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INTRODUÇÃO [i]
Este sermão é uma introdução à carta mais breve e pastoral de Paulo a Tito e a igreja dos
Cretenses. Política e geograficamente, Creta estava exposta às influências europeias ao
norte, e às do Egito, Líbia e Cirene ao sul. Ela se achava situada em um Ponto favorável:
era a maior de uma cadeia de ilhas que serviam como uma série conveniente de trampolins
para o tráfico que se fazia entre a Grécia e a Ásia Menor. Seus portos eram muito
importantes para os navios que atravessavam o Mediterrâneo, especialmente no mau
tempo (At 27.7-14).
A ilha de Creta, de 260 quilômetros de comprimento, além de ser conhecida na
antiguidade, foi também mencionada no Novo Testamento bem como no Antigo Testamento
como terra dos filisteus, de nome Caftor (At 2.23; Jr 4.7; Am 9.7). Creta situava-se em um
ponto de cruzamento entre a Ásia, a África e a Europa. A palavra “SINCRETISMO” vem dos
cretenses. Em Creta, cada uma das numerosas cidades queria ser a mais autônoma
possível em relação às demais. E em tempos de guerra se uniam tornando-se assim syn-
cretenses (syn-cretismo). Nessa ilha tinha toda sorte de cultos, religiões, filosofias e linhas
de pensamento
Esta carta contém orientações pastorais de um Pastor ancião, ao seu filho na fé Tito.
Ensinando-lhe a maneira certa de agir à frente da igreja de Deus, como representante do
apóstolo e pastor do rebanho. A grande ênfase dessa carta é a doutrina e pratica. A
teologia e a piedade. A ortodoxia e a ortodopraxia. Ou seja, o ensino e o dever nas
dimensões da igreja, da família e do mundo. Aqui a sucessão apostólica de caracteriza
pela continuidade do ensino do apostolo que deveria ser preservado de geração a geração
e não autoridade do cargo apostólico, que finda com a morte dos apóstolos.
Quanto ao termo “cartas pastorais”; entendo que seja adequado, apesar de deles não
serem pastores de igrejas locais, em primeira mão. Mas estavam encarregados de
autoridade para pastorear a igreja, até que outros líderes fossem levantados. Porque expor
esta carta? Porque ela é absolutamente oportuna e contemporânea. Devido ao sincretismo
religioso, a busca de conhecimento e falta de piedade. E por causa do pior de todos os
males que assola a igreja dos nossos dias: A ortodoxia morta que promove o mundanismo.
I. A IMPORTÂNCIA DA CARTA.
Ela é totalmente necessária hoje e isso por várias razões:
1. Por causa da decadência dos Pastores
Há muitos pastores perdidos e confusos no ministério. Alguns estão cansados da obra e na
obra (G1 6.9). Muitos são preguiçosos e não se afadigam na Palavra (1 Tm 5.17), sem
vigiar o rebanho dos iminentes perigos (At 20.29,30) sem apascentar com conhecimento e
inteligência o povo de Deus (Jr 3.15). Uma certa pesquisa feita, em nosso país, em que se
constatou que as três classes mais desacreditadas da nação são os políticos, a polícia e os
pastores.
A crise espiritual da igreja reflete a crise espiritual de seus líderes. A igreja é um reflexo de
sua liderança. Se a vida do líder é a vida da sua liderança, os pecados do líder são os
mestres do pecado. Isto porque uma das principais competência da liderança é influenciar.
Por isso um líder nunca é neutro. Ele influencia sempre para o bem ou para o mal. e isso é
algo autônomo; independe de minha vontade.
2. Por causa da decadência da igreja.
Esta carta pastoral traz princípios práticos que orienta a igreja acerca do modo correto de
proceder diante dos perigos externos e dos conflitos interiores. Muitas igrejas são
assediadas por falsos mestres e assaltadas por falsas doutrinas. Outras têm suas energias
drenadas em intérminos conflitos internos, que tiram o foco da igreja de sua verdadeira
missão, que é adorar a Deus e fazer a sua obra.
A igreja evangélica brasileira cresce espantosamente. Esse fenômeno tem sido estudado
pelos grandes especialistas de crescimento de igreja. Porém, a igreja tem extensão, mas
não profundidade. Tem número, mas não credibilidade. Tem desempenho, mas não
piedade.
Cresce vertiginosamente o número de igrejas que abandonaram a sã doutrina e abraçaram
MÉTODOS humanos com o propósito de crescer numericamente. Muitas igrejas parecem
mais um supermercado que disponibilizam seus produtos ao gosto da freguesia. Pregam o
que o povo quer ouvir, e não o que precisa ouvir. Falam para entreter, e não para levar ao
arrependimento. Pregam palavras de homens, e não a Palavra de Deus.
3. Por causa da decadência da santidade.
Há igrejas que cometem um erro pior ainda: pregam a sã doutrina, mas não a vivem. Tem
doutrina correta, mas uma vida errada. Se dizem igrejas bíblicas, mas são mundanas. A
igreja de Deus precisa ser zelosa da doutrina e também da vida. Paulo escreveu a Timóteo,
dizendo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina…” (1Tm 4. 16). A igreja de Éfeso era
zelosa da doutrina e descuidada no amor (Ap 2.2-4). A igreja de Tiatira era cuidadosa
quanto, ao amor, mas desatenta quanto à doutrina e a pratica (Ap 2.18.20). As duas igrejas
foram solenemente exortadas e repreendidas por Cristo. Precisamos ter a doutrina correta
sem deixar de lado a pratica correta. Precisamos de teologia boa e de vida santa. A carta a
Tito enfatiza tanto a sã doutrina (2.1) quanto a prática da piedade (1.1) e das boas obras
(2.14; 3.14).
Estamos vivendo uma avassaladora influência da pós-modernidade, com seu subjetivismo
e pluralismo, em que as pessoas têm aversão pela verdade e rejeitam a concepção e até
mesmo a possibilidade de existir verdade absoluta. Nesse contexto de relativismo
doutrinário e moral, é maravilhoso entender que Paulo ordena a Timóteo e a Tito nada
menos que dez vezes para ensinar às igrejas a SÃ DOUTRINA, deve promover uma vida
santa e não acumulo de conhecimento que promove discursões e divisões na igreja (1Tm
3.4; 4.6,11,15; 5.7,21; 6.2,17; Tt 2.15; 3.8).
4. Por causa da decadência da pureza doutrinaria.
As igrejas do primeiro século já estavam ameaçadas desde o seu nascimento pelo
fermento da heresia. Os cristãos que vinham do paganismo eram tentados a voltar a ele ou
ter sua fé contaminada por ensinos enganosos, disseminados pelos falsos mestres
itinerantes. Ainda hoje, há muitas heresias no mercado da fé. Muitas delas com sabor de
alimento saudável e nutritivo, mas não passam de comida venenosa e mortífera. Essas
heresias estão presentes nos seminários, nos púlpitos, nos livros, nas músicas. Uma
heresia é uma negação da verdade ou uma distorção dela. Precisamos nos acautelar!
5. Por causa da decadência dos relacionamentos
Muitos cristãos estão lidando de maneira errada com as pessoas dentro da igreja e isto tem
produzido muitas feridas. A carta de Paulo a Tito é um verdadeiro manual de
relacionamento humano. Mostra como os lideres devem lidar com as pessoas mais jovens,
mais velhas e as pessoas da sua idade. A liderança da igreja precisa ser firme na sã
doutrina, zelosa na disciplina, mas sensível com as pessoas. Se não vivermos em
harmonia internamente, não teremos autoridade para pregar a Palavra externamente.
CONCLUSÃO
No final da carta Paulo fala do perigo das controversas e o quanto elas podem nos tornar
inúteis. Ele diz que devemos nos aplicar as coisas necessárias para não sermos
infrutíferos. Um exemplo disso foi o que aconteceu com os Dois gigantes da fé do século
XVIII, George Whitefield e John Wesley, já tiveram um terrível desentendimento. A
profundidade dessa controvérsia que os envolveu levou a muitos anos de discórdia e falta
de comunicação. Ambos os homens eram grandes evangelistas.
John Wesley começou a pregar ao ar livre a convite de seu melhor amigo do clube santo;
Whitefield. Quando Whitefield partiu para a América após anos de ministério itinerante em
toda a Inglaterra, ele pediu a Wesley que viajasse em seu circuito de pregações ao ar livre
para continuar a espalhar o evangelho de Jesus Cristo para as classes mais baixas da
sociedade inglesa.
O que os levou ao ponto dessa grande amizade ter se rompido mesmo sendo grande
colaboradores para a causa de Cristo? Como Whitefield e Wesley permitiram que algo
diferente do evangelho rasgasse a própria estrutura de seu relacionamento em Cristo.
Neste caso, uma diferença em relação a um ponto da TEOLOGIA PERIFÉRICA, não
central à fé, colocou uma cunha entre eles, isolando-os e, no processo, diminuindo e
ofuscando o ministério de ambos.
Embora ambos fossem chamados para pregar o evangelho, eles permitiram que seus
pontos de vista sobre o livre-arbítrio e eleição divina os separassem. Suas diferenças
teológicas pessoais tornaram os evangélicos difamados e divididos na Grã-Bretanha. Não
foi até pouco antes da morte de Whitefield em 1770 que uma reaproximação foi realizada.
Numerosos cristãos britânicos tentaram ajudar a juntar os dois.
Finalmente, depois de anos de tentativas e controvérsias isso foi realizado. Wesley pregou
o sermão fúnebre de Whitefield. Apesar da eventual reaproximação, seus anos de
INIMIZADE prejudicaram gravemente a causa do evangelho. Poderíamos refletir se o
estrago feito pela controvérsia, não ofuscou a obra que tanto admiramos? A controvérsia
doutrinaria os tornou infrutíferos em muitos momentos. Mesmo sendo os dois mais
importantes evangelistas do cristianismo.
[i] Sermão adaptado do Comentário Expositivo Hagnos: Hernandes Dias Lopes.
Sermão Nº 02 – A verdade que conduz à piedade.
Referência: Tito 1:1.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 15/5/2019.
INTRODUÇÃO:
Ray Stedman – diz que: “A Bíblia sem o Espírito leva a um cristianismo institucionalmente
morto. O Espírito sem a Bíblia leva ao fanatismo infundado. Precisamos do Espírito e da
Palavra para efetivamente nos aventurar através da Bíblia.” As Epístolas Pastorais, são
aquelas três cartas do apóstolo, pastor, ancião, veterano evangelista missionário, Paulo, a
dois jovens ministros do evangelho (Timóteo e Tito) que eram responsáveis por resolver os
problemas doutrinários e as oposições e as acusações que aconteciam nas duas
congregações, (Éfeso e Creta) mas eles também eram responsáveis pelo evangelismo e
missões.
Tito é uma carta curta, duas páginas e meia. Muitos dos temas que você encontrará na
carta de Paulo a Tito são temas tratados também em Timóteo. Paulo está escrevendo, para
um Pastor mais jovem e de sua total confiança aquém ele ama e valoriza, que tem
características diferentes de Timóteo, mas é igualmente útil na igreja. Ele foi comissionado
com autoridade direto do apostolo para estabelecer a igreja cristã em Creta.
Os cretenses eram famosos por sua imoralidade entre seus contemporâneos. Se você
permitir que seus olhos se voltem para o versículo 12 do capítulo um, você verá uma
citação pouco lisonjeira sobre os cretenses que, aparentemente, um de seus próprios
autores havia declarado sobre eles. E assim Paulo está falando com Tito, que está
ministrando a uma igreja no contexto de uma sociedade que foi impregnada de
imoralidade. E isso soa familiar?
As palavras de Paulo para Tito são oportunas para nós por causa das circunstâncias
correspondentes que nós, como cristãos, enfrentamos em uma cultura desenfreada com a
imoralidade, e uma imoralidade que está permeando e penetrando também as igrejas
cristãs. Na verdade, torna-se evidente nesta carta que uma das preocupações de Paulo é
que a imoralidade da cultura impactou de fato essa congregação local, ou congregações,
de cristãos profundamente.
Ele reconhece que Cristo nos chama a estar no mundo, mas não ser contaminado como o
mundo; e ainda, nesta congregação você pode dizer que há pelo menos alguns que são do
mundo, mas não estão nele. O mundo está na igreja, e ele está preocupado que a igreja
seria distinta, especialmente em sua vida e testemunha neste contexto imoral. E assim,
nesta carta, Paulo escreverá a Tito para instruí-lo sobre como lidar com esse tipo de
assunto.
Mas, curiosamente, assim como em Primeira Timóteo, Paulo lidará com assuntos de
organização, liderança e administração da igreja; e você pode se perguntar. Se a
necessidade urgente da hora fosse para os cristãos dessa congregação viverem vidas
mais piedosas no contexto de uma cultura pagã e imoral, por que Paulo iria gastar tempo
falando sobre os anciãos? Sobre diferentes grupos dentro da igreja; sobre lidar com o falso
ensino que estava incomodando a igreja; sobre assuntos de administração da igreja. Por
que ele tocaria nesses assuntos? Paulo estava um pouco vagando de seu foco fazendo
isso? E, claro, que a resposta é: Não. Porque Paulo sabe que, se a piedade precisava ser
estabelecida nesta igreja local (ou congregações), será necessário que os PASTORES
SEJAM PIEDOSOS. Por isso precisam ser qualificados de acordo com as Escrituras,
Homens com autoridade na vida de santidade que pastoreiam o povo de Deus.
Ele sabe que vai ser preciso um ensino sólido, porque o ensino falso não produzirá piedade
e isto só pode ser feito com firmeza pela liderança. Ele sabe que, se a piedade precisa
prosperar nesta igreja, as CONTROVÉRSIAS precisam ser resolvidas, e por mais
ORTODOXAS que sejam, elas só produzem impiedade. Ele sabe que os diferentes grupos
e as divisões existentes na igreja local terão que ser reunidos e curados, e para isso
precisam se guiados pela visão doutrinaria da liderança da igreja local. Porque o evangelho
sempre se evidencia não apenas na transformação moral individual, mas na transformação
social, ou seja; pela maneira como os cristãos se relacionam uns com os outros e como
eles se amam e se apoiam mutuamente.
E assim, em todos os tópicos que Paulo aborda nesta carta muito curta, longe de vagar
com seus pensamentos, ele tem uma ideia focada o tempo todo. Ele quer ajudar Tito a
pastorear as congregações cristãs no contexto de uma cultura imoral e encorajar aqueles
cristãos e congregações a adornar o evangelho de Deus, nosso Salvador, em toda a vida,
pela maneira como vivemos.
Esse, de fato, é o grande enfoque deste livro: adornar o evangelho de Deus, nosso
Salvador, em todas as coisas. O evangelho tem o poder moral de transformar vidas e
relacionamentos sociais, e esse poder do evangelho serve como testemunho para o mundo
ao nosso redor de que o evangelho não é a fabricação de nossa “realização de desejo”,
mas é de fato uma realidade trabalhada em nós pelo Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
A fé e conhecimento se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não
mente prometeu antes dos tempos eternos. A esperança da vida eterna, é o que torna o
cristianismo uma promessa inspiradora e cheia de esperança. Ela é uma promessa
absolutamente certa. É a premissa de Deus e Deus não pode mentir. É uma promessa
infinitamente rica. A “Vida eterna”, isto é, eterno bem-estar. Ela é uma promessa muito
antiga. “Antes do mundo começar” ela foi feita, antes de qualquer coisa vir a existência,
seja físico ou espiritual. Por isso essa promessa deve ser esperada e alcançada além das
revoluções do tempo
O glorioso objeto da promessa é “Vida eterna” – uma vida de bondade eterna. Ela é divina
em sua fundação, ela é inviolável e imutável, e ela é eterna e ela é condicional, é dada
para os que creem. Que lições gloriosas deste versículo: uma perspectiva gloriosa – “vida
eterna”. Um Deus que fala a verdade – “Isso não pode mentir” (Nm 23:19, Hb 6:18). Ela é
uma promessa antiga – “Antes do mundo começar”. Uma aliança de vida imortal e cheio de
esperança
CONCLUSÃO
O que Deus não pode fazer: ele não pode mentir. Ele não mente. Nisto podemos confiar.
Sua Palavra não mente. Por isso podemos crer nela com a verdade absoluta. O evangelho
é a verdade de Deus. Nele devemos crer. Podemos confiar no caráter de Deus. Então
devemos orar.
Sermão Nº 04 – O mandamento da pregação.
Referência: Tito 1:2-3.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 29/5/2019.
I – O PROPÓSITO.
1 – Um tempo oportuno. “No devido tempo” (Tt 1:3). καιροῖς ἰδίοις, em seu próprio
tempo. No tempo apropriado. Paulo chama de a “plenitude dos tempos” GL 4.4. O
evangelho veio a este mundo numa época em que era possível que sua mensagem fosse
mais facilmente compreendida e se espalhasse. Deus preparou o mundo para ouvir a
pregação do evangelho. Havia cinco elementos na situação mundial que facilitaram sua
disseminação.
(a) Praticamente todo o mundo falava grego. Isso não quer dizer que as nações tivessem
esquecido sua própria língua; mas quase todos os homens falavam grego. O grego era a
linguagem do comércio, da politica, da literatura. Se um homem ia tomar parte na vida
pública e atividade, ele tinha que saber grego. As pessoas eram bilíngües e a primeira era
do cristianismo era uma das poucas quando o missionário não tinha problema de
linguagem para resolver.
(b) Para todos os fins e propósitos, não havia fronteiras. O Império Romano era
coextensivo com o mundo conhecido. Onde quer que o viajante pudesse ir, ele estava
dentro daquele Império. Hoje em dia, se um homem pretendesse atravessar a Europa,
precisaria de um passaporte; ele seria retido nas fronteiras; ele encontraria cortinas de
ferro. Na primeira era do cristianismo, um missionário podia se mover sem impedimento de
um extremo do mundo conhecido para o outro.
(c) A viagem foi comparativamente fácil. É verdade que era lento, porque não havia viagens
mecanizadas e a maioria das viagens tinha que ser feita a pé, com a bagagem
transportada por animais lentos. Mas os romanos tinham construído suas grandes estradas
de país em país e, em sua maior parte, haviam limpado a terra de bandidos e o mar de
piratas. Viajar era mais fácil do que nunca.
(d) A Pax Romana. A primeira era do cristianismo foi uma das poucas quando o mundo
estava em grande parte em paz. Se as guerras tivessem estado em toda a Europa, o
progresso do missionário teria sido impossibilitado.Mas a pax Romana, a paz romana,
dominava; e o viajante podia se mover dentro do Império Romano em segurança.
(e) Era um mundo consciente de suas necessidades. As velhas religiões haviam
decepcionados as pessoas e as novas filosofias estavam além da mente das pessoas
simples. Os homens estavam olhando, como disse Sêneca, ad salutem, para a salvação.
Eles estavam cada vez mais conscientes de “sua fraqueza em coisas necessárias”. Eles
estavam procurando por “uma mão abaixada para levantá-los”. Eles estavam procurando
“uma paz, não da proclamação de César, mas de Deus”. Nunca houve um tempo em que
os corações dos homens estivessem mais abertos a receber a pregação da mensagem de
salvação que os missionários cristãos trouxeram. Não foi por acaso que o cristianismo
causou tanto impacto. Veio no tempo do próprio Deus.Onde toda a história tinha sido uma
preparação para isso; e as circunstâncias eram tais que o caminho estava aberto para a
PREGAÇÃO ser ouvida.
II – O MÉTODO.
1 – A salvação revelada
A salvação é agora mais claramente revelada do que nas eras anteriores. No tempo da lei
era apenas a infância e a inação da Igreja, que então era como uma criança sob tutores e
governadores. E como uma criança foi iniciada em rudimentos e elementos da religião
cristã, e dotada de uma pequena medida de conhecimento e fé, porque não chegou o
tempo em que os mistérios de Cristo foram revelados. O Senhor (que não somente, por
Sua sabedoria, ordena Suas maiores obras, mas todas as circunstâncias deles) realiza
todas as Suas promessas e propósitos no devido tempo deles. A manifestação da salvação
deve ser buscada na pregação da Palavra. Nesse ponto fica claro, que a pregação da
Palavra é uma ORDENANÇA DE DEUS. Para tornar Cristo conhecido, esse é o único
nome em que a salvação pode ser obtida.
A pregação segundo Paulo no verso primeiro tem três objetivos:
Em primeiro lugar para gerar fé necessária a salvação e edificar e confirmar a fé no
coração daqueles que vão herdar a vida eterna. Em segundo lugar para produzir o
crescimento no conhecimento da verdade, o que o termo grego para conhecimento, tem
um intensificador (epiginosco=epi+ginose), “todo o conhecimento”. Deus proveu a
pregação como o meio mais eficiente para a aprendizagem e crescimento espiritual. Em
terceiro lugar promover piedade. A pregação atinge seu clímax quando ela é praticada.
Quando o Espirito a usa para santificar o povo de Deus.
2. A Palavra de Deus manifesta através da pregação
A manifestação da palavra de Deus foi gradualmente feito para os homens – para todas as
nações, tanto judeus como gentios – em geral, e para lugares específicos. A
instrumentalidade usada para essa manifestação foi a pregação. Aqui está a simplicidade,
o zelo e a afeição mostrados na pregação do apóstolo e que devemos imitar. A palavra de
Deus é o conteúdo. Não temos outra mensagem. Deus manifesta sua palavra por meio da
pregação.
A pregação é o meio eficaz escolhido por Deus para transmitir sua palavra aos fiéis. O
método de Deus é a pregação. Deus é um ser apaixonado pela pregação. Quando ele se
tornou homem, a principal coisa que ele amava fazer era pregar. Por intermédio do
sagrado oficio da pregação dos ministros chamados a esse sagrado oficio é que Deus
opera a salvação dos homens. O evangelho não é filosofia, nem autoajuda, nem
dramaturgia, ele é manifestado pela PREGAÇÃO autorizada da Palavra de Deus. O
ministro deverá pregar em nome de Deus.
JC Ryle conta que um cavalheiro americano uma vez foi ouvir Whitefield pela primeira vez,
em consequência do relatório que ele ouviu sobre seus poderes de pregação. O dia estava
chuvoso, a congregação relativamente pequena e o começo do sermão bastante
monótono. Nosso amigo americano começou a dizer para si mesmo: “Este homem não é
uma grande maravilha, afinal de contas”. Eu estou olhando em volta e veja a congregação
tão desinteressada quanto ele. Um velho diante do púlpito estava dormindo um sono
profundo.
Mas de uma vez Whitefield parou pregar e de repente seu semblante mudou. E então ele
repentinamente explodiu em um tom alterado:
“Se eu tivesse vindo falar com você em meu próprio nome, você poderia descansar seus
cotovelos nos seus joelhos e suas cabeças em suas mãos e dormir; e, de vez em quando,
olhe para cima e diga: do que fala esse tagarela? Mas eu não vim pregar a vocês em meu
próprio nome. Não! Eu vim a você em nome do Senhor dos Exércitos”. (ao dizer isso; ele
bateu com a mão no púlpito e o pé no chão com uma força que fez o palanque de madeira
balançar),“ eu devo, e serei ouvido ”.
Então as pessoas começaram a ouvi-lo. O velho acordou imediatamente. “Ai, ai!”, Gritou
Whitefield, fixando os olhos nele, “Eu acordei você? Eu precisava fazer isso. Eu pretendia
fazer isso. Eu não venho aqui para pregar para um monte de pedras. Eu vim a vocês em
nome do Senhor Deus, e devo e vou ter a atenção de vocês. Os ouvintes foram
despojados de sua apatia imediatamente. Cada palavra do sermão foi atendida. E o
cavalheiro americano nunca esqueceu isso
III. O CHAMADO
O chamado do ministério. (v.3) “que me foi confiada”.
Todo ministro chamado por Deus é um comissionado por Cristo, a quem Ele ordena depois
de Sua partida, o cuidado e supervisão de Sua Noiva. Que é mais preciosa para Ele do que
sua própria vida, esta responsabilidade é da aqueles que são chamados mordomos desta
grande casa. Que tendo recebido as chaves para abrir o reino dos céus para abrir as
dispensas e satisfazer a necessidade de seus conservos. São vasos escolhidos, como
Paulo, para não conter, mas para levar a pérola e o tesouro do reino; alimentadores, como
Pedro, homens, que cuidam da vinha até o seu retorno. A honra de um ministro é a
fidelidade no diligente e cuidadoso trabalho confiado a ele. A parte principal do seu trabalho
repousa no fiel fornecimento dos legados de Cristo à Sua Igreja, segundo o Seu próprio
testamento; que como é seu dever ordenado (1 Co 4: 2). Assim é sua coroa, sua alegria,
sua glória, que por suas dores fiéis ele tem procurado o bem-estar de seu povo, e traz
consigo uma grande recompensa.
2. A excelência do chamado.
O ministério não é um chamado de facilidade, mas uma questão de grande encargo; nem
desprezível, pois muitas pessoas desdenhosas acham que também baseiam um chamado
para seus filhos. Mas honroso, perto de Deus, uma vocação entregando aos homens, para
lidar com grandes assuntos, os quais até mesmo os anjos desejaram ter recebido tamanha
confiança e honra. Até mesmo o Senhor dos anjos, o próprio Jesus Cristo, exerceu como
mestre e o primeiro de muitos ministros que depois dele viriam. A honra do chamado é tal,
que aqueles que estão envolvidos na obra são chamados de cooperadores de Cristo na
salvação dos homens.
3. A consciência do chamado.
Quem quer que esteja no ministério, deve encontrar conforto numa consciência limpa. De
que estão exercendo seus ministérios fielmente e DEVEM SER CAPAZES DE PROVAR
QUE NÃO SÃO INTRUSOS, mas foram constrangidos pelo chamado de Deus, do qual não
se pode fugir.Paulo desempenhou todos os deveres com a Igreja, em virtude de seu
extraordinário chamado, assim devem ser todos os ministros. Nenhum homem deve pensar
em nenhuma vantagem para si mesmo. Por isso Paulo enfatiza em cada epistola, que ele
recebeu seu chamado não de homens, mas de Jesus Cristo.
Que nenhum homem pretenda tomar sobre ele qualquer ofício na Igreja sem ser chamado;
ninguém toma essa honra para si mesmo. O próprio Cristo teve ser designado por seu
pai. Ninguém aceite o chamado do homem, sem ser chamado de Deus; pois isso era o
disfarce dos falsos apóstolos contra os quais nosso apóstolo se opõe e por isso ele ensina
nas suas epistolas, que eram chamados por homens, mas não por Deus.
Em todos os outros ministérios, certifique-se de que você tem a GARANTIA de Deus, e a
LEGITIMIDADE do chamados tanto no exercício dele. Comprometidos constantemente no
exercício da fé e do arrependimento, não esquecendo diariamente de santificá-los pela
Palavra e oração.
4. A natureza do chamado.
O ministro é um servo de todos. Como o apóstolo aqui magnifica a sua autoridade em que
ele é um servo de Deus. Um apóstolo de Jesus Cristo. Que ele recebeu seu apostolado por
comissão e mandamento do próprio Cristo; e todos esses argumentos amplificaram a
excelência de seu chamado.
A razão de tudo o que não é tanto para persuadir a Tito, mas sim por causa dos cretenses,
para que pudessem obedecer a pessoa do portador da carta. Porque muitos nessa ilha se
levantaram contra Tito, e SERIA OPOSIÇÃO AO SEU CHAMADO, pois não eram
chamados por Deus. Se fossem não seria oposição mais companheiro na obra.
Por causa do estabelecimento da ordem e das muitas mudanças, Tito teria oposições
ferrenhas: pessoas que gostavam de controversas e doutrinas errôneas. Por isso é mais
prolixo e gasta mais tempo falando dos seus títulos; de outra forma, onde ele não
encontrou tão forte oposição, ele é mais poupador em seus títulos.
IV – O DECRETO.
1. O comissionamento necessário (v.3). “Segundo o mandamento de Deus, nosso
Salvador”. A palavra é manifesta mediante a pregação por autorização de Deus, nosso
Salvador. Paulo diz que ele exerce um ministério que é a pregação do evangelho. E para
isso ele recebe um OFICIO: ele é consagrado pelo próprio Cristo, como Apóstolo, ou seja,
um enviado com autorização especifica. Com a autoridade desse oficio apostólico, ele
autoriza outros. Especificamente ele está revestindo Tito de toda a autoridade necessária
para colocar em ordem as questões de ordem eclesiástica, administrativa, moral e
espiritual nas igrejas das ilhas de Creta.
Paulo não é um crente que se autodenomina apostolo. Tito não é um crente que se
autodenomina Pastor. Ele recebe autorização e a comissão de outro, para exercer um
oficio eclesiástico. Tito chega nas ilhas de Creta, com uma carta na mão, e com uma
ordem do apostolo Paulo, para colocar em ordem a igreja. Todo crente é comissionado a
pregar o evangelho. A testemunhar a mensagem da cruz. Mas alguns crentes são
especificamente chamados para ter um OFICIO que administra as formalidades de como
se organiza as questões espirituais e doutrinarias.
Paulo ordena em (2Timoteo 4.2) sob juramento: “Pregue a palavra, esteja preparado a
tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina”. Na
teologia Paulina; Deus dá esses dons aos homens, e que são reconhecidos pela igreja e
confirmados por uma liderança local reconhecida. Ninguém saiu de uma igreja para abrir
um trabalho por conta própria (At 13.1-2). E isso continuou por toda a história da igreja. As
exceções são os grandes cismas; como a separação dos protestantes e católicos, feitas
pelos reformadores magistrais.
2. O melhor aliado no trabalho cristão. (v.3) “de Deus nosso Salvador”.
Paulo, enfatiza a divindade do Senhor Jesus. O mandamento é de um soberano. Que é o
dono da obra. É quem sustenta a obra e garante o sucesso dela. Ele é o melhor aliado
dela. Nosso estandarte é o nome Dele.
Frederico, o Grande, esteve uma vez em companhia de uma série de intelectuais franceses
e havia também um corajoso escocês à mesa, que era o embaixador da Inglaterra.
Frederico, o Grande rei da Prússia (1740-1786), estava então enfrentando uma guerra, na
qual ele dependeria de subsídios ingleses e, então o embaixador, ao ouvir o rei e esses
tolos franceses ridicularizando a religião, e falando de sua decadência certa e súbita, disse:
“Com a ajuda de Deus, a Inglaterra permanecerá com a Prússia na guerra”. Frederico
virou-se e disse, com um ar zombeteiro: “Com a ajuda de Deus! Eu não sabia que você era
um aliado desse nome. ”Mas o embaixador virou-se para o rei e disse: “Que agrade a sua
majestade, esse é o único aliado que a Inglaterra tem a quem a Inglaterra não envia
subsídios”.
E deixe-me dizer que nós, como igreja cristã e como sociedade missionária, temos um
aliado nesse Nome. Nosso aliado é o Senhor dos Exércitos, e é porque o Seu nome tem
estado em nossos estandartes que nós tivemos sucesso no passado. Que estejamos
comprometidos até a morte de acordo com o mandamento de Deus nosso Salvador
IV – O RELACIONAMENTO
(V.4) “A Tito, meu verdadeiro filho”. (γνησιωι τεκνωι – gnēsiōi teknōi )
1 – Filiação espiritual
Que ministros são pais espirituais para gerar filhos para Deus. O sentido de palavra
quando a aparece na Escritura, descreve um relacionamento.
– Quem de fato é propriamente por meio do sangue e de nascimento natural?
– Sempre se referindo aqueles que estão em uma linha descendente direita, embora nunca
tão longe.
– Referindo a quem adota uma criança como filho.
– Também se refere aqueles relacionamentos próximos, geralmente, como superiores, em
idade, lugar ou dons; ou, mais especificamente, por cujo conselho, sabedoria, ternura e
cuidado, que geralmente são próprios dos pais.
Assim José era um inferior, chamado pai do faraó; isto é, um conselheiro. Jó, por sua
ternura e cuidado, foi chamado de o “pai dos pobres”. Alunos dos profetas, chamados de
filhos dos profetas. Eliseu, diz de Elias, meu pai, meu pai; e Jubal era o pai de todos os que
tocam harpas. Mas muito mais propriamente é o ministro chamado pai de tais como ele
converte à fé, porque eles geram homens para Deus, como Paulo diz que gerou Onésimo
em suas prisões.
A semente da regeneração é a graça celestial em que uma natureza divina é produzida, o
instrumento pelo qual é transmitido, é a Palavra de Deus, através do ministro ou o
discipulador. Os três filhos de Calvino morreram todos na infância. Do último, ele escreveu
a um amigo: “O Senhor me deu outro filho, e o Senhor o levou; mas não tenho milhares de
filhos na fé de Cristo?
2. Os ministros como pais.
Agora, se algum desejar ter o cuidado de seus ministros, como filhos em relação a seus
pais, eles devem cumprir esses deveres.
(a) Reverenciar. Eles devem dar-lhes dupla honra (1Tm 5:17), reverenciando suas
pessoas, suas posições, e por isso que existe título de reverendo.
(b) Sustentar. Eles devem participar em todos os seus bens, como os levitas na lei fizeram;
sim, se for necessário, arriscar a vida por amor deles em agradecimento pelo ministério
deles.
Paulo diz: (Rm 16:3,4) : “Saúdem Priscila e Áqüila, meus colaboradores em Cristo Jesus.
Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos
gentios.
(c) Respeitar. Nenhuma acusação deve ser recebida contra eles sob duas ou três
testemunhas; uma criança obediente não ouvirá, muito menos acreditará, relatos malignos
contra seu pai.
(d) Ouvir. Em casos duvidosos de consciência recorrer a eles pedindo o conselho, como
filhos de seu pai.
(e) Obedecer. Obedeça-os em todos os preceitos piedosos, suporte humildemente à sua
severidade.
Que sejamos guiados por suas orientações piedosas, como aqueles que têm a supervisão
das nossas almas confiadas a eles, assim como a criança engenhosamente imita e
obedece a seu pai.
3. A família espiritual. (v.4) “segundo a fé comum”. (κατα κοινην πιστιν – kata
Koinéēn pistin)
Assim como o grego Koinê a língua comum a todos os povos do tempo dos apóstolos.
Assim é a koinê pistis, a fé comum. A fé é uma e a mesma em todos os crentes, portanto,
é chamada de fé comum. Essa fé comum é o que nos torna uma família. Os cristãos
podem ter características diferentes, entendimento teológicos diferentes, eclesiologias
diferentes, liturgias de culto diferentes. Mas independente de todas as diferenças todos os
verdadeiros crentes tem uma mesma fé. A fé que é comum a todos. A fé salvadora. A fé
justificadora. A fé santificadora. Esta é a salvação, comum a todos os crentes; chamado,
portanto, por Judas a salvação comum.
IV – O RESULTADO.
v.4 “Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador”. ( του
σωτηρος ημων τεου – tou sōtēros hēmōn theou )
– “Graça”, a fonte de nossa redenção.
– Misericórdia”, exibida em nossa redenção.
– “Paz”, o resultado da nossa redenção.
– A fonte e o meio da bênção. Deus o Pai de quem vem, e Cristo o Filho por quem vem.
1. Graça trazendo paz
A graça de Deus é toda a suficiência de seu povo. A primeira, a média e a última causa de
toda coisa boa transmitida a eles, ou a partir deles. Constantemente o Senhor reforçou este
ponto sobre Seu próprio povo, ensinando-lhes por coisas temporais, seu estado espiritual e
condição (Dt 7:7). Somente aqueles que são pela graça e misericórdia aceitos por Deus
têm sua porção nesta paz aqui mencionada.
A Paz, que é todo tipo de prosperidade, é prometida apenas aos piedosos. Eles
prosperarão em tudo; e o apóstolo a pronuncia somente sobre o Israel de Deus que é a
igreja. É, portanto, concedido àqueles somente que são justificados pela fé; vendo que eles
só têm paz com Deus, que é a parte principal dela.
A paz é um fruto da graça de Deus, diversas frases nas Escrituras demonstram isso. A paz
é chamada de “paz de Deus”, e que Deus é chamado de “Deus da paz”; como também a
diferença que é digna de ser observada entre as saudações do Antigo e do Novo
Testamento. No Antigo Testamento, graça e paz nunca são unidas. A forma comum de
saudação era “a paz esteja contigo”, “a paz esteja nesta casa”, “vá em paz”.
Mas os apóstolos, depois que o mistério da redenção foi revelado e aperfeiçoado antes da
saudação comum, prefixam essa palavra – graça, ou misericórdia, ou ambos. Como elas
nunca são unidas no Antigo Testamento, então elas nunca são separadas no Novo, para
mostrar que não podemos ter uma separada da outra, e nem podemos separá-las.
2. Paz somente em Cristo.
Um ministro foi convidado a visitar uma pobre mulher moribunda. O mensageiro sendo
ignorante não podia dar conta de seu estado, exceto que ela era uma mulher muito boa e
muito feliz, e agora estava no fim de uma vida de boas obras portanto, certa de ir para o
céu. O Pastor então viu que ela estava muito doente, e depois de algumas perguntas
gentis sobre sua condição corporal, disse: Bem, eu entendo que você está em um estado
mental muito pacífico, dependendo de uma vida de boas obras.
A mulher olhou duro para ele, e disse: Sim, estou no gozo da paz. Você está certo; doce
paz, e isso de uma vida bem vivida. Mas é a vida bem passada de Jesus; não o meu fazer,
mas o seu; não meus méritos, mas Seu sangue. Sim; apenas um homem passou uma vida
que cumpriu todos os requisitos da santa lei de Deus e sobre a qual descansamos diante
de Deus. A paz somente por Jesus.
CONCLUSÃO
Que sejamos lembrados da importância da pregação bíblica. E saber que Deus fala por
meio da pregação da sua Palavra. A pregação deve ser o centro de todos os nossos cultos.
Pois ela é expressa o bom proposito de Deus. Ela é um mandamento de Deus. Ela é o
método de Deus salvar e edificar o seu povo. Ela produz os resultados de graça,
misericórdia e paz.
INTRODUÇÃO
Os livros acerca da vida da igreja ou de plantação de igreja geralmente falam muito em
como organizar ou estruturar uma igreja. Existe no mercado uma profusão de material
oferecem planos para a vida eclesiástica saudável. Discute-se muito também a respeito da
elaboração de bons cultos aos domingos. Qual é a melhor maneira de organizar pequenos
grupos? Quais são os melhores cursos de treinamento? Quais são os melhores métodos
de discipulado? Que fatores impedem o crescimento da igreja e como vencê-los? Que
sistemas administrativos são os melhores para uma igreja em crescimento?
Em vista de Paulo ter deixado Tito em Creta para que ele “… pusesse em ordem o que foi
deixado inacabado…” (v.5), seria lógico esperarmos que a Carta a Tito oferecesse
respostas a essas perguntas. Contudo, a carta de Paulo não responde a nenhuma delas.
Paulo instrui Tito em como organizar a igreja, mas não fala nada a respeito de estruturas,
eclesiologias, sistemas, reuniões ou liturgias. Não que essas coisas sejam insignificantes.
Precisamos de estruturas, reuniões, e eclesiologias, mas elas são específicas a um
contexto.
Não podemos pegar um modelo criado para um lugar determinado em um tempo
específico e usá-lo em toda e qualquer situação. Temos de resolver essas coisas dentro do
contexto em que estamos.O que é central e universal — e esse é o foco de Paulo —- é
DISCIPULAR com o evangelho. A impressão é que Paulo deixa por conta de Tito as
estruturas, os processos e as reuniões. O que ele enfatiza em toda a carta é a importância
do discipulado centralizado no evangelho. A ênfase está em organizar a igreja pelo
discipulado fundamentado na palavra para o ministério.
ORDEM DA IGREJA
A importância da liderança.
Em toda comunidade cristã deve haver a manutenção da ordem. Confusão em uma Igreja
é uma calúnia ao nome de Cristo e impedi definitivamente a paz, o poder, a prosperidade e
a utilidade da igreja local. A manutenção da ordem da igreja requer o ministério de
superintendentes especiais. As palavras presbítero, bispo e pastor, inicialmente parecem
se referir ao mesmo ofício – o de superintendente.
Mas ao longo do tempo cada uma delas foi tomando novos significados e funções de
acordo com o contexto da necessidade da igreja local. A liderança de tais pessoas deve
manter a ordem, não para legislar, mas para amar; não pela imposição de autoridade, mas
por uma humilde devoção aos interesses espirituais de todos.
A indicação da liderança.
O primeiro passo imediato para deixar a igreja de Creta em ordem é a indicação de líderes.
É isso que a segunda metade do versículo 5 deixa claro: “A razão de tê-lo deixado em
Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros
em cada cidade, como eu o instruí”. Paulo havia anunciado o evangelho, plantado a igreja
e começado a discipular os novos crentes, mas ele foi embora antes de indicar líderes.
Podemos imaginar o motivo para essa atitude de Paulo ao lermos a Primeira Carta a
Timóteo, na qual o apóstolo adverte acerca do perigo de indicar pessoas inexperientes
para a liderança da igreja. O presbítero não deve “ser recém-convertido, para que não se
ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo” (1Tm 3.6).
Assim, o conselho a Timóteo (e a Tito, e ao próprio Paulo) é: “Não se precipite em impor as
mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro. […] Os
pecados de alguns são evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento, ao
passo que os pecados de outros se manifestam posteriormente” (1Tm 5.22,24).
Temos de observar sem pressa o caráter das pessoas; o tempo revela verdades que nem
sempre são óbvias à primeira vista. Portanto, Paulo encarrega Tito de continuar
DISCIPULANDO os crentes, tendo em mente a indicação de presbíteros. Esse padrão
reflete a atitude de Paulo em sua primeira viagem missionária. Ele e Barnabé anunciaram o
evangelho nas cidades de Antioquia, Icônio, Listra e Derbe. “… Então [mais tarde] voltaram
para Listra, Icônio e Antioquia […] Paulo e Barnabé designaram-lhes em cada igreja; tendo
orado e jejuado eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado” (At
14.21,23).
Observe a estratégia missionária de Paulo nessa cultura Pagã. Primeiro ele anuncia o
evangelho (Tt 1.1, 4:) e depois organiza os cristãos em igrejas locais (V.5-9). Sua
estratégia é a plantação de igrejas. Seu alvo é espalhar igrejas centradas no evangelho em
todo o mediterrâneo, e ele deseja ver igrejas lideradas por presbíteros “… em cada cidade”
(v. 5).Devemos nos perguntar: É essa a nossa paixão e meta? Embora, quase não
conhecemos cidades, e bairros sem uma igreja evangélica?
Mas há uma carência de igrejas, que sejam fieis ao ensino das Escrituras, e que procurem
viver uma vida de piedade e santidade. O que nossa igreja poderia fazer para que em dez
anos uma comunidade evangélica bíblica esteja testemunhando de Cristo pelo menos nos
principais bairros da nossa cidade?Dessa forma, organizar uma igreja requer a indicação
de obreiros.
Contudo, é importante notar que Paulo não está preocupado em estabelecer estruturas e
processos específicos. É difícil, por exemplo, extrair desses versículos um MODELO DE
GOVERNO eclesiástico (embora algumas pessoas tenham tentado). O interesse maior de
Paulo é o CARÁTER, não a estrutura da equipe de liderança; o importante é a função dos
líderes, e não sua hierarquia (v. 9).
