudas da música inspirada, por jardins de belas flores, por praias do
Mediterrâneo, do Oceano Índico e do Lago Michigan. “Ouvi Sua voz divinal em
acentos muito suaves, que falava a mim com ternura igual à voz gentil das aves”
(C. Austin Miles, “No Jardim”, 1912).

BEVERLY CAMPBELL POTTLE


Ele sabe realmente como nos sentimos

E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. João


1:14, ARA

Ethel, minha vizinha do andar debaixo, e eu ouvimos os caminhões dos


bombeiros passarem zunindo por nossa rua naquela manhã, e nos apressamos
para ver qual casa se havia incendiado. Ao seguirmos o caminhão dobrando a
esquina, vimos uma multidão reunida em frente da casa em chamas. Podia-se
ouvir o estalo da madeira e ver os rolos de fumaça saindo por todas as janelas.
Era terrível assistir a uma destruição como aquela. Ouvi uma mulher perto de
nós dizer, em voz alta: “Imagine só, todos os seus pertences e as lembranças de
uma vida inteira virando fumaça.” Como mulheres, podíamos facilmente nos
emocionar com essa situação.
Ethel e eu estávamos paradas perto de uma mulher que chorava. Sabíamos que
era a dona da casa, porque ficava repetindo: “Senhor, não posso acreditar que
isso esteja contecendo comigo de novo.” Ela nos contou que era a segunda vez
que uma casa sua era destruída pelo fogo.
Ethel pôs os braços ao redor dos ombros dela e disse: – Eu sei como você se
sente.
A mulher enxugou as lágrimas, olhou para Ethel e perguntou: – Sua casa já se
incendiou alguma vez?
Uma Ethel obviamente censurada respondeu em voz baixa: – Não.
Outras pessoas não podem conhecer o profundo senso de perda, o trauma
emocional, a frustração completa e a impotência que alguém experimenta em
face de uma tragédia assim, a menos que lhe tenha acontecido o mesmo. Então, e
somente então, pode verdadeiramente dizer: “Eu sei como você se sente.”
Esse incidente trágico me trouxe vividamente à memória a encarnação de
Cristo, descrita em Hebreus 4:15: “Pois não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas.” Ao vir à Terra como bebê, Cristo
aprendeu, em primeira mão, como era viver como ser humano. Ele foi exposto
ao bem, ao mal e às repulsivas experiências da humanidade.
Ethel foi bem-intencionada ao dizer à proprietária da casa que sabia como se
sentia, mas isso não ajudou em nada a atenuar sua aflição. Se Ethel lhe dissesse
que havia perdido uma casa num incêndio, então a mulher poderia ter sentido
algum conforto com essas palavras.
É exatamente por isso que, como mulheres cristãs, podemos receber conforto
nas adversidades, provas e tribulações, pois Cristo assumiu a humanidade. Ele
passou por fadiga, fome, sede, agressão, rejeição, traição, luto, bem como amor,
aceitação e alegria no serviço para Seu Pai.
Portanto, Ele sabe muito bem como nos sentimos.

DOROTHY D. SAUNDERS
O espinho na minha carne

Mas, para que não ficasse orgulhoso demais


por causa das coisas maravilhosas que vi, eu
recebi uma doença dolorosa, que é como um
espinho no meu corpo. 2 Coríntios 12:7, NTLH

Dizem que a confissão faz bem à alma; portanto, permitam-me confessar. Uma
das coisas com as quais tenho lutado desde a adolescência é o orgulho. Sou uma
daquelas pessoas com múltiplos talentos. Deus me abençoou com muitos dons.
Levei anos para aprender que não preciso usar todos os dons ao mesmo tempo,
mas usar apenas aqueles de que preciso num momento específico. Mas meu
orgulho sempre levava a melhor. Eu ficava feliz ao exibir meus talentos, mesmo
que isso significasse deixar alguém em má situação. A verdade é, eu achava que
isso era uma boa experiência de aprendizado para a pessoa, e por isso eu a
corrigia e lhe mostrava a maneira certa de fazer as coisas. Quanta arrogância!
Imagino como Deus deve ter olhado para mim e simplesmente balançado a
cabeça, sabendo que um dia eu chegaria a aprender. Bem, um dia aprendi.
Começou com uma série de problemas de saúde que me atravessaram o
caminho. Cada um me incapacitava por um período de tempo, e mesmo após o
restabelecimento eu não era capaz de funcionar como no passado. Dependia cada
vez mais do auxílio de Deus para fazer o que antes parecia tão fácil. Lutei com a
raiva, a autopiedade e a impaciência. E naturalmente eu disse a Deus que Ele era
injusto ao me dar tantos dons e depois permitir que eu ficasse numa posição na
qual precisava me esforçar para usá-los.
Então, um dia, ao ler a Bíblia, encontrei o texto de hoje, escrito por Paulo. Era
como um toque de despertar, um momento “ahá”. Entendi o que Paulo estava
dizendo. Veja que, dependendo de Deus para me dar forças e a alegria das quais
preciso toda vez que me levanto para falar, toda viagem que faço e cada dia no
escritório, percebo que não sou eu – é Jesus! Todos os dons de que tanto me
orgulho não são meus, afinal. Pertencem a Deus, em primeiro lugar. E agora me
considero menos orgulhosa e mais inclinada a dar a Deus toda a glória e o louvor
por tudo o que faço. Assim, posso verdadeiramente dizer que não é por minha
força, nem por meu poder, mas pelo Espírito de Deus que faço o que tenho feito
para Ele (ver Zacarias 4:6). E aguardo o dia em que Jesus vier, dia no qual meu
espinho será removido.
Cada uma de nós tem dons, e cada uma tem desafios. O teste é se procuramos
fazer tudo por conta própria para receber o crédito ou não. Na verdade, é o
Espírito Santo que nos capacita a fazer tudo o que realizamos.

HEATHER-DAWN SMALL
Um encontro com sequestradores

O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma


torre segura na hora da adversidade. Salmo 9:9

Era quinta-feira à tarde e eu estava sentada na sala, com amigos que vieram
para me consolar pelo falecimento do meu esposo. Ele havia falecido uma
semana antes, e o corpo ainda estava na funerária. De repente, dois adolescentes
armados entraram correndo, atirando e exigindo que todos se deitassem no chão.
Apontaram as armas para mim, ordenando que eu os seguisse. Levaram-me ao
ônibus que haviam estacionado em frente ao portão de casa. Depois de andarmos
por uma hora, fui levada a um matagal, onde encontrei outros homens e
mulheres que também haviam sido sequestrados.
Os sequestradores começaram a exigir de mim uma grande soma de dinheiro.
Respondi fazendo algumas perguntas a eles: Vocês sequestram viúvas? Vocês
sequestram alguém uma segunda vez? Não tenho o dinheiro que vocês querem!
Eles levaram meu telefone celular, mas chegaram várias chamadas de meus
filhos, amigos, parentes e amigos do ministério, solicitando minha libertação.
Quando seus pedidos se mostraram fúteis, comecei a orar ao meu Pai fiel, que vê
todas as coisas.
A vida não apresenta surpresas para Deus. Nenhuma trilha Lhe é desconhecida,
nenhuma circunstância é desconcertante. Como o futuro está perfeitamente claro
perante nosso Deus, Seus filhos têm a confiança de poderem seguir por onde Ele
guiar, seja o caminho marcado por tempestades ou por calmaria.
Durante a noite, caiu uma chuva pesada sobre mim, e o Senhor me protegeu e
me conservou com saúde. Na manhã seguinte, sequei-me ao sol. Após alguns
dias no mato, e com o pagamento de uma grande quantia de dinheiro, fui
finalmente libertada!
O sequestro tem sido um problema em meu país. Em geral, isso é uma
abordagem de equipe, com os rapazes executando o sequestro e algumas moças
provendo alimento para eles.
Tenho grande preocupação pelos jovens do meu país – e do seu! Que podemos
fazer para ajudá-los a ter uma vida útil? Podemos, naturalmente, ajudar a tomar
providências para que tenham uma educação cristã; podemos estabelecer um
relacionamento cordial com os adolescentes, conhecer quem são seus amigos,
visitá-los e prestar ajuda em escolas. Como diz a Bíblia: “Apenas tenham
cuidado! Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas
que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a sua vida na memória.
Contem-nas a seus filhos e a seus netos” (Deuteronômio 4:9).

SAL OKWUBUNKA
Lições no consultório odontológico

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e


justo para perdoar os nossos pecados e nos
purificar de toda injustiça. 1 João 1:9

Encontrava-me no consultório do dentista. Fazia algum tempo que eu não ia lá,


e estava pagando por isso. Enquanto procurava me lembrar de algo em que
pensar para me distrair da dor, percebi os paralelos entre minha experiência no
consultório e o pecado em minha vida.
Sei que a analogia vai só até certo ponto, mas pense nisto: a placa é como o
pecado. Vai crescendo. Se você não fizer algo a respeito, só piora. Antes de ir ao
dentista, achei que os dentes estavam limpos. Afinal, naquela mesma manhã, eu
havia escovado os dentes e passado neles o fio dental. Mas os dentes não
estavam limpos. Não de verdade. Não comparados com a limpeza que poderiam
apresentar. Fazia um bom tempo que eu não ia ao dentista, e eu me esquecera de
como é, na realidade, a aparência de dentes limpos. Achei que soubesse, mas
precisava de um lembrete. A mesma coisa com o pecado. Posso chegar a ser até
condescendente, achando que sou uma boa pessoa. Afinal, não matei ninguém,
nem roubei ou menti. Mas os “pequenos” pecados podem se intrometer em
minha vida sem que eu os perceba. Pecados como orgulho, ressentimento ou
raiva. Se não os cortar pela raiz, chego a pensar que são normais. Não vejo a
feiura e a dor que causam.
Para continuar a analogia, posso fielmente escovar os dentes e passar o fio
dental duas vezes por dia, mas ainda preciso fazer a limpeza no consultório. Ou,
dizendo de outro modo, posso ler a Bíblia para aprender como ser o tipo de cristã
que Deus quer que eu seja, e posso orar todos os dias para que Ele me ajude, mas
quando o pecado está lá, preciso ir em busca da limpeza. Preciso confessar meu
pecado e pedir que Deus me perdoe, que remova o pecado da minha vida. Pode
não ser agradável. Pode até ser doloroso, mas, assim como a ida ao dentista,
deve ser feito. Adiar só piora a situação. Quanto mais placa houver para ser
removida, tanto mais tempo demora, e mais doloroso é o processo. Quanto maior
o tempo durante o qual você permite que o pecado cresça em sua vida, tanto
mais difícil será erradicá-lo, e mais doloroso será o processo.
Um último paralelo é este: como já disse, eu não havia ido ao dentista por um
bom tempo, e me sentia um tanto embaraçada por isso. Mas as pessoas lá não me
culparam por eu ter ficado ausente, nem se recusaram a me atender por causa
disso. Não se envergonhe de ir a Deus com seu pecado e de pedir perdão. Ele
não a culpará nem Se recusará a ajudá-la. Ficará contente porque você O
procurou.

JULIE BOCOCK-BLISS
Elizabeth e o jacaré

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento;
reconheça o Senhor em todos os seus caminhos,
e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios
3:5, 6

O noticiário das 5 da manhã apresentou a reportagem acerca de Elizabeth, uma


adorável cachorrinha do tipo Beagle, encontrada na boca de um jacaré de 1,90
m. Ela apresentava marcas de mordidas por todo o corpo. Parecia assustada, em
estado deplorável. Elizabeth e seu proprietário caminhavam ao longo do rio
Hillsborough quando o jacaré pulou e agarrou o bichinho com a mandíbula,
levando-o para debaixo da água. O proprietário rapidamente pegou a arma e,
para salvar sua melhor amiga, começou a atirar na água. O jacaré soltou a
cachorrinha. O dono a recolheu para um lugar seguro e lhe aplicou a
ressuscitação cardiopulmonar. Não tinha certeza de que ela sobreviveria, mas ela
era batalhadora. Estar embaixo da água por dois minutos fora mais prejudicial do
que as próprias mordidas. Um caçador de jacarés prendeu e matou o jacaré. O
dono, agora, vai construir uma cerca entre sua casa e o rio.
A situação de Elizabeth não é semelhante à nossa, quando estamos fora da
vontade de Deus, embora caminhando com Ele? O jacaré (Satanás) salta para
fora do rio dos nossos pecados e nos agarra! Ele nos afunda, fazendo com que
nos sintamos culpados e indignos de buscar o perdão divino.
Deus agarra Sua arma, Seu poder, e começa a atirar! Lá se vai Satanás
correndo. Então vem o tiro fatal. Deus resgata a nós, Seus melhores amigos, e
nos salva dos nossos pecados. Cristo conquistou a vitória em nosso lugar e,
como Elizabeth, somos libertos das presas de Satanás. Fomos resgatados. Deus
nos aplica também a ressuscitação cardiopulmonar: Sua dedicação e proteção,
Seu propósito para nossa vida e Sua restauração – amor, esperança e fé.
Cristo é a cerca de proteção entre o rio, o jacaré e nós. Ao contrário do dono
que construiu uma cerca física, feita por mãos humanas entre o rio e sua casa,
Deus coloca Sua cerca de proteção ao nosso redor – Suas promessas e Seu
conforto. Ele curará as mordidas, porém quanto mais tempo tivermos ficado
“mergulhados”, mais difícil será o resgate. Não fique lá embaixo por muito
tempo.
Quem é o seu caçador de jacarés? Quem entrará nas perigosas águas só para
resgatar você da mandíbula da morte?
O jacaré foi apanhado (assim como Satanás foi apanhado), morto (assim como
Satanás morrerá) e Elizabeth foi salva (assim como nós somos salvos).

EDNA THOMAS TAYLOR


Resgatada

É só Me chamar, que Eu respondo: ficarei ao


seu lado nas horas ruins, resgatarei você e
depois darei uma festa em sua honra. Eu o
presentearei com uma vida longa, e a você
mostrarei a Minha salvação. Salmo 91:15, 16, A
Mensagem

Deus nos fala de muitas maneiras: por meio de Sua Palavra ou das maravilhas
de Sua mão na criação, quando as apreciamos. Creio que podemos aprender
valiosas lições com Ele.
Isso se tornou mais óbvio para mim nos últimos dez anos, desde que adotamos
um cachorro que estava num centro de resgate. Minha filha tinha nove anos de
idade na época, e foi a primeira a ver Chloe no site do centro de resgate de cães.
Não foi necessária muita persuasão para que eu concordasse em adotá-la. Chloe,
uma cocker spaniel, havia sido mantida por seus proprietários com o único
propósito de fazer dinheiro. Ela fora usada para reproduzir ninhada após ninhada
de cachorrinhos. Morava num canil de concreto, e nunca havia sido levada para
caminhar ou para ser treinada em casa. Havia tido contato mínimo com seres
humanos e não se lhe mostrara afeição nenhuma. As pessoas que amam animais
compreenderão que os cães são criaturas sociais, que gostam do contato com
pessoas. Essa experiência nos primeiros cinco anos de vida haviam deixado
Chloe desconfiada quanto às pessoas. Devido à falta de espaço no canil, tudo o
que ela sabia era dar voltas e voltas. Incapaz de caminhar com uma correia, era
muito ansiosa e nervosa. Foi necessário ter uma amorável paciência para ajudar
Chloe a aprender a confiar nos seres humanos e viver feliz em seu novo lar. Os
resultados, porém, são impressionantes. Ela agora é um bicho de estimação leal e
amoroso, que me segue por toda parte e aguarda o meu retorno com paciência,
junto à porta. Chloe revela prazer por estar a meu lado e confia em mim
totalmente, considerando-me a pessoa que a resgatou de sua vida triste e lhe
ofereceu outra muito melhor, com um futuro brilhante.
Isso é o que Deus faz por nós. Ele Se inclina amoravelmente e olha para nós
em nossa triste situação. Deus não precisou ser persuadido a resgatar-nos e a
oferecer-nos uma nova vida com Ele. Respondemos a Seu maravilhoso amor
assim como Chloe reagiu ao meu? Confiamos nEle completamente, seguimo-Lo
com amor leal por onde quer que nos conduza e esperamos pacientemente por
Seu retorno? Como o texto de hoje nos lembra, Ele está sempre à nossa
disposição.
Minha oração é que revelemos a nosso maravilhoso Salvador a gratidão e o
amor que só Ele merece por ter-nos resgatado quando deu Sua vida no Calvário.
Que nós O sigamos hoje e todos os dias, ao dedicarmos a vida a Ele e
aguardarmos com alegria Sua breve vinda.

KAREN RICHARDS
Conserto para um coração partido

Nossa esperança está no Senhor; Ele é o nosso


auxílio e a nossa proteção. Salmo 33:20

Eu havia falado duas vezes com meu irmão mais novo naquela manhã de
domingo. Conversamos sobre as amenidades de cada dia, que são assunto entre
irmão e irmã, e prometemos falar novamente durante a semana. Naquela mesma
noite, o telefone tocou. Era minha cunhada, para dizer que meu irmão estava no
hospital. Com muita ansiedade, perguntei se ele estava gravemente enfermo. Ela
me contou que ele tivera um ataque cardíaco e que o médico estava tentando
estabilizar sua condição. Eu não conseguia acreditar no que ouvia!
Clamei ao Senhor dia e noite, como nunca havia feito antes, suplicando-Lhe
que curasse meu irmão. Os dias passaram. Quando soube que o médico dissera
que ele precisaria passar por uma cirurgia, fiquei assustada. Orei do fundo do
coração para que Deus o fizesse superar a crise com segurança. Aparentemente a
cirurgia foi bem-sucedida. Em pouco tempo, ele falava com todos e parecia
progredir rumo ao restabelecimento completo. Ele havia clamado pela cura que,
acreditava, Deus lhe havia dado.
À medida que as semanas passavam, porém, houve um retrocesso, e ele
finalmente sucumbiu à enfermidade. Meu coração se partiu, mas senti que
precisava ser forte junto a meus outros irmãos. Todavia, quando vi meu irmão no
esquife, no dia do funeral, entendi que meu coração doía demais para poder
expressar-se com palavras. Entre soluços, pedi que Deus consertasse meu
coração partido e dolorido.
Deus me fez lembrar da rude ruz na qual Seu único Filho sofreu e morreu aos
33 anos de idade. Meu irmão tinha mais do que essa idade. Por meio do
sermonete pregado na ocasião, Deus me fez lembrar de que estamos todos a
apenas um passo da morte. Apontou o fato de que meu irmão havia entregado a
vida a Ele, e que Deus não me deixaria agora. Muitas lembranças preciosas me
vieram e senti a paz que só Deus pode conceder. Aguardo o momento de
encontrar meu irmão na manhã da ressurreição. Minha alma está consertada.
Amiga, você pode ou não ter passado por uma experiência semelhante, mas
todas precisamos saber que há “amigo mais chegado que um irmão” (Provérbios
18:24). Ele é o maior Consolador, Guia, Amigo e Rei vindouro. Em seu
momento de necessidade, você pode clamar a Ele e ter a certeza de que Ele a
ouvirá. Ele não a deixará só. Pode consertar todo coração partido. Você fará dEle
seu amigo hoje?

SHIRNET WELLINGTON
Tal e qual

Há apenas um Legislador e Juiz, Aquele que


pode salvar e destruir. Mas quem é você para
julgar o seu próximo? Tiago 4:12

Somente um deles agradeceu, matutei, enquanto estudava a história dos dez


leprosos. Algumas pessoas conseguem ser tão ingratas! Poucas semanas mais
tarde, eu estava para começar uma longa viagem por terra. Antes de partir,
sussurrei um pedido de proteção divina. Nem bem retornei da viagem, eu me
ocupei dando notícias às amigas e lavando roupa. Horas mais tarde, as
impetuosas ondas de atividade cederam e tomei consciência de mim mesma.
Deus me trouxera para casa com segurança, mas eu nem mesmo Lhe dera graças
por Sua maravilhosa misericórdia. Foi então que percebi como meu pensamento
sobre os dez leprosos havia descido a um calabouço de justiça própria e
julgamento, enquanto eu me encontrava sob a ilusão de estar sobre uma torre.
Tudo aquilo que eu pensara sobre os leprosos, isso eu era – tal e qual.
No Getsêmani, vieram para levar Jesus. Pedro sacou a espada e cortou a orelha
de Malco. Todavia, apenas horas depois do seu ágil e violento juízo, ele mesmo
negou a Cristo. O que quer que ele tenha pensado de Judas e Malco, isso ele era
– tal e qual.
É tão fácil julgar os outros e dizer: “Como é possível...?” “Eu jamais faria...”
Talvez você tenha ouvido os “améns” em voz alta, que vêm do setor dos justos,
durante sermões sobre moda ou fornicação. Muitas vezes, esse é o sintoma do
vírus “isso é para eles e não para mim” – uma doença do tipo mais pernicioso,
porque gradualmente solapa nossa saúde espiritual. Romanos 3:23 diz: “Pois
todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.” E Romanos 8:33 nos
informa que somente Jesus, que morreu e ressuscitou, é quem nos justifica, e
está qualificado a julgar ou condenar.
Infelizmente, a coisa mais fácil de fazer é ver as falhas naqueles que nos
rodeiam. Mas, se aplicássemos a Palavra à nossa vida e refletíssemos sobre suas
implicações pessoais, perceberíamos que, por mais infelizes que tenhamos
considerado as ações dos outros, por mais necessitados de oração que os outros
sejam aos nossos olhos, assim somos nós – tais e quais. Sou agradecida porque o
Espírito Santo Se dispôs a me guiar para fora dessas trevas e me levar para Sua
maravilhosa luz. Assim, agora, em vez de pensar: Algumas pessoas conseguem
ser tão ingratas, pergunto a mim mesma: De que maneiras tenho sido ingrata?
Como posso demonstrar mais gratidão?
Sou amada por Deus, e assim é você – tal e qual.

JUDELIA MEDARD
O retiro

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele


me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me
para junto das águas de descanso; refrigera-me
a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por
amor do Seu nome. Ainda que eu ande pelo vale
da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque Tu estás comigo. Salmo 23:1-4, ARA

Depois de passar três anos fazendo malabarismo com trabalho, estudos e


responsabilidades domésticas, finalmente concluí o curso universitário. Um dos
meus planos imediatos para depois da formatura era ir a um retiro espiritual. Eu
queria passar algum tempo sozinha, inquirindo minha alma, num retiro nas belas
montanhas de Malibu. Hesitante em me afastar da família, decidi passar um fim
de semana de três dias com eles em Newport Beach. Tivemos recreação familiar,
oração e tempo para reflexão, combinados. Encerrado o fim de semana, pensei,
meu retiro espiritual também se encerraria.
Uma semana depois, passei por uma pequena cirurgia que se transformou numa
batalha pela vida. Durante dias, fiquei fraca e trêmula, com febre alta e dor.
Durante as noites insones no hospital, orei constantemente pedindo forças e o
restabelecimento. Pedi que Deus curasse cada célula infectada do corpo. Para
impedir a intrusão de pensamentos negativos, cantei silenciosamente hinos de
louvor, orei pelos aflitos e meditei sobre perdão, perdoando a equipe médica pela
provável negligência que me levou a 22 dias de hospitalização, o período mais
penoso de minha vida. Muitas vezes, eu me entreguei a Deus. “Seja feita a Tua
vontade”, era minha oração constante. Chorei diante do pensamento de deixar
para trás meu esposo, minha filha de nove anos e o restante da família. Todavia,
encontrei conforto na crença de que, sob os cuidados de Deus, eles ficariam bem.
Assisti a um canal de TV cristão, a única emissora que meus sentidos fatigados
podiam suportar. Creio que essa foi a maneira de Deus falar comigo.
Em meio a tudo isso, uma voz me disse que eu não estava sozinha. Senti como
se alguém forte e poderoso me sustentasse. Isso me deu amplas forças para me
dedicar à recuperação. Num dos retornos ao consultório, a médica me
parabenizou pela coragem que ela testemunhara em meu esforço por superar
uma condição muito grave. Olhando para trás, concluí que fora esse o meu retiro
espiritual. Não nas montanhas de Malibu, mas dentro dos limites do hospital, e
com o próprio Deus. Nas horas mais escuras, fui capaz de tocar-Lhe a face, ouvir
Sua voz e segurar Sua mão. Na verdade, nosso relacionamento com Deus tende a
aprofundar-se em meio às nossas tribulações.

CLODY FLORES DUMALIANG


Você está conectada?

Permaneçam em Mim, e Eu permanecerei em


vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si
mesmo, se não permanecer na videira. Vocês
também não podem dar fruto, se não
permanecerem em Mim. João 15:4

O despertador soou. Eram 5 horas da manhã. Era meu horário costumeiro de


acordar – especialmente nos fins de semana. Devagar, levantei-me da cama, fiz
minha devoção matinal, fui à área da lavanderia e juntei todas as roupas usadas.
Separei as peças brancas e claras das escuras e reuni todo o equipamento
necessário. Pensando em realizar mais naquela hora da manhã, procurei me
movimentar com rapidez. Liguei a máquina de lavar; infelizmente, ela não
produziu som. Verifiquei o fio onde ela se ligava ao cabo da extensão; tudo
estava OK. Olhei os fios embaixo da máquina, achando que poderiam estar
cortados ou comidos por ratos, mas tudo estava em boas condições. Verifiquei a
conexão dos cabos; nada errado. Fiquei impaciente. Estava frustrada. Sentei-me
e murmurei: Acordei tão cedo para poder terminar muitas coisas, mas ainda
nem comecei, e o tempo está passando. Já haviam se passado 30 minutos. Eu
queria mesmo lavar as roupas antes de passar para outras tarefas. E não podia
chamar um técnico para olhar a máquina ou consertá-la, porque ainda era muito
cedo, e eu não queria perturbar os outros naquela hora. Comecei a pensar no que
fazer. Então me lembrei de algo: O cabo está ligado à tomada principal, oculta
no canto? Corri para ver. Na verdade, por trás do gabinete onde se encontrava a
tomada, o cabo estava desligado da principal fonte de energia. Ri sozinha por ter
sido tão tonta e impaciente.
Está você ligada à fonte principal? Sim, muitas vezes, nós tentamos dirigir a
própria vida mediante esforços humanos. Nem mesmo pensamos ou percebemos
que há uma Fonte de energia maior do que nós mesmas. Uma energia que nos
pode mover com agilidade e dirigir nossa vida de maneira suave – uma energia
além da compreensão humana. Essa energia vem de cima, de nosso Pai celeste,
nosso Criador e Deus. Ele é a fonte de forças e poder. A menos que você e eu
estejamos conectadas à energia que vem de Deus, nunca funcionaremos à altura
de nosso potencial. Podemos nunca atingir o que devíamos atingir, mesmo com o
melhor de nossa capacidade. Verifique se você está conectada. Nunca se desligue
da fonte de energia: Jesus.

RUBY T. CAMPOS
Milagre no olho do meu filho

Os olhos do Senhor voltam-se para os justos, e


os Seus ouvidos estão atentos ao seu grito de
socorro. Salmo 34:15

Meu filho Ben ajudava o pai e o tio Jerry a trabalharem na picape de Jerry.
Estavam tentando remover um mancal, quando uma peça se soltou, voou e
atingiu o olho de Ben. Essa lasca voadora tinha uns cinco centímetros de
comprimento e fio de navalha nas duas extremidades. Cortou a pálpebra de Ben
e o globo ocular acima da íris. Após conversar com o oftalmologista de plantão
naquela noite, minha mãe e eu corremos para levar Ben ao pronto-socorro.
Creio que foi a mão de Deus quem colocou o Dr. Hanna de plantão. Ele é um
dos melhores em sua área. Ele costurou o olho de Ben: dois pontos na pálpebra e
10 pontos na esclera do globo ocular. E manteve Ben no hospital por duas noites,
aplicando-lhe fortes antibióticos intravenosos e colírio.
Dois dias depois, levamos Ben ao Dr. Waterhouse, especialista em retina. Após
examinar cuidadosamente o olho de Ben, ele disse que seria necessária uma
cirurgia para limpar o globo ocular e reparar a retina. Assim, na segunda-feira
seguinte, levamos Ben ao Dr. Waterhouse para outro exame do olho, a fim de ver
se ele estava pronto para a cirurgia. Ele examinou o olho de Ben por todos os
ângulos e finalmente disse: “Não vou fazer a cirurgia agora. Não com a visão
20/20 que ele tem. Além disso, está sarando bem por conta própria.”
Tive vontade de chorar e de gritar “Graças a Deus!”, tudo ao mesmo tempo. O
Senhor estava curando o olho do meu filho! Tanto o Dr. Hanna como o Dr.
Waterhouse pediram que Ben retornasse para revisões semanais, e depois
mensais, para ter certeza de que a retina ainda continuava colada e tudo mais
estava bem.
Todas as vezes, os dois médicos ficavam espantados. O Dr. Waterhouse disse a
seu assistente: “Nunca vimos uma coisa desse tipo antes, vimos?” E o Dr. Hanna
disse: “Em todos os pacientes que tratei com esse tipo de ferimento, nenhum
deles teve uma recuperação como essa, por si só.”
Eu disse: “É milagre de Deus.” E verdadeiramente é um milagre. Os dois
médicos disseram que Ben poderia ter perdido o olho ou a visão. Ben diz que a
visão não é tão boa naquele olho como era antes, mas o Dr. Hanna diz que não é
má o suficiente para necessitar de óculos o tempo todo. Assim, simplesmente
louvo ao Senhor toda vez que penso em Seu maravilhoso amor, misericórdia e
cura! Também dou graças a Deus por todas as pessoas que oraram em favor de
Ben. Deus ainda está atento para ouvir nossos clamores.

REBA COOK
Deus conhece nosso coração

Vocês são os que se justificam a si mesmos aos


olhos dos homens, mas Deus conhece o coração
de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os
homens é detestável aos olhos de Deus. Lucas
16:15

Creio que todas temos o desejo de fazer o que é melhor aos olhos de Deus, mas
a verdade é que, às vezes, usamos isso como desculpa para justificar nossos atos.
Meu esposo era o pastor de uma igreja localizada numa grande universidade.
Certa noite, enquanto a família estava fora de casa, comemorando o aniversário
dele, recebemos um telefonema da preceptora das moças da universidade,
pedindo-lhe que fosse buscar uma moça e seu namorado. A moça estava grávida.
Assim, por volta das 9 horas, fomos à escola buscar o jovem casal. A moça ficou
conosco e seu namorado foi para a casa de um amigo. Chamamos os pais dos
dois e lhes explicamos a situação. A mãe do rapaz chegou e, por mais difícil que
fosse a situação, nós a ajudamos e ao jovem casal, tanto quanto pudemos. Eles se
casaram e voltaram para sua cidade natal.
Você pode estar perguntando: O que o verso de hoje, de Lucas, tem que ver
com essa situação? Bem, seis anos antes, minha família se encontrava no
processo de mudar-se de um estado para outro. A casa na qual morávamos na
ocasião seria a casa da família do novo pastor. Estávamos saindo de férias na
época, e emprestei as chaves para a esposa do novo pastor, para o caso de ela
querer olhar a casa que em breve chamaria de lar.
Ainda estávamos de férias quando uma vizinha me telefonou. Ela me disse que
a esposa do novo pastor estava pintando o interior da casa, com todos os nossos
móveis ainda no lugar – e sem precauções. Então liguei para a mulher a respeito
da minha preocupação. Ela foi um tanto rude, para dizer o mínimo. Estava com
tanta pressa de mudar-se que despachou nossas coisas com a pior empresa de
mudanças da região. Houve muitos estragos, e perdemos vários móveis e outros
objetos.
Mal sabia ela que nossos caminhos se cruzariam de novo. Ela era a mãe do
rapaz que engravidara a namorada. Ajudei-a naquela situação, mas, lá no fundo,
fiquei feliz por ela estar sofrendo. As pessoas elogiaram meu apoio, mas Deus
sabia que eu não estava sendo autêntica com “a boa ação” praticada. Foi por isso
que escolhi este verso: “Aquilo que tem muito valor entre os homens é
detestável aos olhos de Deus.” Hoje procuro ver e entender as razões por trás de
meus atos. Quero agir pela graça de Deus e não por meu coração egoísta. Deus
sabe o que está dentro do coração.

ROZENIA CERQUEIRA MARINHO


Entregue tudo a Deus

Eu amo o Senhor, porque Ele me ouviu quando


Lhe fiz a minha súplica. Ele inclinou os Seus
ouvidos para mim; eu O invocarei toda a minha
vida. Salmo 116:1, 2

Era tarde, numa noite de sábado, e eu retornava para casa após passar parte da
noite com alguns amigos. Minha vida até que andava bem, mas eu me sentia
triste e até chorava um pouco, por causa de solidão. A vida como solteira não era
o que eu havia idealizado para mim desde a época em que era garota. Sempre
tive o sonho de casar e ter uma família. Sendo o tipo de pessoa que sempre quer
“consertar” tudo para todo o mundo, passei vários anos tentando consertar esse
aspecto da solidão em minha vida. É desnecessário dizer que meus esforços
falharam, e eu me encontrava razoavelmente feliz, mas sozinha.
Como educadora, eu havia tido a oportunidade de aprender um pouco de
psicologia, e, lá no fundo, eu sabia que um dos problemas era que eu sempre
tentava fazer com que as coisas funcionassem. Embora isso seja algo bom, nem
sempre está dentro da nossa capacidade “consertar” tudo.
Por fim, naquela noite, deitada na cama chorando, orei a Deus e Lhe pedi que
me ajudasse a viver contente, sendo solteira. Essa foi a primeira vez que
pronunciei essas palavras. Continuei a frase dizendo: “ou traga alguém para a
minha vida”. Geralmente, eu Lhe pedia que trouxesse alguém que me fizesse
feliz. A seguir, dormi, e acordei no dia seguinte com uma visão um tanto nova da
vida.
Na segunda-feira à noite, recebi o telefonema de um homem que dizia termos
um amigo em comum, e que ele gostaria de me conhecer e sair para jantar.
Concordei.
A terça-feira começou com um pouco de ansiedade e ceticismo quanto a sair
para um encontro às cegas, com a idade que eu tinha. Convenci-me de que um
encontro não tiraria pedaços e que, provavelmente, eu nem me interessaria
mesmo por ele.
A noite do nosso primeiro encontro chegou, e abri a porta para ver o homem
mais bondoso, gentil e carinhoso que já conheci. Ali estava ele, com uma dúzia
de rosas para mim – e o resto é história. Estamos casados há dezessete anos, e
digo a todo mundo que “Deus sorriu para mim quando trouxe meu marido para a
minha vida”.
Todo dia, dou graças a Deus por haver nos unido. Eu só precisava entregar tudo
a Jesus.

KAREN J. JOHNSON
Chuvas de bênçãos

Na estação própria farei descer chuva; haverá


chuvas de bênçãos. Ezequiel 34:26

Os hinos me trazem muitas lembranças. Não é somente a mensagem da letra,


mas são as coisas que aconteceram no momento em que os ouvia que
permanecem novas e vivas no coração.
Quando eu tinha seis anos de idade, minha mãe soube de um curso de culinária
oferecido ali perto. Mamãe estava começando a aprender inglês, e achou que
isso a ajudaria a entender inglês melhor, e que a ensinaria a cozinhar o alimento
usado pelas pessoas em nosso novo país.
Foi depois da Depressão, uma época difícil para meu pai encontrar um trabalho
permanente – ele trabalhava só meio expediente como mecânico. Recebia apenas
uns 5 dólares por mês. Resmungava porque comíamos muita sopa, mas isso era
praticamente tudo o que conseguíamos com o salário dele.
Mamãe queria ir ao curso de culinária. Custava 50 centavos, que era um
bocado de dinheiro para nós, e papai não queria que ela fosse. Mas ela estava
decidida. Isso deixou papai bravo, e todos os dias ele trazia à tona o fato de ela
estar desperdiçando sólidos 50 centavos.
Na primeira aula, anunciaram que haveria um sorteio na sexta-feira seguinte,
quando a aula terminasse. Mamãe não entendeu o que era um sorteio e ficou
com medo de perguntar, mas na sexta-feira, dito e feito, realizaram o sorteio e
mamãe foi premiada. Disseram-lhe que o entregariam em nossa casa. Não
tínhamos ideia do que seria, mas ficamos muito eufóricos.
Pontualmente às 15 horas a campainha tocou. Ali estavam dois homens com
uma enorme cesta cheia de produtos do mercado. Quando eles foram embora,
mamãe disse: “Vamos esperar até que papai chegue antes de esvaziar a cesta.”
Ela continuou: “Ele vai ver que os 50 centavos não foram desperdiçados.”
Quando finalmente papai voltou para casa, nós, as crianças, corremos para a
porta e o puxamos até a cozinha. Seus olhos se arregalaram quando ele viu a
cesta. Mamãe, sem pressa, foi retirando um artigo de cada vez, cantando durante
o tempo todo um novo cântico que havia aprendido: “Que segurança, sou de
Jesus!”
Havia sacos de açúcar, farinha, nozes, passas, fermento, leite em pó,
condimentos e cinco laranjas – um raro produto, na verdade. Ao redor do topo da
cesta havia maçãs e cachos de uvas. Papai nunca mais mencionou os 50
centavos.
E, ah, sim, todos aprendemos a cantar: “Que segurança, sou de Jesus!”

MARGARET FISHER
Uma história de amor

Vejam como é grande o amor que o Pai nos


concedeu: sermos chamados filhos de Deus! 1
João 3:1

Todo mundo gosta de uma história de amor, e não sou exceção. Em junho,
acordei numa resplandecente manhã de sábado e observei enquanto minhas duas
filhas e meu enteado se vestiam para ir à igreja. Os passarinhos cantavam lá fora,
o ar era fresquinho e a alegria de estar viva dominava meus sentidos. Era um dia
perfeito. As meninas haviam sido convidadas para cantar numa das igrejas da
região de Hamilton, e minha filha, que conduziria o carro, pediu-me indicações
sobre o trajeto a ser percorrido. Minha outra filha, tendo escovado
vigorosamente o cabelo, pediu-me que a ajudasse a tirar os cabelos soltos de
sobre a saia, e meu enteado pediu minha opinião sobre seu traje. Aqueceu meu
coração sentir o amor que nos ligava intimamente.
Não pensei na devastação que minha família havia enfrentado no ano anterior:
um casamento falido, família fragmentada e renda reduzida. Não pensei nas
vezes em que eu havia questionado a Deus. Naquela manhã, Deus me fez
lembrar de Seu amor, abrindo meus olhos para aquilo que eu tinha. A cura havia
começado.
Enquanto os jovens saíam de casa, fiquei maravilhada diante da grande lição de
amor que acabara de aprender. Meus filhos quase ignoravam a dinâmica que se
desdobrava ao redor, inconscientes de que Deus já Se ocupava em dirigir e
modelar o dia deles. E é assim que Deus age para fazer com que as coisas se
encaixem em Seu perfeito plano da redenção. Deus trabalha constantemente,
fazendo tudo para nos garantir a salvação.
Assim, enquanto luto com os cuidados da vida diária e com a dor de mágoas
passadas, agradeço a Deus porque Ele toma tempo de me enviar mensagens de
esperança. Elas são como fontes de água viva, das quais bebo até me sentir
totalmente revigorada. Minha oração é que eu continue a reconhecer Seus sinais
de amor, e que um dia seja capaz de retribuir completamente esse amor.
Que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos
de Deus; e isso nós somos, de fato. Dou graças a Deus pela percepção que
desperta em mim, no sentido de reconhecer Seu grande amor por nós – por mim!
Meu desejo é que, hoje, você também perceba e aprecie o grande amor de Deus
em sua vida.

JOAN DOUGHERTY-MORNAN
Dê seu melhor ao Mestre

Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para


ser servido, mas para servir. Marcos 10:45

Recentemente tomei conhecimento da história de uma mulher que ouvira a


respeito de uma família que acabara de se mudar para o bairro e necessitava de
roupas. O coração foi tocado e ela, imediatamente, começou a selecionar
algumas peças para empacotar e mandar. Sabendo que havia um menino na
família, com idade e tamanho próximos aos de seu filho, ela pegou uma jaqueta
velha do guarda-roupa dele.
Assim que a colocou na caixa, notou que faltavam dois botões e que havia uma
pequena mancha no bolso da frente. Que fazer? Seu filho precisava de carona
para ir ao jogo, e eles estavam atrasados. Assim, devia ela cuidar da jaqueta
agora e desapontar o filho? Devia deixar a jaqueta para trás e levar apenas as
peças que havia encontrado para as meninas? Bem, ela pensou, se estiver com
frio, ele vai usá-la mesmo que não esteja perfeita. A jaqueta foi na caixa que seu
esposo devia entregar mais tarde.
Você adivinhou – no jogo de bola seguinte, ela viu o menino caminhando pelo
ginásio de esportes, usando a jaqueta manchada e ainda com os botões faltando.
Desnecessário dizer, ela ficou constrangida e esperou fervorosamente que a
família nunca soubesse quem a havia doado.
Acho que, em situações como essa, o melhor que se pode fazer é decidir “agir
melhor da próxima vez”. Talvez tenha sido por isso que Jesus nos lembrou tantas
vezes de cuidar dos Seus pequeninos. Mas não merecem eles coisas tão boas
quanto aquelas que nossos filhos usam, leem, comem, e com as quais brincam –
ou até melhores? No lugar onde moro, recebemos telefonemas de diferentes
entidades filantrópicas, e até de uma loja de artigos de segunda mão,
perguntando se temos algo preparado para a próxima coleta. Não sou nenhuma
beata, mas gosto de compartilhar, de modo que minha resposta imediata é:
“Tenho certeza de que vou encontrar algo!” E, louvado seja Deus, nunca precisei
ficar envergonhada daquilo que coloco na caixa. Se algo estiver quebrado,
rasgado, manchado ou obviamente fora de moda, encontro outra utilidade para
isso. Recentemente, estávamos nos desfazendo de algumas prateleiras do
banheiro, e achei que não estavam em estado suficientemente bom “para a
caixa”, de modo que meu esposo fez com elas uma casinha de alimentar pássaros
realmente bonita para o quintal!
Suas doações estão de acordo com as diretrizes do Mestre? Bem que eu
gostaria que minha jaqueta tivesse botões!

CAROL WIGGINS GIGANTE


Apanhada!

O Senhor protege os simples; quando eu já


estava sem forças, Ele me salvou. Salmo 116:6

Luzes vermelhas e azuis brilharam no espelho retrovisor, mandando a


mensagem alta e clara: outra multa! Rangi os dentes, silvei e consegui dar um
sorriso amarelo quando o policial se aproximou do carro para me pedir a carteira
de habilitação – que eu não trazia comigo. Como pude ser tão tonta? Não fazia
sentido reclamar agora. Eu sabia que correra o risco.
Anos antes, meu instrutor me repetira dia e noite que a pena por dirigir sem o
documento de habilitação é 500 dólares, cinco pontos na carteira e/ou um
máximo de 60 dias na prisão. No meu caso, eu deixara a estupidez assumir o
volante. Agora tinha que lidar com as consequências. Para aliviar meu estresse,
agarrei o volante com força e comecei a resmungar umas coisas feias. Pensei:
Por que ele não me parou em algum outro dia, quando eu não estivesse tão
ocupada? Isso era um transtorno? Sim! Alguma possibilidade de escape? Sem
chance!
Hmmm, pensei, e se o policial me perdoar? O que eu faria diferente para evitar
uma próxima vez?Ah, quem se importa? Agora não importava mesmo. O policial
bateu de mansinho na janela. Abri a janela e depois peguei meu crachá da mão
dele. Tenha um bom dia, senhora! Dirija com segurança!
O quê? O sarcasmo em meu rosto se transformou em surpresa. Rapidamente
dei a partida, sorri e voltei para a estrada. Ele me seguiu, mas só como guia. Eu
não precisava me preocupar. Fora abençoada. Aquele era meu dia de sorte.
Deus permite que vivamos a vida como desejamos, sem nos forçar a fazer
escolhas. Por quê? Ele deseja que façamos a coisa certa por conta própria, e
vejamos os benefícios de segui-Lo. Assim como me preocupei quando vi que
fora apanhada, assim acontece em nossa vida espiritual. Não consideramos como
uma multa pode mudar nossas circunstâncias, até ser tarde demais e termos que
enfrentar as consequências! Na verdade, às vezes, em nosso mundo veloz, o Céu
nem mesmo parece real, e nós continuamos assumindo riscos cegamente como
se conseguíssemos viver para sempre sem as consequências. Mas, em algum
momento, chega o dia do acerto. Graças a Deus, Jesus troca de lugar conosco,
dando-nos um novo começo. Vivamos uma vida amorável, piedosa, preparada,
para que, quando Ele vier, não nos surpreendamos. Estaremos prontas.

HILARY E. DALY
O texto da oração de Emma

Quando você atravessar as águas, Eu estarei


com você; quando você atravessar os rios, eles
não o encobrirão. Quando você andar através
do fogo, não se queimará; as chamas não o
deixarão em brasas. Isaías 43:2

No crepúsculo de um dia de outono por volta de 1972, meus pais, Marvin e


Emma Dick, perceberam que o temporal estava para causar uma inundação
relâmpago no ribeiro perto de sua casa. O gado que pastava ali perto corria
perigo, e os dois se apressaram para cortar os arames da cerca e permitir que o
gado escapasse.
As águas se avolumaram perigosamente e de modo rápido. Marvin, à frente de
Emma, percebeu o perigo imediato e gritou para que ela voltasse. O som da
enxurrada causou um mal-entendido, e ela achou que ele pedira que ela se
aproximasse. Apenas segundos depois, as águas já estavam velozes demais. Ele
subiu numa árvore próxima, mas ela ainda não havia chegado ao bosque. A
enxurrada a colheu, e a única coisa à qual conseguiu segurar-se foi o fio superior
da cerca. Marvin observou enquanto ela flutuava, até que a escuridão impediu
que a visse. Às vezes, Marvin via a lanterna dela brilhando, mas seu coração
quase parou quando viu uma luz descendo pela correnteza. Até a manhã
seguinte, ele não soube se Emma havia deixado cair a lanterna ou se ela mesma
fora carregada.
As horas passaram, e o frio da água e o cansaço tomaram conta de Emma, que
não conseguia mais segurar-se ao fino arame da cerca. Suas mãos se soltaram, ou
talvez o arame se tenha rompido. Roupas encharcadas de inverno teriam tornado
difícil nadar, mas, naquela correnteza, era impossível.
A oração já se tornara parte importante da experiência. Emma flutuou acima e
embaixo da água, enquanto seus pensamentos se voltavam para Isaías, o texto de
hoje. Embora não tivesse forças, o pânico não assumiu o controle porque ela
conhecia a capacidade de Deus. Apesar da correnteza e dos redemoinhos, os
anjos devem tê-la ajudado a subir numa árvore espinhosa, onde passou o restante
da noite.
Na manhã seguinte, os latidos de Duke alertaram os vizinhos quanto ao
problema dos meus pais. Eles trouxeram uma canoa de pesca e salvaram os dois.
Por causa de feridas provocadas pelos espinhos, transcorreram semanas antes
que Emma pudesse abotoar suas blusas. Mas havia passado por águas
turbulentas e não se afogara. Muitas das cabeças de gado sobreviveram. Como
resultado, meus pais deram seu testemunho a muitos.
Passaremos por provações no futuro. Temos, todas nós, a Palavra de Deus
gravada no coração, para nos manter confiantes, adorando o Senhor Deus?

