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COLOCANDO AS COISAS EM ORDEM

Série de sermões expositivos sobre o livro de Tito

Sermão Nº 01 – A doutrina e o sincretismo.


Referência: Tito 1:1-4.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 08/5/2019.

INTRODUÇÃO [i]
Este sermão é uma introdução à carta mais breve e pastoral de Paulo a Tito e a igreja dos
Cretenses. Política e geograficamente, Creta estava exposta às influências europeias ao
norte, e às do Egito, Líbia e Cirene ao sul. Ela se achava situada em um Ponto favorável:
era a maior de uma cadeia de ilhas que serviam como uma série conveniente de trampolins
para o tráfico que se fazia entre a Grécia e a Ásia Menor. Seus portos eram muito
importantes para os navios que atravessavam o Mediterrâneo, especialmente no mau
tempo (At 27.7-14).
A ilha de Creta, de 260 quilômetros de comprimento, além de ser conhecida na
antiguidade, foi também mencionada no Novo Testamento bem como no Antigo Testamento
como terra dos filisteus, de nome Caftor (At 2.23; Jr 4.7; Am 9.7). Creta situava-se em um
ponto de cruzamento entre a Ásia, a África e a Europa. A palavra “SINCRETISMO” vem dos
cretenses. Em Creta, cada uma das numerosas cidades queria ser a mais autônoma
possível em relação às demais. E em tempos de guerra se uniam tornando-se assim syn-
cretenses (syn-cretismo). Nessa ilha tinha toda sorte de cultos, religiões, filosofias e linhas
de pensamento
Esta carta contém orientações pastorais de um Pastor ancião, ao seu filho na fé Tito.
Ensinando-lhe a maneira certa de agir à frente da igreja de Deus, como representante do
apóstolo e pastor do rebanho. A grande ênfase dessa carta é a doutrina e pratica. A
teologia e a piedade. A ortodoxia e a ortodopraxia. Ou seja, o ensino e o dever nas
dimensões da igreja, da família e do mundo. Aqui a sucessão apostólica de caracteriza
pela continuidade do ensino do apostolo que deveria ser preservado de geração a geração
e não autoridade do cargo apostólico, que finda com a morte dos apóstolos.
Quanto ao termo “cartas pastorais”; entendo que seja adequado, apesar de deles não
serem pastores de igrejas locais, em primeira mão. Mas estavam encarregados de
autoridade para pastorear a igreja, até que outros líderes fossem levantados. Porque expor
esta carta? Porque ela é absolutamente oportuna e contemporânea. Devido ao sincretismo
religioso, a busca de conhecimento e falta de piedade. E por causa do pior de todos os
males que assola a igreja dos nossos dias: A ortodoxia morta que promove o mundanismo.

I. A IMPORTÂNCIA DA CARTA.
Ela é totalmente necessária hoje e isso por várias razões:
1. Por causa da decadência dos Pastores
Há muitos pastores perdidos e confusos no ministério. Alguns estão cansados da obra e na
obra (G1 6.9). Muitos são preguiçosos e não se afadigam na Palavra (1 Tm 5.17), sem
vigiar o rebanho dos iminentes perigos (At 20.29,30) sem apascentar com conhecimento e
inteligência o povo de Deus (Jr 3.15). Uma certa pesquisa feita, em nosso país, em que se
constatou que as três classes mais desacreditadas da nação são os políticos, a polícia e os
pastores.
A crise espiritual da igreja reflete a crise espiritual de seus líderes. A igreja é um reflexo de
sua liderança. Se a vida do líder é a vida da sua liderança, os pecados do líder são os
mestres do pecado. Isto porque uma das principais competência da liderança é influenciar.
Por isso um líder nunca é neutro. Ele influencia sempre para o bem ou para o mal. e isso é
algo autônomo; independe de minha vontade.
2. Por causa da decadência da igreja.
Esta carta pastoral traz princípios práticos que orienta a igreja acerca do modo correto de
proceder diante dos perigos externos e dos conflitos interiores. Muitas igrejas são
assediadas por falsos mestres e assaltadas por falsas doutrinas. Outras têm suas energias
drenadas em intérminos conflitos internos, que tiram o foco da igreja de sua verdadeira
missão, que é adorar a Deus e fazer a sua obra.
A igreja evangélica brasileira cresce espantosamente. Esse fenômeno tem sido estudado
pelos grandes especialistas de crescimento de igreja. Porém, a igreja tem extensão, mas
não profundidade. Tem número, mas não credibilidade. Tem desempenho, mas não
piedade.
Cresce vertiginosamente o número de igrejas que abandonaram a sã doutrina e abraçaram
MÉTODOS humanos com o propósito de crescer numericamente. Muitas igrejas parecem
mais um supermercado que disponibilizam seus produtos ao gosto da freguesia. Pregam o
que o povo quer ouvir, e não o que precisa ouvir. Falam para entreter, e não para levar ao
arrependimento. Pregam palavras de homens, e não a Palavra de Deus.
3. Por causa da decadência da santidade.
Há igrejas que cometem um erro pior ainda: pregam a sã doutrina, mas não a vivem. Tem
doutrina correta, mas uma vida errada. Se dizem igrejas bíblicas, mas são mundanas. A
igreja de Deus precisa ser zelosa da doutrina e também da vida. Paulo escreveu a Timóteo,
dizendo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina…” (1Tm 4. 16). A igreja de Éfeso era
zelosa da doutrina e descuidada no amor (Ap 2.2-4). A igreja de Tiatira era cuidadosa
quanto, ao amor, mas desatenta quanto à doutrina e a pratica (Ap 2.18.20). As duas igrejas
foram solenemente exortadas e repreendidas por Cristo. Precisamos ter a doutrina correta
sem deixar de lado a pratica correta. Precisamos de teologia boa e de vida santa. A carta a
Tito enfatiza tanto a sã doutrina (2.1) quanto a prática da piedade (1.1) e das boas obras
(2.14; 3.14).
Estamos vivendo uma avassaladora influência da pós-modernidade, com seu subjetivismo
e pluralismo, em que as pessoas têm aversão pela verdade e rejeitam a concepção e até
mesmo a possibilidade de existir verdade absoluta. Nesse contexto de relativismo
doutrinário e moral, é maravilhoso entender que Paulo ordena a Timóteo e a Tito nada
menos que dez vezes para ensinar às igrejas a  SÃ DOUTRINA, deve promover uma vida
santa e não acumulo de conhecimento que promove discursões e divisões na igreja (1Tm
3.4; 4.6,11,15; 5.7,21; 6.2,17; Tt 2.15; 3.8).
4. Por causa da decadência da pureza doutrinaria.
As igrejas do primeiro século já estavam ameaçadas desde o seu nascimento pelo
fermento da heresia. Os cristãos que vinham do paganismo eram tentados a voltar a ele ou
ter sua fé contaminada por ensinos enganosos, disseminados pelos falsos mestres
itinerantes. Ainda hoje, há muitas heresias no mercado da fé. Muitas delas com sabor de
alimento saudável e nutritivo, mas não passam de comida venenosa e mortífera. Essas
heresias estão presentes nos seminários, nos púlpitos, nos livros, nas músicas. Uma
heresia é uma negação da verdade ou uma distorção dela. Precisamos nos acautelar!
5. Por causa da decadência dos relacionamentos
Muitos cristãos estão lidando de maneira errada com as pessoas dentro da igreja e isto tem
produzido muitas feridas. A carta de Paulo a Tito é um verdadeiro manual de
relacionamento humano. Mostra como os lideres devem lidar com as pessoas mais jovens,
mais velhas e as pessoas da sua idade. A liderança da igreja precisa ser firme na sã
doutrina, zelosa na disciplina, mas sensível com as pessoas. Se não vivermos em
harmonia internamente, não teremos autoridade para pregar a Palavra externamente.