Quando fala a respeito de liderança, Paulo enfatiza a descoberta de bons discípulos que
irão treinar bons discípulos. Ele quer líderes que mostraram ser discípulos fiéis e espera
que eles invistam tempo fazendo mais discípulos.O que você espera de um líder?
Geralmente esperamos que tenha muitas aptidões — boa pregação, personalidade
dinâmica, um toque pastoral, boa estratégia, capacidade administrativa.
No entanto, Paulo está mais interessado no tipo de pessoa que os líderes são. Se você é
líder da igreja ou de um pequeno grupo, os versículos 5 a 9 mostram o tipo de líder que
deve ser. Se você não tem cargo de liderança na igreja, esse é o tipo de líder que deve
querer ter e (caso você já tenha) então apoiem e apreciam o trabalho deles. Se não, então:
orem para que seus líderes sejam assim.
O trabalho da liderança.
Os superintendentes devem ser homens de excelência distinta. Aperfeiçoando a ordem da
igreja. Vejam qual foi o trabalho especial desses pastores. Eram companheiros dos
apóstolos, eles deveriam levar à obra do Senhor até a perfeição, tanto preservando o
fundamento que havia sido estabelecido pelos apóstolos, quanto construindo mais adiante
por sua direção, de onde pararam.
O ministério ficava entre o apóstolo e o pastor: o chamado deste era procedente dos
apóstolos, assim como o dos apóstolos era procedente de Cristo. Não obstante muitos
defeitos e problemas haviam nestas Igrejas e daqueles grandes; e vemos que na sua
constituição, elas eram desprovidas de Pastores que liderassem essas igrejas. No entanto
isso não foi negligenciado por Paulo e nem condenado por Tito, como uma igreja
antibíblica. Isto nos ensina que não devemos ser precitados em condenar uma igreja, por
falta de algumas leis ou governos que não estão no momento de acordo com as
orientações das Escrituras.
Muitas igrejas plantadas pelos próprios apóstolos, não se enquadram no nosso modelo de
ORTODOXIA. Muitas delas foram supridas doutrinariamente e mudaram anos depois.
Outras foram igrejas que eram bíblicas, ortodoxas e exaustivamente ensinadas pelos
apóstolos e seus obreiros, mas que se tornaram frias e estéreis, ao ponto de serem
ameaçadas pelo próprio Cristo de serem excluídas, e perderem o status de ser igreja. Veja
o exemplo da igreja mais ortodoxa, que tinha a melhor teologia, a quem o próprio apostolo
Paulo, ensinou tudo o que sabia, ao ponto de dizer eu vos ensinei “todo o conselho de
Deus” (At 20.27).
A essa igreja, Paulo colocou seu melhor discípulo, de quem ele fala que sabia tudo de
bíblia, que era Timóteo que depois foi substituído por Onésimo. Veja o que Jesus fala a
essa igreja poucos anos depois da morte do pastor Timóteo e Onésimo. Contra você,
porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu!
Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a
você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. (Ap 2:4,5).
O trabalho paciente da liderança
Aprendemos, portanto, que nenhuma Igreja é levada apressadamente para qualquer
perfeição. Muitas igrejas levaram anos para encontrarem o caminho da ortodoxia. Os
próprios apóstolos, os mestres construtores, com muita sabedoria e trabalho, e muitas
vezes por um longo tempo, não conseguiram tais objetivos.
E se eles não tivessem providenciado obreiros para continuar o trabalho deles com muito
cuidado e diligencia, tudo se perderia em pouco tempo. Muito barulho eles fizeram para
estabelecer os alicerces e preparar o material para o edifício; e ao mesmo tempo
trabalhavam, convertendo os homens à fé e batizando-os e os discipulando pelo
evangelho.
Mas depois que as pessoas se uniam a uma profissão publica de fé e começavam a fazer
parte da igreja visível, ou seja, a igreja local. Então exigia mais cuidado e trabalho, e maior
parte foi deixada para a liderança local. Assim como é a construção da casa de Deus,
também não é diferente do acabamento de outros grandes edifícios.
Veja com que mão de obra são escavadas pedras da terra? Veja a dificuldade para tirar
sua aspereza natural? Veja o suor e força que são gastos antes que o pedreiro possa usar
os tijolos e essas pedras? Veja também como é o caso da madeira. E no entanto, depois
de tudo isso, esses materiais ficam muito tempo aqui e ali, dispersos e não abrigam
nenhuma casa. Até que, pela habilidade de algum construtor habilidoso, eles sejam
apropriadamente colocados e unidos em sua estrutura. Assim, o coração de todo homem,
na aspereza natural, é tão duro quanto uma pedra; sua vontade e afeições, como os
carvalhos resistentes e nodosos.
Resistindo invencivelmente a todas as dores dos pedreiros e carpinteiros de Deus, até que
o dedo de Deus no ministério da pregação do evangelho; venha e faça caminho simples e
suave, trabalhando em sua conversão. Isso pela habilidade de algum construtor
engenhoso, eles são apropriadamente colocados e presos juntos em sua estrutura.
ORDENANDO PRESBÍTEROS.
O apostolo Paulo, deixou Tito em Creta, e lhe deu autoridade com poderes específicos:
Para colocar em ordem as coisas que estava faltando.
Para ordenar presbíteros em todas as cidades.
Não podemos nos esquecer que havia limitação para esses atos: “Como eu te ordenei”.
Tito não tinha autoridade alguma para fazer nada que não fosse de acordo para a sua
comissão dada pelo apostolo, para uma direção especial.
Ministros locais
Os ministros têm trabalho especial e geral. Alguém já disse: QUE O TRABALHO DO
MELHOR DE NÓS PRECISA DA REVISÃO DE OUTROS”. Paulo está dizendo: Coloque
em ordem, reavalia, revisa tudo, e endireita todas as coisas. Todo grupo de cristãos deveria
ter um presbítero-autorizado. Ele diz presbíteros em todas as cidades”. Isto é muito
sugestivo, a influência que o Evangelho tinha em todas as cidades Creta, famosa por suas
muitas cidades.
O historiador Homero, em um dos seus escritos, menciona que uma das ilhas tinha cem
cidades e outra noventa. Pense nas centenas de cidades que deverias haver presbíteros. E
muitas dessas igrejas, não se tinha mais que cinquenta pessoas. Mesmo assim tinha que
ter pelo menos um presbítero. O movimento de igreja em células deveria olhar para esse
texto com mais cuidado. Paulo não está pedindo que Tito, escolha lideres para células.
Ele está ordenando que Tito consagre Presbíteros, com autoridade eclesiástica plena para
cada igreja local. Capaz de cuidar de todas as necessidades pessoais de seus membros.
Uma mega igreja não atende esse propósito. Por isso ele comissiona Tito para ordenar os
presbíteros em todas as cidades.
Consagrando outros.
Nosso próprio Senhor é a única fonte e origem de todo poder ministerial. Ele é o Cabeça
da Igreja – ninguém pode tomar posse na Igreja exceto com a Sua autorização. Ele é
nosso grande Sumo Sacerdote – ninguém pode servir debaixo dEle, a menos que seja por
Sua designação. Ele é o nosso Rei – ninguém pode governar em Seu reino, exceto que
eles detêm Sua comissão. Este poder ministerial nosso Senhor conferiu aos seus
apóstolos.
Nos Atos dos Apóstolos e em outras partes do Novo Testamento, aprendemos como os
apóstolos realizaram essa comissão. O primeiro ato dos apóstolos depois da Ascensão foi
admitir outro em suas próprias fileiras. Matias foi indicado e eleito para o lugar traidor
Judas. Depois de algum tempo, as necessidades da crescente Igreja exigiram que eles
nomeassem oficiais subordinados, mas eles mesmos ainda mantinham o controle principal.
Esses oficiais eram, em primeiro lugar, DIÁCONOS, cujo dever especial era atender à
devida distribuição das esmolas da Igreja, mas que também, como aprendemos com a
história subsequente de dois deles, que Estevão e Filipe receberam autoridade para pregar
e batizar; Em segundo lugar, os PRESBÍTEROS que foram designados para funções ainda
mais altas, para serem pastores de congregações, para alimentar o rebanho de Deus e ter
a supervisão dele.
Nós lemos sobre os anciãos primeiramente em Atos 11:30. A palavra “ancião”, onde quer
que ocorra no Novo Testamento, é uma tradução da palavra grega “presbíteros”. De onde
vieram nossas palavras “presbítero” e “sacerdote”, o último por contração. Se a palavra
presbítero não tivesse sido traduzida, como as palavras “BISPO” (administrador,
supervisor, presidente), “DIÁCONO” (servo) e “APÓSTOLO” (enviado), e aparecesse como
“presbítero” ou “sacerdote”, o leitor da bíblia teria sido salvo de muitas heresias e de
inferências erradas.
Assim, os apóstolos, a fim de atender as necessidades da Igreja, compartilharam,
gradualmente, suas funções com os outros, admitiram outros pela oração e pela imposição
das mãos no santo ministério. Mas havia uma prerrogativa que eles ainda mantinham em
seu próprio controle, isto é, o poder de ordenar os outros. No entanto, se a Igreja fosse
continuada, se a promessa de Cristo fosse cumprida, “Eis que estou convosco todos os
dias, até o fim do mundo”, esse poder também deve ser transmitido.
E assim descobrimos que o colégio dos apóstolos foi gradualmente ampliado. Um deles foi
São Paulo, que recebeu o apostolado, com todas as suas prerrogativas, diretamente do
céu. Lucas chamou Barnabé, de apostolo, junto com Paulo. E, finalmente, nas Epístolas
Pastorais, chegamos ao último elo da corrente que liga o governo apostólico da Igreja à
SUPERINTENDÊNCIA EPISCOPAL que se seguiu.
Quando os apóstolos viajaram por todo o mundo conhecido, estabeleceram Igrejas e
ordenaram clérigos (obreiros, presbíteros, pastores) em todas as cidades por onde
passavam. Os apóstolos descobriram finalmente que a supervisão de todos os cristãos de
quem eram os pais espirituais havia se tornado demais para eles.
Sentiu-se a necessidade de colocar sobre cada igreja um superintendente local que, dentro
de um distrito fixo, deve estar armado com plena autoridade apostólica – com poder para
governar a Igreja, administrar a disciplina, ordenar o clero e pregar com autoridade (2 Tm
4.2). Quando abrimos as Epístolas Pastorais, descobrimos que era apenas para tal cargo
que Timóteo e Tito foram nomeados.
A sucessão dos apóstolos.
E a história nos informa que, imediatamente após os tempos dos apóstolos, a Igreja Cristã
em todas as partes do mundo era governada por bispos[1], que afirmavam ser sucessores
dos apóstolos, e somente quem tinha o poder de ordenar, com sacerdotes e diáconos sob
eles. A tradição afirma, que Tito, foi o bispo de Creta nomeado pelo Apostolo Paulo. Que
Tiago, irmão do Senhor foi o Bispo de Jerusalém; Onésimo foi chamado de Bispo de Éfeso,
sucedendo a Timóteo[2].
Por que os bispos não guardaram para si o nome de apóstolos, não sabemos; mas
provavelmente eles se julgavam indignos de compartilhar esse título com santos eminentes
como aqueles que haviam sido chamados por Cristo para serem Seus apóstolos originais.
Portanto, adotaram uma designação que tinha menos associações augustas. E então
optaram por um clero da segunda ordem.
E por entender mais tarde que essa deveria ser a designação dos 12 discípulo e de Paulo.
E que somente eles tinham credencias para isto sendo testemunha da ressurreição. Por
mais de 1.500 anos, nenhuma outra forma de governo da Igreja era conhecida em qualquer
parte da cristandade. Embora alguns eruditos afirmem que o modelo de governo de igreja
bíblico seja um corpo de presbítero, e que isto mudou no segundo século. Mas falta
evidencia histórica para essa afirmação.
No livro de apocalipse escrito no inicio do segundo século, usa a identificação “o anjo da
igreja”, ou seja o mensageiro, o pregador, ou o Pastor. Como disse certo erudito: “Vire para
onde quisermos ir, norte ou sul, leste ou oeste, ou tome qualquer período da história
anterior à Reforma, e não podemos descobrir nenhuma porção da Igreja que não fosse
governada por bispos, ou onde não houvesse essas três ordens de ministros (Bispo,
Presbítero, Diácono)”.
A sucessão na reforma.
Pela boa providência de Deus, na grande crise do século XVI, fomos autorizados a manter
a antiga organização da Igreja Cristã. A Reforma nestas ilhas foi o ato da própria Igreja,
que, embora rejeitasse a supremacia usurpada do Bispo de Roma, também retornou em
outros aspectos à fé mais pura dos tempos primitivos, cuidadosamente mantida inalterada
as três Ordens do Ministério.
A reforma protestante, considerou o Titulo de Pastor, mais apropriado, considerando a
necessidade do povo de cuidado e ensino autentico das Escrituras. Lutero e Calvino, foram
pastores de congregações e ordenaram a outros, para continuarem a colocar em ordem as
coisas que ainda precisava e para ordenar outros a fim de continuar a obra.
Não houve separação do elo que nos ligou aos homens a quem o Grande Chefe da Igreja
disse: “Como o Meu Pai me enviou, eu também vos envio.” Que razão abundante temos
nós, os ministros e todos os crentes, para serem grato a Deus por isso! Nós, os ministros,
podemos fazer o nosso trabalho sem receio de saber se somos de fato embaixadores de
Cristo ou não.
Sabemos que em todos os nossos atos ministeriais Ele está conosco, que Ele está
realmente agindo através de nós, e que nossos fracos e indignos esforços para promover
Seu reino e glória são apoiados e fortalecidos por um Poder infinito que pode transformar
nossa fraqueza em força. E as pessoas também deveriam abençoar e agradecer a Deus
que, através de Sua grande bondade para conosco, quando no século XVI provocou uma
verdadeira Reforma na religião que voltou ao cristianismo primitivo.
Podemos louvar a Deus, porque pertencemos à própria Igreja fundada pelos apóstolos, e
que esta Igreja PROTESTOU contra o ramanismo, e libertou-se da corrupção medieval e
salvou-se daquelas superstições degradantes nas quais o cristianismo romano caiu. Que
todos nós temos livre acesso aos meios de graça que Cristo designou para o Seu povo;
que todos os que creem nele podem participar dos sacramentos o batismo e santa ceia. E
que são devidamente ministrados de acordo com a ordenança de Deus.
Você tem um ministério local que pode falar para você em nome de Cristo e ouvir sua
mensagem de reconciliação; pois eles foram separados para o seu ofício por Ele mesmo –
para quem e para ele todo o poder foi dado no céu e na terra. Que somos “concidadãos
com os santos da casa de Deus, e somos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
dos profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra angular”.
A confirmação da igreja.
A consciência limpa de que se tem um ministério válido depende da própria existência de
uma Igreja. De um ministério fiel depende do bem-estar de uma igreja. E até que ponto o
caráter do ministério depende do povo? Quão amplamente está no poder da igreja local de
ajudar o Pastor a fazer escolhas das pessoas que serão separadas para o santo ministério.
Eu não estou agora aludindo ao poder direto que as pessoas possuem para impedir a
ordenação de um homem indigno.
Considerando as qualificações que o apostolo Paulo, exige do candidato ao ministério, é
obvio que o caráter do consagrando deve ser aprovado pela igreja local. É para este
propósito expresso que o caráter do ministério depende do povo? É para este propósito
expresso que consagrando, como é chamado, do candidato é apresentado numa
assembleia anterior à ordenação.
O nome do candidato é publicado e as pessoas são convidadas a objetar se puderem
alegar qualquer impedimento. E outra oportunidade do mesmo tipo é dada na própria
ordenação. Eu quero agora aludir especialmente às suas orações. “Irmãos, rogai por nós”,
foi o pedido fervoroso do apostolo Paulo aos cristãos de sua época, e certamente nós os
sucessores dos apóstolos agora precisam ainda mais das orações e da simpatia e
confirmação de seus fiéis.
Instruções sobre a nomeação de presbíteros.
(a) Nomeação. É o próprio Tito quem deve nomear esses anciãos em todas as cidades em
que as congregações existem. Não são as congregações que devem eleger os
superintendentes, (Pastores, presbíteros) e depois sujeitar à aprovação do “delegado” do
apóstolo; nem ainda menos Paulo está dizendo que ele deve ordenar qualquer um a quem
eles possam eleger. A responsabilidade total de cada nomeação cabe a ele. Qualquer
coisa como a eleição popular dos ministros não é apenas não sugerida, é por implicação
inteiramente excluída. Considerando a ordenação de Matias. Os apóstolos indicaram dois
homens, lançaram sorte e saiu Matias. Por voto comum, significando que a igreja
concordou com a indicação dos apóstolos.
(b) Caráter. Ao fazer cada consulta, Tito deve considerar a congregação. Ele deve olhar
cuidadosamente para a reputação que o homem de sua escolha tem entre seus
companheiros cristãos. Um homem em quem a congregação não tem confiança, por causa
da má reputação que atribui a si mesmo ou a sua família, não deve ser nomeado. Desta
forma, a congregação tem um veto indireto; pois o homem a quem eles não podem dar um
bom caráter não pode ser levado a ser colocado sobre eles.
(c) Necessidade. A nomeação de oficiais da Igreja é considerada imperativa: não é de
forma alguma uma opção. E não é apenas um arranjo, uma liturgia, ou simplesmente
porque para ser assim que as Escrituras mostram ser. Ela é uma necessidade imperativa,
desejável e via de regra ela deve ser universal. Tito deve percorrer as congregações
“cidade por cidade” e cuidar que cada um tenha seus Pastores ou corpo de presbíteros.
(d) Idoneidade. Como o próprio nome indica, esses anciãos devem ser tirados dos homens
mais velhos entre os crentes. Em regra, devem ser chefes de família, que tiveram
experiência de vida em suas múltiplas relações (esposa, filhos, os de fora) e,
especialmente, que tiveram experiência de governar uma família cristã. Isso será alguma
garantia de sua capacidade de governar uma congregação cristã. Neste caso a voz da
experiencia seria necessária na condução da igreja.
(e) Autoridade. Deve ser lembrado que eles não são meramente delegados, seja de Tito,
seja da congregação. A essência de sua autoridade não é que eles são os representantes
do corpo de homens e mulheres cristãos sobre os quais eles são colocados. Tem uma
origem muito maior. Eles são “mordomos de Deus”. É a Sua casa que eles dirigem e
administram, e é Dele que sua autoridade é derivada. Como agentes de Deus, eles têm
uma obra a fazer entre seus semelhantes, através deles mesmos, por Ele. Como
embaixadores de Deus, eles têm uma mensagem para transmitir, boas novas para
proclamar, sempre iguais e sempre novas. Como “mordomos de Deus”, eles têm tesouros
para guardar com reverente cuidado, tesouros para aumentar com diligente cultivo,
tesouros para distribuir com prudente liberalidade.
CONCLUSÃO
Considerando que domingo é o dia do Pastor. Aqui está o resumo de todo o trabalho
pastoral. Colocar em ordem as coisas. Isto por meio da pregação e do ensino, por meio do
exemplo, e por meio da aplicação da disciplina bíblica para aqueles que são desobedientes
ao evangelho. Ordenar outros, para discipular por meio do evangelho, os crentes, e dar
continuidade ao trabalho inacabado.
[1] Oxford Dictionary of the Christian Church, 1997 edition revised 2005, page 211: “It
seems that at first the terms ‘episcopos’ and ‘presbyter’ were used interchangeably
[2] Onesimus» (em inglês). Site oficial do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
Sermão Nº 06 – A santidade do ministro.
Referência: Tito 1:5-8.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 12/06/2019.
INTRODUÇÃO
O caráter é a principal qualificação para se ocupar um oficio na igreja. Paulo inicia falando
das características no lar. As relações domésticas e sociais, são as mais propícias a se
tornar sérios obstáculos ao serviço cristão. O bom governo familiar é uma garantia para o
bom governo da igreja. Pois um homem de vida escandalosa é inadequado para ser
ministro Nosso apóstolo aqui primeiro insiste na qualidade moral da vida daquele que deve
ser escolhido, e só então depois requer sua aptidão para a doutrina
Ele ordena a Timóteo de que ele não deve consagrar, ou seja; impor as mãos sobre
ninguém precipitadamente. Ele diz que não deve ser alguém novo na fé. E deve ser
alguém mais maduro e experimentado, pois a própria palavra Presbítero, significa ancião.
No segundo século a igreja primitiva não consagrava presbítero, como menos de 40 anos e
de preferência alguém que tinha o dom de cura. Outra verdade é que as qualificações,
exigem alguém que tenha experiencia com filhos mais velhos.
Paulo ainda acrescenta outra razão importante, para ser alguém com maturidade cristã;
porque algumas condutas pecaminosas, são logo verificáveis, e outras demanda tempo
para que essas condutas inadequadas sejam percebidas (1Tm 5.22-25). Paulo diz que
algumas condutas só são expostas, quando são levadas a julgamento, ou seja; depois de
uma avaliação muito meticulosa.
Todo esse cuidado serve para evitar que hipócritas ou lobos se infiltrem no meio do povo
de Deus. Alguns são tão profanos interiormente, que seus pecados não podem ser
discernidos, até que se manifestem. Ou seja, há uma situação em que o verdadeiro caráter
de uma pessoa é exposto. A forma como uma pessoa age em determinada situação
evidencia a natureza exata de seu coração.
Por isso a lista de requisitos e qualificações é tão longa. Até que esse homem-Pastor, seja
testado em todas essas situações; ele não estará apto para o exercido pleno do ministério
cristão. A natureza desse chamado é tão elevada e dever agraciado com uma vida
irrepreensível, que ele foi tipificado de diversas formas na lei. Isto está evidenciado nas
virtudes positivas e especialmente naquela proibição onde nenhum dos filhos de Arão,
poderia ter qualquer defeito nele, pois iria ministrar perante o Senhor.
HABILIDADE X CARÁTER.
É importante lembrar que a preocupação maior de Paulo não é encontrar as pessoas MAIS
HABILIDOSAS. Sua preocupação maior é com o CARÁTER. Identificamos dois motivos
para isso.
(a) As habilidades escondem as falhas do caráter. A história ilustra bem essa verdade. Os
tiranos deste mundo não chegaram onde estão simplesmente porque a sorte lhes sorriu.
Eles são TALENTOSOS — oradores extraordinários, carismáticos e pensadores
estratégicos. A combinação dessas habilidades os transforma em lideres eficazes, que
alcançam seus objetivos. O problema não está na COMPETÊNCIA dessas pessoas, mas
em seu CARÁTER. Seus propósitos são egoístas e provocam o sofrimento de seus
liderados.
Exemplos extremos como esse talvez sejam raros nas igrejas, mas não é incomum um
líder talentoso, um pregador eloquente, despontar rapidamente e desabar com a mesma
rapidez — levando a igreja com ele. Existem também líderes que usam seus dons para
manter seu status, expandir seu império ou garantir uma vida confortável — a igreja segue
o exemplo do líder, e a fé de ambos sofre uma ATROFIA.
(b) O fracasso no ensino da verdade começa com o fracasso dos padrões morais. O
candidato ao pastorado deve ser alguém conhecido por não ser “… ávido por lucro
desonesto” (v. 7). A mesma expressão é usada no versículo 11, quando Paulo diz que os
falsos mestres: “… devem ser silenciados, pois são homens que transtornam casas
inteiras, ensinando o que não convém, por amor ao ganho desonesto” (NIV).
Os ensinos equivocados nos atraem quando nossos desejos são até mesmo ligeiramente
errados, porque NOVIDADES e CONTROVÉRSIAS nos fascinam. Propagar ORTODOXIA
não é uma boa maneira de ficar famoso, atrair multidões ou vender livros, porque (por
definição!) tudo já foi dito. Contudo, existe um modo mais incisivo de mostrar que os falsos
padrões morais levam a ensinos equivocados.
Romanos 1.18-25 afirma que as pessoas não conhecem a Deus porque“. . . suprimem a
verdade pela injustiça”,” … seus pensamentos tornaram-se fúteis…”, pois “… não o [Deus]
glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças…”. Em outras palavras, “…estão
obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em
que estão, em razão do endurecimento do seu coração”(Ef. 4.18).
Pensamentos fúteis e entendimento obscurecido nascem quando a pessoa não glorifica a
Deus, mas, em vez disso, endurece o coração. E trágico e perigoso, mas os lideres da
igreja não estão imunes a essas coisas. Não estão isentos de “… [naufragar] na fé” (cf.
1Tm 1.19), quando não mantêm “… boa consciência…”.
(c) Desejos equivocados levam rapidamente a ensinos equivocados
No contexto de Timóteo, não foram dúvidas intelectuais ou falsas doutrinas que os
afastaram de Cristo, e sim o “… amor ao dinheiro…” (6.10). Repetidas vezes, muitos
esmorecem na fé porque se deixam dominar pela paixão por poder, sexo ou dinheiro.
Equivocadamente acreditamos piamente que somos seres racionais que formulam
conclusões morais sem preconceitos. Entretanto, a verdade é que somos propensos a
JUSTIFICAR NOSSO COMPORTAMENTO. Por isso descobrimos motivos para fazer o que
queremos.
Nossos desejos guiam nosso raciocínio tanto quanto nosso raciocínio guia nossos
desejos.Assim, a pergunta que temos de fazer em relação a todo o líder em potencial
é: “Que comportamento essa pessoa tentará justificar?”. Isso vale para todos nós, sejamos
líderes ou não. A negação da verdade geralmente começa com o fracasso moral. Você
talvez não se ache um HEREGE em potencial, mas responda a estas perguntas: “Que
comportamento você procura instintivamente justificar?
Existe algum comportamento que você sabe ser pecado, mas acha fácil desculpar ou
subestimar e, assim, fazer de conta que o erro é, na verdade, perfeitamente aceitável?”. E
muito fácil tentar mudar a verdade de modo que ela se encaixe em nossos desejos; é muito
mais difícil, porém mais saudável, colocar nossos desejos sob o domínio da verdade.
CONCLUSÃO
Os ministros são escolhidos de entre o povo. Logo todas as características exigidas dos
Pastores, Presbíteros, Evangelistas, devem ser comuns a todos os crentes. Essas
qualificações são expressões de como vivemos o evangelho. Salvando as proporções;
assim também deve ser o Pacto eclesial da igreja. Que contém aquilo que o novo
testamento exige de um membro de igreja. Como esta lista que contém o que deve ser
vivido por aqueles que ocuparão o santo ministério.
Sermão Nº 07 – Santidade da Doutrina.
Referência: Tito 1:9.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 26/06/2019.
INTRODUÇÃO
Duvido que tenha havido algum tempo na história da igreja quando o inimigo não tenha, de
uma forma ou de outra, atacado a Palavra de Deus. Durante a Idade Média, muitos, se não
a maioria dos sacerdotes da Igreja Católica, ignoravam os ensinamentos básicos da Bíblia.
Como a Bíblia não foi traduzida para as línguas comuns, somente os sacerdotes podiam lê-
la (em latim) e ensiná-la, mas poucos deles a leram. A Reforma foi em seu coração um
reavivamento da Palavra de Deus.
Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, para que pessoas comuns pudessem lê-la. Tanto
ele como Calvino pregaram sermões expositivos, explicando e aplicando a Bíblia na vida
cotidiana das pessoas. Embora a Reforma tenha se espalhado pela Inglaterra, em meados
do século XVI , as coisas estavam ruins. J.Packer[1] escreve: “Muitas igrejas não tiveram
um sermão pregado nelas durante anos”. Muitos dos clérigos eram biblicamente
ignorantes.
Neste tempo espiritualmente sombrio, Deus levantou os Puritanos. Eles acreditavam que
os pastores “são responsáveis por repreender a heresia e defender a verdade, para que
seus rebanhos não sejam enganados e enfraquecidos. A verdade bíblica é nutritiva, o erro
humano está matando, então os pastores espirituais devem guardar a sã doutrina a todo
custo.
O puritanismo era, acima de tudo, um movimento da Bíblia. Para o Puritano, a Bíblia era,
na verdade, o bem mais precioso que este mundo oferece. Sua mais profunda convicção
era que a reverência a Deus significa reverência pelas Escrituras, e servir a Deus significa
obedecer às Escrituras. Em sua opinião, portanto, nenhum insulto maior poderia ser
oferecido ao Criador do que negligenciar sua palavra escrita; e, inversamente, não poderia
haver um ato de homenagem mais verdadeiro a ele do que valorizá-lo e examiná-lo, e
então viver e dar seu ensino.
A intensa veneração pelas Escrituras, como a palavra viva do Deus vivo, e uma
preocupação devotada em conhecer e fazer tudo o que prescreve, era a marca registrada
do puritanismo. Ao longo dos anos em que tenho sido pastor, vi o inimigo atacar a Palavra
de Deus de duas formas óbvias.
No final dos anos 70 e início dos 80, houve um ataque à inerrância das Escrituras. Harold
Lindsell, que lecionou no Seminário Fuller, escreveu A Batalha pela Bíblia [Zondervan,
1976] expondo a erosão da confiança na exatidão absoluta da Bíblia entre alguns dos
professores de Fuller. Ele também mostrou a mesma erosão em várias denominações e
grupos para-eclesiásticos. Como resposta a essa situação, o Senhor levantou o Conselho
Internacional de Inerrância Bíblica, que publicou a Declaração de Chicago sobre a
Inerrância Bíblica, que define claramente o que afirmamos e negamos em relação à
autoridade e veracidade da Bíblia.
Mais recentemente, o inimigo atacou sutilmente a Palavra de Deus através do movimento
da igreja buscadora ou “amigável” e do movimento da igreja emergente. O movimento
Buscador baseia-se em um objetivo digno, para alcançar os buscadores sem igreja e levá-
los à fé em Cristo. No coração da estratégia está redesenhando o serviço da manhã de
domingo para que seja direcionado principalmente para este público-alvo. Os hinos são
substituídos por música contemporânea e otimista.
Eles costumam usar drama. Os serviços são mantidos curtos, para cerca de uma hora. Os
crentes são desencorajados de trazer suas Bíblias para a igreja, porque isso ameaçaria os
descrentes. Sermões são breves e quase sempre tópicos de auto-ajuda sobre como ter
sucesso na vida. Um escritor de crescimento da igreja afirmou que, se você quer que sua
igreja cresça, você nunca deve pregar algo controverso ou negativo.
Agora, a Emergente igreja encontra as igrejas apanhador muito grande e chamativo e
orientado para o programa. Eles querem enfatizar a construção de relacionamentos
próximos na igreja, o que, obviamente, é uma coisa boa. Mas eles compram a filosofia
defeituosa do pós-modernismo, que nega a verdade absoluta no reino moral ou espiritual.
A experiência é enfatizada sobre a doutrina. Tolerância e aceitação são virtudes
fundamentais.
Ter um pastor levantando-se a cada semana e dizer a todos como eles devem viver
(mesmo que seja baseado na Bíblia) é visto como arrogante e crítico. A doutrina é muito
menos enfatizada. Li um site de uma igreja emergente. Pelo menos eles tinham uma
declaração doutrinária, mas para chegar a isso, você tinha que ler um aviso que diz que a
doutrina realmente não é importante.
Em outra parte de seu site, eles dizem: “Embora tenhamos uma breve declaração de
crenças, preferimos não ‘supervalorizar a teologia’, mas sim permitir que a comunidade de
fé interprete as Escrituras e aplique suas lições a si mesmas”. Por exemplo, os
participantes eram encorajados a “compartilhar um poema, uma música, uma foto, uma
escultura, uma dança, uma foto, um vídeo, etc. celebrando uma das bem-aventuranças!”
Eles estão dizendo: “Não estamos realmente na doutrina. Se você está preso com essas
coisas, sentimos muito por você. Se você superar isso, mostraremos como você pode
experimentar Jesus conosco”. Tudo isso para introduzir nosso texto, um verso que, se
seguido, levaria a igreja de volta à direção tão necessária dos reformadores e dos
puritanos.
Paulo diz (1: 9) que um Pastor deve ser um homem “apegado a palavra fiel que está de
acordo com o ensinamento, para que ele seja capaz de exortar em sã doutrina e refutar
aqueles que contradizem”. O fato é que todo mundo que professa conhecer a Cristo,
incluindo aqueles na igreja emergente, mantém uma teologia.
A questão é se eles sustentam uma teologia biblicamente sólida. Na medida em que nossa
teologia não vem da Escritura, estamos adorando um falso deus de nossa própria
imaginação. Assim, todos nós precisamos crescer no entendimento da Bíblia, para que
possamos conhecer melhor a Deus e seguir Seus caminhos com mais cuidado.
Parte do papel dos Pastores é conhecer bem as Escrituras e o suficiente para que eles
sejam capazes de manter a igreja na verdade diante das repetidas tentativas de Satanás
de introduzir o erro. Assim Paulo diz: os pastores devem ser homens piedosos que se
apegam firmemente e ensinam corajosamente a Palavra da verdade de Deus. Paulo dá
cinco requisitos para os anciãos fiéis em relação à Palavra de Deus:
CONCLUSÃO
O grande reformador, MARTINHO LUTERO, não gostava de controvérsia, mas chegou a
ver tanto na Escritura como na história que é necessário. Ele escreveu: Quando os cristãos
não estão lutando contra o diabo, ou contra quem morde o calcanhar, isso não é um bom
sinal, pois significa que aquele que morde o calcanhar está em paz com você no seu
próprio caminho.
Mas quando aquele que morde o calcanhar se enfurece e não tem paz, é sinal de que ele,
estando sob ataque, será conquistado, pois é Cristo quem está atacando sua casa.
Portanto, quem quiser ver a Igreja Cristã existindo em paz, inteiramente sem cruzes, sem
heresia e sem facções, nunca a verá assim, ou então ele deve ver a falsa igreja do diabo
como a verdadeira.
Assim, os pastores devem ser homens piedosos que se apegam firmemente e
ousadamente ensinam a Palavra de Deus da verdade. Você pode facilmente encontrar
igrejas que lhe darão mensagens positivas e edificantes sobre como ter sucesso na vida.
Mas tais mensagens irão expô-lo aos muitos ventos da falsa doutrina que estão soprando
em nossos dias. Para ser forte no Senhor, você deve estar em uma igreja que exorta em sã
doutrina e refuta aqueles que contradizem. Que todos os nossos obreiros sejam homens
da Palavra de Deus!
[1] J. Packer (Uma Busca pela Piedade [Crossway Books], 1990], pp. 51-52)
INTRODUÇÃO
Há uma grande necessidade do ministro ter um notável saber bíblico. Pois muitos são
muitos indisciplinados e vãos faladores e enganadores. Paulo diz a Tito o motivo pelo qual
o ministro deve ser um homem tão qualificado e uma alta capacidade, tanto para manter a
verdade quanto para censurar a falsidade. O motivo é retirado da descrição que Paulo faz
dos professores, mestres, obreiros que vão se opor ao ministério de Tito.
O apóstolo Paulo, diz que o número é indefinido, pois há muitos, não dois ou três, que são
facilmente estabelecidos, mas muitos inimigos que vão se opor a pregação de Tito. Paulo
diz que eles são desobedientes ou refratários, pois não se submeterão à verdadeira
doutrina e disciplina da Igreja local. Eles são faladores vãos; isto é, como ser dado à
ostentação e vaidade intelectual, desprezam o estudo piedoso das doutrinas sólidas e
proveitosas.
Mas gostam de controvérsias teológicas; buscam palavras agradáveis, gostam do humor
no púlpito e de aplausos, pois são temas de mais doçura para a carne do que solidez para
a alma e o espírito. Por isso o Pastor precisa ser um homem de um notável sabe bíblico,
mas primeiramente precisa cultivar uma vida de profunda piedade e devoção na oração.
I – O DISCURSO PERIGOSO.
Paulo enumera os efeitos perigosos desses professores e pregadores que vão se opor a
pregação do pastorado de Tito.
(a) A enganação.
Sua enganação de mentes; para qual prática ímpia ele os marca especialmente da
circuncisão; isto é, por metonímia, ou seja; misturando os termos judaizantes com o
evangelho; isso feito pelos próprios judeus circuncidados. Ou então gentios judaizantes,
abraçando opiniões judaicas, misturando a lei e o evangelho, Moisés e Cristo, circuncisão e
batismo juntos, fazendo de fato uma miscelânea de religião confundindo coisas que nunca
podem ficar juntas.
(b) A subversão.
O segundo efeito deles é a subversão de casas inteiras; isto é, eles envenenam e infectam
casas inteiras, sim, e onde os fundamentos e fundamentos da religião foram postos eles
derrubam e derrubam tudo. Este último efeito é declarado por dois argumentos. O de causa
instrumental, e isso é por sua falsa doutrina, ensinando coisas que eles não deveriam. O
de causa final, isto é, cobiça, seja pela propagação de suas controvérsias teológicas
conquistando admiradores e seguidores; ou por causa do lucro imundo.
E Paulo avisou que haverá muitos deles; são professores, pregadores, e sendo tantos, são
tão perigosos e dolorosos, que suas bocas precisam ser detidas por meio da disciplina.
Essa é a conclusão comum destes dois versos, com referência todos esses males
causados pelos opositores da pregação pastoral. E o único remédio contra todos os danos
qualquer maneira foi causada por eles é, portanto, que aqueles que devem ser admitidos
no ministério devem ter a habilidade para calar suas bocas.
CONCLUSÃO
Concluindo com um conselho para evitar todo discurso tolo. Dizem que nas alturas e
recessos do Monte Taurus são muito infestadas de águias, que nunca são mais satisfeitas
do que quando pegar os ossos de um pássaro guindaste. Os pássaros Guindastes são
propensos a gargalhar e fazer barulho (Isaías 38:14Isaías 38:14), e particularmente
enquanto eles estão voando. O som de suas vozes desperta as águias, que surgem ao
sinal e muitas vezes fazem os viajantes tagarelas pagarem caro por suas conversas
impudentes. Os mais velhos e mais experientes pássaros guindastes, sensíveis ao seu
ataque e ao perigo a que os expõe, tomam cuidado antes de se aventurarem a voar; eles
apanham uma pedra grande o suficiente para encher a cavidade de suas bocas e,
consequentemente, impor silêncio inevitável. Assim prendem sua língua e eles escapam do
perigo. Pessoas incomodadas com línguas indisciplinadas podem aprender uma lição com
os guindastes mais velhos. Todos os cristãos devem refrear suas línguas por vigilância e
oração. O salmista formou uma resolução nobre: ”Eu disse, vou tomar cuidado no meu
caminho, para não pecar com a minha língua”.
INTRODUÇÃO
Os cretenses são sempre mentirosos, é uma citação da literatura grega clássica. Não foi
com frequência que Paulo citou os tesouros da literatura clássica e, quando o fez, não
recorreu aos mais celebrados dos poetas gregos. Na primeira vez “O Hino de Cleanthes”
deu-lhe um texto em seu discurso na colina de Marte em quando esteve em Atenas (Atos
17); e a segunda citação foi o tratado de Epimênides, “relativo a oráculos”, que ele faz aqui
neste texto de Tito 1.12. Epimênides era um poeta cretense de caráter religioso e que
também fazia afirmações proféticas, que visitou Atenas em 599 a.C, e que pouco depois
morreu, com a idade avançada de cento e cinquenta anos. Ele parece ter proferido um
conciso e dramático provérbio, uma amarga caracterização epigramática de seus
compatriotas, uma parte da qual, “Os cretenses são sempre mentirosos”, foi citado por
Callímaco em seu hino a Zeus.
Embora o Bispo Theodoret (393-457) atribui toda a citação a Callimachus. Jerônimo,
Crisóstomo e Epifânio concordam em referir esta severa acusação contra os cretenses a
Epimênides, o filosofo, poeta místico e profético. Apesar da severidade desta condenação;
ela não interferiu com a tradição preservada pelo historiador romano Diógenes Laércio (200
d.C), que os cretenses fizeram honra sacrificial a ele como se fosse um deus. De acordo
com Diógenes, histórias manifestamente fabulosas são contadas sobre Epimênides, e ele é
considerado por ter escrito numerosos tratados e poemas. (HR Reynolds , DD)
CONCLUSÃO
O evangelho é oferecido ao pior. Este é realmente um caráter medonho, que o apóstolo diz
ser perfeitamente verdadeiro. A ilha deve ter estado em uma condição de medo, pois o
apóstolo tem sempre o hábito de falar suavemente até mesmo daqueles que são culpados.
Se a culpa não fosse enorme, ele nunca teria repreendidos tão severamente, nem dado
tais ordens rígidas a Tito para repreendê-los severamente, para que eles pudessem ser
sadios na fé. E aqui devemos observar quão maravilhoso é o amor de Deus, que chega até
o mais baixo da espécie, e eleva essas naturezas brutais à semelhança do Filho de Deus,
e eleva-as ao trono de Sua glória!
Em meio a essa ilha pandemonial, a Igreja de Deus é plantada, como um oásis no deserto,
como um farol nos mares revoltos, para dar descanso e direção a todos os que quiserem
ouvir os chamados da Divina Misericórdia. Oh, quão admirável, quão glorioso é aquele
Deus que, como o pai do filho perdido, abre Sua casa e Seu seio para um mundo vil,
miserável e pródigo! És tu um crente cretense? és tu um mentiroso, um glutão e um bruto?
então a mensagem do amor de Deus é para você – até mesmo para você; e se você
receber, você deve brilhar entre os santos na luz para sempre!
O mundo diz talvez de você, como o provérbio fazia antigamente: “Os três piores C’s do
mundo são a Capadócia, Creta e Cilícia”; todavia para estas habitações de iniquidade e
covas de demônios a graça de Deus penetrou, e multidões foram atraídas ao Senhor. O
evangelho é para ti, irmão, em toda a tua vileza e culpa; e Jesus, que te amou, é o mesmo
ontem, hoje e eternamente. Venha a ele e seja salvo.
Sermão Nº 10 – A perversidade das trivialidades.
Referência: Tito 1:14-15.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 07/08/2019.
INTRODUÇÃO
Para determinar as principais características da personalidade de uma pessoa, não é
necessário ter um doutorado em psicologia. Basta prestar atenção às suas atividades
diárias, o que ela gosta e o que vive comentando e que ela curte na internet. As questões
triviais a que damos mais atenção acabam nos definem perfeitamente. Revelam
perfeitamente nosso caráter. Coisas triviais tem um poder sedutor de nos roubar o tempo,
que deveríamos dar as questões realmente importante da vida.
Paulo fala do perigo dos discursos vãos (v.10-13), que acabam subvertendo famílias
inteiras. Ele diz que esses discursos devem ser disciplinados severamente para que a
igreja seja saudável. Aqui o texto (14,15) mostra o perigo de dar atenção dessas
discursões intermináveis, controvérsias que podem ser chamadas perfeitamente de
DOUTRINAS-FABULAS. A ocupação com essas trivialidades, afastam as pessoas da
verdade do evangelho que desemboca numa vida de santidade e piedade.
2) Entendendo a pureza
(a) Quem são pessoas puras? As pessoas aqui chamadas de puras são aquelas que pela
fé são colocadas em Cristo, por cujo sangue elas são justificadas, e por cujo Espírito,
através dos meios da Palavra, aquela semente imortal de regeneração, elas são
santificadas e reservadas para a vida eterna. E, portanto, para ambos, é a purificação e
limpeza dos pecadores atribuída nas Escrituras. Porque pela fé cada membro da Igreja se
apega à mais absoluta pureza de Cristo. Embora a pureza absoluta, ocorra na glorificação.
