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Universidade São Tomás de Moçambique

Ética Fundamental

Ética de São Tomás de Aquino


Introdução
Quem é/ foi S. Tomás de Aquino

Filho de Pais de alto extracto social, o Cavaleiro Landulf de


Aquino e a Condeza Theodora de Teano, o italiano frade católico
Tomás de Aquino nasceu na Roccaseca em 1225 e faleceu em
Março de 1274 na Abadia de Fossanova

Membro da Ordem dos Pregadores, suas obras influenciaram muito


a Filosofia e a Teologia naquela época concretamente a
Escolástica, o que lhe valeu o título de "Doutor Angélico"
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S. Tomás foi influenciado por Agostinho de Hipona, Aristóteles,


Platão, René Descartes, Immanuel Kant

Formou-se na Universidade de Nápoles e na de Paris beatificado,


ingressou na ordem dos dominicanos, defendeu a união entre fé e
razão.

Com apoio de Alberto Magno, foi para o Convento contra a vontade


de sua família, especialmente sua mãe de tal ordem que com o
apoio dos irmãos ela encarcerou-o.

S. Tomás permaneceu firme na sua decisão e em 1245 foi liberto e


seguiu o que os religiosos chamam vocação.
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Já no convento, Mosteiro, tornou-se grande estudioso e professor


sobre Aristóteles, tendo sido indicado o principal representante da
Filosofia Medieval Escolástica.

Que teoria defendia na sua Ética?


Para Santo Tomás de Aquino a pessoa devia confiança à razão e
aos sentidos para alcançar compreender a realidade.

Pelo facto, Chesterton considerou a ideia tomista de filosofia do


senso comum.

As preces, sermões e comentários cristãos de S. Tomás foram de


grande importância para o cristianismo.
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Parte das suas principais obras:


a)Suma Teológica (Summa Theologiae)
b)Suma contra os Gentios (Summa contra Gentiles).

Qual era a necessidade de conciliar a razão e fé?


Surge a distinção entre a fé e a razão. O conhecimento recebido de
Deus torna-se superior ao conhecimento racional.
A relação entre fé e razão foi muito discutido no mundo religioso e
tornou-se complexa forma como as diversas interpretações
tomavam forma naquela altura

Naquele período em que o Teocentrismo enfrentava o iluminismo,


Pedro Abelardo sustenta o movimento filosófico de luta para
entender Deus
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Naquele período o Teocentrismo enfrentava o iluminismo, Pedro


Abelardo sustenta o movimento filosófico de luta em entender Deus

Ele emerge com a célebre frase segundo a qual o desejo de


conhecer traz-nos a dúvida faz-nos pesquisar para chegarmos
a verdade

Eis que S. Tomás em contrapartida, lembra a todos que o ser


humano é o centro da criação, pois foi formado à imagem e
semelhança de Deus.

S. Tomás acrescenta que toda a criatura tem uma forte participação


de Deus, contundo, só os anjos e o homem possuiriam não só a
natureza intelectual como também a dignidade estender-se-ia a
toda a humanidade. 5
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Devido aos estudos cada vez mais aprofundados para a


interpretação e compreensão ao pensamento racionalista
aristotélico, nascera um conflito que já não era latente entre os
religiosos e filósofos.

Os sacerdotes já não acreditavam o que eles mesmos sempre


acreditaram e fizeram os outros crerem por muito tempo.

Assim, passou a denotar-se uma sensação de abstinência cada vez


mais acentuada aos serviços religiosos e de fé em contrapartida da
interpretação racional.

Isto abala até a fé dos Sacerdotes, cresce o conflito de consciência


sobre se primam pela fé ou se interpretam tudo à luz da razão.
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Tudo agrava-se e complica-se quando o Império romano se


desagrega, os bárbaros, cartagineses e os mouros invadem o
império, as instituições e os centros de difusão cultural
desaparecem uns ou desagregaram-se outros.

Os chamados "pais da igreja" que tinham sido os primeiros e


principais filósofos defensores da fé cristã dos séculos iniciais até
cerca do Séc. VIII também denotam forte abalo devido a dicotomia.

Os padres da Igreja, também designados filósofos da época, são os


que tentam nesse momento conciliar a herança greco-romana e o
pensamento cristão.

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Era o movimento ou corrente filosófica que se designou Patrística,


ao qual se untam S. Paulo e S. João e trabalham na conversão dos
pagãos à nova religião cristã.

Em decorrência desta dicotomia, surge a discussão em torno da


possibilidade de conciliação entre fé e razão.

E é neste contexto que S. Tomás escreve sobre a necessidade de


não se considerar a fé e a razão, aspectos de conflitualidade entre
si, porém ambas necessárias e complementares na explicação
sobre Deus.
Portanto S. Tomás defende aqui que a fé necessita da razão para
explicar a fé. Este defende que a razão é também atributo de Deus
ao Homem e que por isso não há como uma dissociar-se da outra
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Como olhar para a ética de S. Tomás hoje


Olhando para a ética Tomista, levantam-se questões que urge
esclarecer, algumas das quais as seguintes:
•Se Deus, bondoso, Omnisciente, Omnipresente, Omnipotente,
fonte de amor e do bem; fez o Homem à As imagem e semelhança,
como explicar que este, esteja sempre e em primeiro lugar inclinado
para o mal e apenas quando resgatado a muito custo é que vem
para o lado do bem? Porque é que logo à partida não tende para o
bem fazer?

•Esta pessoa, recebe de Deus todos os instrumentos, mecanismos


e ganha consciência sobre como estar sempre do lado do bem,
porém, invariavelmente vai ao mal , porquê?
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3.Mais ainda, através da acção de Deus, este ser humano, feito à


Sua imagem e semelhança, sabe do prejuízo que o mal lhe
proporciona, mas persiste em permanecer lá.

4.O que fazer e como para resgatar e reter, permanentemente, o


ser humano do lado do bem, para se ter um mundo feliz?

5.Dos primórdios das religiões ao Séc. XX, as religiões e suas


instituições eram a fonte de moralidade do bem fazer.
Empenhavam-se afincadamente no ensinar o bem e inibir o mal
por todas as formas. Aliás os valores morais que caracterizaram o
ser humano foi o exemplo flagrante do papel das religiões. Hoje
viraram fonte do mal. Seus líderes estão envolvidos em actos
imorais, porquê.
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6.Mas, nos tempos que correm, assiste-se um surgimento de


religiões e suas ramificações de suas instituições o que pode
transparecer mais moralidade e menos mal na sociedade. Porém,
o acto não é diretamente proporcional ao bem fazer e a
moralidade. A que se deve, se Deus nos quer bem e nos fez à
Sua imagem e semelhança?

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