II. O CARÁTER DO DESTINATÁRIO DA CARTA


É consenso universal que o autor dessa carta a Tito a todas a igrejas dos cretenses
enviada pelo apóstolo Paulo. As evidências são tanto internas quanto externas. Os pais da
igreja, corno Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Policarpo, os reformadores e todos
os fiéis expositores da Palavra deram apoio unânime à autoria paulina. O Cânon muratório,
que lista os livros do Novo Testamento, atribui os três livros a Paulo. A única exceção a
esse testemunho positivo nos primeiros séculos ocorre com Marcion, que foi excomungado
como herege em 144 d.C., em Roma.
Marcion, fez como muitos cristãos modernos, ele desprezou o Antigo testamento. Ele
rejeitou a maior parte do Antigo Testamento e as referências veterotestamentárias feitas no
Novo Testamento. No século 19 os liberais, como Friedrich Schleirmacher, levantaram
oposição a autoria Paulina de Tito e Timóteo. As críticas levantadas contra a autoria paulina
das Epístolas Pastorais, com respeito aos aspectos históricos, linguísticos, teológicos
éticos, entrementes, são frágeis e não oferecem provas suficientes para permanecerem em
pé.
O livro de Atos não faz nenhuma menção a Tito. Timóteo, entretanto, tem papel
proeminente no livro de Atos, assim como em todas as cartas de Paulo, exceto Gálatas,
Efésios e Tito. Porém, Tito é mencionado uma vez em Gálatas, NOVE VEZES em 2
Coríntios, uma vez em 2 Timóteo e novamente na carta que leva o seu nome. Tito esteve
com Paulo em Jerusalém, Éfeso, Macedônia, Creta, Nicópolis e Roma. Quem foi Tito?
1. Tito é uma pessoa convertida. Enquanto Timóteo tinha pai grego e mãe judia, Tito era
filho de pais gregos (G1 2.3). Converteu-se a Cristo pelo ministério de Paulo (1.4). Saiu das
fileiras do paganismo para abraçar a fé cristã. Não sabemos ao certo a naturalidade de
Tito. Possivelmente residia em Antioquia da Síria, onde Barnabé e Saulo ensinaram a
Palavra de Deus. É muito provável que sua conversão tenha se dado nesse tempo, pois
somos informados de que quando Paulo subiu de Antioquia a Jerusalém, depois da sua
primeira viagem missionária, levou consigo a Tito (GI 2.3).
Essa é a primeira vez que Tito aparece na história sagrada. Outros acreditam que Tito vivia
em alguma parte da Ásia Menor. Essa suposição se fundamenta no fato de que Paulo
trabalhou intensamente nessa região e ali muitas pessoas se converteram à fé cristã. O
fato importante é que sempre que as Escrituras citam Tito, ele está evidenciando os frutos
de uma verdadeira conversão.
2. Tito é uma pessoa de convicções corretas (GI 2.1-4). Ele não foi circuncidado como
Timóteo (GI 2.1-4) para evitar problemas com os judaizantes. Ele tinha as convicções
corretas. Tito foi com Paulo a Jerusalém quando do concílio convocado pelos apóstolos e
presbíteros para resolver a questão da aceitação dos gentios na comunidade da fé cristã
(At 15.1-35; C12.1-3). Os judaizantes queriam acrescentar à fé em Cristo a necessidade
imperativa de os gentios serem circuncidados para serem salvos (At 15.5).
Paulo e Barnabé, depois da primeira viagem missionária, dirigem-se a Jerusalém, levando
consigo Tito como um eloquente exemplo de um gentio salvo que não havia sido
circuncidado. Tito teve uma posição significativa nessa controvérsia; de fato, ele parece ter
sido a prova número 1 na causa de Paulo contra aqueles que faziam da circuncisão uma
necessidade para salvação.
Tito é a prova da importância da liberdade cristã para o progresso do cristianismo.  Muitos
questionam por que Paulo circuncidou Timóteo (At 16.3) e resistiu fortemente à circuncisão
de Tiro (Cl 2.3-5). Porque Timóteo já era meio judeu e foi circuncidado por uma questão de
estratégia missionária. Tito não foi circuncidado por uma questão de integridade teológica e
Paulo defendeu essa postura. A circuncisão de Timóteo era uma questão de prática
missionária para evitar controvérsia com os judeus (1Co 9.20). No caso de Tito estava em
jogo uma controvérsia doutrinária fundamental sobre aquilo que é necessário à salvação e
o que não é aos gentios.
3. Tito é uma pessoa de espirito pacificador. Ele foi o portador da “carta dolorosa” à
igreja de Corinto. Paulo passou dezoito meses em Corinto, quando fundou uma igreja
naquela cidade. Corinto era urna cidade moralmente pervertida. Ali ficava o templo de
Afrodite com centenas de prostitutas cultuais. A igreja de Corinto tinha muitos problemas,
como divisão, imoralidade, contendas, e muita confusão teológica acerca do casamento, da
liberdade cristã, da Ceia do Senhor, do culto, dos dons e da ressurreição dos mortos.
Paulo escreveu àquela igreja uma carta que se perdeu (1Co 5.9). Depois, enviou-lhes uma
carta que conhecemos como a primeira epístola de Coríntios. Essa carta não produziu os
resultados esperados por Paulo, especialmente na questão da disciplina do membro faltoso
que mantivera relação sexual com a mulher do próprio pai (1 Co 5.1-7).
Paulo, então, fez uma visita à igreja, mas a situação tornou-se ainda pior e mais hostil (2Co
2.1-4). Paulo deixou a cidade e escreveu de Éfeso uma carta pesada e dolorosa e a enviou
à igreja por intermédio de Tito. Este não foi apenas o portador da carta, mas também o
instrumento de Deus para resolver o problema da disciplina do membro faltoso,
restabelecendo a ordem e a pureza da igreja (2Co 2.12).
Paulo saiu de Corinto, sem resolver o problema e isto deixou Paulo frustrado e paralisado.
A ansiedade impediu Paulo de pregar. As frustrações podem paralisar a liderança. Mesmo
tendo Deus aberto uma porta para a pregação do evangelho em Trôade, ele não teve
animo para aproveita-la. Ele não suportou, ele partiu para a Macedônia, tamanha era sua
ANSIEDADE de estar com Tito e receber notícias da igreja de Corinto (2Co 2.12,13).
Paulo não teve alívio em seu coração enquanto não se encontrou com Tito na Macedônia
para saber as notícias da igreja de Corinto (2Co 7.5,6). Os resultados da visita de Tito e da
dolorosa carta de Paulo à igreja surtiram um efeito grandioso, pois os crentes de Corinto
corrigiram o faltoso (2Co 2.5-1 1) e reafirmaram seu amor por Paulo (2Co 7.6,7), seu pai
espiritual (1 Co 4.15).
4. Tito é uma pessoa idônea. Ele foi o portador da segunda carta aos Coríntios (2Co 8.6).
E esta carta era para pedir oferta aos irmãos de coríntios, e Tito é quem vai fazer o pedido.
Paulo tinha assumido um compromisso com Tiago, Pedro e João de que em seu trabalho
missionário entre os gentios não se esqueceria dos pobres (G12.10). A igreja de Corinto
deu sinais otimistas de que abraçaria, com fervor, o projeto de levantamento de ofertas
para os crentes pobres da Judeia (1Co 16.1; 2Co 8.6,7).
Porém, com a saída de Paulo de Corinto, embora a igreja tivesse alcançado progresso em
outras áreas espirituais, estava muito acomodada nesse campo de contribuição (2Co 8.7).
Foi então que Paulo enviou Tito com sua IDONEIDADE para levantar a oferta, agora da
Macedônia, novamente à igreja, para que eles passassem do estágio do desejo da
contribuição para a prática efetiva (2Co8.6,7,10,11).
5. Tito é um companheiro fiel (2Co 8.23,24). Tito não é apenas filho na fé do apóstolo
Paulo, mas também seu companheiro e cooperador. Está sempre obedecendo as ordens
de Paulo, cooperando com ele no trabalho do ministério em várias igrejas. Era um homem
pronto e sempre disposto a fazer a obra de Deus, onde quer que o apóstolo Paulo o
enviasse. Diferentemente de Timóteo que era jovem, tímido e doente, Tito revela-se um
varão determinado, EMOCIONALMENTE GRANÍTICO, capaz de sanar grandes problemas
e conflitos nas igrejas mais difíceis. Paulo diz à igreja que obreiros desse VALOR devem
ser merecedores da mais alta consideração e amor da igreja (2Co 8.23,210.).
6. Tito, é uma pessoa de iniciativa (2Co 8.16,17). Tito demonstrou amor pela igreja de
Corinto não apenas indo aos coríntios atendendo ao apelo de Paulo, mas de ir a Corinto
voluntariamente. Ele tinha iniciativa própria e disposição de enfrentar grandes desafios no
ministério. Tito era proativo e tinha CORAÇÃO DE PASTOR e têmpera de aço para lidar
com as tensões da vida pastoral. O ministério de Tito em Corinto foi tão marcante que
Paulo o menciona nove vezes em sua segunda carta.
7. Tito, é uma pessoa íntegra (2Co 12.17,18). Paulo dá seu testemunho à igreja de
Corinto dizendo que, durante os dezoito meses que passou na cidade, jamais os explorou
financeiramente. Ele não era ganancioso. De igual forma, seu filho, cooperador e
companheiro Tito não os explorou, uma vez que andou no mesmo espírito e nas mesmas
pisadas de seu pai espiritual.
8. Tito é um solucionador de problemas (1.5).
A primeira vez que vemos Paulo em Creta é durante sua turbulenta viagem a Roma (At
27.6-8). Possivelmente durante esse breve período que esteve na ilha ele não teve tempo
suficiente para resolver os problemas existentes nas igrejas. Sendo assim, a melhor
conclusão é que Paulo esteve nessa ilha na companhia de Tito no intervalo entre suas
duas prisões em Roma. Uma vez que os novos convertidos vinham do paganismo, a igreja
nascente estava enfrentando muitas dificuldades, tanto externas quanto internas. Depois
da partida de Paulo, Satanás se esforçou não só para derrotar o governo da igreja, mas
também para corromper sua doutrina. Como Paulo era apóstolo aos gentios e não apenas
de uma região, deixou Tito em Creta para colocar as coisas em ordem nas igrejas e
constituir presbíteros nessas igrejas das várias cidades da ilha (1.5). Tito ainda ajudou
Paulo em Nicópolis (3.12), situada na costa oriental do mar Jônico. Ele era um solucionador
de problemas e não um causador de problemas.
9. Tito se importa com as pessoas. Ele esteve com Paulo em sua última prisão (2Tm
4.10). Na última menção que temos de Tito na Bíblia, ele está indo de Roma à Dalmácia
(2Tm 4.10). E Tito deve ter ido à Dalmácia por ordem do próprio apóstolo Paulo. Nessa
segunda prisão o apóstolo ele está velho e numa masmorra romana, sabendo que a hora
da sua partida havia chegado (2Tm 4.6-8). Nesse tempo o imperador era Nero, o monstro
que assassinou o irmão, a mãe, a esposa Otávia e o tutor Sêneca, além de muitos outros.
Quando pôs fogo na cidade de Roma, no ano 64, e acusou os cristãos.
Neste tempo o autor do incêndio. Contudo, ele tratou de desviar a atenção de si e culpou
os cristãos pela façanha. O banho de sangue que se seguiu foi terrível. Paulo foi
decapitado na Via Óstia, quase cinco quilômetros fora da capital, por volta do ano 67 d.C.
Não sabemos se Timóteo e Marcos chegaram a Roma antes da morte do apóstolo.

III. O PROPÓSITO DA CARTA


Destacamos três propósitos do apóstolo Paulo ao escrever essa carta:
1. Encaminhar Zenas e Apolo (3.13). Essa carta de Paulo a Tito serviu como mensagem
de recomendação para Zenas, o intérprete da lei, e Apolo, o eloquente evangelista, que
estavam indo para Creta com os portadores da Carta. Esses doutores estariam debaixo da
autoridade pastoral de Tito. Que iria instruí-lo como deveriam exercer seu ministério entre
os cretenses.
2. Pedir a Tito encontrar-se com Paulo em Nicópolis (3.12). Assim que Tiro tivesse
concluído seu trabalho, deveria deixar Creta para encontrar-se com Paulo em Nicópolis,
antes da chegada do inverno. É muito provável que eles tenham se encontrado nessa
cidade, uma vez que quando Paulo escreveu sua última carta a “Timóteo, da prisão
romana, disse que Tiro tinha ido à Dalmácia (2Tm 4.10). Não devemos deduzir que Tito
tenha abandonado Paulo na prisão em Roma; antes, deve ter recebido mais uma missão
para um lugar difícil e perigoso.
3. Dar instruções pastorais à igreja. Tito deveria dar instruções à igreja para a promoção
do espírito de santificação nas relações ministeriais, individuais, familiares e sociais.
Desses propósitos enunciados, o último é o que cobre a maior parte da carta. A moralidade
dos cretenses estava longe do que deveria ser (1.12), e, temendo que esses novos
convertidos retrocedessem aos seus antigos vícios, Paulo sentiu a necessidade imperativa
de orientar Tito sobre como conduzir-se no meio desse povo. Especialmente no
estabelecimento da ordem na igreja, a fim de que os falsos mestres não a tomassem de
assalto. A tradição da igreja diz que Tito teria se tornado o PRIMEIRO BISPO da igreja de
Creta, permanecendo solteiro e morrendo na ilha, aos 94 anos de idade.

IV. OS PRINCIPAIS DESTAQUES.


A carta de Paulo a Tito trata de vários temas fundamentais para a igreja.
1. Organização da igreja (1.5).
Muitas coisas estavam fora de lugar nas igrejas de Creta. Tito foi deixado lá para colocá-las
em ordem. E a ordem tem haver com a liderança. E por isso a importância dos pastores
para comandar as igrejas locais. Esse trabalho pastoral incluía dentre tantas coisas, a
administração o ensino da sã doutrina, a aplicação da disciplina, o combate aos falsos
mestres e a instrução da sã doutrina aos crentes.
2. A liderança da igreja (1.5-9). Paulo tinha uma solene preocupação com o governo da
igreja. Uma igreja bíblica precisa ter líderes sãos na fé e na conduta. Paulo deixa claro que
o objetivo supremo do governo da igreja é a preservação da verdade revelada. O apóstolo
também afirma que o conhecimento da verdade desemboca numa vida piedosa (1.1). Os
hereges, tanto do gnosticismo incipiente quanto do judaísmo, enfatizavam um
conhecimento que não produzia piedade. A doutrina não pode estar separada da vida. A
verdadeira doutrina produz vida santa, e vida santa é o resultado da verdadeira doutrina.
Uma não existe sem a outra. Uma é causa, a outra é consequência. E isto não pode ser
feito sem uma liderança para que a fé dos pastores seja imitada.
3. O combate às falsas doutrinas (1.10-16). A liderança da igreja precisa vigiar para que
os lobos que estão do lado de fora não entrem; nem os lobos vestidos de peles de ovelha,
disfarçados dentro da igreja, arrastem após si os discípulos (Ar 20.29-31). Esses falsos
mestres podiam ser identificados por intelectualismo especulativo (3.9), espírito de
exclusividade (2.11), ascetismo (1.15), licenciosidade (1.16), ganância (1.11), mitos e
fábulas (1.14) e legalismo judeu, que exigia a circuncisão e promovia fábulas judias e
mandamentos de homens (1.14). Meyer Pearlman menciona quatro características desses
falsos mestres:
1) quanto a seu caráter, eram insubordinados, enganadores e faladores (1.10);
2) quanto às suas motivações, eram gananciosos (1.11,12);
3) quanto ao seu ensino, eram apegados às tradições judias e lendas (1.14), exigindo
abstinência de alimentos (1.15);
4) quanto às suas pretensões, professavam ser verdadeiros mestres do evangelho, mas
sua vida pecaminosa desmentia a sua profissão (1.16).36
4. O ensino da sã doutrina (2.1). A igreja não deveria ficar apenas na defensiva,
combatendo os falsos mestres, mas deveria sobretudo engajar-se no ensino da sã
doutrina. Esta palavra “sã” é um termo médico e indica a doutrina que está livre de
corrupção e enfermidade. É evidente que a falsa doutrina e o falso ensino ameaçavam a
igreja cretense.
5. A promoção da ética cristã (2.2-10). Paulo dá orientações claras para os líderes e para
os liderados. As prescrições apostólicas contemplam os idosos, os recém-casados, os
jovens e os servos. Não é suficiente ter doutrina sã, é preciso também ter vida santa. A
doutrina sempre deve converter-se em vida. Quanto mais conhecemos a verdade, tanto
mais deveríamos viver em santidade. Diferentemente dos gnósticos, o conhecimento da
verdade não deveria nos conduzir à soberba, mas à humildade.
6. A prática das boas obras (2.1 1-14; 3.8,14). Não somos salvos pelas boas obras, mas
demonstramos nossa salvação por meio delas. A salvação é pela fé somente, mas a fé
salvadora nunca vem só; ela é acompanhada das boas obras. A fé é a causa; as boas
obras são o resultado da salvação. As nossas boas obras não nos levam para o céu, mas
nos acompanham para o céu (Ap 14.13).
7. A submissão às autoridades (3.1-11). A igreja de Deus é um lugar de ordem, e não de
anarquia; de obediência, e não de insubmissão. Insurgir-se contra as autoridades
instituídas por Deus é desafiar o próprio Deus que as instituiu. Assim, a fonte da autoridade
não está nela mesma, mas em Deus.Resistir à autoridade é resistir a Deus. Dessa forma,
Paulo está combatendo dois erros. O primeiro deles é a autocracia. Toda vez que a
autoridade atribui a si mesma o poder, age de forma autocrática e truculenta. O poder vem
de Deus e deve ser exercido em nome de Deus, de acordo com o caráter e as prescrições
de Deus. O segundo erro é a anarquia. A desobediência à autoridade, seja no Estado, seja
na igreja ou na família, é um atentado contra a ordem estabelecida pelo próprio Deus. Se a
autoridade não pode exceder-se, atribuindo a si mesma poder, os liderados não podem
rebelar-se, sacudindo de si o jugo da obediência.