HELEN DICK BURTON


Outubro

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29 30 31
Mão aleijada

Sabemos que Deus age em todas as coisas para


o bem daqueles que O amam, dos que foram
chamados de acordo com o Seu propósito.
Romanos 8:28

Meu avô, Erich Max Höllein, nasceu em 1921. Quando tinha 8 anos de idade,
sofreu um acidente que prejudicou a mão esquerda a ponto de não poder mais
usá-la. Ele, porém, aprendeu a viver com essa limitação. Durante a Segunda
Guerra Mundial, não foi recrutado para o Exército devido a isso. Então,
enquanto seu irmão mais velho e milhares de outros rapazes perderam a vida
nessa guerra terrível, ele foi para a universidade e cursou direito. Mais tarde
casou-se, e ele e minha avó tiveram três filhos e depois quatro netos. Ele teve
uma excelente carreira, primeiro no governo local e posteriormente como
membro da comissão de um banco alemão. Assim, o que pareceu uma tragédia
da infância transformou-se, na vida adulta, numa grande bênção. Afinal, quem
sabe se ele teria sobrevivido à guerra, caso tivesse sido convocado?
Alguma vez você já considerou o impacto de suas tragédias pessoais do
passado? Lembro-me de que, a certa altura da vida, saí da universidade após três
semestres e não via perspectiva para o futuro. Mas acabei fazendo algo diferente,
o que mais tarde me abriu muitas portas. Na verdade, ainda colho os benefícios.
Penso na época em que me interessei por um rapaz, mas o relacionamento não
deu certo como eu esperava. Que sofrimento! Posteriomente, contudo, percebi
como aquela pessoa, em particular, teria desgraçado a minha vida.
Meu avô faleceu em 2008, aos 86 anos de idade, após uma breve enfermidade.
Mas até essa tragédia trouxe algo de bom. Eu precisava ir dos Estados Unidos à
Alemanha para o funeral, e uma amiga da Califórnia estava na Alemanha na
época, para um tratamento especial contra o câncer. Assim, pude estar com ela e
seu esposo a fim de apoiá-los.
Na realidade, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus” (Romanos 8:28, ARA). Ele é o único que vê o quadro completo, que
conhece o fim desde o princípio. Nossa parte é continuar confiando nEle, mesmo
quando enfrentamos tribulações, tragédias e desejos não cumpridos. Não tenho
dúvida de que o Senhor também usa essas oportunidades para nos aproximar
mais dEle. “Estou convencida de que nada me poderá acontecer na vida que não
tenha sido precisamente designado por um Senhor soberano a fim de dar-me a
oportunidade de aprender a conhecê-Lo” (Elisabeth Elliot).

DANIELA WEICHHOLD
Uma amiga em todos os momentos

O amigo ama em todos os momentos; é um


irmão na adversidade. Provérbios 17:17

Bons amigos são verdadeiramente um dos maiores tesouros da vida. Ter um


amigo é ter alguém a quem recorrer, não importa o que aconteça; alguém em
quem confiar, alguém em quem se apoiar. Amigos de verdade dão tudo de si
mesmos, e não estão preocupados com o que podem obter em troca. Não são
manipuladores e não têm duas caras. Não julgam, e sua amizade não é
condicional. Amigos de verdade são, com certeza, um tesouro.
Você tem uma amiga que a ama e se importa com você? Tem alguém que fica a
seu lado, que a acompanha quando não há ninguém mais? Tem uma amiga que
anda com você quando você se sente completamente sozinha? Tem uma amiga
que a cobre com orações e sempre lhe dá o seu melhor a fim de animá-la? Tem
uma amiga assim?
Talvez seja difícil encontrar amigas desse tipo quando as pessoas ao redor estão
sempre em atividade. Podemos não encontrar tempo para o que é essencial,
tempo para parar e ouvir de um modo que promova a cura. Mas espero que você
tenha essa amiga. Se tiver, por favor, diga-lhe quão importante ela é em sua vida.
Amizades são preciosas, trazendo saúde ao corpo e à alma. Estudos mostram
que, se você tem uma amiga íntima, é mais capaz de enfrentar uma doença, e é
mais positiva em relação à vida. Os pesquisadores agora começam a prestar
atenção ao impacto da amizade sobre a saúde em geral. Um estudo feito na
Austrália, com a duração de dez anos, descobriu que pessoas mais velhas, com
um grande círculo de amigos, apresentaram uma possibilidade 22% menor de
morrer durante o período do estudo do que as que tinham amigos em menor
número. Recentemente, os pesquisadores de Harvard relataram que fortes laços
sociais podem promover a saúde do cérebro enquanto envelhecemos.
Dou graças a Deus pelos muitos amigos em minha vida, especialmente uma
que me animou no ano passado. Seu nome é Carolyn. Ela entrou em minha vida
pela direção de Deus. Ele sabia que eu precisava de uma amiga em todos os
momentos. Hoje sou uma pessoa melhor por causa do seu toque exclusivo em
minha vida e ministério. Ela não apenas ora por mim, mas é a pessoa que me dá
ânimo para prosseguir. Quando olho para Carolyn, vejo o amor de Deus por
intermédio dela.
Pensar em Jesus como amigo quer dizer que também podemos ver em Jesus um
modelo do que significa o melhor de uma amizade. Bons amigos são
verdadeiramente um tesouro, e na amizade de Jesus temos o maior tesouro de
todos.

RAQUEL QUEIROZ DA COSTA ARRAIS


Isto também passará

Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria


vem pela manhã. Salmo 30:5, ARA

Três anos atrás, sofri uma horrorosa queda no trabalho. Ela exigiu cirurgia,
depois dois meses e meio sem poder pôr peso na perna direita. A dor era
lancinante – mais do que eu imaginava que poderia suportar. E a fisioterapia, o
atendimento domiciliar e a assistência necessária eram estranhos para mim.
Lidar com essa inversão de papéis era realmente um desafio.
O que me havia trazido a esse ponto? Muitas pessoas deram palpite sobre o
motivo de Deus ter-me permitido sofrer uma queda tão brutal. Senti-me como Jó
sobre as cinzas, enquanto elas expunham seus fundamentos lógicos. Eram bem-
intencionadas. Todavia, não tinham ideia das razões de Deus para permitir a
tragédia. Como Jó, eu teria uma audiência com Deus quando chegasse a hora
certa.
Enquanto permanecia deitada, no hospital, ter que tocar uma campainha para
solicitar ajuda, ser incapaz de chegar ao banheiro em tempo, e precisar de
alguém para me fazer a higiene e me vestir era mais do que eu poderia ter
imaginado. Eu? Sim, Shirley, você! A ideia me trouxe lágrimas aos olhos.
Lembro-me de uma noite, durante a qual me senti especialmente deprimida e
impotente. A enfermeira percebeu isso e perguntou o que estava errado. Quando
me lamentei sobre quão impotente me sentia, ela, solícita, respondeu: “Isso
também passará.”
Naquele momento, lembrei-me de que meu filho havia trazido o toca-CD/DVD
para o hospital, com meu CD favorito de música. Nele havia exatamente este
cântico: “Isto Também Passará.” Fiz tocar essa música vez após vez. O cântico,
que eu sempre pulava para chegar ao meu hino favorito, agora era muito
precioso para mim. Eu precisava ser lembrada de que o lugar em que me
encontrava era temporário. Chegaria o momento em que eu caminharia de novo.
A vida cristã não está livre de dor e sofrimento. Os planos mais bem elaborados
podem acabar mal: a inesperada morte de um ente querido, filhos perdendo o
rumo, e a lista prossegue. Mas, em meio às situações e circunstâncias da vida,
Deus nos dá a certeza de que está conosco. Ele nunca nos deixará nem nos
abandonará. Ele é minha torre forte, socorro bem presente na tribulação.
A vida tem suas provações, mas o cristão tem o Espírito do Deus vivo, que o
fortalece para enfrentar as dificuldades. Ansiamos pelo dia em que essas provas
terão terminado; mas, até lá, seguraremos firmemente a mão de Jesus. Somos
filhas do Rei dos reis.

SHIRLEY P. SCOTT
Somente um milagre

Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque


Ele tem cuidado de vocês. Estejam alertas e
vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao
redor como leão, rugindo e procurando a quem
possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo
firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês
têm em todo o mundo estão passando pelos
mesmos sofrimentos. 1 Pedro 5:7-9

Num mês de outubro, depois de alguns dias com febre e dor de garganta, minha
filha, Carollina, foi internada na ala de doenças infecciosas. Colocada em
isolamento, ela estava com pneumonia e suspeita de gripe suína (influenza
H1N1). Estávamos em choque, desesperados. Não podia ser! Carollina tinha
apenas 22 anos, recentemente formada, e nunca havia estado enferma antes. Não
pertencia ao grupo de risco, e não tivera contato com ninguém que apresentasse
a doença. Era uma garota cheia de sonhos.
No dia seguinte, os médicos a transferiram para a unidade de tratamento
intensivo como precaução. Mas, no dia seguinte, ela precisou ser entubada. Que
angústia! Por vários dias, seu quadro permaneceu estável, mas o organismo não
reagia aos medicamentos. Conversávamos com os médicos todos os dias. Alguns
dias, a notícia era boa, e ficávamos esperançosos. Outros dias, ela piorava.
Seu caso era crítico. Ela podia respirar com apenas 40% dos pulmões, tinha
febre alta e estava inchada a ponto de precisar de uma traqueostomia. Também
precisou de transfusões de sangue, por causa da anemia. O resultado dos exames
confirmou a gripe suína. Por fim, ela foi curada, mas ficou com os pulmões
comprometidos. Os médicos disseram que apenas um milagre poderia salvar a
vida de Carollina.
Moramos em Bofete, uma pequena cidade do Brasil, onde todos se conhecem.
A cidade começou a mobilizar-se, reunindo-se em torno de nós, em oração.
Começamos a pedir um milagre, porque somente um milagre poderia salvar a
vida de minha filha.
Após 34 dias na UTI, Carollina foi para a enfermaria, onde ficou por mais 22
dias. Foi drenado líquido de seus pulmões. Ela precisou aprender a usar os
pulmões para respirar, e também teve que aprender a caminhar e falar outra vez.
Os médicos nos disseram que a vida dela é um milagre, que ela renasceu para
nós, e estamos certos disso. Hoje, ela está completamente recuperada, sem
sequelas.
Em meio a tudo isso, aprendemos a confiar mais no poder da oração e a esperar
em Deus, a depender dEle. Cada dia, amamos mais a esse Deus e, embora não
compreendamos certas coisas, vemos a mão de Deus em ação na vida daqueles a
quem Ele ama.

DÉBORA MAURLIA NASCIMENTO LEITE


Afaste as lágrimas

E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei


e vos receberei para Mim mesmo, para que,
onde Eu estou, estejais vós também. João 14:3,
ARA

– Kenny, vamos dar comida para o Sr. Peixinho – sugeri ao menino de dois
anos de idade, na escola maternal. – O Sr. Peixinho precisa tomar seu desjejum.
– O Sr. Peixinho precisa tomar desjejum? – Kenny perguntou, pegando o peixe
em sua mãozinha. Infelizmente, terminou em caos a tentativa de alimentar os
dois peixes dourados enquanto sua atenção ainda se concentrava nos pais que
saíam para o trabalho na cidade.
Lágrimas corriam pelas bochechas de Kenny enquanto eu o encaminhava para
uma mesa de brinquedos. – Me ajude, Glória – suplicou ele, enquanto tentava
abrir a massa com seu rolinho vermelho de macarrão.
– Glória, a mamãe vai voltar? Papai vai voltar? – perguntou Kenny, enquanto
me olhava nos olhos, em busca de confirmação.
– Sim, Kenny – respondi. – Mamãe e papai vão voltar correndo depois do
trabalho, porque mamãe e papai amam muito o Kenny.
– Mamãe e papai me buscam depois do trabalho – repetiu Kenny, enquanto
enterrava o rosto em meu ombro. Tranquilizei-o novamente, enquanto nos
aconchegávamos e ouvíamos a música do CD que tocava ao fundo. – Eu botei as
lágrimas de lado – me garantiu Kenny, enquanto eu o preparava para a tarefa
seguinte.
– Está vendo as pazinhas novas na lata de farinha de milho, Kenny? Por favor,
me ajude as encher os baldes.
“Logo, muito logo veremos o Rei.” As palavras me prenderam a atenção
enquanto o CD continuava a tocar. De repente, uma torrente inesperada de
emoções me dominou. Lembranças vívidas da despedida de minha mãe tomaram
conta da mente. O cântico continuou: “Não haverá mais lágrimas. Vamos ver o
Rei.”
Puxei uma cadeirinha e me sentei perto de Kenny, enquanto lágrimas
espontâneas me deslizavam pelo rosto. Rapidamente as enxuguei, esperando que
Kenny não as percebesse. Mas, num instante, Kenny largou a pazinha e subiu no
meu colo. – Está tudo bem, Glória. Bote as lágrimas de lado. Mamãe volta.
Papai volta.
Seu Papai volta para levá-la para casa? Meu Papai disse: “Voltarei e os levarei
para Mim, para que vocês estejam onde Eu estiver.” Muito obrigada, Papai. Vou
botar as lágrimas de lado.

GLÓRIA CARBY
Crendo no inacreditável

Buscai o Senhor enquanto se pode achar,


invocai-O enquanto está perto. Deixe o
perverso o seu caminho, o iníquo, os seus
pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se
compadecerá dele, e volte-se para o nosso
Deus, porque é rico em perdoar. Isaías 55:6, 7,
ARA

Por intermédio de Sua Palavra inspirada, Suas bênçãos diárias, Seu mundo
criado, Sua comunhão pessoal e várias experiências da vida, nosso generoso
Deus revela tudo o que precisamos saber a respeito dEle. Algumas coisas,
porém, permanecem além da nossa compreensão. Que Seus pensamentos e
caminhos sejam mais elevados que os nossos é um desses conceitos insondáveis.
A despeito das abundantes evidências do generoso amor de Deus por nós, o
inimigo do ser humano frequentemente desanima a muitas de nós,
impressionando-nos constantemente com os erros do passado. Deus perdoou
esses pecados há muito tempo. Mas Satanás se deleita em convencer-nos com
um avassalador senso de culpa e desgraça – algo que Deus nunca pretendeu que
carregássemos.
Satanás nos faz concentrar os olhos em nós mesmas, e não no Salvador. Mas o
manto da justiça de Jesus nos cobre, e, toda vez que o inimigo nos distrai,
desanima ou de algum outro modo nos engana nessa questão, devemos recordar
que os pensamentos de Deus, Seus caminhos e Seu amor incondicional e
assombroso estão a nosso favor. Nosso Pai vê a perfeição de Cristo sobreposta
ao nosso “eu” recriado.
Além da possibilidade de clamar a Jesus imediatamente, recebemos outra
defesa maravilhosa contra as ondas de dúvida que nos podem levar a cair presa
dos jogos mentais de Satanás. A Bíblia nos diz que Cristo ama profundamente
todos os que por longo tempo foram prisioneiros de Satanás, pois Deus trabalha
de modo incansável para convencer-nos de Seu amor personalizado. Quando
vamos a Cristo com genuína convicção e arrependimento, nossos pecados mais
horrendos são apagados. Não nos deixemos persuadir de que o grande, amoroso
sacrifício de Cristo foi para os outros, e não para nós, ou de que tenhamos
cometido o pecado imperdoável.
Os caminhos e o amor de Deus são, na verdade, muito mais altos do que os
nossos, e podemos não captá-los jamais. Com a confiança total de uma criança,
precisamos simplesmente acreditar quando Ele diz que nos perdoou e nos
renovou por meio de Cristo. Ele deu a Si mesmo por nós, uma poderosa
evidência de Seu amor incomparável e Sua graça abrangente.

HEIDI VOGT
A terra de puro encanto

Ele me levou no Espírito a um grande e alto


monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém
[...]. Ela resplandecia com a glória de Deus, e o
seu brilho era como o de uma joia muito
preciosa. Apocalipse 21:10, 11

Raramente me sento junto à janela do avião, preferindo um assento próximo ao


corredor, no qual possa me movimentar mais livremente. Entretanto, numa
recente viagem, tive a fila inteira dos três assentos só para mim! Depois da
decolagem, coloquei os pés para cima e me estiquei para apreciar o voo.
Apoiada contra a janela, olhei a cena que era definitivamente de tirar o fôlego.
As nuvens cobriam o céu, tanto quanto eu podia ver – ondas de pequenos tufos
brancos, dispostas em camadas tão parelhas que não se podia ver através delas.
Acima dessa camada de pura beleza, o sol resplandecia. Maravilhei-me com essa
vista, o resultado da mente criativa de Deus e Seu design inteligente. Pensar que
Ele planejou o funcionamento do Universo para criar um caleidoscópio de tal
magnitude me levou a refletir sobre Suas muitas e inesperadas dádivas.
Enquanto ainda apreciava a vista, a voz do comandante me chamou a atenção.
Preparávamo-nos para o pouso. O avião começou gradualmente a descida,
penetrando nas nuvens. Perguntei o que nos aguardava, enquanto abríamos
caminho em meio à camada branca. Mas, para minha surpresa, as nuvens não
pareciam tão densas como eu esperava, nem tão espessas. Por breves momentos,
o comandante nos guiou por céus menos amistosos, já que tudo ficou branco ao
redor, sem indícios do que poderia estar por perto. Não tínhamos escolha a não
ser confiar nos instrumentos e em sua habilidade de pilotar. Mas perdemos o sol!
Agora o céu estava carrregado, com indicações de um clima tempestuoso. As
nuvens que eram magníficas à luz do sol, acima, agora eram cinzas e
ameaçadoras, ao bloquearem o sol. Não pude deixar de refletir: “Eu preferia
estar acima das nuvens, onde tudo é brilhante e glorioso.”
Em breve, você e eu seremos reunidas nas nuvens. Do outro lado, nosso Pai
estará sentado em Seu grande trono branco, na Cidade Santa, a terra de puro
encanto, pronto a receber Seus filhos fiéis. Mas, nesse meio-tempo, precisamos
navegar pelas desconhecidas e escuras nuvens da vida. É o tempo de confiar
completamente em Jesus e em Sua capacidade de conduzir-nos com segurança.
Ao nos apoiarmos nEle, os trechos acidentados ao longo do caminho parecerão
menos assustadores. Naqueles momentos em que a vida não me trata tão bem,
faço questão de me lembrar: “Continue firme! Agora não vai demorar.”

BERNADINE DELAFIELD
Onde estava Deus?

Enquanto conversavam e discutiam, o próprio


Jesus Se aproximou e começou a caminhar com
eles; mas os olhos deles foram impedidos de
reconhecê-Lo. Lucas 24:15, 16

– Onde estava Deus? – perguntou ele ao conselheiro. Seu pai não chegara a ser
um homem de verdade, quanto mais um pai. Em vez de proteger os filhos, era
ele quem lhes causava dor e medo. As portas da casa, que deviam manter a
família segura à noite, escondiam dos vizinhos a violência lá dentro. Onde estava
Deus?
O conselheiro sugeriu que ele pedisse a revelação de onde Deus estava quando
ele era menino. Esta se tornou sua oração fervorosa: “Onde estavas, Deus,
quando meu pai se embriagava e agredia mamãe, e eu era pequeno demais para
protegê-la? Onde estavas quando ele me esmurrava? A ira do meu pai enchia a
casa a tal ponto que não sobrava espaço para nada mais – nem para Ti. Onde
estavas Tu?”
Deus lhe respondeu à oração. Ele chorou, aliviado, quando viu onde Deus
estava – e percebeu que Deus havia estado ali o tempo todo.
Animada por essa experiência, eu também orei: “Onde estavas quando precisei
de Ti?” Então sonhei que estava sendo ferida. Senti a dor mais uma vez. Clamei
por socorro, mas ninguém chegou. Corri para o telefone e disquei, mas a linha
estava muda. Era um dia ensolarado. A macieira estava branca de flores, seus
ramos roçando a janela quando soprava o vento. Então vi a linha do telefone
balançando com a suave brisa – a linha que chegava à casa fora cortada.
“Onde estavas?”, perguntei, furiosa. “Por que não me respondeste quando
chamei?” Então vi exatamente onde Deus estava – na verdade, no lugar exato do
quarto, naquele dia terrível.
“Onde estava Deus?”, Cleopas perguntou a seu amigo na estrada para Emaús.
Naquela hora crepuscular, antes de brilharem as estrelas e a lua, eles tropeçavam
em pedras e buracos do caminho. Enquanto procuravam um rumo em meio às
perguntas e à dor, Jesus aproximou-Se deles, conta-nos a história. Mas seus
olhos não O enxergaram.
Enquanto o Estranho falava com eles, outras estrelas brilharam, e a seguir a lua
também. Não tropeçaram mais; o caminho tinha uma iluminação prateada.
Então, de repente, carvões frios arderam; labaredas se acenderam no coração que
eles julgavam não mais abrigar a esperança. E, no partir do pão,viram que Deus
estava ali com eles, no corpo dilacerado da cruz. Deus conosco: Emanuel.

LISA M. BEARDSLEY-HARDY
Uma vizinha amorosa

Uma geração contará à outra a grandiosidade


dos Teus feitos; eles anunciarão os Teus atos
poderosos. Salmo 145:4

Quando eu era pequena, mudamo-nos do campo para uma pequenina cidade


rural do Colorado, nas planícies do leste. Minha mãe nunca havia morado numa
cidade antes, e estava excessivamente nervosa por criar filhos naquele novo
lugar, e não no campo que ela amava e onde se sentia segura.
Mamãe sempre havia sido uma dona de casa em tempo integral, e fora paciente
com todos os filhos. Mas, durante essa mudança, ela se tornara particularmente
irritadiça, ou assim me parecia. Estava sempre ocupada – pintando, limpando e
desencaixotando. Um dia, meu irmão e eu queríamos desesperadamente visitar o
parque do bairro, mas mamãe disse que não tinha tempo para levar-nos até lá.
Assim, na minha lógica de seis anos de idade, decidi colocar meu irmão de
quatro anos em nosso confiável carrinho vermelho e ir ao parque sem ela. Tenha
em mente que esse “parque da cidade” era composto por apenas dois balanços e
um escorregador, e ficava a duas quadras da casa nova, mas se localizava ao lado
de uma rodovia estadual. Considerando os temores de mamãe quanto a morar na
“cidade”, ela ficou aterrorizada quando se virou e não nos viu. Correu para a
casa ao lado e perguntou à nossa vizinha, Sra. Farnsworth, se ela sabia do nosso
paradeiro. Quando ela disse que não, mamãe correu na direção do parque, ainda
segurando uma pá de misturar tinta.
É desnecessário dizer que, quando viu nossos rostos felizes, ela não participou
da nossa euforia. Lembro-me claramente do modo eficaz como ela usou aquele
misturador de tinta em nossos traseiros, enquanto nos colocava no carrinho
vermelho e nos levava prontamente para casa. Após a rebelde excursão ao
parque, a Sra. Farnsworth se tornou uma amiga querida de nossa família.
Lembro-me de ir ao centro da cidade com essa vizinha especial várias vezes. Ela
sempre dava um jeito de permitir que brincássemos no parque, geralmente
enquanto comíamos os docinhos que ela comprava para nós. Lembro-me de ter
ficado muito triste, anos depois, quando soube que a preciosa Sra. Farnsworth
havia falecido. Ela era uma joia para nossa família. Via onde podia ser útil a uma
jovem mamãe e oferecia seus préstimos, vez após vez. Espero e oro para ser
como essa mulher, e que eu sempre aproveite a oportunidade de ajudar jovens
mães, ao ser como as mãos ajudadoras de Jesus.

JILL ANDERSON
“Não furtarás”

De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a


Deus e guarda os Seus mandamentos; porque
isto é o dever de todo homem. Eclesiastes 12:13,
ARA

Um dia, durante meu devocional da manhã, refleti sobre o Sermão do Monte


(Mateus 5). Nele, Jesus apresentou pormenores específicos do que significa
guardar os mandamentos, pois guardar os Dez Mandamentos vai além de uma
interpretação estreita, literal. Qualquer um dos dez é mais fácil de quebrar do
que a princípio se imagina. Recentemente, tive uma experiência que me alertou
quanto a como é fácil quebrar o oitavo: “Não furtarás.”
Nunca me considerei ladra. Devolvo um dízimo honesto e contribuo com
ofertas para muitas entidades filantrópicas e departamentos da organização de
minha igreja. Na verdade, como secretária da igreja, lido com dinheiro
semanalmente, no sistema de rodízio, e não sou tentada a embolsar nada. Não
tenho tendência à cleptomania. Contudo, um dia, passei por um alerta quando fui
a uma loja de ferragens a fim de comprar lâmpadas para uma amiga.
Como tudo de que eu precisava eram seis embalagens de lâmpadas de 100
watts, não peguei um cesto para carregá-las. Peguei as seis lâmpadas da
prateleira, mas ah, uma delas escorregou das minhas mãos e caiu ao chão com
um estalo.
“Ai, não!”, murmurei. “Será que o filamento escapou em um ou nos dois
bulbos?” Não seria justo que minha amiga pagasse por uma lâmpada com
filamentos rompidos. Vergonhosamente, passou por minha cabeça a ideia de
colocar a embalagem de volta na prateleira e pegar outra. Ninguém estava perto
para ouvir ou ver o que acontecera. Mas, num instante, relampejaram em minha
mente as palavras: “Não furtarás”!
Fui ao balcão e disse à funcionária que havia deixado cair uma embalagem e
queria saber se havia um modo de testar os bulbos para saber se ainda
funcionavam. Se não funcionassem, eu pagaria o valor, mas teria que comprar
outra lâmpada para substituí-la.
Ela me olhou de modo estranho, mas quanto a mim estava tudo bem. Saí da
loja sem um resquício da culpa que sentiria, caso houvesse cedido à tentação.
Entreguei as lâmpadas à minha amiga com a consciência limpa.
“Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em Seus
mandamentos” (Salmo 112:1).

EDITH FITCH
Poder na oração coletiva

Reuniu-se, pois, o povo, vindo de todas as


cidades de Judá para buscar a ajuda do Senhor.
2 Crônicas 20:4

Quando o reino de Judá foi atacado por inimigos de todas as direções, seus
líderes reuniram o povo e oraram. Posteriormente, suas orações foram atendidas
porque todos os inimigos foram desbaratados (2 Crônicas 20:23). Há poder na
oração.
Essa também tem sido minha experiência. Meu esposo e eu estávamos numa
passarela rolante no aeroporto de Cingapura quando o carrinho dele trancou. Bati
contra as suas costas e senti uma dor lancinante no joelho direito. Ao chegar à
nossa casa, em Washington, fomos a um pronto-socorro. Passei por uma cirurgia
artroscópica no joelho direito para tratar do menisco rompido.
O ortopedista disse que eu estaria melhor dentro de seis meses. Os meses
passaram, foram aplicadas injeções de corticoide, e, finalmente, eles me deram
uma injeção de mil dólares (Synvisc One). Mas ainda não me sentia bem.
Restringiram minhas viagens a trabalho e me recomendaram natação diária. Eu
nadava 60 vezes o comprimento da piscina todos os dias, com exceção do
sábado, até que minha touca ficou amarela por causa do cloro. Nada ajudou. Por
fim, fui encaminhada a outro ortopedista para a substituição completa do joelho.
Antes da cirurgia, uma amiga me contou de uma operação semelhante que havia
acabado em paralisia. No dia anterior à operação, outra amiga me contou que sua
amiga havia morrido por causa de um coágulo. Sendo médica, eu conhecia os
riscos, mas essas histórias inoportunas definitivamente me assustaram.
Tanto a família da igreja chinesa como meus colegas de trabalho oraram por
mim. Uma amiga colocou meu nome em várias listas de pedidos de oração. E-
mails chegaram de muitos amigos ao redor do mundo para dizer que estavam
orando por mim. Essas orações coletivas funcionam? Na manhã seguinte à
cirurgia, Deus me ajudou a caminhar 12 metros com um andador. No segundo
dia, pude andar 15 metros e descer alguns degraus com muletas. No terceiro dia,
recebi alta, andando com uma bengala. Seis semanas e dois dias depois, no
segundo retorno ortopédico, fui declarada curada.
O cirurgião ortopedista realizou a cirurgia, mas somente Deus operou a cura, ao
fazer com que os tecidos e a pele retornassem rapidamente ao normal! Tudo isso
foi resposta a muitas orações. Certamente há poder na oração coletiva.

KATHLEEN H. LIWIDJAJA-KUNTARAF
Mais do que um nascer do sol

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais


do que tudo o que pedimos ou pensamos, de
acordo com o Seu poder que atua em nós.
Efésios 3:20

Meus olhos estavam inchados devido ao choro incessante. Quanto já havia


chorado nas últimas 48 horas? Seria mais sábio contar as horas que passei com
os olhos secos. Amarrei os tênis e fui ao parque para a corrida das 5h30, com os
pensamentos ainda rodopiando com lembranças do relacionamento recentemente
rompido. Havíamos namorado por algum tempo, e o rompimento que havia
brotado do nada atingiu-me como um caminhão passando no sinal vermelho.
Abençoa-me com um colorido raiar do dia, Deus. Só para eu saber que estás aí.
Podes fazer algo simples como isso, não podes?
Mas, enquanto começava a corrida, nuvens cinzentas lá por cima pareciam
escarnecer de mim. Eu não vislumbrava nenhuma cor, embora soubesse que o
horário do nascer do sol era às 5h42.
Preocupada com o céu, não notei nada a princípio. Mas, ao me aproximar, parei
instintivamente. Ali, bem à frente da trilha, estava uma corça pequena, com seu
casaco castanho pintado com manchinhas redondas cor de marfim. Ela me
olhou, nervosa. Nossos olhos fizeram contato e foi como se eu sentisse os braços
de Deus ao meu redor. Ainda existe beleza em sua vida, disse-me Ele. Pausa.
Abrace essa beleza. É assim que juntamos os pedaços. É assim que nos
lembramos de que o amor ainda existe. Humilde, inclinei levemente a cabeça.
OK, Deus.
Continuei a corrida, notando cada pássaro, esquilo e coelhinho. Aspirei os
aromas florais que recendiam ao redor; cantarolei com as aves que me faziam
serenata. Abrace a beleza. É assim que juntamos os pedaços.
Na última volta, manchas de cor tangerina, rosa e ametista me espiavam desde
a expansão do céu que agora se erguia bem diante de mim. Eu corria na direção
do nascer do sol. Já me abençoaste com os animais, Pai. Eu não esperava essa
demonstração também!
A resposta viera clara como o toque de um sino. Quero fazer mais por você do
que aquilo que você Me pede.
Deus prometeu conceder-me os desejos do meu coração (Salmo 37:4). Mas Ele
continua a me ensinar que conhece esses desejos melhor do que eu mesma. Ele
sabe o que me satisfará, ensinará e inspirará. Dá-me um belo nascer do sol, eu
Lhe pedira. Eu O imagino a inclinar-Se para trás, braços cruzados, com um
sorriso maroto. Mantenha os olhos abertos, diz Ele. Posso fazer por você muito
mais que um belo nascer do sol.

ADDISON HUDGINS
A escola

Eis que envio um anjo à frente de vocês para


protegê-los por todo o caminho e fazê-los
chegar ao lugar que preparei. Êxodo 23:20

“Se quiser guardar o sábado, procure uma escola administrada por sua igreja,
porque você não pode continuar estudando aqui”, disse a diretora da escola
municipal onde eu havia quase concluído o quarto ano da escola fundamental.
Era 1960, um período difícil, e todas as escolas municipais e estaduais tinham
aulas aos sábados.
Eu tinha 12 anos de idade, e meus pais careciam de recursos financeiros para
pagar uma escola particular. Pior, nossa igreja nem mesmo tinha uma escola.
Mas minha mãe procurou uma escola adventista e a encontrou. Graças a Deus,
conseguiu uma bolsa de estudos para que eu concluísse o ano naquela escola.
Morávamos em Vicente de Carvalho, e para chegar à escola eu precisava ir de
barco ao porto marítimo de Santos, uma cidade costeira, e depois caminhar
alguns quilômetros ainda.
Um dia, quando voltava da escola, fiquei perdida no cais. Como nunca fui boa
no que se refere a direções, andei de um lado para outro e não encontrei a
estação das barcas.
Escureceu e fiquei com medo de ser castigada por meus pais. Isso me fez
chorar. A região tinha muitos bares e clubes noturnos. As pessoas fumavam e
bebiam. Tive medo de lhes dizer que estava perdida. Ali, na escuridão, pedi que
Deus me enviasse uma pessoa digna de confiança a quem eu pudesse pedir
ajuda. Quando levantei os olhos, um homem estava parado diante de mim. Ele
parecia como um bom avô, embora eu nunca tivesse conhecido meus avós.
Achei que ele fosse a pessoa certa para me ajudar e lhe contei meu problema.
Imediatamente, ele se ofereceu para me mostrar o caminho. Levou-me até o
barco, fez a travessia comigo e me acompanhou até a porta da minha casa.
Depois, foi embora.
Aquela noite foi muito diferente das outras. Havia paz. Ninguém notara meu
atraso; tampouco me perguntaram algo. Meus pais não brigaram um com o
outro, como era costume deles. Fomos para a cama e não tive pesadelos. Havia
serenidade como nunca antes.
Não contei a ninguém essa história, mas ela continua clara em minha
lembrança. De vez em quando, eu me pergunto: Aquele homem poderia ter sido
meu anjo? Ele era diferente de todas as outras pessoas. O que estaria fazendo
naquele lugar? Sei que um dia terei a resposta para essa e outras histórias de
proteção.

LOURDES S. OLIVEIRA
Anelo pelo Céu

Não se perturbe o coração de vocês. [...] Vou


preparar-lhes lugar. [...] Voltarei [...] para que
vocês estejam onde Eu estiver. João 14:1-3

Meu esposo e eu fomos convidados para ir à casa de uma amiga. Levou


bastante tempo para chegarmos lá. Ela morava num setor mais novo e rico da
cidade, perto de vários shoppings e da praia. Antes que pudéssemos entrar em
sua casa, enormes portões tinham que ser destrancados e um alarme precisou ser
desativado. Todos os vizinhos possuíam residências semelhantes: enormes
portões, muros altos, cerca elétrica e sistemas para manter afastados os intrusos.
Parecia que essas pessoas viviam em cárceres, enquanto os criminosos, que
deviam estar atrás das grades, andavam livres.
Entramos, por fim, na mansão, e dentro daqueles altos muros vimos um
ambiente pacífico, tranquilo, sereno. Três laguinhos eram unidos por pequenas
pontes, tudo ajardinado com belas samambaias e outras folhagens. Um banco
para descanso e meditação completava a cena pitoresca. Olhar para aquele
recanto com água e jardim me fez ansiar pelo Céu.
Retornando para casa naquela noite, destrancamos a garagem e vimos
imediatamente que alguém havia entrado ali. Livros, ferramentas e outras coisas
haviam sido jogados no chão. Vimos que os vândalos haviam entrado pela porta
lateral. A cena nos aborreceu muito. Pensar que o inimigo havia entrado em
nossa propriedade de novo! Antes de sair de casa naquela manhã, eu havia orado
para que Deus protegesse e guardasse nossa casa, e também nos acompanhasse
por ruas movimentadas.
Perguntei ao Senhor: Por que me abandonaste? Por que permitiste que isso
acontecesse? Às 22 horas, liguei o interruptor que acende a luz da varanda da
frente, mas ela não acendeu. Abri a porta para verificar por que não havia luz e
vi que a luminária que cobre a lâmpada estava faltando. Os fios haviam sido
cortados e só ficara um buraco na parede. Chamei meu esposo para que viesse
ver, e orei em voz alta: Ó Senhor, vem logo! Estou cansada de toda essa
atividade criminosa, nesta Terra amaldiçoada pelo pecado. Ó Jesus, anseio ir
para a mansão celeste que foste preparar para mim!
Fico tão feliz porque nenhum ladrão vai entrar lá! (ver 1 Coríntios 6:9, 10.)
Viveremos eternamente em paz, com Jesus, os santos e com todos os anjos.
Anelo pelo Céu e planejo estar lá. Você também tem esse plano?

PRISCILLA E. ADONIS
Um pouco de amor no seu dia

Conceda-me o Senhor o Seu fiel amor de dia; de


noite esteja comigo a Sua canção. Salmo 42:8

Enquanto o sol do meio da tarde enfraquecia, decidi tirar um breve recreio do


computador, com o qual havia passado a maior parte daquele dia bonito e
ensolarado de inverno. Peguei um dos livros favoritos para ler uns capítulos. A
luz solar me convidava lá para fora, enquanto eu me dirigia ao pátio agora
coberto pelas sombras cinzentas da tarde. Mas eu ansiava pelo calor do sol.
Mais adiante, no pomar, o sol brilhava sobre as laranjas que pendiam das
árvores de um verde escuro. A luz do sol, branda e cálida, demorava-se sobre os
galhos e sobre a grama ao redor das árvores. Passei pelas árvores para me sentar
numa cadeira de jardim a fim de ler e assimilar o calor. Mas não pude ficar
muito tempo. Precisava retornar ao trabalho. Não distante dali estava Anneke, da
raça pastor-alemão, a guardiã do grande quintal, a qual me havia seguido. Ela
simplesmente estava ali, deitada, observando-me ocasionalmente, dando-me o
espaço e a quietude que eu desejava. Suas grandes orelhas pretas estavam alertas
para qualquer ruído ou perigo, e seus ternos olhos cor de âmbar me cobriam de
amor.
Pressionada pelos prazos de entrega e múltiplos itens ainda inconclusos, eu
poderia ter entrado em casa para continuar o trabalho. Poderia ter passado por
ela sem lhe dar atenção. Poderia ter ignorado as suculentas laranjas penduradas
nas árvores. Mas não foi o que fiz. Parei e me embeveci com a imagem das
magníficas árvores e notei o modo tão singular com que cada laranja ocupava
seu espaço, às vezes, balançando ao sabor da brisa. Demorei-me um momento
mais sob a luz do sol, e depois chamei Anneke. Ela me respondeu com um
grande sorriso canino e deitou-se aos meus pés. Passei a mão em sua barriga,
coisa que ela aprecia. Por alguns momentos, eu a afaguei e conversei com ela.
Depois, caminhamos juntas na direção de casa. Isso sempre torna o dia dela um
pouco mais feliz. E tornou o meu mais feliz também.
Trabalho, prazos de entrega, contas, telefonemas, e-mails! Essas coisas têm seu
jeito de penetrar até a alma, expulsando a beleza, a bondade e a atenção – ou
pelo menos deixando-as para mais tarde. Não me lembrarei do dia agitado, mas
me lembrarei dos poucos momentos ao ar livre, saboreando a beleza das
laranjeiras, acariciando Anneke e conversando com ela.
E resolvi dedicar uns poucos momentos mais de beleza, bondade e amor a cada
dia para mim, minha família, para as pessoas ao meu redor e para o meu Deus. E
para Anneke também.

EDNA MAYE GALLINGTON


O trajeto até Bowron

Tu me farás conhecer a vereda da vida, a


alegria plena da Tua presença. Salmo 16:11

Durante seis anos, havíamos esperado para acampar na América do Norte – o


tempo todo em que moramos nos trópicos. Enquanto espantávamos mosquitos
12 meses por ano, enquanto suávamos numa cidade de 8 milhões de habitantes,
sonhávamos em caminhar acima da linha das árvores, descer deslizando por
campos de neve, ver quebra-pedras roxas na fenda de uma rocha, ouvir o assobio
de uma marmota.
Nosso filho, Garrick, nasceu enquanto morávamos nos trópicos, e quando
voltamos para a América do Norte soubemos que seria necessário mudar nossos
planos. Em vez de caminhar pelas montanhas, decidimos praticar canoagem nos
Lagos Bowron, na Colúmbia Britânica. Aguardávamos com expectativa fazer
fogueiras, contar histórias, ver mergulhões-do-norte e alces, andar de canoa e
passar por cachoeiras. Mas primeiro teríamos que alcançar os lagos, a 2,4
quilômetros da área cascalhada do estacionamento. Relutantemente, decidimos
carregar a canoa e fazer uma viagem separada para pegar as mochilas.
Acomodamos a canoa sobre a cabeça. Larry segurava a parte da frente, porque é
mais pesada. Ao andarmos sob o sol da tarde, os mosquitos atacaram, evitando a
cabeça de Larry e se aglomerando em volta do meu pescoço. Eu precisava das
duas mãos para segurar a canoa, e de outras duas para afastar os mosquitos.
Então Garrick começou a resmungar. – Mamãe, quero segurar sua mão.
– Mas Garrick, [tapa] não tenho nenhuma mão livre [tapa].
Então ele caiu. Não estava longe, só ficou enlameado; mas, de repente, Larry e
eu entendemos que acampar e andar de canoa não era divertido para todo o
mundo. Se a primeira aventura não fosse positiva, nosso filho poderia detestar
excursões por áreas desabitadas. Assim, baixamos a canoa e arranjamos uma
“falsa” mão – uma bandana vermelha amarrada à alça do meu cinto. Garrick
agarrava a bandana e sabia que estava ligado a nós. Começou a tagarelar, feliz da
vida.
Quando chegamos ao Lago Kibbee, pusemos a canoa no chão e voltamos para
buscar as mochilas. Larry corria, enquanto Garrick e eu caminhávamos com
folga. Apreciamos as flores silvestres, ouvimos o tinido das asas de libélulas,
vimos o sol sobre as folhas e cantamos canções. Quando Larry, carregando sua
mochila, nos encontrou, apressei-me para pegar a minha. Garrick segurou a mão
do pai, virou-se e voltou na direção do lago, apontando para cogumelos e
besouros. O trajeto não pareceu longo depois que se encheu de risos.

DENISE DICK HERR


Um encontro em Carmel

Como crerão nAquele de quem não ouviram


falar? Romanos 10:14

Ele era um dos meus músicos favoritos. Às vezes, suas canções nos exortavam
a cuidar do planeta. Outras vezes, despertavam nossa atenção para as majestosas
montanhas, os cursos d’água e a beleza de morar no ocidente.
Alguns anos atrás, quando meu esposo notou John Denver numa oficina de
automóveis em Carmel, Califórnia, tive vontade de conhecê-lo, e meu esposo foi
até ele para se apresentar. Fiquei para trás, hesitante em incomodar uma
celebridade. Mas John pareceu cordial e não se opôs à ideia de que meu esposo
tirasse uma foto dele comigo. Pedi desculpas por ter tomado seu tempo, e ele me
garantiu que estava apenas aguardando que seu Porsche vermelho fosse
consertado.
Falamos brevemente sobre Carmel e o prazer de visitar aquele belo recanto.
Nem sempre encontramos uma celebridade tão conhecida, mas, ao mesmo
tempo, John parecia tão comum! Sua camiseta revelava um barriguinha no
centro. O cabelo loiro e o bronzeado lhe davam um ar de surfista de meia-idade.
Ao posarmos para a foto, ele pôs um braço na minha cintura, e tomei consciência
da fragilidade daquele homem. Ele tinha altura média e era franzino, e eu fiquei
admirada por saber que ele dirigia carros velozes, cavalgava cavalos rápidos e
ocasionalmente bebia demais. Isso parecia não combinar com aquela pessoa
gentil, melancólica, de fala mansa; um meio sorriso parecia tudo o que ele
conseguia apresentar.
Separamo-nos depois da foto, mas ele nos seguiu para falar um pouco mais.
Quando já estávamos indo embora, eu lhe contei o quanto apreciava seu
interesse por questões ecológicas, o tópico, provavelmente, mais caro ao seu
coração. Nesse momento, ele sorriu com o rosto inteiro. “Muito obrigado”, disse
ele.
Em outubro, alguns meses mais tarde, de volta a Maryland, o noticiário
nacional relatou que John Denver havia morrido enquanto pilotava um pequeno
avião experimental, que caíra no Pacífico, não longe de onde havíamos
conversado naquele dia. Essa notícia chegou não muito depois da morte
acidental de um amigo que servira a Deus até o fim. Durante dias, eu me
perguntei mais sobre o destino de John do que o de meu amigo. O dele parecia
precário. A despeito de suas boas obras pelo meio ambiente, teria ele conhecido
algo sobre o verdadeiro Cristo? Deveria eu lhe ter falado acerca de um Deus de
amor em nosso encontro? Que bem teria produzido? Cristo morreu por todos os
seres humanos e não devemos deixar passar a oportunidade de dar essa notícia às
pessoas.

ELLA RYDZEWSKI
Anjos viajantes

O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que O


temem e os protege do perigo. Salmo 34:7,
NTLH

Tem havido ocasiões em que o texto de hoje me traz muita paz e confiança,
pois viajar longas distâncias com meu esposo exige, com frequência, que
andemos por estradas no sertão e acampemos em áreas remotas.
Alguns anos atrás, viajamos ao norte da Austrália em nosso veículo e trailer.
Muitos quilômetros passariam, e a incerteza nos atravessou o caminho, mas
quando o Senhor é convidado a viajar conosco, existe conforto. Cada dia nos
trazia novos desafios, ao conhecermos e ajudarmos pessoas ao longo da estrada.
Houve ocasiões em que tivemos problemas com o veículo, mas sempre perto de
lugares onde nós também podíamos ser auxiliados.
Após a troca de dois pneus, o carro começou a trepidar. Achando que houvesse
um desequilíbrio, tivemos que cuidar disso. Mas continuamos a ter problemas,
espasmodicamente.
Então nos vimos numa situação muito perigosa. A válvula da gasolina explodiu
enquanto abastecíamos o carro num posto de gasolina. Mais tarde, esse problema
foi corrigido, mas por causa dele nossa viagem precisou restringir-se a um ritmo
lento. Com esse novo problema e as trepidações aumentando, estávamos
ansiosos por ver tudo consertado.
Depois de viajar certa distância, paramos numa cidade pequena, onde meu
esposo teve a ideia de olhar por baixo do veículo. Ele descobriu que a barra
estabilizadora, que controla o volante, havia se soltado a ponto de quase cair.
Uma vez tendo fixado a barra, as trepidações desapareceram. Não muito tempo
depois, descobrimos que uma rosca que controla o fluxo de gasolina estava
desligada. A baixa velocidade evitara o desastre. Louvado seja Deus, que opera
de maneiras misteriosas para realizar Suas maravilhas.
Mais adiante, enfrentamos uma tempestade elétrica. Sem poder ir para o
acostamento da rodovia por causa da enxurrada, seguimos lentamente em meio a
lençóis de chuva que praticamente impediam a visão, até chegarmos com
segurança à cidade de Penong e a um estacionamento. Quando finalmente
pudemos sair, descobrimos um pneu furado! Naquele momento, um homem de
bicicleta motorizada encostou e, vendo nossa situação, trocou o pesado pneu
para nós.
Deus cuida, protege, orienta e guia. Podemos confiar sempre em Suas
maravilhosas promessas. Quantos anjos do Senhor estiveram conosco naquele
dia nós não sabemos, mas com louvor e honra demos graças uma vez mais ao
Senhor que provê livramento.

