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Copyright © Augusto Cury, 2022

Direitos reservados desta edição: Dreamsellers Pictures Ltda.


Título: 365 dias da mulher emocionalmente saudável
1ª edição: agosto 2022

O conteúdo desta obra é de total responsabilidade do autor.


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por escrito da editora.

Autor: Augusto Cury


Edição e preparação: Lúcia Brito
Assistente de edição: Hay Selbach
Projeto gráfico: Dharana Rivas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Cury, Augusto
365 dias da mulher emocionalmente saudável / Augusto
Cury. -- Brasil : Dreamsellers, 2022.
384 p.

ISBN 978-65-84661-34-9

1. Mulheres – Saúde mental 2. Mensagens I. Título.

22-4796 CDD 158.1

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augustocury
Que você se olhe no espelho de sua mente.
Que, ao se olhar, não tenha medo de se enxergar.
Que, ao se enxergar, reconheça seus defeitos.
Que, ao reconhecer seus defeitos,
não se puna nem se diminua.
Que você esteja sempre pronta para recomeçar.
Que, ao recomeçar, faça muito do pouco.

Que você escreva uma bela história de amor.


Que, ao escrevê-la, não tenha medo de falhar.
Que, se falhar, não tenha medo de chorar.
Que, se chorar, repense sua vida, mas não desista.
Que não cobre demais de si nem do outro.
Que dê sempre uma nova chance para si mesma.

Que você seja autora da própria história.


1º de janeiro

Querida mulher, abra os capítulos


mais importantes da sua vida para
quem você ama. Humanize-se.

Se eu pudesse analisar você, encontraria uma personagem fascinante,


com sucessos e fracassos, lágrimas e risos, coragem e fragilidade.
Nem de longe suas dificuldades depõem contra o seu valor. Seu
parceiro, filhos, amigos precisam conhecê-la na essência. Leve-os
a não ter medo da vida, mas sim medo de não vivê-la com inten-
sidade e lucidez.
Todo ser humano tem potencial para desenvolver as funções
mais complexas da inteligência – pensamento abstrato, resiliência,
tolerância, capacidade de pensar antes de reagir, de se colocar no
lugar do outro, de expor e não impor ideias, de proteger a emoção,
de gerir os pensamentos. Contudo, é necessário coragem e disci-
plina para desenvolver esse potencial. Desperte-o em si mesma e
nos outros.

9
2 de janeiro

Os homens e as mulheres do
passado amavam com uma
intensidade muito maior do que
os seres humanos do presente.

Até a segunda metade do século 19, a comunicação era difícil,


por carta ou por meio de transporte de tração animal, como a
carruagem. Como o casal raramente se via, a saudade era grande,
a necessidade de estar junto era bombástica, os encontros eram
mágicos. Cada toque, cada carícia, cada jura de amor dita ao pé do
ouvido dos amantes produzia experiências emocionais fortíssimas.
Os amantes do passado tinham possibilidade de amar mais in-
tensamente, ainda que em muitos casos houvesse a loucura do ciúme
fatal e a estupidez do machismo. Amantes mal resolvidos emocio-
nalmente, sob o lençol de um sistema social doentio, tornavam-se
dramaticamente controladores e intensamente escravizadores.
Com o passar do tempo, a comunicação foi se aperfeiçoando,
os correios se tornaram mais eficientes, os veículos motorizados e
o telefone encurtaram as distâncias.

10
3 de janeiro

Mulheres inteligentes não são


heroínas, mas seres humanos.
Sabem que uma pessoa grande
reconhece sua pequenez.

Mulheres inteligentes têm mentes complexas, às vezes complicadas.


Podem ser vítimas de alguns medos, mas não do medo de se co-
nhecer. Têm a convicção de que quem não entra em camadas mais
profundas do próprio ser viverá na superfície, não superará seus
conflitos nem conhecerá intimamente as pessoas que mais ama.
Mulheres inteligentes são autônomas, transparentes, livres.
Não têm medo de suas lágrimas nem de dividir seus sentimentos
nem de falar de suas dificuldades.
Para algumas mulheres, as lágrimas são gotas expulsas de olhos
intimidados. Para a mulher inteligente e madura, as lágrimas são
pérolas que se apresentam no palco do rosto e desenham um novo
traçado em sua história.