CONCLUSÃO
No final da carta Paulo fala do perigo das controversas e o quanto elas podem nos tornar
inúteis. Ele diz que devemos nos aplicar as coisas necessárias para não sermos
infrutíferos. Um exemplo disso foi o que aconteceu com os Dois gigantes da fé do século
XVIII, George Whitefield e John Wesley, já tiveram um terrível desentendimento. A
profundidade dessa controvérsia que os envolveu levou a muitos anos de discórdia e falta
de comunicação. Ambos os homens eram grandes evangelistas.
John Wesley começou a pregar ao ar livre a convite de seu melhor amigo do clube santo;
Whitefield. Quando Whitefield partiu para a América após anos de ministério itinerante em
toda a Inglaterra, ele pediu a Wesley que viajasse em seu circuito de pregações ao ar livre
para continuar a espalhar o evangelho de Jesus Cristo para as classes mais baixas da
sociedade inglesa.
O que os levou ao ponto dessa grande amizade ter se rompido mesmo sendo grande
colaboradores para a causa de Cristo? Como Whitefield e Wesley permitiram que algo
diferente do evangelho rasgasse a própria estrutura de seu relacionamento em Cristo.
Neste caso, uma diferença em relação a um ponto da TEOLOGIA PERIFÉRICA, não
central à fé, colocou uma cunha entre eles, isolando-os e, no processo, diminuindo e
ofuscando o ministério de ambos.
Embora ambos fossem chamados para pregar o evangelho, eles permitiram que seus
pontos de vista sobre o livre-arbítrio e eleição divina os separassem. Suas diferenças
teológicas pessoais tornaram os evangélicos difamados e divididos na Grã-Bretanha. Não
foi até pouco antes da morte de Whitefield em 1770 que uma reaproximação foi realizada.
Numerosos cristãos britânicos tentaram ajudar a juntar os dois.
Finalmente, depois de anos de tentativas e controvérsias isso foi realizado. Wesley pregou
o sermão fúnebre de Whitefield. Apesar da eventual reaproximação, seus anos de
INIMIZADE prejudicaram gravemente a causa do evangelho. Poderíamos refletir se o
estrago feito pela controvérsia, não ofuscou a obra que tanto admiramos? A controvérsia
doutrinaria os tornou infrutíferos em muitos momentos. Mesmo sendo os dois mais
importantes evangelistas do cristianismo.
[i] Sermão adaptado do Comentário Expositivo Hagnos: Hernandes Dias Lopes.
Sermão Nº 02 – A verdade que conduz à piedade.
Referência: Tito 1:1.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 15/5/2019.

INTRODUÇÃO:
Ray Stedman – diz que: “A Bíblia sem o Espírito leva a um cristianismo institucionalmente
morto. O Espírito sem a Bíblia leva ao fanatismo infundado. Precisamos do Espírito e da
Palavra para efetivamente nos aventurar através da Bíblia.” As Epístolas Pastorais, são
aquelas três cartas do apóstolo, pastor, ancião, veterano evangelista missionário, Paulo, a
dois jovens ministros do evangelho (Timóteo e Tito) que eram responsáveis por resolver os
problemas  doutrinários e as oposições e as acusações que aconteciam nas duas
congregações, (Éfeso e Creta) mas eles também eram responsáveis pelo evangelismo e
missões.
Tito é uma carta curta, duas páginas e meia. Muitos dos temas que você encontrará na
carta de Paulo a Tito são temas tratados também em Timóteo. Paulo está escrevendo, para
um Pastor mais jovem e de sua total confiança aquém ele ama e valoriza, que tem
características diferentes de Timóteo, mas é igualmente útil na igreja. Ele foi comissionado
com autoridade direto do apostolo para estabelecer a igreja cristã em Creta.
Os cretenses eram famosos por sua imoralidade entre seus contemporâneos. Se você
permitir que seus olhos se voltem para o versículo 12 do capítulo um, você verá uma
citação pouco lisonjeira sobre os cretenses que, aparentemente, um de seus próprios
autores havia declarado sobre eles. E assim Paulo está falando com Tito, que está
ministrando a uma igreja no contexto de uma sociedade que foi impregnada de
imoralidade. E isso soa familiar?
As palavras de Paulo para Tito são oportunas para nós por causa das circunstâncias
correspondentes que nós, como cristãos, enfrentamos em uma cultura desenfreada com a
imoralidade, e uma imoralidade que está permeando e penetrando também as igrejas
cristãs. Na verdade, torna-se evidente nesta carta que uma das preocupações de Paulo é
que a imoralidade da cultura impactou de fato essa congregação local, ou congregações,
de cristãos profundamente.
Ele reconhece que Cristo nos chama a estar no mundo, mas não ser contaminado como o
mundo; e ainda, nesta congregação você pode dizer que há pelo menos alguns que são do
mundo, mas não estão nele. O mundo está na igreja, e ele está preocupado que a igreja
seria distinta, especialmente em sua vida e testemunha neste contexto imoral. E assim,
nesta carta, Paulo escreverá a Tito para instruí-lo sobre como lidar com esse tipo de
assunto.
Mas, curiosamente, assim como em Primeira Timóteo, Paulo lidará com assuntos de
organização, liderança e administração da igreja; e você pode se perguntar. Se a
necessidade urgente da hora fosse para os cristãos dessa congregação viverem vidas
mais piedosas no contexto de uma cultura pagã e imoral, por que Paulo iria gastar tempo
falando sobre os anciãos? Sobre diferentes grupos dentro da igreja; sobre lidar com o falso
ensino que estava incomodando a igreja; sobre assuntos de administração da igreja. Por
que ele tocaria nesses assuntos? Paulo estava um pouco vagando de seu foco fazendo
isso? E, claro, que a resposta é: Não. Porque Paulo sabe que, se a piedade precisava ser
estabelecida nesta igreja local (ou congregações), será necessário que os PASTORES
SEJAM PIEDOSOS. Por isso precisam ser qualificados de acordo com as Escrituras,
Homens com autoridade na vida de santidade que pastoreiam o povo de Deus.
Ele sabe que vai ser preciso um ensino sólido, porque o ensino falso não produzirá piedade
e isto só pode ser feito com firmeza pela liderança. Ele sabe que, se a piedade precisa
prosperar nesta igreja, as CONTROVÉRSIAS precisam ser resolvidas, e por mais
ORTODOXAS que sejam, elas só produzem impiedade. Ele sabe que os diferentes grupos
e as divisões existentes na igreja local terão que ser reunidos e curados, e para isso
precisam se guiados pela visão doutrinaria da liderança da igreja local. Porque o evangelho
sempre se evidencia não apenas na transformação moral individual, mas na transformação
social, ou seja; pela maneira como os cristãos se relacionam uns com os outros e como
eles se amam e se apoiam mutuamente.
E assim, em todos os tópicos que Paulo aborda nesta carta muito curta, longe de vagar
com seus pensamentos, ele tem uma ideia focada o tempo todo. Ele quer ajudar Tito a
pastorear as congregações cristãs no contexto de uma cultura imoral e encorajar aqueles
cristãos e congregações a adornar o evangelho de Deus, nosso Salvador, em toda a vida,
pela maneira como vivemos.
Esse, de fato, é o grande enfoque deste livro: adornar o evangelho de Deus, nosso
Salvador, em todas as coisas. O evangelho tem o poder moral de transformar vidas e
relacionamentos sociais, e esse poder do evangelho serve como testemunho para o mundo
ao nosso redor de que o evangelho não é a fabricação de nossa “realização de desejo”,
mas é de fato uma realidade trabalhada em nós pelo Espírito Santo.

I. O CARÁTER DO EVANGELHO (v.1).


Paulo não é homem de jogar palavras ao vento, e a primeira frase de sua Carta a Tito (1.1-
3, no original grego) é rica em verdades do EVANGELHO ao apresentar O alvo do
MINISTÉRIO DO EVANGELHO. Segundo o versículo 4, Paulo está escrevendo a Tito,
jovem colaborador que ele deixou em Creta e que fez parte de suas equipes missionárias e
ministeriais (veja G12.1-3; 2Co 7.13-16; 8.16-21).
Paulo se refere a Tito como “… meu verdadeiro filho em nossa fé comum…” (Tt 1.4); os
versículos 1 a 3 descrevem a fé que têm em comum e a “… GRAÇA e paz…” que
compartilham. Todas as epistolas de Paulo tem saudações similares, como também todos
os elementos a compõe. Paulo enriquece seu texto usando expressões diferentes para se
referir ao mesmo assunto.
1. Uma identificação profunda. (v.1) “Paulo”
O escritor, Paulo, usa um nome gentio, identificando-se como apóstolo dos gentios.  O
nome era algo muito importante para os judeus. O nome é tudo o que uma pessoa tem.
Quando os judeus rejeitaram o evangelho, e os gentios o receberam, não lemos mais este
apóstolo por seu nome judaico Saul, “o desejado”, mas por seu Romano “Paulo”, o
pequeno. Esse nome era dado devido a sua estatura, e expressou também seu caráter
humilde e servidor.
Paulo pertence aos dois mundos, o judaico e romano. Ele também era cidadão romano, de
nascimento e isto lhe dava o direito de ter um nome romano. A rica família de Paulo, o
educou para ser alguém muito ilustre no judaísmo do seu tempo. Ele mesmo diz que
excedia a todos da sua nação com suas credencias cobiçadas por aqueles que querem o
louvor dos homens.
A importância do chamado do apostolo Paulo, é uma obra da graça de Deus. Que
trabalhou na mente de Paulo, levando-o a compreender o que é o Evangelho, que salva a
todos. Sua pregação aos gentios é algo que até o apostolo Pedro teve dificuldade de
entender, mesmo Deus mostrando-o que os gentios não eram considerados impuros. Isto
era algo incompreensível para uma mente judia.
A imersão de Paulo na cultura, para ganhar os gentios é algo gracioso. Ele usou um nome
gentílico. Ele usou elementos e o conhecimento dos gentios, para pregar o evangelho. Ele
comeu com os gentios, ele foi até eles. Ele se importou com eles. Ele viveu os dramas
deles. Ele se identificou com eles. Ele se denominou o apostolo dos gentios, uma ideia
extremamente depreciativa e menosprezada para os primeiros cristãos judaicos. O
conhecimento de Paulo é um conhecimento servil. Não é um conhecimento especulativo,
mas que o tornava semelhante ao Senhor Jesus, que veio para servir.
2. Uma consagração absoluta. (v.1) “servo de Deus” .
Paulo se denomina Escravo (grego doulos) de Deus, traduzimos como servo, para evitar o
choque do significado do termo. Ele é alguém comprado como propriedade, sem vontade
própria, mas imerso na personalidade de seu senhor. O escravo não podia reinvidicar
qualquer direito, ele não pode se defender em tribunais públicos.  Isto mostra sua total e
perfeita obediência e dedicação a Cristo. Foi devido a essa consagração absoluta que
Paulo foi capaz de levantar a igreja cristã no mundo gentílico.
Esse foi um título de humildade e orgulho legítimo. Isso significava que sua vida estava
totalmente submetida a Deus; ao mesmo tempo – e é aqui onde o orgulho legitimo vem,
esse foi o título que foi dado aos profetas e aos grandes do passado. Moisés era o escravo
de Deus (Josué 1:2); e Josué, seu sucessor, não teria reivindicado um título mais elevado
(Josué 24:29 ).
Foi para os profetas, seus escravos, que Deus revelou todas as suas intenções (Amós 3:7);
eram seus escravos os profetas que Deus havia repetidamente enviado a Israel ao longo
da história da nação (Jeremias 7:25). O título de escravo de Deus foi aquele que deu a
Paulo o direito de ser o apostolo de Cristo. A completa consagração de um crente é
demonstrada no seu serviço prestado ao reino de Deus.  A verdadeira piedade é
demonstrada quando somos tomados de toda a plenitude de Deus (Ef 3.19), onde
possuímos os atributos exibidos pelo Filho de Deus. Onde somos imergidos em toda a
vontade de Deus, de modo a não restar nenhum vestígio da antiga natureza que nos
impeça uma rendição total ao nosso Senhor.
Alguém já disse: Você saberia qual a ambição que Cristo permitiu a Seus ministros? É
mesmo isto, que aquele que seria o chefe de todos deveria tornar-se servo de todos. Paulo
se descreve como “… servo de Deus…” (literalmente doulos, escravo). Pois o modelo de
ministério descrito na Carta a Tito é adequado a todos os servos de Deus. Paulo está
revendo o passado e contemplando o futuro. Ao rever o passado, ele tenta extrair a
essência de seu ministério. No futuro ele contempla o ministério daqueles que irão sucedê-
lo para lhes dar um MODELO a seguir. Esse deve ser o padrão no cerne do ministério do
evangelho; assim essa carta nos oferece a oportunidade de realinhar nossa vida e a vida
das nossas igrejas.
3. Uma autoridade plena. (v.1) “e apóstolo de Jesus Cristo”
Paulo é um apostolo, um enviado, comissionado, delegado (alguém com autoridade). Mas
quem é Paulo? Um “… apóstolo de Jesus Cristo” (v. 1). A palavra “apóstolo”, que significa
“enviado’’, comissionado, delegado (alguém com autoridade). Ela é usada em dois sentidos
no Novo Testamento. Num sentido mais amplo e genérico é aplicado aos primeiros
plantadores de igreja. Barnabé, por exemplo, é chamado de apóstolo (At 14.14). Contudo,
o sentido mais significativo e proeminente é usado em referência às pessoas que foram
testemunhas oculares de Jesus e cujo TESTEMUNHO é o alicerce da igreja. São elas os
doze Discípulos (Matias substituiu Judas, conforme Atos 1.15-26) e Paulo.
Paulo não conheceu Jesus durante o ministério do Senhor na terra, mas teve um encontro
com ele na estrada de Damasco e recebeu o chamado especial para ser apóstolo entre os
GENTIOS. Em que sentido Paulo usa o termo “apóstolo” em Tito 1.1? Provavelmente nos
dois sentidos. Em 1Corintios 9.1, ele combina os dois: “Não sou livre? Não sou apóstolo?
Não vi Jesus, nosso Senhor? Não são vocês resultado do meu trabalho, Senhor”. Por que
Paulo é chamado de apóstolo? Por dois motivos: ele viu o Senhor e ele plantou a igreja de
Corinto.
Então Paulo escreve a Tito como o plantador da igreja em Creta e como um dos apóstolos
alicerçadores da igreja cristã. O que então eram os apóstolos? Está claro pelo registro
divino que eles eram homens diretamente comissionados por Cristo para fazer uma
revelação plena e autorizada do cristianismo. Como para organizar a igreja; para abastecê-
la com oficiais e regulamentos, e orientar a igreja no cumprimento de missão de conquistar
o mundo pela pregação do evangelho. Os apóstolos destacam-se como um corpo isolado
na história da igreja, sem predecessores e sem sucessores, como o próprio Cristo faz. Eles
desaparecem da história. O título, a coisa em si, os dons, as funções, todos cessaram
quando o último apóstolo morreu.