Onde eles se tornarão absolutamente limpos como se nunca tivessem sido contaminados.
(b) Como todas as coisas são puras ou impuras.
Vendo todas as coisas eram puras em sua criação. Tudo o que Deus criou é puro. Toda a
criação de Deus é pura. Não há nada pecaminoso da criação de Deus. Seja a natureza, os
animais, as pessoas. Deus criou todas as coisas e disse que era bom. E deu para que seus
filhos delas desfrutassem com alegria. Como todas as coisas são puras para os puros?.
Para que possamos, corretamente, conceber o significado do apóstolo, devemos saber. A
partícula universal “todas as coisas” admite contenção, e não pode ser estendida para além
da narração do apóstolo, que fala apenas de coisas que não são proibidas pela lei de
Deus, ou natureza.
São coisas de natureza indiferente, que em si mesmas não são nem ordenadas nem
proibidas, nem boas nem más em sua natureza e substância. Mas devem ser usadas ou
não usadas de acordo com as circunstâncias e ocasiões delas; coisas como estas são
carne, bebida, vestimenta, recreação, sono, casamento, vida solteira, riquezas, pobreza,
servidão, liberdade, etc. E pode não parecer estranho assim restringir essa proposição
geral, visto que temos assim limitada diversos outros lugares (Coríntios 6: 4). “Todas as
coisas são lícitas, mas nem todas são proveitosas” (1Coríntios 10:23). “
Todas as coisas são lícitas para mim, mas não são convenientes” (Romanos 14:20). “Todas
as coisas, na verdade, são puras, mas não destrua a obra de Deus por causa da comida”,
etc. Pura não significa nada além de que todas essas coisas são livres agora para serem
usadas em boa consciência, sem escrúpulos, por meio de nossa liberdade cristã. Ao
acrescentar “aos puros”, ele mostra como chegamos a ter título nesta liberdade, tornando-
nos crentes e purificando nossos corações pela fé. Em uma palavra, todas as “coisas
indiferentes” são puras e livres para serem usadas da pessoa pura e crente, com esta
única condição; então eles são puramente e corretamente usados.
(c) Pureza da mente indispensável
A importação dos termos. Por “puro” não se entende sem pecado. A pureza evangélica está
conectada com a fé (1 Pedro 1:22 ; Atos 15: 9 ). A mente e a consciência são PODERES
GOVERNANTES; se eles forem poluídos, todo o homem é assim. Em uma mente crente,
as doutrinas de Cristo terão um efeito santificador, e o contrário, em uma mente incrédula.
Em uma mente que crer, preceitos e até mesmo ameaças produzem um efeito salutar.
Misericórdias e julgamentos humilham, derretem e suavizam alguns, mas endurecem os
outros. Os males que ocorrem entre os homens influenciam diferentemente os diferentes
personagens. O tratamento recebido dos homens revela o estado do coração. Um lago
puro é belo, pois reflete a beleza dos céus, mas um coração puro é mais belo, pois reflete a
beleza de Deus.
(d) Mente e consciência contaminadas (v.15)
Que a consciência está tão pervertida em nossa condição atual, que nenhuma confiança
pode ser colocada em sua decisão, é evidente. Do fato de que essas decisões podem ser
corretas em nenhum outro caso, exceto naquelas em que a verdade Divina é totalmente
entendida. Que as decisões de consciência nem sempre estão de acordo com a verdade, é
evidente pelo fato de que os pecadores são sempre convencidos do pecado. Essa posição
também é sustentada pelo fato de que a ação do Espírito Santo é necessária para
convencer o mundo do pecado. A falta de fé da consciência é aparente no fato de que os
hipócritas nem sempre têm um senso terrível de sua hipocrisia. Essa visão do assunto é
fortalecida pelo fato de que nem mesmo os cristãos detectam seus próprios pecados.
Essa doutrina é evidente pelo fato de que não há mandamento nas Escrituras para seguir
os ditames da consciência. E enquanto não há direção para seguir os ditames da
consciência, é verdade que as Escrituras designam diferentes consciências, e talvez
diferentes estados da mesma consciência, por diferentes e diretamente opostos termos.
Essa visão do assunto é confirmada pelo fato de que o caminho para a ruína parece ser o
caminho da paz e da vida eterna. Esse é um traço muito comum e talvez geral da família
humana. A luz que está neles por natureza é a escuridão. Eles não discernem o caminho
pelo qual devem ir.
(e) A inferências da Escritura e a consciência.
Embora tenhamos uma lei moral dentro de nós que foi debilitada pela queda. Desde então
Deus não colocou nenhuma regra de dever dentro de nós mesmos. Nossa razão nunca foi
projetada para ser nosso guia em coisas espirituais. Seu único ofício é entender as coisas
que Deus revelou em Sua PALAVRA e, em todos os casos, reverentemente reverenciar sua
autoridade. Enquanto seus olhos não estiverem abertos pelo poder do Espírito Santo, o
entendimento estará em obscuridade deplorável. E mesmo que fosse capaz de discernir
todos os princípios do dever, seu ofício é reuni-los da Palavra de Deus.
Viver conscienciosamente não é, em todos os casos, viver piedosamente. A consciência
em suas decisões tem respeito a alguns princípios da vida. Esses princípios podem ser
fruto da nossa própria razão. Neste caso, a decisão não se aproximará mais da verdade do
que os princípios segundo os quais a decisão é tomada. Ou pode decidir de acordo com as
máximas do dever que aprendeu com os outros.
Neste caso, como no primeiro, suas decisões não podem reivindicar maior autoridade ou
maior correção do que as máximas segundo as quais são feitas. Ou, se até mesmo as
Escrituras forem a regra segundo a qual as decisões são tomadas, então se seguirá que as
próprias decisões devem ser afetadas pela cegueira do entendimento e pela fraqueza da
própria consciência.
(f) A mente e consciência (v.15)
Pela mente entende-se toda a parte compreensiva da alma, que, sendo o olho da alma,
leva consigo a razão, o julgamento e as escolhas. Por consciência entende-se aquela
faculdade da alma que moralmente julga e avalia tudo, aprovando ou reprovando. A
“mente” é mais do que a mera faculdade intelectiva, e inclui a atividade da vontade; e
“consciência” é a autoconsciência moral que traz o eu e o fato, e todo o comportamento da
alma e do espírito, para o julgamento. Essa consciência pode ser “boa” no sentido de estar
aprovando, ou no sentido de ser ativa; pode ser “maligno” por estar entorpecido, queimado
ou morto, e também por ser acusador ou condenatório.
A contaminação da “mente” deve significar que pensamentos, idéias, desejos, propósitos,
atividades, são todos corrompidos e degradados. A contaminação da “consciência”
significaria que o sentinela enviado para vigiar era subornado para se manter em paz, ou
que o guia para o padrão mais elevado estava aplicando avidamente alguma regra
perigosa nascida de base, criada pelo homem, como suficiente. Paulo diz que uma
consciência pura pode ser abandonada. Na maioria dos casos, a consciência é um artigo
elástico e muito flexível, que irá suportar um alongamento e se adaptar a uma grande
variedade de circunstâncias.
CONCLUSÃO
Desde o verso 10, Paulo vem dando ênfase no discurso vão. Os versos 14 e 15 agora ele
diz do perigo de dar ouvido, de gastar tempo com as doutrinas-fabulas. Uma doutrina por
mais bíblica e ortodoxa que seja, se não promover a piedade, será nada mais do que uma
fábula, que ocupa o tempo com as controvérsias, que deveria ser gasto dom a pratica do
evangelho.
Sermão Nº 12 – A pregação que convém.
Referência: Tito 2:1.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 21/08/2019.
INTRODUÇÃO
O respeitado comentarista luterano, RCH Lenski[1] escreve: “Se um escravo cristão
desonrasse seu mestre de qualquer forma por desobediência, agindo desrespeitosamente,
falando vergonhosamente seu mestre, a pior conseqüência não seria a surra que ele
receberia, mas as maldições que ele causaria. Seu mestre iria atirar contra o Deus deste
escravo miserável, sua religião e os ensinamentos que ele abraçou: “Então é isso que esta
nova religião ensina aos seus convertidos!” Em vez de trazer honra ao verdadeiro Deus e
ao evangelho de seu alto e santo Nome como todo cristão deveria estar ansioso para fazer,
esse escravo traria o oposto, para o deleite do diabo “.
A história da igreja primitiva revela que os escravos cristãos geralmente tinham um preço
mais alto no mercado de escravos do que os incrédulos. Se um mestre soubesse que certo
escravo no bloco de leilão era um cristão, ele geralmente estaria disposto a pagar mais por
aquele escravo, desde que ele soubesse que o escravo o serviria fielmente e bem. Isto é
um alto tributo à fé cristã e à solidez da doutrina que está de acordo com o glorioso
evangelho! Se você fosse colocado no “mercado de escravos” por assim dizer, você “daria
um preço mais alto?”
Em conexão com o capítulo anterior, o apóstolo inicia um contraste usando um, “MAS”.
Muitos tem uma confissão de fé, mas não a vivem. Mas você; Tito, promova o tipo de vida
que reflete o ensino correto. O dever de Tito é estabelecido no meio de muita oposição,
daqueles que não toleravam a pregação dele. Mas o apostolo Paula, não vacila e diz: mas
prega tu; ou seja, não pare de pregar por causa dos opositores.
Paulo está dizendo algo assim: Embora os falsos mestres que descrevi, estão enchendo os
ouvidos dos seus ouvintes com entretenimento, com fantasias, e doutrina dos homens, que
envenenam as almas e desviam os homens da verdade. Paulo continua… Mas tu deves
ser totalmente diferente deles na tua pregação; eles falam coisas agradáveis e
conveniente, mas tu deves falar o que é proveitoso; pois eles, desprezando a simplicidade
do evangelho. Eles caem não apenas em erros perigosos que eles abordam, mas em
discursos aparentemente ortodoxos, mas soltos e ociosos que trazem doenças à alma.
Mas você Tito, pelo contrário, deve ser claro ensinando as responsabilidades dos homens
e mulheres, para que vivam o que eles creem e assim terão uma fé solida e verdadeira.
Seus opositores não vão deixar de se opor a você. Eles vão continuar influenciando
famílias inteiras e ganhando atenção de muita gente. Deixe os brincar com o evangelho
como quiserem e viver como eles dizem. Mas você deve ser diferente deles, continue a
desempenhar o seu ministério com a verdade que é de acordo com a piedade.
CONCLUSÃO
Precisamos lidar com os indivíduos em suas necessidades, como ensinou o Mestre. Com
os doutores, discutia teologia, mas com os necessitados levava o alívio e o conforto.
Richard Baxter adotou o método de lidar individualmente com os seus membros, visitando-
os em suas casas um a um. Ele nos diz que, por causa disso, ele tinha razão para acreditar
que mais de um terço dos habitantes crescidos daquele lugar foram convertidos a Deus.
Paulo está interessado numa pregação que lida mais em exortações praticas, porque
aqueles que se interessam por perguntas inúteis e controvérsias teológicas, precisam ser
relembrados para o estudo de uma vida moral sagrada, pois nada efetivamente acalma a
curiosidade errante dos homens, como o ser levado a reconhecer os deveres em que eles
deveriam se exercitar.
[1] (A Interpretação das Epístolas de São Paulo aos Colossenses, aos Tessalonicenses, a
Timóteo, a Tito e a Filemom: Augsburg, 1964, p694-95)
Sermão Nº 13 – Que tipo de homem a igreja deve ter.
Referência: Tito 2:2.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 28/08/2019.
INTRODUÇÃO
Quais os tipos de homens que nossa igreja deve ter? Onde estão os grandes homens?
Onde eles podem ser encontrados?
Muitos de nós pensamos que aqueles que são bem-sucedidos e fez grandes conquistas
são grandes homens, mas isso está longe da verdade.
Grandes homens, são aqueles moldados pelas verdades do Evangelho, são aqueles que
vivem por princípios divinos e não por si mesmos.
O capitulo dois fala do caráter de uma igreja saudável que é expresso inicialmente na vida
piedosa dos homens mais velhos.
Quero chamar sua atenção para os versos 2 de Tito capítulo 2, e deixe-me lê-lo: “Homens
mais velhos devem ser moderados, dignos, sensatos, firmes na fé, no amor, na
perseverança”.
Agora, obviamente, esta mensagem não será dirigida somente aos homens mais velhos,
mas aos mais novos, que precisam se preparar para a velhice e as mulheres jovens, que
precisam avaliar seu futuro cônjuge, quando envelhecer, e as casadas que precisam ajudar
seus maridos a serem maduros no evangelho.
E eu acho que é um assunto muito apropriado, particularmente para o nosso tempo e lugar
na história. Eu vou te dar um fato que pode te surpreender, mas é verdade.
Comparado com as sociedades mais antiga da história do mundo. Nunca houve uma
sociedade com essa porcentagem de idosos. Conforto material, assistência médica e baixa
taxa de natalidade levaram as sociedades desenvolvidas a uma população idosa. No
Brasil, a maioria da população tem acima de 30 anos.
O envelhecimento é uma realidade natural. Muitas pessoas não querem envelhecer, e o
único jeito de não envelhecer é morrer jovem.
Alguém disse que você sabe que está ficando velho, quando as velas começam a custar
mais caro que o bolo.
Certa mulher escreveu em uma ocasião que ela se casou com um arqueólogo. E alguém
perguntou: “Por que você se casaria com um arqueólogo?”, ao que ela respondeu: “Porque
quanto mais eu envelheço, mais ele me apreciará”.
Mas há alguma realidade nisso, que talvez não seja tão engraçada. Há uma certa tristeza
nisso. Estamos contentes de sabermos o que sabemos quando envelhecermos, mas
gostaríamos de ainda está jovem para expressar essa experiencia da velhice.
As pessoas dizem: há se eu soubesse isso na juventude, não a teria desperdiçado.
Há aspectos negativos em envelhecer, isso é verdade. Nós nos tornamos criaturas de
hábitos formidáveis e inquebráveis. E quanto mais nós os fazemos, mais difíceis eles são
para lidar.
Às vezes, até mesmo nossos pecados que nos cercam tornam-se uma parte tão importante
do tecido de nossas vidas que até mesmo o reconhecimento deles torna-se difícil.
Às vezes ficamos tão obstinados e teimosos, e às vezes pensamos que sabemos mais do
que sabemos, e às vezes pensamos que idade é igual a sabedoria, e isso não acontece. A
idade deve trazer sabedoria, mas pode não ser a mesma coisa.
O livro de Eclesiastes diz: lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade antes que
venham os dias maus, e você dirá não tenho prazer nenhum neles.
Bem, a implicação disso é que quanto mais você envelhece, mais a vida maligna se torna,
mais insatisfatória, mais incompleta, mais desiludido você se torna. Ele os chama nos anos
em que você dirá: “Não tenho prazer neles”.
Entregue sua vida a Deus e desfrute de Deus e faça de Deus o centro de tudo enquanto
você é jovem, para que isto torne sua velhice em algo extraordinário.
CONCLUSÃO: Deus espera nossa maturidade, para então cumprir mais precisamente sua
vontade. A Escritura diz que Moisés era um homem feito (Ex 12.11). Hebreus 11.24; diz:
“Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó”; ou seja maduro,
com 40 anos. Moisés tinha 80 anos quando Deus o chamou para livrar e guiar Israel para
fora do Egito, para a terra da promessa. Sua idade avançada nunca o atrapalhou a liderar o
povo.
Abraão foi chamado com 75 anos, e se tornou o pai da fé com 100 anos, quando teve
Isaque seu filho. Calebe conquistou sua herança com 85 anos. Deus espera os homens
amadurecer. Davi foi ungido rei na adolescência; reinou sobre Judá com 30 anos, mas
somente com 37 anos reinou sobre todo Israel e reinou 40 anos.Na idade de 83 anos –
depois de ter viajado cerca de 250.000 milhas a cavalo, e pregado mais de 40.000 sermões
e produzido cerca de 200 livros e panfletos – John Wesley lamentou que ele era incapaz de
ler e escrever por mais de 15 horas por dia, pois seus olhos estavam ficando cansado
demais para trabalhar.
Após seu aniversário de 86 anos, ele admitiu que nunca ficou na cama depois das 5:30 da
manhã, pois precisava aproveitar o tempo para orar e servir a causa do reino. Na idade
mais plena da vida muitos homens estão se aposentando só no Brasil são mais de 50
milhões.
Na hora em que deveriam usar a experiencia e a sabedoria para treinar outros, eles estão
saindo de cena. A desocupação não é o propósito do evangelho para a velhice. Deus
precisa dos homens mais velhos, para moldar os crentes mais novos.
INTRODUÇÃO
Na instrução de abertura, é dada três vezes, para Tito ensinar adultos idosos – com a
implicação óbvia de que os adultos idosos devem aprender as coisas que Tito lhes
ensinaria.
Paulo estava dizendo: Você deve ensinar a eles o que está de acordo com a sã doutrina.
Ensine os homens mais velhos … Ensine as mulheres mais velhas …
Em outras palavras, os idosos são ensináveis, totalmente capazes de aprender, de se
alimentar das palavras da sã doutrina.
A palavra que Paulo usou aqui para sã é a palavra grega ‘hugias’, da qual deriva o termo
português higiene. Esta é uma palavra que significa primariamente saudável ou produtora
de saúde ou cura.
Esta é a palavra que Mateus usou quando disse que o homem aleijado que Jesus tocou
ficou bom. Esta é a palavra que Jesus usou quando disse à mulher no evangelho de
Marcos: Sua fé te curou.
Este é o mesmo termo usado por nosso Senhor quando ele disse no evangelho de Lucas:
Não são os saudáveis que precisam de um médico.
É primariamente uma palavra médica, então Paulo estava dizendo que as pessoas mais
velhas deveriam permanecer espiritualmente saudáveis pela ingestão regular da Palavra
de Deus.
Li recentemente um relatório sobre livros de receitas na América. Quase 1000 deles são
publicados a cada ano, muitos deles brilhantes, coloridos e muito caros.
Mas, ao mesmo tempo, cada vez menos pessoas estão cozinhando e um número
crescente está comendo em restaurantes.
O repórter entrevistou uma senhora, gerente de portfólio em Nova York, que adquiriu 16
livros de culinária nos últimos quatro anos e que assina duas revistas de culinária. Mas a
última vez que ela preparou uma refeição foi a há quatro anos “e”, disse ela, “não deu
certo”.
Bem, existem mais traduções da Bíblia, material didático e livros devocionais agora do que
nunca. A publicação cristã é um grande negócio no mundo.
Mas apesar de tudo isso, as pessoas estão lendo e estudando sua Bíblia cada vez menos.
Tito queria mudar isso.
Ele queria transformar os idosos de Creta em novos aprendizes, levando-os a uma dieta de
doutrina saudável. Nunca estamos velhos para estudar a Palavra de Deus.
Depois de orientar os homens mais velhos ele vai dar uma atenção muito especial nas
mulheres mais velhas.
CONCLUSÃO: Vocês mulheres mais velhas, tem muito a oferecer.As mulheres idosas
desempenham um papel muito importante na sociedade.
A sociedade de mulheres da igreja depende de vocês. Só vocês podem produzir uma
geração piedosa de mulheres mais jovens; vocês são cruciais para a vida saudável da
igreja.
[1]https://www.gty.org/library/sermons-library/56-13/gods-plan-for-older-men-and-older-
women
[i]
[i] Sermão Adaptado de John MacArtur; disponível em https://www.gty.org/library/sermons-
library/56-14/gods-plan-for-younger-women-part-1
INTRODUÇÃO
Deus tem um projeto magnífico e maravilhoso para as mulheres. É um plano que cumprirá
o propósito da criação.
A intenção de Deus com esse mandamento é maximizar a singularidade da mulher,
tornando-a uma benção para sua família e para o mundo e isto trará satisfação plena para
a sua própria vida e glória ao nome de Deus.
E esse design é indicado brevemente nesses dois versículos. Aqui a instrução é o desígnio
de Deus para as mulheres da igreja.
Deus ordena isso para que a igreja possa ter um testemunho poderoso e para que Deus
possa ser glorificado e Sua Palavra honrada.
Há momentos e lugares na história da humanidade em que essa seção específica das
Escrituras seria comumente acreditada, mesmo na cultura, onde não haveria uma reação a
nenhuma dessas coisas – seria a norma aceita para a sociedade.
Já em nossa cultura, o que está sendo dito nesses versículos para as jovens é exatamente
o oposto do que as jovens estão sendo ensinadas.
Hoje, as jovens estão sendo ensinadas a amar quem quiser, cultivar seus filhos com outra
pessoa, não se preocupe em ser sensata, faça o que lhe agrada, não se preocupe em ser
pura, realize seus desejos físicos e luxuriosos.
Não trabalhe em casa, trabalhe fora de casa, não se preocupe em ser gentil, faça o que
quiser. Toma o seu lugar debaixo do sol. Cuide de você, e de mais ninguém.
Quando isso entra na igreja, portanto, desonra a Palavra de Deus. Quando um cético ler
esses versículos que diz que as mulheres jovens devem “amar seus maridos, amar seus
filhos, ser sensatas, puras, trabalhadoras em casa, bondosas e sujeitas a seus próprios
maridos”.
Ele ler a bíblia e olhar para a igreja, ele terá uma conclusão muito simples: “Vocês cristãos
dizem que acreditam na Bíblia, por que suas mulheres não vivem assim?”
Veja, isso traz descrédito nas Escrituras; pois afirmamos que cremos nelas, mas vivemos
como queremos. E pior ainda; vivemos, conforme a cultura mundana exige; que é
basicamente controlada por Satanás.
Assim, uma igreja saudável com cristãos saudáveis será uma testemunha no mundo
porque suas jovens mulheres modelam suas vidas de acordo com o que a Palavra de Deus
diz.
Então, você precisa entender o motivo de tudo isso e as implicações disso. Se a igreja
continuar a ser vítima da conspiração satânica do Movimento Feminista, estamos
permitindo que Satanás destrua a prioridade, a pureza e a integridade da igreja.
Também é preciso dizer que temos uma nova geração de moças que desde o início
aprenderam o contrário disso. Elas não foram orientadas por pais piedosos.
Por isso temos uma segunda geração de mulheres influenciadas pelo Movimento
Feminista, e esse texto contraria tudo o que elas aprenderam, nas universidades e nas
mídias e nos fóruns de debates.
E foi por isso que fizemos o que fizemos na semana passada, estabelecendo algumas
bases históricas para a exposição de hoje.
CONCLUSÃO: Quero concluir lendo uma declaração de John MacAtur, quando expôs esse
texto.
Ele diz, muitas mulheres crentes não entendem isso – eu e Patricia, conversamos sobre
isso ao longo dos anos.
Não podemos imaginar nunca indo a um seminário de casamento. Não podemos imaginar
jamais participar de algum tipo de seminário sobre criação de filhos. E as pessoas dizem:
“Por que você não pode imaginar isso?”
E a razão é simplesmente essa: nós dois fomos criados em famílias onde o padrão bíblico
foi modelado. Vou lhe dizer uma coisa que vai chocar você. Eu nunca na minha vida vi meu
pai e minha mãe discutirem.
É difícil começar uma briga comigo. Eu nunca vi meus pais discutirem. Eu já vi um modelo
de compromisso um com o outro. Eu assisti meus pais criarem filhos. Minha esposa
assistiu seus pais criarem filhos.
Ninguém precisa me dar um livro sobre como fazer isso. Tem algo embutido no tecido de
uma casa que se torna reprodutivo na próxima geração. E quando isso é cortado, você tem
um grande problema ao tentar desfazer a má modelagem e reestruturar tudo.
É por isso que o Antigo Testamento diz: “Onde você tem iniquidade na família, são
necessárias três ou quatro gerações para mudar isso”.
Não é fácil, e levará muito tempo até que seja revertido em nossa própria cultura. Mas onde
estamos vivendo hoje nesta sociedade, é desesperadamente necessário que algumas
mulheres apareçam e ensinem à geração jovem como pensar corretamente, e com bom
senso.
É por isso que temos que ensinar todo o processo aos pais com tanto zelo em nossa igreja,
para ajudar a essa geração exposta a uma agenda feminista, e saindo de lares desfeitos,
casamentos devastados – alguns deles divorciados.
INTRODUÇÃO:
Nós, a igreja de Jesus Cristo, estamos aqui na terra com o propósito de ser agentes
humanos para trazer salvação aos perdidos. É para isso que estamos aqui.
Estamos aqui com o propósito de evangelizar. Também nos envolvemos na edificação.
Nós nos envolvemos no ministério. Nós nos envolvemos em orações, adoração e na
comunhão.
Mas tudo isso será aperfeiçoado no céu. Mas o evangelismo não terá lugar no céu porque
a Bíblia é clara no final de Apocalipse que nenhum pecador não salvo entrará no céu.
E assim, o Senhor adiou a plenitude de nossa comunhão e a plenitude de nosso louvor e
adoração, a plenitude de nossa bem-aventurança e bênção, e nos deixou aqui com o
propósito expresso de sermos agentes humanos de salvação para os perdidos.
E eu realmente acho que, na maioria das vezes, a igreja evangélica entende isso. Nós na
maioria das vezes, concordamos com esse propósito.
No entanto, nós não necessariamente concordamos com os meios para realizá-lo.
Suponho que isso não seja novidade.
A igreja sempre lutou com qual TÉCNICA, qual METODOLOGIA ou que estilo deveria usar
– que abordagem para alcançar os perdidos; principalmente as crianças e a juventude.
A juventude sempre o foi grupo menos atraído ao evangelho, devido a busca pelo
entretenimento e aventuras no mundo.
Os jovens sempre foi o grupo menos dedicado a Deus, e poucos são os jovens que
desejam viver uma vida piedosa. Então a igreja moderna tem feito todos os esforços e todo
tipo de negociação para tentar mudar isso.
CONCLUSÃO: Tal exortação gera equilíbrio. Eles devem exibir poder sobre seus apetites
e faculdades. Estes são essenciais para que sejam piedosos e tenha emoções saudáveis.
Eles têm que controlar suas vidas, eles precisam remir o tempo e não desperdiçar o tempo.
As redes socias, tem sido uma armadilha para destruir toda sensatez, e equilíbrio
emocional da juventude.
Isso significa, pais e mães, que quando vocês estão criando seus filhos adolescente e
jovens vocês precisam ensinar a eles a serem sensatos, prudentes, sábios, ou seja,
piedosos.
Como Timóteo, foi orientado: (2 Timóteo 2:22); “Foge também das paixões da mocidade; e
segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o
Senhor”.
Veja o conselho de Pedro (1 Pd 5: 5). “Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais
velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque “Deus se opõe aos
orgulhosos, mas concede graça aos humildes”.
Os jovens devem ter autocontrole, domínio de si. Os pais devem ensinar seus filhos em
conformidade com os padrões sagrados, e isso significa que você precisa controlá-los para
que seu controle se torne o controle deles com o tempo.
“Diga-me”, disse Edmund Burke, “quais são os sentimentos predominantes que ocupam a
mente de seus rapazes, e eu lhe direi qual deve ser o caráter da próxima geração.
INTRODUÇÃO
“Quem me dera pudesse viver minha juventude novamente!”, é o que provavelmente
falarão.
“Ah! se eu tivesse gasto os dias da minha mocidade de uma forma melhor!” “Oh! se eu não
tivesse deixado os maus hábitos se arraigarem, de maneira tão forte, na primavera da
minha existência
Paulo está querendo poupar desses dissabores com esta única orientação aos jovens:
Semelhantemente exorta aos moços que sejam moderados.
E isso significa: Que você deve ser atencioso e prudente, não precipitado nem desatento. E
correto o provérbio espanhol: “A pressa vem do diabo
Precisar aprender a refletir antes de agir. Alguém disse: “Não faça nada de forma
precipitada; aguarde um pouco mais e você acabará mais cedo”.
Aprender a pensar livremente, sem ser influenciados por tendências e modismos do
mundo.
Significa que você deve ser cauteloso e prudente, não impulsivo, nem viver fantasiando a
vida.
Fixar regras de sabedoria. Aprender a usar a razão e a consciência. Seja desconfiado de
seu próprio julgamento. Estude as Escrituras.
Você deve ser humilde e modesto, não orgulhoso e vaidoso. Não tenha um alto conceito de
si mesmo. Não viva acima da reprovação, acima da piedade.
Você deve ser temperado e abnegado, não indulgente com seu apetite.
Você deve ser gentil e afetuoso, mas enérgico e não indulgente com suas próprias paixões.
Você deve ser casto e reservado, não devasso ou impuro.
Você deve ser firme e composto, não tonto e instável, nem vulnerável.
Você deve ter contentamento em todas as coisas, não ambicioso e astuto.
Você deve ser sério e firme, não vaidoso, nem influenciado pelo marketing do efeito que
domina a manada; e nem é um produto do meio.
O que os moços virão a ser depende, muito provavelmente, daquilo que são no momento;
ainda assim, parece que se esquecem disso com muita facilidade
CONCLUSÃO: A juventude deve ser como o jovem Daniel, que na adolescência foi capaz
de se destacar por sua moderação e conhecimento (Daniel 1: 4);
O jovem SAMUEL, que assim que é desmamado, esteve diante do Senhor ( 1 Samuel 1: 1-
28 ); o jovem JOSIAS, que aos oito anos de idade foi um rei piedoso influenciado pelo
sumo sacerdote ( 2 Reis 2: 1-25 );
Como o jovem TIMÓTEO, que conhecia as Escrituras desde criança; sim, e do próprio
CRISTO, que cresceu tanto em sabedoria como em estatura, de modo que, aos doze anos
de idade, conseguiu confundir os doutores e grandes rabinos dos judeus.
Deus exige primícias, primogênitos dos homens e dos animais. O primeiro mês, sim, o
primeiro dia desse mês, para a celebração da páscoa; e deleita-se em ofertas inteiras e
gordas, não nos sacrifícios coxos, magros e cegos que Sua alma abomina.
De todos os filhos dos homens, o Senhor nunca teve tanto prazer como nos que foram
santificados desde o ventre.
Alguns dos eruditos falam da vara de amendoeira, como a vara de Moisés e a visão de
Isaias sobre o chamado de Deus (Ex 3; Is 9). A escolha das amendoeiras de todas as
arvores são as que produzem mais rapidamente suas flores e frutos.
Veja quais são os sentimentos predominantes que ocupam a mente da nossa juventude e
saberemos qual será o caratê da nossa próxima geração.
Os homens são modernos, mas repete a sabedoria do passado. O poder dominante dos
jovens é algo reconhecido em todos os tempos.
Foi porque ele ensinou a seus rapazes que SÓCRATES era temido em Atenas. De pé no
mercado, visitando o ginásio ou falando dos pórticos, ele exercia um poder que os
senadores viam com inveja e pavor.
Quando alguém desejava que WESLEY deixasse a universidade de Oxford para tomar
conta de uma paróquia local, ele recusou, porque, segundo ele, as escolas dos profetas
estavam lá.
O HON. Stephen Allen, que fora prefeito de Nova York, foi afogado a bordo do Henry Clay.
No livro de bolso foi encontrado um recibo impresso, aparentemente cortado de um jornal,
cuja cópia é apresentada abaixo.
É digno de ser gravado no coração de todo jovem: –
“Tenha boa companhia, ou nenhuma. Nunca fique ocioso. Se suas mãos não puderem ser
empregadas com utilidade, dedique-se ao cultivo de sua mente. Sempre fale a verdade.
Faça algumas promessas. Faça jus aos seus compromissos. Mantenha seus próprios
segredos, se você tiver algum. Quando você fala com uma pessoa, olhe-a na cara.
Boa companhia e boa conversa são os próprios tendões da virtude. O bom caráter está
acima de todas as outras coisas. Seu personagem não pode ser essencialmente ferido,
exceto por seus próprios atos.
Se alguém fala mal de você, deixe sua vida ser para que ninguém acredite nele. Não beba
nenhum tipo de bebida intoxicante. Sempre viva (com exceção do infortúnio) dentro de sua
renda.
Quando você se aposentar, pense sobre o que você tem feito durante o dia. Não tenha
pressa de ser rico se você prosperar. Ganhos pequenos e constantes dão competência a
uma mente tranquila.
Nunca jogue em nenhum jogo de azar. Evite a tentação, por medo que você não possa
suportar. Ganhe dinheiro antes de gastá-lo. Nunca tenha dívidas, a menos que encontre
uma maneira de sair de novo.
Nunca peça emprestado se você puder evitá-lo. Não se case até conseguir sustentar uma
esposa. Nunca fale mal de ninguém. Tenha um pouco antes de ser generoso. Mantenha-se
inocente se você quiser ser feliz.
Economize quando for jovem, para gastar quando for velho. Leia as máximas acima pelo
menos uma vez por semana.”
A supremacia do autocontrole consiste em uma das perfeições do homem ideal.
Não ser impulsivo, não ser estimulado aqui e ali por cada desejo que por sua vez chega ao
topo; mas ser autocontrolado, equilibrado, governado pela decisão conjunta de todos os
sentimentos reunidos no conselho, diante dos quais toda ação deve ser totalmente
debatida e determinada com calma – que é o que a educação, a educação moral, pelo
menos, luta produzir ”.
Essa é a qualidade determinante da qual mais depende o sucesso ou o fracasso da vida
após a morte. Se falhar aqui, sua falha é absoluta e irremediável. Sucesso aqui é sucesso
garantido daqui para frente.
Veja o exemplo de dois jovens: um educado nos melhores colégios e faculdades
particulares; o outro nunca esteve em uma faculdade, mas conhece e possui o poder do
autocontrole.
Para todo trabalho digno da vida, este último é incomensuravelmente superior; ele fará o
trabalho de um melhor banqueiro, fabricante, legislador, etc.
Falar vários idiomas, ter doutorado, é valioso, mas, em contraposição ao
AUTOCONTROLE, não tem o peso de uma pena ou o valor de um peido.
Mas a verdadeira educação adota o autocontrole e, com outras aquisições, oferece grande
vantagem ao estudioso.
Em uma entrevista foi questionado sobre qual a qualidade mais essencial para um
primeiro-ministro.
Um dos participantes disse: “Eloquência”; outro, “conhecimento”; outro, “Trabalho”. “Não”,
disse o primeiro Ministro Pitt, “é a Paciência”, e a paciência com ele tinha seu verdadeiro
significado de autocontrole.
Nesta qualidade, ele próprio se destacou. Há um monumento instrutivo para esse grande
estadista na Abadia de Westminster.
PITT fica ereto com a mão estendida; outra figura representa a anarquia se retorcendo
acorrentada a seus pés, enquanto uma figura calma que representa a história está
anotando o registro de suas conquistas vitoriosas para a posteridade ler.
Há uma necessidade premente de outros Pitts conquistarem a si mesmos e depois
conquistarem seus companheiros neste mundo desordenado. Anarquia e o erro ainda
devastam a terra.
Eles precisam de homens fortes e AUTOCONQUISTADOS para colocar ordem no caos. E
esteja certo, a história imparcial espera para imortalizar o nome dos grandes heróis morais
de hoje.
Moço, Você é necessário para Deus, neste tempo presente. Pense como você pode ser um
instrumento de benção para sua família, para sua igreja e para o bem para o mundo.
WILLIAM WILBERFORCE (1759-1833), foi um inglês estadista, abolicionista e filantropo.
Lutou para abolir o tráfico de escravos e a própria escravidão. Morreu um mês antes da
promulgação oficial do fim do tráfico de escravos nas Colônias Britânicas.
Sermão Nº 19 – Que tipo de de jovens a igreja deve ter (Parte 3).
Referência: Tito 2:7-8.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 16/10/2019.
INTRODUÇÃO
As pessoas costumeiramente são lembradas pelos exemplos que transmite aos demais.
Sejam esses exemplos bons ou ruins, certamente servirão de referência para alguém em
determinado momento, alguém já que nossa vida servirá de exemplo ou de lição para os
outros. Os preceitos são bons, mais os exemplos são melhores. A método preferido de
Deus para nos ensinar é o exemplo. Alguém também já disse que há três formas eficazes
de ensino: a primeira é pelo exemplo, a segunda, pelo exemplo e a terceira pelo exemplo.
É natural do ser humano espelhar-se em alguém para moldar seus costumes, crenças,
atitudes, escolhas, comportamentos, etc. Isso acontece por um fenômeno natural,
nitidamente percebido no comportamento das crianças, cujas ações são diretamente
influenciadas pelas atitudes dos pais ou familiares próximos de seu convívio diário.
Seguindo nessa perspectiva devemos nos atentar para nossa conduta, pois naturalmente
servimos de referência para alguém, seja para os filhos, familiares, amigos e também aos
companheiros de trabalho e estudo.
Nem sempre são abundantes as palavras,nem o brilho da fala, que abre a porta do
evangelho, ao alcance do pecador; um cristão é um sermão vivo.
INTRODUÇÃO
Tem quem veja o trabalho apenas como uma forma de garantir o próprio sustento. Porém,
mais do que fornecer o sustento, o trabalho tem uma grande importância na vida de um
indivíduo.
Benjamin Franklin disse certa vez que “o trabalho dignifica o homem” e ele não estava
errado em afirmar isso.
Trabalho tem a ver com outras questões que vão além do sustento. Trabalho tem a ver
com pertencimento, participação.
Trabalho tem a ver com ser útil e contribuir com uma causa maior. É daí que vem a
motivação e a satisfação pessoal.
Embora tudo isso seja verdade, não podemos nos esquecer que foi Deus quem instituiu o
trabalho. Ele tem um proposito muito especifico para cada um de nós com o nosso
trabalho, seja qual for ele.
O texto da exposição de hoje, fala muito apropriadamente sobre o proposito de Deus para
o trabalho do crente.
Estamos expondo essa maravilhosa carta, que trata do caráter de uma igreja saudável.
E na exposição de hoje, o Apostolo, trata do propósito de Deus para como o trabalho e
qual o do tipo de empregado que o crente deve ser.
O TRABALHO E O EVANGELISMO.
Paulo aborda a relação trabalhista de uma ótica divina e na contramão da visão mundana
do trabalho.
A questão emprego é um ministério dos crentes que fazem parte de uma igreja saudável,
visando realizar um evangelismo saudável, ou seja; eficaz.
O evangelismo eficaz do trabalho.
Se pararmos para pensar quantas estratégia, metodologia e técnica e modelos
evangelísticos, e as opções são quase infinitas.
E há quase um número infinito de estratégias, metodologias, técnicas; de vários tipos que
foram desenvolvidas para tentar conquistar pessoas para Jesus Cristo.
Embora o objetivo é nobre, o desejo está certo, e a tarefa do evangelismo é de fato a
principal tarefa da igreja.
Mas, francamente, fico constantemente espantado com quanto tempo, quanto dinheiro,
quanto esforço e mão de obra é gasto nessas estratégias evangelísticas em programas,
eventos, cruzadas, campanhas na mídia, milhões e milhões de dólares e literalmente toda
a vida das pessoas.
Porém, ao pesquisar nas páginas do Novo Testamento, não consigo encontrar uma
estratégia especifica para evangelismo em massa.
Não consigo encontrar uma estratégia especifica e eficaz para distribuição de literatura.
Certamente não consigo encontrar uma estratégia especifica para campanhas de mídia.
Não consigo encontrar uma estratégia para outra coisa senão um plano muito simples do
evangelismo do Novo Testamento.
Embora possamos fazer este tipo evangelismo em massa, e foi muito usado, pelos grandes
avivalistas, Wesley e Whitefield, Finney e Moody que pregava as multidões.
Mas não existe um esquema dado aqui para captar a atenção das MASSAS,existe apenas
um plano de como capturar a atenção dos INDIVÍDUOS.
Não somos chamados para trabalhar para Deus,mas para deixar Deus trabalhar através de
nós.
A igreja é o evangelho visível.
Veja bem, o plano do Novo Testamento, embora certamente envolva a pregação do
evangelho por parte daqueles que são talentosos, é principalmente um plano para
testemunho pessoal e evangelismo pessoal.
Agora poderíamos entrar em uma grande campanha de arrecadação de fundos e nos
esforçaríamos para comprar anúncios nos jornais locais. Poderíamos comprar spots na
televisão e no rádio.
Talvez eu pudesse até falar no rádio e conversar, ou poderíamos fazer uma apresentação
dramática que atraísse a atenção das pessoas e depois as atingisse com o evangelho no
final.
Podemos até comprar outdoors nas rodovias de nossa região. E poderíamos gastar uma
verdadeira fortuna e colocar-nos à beira da falência apenas para espalhar a Palavra em
nível de massa.
E então poderíamos colocar no final de cada anúncio o nome da nossa igreja, Assembleia
de Deus Marcas do Evangelho.
Mas escute uma coisa. Se todas as pessoas que são membros da Assembleia de Deus
Marcas do Evangelho, em toda a nossa comunidade, não vivermos de “maneira piedosa e
transformada”, todo o dinheiro seria absolutamente desperdiçado.
Por outro lado, se vivemos de forma santa e piedosa, poderemos economizar um bom
dinheiro.
Creio que é isso que o apóstolo Paulo está transmitindo a Tito para ser disseminado pelas
igrejas em Creta.
O esquema inicial que o Novo Testamento conhece para evangelização é pessoal, embora
também fale da proclamação de pregadores chamados e ungidos e talentosos por Deus,
como Pedro em Atos 3.
E, a propósito, as estatísticas confirmam a importância do testemunho pessoal.
Aproximadamente NOVENTA POR CENTO de todas as pessoas pesquisadas sobre como
foi conhecer Jesus Cristo apontaram para uma testemunha pessoal, um amigo, um parente
– alguém cuja vida impactou sua vida.
Menos de dez por cento das pessoas que vêm a Cristo vêm por causa de algo diferente de
uma testemunha pessoal.
Todos os meios de comunicação de massa, televisão, rádio; todos os métodos
evangelísticos de massa; todas as cruzadas; todos os shows musicais com ênfase
evangelística que se movem por todo o país;
Todas as reuniões em centros cívicos, auditórios e centros de convenções da cidade –
todo esse tipo de coisa que está acontecendo no Brasil e no mundo que tende a espalhar o
evangelho amplamente entre massas de pessoas;
Não podem superar a exibição igualmente maciça de testemunho negativo e ineficaz
demonstrado por pessoas que nomeiam o nome de Cristo e pecam publicamente e
escandalosamente.
Quero dizer, você teria que acreditar que o incrédulo comum sentado neste país e
anotando como observador do cristianismo vai concluir que “soa bem, mas não tenho
certeza de que seja real”.
Porque não há como uma explosão de informações pode superar o escândalo de pessoas
que se dizem cristãs e vivem como se não fossem, de pessoas que proclamam um Deus
salvador e demonstram uma vida que não foi libertada do pecado.
A igreja manifesta a gloria de Deus.
Se dizemos que Deus é um Salvador, é melhor demonstrar uma vida salva. Como o
filósofo alemão Heinz disse: “Você me mostra sua vida redimida; posso estar inclinado a
acreditar no seu Redentor”.
Paulo e Tito estavam enfrentando algo do mesmo tipo. Veja o capítulo 1, versículo 16.
Havia pessoas circulando por Creta, e o versículo 16 diz: “Eles professaram conhecer a
Deus”.
Essa é a reivindicação deles. “Mas por suas ações eles O negam.” E ele diz que eles são
“detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação”.