11
4 de janeiro

Graças às redes sociais, o vampiro


do ciúme ganhou novas presas,
sangrando os amantes que
controlam os passos um do outro.

“Onde você está?”“O que está fazendo?”“Por que não curtiu minhas
postagens?”. Na era da comunicação digital, o fantasma do ciúme
voltou com força total.
O relacionamento superficial no Facebook, Instagram e em
outras redes sociais não prepara as defesas emocionais para o rela-
cionamento mais profundo, regado a cumplicidade e troca. Quando
duas pessoas acostumadas com relações superficiais começam a
se relacionar com maior densidade, têm mais chances de perder o
chão, pois são menos capazes de compartilhar lágrimas e confli-
tos, de respeitar limites, de promover os sonhos e a liberdade do
parceiro. Fragilizadas com a nova experiência, vivem sob ataques
do medo da perda, que afiam as garras do ciúme.
Tente controlar quem você ama, e os dois adoecerão. O amor
nasce e se desenvolve no terreno da liberdade.

12
5 de janeiro

Educar a emoção é vital


para prevenir o ciúme.

Em todas as épocas, as sociedades tiveram avanços culturais, po-


líticos e tecnológicos, mas em todas faltaram generosas doses de
educação da emoção. A educação mundial é superficial, cartesiana,
lógico-linear, mesmo considerando as mais notáveis universidades.
Ela nos remete para fora, mas não nos faz mergulhar nas entra-
nhas do funcionamento da mente. É muito fácil acumular lixo em
nosso córtex cerebral. Não sabíamos disso porque essas áreas não
eram estudadas.
Quem tem um Eu que se comporta como um espectador passivo
do filme de sua mente comete um crime contra sua saúde emo-
cional. Todas as escolas do mundo deveriam preparar seus alunos
para terem um Eu bem formado, bem resolvido, que protegesse a
emoção, filtrasse estímulos estressantes, gerenciasse a ansiedade,
se colocasse no lugar dos outros, ousasse, se reinventasse.

13
6 de janeiro

Se não desenvolvemos habilidades


socioemocionais, a chance de
adoecermos emocionalmente e
termos relações infelizes é enorme.

Se os jovens não aprenderem a pensar antes de reagir, a se colocar


no lugar dos outros, a ousar depois das crises, a andar por ares
nunca antes respirados, a trabalhar perdas e frustrações, a encantar
pessoas difíceis, as relações entre pais e filhos, professores e alunos,
executivos e colaboradores e casais têm grande chance de começar
no céu do afeto e terminar no inferno dos atritos.
Todos tomam água filtrada, tratada ou mineral, mas a educa-
ção cartesiana não ensina o Eu dos alunos a filtrar os estímulos
estressantes. Sem saber proteger a emoção, a dor nos destruirá, seja
qual for. Saber o que fazer com fracassos, crises, vexames, conflitos,
medo da perda é algo muito mais poderoso para formar um líder
do que deixá-lo lidar apenas com os sucessos.

14
7 de janeiro

Se o indivíduo não dirigir a própria


mente, não conseguirá operar com
maturidade o veículo da emoção.

Sem gestão da emoção, é quase impossível não perder o autocontrole


com frequência. É quase inviável superar a necessidade neurótica
de controlar os outros ou de se esconder quando pressionado.
Pessoas que não aprendem a gerir a própria mente levam o
cérebro à falência, pensam aceleradamente, esgotam suas energias
com facilidade. Como consequência, têm dores de cabeça e dores
musculares, acordam fatigadas, são impacientes, não toleram con-
viver com pessoas lentas. Tornam-se frustradas como profissionais
e amantes.

15
8 de janeiro

Toda mulher deve se sentir dotada


de uma grande missão.