II. A VARIÁVEL DO EVANGELHO.


O que torna o ministério da palavra algo supremo?  O que autentica a verdade. Qual a
verdadeira função do ministério do evangelho.
1. Promover a fé. V.1 “segundo a fé dos eleitos de Deus”.
As traduções da preposição “Kata” (grego); diferem muito neste texto. Algumas traduzem:
“Para promover a fé dos eleitos”. “Para estimular a fé dos eleitos’. Outras são mais ousadas
e traduzem para conduzirem os eleitos a fé. Os eleitos de Deus, são palavras usadas NT
que correspondem ao uso universal posterior da palavra “cristãos” (1Pe 4:16). São
“aqueles que estão sendo salvos”, “chamados”, “escolhidos” ou “eleitos”, “consagrados” ou
“santos”, “fiéis” ou “crentes”. Apocalipse 17:14, usa os três termos simultaneamente: e
vencerão com ele os seus “chamados”, “escolhidos” e “fiéis”. Os eleitos são aqueles que
responderam ao chamado de Deus através do evangelho. A expressão incorpora um
verdadeiro equilíbrio entre a iniciativa divina e a resposta humana.
Embora cercado de mistério, o ensino bíblico sobre a eleição é para os crentes e destina-
se a ser uma verdade prática. Assegura aos crentes fiéis e esforçados que a salvação
deles é toda de Deus, do começo ao fim. O ministério do apostolo Paulo é uma benção
para a fé dos crentes. Ele é um Apóstolo – de acordo com a fé dos eleitos de Deus, etc. A
norma do apostolado em cada uma das três Epístolas é única e não paulina. Em 1
Timóteo, ‘segundo o mandamento de Deus’: em 2 Timóteo, “segundo a promessa da vida
em Cristo Jesus”. A preposição “Kaτὰ” (grego) de acordo com, não para produzir fé nos
eleitos, mas correspondendo à norma ou padrão de fé que é estabelecido para os eleitos
de Deus.
2. Cultivar o pleno conhecimento. (v.1) “e o conhecimento da verdade”
E reconhecendo a verdade (καὶ ἐπίγνωσιν ἀληθείας). Ou seja; o escritor é um apóstolo de
acordo com a fé dos eleitos de Deus, e de acordo com a verdade que está contida na fé.
No original aparece um intensificador para gnósis = conhecimento, ficando a expressão
epignosis = pleno conhecimento. O pleno conhecimento não é uma controvérsia teológica.
Esse conhecimento é sobre a pessoa de Jesus. O verso 2 diz que esse conhecimento é a
vida eterna.
A verdade diz respeito a fé em Jesus para a salvação o perdão dos pecados. É a pregação
do evangelho como é feita pelos apóstolos de Jesus. É o que Pedro pregou em Atos 2,
Estevão em atos 7, e Paulo em Atos 17. É uma pregação que não depende de corrente
teológica, que não nasce das controvérsias. È uma verdade sem a qual ninguém pode ser
salvo.  O grande problema da pregação moderna é falta do evangelho. E quando fala do
evangelho é um sistema de doutrina de uma certa linha de pensamento que nasce da
mente de alguns eruditos. O evangelho da cruz é algo para todo crente, mesmo que não
tenha nenhum entendimento teológico. Mas que conhece a verdade da vida eterna.
O objetivo dos servos de Deus é o crescimento da verdade.
o início da fé – conforme as pessoas se tornam cristãs;
a continuação da fé — conforme as pessoas continuam cristãs;
e o progresso da fé – conforme as pessoas crescem na vida cristã;
a multiplicação da fé — conforme as pessoas se tornam servas em prol da fé dos eleitos de
Deus
3. Testar a verdade. (v.1) “que é segundo a piedade”.
O texto grego é literalmente: “Que é depois de piedade” (τῆς κατ ‘εὐσέβειαν); Ou “de acordo
com a piedade”. Este acréscimo descreve o caráter peculiar e essencial da verdade que é
sustentada e conhecida pelos eleitos de Deus, a saber, que está relacionada com o temor
e a obediência de Deus – tudo isso constitui verdadeira piedade. “A verdade que é depois
da piedade”. A piedade é o teste final da verdade. Se ela não conduz a uma vida de temor
e santidade ela não é o conhecimento de Deus.
O conhecimento de Deus deve ser recebido e obedecido. Pois a verdade não é uma
biblioteca para o lazer, ou uma mina para os curiosos. É a verdade presente é a verdade
prática; uma verdade que é sempre para ser traduzida em vida. Este é um teste divino da
verdade que é “depois da piedade.” A variável para definir a autenticidade da verdade é
pratica. A verdade não produz um mero intelectualismo ou um “pietismo” ou emocionalismo
sentimental; ela precisa produzir a piedade.
Alguns são valentes para as verdades teóricas e doutrinárias que não produzem “frutos
para a santidade”. Este é o teste divino da verdade: Jesus disse que seus discípulos seriam
conhecidos pelos seus frutos e não pelo seu conhecimento teológico. Toda a doutrina que
não promove a piedade é obviamente falsa. Paulo não conecta seu ensino com as grandes
revelações que recebeu do Senhor. Ele não se baseia nas manifestações espirituais para
validar seu ensino. Ele chama a atenção de Tito para a sua vida pratica.
Se minha piedade não convence as pessoas, não será minha teologia que vai convencê-la.
O que valida minha TEOLOGIA é minha pratica. A verdade não é verificável simplesmente
pelo nível de ortodoxia que ela tem, mas se ela produz uma vida piedosa. Ela é verificável:
Na maneira como ela influencia meus relacionamentos, minha pureza, meus contratos,
minha linguagem, meu caráter, minha religião. A piedade tem haver com tudo o diz respeito
a Deus e ao próximo.
Então Tito teve que aprender que seu ministério estava conectado com uma verdade que
deve ser vivida, bem como uma verdade que deve ser ensinada. É muito mais fácil ser um
‘erudito bíblico’ – do que um cristão sincero. É muito mais fácil ser um ‘ teólogo ‘ – do que
um verdadeiro pastor. A própria teologia, tão importante quanto os seus temas – afunda-se
numa mera ciência de realizações literárias, a menos que seja acompanhada por uma
aplicação sincera e devota de seus princípios à alma.
Você não deve apenas estudar as Escrituras – mas sempre ponderar algum livro
experimental, como um companheiro do peito. Um amor de tal leitura – prova um teste útil
de caráter piedoso. Há muitos livros sobre assuntos religiosos que, afinal de contas, não
trazem a piedade vital para o coração.
4. Quem autentica quem?
Afinal, Paulo ensina, a verdade vai além de nos conduzir a Deus; ela nos conduz à piedade
(Tt 1.1). O elo entre verdade e piedade é ambíguo no texto grego original. Paulo talvez
esteja falando a respeito da verdade “de acordo com” (conforme a ESV sugere). Essa
verdade segundo a piedade contrastaria com ensinos que se autoidentificam como
“verdades”, mas não produzem vidas santas.
Falsos mestres estão ensinando falsas doutrinas que geram comportamentos depravados
(v. 10,11), considerando que existe uma conduta …que está de acordo com a sã doutrina”
(2.1). Nesse sentido, a piedade AUTENTICA a verdade; a piedade mostra que a verdade é
genuína. Melhor ainda, mostra que a verdade continua viva por causa dos frutos que
produz. Todavia, a leitura mais natural de 1.1 (de acordo com a NIV) é que a verdade
“conduz” à piedade.
Talvez isso não tenha tanta importância. A piedade é o sinal da verdade? Ou a verdade é a
causa da piedade? A resposta, claro, é que as duas coisas caminham juntas. A piedade é
o sinal da verdade porque a verdade leva à piedade. A busca de Paulo pela piedade nos
cristãos não é independente da fé que o apóstolo espera ver neles. Essa é a fé que produz
fruto. À medida que nossa fé cresce em conhecimento), cresceremos em piedade. Quanto
mais entendemos o que Deus fez por nós em Cristo, mais nós o amamos e vivemos para
ele. Paulo tratará mais dessa dinâmica no capítulo 2.11,12: “Porque a graça de Deus se
mostrou salvadora a todos os homens.
Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira
sensata, justa e santa nesta era presente” (NIV). Em 1.1, o apóstolo afirma que a verdade
conduz à “piedade”. Em 2.12, lemos que a verdade nos afasta da “impiedade” e aproxima
da “piedade”. Esses três conceitos têm a mesma raiz grega, eusebeia.
Paulo não quer simplesmente cristãos que acreditem nas coisas certas. Ele não viajou pelo
mundo romano somando o número de decisões por Cristo alcançadas em seu ministério.
Seu objetivo não era apenas ver pessoas se entregando a Cristo depois de uma
mensagem evangelística. Seu objetivo era ver cristãos cuja fé produzisse frutos numa vida
de santidade. Seu objetivo não era fazer convertidos, mas discípulos. Seja qual for o
ministério que exercemos ou pelo qual oramos, esse deve ser também nosso objetivo.
CONCLUSÃO
Nosso trabalho produz resultados eternos. Trabalhamos “… na esperança da vida eterna”
(v. 2). O que fazemos hoje tem consequências eternas. Produz frutos que durarão por toda
a eternidade. Paulo explica em 1corintios 3.12-15 que o ministério cristão é parecido com a
construção de um edifício:
“Se alguém constrói sobre esse alicerce [Jesus Cristo] usando ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno ou palha, sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois
será revelada pelo fogo que provará a qualidade da obra de cada um. Se o que alguém
construiu permanecer, esse receberá recompensa. Se o que alguém construiu se queimar,
esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo”.
Em Sheflleld, norte da Inglaterra, há edifícios construídos com pedra calcária que
continuam inteiros mesmo após dois séculos de existência. Outros edifícios, porém, foram
construídos com material barato e tiveram de ser substituídos depois de trinta anos. Paulo
nos exorta a construir tendo em vista uma longa duração — duração realmente longa.
Apela a que construamos tendo a eternidade em mente. Se construirmos bem, com Jesus
Cristo como o alicerce (usando ouro ou prata), nossa obra durará por toda a eternidade.
Mas, se formos negligentes (usando feno ou palha), nossa obra será consumida pelo fogo
do julgamento.
Sermão Nº 03 – O que Deus não pode fazer.
Referência: Tito 1:2.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 22/5/2019.