Quero que você saiba que os incrédulos estão expostos à hipocrisia do cristianismo há
muito, e muito tempo.
Não apenas hoje – nos dias de Paulo havia pessoas por aí dizendo que conheciam a Deus
e negando-O por suas vidas.
Não importa o quão amplamente você o diga, não importa o quão amplamente você
distribua o que está dizendo, não importa como o promova.
Não importa quantos dólares você gaste para garantir que a mensagem seja ouvida por
todos ou vista por todos, se não houver “credibilidade” na vida daqueles que nomeiam o
nome de Cristo, o esforço é curto-circuito.
De fato, é uma hipocrisia flagrante. Que desgraça no nome da santidade e no poder
salvador de Deus em Jesus Cristo estava acontecendo em Creta por essas pessoas que
estavam reivindicando conhecer a Deus, mas negando-O por suas vidas.
Você não pode pregar que Deus é um Deus salvador – Jesus veio para salvar Seu povo
dos pecados deles – se sua vida está cheia de pecados. Isso não cola.
Da triste situação indicada no versículo 16, Paulo passa para o capítulo 2. E ele começa o
capítulo 2 dizendo: “Mas quanto a você”; ou seja; “Por outro lado” , diz ele, “estou muito
preocupado que você não seja como essas pessoas.
Então, Tito, você deve ‘falar as coisas que são adequadas para a sã doutrina’. Você deve
ensinar os homens mais velhos “a serem temperados, dignos. Sensatos, sólidos na fé, no
amor, na perseverança”.
Você deve ensinar as mulheres mais velhas da mesma forma, serem reverentes em seu
comportamento, não fofocar maliciosamente, não ser escraviza do vinho.
Elas devem ensinar o que é bom, a fim de incentivar as mulheres jovens a amarem seus
maridos, amarem seus filhos, serem sensatas, puras, trabalhadoras em casa, tipo, estando
sujeitos a seus próprios maridos, para que a palavra de Deus não seja desonrada.
Da mesma forma, exorta os rapazes a serem sensatos, e você, como exemplo dos rapazes
em todas as coisas.
E você Tito; mostra que é um exemplo de boas ações, com pureza e doutrina, dignas, com
uma linguagem sadia que está além da censura, para que o adversário possa ser
envergonhado, não tendo nada de mal a dizer sobre nós.
Então você pede aos ESCRAVOS/EMPREGADOS que estejam sujeitos a seus próprios
senhores/patrões em tudo, sejam agradáveis, não argumentativos, não furtivos, mas
mostrando toda a boa-fé que eles possam adornar a doutrina de Deus nosso Salvador em
todos os aspectos.
Quando BENJAMIN FRANKLIN decidiu motivar o povo da Filadélfia à iluminação das ruas,
ele pendurou uma bela lanterna na ponta de um suporte comprido preso à frente de sua
casa “, escreveu copie.
Ele mantinha a lâmpada bem iluminada, polida e acendendo cuidadosamente o pavio todas
as noites, ao anoitecer. Qualquer pessoa que andasse na rua escura podia ver essa luz de
longe e sob seu brilho quente.
Qual foi o resultado?
Não demorou muito para os vizinhos de Franklin começarem a colocar lâmpadas fora de
suas casas, e escrevia copie. Logo a cidade inteira percebeu o valor da iluminação pública
e seguiu seu exemplo com entusiasmo.
Se vivermos de acordo com a clara luz da Palavra de Deus, Deus dissipará as trevas e
outros serão atraídos pela luz do evangelho.Não vamos apenas seguir bons exemplos,
vamos ser bons exemplos.
A igreja revela o caráter santo de Deus.
Vemos que a questão aqui é evangelística. O ponto inteiro aqui é resumido em três
declarações, uma no final do versículo 5, “Para que a palavra de Deus não seja
desonrada”.
A segunda, no final do versículo 8, “Para que o adversário se envergonhe, não tendo nada
de ruim a dizer sobre nós”.
E a última no final do versículo 10: “Para que adornem a doutrina de Deus, nosso Salvador,
em todos os aspectos”.
Todos os três estão usando a partícula grega “hina”, que indica uma cláusula de propósito.
O propósito de se viver dessa maneira é que a “Palavra de Deus não seja desonrada”, que
o“adversário seja envergonhado e silenciado”, e que “aqueles que estão nos observando
podem realmente ver que temos um Deus salvador”, um Deus que livra as pessoas do
pecado.
De fato, Paulo culmina com essa tremenda instrução nos versículos 11 a 14, dizendo:
“A graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens, e essa salvação nos
instrui a negar a impiedade e os desejos mundanos, A VIVER DE MANEIRA SENSATA,
JUSTA E PIEDOSA NA ERA ATUAL “.
Por quê? Para propósitos evangelísticos. Deus, diz o versículo 14, “nos redimiu de toda
ação sem lei e purificou para si um povo de Sua própria possessão, ZELOSO E DE BOAS
OBRAS“.
Deus quer um povo santo. Essa é a principal estratégia evangelística do Novo
Testamento. Deus é um Deus salvador. E Ele nos salvou do pecado para a santidade, e a
maneira como proclama isso é vivendo isso.
O próprio Jesus disse isso no Sermão da Montanha, quando disse: “Deixe sua luz brilhar
diante dos homens, para que possam ver suas boas obras e glorificar seu Pai que está no
céu”.
Pedro repetiu o mesmo pensamento quando disse em 1 Pedro 2:12: “Mantenham
excelente comportamento entre os pagãos, para que, naquilo em que eles nos caluniam …
eles possam, por causa de suas boas obras, ao observá-las. , glorificar a Deus…”.
Agora escute. “O CARÁTER PIEDOSO”, uma “VIDA DE SANTIDADE” é a maior estratégia
evangelística. Brilhar como luzes no mundo “no meio de uma geração torta e perversa “.
E, francamente, a menos que haja esse tipo de credibilidade e integridade na vida dos
crentes, o mundo não vai comprar nossa mensagem comercializada em massa.É o que
Paulo diz em Filipenses 2:14 e 15:
O Dr. Dudley Woodberry, professor de Estudos Islâmicos … ciente de que em todo o
mundo os muçulmanos estão se voltando para Cristo, ficou curioso sobre as razões pelas
quais – especialmente em países onde o custo da conversão é tão alto.
Para encontrar a resposta, ele criou um questionário detalhado. Durante um período de 16
anos, cerca de 750 muçulmanos de 30 países o preencheram – e os resultados são
reveladores. A principal razão pela qual os muçulmanos convertidos listados por sua
decisão de seguir a Cristo foi o estilo de vida dos cristãos entre eles.
O TRABALHO E O EVANGELHO.
Agora, na estratégia, conforme se desenvolve no capítulo 2, Paulo trabalha na família.
Os membros mais velhos da família e os membros mais jovens da família têm a
responsabilidade de viver de uma maneira que tenha impacto evangelístico.
Já conversamos sobre homens mais velhos e mulheres mais velhas e mulheres mais
jovens e homens mais jovens, e agora chegamos à última categoria nos lares dos tempos
antigos – ESCRAVOS, versículos 9 e 10.
E ele diz sobre eles:“Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo
agradem, não contradizendo. Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para
que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador”.
O evangelho e o trabalho escravo.
Considerando que relação de trabalho do império Romana era basicamente escrava,
devido as guerras e necessidades econômicas.
Aqui a Escritura regula a forma como os crentes, se relacionam com seus senhores na
Escravidão e com seus empregadores na mão de obra livre.
A MOTIVAÇÃO para servi é a mesma, seja na mão de obra escrava, seja na livre. A
Escritura parte da mais complexa para a mais, simples, se é possível servir bem num
trabalho desumano, quanto mais num trabalho humanizado.
A palavra é “douloi”; literalmente se refere a “alguém que está sujeito à submissão, sob
servidão”.
Todos nós estamos muito conscientes do fato de que o Império Romano basicamente
dependia dos escravos para todo o seu trabalho. A maioria da população era escrava.
Eles eram uma parte muito essencial da vida nos tempos antigos. Eles formaram a força de
trabalho do mundo romano.
É verdade que muitos escravos foram maltratados, muitos deles foram enganados e tirado
os seus direitos.
Eles foram abusados; eles foram espancados; alguns deles foram mortos; eles foram
brutalizados.
Mas, por outro lado, outros eram amados, outros eram cuidados, outros serviam mesmo
depois de terem tido a oportunidade de liberdade, voluntariamente, porque amavam tanto
suas famílias das quais haviam participado.
Um escravo podia, é claro, se casar e ter sua própria família, e muitas vezes um
proprietário de terras lhe dava sua própria casinha e seu próprio pedaço de terra.
E assim, aqueles que tinham muito poderiam cuidar daqueles que tinham menos.
Agora, a questão nesta passagem não está abordando a condição da escravidão. Não
está discutindo em que tipo de situação os escravos poderiam estar.
Simplesmente diz que se você é um “escravo” ou um “livre”, tem a obrigação de viver sua
vida de modo a chamar a atenção para o poder salvador de Deus demonstrado por você.
A escravidão fazia parte da vida no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
As escrituras a regulam com muito cuidado, e se você ler Efésios 6, verá que o evangelho
regula o relacionamento empregador versus empregado que faz parte qualquer sociedade.
Servir a alguém pode ser muito benéfico – se você serviu bem e seu mestre o tratou bem,
assim como ser empregado por certas empresas pode ser um tremendo benefício, devido à
maneira como eles cuidam daqueles que trabalham para eles.
A escravidão nos tempos antigos poderia ser um elemento muito benéfico da sociedade,
pois permitia às pessoas que tinham recursos dar esses recursos àqueles que trabalhavam
para elas e, assim, lhes permitiam ter a dignidade do trabalho, ganhar a vida.
De fato, alguns escravos do Antigo Testamento amavam tanto seus senhores que, no Ano
do Jubileu, no quinquagésimo ano, a cada cinquenta anos, todos podiam ser livres e voltar
para suas famílias originais; eles não fariam isso.
Eles se recusaram a voltar porque amavam as famílias das quais faziam parte. Então
nesse caso tinham um costume, esse escravo tinha a “orelha furada”, e assim ele estava
dizendo: “Sirvo livremente e de bom grado.
Não há nada de errado com esse tipo de vontade. Não há nada de errado com o serviço.
De fato, o próprio Jesus disse: “Não vim para ser servido, mas para – – O quê? -” servir e
dar à Minha vida um resgate para muitos.
E Jesus disse: “Não é quem domina sobre você quem é o maior, é quem serve.” Há uma
dignidade maravilhosa diante de Deus no trabalho e no serviço.
E então o Senhor e os apóstolos usaram a escravidão como um motivo de instrução
espiritual comparando o cristão que pertence a Cristo e O serve como “um escravo” e,
portanto, digno, elevado e exaltado quem serve.
E, portanto, não há preocupação aqui neste texto sobre REVOLUÇÃO ou rebelião ou
direitos iguais ou liberdades iguais. No brasil ela acabou em 1888.
Mas, antes, a responsabilidade de que, se você é um empregado e tem alguém sobre
você, deve se comportar de maneira a tornar muito evidente que sua vida viu o poder
transformador de Deus.
Muitos de nós podem não parecer tão influentes ou conhecidos pela nossa profissao. Não
temos o talento, a riqueza ou a posição de causar grande impacto em nossa sociedade.
Nossos nomes não aparecem no jornal, nem são mencionados na televisão. Podemos
pensar que tudo o que podemos fazer é praticar nossa fé nas rotinas monótonas da vida
cotidiana.
Mas talvez, despercebido por nós, tenhamos influência sobre as pessoas ao nosso redor
por nossas atitudes e ações cristãs.
Não vamos nos preocupar, então, com nossa aparente falta de influência. Em vez disso,
faça o que Jesus ordenou: “Deixe sua luz brilhar diante dos homens, para que eles vejam
suas boas obras e glorifiquem seu Pai no céu” ( Mateus 5:16 ).
Alguém já disse a lua é um astro “inocente”, que não tem luz própria, mas nada faz além de
brilhar, mas move todas as ondas de trabalho do mundo.
A lua fica a quase 240.000 milhas da Terra e é apenas 1/400 do tamanho do sol. Sem luz
ou calor próprio, reflete o brilho do sol.
Parece ser relativamente INSIGNIFICANTE. No entanto, a lua silenciosamente e quase
imperceptivelmente move os oceanos do mundo por sua força gravitacional.
O evangelho e o emprego.
Há muita instrução no Novo Testamento sobre como os empregadores, mestres, chefes e
líderes devem agir.
Mas a instrução diante de nós tem a ver com os servos, porque, em geral, você se lembra
agora, quando a igreja se reuniu, Paulo disse aos coríntios: “Não há muitos nobres e não
há muitos poderosos”.
E parece-me que o maior influxo dos cristãos veio dos escalões inferiores da sociedade. E
era muito importante para eles se comportarem de maneira apropriada.
Existem outros três textos maravilhosos que devem ser considerados muito brevemente, e
eu quero ler e comentar sobre eles de maneira muito breve.
Volte ao capítulo 3 de Colossenses, por um momento, isso é simplesmente o cenário para
o que diremos em Tito.
No capítulo 3 de Colossenses, quero consertar essas coisas em sua mente, porque elas
voltarão novamente quando examinarmos o texto diante de nós. (pg 1.124 MCcheyne)
O apóstolo Paulo está instruindo os cristãos em Colossos em relação à conduta espiritual.
Se a Palavra de Cristo habita neles ricamente, se eles são realmente controlados pelas
Escrituras
Então diz que os escravos agirão assim: controlados pelo Espírito, biblicamente
controlados, escravos maduros e piedosos:
“Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradar os
homens quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de
vocês temerem ao Senhor.
Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que
vocês estão servindo.
Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém”.
(cl 3.22-25)
Aqui há um texto muito importante. Que diz que os empregados de hoje, tem um campo
evangelístico muito especifico. Ele tem um chamado do evangelho.
Seu local de trabalho é o seu lugar de evangelismo. É o seu campo de missionário. Esse é
o chamado de todo o funcionário. Vejamos nesse texto de colossenses as implicações do
que nosso Apostolo fala:
(a) Nosso trabalho dever ser feito com temor.
Cabe ao funcionário cristão obedecer em todas as coisas aos seus patrões, como diz o
Apostolo Paulo.
Não fazendo bem enquanto eles estão olhando. Só trabalhando bem, enquanto o chefe
está por perto. O chefe sai de perto eu esmoreço e rendo menos.
Nosso Apostolo diz que não devemos trabalhar para “agradar aos homens, mas com o
coração sincero temer ao Senhor“.
O que isso significa? Você deve ter um medo saudável de que Deus traga correção se
você não prestar o serviço que Ele pediu para você prestar.
Você diz: “Por que Deus está tão preocupado com o que faço no meu trabalho?” E a
resposta é porque tem implicações evangelísticas. Porque se você é cristão, está
representando a Deus.
E algum tipo de inaptidão nessa demonstração depreciará a percepção de alguém sobre
como ele é.
Então, você faz o que faz, o versículo 23 diz: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como ao Senhor, e não aos homens”.
Você pode acha que tudo é simplesmente trabalho e não coisa de igreja. O meu chefe é
simplesmente; um chefe, e geralmente um chato. O que há de crente nisso?
Há um mandato de Deus para o trabalho. Seu trabalho nada mais é do que um meio para
você demonstrar diante dos incrédulos uma vida transformada pelo poder de Deus; e então
eles serão atraídos ao evangelho.
Essa é a única razão que você está lá. Porque você tem essa profissão, porque você faz o
que faz e onde você faz.
(b) Nosso trabalho recebe uma recompensa boa ou ruim.
Enquanto você trabalhar simplesmente porque você precisa do dinheiro, você nunca vai
honrar a Deus. Enquanto o salário for a sua motivação; você nunca estará satisfeito.
O versículo 24 de colossenses 3 diz: “do Senhor você receberá a recompensa da herança.
Quem vai assalariar de forma justa suas competências não é o salário que a empresa te
paga; é o Senhor.
O crente recebe do Senhor uma “recompensa” por seu serviço. Sua preocupação não deve
ser se você será promovido ou vai receber um aumento salarial.
Sua preocupação deve ser: O que o Senhor vai dizer em relação à avaliação do meu
serviço e qual será sua recompensa?
O salário que eu ganho é justo? Considerando que o meu empregador é o Senhor, quanto
ele acha que eu devo ganhar?
E irmãos considerando o AUTOENGANO do nosso coração que sempre acha que
deveríamos ganhar mais.
E considerando o serviço precário que damos a Deus na igreja, é bem provável, que a
maioria de nós estivéssemos com nosso salário com saldo devedor. Quem não consegue
servir bem na casa de Deus, não servirá bem em outro lugar.
(c) Nosso trabalho é um culto.
O versículo 24 de Colossense 3 continua dizendo:É o Senhor Cristo a quem você serve.”
A palavra servir que o grego usa é “latria”, de onde vem “liturgia”, culto. O trabalho é uma
oportunidade de adorar a Deus, por meio das nossas competências. O trabalho é
adoração.
O nome de Deus é glorificado com um bom trabalho bem feito. Se vendemos doces, que
sejam os melhores e mais gostosos doces da vizinhança. Se somos médicos, que
tenhamos o melhor atendimento.
Todo o nosso trabalho é reconhecido por Deus, como uma forma de culto. Onde ele deve
ser glorificado.
Por outro lado, o versículo 25 diz que, se você errar, receberá “as consequências do
erro” que fez ao Senhor.
E o Senhor não faz acepção de pessoas, e não importa em que nível de trabalho você
esteja na sua empresa. Como o seu patrão é Deus, e com ele se você não fizer o que Ele
deseja, Ele “sem parcialidade” trará algumas consequências.
d) Honramos a Deus com o trabalho que fazemos.
O trabalho e a vocação de tempo integral são para todos os cristãos, assim como é o a
vocação de tempo integral do Pastor.
Nossas mãos são os instrumentos de nosso coração. Elas expressam por fora aquilo em
que acreditamos por dentro.
O serviço que prestamos deveria demonstrar que somos chamados para algo superior,
deveria expressar que algo maior do que recompensas terrenas é o que nos motiva. A
qualidade do trabalho que fazemos deveria glorificar a Deus.
Alguém já disse que: “Nenhuma perna de mesa torta ou gaveta desregulada, eu ouso jurar,
jamais saiu da carpintaria de Nazaré”.
Veja Efésios 6.5-9 (pg 1096 McCheyne) Paulo repete esse mesmo ensinamento:
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na
sinceridade de vosso coração, como a Cristo;
Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo
de coração a vontade de Deus;
Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.Sabendo que cada um
receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também
que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas”.
INTRODUÇÃO
Quero relembrar um exemplo que já citei anteriormente do respeitado comentarista
luterano, RCH Lenski[1] escreve:
“Se um escravo cristão desonrasse seu mestre de qualquer forma por desobediência,
agindo desrespeitosamente, falando vergonhosamente sobre seu mestre, a pior
consequência não seria a surra que ele receberia, mas as maldições que ele causaria.
Seu mestre iria blasfemar contra o Deus deste escravo miserável, sua religião e os
ensinamentos que ele abraçou: “Então é isso que esta nova religião ensina aos seus
convertidos!”
Em vez de trazer honra ao verdadeiro Deus e ao evangelho ao seu Santo Nome; como
todo cristão deveria estar ansioso para fazer, esse escravo traria o oposto, para o deleite
do diabo.
A história da igreja primitiva revela que os escravos cristãos geralmente tinham um preço
mais alto no mercado de escravos do que os incrédulos.
Se um mestre soubesse que certo escravo no bloco de leilão era um cristão, ele
geralmente estaria disposto a pagar mais por aquele escravo, desde que ele soubesse que
o escravo o serviria fielmente e bem.
Isto é um ALTO TRIBUTO À FÉ CRISTÃ e à solidez da doutrina que está de acordo com o
glorioso evangelho! Se você fosse colocado no “mercado de escravos” por assim dizer,
você “daria um preço mais alto?”.
A exposição de hoje mostra como um empregado dever honrar a Deus com seu trabalho.
INTRODUÇÃO
Temos lidado por várias semanas com as instruções muito práticas deste grande capítulo,
e hoje chegamos ao fundamento doutrinário sobre o qual toda essa verdade prática é
construída – versículos 11 a 14 do capítulo 2 de Tito. Vejamos:
A GRAÇA TESTEMUNHADA.
Antes de expor este texto, quero fazer alguns comentários preliminares.
Estrelas da graça.
Um dos termos familiares que ouvimos em nossa sociedade é o termo estrela. E
geralmente não é usado para se referir a algum corpo celeste, mas sim a alguém, alguém
no cinema ou alguém na televisão ou alguém no esporte, alguém no campo da música.
Todas essas pessoas são rotuladas de “estrelas” quando alcançam uma certa
preeminência, quando brilham intensamente em um determinado campo, quando o mundo
as conhece e meio que superam as outras ao seu redor.
Anualmente, livros, revistas e programas de televisão e os documentários selecionam
essas estrelas mais brilhantes em todos os campos, e assistimos a um desfile constante
delas pela televisão enquanto ocorrem várias cerimônias de premiação, e elas recebem o
prêmio conquistado por seu estrelato.
Estas são as estrelas do mundo e, na maioria dos casos, são estrelas caídas. Quero dizer,
caído no sentido de que eles não são crentes. Eles não são as estrelas reais em nosso
mundo, pelo menos não pela definição de Deus.
Ouça o que diz Daniel, capítulo 12, e versículo 3. “Aqueles que são sábios reluzirão como
o brilho do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para
todo o sempre”.
O que o Espírito Santo está dizendo em Daniel, capítulo 12, versículo 3, é o seguinte:
aqueles que têm sabedoria divina – doutrina do Evangelho.
Aqueles cuja sabedoria divina lhes permite ver através da pecaminosidade de sua própria
geração perversa seguir o caminho da justiça de Deus, e então aqueles que levam os
outros à justiça são as verdadeiras estrelas.
Quem conhece a doutrina, tem discernimento e sabedoria. Aqueles que vivem essa
doutrina em uma vida obediente e que assim levam outros à justiça são as verdadeiras
estrelas, e brilharão, não por um breve momento no mundo, mas para todo o sempre.
Essa é uma grande promessa. Essa é uma promessa que não se relaciona às questões
temporais da vida, mas à eterna.
Uma promessa de que quem conhece a verdade, que vive a verdade, e pelo conhecimento
e pelo viver da verdade leva os outros à verdade, na eternidade terá uma capacidade total
de irradiar a glória de Deus no céu para todo o sempre.
Como eu disse, as estrelas da terra são estrelas caídas. As estrelas no céu serão e
levantadas e exaltadas.
Em Lucas, capítulo 1, e versículo 15, diz João Batista: “Ele será grande aos olhos do
Senhor“. A pergunta vem, por quê? Versículo 16: “Ele converterá muitos dos filhos de
Israel ao Senhor, seu Deus”.
Ele irá como precursor diante do Messias, no espírito e poder de Elias, para transformar o
coração dos pais de volta aos filhos, e os desobedientes à atitude dos justos, a fim de
preparar um povo santo para o Senhor”.
Ele será grande, será uma estrela, porque transforma muitos em justiça.
No final do livro de Tiago, o último versículo, diz: “Saiba que aquele que fizer converter do
erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de
pecados”.
Quem pelo seu testemunho levar alguém à justiça é uma estrela pela definição de Deus.
Astros no mundo.
Agora, no capítulo 2 de Filipenses, há uma declaração interessante que eu quero associar
a isso. Diz no versículo 15 e 16 de Filipenses 2 que devemos ser:
‘irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida
e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo a palavra da vida,
para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
Portanto, se você vive inocentemente e piedosamente como filhos de Deus; se você vive
fielmente sua vida diante do Senhor; e você se apega à Palavra da vida, você é uma luz no
mundo. E as luzes agora se tornam estrelas depois.
Quem serão as estrelas na glória do céu eterno? Quem brilhará mais na eternidade?
Pessoas como você. Como essas pessoas brilham? Pessoas que seguem as instruções de
Tito, capítulo 2.
Os homens mais velhos, que são “temperados, dignos, sensíveis, são sólidos na fé, no
amor e na perseverança.”
“As mulheres mais velhas também são reverentes em seu comportamento, não são fofocas
maliciosas nem escravizados por muito vinho, ensinando o que é bom.”
“As mulheres mais jovens, que“amam seus maridos, amam seus filhos, que são sensatas,
puras, trabalhadoras em casa, gentis, sujeitas a seus próprios maridos”.
Os jovens, que são “moderados”. Que são caracterizados por “boas ações, pureza e
doutrina, dignos, com voz séria e irrepreensível”.
Os funcionários que estão“sujeitos a seus próprios senhores em tudo, que são bem
agradáveis, não argumentativos, não furtam, mas mostram toda a boa fé”.
Essas são as estrelas, que Deus escolheu para brilhar na eternidade.
Agora, o incrível é que isso não é realmente uma lista de realizações. É tudo uma definição
de caráter.
São as pessoas que conhecem a verdade, que vivem a verdade, que, portanto, levam os
outros à verdade que brilharão como as estrelas para todo o sempre.
Pessoas como você, homens mais velhos, mulheres mais velhas, mulheres mais jovens,
homens mais jovens. Pessoas como você, que trabalham para alguém, que são
funcionários que vivem vidas piedosas.
E por causa do que você sabe e do que vive, outros passam a conhecer a Cristo.
Somos nós; não por causa de alguma conquista, não por causa de seu intelecto, não por
causa de sua capacidade artística, não por causa de sua criatividade, não por causa de
sua capacidade intelectual, não por causa de sua capacidade atlética, aqueles de vocês
que vivem vidas piedosas – você se torna as estrelas.
Por quê? O versículo 5 diz que você se certifica de que vive “para que a palavra de Deus
não seja desonrada.”
Versículo 8, “para que o adversário seja envergonhado, sem ter nada a dizer sobre nós”.
O fim do versículo 10, “para que você adorne a doutrina de Deus, nosso Salvador, em
todos os aspectos.”
Quando você vive uma vida que exalta a Palavra e silencia os críticos e eleva as glórias de
um Deus salvador, você levará outros a Cristo.
Agora, o tema que quero enfatizar, e temos feito isso durante toda a série, é que Deus é
um Deus salvador.
Evidência da graça.
E a principal mensagem que Ele deseja comunicar ao mundo é que Ele pode salvar. E a
maneira como Ele se comunica é demonstrá-lo através de pessoas salvas.
E se as pessoas salvas não agem como pessoas salvas, Deus não está transmitindo Sua
mensagem – estamos impedindo, causando ruído.
O aspecto da natureza de Deus como Salvador é a maior ênfase nEle nesta carta.
De volta ao capítulo 1, versículo 3; o verso termina: “Deus, nosso Salvador“. Versículo 4,
“Deus Pai e Cristo Jesus, nosso Salvador“.
Capítulo 2, versículo 10, “Deus, nosso Salvador“. Versículo 13, “Nosso grande Deus e
Salvador, Cristo Jesus.”
Capítulo 3, versículo 4, “Deus, nosso Salvador“. Capítulo 3, versículo 6, “Jesus Cristo,
nosso Salvador”.
Toda vez que há uma referência feita a Deus e a Cristo nesta carta, é a Deus e a Cristo
como Salvador, com exceção da introdução de Deus nos dois primeiros versículos.
Em outras palavras, se Deus quiser demonstrar Seu poder salvador, Ele terá que
demonstrá-lo através de pessoas salvas.
Eles se tornam a EVIDÊNCIA de que Ele pode salvar. “Salvar” significa “livrar os homens
do pecado”.
Deus transforma pecadores em santos. Portanto, nosso Senhor aqui é sempre retratado
em termos de salvação e isso é central.
Afinal, Jesus disse: “O Filho do homem veio buscar e salvar ” – O quê? – “salvar o que
estava perdido”.
Aqueles que são instrumentos fiéis, demonstrando Seu poder salvador por suas VIDAS
TRANSFORMADAS, serão as estrelas do céu. Eles são luzes agora, são estrelas depois.
Todos os comandos e todas as demandas e todos as exortações à vida santa no Novo
Testamento e neste capítulo têm como objetivo alcançar os perdidos com evidências
convincentes de que Deus pode e salva.
A chave para tais evidências são vidas transformadas. Uma vida santa evidencia a graça
de Deus.
Agora, obviamente, temos que falar a verdade. VOCÊ NÃO PODE SER SALVO SEM
OUVIR A VERDADE SOBRE CRISTO. Mas conseguir alguém para ouvi-lo depende da
demonstração de seu poder que eles viram na vida de outras pessoas.
Então Deus nos salvou para nos tornar santos, para que outros pudessem ver as vidas
transformadas que Deus produziu e chegar a Ele para a mesma transformação.
GRAÇA MANIFESTADA
Esse é precisamente o objetivo do texto diante de nós. Com isso em mente, vamos ler,
começando no versículo 11.
“Pois a graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens, instruindo-nos a
negar a impiedade e os desejos do mundo e a viver de maneira sensata, justa e piedosa
na era atual, procurando a esperança abençoada e o aparecimento da glória de nosso
grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou por nós a fim de remir-nos de toda
iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras. fala estas coisas,
exorta e repreende com toda autoridade. Que ninguém te ignore.
A frase-chave na qual quero que você se concentre nesse texto é o final do versículo 14, a
última frase, “zeloso por boas ações“.
Esse é o ponto culminante. A graça de Deus apareceu. A salvação chegou a todos os
homens. Com ela vieram INSTRUÇÕES sobre como viver. Com ela veio uma esperança
abençoada aguardando a vinda de Cristo.
E então ele recapitula que Cristo se deu para que “nos redimisse de toda ação sem lei
(iniquidade), para que purificasse para si um povo para Sua própria possessão” e que
fosse – “zeloso e de boas ações”.
Por quê? Porque é essa paixão pureza que demonstra a vida transformada.
Vá para o capítulo 3 por um momento e observe o versículo 8. “Esta é uma afirmação
confiável; e sobre essas coisas, quero que você fale com confiança, para que aqueles que
creram em Deus possam ter o cuidado de se envolver em boas ações”.
Por quê? Porque “essas coisas são boas e espiritualmente lucrativas para os homens”.
Eles levam os homens a concluir que Deus salva.
O Senhor nos salvou, então, com o objetivo de criar em nós um zelo por boas obras, uma
paixão por fazer o que é certo, pelo bem de seu impacto sobre as pessoas ao nosso redor.
Fomos salvos para nos tornarmos estrelas. Devemos deixar nossa luz brilhar diante dos
homens para que possam glorificar a Deus. E algum dia essa luz se tornará uma estrela
brilhante no céu dos céus.
Todos os componentes da salvação foram projetados para exibir Deus como um Deus
salvador.
E todo o ponto da salvação é nos libertar de – O quê? Do pecado.
Pecado que paralisa, debilita e esmaga a vida humana. Pecado que permanece como uma
praga não curada.
Mas a graça salvadora aparece e é destinada a nos libertar do pecado, para que o poder
salvador de Deus possa se manifestar.
Ela faz isso de três formas:
A graça salva.
Agora, ao olharmos para esses versículos, e não seremos capazes de completá-los – há
muita riqueza aqui -, mas ao examiná-los, há características da obra da graça salvadora
com relação ao pecado.
Quando a graça salvadora vem e realiza seu trabalho transformador para que possamos
passar de pecadores a santos e exibir o poder salvador de Deus.
Enquanto o pecado é uma ocasião para a graça, agraça nunca deve ser uma ocasião para
o pecado. Para evitar a desgraça, cresça em graça. Não desperdice a graça.
Antes de tudo, quando a graça salvadora vem, ela é projetada para nos libertar da
penalidade do pecado.
Versículo 11: “Porque a graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens”.
Agora, esta declaração simples e direta está dizendo que a graça salvadora resgata os
pecadores da inevitável vingança, do julgamento e ira de Deus.
A palavra “salvação” significa “libertação” ou “resgate”. Quando você usa o termo “resgate”,
obviamente está falando em salvar alguém de um destino muito sério, geralmente a morte.
Nesse caso, obviamente, a morte espiritual, a morte física e a morte eterna. Morte nas
mãos de Deus “que é capaz de destruir a alma e o corpo no inferno,
Então a graça de Deus aparece resgatar todos os homens. A Bíblia diz que “a alma que
pecar, ela morrerá”. “O salário do pecado é a morte.” Jesus disse aos fariseus e escribas:
“Vocês morrerão em seus pecados, e para onde eu vou, nunca poderão ir”.
As escrituras falam sobre o inferno. Ele fala sobre um lugar de queima, de fogo incessante
e incessante, onde o fogo nunca se apaga.
Um lugar onde os vermes que consomem, as larvas nunca morrem. Onde “o choro e o
ranger de dentes” nunca cessam”.
Os horrores daquele lugar também são definidos como “trevas exteriores” e são para
sempre.
A graça salvadora vem com o propósito de salvação. Isso é resgatar os pecadores do
inferno, libertá-los da maldição de Deus, a inevitável maldição de Deus que acaba como
julgamento eterno.
A graça transforma
Agora, vamos olhar mais de perto essa afirmação. A palavra “porque” a vincula aos
versículos 1 a 10; é uma pequena transição.
O termo grego “γάρ (gar); “para”, “porque”, é um termo de explicação e deve sempre ser
visto como um convitepara pausar e refletir no que vai ser dito.
Este termo sugere que aqui está o fundamento teológico para o que o apóstolo havia
acabado de escrever.
A conduta cristã deve ser fundamentada e motivada pela verdade cristã. A vitalidade da
profissão doutrinária deve ser demonstrada por cristãos transformados. Minha vida, minha
doutrina.
Existem poucas passagens no Novo Testamento que expõem tão vividamente o poder
moral da Encarnação. Todo o seu estresse é o milagre da mudança moral que Jesus Cristo
pode operar.
Paulo diz no versículo 1 desse capitulo: “fale o que é apropriado a sã doutrina”. Ou seja, os
comportamentos que ele acabou de ensinar, devem ser associados a doutrina (didaskalia).
Ele está dizendo que é assim que vocês devem viver, é assim que devem se comportar
para que “adornem a doutrina de Deus, nosso Salvador … [porque]” – e então ele descreve
a base de toda conduta cristã.
E o fundamento de toda conduta cristã é que Deus salvou você para ser “zeloso por boas
ações”, para que você pudesse ser usado para levar outros a Ele.
Toda a vida transformada necessária dos versículos 1 a 10 é produzida pelo trabalho de
salvação descrito nos versículos 11 a 14.
A graça guarda.
Toda a mecânica da salvação gira em torno desse tema na Escritura. Deus salva para
transformar. E transforma para mostrar Seu poder para que outros sejam salvos.
O abandono dessa visão simples do evangelho, gerou o DUALISMO, que temos hoje. Uns
tem teologia correta, mais sem piedade. Outros tem piedade, mas sem teologia. Nos dois
casos nem a teologia é saudável e nem a piedade.
Como diz Paulo, em (2Co 11.3) “Eu receio, e quero evitar, é que assim como a serpente
enganou Eva com astúcia, a MENTE de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera
e pura devoção a Cristo”.
A doutrina não é mais importante que a conduta, mas a conduta está condicionada pela
doutrina. O elo entre doutrina e conduta, deve ser mantido.
A decadência moral de uma igreja, denuncia a fragilidade de sua teologia; e não importa o
quanto ORTODOXA ela diz ser. Vida pura é resultado de um ensino pura. A doutrina é a
mãe da conduta. Assim como o homem crer; assim ele é.
Infelizmente vivemos novamente a era das CONTROVÉRSIAS. Mesmo que não sejam
temas essências à salvação, mas acarretam certos prejuízos. Um crente cessacionista,
pode deixar de experimentar muito mais de Deus, por não crer nos dons espirituais,
embora seja um cristão salvo.
Desde o Século IV, quando Agostinho, luta para vencer Pelágio. Ele acabou condenando a
igreja depois dele a viver uma batalha épica, sem vencedores, do determinismo x livre
arbítrio.
Isso destruiu a igreja na idade média, jogando-a na era das trevas. Isso dividiu a igreja na
reforma. Isso tornou os protestantes inimigos uns dos outros.
Essa batalha das OBRAS VERSUS A FÉ, produziu o antinomianismo (Wesley x withifield),
o legalismo, o misticismo, o pietismo, a ortodoxia morta e o academicismo estéril,
liberalismo o sabatismo puritano.
Isso produziu as denominações, o movimento de santidade, o cessacionismo, o
pentecostalismo e o neopentecostalíssimo.
Isso produziu as quatro grandes correntes: o catolicismo, O luteranismo, o calvinismo e o
arminianismo.
Paulo não está discutindo aqui se o cristão perde salvação ou não. Ele está afirmando que
a graça oferece a oportunidade de salvação a todos os homens.
Ele também não está dizendo que Deus deixa de ser salvador se um crente pode se
perder.
Como Lutero, mais tarde vai admitir que um crente pode cair da graça, junto com Filipe
Melâncton seu sucessor, como ensina a confissão Luterana: FORMULA DE CONCÓRDIA
(1577); 30 anos depois da morte de Lutero; como depois Armínio (1609), Wesley(1791),
C.S lews etc…
Lutero incialmente numa carta a Felipe Melancton, em 1 de agosto de 1521 diz…
“nenhum pecado pode nos separar dEle, mesmo se estivéssemos matando ou cometendo
adultério milhares de vezes por dia. Você acha que tal Cristo exaltado pagou apenas um
pequeno preço com um magro sacrifico pelo pecado”.
Mas esse ensino antinomianismo (oposição a lei) se tornou um grande mal para seus
seguidores e a igreja luterana.
Mas tarde Lutero ensina algo um pouco diferente; os luteranos em uma de suas citações
dizem:
“Lutero e nossas confissões afirmam que pode-se perder salvação se houver persistência
no pecado”. (Brunner, Emil, Dogmatic, vol 1 pg 342-345)
Acreditar assim, não quer dizer que uma pessoa nãotem uma teologia bíblica, como
afirmou o SÍNODO DE DORT na Holanda em 1618–1619, chamando esses ensinos de
heresias.
Isso não quer dizer que Deus pode salvar temporariamente até você errar? Ou que ele
pode salvar, mas não pode guardar? Ou então Ele pode salvar e pode guardar, mas não
pode transformar?
As três correntes reformadas, Luterana, calvinista e armíniano, tem uma compreensão
bíblica de que Deus faz tudo isso: ele salva, guarda e transforma.
Ele salva, guarda, transforma. Qualquer coisa menos do que isso e toda a estratégia
evangelística se desfaz. O que muda são maneiras diferente de entender questões de
pormenores, e secundário a fé.
Os luteranos creem no livre-arbítrio e na possibilidade de o crente cair da graça, nem por
isso ninguém diz que o luteranismo é uma heresia.
Segundo os eruditos luteranos: Lutero mais tarde negou a predestinação dupla, defendeu a
Expiação Ilimitada, graça universal e a possibilidade de um cristão cair da graça e ele não
é chamado de herético.
CONCLUSÃO.
Pai, que tremenda declaração é neste versículo – apenas nos domina. E oramos para que,
de alguma forma, o que está em meu coração e minha mente e o que eu desejei poder
transmitir e lutei para esclarecer em minha própria mente nos últimos dias, tenha sido
compreendidoclaramente.
Essas não são coisas fáceis, e só posso orar para que haja um esclarecimento em todas
as nossas mentes da verdade.
Senhor, queremos ser as pessoas salvas. Queremos ser as pessoas que parecem e vivem
como se estivéssemos resgatados do julgamento eterno, salvos da penalidade.
E isto nós vamos demonstrar nos nossos relacionamentos na família, no trabalho e na
igreja.E ISTO NÓS NÃO VAMOS DEMONSTRAR COM A NOSSA TEOLOGIA.
Queremos ser as pessoas transformadas que vivem piedosamente: para que a Palavra de
Deus não seja desonrada, para que o adversário seja envergonhado, para que a doutrina
seja adornada.
Para que nosso Salvador, seja exibido como um Deus poderoso, poderoso e poderoso. E
que sejamos zelosos por boas obras.
Pois isso é realmente proveitoso para os homens que nos vêem e concluirão que nosso
Deus realmente pode salvar. E queremos honrá-lo dessa maneira, pelo amor de Cristo.
Amém.
INTRODUÇÃO
Muitos cristãos professos pensam erroneamente que a graça de Deus significa que Ele dá
passes gratuitos que nos permitem pecar, sem consequências para a desobediência. E se
você enfatiza a necessidade de obedecer aos mandamentos de Deus ou fazer boas obras,
eles o chamam de legalista e moralista. Se você avisá-los de que sua visão desleixada do
pecado resultará na disciplina de Deus, eles não querem ouvir. O mantra deles é: “Eu não
gosto do seu tipo de religião. Estou debaixo da graça, não da lei”. Para eles, graça significa
permissão para uma vida desleixada, mesmo que negam e digam de forma “ortodoxa” que
não.
Nosso texto corrige esses dois equívocos sérios sobre a a graça de Deus. Paulo mostra
que a Graça de Deus primeiro salva e depois treina Seu povo para a piedade e boas
ações. Voltamos a estes versículos 11 a 12, a esta grande seção sobre a graça salvadora.
Este é um dos textos mais magníficos sobre salvação em toda a Bíblia. É o próprio
coração e alma da fé cristã. Simplesmente diz que Deus salva os homens do pecado.
Deus é um salvador. Essa é a questão. Ele quer nos lembrar que o próprio propósito da
encarnação de Jesus Cristo, bem como o próprio propósito de nossas vidas cristãs no
mundo, é demonstrar que Deus é um Deus salvador.
No versículo 11, “A graça de Deus apareceu para demonstrar a salvação“. E no versículo
14, estamos na terra, “zelosos por boas ações”, para que também possamos demonstrar o
poder salvador de Deus. A simples mensagem do cristianismo é que Deus salva os
homens do pecado. Essa é a mensagem do cristianismo. Essa é a mensagem da igreja.
Essa é a mensagem dos missionários que seguiram nosso Senhor ao longo de toda a
história da igreja. Deus salva os pecadores. Jesus veio e Seu nome era Jesus porque
“Ele salvará Seu povo dos pecados deles”. Ele veio “para buscar e salvar o que estava
perdido” (Lc 19.) “Deus nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e
chequem ao pleno conhecimento da verdade “. (1 Tm 2.4, 2 Pe 3.19).
A graça de Deus apareceu a todos os homens no tempo e espaço em que lhe são dados
para buscá-la e obtê-la. A graça de Deus apareceu a todos os homens na Palavra
inspirada e nas ordenanças do batismo e da santa ceia. John Selden (1584) um rico inglês
e jurista, disse certa vez: Você desejará um livro que não contenha os pensamentos do
homem, mas de Deus. Não um livro que possa divertir você, mas um livro que possa salvá-
lo. Nem mesmo um livro que possa instruí-lo, mas um livro no qual você possa se aventurar
por toda a eternidade. Não apenas um livro que pode dar alívio ao seu espírito, mas
redenção à sua alma. Um livro que contém salvação e a transmite a você. Um que deve ser
ao mesmo tempo o livro do Salvador e o livro do pecador.
A graça de Deus apareceu a todos os homens, propiciando a ORAÇÃO como a primeira
causa original de todas as bênçãos que recebemos de Deus. A graça de Deus aparece a
todos os homens, por meio do ministério da pregação dos santos ministros do evangelho.