Não importa se faz faxina numa empresa ou se a dirige, se limpa


os doentes ou se é a médica, se vende produtos ou se vende ideias
numa sala de aula. Toda mulher sempre deve realizar seu trabalho
dando o melhor de si, libertando sua criatividade, exalando sua
sensibilidade, honrando sua história, procurando construir uma
nobre biografia.
Nesses tempos psicóticos em que poucas vivem no estrelato e a
esmagadora maioria, no anonimato, em que os padrões de beleza
são ditatoriais, muitas mulheres têm se depreciado e se deprimido.
Toda mulher dever lutar ardentemente pelo que ama e para jamais
se sentir diminuída, inferiorizada, contraída.
O homem inteligente promove sua mulher, incentiva sua ca-
minhada, investe em seus sonhos, aplaude seu sucesso. Sabe que,
ao lado ou à frente de um grande homem, há sempre uma mulher
brilhante e realizada.

16
9 de janeiro

Quem não aprende os segredos da


matemática da emoção, na qual
dividir é aumentar, não consegue
prevenir o ciúme.

Quem não sabe dividir suas lágrimas e suas perdas não irrigará
o amor inteligente. O ciúme é egoísta, não sabe dividir; o amor
inteligente compartilha, vive a matemática da emoção. O ciúme é
egocêntrico, quer que o outro viva na sua órbita; o amor inteligente
aplaude as próprias órbitas.
Quem não aprender as regras ilógicas da matemática da emoção,
não saberá trabalhar em equipe, não reconhecerá nem promoverá
as conquistas dos colegas, evitará se relacionar com quem se so-
bressair. O ciúme profissional é terrível. Quem tem necessidade de
excesso de atenção é profundamente carente, raramente se alegra
com o sucesso dos outros.

17
10 de janeiro

Não basta amar com a emoção.


Para ser sustentável, uma relação
precisa do amor inteligente.

Não há dúvida de que o amor humano é finito e regado a condições.


Quem amar apenas com emoção terá um amor circunstancial, in-
tolerante às frustrações, rapidamente esgotável. É necessário amar
com doses de inteligência.
No começo da relação, quando as labaredas do amor estão altas,
enfrentam-se com maior disposição as tempestades emocionais,
as crises sociais, as dificuldades financeiras e até um possível mau
humor da sogra ou do sogro. Todavia, quando as chamas diminuem,
os atritos gritam mais alto, as acusações alçam voo, as críticas se
sobressaem à tolerância, asfixiando pouco a pouco o amor.
Quando se ama com doses generosas de inteligência, com gestão
da emoção, o paradigma muda: o amor é infinito enquanto se cultiva.

18
11 de janeiro

Nenhum romance se inicia


se os parceiros não forem
minimamente agradáveis
um para o outro, mas o amor
inteligente precisa de admiração.

Cultivar o amor é cultivar um jardim na memória das pessoas com


quem convivemos. Como? Elogiando mais e criticando menos,
abraçando mais e cobrando menos, encantando mais e sendo
menos entediante.
Uma pessoa ciumenta pode ser agradável, mas raramente será
admirável. Parceiros agradáveis podem se dar muito bem na cama,
mas ter uma convivência difícil, sem conseguir respeitar a opinião
um do outro.
Sem admiração, o amor não é sustentável. Uma pessoa agradável
pode ter dificuldade de reconhecer seus erros quando questionada,
mas uma pessoa admirável supera a necessidade neurótica de estar
sempre certa. Uma pessoa agradável pode reagir pelo fenômeno
ação-reação, ter baixo limiar para tolerar frustrações, enquanto a
pessoa admirável é paciente, doa-se mais e diminui a expectativa
de retorno.
19
12 de janeiro

Pessoas agradáveis vivem o amor


enquanto ele dura, ao passo que
pessoas admiráveis colocam
combustível nas delicadas
chamas do amor.

Uma pessoa ciumenta pode ser agradável, mas raramente será


admirável, pois não desenvolveu habilidades para ser gestora da
própria emoção. Na ausência de focos de tensão, vive no céu do
afeto, mas, quando contrariada, não raciocina, vive num inferno
emocional.
Não há nenhuma garantia de que romances que começam bem
vão terminar bem, que relações saturadas de beijos e carícias não
vão terminar em tapas emocionais. Sem admiração, os parceiros
tornam-se chatos, críticos, pressionadores e acusadores com o
passar do tempo. São incapazes de dar risada da própria estupi-
dez, levam a vida a ferro e fogo, não brincam, não relaxam. Sem
admiração, o romance é desinteligente, carregado de emoção, mas
vazio de sabedoria.