LYN WELK-SANDY
Ele jamais falha

O Senhor está perto de todos os que O invocam,


de todos os que O invocam com sinceridade.
Salmo 145:18

Por duas semanas, a letra do coro que eu aprendera muitos anos antes
continuou ecoando em minha mente: “Ele nunca falhou. Jesus Cristo nunca
falhou. Por onde eu andar, quero que o mundo saiba: Jesus Cristo nunca falhou.”
Houve ocasiões em minha vida em que eu soube que Deus estava muito perto
de mim. Lembro-me do dia em que corri até a cidade para comprar um bolo para
uma de minhas colegas que comemorava seu aniversário. Normalmente, eu teria
encomendado um bolo com pelo menos um dia de antecedência, mas naquela
ocasião eu me havia esquecido.
Na primeira confeitaria em que entrei, não havia um bolo inteiro. Uma passada
por outras duas confeitarias também se mostrou inútil. Mas o tempo todo orei
para encontrar um bolo e voltar ao escritório antes que minha colega fosse para
casa. Com apenas uma doceria mais para conferir, minha oração era: “Senhor,
por favor, ajuda para que tenham um bolo.” Entrei na loja, olhei o mostrador – e
o vi. Era o único bolo inteiro, e estava lindamente decorado. Deus respondera à
minha oração e providenciara um bolo para tornar feliz o aniversário de uma
amiga.
Depois foi o caso de minha amiga Kenesha, que desejava ir para a França como
professora-assistente, mas necessitava de dinheiro para a passagem de avião.
Sem recursos à vista, ela fez a reserva para o dia em que precisava partir, a fim
de estar na França no tempo certo. A data se aproximava. Embora ela e eu
orássemos com frequência e tivéssemos entrado em contato com muitas pessoas
que julgávamos capazes de poder ajudar na compra da passagem, não tivemos
sucesso. Por fim, uma semana antes da data da partida, um doador enviou a
quantia exata de que ela necessitava! Kenesha viajou de acordo com seus planos.
Ao longo dos anos, aprendi que devo falar com meu Pai celeste acerca de tudo.
É verdade que, às vezes, tomo as coisas nas próprias mãos e tento resolver os
problemas sozinha. Mas, invariavelmente, quando ajo desse modo, deixo sempre
de encontrar a melhor solução. Outras vezes, porém, quando sou tentada a
resmungar e reclamar, penso em quão generoso tem Deus sido para mim, e Lhe
dou graças por estar constantemente no controle da minha vida. Ele nunca falhou
comigo. E, do mesmo modo, jamais falhará com você.

CAROL JOY FIDER


O cimento da sua vida

Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do


pecado que nos envolve, e corramos com
perseverança a corrida que nos é proposta.
Hebreus 12:1

A entrada da garagem e a calçada em frente da nossa casa necessitavam de


reforma. Para remover o cimento velho, usamos um trator, caçamba e correntes.
Contudo, para enrolar a corrente em torno das peças, os homens tiveram que
usar uma miniescavadeira e pés-de-cabra para soltá-las, a fim de terem espaço
para rolar a corrente em torno das várias porções do cimento. Remover e
descartar o cimento velho consumiu tempo e exigiu um bocado de energia
muscular.
Uma vez removidas as pesadas peças de cimento, os carpinteiros puderam
começar a preparar as formas nas quais despejar o novo concreto. Eles nivelaram
o cascalho e depois usaram uma máquina para compactá-lo. Somente depois
puderam dispor os vergalhões para receber o novo concreto. A nova estrutura de
cimento conservará seu formato e será mais forte porque tem os vergalhões.
Agora estavam prontos para despejar o cimento. Os caminhões trouxeram a
mistura e a despejaram nas formas. Com cuidado, os homens nivelaram a
mistura. Depois de suficientemente seca, passaram a desempenadeira para deixá-
la lisinha. O produto final foi uma entrada de garagem e uma calçada com
acabamento perfeito.
Na vida, carregamos muito peso que pode ser comparado com o cimento velho.
Muitas vezes, os antigos hábitos e maneiras de fazer as coisas são difíceis de
remover, mas precisamos fazê-lo para que não nos incomodem mais. Nós, seres
humanos, carregamos velhos rancores, acariciamos crenças que são
frequentemente errôneas, e desenvolvemos hábitos irritantes e repulsivos.
Removê-los do nosso caráter e vida é difícil, às vezes. Seria maravilhoso se
pudéssemos usar pés-de-cabra e escavadeira para soltá-los. Fazer com que um
trator as leve embora tornaria o processo muito mais fácil.
Então aparece uma palavra que preferimos não ouvir: mas. Mas – não temos o
luxo de usar equipamento pesado e alavancas de metal para soltar os “trastes”
que desejamos tirar da nossa vida. Em lugar disso, podemos recorrer a um
auxílio muito melhor para limpar o coração e a mente.
Temos o privilégio de depender de nosso Senhor e Salvador para dirigir nossos
pensamentos, ficar ao nosso lado quando estamos sinceramente tentando mudar,
e conceder-nos o sucesso. Ele é mais eficiente que quaisquer ferramentas,
tratores ou energia muscular. Seus métodos são os melhores. Que aprendamos a
nos apoiar nEle mais plenamente e deixar de lado os pesos negativos que
carregamos.

EVELYN GLASS
Gaivotas estressadas

Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-


nos e exultemos neste dia. Salmo 118:24

Enormes gaivotas guinchavam constantemente, enquanto voavam ao redor da


ilha. As mais jovens pareciam um pouco mais calmas, e permaneciam em
grupos, observando cada movimento nosso. Visitávamos a Ilha Appledore, no
arquipélago Shoals, em Maine/New Hampshire.
Tínhamos uma guia simpática que nos levou para ver os pontos importantes.
Um famoso hotel de veraneio havia tido seus dias de glória ali, e a filha do
proprietário era uma grande apreciadora de flores. Ela havia plantado um belo
jardim vitoriano junto à casa. Agora replantado com os mesmos tipos de flores, o
jardim era a atração especial do passeio. Mais tarde, perambulamos pelas trilhas
do cemitério. Enquanto caminhávamos, nossa guia contou que, certa vez, um
cientista visitou a ilha e não quis que ela removesse das trilhas as gaivotas
mortas. Ela lhe perguntou por quê. Ele respondeu: “Estou estudando o estresse
na vida das gaivotas.” Nossa guia riu enquanto dizia: – Já imaginaram isso? Mas
agora ele se foi, e posso limpar as trilhas de novo.
Pensei naquelas gaivotas alvoroçadas. Por que estariam gritando? Seria
estressante para elas estar continuamente em busca de comida? Seria o clima um
problema para elas? Ou nossa presença as estressaria? Muitas pessoas não estão
inclinadas a se preocupar com o estresse das gaivotas, enquanto lutam pelos
próprios interesses. A mensagem atual parece ser: “Você pode possuir tudo; você
pode fazer tudo; e você pode ser tudo.” Que desafio para nós! Talvez você
consiga fazer muitas coisas, mas terá que selecionar e escolher o que vai fazer ou
ser.
Ontem havia um recado na secretária eletrônica para me lembrar de que, na
semana seguinte, teríamos a Escola Cristã de Férias e que eu devia apresentar a
primeira história para as crianças, cada dia. Meses antes, haviam-me
encarregado disso. Respondi: “Sim, com certeza”, como se fosse acontecer um
milagre para me dar o tempo necessário de me preparar. O verão havia sido
frenético, com casamentos, hóspedes, aulas e outras obrigações e/ou opções.
Agora eu precisava enfrentar a realidade. Talvez conseguisse me identificar com
as estridentes gaivotas.
Não devemos orar para que Deus nos conceda discernimento para fazer as
escolhas certas quanto ao uso do tempo e nos dê forças e o desejo de cumprir
nossa agenda cada dia?

DESSA WEISZ HARDIN


Esperar

Portanto, já que estamos recebendo um Reino


inabalável, sejamos agradecidos e, assim,
adoremos a Deus de modo aceitável, com
reverência e temor, pois o nosso “Deus é fogo
consumidor!” Hebreus 12:28, 29

Recentemente, parei num restaurante de lanches rápidos para comprar o


desjejum. Estava indo para o trabalho cedo naquele dia e não quis tomar o
desjejum em casa às 6h. Quando entrei no drive-thru, notei que só abriam às
6h30. Olhei o relógio. Eram 6h31. Puxa, fiquei feliz por não ter chegado antes, e
esperava que abrissem logo.
Uma voz alegre me cumprimentou e anotou minha encomenda. Fui à janela,
paguei e recebi o desjejum. Estava a caminho em menos de dois minutos.
Entristece-me o fato de que, na maioria das manhãs de sábado, sou a primeira a
chegar à igreja. Destranco a porta, acendo as luzes e espero – e espero, e espero.
Onde está todo mundo? Passa das nove e meia, e ninguém mais chegou.
Naquela manhã, no restaurante, os empregados não chegaram às 6h30.
Estavam lá antes disso e tinham o alimento preparado para a abertura às 6h30.
Sei que, a cada dia útil, as pessoas chegam ao local de trabalho em tempo. Na
verdade, chegam antes que seu turno comece, para, na prática, começar a
trabalhar na hora certa. Então, por que tratamos Deus com tanta irreverência e
desrespeito? Por que achamos que podemos chegar tarde para nosso encontro
semanal com Ele?
Tenho certeza de que, se ao chegar ao restaurante às 6h31, eu tivesse que
esperar que eles se preparassem, ligassem o equipamento e cozinhassem meu
desjejum, eu teria ido embora para nunca mais retornar. Mas, como tive uma
experiência muito agradável, voltaria com prazer.
Então, como Se sente Deus cada semana? É uma bênção saber que Ele não é
como nós. Se fosse, com toda a certeza não continuaria voltando semana após
semana, no horário marcado, para encontrar uma igreja vazia. Mas Ele está ali,
semana após semana, e Se pergunta: “Onde estão Meus filhos? Por que não
chegaram para estar comigo?”
Ele e eu – e você, se você frequenta minha igreja – estamos esperando. “Vamos
para a habitação do Senhor! Vamos adorá-Lo diante do estrado de Seus pés!”
(Salmo 132:7).

ANGÈLE PETERSON
Novelos de lã para a África

Antes que clamem, Eu responderei; ainda não


estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Li numa revista missionária: “Embora trabalhemos na África, aqui faz muito


frio, e por isso estamos ensinando os homens e as mulheres a tricotarem os
próprios gorros e cachecóis. Precisamos de lã.” Coloquei, então, um anúncio no
boletim da igreja, pedindo que as pessoas me trouxessem novelos de lã que
estivessem sobrando.
Recebi a lã, mas na ocasião em que eu estava pronta para mandá-la, aqueles
missionários haviam-se mudado para um lugar mais quente e não precisariam
mais da lã. Deus, e agora, o que faço com toda esta lã?, orei. Decidi que teria
apenas que esperar até que Ele respondesse.
Mais tarde, soube que outra família de missionários falaria numa igreja
próxima. Decidi empacotar toda a lã e deixá-la no porta-malas do carro, e ir
assistir. Meu esposo e eu chegamos exatamente na hora do culto, mas antes que
eu pudesse falar com alguém, a mulher contou a história para as crianças. Era
sobre Margarida, uma avó que estava paralisada e deitada no chão. Primeiro, os
missionários limparam suas feridas e a colocaram sobre um colchão, e depois
numa cadeira, para que ela pudesse sentar-se durante o dia. A missionária
continuou: “Eu sabia que seria uma chatice ficar sentada o dia todo sem nada
para fazer. Ela não sabia ler. Enquanto orei pedindo uma ideia, veio-me o
pensamento de tricotar. Perguntei à vovó africana se ela sabia fazer tricô, e me
surpreendi quando ela respondeu que sim. Dez anos antes, alguém havia
chegado à aldeia e lhe ensinado a fazer tricô, mas quando eles se mudaram e ela
não recebia mais lã, parou de tricotar. Então ela ficou paralisada. Ainda se
lembrava de como fazer. Eu tinha um pouco de lã e agulhas e fiquei emocionada
por Jesus ter-me dado a ideia.” A palestrante mostrou às crianças uma touquinha
cor-de-rosa para bebê e as botinhas que a vovó africana havia tricotado enquanto
ficava sentada em sua cabana escura, de chão batido.
Pensei naquilo que eu colocara no porta-malas do carro. Após o culto, contei à
missionária como eu havia juntado a lã, só para descobrir que a outra família não
precisava mais dela, mas sentira o impulso de levá-la naquele dia. Ela
encontraria utilidade para o material?
– Sim, será um prazer levar a lã para Margarida! – disse ela.
Então a missionária me entregou a touca e as botinhas, a fim de que eu as
mostrasse aos irmãos da igreja. Agora eu podia mostrá-las durante a minha
história para as crianças, bem como aos que haviam doado a lã.

LANA FLETCHER
Uma baleia em minha cama

Como é grande a Tua bondade, que reservaste


para aqueles que Te temem, e que, à vista dos
homens, concedes àqueles que se refugiam em
Ti! Salmo 31:19

Há uns 30 anos, comprei minha primeira casa, aninhada no centro de uma


ensolarada encosta de colina. Foi uma época emocionante, mas também um
período horrível. Vários amigos me ajudaram a carregar caixas, transportar as
pesadas máquinas de lavar e secar, suspenderam meu precioso piano e instalaram
o colchão de água. Ao entardecer, todos estavam famintos. Eu não tinha comida
na casa, e assim levei meus ajudantes a uma pizzaria popular. Foram
maravilhosos aqueles momentos, mas eu sabia que precisávamos sair logo. O
colchão de água se encheria dentro de uma hora, a julgar pelo tempo que levara
em minha casa anterior.
Quando chegamos à nova casa, subi a escada correndo. Ali estava um enorme
colchão azul – muito parecido com uma baleia – apoiado nos suportes laterais e
a ponto de explodir. Chegamos tarde demais. Ouvimos o som terrível, e a água
jorrou em todas as direções. Correu pelo piso superior, passando pela varanda,
inundou o chão carpetado e escorreu pela escada abaixo. Arrasada, inspecionei a
casa dos meus sonhos. Que confusão! Então percebi que tinha outro problema.
Eu ainda não havia feito o pagamento do seguro residencial. Caindo de joelhos
no carpete encharcado, orei: “Querido Deus, por favor, socorre-me.” Não dormi
muito naquela noite. Em vez disso, fiz minha maratona de oração.
Liguei para a empresa do seguro logo no início do expediente. Depois que
confirmei o meu número da apólice, o agente simplesmente disse: “Não há
problema, senhora. Mandaremos alguém imediatamente.” A cada pedaço de
carpete que os operários removiam das tábuas do piso, eu sussurrava: Muito
obrigada por Tua inestimável bondade, generoso Senhor. Eu não sou digna.
Dois dias depois, ao levar uma caixa de roupas mofadas à lavanderia, recebi
outra bênção. Ao atualizar meu endereço, ouvi uma exclamação de surpresa do
homem que estava na fila atrás de mim. “Então a senhora é a moradora da minha
rua que teve a casa inundada! Seu Deus deve ter estado ao seu lado.” Virei-me e
comecei a conversar com o novo vizinho. Ele mencionou que a pressão da água
muda com a altitude. A pressão na minha casa nova da colina seria, portanto,
muito diferente daquela da minha velha casa na planície.
O teste de uma boa história é que ela se encerra com uma doxologia. Eis a
minha: “Louvado seja Deus por Sua inimaginável grandeza!”

GLENDA-MAE GREENE
As desventuras da colheita de maçãs

O coração alegre é bom remédio, mas o espírito


abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22,
ARA

Era um belo dia de outono, e meu esposo, Will, e eu sairíamos para colher
maçãs. Essa seria minha primeira vez, e eu estava realmente eufórica. Eu havia
colhido abóboras com as crianças quando elas eram pequenas, mas nunca maçãs
ou qualquer outra fruta. Na noite anterior, Will e eu pesquisamos na internet para
descobrir pomares próximos. Ficamos impressionados com os sites e as
atividades promovidas, e decidimos que levaríamos nossas netas numa próxima
vez para participar da diversão. Escolhemos dois pomares a não mais que meia
hora de onde morávamos, embora em direções opostas.
– Vou telefonar – disse Will – só para ter certeza de que estão abertos.
No dia seguinte, ao nos dirigirmos para o pomar Cider Mill, o dia lindo, as
coloridas folhas de outono e a área rural tornaram muito especial o passeio.
Antes do que imaginávamos, vimos uma grande placa, recentemente pintada:
Cider Mill Single Family Homes. Embora houvesse muitas casas em construção,
não havia nenhum pomar à vista. – Hmmm, acho que esse condomínio está
sendo construído onde antes era o tal pomar – anunciei.
– Provavelmente – respondeu Will. – Eu me esqueci de telefonar antes de
sairmos.
Ao voltarmos para casa, disquei o outro número, só para descobrir que não era
comercial. Will ainda queria as maçãs, e eu também, de modo que fomos para
outro pomar. Conversamos e rimos diante da frustração de colher maçãs no
primeiro endereço. Ao nos aproximarmos da área do segundo pomar,
começamos a procurar o endereço. Dentro de segundos, vi uma placa:
“Fechando logo”, mas não constava o nome daquilo que estaria fechando logo.
Embora pudéssemos ver as macieiras por perto, não havia um caminho até elas.
– Pelo tanto que já andamos – observou meu esposo –, poderíamos ter
comprado as maçãs no supermercado. – Concordei, e ambos começamos a rir de
novo. Logo estávamos fazendo piada e rindo pelo fato de não termos encontrado
nenhum pomar, desperdiçando gasolina, tempo, com vontade de comer maçãs e
tendo que contar moedas e ficar em casa até o dia do pagamento.
Muitas vezes, nosso dia fica arruinado quando as coisas não saem como
planejamos. Podemos nos sentir desgostosos ou aborrecidos. Ou podemos rir e
nos divertir com as tolices.
O riso é bom remédio! Prove-o em algum momento, quando se sentir
pressionada pelas tensões da vida, e veja como você vai se sentir melhor.

ÍRIS L. KITCHING
De que você está precisando?

O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes


mesmo de O pedirem. Mateus 6:8

– Almoço de aniversário no Olive Garden! – gorjeou Melissa, examinando o


cardápio assim como havia visto os adultos fazerem. – Esse é o meu restaurante
preferido. Vejamos, o que é que eu quero?
Dei risada diante do entusiasmo dela.
Dentro de um minuto ou dois, uma mulher alta e magra parou diante da nossa
mesa, com o bloco de pedidos nas mãos. Os olhos estavam vermelhos e
inchados; seu sorriso, abatido. Mesmo assim, a voz era agradável e bem
modulada.
– Oi, meu nome é Carianne – disse ela. – Posso anotar seu pedido?
Virei-me para perguntar a Melissa o que ela queria, mas seus olhos não
estavam no cardápio. Em vez disso, ela estudava o semblante da mulher. Após
um longo momento, Melissa perguntou à funcionária: – De que você está
precisando? – Pisquei. De onde saiu isso?, pensei. De que ela está precisando?
A mulher olhou para baixo, para Melissa. – Preciso... – começou ela, mas a voz
falhou enquanto lágrimas corriam uma após outra pelo rosto. Carianne limpou a
garganta. – Preciso de alguém que visite minha menina. – Ela explicou que a
filha de cinco anos de idade estava hospitalizada numa cidade a certa distância.
Uma vez por semana, no dia de folga, Carianne fazia a viagem de doze horas,
ida e volta, até a unidade de tratamento intensivo. Durante o resto da semana,
não havia ninguém para visitar a filha.
Melissa virou-se para mim, esquecida do cardápio. – Nós conhecemos o pastor
dessa cidade! Você pode ligar agora mesmo e pedir que faça uma visita?
(Quando Melissa tem uma ideia, ela deseja ação.) Tirei da bolsa meu celular.
Dentro de minutos, de celular para celular, o jovem pastor tinha as informações
necessárias e se pôs imediatamente a caminho do hospital.
As perguntas se sucederam rapidamente por parte de Carianne. – O que levou
você a me fazer essa pergunta? Como é que algum dia poderei lhe agradecer? E
se você não estivesse ocupando uma mesa em meu setor?
O rosto de Melissa estava muito sério, enquanto respondia: – Só senti o
impulso de perguntar. Foi bom ter prestado atenção à minha instituição. (Ela
queria dizer intuição.) – Enquanto nos dedicávamos ao nosso almoço
esplendidoso (uma das palavras longas preferidas de Melissa), pensei na
pergunta que ela fizera: – De que você está precisando?
Mais tarde, ao irmos até o carro, eu sabia qual era a resposta no meu caso.
Enviando uma prece para o alto, sussurrei: “Preciso de Ti na minha vida –
sempre.” De que você está precisando? Se não tiver certeza, Deus pode ajudá-la
a descobrir.

ARLENE R. TAYLOR
Fogo!

Quando você atravessar as águas, Eu estarei


com você; quando você atravessar os rios, eles
não o encobrirão. Quando você andar através
do fogo, não se queimará; as chamas não o
deixarão em brasas. Isaías 43:2

Minha prima e eu éramos muito jovens quando fizemos uma viagem a um


congresso de jovens. Eu dirigia o carro naquela viagem, e antes de sairmos
mandei verificar e inspecionar o automóvel. Estávamos muito eufóricas, porque
seria a primeira vez que faríamos uma longa viagem sem os pais. Tudo parecia
correr tranquilamente, enquanto viajávamos conversando bastante.
Notei que devíamos parar para abastecer, e parei num posto de combustível.
Mas parei um pouco longe da bomba para que a mangueira alcançasse o tanque.
Minha prima havia saído do carro e entrado no posto, e decidi dar ré para me
aproximar da bomba. Comecei a dar a ré, mas quando pisei no freio ele não
funcionou. Entrei em pânico e pisei no freio com toda a força! Em vez de parar,
de repente o carro bateu na bomba de gasolina. E agora o fogo começava a sair
pelo tanque do carro.
Minha prima veio correndo em minha direção, gritando para que eu saísse do
carro. Sentindo-me um pouco tonta, saí. Todos estavam correndo em volta, mas
a maioria se afastava do posto. Minha prima gritou que corríamos o risco de
fazer o posto explodir!
Os bombeiros chegaram logo. Era como um pesadelo. Eu não acreditava que
aquilo estava acontecendo – simplesmente queria desaparecer. O mais difícil foi
ligar para minha mãe e contar o que ocorrera. Ela, naturalmente, ficou
preocupada com nossa segurança.
Minha mãe e outra prima viajaram uma boa distância para nos encontrar. Como
meu carro não tinha freio, ela o levou muito lentamente ao local do congresso.
Minhas primas e eu a seguimos no carro dela. Depois de chegarmos à cidade,
minha mãe levou o carro à oficina do seu mecânico.
O mecânico disse que ele não acreditava no fato de que a oficina que havia
inspecionado meu carro passara por alto o freio. Dois dias depois, ele consertou
o freio para que pudéssemos voltar do congresso com segurança.
Fico feliz porque sirvo a um Deus que prometeu estar comigo em qualquer
situação que me cruzar o caminho. Deus é, verdadeiramente, alguém que cumpre
Suas promessas.

BERTHA HALL
Bem-vindo ao lar!

Pai, quero que os que Me deste estejam comigo


onde Eu estou e vejam a Minha glória, a glória
que Me deste porque Me amaste antes da
criação do mundo. João 17:24

Na maior volta ao lar de todos os tempos, o ressurreto Jesus retorna ao Seu lar
celestial acompanhado por uma ansiosa e brilhante nuvem de anjos. Todo o Céu
aguarda o momento de dar as boas-vindas ao Salvador que volta às cortes
celestes.
Enquanto a comitiva se aproxima da cidade, os anjos acompanhantes bradam
um desafio aos sentinelas que esperam junto aos portais do Céu. “Abram-se, ó
portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.”
Os anjos sentinelas respondem: “Quem é o Rei da glória?” E aguardam com
emocionada expectativa a resposta que já conhecem.
“O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras”, bradam, jubilosos, os
anjos da comitiva. “Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o
Rei da glória entre”, ordenam com deleite.
Uma vez mais vem a pergunta dos sentinelas: “Quem é esse Rei da glória?”
(pois não se cansam de ouvir Seu nome sendo exaltado).
“O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da glória!”, entoam os anjos
acompanhantes (Salmo 24:7-10).
O séquito angélico passa pelos portais amplamente abertos do Céu, com vozes
que produzem música arrebatadora. O Filho, o Filho amado, voltou para casa!
Passando pelos filhos reunidos de Deus e o conselho celeste, Ele avança com
passos largos diretamente para os braços acolhedores do Pai.
– A justiça foi feita! – declara Seu Pai.
O amor venceu. O perdido foi encontrado. Uma vez mais, a família do Céu e a
família da Terra são uma só.
Em breve haverá outro encontro, o mais glorioso, uma celebração da vitória do
relacionamento de amor que já existe entre Aquele que está voltando e os que
por Ele esperam.
“Estou voltando, Meus pequeninos”, Jesus promete, “voltando para levá-los à
casa do Meu Pai!”

JEANNETTE BUSBY JOHNSON


No plano de Deus

Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me


procurarem de todo o coração. Jeremias 29:13

Margaret e um irmão mais velho foram criados pela mãe num lar desfeito.
Raramente iam à igreja, e ela não tinha consciência de Deus ou da mão dEle a
guiar sua vida. Mas começou a busca, e durante os anos seguintes saltitou de
igreja em igreja e de uma denominação para outra. Não sabia que Deus já
preparara uma igreja para ela – só não a havia encontrado ainda.
Deus usou uma sequência de eventos para levá-la a uma igreja onde ela
encontrou a paz e a verdade. Um dos eventos foi encontrar alguns livros numa
caixa marcada como “Livros Grátis” na loja TG&Y: Projeto Sunlight, Leituras
Bíblicas Para o Lar, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações. Mais
tarde, uma família da igreja fez amizade com ela e lhe respondeu às perguntas.
Um dos assuntos era o que acontece com as pessoas após a morte. Depois que
sua mãe morreu, Margaret quase chegara a um ponto sem retorno.
Por muito tempo, ela havia procurado algo que perdurasse, algo em que
pudesse investir a vida, e nunca se arrependeu. Por fim, podia ver que Deus
havia estado com ela ao longo de sua vida. Uniu-se à igreja e adotou como lema
o verso: “Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas
veredas” (Provérbios 3:6, ARA).
Aproximadamente 15 anos mais tarde, pedi que Margaret escrevesse o seu
testemunho pessoal e a história de sua conversão, para serem incluídos no
boletim da igreja que eu editava. Eu nada sabia dos detalhes de sua vida, de
modo que, ao ler a história, meu coração saltou de alegria. Minha memória
voltou ao dia em que também vi uma caixa marcada como “Livros Grátis” e
achei que ela precisava de alguns livros religiosos para contrabalançar a coleção
de romances que continha. Lembro-me de ter ido para casa, reunido livros
religiosos e voltado à loja para colocá-los na caixa. Quem saberia que, anos
depois, aqueles livros desempenhariam uma parte no plano de Deus de fazer
com que Margaret O conhecesse e amasse? Naquela oportunidade, parecia uma
coisa insignificante.
Helen Keller disse: “Anseio realizar uma grande e nobre tarefa, mas é meu
principal dever realizar pequenas tarefas como se elas fossem grandes e nobres.”
Quando chegarmos ao Céu, não será emocionante ouvir os testemuhos daqueles
que foram levados ao Senhor porque tomamos tempo para dar um estudo bíblico
ou entregar alguma literatura que tocaria um coração em busca de Deus?

RETHA MCCARTY
Qual delas será você?

Porque sei em quem tenho crido e estou bem


certo de que Ele é poderoso para guardar o que
Lhe confiei até aquele dia. 2 Timóteo 1:12

Foi o dia seguinte à tempestade. Um terrível tornado havia varrido a cidade, e


nenhuma casa ficara em pé. Por toda parte, havia destruição e perda de vidas!
Duas mulheres, vizinhas na pequena cidade, olhavam as ruínas de suas casas. Os
estraçalhados fragmentos de sua vida jaziam em montes sobre o chão.
– O que vou fazer? – era a pergunta das duas. – Como vou juntar os pedaços da
minha vida? – Uma mulher, profundamente aflita diante das perdas que sofrera,
continuou ali em pé, olhando os destroços. Hora após hora, seu foco estava
completamente sobre as perdas que sofrera.
A outra mulher, profundamente pesarosa diante da perda de tudo o que desejara
e pelo qual trabalhara duro para obter, chorou sua perda, mas lentamente
começou a juntar os pedaços para seguir adiante. Em meio a lágrimas e dor, ela
abriu caminho entre os montes de destroços. Seus clamores subiram ao Senhor,
que socorre em tempos de necessidade (ver o Salmo 121:1, 2). Ela confiava no
fato de que, embora tudo estivesse perdido – ou parecia estar – Deus ainda tinha
um plano perfeito.
Ela foi consolada com um pensamento que lhe passava continuamente pela
memória: “‘Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o
Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-
lhes esperança e um futuro’” (Jeremias 29:11). Ela não sabia como viveria ou
pagaria suas contas, mas sabia em quem acreditava.
A primeira mulher, infelizmente, nunca permitiu que a paz, a esperança ou a
alegria lhe preenchessem a vida outra vez. Assim como a mulher de Ló, não
conseguiu deixar de olhar para trás. E, como a mulher de Ló, o olhar para trás a
destruiu.
As duas mulheres ficaram arrasadas. Ambas choraram e se lamentaram.
Auxílio, esperança e uma vida nova estavam disponíveis às duas, porém apenas
uma foi capaz de levantar os olhos e ver Jesus. Uma só foi capaz de dizer:
“Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante
de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus
em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13, 14, ARA).
Qual delas será você?

SAMANTHA NELSON
A conversa pavorosa

Não julguem [...]. Por que você repara no cisco


que está no olho do seu irmão, e não se dá
conta da viga que está em seu próprio olho?
Mateus 7:1, 3

Eu aguardava Mary, a caixa do banco que eu queria, pois Mary era a mãe de
um dos colegas do meu filho. Seu rosto brilhou quando me reconheceu, e ela
anunciou, feliz: – Já temos o diagnóstico para John! Ele tem paralisia cerebral!
Respondi com alegria diante da satisfação dela: – Ah, que maravilha!
Imediatamente, ouvi aqueles que estavam atrás de mim engolirem em seco.
Estavam horrorizados diante do diálogo que acabavam de entreouvir. Sem saber
as circunstâncias por trás da minha alegria ao saber que o filho de uma amiga
tinha paralisia cerebral, eles julgaram inapropriada a minha reação.
É fácil julgar os outros por nosso conhecimento e experiência, sem conhecer as
circunstâncias por trás da situação. As circunstâncias desse caso eram estas.
Menos de uma semana após o nascimento, John ficou muito amarelo. Quando a
icterícia foi eliminada, a doença o deixou totalmente incapaz de mover os braços
e as pernas e de produzir qualquer som. Por seis anos, antes de eu conhecê-los,
Mary e o esposo haviam levado John a muitos especialistas, procurando
desesperadamente descobrir o que havia de errado. Sem um diagnóstico, nada se
podia fazer para ajudar seu filho.
Eu havia conhecido Mary e John quatro anos antes, quando, aos 6 anos, John
entrou para a classe do meu filho numa escola para crianças com deficiência. Ele
chegou numa cadeira de rodas, incapaz de mexer braços ou pernas. Mas os olhos
de John eram brilhantes, vivos e espertos, cheios de graça e inteligência. Ele
acompanhava o que acontecia ao redor e prestava atenção durante as aulas.
Agora, quatro anos mais tarde, a busca pelo diagnóstico tinha sido bem-
sucedida, por fim. Mary, transbordando de alegria e esperança, continuou a falar
comigo, totalmente inconsciente quanto às reações horrorizadas daqueles que
estavam à nossa volta. – Disseram que ele vai falar por volta dos 12 anos,
caminhar aos 16 e, provavelmente, formar-se com sua turma aos 18. Ah,
Darlene, agora que eles têm o diagnóstico, sabem como tratá-lo, e meu John
poderá ter uma vida!
Que não ousemos julgar os outros por aquilo que pensamos saber, já que a vida
deles é diferente da nossa, e só Deus conhece a situação. Que Ele nos dê
sabedoria e discernimento!

DARLENEJOAN MCKIBBIN RHINE


Novembro

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Beleza que vem de Deus

Os céus declaram a glória de Deus; o


firmamento proclama a obra das Suas mãos.
Salmo 19:1

Fiquei muito preocupada ao começar uma matéria baseada na evolução, mas


estava estudando para obter meu doutorado e a aula era uma exigência. Não
estando familiarizada com o tópico da evolução, eu me preocupava em como
discernir a verdade de Deus em meio a tantas ideias novas que pareciam fazer
muito sentido.
Todas as semanas, os professores conduziam as discussões das ideias principais
apresentadas no material de leitura designado semanalmente. O que fazer? Como
falar sobre algo em que você não crê? Mais potencialmente perigoso ainda,
pensei, seria depositar na mente a constante confirmação da evolução na leitura
semanal. Então adotei esta técnica: antes de ler, eu orava, pedindo para ver
apenas a verdade de Deus, a beleza relacionada às coisas que Ele havia feito.
Enquanto lia, comecei a ver o material escrito sob um ponto de vista diferente.
Havia belas descrições de muitos aspectos da natureza, dos animais, e de
habitats muito específicos. Ao ler acerca da complexidade das várias espécies,
fiquei maravilhada diante da imensa sabedoria e da criatividade de Deus. Lendo
sobre a riqueza e a diversidade existentes no mundo, logo estabeleci a ligação
com o fato de que Deus havia criado tudo. Parei exatamente ali, e louvei a Deus
por Sua grandeza.
Quando entendi que não tinha mais medo daqueles livros e que conseguia ver a
beleza de Deus dentro da natureza ali descrita, fiquei radiante! Os professores
podiam dizer que Deus não existia, que somos produto da evolução – mas eu não
me importava. Eu conhecia a verdade. E quando um professor questionava este
ou aquele ponto, eu tinha vontade de gritar: “Eu sei. Eu sei por quê! Porque
Deus fez as coisas desse jeito!” Essa resposta era suficiente para mim, e meu
coração se enchia de paz, a paz que a ciência terrena não pode dar.
Continuo conectada à ciência, apesar de acreditar que, em muitos pontos, ela
esteja torcida. Quando oro, posso ver o Deus que é responsável pelos objetos de
estudo da ciência. Por essa razão, continuo a fazer uso dela, para entender
melhor o mundo no qual vivo e descobrir meios de tornar este mundo melhor.
Tenho a expectativa de poder passar a eternidade estudando e aprendendo mais
acerca da ciência e do Criador.

IANI DIAS LAUER-LEITE


Mãe

Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante


trabalho árduo devemos ajudar os fracos,
lembrando as palavras do próprio Senhor
Jesus, que disse: “Há maior felicidade em dar
do que em receber”. Atos 20:35

Desde a infância, tive o privilégio de ter uma mãe disposta a servir. São
numerosas as lembranças infantis relacionadas com brincadeiras nos fundos da
igreja e de tardes inteiras selecionando roupas para serem doadas aos pobres.
Isso me ensinou a importância de servir e compartilhar.
Quando eu era criança, mudamo-nos do Equador para a Colômbia, por causa
do trabalho de meu pai. Nos primeiros anos, moramos no terceiro andar de um
prédio no centro de Cali; ele tinha uma janela grande e eu gostava de me sentar e
observar o que acontecia perto do cinema em frente ao prédio. Às 9 horas da
noite, eu observava um grupo de crianças e jovens indigentes. Eles desciam a rua
com caixas de papelão e jornais para fazerem camas, sob uma das marquises que
os protegiam da chuva.
Era uma cena triste. Os mais velhos conseguiam os melhores lugares e tiravam
as caixas e os jornais dos mais novos para se acomodarem, enquanto os menores
tinham que se satisfazer com o que sobrasse. Vendo a situação, decidimos ajudar
um pouco, juntando cobertores, jornais, roupas e algum alimento. Chamamos as
crianças para lhes dar o que havíamos juntado. Era bom vê-las rir e dividir o
pouco que tinham.
No dia seguinte, a mesma coisa aconteceu: os mais velhos tiraram dos menores,
que mais uma vez ficavam indefesos. Daquele dia em diante, reuníamos o que
era possível e dividíamos com eles. Depois de algum tempo, conquistamos a
confiança dos pequenos, e eles gritavam para minha mãe, pedindo aquilo de que
precisavam. Os rostos se tornaram conhecidos para nós, especialmente o de um
menino simpático, de pele escura, a quem passamos a amar muito. Ele começou,
inclusive, a chamar minha mãe de “mãe”. O tempo passou, os meninos
cresceram e não voltaram mais àquele lugar.
O rosto deles e os momentos que partilhamos ainda estão registrados em minha
memória. A alegria de dar, que mamãe ensinou desde a minha infância, nos
trouxe muita satisfação. Essas são lembranças maravilhosas que ainda acalento.
É o Senhor quem nos dá a capacidade de servir. “Há maior felicidade em dar do
que em receber” (Atos 20:35).

CECILIA MORENO DE IGLESIAS


As flores da orquídea

Portanto, assim como vocês receberam Cristo


Jesus, o Senhor, continuem a viver nEle,
enraizados e edificados nEle, firmados na fé,
como foram ensinados, transbordando de
gratidão. Colossenses 2:6, 7

Eu tirava o pó do parapeito da janela em nosso recanto do desjejum, numa


manhã de novembro, quando o vi pela primeira vez. Era o maior entre dez
pequenos botões na base da haste frágil, semelhante a um caniço, que havia
brotado da orquídea dendróbio que minha amiga me havia dado no ano anterior.
Lembrei-me de que ela a havia transplantado para um vaso novo em fevereiro.
E, pela reação da pequena planta, aquele lugar era perfeito – uma área bastante
seca, com iluminação indireta e circulação adequada de ar. Era o quadro de uma
promessa. Eu me perguntei por que não havíamos visto os botões antes. Afinal,
nossa janela, que tem vista para o campo de golfe, era algo através do qual
olhávamos todos os dias.
Uma semana depois, ficamos ainda mais encantados, quando pétalas de um
branco puro se transformavam numa flor perfeita. No dia seguinte, as pétalas
receberam seu acabamento intensamente roxo, típico desse tipo de orquídea. O
desjejum se tornou uma ocasião emocionante, enquanto investigávamos se havia
algum desdobramento novo. Às vezes, outro botão se abria; às vezes, a cor das
flores mudava. Por fim, fizemos o jogo das bênçãos com nossa expectativa, e
acrescentávamos bênçãos novas à medida que cada botão desabrochava. Certa
manhã, comentei: “Fico feliz porque a orquídea floriu de novo, mas fico ainda
mais feliz porque Jesus virá outra vez.”
Outra manhã, minha filha louvou a Deus pela beleza da interação entre luz e
escuridão – as cores branca e roxa da orquídea – ao jornadearmos pela vida,
sabendo que Deus está no comando de Seu povo.
Ao pensar na bela orquídea, percebi que, para mim, havia várias lições
espirituais naquela experiência. Há por todo lado bênçãos que não tomamos
tempo para notar, pelas quais devemos dar graças a Deus. Devemos viver a vida
à procura das bênçãos que Ele coloca em nosso caminho. Quando Deus está no
controle, tudo representa uma promessa.
A orquídea transplantada também me faz lembrar de que todo lugar para onde
Deus nos envia é o lugar perfeito. O que fazemos com cada momento é
significativo. Nossa vida pode ser um sermão que o mundo ouvirá, mesmo que
raramente digamos uma palavra. Assim como a encantadora cor da orquídea
encheu a sala de beleza, a gratidão para com nosso generoso Criador permeará
nossa vida.

CAROL J. GREENE
A visão interior

O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, e


vasculha cada parte do seu ser. Provérbios
20:27

Acontecera outra vez. Meu cólon estava sangrando – profusamente. Era o


terceiro episódio. Só que, pelo menos desta vez, eu não estava num país
estrangeiro, mas em casa, com meu esposo, de modo que corremos para o
pronto-socorro. Logo que foi possível, a gastroenterologista fez uma
colonoscopia. Ela viu uma área que julgou ser a origem do sangramento, mas
como este havia parado, ela não tinha certeza. Após receber quatro unidades de
sangue, voltei para casa, me sentindo até bem. Mas, 20 horas mais tarde, o cólon
estava sangrando de novo. De volta para o hospital! Então a médica pediu uma
imagem nuclear para ver onde se originava o sangramento. Quase na mesma
hora em que cheguei ao quarto como paciente, tiraram sangue meu e, não muito
depois, colocaram de volta sangue em minhas veias. Porém, acrescentaram
nuclídeo radioativo, e lá fui eu levada para o departamento de medicina nuclear.
Enquanto estava deitada sobre a mesa, com a máquina se movendo ao meu redor
e acima de mim, virei a cabeça e observei a tela do computador, para ver o que o
técnico estava observando.
Foi incrível. Ali estava o cólon, e ali estava o sangue entrando nele. Mostrava
claramente o ponto onde o sangue não deveria ter estado. Dentro de algumas
horas, eu me encontrava sobre outra mesa – a de cirurgia, para a remoção
daquela seção do meu cólon.
Mas, enquanto estive ali sobre a mesa de exame da medicina nuclear, um
pensamento me surpreendeu: É assim que Deus vê dentro de nós! Ele não só
pode ver o sangue circulando, o coração bombeando e todo o resto, mas pode ver
até dentro da nossa mente e saber o que estamos pensando. Na realidade, nem é
tão difícil – Ele permitiu que as pessoas inventassem sistemas que conseguem
examinar nosso interior. Naturalmente, a medicina moderna tem usado a
tecnologia dos raios X, da ressonância magnética, da tomografia
computadorizada já faz algum tempo, mas observar algo que acontece dentro do
meu corpo me deu uma percepção sobre a qual eu nunca tinha pensado antes.
Deus nos criou. Ele nos sustenta ao longo de cada dia. E pode até discernir o
que acontece dentro do nosso cérebro! Verdadeiramente, como Davi cantou há
tanto tempo: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso
me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”
(Salmo 139:14, ARA).

ARDIS DICK STENBAKKEN


Problema canino

Como o cão volta ao seu vômito, assim o


insensato repete a sua insensatez. Provérbios
26:11

Embora meu cãozinho Rocky seja o mais fofo exemplar da raça golden
retriever, ele é travesso às vezes. Em nosso quintal, há uma calçadinha de
concreto, grama e pedras. Um dia, uns três anos atrás, minha mãe estava
trabalhando no jardim, com Rocky por perto, sobre a grama, mastigando um
cone de pinheiro. Enquanto mamãe trabalhava, sem que ela soubesse, Rocky
comeu várias pedras. Quando ela terminou o trabalho no jardim, levou Rocky
para dentro e a vida continuou.
Nos dias seguintes, Rocky também comeu uma mola de aspirador de pó, lacres
para fechar embalagens de pão, placas de reboco e partes da pista para carrinhos
de corrida de brinquedo. Uns dias depois, Rocky parou de comer e começou a
vomitar bile, de modo que mamãe o levou ao veterinário. No consultório, ele foi
examinado e fizeram exame de raio X. A chapa mostrou que Rocky havia
comido todas aquelas coisas! O veterinário nos deu duas opções: cirurgia para
tirar aquilo tudo, ou injeção letal.
Veja você, o aramezinho para fechar a embalagem de pão havia feito um furo
no intestino de Rocky, e o furo se havia inflamado. Naturalmente, permitimos
que o veterinário fizesse a cirurgia – embora fosse muito, muito cara. Ainda
temos nosso Rocky, e, embora ele não seja mais tão pequeno, ainda é brincalhão
como antes da cirurgia. Infelizmente, Rocky ainda tenta comer grama, cones de
pinheiro, reboco e, sim, especialmente mais pedras. Seu nome caiu como uma
luva.
Às vezes, somos como Rocky, indo atrás de todas aquelas coisas que nos
machucam. Assim como Rocky continua querendo comer coisas que põem em
risco a sua vida, nós também podemos nos envolver com coisas que nos são
prejudiciais – álcool, fumo, TV, videogames ou qualquer outra coisa que se torne
um vício. Desejamos dar um basta aos vícios, mas, como um cão que volta a
lamber seu vômito, retrocedemos, ainda que essas coisas nos machuquem. Pedro
também escreveu sobre isso: “O que acontece a essas pessoas prova que são
verdadeiros estes ditados: ‘O cachorro volta ao seu próprio vômito’ e ‘A porca
lavada volta a rolar na lama’” (2 Pedro 2:22, NTLH). Deus é o único que nos
pode ajudar a abandonar os vícios. Deus é o único que nos pode ajudar a vencer
o pecado em nossa vida, e Ele está disposto a nos auxiliar. Como a Bíblia diz:
“Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o
difícil mesmo é conseguir” (Marcos 14:38, NTLH). Tudo o que precisamos fazer
é pedir auxílio.

MICHELLE HEBARD
As rosas

Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.


Cantares 2:1, ARA

Recentemente, meu esposo e eu comemoramos nosso vigésimo aniversário de


casamento. Permita que eu lhe diga que esses anos não foram um mar de rosas.
Por outro lado, talvez tenha sido assim porque as rosas vêm com beleza e com
espinhos. A experiência tem sido bela e também dolorosa. Já enfrentamos muitas
provas juntos, mas posso dizer, verdadeiramente, que os bons tempos excedem
os maus.
Temos vencido obstáculos e adversidades. Temos sido desafiados e levados
para além da nossa zona de conforto. Já nos metemos em problemas por causa
de más escolhas, mas ainda estamos em pé, pela graça de Deus. Temos lidado
com doenças, infidelidade, dívidas, vícios e maldições hereditárias; esses são os
espinhos da vida.
Ao longo dos anos, temos ficado mais próximos, mais velhos, mais fortes e
mais sábios. Podemos amar e perdoar mais prontamente porque temos sido
amados e perdoados por Deus. Antes, eu sabia algo a respeito de Deus, mas não
O conhecia intimamente. Ouvia dizer que Ele era um Deus misericordioso, mas
agora sei, por experiência, que Ele Se deleita na misericórdia. Ele me concedeu
misericórdia e graça, apesar de meus defeitos de caráter. Um de meus textos
favoritos é 1 João 1:9, porque é uma promessa que oferece esperança: “Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça.” Quando estamos sendo purificados ou podados,
não nos sentimos à vontade, mas Deus conhece as coisas que jazem dormentes lá
dentro e que necessitam de poda ou remoção. Ele sabe quando nós, como a rosa,
precisamos ser podados, e sabe exatamente como fazê-lo.
Se você e seu esposo estiverem passando pelo processo de poda, sejam
pacientes e orem. Que dizer do processo de crescimento? Você e seu esposo
estão crescendo próximos um do outro ou afastados? Que dizer do processo de
cura? Podem amar, ainda que a vibração não exista mais? Podem cancelar a
dívida e perdoar, mesmo quando foram magoados? Se vocês estão lutando em
seu casamento, não desistam, não se divorciem, e não se esqueçam de parar e
cheirar as rosas.
Esses princípios aplicam-se a qualquer relacionamento, com outros membros
da família também. “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado,
revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os
outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Colossenses 3:12, 13). Vivam,
cresçam e floresçam em Jesus.