A graça de Deus apareceu a todos os homens, na medida em que a misericórdia lhes é
oferecida sem distinção. A graça de Deus apareceu a todos os homens nas operações
comuns do Espírito Santo e nas concessões de dons espirituais e ministeriais. Ela é
apresentada a pessoas de todas as idades e todos os níveis, a homens de todo tipo de
cultura e realização. O evangelho também não investiga o caráter de um homem, a fim de
descobrir se ele tem direito à salvação. A graça é oferecida ao moral e ao imoral – ao
virtuoso e ao cruel.
A graça de Deus apareceu trazendo descanso para alma. Quando o ilustre, culto e rico
John Selden estava morrendo, ele disse ao arcebispo Usher: ….“Eu tenho pesquisado a
maior parte da aprendizagem que está entre os filhos dos homens, e meu estudo está
cheia de livros e manuscritos (ele tinha 8000 volumes em sua biblioteca) sobre vários
assuntos; mas, atualmente, não consigo recordar nenhuma passagem de todos os meus
livros e documentos em que possa descansar minha alma, exceto naquele texto das
sagradas Escrituras: A graça de Deus apareceu trazendo salvação”…
Vejamos a obra da bendita graça:
A GRAÇA EXIBIDA.
E este é um daqueles grandes textos que nos lembram que Deus é um Deus salvador. E
essa é a mensagem da igreja cristã.
Essa é a mensagem que não podemos perder, não podemos esconder, não podemos
deixar de pregar, não podemos adulterar, não podemos modificar – Deus salva os homens
do pecado. Essa é a mensagem central do púlpito.
E a razão pela qual este texto foi colocado neste capítulo é porque se vincula ao
COMPORTAMENTO CRISTÃO. Deus é um Salvador, e Ele demonstrou Seu poder
salvador através da vida daqueles que Ele salvou.
É por isso que é tão importante para nós viver uma vida santa, a fim de demonstrar o poder
salvador de Deus. Deus deseja exibir Sua glória salvando os pecadores de seus pecados.
E então, ao invés de levá-los imediatamente para o céu, Ele os deixa na terra para que o
resto do mundo possa ver como é um pecador salvo, para que possam ver o poder
salvador de Deus.
Nada mostra a glória de Deus como a maravilhosa e milagrosa obra de redenção, trazendo
pecadores indignos à justiça.
Deus exibe sua graça.
Agora, aprendemos isso ao longo do capítulo 2. Lembre-se de que o capítulo 2 direciona a
atenção de Tito para todas as faixas etárias da igreja – homens mais velhos, mulheres
mais velhas, mulheres mais jovens, homens mais jovens e até os empregados e aqueles
que servem.
E todos eles são chamados à PIEDADE; todos eles são chamados a viver de maneira
santa, a um comportamento justo, para que possam, no versículo 10, “adornar a doutrina
de Deus, nosso Salvador, em todos os aspectos”.
Em outras palavras, para que possamos colocar o poder salvador de Deus em exibição.
Onde quer que você mora, onde quer que trabalhe, onde quer que vá à escola, onde
compra ou o que quer que seja, qualquer que seja a sua oportunidade de ter
relacionamentos dentro de sua família, sua família, você é UMA DEMONSTRAÇÃOviva e
inspiradora do poder salvador de Deus.
Você está em exibição 24 horas no cinema da vida real. A todo momento, você deve
deixar sua luz brilhar diante dos homens para que possam ver suas boas obras e, portanto,
concluir que Deus é um Deus salvador e dar-Lhe glória por Seu poder salvador.
Para que todos os comandos sobre comportamento nos versículos 1 a 10 sejam
construídos com base na verdade dos versículos 11 a 14 – Deus salvou você, agora Ele
quer que você o adorne como um Salvador para mostrar Seu poder salvador por sua
conduta divina.
Temos nos versículos 11 a 14 o fundamento doutrinário dos deveres dados nos versículos
1 a 10. Somos chamados à vida santa, a fim de demonstrar então o poder salvador de
nosso Deus.
Se as pessoas não conseguem ver que fomos salvos do pecado, por meio de uma vida
santa; Deus não é devidamente glorificado.
Portanto, devemos viver uma vida santa, não apenas para sermos abençoados, mas para
que Deus seja honrado – sendo essa a motivação mais alta.
Deus exibe seu poder.
Assim, a partir do versículo 11, Paulo inicia essa discussão breve, mas muito rica, sobre o
poder da graça salvadora.
A graça nos salva da condenação do pecado: A justificação.
A graça salvadora é projetada para nos libertar, antes de tudo, da penalidade do pecado,
da condenação do pecado. Do salário do pecado; a morte; e isso é morte eterna. E se
não confiarmos em Jesus Cristo, você morrerá em seus pecados.
Jesus repetidamente disse que o inferno era um lugar de choro, lamento e ranger de
dentes. O inferno é lugar da justa ira Divina, do julgamento eterno.
A salvação nos salva; a graça salvadora nos salva; nos livra; dessa penosa sentença
eterna.
“A graça de Deus apareceu.” E isto se refere à encarnação, morte e ressurreição da
pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo
Deus, agora justifica os pecadores, por meio da fé em Jesus; imputando a eles toda a
justiça de Cristo. Diante do tribunal de Deus, somos declarados justos por meio do sangue
da cruz.
Somos reconciliados com Deus. Somos feitos filhos de Deus por meio da adoção e co-
herdeiros com Cristo. Na justificação somos salvos da condenação do pecado.
A graça nos salva do poder do pecado: A santificação.
Ela nos livra do poder do pecado. Isso é realmente o que está na mente de Paulo aqui, e é
isso que é tão crucial neste texto.
Versículo 12: “A graça de Deus apareceu” e trouxe “uma salvação a todos os homens”,
“instruindo-os a “renunciar toda a impiedade”, “todas as paixões mudanças e viver de
maneira sensata, justa e piedosa na era atual.
A salvação não apenas afeta uma mudança em nosso FUTURO, isso também afeta uma
mudança em nosso PRESENTE.
Não apenas elimina a condenação do pecado, mas se torna para nós uma professora. A
nova vida recebida de Deus, por meio do novo nascimento, precisa ser ensinada, como se
treina uma pessoa desde criança.
Desde o momento em que fomos salvos, estamos recebendo “INSTRUÇÕES
CONSTANTES” sobre justiça e piedade. Assim a graça salvadora quebra o domínio do
pecado.
Em Romanos, capítulo 6 e versículo 14, diz que o pecado não tem mais domínio sobre
nós, não nos domina mais. A graça salvadora quebra o poder do pecado. Rompe o
domínio do pecado. Rompe as algemas do pecado.
De fato, isso é tão evidente que o apóstolo João nos lembra em (1 Jo 3.3-9)
“E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é
puro. Qualquer que comete pecado, também quebra a lei; porque o pecado é a
transgressão da lei.
E bem sabeis que Ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado.
Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu.
Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como Ele é justo.
Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio
Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece
nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.
O crente não vive na pratica do pecado. Ele nasceu de Deus. Ele tem uma nova vida. Ele
tem um novo coração. Ele tem novos afetos. Ele tem uma naturezaregenerada.
Ele é uma nova criação, e o domínio do pecado é quebrado, e ele não continua,
habitualmente, em um padrão ininterrupto e contínuo de pratica do pecado. Isso é muito
básico.
A salvação não trata apenas do nosso futuro, mas do presente. Considerando que houve
um tempo em que não podíamos fazer nada de bom.
“Não havia justo”, entenda … não há quem faça o bem … O veneno de cobras está
debaixo de nossas línguas” … “Todos nós erramos o caminho”.
Estávamos “sob o poder do príncipe do ar, o espírito que trabalha nos filhos da
desobediência … e nós eram por natureza filhos da ira”.
Estávamos condenados ao inferno. Estávamos vivendo em um padrão ininterrupto e de
pecado contínuo. Não conseguíamos fazer nada direito.
Na salvação, recebemos uma nova natureza. Tornamo-nos um novo ser. Não estamos
apenas cobertos com a justiça forense de Cristo, mas há uma obra santificadora que
continua por dentro por meio do Espirito, da Palavra e da oração.
Nós somos purificados; uma nova vida se instala, por assim dizer, dentro de nós, na qual o
Espírito de Deus habita e nos leva a uma santidade sempre crescente. A salvação não
apenas lida com o futuro, mas com o presente.
Agora, se parece que estou dando uma ênfase maior a esse ponto, você está certo, estou.
Uma das coisas que você deve entender que a graça salvadora faz é reprogramar seu
COMPUTADOR ESPIRITUAL.
Ele retira todos os discos antigos, joga-os fora e reprograma seu computador espiritual com
anseios por santidade e retidão, virtude e bondade e Deus. É isso que ocorre na
transformação da salvação.
A GRAÇA PROFESSORA.
Então ele diz que a graça, no versículo 12, se torna nosso educador, nosso instrutor. Então
a graça tem suas lições.
Ele usa a palavra “paideia”, de onde vem a nossa palavra portuguesa “PEDAGOGIA”, que
usamos para nos referir a um instrutor, treinador, professor ou tutor.
Significa, que a Graça tem uma pedagogia com um currículo de lições para nos treinar,
educar e disciplinar. Todo convertido é matriculado na ESCOLA DA GRAÇA.
A igreja é a escola de Cristo. Não é atoa que somos chamados e discípulos, aprendizes,
alunos de Cristo.
Isso quer dizer que quando somos convertidos, ficamos sob a tutela de Deus, de Seu
Espírito e de Sua Palavra.
E esse é um processo continuo de treinamento que só será concluído na gloria. A palavra
grega “paideia” literalmente significa “treinar uma criança”.
Lutero traduziu da seguinte maneira: “a graça nos castiga, corrige”, pois significa também
disciplinar alguém que errou.
Nosso médico tem em seu grande bálsamo de remédio e curativos para todas as feridas.
Mas Ele também tem uma terrível variedade de lâminas afiadas para cortar a carne
orgulhosa causando dor e agonia.
Ninguém pode viver ao lado desse Senhor sem ser repreendido momento a momento, e
envergonhado dia após dia. Quando somos contrastados com esse amor e toda Sua
perfeição.
Quais são as lições da professora Graça.
A graça nos ensina a renúncia (v.12).
Veja o lado negativo da santificação, no versículo 12. Somos instruídos no ponto da
salvação a negar algo.
O temo grego “arneomai” (de “a” = negação + rheo = dizer) significa literalmente “dizer
não”, “rejeitar, “recusar”, “negar”, renunciar”.
O tempo aoristo (grego)desse verbo exige uma recusa definitiva e efetiva, uma renúncia e
afastamento do que é ímpio, corrupto, destrutivo e mundano.
E negar implica numa firme recusa em aceitar como verdadeiro, conceder ou reconhecer a
existência das reivindicações da nossa antiga forma de viver.
Portanto, o processo de treinamento continua à medida que somos treinados no processo
de santificação, para sermos cada vez mais parecidos com Jesus Cristo.
Agora – siga esse pensamento – a salvação foi uma ruptura decisiva com o poder do
pecado. Assinale isso, a salvação foi uma RUPTURA DECISIVA com o poder do pecado.
Por meio de Jesus Cristo, quando você é salvo, há uma grande ruptura com o poder do
pecado e você se move em direção à graça transformadora.
Agora a graça reina pela justiça. A justiça começa a dominar nossas vidas. Agora temos
um padrão de justiça, um padrão de santidade, um padrão de bondade.
Gálatas 5.24: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências”.
As coisas velhas passaram e tudo o que fazemos é novo. Temos um outro padrão santo;
literalmente diferente. O sentido bíblico de santidade santo é aquilo que é DIFERENTEe
SEPARADOdo mundo.
E esse é o assunto mais importante na vida da igreja. A questão básica simplesmente é:
uma pessoa convertida, ela é totalmente transformada.
Não há conversão aos poucos. Ela é um milagre instantâneo da graça de Deus, na vida da
pessoa.
O milagre do novo nascimento, acontece uma vez para sempre. Ele não é gradativo. Ele é
um ato único e imediato do Espirito na alma do pecador.
Embora a alma vai aprender a crescer em santidade. Mas ela é POSICIONALMENTEsanta
devido a nova natureza da regeneração.
Ela não ama mais o pecado, ela odeia o pecado. Embora vai lutar contra certas tendências
pecaminosas. Mas ela não mais vai viver na pratica do pecado.
Enquanto não houver uma ruptura total com o pecado, não houve o novo nascimento. Esse
é o pano de fundo desta carta paulina.
Todos concordamos que a salvação nos salva da condenação do pecado, mas também
nos salva do poder do pecado.
Muitos dizem que alguém pode ser salvo da condenação do pecado e ainda estar sob o
total domínio o poder do pecado.
Ao ponto de alguém ser crente, mais ainda, negar a Cristo, viver na prostituição,
divorciando, na jogatina, na bebedeira, e amando o mundo.
Muitos cristãos, vivem um padrão pecaminoso continuo, ou mantém uma falha de caráter
pecaminosa; na verdade, viver assim é dizer que a graça salvadora lida somente com o
futuro eterno, e não pode lidar com o presente.
Essa não é a salvação sobre a qual o apóstolo Paulo escreve aqui neste texto, ou em
qualquer outro texto do Novo Testamento. Essa pessoa não foi verdadeiramente salva.
O que ele está nos dizendo aqui é o seguinte: que quando a graça de Deus aparece ela
traz salvação, e a evidencia disso é uma TRANSFORMAÇÃO COMPLETA. E é
exatamente isso que esse texto nos ensina.
O processo de santificação, afastando-nos cada vez mais do pecado – separando-nos
cada vez mais, afastando-nos cada vez mais do mundo, e nos aproximando-nos cada vez
mais em relação a Cristo.
Como Lutero costumava dizer: “Você não pode limpar o estábulo (cavalos) com carrinhos
de mão e pás. Você precisa jogar toda a água do rio Elba nele”.
“Que essa grande inundação de vida caia em nossos corações, e então não será
difícil“viver piedosamente”. Cristo veio nos ajudar a viver“em retidão”. Ele nos dá Sua
própria vida para habitar em nossos corações
A graça nos ensina a santidade (v.12).
Na escola da graça aprendemos a repudiar o mal. A voz do verbo grego é reflexiva,
indicando que a PROFESSORA GRAÇA ensina a nós mesmos iniciar a ação de negar,
para depois experimentar os resultados dessa ação.
A mesma graça que nos salvou agora nos treina na escola da santidade de Deus.A
renúncia; a negação; carrega a ideia de uma ação consciente, proposital da vontade.
Significa dizer consistentemente um “não”.
A obra da graça atinge a disposição da vontade humana, dando a ela novos desejos, que
combate com nossas antigas DISPOSIÇÕES MENTAIS pecaminosas.
Renunciar é confessar e conscientemente se afastar daquilo que é pecaminoso e
destrutivo e avançar em direção ao que é bom e piedoso.
Isso inclui o compromisso que um crente assume quando reconhece seu pecado pela
primeira vez e recebe a Cristo como Salvador e Senhor.
Bem como as inúmeras outras decisões que ele toma para negar e abandonar a impiedade
e os desejos mundanos que continuam a voltar à sua vida.
Muitos de nós tivemos muito que DESAPRENDER, quando chegamos a faculdade. Isto
devido a uma educação negligenciada ou devido ao ensino defeituoso, fraco que tivemos
nos primeiros anos do colegial.
A parte mais difícil da pedagogia da graça não é colocar a coisa certa na mente dos
alunos, mas tirar as coisas erradas que aprenderam.
Depois de seis meses estudando a língua portuguesa, a grande coisa a ser feita é saber se
os alunos conseguiram abandonar seus erros gramaticas.
Todos nós somos tomados pelo nosso AUTOENGANO e achamos que já sabemos muito
sobre tudo, e isto é pura soberba.
Alguém já disse que a HUMILDADE é uma virtude que todos pregam, mas ninguém
pratica; e, no entanto, todo mundo está contente em ouvir.
A grande tarefa da PROFESSORA GRAÇA é levar-nos a desaprender e negar nosso
conhecimento egoísta, soberbo, mundano e pecaminoso.
O Espirito Santo por meio da DISCIPLINA DA GRAÇA, revelada principalmente na
PREGAÇÃO (Tt 2.1), tem como alvo levar-nos a negar e abandonar este estilo de vida
errado que aprendemos do velho homem.
É por isso que temos uma sensação real de que tudo que estamos fazendo pode estar
errado, depois que ouvimos uma exposição da Palavra de Deus.
Devemos cortar o nervo de nossas ações instintivas, e obedecer ao Espírito. Não basta
que tenhamos o Espírito; o Espírito deve ter-nos! Não basta tê-lo residente, devemos tê-lo
presidente!
Somente então Ele poderá compartilhar conosco a vida abundante e vitoriosa que pode ser
nossa em Cristo.
O Espírito nos fornece energia e o poder para matar contínua e gradualmente nossos
pecados, um processo que só termina na eternidade.
O meio que o Espírito usa para realizar esse processo é nossa obediência fiel aos simples
mandamentos das Escrituras.
Isso significa que precisamos recusar a concordar com nossos antigos valores, e rejeitar o
padrão de vida que o mundo oferece.
Um exemplo claro disse foi Moisés que “pela fé, Moisés, quando maduro, RECUSOU- SE a
ser chamado filho da filha de Faraó” (Hb 11:24).
Moisés aprendeu que não é a posse das coisas, mas a recusa e abandono delas que traz a
maturidade, ele fez isso pela fé; descansando nas promessas de Deus.
As decisões que tomamos hoje, inclui prioritariamente as coisas que “negamos”. Elas
determinarão as recompensas do amanhã.
A graça instrutora nos capacitará por meio da Palavra á negar o terreno, temporal e a
desejar o que é eterno. Ela nos ensina que a aparência do mundo é pura ilusão e é
passageira.
A graça nos ensina a nos afastar da companhia daqueles cuja conduta desonra a Deus e
sua palavra, e leva-nos a repudiar verbalmente uma conduta ímpia.
Paulo diz; “não vos associeis com as obras infrutuosas das trevas, pelo contrario condenai-
as”. (Ef 5.11)
CS Lewis estava correto quando disse que“De todos os homens maus, os religiosos são
piores.”
Por isso a graça ensina o crente a não viver para si mesmo, nem para seu próprio prazer,
mas viver totalmente para Cristo. Jesus disse “Se alguém quiser me seguir, negue a si
mesmo, tome sua cruz diariamente e siga-Me. ( Lc 9:23 )
Isso transmite a ideia de um ato decisivo inicialmente, com implicações certamente
contínuas. Vou lhe dizer, quando você veio a Cristo, veio porque queria ser libertado do
pecado.
Algumas pessoas diriam:Bem, quando fui salvo, tudo o que eu queria era seguro contra o
fogo do inferno! Quando fui salvo, tudo que eu queria era ter a garantir de que não iria
para o inferno!
Mas, francamente, devemos questionar alguém que pensa assim. É, com certeza possível,
alguém querer ser salvo, simplesmente pelo medo de ir para o inferno.
Mas a CONVERSÃO GENUÍNA, ela será geralmente marcada não apenas por uma
preocupação com o medo do futuro, mas por um desejo de ser libertado do poder do mal
presente.
Em outras palavras, essa pessoa está cheia de impiedade. Na verdade, ela está realmente
dizendo: “bem eu quero continuar minha vida do jeito que está; mas certamente não quero
morrer e ir para o inferno”.
Esse não é o material do ARREPENDIMENTO GENUÍNO. Essa pessoa está convencida e
nunca convertida. O Espirito Santo convence o pecador primeiro do “pecado”depois da
“justiça” e do “juízo”.
Essa mentalidade reducionista; da salvação para libertação do inferno e não libertação do
pecado é adulterar a salvação bíblica e realmente lidar de maneira ímpia e injusta com à
obra do Espírito Santo e à convicção do pecado.
Graça nos ensina a renunciar a impiedade (v.12).
No ponto da salvação, há uma negação e uma negação de “impiedade”, diz ele, “e desejos
mundanos”. Há algo decisivo que acontece. E há uma rejeição de padrões anteriores. Há
um sonoro “não” ao jeito que costumava ser.
Há uma transformação que envolve novos desejos e novos anseios. A alma salva é feita
por Deus para quebrar o poder do pecado.
E a primeira coisa que acontece é – vejamos a palavra “impiedade”, (asebeia), é o oposto
de “piedade” (eusebeia).
O que isso significa é “falta de reverência a Deus”, é a “falta de temor a Deus”. Se há algo
verdadeiro sobre a nossa natureza pecaminosa é que ela é irreverente, ela não teme a
Deus.
Romanos 1 ensina que a irreverencia, a impiedade é quem corrompe o homem, e atrai a
ira de Deus sobre aqueles que conhece a verdade e a rejeita (Rm 1.18,19).
Qualquer conceito irreverente de Deus é punível com a morte eterna. E assim, quando uma
pessoa se torna crente, a primeira coisa que acontece é que há uma ruptura com a
irreverência.
Não basta renunciar a um pecado, mas devemos renunciar a todos; pois quando o
apóstolo fala em negar a impiedade, ele diz toda a impiedade. Tanto pequenos como
grandes.
Esdras expresso bem esse conceito no Salmo 119:13 “Odeio pensamentos vãos, mas amo
a tua lei“. se amamos a lei Deus, devemos odiar qualquer contrariedade a ela, por menor
que seja ou mesmo um pensamento vão.
Foi o que Moisés disse a Faraó, nem uma unha ficará no Egito (Ex 10.16).
Há uma ruptura com todas as ideias falsas sobre Deus, toda falta de respeito, falta de
honra, falta de adoração, falha em adorar a Deus.
Quando a salvação chega, o pecador abandona todas as suas visões erradas sobre Deus
e instantaneamente é transformado em adorador aprendiz.
Não existe cristão que não seja adorador aprendiz, porque quando você foi salvo, você foi
transformado em discípulo, aquém desejoso a obedecer.
Você nunca verá alguém convertido, com dificuldade com alguma doutrina ou exigência da
lei de Deus.
Nunca haverá um convertido indisposto a abandonar seus antigos conceitos e valores.
Você não pode ser salvo e ser um agnóstico ou ateu. Ser salvo e ser uma adultero. Ser
salvo e ser um mentiroso. Ser salvo e viver em seus vícios. Ser um salvo e não concordar
com as contribuições financeiras para o sustento da obra.
Um exemplo claro disso: é quando alguém quer se unir a nossa igreja, mas não concorda
com o nosso PACTO: por exemplo da “modéstia”, ou da “corte”.
Portanto, a primeira coisa que o convertido nega é a impiedade – qualquer coisa;seja um
conceito, atitude, pratica ou pensamento irreverente em relação a Deus.
E isso significa que agora você está focado no Deus verdadeiro, com uma perspectiva
verdadeira, acreditando que Ele é o Deus que, de fato é Santo e por isso você deve ser
santo.
Essa é a máxima “Sede santo porque eu Sou santo; diz o Senhor”. Deus é santo e tudo o
que pertence a Ele é santo.
A graça salvadora faz com que você faça uma ruptura decisiva com a vida antiga e viva
agora de um modo digno de Deus.
A graça nos ensina a renunciar o mundanismo (v.12).
E então ele adiciona outro componente, ele diz: A salvação instrui você não apenas a
negar a impiedade, mas também os desejos do mundo.
Epitumias kosmikos, significa: concupiscências que são características do sistema humano
ímpio, desejos que refletem a cultura ímpia.
Pedro os chama de “desejos carnais”; João diz: “não ameis o mundo e nem o que há no
mundo”. Tiago chama de adúlteros, aqueles que são amigos do mundo”.
Paulo os chama de “desejos tolos”; ele também chama de “paixões dolorosas” ao escrever
2 Timóteo ele fala de “paixões da mocidade.”
Mas aqui você tem “desejos mundanos” – o que é material, carnal, paixão tola, doloroso,
estilo mundano”;
Todas as coisas na natureza externa têm seu elemento, e nossa natureza moral deve ter
seu elemento, no qual viver, se mover e ter seu ser.
Animais vivem na terra, pássaros voam no ar, peixes nadam na água; mas cada um desses
organismos animais requer seu próprio elemento, e nenhuma quantidade de educação fará
com que um peixe desfrute de ar fresco.
Mesmo assim, o homem ímpio tem este mundo como elemento, assim como o verdadeiro
crente tem Deus como elemento.
O ímpio é da terra terrena; ele recebe o espírito do mundo; ele entra em sua mente; ele
forma seu caráter de acordo com seu gênio; ele se submete aos seus ditames; ele mede
tudo pelo seu padrão.
Mas o crente não é do mundo. Ele é peregrino. Ele não pertence a este sistema. Ele é
inimigo do mundo, desse sistema anti-Deus, anti-Cristo e anti-Biblia.
Nesse ponto a salvação, é uma ruptura clara das ideias erradas sobre Deus, e há uma
ruptura clara com os padrões de vida que foram dominados pela luxúria.
Há uma renúncia. Há uma transformação. Há uma reprogramação. Deixamos nosso antigo
modo de viver que foi substituído por um novo que é renovado pelo verdadeiro
conhecimento.
O estilo de vida do crente é totalmente diferente em TODA A MANEIRA DE VIVER; na
modéstia, na família, nos negócios, na conduta etc…
O apóstolo Paulo está reconhecendo que a salvação não lida apenas com o futuro, mas
lida com o presente – não apenas lida com a penalidade do pecado, mas lida com o poder
do pecado. Você não está mais sob seu domínio. Portanto, não ceda ao pecado.
Crisóstomo disse que as coisas do mundo são coisas que não passam conosco para o céu,
mas são dissolvidas junto com o mundo atual.
Um homem é muito míope e medíocre, quando põe todo o seu coração e gasta todas as
suas forças em coisas que ele vai deixar para trás quando partir deste mundo.
CONCLUSÃO: Uma biografia que muitas vezes nos convencer da nossa falta de amor ao
Senhor e zelo por Sua obra é “A Vida e o Testamento de Jim Elliot” (em inglês).
Jim, filhos de pais piedosos, que o levou a amar e ler a bíblia todos os dias. Tinha uma
mente brilhante, e se recusava a participar das festas mundanas dos amigos de classe,
mostrando na bíblia que isso era errado.
Ele ainda não estava totalmente convencido do valor dos seus estudos, considerando
matérias como filosofia, política e antropologia distrações para alguém que está tentando
seguir Deus.
Depois de um semestre de notas relativamente baixas, ele escreveu para seus pais que
não tinha nenhum remorso, considerando o estudo da Bíblia muito mais importante.
Ele tinha apenas 28 anos quando ele e quatro outros rapazes foram mortos à tiros na
tentativa de levar o evangelho aos ferozes índios Auca no Equador.
Veja como a graça de Deus o motivou. Ouça o que ele escreveu no seu diário. Aos 22
anos, ele escreveu: “Vejo claramente agora que qualquer coisa, seja o que for, se não
estiver no princípio da graça, não é de Deus”.
Quanto a viver à luz da segunda vinda, aos 20 anos, ele escreveu para sua irmã de 15
anos: “Fixe seus olhos na estrela da manhã nascente…. Viva todos os dias como se o Filho
do Homem estivesse à porta e direcione seu pensamento para esse momento
extraordinário … Ande como se o próximo passo o levasse através do limiar do céu.
“Quão mal parecerá algo, exceto uma fé operativa inflamada na pessoa de Cristo quando
Ele vier na sua vinda.
Quão perdida, infelizmente, será uma vida vivida sob qualquer outra luz! ”Sua vida inteira
retratou intenso zelo pelo Senhor e por Sua obra.
Ele escreveu: “Onde quer que você esteja, esteja realmente lá. Viva ao máximo todas as
situações que você acredita serem a vontade de Deus”.
É dele essa celebre citação: “Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para
ganhar o que não pode perder.
O último registro do diário dele, em 28 deoutubro de 1949, expressa a crença dele; de que
trabalho dedicado a Jesus era mais importante que a sua própria vida (Lucas 9:24).
Depois da morte deles e seus amigos, as esposas e filhos foram evangelizar os mesmos
índios que mataram seus maridos e pais. E ganharam a tribo para a gloria do Senhor
Jesus.
É assim que a graça de Deus funciona. Ele nos salva e depois nos treina e motiva a
sermos pessoas piedosas na era atual, zelosos por boas ações, enquanto procuramos o
aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou
por nós.
Sermão Nº 24 – A graça salvadora Parte 3.
Referência: Tito 2:12-14.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 04/12/2019.
CONCLUSÃO: Pai, agradecemos pela exposição de sua Palavra nesta noite. Oh, o tempo
passa tão rapidamente e tanta riqueza aqui.
Pai, agradecemos novamente pelo lembrete de que você é um Deus salvador. Na tua
grande misericórdia e graça, abaixaste-te para salvar pecadores indignos.
Obrigado, pai, por isso. Por que você nos escolheu, nunca compreenderemos. Talvez até
por toda a eternidade nunca possamos entender.
Mas somos gratos pelo que o Senhor fez. Somos gratos por ter chegado o dia em que o
Espírito de Deus convenceu nossos corações, e nos aproximamos como pecadores sem
esperança e pegamos uma salvação como a que acabamos de ler.
Pai, agradecemos a plenitude de nossa salvação. E oramos para que possamos viver
assim, para mostrar ao mundo que Deus é salvador, para que eles possam ver em nós a
alegria de alguém que está para sempre livre da penalidade do pecado.
Para que eles possam ver em nós a pureza de alguém em quem o poder do pecado é
quebrado. Que eles possam ver em nós a antecipação, o desejo, a esperança, a falta de
sentido, a sensação de antecipação celestial de alguém que um dia será libertado da
presença do pecado.
Que eles possam ver em nós a confiança, a segurança e alegria estabelecida de quem não
sabe que nada pode mudar, pois somos para sempre a sua posse pessoal.
Pai, seja esse tipo de salvação que exibimos para um mundo que assiste como vivemos,
como falamos e como agimos para que outros, ao ver o que o Senhor fez em nossas vidas,
possam ser atraídos a ti e te glorifique e venha a conhecê-lo.
Obrigado por esta maravilhosa oportunidade, Senhor, de ensaiar novamente essas
grandes verdades, e nós Te damos glória e louvor pelo que fez em nossas vidas e pelo que
fará na vida de outras pessoas, que agora mesmo ouvem esta mensagem, como o Senhor
os salva por Sua graça. Em nome de Cristo. Amém.
INTRODUÇÃO
Preparar-se para ministrar a Palavra de Deus semana após semana é uma grande
aventura. E aprecio cada hora preciosa que tenho para estudar a Palavra de Deus.
Preciso planejar muito, e está em oração debaixo da orientação do Espirito Santo. Eu
planejei pregar esse último verso, na exposição da semana passada, para então iniciar o
capitulo 3. Mas esse verso me atinge como um raio.
Paulo está instruindo um Pastor que está comandando um campo; e talvez dezenas de
igrejas locais, onde ele com presidente, ou um delegado investido de autoridade pelo
apostolo Paulo, “para colocar em ordem, as coisas que não estavam”, e para isso deveria
estabelecer presbíteros; ou seja; uma liderança; que é o meio pelo qual as coisas devem
ser feitas.
“Essas coisas fala, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.” E
ocorre que esta é uma declaração sobre a autoridade do pregador – “fala, exorta e
repreende com toda autoridade. Não deixe ninguém desprezar sua pregação, seu ensino.
CONCLUSÃO: Tudo o que o homem faz não deve ser determinado pelo homem, mas por
Deus. Então, se os homens vão viver sob a autoridade de Deus, então quem lhes dará a
autoridade de Deus? Esse é o papel do pregador; é disso que se trata.
Temos que falar com essa cultura. Eles podem não gostar, mas isso não muda o mandato.
Isso não altera o que fazemos. Isso apenas torna mais necessário. Por isso, estamos
sempre chorando: “Onde estão os homens que estão pregando a Palavra?
Onde estão os pregadores em que você não consegue se lembrar tanto da personalidade
deles, mas com certeza não consegue esquecer da mensagem, que confrontou você e isto
trouxe arrependimento ao seu coração. Somos chamados a pregar uma Palavra
autorizada. Somos chamados a ordenar que as pessoas ouçam, acreditem e obedeçam.
“Fale”, ele diz no versículo 15, “e depois exorte.” O que isso significa?
Dirija-o para a vida com urgência, de modo que o agarre e o segure e ele se torne
convicção. E reprovação, o que isso significa? Fale contra a desobediência para obrigá-los
a obedecê-la. E faça isso com toda a autoridade que você tem, porque é a voz de Deus
através da Sua Palavra revelada, e não deixe ninguém tentar contornar esse processo.
Essa é a nossa tarefa – a autoridade do pregador.
William Barclay escreveu o seguinte: “Os olhos do pecador devem estar abertos ao seu
pecado. A mente dos desorientados deve ser levada a perceber seu erro. O coração dos
desatentos deve ser esfaqueado, completamente desperto.
A mensagem cristã não é um ópio para enviar. homens para dormir. Não é uma garantia
confortável de que tudo ficará bem. É a luz ofuscante que mostra os homens como são e
Deus como Ele é”.
A pregação tem autoridade quando tanto sua substância quanto seu estilo proclamam de
maneira transparente a humildade dócil do próprio pregador diante da própria Bíblia e
diante do Deus trino, cuja Palavra é a Bíblia.
É como o próprio pregador está verdadeiramente está debaixo da autoridade de Deus e da
Bíblia, então ele terá autoridadecomo porta-voz de Deus.
São aqueles sob autoridade que têm autoridade.São aqueles cujo comportamento modela
a submissão às Escrituras e a dependência do Senhor da Palavra que mediam a
experiência da autoridade de Deus em sua pregação. E certamente isso é grandioso, esse
chamado sagrado. Isso me leva a dizer: “Ore pelo pregador”.
INTRODUÇÃO: Estamos sendo muito edificados expondo essa carta de Tito. Acredito que
entramos em uma das seções mais desafiadoras e relevantes desta breve epístola.
Ela trata da responsabilidade do cristão que vive numa sociedade pagã, e como deve agir
com seus deveres como cidadão e como se relacionar com as autoridades instituídas.
O Brasil é uma sociedade pagã. Nesses 520 anos de história nosso país vive nas mais
profundas e densas trevas espirituais.
Mesmo que hoje os evangélicos dizem ser 50% da população e as pessoas, gostarem de ir
aos cultos religiosos. Mas isso não tem melhorado a situação.
Os crentes dizem que acreditam em Deus, e vivem um tipo de ateísmo pratico, e na melhor
das hipóteses, eles têm uma MORALIDADE SITUACIONAL.
Na maioria das vezes, quaisquer vestígios da religião cristã ainda que permeiam nossa
cultura são fracos, comprometedores, se não céticos e apóstatas.
Alguns dizem que vivemos uma sociedade PÓS-CRISTÃ. Mas a verdade é que estamos
vivemos uma sociedade SUB-CRISTÃ, pois não estamos comprometidos com o que
realmente é o evangelho.
Nosso cristianismo se tornou vazio. Somos claramente pagãos, mas usamos a máscara da
religião.
Nossa nação está agora afirmando através de seus líderes, através de seus congressos,
seus órgãos legislativos, seus tribunais e seus juízes uma agenda distintamente
ANTICRISTÃ.
Qualquer coisa e tudo que é distintamente cristão está sendo varrida sob a égide de
direitos iguais, liberdade moral. E, como crentes, francamente, tendemos a nos ressentir
disso.
O cristianismo que outrora fez parte do tecido do movimento pentecostal e que que criou
alguns ADEREÇOS CULTURAIS para nos sustentar e nos dar uma moralidade bíblica e
algum padrão divino para julgar o comportamento agora se foi.
O cristianismo cultural, seja o que for, está morto. A moralidade bíblica é atacada
constantemente. A liberdade moral reina como se fosse Deus.
Materialismo, desagregação e familiar são epidêmicos. Os abortos continuam.Males
sexuais, drogas, crimes, educação pagã estão inundando nossa nação como as enchentes
que vimos nesses últimos dias.
E não temos conseguidos lidar e nem conter essa inundação do mal. Derrubamos todos os
padrões e removemos os limites antigos, e agora não conseguimos descobrir o que é
certo, por isso não sabemos o que ensinar a ninguém, por isso não podemos controlar o
comportamento nos primeiros anos da infância.
Agora, temos uma geração de pessoas que adotaram a agenda do mundo e estão sendo
guiados por ela.
Não temos padrões suficientes para controlá-los. Não temos policiais suficientes para
prendê-los. Não temos tribunais suficientes para processá-los. E não temos cadeias
suficientes para mantê-las.
Para aqueles de nós que assistimos ao grande REAVIVAMENTO dos anos 80 a noventa e
acredito que foi assim.
Pois vimos um tremendo mover do espirito no meio dos PENTECOSTAIS com milhões de
almas vindo a cristo, e muitos jovens se levantado para pregar um evangelho completo,
“Jesus, salva, batiza com Espirito Santo, cura e leva para o céu”.
Pensamos que tudo nos levaria a dias de glória e bênção. Vimos Bíblias sendo traduzidas
para que pudéssemos tê-las em uma tradução mais recente.
Vimosa proliferação de livros, editoras, fitas e músicas novas, e havia um vento definido do
Espírito de Deus soprando em nosso país. E aqueles foram dias maravilhosos.
Mas o renascimento dos anos oitenta e início dos anos noventa se transformou em
deboche no final dos anos noventa.
E a mudança é triste. E sentimos a tristeza. E depois de um tempo começamos a sentir
ressentimento. Não gostamos do que nosso o presidente está fazendo.
Não gostamos da agenda dele. Não gostamos das decisões dele. Não gostamos do que
nosso governador e até mesmo nosso prefeito estão dizendo sobre homossexualidade.
(embora temo uma trégua no governo de Bolsonaro).
Nós não gostamos do tipo de coisa que nossos senadores e congressistas estão fazendo.
Não estamos felizes com as decisões que estão tomando.
Somos repelidos pelos veredictos que estão sendo proferidos em tribunais que estão
inocentando os culpados e condenando os inocentes.
Eu deveria dizer, que sentenciam pessoas que não tinham a intenção infligir a lei e libertam
pessoas culpadas de coisas que julgamos hediondas.
Não estamos satisfeitos com a agenda até o fim, seja o ramo judicial, o legislativo ou o
executivo. Estamos cansados da evolução da liberdade a ponto de qualquer pessoa poder
fazer absolutamente qualquer coisa.
Ficamos irados porque a perversão é legalizada em nosso país e a vontade de Deus é
descaradamente rejeitada.
Uma coisa é pecar, outra é redefini-la como um comportamento humano aceitável.
E então ficamos ainda mais irritados quando eles decidem aumentar nossos impostos para
poderem financiar ainda mais essa agenda diabólica.
E tememos por nós mesmos, e principalmente por nossos filhos e por nossos netos. E o
pior que sabemos ainda está por vir, e isso acontecerá nos filhos de nossos filhos.
E a pergunta que quero fazer para você esta noite é a seguinte: como devemos responder
agora a nossa sociedade? Como devemos reagir? O que é uma resposta cristã adequada
em uma cultura pagã?
Paulo responde a essa mesma pergunta em Tito 3: 1-2, essa é precisamente a questão
aqui.
Tito, como você sabe, está na ilha de Creta. Ele está lá para ordenar as coisas que
permanecem nas igrejas. Havia pelo menos cem cidades nesta ilha. Não sabemos quantas
delas tinham igrejas, mas muitas.
Ele tem uma grande responsabilidade de colocar a igreja em ordem, de ordenar líderes
piedosos contra uma cultura muito corrupta.
Os cretenses inquestionavelmente, estavam envolvidos na idolatria e em todo o paganismo
existente que compunha o mundo grego e romano da época.
Tito então tinha essas igrejas como pequenos bolsões de justiça em um esgoto do
paganismo e precisava instruí-los sobre como reagir à cultura ao seu redor.
A CULTURA E O CRISTÃO.
Hoje ouço muita conversa sobre a igreja impactando a cultura. Editoras e autores famosos,
lançando livros relacionados ao confronto com a nossa cultura, afetando e impactando a
nossa cultura.
Mas, francamente, pessoal, esse não é nosso objetivo. Esse não é o nosso objetivo.
Parece um objetivo nobre, e tenho certeza de que há pessoas que podem ver certos
aspectos nobres, e pode haver alguns.
Mudando por dentro.
Nosso objetivo não é impactar nossa cultura, alterando seus valores morais. Nosso objetivo
não é impactar nossa cultura, criando valores tradicionais, valores familiares através de
legislação ou processo judicial.
Nosso objetivo não é garantir que o Brasil cumpra uma política nacional que se iguale à
MORALIDADE BÍBLICA. Esse não é o nosso objetivo. Não estamos envolvidos na
alteração da moralidade social.
Não estamos envolvidos na melhoria da conduta cultural. Estamos interessados em que as
pessoas sejam salvas. Essa é a nossa única agenda. Se vamos mudar nossa cultura,
vamos mudar de dentro para fora.
Você vê, a igreja tem uma MISSÃO; nós somos uma nação de sacerdotes. E um sacerdote
tinha uma função simples: levar as pessoas a Deus, conduzi-las à Sua presença. É a única
coisa que estamos no mundo a fazer.
Francamente, se as pessoas morrem em um governo COMUNISTA ou em uma
DEMOCRACIA, realmente não importa se elas acabam no inferno.
Se eles morrem sob um governo tirano ou um ditador benevolente, não importa se eles
acabam no inferno.
Se eles morrem acreditando que a homossexualidade está errada ou acreditando que a
homossexualidade está certa e acabam no inferno, não importa.
Se eles morrerem como um policial ou uma prostituta sem Cristo, eles vão acabar no
mesmo lugar. Se eles morrem moral ou imoral, não fará diferença em sua eternidade.
Se eles estavam de um lado da rua com o grupo de direitos PRÓ-ABORTO e gritavam por
legalizar e manter abortos legais, ou do outro lado da rua contra o aborto e gritavam para
parar a matança – se não conheciam a Cristo, vai acabar no mesmo lugar. Certo? Esse
não é o problema.
A questão é salvação; a questão é SALVAÇÃO. E a triste realidade é que, quando a igreja
se inclina moralizadora e politicamente, geralmente tem um impacto negativo em sua
missão de evangelização, porque torna as pessoas hostis ao sistema atual e elas se
tornam mais inimigas da sociedade do que compassivas.
Se vamos ver nossa nação transformada, isso deve ser feito de dentro para fora, essa é a
nossa agenda. E então estamos aqui para pregar a Cristo e “para não saber nada entre
vocês, exceto Cristo e Ele crucificado”.
Mostrando o poder transformador.
Por trás dessa pregação, porém, deve haver algum tipo de vida, algum tipo de vida que
torne nossa mensagem crível. É sobre isso que Paulo se dirige no capítulo 3.
Vamos ler o vv 1-2: “Lembre-os de estarem sujeitos a governantes, de autoridades, de
serem obedientes, de estarem prontos para toda boa ação, de não prejudicar ninguém, de
não serem descontentes, de serem gentis, mostrando toda consideração por todos os
homens.
Porque o apostolo Paulo, está dizendo isso? Qual é o objetivo? È o mesmo objetivo de
toda essa carta!
Devemos viver de maneira a exaltar a Palavra de Deus, calar a boca doadversário e exibir
o poder salvador de Deus. Queremos que o mundo saiba que Deus é um Deus salvador,
que Deus transforma as pessoas.
E como podemos convencê-los disso? Mostrando a eles nossas vidas transformadas.