INTRODUÇÃO
A fé e conhecimento se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não
mente prometeu antes dos tempos eternos. A esperança da vida eterna, é o que torna o
cristianismo uma promessa inspiradora e cheia de esperança. Ela é uma promessa
absolutamente certa. É a premissa de Deus e Deus não pode mentir. É uma promessa
infinitamente rica. A “Vida eterna”, isto é, eterno bem-estar. Ela é uma promessa muito
antiga. “Antes do mundo começar” ela foi feita, antes de qualquer coisa vir a existência,
seja físico ou espiritual. Por isso essa promessa deve ser esperada e alcançada além das
revoluções do tempo
O glorioso objeto da promessa é “Vida eterna” – uma vida de bondade eterna. Ela é divina
em sua fundação, ela é inviolável e imutável, e ela é eterna e ela é condicional, é dada
para os que creem. Que lições gloriosas deste versículo: uma perspectiva gloriosa – “vida
eterna”. Um Deus que fala a verdade – “Isso não pode mentir” (Nm 23:19, Hb 6:18). Ela é
uma promessa antiga – “Antes do mundo começar”. Uma aliança de vida imortal e cheio de
esperança

I – UMA PERSPECTIVA GLORIOSA.


1. O Deus, que não pode mentir, fez uma promessa antes do mundo começar.
Ele não, formulou um propósito meramente. Sabemos bem, de fato, de muitas escrituras,
que Ele formou um propósito. Mas o apóstolo diz que Ele fez mais – que Ele fez uma
promessa – e a isso pertence o caráter especial sob o qual ele apresenta o adorável Deus
aqui, “Deus que não pode mentir”. Mas a quem foi feita a promessa? Só poderia ser ao
Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo.
Foi a “vida eterna” da qual Deus, antes do mundo começar, prometeu. O Filho de Deus não
poderia receber tal promessa para Si mesmo. Ele só poderia recebê-lo como o
predestinado Mediador – o Cabeça e a Fiança de um povo “dado a Ele pelo Pai”, para ser
resgatado no tempo por Ele e eternamente salvo.
E assim surge uma terceira verdade significativa, a saber, que esta promessa só poderia
ser feita a Cristo em uma determinada condição – somente em suposição, e em respeito a
toda Sua obediência futura até a morte em favor de Seu povo.
2. Uma esperança indescritivelmente gloriosa e imutável em seu caráter.
A gloriosa “Esperança da vida eterna.” Eu não posso dizer o que é isso, pois não se tem
algo tão extraordinário que se possa comparar. Paulo diz que ele viu no céu coisas que são
inefáveis, ou seja, que não pode ser descrita, pois não há paralelo para se comparar.  Mas,
sabemos que a “vida eterna” terá nela a expansão ao máximo de todas as faculdades e
afeições e belezas da natureza renovada; a perfeita harmonia dessas faculdades e afeto e
belezas. É o clímax da criação de Deus. É a primeira coisa que Deus pensou, antes de
pensar qualquer outra coisa.O fim dos de todos os pecados; todas as lágrimas se secaram
para sempre; corpo e alma reunidos em um santo e imortal companheirismo, e feitos
perfeitamente abençoados no pleno desfrute de Deus por toda a eternidade!
A primeira vez que vemos Deus falar no início das eras, ela faz uma promessa. Uma
promessa que não muda. A segurança absoluta da Igreja de Deus deve ser resgatada, em
cada membro vivo dela. Lembrando dessas palavras em Romanos 4.16.
Por esse motivo, a promessa procede da fé, para que seja de acordo com a graça, a fim de
que a promessa seja garantida a toda a descendência de Abraão, não somente a que é da
Lei, mas igualmente a que é da fé que Abraão teve. Ele, portanto, é o pai de todos nós!.
Então há uma entrada aberta para todos nós, pecadores, em toda a segurança inviolável
desta aliança da promessa, somente pela fé, sem os feitos de a lei – “é da fé, que seja pela
graça”. Nossos afetos pela vida eterna são alimentados com a “esperança” a “filha da fé” –
a esperança imortal – a “esperança da vida eterna, que Deus, que não pode mentir,
prometeu antes do mundo começar”.
Essa é a esperança para enfrentar as tempestades. Ela é a “âncora da alma” de fato,
“segura e firme”! Essa é a esperança para as aflições, para suporta-las com alegria. Essa é
a motivações para os nossos serviços e obras. Essa é a motivação para enfrentar a morte
e a sepultura, e para ter a vitória sobre eles!
3. A graça da esperança é algo de grande estima para os fiéis.
Todo fiel professor deve conceber que é seu dever atrair o coração dos homens das coisas
mais baixas para a contemplação das coisas elevadas, e da busca das coisas temporais,
para as coisas eternas. Este foi o objetivo de todos os homens de Deus descritos por sua
fidelidade nas Escrituras que nos ordena que os imitemos. Toda a pedagogia do tempo da
lei era apenas treinar homens para Cristo e para a salvação por Ele. Todas as outras
atividades humanas sejam em qualquer área, visam somente as questões terrenas.
Só a graça da esperança, de todas as outras profissões e atividades, favorece aos homens
em seu estado celestial, que os sustenta e os faz crescer na comunhão com Deus. Por
causa desta graça estabelecemos um fundamento seguro, para crescermos em piedade,
por causa da expectativa e o desejo da vida eterna. Por causa disso negamos a nós
mesmos e tomamos a cruz de Cristo. Por causa disso Moisés escolheu ser maltratado com
o povo de Deus. Porque olhava para a recompensa da vida Eterna. Ele tinha em alto
estimas os tesouros de Cristo, que renunciou todos os ganhos, prazeres, amigos, pai,
esposa, filhos, liberdade, sim, da própria vida.
4. A esperança é o capacete da salvação (Ef 6.17).
A esperança não apenas adorna e embeleza, mas fortalece e fortifica o crente, ela é como
um capacete da salvação (Ef 6), faz com que o soldado cristão se mantenha em prontidão
e obediência. A esperança é um dom de Deus e obtido pela oração como a fé também é,
de onde o apóstolo ora para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo dê aos efésios para
saberem qual é a esperança de seu chamado. Os santos de agora esperam, como faziam
todos os crentes antes da encarnação de Cristo que esperava sua primeira vinda em
humildade. Assim como vemos Simeão, Ana e muitos outros, agora nós crentes
aguardamos constantemente a sua segunda vinda e o conforto dela.
Esperamos as coisas por vir, a saber, depois da ressurreição, a vida eterna. Paulo diz que
a nossa esperança está guardada no céu a qual eleva o coração e a afeição. A graça da
esperança espera firmemente e não vacilantemente, porque não está fundamentada no
mérito, poder ou promessas do homem. Mas na mais firme promessa de Deus, como
também o Espírito Santo, que primeiro opera isto, também nutre isto com uma confiança
inabalável.
5. A influência desta verdade deve ter sobre nossa conduta.
A vida eterna é a completa libertação de todo o mal e o gozo positivo e perfeito de todo o
bem para sempre. Confiamos nisso porque? Deus prometeu isso. Cristo realmente tomou
posse disso. O Espírito Santo, é dado àqueles que crêem, e é expressamente dito ser o
primeiro e sincero fruto da vida eterna. E o verdadeiro cristão tem uma antecipação
inquestionável e indecorosa dessa bem-aventurança. Isto deve nos influenciar a uma
devida consideração e uma diligente preparação para a eternidade a que estamos
destinados.
Deve nos influenciar a uma decidida consagração de nós mesmos àquele abençoado
Mestre, cujo serviço na terra está ligado a uma recompensa tão grande e tão substancial
no céu. Deve nos induzir a uma alegre renúncia do mundo e seus prazeres. Deve nos
influenciar ao sofrimento alegre e paciente sob todos os males que podem se acumular
sobre nós no presente estado de existência.
Deve nos influenciar a diligência incansável em buscar um crescimento saudável por meio
da oração e Palavra de Deus. Por último, que conforto este assunto pode nos inspirar na
perspectiva de nossa partida, portanto, nossa descida à sepultura fria aguardando a
ressurreição.

II – UM DEUS QUE FALA A VERDADE.


A verdade uma vez reinou sobre o nosso globo, e então a terra era o Paraíso. O homem
não conhecia tristeza enquanto ignorava a falsidade. Agora a falsidade está em toda parte;
é parte do caráter caído de todos os homens, ela permeia toda a sociedade. No chamado
mundo religioso, que deveria ser como o Santo dos Santos, aqui também a mentira se
tornou uma deusa.
Em todos os lugares devemos combater a falsidade, e se quisermos abençoar o mundo,
devemos confrontá-lo com um rosto firme e um espírito zeloso. O propósito de Deus é
expulsar a mentira do mundo e deve ser este o seu propósito e o meu. Depois de vagar
pelo deserto arenoso do engano, quão agradável é chegar ao nosso texto, e sentir que um
ponto, pelo menos, é verdejante com a verdade eterna. Bendito seja tu, ó Deus, porque
não podes mentir. Vejamos as verdades do texto.
1 – Por que Deus não pode mentir?
Deus não está sujeito a essas enfermidades que nos levam à falsidade. Você e eu somos
tais que podemos conhecer no coração e ainda com a língua negar. Mas Deus é um e
indivisível; Deus é luz e nele não há escuridão alguma; com Ele não há mudança, nem
sombra de mudança.
A ideia escriturística de Deus proíbe que Ele deve mentir. A própria palavra “Deus”
compreende tudo o que é bom e grande. Admita que Deus tenha mentido, uma única vez,
e então só haveria a escuridão negra do ateísmo para sempre. Eu não podia amar, adorar
nem obedecer a um Deus mentiroso.
Deus é sábio demais para mentir. A falsidade é o expediente de um tolo.E a mentira é o
método do pequeno e do mau. Você sabe que um grande homem não mente; um bom
homem nunca pode ser falso.
Coloque a bondade e a grandeza juntas, e uma mentira é totalmente incongruente para
esse personagem. Agora Deus é grande demais para precisar da mentira, e bom demais
para desejar fazer tal coisa; tanto Sua grandeza e bondade repeli a ideia da mentira.
2 – Que motivo Deus poderia ter para mentir?
Quando um homem mente é que ele pode ganhar alguma coisa, mas “o gado de todas as
fazendas” é de Deus, e todos os animais da floresta, e todos os rebanhos dos prados.
Minas de riquezas inesgotáveis são suas e tesouros de poder e sabedoria infinitos. Ele não
pode ganhar nada por INVERDADE, pois “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude”;
portanto, então, deveria Ele mentir? Tem sido evidente o suficiente em todas as épocas que
Deus não pode mentir.
Quando nos é dito nas Escrituras que Deus não pode mentir, geralmente há associado com
a ideia o pensamento de imutabilidade. Como por exemplo – “Ele não é um homem que
Ele deveria mentir, nem o filho do homem que Ele deveria se arrepender.”
Nós entendemos por isto, não somente que Ele não pode dizer o que é falso, mas que
tendo dito algo que é verdadeiro Ele nunca muda disso, e de nenhuma maneira altera seu
propósito ou retrai Sua palavra. Isso é muito consolador para o cristão, que tudo o que
Deus disse no propósito Divino nunca muda. Seus decretos não mudam. Não há sombra
de mentira sobre algo que Deus pensa, ou fala, ou faz. Ele não pode mentir em Suas
profecias.
Quão solenemente verdadeiras foram! Pergunte aos resíduos de Nínive; volte para os
montes da Babilônia; deixe o viajante falar sobre a Iduméia e Petra. A maldição de Deus
tem sido uma palavra ociosa? Não, não em um único caso. Como Deus é verdadeiro em
suas profecias, ele é fiel às suas promessas. Suas ameaças são verdadeiras também. Ah!
pecador, tu podes continuar nos teus caminhos por muitos dias, mas o teu pecado te
achará no final.
3 – Como agiremos, se é verdade que ele é um “deus que não pode mentir”.
Se é assim que Deus não pode mentir, então deve ser o dever natural de todas as Suas
criaturas crerem nEle se porventura duvidarmos de Deus, estaremos ROUBANDO-LHE
sua honra. E estareis, de fato, vivendo com um traidor declarado e sendo um rebelde
contra Deus, sobre o qual amontoo diariamente o insulto de ousar duvidar Dele.
Se tivéssemos absoluta certeza de que vivia na Terra uma pessoa que não pudesse mentir,
que te salvara? Bem, acho que você cultivaria seu conhecimento. Se conhecêssemos um
homem que não pudesse mentir, deveríamos acreditar nele, se exigir qualquer juramento
que ele estava falando a verdade.  Então diríamos “Ele prometeu e irá realizar; Ele disse
que todo aquele que crê em Cristo não é condenado; Eu acredito em Cristo e, portanto,
não estou condenado ”, isso é fé genuína.
Novamente, se conhecêssemos um homem que não pudesse mentir, deveríamos acreditar
mesmo que houvesse cinquenta testemunhas dizendo o contrário. Então diríamos: “eles
podem dizer o que quiserem, pois eles estão mentido. Isso nos mostra que devemos crer
em Deus a cada contradição.
Mesmo se a providência exterior vier até você e disser que Deus o abandonou, isso é
apenas um; e mesmo se cinquenta provações disserem que Deus o abandonou.
Todavia, como Deus diz: “Eu nunca te deixarei, nem te desampararei”. Então e quem você
acreditaria: numa única promessa de Deus que não pode mentir, ou os cinquenta
providências externas que você não pode intender? Se um homem nos fosse apresentado,
e tivéssemos certeza de que ele não poderia mentir, devemos acreditar em tudo o que ele
disse, por incrível que nos pareça à primeira vista.
Parece muito incrível à primeira vista que Deus tome um pecador, cheio de pecado e
perdoe todas as suas iniquidades em um momento, simplesmente e somente sobre a base
do pecador que crê em Cristo. Mas supondo que pareça bom demais para ser verdade,
contudo, desde que você o tem no testemunho de Alguém que “não pode mentir”, e eu oro
para que você acredite.
 4 – Se Deus não pode mentir, então tudo o que Seus ministros prometem ou
ameaçam Dele, e de Sua Palavra, é acima de tudo é verdade.
Visto que ele falou isso, que não pode mentir, enganar ou ser enganado. Isso deveria
despertar todo homem para dar glória a Deus (como fez Abraão), selando a Sua verdade –
isto é, crendo e aplicando a sua própria alma toda palavra que procede da boca de Deus
por meio da pregação. Pois qualquer que assim receber Seu Testemunho selou que Deus
é verdadeiro, do que nenhuma glória maior pode ser dada a ele. Considerando que não
crer nEle e em Sua Palavra é uma desonra tão alta quanto qualquer homem pode lançar
sobre Ele, pois estarão dando a Deus a mentira.
Aquele que crer não O fez mentiroso, o qual, de maneiras e civilidade, não poderíamos
oferecer ao nosso igual, e que até mesmo um homem malvado desprezaria em colocar em
nossas mãos. Visto que Deus não pode mentir, cada um de nós trabalhe para expressar
essa virtude de Deus.
Especialmente o ministro, visto que fala de Deus; e Deus fala por meio dele, ele deve,
portanto, entregar verdadeiras palavras dignas de todos os homens receberem. Para que
ele possa dizer em seu próprio coração o que Paulo falou de si mesmo: “Eu falo a verdade
em Cristo, não minto, ando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo.
Deus não pode mentir, então isto é a base de todo argumento. É um argumento para
confiança. Deus, em todas as visões do Seu caráter, pode ser confiado com segurança. Ele
é sábio, poderoso, bom e fiel. É um argumento para a verdade. Deus, que não pode mentir,
odeia mentir nos outros. Seja sincero, pois Deus não pode ser enganado.