TAMARA BROWN
Aulas de Piano

Com Deus conquistaremos a vitória. Salmo


108:13

Morando em Nova York já havia alguns meses, precisava de trabalho. Na


oração, relembrei a Deus disso.
À saída da igreja, uma mulher pediu-me para dar aulas de piano a seu filho.
Expliquei-lhe que não tenho um diploma e que só toco porque sempre frequentei
igrejas pequenas sem opções além de mim. Apesar de minhas desculpas, ela me
disponibilizou livros para que eu aprendesse a nomenclatura musical em inglês.
Achei a ideia absurda. Mas então lembrei-me da oração que havia feito.
Descobri que amo ensinar. Ao longo desses anos, tenho encontrado pessoas
extremamente talentosas. Incentivo-as a não se limitarem a tocar só o que
desejam, mas nem sempre obtenho muito sucesso.
Tenho encontrado outras que são até desafinadas, mas persistem e já as escutei
tocando peças desafiadoras.
Mas a maioria não entende por que é que precisamos seguir os números dos
dedos sugeridos nas notas. Eu lhes explico que alguém gastou tempo buscando
melhores opções para nos dar agilidade e facilitar nossa vida.
Na semana passada, tentei ser dura com um aluno e disse a ele que se quisesse
tocar só o que gosta e do seu jeito, não precisaria mais de professora.
Hoje li sobre Jonas, e meu conselho me veio à mente. Se peço que Deus me
ensine, mas só toco, navego, escolho, assisto, como, bebo, escuto, compro,
namoro e faço o que quero, do que adianta ter um “Professor”?
Entendi que devo ir a Ele como aluna sedenta por aprender independentemente
dos dons que eu tenha. Preciso ir a Ele disposta a gastar horas treinando o
melhor dedilhado, descobrindo as vantagens de não dizer tudo o que penso, de
ter os defeitos exterminados e o caráter lapidado. Preciso praticar o que digo
crer. Preciso ser humilde para receber “puxões de orelhas” porque eles me farão
crescer.
Satanás tem nos distraído com muitas coisas e estamos nos esquecendo de que
a mais importante de todas elas acontece a cada minuto dentro da mente. Uma
batalha acontece cada vez que tenho que tomar uma decisão, abrir a boca para
dizer uma palavra ou para comer, ou quando olho para alguém ou para a tela do
computador. E eu – não Satanás nem Deus – eu decido como essa batalha
terminará.
Que Deus ajude você a ser tudo o que Ele sonhou quando propositalmente
escolheu trazê-la à existência. Gaste tempo aprendendo o dedilhado com esse
Professor. Ele está disposto a ensinar. Esteja disposta a aprender e fazer bela a
melodia de sua vida.

KÊNIA KOPITAR
Bíblia recortada

Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e


luz para os meus caminhos. Salmo 119:105,
ARA

Fazia pouco tempo que o comunismo havia deixado de ser o regime oficial da
da Ucrânia, onde meu esposo e eu realizávamos reuniões evangelísticas para
estabelecer novas igrejas. Bíblias, que eram valorizadas pelas pessoas que
tinham vivido sem a Palavra de Deus a vida toda, eram dadas àqueles que
assistiam a um determinado número de reuniões.
Todas as noites, duas mulheres vinham ao nosso apartamento para “guardá-lo”
enquanto estávamos no salão de reuniões, porque nós, americanos, éramos alvo
para o crime.
A tradutora do meu esposo, Nadya, falava inglês perfeitamente, mas, sendo ela
mesma uma cristã fazia pouco tempo, não conhecia bem a sequência dos livros
da Bíblia e não encontrava os textos rapidamente. Todos os dias, ela e meu
esposo passavam horas em nossa mesa da cozinha, repassando o sermão da
noite. Ele usava numerosos textos ao pregar, de modo que colocar marca-páginas
em tantas páginas não era uma solução viável. Por fim, meu prático esposo
desenvolveu um plano. Por que não cortar as páginas de uma Bíblia extra e
colocá-las em ordem, na frente da Bíblia de Nadya? Esse método funcionou, mas
exigiu um bocado de explicações para nossas mulheres “guardas”. Elas
engoliram em seco e seus olhos se encheram de lágrimas quando meu esposo
pegou o canivete e começou a cortar cuidadosamente as páginas da Bíblia extra.
Aquele não era simplesmente um livro para ser usado como bem se entendesse –
era a Santa Palavra de Deus! Pouco tempo antes, as casas eram invadidas em
busca de Bíblias, livros religiosos e até de música para corais. Alguns haviam
ido para a prisão por possuí-los. Cópias eram feitas com máquinas de escrever
abafadas, em armários ocultos. Pessoas que possuíssem cópias poderiam ser
hostilizadas pelas autoridades ou até colocadas na prisão.
E ali estava o pastor Huff recortando a Bíblia! Ele e Nadya tentaram explicar
que estavam sacrificando um Livro para o bem de muitas pessoas. Foi uma
experiência difícil para todos nós naquele cômodo, naquele dia. Podia haver
outras maneiras de resolver o problema, porém aquela era uma ferramenta
rápida, útil e eficiente para que a tradutora apresentasse o evangelho a pessoas
espiritualmente famintas. A Bíblia, até mesmo uma Bíblia recortada, iluminou o
caminho para 511 pessoas que, naquela cidade, foram batizadas e estabeleceram
uma nova igreja na Ucrânia, na antiga União Soviética. A luz de Deus continua
brilhando!

BÁRBARA HUFF
Descobrindo Íris

Perfume e incenso trazem alegria ao coração;


do conselho sincero do homem nasce uma bela
amizade. Provérbios 27:9

Certo dia, eu havia saído a fim de coletar dinheiro para as missões médicas.
Numa casa, uma senhora muito simpática abriu a porta. Enquanto
conversávamos, ela mencionou que aquele era um bairro solitário. Os vizinhos
trabalhavam o dia todo, de modo que a área ficava deserta. E parecia que um não
conversava com o outro. Ela precisava de uma amiga. Eu disse que gostaria de
me tornar sua amiga. E foi assim que começou. Íris e eu começamos a passar o
anoitecer de quinta-feira juntas, enquanto seu esposo saía para jogar com os
amigos. Eu ia à casa dela todas as quintas-feiras, às 19 horas, e assim
continuamos por mais de 20 anos. Ah, como desfrutávamos aquele tempo juntas!
Quantas alegrias e tristezas experimentamos! Os risos e as lágrimas foram
muitos. Oramos juntas e dividimos nossos fardos. A noite de quinta-feira tornou-
se o ponto alto da semana.
Íris tinha um irmão que morava na Austrália, e um dos meus filhos também
morava lá. Na verdade, moravam até próximos um do outro. Imagine minha
alegria quando nós duas fomos visitar a Austrália ao mesmo tempo. Decidimos
nos encontrar e passar uma tarde juntas. Encontramo-nos na praia de
Mooloolaba, e alguns do nosso grupo decidiram nadar. Íris e seu esposo, Henry,
e a irmã de meu esposo sentaram-se juntos na praia para observar.
Ao descermos até a margem da água, fomos parados por um homem muito alto,
usando um enorme chapéu. Ele era um salva-vidas e passou a fazer-nos um
sermão. Garantimos a ele que as pessoas do grupo sabiam nadar. Ele nos contou
sobre quantos nadadores haviam se afogado nas enormes ondas ali. Ao
entrarmos na água, meu esposo, Cyril, e Henry foram mais para o fundo. Sentei-
me na margem, onde as ondas se quebravam suavemente sobre mim. A distância,
eu podia ver as duas cabeças movendo-se na água. O alto salva-vidas ficou de
olho em mim. Finalmente, os nadadores retornaram e me “resgataram”. Todos
passamos momentos maravilhosos.
Desfrutamos a amizade por muitos, muitos anos. Quantas horas preciosas
passamos juntos! Mas então Íris e Henry se mudaram para outra vila, a uns 40
minutos de distância. Telefonávamos uma vez por semana, mas sentíamos falta
do encontro das quintas-feiras. Sou muito grata pelos anos de profunda amizade
que começou como um encontro casual junto à porta da casa de Íris. É
maravilhoso que Deus soubesse que estava me dando um tesouro de valor
inestimável, na pessoa da querida Íris.

MÔNICA VESEY
O dom de preencher lacunas

Procurei entre eles um homem que erguesse o


muro e se pusesse na brecha diante de Mim.
Ezequiel 22:30

Eu havia começado a trabalhar como terapeuta familiar voluntária para Charis,


um centro de aconselhamento cristão numa cidade minúscula, com dificuldades
econômicas em Fife, Escócia. O grupo de oração havia me convidado para uma
noite na qual orariam por mim e pediriam a Deus que abençoasse meu
ministério. No dia da reunião de oração, estive ocupada, e já estávamos
atrasados. Eu me sentia cansada, estressada e frustrada. Enquanto nos dirigíamos
para lá, eu reclamava porque achava que tudo o que sempre fiz foi preencher
lacunas. Geralmente, eu me sentia feliz fazendo isso. Mas, de algum modo,
minha identidade sentia-se perdida no rótulo “preenchedora de lacunas”, como
se eu fosse algum tipo de produto de manutenção doméstica.
O grupo de oração estivera orando especificamente por mim antes da reunião.
“Sei que isso parece um pouco engraçado”, disse uma das mulheres, “mas acho
que Deus está chamando você para preencher espaços.” Isso é interessante... Ela
continuou: “Talvez porque, sem alguém para tapar as brechas, as coisas
desmoronam.” Olhei para as velhas paredes do prédio, nas quais pedras
escocesas irregulares haviam sido cuidadosamente empilhadas. Não havia
possibilidade de serem encaixadas meticulosamente para deixar de fora os
ventos e o clima rigoroso, de modo que os pedreiros haviam inserido argamassa
com todo o cuidado entre as pedras para deixar a construção sólida, forte e
aquecida. Olhei para uma pequena cruz de madeira sobre a mesa. Sim, Jesus
também havia sido um impressionante preenchedor de lacunas: Ele preencheu o
espaço entre a Terra e o Céu, a morte e a vida.
As atividades relacionadas com o preenchimento de brechas, em sua maioria,
não são de natureza corajosa, dramática ou heroica. Um lanche para uma família
enlutada. Uma toalha de mesa recém-lavada. Uma sacolinha de escovas de dente
para um projeto local voltado a pessoas sem-teto. A leitura de um texto das
Escrituras. Um prato para o junta-panelas. Quem sabe algumas palavras de
amizade e estímulo. Uma singela oração. Mas, embora o preenchimento de
brechas seja invisível, também é essencial, e precisa de pessoas que sejam
suficientemente flexíveis para preencher as lacunas de diferentes formatos –
assim como a argamassa numa parede de pedras.
Eu me pergunto se existe o dom espiritual do preenchimento de lacunas,
designado para aquelas, entre nós, que fazem esse tipo de trabalho. É possível
que Jesus dissesse: “Bem-aventurados os preenchedores de lacunas, pois eles
impedem que as coisas desmoronem.” Que brecha está Deus chamando você a
preencher hoje?

KAREN HOLFORD
Soldados caídos; Salvador ressurreto

Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito.


Venham ver o lugar onde Ele jazia. Mateus 28:6

As reportagens da mídia nos contam de soldados que deram a vida por outros.
Incontáveis soldados dos Estados Unidos, Canadá e outros países morreram
desde o início da guerra no Afeganistão. Homens e mulheres, lutando por algo
em que acreditaram: uma vida melhor. Muitos dos caídos eram crianças que
combateram, sabendo que sacrificavam a vida pelos compatriotas. Assim
mesmo, serviram.
Jornalistas viajam para países distantes a fim de fazer reportagens sobre os
esforços em busca da paz e as experiências do dia a dia dos soldados. Sem camas
confortáveis, sem ar-condicionado, sem banheiras de hidromassagem, sem jogos
e esportes. Longe dos familiares, perdendo os feriados, o nascimento dos filhos e
outros eventos significativos da vida. Alguns dos repórteres também perderam a
vida no processo. Ainda assim, trabalharam.
A tragédia se abateu sobre o Haiti em janeiro de 2010, quando um poderoso
terremoto provocou devastação. Milhares de pessoas perderam a vida. Crianças
perambulavam, sem rumo – algumas feridas –, sem os pais. Os pais não sabiam
se os filhos estavam mortos ou vivos. Famílias foram separadas; muitos não
tinham meios de sepultar seus mortos. Lares destruídos, empregos que deixaram
de existir, só restava a roupa do corpo. Irmãos e irmãs cristãos estavam entre
aqueles que haviam combatido o bom combate. Ainda assim, morreram.
Há outra batalha sendo travada perto de casa, e sua vida está em jogo. Vivemos
em meio à batalha entre o bem e o mal. Como você sabe, houve guerra no Céu
porque Lúcifer (Satanás) desejou ser como Deus. Na verdade, ele queria ser
Deus, e por isso ele e seus anjos foram lançados para a Terra. Desde então,
Lúcifer tem travado guerra contra Deus. Lúcifer tentou nossos primeiros pais e
eles pecaram, o que nos separou de Deus. Mas Ele, em Sua sabedoria, já havia
traçado um plano para nos salvar. Deus, o Filho, pôs de lado a divindade,
assumiu a condição humana e veio à Terra como bebê. Ele sabia que nos salvar
envolvia entregar a própria vida. Ainda assim, Ele veio.
Na plenitude do tempo, Jesus foi pregado à cruz e sofreu o que nós
merecíamos, para que pudéssemos ter vida eterna com Ele. Satanás achou que
havia vencido quando viu Jesus suspenso entre o Céu e a Terra. Jesus foi posto
num sepulcro guardado por soldados romanos. Mas Ele ressurgiu. Deus nos ama
com um amor tão incondicional que entregou Sua vida por nós. Ainda assim, Ele
vive.

SHARON BROWN LONG


A parábola da velha Grisalha

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém


vem ao Pai, a não ser por Mim. João 14:6

A velha Grisalha, uma gata malhada, chegou à casa de minha vizinha certa
manhã. Como eles já tinham dez gatos, arranjar um pouco mais de comida não
era grande coisa. A velha Grisalha encontrou um lar. Mas, no início, Grisalha
sempre comia e saía correndo. Ninguém podia se aproximar dela. Desconfiada,
ela sempre observava cada movimento do “inimigo”, os seres humanos que a
haviam adotado.
– Bem – raciocinou Cheryl, minha vizinha –, ela deve ter sido maltratada por
seus ex-donos. Talvez tenha até fugido.
O tempo passou e não fizemos progresso em domesticar Grisalha. Nós a
chamávamos de modo suave, bondoso, mas ela não atendia. Em vez disso,
olhava para nós com um ar inexpressivo e com o que agora interpreto como um
olhar triste, muito triste.
Vários anos se passaram. Cheryl e Glenn se mudaram para a Flórida. Grisalha
continua andando ao redor, esperando pela ração, mas sem contribuir em nada
para o relacionamento.
Um dia, enquanto eu a observava se distanciando de mim, não pude deixar de
pensar: É assim que muitos de nós nos distanciamos de nosso amoroso Deus.
Enquanto eu chamava com minha voz mais doce pela velha Grisalha, as
palavras de um amado hino me encheram a mente: “Manso e suave Jesus está
chamando; chama por ti e por mim. Eis que Ele à porta espera velando; vela por
ti e por mim.” Todos os que respondem ao chamado de Jesus aceitam o amor e o
cuidado de um Pai protetor. Se a velha Grisalha respondesse, ela participaria de
uma amizade manifestada pelo amor e proteção de um ser humano solícito.
Até o dia de hoje, Grisalha tem resistido. Por anos, quantas de nós também
temos resistido ao terno chamado de Jesus? Como no caso de Grisalha, nossas
necessidades básicas são supridas. O essencial. Ah, se tão somente aceitássemos
a vida com Cristo, que veio para que tivéssemos vida abundante!
O dom da vida aí está para cada uma de nós, tão puro e simples, mas fazemos
questão de deixá-lo complexo, complicado. Assim, continuamos ignorando o
gentil chamado de Cristo: “Vem já, vem já! Alma cansada, vem já!” Como
Grisalha, muitas continuarão a esperar e resistir. Que bênção é poder andar com
destemor, sabendo que nosso Salvador nos guia os passos!

PATRÍCIA BUXTON FLORES


Topa ou Não Topa

Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, o seu


Deus, e seguirem cuidadosamente todos os Seus
mandamentos [...], o Senhor, o seu Deus, os
colocará muito acima de todas as nações da
Terra. Deuteronômio 28:1

– O banqueiro lhe oferece 1.750.000 rúpias. Topa ou não topa? – perguntou o


apresentador. A candidata, incentivada pela família, respondeu: – Topo. –
Mudando rapidamente de ideia, ela se corrigiu: – Não topo – acatando a sugestão
do marido.
“Topa ou não topa” é um programa de televisão ao qual assisto ocasionalmente.
Há 26 maletas, com quantias que vão desde uma rúpia até 5 milhões de rúpias.
Os participantes escolhem uma das maletas, sem saber o que ela contém. Depois,
pedem que outras maletas sejam abertas. No fim de cada bloco, o banqueiro
oferece o negócio com base na quantia restante. Aqueles que jogam até o fim
sem aceitar a oferta recebem a quantia da maleta que escolheram, mesmo que
seja de apenas uma rúpia.
A participante naquele dia, não tendo aceitado as ofertas anteriores do
banqueiro, chegou ao ponto mais crucial da decisão. Restavam apenas duas
maletas: a que ela havia escolhido e uma outra. As quantias na tela mostravam
500 rúpias e 5.000.000 rúpias. Ninguém tinha pista sobre qual maleta continha a
importância mais cobiçada.
O auditório ficou mudo quando ela disse: “Não topo” à oferta de 1.750.000
rúpias. Agora, ela receberia somente o que estava em sua maleta. E se a maleta
contivesse apenas 500 rúpias?, eu me perguntei. Não seria sábio que ela topasse
a oferta? Na verdade, sua maleta continha mesmo apenas 500 rúpias.
O apresentador perguntou: – Por que você foi tão gananciosa? Não teria sido
melhor ficar com as 1.750.000 rúpias? Se você quis ceder à sugestão do seu
marido, por que não deixou que ele jogasse?
As perguntas dele me fizeram pensar. Deus, em Sua infinita sabedoria, nos
propôs um negócio. Ele diz: “Se vocês Me amarem e guardarem Meus
mandamentos, serei seu Deus e vocês serão Meu povo. Vocês herdarão a Terra
Prometida e viverão comigo para sempre.” Mas nós somos gananciosos.
Frequentemente, somos desencaminhados. Amamos o mundo e os prazeres
temporários que ele oferece.
Já ouvimos dizer: “A vida é uma loteria; jogue.” O modo como a jogamos é
muito importante. Somente venceremos o jogo se atentarmos para o conselho
correto. Deus nos deu o poder da escolha e deixou claros os prós e contras de
nossa escolha. Não será maravilhoso aceitar Sua proposta e desfrutar o prêmio
que Ele nos oferece?

HEPZIBAH KORE
Os dons de Deus para nós

Nas cidades de Israel não havia ninguém; elas


ficaram vazias até que você, Débora, veio, para
ser mãe de Israel. Juízes 5:7, NTLH

Deus inspirou os escritores da Bíblia a registrar não só os atributos vitoriosos


dos homens, como também suas falhas. E, respeitando todas as pessoas, Deus
revelou igualmente mulheres de fé e seus atributos. Entre essas notáveis
mulheres, descobrimos um espectro de qualidades:
Débora: juíza em Israel. Mulher de discernimento, recusou-se a ser dominada
pelo medo. Sua liderança teve valor inestimável.
Priscila: Trabalhando na linha de produção com o esposo, ela ofereceu um lar
aconchegante, treinamento, ensino e apoio à comunidade cristã.
Dorcas: mulher conhecida por suas boas obras, generosidade e compaixão para
com os pobres.
Eunice e Loide: dupla de mãe e avó que proporcionou nutrição espiritual para o
menino da vida delas, Timóteo.
Isabel: A despeito de anos de frustração, esterilidade e tristeza, ela permaneceu
fiel a Deus.
Deus usou mulheres em muitas funções. Ele as dotou e capacitou. E hoje não é
diferente. Entre as mulheres ao redor do mundo, em qualquer uma de nossas
igrejas, podem ser encontradas mulheres que arrecadam dinheiro para as missões
ou regiões devastadas, que alimentam os desalojados, dão estudos bíblicos ou
suprem ternamente as necessidades de seu próximo ou amigo que esteja
sofrendo com problemas de saúde ou coração partido. São mulheres que
aconselham os filhos de outras pessoas, jovens esposas e mães ou novas na vida
cristã. Muitas mulheres exercem ministérios que passam despercebidos.
Herdamos um legado de mulheres que se envolveram na missão de partilhar o
amor de Deus, vivendo como mulheres de fé. Nesse sentido, “legado” não é
apenas um substantivo; transmite a ideia de ação. Assim como em tempos
passados, Deus permanece fiel. Ele continua a proporcionar talentos, inspiração
e capacitação a cada uma de nós.
Desse modo, numa escala de 1 a 10 (sendo 10 a mais ativa), não posso deixar
de me perguntar qual seria minha classificação no que se refere a usar para Deus
os dons que Ele me deu. E qual seria a sua?

LYNN NICOLAY
O Deus sempre presente

O nome do Senhor é uma torre forte; os justos


correm para ela e estão seguros. Provérbios
18:10

A caminho das Filipinas para a formatura de nossa filha, passei pela China.
Quando estive em Nova York, o cavalheiro do portão de embarque me disse que
achava que eu não poderia ir às Filipinas sem um visto. “Pesquisei na internet e
liguei para a embaixada, e eles disseram que eu não precisava de visto”, disse-
lhe eu. Ele não se convenceu, e quase perdi o voo. Fui a última a embarcar, mas
feliz, e dei graças a Deus porque estava a caminho.
Tivemos que passar pela imigração ao chegar à China, e a fila era muito longa.
Fui procurar alguém que me ajudasse, já que eu não queria perder o voo de
conexão. Devido à barreira do idioma, fui mandada de volta para a primeira fila.
Por fim, fui lá na frente e lhes disse que eu tinha conexão para Manila e perderia
o voo se não fosse liberada imediatamente.
O oficial da imigração olhou meu bilhete e disse: – Ah, a senhora devia estar na
outra fila, já que embarcará para Manila num outro aeroporto, e o percurso
levará 40 minutos. – A empresa aérea não me havia informado que eu devia ir
para outro aeroporto em Pequim. Agora eu me encontrava no módulo de pânico
total: Que vou fazer neste país estrangeiro se perder o voo?
Quando cheguei à outra fila, a funcionária não parecia ter pressa. Por fim, ela
entendeu meu dilema e agilizou o processo. Enquanto corria para tomar o
ônibus, uma simpática senhora que falava inglês surgiu do nada, levou-me até o
ônibus e me disse o que fazer.
Perdi o voo, e não havia outros voos para Manila naquele dia. Disseram que os
voos estavam lotados para a semana seguinte, mas tentariam me deixar na lista
de espera.
Assim, voltei para o balcão da United Airlines no primeiro aeroporto, mas não
puderam me ajudar. Fiquei desapontada, mas então disse: “Deus sabe por que
perdi o voo. Deixo isso com Ele.”
Um amigo me ajudou a comprar um novo bilhete para Manila numa empresa
aérea diferente. Naquela noite, no quarto do hotel, dei graças a Deus por ter
estado comigo o tempo todo, desde Washington. Ele procura ensinar-nos quando
passamos por certas experiências, mas precisamos lembrar que Ele está sempre
conosco, operando de maneiras que não podemos nem imaginar. Ele colocou
pessoas no meu caminho para me auxiliarem. Se as coisas hoje não saírem do
modo como você planejou, Deus ainda tem um plano mestre para você. Ele
cuidará de todas as suas necessidades. Tenho prova disso, e cheguei em tempo
para a formatura.

JUDITH MWANSA
Fé infantil

A não ser que vocês se convertam e se tornem


como crianças, jamais entrarão no Reino dos
Céus. Mateus18:3

Era uma tarde escura do início do inverno, e havia uma atmosfera de


expectativa na pequenina igreja da bíblica Bereia, ao nos prepararmos para nosso
primeiro seminário do Apocalipse. Não podíamos fazer propaganda pelo rádio
ou televisão, nem mesmo pelo jornal da cidade, mas tínhamos convidado amigos
e vizinhos e até alguns conhecidos. Mas estávamos na Grécia. Alguém viria?
Bem antes da hora do início, a porta se abriu e entrou um homenzinho franzino,
idoso, pobremente vestido. Apressamo-nos para lhe dar as boas-vindas, entregar-
lhe uma Bíblia e uma cópia da primeira lição. Depois, conversamos em voz
baixa. Após algum tempo, ele perguntou se poderia recitar um poema que havia
escrito sobre Jesus. Naturalmente, concordamos de boa vontade. Então ele foi à
frente da igreja e cantou seu poema, a própria composição, sem o auxílio de
partitura ou letra escrita. Era algo singelo, infantil, profundamente tocante.
Ele saiu após a reunião, apertando contra o peito sua preciosa Bíblia e a
segunda lição. Irradiava alegria. Ele era praticamente analfabeto, mas tinha
certeza de que sua netinha estaria mais do que disposta a ajudá-lo a estudar a
lição.
Na noite seguinte, ele retornou. Trazia cuidadosamente a Bíblia e a lição
número dois preenchida. Isso continuou por várias reuniões. Mas então, certa
noite, ele não veio. Na verdade, nunca mais o vimos. Que teria acontecido?
Alguns dias depois, telefonamos para a casa dele e falamos com sua filha. Foi
isto o que ela nos contou: Ao retornar do seminário, ele havia estudado a lição,
como de costume, com o auxílio de sua prestativa neta. Mais tarde, quando a
família foi para a cama, ele preferiu passar um pouco mais de tempo com a
Bíblia. Estava sentindo frio, de modo que o agasalharam bem com um cobertor
quentinho e o deixaram sentado à mesa, lendo de modo precário. Era uma noite
fria, e a família se surpreendeu por vê-lo na manhã seguinte ainda curvado sobre
a Bíblia. Mas ele não estava lendo. Havia passado serenamente para seu último
sono. Ele agora espera a gloriosa manhã da ressurreição, quando verá seu
precioso Jesus face a face.
Quem dera que todos tivéssemos mais dessa fé singela, infantil, e do amor por
Jesus, pois dos tais é o reino do Céu.

REVEL PAPAIOANNOU
O cordeiro

Arão foi até o altar e ofereceu o bezerro como


sacrifício pelo pecado por si mesmo. Levítico
9:8

Nenhum de vocês poderá comer sangue, nem


também o estrangeiro residente [...] porque a
vida de toda carne é o seu sangue. Levítico
17:12-14.

Quando foi que você tirou tempo para ler o livro de Levítico de verdade?
Depois de lê-lo, você pensou em fazer uma oração de agradecimento por estar
vivendo na era pós-Antigo Testamento?
O sangue é valioso. Os hospitais têm bancos de sangue para socorrer pacientes
em emergências. Alguns estudantes doam sangue regularmente para ter um
pouco de dinheiro extra.
Ao pensar em minha vida, creio que muitos cordeirinhos perfeitos, inocentes,
teriam que sofrer por meus pecados, se eu vivesse nos tempos do Antigo
Testamento. Anos atrás, quando eu era secretária de M. L. Andreasen, ele fazia
questão de explicar meticulosamente o serviço do santuário e todos os seus
rituais. Uma das ilustrações que ele costumava apresentar para os alunos era uma
foto dele mesmo andando pelo caminho que conduzia ao templo, levando um
cordeirinho. Ele imaginava que seus irmãos diriam: “O que será que o
Andreasen fez agora?”
Sinto-me grata por não precisar derramar sangue por meus pecados. Só de ver
sangue chego a desmaiar. Quando vou ao médico ou ao hospital, faço questão de
alertá-los quanto ao problema. Pode imaginar alguém com a minha fraqueza
tendo que ver o sangue de um cordeiro, toda vez que pecasse?
Todos os dias, dou graças a Jesus por Suas bênçãos – Seu amoroso cuidado e
proteção, alimento e água, meus entes queridos, Sua igreja, as bênçãos da
comunhão com outros crentes, Suas dádivas através da natureza, Sua obra que
instrui, inspira, conforta e dá esperança para o futuro e, acima de tudo, porque
Jesus, o Cordeiro, derramou Seu precioso sangue por mim, a fim de que eu não
tenha que matar um cordeiro inocente para obter o perdão dos meus pecados.
“Quando Cristo veio [...] não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo
Seu próprio sangue, Ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas e
obteve eterna redenção” (Hebreus 9:11, 12). Todos podemos dar graças por isso!

RUBYE SUE
Quando você clama, Ele responde

Clame a Mim e Eu responderei e lhe direi coisas


grandiosas e insondáveis que você não conhece.
Jeremias 33:3

Durante meu último ano na faculdade, Deus me ajudou a confiar em Suas


promessas e apegar-me a elas. Apesar de trabalhar para pagar os estudos,
sobrevivi até me formar como instrutora bíblica e professora de escola
fundamental.
Um ano antes da formatura no Colégio Mountain View, nas Filipinas, a Sra.
Vevencia Gayao, então diretora do Departamento de Educação, disse-me: “Você
não poderá se formar, a menos que se matricule para uma classe nas férias de
verão.” Um novo currículo havia sido imposto pelo Departamento de Educação
Superior para o ano letivo seguinte.
Passei muitas noites sem dormir, considerando o que fazer. Eu trabalhava para
estudar, e fazia matérias relacionadas com meu título. Isso significaria muitas
horas trabalhando e estudando ao mesmo tempo. Continuei orando, confiando e
crendo nas promessas de Deus.
A supervisora do meu trabalho me animou, dizendo: “Deus operará milagres
por você.” Eu não imaginava que ela apresentaria meu nome à comissão
administrativa do colégio para auxílio financeiro. Então, um dia, antes que
começassem as aulas de verão, recebi um memorando do escritório da secretaria
dizendo: “Sua matéria da classe de verão está paga e você pode se matricular
agora.”
Fiquei muito feliz por saber que eu poderia fazer a matéria de verão exigida!
Também descobri que um Dr. Block, filantropo dos Estados Unidos, havia
destinado bolsas de estudo para alunos que precisassem de ajuda. Ainda não
conheço esse homem, mas meu conforto é que Deus responde quando
clamamos.
Hoje sirvo a Deus alegremente na Universidade Adventista em Zurcher,
Madagascar. Meu esposo e eu estamos contentes por podermos partilhar bênçãos
com os alunos que necessitam de auxílio financeiro. Que nós também sejamos
uma bênção para suprir as necessidades de outros.
Pessoalmente, experimentei a verdade segundo a qual: “Antes mesmo que a
palavra me chegue à língua, Tu já a conheces inteiramente, Senhor” (Salmo
139:4). Deus conhecia minha necessidade e tocou em alguém para supri-la.
Também conheço esta verdade: “Clame a Mim e Eu responderei e lhe direi
coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” (Jeremias 33:3). Você
pode confiar nEle!

EVELYN G. PELAYO
Deus nos guiava

Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que


você deve seguir; Eu o aconselharei e cuidarei
de você. Salmo 32:8

Meu esposo e eu nos sentimos muito abençoados ao longo dos anos, por
havermos tido cinco filhos, oito netos e três bisnetas. Quando soubemos que dois
bisnetinhos estavam para se unir à nossa família, ficamos encantados. Eles
chegaram com oito dias de diferença, na mesma cidade, a muitos quilômetros de
nossa casa de inverno, e estávamos decididos a ir conhecê-los. Precisaríamos ir
de avião e, como os regulamentos aéreos haviam mudado desde a última vez que
tínhamos voado, ficamos um pouco nervosos. Também soubemos que a cidade
para a qual voaríamos costumava ter nevoeiro no inverno, mas oramos pedindo
orientação e nos pusemos a fazer planos.
Nosso primeiro choque veio quando soubemos do preço das passagens, mas
minha cunhada soube de uma oferta especial e essa informação nos economizou
400 dólares. Uma grande bênção! Depois tivemos que decidir quando partir e
retornar. Finalmente, decidimos pela partida numa quinta-feira, mas não
conseguíamos decidir se o retorno seria numa terça ou quarta-feira. Haveria uma
série de reuniões de oração em nossa comunidade, e não queríamos perdê-la.
Sabíamos que, se voltássemos na quarta-feira, estaríamos cansados demais para
assistir, e decidimos retornar na terça.
A quinta-feira foi um dia muito agradável para voar e fazer conexões, e o longo
fim de semana foi um sonho. Foi maravilhoso conhecer nossos dois bisnetinhos,
que eram muito fofos. Tiramos muitas fotos e, naturalmente, desfrutamos a visita
com os pais dos menininhos, e também com o restante de nossa família. O tempo
voou e, antes que percebêssemos, era a manhã de terça-feira, hora de retornar
para nossa casa no sul.
Sempre à espreita no fundo da minha mente estava o medo de que o aeroporto
estivesse coberto de nevoeiro no início da manhã. Contudo, quando chegamos,
vimos o céu claro e um belo nascer do sol. Tudo correu bem. Quando nossa filha
ligou na manhã seguinte, ela disse: “Mamãe, o aeroporto está fechado. Vocês
nunca teriam decolado hoje de manhã, por causa da neblina.”
Quando planejávamos nossa viagem, Deus sabia que precisaríamos retornar na
terça-feira, e senti que Ele nos dirigiu o tempo todo. Convido-a também a
entregar a Deus todos os seus cuidados, sabendo que Ele conhece o futuro de
cada uma de nós. Ele endireitará nossas veredas.

ANNA MAY RADKE WATERS


Restaurando a esperança no casamento

Desfrute a vida com a mulher a quem você ama,


todos os dias desta vida sem sentido que Deus
dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem
sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida
pelo seu árduo trabalho debaixo do sol.
Eclesiastes 9:9

Mesmo com a madura idade de 90 anos, meu pai é um homem forte, tanto
física quanto espiritualmente. Ele é veterano da Segunda Guerra Mundial e
serviu seu país suficientemente bem para proteger e sustentar a família. Ele se
casou com a namorada do tempo de escola e afetuosamente a chamava de “doce
bebê”. Suponho que ele tenha dado esse nome porque ela lhe deu 11 bebezinhos.
Como criança, eu me lembro de que, na véspera de cada sábado, ele lustrava
seus sapatos e depois pintava e lustrava nossos sapatos como preparativo para a
igreja no dia seguinte. Como veterano do exército americano, ele aprendeu a
importância de um bom polimento como parte da apresentação pessoal. Ele era
um autêntico soldado, até o âmago. Ele nos comandava fielmente rumo à igreja,
para aprendermos os ensinos da Bíblia. Onde eu cresci, na Geórgia, seu nome
está gravado na pedra angular da igreja da comunidade Nova Esperança. O
casamento de meus pais me deu um modelo segundo o qual viver. Testemunhei
algumas de suas provações e triunfos. Em meio a tudo, eles foram fiéis. Deram
início a um ministério de estudos da Bíblia na comunidade e investiram muito de
seus recursos a fim de fazê-lo crescer. Mais importante, incutiram em nós a sede
pela verdade.
Após 67 anos de casamento, Deus chamou Sua “doce bebê” para o repouso
final, uma semana antes do Dia das Mães. Na cerimônia do serviço fúnebre, uma
evangelista atribuiu ao ministério dela o crédito por sua jornada espiritual.
Meu pai agora é viúvo e não tem mais condições de dirigir estudos bíblicos.
Mas permanece fiel, enquanto combate num campo de batalha diferente. Esse
campo de batalha não está no solo estrangeiro de um país europeu. Está no
território doméstico, um campo de batalha chamado Alzheimer. É uma batalha
morro acima, porém ele é fiel, e não desistiu da vida. Participa regularmente do
louvor, da oração e dos cultos. Ainda há uma centelha de luz em seus olhos e
energia em seus passos. Como soldado, marcha mecanicamente em sua zona de
segurança em casa, com o auxílio de cuidadores cristãos. Todo dia que Deus lhe
dá é um presente, um testemunho à comunidade e uma oportunidade de
testemunhar que “grande é a Sua fidelidade” (Lamentações 3:23). Que cada uma
de nós seja igualmente fiel!

FARTEMA M. FAGIN
Resposta à meia-noite

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em


tudo, pela oração e súplicas, e com ação de
graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:6

Minha mãe estava muito doente – não com o tipo de enfermidade comum entre
os idosos, mas com uma grave e debilitante crise mental. Os médicos declararam
que a medicação que ela estivera tomando desde a cirurgia, anos antes, não
deveria ter sido tomada por um período tão longo de tempo.
Viajei para a casa dos meus pais, com a esperança de poder trazê-la de volta à
realidade, e também para aliviar meu pai da tensão constante de controlá-la. Até
a minha chegada, eu não havia percebido a gravidade da situação. Era de partir o
coração ver minha mãe naquele estado mental. Nem papai nem eu conseguíamos
romper a barreira que nos separava dela.
Fui para a cama em agonia. Minha mãe, sempre bondosa e amorosa com a
família, era uma pessoa completamente diferente, sem o senso de que havia uma
família por perto. Eu sabia que o socorro divino era a única resposta. À medida
que se aproximava a meia-noite, e desesperada por auxílio, clamei a Deus para
que ajudasse minha mãe, que lhe desse uma boa noite de repouso, e também me
revelasse alguma forma de ela dar a volta e ser ela mesma outra vez.
A resposta veio quase imediatamente. O quarto dela ficava ao lado do meu, e
eu podia ouvir qualquer som do quarto dela. Mamãe começou a roncar, o que me
dizia que ela estava dormindo. Deitada, ouvindo os sons do quarto dela, aquilo
me parecia música do Céu. No dia seguinte, meu pai disse que ela havia dormido
melhor que nunca, em muitos anos.
Depois de retornar para minha casa e família, toda vez que eu telefonava para
saber notícias, o relatório era melhor do que o anterior. Uma vez mais, ela
começava a desfrutar a vida com a família. E também desfrutou os muitos verões
que passou em minha casa.
Ela viveu mais de 20 anos após essa experiência, e ainda seis anos a mais que
meu pai. Ao me lembrar dessa época, penso em Ezequias e em como ele recebeu
15 anos adicionais. “Assim diz o Senhor, Deus de Davi, seu predecessor: Ouvi
sua oração e vi suas lágrimas; Eu o curarei” (2 Reis 20:5). Dou graças a Deus
pelos anos adicionais concedidos à minha mãe. Assim como Deus ouviu a
oração de Ezequias, creio que Ele ouviu o clamor do meu coração e respondeu
de modo muito notável.

MIRIAM L. THOMPSON
Direção perigosa

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,


auxílio sempre presente na adversidade. Salmo
46:1

Virei a esquina e fui parada – pela polícia. O policial pediu meus documentos:
carteira de habilitação, registro do veículo e seguro. Prontamente entreguei tudo
a ele. Ele leu, fez uma pausa e olhou para mim. Tive vontade de perguntar por
que ele me olhava. Logo descobri que o registro do carro havia expirado em
junho. Agora era novembro. Fiquei completamente chocada – eu nunca antes
havia deixado passar uma data de vencimento. Humilde, mas firmemente, insisti
no fato de que aquilo nunca havia acontecido antes. Ignorando-me, ele chamou
seus colegas e logo chegou um esquadrão da polícia. Chamaram um caminhão-
guincho, mandaram que eu saísse do carro e retirasse meus pertences. Eu seria
multada por dirigir sem a licença, cobrariam o custo do caminhão-guincho, a
apreensão do veículo, sua liberação e, naturalmente, a atualização do documento.
A soma era mais de 25.000 dólares, em moeda local. Eu não tinha dinheiro!
Havia acabado de concluir o curso universitário. Sinceramente expliquei meu
dilema ao oficial, mas em vão.
Agora eu soluçava incontrolavelmente. De repente, o policial me conduziu para
o outro lado da rua. “Pode dizer novamente qual é a sua situação?” Expliquei.
Orei. Clamei ao Deus altíssimo. Eu precisava de um milagre.
No momento seguinte, o mesmo policial acusador parou um carro que passava,
tirou o próprio cartão bancário, entregou-o para mim com o número de sua senha
e ordenou ao motorista que me levasse ao despachante mais próximo, onde eu
poderia atualizar o documento vencido. Não acreditei – aquilo era um verdadeiro
milagre! O motorista me levou ao despachante e me trouxe de volta. Quando
agradeci ao “taxista”, o motorista bondosamente explicou que não se tratava de
um táxi, mas havia parado simplesmente para ajudar uma cidadã aflita. Outro
milagre! Ao retornar ao veículo, soube que o policial havia recuperado seu
dinheiro, pois um ancião da igreja havia enviado algum dinheiro por meio de um
táxi. Outro milagre! Ainda fungando e trêmula, preparei-me para dar a partida,
enquanto o acusador/resgatador me desejava tudo de bom.
A despeito disso, outro policial emitiu uma multa no valor de 10.000 dólares.
Comecei a chorar de novo. O policial do milagre disse que eu não me
preocupasse. No dia de pagar a multa, o funcionário verificou repetidamente o
sistema. Não constava multa nenhuma. Outro milagre ainda!
Deus nem sempre nos responde exatamente como pedimos em oração. Mas
disto eu sei: Deus é, sim, um socorro bem presente nas tribulações.

KEISHA D. STERLING
Desastre evitado

Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu


respeito, para que o protejam em todos os seus
caminhos. Salmo 91:11

Horrorizada, vi meu carro deslizar para trás, descendo pela congelada pista, na
direção do carro estacionado do outro lado da rua. Imaginei os dois veículos
amassados com o impacto, e eu sem poder fazer nada.
Havia sido predito o acúmulo de neve, com a possibilidade de apagões. Por
duas vezes, eu havia ficado sem energia por vários dias. Minha irmã morava a
uma hora de distância. Assim, decidi ir para a casa dela e esperar que a tormenta
passasse.
Naquela manhã, eu havia me reunido com um grupo para comemorar o
aniversário de uma amiga. A festividade estava quase no fim quando os
primeiros flocos de neve começaram a cair. Não perdi tempo, voltei para casa
correndo, juntei minhas coisas e subi a montanha, dirigindo o tempo todo em
meio à neve que caía. Consegui chegar à íngreme entrada da garagem de minha
irmã, coberta de neve, sussurrei uma oração de agradecimento, estacionei o carro
e tirei a chave da ignição.
Tiramos as coisas do porta-malas e eu acabara de abrir a porta de trás do carro
quando ele começou a deslizar. Ia ganhando velocidade, na direção do desastre.
De repente, foi como se alguém invisível assumisse o controle. As rodas da
frente se viraram, redirecionando a traseira do carro para o jardim da casa ao
lado. Ele parou contra uma elevação. Fiquei ali em pé, atônita e aliviada. Um
vizinho veio para nos ajudar, e em pouco tempo estávamos bem acomodadas e
abrigadas na casa de minha irmã.
Como se esperava, a neve se acumulou, as estradas ficaram escorregadias e o
trânsito parou. Felizmente, nenhuma das casas ficou sem energia. Embora presas
dentro de casa, desfrutamos o tempo que passamos juntas.
Refletindo sobre o fato de termos estado atrás do carro momentos antes que ele
começasse a descer, encolhemo-nos pensando no que poderia ter acontecido.
Estávamos em segurança, os carros foram poupados e uma vez mais tivemos a
certeza da proteção e do cuidado de Deus.
Há momentos em que nos sentimos totalmente indignas do interesse de Deus
por nós. Somos muito pequenas no grande esquema das coisas, e frequentemente
deixamos de corresponder até as próprias expectativas. Contudo, vez após vez,
Ele intervém para nos revelar que cada pessoa é verdadeiramente importante
para Ele. E se isso não nos dá a certeza de que necessitamos, temos apenas que
contemplar a cruz de Cristo, e isso é suficiente.

LILA FARRELL MORGAN


Depressa!

Os anjos insistiam com Ló, dizendo:


“Depressa!” Gênesis 19:15

“Depressa.” Não é uma simples palavra. É um estilo de vida.


Tenho certeza de que muitas das pessoas que lerem estas palavras se
identificarão comigo, quando afirmo que a pressa é um estilo de vida.
Se você é como eu, tenta fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo, e procura
realizar o máximo possível. Você faz questão de realizar várias tarefas em dez
minutos, sem desperdiçar um minuto sequer. Para ganhar tempo, sempre
fazemos muitas coisas. A mão direita arruma o cabelo, o braço esquerdo põe a
roupa e o pé direito está calçando o sapato. Mas, na realidade, a mente não está
pensando naquilo que o braço direito ou esquerdo faz, em como equilibrar cada
pé, porque enquanto cada uma dessas ações está em andamento, pensamos em
quanto dinheiro sacaremos do banco e planejamos quando poderemos visitar
uma amiga enferma. Esse é o estilo de vida da pressa.
Há dias e semanas nos quais sentimos que, se não nos apressarmos, seremos
atropeladas – quem sabe onde ou como – e, a fim de evitar isso, tomamos o
tempo de outras coisas que consideramos irrelevantes para que sobre tempo de
fazer aquilo que consideramos nosso dever.
Já perdemos muitos momentos: o momento de repousar, os momentos de
sociabilidade, o tempo de recreação, o tempo de reflexão, e, pior ainda, o tempo
a sós com Deus.
Toda vez que saímos de um “tempo de crise”, achamos que amanhã será
melhor, que na semana que vem teremos mais tempo livre, que o mês seguinte
será mais calmo. Tudo isso é ilusão, porque amanhã, semana que vem ou o mês
seguinte chegarão e passarão com outra agenda longa!
Há um verso bíblico que me proporciona grande alívio. Encontra-se em 2
Pedro 3:8: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil
anos, e mil anos como um dia.” Isso me diz como medir o tempo e mostra que
meu modo de viver o tempo é algo mundano; que no Céu desfrutaremos o tempo
– não como algo desafiador, mas como algo deleitoso.
Eu a convido a reduzir a velocidade, a permitir que sua alma seja acalmada e a
se preparar para passar o restante do seu tempo no Céu.

SUSANA SCHULZ
Trudy

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos


em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo. Efésios
4:15

Era novembro, e meu esposo, John, e eu fazíamos a longa viagem de Ontário,


Canadá, para nosso segundo lar em West Palm Beach, Flórida. Essa se tornara
uma viagem anual. Somos como aves migratórias – retiramo-nos do norte e
passamos o inverno em climas mais amenos. Gostamos de fazer a viagem por
terra porque podemos parar e visitar parentes e amigos ao longo do caminho.
Agora iríamos ver minha irmã em Maryland.
Enquanto andávamos pela longa e trepidante estrada até a casa dela no bosque,
ficamos admirados por ver uma sentinela emplumada bloqueando o caminho.
Era um grande peru selvagem, com quase 1,20 m de altura e plumagem de
aparência metálica, marrom e roxa, parado diante do para-choque dianteiro.
Estávamos impedidos de prosseguir, imóveis. Meu esposo sugeriu que eu
abrisse a porta para distrair a ave. Mas o peru era esperto demais para isso. Foi
para o lado do motorista e espiou dentro do carro, ficando visíveis através da
janela sua crista azul-cinzenta e o bico vermelho.
Então tivemos uma ideia. Demos à ave uma maçã, depois um pouco de pão e
finalmente um pedaço de couve-flor. Enquanto ela comia, conseguimos chegar à
casa de minha irmã.
Ouvindo-nos explicar o motivo de nossa demora, minha irmã sorriu. Contou
que a ave fora a razão de ela haver cancelado o sistema de segurança. Nenhum
estranho entraria na propriedade com ela por perto. Descobrimos que minha irmã
dera o nome de Trudy à ave. Talvez porque na Alemanha, nossa terra natal, o
peru macho é trudhau, e a fêmea é chamada trudhene.
Enquanto permanecemos na casa, Trudy chegou a nos conhecer. Ela nos seguia
por toda parte. Parecíamos uma família. Até o gato desgarrado de três pernas
deixava Trudy comer sua ração. Comecei a pensar em como será na Nova Terra,
onde não haverá nada que machuque ou destrua.
Isaías 11:6 diz que “o lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o
bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos; e uma criança os
guiará”. Minha paráfrase é: Virá um tempo em que não só o leão comerá com o
cordeiro, mas o peru também comerá com o gato, e uma criancinha os guiará.
Mal posso esperar para ver a Terra restaurada. E você?