Certo? Devemos mostrar o poder salvador de Deus.
O Apostolo, Paulo, está dizendo que o Pastor, no caso aqui Tito, precisa instruir a igreja em
todas as coisas, sobre como se comportar entre eles mesmos e perante o mundo pagão.
E como nós nos comportamos juntos como cristãos dará um testemunho ao mundo da
salvação, poder transformador de Deus quando vivemos vidas santas, graciosas,
amorosas, sábias e bondosas ditas no capítulo 2.
A vida do cristão é uma espécie REALITY SHOW, sendo acompanhado 24 horas pelo
mundo pagão.
Isso fará com que a Palavra de Deus seja honrada.Isso vai silenciar os críticos e adornar a
doutrina de Deus como um Deus salvador – Aquele que pode transformar totalmente as
pessoas.
Então, no capítulo 3, ele se preocupa não com o modo como vivemos um no outro na
igreja, mas como vivemos na sociedade, como vivemos entre os não-cristãos, como
vivemos em nossa cultura.
Se quisermos manifestar o poder salvador de Deus, precisamos manifestá-lo em nossas
relações com os cristãos e com os não-cristãos.
E nunca é o momento mais crucial para um cuidadoso comportamento cristão do que
quando os crentes estão envolvidos na cultura pagã.
D.A Carson, não é feliz em colocar os cristãos primitivos contra a cultura, depois da
reforma amoldados na cultura, e agora ganhando a cultura.
A falácia do cristianismo cultural.
Nos dias de Paulo não havia cristianismo cultural. Não havia cristianismo até que ele fosse
introduzido. No mundo gentio, era apenas um paganismo flagrante e abrangente, com
todas as armadilhas de Satanás poderia.
Era total e exclusivamente, com exceção de alguns judeus, um sistema satânico.
Toda a religião existente, toda a ideologia, filosofia e pensamento existentes, toda a lei e
ordem existentes, todos os valores existentes, mais eram derivados de um sistema não-
cristão.
Era totalmente pagão até a chegada de Paulo. E o confronto foi tão grande que custou a
ele e a muitos outros a vida deles.
Paulo sabia como era viver em uma cultura completamente pagã – muito mais pagã do que
experimentamos, porque em nosso país há uma grande força de pessoas verdadeiramente
regeneradas.
E ele sabia o que era estar em um mundo de desigualdade e escravidão abusivas e
mortais. Ele sabia o que era ser uma cultura de tiranos, pequenos ditadores que eram
assassinos.
Ele sabia o que era estar sob liderança abusiva. Ele sabia o que era ver uma sociedade
envolvida até os ouvidos em perversão sexual, o colapso da família.
Lemos em alguns documentos antigos sobre pessoas que tinham 26 e 27 esposas e / ou
maridos, dependendo da situação.
O mundo estava literalmente inundado de ídolos, deuses mesquinhos. As pessoas eram
pesadamente tributadas e os cobradores de impostos eram corruptos que aceitavam o que
não lhes era justo. Se alguém reclamassem, eles tirariam a vida assim que olhassem para
eles.
E o mundo estava cheio de terroristas, pessoas que andavam por aí executando aqueles
que haviam feito algo contra eles.
Mesmo no mundo judaico havia os zelotes, os sicários, os caras que carregavam os
punhais e chegaram atrás das autoridades de Israel e os esfaquearam até a morte – o
terrorismo estava por toda parte.
Era um mundo feio. E Paulo nunca, em nenhuma de suas cartas, diz: “Agora, senhoras e
senhores, precisamos moralizar nossa cultura pagã. Precisamos impactar nossa cultura de
alguma forma”.
Não, tudo o que ele disse foi: “PRECISAMOS EVANGELIZAR”. E ele não estava pedindo
nenhum tipo de PROTESTO ou PASSEATA.
Ele não estava pedindo nenhum tipo de disputa ou qualquer tipo de guerra contra a
mentalidade existente.
Ele estava pedindo a pregação do evangelho que transforma a vida. Mas não era apenas a
pregação. Foi a forma como os crentes viviam dentro e fora da igreja que deu a plataforma
que tornou a mensagem pregada crível.
Veja bem, o que Deus havia feito pelos cristãos em Creta, Ele também queria fazer por
muitas outras pessoas.
E a conduta dos crentes era crucial para aquele trabalho salvador, para aquele
empreendimento salvador.
A necessidade de lembrar
Agora, primeiro, vejamos o versículo 1. Ele diz apenas duas palavras: “Lembre-os”. E quero
dizer a você que ele está simplesmente dizendo que isso não é novidade.
Obviamente, ele havia ensinado isso no passado. Certamente as pessoas sabiam as
responsabilidades que tinham por viver em uma cultura pagã, mas precisavam ser
lembradas.
E esse é um dever que pertence a todos que estão atrás desse púlpito sagrado por assim
dizer, e que proclama a verdade ao rebanho de Deus.
Estamos basicamente aqui para lembrá-lo do que você sabe. O imperativo atual significa
que é um dever regular, contínuo e contínuo de lembrá-los.
E ele quer lembrá-los da necessidade de se comportar em uma sociedade pagã.
Agora, o que ele faz nesses oito versículos é resumir pedindo que lembrem de quatro
realidades, quatro grandes realidades. É maravilhosamente organizado em torno dessas
realidades.
Primeiro, lembre-se do seu dever (1-2). Segundo, lembre-se de sua condição anterior (3-4).
Terceiro, lembre-se da sua salvação(4-7). E quartolembre-se de sua missão(v.8).
E se você mantiver essas coisas em mente, elas se tornarão a motivação para viver
excelentemente em um mundo pagão.
Eu gostaria de poder dar todos eles a você esta noite, as veremos isso nas próximas
exposições.
a) Lembre-se do seu dever.
Qual é o nosso dever? Nós podemos ficar irados. Podemos ficar desapontados. Podemos
ficar com raiva ao ver os vestígios da influência cristã morrerem.
Podemos ficar com raiva do que vemos acontecendo nos tribunais, nos congressos e nos
escritórios executivos de nossa terra.
Qual é a nossa resposta? Podemos não concordar com as decisões que eles estão
tomando.
Aqui está o que ele diz: “Lembre-os de estarem sujeitos a governantes, a autoridades, a
serem obedientes, a estarem prontos para toda boa ação, a não prejudicar ninguém, a
serem descontentes, gentis, mostrando toda consideração por todos os homens”.
Agora ouça isso. Não importa se seu governante é César, Herodes, Pilatos, Felix, Festo,
Agripa, Stalin, Hitler, Lula, Dilma, Bolsonaro – não importa quem seja. Ele diz: “seja
sujeito”. “Você os ensina a ser sujeito”.
Governantes eram tiranos. Eles não tinham integridade. Eles eram assassinos. Eles não
eram nobres. Os governos fizeram leis, e talvez todas as leis não fossem justas.
Mas ele diz: “Você deve estar sujeito aos governantes, e autoridades”. Ele está reiterando
um princípio bíblico muito, muito comum.
Em Mateus 22, os fariseus estavam sempre tentando prender Jesus. Eles querem prendê-
lo publicamente porque queriam desacreditá-lo publicamente e virar contra ele algum
elemento da população.
Então, eles enviaram discípulos a Ele, juntamente com os herodianos, e disseram no
versículo 16:
“Mestre, sabemos que você é verdadeiro e ensina o caminho de Deus em verdade, e não
se importa com ninguém; pois você não é parcial a qualquer “. E isso foi muita lisonja
pecaminosa. “Diga-nos, portanto, o que você acha? É lícito dar uma cota a César ou não?”
Agora, o que eles estão tentando fazer é fazê-lo dizer que é ou não é. Se Ele diz que é
lícito, todos os judeus vão odiá-lo porque odeiam César, odeiam o imposto de renda,
odeiam toda a idéia de estar em um país ocupado governado por um bando de pagãos.
Se, por outro lado, Ele concorda com os judeus e diz que não, não é correto, não é lícito
que se pague impostos a César, ele estará cometendo um crime contra os romanos
De uma maneira ou de outra, eles irai conseguir algo para incriminar a Jesus. Mas Jesus
percebeu a má intenção deles e disse:
“‘Por que você está me testando, seus hipócritas? Mostre-me a moeda usada para o
imposto de renda. Eles lhe trouxeram um denário. Disse-lhes: De quem é essa semelhança
e inscrição? Disseram-lhe: César. ”
Eles odiavam usar essas moedas porque qualquer coisa com uma imagem nela constituía
– O quê? – um ídolo. E eles odiavam isso. E, claro, César era um deus. E isso era idolatria
para eles.
Eles odiavam não apenas a idéia de tributação, mas odiavam a idéia da idolatria inerente a
ela – uma imagem esculpida feita após um deus.
Foi uma violação do primeiro mandamento. Mas Jesus era tão sábio. “Ele lhes disse:
‘Então entregue a César as coisas que são de César; e a Deus as coisas que são de Deus.
E ele confirmou ambas. Ele disse por um lado: “Pague seu imposto. Por outro lado, isso
não tem nada a ver com Deus. “Você deve dar a Deus o que é de Deus.”
O ponto para nós hoje é: Jesus pagou seu imposto, mesmo com a idolatria inerente. Ele
disse: “Pague seu imposto”. O que eles estavam fazendo com esse imposto?
Coisas que certamente Jesus não estava satisfeito. Mas o impulso geral do governo
sempre é positivo, e os cristãos devem se submeter a ele.
A razão da obediência.
Vá a Romanos 13, e aqui você tem a declaração mais abrangente sobre isso do apóstolo
Paulo – os primeiros versículos do capítulo 13. Versículo 1: “Toda pessoa esteja sujeita às
autoridades governamentais”.
Isso é apenas uma afirmação geral pura e simples. Todo mundo está sujeito. Não importa
se é uma democracia ou uma forma de governo comunista.
Não importa se é uma MONARQUIA ou se é uma DITADURA, você está sujeito – bom,
ruim, seja qual for a forma – você está sujeito às autoridades governamentais.
Então ele lhe dá sete razões pelas quais.
Razão número um: o governo é designado por Deus. “Não há autoridade, exceto de Deus,
e aqueles que existem são estabelecidos por Deus.”
Deus projetou o governo humano. Ele o projetou para existir de várias formas, e existe por
causa de Seu design para o controle da vida humana. Então envie. Deus o projetou.
Razão número dois: resistir é resistir a Deus. Versículo 2: “Aquele que resiste à autoridade
se opõe à ordenança de Deus”.
Razão número três: os resistentes serão punidos. Fim do versículo 2: “Os que se opõem
receberão condenação sobre si mesmos.”
Então você se submete ao governo. Por quê? Foi projetado por Deus. Resistir é resistir a
Deus, e resistentes serão punidos.
Razão número quatro: o governo foi projetado para conter o mal. (v. 3) : “Os governantes
não são motivo de medo do bom comportamento, mas do mal. Você não quer ter medo da
autoridade? Faça o que é bom e receberá elogios do mesmo“.
Em outras palavras, o governo é projetado para conter o mal.
Razão número cinco: ele foi projetado para promover o bem. Versículo 4: “É um ministro de
Deus para você para o bem. Se você faz o que é mau, tenha medo.”
Razão número seis: o governo está autorizado a punir. “É um ministro de Deus, um
vingador que causa ira sobre quem pratica o mal.” E é por isso que “não leva a espada por
nada”.
Deus concedeu o direito à pena de morte. É isso que significa carregar a espada. Deus até
deu ao governo o direito de tirar uma vida.
Razão número sete:submeta-se ao governo por causa da consciência”, não apenas porque
você teme a ira que virá se desobedecer, mas por causa da consciência; porque está certo.
Então, submeta-se ao governo. Por quê? É projetado por Deus; resistir é resistir a Deus.
Os resistentes serão punidos. O governo é projetado para restringir o mal e promover o
bem. Os governantes têm o poder de punir e fazê-lo por causa da consciência.
Então a soma disso, versículos 6 e 7, “Então pague seus impostos“, diz o versículo 6, “pois
os governantes são servos de Deus, dedicando-se a isso mesmo”.
E então o versículo 7, “Prestar a todos o que é devido, tributar a quem é devido, costume a
quem costume, medo a quem temer, honra a quem honra”.
O proposito evangelístico.
O ponto principal é: Deus colocou o governo no lugar e você deve se submeter a ele. Aqui
em romanos ele dá as razões para obedecer e em Tito não.
A única razão pela qual ele não dá é o motivo evangelístico; para que possamos viver e
demonstrar que este mundo não é um problema para nós.
Qual a diferença de quanto pagamos impostos? Essa não é a nossa preocupação. Não é
nossa preocupação nos preocupar com legislação. Não é nossa preocupação ficar
preocupado com o que o presidente faz.
É nossa preocupação viver uma vida santa e chamar as pessoas para Cristo. E a nossa
cidadania está em outro mundo. Somos apenas estranhos e alienígenas aqui.
Faremos o que for solicitado para não estragar nosso testemunho, porque esse é o
problema maior e convincente.
Primeiro Pedro 2 acrescenta a nota muito importante do evangelismo. Em 1 Pedro 2, o
versículo 9, diz:
“Somos uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa” e devemos “proclamar
as excelências daquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”.
Em outras palavras, “o que somos” é para demonstrar como é a salvação. Devemos
mostrar às pessoas o que é uma pessoa salva. Como fazemos isso? Pedro continua no
Versículo 12, “Mantenha seu comportamento excelente entre os pagãos”.
O que você quer dizer com isso? Versículo 13: “Submeta-se, por amor do Senhor, a toda
instituição humana, seja a um rei como alguém em autoridade, ou a governadores
enviados por ele para punir os malfeitores e louvar os que fazem o que é certo.
Essa é a vontade de Deus de que, fazendo o certo, você possa silenciar a ignorância de
homens tolos. “Honre a todos os homens”, versículo 17,“ame os irmãos, tema a Deus,
honre o rei”. Como você vive em uma cultura pagã écrucial para proclamar as excelências
de quem o salvou, para demonstrar sua vida transformada – esse é o problema.
Agora isso nos leva de volta a Tito novamente. O apóstolo Paulo está dizendo que você
precisa estar sujeito a governantes e autoridades por razões evangelísticas.
6) A razão para desobedecer.
No final do versículo 8, “Isso é bom e proveitoso para todos os homens”.
Então ele diz que você precisa ser obediente, versículo 1, para ser obediente. O segundo:
você deve obedecer ao que eles dizem. Você diz: “Nós devemos desobedecer?” Sim.
Há uma ocasião em que desobedecemos, é quando eles nos pedem para fazer o que a
Bíblia nos proíbe de fazer, ou quando eles nos pedem para não fazer o que a Bíblia nos
ordena que façamos.
E a melhor ilustração disso, como você sabe, está em Atos, capítulo 4. Eles disseram aos
apóstolos para não pregar. Você se lembra que eles os convocaram em Atos 4:18, ordenou
que não falassem ou ensinassem.
Pedro e João disseram-lhes: “Se é correto aos olhos de Deus dar ouvidos a vocês, e não a
Deus, vocês julgam isso”. Você julga se obedecemos a você ou a Deus. “Pois não
podemos parar de falar”, disseram eles.
No capítulo 5, eles os açoitaram, chicotearam, versículo 40, ordenaram que não falassem
mais.
Eles partiram da presença do conselho regozijando-se por serem considerados dignos de
sofrer e, versículo 42, “todos os dias, no templo, de casa em casa, continuavam ensinando,
pregando Jesus como Cristo”.
Chega um momento em que o estado se volta contra a igreja e diz à igreja para não fazer o
que Deus mandou fazer. Então temos que obedecer a Deus e sofrer a consequência, seja
prisão ou morte.
O imperador Juliano, obrigou os crentes a adorar os deuses romanos e eles não
obedeceram, depois ele o convocou para a guerra, e então eles tomaram a primeiras
fileiras.
A única vez que desobedecemos é quando somos ordenados pelas Escrituras a fazer algo
que somos proibidos de fazer, ou não fazer algo que estamos sendo compelidos a fazer.
Nós somos obedientes. Então ele diz, no final do versículo 1, “Lembre-os de … estarem
prontos para toda boa ação”. Isso é tão bom. “Lembre-os de … estarem prontos para toda
boa ação.”
Isso é uma bondade agressiva que não é relutante, em pagar imposto ou cumprir outra
ordenança civil.
A palavra “pronto” significa “ansioso, ansioso por fazer todas as boas ações concebíveis”.
Aborde a vida por mais volátil que a cultura seja contra o cristianismo, por mais pagã que
seja até o âmago, como envolvida em idolatria e pecado.
Buscamos agressivamente tudo de bom, como em Gálatas 6:10 diz: “Estamos fazendo o
bem a todos os homens, especialmente aos da família da fé”.
A propósito, isso está em contraste direto com o comportamento de falsos professores.
Relembre o capítulo 1, versículo 16. Lembre-se da descrição de falsos mestres. Eles
são “detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação.”
Uma das coisas, que diferencia os crentes dos falsos mestres e seus seguidores é a
BONDADE ANSIOSA na vida dos crentes que demonstra TRANSFORMAÇÃO; isso
demonstra novo nascimento, salvação, a vida de Deus, o poder do Espírito, a justiça, a
virtude. Devemos ser conhecidos na sociedade por nossa bondade, ou seja, uma “bondade
agressiva”.
O CIDADÃO CRISTÃO.
Então, no versículo 2, ele segue em sua lista de sete virtudes, que caracterizam a
cidadania dos crentes.
Os crentes não devem falar mal das autoridades.
“Não maldizer ninguém”. O verbo blasphēmeō do qual obtemos a palavra
blasfema.Significa “caluniar”, “falar mal” ou “tratar com desprezo”.
Precisamos enfrentar o pecado. Nós podemos enfrentar o pecado. Podemos enfrentar o
pecador por causa do pecado dele. Devemos chamar os pecadores ao arrependimento,
mas não nos inclinamos à blasfêmia, calúnia, maldição e fala com desprezo das pessoas.
Não aprecio isso quando o povo cristão, principalmente pastores que fazem isso com
relação aos governantes. Essa não é a abordagem cristã.
Podemos não gostar do que eles fazem, mas devemos lembrar, pessoal, a condição em
que estão. Esquecemos que eles estão cegos em suas mentes pelo deus deste mundo?
De que outra forma você espera que pessoas não convertidas ajam do que como pessoas
não convertidas?
E como as pessoas não convertidas agem? Eles agem sob a influência de Satanás e seu
sistema atual, e estão apenas cumprindo a única agenda que podem compreender.
Veja 1 Timóteo 2:1. Aqui estava Timóteo em Éfeso, outra cidade corrupta e idólatra.
Paulo diz a Timóteo: “Quero insistir para que sejam feitas súplicas, orações, petições e
ações de graças em nome de todos os homens, dos reis e de todos os que têm autoridade,
para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica com toda a piedade e dignidade “.
Escute isso. Devemos ser “tranquilos”. Isso é “pacífico, quieto, piedoso, digno”. E qual é a
nossa atitude em relação ao presidente, ao congresso e aos juízes – os reis e todos os que
têm autoridade? Oramos por eles. É isso que Deus quer que façamos, oremos por eles –
constantemente fazendo “petições, orações, pedidos” por aqueles que têm autoridade de
que Deus operará em suas vidas, que Deus os salvará. Por quê? Por que nos versículos 3-
5 diz que ele é um Deus salvador, que enviouJesus Cristo para prover salvação. Deus quer
salvar, e queremos orar por sua salvação. Não os difamar; ore por sua salvação.
Os crentes não se opõem as autoridades.
Então ele diz a Tito outra coisa interessante – que os cristãos são “a ser incontestável”, (gr
“amachos), “Não brigando”, “se opondo”.
Os crentes não devem ser brigões, devemos ser pacíficos, amigáveis, não brigar com o
governo, não se opor aos seus líderes.
Não devemos ser combativos, grevistas, partidários (a igreja é apartidária). Essa não é a
agenda para nós. Nós nem somos deste mundo. Este não é o nosso país, em certo
sentido. Estamos aqui de passagem. Tão fácil ser contencioso, hostil e zangado com o que
acontece na cultura pagã em que vivemos, e especialmente se isso aumenta nossos
impostos ou se muda nossa vizinhança, nossa cultura ou o que quer que seja – ficamos
zangados com isso.
Não gostamos de ver Deus ser insultado e Satanás exaltado. Mas não devemos ser
contenciosos, manifestantes, não devemos lutar. Este é um mundo passageiro para nós.
Tudo o que podemos fazer é chegar à medida que avançamos.
Os crentes devem ser atenciosos com as autoridades. Então ele diz que devemos ser
“gentis”. É uma palavra bonita, epieikēs . Significa “ser razoável e tolerante”.
Acho que o sinônimo mais simples é “gentil, atencioso com a fraqueza humana” – muito
paciente com os pecadores.
Um escritor diz: “doce razoabilidade” – não é tolo, não é argumentativo, não é zangado,
não é hostil, docemente razoável, graciosamente gentil.Receber com alegria sem
agressividade e resistência e desconfiança.
Os crentes devem mostrar consideração pelas autoridades.
E então ele termina no versículo 2 com o último dos sete, “mostrando toda consideração”,
“mostrando toda consideração”; essa é a palavra “mansidão” nas bem-aventuranças,
Mateus 5: 5 – prautēs, “mansidão”.
Somos mansos. Isso é “poder sob controle”, você se lembrará. Nunca reivindicar os direitos
de alguém é o que isso significa. Nunca lutando pelos seus direitos. Os cristãos não fazem
isso.Não estamos brigando por nossos direitos. Não temos nenhuma agenda política. Não
temos nenhuma agenda legislativa. Não estamos buscando nenhum direito. Não queremos
nenhum direito específico com essa sociedade.
Apenas viveremos por Cristo, aconteça o que acontecer. Refere-se à confiança do paciente
– em Deus. Nós entregamos nossas vidas a Ele.
2 Timóteo 2. diz que, se vivermos assim – mansamente, gentilmente – Deus pode nos usar
para levar as pessoas ao arrependimento e ao conhecimento da verdade (2 Timóteo 2:25).
Veja bem, tudo o que fazemos tem um objetivo evangelístico. Vamos demonstrar salvação,
porque somente pessoas transformadas podem agir assim.
Os crentes devem agir com imparcialidade.
E então ele termina no versículo 2, dizendo: “para todos os homens”, “para todos os
homens”. Você precisa fazer isso antes de todos. Essa pequena frase é muito importante.
Aparece várias vezes em 1 Timóteo: 1 Tm2:1 – Por que ele diz “para todos os homens”?
Por que ele joga isso lá? Porque “todos os homens” se tornou um termo importante na
mente “ARMINIANA” de Paulo.
Ele diz “Orações”, o final do versículo 1, “deve ser feito em nome de todos os homens”.
Por quê? Versículo 4, “Porque Deus deseja que todos os homens sejam” – O que? –
“salvo”. Versículo 6, “Cristo Jesus, que se entregou como resgate por todos”.
Isso é muito “ARMÍNIANO”; Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”. E então ele
diz aos crentes: “Viva assim sua vida para que todos os homens vejam.”
Isso é consoante com Deus, 1 Timóteo 4:10 diz: “Deus é o Salvador de todos os homens“.
Todos os homens precisam ver nosso testemunho. Eles precisam ver a transformação.
Tito 2:11 : “A graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens“. Veja, ele
repete essa frase de novo e de novo e de novo.
Deus ama todos os homens. Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”, diz ele.
Deus quer que você ore por todos os homens.
“A graça de Deus apareceu … a todos os homens.” Você vive sua vida diante de todos os
homens, para que eles possam ver a transformação. Somente os cristãos podem viver
assim. Esse é o nosso dever. É assim que temos que viver.
CONCLUSÃO: Pai, obrigado por nosso tempo nesta manhã em Sua Palavra. Queremos
ser o seu povo. Queremos viver para a sua glória. Queremos exaltá-lo. Queremos adornar
a doutrina de Deus, nosso Salvador. Queremos que o mundo saiba que Tu és Deus
salvador, porque eles podem ver pessoas salvas, pessoas transformadas.
Ajude-nos a viver assim, não apenas na igreja, mas no mundo pagão, de maneira que eles
vejam que somos diferentes. Que sejamos submissos, obedientes, gentis, atenciosos,
ansiosos para fazer o que é bom.
Ajuda-nos a sermos mais transcendentes, vivendo mais desligados das coisas que
acontece nessa vida, pois não somos daqui. Nós apenas queremos reunir almas para o
mundo vindouro.
Senhor Deus, que o mundo que assiste e veja pessoas transformadas – e acredite em Seu
poder transformador. Como o Senhor nos salvou. Usa-nos para trazer muitos mais para a
mesma salvação. Amém.
Sermão Nº 27 – Eu era assim.
Referência: Tito 3:3.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 05/02/2020
INTRODUÇÃO
Não podemos perder de vista, que as igrejas do Novo Testamento eram pequenas ilhas em
um mar de paganismo, numa cultura absolutamente pagã.
O mundo gentio não sabia nada sobre a Bíblia. Não sabia nada sobre moralidade bíblica.
Não sabia nada sobre valores cristãos.
Não sabia nada sobre um senso divino de misericórdia ou justiça. Não sabia nada sobre
um entendimento adequado da liberdade dentro da estrutura do código moral. Era pura,
total e abrangente e totalmente pagão.
Essas igrejas nasceram, numa cultura sem influência cristã. Não havia cristianismo cultural.
Não houve influência cristã no comportamento social ou nos sistemas de crenças.
O mundo gentio estava literalmente envolvido em idolatria, tudo isso projetado por Satanás.
Suas culturas eram totalmente controladas por uma agenda satânica elaborada por seres
humanos total e totalmente depravados envolvidos na adoração de demônios.
Portanto, as igrejas estavam em oposição direta e contrastam com tudo dentro da estrutura
da vida cultural.
Hoje muitos teólogos dizem que os cristãos primitivos deveriam ter feito de tudo para
impactar a cultura com uma agenda cristã.
Que adotasse um sistema de valores bíblicos, para que as nações adotassem esse código
moral. No entanto a igreja primitiva nunca fez nada disso.
Eles não estavam tentando influenciar a cultura e nem a política. A igreja primitiva existia
para fazer uma única coisa; alcançar as pessoas perdidas com o evangelho.
Esse foi o começo e o fim de seu propósito, e esse ainda é o propósito da igreja. Esse
ainda é nosso único objetivo. É por isso que estamos no mundo.
É muito agradável viver no mundo ocidental, como o brasil que teve um influencia cristã.
Este não é o caso em outras partes do mundo. Onde os missionários estão lá a décadas,
mas não existe nenhum elemento do cristianismo na visão legislativa, judicial, educacional
ou política.
Não é necessariamente importante que a igreja tenha algum impacto em sua cultura para
torná-la superficialmente cristã. Esse não é o nosso objetivo. Essa não é a nossa
AGENDA. Esse não é o nosso propósito.
Tem sido agradável viver numa cultura influenciada pelo cristianismo, mas isso está
mudando completamente e muito rapidamente. Nossa nação tem abandonado os
princípios cristãos e isto tem nos deixado completamente tristes e zangados.
Muitos estão reagindo com ódio contra essa mudança, dizendo que os cristãos tem que
protestar e buscar seus direitos.
Declarando guerra a uma cultura pagã e atacando a mídia e o sistema mundano, tentando-
os forçar à uma moralidade bíblica. Muitos cristãos tem lutado para tentar ganhar a cultura.
Embora isso pareça muito nobre, mas no fim isso torna as pessoas alienadas da realidade
e presas a assuntos que não são centrais a nossa mensagem.
A razão por trás disso tudo é o medo. Medo perder nossos filhos, medo de perder a
liberdade, medo da perseguição, medo de se sentir diferente, medo do confronto da
verdade.
Uma fé politizada não apenas atrapalha nossas prioridades, mas enfraquece nossas
lealdades. Se consumirmos tempo, dinheiro e energia nisso, ficaremos frustrados, e
perderemos nosso alvo principal, ganhar as pessoas para Cristo.
E certamente não podemos ficar tão envolvidos nisso, pois nos tornamos inimigos das
mesmas pessoas que procuramos ganhar para Cristo.
Tudo o que a igreja faz tem esse único objetivo, levar as pessoas a Cristo.
Paulo não está preocupado em tentar moralizar o comportamento cultural, mas demonstrar
à sociedade que Deus salva as pessoas do pecado. E que a principal maneira de fazer isso
era demonstrar uma vida salva.
Logo a questão da evangelização não é esperteza e artimanha. Não é entretenimento. Não
é estratégia de marketing.
As pessoas são salvas porque um Deus soberano as redime ao ouvir um poderoso
testemunho do evangelho. É assim que a salvação funciona. Não é uma questão de
artifício ou técnica ou qualquer outra coisa engenhosa.
A maioria das igrejas pensa que é assim que você alcança o mundo. Paulo está dizendo
que a maneira como você alcança o mundo é demonstrar como é uma pessoa salva.
E isso é extraordinariamente maravilhoso, emocionante e único, é alto tão convincente, que
as pessoas descobrem, que se Deus as salvar, ele fará da mesma maneira que salvou
aquele cuja vida eles viram.
E assim, nesta maravilhosa e pequena epístola, Paulo está chamando Tito para garantir
que a igreja esteja em posição de fazer isso.
No capítulo 1, ele diz que você precisa ter a liderança certa.Obviamente, se as pessoas
têm uma vida piedosa, é preciso ter líderes piedosos.
Então ele lhes dá todas as qualificações para líderes piedosos, começando lá no versículo
5 a 9 – ordenando o tipo certo de presbíteros anciãos.
Esses que são líderes piedosos liderando na proclamação da verdade, e as pessoas
seguem eles.
Em contraste com isso, você tem os falsos mestres nos versículos 10-16, a doutrina deles
está errada e a vida deles é “detestável, desobediente e sem valor”. Eles são “rebeldes …
faladores vazios.
Agora, qual é o caráter dos crentes verdadeiros? O capítulo 2 conta como os cristãos
devem viver na igreja. Capítulo 3, como eles devem viver no mundo.
No capítulo 2, ele diz que homens mais velhos devem viver de uma certa maneira, homens
mais jovens, mulheres mais velhas, mulheres mais jovens, escravos.
No versículo 5 ele diz que – todo mundo deve viver de uma certa maneira para colocar o
poder salvador de Deus em exibição, para que “a palavra de Deus não seja desonrada.”
O versículo 8, para silenciar o adversário e os oponentes que querem criticar sua fé.
E no versículo 10 ele diz:“para adornar a doutrina de Deus como Deus salvador em todos
os aspectos”.
Como o cristão vive uma vida santa na igreja, como a vida da igreja é pura, santa e
imaculada e tudo o que Deus deseja que ela seja, então o mundo que vê vidas
transformadas.
E desde o final do capítulo 2 diz que Deus é um Deus salvador e traz “salvação a todos os
homens. Então ele entra no capítulo 3, e diz aqui que também é importante não apenas
como você vive na igreja, mas como você vive no mundo.
E você se lembra dos versículos 1 e 2, nós os estudamos na semana passada.
Ele diz que você os lembra: “esteja sujeito a governantes, a autoridades, seja obediente,
esteja pronto para toda boa ação, não ofenda ninguém, seja contencioso, gentil, mostrando
toda consideração por todos os homens“.
Ou seja, na sociedade e na cultura, devemos viver dessa maneira, para que eles também
vejam nossa vida transformada, não apenas no que diz respeito a como você trata os
outros cristãos, mas como você vive dentro da própria sociedade.
E vimos as setes caraterísticas de como os cristãos devem viver. E agora Paulo elenca
sete caraterística de como os ímpios vivem e como vivíamos,
Se quisermos viver piedosamente em uma cultura pagã, precisamos nos lembrar de quem
nós éramos e como vivíamos.
LEMBRANÇAS DO PASSADO.
Somos lembrados da nossa condição de vida no passado; (v.3) “Porque também nós
éramos”.
O tempo imperfeito mostra como repetidamente éramos tolos. A lembrança de quem nós
éramos deve ser um impulso á piedade.
Nesses versículos, vemos a verdade que George Whitefield colocou com tanta precisão
quando viu um criminoso indo para a forca: “lá, se não fosse a graça de Deus, ia eu”.
Para ter uma resposta adequada em uma cultura pagã, você deve se lembrar de sua
condição anterior. Ele começa a descrever as caraterísticas de uma vida não regenerada.
Antes de se tornar calunioso, antes de se zangar com os que estão no poder em seu país e
com aqueles que estão em pecado e com uma agenda imoral, antes de se tornar hostil,
calunioso e com raiva, e antes de julgar esse tipo de coisa.
Emoções que levam a tipos venenosos de atos e pensamentos de vingança, antes de você
se tornar insensato, antes de lutar pela agenda cultural cristã, antes de atacar os ímpios e
atacar os não salvos, Paulo diz que se lembra de uma vez que você era um deles.
Você esqueceu? Você esqueceu? Você esqueceu que costumava ser assim e não podia
fazer nada sobre isso?
Todos nós éramos assim. O próprio Paulo era “um blasfemador”, diz ele em 1 Timóteo 1, “e
um perseguidor e um agressor violento”, mas fez isso “ignorantemente na incredulidade”.
Como se dissesse: “eu fiz isso e porque não sabia fazer melhor”.
Você olha para a ideologia de gênero, o feminismo, a mentalidade playboy, a imundície da
pornografia, a corrupção dos governos, a banalização do sagrado, o desprezo pela lei de
Deus e nos sentimos revoltado com tudo isso, e não aprovamos essas condutas e
devemos condena-las.
Mas também precisamos entender que elas não sabem fazer algo melhor, porque vivem
nas trevas da ignorância.
OS NÃO REGENERADOS.
Paulo, começa a descrever as características daqueles que ainda não foram regenerados,
não mudaram de vida. E aqui vale uma observação: Os pecados dos ímpios são óculos
nos quais podemos ver nossos próprios corações.
Eles são insensatos (v.3).
Paulo diz: Vocês já foram tolos, sem intelecto, sem discernimento, incapaz de pensar de
forma justa e piedosa.
O que isso significa? Eles não tinham entendimento. Eles são completamente ignorantes
“Sem conhecimento, sem entendimento.” Eles não sabem o que estão fazendo.
Conforme Efésios 4:18 são: “obscurecidos em seu entendimento, excluídos da vida de
Deus por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza de seus corações”.
Eles são ignorantes. O deus deste mundo cegou suas mentes, o que agrava a escuridão
deles. E, naturalmente, “eles não podem entender as coisas de Deus”,
Quando você arranca os pinhões do cristianismo cultural e não há restrições, a ignorância
deles vai assumir. Assim que não há critérios bíblicos convincentes, eles são deixados por
conta própria e é isso que você deve esperar.
Eles são incrédulos agindo como incrédulos. Isso é depravação se manifestando.
Alguns acreditam que, de alguma forma, quanto mais as pessoas se tornam inteligentes e
estudada, maior a probabilidade de aproximarem uma moralidade bíblica; isso é
absolutamente errado.
Paul Johnson, é considerando o maior historiador da civilização ocidental do nosso tempo
em seu livro “OS INTELECTUAIS”, ele mostra o inacreditável pântano de sujeira, sobre o
qual foi construído os fundamentos intelectuais e filosóficos da cultura ocidental
contemporânea.
Olha a resenha que o Google faz do livro:
Um intelectual é um indivíduo que se sente qualificado e impelido a formular e promover
doutrinas que visam o desenvolvimento da Humanidade, muitas vezes em oposição às
normas vigentes.
O programa desta obra assenta na resposta à seguinte formulação: terão os intelectuais
sido coerentes, nas suas vidas, com as ideias que defendiam?
Paul Johnson constata que não e põe a nu a contradição de muitas das figuras intelectuais
cujas obras influenciaram o mundo e marcaram a sua geração e as gerações seguintes.
Assim, ROUSSEAU, que propunha a criação de um estado paternalista, que se ocupasse
das necessidades básicas dos cidadãos e da sua educação desde tenra idade, abandonou
os seus cinco filhos em orfanatos.
MARX não sabia o que era pagar um salário, pois nunca o fez, apesar de ser essa a sua
obrigação perante a sua fiel criada.
O olhar penetrante de Paul Johnson e a sua escrita brilhante não poupam figuras como
Shelley, Ibsen, Tolstoi, Hemingway, Bertrand Russell, Brecht, Sartre, Edmund Wilson,
Lillian Hellmann, Norman Mailer e muitos outros intelectuais, sempre que a sua prática
contraria os princípios que defendem.
Porque, como Paul Johnson interroga, deverá o indivíduo ser menos avaliado do que as
ideias que apresenta?
Descobrimos que homens, que eram inteligentes o suficiente para projetar toda a cultura
em que vivemos, eram os seres humanos mais debochados da face da terra.
Estudar as biografias dos grandes “agitadores” da história é estudar a altura e a
profundidade da degradação e depravação desprezíveis de que os homens originalmente
criados à imagem de Deus são capazes!
Uma mente brilhante é iminentemente capaz até do mal mais hediondo.
Testemunhe as atrocidades terríveis e indescritíveis da Alemanha nazista, que foram
concebidas e perpetradas por homens brilhantes na nação indiscutivelmente mais
intelectual, científica e culturalmente avançada dos tempos modernos.
suas vidas deixariam uma marca negra. Inteligência e educação não têm nada a contribuir
para a moralidade.
Agora o que me deixa chocado, quando olho para as instituições de ensino superior, que
só existem por causa da reforma protestante, que nasceu apoiada na moralidade bíblica.
E que se perdeu completamente. Grande parte do que aprendemos na Universidade é no
sentido pleno da palavra um “MENTIRA”.
Algumas pessoas mais conseguem estudar mais cuidadosamente e chegam a conclusões
sabias sobre moralidade bíblica. Mas elas não podem fazer nada com essas conclusões
inteligentes.
Por causa da depravação seus corações. Eles são ignorantes, não importa quão
instruídos, não importa quantos doutorados tenham. Eles são cegos, ignorantes e
obscurecidos.
O que esperamos deles? Nada além do que sua própria depravação poderia criar.
Eles são desobedientes (v.3).
Então ele diz que eles são “desobedientes”. Para com Deus e e consequentemente a toda
autoridade instituída por Deus.
O cerne do coração humano é a rebelião. Está implícito em tudo o que homem é e faz.
Está ligado à sua queda.
É por isso que a Bíblia ensina que devemos usar a vara para corrigir os filhos, para manter
a rebelião sob algum controle.
Mas onde o Espirito de Deus não está para impedir a rebelião, a resistência a lei de Deus e
a depravação será sem limites.
Por isso temos visto os símbolos religiosos, como a cruz e a bíblia sendo tirados das
instituições públicas, para que não haja resíduo algum da restrição da lei de Deus.
Tudo se foi, e agora vamos ver a depravação como foi vista na cultura grega pagã. E
teremos que ser o tipo de igreja, que era os irmãos em Creta.
Os ímpios são “desobedientes. Eles são desobedientes a Deus e à autoridade. Eles não se
importam com a Bíblia.
Eles riem e zombam das Escrituras, abertamente ou secretamente. Eles são resistentes à
verdade e a virtude.
Eles vivem enganados (v.3).
Então ele diz, em terceiro lugar: eles são “enganados”, extraviados. O termo grego
“planão”, de onde vem a palavra planeta, errante, vagante, extraviado.
Dando a ideia que eles apenas andam no espaço. Eles não estão amarrados. Eles não
estão ancorados. Eles apenas vagam.
Literalmente significa que eles “são desviados”. Eles são pervertidos em mente, vontade e
ação. O lema deles é a liberdade. Eles só querem vagar por todos os seus impulsos
pecaminosos.
Nada os detém; nada quantifica sua vida; nada qualifica sua vida; eles apenas vivem por
capricho – o que sentem.
O autoengano é a marca dessa geração. Eles são enganadores, e são enganados, e
pioram cada vez mais, eles nunca melhoram, eles cada vez mais estão defendendo tudo o
que for contra os bons costumes e a moral.
Eles enganam e são enganados, como as filosofias e os regimes ideológicos.
Veja o engano do COMUNISMO que matou injustamente mais de 100 milhões de pessoas.
Apesar da brutalidade entorpecente do regime de Joseph Stalin na União Soviética, sua
máquina de propaganda fez bem seu trabalho.
Muitos russos o saudaram como um herói e um salvador, incluindo uma jovem da escola
que foi escolhida para cumprimentar Stalin em uma ocasião.
Anos depois, essa mulher lembrou Stalin levando-a ao colo, sorrindo como um pai
amoroso. Ela enchia os olhos de lagrimas toda vez que a apreciava aquele momento por
muitos anos.
Só mais tarde ela soube que, durante esse período, Stalin mandou prender e enviar os pais
para os campos de trabalho forçado, para nunca mais serem vistos.
Eles são escravos das várias paixões e deleites.
Agora, o que os está levando? Se são ignorantes, desobedientes e enganados, não podem
saber a verdade. Eles não querem fazer o que é certo. Eles são levados a todos os tipos
de erros.
Qual é a força motriz? Aqui está: eles são “escravizados por várias concupiscências e
prazeres”, “várias concupiscências”.
Numa cultura ocidental onde a liberdade é tão aclamada. Mas nunca se viu tantos escravos
como em nossa sociedade. As pessoas vivem escravizadas.
Elas são escravizadas por seus “maus desejos”. Seja o dinheiro, que é o maior Senhor de
Escravos da nossa sociedade contemporânea.
Pode ser para sexo, a libertinagem, a luxurias, a prostituição, a homossexualidade, a
pedofilia.
Pode ser o poder, status e fama, moda, riqueza, a tecnologia, o conhecimento, do
entretenimento, do futebol; dos jogos.
Pode ser, comida, o consumismo, Álcool, bebidas,drogas. Pode ser por assassinato,
estupro, corrupção, furtos. Pode serqualquer coisa.
Eles são movidos pelo único impulso que têm dentro deles, e esse é o desejo deles. E
vivem para os “prazeres”, eles são Hedonitas; “hēdonē” “Prazeres”.
Eles vivem pelo que os faz se sentir bem. Eles são amantes de si mesmos. Isso determina,
por que ele vive e como se comportam e pelo que lutam.
O historiador judeu Josefo, falando de Cleópatra, dizEla era uma mulher cara, escravizada
pela luxúria. Pois a luxuria é realmente cara.
Tanto o escravo como um homem livre não pode fazer o que deseja, porque o que sempre
nos agrada é AUTODESTRUITIVO.
Um PSIQUIATRA da Califórnia reclamou recentemente que quatro em cada dez
adolescentes e jovens adultos que visitaram seu centro médico têm uma doença
psicológica que ele não pode fazer nada.
Segundo o Los Angeles Times, é simplesmente issa:
Cada um deles exige que seu mundo esteja em conformidade com seus desejos
descontrolados.
A sociedade forneceu-lhe tantas rotas de fuga que ele nunca teve que se posicionar contra
a decepção, o adiamento do prazer e o peso da responsabilidade e que são forças que
moldam o caráter.
Se o transtorno de personalidade persistir até a idade adulta, haverá uma sociedade de
pessoas motivadas pelo prazer irremediavelmente inseguras e dependentes
Eles vivem habitualmente em malicia e inveja.
Agora ele não está dizendo que eles fazem de vez em quando, ou que fazem uma vez, ou
podem fazê-lo, ou há uma chance de fazê-lo.