20
13 de janeiro

Existe um ciúme aceitável,


suportável, inofensivo, mas nenhum
ciúme é saudável, principalmente
se implica controlar o outro.

Querer a presença do outro é saudável, mas exigi-la é nocivo;


procurar fazer coisas juntos tempera a relação, mas não se alegrar
sem a presença do outro é doentio. Amar a presença do parceiro é
riquíssimo, mas reclamar atenção exclusiva é aprisionador.
O ciúme aceitável não arde em cobranças; o ciúme fatal asfixia
quem ama. O ciúme aceitável é tolerante, permite que se dê risada
de seus exageros; o ciúme doentio leva a vida a ferro e fogo, é radi-
cal. O ciúme aceitável não bloqueia os sonhos; o ciúme fatal tem
medo de o outro crescer.
Diferentemente do ciúme, o amor saudável pede atenção, mas
não controla; solicita carinho, mas não sufoca; dá mil abraços,
mas não prende; torce para ser notado, mas o faz no silêncio, não
cobrando.

21
14 de janeiro

Ninguém deve se relacionar


com outra pessoa para ser feliz,
mas para ser mais feliz.

Uma pessoa mal resolvida não resolverá sua infelicidade relacio-


nando-se com alguém. Depositar a esperança de ser feliz exclu-
sivamente no outro é acreditar num delírio. Quem não aprende
a namorar a própria vida, a relaxar, se cobrar menos, sonhar, ser
eternamente jovem e fazer da vida um show não terá um namoro
ou um casamento espetacular. Poderá transformá-lo num deserto,
ainda que nos primeiros meses viva num oásis.
É claro que os parceiros devem se ajudar mutuamente, encora-
jar um ao outro, dar apoio, suporte, um ombro para chorar, mas
não devem ser psiquiatras ou psicólogos 24 horas por dia. Não há
bombeiro emocional que suporte apagar o fogo de seu parceiro
todos os dias. Quem tem problemas emocionais deve ser humilde,
honesto consigo mesmo e procurar ajuda; deve aliviar quem ama,
não sobrecarregá-lo.

22
15 de janeiro

Dependência doentia é
um suicídio emocional.

O amor sustentável requer autonomia. Depender do humor, da


atenção, do ânimo, do retorno do outro para ser feliz é construir
uma relação catastrófica. O amor inteligente é dificílimo de ser ex-
plicado, pois é fundamentado numa independência agradavelmente
dependente, numa cumplicidade que completa o casal.
A carta de amor daqueles que vivem um amor inteligente é assim:
“Eu posso viver sem você, mas sem sua presença meu céu tem
poucas estrelas. Eu posso cultivar flores sem você, mas sem sua
presença meu jardim é menos perfumado. Sem você sou apenas
um instrumento solitário, mas com você formo uma pequena
orquestra, meu sentido de vida ganha estatura, minha história
ganha profundidade. Com você, minhas lágrimas são aliviadas,
meus sonhos alçam voos. Obrigado por existir e me complementar”.

23
16 de janeiro

Você constrói coliseus em sua casa e


em seu trabalho ou é especialista em
abraçar e desarmar as pessoas?

Muitos seres humanos gostam de digladiar, são especialistas em


criticar, mostrar as incoerências, as ineficiências e a lentidão dos
outros. Não são apenas as drogas que viciam; apontar falhas e
causar atritos também.
Se você eleva o tom de voz ou pressiona as pessoas para ser
respeitada, tenha certeza de que poderá ser grande fora, mas será
pequena dentro de quem ama. Sua casa e seu trabalho não serão um
jardim, mas um coliseu onde as pessoas estarão sempre digladiando.
Quem conquista o território da emoção, quem é generoso e
paciente desenha nos solos da memória do outro uma imagem
solene. Pode ser pequeno e humilde por fora, mas será gigantesco
por dentro. Será amado e ouvido, suas palavras poderão ser brandas
e mesmo assim causarão impacto.