EMILIE HOWARD
Deus numa caixa

Tu lhe concedeste o desejo do seu coração e não


lhe rejeitaste o pedido dos seus lábios. Salmo
21:2

Muitas vezes, ao longo da vida, a presença de Deus tem sido bastante real para
mim. Tenho sido abençoada no âmbito físico por saber que Deus esteve perto.
Uma ocasião, em particular, fica mais evidente do que as restantes.
Foi pouco antes do dia de Ação de Graças de 2006, e meu esposo e eu
estudávamos na Universidade Andrews. Como a maioria dos estudantes que
trabalham para pagar os estudos, não possuíamos muito dinheiro, e naquele
outono tínhamos muitas necessidades. Havíamos convidado minha mãe e meu
padrasto para o jantar de Ação de Graças, e também muitos estudantes que não
tinham recursos para passar o feriado em casa.
Durante um momento quieto na minúscula cozinha, tive um tempo a sós com
Deus. Pensei em quão lindo seria ter louças combinando para o jantar. Também,
na mesma época, nossa filha mais nova precisava de sapatos de número maior,
pois estava crescendo, e não tínhamos como comprar um par novo. Pensei:
Deus, como seria bom ter louça combinando e sapatos para nossa filha. Nada
mais que um pensamento. Esses desejos não foram expressos oralmente a
ninguém. Meramente um coração de mãe que ecoava na mente.
Na manhã seguinte, quando saí para a varanda, vi uma caixa. Sem saber quem
a colocara ali ou o que havia dentro, fiquei animada para abri-la. Estudante
universitária pobre se emociona com coisas desse tipo. Assim, trouxe a caixa
para dentro de nossa casinha e comecei a abri-la. Continha um saco plástico que
não revelava seu conteúdo e algo embaixo dele. Por baixo do saco havia um jogo
de louça! Não era novinho em folha, mas era um jogo completo, com seus
enfeites. Minha garganta começou a ficar apertada. Abri o saco. Para minha
grande alegria, encontrei seis pares de sapatos que serviram perfeitamente em
nossa menininha!
Enquanto as lágrimas me rolavam pelo rosto, sussurrei: Deus! Como podes me
amar tanto? Eu nem disse aquilo em voz alta. Foi apenas um pensamento!
Ali estava Ele. Maior que a vida. Meu Deus. Meu Rei. Numa caixa de louça e
num saco cheio de sapatos para criança. Meu coração flutuou, sabendo que o Rei
do Universo havia acabado de sentar-Se junto a mim enquanto eu abria uma
caixa de papelão, cheia de Seu amor.

TANYA KENNEDY
Quando Deus sussurra

Compartilhem o que vocês têm com os santos


em suas necessidades. Pratiquem a
hospitalidade. Romanos 12:13

Alguma vez você já acordou pensando em alguém e sentindo que essa pessoa
pode estar precisando de um telefonema ou uma visita? Isso me aconteceu na
segunda-feira antes do dia de Ação de Graças. Quando acordei, minha amiga
Louise me veio à mente. Louise era uma amiga maravilhosa da família, alguém
que eu conhecia desde criança. Embora não nos víssemos frequentemente, nós
nos mantivemos em contato ao longo dos anos. Agora ela era idosa e eu sabia
que estava passando por problemas de saúde.
Minha querida mamãe havia falecido em fevereiro daquele ano, e esse era o
primeiro dia de Ação de Graças que eu passaria desde sua morte. Ela e Louise
haviam mantido contato frequente ao longo dos anos. Assim, quando acordei
pensando em Louise, senti que Deus estava me impressionando a ligar para ela.
À medida que se aproximava o dia de Ação de Graças, continuei pensando em
Louise. Então, um dia antes, senti que Deus insistia comigo: “Telefone para
Louise!” Lembro-me de ter dito: “Sim, Senhor, vou me sentar agora e ligar para
ela.”
Foi o que fiz. O neto de Louise atendeu à ligação. Ele me disse que Louise não
estava bem, mas ele lhe diria que eu estava na linha. Um momento depois,
Louise disse: “Alô!” Ela ficou feliz por me ouvir, e meu coração foi às nuvens,
de alegria por ouvir sua voz. Ela sempre foi uma pessoa simpática, generosa com
seu tempo, e muito carinhosa e paciente. Eu lhe disse coisas que nunca havia
dito antes, contando-lhe o quanto ela significava para mim e minha família.
Conversamos bastante e expressamos o amor recíproco. Foi uma conversa
maravilhosa e me senti muito bem depois disso.
O feriado chegou e se foi. Eu fazia tarefas domésticas na semana seguinte
quando o telefone tocou. Era a filha de Louise, ligando para dizer que a saúde de
Louise havia piorado e ela falecera.
Mesmo sentindo pesar, também fiquei contente porque nosso Senhor havia me
impressionado a telefonar para ela. Isso me aconteceu muitas vezes no passado.
Sei que é nosso Senhor falando comigo e, sem exceção, sempre houve uma
necessidade para a qual um telefonema, um cartão ou uma visita fizeram toda a
diferença para alguém.

JEAN DOZIER DAVEY


O terno cuidado de Deus

Não se vendem dois pardais por uma


moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão
sem o consentimento do Pai de vocês. Mateus
10:29

Cheguei à escola às 7h15 da manhã naquela sexta-feira e comecei minha rotina


diária de abrir a biblioteca e a sala dos professores. Para chegar a uma porta, eu
precisava passar por outra numa área de depósito. Ao entrar na área do depósito,
ouvi algo cair e achei que pudesse ser um rato. Olhei ao redor e, para minha
surpresa, vi um gatinho numa caixa grande. Eu não tinha ideia de como ele havia
chegado até ali.
Coloquei a caixa do lado de fora, perto da parede, à sombra. O que deveria
fazer com aquela indefesa criaturinha de Deus? Sem cuidado, ele certamente
morreria. A escola teria um fim de semana prolongado, já que a segunda-feira
seguinte seria um feriado nos Estados Unidos. Fiquei triste ao pensar naquele
gatinho morrendo sem alimento e devido ao calor. Eu esperava que um estudante
o levasse para casa.
Como era sexta-feira, as aulas terminavam às 12h10. Os estudantes saíram. O
pátio ficou quieto. Era por volta das 14h quando vi uma cena tocante. A mamãe
gata pegou o gatinho pelo pescoço e o tirou da caixa, levando-o para um lugar
seguro sob a escada. Eu disse: “Muito obrigada, Jesus! És tão maravilhoso!
Obrigada por teres respondido à minha oração, embora não do jeito como eu
esperava.” Deus sabe o que é melhor, e devemos sempre confiar em Sua guia.
Ao pensar naquela experiência, lembrei-me de quão especiais somos nós à vista
de Deus. Ele Se interessa pelos mínimos detalhes da nossa vida. Mateus 10:30
declara: “Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados.”
Que lição podemos aprender dessa experiência? Sejam quais forem minhas
necessidades, posso confiar nas providências de Deus em meu favor. Sou
animada a tornar meus pedidos conhecidos a Deus, que sabe do que eu preciso.
Se aplicarmos esse conhecimento à vida cotidiana, ele nos libertará de muitas
preocupações desnecessárias.
Nos Estados Unidos, existe uma ocasião especial em que tomamos tempo para
expressar gratidão a Deus por Suas muitas bênçãos. Entre essas bênçãos está o
Seu cuidado por todas as Suas criaturas. “Deem graças ao Senhor porque Ele é
bom; o Seu amor dura para sempre. Quem poderá descrever os feitos poderosos
do Senhor, ou declarar todo o louvor que Lhe é devido?” (Salmo 106:1, 2).
Demos-Lhe graças!

JANICE FLEMING-WILLIAMS
Duas semanas mais

Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não


estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Tudo bem, Senhor, para que vou precisar dessas duas semanas? Essa era a
pergunta que me pipocava na mente enquanto eu caminhava na direção da sala
de cirurgia, para dar à luz nosso filho por meio de uma cesariana.
Meu parto por cesariana havia sido cuidadosamente agendado para a segunda-
feira após o feriado de Ação de Graças. Eu havia traçado o plano, discutindo-o
com o médico, que o aprovou. Isso daria a meu esposo, que estava na Jamaica,
tempo suficiente para chegar antes do nascimento de seu primogênito.
Agora ali estava eu, com 37 semanas de gestação, e duas semanas antes da data
programada, entrando na sala de parto para ter o bebê, já que ele precisava
nascer logo. O médico havia sido compreensivo a ponto de nos dar um dia, a fim
de que meu esposo pudesse viajar para estar comigo e testemunhar o nascimento
do filho. Meu compromisso era permanecer no andar da sala de parto, a fim de
que o bebê pudesse ser continuamente monitorado.
Recebi duas doses de anestesia raquidiana que não funcionaram, e assim
precisei de anestesia geral. Meu filho foi imediatamente levado para a UTI
neonatal. Era uma coisinha magricela que estava tendo dificuldade para regular a
temperatura e a glicose do sangue. Aparentemente, ele havia parado de crescer
dentro de mim, já que precisou passar pela cesariana antes. Passou uma semana
e meia na UTI e, quando saímos do hospital, fomos advertidos a não levá-lo a
locais públicos. Se ele adoecesse, teria que ser hospitalizado novamente. Quando
ele estava com cinco semanas, fomos autorizados pelo pediatra a levá-lo à igreja
para ser apresentado, e, com seis semanas, estávamos em condições de voar com
ele para casa, na Jamaica.
Deus, em Sua sabedoria, alterou meus bem traçados planos e fez com que
nosso filho nascesse duas semanas antes. Não sei se de outro modo os problemas
do parto teriam sido os mesmos (poderiam ter sido piores). O que sei é que,
quando partimos com ele para a Jamaica, ficou muito claro que teríamos
precisado daquelas duas semanas a mais para que ele se fortalecesse o suficiente
para a viagem.
Essa é apenas uma experiência da minha vida na qual Deus interveio antes
mesmo que eu precisasse clamar a Ele. Confie nEle hoje – Ele é seu defensor!

RAYLENE MCKENZIE ROSS


A placa miorrelaxante do milagre

O meu Deus suprirá todas as necessidades de


vocês. Filipenses 4:19

Tenho um distúrbio na articulação temporomandibular, uma articulação


localizada na mandíbula. Se você sofre desse distúrbio, sabe quão doloroso pode
ser. Depois de quase um ano de tratamento intensivo, continuo a usar
diariamente as placas (ou dispositivos) miorrelaxantes, e precisarei delas para o
resto da vida.
Geralmente, eu mantinha uma boa rotina de cuidados, mas quebrei uma certo
dia, enquanto fazia compras de Natal com minha filha e neta. Tirei a peça
inferior para poder comer, e a coloquei na bolsa atrás do carrinho do bebê, já que
não tinha levado o estojo. Quando voltamos à casa de minha filha, examinei a
bolsa. O dispositivo sumira. Eu não tinha ideia de como isso havia acontecido.
Orei fervorosamente para encontrá-lo, já que substituir essas peças pode custar
tempo e dinheiro.
Aguardei durante dias, esperando que ela aparecesse, e continuei orando – sem
sucesso. Por fim, liguei para o consultório para informar que eu a havia perdido.
Pensei que a substituição custaria algo em torno de 330 dólares, e já estava
sofrendo por isso. Fiquei chocada ao saber que o custo ficaria perto de 1.000
dólares. Minha única opção era usar apenas uma por enquanto, e encerrei o
telefonema.
Sentei-me no sofá e clamei a Deus em desespero: Socorro, querido Senhor!
Que posso fazer? Quase no instante em que terminei a oração, o telefone tocou.
Era do consultório. A voz do outro lado disse: “O Dr. Spencer deseja dar-lhe um
presente de Natal antecipado! Ele vai pagar sua placa de uso diurno!” Tudo o
que fiz foi chorar e dizer repetidamente: “Muito obrigada!”
Escrevi um bilhete ao doutor expressando meu mais sincero apreço, e louvando
a Deus por Sua generosidade e a do médico. O bilhete parecia muito inadequado
para um gesto tão impressionante de bondade. Como é maravilhoso o nosso
Deus! Ele tem mil maneiras de nos responder às orações, das quais nada
sabemos!
Toda vez que coloco a placa de uso diurno, lembro-me dAquele que a deu para
mim. É um lembrete diário do atencioso cuidado de Deus. Será que me tornei
uma cristã perfeita, como resultado daquela resposta instantânea e incrível à
oração? Bem, leitora, você já sabe a resposta a essa pergunta. Mas tenho plena
consciência de minha enorme necessidade e de Seu tremendo amor. Em resumo,
digo: nunca duvide de Seu amor por você.

JOAN GREEN
Dezembro

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Chamado às mulheres pranteadoras

Vejam a dificuldade que temos e gritem por


socorro. Busquem cantores que nos ajudem a
lamentar nossa perda. Digam a eles que se
apressem, em nos ajudar a expressar nosso luto
e lamento, que nos ajudem a dar vazão às
lágrimas, transformando nosso pranto em
música triste. Prestem atenção! Vejam a torrente
de lágrimas de Sião: “Somos um povo
arruinado, somos um povo envergonhado!
Fomos expulsos das nossas casas e precisamos
deixar nossa terra!” Jeremias 9:17-19, A
Mensagem

Jesus chama as mulheres que não têm medo de clamar. Onde estão as mulheres
pranteadoras que se prostram diante de Deus e pedem livramento? Senhor, nós
vemos a dificuldade que temos e gritamos por socorro. Buscamos cantores que
nos ajudem a lamentar nossa perda.
Onde estão as mulheres que derramam lágrimas não só por si mesmas, porém
por todos aqueles que precisam de uma palavra e um toque do Senhor? “Digam a
eles que se apressem, em nos ajudar a expressar nosso luto e lamento, que nos
ajudem a dar vazão às lágrimas, transformando nosso pranto em música triste.”
Acontece que retrocedemos; apresentamos desculpas. Torcemos o nariz e
passamos de largo por nossas irmãs em necessidade. Andamos tão ocupadas
arrumando o cabelo e fazendo as unhas, que nos esquecemos de exibir o fruto do
Espírito. Ainda agora, meu espírito se lamenta! “Prestem atenção! Vejam a
torrente de lágrimas de Sião.”
Mulheres, segurem a mão de suas irmãs e abram a boca, e clamem juntas, em
alta voz, quando Deus nos falar hoje. Mulheres, ouçam a palavra do Senhor;
abram os ouvidos às palavras de Sua boca. Ensinem suas filhas a lamentar;
ensinem umas às outras a lamentar (ver Jeremias 9:20, A Mensagem). As
mulheres anseiam por segurança, anelam a cura e o bem-estar, esperam por
restauração do amor e da família dentro de casa.
Ah, onde estão as mulheres pranteadoras? Nós estamos aqui – ajoelhadas,
cabeças inclinadas, mãos erguidas, corações abertos. Que todas as mulheres
clamem com palavras, orações e cânticos.
Pois o Senhor registrará nossas lágrimas e as anotará no livro da vida. Deus vê
e Se importa. Ele nos erguerá e livrará.
Reverenciamos nosso Deus Jeová; e, como Jeová, Ele também é amor. Nós O
saudamos hoje com a certeza de que nos amou com amor eterno. Pedimos a
Deus que fortaleça nossa comunidade da fé, a fim de que ela seja um retumbante
coro de amor, esperança e consolação para todas as mulheres.

MICHELLE RILEY JONES


Amor sem limites

Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que


ainda mama e não ter compaixão do filho que
gerou? Embora ela possa esquecê-lo, Eu não
Me esquecerei de você! Isaías 49:15

Enquanto meu esposo estudava teologia, morávamos numa casa com um lindo
e espaçoso quintal, um belo gramado e uma frondosa árvore de manga na frente
da propriedade. No quintal, uma coruja-buraqueira fez seu ninho. Ela recebeu
esse nome porque cava um buraco no chão e ali deposita os ovos.
Da janela da cozinha, eu podia observar diariamente a coruja. Ela permanecia
imóvel, não saindo nunca da entrada da toca, guardando sempre seu precioso
legado. Todos os dias era a mesma coisa. Quando meu filho, cautelosamente,
tentou aproximar-se para ver os ovos, a mamãe coruja estava preparada e pronta
para atacar, abrindo as asas e agindo ameaçadoramente. Às vezes, ela voava para
demonstrar o que aconteceria se ele chegasse mais perto.
Uma vez, vi algo que me impressionou quanto ao cuidado da corujinha para
com sua ninhada. Era o fim da tarde. Chovera bastante e havia ventos fortes.
Essa mãe zelosa, um pouquinho ao lado, abrigada sob o ramo de um arbusto,
permaneceu fiel e observadora, sempre olhando para a toca.
Imediatamente me lembrei do cuidado de Deus por nós, Seus filhos. Com
amor, Ele vigia por nós constantemente, e está sempre pronto a nos defender
quando o inimigo tenta atacar. Nas tormentas e adversidades da vida, Ele
continua ao nosso lado – firme, atento, embora não possamos vê-Lo. Nessas
horas, podemos achar que Ele nos abandonou, mas, na verdade, assim como
aquela mãe cuidadosa, Ele Se posiciona sob o galho mais próximo. É dali que
Ele presta atenção a cada passo que damos. Tem uma visão muito melhor de
nossa situação do que nós mesmas, e está sempre pronto a auxiliar.
Olhando para aquela corujinha e pensando em sua devoção para com os
filhotes, pensei no meu filho que dormia naquele momento e no quanto eu o
amo. Não me esqueço dele nem por um minuto. As palavras do texto de hoje
acerca do cuidado e amor de Deus me confortaram o coração: “Embora ela (a
mãe, eu, a corujinha, ou seja quem for) possa esquecê-lo, Eu não Me esquecerei
de você!” É muito bom sentir-nos como filhos amados do Senhor!

PATRÍCIA C. DE ALMEIDA SANTOS


Deus fala com você

Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus. Salmo


46:10, ARA

Certa manhã, por volta das 5 horas, acordamos com um som tamborilante. O
barulho alto parecia vir pelo encanamento. Concluindo que havia algo errado
com o sistema de calefação, meu esposo correu para o porão a fim de desligar o
termostato. Prestamos atenção e especulamos acerca do barulho por meia hora,
porque o preguiçoso termostato não fez nada para aquietá-lo. Mais tarde, minha
filha, Leah, disse: “Parece um pica-pau na chaminé.” Achamos que ela estava
com a razão, pois o barulho era mais alto no quarto dela.
Durante a semana, o barulho vinha e passava esporadicamente. Solicitamos a
vinda de um técnico, mas ele não conseguiu resolver o problema. A julgar pela
localização do barulho, sugeri que um morcego, um esquilo ou algum tipo de
ave tivesse entrado na chaminé. Seu conselho foi mudar a parte superior da
chaminé, e mencionou que, certa vez, ele havia resgatado um ganso de dentro da
chaminé de um cliente.
Enquanto entrava na garagem na semana seguinte, vi um ganso no telhado!
Assim, sugeri à minha família que talvez um membro da família dos gansos
estivesse preso na chaminé. Esperamos que o barulho voltasse, e certa manhã ele
começou de novo. Meu esposo correu para fora a fim de olhar o telhado, e, para
sua surpresa, viu um pica-pau bicando a chaminé. O som podia ser ouvido tanto
dentro como fora de casa. O pica-pau era o culpado. Havia causado o tumulto
enquanto fazia o ninho sob nossa varanda.
Esse incidente me fez pensar. Leah sugeriu que o pica-pau devia estar no
telhado, e devíamos ter considerado a sugestão em vez de nos ocuparmos
especulando e rejeitando a ideia.
Muitas vezes, não ouvimos quando Deus fala conosco. Está Deus procurando
chamar sua atenção? Ellen White tem a solução: “Em meio desta corrida louca,
Deus fala. Ele nos ordena que fiquemos à parte e tenhamos comunhão com Ele”
(Educação, p. 260). Ela escreveu isso há muitos anos. Pense em quanto barulho
mais temos hoje, com aparelhos de MP3, iPods, rádios e TVs por toda parte – e
muito mais pessoas. É difícil encontrar um lugar quieto. Devemos,
intencionalmente, buscar ouvir Deus e Sua voz mansa e suave. Aquietemo-nos
para escutá-la. Ele necessita de nossa atenção, e nós precisamos ouvi-Lo.
Convido você agora mesmo a praticar sua habilidade de ouvir a voz de Deus.

MARGO PETERSON
O ingá e o açaí

Os justos florescerão como a palmeira,


crescerão como o cedro do Líbano. Salmo 92:12

Do condomínio onde moro, posso ver numerosas árvores. Algumas são altas,
com troncos grossos; outras são mais finas. No quintal da nossa casa, temos um
ingá, árvore com tronco espesso. Seus ramos se espalham sobre o jardim e nos
dão sombra nos dias quentes. É tão majestoso quanto o cedro. No jardim da
frente, há um conjunto de árvores novas de açaí. O açaí é o fruto de uma
palmeira típica da região. O diâmetro do seu tronco não excede 14 centímetros, e
sua altura chega a quase12 metros. Na verdade, os caules parecem muito frágeis,
e comparados com outras grandes árvores do Amazonas, parecem apenas
varetas.
Na região norte do Brasil, de dezembro a março é a estação chuvosa, quando
chove durante o dia todo. As tempestades começam a qualquer momento.
Nuvens gigantescas descarregam a chuva, de repente, causando inundações e
desastres para a cidade.
Numa dessas tempestades repentinas, nosso ingá, forte e resistente, não
suportou os ventos fortes e a chuva intensa, e se quebrou completamente. Os
galhos se espalharam pela rua. Para impedir que a árvore danificasse os fios
elétricos, tivemos que chamar os bombeiros para removê-la. Mais tarde, quando
olhei o jardim na frente, vi que os pés de açaí, que pareciam muito frágeis e
finos, permaneceram intactos. Não entendi como uma árvore bonita, forte, que
estendia seus ramos folhosos, houvesse se quebrado, enquanto os finos
açaizeiros permaneceram firmes. Mas então me lembrei de uma aula de
botânica, na qual o professor explicou que o tronco da palmeira é muito flexível.
Os caules menores podem suportar mais vento. Mas os troncos de árvores
maiores ficam ocos e, a qualquer momento, podem se esfacelar.
Ponderei o motivo pelo qual o salmista usou a palmeira como referência. Não
as considero bonitas, e elas não têm uma fragrância cativante. Além disso, elas
são pendentes. O dicionário, porém, diz que florescer não é só o ato de dar
flores, mas também de prosperar!
Muitas vezes, as dificuldades e tormentas nos atingem. Lembremo-nos de que,
enquanto o cedro se distingue por sua grandiosidade e altura, a palmeira suporta
as tormentas. Ao lado de Cristo, o justo nunca ficará indefeso.

MARIANA SAMPAIO
Apresentação

Ensina-me o Teu caminho, Senhor; conduze-me


por uma vereda segura. Salmo 27:11

Em 2008, fui para minha terra, na ilha de Polillo, Filipinas. Enquanto


caminhava pela cidade, notei muitas crianças em idade pré-escolar que estavam
com baixo peso e malnutridas. Dirigidas por Ailen, cinco outras professoras
primárias e uma parteira haviam formado um grupo voluntário que ensinava as
crianças, desde o nascimento até os cinco anos de idade, e desenvolviam um
programa de nutrição tanto para as crianças como para as mães que
amamentavam.
Emer, uma das professoras, preocupava-se com a filha, que queria muito
formar uma família, mas não era casada. Eu a ouvi contar isso ao grupo, e
respondi: “Eu tenho um filho.” Naquele mesmo dia, ela me deu uma foto de sua
filha, o endereço e o número do telefone. Mandei essa informação ao meu filho,
que a princípio ficou muito cético.
Mesmo assim, os dois começaram logo a conversar pela internet, felizes por
conhecerem mais um sobre o outro. Descobriram que seus pais eram cristãos e
pertenciam à mesma igreja; que ambos eram de Polillo, embora Jon houvesse
nascido em Tucson, Arizona, ele morava naquela época em Virginia Beach. No
momento em que se conheceram via internet, Princess, enfermeira, trabalhava na
Jordânia. Depois que o casal concluiu que era compatível, decidiram encontrar-
se em Polillo. Ela foi da Jordânia para Manila, de avião, e Jon decolou de
Virgínia para o mesmo aeroporto, onde Princess e eu o recebemos. Alguns meses
mais tarde, o relacionamento deles culminou num casamento testemunhado por
500 amigos, parentes e familiares. Fiquei feliz porque Emer abrira o caminho
para que nos conhecêssemos.
Tenho uma amiga que entrou nos Estados Unidos como instrutora de ioga. Ela
me contou que muitos de seus amigos a haviam levado a igrejas cristãs para o
culto, mas nunca lhe haviam apresentado estudos bíblicos cristocêntricos. Fomos
guiadas pelo Espírito Santo para estudar e concluir uma série de lições bíblicas.
A melhor Pessoa que podemos apresentar a alguém é Jesus. Ele também a
guiará ao lugar certo, no momento certo, segundo o tempo certo dEle. Uma das
histórias do evangelho conta sobre alguns gregos que procuraram os discípulos.
“Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, com um
pedido: ‘Senhor, queremos ver Jesus’” (João 12:21). Que nós também, em
qualquer momento, tenhamos o coração sintonizado com Sua guia, apresentando
outros a Jesus.

ESPERANZA AQUINO MOPERA


O touro bravo e três homens

O nosso socorro está no nome do Senhor, que


fez os Céus e a Terra. Salmo 124:8

A lancha Samaritana II descia o Rio Ribeira, em Iguape, ao longo da costa sul


de São Paulo, Brasil. Meu esposo, pastor missionário que trabalhava naquele
barco de assistência social cristã, estava ao leme, e nós, por perto,
conversávamos e contemplávamos o cenário. Viajando conosco estavam o irmão
de meu esposo e sua família.
Era um dia tipicamente quente de verão. Meu esposo precisou ancorar a lancha
no porto de Iguape a fim de comprar combustível e alimento.
Como Iguape ficava perto do mar, decidimos ir à praia. Ele ancorou a lancha à
margem de uma ilha desabitada que precisávamos atravessar a pé. A ilha era
coberta por vegetação rasteira, e, quando estávamos na metade do caminho,
vimos uma manada de touros. Meu esposo carregava nosso bebê nos braços.
Meu cunhado levava nossa filha mais velha pela mão, e eu segurava a mão do
nosso filho de três anos.
Então observei que um touro se evidenciava dentre os outros. Ele estava quieto,
com a cabeça ereta, em posição de ataque. Os chifres agudos apontavam para a
frente. Ao observar em volta da ilha, gritei ao meu esposo: “O touro vai atacar!”
Não havia proteção contra aquele animal. Só Deus poderia nos socorrer.
O touro veio furioso, com os chifres ainda em posição de ataque. Todos
corremos. Mas, quando tentei correr, minha perna direita afundou num buraco
estreito e fundo. Caí. Puxando meu filho à minha frente, eu o cobri com o corpo
para protegê-lo. Minhas costas ficaram na direção do touro, e eu congelei,
esperando o ataque. Quando o touro estava a poucos metros de mim, ouvi
homens gritando. Olhei para trás e vi três homens brandindo suas ferramentas de
trabalho contra o touro. Ele resistiu aos homens, mas finalmente eles o
assustaram e o afugentaram da área.
Então os homens, com as ferramentas nos braços, tomaram a trilha que levava
ao mar e desapareceram na ilha solitária.
Quem eram eles e como chegaram no momento exato para nos socorrer? Por
mais de quatro décadas, meu esposo e eu fizemos a mesma pergunta – embora
soubéssemos que apenas Deus podia responder.

ADAIR OTTONI RAYMUNDO


“Sempre às suas ordens”

Tudo posso nAquele que me fortalece.


Filipenses 4:13

Três anos atrás, meu neto de cinco anos, Donwayne, fez um favor para mim.
Não me lembro do que foi ou do que ele fez, mas me lembrarei sempre do que
ele disse quando lhe agradeci: “Sempre às suas ordens!” Naturalmente sorri,
dando graças a Deus pela cortesia e as boas maneiras que minha filha lhe
ensinava. Agora, quando alguém me agradece algo, sou tentada a repetir as
palavras dele: “Sempre às suas ordens.”
Meus netos são a luz da minha vida. Eles me trazem muita alegria,
especialmente quando vejo quão bem eles são criados. A cortesia, não importa
quão pequena, revela o que há de melhor em nós. As palavras são as ligações
com nossas lembranças. Quando são envoltas em cortesia, tornam-se
particularmente especiais.
Posso entender por que, há mais de 2.000 anos, Jesus Se permitiu ser rodeado
por criancinhas, dizendo aos que O ouviam que aqueles pequeninos eram
cidadãos do Céu. Também posso entender por que três dos escritores dos
Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) registraram Suas palavras: “Jesus, porém,
disse: Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos Céus
pertence aos que são semelhantes a elas” (Mateus 19:14).
Ellen White nos diz ainda mais. “Jesus sempre foi amante de crianças.
Aceitava-lhes a infantil simpatia, e seu amor franco, sem afetação. O grato
louvor de seus lábios puros era qual música aos Seus ouvidos, e refrigerava-Lhe
o espírito” (O Desejado de Todas as Nações, p. 511).
Ellen White também escreveu diretamente às mães que frequentemente se
cansam ao cuidar de seus preciosos filhos. Ela lhes deu conforto, convidando-as
a depor os fardos aos pés do Salvador, e insistiu para que levassem seus
pequeninos ao Mestre para receber uma bênção. Jesus desceu ao nível das
crianças pequenas, disse ela. “Ele, a Majestade do Céu, não desdenhava
responder-lhes às perguntas e simplificar Suas importantes lições, para lhes
atingir a infantil compreensão” (O Desejado de Todas as Nações, p. 515).
Jesus ainda enfatiza como é importante o cuidado para com as crianças. Ele
também sabe quão desafiador é isso. O texto de hoje é uma promessa a cada uma
de nós, ao ajudarmos as crianças em casa, na igreja e na comunidade. Com o
auxílio de Cristo, nós podemos lidar com qualquer coisa que nos surgir pelo
caminho.

VERONA BENT
Baterias descarregadas

Vejam o que Deus tem feito! Números 23:23

Sempre me senti fascinada com o modo pelo qual Deus pode transformar uma
situação desastrosa numa ocasião para louvá-Lo, especialmente se nos
lembramos de orar primeiro. As palavras atemporais do bem conhecido hino
vêm à mente: “Oh! Que paz perdemos sempre, Oh! Que dor de coração! Só
porque não recorremos ao bom Deus em oração!”
O dia 8 de dezembro é o Dia das Mães na república do Panamá. Por meio de
um de nossos projetos missionários anuais voltados à comunidade, decidimos
levar um pouco de amor a um abrigo para adolescentes grávidas. As meninas
passam o período de gestação ali, e podem permanecer até que o bebê complete
seis meses de idade. A maioria das meninas é muito carente em todos os
sentidos. Algumas foram rejeitadas pela família, e várias delas são vítimas de
estupro. Devido às circunstâncias, muitas são forçadas a abandonar a escola,
fazendo com que o futuro pareça ainda mais sombrio. Sabíamos que várias
empresas privadas contribuíam para esses abrigos, mas também sabíamos que a
maioria das doações consistia de artigos para bebês. Assim, aquela era a ocasião
perfeita para nos lembrarmos dessas mamães especiais e fazer com que se
lembrassem do amor incondicional de Deus.
Depois de passar alguns minutos entregando sacolas com presentes e
conhecendo as garotas, achamos que era hora de partir. Naturalmente, eu queria
tirar algumas fotos para guardar em nossos registros, mas imagine o espanto
quando liguei a câmara fotográfica e descobri que as baterias estavam
descarregadas. Tentei mais algumas vezes, porém recebia a mensagem: “Favor
substituir as baterias”, antes que a tela ficasse preta.
Anunciei calmamente o que estava acontecendo, mas as meninas percebiam,
talvez, que esse problema seria rapidamente resolvido, porque permaneceram
sentadas na sala, examinando seus presentes e cantando com alegria. Orei em
silêncio enquanto, simultaneamente, envolvi a diretora do centro numa conversa
e removi as baterias. Coloquei as baterias descarregadas dentro do
compartimento novamente e liguei a máquina. Nenhuma alteração. Louvei a
Deus pelo milagre que Ele estava a ponto de operar, retirei as baterias e
coloquei-as de volta lá dentro. A tela se iluminou. “Corram!”, gritei para as
meninas. Rindo, elas se agruparam obedientemente e consegui tirar duas fotos
daquelas adolescentes bonitas. Toda vez que olho essas fotos, o sorriso alegre
delas me faz lembrar da fidelidade de Deus.
Ele não é tremendo? Confie em Deus hoje. Ele ainda realiza milagres!

DINORAH BLACKMAN
O poder glorioso de Deus

Entretanto, este tesouro precioso está encerrado


num vaso de barro, isto é, no nosso corpo fraco.
Todo mundo pode ver que o poder glorioso que
está dentro de nós provém de Deus e não de nós
mesmos. 2 Coríntios 4:7, Nova Bíblia Viva

Diferentes palavras podem descrever o “recipiente perecível” mencionado


nesse verso. Algumas versões da Bíblia o chamam de “potes de barro”. Todas
denotam algo simples e frágil, que chama a atenção para o conteúdo e não para o
recipiente. Desse modo, seres humanos débeis podem exibir o glorioso poder de
Deus.
Enquanto eu crescia, feridas emocionais profundas, problemas de saúde e de
insegurança me rodeavam a cada passo, e eu tinha plena consciência de minhas
fraquezas. Então, alguns anos atrás, em meio a uma crise pessoal, o Senhor me
levou a uma entrega mais profunda que abriu uma comporta de bênçãos, dando
início à mais incrível jornada em minha vida.
Durante anos, eu anelava compor música, mas não havia recebido preparo em
composição musical e nunca tinha escrito uma canção. Achei que precisaria
esperar até chegar ao Céu para realizar esse sonho. Em Seu grande amor, Deus
começou a me dar ideias de melodias e letra, e conheci um talentoso arranjador
na Malásia, o qual deu vida a esses cânticos simples. Então o Senhor desdobrou
cada passo para a gravação de um CD chamado Minha Paz, o que aconteceu a
seguir. Enquanto eu esperava por Ele, Deus providenciou um designer de arte
gráfica, Greg Baron, um solista profissional, e me guiou à empresa certa de
gravação. Conheci muitas pessoas extraordinárias. Ao olhar para trás, fico
maravilhada diante daquilo que Deus fez ao longo desse projeto impressionante.
Diferentes pessoas me disseram que essa música as encorajou e abençoou.
Tenho me sentido humilde e sensibilizada porque Jesus pôde usar este “pote de
barro” para ser um canal de bênçãos aos outros. Com a ajuda de Seu poder, o
impossível se tornou possível, e minhas limitações tornaram mais que óbvio que
a inspiração veio de Deus.
Que coisas em sua vida fazem com que você duvide de si mesma e sinta sua
fragilidade? Você gostaria de ver Deus transformar essas limitações para Sua
glória, a fim de que outros vejam Jesus em você e O louvem por Sua bondade e
graça? Ore hoje para que Ele a use também, a fim de que outros vejam Seu
glorioso poder.

TERESA PROCTOR HEBARD


Você é a glória de Deus

E todos nós, que com a face descoberta


contemplamos a glória do Senhor, segundo a
Sua imagem estamos sendo transformados com
glória cada vez maior, a qual vem do Senhor,
que é o Espírito. 2 Coríntios 3:18

Você sabe que, ao viver a vida consagrada ao seu Senhor, você é na prática Sua
glória? Exatamente como pode acontecer isso?
Visualizemos a cena de Jesus orando no Getsêmani, pouco antes da crucifixão.
Ao Se ajoelhar no chão, rogando ao Pai, Ele fez uma declaração impressionante
– que a glória que havia recebido, Ele dera a todos aqueles que creram nEle (ver
João 17:20-22). Esses somos nós. Hoje. Agora mesmo. Certamente temos que
perguntar: O que significa a glória de Deus? Como se pode explicar isso? É uma
luz gloriosa brilhando do Céu? Uma onda de indescritível brilho diante dos
olhos? Ou algo totalmente diverso?
Justamente antes de Moisés preparar duas tábuas adicionais de pedra (as
primeiras haviam sido despedaçadas quando ele as jogou ao chão), com os Dez
Mandamentos escritos sobre elas, ele fez um audacioso pedido ao Senhor:
“Peço-Te que me mostres a Tua glória” (Êxodo 33:18).
Naquele momento, o Senhor desceu numa nuvem e proclamou: “Senhor,
Senhor Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de
fidelidade” (Êxodo 34:6).
Ah, agora temos a resposta à pergunta: como podemos ser a glória de Deus?
Somos transformados “à mesma imagem” de Deus quando mostramos interesse
e aliviamos o sofrimento, quando ministramos a indivíduos que necessitam
desesperadamente do Senhor, quando demonstramos graça, mesmo quando a
família e os amigos não correspondem às expectativas.
No saguão de uma igreja, após a cerimônia da Santa Ceia, uma irmã se
ajoelhou diante de uma senhora idosa e lhe lavou os pés. Essa senhora havia
expressado seu desapontamento por ter perdido essa parte do ritual. Você acha
que a mulher que lavou os pés da outra, totalmente fora do programa, poderia ser
classificada como uma pessoa que viveu a glória de Deus? Que dizer do casal
que ofereceu seu jardim como local do sepultamento de um cão que pertencera a
duas mulheres que queriam um lugar onde depor seu amado bicho de estimação,
um lugar aonde pudessem ir para chorar sua perda?
Você recebeu e você vive a glória de Deus. Como poderia sua vida privilegiada
ser mais gratificante, emocionante e satisfatória?

MYRNA TETZ
A gente se vê em breve!

Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o


ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor
descerá dos Céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro. 1 Tessalonicenses 4:16

Abraão estava sentado num banco da primeira fila na igreja quando minha filha
nos apresentou. Enquanto eu falava, ele disse: “Reconheço sua voz – você é
Sally Phoon, a mulher do programa de rádio Momentos Cheios do Espírito.”
Anos antes, um distúrbio debilitante dos nervos havia deixado Abraão cego, de
modo que ele se sentava sempre na frente, de onde podia ouvir melhor. Um ano
antes, ele tinha ouvido meu programa de rádio pelo Canal da Esperança, em
Cingapura. No programa, eu apresentava breves pensamentos devocionais, e por
meio do programa ele havia conhecido nossa igreja e começara a frequentá-la.
A despeito da cegueira, Abraão vivia uma vida plena. Ele se ofereceu para me
levar a um hotel muito especial que servia comida Penang (a comida Penang é
superdeliciosa!) para almoçar, mas estaríamos partindo de Cingapura, de modo
que prometemos fazer isso da próxima vez que voltássemos. Alguns meses mais
tarde, minha filha me deu a triste notícia de que Abraão havia falecido e
repousava em Jesus.
O Natal de 2010 permanecerá gravado em minha mente enquanto eu viver.
Nove dias antes do Natal, minha mãe foi levada de nós, perdendo a batalha
contra o câncer. Não era uma coisa fácil discutir o assunto da morte enquanto a
observávamos morrendo. As lágrimas corriam enquanto aguardávamos a
separação, mas demos graças a Deus pela manhã da ressurreição; graças a Deus
pela esperança que temos em Cristo; graças a Deus pela paz que excede todo
entendimento, ao passarmos por essas ocasiões inevitáveis, quando precisamos
dizer adeus.
Detesto despedidas. Para aqueles que creem em Cristo, prefiro dizer: “A gente
se vê em breve!” Não vai demorar para que a última trombeta soe e aqueles que
dormem em Jesus ressuscitem. Que manhã será aquela!
Ao se abrirem as sepulturas e os mortos em Cristo se erguerem para encontrá-
Lo, procurarei meus pais, Abraão e muitos amigos queridos que se foram antes,
e descansam em Jesus. Procurarei Abraão e direi: “Chegou a hora de tomarmos
aquela refeição que precisou ser adiada. Vamos festejar à mesa do banquete,
Abraão. Será melhor ainda que a comida Penang!”
Anseio por aquele dia. Sim, ora vem, Senhor Jesus!

SALLY LAM-PHOON
Pertencer!

Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se


morremos, morremos para o Senhor. Assim,
quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao
Senhor. Romanos 14:8

Pertencer a uma família é um precioso privilégio. Ao refletir sobre uma


experiência que aconteceu com meus avós paternos, lembro-me do modo como
Deus dirige e guia nossa vida, e do fato de que pertencemos a Ele. Em 1901,
eles, com os pais e os irmãos, tomaram a decisão crucial de emigrar de
Freudenthal, Rússia, para os Estados Unidos. Viajaram de trem até Bremen,
Alemanha, de onde planejavam embarcar num navio para a América.
Meus avós acabavam de ter um bebê, e infelizmente ele adoeceu durante a
viagem de trem. Assim, meus avós decidiram permanecer em Bremen,
esperando que o bebê se restabelecesse, mas insistiram com seus pais e irmãos
para que prosseguissem com os planos, o que eles fizeram. Como deve ter sido
difícil despedir-se e ver aquele navio deixar o porto sem eles, sem saber o que o
futuro lhes reservava.
Infelizmente, depois de apenas 18 dias de vida, o bebê faleceu e foi sepultado
na Alemanha. Meus pesarosos avós decidiram seguir com os planos de viajar
para a América e se unir à família. Embarcando no Kaiser Wilhelm der Grosse,
chegaram a Ellis Island 15 dias depois dos pais e irmãos. De lá, viajaram de trem
para o Colorado. Quando o trem, por fim, chegou à estação onde eles pensavam
que seus pais os receberiam, não havia ninguém lá. Esperaram, esperaram e
esperaram. Finalmente, alarmaram-se com a possibilidade de terem
desembarcado no lugar errado, e sem dinheiro para prosseguir. Como ficaram
assustados! Os dois choraram amargamente. Ainda lamentando a morte do
bebezinho, haviam suportado a longa travessia do oceano, uma difícil viagem
pela metade do território dos Estados Unidos, só para se verem numa estação
ferroviária – sozinhos! Naturalmente, não falavam inglês, e assim não podiam
pedir ajuda. Depois de terem eles esperado durante a maior parte do dia, os pais
finalmente chegaram. Quão aliviados e felizes se sentiram! Lágrimas de alegria
correram. Que encontro! Alguém dera aos pais uma informação errada quanto ao
horário de chegada do trem.
Sendo filhos do Rei, pertencendo a Ele, não nos decepcionaremos! Ele virá
para nos buscar. Pertencemos a Ele, e Ele estará no lugar certo, na hora certa!
Que grande encontro será esse. Louvado seja Deus!

GINGER BELL
Até óculos escuros

O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes


mesmo de O pedirem. Mateus 6:8

Não uso óculos de grau ou de sol. Mas, durante anos, toda vez que vou ao
oftalmologista, mesmo com visão 20/20, sou aconselhada a usar óculos escuros
para proteger os olhos, já que tenho um pequeno problema por causa da
claridade do sol.
Certo dia, atrasada, apressei-me olhando as prateleiras da loja à procura de uma
roupa incomum, mas de preço razoável, para usar na Semana de Moda. Quando
encontrei uma e fui prová-la, tirei os óculos escuros e os coloquei sobre um
suporte no provador, só para que a alça quebrasse e tudo caísse ao chão. Fiquei
zangada, já que os óculos não tinham nem um mês de uso.
Naquela terça-feira à tarde, em conversa com uma amiga, relatei a história e,
exasperada, exclamei: “Nunca mais quero óculos baratos! Quero óculos que
custem centenas de dólares e que durem por anos!” Então, na quinta-feira,
apenas dois dias depois, passei a noite com algumas outras amigas. (Uma delas
passava por uma crise e precisava de apoio.) Ficamos até tarde e nos divertimos
muito, e então uma amiga me contou que ela havia comprado óculos de sol
novos. Disse que poderia ter recebido um segundo par, ou um cupom de
desconto, mas em vez disso escolheu um par que custou mais de 700 dólares. Ela
estava contente com eles – pude ver isso –, mas não tão eufórica.
Ao sairmos da casa na manhã seguinte, incentivei-a a usar os óculos novos. Ela
os pôs na bolsa. Enquanto caminhávamos, ela parou e me disse: – Por algum
motivo, acho que devo dá-los a você. – E disse que nem sabia ao certo por que
havia adquirido aqueles, sendo que já possuía um bom par. Além disso, o estilo
não lhe agradava – mas era do meu gosto. A essa altura, ela tirou os óculos da
bolsa e os entregou a mim.
O que aconteceu a seguir foi ainda mais incrível. Ela deu um suspiro de alívio e
exclamou:
– Agora me sinto aliviada!
Perguntei: – Você está falando sério?
Ela estava.
Fiquei impressionada, porque ela não tinha ideia do que acontecera no início
daquela semana, e porque Deus havia usado Angie para realizar um simples
desejo meu de ter um par de óculos escuros. Estes vinham com a garantia de um
ano do fabricante, e manutenção gratuita. Ah, que Deus!

NADINE A. JOSEPH
Helga ou Heather

Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial


e admirável. Tuas obras são maravilhosas!
Digo isso com convicção. Salmo 139:14

Não gosto de manhãs como esta. Quando não saio pela porta em tempo e meu
cabelo está essa coisa oleosa, desajeitada e rebelde. Quando passo tempo demais
provando três calças jeans, uma após a outra. Quando o tempo que passo me
olhando no espelho provoca aquelas exclamações incômodas. Palavras como
“gorda”, “balofa”, “feia”, “desmotivada” e “patética” se esgueiram para o meu
vocabulário que em outros casos é mais bondoso, e fazem com que eu me sinta,
bem, isso aí tudo. Manhãs quando ainda é segunda-feira, e a guerra já começou.
Na verdade, a guerra nunca acaba. Ela simplesmente recua e avança,
dependendo de quem está no controle. Geralmente é Heather ou Helga,
dependendo do dia. Em geral, sou compreensiva ou ácida, boazinha ou crítica,
compassiva ou controladora.
Heather é a moça que nunca folheou uma revista de moda ou desejou ser
alguém a não ser ela mesma. Helga é a crítica insensível. Ela me leva para um
canto e me faz lembrar de tudo o que já fiz de errado. Sempre! Helga foi
eloquente por um tempo suficiente para me levar à anorexia e bulimia. Não
admitia falhas. Durona por fora, desabando por dentro. Ela estava convencida de
que organização, eficiência e produtividade eram suas virtudes importantes. Era
triste, mas se recusava a dizê-lo em voz alta. Aparentemente, era “perfeita”, mas
incapaz de ver qualquer valor em si mesma.
Heather está aprendendo que a perfeição é um mito, uma mentira, na qual
acreditei com demasiada facilidade, perseguindo minha cauda em círculos.
Agora estou aprendendo a relaxar e me aceitar. Quando pessoas tentam competir
comigo para provar que são mais bonitas, ou mais magras ou mais perfeitas, eu
me retiro discretamente. Está certo. Deixo que elas “vençam”, porque isso, de
qualquer maneira, não é vencer. A brincadeira é tola, e não estou brincando mais.
Retirar-se não quer dizer desistir. Significa que reconheci que o padrão moderno
de perfeição é completamente inatingível, e escolhi receber a graça que me é
oferecida, em vez de me matar só para dar a impressão de que estou por cima.
Posso me sentir satisfeita. Posso me sentir inteira. Posso aceitar a dádiva da
graça e acabar com o perpétuo nado contra a correnteza.
E se eu for tudo o que preciso ser? E se eu sempre fui tudo o que preciso ser?
Primeira Coríntios 1:3 diz: “Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo estejam com vocês!” (NTLH). Deus já nos concedeu graça e
paz. Para dizer a verdade, recebê-las é uma escolha. Cada dia.