Ele está dizendo que tudo o que eles fazem de alguma forma é movida pela “malicia e
inveja”.Tudo o que sentem e querem é movido pelo sentimento de malicia ou inveja.
A “Malícia” significa “maldade”, kakia, “maldade profunda”. Não há bondade genuína em
nada do que fazem. Significa uma má vontade, uma disposição viciosa.
Uma aversão gratuita aos outros. Alguém já disse que não há maldade maior do que as
várias formas de engano.
A inveja e maldade anda juntos. A inveja é um sentimento que se recente daquilo que os
outros tem e são.A inveja é sempre maior que o sucesso dos outros.
A maldade abusa da boa fé das pessoas. Ela faz promessas que não podem ser
cumpridas. A maldade de um homem, defrauda amorosamente e sexualmente uma mulher.
Dwight L. Moody contou uma vez a fábula de uma águia que tinha inveja de outra que
podia voar melhor do que ela.
Um dia, o pássaro viu um esportista com arco e flecha e disse-lhe: “Gostaria que você
derrubasse aquela águia lá em cima”.
O homem disse que faria se tivesse algumas penas para sua flecha. Então a águia
ciumenta puxou uma da sua asa. A flecha foi disparada, mas não atingiu o pássaro rival
porque ele estava voando alto demais.
A primeira águia puxou outra pena, depois outra – até perder tantas que não conseguiu
voar.
O arqueiro aproveitou a situação, virou-se e matou o pássaro indefeso. Moody fez esta
aplicação: se você tem inveja dos outros, quem você mais sofrerá com suas ações, senão
você mesmo.
Veja então como funciona a mecânica da velha natureza: a pessoa é ignorante, uma
pessoa ignorante é uma pessoa desobediente.
E como eles não sabem a verdade, eles vagam por todo o lugar alienados e a única coisa
que os move é a paixão.
E isso leva à luxúria e ao prazer. E uma vez que sentem um gosto de luxúria e prazer,
passam a vida inteira consumindo esse tipo de coisa.
E na medida em que têm más intenções em relação a todos; que eles buscam tudo o que
podem obter e não se importam com quem paga o preço por isso. “Malícia e inveja” –
“inveja” significa “má vontade”.
Há um mal malicioso e uma má vontade ligados à queda do homem. Eles nunca obtêm
satisfação porque a luxúria nunca é satisfeita, o prazer nunca é duradouro e, portanto,
continuam consumindo e consumindo.
E tudo o que alguém atrapalha, eles ficam com raiva, hostis, maliciosos e invejosos. E
alimenta – “inveja” é o pecado que se alimenta dos vivos e quer consumi-los.
Eles são movidos por um ódio gratuito (v.3).
E isso leva ao final do versículo 3, “odiosos e odiando um ao outro”. O ódio é a
enfermidade da natureza não redimida. As pessoas são odiosas e por isso sempre tem
alguém para odiar.
Eles então se tornam literalmente consumidos em odiar qualquer um que estiver no seu
caminho.
Talvez a principal manifestação de ódio, que expressamos é a indiferença, quando somos
insensíveis as necessidades dos outros.
Eles são egocêntricos na medida em que odeiam qualquer um que seja um obstáculo para
eles ou um problema para eles ou qualquer pessoa que discorde deles ou se imponha em
seu caminho ou que os discorde.
E então, finalmente, eles chegam ao lugar onde odeiam todo mundo, menos a si mesmos,
porque é para onde a depravação acaba indo.
Vai para o ego, e o ego diz: “Quero o que quero quando quero, e você sai do meu caminho
porque estou conseguindo.”
É por isso que eles não podem manter casamentos. É por isso que os pais não se dão
bem. É por isso que as crianças odeiam os pais, os pais odeiam os filhos.
A agenda final do homem caído é o orgulho, e o orgulho o isola de todo mundo. Essa é a
foto do homem não regenerado.
CONCLUSÃO.
Agora, o que você espera de pessoas assim? Que tipo de sistema você espera que eles
criem? Bem, sente-se e assista porque você vai vê-lo.
Você está vendo isso agora, e é exatamente o que presumiríamos – cego para Deus e,
portanto, cego para toda a realidade espiritual; rebelde à lei de Deus e resistente
completamente à Sua verdade.
Completamente enganado sobre o que é verdadeiro e o que é certo; em completa
escravidão à paixão irracional e vivendo apenas por prazer.
Alimentam-se da vida através do tratamento perverso dos outros, são desonestas e
egoístas. E todo mundo acaba odiando todo mundo.
Agora, que tipo de mundo você acha que eles vão desenvolver? Eles vão desenvolver o
tipo de mundo que você vê.
Que tipo de literatura, filmes, política, cultura e educação, eles vão promover?
Lembre-se, você também já esteve lá uma vez. E se você fosse salvo quando criança,
como veremos a seguir, exceto pela graça de Deus, você faria parte da mesma cegueira.
Portanto, antes de se apressar ansiosamente para maltratar os pagãos que o ofendem e
que estão destruindo todos os vestígios de influência cristã, considere sua própria
depravação. Eles são depravados.
E você também era antes de ser salvo e não era diferente deles. E é isso que esperamos.
E então você tem que olhar para eles como Jesus olhou para eles, e vê-los tristementea
caminho do inferno e incapazes de fazer outra coisa senão o que estão fazendo.
Sim, há uma rebelião neles. Sim, há uma animosidade em relação a Deus. Existe uma
atitude vitriólica em relação ao que é verdadeiro.
E sim, é repreensível, e sim, Deus os condenará e os castigará no inferno eterno se eles
não se desviarem do pecado e crerem nEle.
Mas, ao mesmo tempo, Deus amou o mundo. E precisamos ser capazes de lidar com o
pecado e ver a iniquidade pelo que é e enfrentá-lo pelo que é sem nos tornarmos rebeldes
maliciosos que odeiam a própria cultura que Deus nos chamou para alcançar.
Se Jesus pudesse sentar e contemplar a cidade de Jerusalém e chorar por sua apostasia,
podemos contemplar nossa nação e chorar?
Lembre-se da sua condição anterior, por que você já foi assim.
Sermão Nº 28 – Ele nos salvou.
Referência: Tito 3:4-7.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 12/02/2020
A SALVAÇÃO.
A salvação em seu sentido espiritual não apenas carrega uma conotação negativa, que é
de nos resgatar de desastres iminentes e perigos mortais, mas também tem uma
CONOTAÇÃO POSITIVA.
Pois carrega a essência de não apenas nos tirar do perigo, mas enche-nos de bênçãos
divinas, temporais e eternas; não apenas nos libertando do castigo, mas nos levando à
glória.
Não apenas nos tirando da ameaça do inferno, mas nos dando a esperança do céu, não
apenas nos afastando da ira divina, mas nos colocando sob as promessa e cuidados
divinos e suprimentos das nossas necessidades.
A palavra carrega a ideia de ser libertado, como Paulo disse, do reino das trevas para o
reino do querido Filho de Deus.
É usado de tal maneira, por exemplo, em Atos 2:47, onde diz que o Senhor estava
acrescentando diariamente à igreja as que iam sendo salvas.
Eles estavam sendo resgatados do pecado e colocados no corpo de Cristo, a igreja, o
próprio local de bênção. E é assim que passamos a conhecer e amar a palavra “salvo”.
Muitos crentes banalizam a salvação, porque se acostumaram com a palavra “salvação”, e
esse vocábulo acaba se tornando irrelevante para eles. Alguns tentam encontrar um termo
melhor e mais atual.
Isto é muito tolo, alguém tentar melhorar a Palavra de Deus. Esse termo é maravilhoso e
rico e precisamos regatar o seu sentido de ser resgatado de um perigo mortal iminente.
Essa palavra se tornou uma palavra tão amada que você a encontra nos hinos e canções
do cristianismo ao longo de sua história.
Essa palavra é cantada em todos os cultos todos os dias em todas as igrejas cristãs. E
cantamos hinos maravilhosos e amados que aprendemos desde a infância.
Cantamos sobre a salvação todos os dias. Conversamos sobre Sua salvação. Oramos
todos os dias sobre a salvação nossa e dos outros.
Ela é uma profunda em seu conceito. É a essência do cristianismo, que é uma religião de
resgate.
Nosso Deus é salvador, que salva os homens e mulheres de seu pecado e a consequência
inevitável e eterna.
Por isso, esse é o tema central da nossa pregação, do nosso testemunho e da nossa
adoração, das nossas orações e das nossas músicas.
Profundamente, a grande realidade da fé cristã é resumida nessas magníficas palavras:
“Ele nos salvou” do pecado, de seu poder e de sua penalidade.
A DEPRAVAÇÃO.
Para nos lembrar o quão desesperadamente precisamos ser salvos, veja o versículo 3,
onde Paulo incluiu um de seus catálogos familiares de depravação humana, e que nós
éramos assim.
Esses termos podem ser adicionados à infinidade de termos que encontramos ao longo do
Novo Testamento para descrever a triste e trágica condição caída do homem.
Em Romanos, capítulo 1, Paulo descreve o homem caído como vítima da luxúria do seu
coração à impureza. Ele o descreve como entregar seu corpo para ser desonrado. Ele diz
que troca a verdade de Deus por uma mentira, adora e serve a criatura ao invés do criador.
Ele é entregue a paixões degradantes, como as mulheres trocando a função natural por
aquilo que não é natural, como homens ardendo em desejo uns pelos outros, homens com
homens cometendo atos indecentes, recebendo a si mesmos a devida penalidade por seu
erro.
Ele descreve a depravação humana como tendo uma mente reprovada ou depravada,
sendo preenchida com injustiça, maldade, ganância, maldade, inveja, assassinato,
contenda, engano, malícia, fofoca, calúnia, odiadores de Deus, insolentes, arrogantes,
orgulhosos, inventores do mal, desobediente aos pais.
Ele diz que o homem caído depravado está sem entendimento, indigno de confiança,
pouco amoroso e impiedoso.
E mesmo que ele conheça a ordenança de Deus e saiba que aqueles que praticam tais
coisas são dignos da morte, ele não apenas os pratica, como também aprova os que
praticam tais coisas.
Paulo está dizendo aos crentes das igrejas espalhadas no arquipélago de creta: vocês
costumavam ser tolos, ou seja, “anoetos” em grego, significa ignorante, sem entendimento.
Eles foram desobedientes. Isso é rebelde, sem lei, resistente a Deus, Sua verdade e Seus
mandamentos. Eles foram enganados, que são desviados por toda coisa má imaginável.
Eles foram desviados como uma estrela errante, pervertida do caminho e padrão justos.
Escravizados, são escravos da luxúria, que são maus desejos e prazeres, a necessidade
de sentir prazer. Eles passam a vida na malícia, isso significa simplesmente maldade e
inveja, o que significa má vontade para com os outros.
Eles são marcados por serem odiosos e se odiarem. Egocêntricos, isolados, tornam-se
detestadores de todos ao seu redor que atrapalham o cumprimento de seus prazeres.
Todo esse diagnóstico das Escrituras mostra”…a ira de Deus que é revelada do céu contra
toda a impiedade” (Rm 1.18); “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
Deste destino horrível, precisamos ser resgatados. E o fato óbvio é que não podemos nos
resgatar. E assim fazemos a pergunta … quem resgatará pecadores tão perversos, tão
perversos, tão consumados?
Nenhum humano tem o desejo. Nenhum humano tem o plano. Nenhum humano tem o
poder. Quem fará isso?
E você chega ao versículo 5 e aquelas maravilhosas palavras: “Ele nos salvou”. Quem?
(v.4) “Deus, nosso Salvador”. (v.6) “Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Deus que é um Deus salvador. Por isso está comprometido em resgatar pecadores
indignos.
É por isso que Ele é chamado Deus, nosso Salvador e Cristo é chamado Cristo nosso
Salvador ao longo desta epístola … duas vezes em cada um dos três capítulos.
Nestes versículos, versículos 4 a 7, Paulo se concentra no elemento mais importante do
evangelho cristão … que é a salvação … o resgate dos pecadores da ira e do inferno e a
preparação deles como santos para bênção e para a salvação, o céu.
Os versículos 4 a 7 são uma declaração monumental sobre salvação … muito, muito
poderosa e carregada de tanta teologia é uma passagem magnifica.
No verso 8, Paulo diz que “Esta é uma afirmação confiável”, expressão que ele usa cerca
de cinco vezes em suas cartas a Timóteo e Tito.
Essa é uma axiomática. Um axioma,é uma verdade evidente que não precisa de prova; é
apenas óbvio. Era algo que todo mundo sabia, e ele está simplesmente dizendo o
seguinte: “Vocês todos sabem disso com certeza.
Provavelmente essa passagem era um CREDO da igreja primitiva ou talvez um HINO da
igreja primitiva e, como tal, seria cantado, memorizado e recitado.
Paulo lembra que vivemos num mundo com um sistema pagão. E uma das coisas que é
muito importante para nós que vivemos num mundo pagão é nunca nos esquecermos de
que a única razão pela qual são diferentes é porque Deus nos salvou.
Não podemos viver com presunçosamente, desprezando a todos com uma atitude
condenadora. Não podemosviver em guerra com a nossa cultura, debochando dela.
Eles precisam perceber que a única razão pela qual não fazem parte dessa cultura é
porque Deus nos salvou.
E assim com um senso de misericórdia e compaixão que vivemos em nossa sociedade
pagã e vemos a condição trágica dos perdidos dos quais antes participávamos.
Nós não nos ressentimos. Nós não os odiamos. Nós não lutamos contra eles. Nós não os
tratamos com desprezo ou crueldade, mesmo os mais pagãos deles. Não nos sentimos
melhores, superiores ou mais sábios. Somos gratos que Deus nos salvou.
CONCLUSÃO: Quero concluir orando. Pois em nós mesmos não teríamos fé para crer,
não teríamos o coração para buscar.
Tal reconhecimento é que Deus fez tudo e a mensagem de Paulo aqui para Tito e para
esses cristãos cretenses e todo o resto de nós é …
Estamos vivendo numa cultura pagã sem Deus, não se sente presunçoso e nem
condenando hipocritamente essa cultura
Somos gratos que Deus em Sua bondade e misericórdia nos salvou e nós não somos
assim como eles são.
Eles são alvos da nossa oração para que sejam salvos. Pois na presciência eterna do Deus
soberanoos passos da misericórdia foram todos ordenados.
Antes mesmo da fundação do mundo o Senhor nos amou, nos salvou. Toda a gloria seja
dada a Deus. Que nos salva do começo ao fim. Te louvamos por uma tão grande salvação.
Que a nossa gratidão promova uma vida dedicada a ser tudo o que você quer que sejamos
na igreja e no mundo para a glória do nome de Cristo. Amém.
INTRODUÇÃO: Que tipo de conjunto de habilidades você tem?” Essa pergunta, pode ser
colocada em uma entrevista de emprego, e ela tem como objetivo determinar se a pessoa
seria um bom candidato para ocupar aquela posição.
Então o candidato à vaga de emprego, faz rapidamente uma revisão mental de suas
habilidades e talentos, na esperança de enfatizar as características únicas que possui e
que contribuiriam para o sucesso da empresa.
Agora pensa comigo! E se já tivéssemos o conjunto perfeito de habilidades necessárias
para realizar o que Deus quer que façamos?
E na verdade já temos! Os dons espirituais que possuímos, juntamente com nossas
experiências, treinamento, talentos naturais e um coração submisso, formam um indivíduo
único que possui as habilidades necessárias para as “boas obras” que Deus “preparou de
antemão” ( Ef 2:10 ).
Se Deus tem algo que Ele deseja realizar e que você sente que está sendo chamando
você para fazer, Ele fornecerá o que você precisa para concluir a tarefa.
E podemos numa paráfrase enfatizar, “Deus quer que “nos juntemos a Ele na obra que ele
faz, a boa obra que Ele se preparou para nós fazermos” ( Ef 2:10) A única coisa que Ele
exige de nós é que “sejamos fiéis” (1 Cor. 4: 2 ).
Então todos nós precisamos encontrar um lugar no serviço de Deus onde você possa ser
usado por Ele? A bíblia diz que devemos “fazer o bem” e “ser rico em boas obras” (1 Tim.
6:18).
O que nos impede de fazermos as obras de Deus? Que nos impede de passarmos da
inspiração para a transpiração.Tiago diz (1:22) “Sejam praticantes da Palavra, e não
apenas ouvintes”.
Muito de nós gostamos, por exemplo de Jardins. Belos jardins nos inspiram a queremos
criar algo igualmente bonito no nosso próprio quintal.
Porque temos dificuldade em passar da INSPIRAÇÃO para a parte da TRANSPIRAÇÃO da
jardinagem.
Nossas grandes ideias não se tornam realidade porque não gastamos tempo e energia
para fazê-las acontecer.
Isso se aplica as questões espirituais. Podemos ouvir os testemunhos de outras pessoas e
nos maravilhar com o trabalho que Deus está fazendo em suas vidas.
Podemos ouvir música edificante e uma grande pregação e nos sentirmos inspirados a
seguir a Deus com mais diligência.
Mas logo depois que saímos da igreja, temos problemas para encontrar tempo ou fazer um
esforço para seguir adiante.
Tiago descreveu esses cristãos como sendo aqueles que se olham no espelho, vêem a si
mesmos, mas não fazem nada para consertar o que está errado (Tg 1:23-24).
Eles ouvem a Palavra, mas isso não os leva à ação. Tiago diz que precisamos fazer – não
apenas ouvir .
Quando passamos da inspiração de simplesmente “ouvir” sobre o bem que está sendo feito
pelos outros, para a transpiração (suar a camisa) do realmente “fazer” boas obras, então a
Palavra de Deus implantada em nós (Tg1:21) florescerá em um belo jardim de frutos
espirituais.
A exposição de hoje trata da conexão entre a fé e as obras, entre a credo e a conduta,
entre a teologia e a pratica.
A exposição de hoje enfatiza duas verdades: algo para acreditar e algo para fazer.
Vejamos.
INTRODUÇÃO
Se eu fosse um Pastor responsável por muitas congregações de uma igreja, como Paulo
era, havia muitas cidades e muitas congregações na ilha de Creta, se eu fosse o
responsável por liderar, guiar, dirigir e discipular um jovem pastor para continuar meu
trabalho, em um campo com centenas de igreja jovens e frágeis.
Se eu fosse responsável por fortalecer uma igreja no meio de uma cultura pagã muito
violenta, se tivesse a responsabilidade de armar-la contra falsos mestres e a impiedade,
confusão e poderes do mal,
se tivesse a tarefa de tentar levá-los à pureza e santidade, virtude e maturidade, sem isto a
igreja não ganharia os perdidos para Cristo.
Se fosse minha responsabilidade garantir que eles estivessem isolados do mal do mundo
ao redor deles e, ao mesmo tempo, alcançando o mundo maligno com o evangelho de
Jesus Cristo,
Se eu como pastor responsável, soubesse que esses crentes provavelmente não teriam
acesso a nenhum outro material da Escritura, pois a maior parte do novo testamento que
conhecemos, não estava escrito, talvez um evangelho, e outras cartas.
Se todo o conhecimento bíblico que essas centenas de igrejas, teria sobre o evangelho e
doutrinas seria basicamente desta carta.
E se, considerando hoje que muitas de nossas crianças tem um conhecimento maior da
Escrituras, que muitos presbíteros daquelas igrejas
Se tudo isso fosse minha tarefa, no meu senso de dever, acho que teria escrito uma carta
mais longa. Eu teria escrito um livro, ou vários livros.
Eu teria escrito uma confissão de fé. Eu teria escrito uma teologia sistemática. Eu teria
preparado um material de discipulado, essa preocupação tomaria minha mente.
E me surpreende que, com tudo isso, com toda essa responsabilidade, o apóstolo Paulo
tenha terminado isso tudo, em apenas três capítulos, na melhor das hipóteses,são breves
capítulos, hoje seria duas páginas de A4.
Ele foi tão breve e, no entanto, foi também tão direto. E ele se concentrou nos assuntos
necessários e mais importantes.
E novamente isso demonstra a mente do Espírito de Deus que, com poucas palavras, pode
dizer tudo o que precisa ser dito.
Embora seja pequena essa epistola; ela é uma fonte inesgotável de riquezas intermináveis,
pois estamos expondo essa epistola oito meses, com 31 sermões, numa média de 14
paginas temos 434 paginas escritas sobre essa pequena epistola.
PREPARANDO RELACIONAMENTOS.
Uma grande maioria dos cristãos, nunca pararam para prepara-se para relacionar do jeito
certo, com as pessoas certas.
E isto tem sido a causa de muitos cristãos serem arrastados por divisões, e naufragarem
na fé.
Precisamos escolher nossos relacionamentos, baseados na verdade de Deus, e não nas
nossas emoções frouxas e irresponsáveis.
O objetivo dos relacionamentos.
Toda essa epistola pode ser resumida em uma afirmação (2.10):
“O objetivo dos crentes é ter um viver santo para que possam adornam a doutrina de Deus
nosso Salvador em todos os aspectos”.
Embora esse verso foi escrito particularmente àqueles que eram escravos que não tinham
direito a nada.
Certamente captura em uma afirmação a essência da responsabilidade de todo crente
dentro da igreja e é que devemos viver de maneira que o mundo possa ver que nosso
Deus salva os pecadores.
A responsabilidade suprema é adornar o ensino das Escrituras sobre o poder salvador de
Deus, demonstrando como são as vidas salvas.
Devemos viver para que a Palavra de Deus não seja desonrada.
Devemos viver para que os críticos da fé cristã sejam silenciados porque não têm nada a
dizer negativamente sobre nós.
Devemos viver para que o ensino que diz que Deus salva os pecadores seja tornado
visivelmente verificável por nossas vidas.
Então, realmente, esta é uma CARTA EVANGELÍSTICA, está dizendo à igreja como
ganhar o mundo, e ela ganha o mundo ao seu redor por sua própria pureza.
E assim, o maior ENSINAMENTO SOBRE EVANGELISMOé ensinar sobre santidade,
virtude e integridade, pureza e honestidade na vida cristã.
Para que a igreja ganhe o mundo perdido,ela não pode ser influenciada por ele. Ela busca
a santidade para causar impacto por meio do seu testemunho.
Nossos relacionamentos promovem crescimento em santidade? O objetivo final das
amizades é a pureza.
A função dos relacionamentos.
Resumindo esse conceito, basicamente entendemos nesta carta, então a verdadeira
função dos nossos RELACIONAMENTOS.
No capítulo 1, você tem o relacionamento necessário entre as pessoas e Deus,e isto é
demonstrado, pela vida de piedade dos presbíteros, que dão o exemplo de como todos na
igreja devem se relacionar com Deus.
Por isso o apóstolo Paulo diz no capítulo 1 que é crucial para o sustento da vida e o
testemunho da igreja que ela obreiros/presbíteros acima da reprovação,
Que seja Homens com H; que tenha filhos crentes, que sejam bons maridos, bons pais,que
não pudessem ser acusados, ser oposição a liderança, que não fossem insubmissos, que
causava rebelião e divisão na igreja.
Que fossem lideres fiéis, não teimosos, que se irritam com facilidade, sem vícios, não
avarentos, hospitaleiro, amigo do bem, sensível as necessidades dos outros, bom
testemunho entre os não crentes.
Que fossem sensatos, que conheçam a bíblia ao ponto de refutar com a sã doutrina
aqueles que se opõem a liderança da igreja local.
O ponto central aqui é que são esses homens (obreiros); virtuosos e piedosos que serão o
exemplo de como todos na igreja devem se relacionar com Deus.
Essa é a essência dessas descriçõese qualificações da liderança, ajudar nossos
relacionamentos.
A liderança piedosa deve ser imitada, a partir disso construímos nossos relacionamentos.
A essência disso também é mostrar que há relacionamentos perigosos e destrutivos.
Essas pessoas, que geralmente são destacas e que influenciam outras, não vão atender a
todos esses requisitos (dos presbíteros/liderança) de relacionamentos saudáveis.
Relacionamentos adoecidos.
Veja bem; numa rebelião, o diabo, focaliza as acusações normalmente na vida da
liderança, para poder desviar a atenção do caráter daqueles que se opõe.
A igreja precisa de uma liderança saudável, santa e bíblica para se defender dos lobos.
Assim como os obreiros fiéis são descritos pelo caráter se seus relacionamentos, assim
também são descritos os falsos obreiros.
Então Paulo passar descreve o caráter deles, dizendo que eles não se submetem a
liderança, seus discursos são mentirosos, gostam de controvérsias, são brigões.
Eles enganam famílias inteiras, ensinando coisas erradas, tem uma natureza de besta fera,
são egoístas e só olham para o próprio umbigo. São infiéis e traidores.
Eles têm um coração errado, e por isso julga tudo errado. Eles não são ensináveis,não são
tratáveis, e são pastores de si mesmos, eles não têm uma autoridade sobre eles.
Eles desenvolvem uma confissão de fé perfeita, mas não praticam. Eles têm ideias
perfeitas sobre a igreja, mas não servem a igreja.
Paulo diz que eles devem ser silenciados e repreendidos severamente; pois são
desprezíveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.
Relacionamentos saudáveis.
Assim o capítulo 1 realmente focaliza o relacionamento da igreja com o Senhor, conforme
modelado e exemplificado em sua Liderança. A piedade da igreja é a piedade de sua
liderança.
O capítulo 2 então fala sobre relacionamentos entre os crentes. Os homens mais velhos e
os mais novos.
As mulheres mais velhas e as mais novas, os maridos e as esposas, os patrões e os
empregados.
O capítulo 3 fala sobre o relacionamento que os crentes mantêm com a sociedade não
regenerada em que vivem.
Como se relacionar com as autoridades, e como lidar com os ímpios desse mundo,
sabendo que já fomos assim.
Essas três áreas cruciais de relacionamento entre nós e Deus, entre nós e nós, e entre nós
e eles do lado de fora.
Tudo isso foi coberto com a genialidade do Espírito Santo nesses três breves capítulos.
Última palavra sobre relacionamentos.
Mas agora, quando chegamos à seção final que acabei de ler para você, temos os
comentários finais de Paulo.
Aqui acontece as preliminares para a batalha final. Aqui está a luta decisiva de quem fica
com o cinturão.
Se o evangelho vence ou perde. Se a igreja cumpre o seu papel ou não. Se ela glorifica a
Deus ou não. Se ela cumpre o seu proposito ou não. Se o testemunho dela permanece de
pé ou cai.
E a última palavra é sobre relacionamentos. Paulo fará seus comentários finais com
relação aos relacionamentos importantes na vida da igreja que levam a um testemunho
eficaz.
Uma coisa que tenho aprendido, neste tempo no ministério, é que as pessoas quando vem
a mim compartilhando o seu coração, percebo que preciso ouvi-las até o fim, pois as coisas
mais importantes que elas vão dizer, o que mais as preocupam ficam pro final.
É uma forma delas se prepararem para as coisas mais ruins, pois as pessoas demoram
dizer o que realmente são e o que querem.
Pois até que cheguem ao fim, provavelmente não ouvimos o que é mais
importante.Embora essa não seja uma manobra errada. Pois a Escritura mostra que nós
somos assim.
Paulo se aproximando do final da carta, algo está em seu coração que ele deixa para o
final, e antes de terminar ele precisa dizer algo muito importante que ele vem nos
preparando a carta toda para dizer e então chega ao ponto principal.
Ele disse até agora muita coisa crucial, ele ensinou coisas proeminentes, e certamente
todas elas são coisas eternamente importantes que precisava ser dito, mas há algo que
realmente precisa ser dito antes de fechar o assunto.
Pois todas as outras verdades dependem da dinâmica do que ele vai dizer no desfecho
final.
Embora ele não vai falar nada novo, e ainda continuará a falar sobre relacionamento, mas
ele preparou-nos ao longo de toda essa carta para dizer uma “última palavra” sobre
relacionamento.
Então, ele expressa essa verdade identificando quatro categorias(grupos) cruciais de
relacionamentos, disto depende a saúde da igreja, para o seu testemunho da salvação.
com falsos lideres-mestres, que influenciam negativamente.
com opositores/divisionistas, que dividem a igreja local.
com companheiros de ministério, que auxiliam no pastoreio.
com amigos fiéis, que são refrigérios no meio da batalha.
Vejamos essas categorias relacionamentos na igreja.
RELACIONAMENTOS NA IGREJA.
Todos nós precisamos estar atentos, sobre os nossos relacionamentos, pois embora
estejamos na igreja, nem todos os relacionamentos são saudáveis, e alguns nós devemos
evitar.
Relacionando com os falsos líderes.
Vamos ouvir sua última palavra sobre falsos professores. Versículo 9: “Mas evite
controvérsias e genealogias tolas, contendas e disputas sobre a lei por serem inúteis e
infrutíferos“.
Agora, os cristãos de Creta haviam sido superexpostos a várias pessoas que disseram
“representar o Senhor”, disseram que eram Seus servos, obreiros chamados, ordenados,
separados, pregadores eloquentes e realizadores de milagres, mas eram mentirosos.
De fato, o conflito que eles estavam enfrentando com falsos líderes-mestres, que
influenciavam outros crentes e estavam criando tanto caos e tanta confusão.
Esta foi a razão principal que levou Paulo a enviar Tito apressadamente, para levantar uma
liderança piedosa, ordenando presbíteros/líderesem todas as cidades (Tt 1.5).
A igreja precisa de uma forte liderança espiritual. E em(Tt 1.9) ele diz que eles devem ser
homens que se apegam à Palavra fiel de acordo com as Escrituras; e que são capazes de
manejar essa verdade tanto para ensinar ou refutar aqueles que contradizem.
O Magistério na igreja foi dado exclusivamente aos pastores piedosos, presbíteros
piedosos, líderes piedosos são necessários como defensores e protetores da pureza da
doutrina da igreja.
Para que a igreja tenha algum testemunho no mundo, ela deve manter a doutrina pura, que
é a base para a vida pura e, portanto, é crucial que esses falsos mestres
seremseveramente confrontados ea igreja deve ser isolada deles.
Você notará em (Tt 1.9) que há uma discussão bastante longa sobre eles, indicando que
eles eram um grupo FORMIDÁVEL E INFLUENTE na igreja.
Paulo diz que eles são muitos, e que são rebeldes, faladores e enganadores vazios,
especialmente os da circuncisão.
São rebeldes, de fato,desobedientes, insubmissos, não estão dispostos a estar debaixo de
nenhuma autoridade bíblica, eles não prestam contas a ninguém.
Ninguém pode repreendê-losou disciplina-los, aonde eles vão eles deixam um rastro de
desgraça e tragédias na igreja.
Faladores vazios, eles são fluentes, professores, mestres, doutores,e com uma capacidade
fora do comum de argumentação, mas no fundo eles não sabem nada.
Eles são enganadores, levando outros a cometer erros, inicialmente isso foi feito por
grupos que ensinavam um legalismo judaico chamados de judaizantes, como os que Paulo
enfrentou em Gálatas.
No inicio eles andavam de igreja em igreja, defendo uma justiça por meio da lei, da
circuncisão da guarda dos sábados, e da comemoração das festas, juntamente com outras
coisas bizarras, místicas e alegóricas.
E Paulo diz categoricamente que havia muitos deles (v.11).Eles devem ser repreendidos
severamente e silenciados (precisar fazer calar a boca deles), não se pode dar a voz a
eles.
Eles estão perturbando famílias inteiras. Eles estão ensinando coisas que não deveriam
ensinar, para ganhar prestigio, admiradores, e dinheiro.
Ele diz mais sobre eles no versículo 16, que professam conhecer a Deus, são teólogos de
ponta; são pregadores milagrosos, mas por suas ações(vida impura) o negam, sendo
detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação.
E como boas ações são a essência do impacto evangelístico, uma vez que é isso que
demonstra vidas transformadas, eles não podem fazer isso porque suas vidas não foram
transformadas.
Ele está profundamente preocupado, então, com o fato de essas igrejas na ilha de Creta
estarem sendo atacadas pela doutrina demoníaca.
Por traz desses falsos obreiros, estava o diabo, com seus espíritos sedutores, com seus
ensinamentos sedutores, atraindo as pessoas a esses líderes, falantes e vazios.
Eles produzem na igreja o oposto do que é bom e proveitoso para os homens (Tt 3.8), eles
produzem o que é mau e o que não é rentável e isto impede o testemunho da igreja.
O capítulo 2 continua com o mesmo tipo de ênfase quando no versículo 1 é dito a Tito que
fale as coisas adequadas à sã doutrina.
E então, no final do capítulo do versículo 15, ele diz que o Pastor deve falar, exortar e
reprovar com toda autoridade e não deixar ninguém deixar de obedecer ao seu ensino.
A batalha é pela FÚRIA DA VERDADE em Creta e Tito deve defender a igreja construindo
líderes piedosos e silenciando falsos mestres que que dividem a igreja.
Isso faz parte da responsabilidade da liderança e da igreja local. Esses são os
antecedentes do texto lido hoje.
Agora volte ao capítulo 3, versículo 9, e aqui está a última palavra. E a última palavra uma
ordem, um verbo, um imperativo, um comando; “não entres”, evite, despreze, não dê
atenção.
O sentido aqui é como uma prática contínua. O verbo significa literalmente tratar alguém
com indiferença, com desprezo, dar-lhe as costas e seguir por outro caminho, na verdade,
virar-se com o objetivo de evitar alguém ou alguma coisa.
E a responsabilidade que temos para com os falsos lideres-mestres é dar as costas e ir
embora, evitá-los.
Essa é a última palavra de Paulo, que pode parecer estranho, para que nos afastemos
desse tipo de pessoas.
Quatro coisas essas pessoas fazem, que vai destruir o testemunho da igreja.
(a) Elas gostam de controvérsias. A palavra tolo é a palavra da qual obtemos a palavra em
português idiota.
Isto não tem nada a ver com a instrução acadêmica, tem muita gente com doutorado
defendendo teses idiotas, tolas.
Jesus disse que aquele que chamar o seu próximo de “idiota” (moros)’, será réu do fogo do
inferno, mas aqui é a própria pessoa que se torna idiota, e por isso se torna réu do fogo do
inferno.
Paulo diz que ela tem argumentos tolos (moros = idiota), refere-se à; debates idiotas,
argumentos idiotas, argumentos sem profundidade…evitá-los, virar as costas e seguir a
outra direção.
Esses falsos professores sempre querem atacar a verdade. Eles sempre querem atacar a
teologia da igreja. Eles sempre querem atacar o que é historicamente verdadeiro, afirmado
e tradicional.
Com seus ensinamentos controversos e suas novas idéias, eles querem atacar essa
verdade solidamente fundamentada e levar os pobres crentes vitimizados à confusão e ao
pecado.
Isso era tão comum no tempo de Paulo, a propósito, ele escreveu quase o mesmo tipo de
coisa para Timóteo sobre o mesmo tipo de ensino falso.
E se você ler atentamente 1 Timóteo e 2 Timóteo, ouvirá um eco exatamente do que vê
aqui em Tito.
Por exemplo, 1 Timóteo 6: 4 diz Paulo, … “que eles não eram treinados, eram ímpios,
Mestres que têm mórbido interesse em questões controversas e disputas sobre palavras
que surgem de …
…das quais, devo dizer, surgem inveja, conflito, linguagem abusiva, más suspeitas,
constantes atrito entre homens de mente depravada e privados da verdade.
Isso não é novidade. Eles entrariam e, com seu romance erudito supostamente escolar,
divinamente recebido de forma intuitiva, com insights obtidos misticamente, eles atacariam
a Palavra de Deus.
O que eles realmente estavam fazendo era defender a doutrina demoníaca. Eles eram
ignorantes.
Passaram horas sem sentido discutindo e debatendo sobre suas especulações contra a
verdade de Deus, com o objetivo de suscitar perguntas que não podem ser respondidas,
confusão e, finalmente, deserção da fé.
Paulo diz que esse tipo de comportamento e ensino, contamina a igreja; corrompe os bons
costumes; come como gangrena; e naufraga a fé.
Isso é devastador. Divide a igreja. Mata as pessoas espiritualmente. Evite-os, exclua-os;
essa é a última palavra do apostolo.
Depois de confrontados e eles não se submeterem, então não oferece nenhuma plataforma
para o ensino deles.
Você não os ouve como se fosse verdade ensinada por aqueles que representam Deus,
você dá as costas e se afasta.
Enquanto eu pensava nisso, estava meditando sobre o pensamento … Será que Deus está
mantendo algum tipo de registro de quantas horas, quantos anos e quantos tempos de vida
dos cristãos foram perdidos para propósitos reais do Reino.
Quanto tempo realmente gasto com atividades redentoras, oração, evangelismo real,
discipulado e ministério espiritual, treinamento de famílias, juventude e crianças.
Agora veja, quanto tempo gasto com debates e controversas tolas e suas mentiras,
frequentemente chamamos isso de erudição, acadêmica, “novo evangelho”.
Existem centenas de perguntas, que algumas pessoas consideram muito importantes, mas
que não têm qualquer influência prática, seja na glória de Deus ou na santidade do homem.
Não devemos entrar nessas questões; que aqueles que têm tempo a perder façam essas
perguntas; quanto a nós, não temos tempo para coisas que não são proveitosas.
Enquanto as almas dos homens imploram para ouvir o simples e poderoso evangelho?
(Jesus salva, Jesus batiza com Espirito Santo, Jesus Cura, Jesus leva para o céu), que
mensagem profunda e simples (Tt 3.4-7)
Em 2 Timóteo, capítulo 2 e versículo 14, Paulo dando o mesmo tipo de orientação a
Timóteo diz: “ordena-os solenemente, na presença de Deus, de não brigarem com
palavras que são inúteis e levam à ruína dos ouvintes“.
No versículo 16, “Evite a tagarelice mundana e vazia, isso apenas leva a mais impiedade”.
No versículo 14, leva à ruína; no versículo 16, leva à impiedade; no versículo 17, torna-se
gangrenoso. E então no versículo 23, “Recuse especulações tolas e ignorantes, elas
apenas produzem brigas”.
Se você quer um tipo de erro gangrenoso de partidarismo e doenças maliciosas que
produzem impiedade e a ruína de seus ouvintes, entre em um debate com pessoas que
defendem aquilo que não é verdade.
E, no entanto, a igreja desperdiçou; quem sabe quantas vidas incontáveis em um debate
com a loucura desses tipos de especulações e controvérsias inúteis sem sentido. O Espirito
Santo diz: Evite controvérsias tolas.
(b) Elas gostam do misticismo.
O segundo aspecto desse falso ensino que ele identifica está sob o termo “genealogias”.
Isso significa que não devemos ler certas partes do Gênesis? Ou não devemos ler a
genealogia de nosso Senhor em Mateus ou em Lucas?” Não, claro que não significa isso.
O que isso tem a ver com as interpretações bizarras, alegóricas e místicas das genealogias
do Antigo Testamento.
Eles usavam os nomes das genealogias, associando os a lendas e mitos que acompanham
certas fábulas, com visões e sonhos.
Grande parte da CABALA JUDAICA consiste em tal loucura reescrita. Há um antigo
chamado O Livro dos Jubileus, que tem muitas dessas alegorias judaicas e especulações
genealógicas, dando sentido a nomes e números cheios de especulações bizarras.
Esses ditos segredos místicos, se tornam fabulas e lendas, que inventam religiões que são
geradas a partir do inferno.
Irineu discípulo do apostolo João, conta que as genealogias de Gênesis estavam sendo
transformadas em mitos e lendas.
O historiador da igreja primitiva Eusébio disse que quando os apóstolos faleceram, a
conspiração do erro, cresceu assustadoramente, através dos falsos lideres-mestres; com
seus conhecimentos falsos, em oposição á verdade.
Depois que os guardiões, os apóstolos, se foram, essa coisa aumentou. Mas já existia, aqui
em Creta, as mesmas coisas estavam em Éfeso, onde Timóteo estava quando Paulo
escreveu 1 e 2, Timóteo veio à tona e estava atacando a igreja e precisava ser abordado
ele diz que eram
“…interpretações fantasiosas e místicas que se encaixavam apenas em à categoria de
estúpida controvérsia de genealogia”.
Este tipo de pessoas, adora coisas místicas, espiritualiza tudo, usa até os dons espirituais
para se opor a liderança da igreja.
(c) Elas gostam de contendas (v.9).Paulo menciona conflitos, “kai eris’, contenda, disputa,
brigas.
É a disputa que nasce da inveja, do ciúme, da ambição, do desejo de prestígio, de lugar e
destaque, da competição.
Vem do coração em que há ciúmes. Vem do desejo de lugar, de poder, prestígio e o ódio
de ser superado.
Aqui vemos pessoas constantemente, discordando e contradizendo a liderança, e na
linguagem da mitologia, é como se Eris, a deusa do conflito, tivesse liderando a batalha
das palavras.
Paulo escreve em (1 Tm 6.3-5)
“Se alguém ensina alguma outra doutrina que não é segundo as palavras de Jesus Cristo,
e com o a doutrina que é segundo a piedade.
Ele é vaidoso. e não entende nada, mas tem um interesse mórbido em disputas das quais
surgem inveja e contenda, linguagem abusiva, vivem levantando suspeita sobre os outros,
falam de falar mal “.
eles gostam de contendas, tem um entendimento corrompido, não podem entender a
verdade, gostam de ostentar sucesso; aparte-se dele”
Eles estão constantemente lutando em torno da verdade, disseminando divisão, são
vaidosos e orgulhosos, e alguns chegam a atacar a verdade histórica da Palavra de Deus e
vivem tentando provocar batalhas, rivalidade, contenda. A INTERNET está cheia disso.
Essas pessoas estão fazendo o esquema satânico; sendo projetadas para destruir a
confiança, a segurança, o senso de fé e descanso que os santos têm na verdade das
Escrituras. Ele diz que evita todas essas coisas.
Em certas ocasiões, alguns crentes querem afirmar certas ideias sobre teologia e sobre a
bíblia, das quais elas não viveram o bastante para amadurecer seu entendimento
E não fez nenhuma diferença para eles com relação a qualquer treinamento formal que eu
posso ter nas Escrituras; ou que eu estudo as Escrituras por quase tantos anos quanto eles
têm de vida.
(d) Elas Gostam de exibir conhecimento (v.9).“debates acerta da lei”.
E então ele olha para de uma maneira mais específica para aspessoas, que gostam dos
holofotes e participam dos “debates sobre a lei”.
Paulo diz em 1 Timóteo, capítulo 1 e verso 4-7, que muitos querem se mestres da lei, se
entregando a debates inúteis e perdendo uma boa consciência e desviando-se da fé.
A motivação dos debates é exibir conhecimento. Essas pessoas estão sempre envolvidas
em discussões infrutíferas, com argumentos inúteis.
Eles queriam ser professores de teologia, mas não entendiam o que estavam dizendo ou
os assuntos sobre os quais estavam fazendo afirmações confiantes.
As pessoas normalmente são DOGMÁTICAS sobre coisas que elas não conhecem bem e
nem receberem treinamento adequado.
Elas procuraram destaque como professores. Procuram por meio de novas sutilezas e de
alegoria distorcidas e seu legalismo e suas interpretações místicas, com verdades
misturadas com erros, tudo para serem consideradas como pessoas que tem um
conhecimento elevado sobre a bíblia.
Muitas dessas pessoas que parecem ter acesso a informações privilegiadas, que consegue
ver erro em todo ensino dos outros, na verdade querem prestígio, destaque, FAVORES
SEXUAIS e dinheiro.