III. UMA PROMESSA ANTIGA.


Prometido antes do mundo começar. E todas as promessas foram feitas naquele momento.
Todas as promessas; e todas as promessas forma feitas a Cristo. Paulo fala apenas da
promessa de “vida eterna”, mas você admitirá imediatamente que tal promessa deve ser
considerada como incluindo todas outras.
Na promissora “vida eterna”, Deus deve ser considerado como promissor, o que for
necessário para alcançar a vida eterna. A promessa da vida eterna é uma espécie de
resumo de todas as promessas; porque todas as outras promessas têm a ver com algo que
é útil para nós em nosso curso.Como aqueles atendimentos em serviço, ou aqueles apoios
em julgamento, sem os quais a vida eterna nunca pode ser alcançada.
1 – Para quem ele fez as promessas?
Para quem, então, Ele fez a promessa? Se Ele prometeu antes do mundo começar, Ele
deve ter prometido antes que houvesse qualquer ser humano, com quem entrar em
aliança. Se a promessa fosse então feita, as duas partes contratantes deveriam estar em
existência ou intercurso; considerando que não havia certamente nenhuma igreja, nenhum
homem, para formar um pacto com o Todo-Poderoso. Não há dúvida que foi exatamente
para Jesus Cristo, a segunda Pessoa na sempre abençoada Trindade, que Deus fez a
“promessa de vida eterna antes do mundo começar”.  “Antes do mundo começar” a
apostasia de nossa raça era contemplado e previsto nos conselhos do céu.
Um pacto solene foi celebrado entre as Pessoas da Trindade, cada uma assumindo uma
parte surpreendente no plano de nossa redenção; e embora o Mediador não tenha então
assumido a forma humana. Ele já atuou como o Chefe ou Representante da Igreja,
empenhando-se em oferecer-se como sacrifício pelo pecado e recebendo em troca a
promessa de que o sacrifício deveria ser aceito e deveria prevalecer.
A salvação completa de todos, como crer em seu nome. A vida eterna foi prometida a
Cristo, em nome da Igreja; foi prometido à Igreja por causa de Cristo. Ou melhor, foi
prometido a Cristo, como resultado de Sua obediência e perseverança na carne, que Ele
pode conceder a todos os que devem ter fé na propiciação.
Mas enquanto isso parece suficiente para explicar a estranheza do nosso texto, dificilmente
você pode deixar de observar que a explicação envolve uma grande doutrina geral ou
verdade. Mesmo a mesma doutrina ou verdade que é anunciada em outra parte por São
Paulo quando, falando de Cristo, ele diz que “todas as promessas de Deus estão nEle sim
e amém”.Em outras palavras, que Deus não prometeu nada ao homem, mas em Cristo ou
por conta de Cristo, e que tudo o que Ele assim prometeu, por Sua conta, foi cumprido.
2 – Não havia ninguém mais para ser prometido.
A fim de esclarecer e entender isso, você deve observar que Adão, como o pai de todos os
homens, foi um representante em nosso lugar em seu lugar. E quando toda a raça havia
caído, na pessoa de seu representante, não havia bênçãos e nem misericórdias pelas
quais o homem pudesse olhar. A natureza humana tornou-se tão necessária e inteiramente
exposta à vingança divina que não havia lugar algum para a promessa. Portanto, se Ele
prometeu a todos, só poderia ter sido em virtude de ter feito um pacto com outra Cabeça.
Com Aquele que colocou a raça que Ele representava em tal posição moral, que não mais
estaria em discordância com o caráter Divino, para estender a eles os ofícios de amizade.
Porque era o Seu próprio Filho que tinha se comprometido a ser este Chefe da
humanidade, e porque era certo que o resgate requerido seria pago até o último centavo.
Deus poderia imediatamente abrir ao homem a fonte de Sua benevolência, e lidar com o
homem como um ser que estava dentro das possibilidades do perdão e da imortalidade.
Mas se este é o verdadeiro relato porque, após sua transgressão, o homem ainda poderia
ser o objeto das promessas de Deus.
3 – Ela foi feita originalmente a outro.
Segue distintamente que, de acordo com a doutrina de nosso texto, estas promessas,
porém anunciadas ao pecador em ou após a época do seu pecado, foram promessas feitas
originalmente a outro; e isso, também, “antes que o mundo começasse”. Não poderia haver
promessas, e não tinha ninguém. Mas “a Palavra que estava no princípio com Deus e que
era Deus”, anteriormente empenhada em tornar-se a Fiadora dos seres; tomou sobre si a
morte, a desgraça e vergonha em sua herança.
Certamente, segue-se daí que tudo o que agora é prometido ao homem não é prometido
ao homem em si mesmo, mas ao homem em seu representante. Foi prometido a Cristo
antes de ser prometido ao homem; ou melhor, a promessa foi feita a Cristo, embora a coisa
prometida devesse ser dada ao homem.
4 – A promessa foi feita antes de qualquer coisa existir.
Não fixe, então, como a origem de uma promessa, a ocasião em que a promessa foi
revestida de fala humana na encarnação de Jesus. Nem devemos associar a realização
dessa promessa com o ser humano a quem foi dito pela primeira vez. A promessa foi feita
antes do homem ser criado; a promessa foi dada a um superior ao homem, a um superior a
qualquer ser finito.
E quando você tomou, como você pode justamente, todas as promessas de Deus, e
reuniu-as no único resumo enfático, a “PROMESSA DA VIDA ETERNA”. Você não deve
dizer: Esta cláusula da promessa foi feita a Adão; nem a Moisés, nem a Davi, e nem a
Paulo. Devemos dizer: antes do mundo começar, Deus prometeu a Cristo.
Eis aqui o grande ensinamento deste versículo, de que o fato é que todas as promessas de
Deus serem prometidas à Cristo. E para nós somente por causa de Cristo, e em virtude de
seus méritos.Paulo faz referência aqui a veracidade de Deus: “Deus, que não pode mentir.”
Ele usa uma expressão semelhante em sua Epístola aos Hebreus: “Que por duas coisas
imutáveis, nas quais era impossível que Deus mentisse, poderíamos ter uma forte
consolação”.
5 – Prometidas exclusivamente para o deleite Dele.
Um dos dispositivos mais frequentes e perigosos que Satanás coloca diante de você é
mostrar sua AUTOINDIGUINIDADE. Então somos levados forçosamente a nos privar e nos
esconder as ricas provisões da graça. Pode parecer que estamos sendo tão genuinamente
humildades, pensar que sou indigno de ter uma promessa feita para mim antes da do
mundo existir. Que quase somos convencidos da mentira do diabo.
Mas lembre-se de que sua própria indignidade não tem nada a ver com promessa ou a
realização da promessa. Deus originalmente não fez a promessa para você. Ele chegou ao
seu próprio filho querido, Jesus Cristo, “antes do mundo começar”; e cumprindo a
promessa, fazendo o bem a Sua própria Palavra, isto é independente de não existir
qualquer coisa excelente em nós mesmos.
Ele prometeu para o próprio bem dele, e para a glória do próprio grande nome Dele, que
Ele executa a declaração graciosa dele. Ele é fiel, Ele “não pode mentir”; o céu e a terra
podem passar, mas nem um jota nem um só til pode falhar de tudo o que Ele fez com
Cristo e, através de Cristo, com o pior, o mais débil dos Seus seguidores.

CONCLUSÃO
O que Deus não pode fazer: ele não pode mentir. Ele não mente. Nisto podemos confiar.  
Sua Palavra não mente. Por isso podemos crer nela com a verdade absoluta. O evangelho
é a verdade de Deus. Nele devemos crer. Podemos confiar no caráter de Deus. Então
devemos orar.
Sermão Nº 04 – O mandamento da pregação.
Referência: Tito 1:2-3.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 29/5/2019.

Referência: Tito 1: 3-4


INTRODUÇÃO
Esta passagem nos fala do propósito de Deus e de sua maneira de trabalhar esse
propósito. O propósito de Deus para o homem sempre foi de salvação. Sua promessa de
vida eterna estava lá antes do mundo começar. É importante notar que aqui Paulo aplica a
palavra Salvador a Deus e a Jesus. Isso deveria influenciar a pregação pós-moderna.
Às vezes ouvimos o evangelho apresentado de uma maneira que parece fazer uma
distinção entre um Jesus gentil, amoroso e gracioso e um Deus duro, severo e severo. Às
vezes, parece que Jesus fez algo para mudar a atitude de Deus para com os homens e o
persuadiu a deixar de lado sua ira e não a puni-los. Não há justificativa para isso no Novo
Testamento. E nem na pregação apostólica. Mas no final de todo o processo de salvação
está o eterno e imutável amor de Deus, e foi desse amor que Jesus veio contar aos
homens.
Deus é caracteristicamente o Deus Salvador, cujo último desejo é condenar os homens e
cujo primeiro desejo é salvá-los. Mas esta passagem faz mais do que falar do propósito
eterno de Deus; também fala de seu método. Diz-nos que ele enviou sua mensagem em
seu próprio tempo. Isso significa dizer que toda a história foi uma preparação para a vinda
de Jesus. Não podemos ensinar qualquer tipo de conhecimento a um homem até que ele
esteja apto a recebê-lo.
Em todo o conhecimento humano, temos que começar do começo; então os homens
tinham que estar preparados para a vinda de Jesus. Toda a história do Antigo Testamento
e todas as buscas dos filósofos gregos foram preparativos para esse evento.
O Espírito de Deus estava movendo tanto entre os judeus como entre todos os outros
povos, para que eles estivessem prontos para receber seu Filho quando viesse. Todo esse
propósito será descrito por meio do DECRETO DA PREGAÇÃO. Devemos considerar toda
a história como a educação dos homens para ouvir a pregação da Palavra de Deus e crer
nela para a vida eterna.