HEATHER BOHLENDER
Porque pedi

E tudo o que pedirem em oração, se crerem,


vocês receberão. Mateus 21:22

Descobri casualmente que Christian Edition (CE), um consagrado coral


masculino do sul da Califórnia, estaria em minha cidade na sexta-feira, à noite.
Fui cedo para a igreja na qual eles cantariam. Esse é um dos meus conjuntos
vocais favoritos, e eu fazia questão de arranjar um bom assento, de onde pudesse
vê-los e ouvi-los. Escolhi um assento junto ao corredor, na segunda fila, e me
sentei para esperar o início do programa. Senti uma doce tranquilidade enquanto
eles cantavam. A música suave, relaxante, encheu-me de reverência, e me
regozijei enquanto eles entoavam louvores ao nosso Senhor no Céu. Depois, os
membros do coral se dirigiram a uma sala anexa, durante um breve intervalo,
enquanto se retirava uma oferta. O Sr. Calvin Knipschild, fundador e diretor do
conjunto, sentou-se no banco à minha frente.
Inclinei-me, dei um tapinha no ombro dele e perguntei, esperançosa: – Vocês
vão cantar “Estrela da Manhã” hoje à noite?
– Não estava no programa – foi sua rápida resposta.
– Alguma chance de vocês mudarem os planos? – Ele riu. O coral entrou
enfileirado de volta no auditório, cantando. O Sr. Knipschild se pôs em pé diante
deles, enquanto terminavam o cântico. Então foi mansamente ao piano, disse
algo ao acompanhante, e se virou para o grupo, dizendo algo em voz baixa.
Observei e ouvi enquanto o pianista começava a tocar e o solista se adiantava
para cantar: “Lírio do Vale. Quero Teu aroma em meu ser...” Estrela da Manhã!
O grupo havia cantado esse cântico por tantos anos que o abandonara em favor
de músicas mais novas. Mas era isso que eles cantavam agora! Para mim,
parecia algo semelhante àquilo que deve ser o som do coro angélico. Uma doce
paz me dominou, enquanto eu me deleitava com os sons melodiosos, e
mentalmente me reconsagrava ao Lírio do Vale, para continuar sendo
testemunha Sua, como sugeria a letra.
O coral havia acabado de cantar uma das minhas músicas favoritas, e a cantou
para mim – simplesmente porque pedi. Isso deu início a uma corrente de
pensamentos. Se aqui na Terra, sendo tão imperfeitos, estamos dispostos a dar
boas coisas uns aos outros, quanto mais ansioso está nosso Pai celeste em nos
dar boas dádivas? Mas precisamos pedir (ver Mateus 7:11).

BÁRBARA HORST REINHOLTZ


Prêmio pela fé

Peçam, e lhes será dado; busquem, e


encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca,
encontra; e àquele que bate, a porta será
aberta. Mateus 7:7, 8

Todos os anos na época do Natal, em meu local de trabalho, é oferecido um


banquete para homenagear aqueles que realizaram coisas significativas. Para
estimular a presença, são sorteados grandes prêmios durante o evento. Eu disse a
meu esposo: “Neste ano nós vamos participar, já que não tenho desculpa para
não comparecer.”
Combinamos ficar durante o jantar e o momento dos sorteios, e depois sair
antes que a banda começasse a tocar. Como no ano anterior, foram dados a cada
funcionário dez cupons para que fossem depositados nas caixas do sorteio.
Naquele ano, estavam dando um jogo de ferramentas, uma TV de tela plana,
cartões-presente para restaurantes e lojas de departamentos, um passeio de fim
de semana e um iPad. Quando vimos a relação dos prêmios, soubemos qual
deles queríamos. Justamente na semana anterior, meus cunhados haviam estado
na cidade e nos mostraram o iPad que tinham adquirido. Nós realmente
queríamos um. Assim, pusemos os dez cupons na caixa do sorteio do iPad e,
instantânea e mentalmente, reclamamos pela fé o nosso prêmio.
Durante o evento, conversamos com outros casais no salão e perguntamos em
quais caixas haviam depositado os cupons, e eles nos fizeram a mesma pergunta.
Naturalmente, minha resposta foi: “Nós vamos ganhar o iPad.” Eles devem ter
pensado: Ah, sim. Vejamos. Riram diante da nossa fé, mas nós conhecíamos o
poder de Deus. O que eu não sabia era que, durante o jantar, meu esposo dirigia
a Deus uma oração específica. Era que Deus me mostrasse que Ele estava
trabalhando em nossa vida, porque durante um ano inteiro havíamos recebido
algumas bênçãos enormes. Meu esposo orou: “Senhor, se por acaso Traci achar
que todas as bênçãos que recebemos foram por casualidade, mostra-lhe hoje à
noite, no meio de centenas de pessoas, que contamos com o Teu favor. Amém.”
Quando chegou a hora do sorteio, anunciaram todos os prêmios, deixando o
iPad por último – tentando protelar minha vitória. Por fim ouvi: “E a vencedora
premiada com o iPad é...” Eu me levantei, pronta para receber o prêmio antes
mesmo que anunciassem o nome, e todos riram. Então foi lido o nome no
envelope, e era o meu! Deus quer que se realizem os desejos do nosso coração, e
tudo o que precisamos fazer é pedir. “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os
desejos do teu coração” (Salmo 37:4, ARA).

TRACI S. ANDERSON
Deus é fiel

E uma criança os guiará. Isaías 11:6

Tenho tido a alegria e os desafios de cuidar de pais idosos. Meus queridos pais
cuidaram tão bem de mim que sempre senti que seria simplesmente natural fazer
o mesmo por eles em seus anos crepusculares. Os três últimos anos têm sido
mais desafiadores, pois minha mãe, em particular, sofre de insuficiência renal e
diarreia crônica.
No último Natal, após mais uma de muitas hospitalizações, o médico nos
informou que não havia nada mais que ele pudesse fazer contra a diarreia. Ela
veio para casa e, ao longo das festividades e alegrias natalinas, visitas de
familiares, ficou evidente para mim, como enfermeira, que, devido ao efeito de
sua enfermidade, minha mãe estava minguando. Senti-me completamente
impotente. Tudo o que ela comia simplesmente saía do corpo, e ela já estava
bastante debilitada. Nenhum medicamento ajudava.
Certa tarde, mais uma vez me coloquei de joelhos para orar. Dei graças a Deus
pelo privilégio e a alegria de ainda ter meus pais vivos. Meus filhos vinham vê-
los todos os dias. Eu os abraçava e lhes agradecia tudo o que faziam por nós.
Nem mesmo pedi que Deus lhe estendesse a vida, só que desse à minha mãe
alívio dos sintomas que a fragilizavam e me concedesse a sabedoria para ajudá-
la. Naquela tarde, minha filha de onze anos, Cynthia, veio a mim e disse:
“Mamãe, acho que eu sei o que está errado com a vovó.” Minha filha gosta
muito dos programas médicos da TV e muitas vezes vai à internet para pesquisar
sobre doenças, já que deseja ser médica um dia. Ela passou a me mostrar sua
pesquisa sobre uma doença chamada síndrome de Habba. Fiquei atônita ao ler e
ver todos os sintomas de minha mãe.
No dia seguinte, mandei a informação ao gastroenterologista de mamãe. Ele,
alegremente, receitou o tratamento para sua enfermidade, pois admitiu que não
sabia de nada que pudesse prescrever para ela. Para nosso espanto, com apenas
uma dose do medicamento, ela teve alívio imediato da diarreia que havia
perdurado incessantemente ao longo de três anos! Ela reconquistou as forças e
agora desfruta a vida outra vez. Louvamos a Deus por Sua intervenção por
intermédio de uma criança.
Sempre encontrei conforto na oração. Deus tem Seu jeito de responder, muitas
vezes por meios que não podemos sondar ou entender. Uma coisa é certa: Deus é
fiel. Ele nos ouve quando oramos, e, às vezes, nos responde por meio de uma
criança.

LISA LOTHIAN
Show de honestidade

Confie no Senhor de todo o seu coração e não


se apoie em seu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Depósito na conta é o método costumeiro de receber meu pagamento – na


verdade, faz sete anos que não vou ao banco para realizar uma transação. Agora
era sexta-feira, à tarde, no auge da agitada época natalina. Fui ao drive-through
do banco e descontei um cheque de 400 dólares da minha conta.
Enquanto aguardava o fim do procedimento, minha colega estacionou na faixa
ao lado da minha. Eu a vi, mas ela não me viu. Lidar com o sistema do banco se
mostrou um tanto desafiador para ela, e me ofereci para ajudar. Com ajuda das
minhas instruções, ela conseguiu apertar o botão “enviar” para a sua transação.
Enquanto esperávamos, conversamos um pouquinho.
Por fim, minha transação foi completada. Rapidamente peguei o recibo,
agradeci ao caixa e me despedi da colega.
Eu tinha dirigido uns 150 metros quando notei que o compartimento para
minha carteira de habilitação dentro da bolsa aberta estava vazio. O envelope do
dinheiro do banco tampouco estava comigo. Ai, não! O caixa não havia
executado minha transação corretamente.
Ziguezagueando pelo trânsito na hora do pique de sexta-feira, à tarde, fiz um
retorno e rapidamente estacionei ao lado das faixas do drive-through. Meu
coração disparava, mas me senti calma. Enquanto me dirigia à janelinha, todos
os caixas acenavam com a mão: “Venha, venha, venha”. O rosto deles mostrava
alívio, urgência, perplexidade – uma necessidade de me dizer algo.
Meu caixa exclamou: “Você deixou seu envelope com o dinheiro e a carteira de
habilitação no guichê. O cliente atrás de você os viu e os mandou de volta para
mim.” Fiquei atônita, perplexa e agradecida. Como podia ter acontecido isso?
Seria real, naquele dia e naquela época? Uma pessoa devolvendo 400 dólares em
dinheiro?
Na segunda-feira, quando vi minha colega, ia lhe contar o ocorrido, mas ela me
disse: “Presenciei tudo, e estava numa posição que me permitiu ajudar a
salvaguardar seus pertences.”
Do mesmo modo pelo qual o Deus onipotente protegeu meu dinheiro e a
carteira de habilitação mediante o Espírito colaborando com um ser humano, Ele
continuará a manifestar-Se. Tudo o que precisamos fazer é dar permissão a Deus.
Que show de honestidade!

PAULINE A. DWYER-KERR
Confie no Senhor

Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em


Deus; creiam também em Mim. Na casa de Meu
Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu
lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se Eu
for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei
para Mim, para que vocês estejam onde Eu
estiver. João 14:1-3

Quando eu estava na faculdade, meu namorado, em quem eu confiava


plenamente, me decepcionou. Foi o maior desencanto da minha vida. Naquele
ano, enquanto os outros festejavam o Natal, chorei como se alguém houvesse
morrido. Na verdade, senti aquilo como se fosse a morte. Senti como se minha
vida passasse a não ter sentido sem ele, e minha tristeza me levou a deixar a
igreja por algum tempo. Depois da formatura, fui morar com minha tia, no
centro da cidade. No primeiro sábado, fui com ela e seus familiares à igreja,
pretendendo ocultar o fato de que eu não frequentava a igreja fazia anos. Mas, no
sábado seguinte, voltei à rotina de não ir à igreja.
Eu tinha visto uma escolinha ali perto, e fui à secretaria perguntar se poderia
lecionar ali. A diretora aceitou minha solicitação e pediu que eu levasse meus
documentos no dia seguinte. Comecei a lecionar na outra semana. Os alunos me
respeitavam bastante, o que tornou confortável minha vida. Eu sabia que o
Senhor os estava usando para trazer nova vida ao meu coração, a fim de que eu
pudesse proclamar Seu amor uma vez mais. Eu me afastara dEle por longo
tempo.
Deus começou a operar alguns milagres em minha vida e, após alguns meses,
recebi uma ligação inesperada de um dos anciãos da igreja da vila em que eu
havia morado antes. Ele me contou sobre uma bolsa de estudos para moças. Eles
tinham decidido que eu devia solicitá-la, já que havia sido membro ativo na
igreja. Eu ainda precisaria de bastante dinheiro para continuar os estudos, mas
fiquei emocionada ao dizer “sim”! Eu vinha de uma família carente e precisava
mesmo de auxílio. Alguns parentes prometeram contribuições financeiras, mas,
quando chegou o momento, somente um cumpriu a promessa.
Meu irmão se esforçou muito para conseguir o dinheiro para minha passagem
de volta para casa, mas não arranjou o suficiente. Outro obstáculo na minha
vida, pensei. Quatro dias antes do dia da viagem, recebi um telefonema dizendo
que eu devia me preparar para a viagem, pois tudo fora arranjado por minha
igreja naquela região.
Confie no Senhor! Só Ele dá a paz, a alegria e a satisfação de que você
necessita. Podemos confiar também em Suas promessas relacionadas com o lar
que Ele está preparando para nós!

ATANGO MARGARET OMON


Cenários com arco-íris

Vou colocar o Meu arco nas nuvens. O arco-íris


será o sinal da aliança que estou fazendo com o
mundo (Gênesis 9:13, NTLH).

Qual seria meu próximo passo? Havia perguntas sem resposta, mesmo das
pessoas em posição de autoridade, de modo que precisei buscar por minha conta.
Era uma questão de autopreservação. Devia continuar com meus planos de ir
para casa durante as férias de quatro semanas? Eu achava que precisaria de um
descanso, um tempo para pensar e rejuvenescer, antes de retornar para lidar com
aquela situação desafiadora. Tínhamos pouco apoio das autoridades superiores, e
ainda devíamos apoiar nossos clientes e uns aos outros. Tomei a decisão. Iria
para casa e teria mais tempo para pensar em meu futuro.
A viagem aérea foi longa, mas consegui dormir durante o voo. Fui muito bem
recebida por minha irmã e uma amiga da família, que não tinha conhecimento de
que eu chegaria. Minha mãe tampouco sabia. Eles a distraíram na cozinha,
permitindo que eu entrasse furtivamente, e depois a chamaram para a sala.
Quando nossos olhos se encontraram, ela gritou! Foi a última vez que fiz algo
assim, pois mamãe não conseguiu comer e ficou falando o tempo todo, enquanto
balançava a cabeça.
Durante as férias, fui à nossa ilha gêmea, Tobago. A caminho de
Charlottesville, vi um belo arco-íris, e depois outro acima dele. Um duplo arco-
íris. Eu nunca tinha visto algo assim antes, e sorri. Aqui é Deus, informando-lhe
que tudo ficará bem quando voltar para a Inglaterra, Susan, conforme prometi.
As férias estavam chegando ao fim. Passaram rapidamente, mas foram cheias
de alegria e reflexão, uma das melhores que já tive em muito tempo. A caminho
do aeroporto, senti um pouco de ansiedade, mas ali estava ele de novo, aquele
arco-íris duplo. Quando olhei para o outro lado, ele se foi. Então ouvi mamãe
dizer: “Susan, olhe!” Ali havia outro arco-íris bem nítido, e nós duas sorrimos.
Mamãe me fez lembrar da promessa de Deus e de que Ele já havia traçado um
plano. “Só Eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não
desgraça” (Jeremias 29:11, NTLH). Deus foi muito criativo nas aparições do
arco-íris, para me assegurar de que nunca me deixará nem me desamparará.
Tenha certeza, hoje, de que Ele tem cenários e planos para você também.

SUSAN RILEY
“A alegria vem pela manhã”

Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria


vem pela manhã. Salmo 30:5, ARA

Passo por um período feliz em minha vida. Na verdade, nunca senti tanta
alegria. Há dias em que não consigo conter a alegria – mesmo em ocasiões
turbulentas, como a tentativa de suicídio do meu filho mais novo, o falecimento
de minha mãe ou o câncer de minha irmã mais nova. Deus me deu muita paz e
alegria durante esses momentos. Mas essa alegria nem sempre se fez presente,
nem a paz. Tive que aprender a confiar na Palavra de Deus. Por exemplo, o texto
bíblico de hoje nos diz que “ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem
pela manhã”.
No momento mais tenebroso de minha vida, descobri a verdade desse texto.
Vinte e dois anos atrás, meu primeiro esposo me abandonou, e aos nossos três
filhos. Eu não tinha lugar para onde ir, e meus filhos ficaram sem pai. Senti meu
mundo desmoronar. Como pôde ele fazer isso? Era o pai dos meus filhos! O
primeiro homem que conheci! Alguns dias, eu só chorava. Achei que nunca seria
feliz novamente, e não tinha vontade de viver. Além disso, não tinha nenhum
plano para minha vida.
Foi somente quando aprendi a confiar na Bíblia e em suas promessas que as
coisas começaram a mudar. Somente quando aprendi a depender sinceramente
de Deus que as coisas funcionaram. Houve dias em que não tive comida para
meus filhos, e à noite não tínhamos aquecimento. As crianças precisavam dormir
com a roupa e os casacos para se manterem aquecidas. Mas quando aprendi a ir a
Deus em oração, Ele providenciou essas coisas das quais necessitávamos.
Observei enquanto Deus operava milagre após milagre. Isso trazia regozijo – o
regozijo que era esmagador.
Deus, por fim, abençoou-me com um novo esposo e mais dois filhos, um novo
lar e todo alimento que me era possível comer. E eu tinha o carinho de um
homem bom. Assim, quando estou triste, ou quando chegam tempos sombrios,
simplesmente penso na bondade de Deus.
Muitos textos falam sobre essa alegria. Um deles é o Salmo 16:11 (ARA): “Tu
me farás ver os caminhos da vida; na Tua presença há plenitude de alegria, na
Tua destra, delícias perpetuamente.” Também penso num hino que cantamos na
igreja, o qual diz: “A alegria do Senhor é minha força.” É essa alegria que me faz
superar tudo. Saber que Deus leva a sério meus melhores interesses, e que deseja
o que é melhor para mim – mais do que eu mesma desejo – me traz paz e alegria
pela manhã, ao meio-dia e à noite. “Porque a alegria do Senhor é
[verdadeiramente] a vossa força” (ver Neemias 8:10, ARA).

AVIS FLOYD JACKSON


Cadarços verdes

Então o Senhor lhe perguntou: “Que é isso em


sua mão?” Êxodo 4:2

O par de botinhas verde-oliva me abraçava os pés como uma segunda pele. Eu


suspirava por ele fazia algum tempo, à espera da liquidação. Agora ele estava
remarcado pela metade do preço, e finalmente eu podia comprá-lo. Congratulei a
mim mesma por aquela pechincha, enquanto me descalçava e observava a
vendedora acomodando-o num envoltório de papel de seda e pondo a tampa na
caixa.
Toda vez que calçava as botinhas, tomava o cuidado de não pisar sobre os
cadarços de cetim da mesma cor. Eu tinha consciência de quão facilmente o
delicado material podia danificar-se, pois, a despeito de procurar em várias lojas,
não conseguira localizar outro par de cadarços verdes.
Os anos passaram e, como previ, os cadarços começaram a se fragilizar.
Então, numa semana, na igreja, fomos solicitados a encher uma caixa de
sapatos com presentes para um menino ou menina desconhecidos, cujas
circunstâncias eram menos confortáveis que as nossas. Sabonete, lápis de cor,
escova de cabelo, pente, escova de dentes, cadernos, brinquedos resistentes, uma
bola, coisas que não exigissem baterias ou eletricidade, deviam ser colocadas na
caixa. Foi fixada uma data para que as caixas fossem recolhidas e despachadas.
De imediato, comecei a pensar no que incluiria em minha caixa de sapatos.
No dia seguinte, fui ao armário onde guardava meus sapatos para procurar uma
caixa apropriada. Recentemente, eu havia transferido a maioria dos calçados
para suportes plásticos transparentes, conservando apenas uma ou duas caixas de
papelão. Uma delas continha meu par favorito de botinhas verdes. Eu
conservava aquela caixa por causa do seu desenho incomum, mas agora era
tempo de lhe dar uma utilidade melhor. Ao começar a esvaziar a caixa, e erguer
o papel de seda, vi um envelope marrom, pequeno, enfiado num canto. Abri o
envelope e sacudi o conteúdo na palma da mão. Você adivinhou: era um par
extra de cadarços verde-oliva. Durante esse tempo todo eles haviam estado ali,
embaixo do meu nariz!
Essa experiência me ensinou duas coisas. Frequentemente pedimos que Deus
nos supra as necessidades, enquanto deixamos de reconhecer que nos desprender
de algo acariciado é a chave para receber Suas bênçãos. Segunda,
equivocadamente atribuímos valor às Suas dádivas com base na opulência da
embalagem. Muitas vezes, Deus envolve Suas mais preciosas dádivas com um
simples papel pardo e corriqueiro.
“Então o Senhor lhe perguntou: ‘Que é isso em sua mão?’ ‘Uma vara’,
respondeu ele. Disse o Senhor: ‘Jogue-a no chão’” (Êxodo 4:2, 3).

AVERY DAVIS
Encontro na fila do caixa

Eu a amei com amor eterno. Jeremias 31:3

À minha frente, no último 23 de dezembro, numa longa fila do caixa da loja,


estava um pai empurrando sua garotinha no carro de compras, enquanto
segurava um produto na mão. De repente, com um largo sorriso, a menina
estendeu a mão para mim e disse, com uma risadinha: – Oi, você sabe que o
Papai Noel vem amanhã à noite?
Apertei a mãozinha e disse: – Ouvi dizer isso! Você foi uma boa menina o ano
todo? –Imediatamente, o sorriso sumiu, ela baixou os olhos, soltou minha mão e
franziu a testa.
Balançando a cabeça, ela disse bem devagar: – De verdade, mesmo, eu não fui
tão boa assim.
Esforçando-me para não rir, eu disse: – Bom, esperemos que Papai Noel
recompense a sua honestidade.
Diante disso, o pai dela sorriu e comentou: – Sim, ela tem muita, muita sorte
porque Papai Noel também gosta de menininhas más. – Não sei o que a criança
teria feito para que seu pai a descrevesse como “má”, porém fiquei contente
porque ele deixou claro que havia amor disponível, a despeito do
comportamento dela.
Quanto a mim, fiquei fascinada pela menina. Aquela preciosa criança estava
tão eufórica com a chegada do Papai Noel que não pôde deixar de falar sobre
isso comigo, uma completa estranha. Obviamente, aquele era o pensamento
predominante em sua cabecinha, e por isso a informação transbordou
incontrolavelmente da boca. A avaliação transparente, honesta, de seu
comportamento passado foi tão animadora que tive vontade de abraçá-la!
Também admirei o pai, por dizer que ela era amada mesmo quando se
comportava mal.
Durante todo o período natalino, eu me vi pensando naquele encontro na fila do
caixa. Não seria maravilhoso se neste Natal todas nós fôssemos como aquela
garotinha? E se ficássemos tão emocionadas quanto à breve volta de Jesus que
não pudéssemos deixar de estender a mão a completos estranhos e contar-lhes as
boas-novas? Como seria se a expectativa de ver nosso Senhor e Salvador fosse o
pensamento predominante, fazendo com que o regozijo transbordasse
incontrolavelmente da boca? E, mesmo não tendo sido tão boas assim neste ano
que finda, a transparência e honestidade demonstrariam o poder de Deus em
nossa vida?
Então, ah, sim, então... todos veriam como temos sorte, muita sorte, por servir a
um Deus tão maravilhosamente cheio de graça insondável, a ponto de amar até
garotinhas más como nós!

ELLIE POSTLEWAIT GREEN


Melodia na floresta de inverno

Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi


dado, [...] e Ele será chamado Maravilhoso
Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno,
Príncipe da Paz. Ele estenderá o Seu domínio, e
haverá paz sem fim. Isaías 9:6, 7

É véspera de Natal, e eu gostaria de estar em algum lugar distante, no bosque,


onde pudesse haver paz. Talvez ali eu escapasse de toda a correria natalina, que
muitas vezes se concentra em comprar presentes caros. Se o Natal significa paz,
não posso senti-la nesta noite chuvosa e fria. O culto na igreja terminou, mas
onde está a paz? Enquanto volto a pé para casa, eu me pergunto: Pai, por que
não fazê-lo? Por que não posso ir contigo para uma caminhada noturna no
bosque?
Nos últimos dias, a chuva derreteu quase toda a neve, e a temperatura é a de um
dia normal de inverno. Provavelmente não cairá neve. Em casa, visto
rapidamente roupas mais quentes e, alguns minutos depois, deixo para trás de
mim as luzes da rua da vila; a noite me envolve com seu mundo azul-escuro. Por
campos e pradarias caminho em direção ao silêncio. As árvores margeiam os
dois lados da minha vereda; os ramos sem folhas traçam um delicado desenho
contra o céu. A distância, a floresta parece um muro preto, mas quando a
alcanço, posso distinguir a silhueta de cada árvore, como recortes escuros.
Quando entro nela, a floresta parece me abraçar com um casaco protetor, e a paz
me enche o coração, tão suavemente quanto a brisa que sussurra entre os galhos.
Pai, esta é uma noite de lembranças especiais – uma noite que me lembra
novamente Teu maior milagre. Com humildade, o Criador do Universo abraçou a
humanidade e Se tornou visível, deitado na manjedoura. Nasceu um Bebê, não
reconhecido pelo mundo, mas que era Deus deixando a eternidade para vir até
nós. Muito possivelmente, jamais entenderemos tal coisa por completo. Seu
amor abundante deu tudo, deu a Si mesmo, a fim de unir o Céu com a Terra, e
Ele mesmo conosco.
Dou um profundo suspiro, porquanto a paz habita novamente em meu coração.
E já é meia-noite, hora de ir para casa. Penso no calorzinho que me receberá ali e
no aroma da vela perfumada que enche a sala com a fragrância de rosas. “Soou
em meio à noite azul, um hino divinal; jamais com tal beleza assim, ouviu algum
mortal. Do Céu ao mundo, graça e paz! Excelso dom gentil! Dos anjos essa doce
voz encheu o céu anil.”

JAIMÉE SEIS
Cliente valorizada

Bendiga o Senhor a minha alma! [...] É Ele [...]


que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de
bondade e compaixão. Salmo 103:2-4

Acordei nesta manhã de Natal me perguntando que presentes daria a meus


filhos. Eles têm 27 e 22 anos de idade, ambos solteiros, e moram conosco. Os
dois passam por uma fase de transição. O mais velho, saindo de um emprego e
indo para o outro, e pensando em retomar os estudos. O mais novo acaba de se
formar na faculdade e se prepara para o exame com vistas à obtenção da licença
para a prática da profissão. No momento, não há nada que possam fazer, e vê-los
com mais tempo de lazer do que de trabalho incomoda muito a meu esposo e a
mim.
Então aqui estou eu, pensando no que devo dar a eles. É tarde demais para
fazer compras de Natal, e não quero lhes dar coisas das quais não necessitem e
coisas que nem mesmo queiram. Devo lhes dar algumas notas de dólar, como me
prometi várias vezes no passado? Ou apenas uma carta ou cartão natalino?
Afinal, é a intenção que vale, não é mesmo? Porém, quanto mais penso e oro,
mais percebo que não posso fazer isso. O Natal diz respeito a dar e amar, não a
castigar. E certamente isso não me fará mais feliz.
O pensamento de que Deus me ama e amontoa sobre mim favor sobre favor,
enchendo continuamente minha vida com tantas bênçãos, confirma essa ideia.
Não tenho dúvida de que O desapontei vezes incontáveis, porém Ele não hesita
em derramar sobre mim bênçãos extravagantes. Ele permitiu que Seu único
Filho sofresse dor e agruras para que eu tivesse a oportunidade de estar com Ele
pela eternidade. Mesmo quando não penso nEle, e gasto tempo com atividades
tolas, Deus está sempre acessível, pronto e disposto a me conceder aquilo de que
mais preciso: conforto, orientação, sabedoria, um coração sensível, esperança,
seja qual for a minha necessidade no momento.
Ser mãe me ajudou a entender um pouquinho o coração de Deus. Várias vezes,
Ele Se irou por causa da rebelião, atitude desafiadora e insensatez do Seu povo
escolhido, os israelitas, mas, no momento seguinte, prometia cuidar deles e
recuperar o que haviam perdido. Apelava para que voltassem a Ele, porque sabia
que essa era a melhor oportunidade de vencer o inimigo. Ah, que amor!
Então aqui estou eu, preparando meu singelo presente para meus filhos adultos,
aqueles que o Senhor me deu para amar. A quantia é várias vezes maior do que
aquela que eu havia planejado originalmente, mas sei que isso me deixará feliz.
Afinal, sou beneficiária de muito mais graça e amor.

ANA TEORIMA FAIGAO


Antes mesmo de orar

Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não


estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Minha família e eu viajamos para a Flórida no Natal. A ideia era passar seis
meses estudando inglês. Minhas filhas e eu ficaríamos lá, e meu esposo voltaria
para o Brasil a fim de trabalhar e nos ajudar a distância.
Na época, a diferença entre o dólar americano e a moeda brasileira era muito
grande. Decidimos que não mobilaríamos o apartamento, mas viveríamos de
modo muito econômico durante os seis meses, para realizarmos o sonho de
aprender inglês. Logo que chegamos à Flórida, recebemos de membros da igreja
um sofá, uma mesa e um colchão. Mas ainda não tínhamos cadeiras. Sem
cadeiras, não poderíamos nos sentar ao redor da mesa para tomar as refeições.
Parece algo tolo, mas eu detestava não poder comer à mesa e não ter cadeiras.
Sentar à mesa e ali permanecer após a refeição para conversar com a família é
muito precioso para mim. Por essa razão, depois de algum tempo sem cadeiras,
comecei a me sentir deprimida. Então, certa noite, falei com Deus. E disse:
“Senhor, Tu conheces meu coração. Sabes o que estou sentindo, longe da minha
casa toda mobilada no Brasil, e como tenho saudade do meu esposo. Gostaria de
pedir que me ajudes a encontrar quatro cadeiras. Sei que este é um país rico.
Deve haver muitas cadeiras abandonadas em algum lugar. Por favor, Senhor, este
é um pedido simples, mas Tu sabes que essas cadeiras farão a diferença em
minha vida. Eu Te peço e agradeço em nome de Jesus. Amém.”
Parecia uma coisa tão pequena com a qual incomodar a Deus, que decidi abrir o
coração a Ele. Logo depois de orar, fui para a cama. Na manhã seguinte, quando
eu levava minha filha mais nova à escola, minha vizinha me chamou, dizendo:
“Não sei se você vai querer isto, mas ontem meu esposo encontrou quatro
cadeiras em boas condições.” Meus olhos se encheram de lágrimas, e lhe contei
sobre minha oração.
Mais tarde, o esposo dela me disse que, enquanto eu orava pelas cadeiras, elas
já estavam na casa dele. Não nos incomodaram na ocasião porque já era noite.
Queridas amigas, não temam pedir hoje ao nosso maravilhoso Deus aquilo de
que necessitam. Ele Se importa com coisas pequenas e cuida delas. Peçam de
todo o coração, e Ele responderá. Assim, vocês podem testemunhar acerca do
amor de Deus a outras pessoas.

IVANI VIANA SAMPAIO MAXIMINO


Recordações da cadeira de balanço

Quando me deito lembro-me de Ti; penso em Ti


durante as vigílias da noite. Porque és a minha
ajuda, canto de alegria à sombra das Tuas asas.
Salmo 63:6, 7

O calor das brasas que se apagavam atingia cada canto da sala. Luzinhas
antiquadas brilhavam na árvore de Natal. Com os pés confortavelmente
acomodados sobre o escabelo, meu esposo me puxou para um aconchego
apertado. Tigelas que antes fumegavam com creme de milho estavam vazias na
mesinha ao lado do sofá. O fim de semana de Natal em nosso chalé favorito na
montanha acabaria no dia seguinte, ao voltarmos para a cidade.
– Conte para mim a história do seu Natal favorito – pediu meu esposo.
– Bem, a tradição familiar incluía minha irmã casada e sua família, ao
comemorarmos cada Natal na velha Hospedaria da Missão, em Riverside,
Califórnia. Lembro-me dos lustrosos pisos de madeira de lei e da decoração
inglesa antiga, e especialmente do creme de cebola e dos docinhos de batata-
doce.
– E o seu, como foi? – perguntei.
– Bem, como tínhamos uma casa com o teto alto, a cada Natal papai trazia uma
árvore que alcançava o teto. Eu gostava muito daquelas árvores – a não ser a de
um determinado ano. Naquele ano, papai trouxe para casa uma árvore com a
metade do tamanho das outras. Enquanto os olhos de oito anos inspecionavam
aquela árvore, o Natal ficou arruinado! Corri para o quarto e inundei os olhos
com lágrimas. Por fim, mamãe persuadiu papai a levar a árvore de volta e trazer
a tradicional árvore gigantesca. Para mim, o Natal virou Natal de novo.
– Você se lembra de outro Natal? – perguntou ele.
– Sim, quando mamãe abriu um saco de farinha e encontrou um livreto com
receitas de biscoitos natalinos. Ela e eu passamos uma tarde inteira assando os
biscoitos de todas as receitas. Minha receita preferida foi a de estrelas feitas com
crosta de torta, polvilhadas com açúcar. Ainda conservo esse livreto em algum
lugar.
Recordações. Andamos em carreira desabalada pela vida, esquecendo-nos das
lembranças que já nos encheram de alegria o coração. Recordações da cadeira de
balanço, como as chamo.
Uma amiga de muitos anos me disse: “Faça questão de encher a mente com
belas lembranças. Você nunca sabe quando a aflição ou a enfermidade vão
roubar a alegria atual.” Essas palavras se mostraram verdadeiras para ela nos
últimos meses de sua doença, quando eu colocava uma rosa perfumada sobre seu
travesseiro cada dia.
Que tal encher a mente com belos pensamentos e belas recordações? Saboreie
essas experiências.

EDNA MAYE GALLINGTON


Canecas

O generoso prosperará; quem dá alívio aos


outros, alívio receberá. Provérbios 11:25

Sou exigente quanto às minhas canecas. Elas têm que ter o formato certo, o
peso certo, o modelo tem que ser atraente e o interior precisa ter uma cor clara.
Eu tinha uma gaveta cheia de canecas no trabalho – de algumas eu gostava, de
outras, não, além de uma para cada estado de espírito e estação do ano!
Foi logo depois do Natal, e eu estava sentada na sala dos funcionários certa
tarde, tomando chá numa canequinha relativamente nova, que rapidamente se
transformara na minha favorita. Uma das minhas colegas admirou a xícara e
perguntou onde eu a havia comprado. Ela disse que havia recebido como
presente de Natal um jogo de pijama e penhoar, com a cor e o desenho idênticos
aos da caneca. Nós rimos e lhe garanti que a caneca não fora comprada como
parte de um jogo de pijama.
Quando voltei ao escritório, um pensamento começou a se repetir em minha
cabeça: Jill, dê sua caneca a Esther.
O quê? Dar minha linda caneca? Sim, Jill, dê sua caneca à Esther. Mas, mas,
mas... E eu arranjava toda sorte de desculpas para conservar minha querida
caneca.
Logo percebi quão egoísta eu estava sendo por causa de uma simples caneca.
Sem pensar mais, marchei para o escritório de Esther e lhe dei a caneca.
Comentei como seria divertido que ela tomasse chá numa caneca que combinava
com seu conjunto de pijama e penhoar. Ela não queria recebê-la, mas insisti.
Na manhã seguinte, Esther apareceu em meu escritório com um cartãozinho e
um livro de poesias, como forma de agradecimento.
Depois de dizer: “Tenha um ótimo dia!”, Esther saiu do escritório, mas
imediatamente deu a volta e retornou. Em pé, junto à porta, ela disse: – Não
contei isto a ninguém a não ser ao meu esposo, mas dentro de duas semanas
devo fazer uma biópsia do pulmão. O presente da sua caneca ontem significou
muito para mim. Representou mais do que uma caneca. Isso me disse que há
pessoas que se importam comigo. Isso significa muito para mim, e não sei como
lhe agradecer.
Enquanto nos abraçávamos e conversávamos por alguns minutos mais, fiquei
muito feliz por ter ouvido a sugestão de Deus no sentido de dar minha caneca.
Não sei quem recebeu a bênção maior!

JILL RHYNARD
Um centavo por meus pensamentos

Bem-aventurados os que choram, pois serão


consolados. Mateus 5:4

Depois de uma visita natalina, meu pai continuou a viagem para passar algum
tempo com outros familiares, antes de voltar para sua casa, em Michigan. Uma
pista escorregadia, bem depois da meia-noite, apenas quatro dias após o Natal,
acabou sendo o último trecho de estrada que aquele homem maravilhoso
percorreria na Terra. Vinte anos depois, a lembrança ainda é difícil. Mas Deus
veio em meu resgate rapidamente, e de um modo tão personalizado com relação
às minhas necessidades particulares, que sinto alguma alegria ao recordar essa
porção daqueles dias cheios de pesar.
Todos os dias, caminho um quilômetro e meio até o local de trabalho, e de volta
para casa. Enquanto caminhava, eu procurava pensar em qualquer coisa para
evitar pensar em meu pai, mas ele aparecia em minha mente, causando profunda
tristeza. Eu me vi questionando Deus acerca da condição de meu pai por ocasião
de sua morte – estariam as coisas acertadas entre ele e Deus? Então meu querido
Pai celeste começou a falar comigo usando a linguagem das moedas. A princípio
não fazia sentido, mas, centavo por centavo, comecei a reconhecer a amorosa
presença de Deus. Toda vez que me surgiam perguntas sobre o preparo de meu
pai para morrer, eu via uma moedinha no chão. Cada uma era, para mim, a
confirmação imediata de Deus de que eu não precisava me preocupar.
Nunca me esquecerei de uma ocasião mais recente, quando Deus me mostrou
uma moeda diante de meus pensamentos, algo que me levou a ficar, literalmente,
de queixo caído. Ajoelhada junto à cama no escuro, eu pensava num rapaz que
eu conhecera e que havia sido vítima de homicídio. Eu me vi questionando a sua
condição diante de Deus no momento da morte, e fiquei extremamente aflita.
Lembrando-me do meu pai, comecei a orar para que o rapaz, que estava
voltando para Deus, estivesse repousando seguro em Jesus, e anelava uma
moeda de Deus para confirmar isso. Mas não podia haver moedas no chão onde
eu estava ajoelhada – podia? Enquanto procurava sobre o carpete, fui rudemente
interrompida por um pensamento totalmente desconectado de minha
preocupação imediata. Minha vizinha surgiu em minha mente. Por que estou
pensando nela? Tentei voltar aos tristes pensamentos, mas Eliane estava de novo
em minha cabeça, desta vez com seu cachorrinho gordo. Suspirei, incomodada,
mas então, de imediato, louvei ao Senhor por Seu milagre. Ele havia realmente
arranjado uma moeda para mim. O cachorrinho gordo? Seu nome era Penny
[centavo]!

CHRISTINE B. NELSON
Meu caderno especial

Deem graças ao Senhor, porque Ele é bom. O


Seu amor dura para sempre! Salmo 136:1

Quando passamos por momentos tristes na vida, é confortador nos lembrar de


como lidamos com eles no passado. Essa é a razão pela qual tenho um caderno
especial, no qual anoto todo pedido que faço a Deus. Se Ele me responde, eu o
escrevo no mesmo dia em que isso acontece. Também escrevo palavras de
gratidão e louvor ao meu Senhor quando Ele me dá coisas que não pedi, mas que
em Sua misericórdia Ele providenciou. Muitas vezes, releio isso em silêncio e
instantaneamente me sinto confortada. É meu tesouro especial.
Um episódio especial que registrei foi quando eu queria lecionar na faculdade
de odontologia em minha cidade. Enviei meu currículo à pessoa encarregada do
departamento. Depois de lê-lo, ele disse que me chamaria, porque o considerou
excelente. Três vezes, em ocasiões diferentes, fui chamada para entrevistas.
Sempre recebia a mesma resposta: “Entraremos em contato.”
Depois da última reunião que tivemos, fiquei muito desapontada. Sabendo que
esse sentimento não era saudável, decidi esvaziar o coração com meu melhor
amigo, meu Senhor, pedindo que se fizesse a Sua vontade. Escrevi isso em forma
de carta, explicando o que sentia e o que esperava. Especificamente escrevi que
aquela havia sido minha última vez lá para uma entrevista. Se eles me
chamassem para trabalhar, eu iria. Caso contrário, não iria mais.
De modo surpreendente, aconteceu. Saí do país para os feriados do Natal e, ao
retornar, depois que o avião pousou, liguei o telefone celular. Tinha três
mensagens da universidade, dizendo que precisavam de mim com urgência.
Estupefata, eu disse: Ah, Senhor, quão surpreendente és! E minha alma o sabe
muito bem!
Naturalmente, naquele dia, escrevi de imediato em meu caderno o testemunho
de uma resposta do meu Deus, o mesmo Deus que ouviu Seu povo no deserto.
Senhor, louvado seja o Teu nome, sempre!
Muitas vezes, ouço minhas amigas dizerem que, após orar, elas acham que
Deus não as ouve. Eu as incentivo a providenciar um caderno e a anotar todas as
necessidades que elas têm, apresentando-as ao Senhor. À semelhança do povo de
Israel, nós nos esquecemos de quão tremendo é o Deus a quem servimos! Essa é
uma forma especial de conservar na mente todas as dádivas recebidas.

MARÍA GABRIELA ACOSTA DE CAMARGO


Sem aterro sanitário

A resposta calma desvia a fúria. Provérbios


15:1

Uma de minhas amigas do Facebook havia postado uma atualização de status


inconveniente, e uma de suas amigas respondeu com uma história intitulada “A
Lei do Caminhão de Lixo”, que foi particularmente interessante. Como todas nós
já tivemos algum contato com esses caminhões de lixo, lembrei-me de uma
experiência muito marcante.
Meu esposo e eu estávamos de férias com a mãe dele na cidade de Nova York.
Como sempre, havia muita coisa para fazer. Num país estrangeiro, meu esposo
desafia continuamente a si mesmo (e a mim, claro) ao usar o sistema local de
ônibus urbano, para se familiarizar com o ambiente. Na véspera do Ano-Novo,
nossos passeios não seriam diferentes: usaríamos o ônibus. Contudo, voltando
tarde para casa, meu esposo viu outro ônibus que ele havia observado passando
pelo bairro e decidiu que deveríamos tomá-lo. Fizemos isso. Ao nos
aproximarmos do nosso ponto, usamos o sinal da campainha para parar, mas o
motorista continuou dirigindo. Tentamos na parada seguinte, mas outra vez o
motorista não parou. Alguém que era obviamente estrangeiro quis parar no ponto
seguinte, e usou o sinal. Você adivinhou: o ônibus não parou. Então o motorista,
visivelmente agitado, ficou agressivo. Sem intenção, aparentemente estávamos
querendo perturbar, e isso causou a ira do motorista. Ele achava que sabíamos
que o ônibus não fazia paradas naquele bairro. Depois de percorrer certa
distância, o motorista precisou parar para o embarque de passageiros, e nesse
momento saímos, sob o aplauso de outros usuários. Ao desembarcarmos, o
motorista continuou agressivo.
A essa altura, senti que devia fazer algumas observações condizentes. Contudo,
meu esposo impediu isso, desejando a ele um feliz Ano-Novo. Isso foi tão
inesperado que o motorista, boquiaberto, deixou sua frase pela metade. Ao nos
afastarmos, meu esposo explicou que o motorista devia ter tido um dia ruim, e
não devíamos responder aos seus cruéis comentários com a mesma moeda.
Hoje, e cada dia do ano que vai começar, você encontrará pessoas prontas a
despejar seu lixo sobre você. Não faça o mesmo. Deus quer que você as ajude a
limpar a bagunça que elas carregam na vida. Seu dever cristão é falar
bondosamente com alguém hoje. Pergunte a si mesma: “O que Jesus deseja que
eu faça?” A resposta: crie para essa pessoa uma zona sem aterro sanitário.
Feliz Ano-Novo!