24
17 de janeiro

O amor implica desejo de


aproximação. E ciúme
brando, inofensivo.

O ser humano não é apenas cartesiano, lógico ou racional, é também


marcadamente emocional. O planeta emoção nos torna extrema-
mente complexos, com necessidades especiais, ilógicas, incom-
preensíveis e, por vezes, incontroláveis. Quem ama tem um polo
de atração, rompe barreiras, aproxima as distâncias. Expectativas
não correspondidas geram saudade, pensamentos estratégicos para
aproximar e conquistar ou formas cruéis de ciúme.
Quem ama tem ciúme? Se considerarmos o ciúme como busca de
aproximação, sim. Mas o ciúme como medo da perda, necessidade
de controle, cobranças e atenção exagerada é um desvio doentio
da necessidade de aproximação. O ciúme brando, autocontro-
lado, inofensivo, faz oposição à indiferença. Muitas vezes quem é
indiferente não ama nem a si mesmo. Todavia, há o ciúme cruel,
controlador, asfixiador e egocêntrico.

25
18 de janeiro

O Eu representa a capacidade de
escolha, mas, nas crises de ciúme,
faz péssimas escolhas.

O ciúme doentio é um defeito da formação da personalidade, em


destaque do Eu como gestor da mente humana. Nas crises de ciúme,
o Eu perde a autocrítica e a capacidade de autonomia, escolhe ser
um escravo do outro, vende sua paz e sua saúde emocional por
um preço irrisório.
A pessoa ciumenta não consegue pilotar sua mente. Não é
sem razão que pessoas que têm crises de ciúme fazem escândalo,
se humilham, humilham o outro, pressionam, suplicam atenção.
Quem se sente ameaçado, fragilizado, vive em função do medo
de perder. E o medo de perder gera a necessidade de controlar quem
ama, seja o parceiro, sejam os filhos, sejam os amigos. Quem tem
ciúme perde o outro com mais facilidade, mas o pior de tudo é que
perde a si mesmo, perde sua segurança e sua dignidade.

26
19 de janeiro

Ciúme é uma agiotagem


neurótica da emoção.

O ciúme é a mais atroz agiotagem da emoção. Uma pessoa ciu-


menta pode ser comparada a um agiota, só que, nesse caso, da
emoção. Empresta seu tempo, depois cobra caro de quem ama. Dá
seu carinho, mas suga o outro, cobra um carinho dez vezes maior
do que aquele que “emprestou”. Dá sua atenção, mas depois exige
atenção exclusiva.
É claro que, quando nos doamos, esperamos retorno, porém,
deve ser algo espontâneo. Devemos elogiar, inspirar e encantar nosso
parceiro, observar o que ele gosta; se isso é feito com maturidade,
o retorno ocorrerá sem pressão.
Uma pessoa gentil, preocupada em irrigar o amor do seu par-
ceiro, deveria receber de volta o afeto e a dedicação. Porém, essa
contrapartida não deve ser exigida. Quanto mais se pressiona,
mais o outro se afasta, pois a relação deixa de ser regada a prazer
e passa a ser dirigida pelo estresse.

27
20 de janeiro

Uma pessoa ciumenta, ainda que


culta e eloquente, não gosta de si o
suficiente para ser independente.

A pessoa ciumenta precisa do outro para respirar autoestima, para


oxigenar sua autoimagem. Sem o outro, sua existência emocional
é um céu sem estrelas, uma cama sem lençol, um caminho sem
estrada.
Quem tem ciúme excessivo frequentemente não se interioriza
o suficiente para ter um romance com a própria história. Consegue
apontar as falhas do outro, mas não detecta o rombo em sua perso-
nalidade. Exige que o outro o valorize, mas ele mesmo se valoriza
miseravelmente, dá migalhas de atenção para si. Uma pessoa mal
resolvida emocionalmente sempre terá relações mal solucionadas.
A pessoa que educa seu Eu para aprender a se curtir, se valorizar,
ter um caso de amor com a própria história e ter um romance com
sua saúde emocional desenvolve relações cada vez mais saudáveis
com os outros.

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