I – O PROPÓSITO.
1 – Um tempo oportuno. “No devido tempo” (Tt 1:3). καιροῖς ἰδίοις, em seu próprio
tempo. No tempo apropriado. Paulo chama de a “plenitude dos tempos” GL 4.4. O
evangelho veio a este mundo numa época em que era possível que sua mensagem fosse
mais facilmente compreendida e se espalhasse. Deus preparou o mundo para ouvir a
pregação do evangelho. Havia cinco elementos na situação mundial que facilitaram sua
disseminação.
(a) Praticamente todo o mundo falava grego. Isso não quer dizer que as nações tivessem
esquecido sua própria língua; mas quase todos os homens falavam grego. O grego era a
linguagem do comércio, da politica, da literatura. Se um homem ia tomar parte na vida
pública e atividade, ele tinha que saber grego. As pessoas eram bilíngües e a primeira era
do cristianismo era uma das poucas quando o missionário não tinha problema de
linguagem para resolver.
(b) Para todos os fins e propósitos, não havia fronteiras. O Império Romano era
coextensivo com o mundo conhecido. Onde quer que o viajante pudesse ir, ele estava
dentro daquele Império. Hoje em dia, se um homem pretendesse atravessar a Europa,
precisaria de um passaporte; ele seria retido nas fronteiras; ele encontraria cortinas de
ferro. Na primeira era do cristianismo, um missionário podia se mover sem impedimento de
um extremo do mundo conhecido para o outro.
(c) A viagem foi comparativamente fácil. É verdade que era lento, porque não havia viagens
mecanizadas e a maioria das viagens tinha que ser feita a pé, com a bagagem
transportada por animais lentos. Mas os romanos tinham construído suas grandes estradas
de país em país e, em sua maior parte, haviam limpado a terra de bandidos e o mar de
piratas. Viajar era mais fácil do que nunca.
(d) A Pax Romana. A primeira era do cristianismo foi uma das poucas quando o mundo
estava em grande parte em paz. Se as guerras tivessem estado em toda a Europa, o
progresso do missionário teria sido impossibilitado.Mas a pax Romana, a paz romana,
dominava; e o viajante podia se mover dentro do Império Romano em segurança.
(e) Era um mundo consciente de suas necessidades. As velhas religiões haviam
decepcionados as pessoas e as novas filosofias estavam além da mente das pessoas
simples. Os homens estavam olhando, como disse Sêneca, ad salutem, para a salvação.
Eles estavam cada vez mais conscientes de “sua fraqueza em coisas necessárias”. Eles
estavam procurando por “uma mão abaixada para levantá-los”. Eles estavam procurando
“uma paz, não da proclamação de César, mas de Deus”. Nunca houve um tempo em que
os corações dos homens estivessem mais abertos a receber a pregação da mensagem de
salvação que os missionários cristãos trouxeram. Não foi por acaso que o cristianismo
causou tanto impacto. Veio no tempo do próprio Deus.Onde toda a história tinha sido uma
preparação para isso; e as circunstâncias eram tais que o caminho estava aberto para a
PREGAÇÃO ser ouvida.

II – O MÉTODO.
1 – A salvação revelada
A salvação é agora mais claramente revelada do que nas eras anteriores. No tempo da lei
era apenas a infância e a inação da Igreja, que então era como uma criança sob tutores e
governadores. E como uma criança foi iniciada em rudimentos e elementos da religião
cristã, e dotada de uma pequena medida de conhecimento e fé, porque não chegou o
tempo em que os mistérios de Cristo foram revelados. O Senhor (que não somente, por
Sua sabedoria, ordena Suas maiores obras, mas todas as circunstâncias deles) realiza
todas as Suas promessas e propósitos no devido tempo deles. A manifestação da salvação
deve ser buscada na pregação da Palavra. Nesse ponto fica claro, que a pregação da
Palavra é uma ORDENANÇA DE DEUS. Para tornar Cristo conhecido, esse é o único
nome em que a salvação pode ser obtida.
A pregação segundo Paulo no verso primeiro tem três objetivos:
Em primeiro lugar para gerar fé necessária a salvação e edificar e confirmar a fé no
coração daqueles que vão herdar a vida eterna. Em segundo lugar para produzir o
crescimento no conhecimento da verdade, o que o termo grego para conhecimento, tem
um intensificador (epiginosco=epi+ginose), “todo o conhecimento”. Deus proveu a
pregação como o meio mais eficiente para a aprendizagem e crescimento espiritual. Em
terceiro lugar promover piedade. A pregação atinge seu clímax quando ela é praticada.
Quando o Espirito a usa para santificar o povo de Deus.
2. A Palavra de Deus manifesta através da pregação
A manifestação da palavra de Deus foi gradualmente feito para os homens – para todas as
nações, tanto judeus como gentios – em geral, e para lugares específicos. A
instrumentalidade usada para essa manifestação foi a pregação. Aqui está a simplicidade,
o zelo e a afeição mostrados na pregação do apóstolo e que devemos imitar. A palavra de
Deus é o conteúdo. Não temos outra mensagem. Deus manifesta sua palavra por meio da
pregação.
A pregação é o meio eficaz escolhido por Deus para transmitir sua palavra aos fiéis. O
método de Deus é a pregação. Deus é um ser apaixonado pela pregação. Quando ele se
tornou homem, a principal coisa que ele amava fazer era pregar. Por intermédio do
sagrado oficio da pregação dos ministros chamados a esse sagrado oficio é que Deus
opera a salvação dos homens. O evangelho não é filosofia, nem autoajuda, nem
dramaturgia, ele é manifestado pela PREGAÇÃO autorizada da Palavra de Deus. O
ministro deverá pregar em nome de Deus.
JC Ryle conta que um cavalheiro americano uma vez foi ouvir Whitefield pela primeira vez,
em consequência do relatório que ele ouviu sobre seus poderes de pregação. O dia estava
chuvoso, a congregação relativamente pequena e o começo do sermão bastante
monótono. Nosso amigo americano começou a dizer para si mesmo: “Este homem não é
uma grande maravilha, afinal de contas”. Eu estou olhando em volta e veja a congregação
tão desinteressada quanto ele. Um velho diante do púlpito estava dormindo um sono
profundo.
Mas de uma vez Whitefield parou pregar e de repente seu semblante mudou. E então ele
repentinamente explodiu em um tom alterado:
“Se eu tivesse vindo falar com você em meu próprio nome, você poderia descansar seus
cotovelos nos seus joelhos e suas cabeças em suas mãos e dormir; e, de vez em quando,
olhe para cima e diga: do que fala esse tagarela? Mas eu não vim pregar a vocês em meu
próprio nome. Não! Eu vim a você em nome do Senhor dos Exércitos”. (ao dizer isso; ele
bateu com a mão no púlpito e o pé no chão com uma força que fez o palanque de madeira
balançar),“ eu devo, e serei ouvido ”.
Então as pessoas começaram a ouvi-lo. O velho acordou imediatamente. “Ai, ai!”, Gritou
Whitefield, fixando os olhos nele, “Eu acordei você? Eu precisava fazer isso. Eu pretendia
fazer isso. Eu não venho aqui para pregar para um monte de pedras. Eu vim a vocês em
nome do Senhor Deus, e devo e vou ter a atenção de vocês. Os ouvintes foram
despojados de sua apatia imediatamente. Cada palavra do sermão foi atendida. E o
cavalheiro americano nunca esqueceu isso

III. O CHAMADO
O chamado do ministério. (v.3) “que me foi confiada”.
Todo ministro chamado por Deus é um comissionado por Cristo, a quem Ele ordena depois
de Sua partida, o cuidado e supervisão de Sua Noiva. Que é mais preciosa para Ele do que
sua própria vida, esta responsabilidade é da aqueles que são chamados mordomos desta
grande casa. Que tendo recebido as chaves para abrir o reino dos céus para abrir as
dispensas e satisfazer a necessidade de seus conservos. São vasos escolhidos, como
Paulo, para não conter, mas para levar a pérola e o tesouro do reino; alimentadores, como
Pedro, homens, que cuidam da vinha até o seu retorno. A honra de um ministro é a
fidelidade no diligente e cuidadoso trabalho confiado a ele. A parte principal do seu trabalho
repousa no fiel fornecimento dos legados de Cristo à Sua Igreja, segundo o Seu próprio
testamento; que como é seu dever ordenado (1 Co 4: 2). Assim é sua coroa, sua alegria,
sua glória, que por suas dores fiéis ele tem procurado o bem-estar de seu povo, e traz
consigo uma grande recompensa.
2. A excelência do chamado.
O ministério não é um chamado de facilidade, mas uma questão de grande encargo; nem
desprezível, pois muitas pessoas desdenhosas acham que também baseiam um chamado
para seus filhos. Mas honroso, perto de Deus, uma vocação entregando aos homens, para
lidar com grandes assuntos, os quais até mesmo os anjos desejaram ter recebido tamanha
confiança e honra. Até mesmo o Senhor dos anjos, o próprio Jesus Cristo, exerceu como
mestre e o primeiro de muitos ministros que depois dele viriam. A honra do chamado é tal,
que aqueles que estão envolvidos na obra são chamados de cooperadores de Cristo na
salvação dos homens.
3. A consciência do chamado.
Quem quer que esteja no ministério, deve encontrar conforto numa consciência limpa. De
que estão exercendo seus ministérios fielmente e DEVEM SER CAPAZES DE PROVAR
QUE NÃO SÃO INTRUSOS, mas foram constrangidos pelo chamado de Deus, do qual não
se pode fugir.Paulo desempenhou todos os deveres com a Igreja, em virtude de seu
extraordinário chamado, assim devem ser todos os ministros. Nenhum homem deve pensar
em nenhuma vantagem para si mesmo. Por isso Paulo enfatiza em cada epistola, que ele
recebeu seu chamado não de homens, mas de Jesus Cristo.
Que nenhum homem pretenda tomar sobre ele qualquer ofício na Igreja sem ser chamado;
ninguém toma essa honra para si mesmo. O próprio Cristo teve ser designado por seu
pai. Ninguém aceite o chamado do homem, sem ser chamado de Deus; pois isso era o
disfarce dos falsos apóstolos contra os quais nosso apóstolo se opõe e por isso ele ensina
nas suas epistolas, que eram chamados por homens, mas não por Deus.
Em todos os outros ministérios, certifique-se de que você tem a GARANTIA de Deus, e a
LEGITIMIDADE do chamados tanto no exercício dele. Comprometidos constantemente no
exercício da fé e do arrependimento, não esquecendo diariamente de santificá-los pela
Palavra e oração.
4. A natureza do chamado.
O ministro é um servo de todos. Como o apóstolo aqui magnifica a sua autoridade em que
ele é um servo de Deus. Um apóstolo de Jesus Cristo. Que ele recebeu seu apostolado por
comissão e mandamento do próprio Cristo; e todos esses argumentos amplificaram a
excelência de seu chamado.
A razão de tudo o que não é tanto para persuadir a Tito, mas sim por causa dos cretenses,
para que pudessem obedecer a pessoa do portador da carta. Porque muitos nessa ilha se
levantaram contra Tito, e SERIA OPOSIÇÃO AO SEU CHAMADO, pois não eram
chamados por Deus. Se fossem não seria oposição mais companheiro na obra.
Por causa do estabelecimento da ordem e das muitas mudanças, Tito teria oposições
ferrenhas: pessoas que gostavam de controversas e doutrinas errôneas. Por isso é mais
prolixo e gasta mais tempo falando dos seus títulos; de outra forma, onde ele não
encontrou tão forte oposição, ele é mais poupador em seus títulos.

IV – O DECRETO.
1. O comissionamento necessário (v.3). “Segundo o mandamento de Deus, nosso
Salvador”. A palavra é manifesta mediante a pregação por autorização de Deus, nosso
Salvador. Paulo diz que ele exerce um ministério que é a pregação do evangelho. E para
isso ele recebe um OFICIO: ele é consagrado pelo próprio Cristo, como Apóstolo, ou seja,
um enviado com autorização especifica. Com a autoridade desse oficio apostólico, ele
autoriza outros. Especificamente ele está revestindo Tito de toda a autoridade necessária
para colocar em ordem as questões de ordem eclesiástica, administrativa, moral e
espiritual nas igrejas das ilhas de Creta.
Paulo não é um crente que se autodenomina apostolo. Tito não é um crente que se
autodenomina Pastor. Ele recebe autorização e a comissão de outro, para exercer um
oficio eclesiástico.  Tito chega nas ilhas de Creta, com uma carta na mão, e com uma
ordem do apostolo Paulo, para colocar em ordem a igreja. Todo crente é comissionado a
pregar o evangelho. A testemunhar a mensagem da cruz.  Mas alguns crentes são
especificamente chamados para ter um OFICIO que administra as formalidades de como
se organiza as questões espirituais e doutrinarias.
Paulo ordena em (2Timoteo 4.2) sob juramento: “Pregue a palavra, esteja preparado a
tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina”. Na
teologia Paulina; Deus dá esses dons aos homens, e que são reconhecidos pela igreja e
confirmados por uma liderança local reconhecida. Ninguém saiu de uma igreja para abrir
um trabalho por conta própria (At 13.1-2). E isso continuou por toda a história da igreja. As
exceções são os grandes cismas; como a separação dos protestantes e católicos, feitas
pelos reformadores magistrais.
2. O melhor aliado no trabalho cristão. (v.3) “de Deus nosso Salvador”.
Paulo, enfatiza a divindade do Senhor Jesus. O mandamento é de um soberano. Que é o
dono da obra. É quem sustenta a obra e garante o sucesso dela. Ele é o melhor aliado
dela. Nosso estandarte é o nome Dele.
Frederico, o Grande, esteve uma vez em companhia de uma série de intelectuais franceses
e havia também um corajoso escocês à mesa, que era o embaixador da Inglaterra.
Frederico, o Grande rei da Prússia (1740-1786), estava então enfrentando uma guerra, na
qual ele dependeria de subsídios ingleses e, então o embaixador, ao ouvir o rei e esses
tolos franceses ridicularizando a religião, e falando de sua decadência certa e súbita, disse:
“Com a ajuda de Deus, a Inglaterra permanecerá com a Prússia na guerra”. Frederico
virou-se e disse, com um ar zombeteiro: “Com a ajuda de Deus! Eu não sabia que você era
um aliado desse nome. ”Mas o embaixador virou-se para o rei e disse: “Que agrade a sua
majestade, esse é o único aliado que a Inglaterra tem a quem a Inglaterra não envia
subsídios”.
E deixe-me dizer que nós, como igreja cristã e como sociedade missionária, temos um
aliado nesse Nome. Nosso aliado é o Senhor dos Exércitos, e é porque o Seu nome tem
estado em nossos estandartes que nós tivemos sucesso no passado. Que estejamos
comprometidos até a morte de acordo com o mandamento de Deus nosso Salvador