Por isso não percebem que já CAÍRAM DA GRAÇA, e não percebem que as Escrituras
estão os condenando. São pregadores da própria desgraça.
Paulo está dando um comando, uma ordem, um mandamento: evite este tipo de pessoas,
vira as costas e vai embora.
Pois os demônios estão por traz disso. É tudo doutrina de demônios defendida pela
sedução de espíritos enganadores, através de mentirosos hipócritas. Ele diz: dê as costas
e vá embora.
Não há virtude em ficar por perto para ouvir o que eles têm a dizer. Mina, arruína a fé,
come como gangrena. Isso leva à impiedade.
As pessoas que estão indo atrás de falsos ensinos, não estão crescendo e nem
apresentando uma melhora na sua santidade.
Não sei quantas vezesem particular e nesse púlpito ao longo desses anos que avisei aos
jovens que ao escolherem uma FACULDADE ou um SEMINÁRIO, para se certificarem de
que não estão sendo desobedientes a esse mandamento da Palavra de Deus.
Porque eles irão para lá e o que ocorrerá será a devastação prometida. Para que não
desça ao nível de sua ignorância brigando e discutindo com eles.
Qualquer um que nos ataca que não merece ser ouvido. Os erros doutrinários e debates e
brigas intermináveis é uma perda de tempo e energia e isso não cabem as pessoas quem
amam a Deus.
Um dos grandes problemas das pessoas que vão para os seminários é que eles não serão
treinados na Palavra de Deus para o ministério, mas para discutir com professores que
ensinam erros.
O que precisamos hoje é de uma abordagem clara, expositiva e positiva é o que a Escritura
pede sobre si mesma.
Relacionando com os divisionistas (v. 10).
Há uma segunda categoria de relacionamento que devemos evitar na igreja.
Portanto, a última palavra de Paulo sobre falsos “mestres” é evitar. E em segundo lugar na
categoria: “pessoas fatídicas …
Versículos 10 e 11: “Rejeite um homem fatídico (carrega a desgraça, tragédia) após um
primeiro e segundo aviso, sabendo que esse homem é pervertido e está pecando, sendo
autocondenado”.
Agora, isso certamente poderia se referir àqueles que ensinam doutrina doentia porque
seriam fatais, isso é divisivos, rebeldes.
Eles vão criar grupos na igreja. Eles se separam dos outros. Eles são um problema na
igreja. Eles são uma influência sectária.
Eles vão atrair pessoas a si mesmas.Eles vão dividir a igreja. Mas realmente o texto vai
além disso.
(a) Eles pecam contra a unidade da igreja.
Isso vai além daqueles que se envolveriam em alguma doutrina errada, aqueles que
dividiriam a igreja por uma questão doutrinária, esse texto não se limita a isso.
Conforme diz os eruditos, refere-se à alguém que tende a se dividir, a fraturar a irmandade,
a rasgar o manto sem costura, por assim dizer, das vestes da unidade da igreja.
A igreja, como você sabe, sempre lutou contra a falsa doutrina e sempre lutou para manter
a unidade.
Ela sempre será agredida por pessoas que propagam mentiras e sempre será agredida por
pessoas que tentam dividi-la.
E não há uma igreja que não tenha enfrentado a divisão. Toda igreja local, tem uma
história negra de divisão. Se ainda não, vai passar.
“A verdade na unidade” é o estoque e o comércio do evangelismo da igreja. A sã doutrina e
o amor expressos são a nossa mensagem.
O que torna nossa sã doutrina crível é a integridade de nossa unidade, como Jesus deixou
muito “Nisto todos os homens saberão que vocês são meus discípulos, se vocês amarem
uns aos outros.”
Portanto o perigo contra o qual a igreja mais lutou, não foi o erro, as heresias. Mas foram a
discórdia e a divisão.
Em todas as CONTROVÉRSIAS DA IGREJA, o problema central nunca foi somente a
doutrina, mas a controvérsia que gerou a discórdia e a divisão.
Seja Católicos x protestantes; luteranos x calvinistas, calvinistas x armínianos, pentecostais
x tradicionais.
Você se lembra de que Paulo escreveu 1 Coríntios exatamente para resolver os conflitos e
divisões na igreja e usou os primeiros quatro capítulos só para enfatizar que a igreja
precisa viver na unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Pois afinal, um só Deus, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, e um só corpo, e Jesus
orou para que sejamos unidos em essência.
Todos nós fomos batizados em um só corpo, bebemos de um mesmo Espirito, existe uma
unidade espiritual, mas também precisa haver uma unidade real e visível. Somos
chamados sacrificialmente a amar um ao outro.
Na 1 epístola de Corinto, capítulo 1, acredito que Paulo resume nos versículos 10 e
seguintes:
“Exorto-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos vocês concordam
e que não há divisão entre vocês, mas vocês devem crer e sentir as mesmas coisas (evitar
o pensar diferente).
Fui informado, que há brigas, contendas, controvérsias entre vocês. Cristo foi dividido?
Existe um Cristo para cada grupo na igreja”.
Foi esse mesmo desejo de unidade que o levou a escrever aos filipenses, Para que eles se
conduzissem, no capítulo 1, versículo 27, de uma maneira digna do evangelho de Cristo,
para que, que eu esteja presente (vendo) ou esteja, eu possa ouvir sobre vocês que estão
lutando juntos, permanecendo firmes em um mesmo espírito pela fé do evangelho.
A unidade da igreja, absolutamente crucial para o evangelismo. A falta de unidade é o
grande empecilho ao evangelismo eficaz.
(b) São empecilhos ao evangelismo eficaz.
E é para isso que Paulo dirige sua atenção nesta segunda categoria.
Existem algumas pessoas na vida da igreja que são factuais (o que traz desgraça,
tragédia). Elas perturbam. Elas trazem discórdia. Elas são divisivos.
Qualquer um de nós a qualquer momento poderia fazer isso se estivermos pecando e não
vigiando o nosso coração.
O termo aqui que se refere a um homem faccioso é hairetikos, do qual, em português vem
a transliteração de “herege”.
O termo herege para nós significa apóstata, alguém que ensina algo diferente da sã
doutrina, alguém que rejeita a verdade. Geralmente pensamos nisso em um sentido
doutrinário.
Somente no segundo século hairetikos passou a significar um herege, ou apóstata. Embora
o fim desse pecado é a apostasia.
Mas, naquele momento, aqueles que estudam a língua grega nos dizem que a palavra
realmente não tinha esse tipo de conotação.
Veio do verbo grego hairetomi (?), Que significa simplesmente escolher, ou preferir …
tomar por si mesmo, escolher por si mesmo;e passou a significar
Festa = Se diverte por si mesmo, sem restrições, limites.
Escola = Pensar por si mesmo, cada um tem sua linha de pensamento.
Seita = Um grupo que defende doutrinas diferentes dos demais.
Partido = Um grupo que defende ideais políticos, filosóficos próprios.
Pode se referir ao grupo específico ao qual uma pessoa escolheu pertencer. Não seria
necessariamente ruim.
Por exemplo, é usado em todo o livro de Atos e traduziu a seita dos fariseus. É até usado
no livro de Atos com referência à seita chamada cristianismo.
Significa simplesmente um grupo, uma escolha. Mas aqui começamos a ver sua má
conotação, facções, divisões, é usando em Gálatas 5.20, como um dos frutos da carne.
Resumindo, o termo tem a ideia de alguém que faz uma escolha resoluta e obstinada, em
se opor; motivadas por conceitos e sentimentos errados.
Paulo está se referindo aquelas pessoas, que escolheram uma ideia, um conceito, um
ensinamento, uma doutrina, um ponto de vista, uma perspectiva um modo de
comportamento que não é aceitável para a saúde da igreja.
Isso ocorre quando alguém ergue sua opinião privada contra todo o ensino, o acordo e a
tradição da Igreja.
Um divisionista é simplesmente uma pessoa que decidiu que ela está certa e todo mundo
está errado.
A advertência de Paulo é contra a pessoa que fez de suas próprias ideias o teste de toda
verdade.
Devemos ter sempre muito cuidado com qualquer opinião ou doutrina (por mais que nos
pareça ortodoxa) mas que nos separe da comunhão dos nossos irmãos. A verdadeira fé
não divide os homens; mas os une.
Ela não está coerente coma Palavra de Deus, com a mente do Espirito Santo, conforme
revelado pela Liderança da igreja local.
Literalmente, “quem escolhe por si mesmo”, não fará parte do consenso e este não é o
Espirito da graça, essa não é a mente da igreja.
Alguém assim; não se submeterá “totalmente” à Palavra. Ele não se submeterá à liderança
da igreja.
Ele não se tornará parte daquilo que é a mente do Espírito revelada através da liderança
pastoral da igreja.
É a ordem de Paulo que o homem contencioso, opinativo, discordante, deve ser evitado,
excluído, afastado da membresia da igreja.
Essa pessoa não pode estar jamais no ministério. Não pode ocupar um cargo de liderança.
E mais tarde, no segundo século, a palavra passa a significar um “herege” e um “apóstata”,
pois na pratica é exatamente isso que ocorre.
Pois esse é o caminho trilhado por essas pessoas, no final acabam se apostatando da fé
ou naufragando da fé.
Mas aqui nesse texto; temos alguém que escolheu um caminho não-bíblico, inaceitável, e
ele está reunindo adeptos e causando conflitos, divisões e facções na igreja e não se
mudará para a área onde reside a verdade e o testemunho do Espírito.
Lenski, um famoso comentarista, escreve: “Essa pessoa escolhe por si mesma o que a
igreja, escolhendo as Escrituras, deve repudiar e desdenhar”.
Então ele se posiciona contra a verdade e contra a liderança da igreja e contra a vontade
do Espírito.
Ele pode estar até está lançando mão de uma interpretação histórica ou até ortodoxa, mas
a motivação não está correta.
Pode ser alguma interpretação nova, algum mito novo, alguma extrapolação genealógica
ou interpretação mística.
Ele pode estar tendo alguma interpretação ignorante e sectária das Escrituras.
Ele também pode estar agindo inconscientemente por algum capricho pessoal, alguma
preferência pessoal sobre comportamento, conduta ou qualquer outra coisa. A questão é
que ele é divisívo, partidário, ele se opõe.
Como lidar com essas pessoas? O que fazer? Como nos relaciona com elas?2)Qual a
medida disciplinar a igreja deve tomar?
(c)Elas devem ser evitadas.
Então o que nós fazemos? O verbo diz rejeitar. Rejeite, essa é a última palavra. Não tem
nada a ver com eles. Evitar = Rejeitar.
Nós não teremos nada a ver com eles. Corte-o da irmandade. Que ele seja para vocês
como pagão e proscrito.
A Proscrição (latim:proscriptio) é uma pena de banimento, comparado ao Degredo
(condenação ao Exilio).Em um contexto histórico, o termo que designa a condenação
oficial dos que são tidos como “inimigos do Estado”.
O Dicionário Oxford a define como uma sentença de condenação à morte ou banimento,
por motivações de ordem política.
“Se alguém não obedecer às nossas instruções nesta carta, tome nota especial daquele
homem, não se associe a ele para que possa ser envergonhado. Não o considere um
inimigo, mas exorte como um irmão”(2 Tm 3.14,15).
Precisamos lembrar que tudo isso deve ser feito, mas não podemos nos esquecer que é
nosso irmão. O desprezo, a disciplina têm como propósito inicial a restauração.
Isso é o mesmo que acontece com Mateus 18:17: se a pessoa que pecou, se recusar a te
ouvir, leve o caso a igreja (assembleia) e se não ouvir a igreja, ele será considerado um
pagão, um não crente.
Não tenha comunhão com ele, não faça refeição, não facilite que ele se sinta à vontade,
para que possa se envergonhar ao ser afastado da comunhão. Isso é exatamente o efeito
da disciplina da igreja.
Observe o versículo 10, que diz: “Você não faz isso antes de repreende-lo pelo menos por
duas vezes”.
Você está seguindo aqui o processo de Mateus, capítulo 18.
Você vai a ele, ele não se arrepende.
Você vai com dois ou três, ele não se arrepende.
Agora você conta a igreja inteira e o trata como um excluído.
Rejeite-o depois de ir corretamente várias vezes para avisá-lo.
(d) Elas devem ser chamadas ao arrependimento.
Por quê? Qual a finalidade da instauração da disciplina. Qual a finalidade processual dessa
decisão da igreja.
Em primeiro lugar: Não é que nós queremos expulsá-lo, mas que a pessoa se arrependa.
É sempre verdade que a disciplina da igreja é reparadora, é restauradora, é redentora.
E então nós devemos ir gentilmente a esse indivíduo antes de precisarmos entregá-lo a
Satanás para que ele aprenda a não blasfemar (falar mal).
Paulo ordenou a igreja de Éfeso que entregasse Himeneu e Alexandre, a Satanás, para
que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).
Não é uma ordem para perseguir, e montar uma “SANTA INQUISIÇÃO” contra os
heréticos, não é uma caça às bruxas e joga-las na fogueira, não é intolerância religiosa,
não é reprimir os que pensam diferentes.
Antes que você tenha que entregá-lo a Satanás, antes que você precise cortá-lo da
comunhão, devemos ser gentis, e instruí-lo com amor paciente, na segunda vez;
repreendendo com mais severidade.
Talvez Deus lhe conceda arrependimento e ele chegará ao conhecimento da verdade
sobre esse assunto e teremos conquistado nosso irmão.
Então passamos por um PROCESSO DE ADVERTÊNCIA. A palavra aviso aqui vem do
verbo grego noutheteo, usamos a palavra “nouthetic” para falar sobre aconselhamento.
O processo de ACONSELHAMENTO DISCIPLINAR, envolve a advertência gentil e
carinhosa, e pode culminar na ENTREGA DA PESSOA A SATANÁS, por meio da exclusão
definitiva.
Como acontece 1 Coríntios 5 para castigo na carne, para que possa haver a possibilidade
do espírito ser salvo. Será que o castigo do diabo, levará ao quebrantamento?
E Paulo diz em 2 Timóteo 2:25 que devemos corrigir com mansidão, aconselhando a
pessoa dizendo que é melhor para mudar de direção, porque o fim desse caminho é
perigoso, trágico, castigador e cheio de juízos de Deus.
“Corrija com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o
arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade,para que assim voltem à
sobriedade e escapem da ARMADILHA DO DIABO, que os aprisionou para fazerem a sua
vontade”. (2 Timóteo 2:25,26)
Então passamos inicialmente por um processo de aviso. Você vai graciosamente para esse
indivíduo, percebendo que ele é um irmão e o chama ao arrependimento.
Em Romanos, capítulo 16, versículos 17 e 18, Paulo diz: ”
Peço a vocês, irmãos, que fiquem de olho naqueles que causam dissensões e obstáculos
contrários aos ensinamentos que vocês aprenderam e se afastam deles, pois eles não são
verdadeiramente servos/escravos dos Senhor Jesus Cristo, mas de seus próprios apetites.
E por seu discurso suave e lisonjeiro, enganam os corações dos inocentes “. Afastem-se
deles.
O apostolo João diz: “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não
o RECEBAIS em casa, nem tampouco o SAUDEIS.Porque quem o saúda tem parte nas
suas más obras”.2 João 1:10,11
Onde você encontra uma pessoa divisora facciosa que está propagando umerro ao ponto
de colocar em risco a unidade da igreja, por causa de algum assunto;
é dever de todo e qualquer crente salvo, repreender tal pessoa piedosamente. Caso não
aceite as exortações, então Paulo ordena:
vire as costas, rejeite-as, não tenha comunhão com elas, não deixe que elas façam parte;
para que possam se envergonhar e aprendam que não podem fazer isso.
Irmãos, com certeza isso mudaria a aparência da IGREJA CONTEMPORÂNEA se a igreja
subisse a esse nível.
Temos pessoas soltas defendendo todos os tipos de coisas místicas bizarras, todos os
tipos de coisas não-bíblicas e temos uma tendência na igreja em nome da unidade, que é
exatamente o oposto da verdadeira unidade, não apenas para permitir, mas para dar
plataforma e honrá-los.
Há uma história que remonta aos primórdios da Igreja, ocorrida com o Apóstolo João,
respondendo a um herege.
A história está registrada em um livro do século II, Contra as Heresias, por Irineu. Ele era
discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João.
No final do primeiro século, houve um herege gnóstico, chamado Cerinthus. Entre outras
coisas, ele negou que Jesus era o Cristo, e ensinou que os cristãos eram obrigados a
seguir a Lei de Moisés.
Um dia, João foi a uma casa de banhos pública, e logo encontrou Cerinthus lá dentro. João
imediatamente correu para fora do prédio, e exclamou para os que estavam com ele:
“Vamos voar, para que até mesmo a casa de banho venha abaixo, porque Cerinthus, o
inimigo da verdade está aí dentro!” (Contra as Heresias, 3.3.4)
(e) Elas condenam a si mesmas (v.10,11)
Muitos crentes acreditam que isso não tem nada haver. Mas a ultima palavra de Paulo
sobre pessoas divisíveis é recusá-las.
Esse mesmo verbo, evitar, rejeitar, é traduzido em 1 Timóteo 4: 7 e Timóteo 5:11, Hebreus
12 , como “Recusar”.
Isso deve ser feito porque devemos procurar a unidade. E a unidade faz isso?Sim, a
unidade faz isso porque a unidade exige que estejamos unidos em torno da verdade da
Palavra de Deus e da mente do Espírito.
Fazer isso deve ser fácil por “causa do que sabemos”, no versículo 11,”Saber”, que é
“oida”, essa palavra significa … fica claro para todos, é observável…
“Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado. (Tito
3:11)
O Espirito Santo, está nos advertindo para o que é obvio. Ele está dizendo que é obvio,
que está claro, que todo mundo sabe.
Que esta pessoa que está sendo fatídica, divisionista, que se opõe a liderança de Cristo na
igreja, só está fazendo isso porque ela é pervertida, que ela vive no pecado (embora com
capa de falsa piedade).
Devemos colocá-lo fora. Devemos mantê-lo à distância. Devemos rejeitar esse indivíduo,
porque deve ser aparente para todos observando que seu caráter é revelado por seu
obstinado e duro coração, ele é pervertido.
Esse é um uso muito forte de um termo forte. Literalmente significa virado do avesso.
Poderia ser traduzido distorcido, destroncado. É usado na literatura médica e traduzido por
deslocado.
Aqui está um indivíduo distorcido, destroncado, deslocado, virado do avesso de dentro
para fora, insatisfeito com a igreja local, ele perturba a paz, ele discorda do ensino.
Ele tem a verdade. Ele foi informado da verdade. Ele foi avisado repetidamente. Este não é
um pagão que nunca ouviu falar.
Este não é um indivíduo que não conhece a verdade e não sabe o que é desejado e qual é
a mente do Espírito.
Mas ele é um indivíduo pervertido e está pecando … ele está pecando. Isso é pecado
voluntário no tempo presente.
É um pecado que não resta mais sacrifício, que o individuo corre o risco de não encontrar
arrependimento.
Ele é culpado de continuar em um curso de crença, ensino, atitude e ação, ao contrário da
Palavra e da vontade de Deus. Coloque-o para fora. Rejeite-o.
Ele é auto-condenado. Deveria ser aparente para todos que ele se condenou a si mesmo
por seu erro … katakrino, palavra forte que significa condenado.
E este homem é autokatakrino, auto-condenado. Ele está julgando sua própria perversão
pela maneira como está agindo.
Ele se autocondena. A sentença final é dada por ele mesmo. Ele age como um condenado.
As pessoas são julgadas pelo seu próprio julgamento.
Ele evidencia isso pelas suas obras reprováveis, pecando contra a unidade da igreja e
sendo um empecilho a salvação dos perdidos.
Ele é impenitente, ele não se quebranta, seu orgulho o impede de ser repreendido.
E pode não ser alvo mais do trabalho de convencimento do Espirito, como muitos pais da
igreja entenderam. Ele se apostatou da fé, ele caiu da graça, ele naufragou na fé, ele se
tornou um Herege.
INTRODUÇÃO
Resumindo a ordem do apostolo Paulo, contida nos versículos 9 à 11, que expomos na
semana passada; que aqueles que ensinam coisas que divergem do ensino das Escrituras
por meio da liderança piedosa da igreja.
E aqueles que promovem divisão e resistem a liderança devem ser evitados, desprezados
e excluídos da membresia da igreja, se não se arrependerem, depois de duas vezes
exortados.
Essas pessoas se autocondenaram e pecam contra a unidade da igreja e impedem o
testemunho da igreja de que o nosso Deus é Salvador.
Hoje existem pessoas que ensinam o erro, que vivem impiedosamente, que carregam
atitudes profanas que são voluntárias, divisívas tanto nas igrejas locais quanto em um
sentido mais amplo de área de influência.
E, em vez de serem rejeitados, eles têm permissão para manter seu perfil na igreja local ou
na assembleia maior do corpo de Cristo, eles são tolerados, são frequentemente
respeitados e recebem uma plataforma para suas aberrações.
A última palavra sobre professores falsos é evitar, desprezar. A última palavra sobre
pessoas facciosas e que promovem a divisão da igreja local é rejeitar.
Mesmo que o motivo da divisão, seja aparentemente, “piedoso”, “ortodoxo”, mas se divide
o corpo, não tem “ortodoxia” que justifique.
Num trecho do livro Contra as Heresias, de Ireneu de Lião (130-202 d.C.), discípulo de
Policarpo (70-160 d.C.). Ele diz:
Podemos ainda lembrar que Policarpo, não somente foi discípulo dos apóstolos e viveu
familiarmente com muitos dos que tinham visto o Senhor, mas que, pelos próprios
apóstolos, foi estabelecido bispo na Ásia, na Igreja de Esmirna.
Nós o vimos na nossa infância, porque teve vida longa e era muito velho quando morreu
com glorioso e esplêndido martírio.
Ora, ele sempre ensinou o que tinha aprendido dos apóstolos, que também a Igreja
transmite e que é a única verdade.
E é disso que dão testemunho todas as Igrejas da Ásia e os que até hoje sucederam a
Policarpo, que foi testemunha da verdade bem mais segura e digna de confiança que
Valentim* e Marcião* e os outros perversos doutores.
É ele que junto com o bispo Aniceto, quando esteve em Roma, conseguiu reconduzir
muitos destes hereges, de que falamos, ao seio da Igreja de Deus, proclamando que não
tinha recebido dos apóstolos senão uma só e única verdade, aquela mesma que era
transmitida pela Igreja.
E há os que ouviram dele que João, o discípulo do Senhor, tendo ido, um dia, aos
banheiros públicos de Éfeso e tendo notado Cerinto* lá dentro, saiu correndo pela porta de
saída, sem tomar banho, dizendo ter medo que as o teto do banheiro desmoronassem,
porque no interior se encontrava Cerinto, o inimigo da verdade.
O próprio Policarpo, quando Marcião, um dia, se lhe avizinhou e lhe dizia: “Prazer em
conhecê-lo”, respondeu: “Eu te conheço como o primogênito de Satã”.
Tanta era a prudência dos apóstolos e dos seus discípulos, que recusavam comunicar,
ainda que só com a palavra, com alguém que deturpasse a verdade, em conformidade com
o que Paulo diz:
“Foge do homem herege depois da primeira e da segunda correção, sabendo que está
pervertido e é condenado pelo seu próprio juízo” (Tt.3.10-11).
Com pessoas que se encaixam nas características desses dois grupos, os crentes fiéis não
devem se relacionar. A convivência com eles, implicar na aprovação da conduta
pecaminosa.
O apostolo João diz não os receba em casa, não os saúde pelo caminho, quem os
cumprimenta tem parte nas suas más obras (1 Jo 1.10,11). Pois tais pessoas se
autocondenaram por seu próprio comportamento ímpio, eles caíram na sedução de
satanás.
Mas agora chegamos a mais dois grupos dos quais precisamos nos relacionar
adequadamente.
Desses dois tipos de relacionamentos somos nutridos e consolados pelas verdades
benditas do evangelho de Cristo.
Temos dois tipos de relacionamento negativos na igreja, os que promovem contendas,
debates e controvérsias e os divisionistas.
Temos dois grupos positivos os que promovem camaradagem e os que relacionamento
que promovem consolo e lenitivos a nossa alma. Vejamos:
Relacionamentos de camaradagem.
Bem, agora chegamos a um grupo muito melhor quando chegamos ao fim. Basta olhar
brevemente para este, o terceiro grupo, companheiros de serviço.
Então vemos que voltamos para o positivo, o agradável e o que é frutífero.
Passando dos autocondenados que devem ser rejeitados e dos falsos mestres que devem
ser evitados, chegamos àqueles que abençoam nossas vidas.
E Paulo, no final dessa carta; por meio de palavras pessoais, aqui nos dá alguns
pensamentos e exemplos úteis sobre nossas relações com os cristãos.
Eles são companheiros fiéis.
Verso 12, “Quando eu enviar Artemas ou Tíquico a você, faça todos os esforços para vir
até Nicópolis, pois decidi passar o inverno lá”
Paulo, está dando instruções a Tito, demonstrando que é responsabilidade dele cuidar de
outros trabalhadores da obra.
Atermas, Tíquico, Zenas, Apolo, e o próprio Tito, na verdade eles estão todos a serviço do
Senhor.
Eles são todos os tipos de companheiros que trabalham sob a liderança direta da
maravilhosa liderança do Espirito Santo por meio do apóstolo Paulo.
Ele é o general que move suas tropas para satisfazer as estratégias que o Espírito lhe
revelou para a batalha espiritual.
E então aqui Paulo diz a Tito particularmente que ele quer que ele cuide desses
companheiros de serviço. Há uma certa camaradagem nesse nível que é maravilhosa,
abençoada e providencial.
Tito estava envolvido no estresse do ministério, com os desgastes físicos e emocionais aos
quais todos os obreiros são submetidos. Paulo diz em (II Co 7.5), que o ministério é um
lugar:
De extremo cansaço físico e emocional.
De Combates (conflitos) de todos os lados.
De Batalhas externas.
De Temores internos. Pressões, aflições emocionais e psíquicas.
“Quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso. Enfrentamos conflitos
de todos os lados, com batalhas externas e temores internos.Mas Deus, que conforta os
desanimados, nos encorajou com a chegada de Tito (Co 2 Coríntios 7:5)
Paulo conhecedor do quanto é desgastante e estressante o serviço cristão, e sabe que Tito
está enfrentando terríveis batalhas para organizar as igrejas de Creta, então ele está
provendo uma terapia, um descanso, se não ele vai sucumbir.
Paulo não sabe quando vai fazer isso, e nem quem ele vai enviar, se será Ártemas ou
Tíquico, ou quem estiver disponível, mas em algum momento antes do inverno, ele iria
enviar um deles.
Mas sabemos que Paulo enviou alguém pois Tito deixou Creta para se encontrar com o
apostolo, e ele não podia fazer isso sem deixar alguém no comando.
Paulo vai estar em Nicópolis, quando o inverno chegar, nesse tempo não se podia viajar e
havia poucas coisas para fazer, a não ser descansar e se dedicar as devoções e aos
cultos.
Embora não sabemos nada sobre Ártemas, absolutamente nada.
Ele é mencionado aqui e ele deve ter sido um servo formidável do Senhor para assumir
uma tarefa como a de ordenar as coisas e garantir que a liderança das igrejas de Creta
fosse o que deveriam ser.
Essa tarefa formidável não seria dada a um homem com dons ou caráter fracos, então ele
deve ter sido um homem maravilhoso. Não sabemos nada sobre ele.
E isso não importa muito, pois sabemos sobre Tíquico, e como são citados juntos, eles têm
dons e capacidades parecidas.
Tíquico é um homem mais familiar para nós. Ele acompanhou Paulo na jornada missionária
de Corinto à Ásia Menor registrada em Atos, capítulo 20.
Ele foi o homem que entregou a carta de Efésios e a carta de Colossenses, provavelmente
ao mesmo tempo.
Ele é chamado em (Ef 6.21) de“um amigo/irmão/amado fiel e um ministro fiel do Senhor” e
“tinha o louvor de todas as igrejas”. Então ele era uma pessoa formidável.
Paulo o descreve assim em termos muito brilhantes em Colossenses 4:7 “Tíquico, irmão
amado e colaborador fiel que trabalha comigo na obra do Senhor, lhes dará um relatório
completo de como tenho passado”.
Ele era uma pessoa competente e experiente, pois ele já havia substituído Timóteo (2 Tm
4.12).
Ele vai substitui até Tito que era um dos companheiros de mais confiança e mais devotado
a Paulo.
Tito tinha muitos inimigos, em Creta, e todo obreiro fiel terá muitos inimigos, mas no
ministério, também temos amigos verdadeiros e devotos.
Então ele diz: “Quando eu enviar Ártemas ou Tíquico para você, faça todos os esforços
para me procurar em Nicópolis“.
Em outras palavras, um desses homens virá e ficará no seu lugar e eu quero que você
venha e fique comigo.
Eu quero passar algum tempo com você. Você precisa descansar um pouco. Eu quero
também ser balsamo para a sua vida.
Onde fica Nicópolis? Alguns dizem que provavelmente havia nove cidades chamadas
Nicópolis. Esse nome nasce da junção de duas palavras gregas: “polis”: cidade; e “nike”:
vitória, conquista.
E toda vez que grandes generais venciam grandes batalhas, eles queriam memorizar seus
triunfos. E uma das maneiras que eles fizeram isso foi plantar cidades chamadas Nicópolis,
“cidade da vitória”.
A cidade da vitória a que ele está se referindo aqui, sem dúvida, é a da costa de Epiris (?).
Um porto comercial, uma colônia romana que por sinal foi fundada por Otaviano, mais tarde
conhecido como Augusto depois de sua batalha em 31 aC no Átrio quando derrotou Marco
Antônio e Cleópatra.
E assim, Paulo estava indo para lá no inverno e queria enviar alguém para substituir Tito,
para que Tito pudessem passar umas férias juntos.
Paulo queria DISCIPULAR E TREINAR ainda mais Tito, e não pode haver aprendizado
completo se não passarmos um tempo junto.
Não existe discipulado via internet, não há (EAD) Educação á distancia na formação do
caráter.
Paulo sabia que seu fim estava próximo, ele só tem mais uma carta para escrever, embora,
a propósito, ele ainda esteja livre, mas sabe que o tempo está chegando ao fim.
Então ele precisa passar um tempo com Tito, treinando, e fortalecendo-o ainda mais, pois
isso é crucial para o futuro da igreja.
Paulo, está em algum lugar da Macedônia, talvez em Fílipos, quando escreve. Macedônia
e Creta estariam a uma distância igual de onde fica esta cidade de Nicópolis, seria um bom
ponto de encontro mediano.
É também um maravilhoso local de lançamento para a Dalmácia, “e Tito foi para a
Dalmácia”, conforme diz 2 Timóteo 4:10. A Dalmácia é a Iugoslávia moderna, agora
Croácia e Sérvia nessa parte do mundo.
Então ele disse … Olha, eu vou mandar alguém. Eu quero que você venha. Eu quero
passar algum tempo com você. Eu vou estar em Nicópolis para passar o inverno lá.
Eles trabalham em equipe.
Depois, ele diz no versículo 13: “Ajude diligentemente Zenas, o advogado e Apolo, que
estão a caminho para que nada lhes falte”.
Você vai ter outros dois cavalheiros de peso que aparecerão no seu caminho.
Zenas, o advogado. Não sabemos nada sobre ele. Ele servia ao Senhor, e estava
ministrando ao lado de Paulo.
Ele por certo era um especialista em direito judeu ou romano, ou ambos. Talvez Romano,
devido ao seu nome romano, embora pudesse ser judeu como Paulo.
Então não sabemos muita coisa sobre ele. Ele é o único advogado mencionado nas
Escrituras.
E considerando as habilidades dos advogados, elas são muito uteis a pregação e ao
ensino das Escrituras. Como foi com Calvino e Lutero e muitos outros expoentes da igreja
protestante.
Zenas Ele era um doutor da lei, um interprete habilidoso da lei judaica e romana. Por certo
um habilidoso interprete da Escritura, um perito em hermenêutica, um professor de bíblia.
Ele vem acompanhado de Apolo, oeloquente pregador judeu de Alexandra, que era
poderoso nas Escrituras, conforme diz Atos 18.
Ele era o homem que sabia apenas sobre o batismo de João Batista e era um grande
pregador do Antigo Testamento. Ele veio a Éfeso, Áquila e Priscila, instruiu-o no caminho.
Mais tarde, ele trabalhou em Corinto. Foi abençoado pelo Senhor. Ele se tornou um
parceiro de Paulo. Ele teve um tremendo ministério na igreja de Corinto.
Então ele diz: Zenas está chegando! Apolo está chegando! Uma ajuda poderosa estava
vindo, para equilibrar a batalha. Novamente, o general Paulo está movendo suas tropas.
Eles estão chegando, eles são os portadores dessa carta. Eles vão ajudar você nessa
batalha épica contra o erro e os DIVISIONISTAS. Eles são o apoio para que você precisa
para exercer o ministério cristão.
Eles estão indo para fortalecer a unidade da igreja, para confirmar as verdades da
Escrituras, para ensinar todas as coisas que estão ordenadas nesta carta. Sem esses
companheiros nenhum pastor pode exercer seu ministério.
Você Tito tem inimigos perversos, mas também tem amigos poderosos em Deus.
levantados para destruir, esmagar todo erro que se levanta contra a verdade. Deus envia
uma dupla poderosa nas Escrituras para a equipe pastoral de Tito.
Quando eles chegarem quero que você, diga a eles que não lhes faltarão nada, e que você
vai atender às suas necessidades.
Seja espiritual, encorajador, seja material, seja ele qual for, comida, moradia, você cuida
deles. Eles estão em uma atividade missionária.
O que Escritura está dizendo é: Você faz parte de uma equipe. Esses obreiros estão indo
para ajudar você; para consolidar o evangelho.
E esse é todo o conceito de como os companheiros de serviço devem funcionar em equipe.
Uma igreja só terá uma liderança forte se tiver uma equipe pastoral.
Só podemos desejar que isso seja mais verdadeiro do que é. Que a liderança da igreja
seria mais devotada uma à outra. Há na igreja outros mestres e doutores que consolidam a
igreja local.
Não para ficarem discordando, competindo, debatendo, tentando puxar o tapete um do
outro. Eles não estão lá para dividir a igreja. Mas juntos, unidos, com um mesmo ensino e
uma mesma visão.
Eles não são como os indivíduos enumerados nos versos 9 a11, eles não estão ai para
fazer contenda ensinar outra visão, para dividir o povo.
Eles contribuem para que o nome de Deus não seja blasfemado, para que o adversário
não tenha o que nos acusar, e para possamos a adornar a doutrina do nosso Deus
Salvador.
Tito ia sair de férias, e outro Pastor; Tíquico ou Ártemas: iria ocupar a liderança da igreja, e
esses doutores estariam ensinando, enquanto Tito, estaria passando todo o inverno fora,
ou iria para outra igreja, talvez a Dalmácia.
Eles promovem o ministério dos outros (v.13)
Tito você tem uma responsabilidade com esses dois homens que são seus
companheiros de serviço para garantir que todas as suas necessidades sejam atendidas à
medida que trabalhem na causa do Reino.
Eu quero que você acompanha com muito cuidado, ou seja; diligentemente em ajudá-los
em seus ministérios. A palavra diligentemente significa ansiosamente, sinceramente,
apaixonadamente.
Você é parte de uma equipe, somos todos interdependente, é preciso ser solidário e confiar
e delegar.
Nós todos compartilhamos. Nós nos movemos para ajudar um ao outro, o que é melhor
para a causa. Isso é uma coisa muito importante na liderança espiritual.
Nenhuma liderança piedosa acontece numa carreira solo. Toda igreja precisa de uma
equipe pastoral, seja: obreiros, presbíteros, evangelistas (Ef 4.11).
Somos uma equipe, temos um comandante, um Rei. Somos todos de um mesmo time, em
prol de um único propósito. É assim que o Reino funciona.
Esse é um trabalho de sinergia, todos trabalham pelo todo. Cada parte, em função de um
todo.
Não para dividir, nem para atrair as pessoas para si mesmas. Isso diferencia os
verdadeiros dos falsos obreiros.
Semana passada um pastor batista me ligou, para eu falar na sua igreja sobre oração. Eu
vou, porque eu quero ajuda-lo em seu caminho. Eu quero fortalecer a mão dele.
Eu quero incentivar a sua igreja. Eu quero fazer o que puder para motivar os irmãos a orar.
Eu faço parte de uma equipe de companheiros, que servem ao Rei em todo o mundo.
Onde quer que essa equipe precise que eu compartilhe, é onde eu quero estar, para
fortalecer as mãos da liderança local.
Eu sou parte de uma igreja local, eu sirvo em uma igreja local, Deus por sua graça me
colocou numa equipe pastoral da Marcas do Evangelho.
Meu dever é ser diligente para que nada falte aqueles que são cooperadores comigo na
obra do ministério. Meu dever é promover o ministério dos outros.
Fazemos parte de uma equipe de cooperadores, sem a qual nosso testemunho diante do
mundo pode ficar ofuscado. Funciona assim em qualquer igreja bíblica
E que privilégio é esse! Sempre que me pedem para ir, principalmente para ajudar outro
pastor, outro líder espiritual, meu coração se apega a isso porque quero fortalecê-los de
qualquer maneira e de todas as maneiras que puder.
A última palavra sobre falsos professores, evite-os. A última palavra sobre pessoas
facciosas, rejeite-as. A última palavra sobre outros ministros, ajude … ajude, ajude
diligentemente.
Relacionamentos consoladores
E depois o grupo quatro. A última palavra sobre amigos fiéis. Amigos que nos amam.
Vejamos:
Eles nos amam sacrificialmente (v.14).
Versículo 14: Quanto aos nossos, que aprendam a dedicar-se à prática de boas obras, a
fim de que supram as necessidades diárias e não sejam improdutivos.
Agora chegamos ao nível da congregação. Tito, diz ele, diz a todos para se ajudarem.
Paulo se volta para o povo, a congregação, os membros da igreja; vocês precisam
aprender a se envolverem em boas ações.
Agora ele tem dito isso por toda esta carta … por toda essa carta.
Versículo 1, capítulo 3, esteja pronto para toda boa ação.
Versículo 8, tenha cuidado para se envolver em boas ações.
O versículo 12 do capítulo 2, negando a impiedade e os desejos do mundo, de viver com
sensibilidade, retamente e piedosamente nesta era atual. Por quê?
Versículo 14, porque Deus está purificando para Si um povo por Seus próprios bens zeloso
por boas ações.
Todo o crente deve estar envolvido em boas ações, no trabalho, no serviço, na ajuda aos
outros crentes em todas as coisas
Diga a toda a congregação para aprender a se envolver em boas ações para atender às
necessidades emergenciais dos outros uns dos outros.
É pelo nosso amor que as pessoas sabem quem somos, particularmente no rebanho de
Deus, para que não sejam infrutíferos. Por quê?
Porque uma vida infrutífera não é um bom testemunho do poder salvador de Deus, é?
As pessoas precisam ser capazes de olhar e ver os frutos para que suas vidas sejam
abençoadas e testemunhas do poder salvador de Deus e da graça de Deus.
Para que sua luz brilhe tanto que os homens possam ver suas boas obras e glorificar seu
Pai que está no céu, Mateus. 5:16.
Este é o coração do nosso testemunho. Este é o coração da nossa vida.
A última palavra sobre relacionamentos entre todos vocês é que aprendem a fazer boas
ações para atender às necessidades imediatas.
Despeje sua vida um no outro para que você fique cheio de frutos e o mundo o conheça
por isso.
John Wesley disse: “Se eu tivesse 300 homens que não temiam nada além de Deus,
odiavam nada além de pecar, e estavam determinados a não conhecer nada entre os
homens, exceto Jesus Cristo e ele crucificado, eu incendiaria o mundo” .
Eles nos amam fielmente (v.15)
E depois fala sobre a cola que une tudo isso no versículo 15. “Todos os que estão comigo
os cumprimentam. “Saúdem aqueles que nos amam (phileo) fielmente, a graça esteja com
todos vocês”.
Ele diz que todos aqui cumprimentam você, por favor, cumprimenta aqueles que nos amam
fielmente? O verbo Phileo amar carinhosamente, ter apreço profundo.
Essa é realmente a essência do versículo 14. As pessoas se engajam em boas ações para
satisfazer necessidades prementes quando se amam fielmente.
Paulo diz: “Eu tenho um grupo de pessoas por aqui que amam você, eu sei que você tem
um grupo de pessoas por aí que nos amam fielmente”. Essa é a essência disso.
A palavra final para amigos fiéis é amor. Amor que se envolve em boas ações para
satisfazer necessidades emergenciais.
Você diz: “Pensei que fosse uma epístola evangelística”. Isto é. É uma epístola
evangelística. Meu Deus, versículo 11 do capítulo 2, “A graça de Deus apareceu trazendo
salvação a todos os homens”.
Capítulo 3, “Ele não nos salvou com base nas ações que fizemos …” e assim por diante. É
tudo sobre salvação. É uma epístola evangelística.
Mas a chave do evangelismo são os relacionamentos corretos. Isso envolve afastar os
falsos mestres, rejeitar as pessoas facciosas. Envolve ajudar outros servos e amar amigos
fiéis.
Veja bem, a coisa toda no evangelismo, toda a questão da CREDIBILIDADE é construída
sobre o CARÁTER De nossas vidas.
E a única maneira de conseguir isso é sua conclusão final: “A graça esteja com todos
vocês”.
À parte a graça de Deus, isso não pode acontecer. Por Sua graça, pode.
Quando a igreja é marcada pela verdade e unidade, liderança leal e amor carinhoso, as
pessoas vão acreditar que Deus salva os pecadores, porque eles não sabem nada sobre
isso.
Eles não conhecem a verdade ou a unidade, o serviço leal ou o amor sacrificial, não sabem
nada sobre isso. Não vem do homem.
Se eles virem isso em nós, saberão que você tocou nossas vidas. Essa é uma obra da
graça de Deus em nossa vida.
CONCLUSÃO: Obrigado por tudo o que você nos ensinou nestas exposições por toda
essa maravilhosa epístola.
E que, Senhor, as coisas que ouvimos sejam pressionadas ao nosso coração pela
convicção do Espírito Santo, que não nos descansa até que, fielmente, voluntariamente
submeta-se a viver de acordo com a verdade que ouvimos.
Vivemos no meio de um mundo agonizante, uma cultura pagã sob a ira de Deus. A tarefa
de alcançá-los é tão grande e, Senhor.
Que poderíamos ficar frustrados, intimidados e desencorajados, se não fosse pelo fato de
que Tua graça está conosco, e pode nos enobrecer para sermos o que precisamos ser.
Ajude-nos a pensar de maneira pura e bíblica e a permanecer comprometidos com a
verdade e a unidade.
Comprometidos com todos aqueles que são leais aos pastores e líderes da igreja local.
Comprometidos a fortalecer uns aos outros e também ser um povo marcado pelo amor
sacrificial.
Para que as pessoas saibam que Deus salva os pecadores, que Cristo salva pecadores.
Essa é a nossa oração. E então, quando chegar a oportunidade de falar a verdade a elas,
seus corações estarão abertos para recebê-la. Use-nos exatamente dessa maneira,
oramos em nome de Cristo. Amém.