BRENDA D. HARDY OTTLEY


Resumo Biográfico das Autoras

Adair Ottoni Raymundo mora no Brasil, onde é fisiologista, professora e orientadora educacional. Foi
professora universitária e esposa de pastor missionário no Brasil, Portugal e Canadá. Agora viúva, ela tem
duas filhas, quatro netos e dois bisnetos. Gosta de ler, fazer crochê e cultivar flores. (6 de dezembro)

Addison Hudgins, de Maryland, gosta de escrever, cantar, correr, assar biscoitos e passar tempo com seus
queridos. Estudava inglês, jornalismo e música no Colégio União quando escreveu este devocional. Ela
sonha em tornar-se uma dona de casa e mãe, escrevendo profissionalmente. (12 de outubro)

Agnes Vaughan é professora num colégio de Charlotte, Carolina do Norte. Gosta de trabalhar em vários
projetos de arte e artesanato. Tem duas filhas e é a vovó coruja de uma neta. (21 de janeiro)

Alice Mafanuke é gerente de auditoria no Zimbábue. Tem quatro filhos. Gosta de pregar, lecionar, ler e
partilhar a Palavra de Deus. Na igreja, é diretora do Ministério da Mulher, do Ministério Pessoal e
professora da Escola Sabatina. Atualmente, é diretora da Voz da Profecia na capital, Harare. (15 de maio)

Althea Y. Boxx, jamaicana, é enfermeira. Ela crê que nada é tão contagiante quanto o entusiasmo. Seus
passatempos incluem ler, escrever, viajar e fotografar. (5 de fevereiro)

Amanda Amy Isles é uma jovem adventista de Dominica, uma ilha do Caribe. Atualmente mora em
Santa Lucia, onde frequenta o Colégio Monroe. (3 de março)

Ana Teorima Faigao nasceu e cresceu nas Filipinas, mas agora reside em Maryland com a família. É
casada com Howard Faigao, diretor de publicações para a igreja mundial. Tem lutado contra o câncer da
medula óssea desde 2006. Gosta de escrever e mantém um blog. (25 de dezembro)

Andrea Thompson atua no Ministério da Mulher da Igreja Adventista de Takoma Park, Maryland.
Natural das Filipinas, ela e o esposo dirigem o trabalho de evangelização numa penitenciária. Eles vão para
as Filipinas todos os anos, no mês de dezembro, e retornam para os Estados Unidos em maio. Esta história é
sobre um dos membros, Glenda H. Sobremisana. (4 de junho)

Angèle Peterson mora em Ohio e gosta de relatar as ocorrências do dia a dia em sua vida espiritual.
Disseram que seus e-mails animadores sempre aparecem na caixa de entrada de amigos e familiares na hora
certa – a Deus seja a glória. (22 de outubro)

Ani Köhler Bravo é secretária aposentada e trabalhou na Casa Publicadora Brasileira. Escreveu o
devocional diário de 2007 para os juvenis. Com o esposo e o filho, Ani mora em Engenheiro Coelho, SP,
Brasil, e serve sua igreja liderando o Ministério da Mulher. (25 de janeiro)
Anna May Radke Waters aposentou-se como secretária de uma instituição de ensino. Gosta de jogos de
mesa e de fazer amizades. (28 de julho, 19 de novembro)

Anne Elaine Nelson é professora aposentada. Escreveu um livro para os pais. Seus quatro filhos a
abençoaram com 13 netos e três bisnetos. Anne mora em Michigan, onde continua ativa na igreja. Suas
atividades favoritas são costurar, ouvir música, fotografar e criar lembranças para os netos. (31 de maio)

Annette Walwyn Michael mora nas Ilhas Virgens. É professora de inglês aposentada, que substituiu a
sala de aula por muitas atividades em família, na igreja e comunidade. Seu esposo, Reginald, filhas e netos
continuam a enriquecer sua vida. (2 de julho)

Annie B. Best, professora aposentada em Washington, é viúva, tem dois filhos e três netos. Gosta de ler e
ouvir música. É líder nos departamentos infantis da sua igreja. (1º de março)

Antonia Castellino é casada e mora na Inglaterra. Tem dois filhos e dois netos – seu orgulho e alegria. É
professora aposentada e, com o esposo, fundou uma escola da igreja. Gosta de caminhadas, natureza,
música, artes visuais e estudo da Bíblia. É ativa na igreja local. (13 de fevereiro)

Ardis Dick Stenbakken edita esta série de livros devocionais como seu principal trabalho desde que se
aposentou do Ministério da Mulher na Associação Geral. Ela e o esposo, Richard, moram no Colorado. Ela
tem orgulho dos dois filhos e seus cônjuges. (31 de março, 4 de novembro)

Ardis Sichangwa trabalha como professora numa escola pública em Walsall, Inglaterra. É casada e tem
dois filhos adolescentes. Gosta de viajar, ler, cantar e escrever cânticos e histórias. (13 de julho)

Arlene Taylor é gerente de seguros e diretora do controle de infecções em três hospitais adventistas no
norte da Califórnia. Especialista em funções cerebrais, faz pesquisas através de sua instituição e apresenta
uma variedade de seminários em âmbito internacional. (1º de janeiro, 26 de outubro)

Atango Margaret Omon nasceu no Sudão. Tem dois irmãos e uma irmã. Durante a guerra civil no
Sudão, sua família mudou-se para Uganda. Depois que o pai morreu, ela cresceu num campo de refugiados,
onde passou por muitas dificuldades. Atualmente, sua igreja está financiando seus estudos na Universidade
do Oriente Médio, no Líbano. Gosta de ouvir música e cantar. (19 de dezembro)

Aucely Corrêa Fernandes Chagas mora em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Leciona
enfermagem e gosta de leitura, plantas e trabalhos manuais. (15 de junho)

Avery Davis, natural da Jamaica, mora na Inglaterra. Envolve-se ativamente nos Ministérios da Mulher e
da Criança na sua igreja. (22 de dezembro)

Avia Rochester-Solomon mora na Jamaica, onde é professora na Universidade do Norte do Caribe. Seu
esposo, Darren, é quem a inspira e motiva para escrever. Suas alegrias são a culinária, obras literárias e a
vida ao ar livre. Ama o Senhor e gosta de contar aos outros sobre Sua bondade. (17 de março)

Avis Floyd Jackson mora em Nova Jersey e tem cinco filhos. Administra uma loja de organização de
festas. Na igreja, Avis é diretora do Ministério da Mulher há sete anos. (21 de dezembro)

Avis Mae Rodney é juíza na província de Ontário, Canadá, onde mora com o esposo, Leon. Avis tem dois
filhos e sente-se agradecida pela bênção de seus lindos netos. Aprecia fazer caminhadas de manhã, cultivar
o jardim, ler e passar tempo com familiares e amigos. (27 de janeiro)

Bárbara Ann Kay, do nordeste do Alabama, tem filhos adultos e preciosos netinhos. Seu ministério
combina fotos da natureza com textos. (25 de fevereiro)

Bárbara Horst Reinholtz é uma cidadã da terceira idade, alegremente aposentada em Michigan,
desfrutando o luxo de passar tempo nobre com o esposo. Eles têm três filhos, dois netos, sete cães e dois
cavalos. (15 de dezembro)

Bárbara Huff foi assistente administrativa na Divisão Euro-Asiática da Igreja Adventista, trabalhando
basicamente com relações públicas, antes de aposentar-se em 2000. Ela gosta de planejar programas para a
igreja de Port Charlotte, Flórida, da qual ela e o esposo são membros. (8 de novembro)

Bernadine Delafield reside em Maryland e coordena o evangelismo via satélite para a Divisão Norte-
Americana da Igreja Adventista. Bernadine é mãe e avó. As flores, a jardinagem e a música circundam a
vida dela. (7 de outubro)

Bertha Hall, educadora, mudou-se recentemente do Mississippi para a Flórida, onde seu esposo pastoreia
duas igrejas. Gosta de jogos bíblicos e de viajar. (4 de março, 27 de outubro)

Beryl Aseno Nyamwange e o esposo, Joe, já estiveram em vários países como missionários. Atualmente,
moram na África do Sul. Beryl gosta de escrever e é ávida leitora. Mantém um diário de oração há 18 anos.
(17 de abril)

Bessie Siemens era missionária e bibliotecária aposentada. Ela faleceu no dia 19 de março de 2011. (12
de fevereiro)

Beth-Anne Nicole White é professora do jardim da infância, em Tennessee. Seus passatempos são ler,
escrever, fazer passeios longos com mochila às costas, praticar canoagem e estar com amigos. (7 de
setembro)

Betty G. Perry mora na Carolina do Norte com seu esposo pastor. O casal tem dois filhos e cinco netos.
Anestesista por 35 anos, ela está agora semiaposentada. Passatempos: costurar, testar novas receitas, tocar
piano, fazer decoração de interiores, trabalhos manuais e artesanato. (31 de janeiro)

Betty J. Adams é professora aposentada, mora na Califórnia, tem cinco filhos, sete netos e oito bisnetos.
Gosta de escrever, fazer álbuns de recortes e viajar. (25 de março)

Betty Kossick mora com o esposo na Geórgia. A vida animada que levam permite-lhes compartilhar a
alegria de Jesus. Betty escreveu um livro autobiográfico e outro de poesias. (19 de maio)

Beulah E. Andrews mora na Califórnia. Aposentou-se da rede de escolas públicas da Califórnia após 23
anos de serviço gratificante como professora de educação especial, e agora leciona meio expediente. Gosta
de ler, ouvir música, cuidar do jardim, viajar e ajudar na igreja. (28 de agosto)

Beverly Campbell Pottle mora em Michigan e aposentou-se após 18 anos como assistente administrativa
na Universidade Andrews e 14 anos como missionária com sua família. Beverly gosta de escrever. Tem
interesse pela história regional, genealogia, pássaros, viagens, amigos ao redor do mundo, e caminhadas.
(12 de setembro)

Beverly D. Hazzard, filha de médicos missionários, nasceu na Inglaterra e cresceu com seus dois irmãos
na Jamaica, em Ohio e na Colúmbia Britânica. Jubilada como enfermeira, é escritora com obras publicadas
e mora no Canadá. Tem dois filhos e três netos. (19 de julho)

Beverly P. Gordon mora com o esposo e dois filhos na Pensilvânia. A Dra. Gordon é professora
universitária de psicologia, enfermeira e coordenadora do Ministério da Família em sua igreja. Apresenta
seminários, sermões e discursos de abertura em vários ambientes acadêmicos e religiosos. Seus
passatempos incluem jardinagem, música, leitura, jogos de palavras e xadrez. (27 de fevereiro)

Birdie Poddar, aposentada, saiu do nordeste da Índia e se estabeleceu no sul do país. Tem dois filhos e
quatro netos. Os passatempos são: cuidar do jardim, cozinhar, contar histórias, escrever artigos e compor
poemas. (15 de janeiro)

Birol Charlotte Christo é professora aposentada. Durante a vida ativa, também trabalhou como
secretária e encarregada das estatísticas na Divisão Sul-Asiática da Igreja Adventista. Mora com o esposo
em Hosur, Índia. Tem cinco filhos, doze netos e um bisneto. Birol gosta de cuidar do jardim, costurar e
fazer artesanato. (3 de julho)

Brenda D. Hardy Ottley mora com o esposo na ilha de Santa Lucia, no Caribe. Professora por vocação,
ela leciona no ensino médio e na universidade. Junto com o esposo, está envolvida no ministério do rádio,
além de apresentar seminários sobre família, casais e comunicação. (31 de dezembro)

Bula Rose Haughton Thompson é assistente de dentista há 34 anos e trabalha em clínicas na Jamaica. É
casada com Norman, professor na Universidade do Norte do Caribe. Os passatempos dela são cantar,
costurar, ler e conhecer pessoas. (16 de abril)

Candace Zook tem três filhos e seis netos. Retornou há pouco tempo do campo missionário da Índia para
o estado de Indiana [EUA]. Está escrevendo seu primeiro livro – sobre a Índia. (19 de abril)

Carla Baker é diretora do Ministério da Mulher na Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista.


Ocupou o mesmo cargo na União Sudoeste do Texas. Dirige seminários de liderança e desenvolveu recursos
para as igrejas locais, incluindo um novo DVD de estudos bíblicos. (13 de janeiro)

Carla Pietruska mora na Alemanha. Tem o curso de administração de empresas. Na igreja, é professora
dos primários. Gosta de retiros espirituais e acampamentos da igreja para os jovens. Seus passatempos são
fotografia e viagens. (27 de julho)

Carmen Virgínia dos Santos Paulo é formada em Língua Portuguesa e faz estudos de pós-graduação em
Linguística e Educação. Adventista desde a juventude, Carmen gosta de louvar o nome do Senhor e falar
acerca do Seu amor. Gosta de ler e escrever poesia. (13 de junho, 9 de agosto)

Carol J. Greene mora na Flórida, onde tem um ministério por telefone e é o elo numa corrente de oração
em sua igreja. É a orgulhosa avó de quatro netos e passa muito do seu tempo de oração intercedendo em
favor deles. (3 de novembro)

Carol Joy Fider preside o departamento de Inglês e Línguas Modernas da Universidade do Norte do
Caribe, na Jamaica. Na igreja, atua como diretora dos Ministérios da Oração e da Mulher, além de ser anciã
e professora da Escola Sabatina. Gosta de cozinhar, cuidar do jardim e orientar jovens. (19 de fevereiro, 19
de outubro)

Carol Wiggins Gigante é professora, ávida leitora, fotógrafa e amante de flores e pássaros. Mora em
Beltsville, Maryland, com o esposo Joe, o cachorro Buddy e a gatinha Suzannah. O casal tem dois filhos,
Jeff e James. (3 de janeiro, 28 de setembro)

Carole Ferch-Johnson foi a primeira diretora do Ministério da Mulher na Divisão do Sul do Pacífico. É
oficial da igreja na Austrália, com responsabilidades especiais quanto ao apoio a mulheres pastoras. (12 de
maio)
Caroline Chola mora em Pretória, África do Sul, com o esposo, Habson. O casal tem cinco filhos e uma
neta. Ela é diretora dos Ministérios da Mulher e da Criança na Divisão África Meridional-Oceano Índico da
Igreja Adventista. Gosta de jardinagem. (20 de julho)

Catherine McIver, assistente social, mora em Maryland com aquele que foi seu namorado no colégio e
há 32 anos é seu esposo. Eles têm um filho adulto. Coisas que ela aprecia fazer: cantar, cozinhar, ler,
fotografar, nadar, viajar e receber visitas. (8 de setembro)

Cathy Kissner está casada com Michael há 36 anos. Eles têm dois filhos e dois netos. Ela foi diretora do
serviço comunitário adventista da região de Colorado/Wyoming por 15 anos. Seus passatempos incluem ir a
regiões desabitadas para acampar e cavalgar. (5 de junho)

Cecelia Grant é médica e aposentou-se do serviço na área governamental, em Kingston, Jamaica, onde
mora. Seus passatempos são viajar, cuidar do jardim e ouvir boa música. Gosta de trabalhar com os jovens,
a quem frequentemente aconselha. (8 de março)

Cecilia Moreno de Iglesias é diretora do Ministério da Mulher na Divisão Interamericana da Igreja


Adventista e trabalhou por 15 anos como diretora do Ministério da Mulher na Colômbia. Tem 20 anos de
experiência no magistério, em escolas e universidades. Cecilia está casada há 27 anos com o pastor Pedro
Iglesias Ortega, e tem dois filhos. (2 de novembro)

Charlotte Robinson nasceu em Arkansas, onde também criou a família. Ela e o esposo, George, têm três
filhos. O casal e os três filhos trabalham na fábrica de alimentos McKee. Charlotte também trabalha na
limpeza de três agências do correio. O tempo de descanso é o que ela passa indo com a família para a igreja.
(19 de janeiro)

Cheryl Henry-Aguilar mora na Carolina do Norte, onde é proprietária e administradora de uma creche e
um programa para depois das aulas. Ela estudou na Universidade Andrews e na Universidade de Loma
Linda. Cheryl gosta de fotografar e viajar com sua filha, Antannia. (6 de abril)

Christine B. Nelson é secretária do Departamento de Arte da Universidade Stetson há 14 anos. Christine


e o esposo, Len, moram na Flórida desde 1991. Seu filho adulto, Brian, também mora lá. (29 de dezembro)

Chynsia Morse mora em Rock Tavern, Nova York. Esta é sua primeira contribuição para o devocional. (8
de julho)

Cintia García Block, natural da Argentina, foi criada em diferentes partes da África, onde seus pais
trabalharam como missionários. Anos mais tarde, voltou à Argentina para estudar psicologia e casar-se com
um bom marido argentino. Foi bem-sucedida nos dois empreendimentos. Atualmente mora no Canadá,
onde é dona de casa e a mãe orgulhosa de duas crianças. (6 de setembro)

Claudette Garbutt-Harding mora em Orlando, Flórida. Ela e o esposo, Dr. Keith R. Harding, têm estado
juntos no ministério há 34 anos. O casal tem dois filhos adultos. Claudette gosta de lecionar e trabalhar no
Ministério da Mulher. Sua maior alegria é ajudar a preparar outros para a breve volta de Jesus. (12 de
março)

Cleopatra Wallace nasceu na Jamaica, mas atualmente mora na Geórgia, onde trabalha como enfermeira.
Gosta de cozinhar, cuidar do jardim, e ajudar, mas acima de tudo dar testemunho do grande poder de Deus.
(17 de julho)

Clody Flores Dumaliang escreve de Los Angeles, onde é conselheira de saúde mental, assistente social e
educadora. Como voluntária em hospitais, gosta de oferecer apoio emocional e espiritual aos pacientes.
Também é ativa entre as crianças de sua igreja. Casou-se com Bonn, seu colega de escola, e o casal tem
uma filha adolescente. (21 de setembro)

Cynthia Best-Goring mora em Maryland, onde é diretora de uma pré-escola. É casada e tem dois filhos
adultos. Empenha-se em ajudar as crianças a aprender e os professores a ensinar, e todos a conhecerem
nosso Pai celeste. Os passatempos de Cynthia incluem escrever, tocar piano e ler. (16 de março)

Daisy Simpson foi, por mais de 40 anos, membro de uma Igreja Adventista em Queens, Nova York, mas
agora frequenta uma igreja em Los Angeles. Tem sido membro de coral, diaconisa, secretária da Escola
Sabatina, tesoureira e professora. Também trabalhou como conselheira e instrutora no trabalho feito em
penitenciárias. Daisy gosta de jardinagem e de dar estudos bíblicos. (5 de setembro)

Dana M. Bassett Bean é educadora e mora em Bermuda com o esposo e um casal de filhos. Sua estação
favorita é o verão, quando ela pode nadar, ler, escrever e viajar. (5 de abril)

Daniela Weichhold, natural da Alemanha, trabalha como assistente administrativa na sede da Comissão
Europeia, em Bruxelas, Bélgica. Gosta da diversidade cultural do seu local de trabalho e da sua cidade
adotiva. Sente prazer em cozinhar, andar ao ar livre, tocar piano e cantar. (1º de outubro)

Darlen Cibeli Martelo Bach mora no Brasil, onde é funcionária de um banco. É secretária da sua igreja e
regente do coral. Gosta de pintar e ler. É casada há seis anos. (6 de março)

Darlenejoan McKibbin Rhine nasceu em Nebraska, cresceu na Califórnia, estudou em Tennessee e mora
no estado de Washington. É jornalista e trabalhou no jornal Times, de Los Angeles, por 21 anos, antes de
aposentar-se. (8 de janeiro, 31 de outubro)

Dawn Hargrave mora na Austrália. Ela e o esposo estavam casados fazia 42 anos quando ele faleceu, em
abril de 2008. Ela tem duas filhas e dois netos. Antes da aposentadoria, trabalhava na área financeira. (4 de
agosto)

Dawna Beausoleil, professora aposentada, mora em Ontário, Canadá, com o esposo, John. Ela aprecia ler
e cantar, e tem publicado vários escritos. Sua maior meta e mais fervorosa oração é que os outros vejam o
amor de Cristo refletido em sua vida. (3 de abril)

Débora de Souza mora no Amazonas, Brasil. É psicopedagoga e esposa de pastor. Gosta de envolver-se
nos programas e atividades das igrejas. O casal tem dois filhos. O passatempo de Débora é ler livros
educacionais. Seu grande desejo é ver Jesus retornar em breve. (16 de junho)

Débora Maurlia Nascimento Leite, funcionária pública aposentada, é casada e tem duas filhas, Carolina
e Camilla. É tesoureira de sua igreja e gosta de ler e fazer tarefas domésticas. Seu maior sonho é ver
novamente sua terceira filha, Daniella, que já descansa no Senhor. (4 de outubro)

Deborah Sanders mora em Alberta, Canadá, e é casada com Ron, seu namorado dos tempos de ensino
médio. Para Deborah, cada dia é um dia de revelação do amor divino, e ela se alegra em escrever e partilhar
devocionais com outros membros da família de Deus. Ron é seu adjutor em compartilhar o amor de Deus.
Eles têm dois filhos abençoados, Andrea e Sonny. (24 de maio)

DeeAnn Bragaw mora no Colorado. Sente-se feliz com o privilégio de partilhar com adultos e crianças o
entusiasmo por experimentar a Palavra de Deus de maneiras novas. Oradora, escritora, educadora, ela
aprecia andar de bicicleta, caminhar, rir e aprender. (25 de dezembro)
Denise Dick Herr leciona inglês na Universidade Canadense, em Alberta. Gosta de ler e de viajar,
especialmente com a família. (2 de janeiro, 16 de outubro)

Denise Hochstrasser é casada e tem três filhas adultas. É diretora do Ministério da Mulher na Divisão
Euro-Africana da Igreja Adventista, em Berna, Suíça. Denise gosta de ler livros, nadar e viajar. (21 de
junho)

Denise Tonn mora no Arizona, em uma cabaninha rodeada pela floresta nacional. Já trabalhou como
salva-vidas, técnica em pesquisas biológicas, professora de biologia, e agora fica em casa cuidando do seu
bebê. Gosta de nadar, jogar basquete e ler. (15 de março)

Dessa Weisz Hardin mora no estado de Maine com o esposo, e se encanta com o mar. Também tem
interesse em viajar, escrever, arte e música e está aprendendo sozinha a tocar piano. Sente-se feliz como
avó. Aprecia o livro devocional das mulheres e gosta de receber notícia de amigas que foram abençoadas
por ele. (30 de maio, 21 de outubro)

Diane Shellyn Nudd formou-se em comunicação na Universidade Andrews e, desde então, mora no Sul.
É produtora de publicidade em telecomunicações em Tennessee. (10 de janeiro)

Dinorah Blackman mora no Panamá com o esposo e a filha, Imani. (8 de dezembro)

Dinorah M. Rivera nasceu na República Dominicana e morou em vários países da América Central, em
Porto Rico e nos Estados Unidos. Anciã ordenada, é casada há 35 anos com Edwin Rivera, e tem quatro
filhos e três netos. (27 de junho)

Dolores Klinsky Walker, depois de despachar os três filhos para a maioridade, encontrou grande
satisfação em orientar ex-presidiários e dar aulas particulares de inglês para estrangeiros. Aprecia passar
tempo a sós com Deus. (10 de abril)

Donette James é enfermeira e trabalha no Reino Unido. Estudou na Universidade do Norte do Caribe. Na
igreja, atua no departamento de saúde e canta no coral. Gosta especialmente de trabalhar com os jovens e
anciãos. Música instrumental e leitura lhe trazem muito conforto. (20 de fevereiro)

Donna Lee Sharp mora na Califórnia, onde toca piano em três igrejas diferentes, trabalha no Ministério
da Mulher e pertence a um clube da natureza. Seus passatempos são jardinagem, arranjos florais,
observação de pássaros e viagens. (17 de agosto)

Donna Sherrill mora em Jefferson, Texas, há 36 anos. Aposentou-se do trabalho fora de casa, mas é
cuidadora de um enfermo em casa e gosta de trabalhar no jardim e na horta. (19 de março)

Donnell Powell mora na Carolina do Norte. Aposentou-se recentemente como professora de escolas na
Flórida, onde também foi bibliotecária e especialista em relações humanas. Donnell tem três filhos e seis
netos. Gosta de ler, escrever, viajar e apresentar seminários. (23 de julho)

Doreen Evans-Yorke é jamaicana-canadense, mãe de três jovens adultos. Passou 16 anos morando e
trabalhando em três países da África. Ela diz que suas experiências por lá foram a fonte de muitas bênçãos.
Agora vive em Montreal, onde trabalha como especialista em vida infantil. (3 de fevereiro)

Dorothy D. Saunders é uma viúva de 79 anos que mora na Pensilvânia. É professora substituta na
Filadélfia e voluntária no programa de alfabetização de adultos, da prefeitura. (13 de setembro)

Edith Fitch é professora aposentada. Mora no Canadá e trabalha como voluntária nos arquivos da
Universidade Canadense. Desfruta a vida e dá graças a Deus a cada novo dia. (11 de abril)

Edith Kiggundu, professora universitária com doutorado, dá aulas como visitante na faculdade de
educação da Memorial University, em Newfoundland, Canadá. Ela é natural de Uganda, mas mora no
Canadá com o esposo, Fred, e três filhos. É diretora e professora da Escola Sabatina dos adultos, e líder do
Ministério da Oração. (2 de setembro)

Edna Ashmeade, aposentada, é especialista em desenvolvimento da linguagem e do aprendizado. Faz


doutorado e está concluindo sua dissertação. (25 de agosto)

Edna Maye Gallington deixou de lado os prazos fatais de uma carreira em relações públicas para
escrever no quintal de sua casa, no sul da Califórnia. É autora de um livro sobre 24 mulheres bíblicas que
contam suas histórias. Está trabalhando num livro devocional e num infantil, e gosta de passar tempo lendo
a Bíblia. (15 de outubro, 27 de dezembro)

Edna Thomas Taylor é coordenadora do Ministério da Mulher em nível de associação, e orgulhosa mãe
de duas filhas e um filho. Musicista, ela também aprecia ler, escrever e trabalhar com jovens mulheres,
partilhando com elas o amor de Deus. Mora na Flórida e tem três netas. (17 de setembro)

Elaine Gray mora no Alabama e trabalha na biblioteca do campus da Universidade Oakwood. Voluntária
da Cruz Vermelha, também gosta de cuidar do jardim, fotografar, dar estudos bíblicos para crianças, cantar
com seu conjunto e no coral. (28 de fevereiro)

Elaine J. Johnson, casada com seu melhor amigo há 44 anos, mora no Alabama. É professora
aposentada, ativa em sua igrejinha do interior, e gosta de escrever, ler e lidar com eletrônicos. (23 de junho)

Eliana Nunes Peixoto mora no Rio de Janeiro, Brasil. Gosta de viajar e explorar o lado cultural de cada
lugar que visita. Também gosta de orar por seu esposo, filhas, netos e genros. (30 de julho)

Elizabeth Boyd, fisioterapeuta, fundou uma empresa, Traveling Medical Professionals, que arranja
colocação para terapeutas itinerantes no território dos Estados Unidos. Agora aposentada, morando em sua
fazenda, gosta de andar a cavalo, escrever, ser hospitaleira e ouvir música. Nos fins de semana, orienta
jovens no estudo da Bíblia. (27 de agosto)

Elizabeth Ida Cain trabalha como assistente de recursos humanos em uma nova agência de veículos na
Jamaica. Participa do Ministério da Mulher. Gosta de escrever e é projetista e instrutora de arte floral. (4 de
fevereiro)

Elizabeth Versteegh Odiyar, da Colúmbia Britânica, no Canadá, administra a empresa familiar de


limpeza de chaminés desde 1985. Tem três filhos adultos. Gosta de viagens missionárias e viagens por terra.
(12 de julho)

Ella Rydzewski é escritora freelance e mora em Maryland com o esposo, Walter. Já publicou mais de 200
artigos, a maioria durante os 10 anos em que trabalhou na Adventist Review. (28 de maio, 17 de outubro)

Ellen Rezende Festa é professora universitária no Brasil, casada com o pastor Sérgio Festa. Ellen gosta
de ler, estudar a Bíblia com as pessoas, caminhar, ouvir boa música e passar tempo com a família. Tem dois
filhos, Lucas e Letícia. (20 de junho)

Ellie Postlewait Green, enfermeira aposentada, é coautora de três livros e publicou mais de 300 artigos.
Ela e o esposo curtem seus dois filhos e três netos. (23 de dezembro)
Emilie Howard e o esposo, John, trabalharam como missionários no Congo por seis anos e viajaram pelo
mundo quando John era diretor da ADRA Canadá. Ela gosta de pintar. (25 de novembro)

Ena Thorpe mora no Canadá. Tem três filhos e quatro netos. É enfermeira e muito ativa na igreja local.
Também se alegra em passar tempo com os netos e amigos. Gosta de resolver palavras cruzadas e Sudoku.
(15 de agosto)

Érica Cristina Pinheiro de Souza é professora e esposa de pastor. Eles têm dois filhos, Gabriel e Lílian
Raquel. Érica aprecia trabalhar para Deus e com crianças. Gosta muito de ler. Ela é carioca (natural do Rio
de Janeiro, Brasil) e mora lá atualmente. (18 de agosto)

Esperanza Aquino Mopera aposentou-se como enfermeira depois que um acidente incapacitou seu
braço direito. Trabalha agora com 20 voluntários no campo missionário de Polillo, Filipinas. Logo que
concluir sua terapia, retornará à ilha. O Ministério da Mulher da igreja ainda continua com o projeto de
nutrição mencionado no devocional. (5 de dezembro)

Ester Figueiredo Araújo é professora universitária, membro da Academia Itacoatiarense de Letras, e da


comissão científica da cidade de Itacoatiara, Amazonas, Brasil. Ela tem três filhos e quatro netos. Trabalha
no departamento infantil da igreja e gosta de ler, fazer caminhadas, visitar pessoas e escrever. (10 de junho)

Ester Loreno Perin mora no Mato Grosso, Brasil. É casada e tem dois filhos, a quem ama como as joias
que Deus lhe deu. Ester gosta de ler, caminhar e cuidar dos seus cães e pássaros. Serve a igreja como
diaconisa e líder de um pequeno grupo. Em 1972, uma oração sua foi publicada num livro. Ela sempre
gostou muito de ler. (17 de fevereiro)

Ethlyn Thompson, da Jamaica, aposentou-se recentemente de uma carreira na área de imóveis e serviços
de alimentação. (Ela estabeleceu o primeiro e maior restaurante da Jamaica.) É casada, tem quatro filhos e
quatro netos, dirige a música na igreja, é anciã, organista e pianista. Seus passatempos são jardinagem,
culinária e arranjos florais. (31 de julho)

Euclídea Assis Rabelo é membro da igreja de Lourenço, no Rio de Janeiro, Brasil, e instrutora bíblica e
promotora da Escola Sabatina. Aprecia o tempo que passa com os quatro netos, além de cozinhar, vender
produtos naturais e participar das atividades da igreja. (22 de julho)

Eva Matos Rodrigues mora em Paulo Lopes, Santa Catarina, Brasil, com os três filhos. Ela é costureira e
gosta de pedalar sua bicicleta. Decidiu contar seu testemunho porque sabe que muitas pessoas ouvem vozes
e não sabem como libertar-se. (22 de agosto)

Evelyn G. Pelayo é bibliotecária assistente na Universidade Adventista Zurcher, em Madagascar. Ela e o


esposo têm dois filhos. Evelyn gosta de ler, cuidar do jardim, cozinhar e partilhar com os necessitados. (18
de novembro)

Evelyn Glass e o esposo, Darrell, moram na fazenda onde Darrell nasceu. O casal tem três filhos e dois
netos. Evelyn escreve uma coluna semanal para o jornal da cidade e é ativa como oradora e voluntária na
comunidade. Recentemente escreveu uma série de estudos bíblicos: “As Mulheres da Bíblia e Eu”. (9 de
julho, 20 de outubro)

Evelyn Greenwade Boltwood tem dois filhos e dois netos. É coordenadora dos Desbravadores e
Aventureiros na região ocidental de Nova York. Seus interesses são o ministério entre os jovens, acampar,
ler, escrever e viajar. É membro de um coral da comunidade, que arrecada fundos para bolsas de estudo
destinadas a moças. (3 de maio)
Falada Dorcas Modupe é vice-diretora de escola e trabalhou como secretária do Ministério da Mulher na
Associação do Sudoeste da Nigéria. Seu esposo é o diretor dos departamentos de mordomia cristã,
comunicação e seguros. Eles foram abençoados com filhos. O mais elevado interesse dela é envolver-se
com estudos bíblicos. (5 de março)

Fartema M. Fagin é casada e tem três filhos, duas filhas e quatro netos. É assistente social aposentada,
mas atualmente é instrutora adjunta num colégio da comunidade, em Tennessee. No tempo livre, gosta de
cantar, ler e escrever. (20 de novembro)

Frances Osborne Morford faleceu no Colorado, em junho de 2011. Foi casada por mais de 60 anos com
seu namorado dos tempos de escola. Eles passaram 30 desses anos na África do Sul, Uganda, Etiópia,
Líbano, Egito e Sudão. (28 de janeiro)

Fulori Sususewa Bola nasceu nas ilhas Fiji, mas é professora na Universidade Adventista do Pacífico, em
Papua-Nova Guiné. Gosta de trabalhar com as mulheres. Também aprecia ajudar nas atividades
missionárias organizadas pelos alunos. (26 de março)

Gay Mentes mora na Colúmbia Britânica, no Canadá, e gosta de escrever, envolver-se com a sua arte,
fotografar e trabalhar com flores. Ser a vovó de Callah é o encanto da sua vida. (21 de agosto)

Gayle A. Kildal mora numa cidadezinha rural do Alasca, onde viveu a maior parte da vida. É casada com
seu melhor amigo, e eles têm quatro filhos adultos. Gayle é assistente administrativa num colégio da
comunidade. (7 de março)

Gilsana Souza Condé nos escreve de Juiz de Fora, Brasil. Tem 29 anos de idade e é professora no
maternal de uma escola adventista. É também professora assistente da Escola Sabatina em sua igreja. (12 de
junho)

Ginger Bell reside no Colorado, com seu esposo pastor, ajudando-o no ministério e no escritório da
igreja. Ela é ativa no Ministério da Mulher, tanto em sua igreja quanto na Associação das Montanhas
Rochosas. Gosta de jardinagem, decoração, leitura e da convivência com os familiares. (12 de dezembro)

Glenda-Mae Greene, educadora universitária aposentada, escreve em sua cadeira de rodas na região
central da Flórida. Sua alegria é ajudar outras mulheres a escrever suas histórias sobre a graça de Deus. (10
de fevereiro, 24 de outubro)

Glória Carby é diretora de uma creche em Oshawa, Ontário, Canadá. Gosta de observar e documentar a
interação de crianças em idade pré-escolar com seus amiguinhos. (5 de outubro)

Glória Durichek Gyure é professora de inglês aposentada, escritora e editora na área técnica e
engenheira de sistemas. Mora em Denver, Colorado. Ama a jardinagem, leituras, viagens e reflexões sobre
as coisas que Deus nos dá e fazem com que valha a pena viver. (23 de agosto)

Glória Gregory é esposa de pastor e mãe de duas moças. Trabalha na Universidade do Norte do Caribe,
Jamaica. Está convencida de que sua missão é ajudar os outros a trazer à tona seu pleno potencial e usá-lo
para honrar a Deus. (4 de setembro)

Glória P. Hutchinson, enfermeira, mora na Flórida. Gosta muito de crianças e é ativa nos departamentos
infantis da Escola Sabatina. Gosta de ler, passar tempo com crianças e navegar na internet em busca de
informações para enriquecer esses ministérios da igreja. (11 de setembro)

Glória Stella Felder mora em Atlanta, Geórgia. Ela e o esposo, pastor aposentado, têm quatro filhos e
cinco netos. Glória gosta de música, de escrever, falar e passar tempo com a família, especialmente os
netos. Escreveu artigos para revistas e um livro de poesia; está trabalhando em seu segundo livro. (8 de
fevereiro)

Greta Michelle Joachim-Fox-Dyett, de Trinidad e Tobago, é esposa, mãe, artista, escritora, professora,
blogueira, locutora de rádio (da estação adventista na internet) e membro do conselho do Ministério da
Mulher. Mais importante, é filha do Deus altíssimo. (23 de fevereiro)

Hanan Jacob Maniwa é estudante na Universidade do Oriente Médio, Líbano. Ela nasceu em Nzara, sul
do Sudão. Sua mãe faleceu quando Hanan tinha 7 anos, e três anos depois ela perdeu seu pai também. Foi
criada pelo tio. Deus lhe concedeu uma bolsa de estudos através da União do Oriente Médio. Ela canta e lê
a Bíblia com muito gosto. (26 de abril)

Hannele Ottschofski mora no sul da Alemanha com o esposo, pastor jubilado. Tem quatro filhas e gosta
de passar tempo com os netos. Seus interesses incluem música, costura e o preparo de devocionais para
mulheres, em alemão. (23 de janeiro)

Hazel Roole está aposentada e mora na região central da Flórida, louvando a Deus pelos anos adicionais
que Ele lhe tem concedido. Ela é diaconisa em sua igreja e trabalha com o ministério voltado aos asilos e ao
programa de nutrição. (5 de julho)

Heather Bohlender frequenta o Colégio União, em Nebraska, mas seu lar sempre será o Colorado. Gosta
de esquiar nas Montanhas Rochosas e praticar um saudável jogo de bola [queimada]. (14 de dezembro)

Heather-Dawn Small é a diretora do Ministério da Mulher na Associação Geral da Igreja Adventista. Foi
diretora dos Ministérios da Mulher e da Criança na União do Caribe, localizada em Trinidad e Tobago. É
esposa do pastor Joseph Small e mãe de Dalonne e Jerard. Gosta muito de viajar de avião, ler e fazer álbuns
de recortes. (29 de janeiro, 14 de setembro)

Heidi Vogt mudou-se recentemente do seu querido noroeste do Pacífico para a altitude do Colorado.
Louva o Senhor pelas bênçãos que recebe do mundo natural de Deus ao longo da vida. Aprender, pesquisar,
escrever e caminhar são seus passatempos. (6 de outubro)

Helen Dick Burton mora no Colorado. Depois de encerradas as atividades em casa, na igreja e na Escola
Sabatina, ela se dedica a projetos voltados à escrita e à arte. Também é professora de piano. (30 de
setembro)

Hepzibah Kore foi diretora do Ministério da Mulher em nível de União e Divisão por 17 anos, e continua
como coordenadora das esposas de pastor na Divisão Sul-Asiática, bem como diretora do programa de
alfabetização de adultos. Ela se realiza ao ajudar mulheres, especialmente através da alfabetização. (13 de
novembro)

Hilary E. Daly, natural de Londres, Inglaterra, é professora de ciências no ensino médio em Maryland.
Filha de um escritor e professor de inglês, ela cresceu fazendo da caneta a sua amiga. Quando não está
escrevendo como freelance, Hilary gosta de compor poesias, ler biografias e resolver quebra-cabeças. (29
de setembro)

Hilda José dos Santos mora em Lins, no interior do estado de São Paulo, Brasil. É mãe e avó solícita,
que gosta de “mimar” os netos. Gosta de cuidar do seu pequeno pomar. Também visita os enfermos e ora
por eles. (19 de agosto)

Iani Dias Lauer-Leite mora na Bahia, Brasil. É professora universitária e gosta de ajudar nos ministérios
da música e da oração em sua igreja. (1º de novembro)

Ione Richardson mora em Oregon. É esposa de pastor, mãe de Paul e Kari, anciã na igreja local, ajuda o
Ministério da Mulher, é professora, instrutora bíblica e solista nos cultos da capela da Base Naval. Também
produz promessas bíblicas parafraseadas. (10 de setembro)

Íris L. Kitching continua trabalhando para a presidência da Associação Geral da Igreja Adventista, como
assistente administrativa de dois vice-presidentes. Seu passatempo favorito é rir junto com o esposo, Will, e
desfrutar a vida com ele. (7 de abril, 25 de outubro)

Ivani Viana Sampaio Maximino tem três filhas: Camila, Caroline e Catherine. Ela e o esposo, Roberto,
têm um filho, Sandro. Ivani gosta de reuniões de família aos sábados, de ler e caminhar. É diaconisa e ajuda
na ornamentação da igreja que frequenta em São Paulo. (26 de dezembro)

Jacqueline Hope HoShing-Clarke é educadora desde 1979, como diretora e professora. Atualmente é
diretora de departamento da Universidade do Norte do Caribe, na Jamaica. Ela e o esposo têm dois filhos
adultos. Jackie gosta de escrever, cultivar flores e cuidar da casa. (16 de fevereiro)

Jaimée Seis nasceu em 1964, na Alemanha; já era feliz nos dias da infância, por saber que Jesus estava
com ela; portanto, queria que outros também conhecessem a Deus como Pai amoroso. Tem escrito artigos,
sermões e livros a fim de tornar conhecido o Seu abundante amor. (24 de dezembro)

Janice Fleming-Williams, professora no ensino fundamental, leciona há mais de 35 anos. Na igreja, é


líder associada de vida familiar e trabalha na escola da igreja desde 1981. Janice e o esposo, Gordon,
moram nas Ilhas Virgens e têm dois filhos adultos. (28 de novembro)

Jean Dozier Davey e o esposo, Steven, moram nas belas montanhas da Carolina do Norte. Ela se
aposentou em 2003, depois de uma carreira como programadora de computador. Gosta de passar tempo com
a família, cozinhar, ler, caminhar, costurar e animar os outros. (27de novembro)

Jean Hall mora no estado de Oregon e gosta de costurar, cozinhar, cuidar do jardim e viajar com aquele
que é seu esposo há 61 anos. Eles foram missionários no leste da Ásia por 25 anos. Agora aposentados,
atuam como voluntários da ADRA no exterior e nos Estados Unidos. (4 de abril)

Jeannette Busby Johnson, de Maryland, acha que aposentar-se é tão bom que já fez isso duas vezes (e
está perto de uma terceira), após várias décadas brincando com palavras na editora Review and Herald,
como editora do periódico Guide e vice-presidente na editoria de livros. Tem três filhos, quatro netos e dois
cachorros. (1º de abril, 28 de outubro)

Jemima Dollosa Orillosa reside em Maryland com o esposo, Danny. O que ela mais gosta de fazer é
trabalho missionário. Todo ano, organiza viagens para 20 a 35 pessoas. Ela é natural das Filipinas. Gosta de
crianças, de viajar e conversar com familiares e amigos. (17 de janeiro)

Jennifer Burkes ama o Senhor em primeiro lugar e acima de tudo! Foi batizada em 2006 e é líder do
Ministério da Mulher em sua igreja. Mora em Oregon, com o esposo, James, e a filha, Krista. Trabalha
como secretária de um departamento na faculdade local. (18 de fevereiro)

Jennifer Jill Schwirzer tem uma clínica particular na área de saúde mental na Filadélfia, dirige um
ministério de música e oratória, além de cozinhar uma razoável refeição vegana. (21 de maio)

Jennifer M. Baldwin mora na Austrália, onde trabalha com seguros no Hospital Adventista de Sydney.
Gosta de envolver-se na igreja, viajar, fazer palavras cruzadas e escrever. Tem colaborado com esta série de
livros devocionais há mais de 15 anos. (8 de abril)

Jill Anderson cresceu nas planícies rurais do Colorado, e agora reside na bela Estes Park, no mesmo
estado. Casada há 23 anos, é a mãe de Ivy, de 16 anos, e avó de cinco netos através dos seus dois enteados.
Gosta de ler, escrever, acampar, caminhar e hospedar amigos e familiares. (9 de outubro)

Jill Rhynard é uma profissional da saúde, recentemente aposentada, que escrevia uma coluna sobre saúde
para 32 jornais. Mora no Canadá. É anciã em sua igreja. Ama seus amigos e gosta de viajar e fazer álbuns
de recordações. Tem dois filhos casados. (28 de dezembro)

Joan D. L. Jaensch e Murray, com quem é casada há mais de 60 anos, moram no sul da Austrália. O
casal tem dois filhos, duas netas, dois netos e um bisneto. Joan aposentou-se como encarregada de compras
de uma fábrica. Ocupou muitas funções na igreja e gosta de cozinhar, cuidar do jardim e ler. (3 de setembro)

Joan Dougherty-Mornan mora em Ontário, Canadá. Gosta de descobrir Deus entre as páginas da Bíblia
e nas experiências da vida. Tem duas filhas e um filho. Seus passatempos são ler, escrever, fazer crochê e
manter-se ocupada para Cristo. (27 de setembro)

Joan Green mora em Boise, Idaho, e gosta de ler, falar, viajar, fazer evangelismo da amizade, cultivar o
relacionamento com o Senhor e passar tempo com a família. (30 de novembro)

Jodie Bell Aakko mora no Colorado. Tem trabalhado como professora e diretora em escolas adventistas
por 17 anos. É casada e tem duas filhas. Mima demais os seus gatos, Simba e Penélope. O gato mencionado
na história agora vive feliz com uma ex-aluna da escola. (30 de janeiro)

Joelcira F. Cavedon Mÿller tornou-se cristã adventista enquanto morava em Hong Kong, mas se batizou
quando voltou para sua pátria, o Brasil. A filha e o genro, formados em teologia, estão no ministério no
Brasil. Joelcira casou-se de novo e atualmente mora na Alemanha. Ela e o esposo estão trabalhando para
abrir uma igreja internacional na região de Stuttgart. (23 de abril)

Joey Norwood Tolbert mora no Tennessee com o esposo e a filha de três anos de idade. Joey trabalha
num centro de mídia e é professora na área de humanas. Faz parte do grupo musical “Mensagem de
Misericórdia”, e gosta de passar o tempo com familiares, compondo música e cantando. (25 de maio)

Jothi Gnanaprakasam mora na Índia, onde é diretora regional do Ministério da Mulher. Esta é sua
primeira contribuição para o livro devocional. (14 de maio)

Joy Butler, da Nova Zelândia, tem três filhos casados e um neto. Já ocupou muitas funções, como
professora, capelã, diretora de departamento, oradora e escritora. Agora jubilada, espera poder escrever
mais. (6 de maio)

Joyce O’Garro, técnica de laboratório por 20 anos, já aposentada, cuidou de pacientes com câncer. Como
professora, lecionou desde o jardim da infância até a universidade. É pianista e, aos 79 anos de idade, ainda
leciona piano. Tem duas filhas, um genro e três netos. Seus passatempos são ler e planejar programas. (12
de janeiro)

Judelia Medard mora na ilha de Santa Lucia, no Caribe. Professora no ensino médio, envolve-se com o
Ministério da Mulher e dos jovens. Gosta muito de ler e atuar como voluntária. (20 de setembro)

Judith M. Mwansa, natural de Zâmbia, mora atualmente em Maryland, onde trabalha para o
departamento dos Ministérios da Mulher na Associação Geral da Igreja Adventista. Ela e o esposo foram
abençoados com quatro filhos. O mais velho casou-se recentemente, dando-lhes outra filha. Judith gosta de
música, de praia e das coisas da natureza que Deus criou de modo tão maravilhoso. (15 de novembro)

Judith P. Nembhard, ex-professora de inglês no ensino médio e superior, atuou na administração em


todos os níveis. Judith gosta de ler e partilha esse prazer regularmente com os residentes de um lar de idosos
perto de sua casa. (20 de maio)

Juli Blood mora na Pensilvânia, é muito bem casada e tem dois filhos. Sua oração é que cada mulher
descubra seu valor, sua força e alegria no relacionamento com Jesus. (7 de janeiro)

Julie Bocock-Bliss está fazendo mestrado em Biblioteconomia e Ciências da Informação na Universidade


do Havaí. É membro ativo da igreja japonesa de Manoa, Honolulu. É a “mamãe” de três gatos. Gosta de ler,
viajar e fazer trabalhos manuais. (16 de setembro)

Juliette Rose mora na Cidade do Cabo, África do Sul. Ela é professora no ensino médio e tem duas filhas.
Escreve pela primeira vez para o projeto do livro devocional, e ama o Senhor. É adventista de quarta
geração. (23 de março)

Junet S. Jackson mora na bela ilha de St. Vincent e Grenadines. É professora de inglês e estudos sociais
numa escola de ensino médio. Gosta de escrever, cantar, ler, ensinar crianças e dirigir os jovens na Escola
Sabatina. O sonho da sua vida é tornar-se patologista da fala e linguagem e participar de viagens
missionárias à África. (10 de março)

Jussara Alves tem quatro filhos, é educadora e evangelista de crianças. Mora na Bahia, Brasil, e gosta de
ler, caminhar, fazer trabalhos manuais e trabalhar com crianças. (6 de junho)

Karen Holford, escritora freelance e terapeuta de família, mora em Auchtermuchty, um dos lugares mais
antigos da Escócia. Seu esposo é presidente da Missão Escocesa. Seus interesses incluem cultos criativos e
interativos, confecção de acolchoados e caminhadas pelo interior da Escócia. (12 de abril, 10 de novembro)

Karen J. Johnson trabalhou na educação adventista por 34 anos; 18 deles em educandários com
internato, como professora, preceptora e diretora de escola fundamental. Também trabalhou por 16 anos na
Universidade Walla Walla. Atualmente, preside a Fundação Adventista de Assistência Médica das
Montanhas Rochosas, no Colorado. (25 de setembro)

Karen Phillips tem quatro filhos e trabalha como gerente de recursos humanos e segurança, em
Nebraska. Participa do coral da igreja, é anciã e professora de crianças. Dedica tempo ao seu diário de
oração, faz caminhadas com seus dois cães, viaja e procura ser útil às pessoas. Passar tempo com os filhos é
sua maneira preferida de aproveitar o tempo. (11 de janeiro)

Karen Richards mora na Inglaterra, onde é professora de crianças com 4 e 5 anos de idade. É casada e
tem duas filhas adultas. Ajuda a cuidar dos pais idosos e crê que Deus nos ensina muitas lições através de
Sua maravilhosa criação. Infelizmente, o cãozinho descrito no devocional, o qual trouxeram para casa 10
anos antes, morreu há pouco tempo. (18 de setembro)

Kathleen H. Liwidjaja-Kuntaraf é doutora e diretora associada na área de saúde na sede mundial da


Igreja Adventista, desde 1995. Antes disso, trabalhou no leste da Ásia, em hospitais adventistas, e como
diretora de saúde e diretora-assistente da ADRA. Ela e o esposo, Jonathan, escreveram cinco livros. O casal
tem dois filhos adultos, Andrew e Andréa. (11 de outubro)

Kathy Walter mora na região central da Flórida, onde é enfermeira. Tem seu ministério pessoal de
oração, pois no fim de cada dia fala com o Grande Médico sobre cada um de seus pacientes. Ela e o esposo
têm dois filhos adultos. (7 de maio)
Kay Kuzma, doutora em educação, é esposa, mãe, amiga e autora de mais de 30 livros e centenas de
artigos. Foi professora universitária por 27 anos e produziu um programa diário e um semanal de rádio. Tem
apresentado vários programas de televisão pela rede 3ABN. Ela e o esposo passam a maior parte do ano no
Havaí, e curtem seus nove netos. (4 de janeiro)

Kay Sinclair mora na Flórida, onde ela e o esposo se aposentaram. O casal tem quatro filhos e cinco
netos. Kay gosta de cantar, cozinhar e fazer trabalhos manuais. (7 de junho)

Keisha D. Sterling, da Jamaica, faz doutorado em farmácia na Universidade de Tecnologia. Trabalha nas
igrejas na área da saúde da mulher e educação. Gosta de conviver com jovens, escrever, fazer apresentações
e trabalhar junto à comunidade. Keisha se delicia com abacate, abacaxi e ackee [fruta nacional da Jamaica],
além de curtir um bom sono e música. (1º de maio, 22 de novembro)

Kênia Kopitar é brasileira, mas mora nos Estados Unidos. Em sua igreja, trabalha com juvenis e
adolescentes. Gosta de projetos comunitários e de conversar com as pessoas. (7 de novembro)

Kollis Salmon-Fairweather, natural da Jamaica, mora com o esposo na Flórida. Atuou como anciã,
diretora da Escola Sabatina, líder de saúde e temperança, do ministério pessoal e membro do coral da igreja.
Está aposentada como enfermeira, mas permanece ativa. Seus passatempos incluem cozinhar, ler, cantar e
observar as pessoas. (20 de agosto)

Lady Dana Austin mora na capital da maçã, Ellijay, norte da Geórgia. Gosta de atividades ao ar livre,
como andar de bicicleta, nadar e correr. Sente-se muito inspirada junto ao lago, e terminou de escrever seu
primeiro romance. Continua ministrando às mulheres através do programa especial dos chás entre amigas, e
atua na defesa civil de sua comunidade. (9 de março)

Lana Fletcher e o esposo têm uma filha casada; sua filha mais nova morreu num acidente de carro em
1993. Lana é secretária da sua igreja. Gosta de jardinagem, cuida da contabilidade da empresa do marido,
faz álbuns criativos de recordações, participa de um grupo de apoio e mantém um diário de orações. (7 de
fevereiro, 23 de outubro)

Leah A. Salloman é esposa de pastor e trabalha nas Filipinas, como professora. Terminou o mestrado.
Gosta do Ministério da Mulher, de ler, cozinhar e produzir programas na igreja. Ela e o esposo têm dois
filhos adultos. (9 de abril)

Leni Uría de Zamorano tem dois filhos, que deram duas netas a ela e a seu esposo, Luis. Ela é membro
da Igreja Adventista de Florida, em Buenos Aires, Argentina, onde toca piano e órgão, além de ser
professora de uma classe da Escola Sabatina. Leni gosta de viajar, fazer trabalhos manuais, tocar piano e
traduzir do inglês para o espanhol. (22 de fevereiro)

Lila Farrell Morgan é viúva e tem cinco filhos e cinco netos. Frequenta a igreja da qual ela e seu marido
médico foram membros há mais de 50 anos, na Carolina do Norte. Lila gosta de caminhadas, natureza,
jogos de mesa, família e amigos. Ler livros também é parte importante de sua vida, estando no topo de sua
lista de favoritos a Bíblia e O Desejado de Todas as Nações. (23 de novembro)

Liliane Calcidoni Kafler tem títulos acadêmicos em direito e relações internacionais, e um mestrado em
administração de empresas. É diretora internacional de produtos e serviços em São Paulo, Brasil. Liliane
gosta de pregar nas igrejas, escrever e viajar. (14 de junho)

Lillian Musgrave e família continuam a desfrutar a beleza e singularidade do norte da Califórnia, perto
de familiares e amigos. Ela pertence a um grupo de escritores cristãos e, além das responsabilidades na
igreja e atividades familiares, gosta de escrever histórias, poemas, cânticos e música. (28 de junho)

Linda Franklin mora no Canadá, onde extrai lições objetivas de suas estufas de plantas nos meses de
primavera e verão. Durante o outono e inverno, ela viaja frequentemente com o esposo, Jere, que fala em
igrejas e reuniões campais. (16 de julho)

Lisa Lothian é enfermeira em Nova York. Tem gêmeos, que ela e o esposo alfabetizaram em casa, com
grande alegria. Lisa gosta de cuidar do jardim, orar, ler e encontrar maneiras criativas de testemunhar aos
outros. (17 de dezembro)

Lisa M. Beardsley-Hardy é diretora do departamento de educação da Associação Geral dos Adventistas


do Sétimo Dia, com sede em Maryland. É editora-chefe da revista Diálogo, publicada em inglês, francês,
espanhol e português para os estudantes universitários ao redor do mundo. (1º de junho, 8 de outubro)

Loida Gulaja Lehmann passou dez anos vendendo livros religiosos nas Filipinas. Depois, foi para a
Alemanha. Ela e o esposo são membros ativos da igreja internacional, em Darmstadt. Os dois financiam
ministérios leigos e ajudam a plantar igrejas nas Filipinas. Os passatempos de Loida incluem viajar,
colecionar souvenirs, caminhar em meio à natureza e fotografar. (11 de julho)

Loraine F. Sweetland está aposentada, no Tennessee. Faz um trabalho especial em favor de crianças e
juvenis que foram retirados do convívio dos pais. Loraine mora só, com seu cachorrinho, Sugar. (9 de
junho)

Lorena Mayer é da Argentina, mas mora na Suíça com o esposo, tesoureiro-assistente na Divisão
Intereuropeia da Igreja Adventista. Ela trabalha nas Nações Unidas desde 1998, mas simultaneamente faz
projetos de comunicação para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Lorena fala vários idiomas, gosta de
fotografar, escrever, ler biografias e passar tempo com o esposo. (30 de agosto)

Louise Driver, agora aposentada, mora em Idaho, perto dos três filhos e quatro netos. É bibliotecária na
escola fundamental de Caldwell, onde dois dos seus netos estudam. Seus passatempos são cantar, ouvir
música, ler, cuidar do jardim e viajar para lugares históricos. (29 de junho)

Lourdes S. de Oliveira é casada há 37 anos e tem três filhos e um neto. É servidora civil aposentada e
mora em Hortolândia e Serra Negra, São Paulo, Brasil. Gosta de ler e ouvir música. Está aprendendo a lidar
com o computador. (13 de outubro)

Lydia Andrews, enfermeira na área de obstetrícia, mora em Alabama com aquele que é seu esposo há 45
anos. Durante seu trabalho na África, ela estabeleceu o primeiro programa de enfermagem na Universidade
Valley View, em Gana, e agora leciona enfermagem na Universidade Oakwood. Lydia tem três filhos,
quatro netos, gosta de ler, cozinhar, viajar e ouvir música. (13 de abril)

Lyn Welk-Sandy, de Adelaide, Austrália, presta assistência a famílias de refugiados sudaneses. Gosta de
música sacra e do trabalho com o coral. Ama a natureza, fotografar e viajar pelo sertão australiano com o
esposo. Tem quatro filhos e 12 netos muito amados. (17de junho, 18 de outubro)

Lynette Kenny é esposa, mãe de quatro filhos em idade escolar, sócia comercial, professora da Escola
Sabatina e enfermeira. Acima de tudo, é filha do Rei do Universo. Ela aprecia pintar, escrever, fotografar e
andar em meio à natureza. Mora e escreve numa região rural da Austrália. (4 de maio)

Lynn C. Smith nasceu na bela ilha de New Providence, Bahamas. Ela e o esposo tiveram o privilégio de
trabalhar juntos no ministério em Bermuda, Ilhas Cayman e Bahamas, e agora nas Ilhas Turks and Caicos.
Lynn tem encantos pela leitura, e recentemente começou a escrever acerca de suas experiências após uma
emergência médica. (14 de janeiro)

Lynn Nicolay, que mora na região oeste do Colorado, é enfermeira casada com um cirurgião. Durante os
últimos seis anos, eles tiveram o privilégio de participar de viagens médico-missionárias. O casal tem três
filhos e quatro netos. (14 de novembro)

Mabel Kwei mora em Nova Jersey e aposentou-se como professora universitária. Trabalhou na África por
muitos anos como missionária, com seu esposo pastor e três filhos. Lê bastante, gosta de escrever, pintar,
apresentar palestras e passar muito tempo com crianças bem pequenas na igreja e na comunidade. (24 de
fevereiro)

Madeline Steele Johnston foi missionária na Coreia e nas Filipinas, e trabalhou com o esposo, professor,
no seminário teológico da Universidade Andrews. O casal tem quatro filhos e seis netos. (29 de agosto)

Madge S. May é enfermeira e trabalhou no Canadá , Arábia Saudita e Flórida, onde mora atualmente.
Este artigo foi o preâmbulo de um testemunho que ela apresentou em sua igreja. (16 de agosto)

Marcela Bittencourt Brey, advogada, esposa de pastor, natural de São Paulo, Brasil, mora atualmente em
Inhambupe, Bahia. Gosta de trabalhar com crianças, jovens, pequenos grupos e o Ministério da Mulher.
Também aprecia dar estudos bíblicos. Cozinhar, pintar caixas de madeira para trabalhos manuais, caminhar
com o esposo e cuidar do cachorrinho são seus passatempos. (11 de junho)

Márcia Mollenkopf é professora aposentada e mora em Oregon. Envolve-se nas atividades da igreja,
tanto entre adultos como com crianças. Seus passatempos incluem ler, escrever, ouvir música e observar
pássaros. (2 de abril)

Margaret Fisher e o esposo, Floyd, moram no Tennessee; têm cinco filhos e 16 netos. Margaret gosta de
escrever, especialmente poesia. Já publicou alguns artigos e vários poemas. Ela aprecia tocar piano na
igreja. Seus passatempos são fazer tricô e outros trabalhos manuais. (26 de setembro)

Margaret Masamba é de Malaui. Tem mais de 15 anos de experiência no magistério e administração.


Fez o curso superior de agronomia, mestrado em ciências da família e do consumidor e pós-graduação em
educação. Trabalha como diretora de comunicação, educação, Ministérios da Mulher e da Criança na União
de Malaui. (8 de agosto)

Margo Peterson mora em Minnesota. Foi analista financeira e agora é professora substituta de educação
especial. Passa o tempo livre como professora voluntária de inglês para estrangeiros. Gosta de ler, caminhar,
viajar, trabalhar com os jovens da igreja e conviver com a família. (3 de dezembro)

María Gabriela Acosta de Camargo mora na Venezuela, onde tem sua clínica de odontopediatria, e
também leciona odontologia na Universidade de Carabobo. Na igreja, dirige o departamento de música. É
casada e tem dois meninos. Joga tênis e gosta de tocar piano. (30 de dezembro)

Maria Vicência Salviano Pereira mora em Macapá, Amapá, Brasil. Foi casada por 50 anos com o
primeiro adventista batizado no Amapá. Ela foi anciã na igreja, e gosta de música, vistação e trabalhar para
a ADRA. Aprecia as plantas e seus cães, Lury e Lully. (29 de julho)

Marian C. Holder é coordenadora da assistência a pessoas que não podem sair de casa, um ministério da
igreja Pioneer Memorial, da Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan. Ela tem uma filha e
dois netos. (25 de julho)

Marian M. Hart é professora aposentada e administradora de um lar de idosos. Membro da Igreja


Adventista de Battle Creek há 36 anos, atuou em muitas funções. Seis netos fazem dela uma avó coruja.
Marian gosta de fazer tricô, ler, cultivar flores e passar os invernos na Flórida. (18 de janeiro)

Mariana Sampaio, filha de pastor, ainda não completou 20 anos, e morou em várias cidades do Brasil.
Ela toca flauta na igreja e participa da Escola Sabatina dos jovens. Planeja ser médica para testemunhar de
Jesus aos outros. (4 de dezembro)

Marie H. Seard está desfrutando a aposentadoria no Tennessee, com aquele que é seu esposo há 52 anos.
Ela está feliz por ter seu filho, nora e dois netos a apenas 40 minutos de distância. Marie aprecia escrever,
mandar cartões e fazer compras. (28 de março)

Marielena (Mary) Burdick tinha 15 anos de idade quando escreveu este devocional. Quando concluir os
estudos, Mary deseja trabalhar como agente na unidade de análise comportamental do FBI. Ela mora em
Montrose, Colorado. (14 de agosto)

Marion V. Clarke Martin é médica recentemente aposentada. Sente-se agradecida por miríades de
bênçãos. Mora no Panamá. Gosta de leitura, música clássica e sacra, decoração de interiores e ama os três
netos. (27 de maio)

Marlyn L. DeAugust mora em Michigan, e foi diretora do Ministério da Mulher em sua igreja, em Niles.
É fisioterapeuta e gosta de trabalhar com os idosos. Tem um filho, Jonathan, de quem se orgulha muito. Ela
aprecia cantar, ler e fazer exercícios ao ar livre. (19 de junho)

Mary Jane Graves perdeu o esposo, Ted, em janeiro de 2009, depois de mais de 58 anos de feliz
matrimônio. Aguarda o dia em que poderão estar juntos novamente. Ela continua morando na Carolina do
Norte. Envolve-se nas atividades da igreja. Gosta de cuidar do jardim, ler, escrever, e estar com a família e
amigos. (2 de fevereiro)

Mary L. Maxson é pastora associada em Paradise, Califórnia. Suas responsabilidades incluem sete
ministérios e a formação de mulheres como discípulas. Ela ama cultivar flores e criar cartões no
computador para enviar a membros da igreja. (9 de janeiro)

Mary Wagoner-Angelin mora no Tennessee com o esposo e duas filhas. Mary é assistente social num
hospital psiquiátrico. É líder dos jovens na igreja e voluntária na biblioteca local. Seus passatempos incluem
a terapia do humor, exercícios e receitas vegetarianas. (15 de abril)

Maureen O. Burke mora em Nova York, atuando na igreja como anciã, coordenadora de interessados e
professora da Escola Sabatina. Gosta de dar estudos bíblicos, ler, ouvir música, escrever e ajudar os outros
por meio do que ela chama de “ministério do encorajamento”. Também trabalha como voluntária na
biblioteca pública central. (5 de janeiro)

Maureen Pierre mora no Alabama. É professora e gosta de jardinagem, decoração e poesia. Alegra-se em
ler a Palavra de Deus e descobrir tesouros em suas páginas. (23 de maio)

Maxine Young é escritora em Queens, Nova York, e seus escritos têm sido publicados em âmbito
nacional. Está escrevendo um devocional – exatamente aquilo que Deus a levou a fazer. (28 de abril)

Melanie Carter Winkler gosta muito de música, de escrever e disseminar o evangelho usando seus
talentos. Mora no oeste da Austrália. (10 de maio)

Michelle Hebard, com 12 anos de idade, mora no Colorado com seus pais e irmão, e um cachorro
chamado Rocky. Gosta de jogar vôlei, basquete, nadar, correr, ler, brincar com o Rocky, cantar, tocar flauta
e um monte de outras atividades. Ela ama a Deus e deseja servi-Lo como puder. (5 de novembro)

Michelle Riley Jones atuou como diretora de música na Igreja Adventista Capitol Hill, em Washington.
Michelle é casada e tem uma linda enteada, LaChelle. (1º de dezembro)

Minéia da Silva Constantino trabalhou seis anos no Ministério da Criança e do Adolescente em São
Pedro de Mogi-Guaçu, São Paulo, Brasil, onde é professora e coordenadora do Projeto Galileia (Ação
Social dos Adolescentes Adventistas). Ela também é engenheira ambiental e louva a Deus com sua voz e
talentos. (18 de junho)

Minerva M. Alinaya está na área da educação há 30 anos, lidando com alunos do ensino fundamental,
médio e superior. Atualmente é diretora de uma escola particular de ensino médio nas Filipinas. Tem planos
de estabelecer um curso de alfabetização para adultos para, ao mesmo tempo, apresentar aos alunos a
Palavra de Deus. (30 de abril)

Miriam L. Thompson mora numa fazenda com o esposo, no Canadá. Eles têm dois filhos. Os
passatempos dela são ler, cultivar o jardim e fazer longas caminhadas na natureza. (21 de novembro)

Mona Fellers trabalha como paramédica e auxiliar de médico legista há 26 anos, no Colorado. Na igreja,
é líder do Ministério da Mulher e da Criança. Tem duas filhas, três cachorros, um gato e um rato. Gosta
muito de pequenos animais silvestres. (31 de agosto)

Mônica Vesey mora na Inglaterra, com o esposo e a filha. É filha de um missionário pioneiro na Nigéria.
Lecionou por muitos anos, ajudando um número incontável de crianças a superar a dislexia. (9 de
novembro)

Muriel Heppel é professora aposentada e mudou-se para uma região ao norte, onde lecionou por muitos
anos, na Colúmbia Britânica, no Canadá. Agora viúva, ela aprecia viajar, observar pássaros, ler e ajudar os
outros mediante seu ministério como guerreira da oração. (13 de maio)

Myrna Tetz é aposentada e mora no Canadá. Trabalha meio expediente como consultora da editoria da
revista Ministry. Foi editora da Adventist Review. Seu esposo, Bob, também está aposentado. Eles têm um
casal de filhos e três netos. (10 de dezembro)

Nadine A. Joseph trabalhou com alunos externos da Universidade do Sul do Caribe, e como professora
no curso de ciências sociais. Atualmente frequenta o Instituto Internacional de Estudos Avançados nas
Filipinas, em busca do seu doutorado em administração educacional. Também espera publicar algo do seu
próprio trabalho. (26 de fevereiro, 13 de dezembro)

Nancy Buxton é diretora do Ministério da Mulher em nível de União, em Nebraska. É casada com Bob
há 43 anos, tem dois filhos e seis netos. (17 de maio)

Nancy Jean Vyhmeister é esposa, mãe e avó na Califórnia. Aposentada das salas de aula da
universidade, ainda trabalha com textos. Manter contato com amigos e familiares ao redor do mundo
também toma tempo. Ela cozinha e gosta de jardinagem. (6 de julho)

Nancy L. Van Pelt é educadora, oradora e escritora de mais de 40 best-sellers. Por 26 anos tem
circundado o globo, ensinando as famílias a realmente se amarem. Nancy gosta de fazer acolchoados. (3 de
agosto)

Nanzelelo Motsi, de 27 anos de idade, tem um casamento feliz com Ronald Motsi, pastor. Eles têm uma
filha, Adiel Joelah, e trabalham atualmente em Zimbábue. Seus interesses são ler, escrever, viajar e
sociabilizar-se com as pessoas. Tem o curso de jornalismo e mídia. Já escreveu um livro. (10 de julho)

Neide Balthazar de Oliveira nasceu no Brasil. Por vários anos, coordenou a classe dos primários na
Escola Sabatina da Igreja Central de Cotia, São Paulo. Neide gosta de caminhar, ouvir música, ler e
cozinhar. (6 de fevereiro)

Ofélia A. Pangan e o esposo, Abel, comemoraram Bodas de Ouro em 2009, e dão graças a Deus por Sua
bondade. Foram abençoados com três filhos e 10 netos. Ofélia gosta de ler, cuidar do jardim, ser professora
de uma classe da Escola Sabatina, fazer jogos com palavras e estar com os entes queridos. Mora na
Califórnia. (24 de março)

Patrice Hill Taylor é patologista da fala. Frequenta a igreja presbiteriana do Redentor, em Washington,
DC. Gosta de ler devocionais e cantar no coro. (5 de agosto)

Patrícia Buxton Flores mora em Nova Jersey. Mãe de quatro filhos adultos, tem oito netos, é viúva e
professora aposentada. Ocupa-se com trabalho voluntário. Apresenta seminários sobre a arte de contar
histórias e participa em bibliotecas, escolas e acampamentos de verão com sua coleção de contos folclóricos
internacionais. (12 de novembro)

Patrícia C. de Almeida Santos é esposa de pastor em São Paulo, Brasil. Gosta de trabalhar com crianças,
ler, escrever, cozinhar e andar em meio à natureza com a família. Ela tem um filho. (2 de dezembro)

Patrícia Cove, do Canadá, está semiaposentada como professora, navegadora, jardineira, escritora e
amante da natureza. Seu esposo, filhos e netos são seus maiores tesouros. É uma ativa anciã na igreja e sua
atividade favorita é partilhar as boas-novas do evangelho com os outros. (20 de janeiro)

Patrícia Hook Rhyndress Bodi mora em Michigan e tem sido ativa no Ministério da Mulher por 20
anos. Gosta de viajar e visitou todos os sete continentes. (25 de abril)

Patrícia Mulraney Kovalski mora no Tennessee, mas passa muitos meses, cada ano, com os familiares
em Michigan. Ela aprecia caminhar, nadar, fazer trabalhos manuais, ler e viajar. (18 de maio)

Paula Graham é professora na Virgínia Ocidental. Foi missionária na Coreia e Costa Rica. Sua paixão é
ajudar pessoas aflitas. (16 de janeiro)

Pauline A. Dwyer-Kerr, nascida na bela ilha da Jamaica, reside na Flórida. Já serviu a igreja como anciã,
diretora da Escola Sabatina, comunicações, vida familiar, recepcionista e secretária. Pauline tem doutorado
e é professora universitária. Gosta muito de viajar e de atividades ao ar livre. (18 de dezembro)

Peggy Harris é membro da igreja de Beltsville, Maryland. Desenvolveu e preside uma organização de
homens e mulheres que lutam contra o assédio sexual e outros abusos. É agente de seguros e publicou
vários livros. Tem dois filhos e dois netos; seu esposo faleceu em 2011. (8 de maio)

Peggy Miles Snow aposentou-se do Sistema Adventista de Saúde, como administradora de


estabelecimentos em três estados. É voluntária num hospital em Fort Worth, Texas, e tem servido a igreja
como professora dos departamentos infantis, diaconisa e anciã. Gosta de nadar e ler sobre a história
americana. Tem quatro filhos e quatro netos. (24 de abril)

Peggy S. Rusike cresceu em Zimbábue, mas agora reside na Inglaterra, onde é escritora freelance. Tem
dois filhos e uma filha adulta, e recentemente ganhou uma bela netinha. (11 de fevereiro)

Penny Estes Wheeler tem sido abençoada pela família e pelo trabalho que tem. Gosta de cultivar flores e
viajar. Diz que nunca haverá tempo suficiente para fazer tudo o que deseja, ler tudo o que quer e ver todos
os lugares que gostaria. Ela e o esposo têm quatro filhos e três netos. (28 de agosto)

Priscilla E. Adonis, que escreve da África do Sul, foi coordenadora do Ministério da Mulher na igreja
local por muitos anos. Gosta de mandar versos bíblicos bem cedinho a pessoas que moram longe. Foi
casada por quase 41 anos e ficou viúva recentemente. (22 de abril, 14 de outubro)

Quilvie G. Mills é professora universitária aposentada. Junto com o esposo, ex-pastor, mora na Flórida.
Ela atua na igreja como professora da classe bíblica, membro da comissão, diretora de música e membro da
equipe de ornamentação. Gosta de viajar, ler, ouvir música, cuidar do jardim, fazer palavras cruzadas e
lecionar piano. (24 de junho)

Raquel Queiroz da Costa Arrais é esposa de pastor e desenvolveu seu ministério como educadora por
20 anos. É diretora associada do departamento do Ministério da Mulher na Associação Geral da Igreja
Adventista. Tem dois filhos, duas noras e um neto, Benjamin. Seu maior prazer é estar com pessoas, cantar,
tocar piano e viajar. (22 de janeiro, 2 de outubro)

Raylene McKenzie Ross é enfermeira na área de obstetrícia e trabalha em Nova Jersey. Ela e o esposo,
Leroy, têm um filho, Zachary, que torna sua vida mais interessante do que ela poderia imaginar. Ela atua no
departamento de saúde da igreja. Gosta de costurar e ler. (29 de novembro)

Reba Cook mora numa pequena comunidade do Colorado, e está casada com Dan há 35 anos. Eles têm
dois filhos adultos e uma nora. Reba gosta de fazer a obra do Senhor no centro comunitário, ajudando as
pessoas com alimento e vestuário. Ela vibra quando conquista crianças para o Senhor. (23 de setembro)

Renee Baumgartner escreveu essa história enquanto trabalhava como diretora de comunicação do
Hospital Gimbie, na Etiópia. Renee gosta de pessoas, da natureza e, mais importante, de seu Salvador.
Embora seja da Pensilvânia, está feliz fazendo pós-graduação na Universidade Andrews, em Michigan. (22
de maio)

Retha McCarty é aposentada e mora em Missouri. Ler, escrever, fazer crochê e observar pássaros são
seus passatempos. É tesoureira de sua igreja desde 1977 e publica um boletim informativo da igreja a cada
mês. (21 de março, 29 de outubro)

Revel Papaioannou trabalha com o esposo, pastor aposentado mas que ainda se mantém ativo, na cidade
bíblica de Bereia, Grécia. Eles estão casados há 55 anos, e têm quatro filhos e 14 netos. Ela já ocupou quase
todos os cargos na igreja, e atualmente é diretora da Escola Sabatina, professora de uma classe de adultos,
limpa a igreja e cuida do pequeno jardim. Quando tem tempo, faz caminhadas e lê. (16 de novembro)

Rhodi Alers de López é escritora bilíngue e mora em Massachusetts. Seu ministério como cantora,
oradora e compositora inspira outros em sua jornada com Deus. Dirige um grupo ativo de guerreiras da
oração. (2 de março)

Rhona Grace Magpayo é adventista de terceira geração, natural das Filipinas, e reside em Maryland com
o esposo, aposentado da Marinha dos EUA. São membros da Igreja de Sligo. O casal tem dois filhos
adultos. Rhona gosta de cantar num conjunto de amigos de sua igreja. (14 de março, 22 de agosto)

Rose E. Constantino mora com o esposo e três filhos na Pensilvânia, onde ela é professora associada na
escola de enfermagem da Universidade de Pittsburgh. (26 de maio)

Rose Joseph Thomas é a mãe de Samuel Joseph e Crystal Rose. Ela e o esposo moram na Flórida, onde
Rose trabalha num centro educacional em Altamonte Springs. (21 de fevereiro)
Rose Neff Sikora e o esposo, Norman, estabeleceram seu lar nas belas montanhas da Carolina do Norte.
Ela se aposentou depois de uma carreira de 45 anos como enfermeira. Gosta de caminhar, escrever e ajudar
os outros. Rose tem uma filha, Julie, e três queridos netos: Tyler, Olívia e Grant. (7 de julho)

Rosemarie Clardy e o esposo desfrutam as bênçãos da vida no campo, criando seus três meninos e
cuidando de muitos bichos de estimação na Carolina do Norte. Eles são voluntários na igreja e na escola. (6
de agosto)

Rosenita Christo mora na Índia e trabalha na Divisão Sul-Asiática da Igreja Adventista, como
coordenadora do Serviço Voluntário Adventista. É regente do coral da igreja, escreve artigos e editoriais e é
coautora de um guia de estudos da Bíblia com seu esposo, Gordon. Gosta de cantar, ouvir música e ler. Tem
dois filhos casados. (11 de abril)

Roxie L. Graham-Marski e o esposo, Eser, mudaram-se recentemente do Texas para Nebraska, a fim de
estarem mais perto dos pais e avós dela. Alguns dos seus passatempos incluem escrever, andar a cavalo, ler,
viajar e conversar com familiares e amigos. Roxie gosta de animais e se ocupa com vários deles. Sente-se
grata pela bondade do Senhor. (30 de junho)

Roxy Hoehn é uma vovó feliz que ajuda na economia de Topeka, Kansas, pois gosta de fazer compras
para seus 11 netos muito especiais. (1º de julho)

Rozênia Cerqueira Marinho tem curso superior de contabilidade e mestrado em educação. Trabalha
como gerente do centro de multimídia da Universidade Andrews, em Michigan. Ela é do Brasil, casada com
Robson Marinho. O casal tem duas filhas. (24 de setembro)

Ruby H. Enniss-Alleyne nos escreve da Guiana, América do Sul, onde é tesoureira-assistente da


Associação da Guiana da IASD. Na igreja local, é diretora do Ministério da Família e anciã. Ruby ama os
jovens e gosta do ministério em hospitais. Ela e o esposo, Ashton, têm três filhos adultos. (3 de junho)

Ruby T. Campos é professora de ensino médio nas Filipinas. Lecionou durante 18 anos e foi
recentemente indicada como diretora de um novo educandário. Ama a natureza e seus passatempos incluem
cuidar do jardim, fotografar, ler e escrever. Ruby é solteira. (22 de setembro)

Rubye Sue e seu esposo gostam de morar no campus do colégio Laurelbrook, no Tennessee, durante o
verão. No inverno, eles desfrutam a luz solar em sua casa na Flórida. O casal gosta de viajar, visitar velhos
amigos e conhecer novos. (17 de novembro)

Sal Okwubunka mora na Nigéria e é psicóloga. Foi diretora do Ministério da Mulher na União Leste da
Nigéria. Tem quatro filhos e 10 netos. (15 de setembro)

Sally J. Aken-Linke começou a escrever histórias para a família e amigos quando tinha 6 anos de idade.
Hoje escreve devocionais, artigos e blogs. Ela e o esposo, John, gostam de cantar na igreja e testemunhar de
Jesus. Eles dão graças a Deus pelas bênçãos que representam os filhos, netos, amigos e familiares que
moram espalhados pelos EUA. (26 de janeiro)

Sally Lam-Phoon trabalha na Divisão do Pacífico Norte-Asiático, com sede na Coreia, como diretora dos
Ministérios da Mulher, da Criança e da Família, e coordenadora de um programa único de liderança. Casada
há 40 anos com Chek-Yat, ministro do evangelho, ela tem duas filhas casadas e uma neta. (10 de agosto, 11
de dezembro)

Samantha Nelson é esposa de pastor e gosta de trabalhar ao lado dele. Ela é vice-presidente de uma
organização sem fins lucrativos, dedicada a atender vítimas de abuso sexual e oferecer seminários a
religiosos de todos os credos. (6 de janeiro, 30 de outubro)

Sandra Widulle é casada e tem dois filhos. Gosta de expressar seus pensamentos por escrito. Está
envolvida com o Ministério da Criança na igreja local, na Alemanha, e usa a criatividade na área de
ornamentação. (1º de agosto)

Sandy Colburn e o esposo moram num ambiente rural no centro de Tennessee, onde ele é médico de
família e Sandy administra um pequeno haras. Eles se envolvem na plantação de igrejas e gostam de ver
como Deus os dirige nessa atividade. O filho trabalha num pronto-socorro veterinário e a filha é técnica em
veterinária. (9 de maio)

Sanjo Angella Jeffrey é natural da Jamaica, mas agora leciona em Londres. Trabalhou em muitos cargos
na igreja e foi preceptora das moças na Universidade do Norte do Caribe. Seus passatempos são ler,
escrever, conversar com idosos e correr. (22 de junho)

Selena Blackburn, que mora no estado de Washington, é esposa, mãe, avó, enfermeira e mais algumas
coisas. Ela crê que o equilíbrio na vida está na graça de Deus. Ficou emocionada ao escrever para o livro
devocional, pois anela partilhar a doçura da graça com a qual o Céu a abençoa o tempo todo. (14 de março)

Shanter H. Alexander é da bela ilha de Santa Lúcia. Trabalha como professora e conselheira no
departamento de educação da Missão, desde 1997. Atualmente, faz seu programa de doutorado na
Universidade Andrews. Gosta de ler, escrever, falar em público, viajar e cozinhar. (9 de fevereiro)

Shari Loveday, esposa e mãe, é dona de casa em Maryland. Seus passatempos e interesses incluem
escrever poesia, cânticos e peças. Através da costura e outras habilidades, Shari confecciona vestidos e cria
decorações para residências. Ela ama o Senhor de todo o coração e procura oferecer-se como sacrifício vivo
e como vaso prestativo. (18 de julho)

Sharon Brown Long, natural de Trinidad, mora no Canadá. Trabalhou por 30 anos para o governo de
Alberta como assistente social. Ela e o esposo, Miguel, têm quatro filhos e duas netas. Sharon gosta de
sociabilizar-se, fazer compras e servir aos outros. (11 de novembro)

Sharon M. Thomas foi professora de escola pública, e seu esposo, assistente social. Agora, o casal
desfruta a aposentadoria em Louisiana. Sharon gosta de viajar, caminhar e andar de bicicleta, além de ler e
fazer acolchoados. (21 de abril)

Sharon Oster mora no Colorado com seu esposo pastor, Jerry, recentemente aposentado. Com o
diagnóstico de esclerose múltipla vários anos atrás, Sharon aposentou-se das atividades escolares. Ela
aprecia passar tempo com os três filhos e sete netos. (2 de agosto)

Sheila Webster mora no estado de Virgínia. Formou-se como assistente social pela Universidade
Estadual de Norfolk, e durante a maior parte de sua carreira trabalhou com crianças. É autora de um livro de
poemas e da sua autobiografia. (11 de agosto)

Sherma Webbe Clarke mora em Bermuda, onde atua como diretora do Ministério da Mulher. Seus
muitos interesses incluem costura, fotografia, linguagem dos sinais e viagens. Ela e o esposo, Ricardo, têm
quatro filhos adultos e um companheiro canino. (26 de agosto)

Shirley C. Iheanacho está aposentada e se alegra ao viajar com Morris, seu companheiro há 42 anos.
Shirley se ocupa escrevendo,visitando, cantando para enfermos, tocando sinos de mão, animando os
companheiros de viagem, enviando e-mails para amigos. Ela se sente agradecida pelas três filhas e os dois
netos que Deus lhe deu. (29 de março)

Shirley Cadiz Aguinaldo dirige quatro ministérios na União Sul das Filipinas. É enfermeira, tem
mestrado em saúde pública e trabalhou como instrutora clínica de enfermagem. Gosta de cantar, lecionar,
escrever, fazer amizades e apresentar programas de TV voltados à família. (20 de abril)

Shirley P. Scott foi secretária na Universidade Oakwood, no Alabama, por 15 anos, e diretora do
Ministério da Mulher na Associação Centro-Sul por sete anos. Ela e o esposo, Lionel, estão casados há 45
anos. Ela tem três filhos e é avó. Seu mais profundo desejo é estabelecer um centro para preparar e capacitar
mulheres a se tornarem líderes cristãs. (3 de outubro)

Shirnet Wellington, assistente administrativa em Miami, Flórida, é jamaicana de nascimento e professora


por profissão. Trabalhou com educação antes de migrar para os Estados Unidos com seu esposo pastor. Eles
têm dois filhos; um é pastor, o outro é piloto. Os passatempos de Shirnet incluem escrever, ler, cuidar do
jardim e animar outras esposas de pastor em sua função. (19 de setembro)

Sinikka Dixon aposentou-se recentemente, com o esposo, na Ilha Prince Edward, Canadá. Ela é socióloga
e tem doutorado da Universidade da Califórnia, em Riverside. Gosta de ler, viajar e participar de esportes
aquáticos e na neve. (1º de fevereiro)

Stella Thomas trabalha na Associação Geral da Igreja Adventista. Tem prazer em partilhar o amor de
Deus com o mundo e deseja ver muitos em Seu reino. (29 de maio)

Suely Luppi Novais mora em Maringá, Paraná, Brasil. É casada e tem dois preciosos tesouros, Felipe e
Lara. Professora há muitos anos, ela é agora educadora de seus filhos, do grupo de Aventureiros e de uma
classe dos primários na igreja. Gosta de ler e ama cozinhar. Está fazendo mestrado na Universidade
Estadual de Maringá. (21 de julho)

Suhana Benny Prasad Chikatla é médica. Nasceu na Índia. Tem dois mestrados e um doutorado. Mora
no Alabama com o esposo, Royce Sutton. Suhana é membro do conselho executivo do departamento do
Ministério da Mulher na Associação dos Estados do Golfo. É líder dos jovens. (26 de julho)

Susan Riley, nascida em Trinidad e Tobago, mora na Inglaterra. É enfermeira na área da saúde mental.
Gosta de corresponder-se, caminhar (especialmente ao longo do rio perto de sua casa) e escrever poemas.
Um dos seus sonhos é ser escritora freelance. (20 de dezembro)

Susana Schulz é da Argentina. Tem três filhas e três netos. Esposa de missionário, estudou pessoas,
idiomas e culturas. Foi a primeira diretora do Ministério da Mulher na Divisão Sul-Americana da Igreja
Adventista, e dirigiu um departamento na Universidade River Plate [Argentina]. Trabalha no departamento
de educação da Associação Geral da IASD, em Maryland. (24 de novembro)

Susen Mattison Molé cresceu como filha de missionários na Índia e gostava de se mudar de um lugar
para outro. Tem duas filhas universitárias. Aprecia caminhar, escrever, ler, pintar, tocar violoncelo e
saborear pratos de diferentes culturas. Ainda viaja com o esposo, médico da Marinha, como tem feito por
muitos anos. (11 de março)

Suzi David Arandas, professora de História, mora em São Paulo, Brasil, com o esposo, Robson, e a filha,
Rebecca. Suzi gosta de estar na igreja, organizar e decorar sua casa, ter reuniões de família e viajar pela
costa do Brasil. (7 de agosto)

Sweetie Ritchil mora em Bangladesh, onde é tesoureira da União, e serviu a igreja em áreas financeiras.
Também se envolve com a Escola Sabatina das crianças – compondo cânticos –, no Ministério da Mulher e
assistência social. Gosta de ler a Bíblia, escrever artigos e encontrar maneiras de ajudar crianças, estudantes
e mães desvalidas. (12 de agosto)

Sylvia Giles Bennett e o esposo, Richard, têm dois filhos adultos e dois netos. Seus passatempos incluem
ler, escrever e desfrutar as coisas simples da vida. (22 de março)

Sylvia Stark mora no Tennessee e trabalha como artista em vitrais, entre outros empreendimentos
criativos. Faz parte de uma banda que percorre as igrejas para incentivar o apoio à Rádio Mundial
Adventista. (26 de junho)

Taiwo Adenekan mora em Gâmbia, África Ocidental, onde leciona e é a líder local do Ministério da
Mulher. Nasceu numa família muçulmana; a mãe dela foi a segunda esposa. Taiwo se tornou cristã num
colégio. Perdeu o primeiro esposo cedo na vida, depois de ter tido dois filhos. Agora casou novamente, e
tem mais duas crianças. (18 de março)

Tamar Boswell é enfermeira e mora em Bermuda. Gosta de orar pelos outros e fica entusiasmada quando
sabe de orações atendidas, especialmente na vida de não cristãos. Seus interesses incluem viajar, ler, testar
receitas vegetarianas e participar de programas voltados à comunidade. (24 de janeiro)

Tamara Brown é natural de Ohio, mas mora no Tennessee. Procura ser fiel a Deus e ao próximo. Ela e
Robert estão casados há 21 anos e têm um filho. Tamara crê que o lar é o principal ministério de uma
mulher. Além disso, ela promove os Ministérios da Saúde e da Família. (6 de novembro)

Tamara Marquez de Smith mora em Ocala, Flórida, com o esposo, Steven, e as filhas, Lillian e
Cassandra. O ano em que escreveu este devocional foi seu último como professora do departamento do
jardim da infância e dos primários na Escola Sabatina. Tamara está na expectativa de saber para onde Deus
conduzirá sua família daqui para a frente. (2 de maio)

Tammy Sommer mora no Tennessee e tem um filho de dois anos. Antes do nascimento dele, Tammy
lecionou numa escola adventista por oito anos. Atualmente, fica em casa cuidando do filhinho. Esta é sua
primeira contribuição para o livro devocional. (5 de maio)

Taniesha Robertson-Brown mora na Jamaica, onde ela e o esposo estudam. Ambos são professores e, no
futuro, esperam prestar contribuições adicionais à educação adventista nas Ilhas Turks e Caicos. Sua alegria
inclui passar tempo com a família e amigos, trabalhar com os jovens da igreja e cultivar o jardim. (11 de
maio)

Tanya Kennedy formou-se recentemente na Universidade Andrews, onde seu esposo também concluiu o
seminário teológico. Na época em que escreveu este devocional, ela aguardava um emprego no Colorado. É
autora de um livro infantil e planeja escrever mais, pois sua paixão é escrever. Ela tem quatro filhos e um
enteado. (26 de novembro)

Temitope Joyce Lawal é filha de pastor e secretária da Escola Sabatina de sua igreja. Trabalha há dez
anos como secretária no Hospital Adventista em Ile-Ie, Nigéria. Gosta muito de cantar. (13 de agosto)

Teresa Proctor Hebard é a mãe de Daniel e Michelle. Ela aprecia fazer longas caminhadas em meio à
natureza, cantar, tocar piano e criar receitas deliciosas e saudáveis. Gosta de morar no Colorado e caminhar
pelas belas Montanhas Rochosas. (9 de dezembro)

Thamer Cassandra Smikle mora na Jamaica, onde é auditora na alfândega do país. Atualmente, auxilia
seu esposo pastor nas igrejas do distrito de Crofts Hill. Eles têm três filhos. Passatempos: cantar, escrever e
ouvir música evangélica. (29 de abril)
Traci S. Anderson mora em Huntsville, Alabama, com o esposo, Jeremy. Traci gosta de cozinhar, passar
tempo com a família e amigos, e relaxar nos fins de semana. Trabalha para uma empreiteira do governo
como coordenadora de projetos, mas espera tornar-se empreendedora de tempo integral na obra de Deus.
(16 de dezembro)

Valsa Edison mora na Índia, com seu esposo pastor. O casal tem duas filhas. Em 1991, Valsa recebeu o
prêmio de Melhor Professora. Agora aposentada, é diretora do Ministério da Mulher e da Criança.
Passatempos: ler, escrever, ouvir música e cozinhar. (8 de junho)

Vasthi Hinds-Vanier aposentou-se de sua carreira como enfermeira, que abrangeu mais de 40 anos. Seus
passatempos incluem viagens, decoração de bolos, jardinagem e crochê. Ela nasceu na Guiana, América do
Sul. (15 de julho)

Velda M. Jesse é diretora dos Ministérios da Mulher e da Criança na União de Belize da IASD. Trabalha
incansavelmente nessa função devido ao seu amor e compromisso com a obra de Deus. Ela e o esposo
pastor têm dois meninos e uma menina. Administradora de empresas por profissão, Velda leciona há mais
de 13 anos. (15 de fevereiro)

Venessa Stinvil Gutierrez é optometrista licenciada. Mora em Nova York com o esposo, quatro filhos
adultos e uma neta. É diretora do Ministério da Saúde em sua igreja. (24 de agosto)

Verlyne Starr e o esposo, Wayne, estão casados há 36 anos. Têm dois filhos e quatro netos. Ela é
professora associada na faculdade de administração da Universidade Adventista do Tennessee. Dá estudos
bíblicos semanais para mulheres de um abrigo, em Chattanooga. (2 de junho)

Verona Bent e seu esposo são fazendeiros na Jamaica, plantando grandes extensões de tomate, pepino,
cenoura e pimenta. Ela tem seis filhos e sete netos. Frequentar a igreja de Bellevue é uma de suas atividades
favoritas. (7 de dezembro)

Victoria Selvaraj é superintendente de enfermagem, aposentada, e mora na Índia. Seu esposo é pastor, e
ela o acompanha no ministério. Eles têm um casal de filhos. Victoria gosta de cantar, escrever artigos, dar
estudos bíblicos e passar tempo com a neta. (13 de março)

Violeta Mack-Donovan mora em S. Thomas, nas Ilhas Virgens, e leciona espanhol na Universidade das
Ilhas Virgens. É diretora da Escola Sabatina em sua igreja e gosta de contar suas experiências espirituais aos
outros. (24 de julho)

Vivian Brown e o esposo, Jimmy, têm três filhos e seis netos. Vivian trabalhou na Escola Sabatina, com
corais infantis, seminários do Apocalipse, Ministério da Mulher e tecnologia. Agora aposentada como
professora, é voluntária como instrutora de computação num centro para idosos e canta num coral feminino.
(1º de setembro)

Wendy Bradley mora numa cidadezinha da Inglaterra. Seu esposo, David, faleceu em 2007, e agora ela
retomou a atividade de escrever. Deus colocou à sua volta o mais maravilhoso grupo de amigos, que a
incentivaram a voltar a dirigir, após um período de 12 anos. (9 de setembro)

Wendy Wongk, enfermeira, ama a Deus, a família, amigos, viagens e as coisas do Senhor. Tem três filhos
e quatro netos, e mora na Geórgia. (18 de abril)

Yan Siew Ghiang mora em Cingapura, onde trabalhava como assistente administrativa em um projeto de
construção. Está envolvida com o Clube de Desbravadores. Já atuou como pastora-assistente, capelã,
professora de Bíblia e coordenadora da Voz da Profecia. (16 de maio)

Yara Bersot Pellim é estudante de ciências contábeis. Tem 19 anos e mora em Guarulhos, São Paulo,
Brasil, com os pais e a irmã mais velha. Toca piano na igreja e também trabalha com crianças na Escola
Sabatina. Esta é a primeira vez que ela escreve um devocional. Yara gosta de tocar e ouvir instrumentos
musicais, além de ler. (25 de junho)

Yvonne Curry Smallwood é esposa, mãe e avó, e reside em Maryland. Gosta de fazer crochê, escrever
seu diário e passar tempo com a neta, Jordan. (14 de abril)

Zuila V. N. Rodrigues é esposa de pastor, e ambos estão aposentados. O casal tem três filhos e quatro
netos. Ela aprecia escrever e caminhar em meio à natureza onde mora, no Brasil. (27 de março)
Participe

Este livro devocional tem dois propósitos distintos. O primeiro é o seu


crescimento espiritual. O segundo é financiar bolsas de estudo para mulheres,
em nível universitário. Nenhuma das escritoras recebe pagamento; elas realizam
um trabalho de amor.
Se você deseja participar deste projeto do Departamento do Ministério da
Mulher da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, envie seus
textos em português ou em inglês, digitados ou manuscritos (cerca de 375 a 425
palavras cada), em espaço duplo, para a Divisão Sul-Americana, Caixa Postal
02600, Brasília, DF – 70279-970. Não use poemas, pseudônimos ou textos
anônimos.
Inclua duas ou três linhas sobre seus dados (profissão, envolvimento na igreja,
hobbies, realizações pessoais, etc.)
Devido às datas de edição e publicação, o prazo mínimo para divulgação deste
material é de dois anos. Você será notificada pelo correio se os seus artigos serão
ou não publicados. Os textos que não forem utilizados não serão devolvidos.
Partilhe sua experiência com mulheres de todo o mundo!

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