IV – O RELACIONAMENTO
(V.4) “A Tito, meu verdadeiro filho”. (γνησιωι τεκνωι – gnēsiōi teknōi )
1 – Filiação espiritual
Que ministros são pais espirituais para gerar filhos para Deus. O sentido de palavra
quando a aparece na Escritura, descreve um relacionamento.
– Quem de fato é propriamente por meio do sangue e de nascimento natural?
– Sempre se referindo aqueles que estão em uma linha descendente direita, embora nunca
tão longe.
– Referindo a quem adota uma criança como filho.
– Também se refere aqueles relacionamentos próximos, geralmente, como superiores, em
idade, lugar ou dons; ou, mais especificamente, por cujo conselho, sabedoria, ternura e
cuidado, que geralmente são próprios dos pais.
Assim José era um inferior, chamado pai do faraó; isto é, um conselheiro. Jó, por sua
ternura e cuidado, foi chamado de o “pai dos pobres”. Alunos dos profetas, chamados de
filhos dos profetas. Eliseu, diz de Elias, meu pai, meu pai; e Jubal era o pai de todos os que
tocam harpas. Mas muito mais propriamente é o ministro chamado pai de tais como ele
converte à fé, porque eles geram homens para Deus, como Paulo diz que gerou Onésimo
em suas prisões.
A semente da regeneração é a graça celestial em que uma natureza divina é produzida, o
instrumento pelo qual é transmitido, é a Palavra de Deus, através do ministro ou o
discipulador. Os três filhos de Calvino morreram todos na infância. Do último, ele escreveu
a um amigo: “O Senhor me deu outro filho, e o Senhor o levou; mas não tenho milhares de
filhos na fé de Cristo?
2. Os ministros como pais.
Agora, se algum desejar ter o cuidado de seus ministros, como filhos em relação a seus
pais, eles devem cumprir esses deveres.
(a) Reverenciar. Eles devem dar-lhes dupla honra (1Tm 5:17), reverenciando suas
pessoas, suas posições, e por isso que existe título de reverendo.
(b) Sustentar. Eles devem participar em todos os seus bens, como os levitas na lei fizeram;
sim, se for necessário, arriscar a vida por amor deles em agradecimento pelo ministério
deles.
Paulo diz: (Rm 16:3,4) : “Saúdem Priscila e Áqüila, meus colaboradores em Cristo Jesus.
Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos
gentios.
(c) Respeitar. Nenhuma acusação deve ser recebida contra eles sob duas ou três
testemunhas; uma criança obediente não ouvirá, muito menos acreditará, relatos malignos
contra seu pai.
(d) Ouvir. Em casos duvidosos de consciência recorrer a eles pedindo o conselho, como
filhos de seu pai.
(e) Obedecer. Obedeça-os em todos os preceitos piedosos, suporte humildemente à sua
severidade.
Que sejamos guiados por suas orientações piedosas, como aqueles que têm a supervisão
das nossas almas confiadas a eles, assim como a criança engenhosamente imita e
obedece a seu pai.
3. A família espiritual. (v.4) “segundo a fé comum”. (κατα κοινην πιστιν – kata
Koinéēn pistin)
Assim como o grego Koinê a língua comum a todos os povos do tempo dos apóstolos.
Assim é a koinê pistis, a fé comum.  A fé é uma e a mesma em todos os crentes, portanto,
é chamada de fé comum. Essa fé comum é o que nos torna uma família. Os cristãos
podem ter características diferentes, entendimento teológicos diferentes, eclesiologias
diferentes, liturgias de culto diferentes. Mas independente de todas as diferenças todos os
verdadeiros crentes tem uma mesma fé. A fé que é comum a todos. A fé salvadora. A fé
justificadora. A fé santificadora. Esta é a salvação, comum a todos os crentes; chamado,
portanto, por Judas a salvação comum.

IV – O RESULTADO.
v.4 “Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador”. ( του
σωτηρος ημων τεου – tou sōtēros hēmōn theou )
– “Graça”, a fonte de nossa redenção.
– Misericórdia”, exibida em nossa redenção.
– “Paz”, o resultado da nossa redenção.
– A fonte e o meio da bênção. Deus o Pai de quem vem, e Cristo o Filho por quem vem.
1. Graça trazendo paz
A graça de Deus é toda a suficiência de seu povo. A primeira, a média e a última causa de
toda coisa boa transmitida a eles, ou a partir deles. Constantemente o Senhor reforçou este
ponto sobre Seu próprio povo, ensinando-lhes por coisas temporais, seu estado espiritual e
condição (Dt 7:7). Somente aqueles que são pela graça e misericórdia aceitos por Deus
têm sua porção nesta paz aqui mencionada.
A Paz, que é todo tipo de prosperidade, é prometida apenas aos piedosos. Eles
prosperarão em tudo; e o apóstolo a pronuncia somente sobre o Israel de Deus que é a
igreja. É, portanto, concedido àqueles somente que são justificados pela fé; vendo que eles
só têm paz com Deus, que é a parte principal dela.
A paz é um fruto da graça de Deus, diversas frases nas Escrituras demonstram isso. A paz
é chamada de “paz de Deus”, e que Deus é chamado de “Deus da paz”; como também a
diferença que é digna de ser observada entre as saudações do Antigo e do Novo
Testamento. No Antigo Testamento, graça e paz nunca são unidas. A forma comum de
saudação era “a paz esteja contigo”, “a paz esteja nesta casa”, “vá em paz”.
Mas os apóstolos, depois que o mistério da redenção foi revelado e aperfeiçoado antes da
saudação comum, prefixam essa palavra – graça, ou misericórdia, ou ambos. Como elas
nunca são unidas no Antigo Testamento, então elas nunca são separadas no Novo, para
mostrar que não podemos ter uma separada da outra, e nem podemos separá-las.
2. Paz somente em Cristo.
Um ministro foi convidado a visitar uma pobre mulher moribunda. O mensageiro sendo
ignorante não podia dar conta de seu estado, exceto que ela era uma mulher muito boa e
muito feliz, e agora estava no fim de uma vida de boas obras portanto, certa de ir para o
céu. O Pastor então viu que ela estava muito doente, e depois de algumas perguntas
gentis sobre sua condição corporal, disse: Bem, eu entendo que você está em um estado
mental muito pacífico, dependendo de uma vida de boas obras.
A mulher olhou duro para ele, e disse: Sim, estou no gozo da paz. Você está certo; doce
paz, e isso de uma vida bem vivida. Mas é a vida bem passada de Jesus; não o meu fazer,
mas o seu; não meus méritos, mas Seu sangue. Sim; apenas um homem passou uma vida
que cumpriu todos os requisitos da santa lei de Deus e sobre a qual descansamos diante
de Deus. A paz somente por Jesus.

CONCLUSÃO
Que sejamos lembrados da importância da pregação bíblica. E saber que Deus fala por
meio da pregação da sua Palavra. A pregação deve ser o centro de todos os nossos cultos.
Pois ela é expressa o bom proposito de Deus. Ela é um mandamento de Deus. Ela é o
método de Deus salvar e edificar o seu povo. Ela produz os resultados de graça,
misericórdia e paz.

Sermão Nº 05 – O mandamento da pregação.


Referência: Tito 1:5.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 05/06/2019.

INTRODUÇÃO
Os livros acerca da vida da igreja ou de plantação de igreja geralmente falam muito em
como organizar ou estruturar uma igreja. Existe no mercado uma profusão de material
oferecem planos para a vida eclesiástica saudável. Discute-se muito também a respeito da
elaboração de bons cultos aos domingos. Qual é a melhor maneira de organizar pequenos
grupos? Quais são os melhores cursos de treinamento? Quais são os melhores métodos
de discipulado? Que fatores impedem o crescimento da igreja e como vencê-los? Que
sistemas administrativos são os melhores para uma igreja em crescimento?
Em vista de Paulo ter deixado Tito em Creta para que ele “… pusesse em ordem o que foi
deixado inacabado…” (v.5), seria lógico esperarmos que a Carta a Tito oferecesse
respostas a essas perguntas. Contudo, a carta de Paulo não responde a nenhuma delas.
Paulo instrui Tito em como organizar a igreja, mas não fala nada a respeito de estruturas,
eclesiologias, sistemas, reuniões ou liturgias.  Não que essas coisas sejam insignificantes.
Precisamos de estruturas, reuniões,  e eclesiologias, mas elas são específicas a um
contexto.
Não podemos pegar um modelo criado para um lugar determinado em um tempo
específico e usá-lo em toda e qualquer situação. Temos de resolver essas coisas dentro do
contexto em que estamos.O que é central e universal — e esse é o foco de Paulo —- é
DISCIPULAR com o evangelho. A impressão é que Paulo deixa por conta de Tito as
estruturas, os processos e as reuniões. O que ele enfatiza em toda a carta é a importância
do discipulado centralizado no evangelho. A ênfase está em organizar a igreja pelo
discipulado fundamentado na palavra para o ministério.

ORDEM DA IGREJA
A importância da liderança.
Em toda comunidade cristã deve haver a manutenção da ordem. Confusão em uma Igreja
é uma calúnia ao nome de Cristo e impedi definitivamente a paz, o poder, a prosperidade e
a utilidade da igreja local. A manutenção da ordem da igreja requer o ministério de
superintendentes especiais. As palavras presbítero, bispo e pastor, inicialmente parecem
se referir ao mesmo ofício – o de superintendente.
Mas ao longo do tempo cada uma delas foi tomando novos significados e funções de
acordo com o contexto da necessidade da igreja local. A liderança de tais pessoas deve
manter a ordem, não para legislar, mas para amar; não pela imposição de autoridade, mas
por uma humilde devoção aos interesses espirituais de todos.
A indicação da liderança.
O primeiro passo imediato para deixar a igreja de Creta em ordem é a indicação de líderes.
É isso que a segunda metade do versículo 5 deixa claro: “A razão de tê-lo deixado em
Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros
em cada cidade, como eu o instruí”. Paulo havia anunciado o evangelho, plantado a igreja
e começado a discipular os novos crentes, mas ele foi embora antes de indicar líderes.
Podemos imaginar o motivo para essa atitude de Paulo ao lermos a Primeira Carta a
Timóteo, na qual o apóstolo adverte acerca do perigo de indicar pessoas inexperientes
para a liderança da igreja. O presbítero não deve “ser recém-convertido, para que não se
ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo” (1Tm 3.6).
Assim, o conselho a Timóteo (e a Tito, e ao próprio Paulo) é: “Não se precipite em impor as
mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro. […] Os
pecados de alguns são evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento, ao
passo que os pecados de outros se manifestam posteriormente” (1Tm 5.22,24).
Temos de observar sem pressa o caráter das pessoas; o tempo revela verdades que nem
sempre são óbvias à primeira vista. Portanto, Paulo encarrega Tito de continuar
DISCIPULANDO os crentes, tendo em mente a indicação de presbíteros. Esse padrão
reflete a atitude de Paulo em sua primeira viagem missionária. Ele e Barnabé anunciaram o
evangelho nas cidades de Antioquia, Icônio, Listra e Derbe. “… Então [mais tarde] voltaram
para Listra, Icônio e Antioquia […] Paulo e Barnabé designaram-lhes em cada igreja; tendo
orado e jejuado eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado” (At
14.21,23).
Observe a estratégia missionária de Paulo nessa cultura Pagã. Primeiro ele anuncia o
evangelho (Tt 1.1, 4:) e depois organiza os cristãos em igrejas locais (V.5-9). Sua
estratégia é a plantação de igrejas. Seu alvo é espalhar igrejas centradas no evangelho em
todo o mediterrâneo, e ele deseja ver igrejas lideradas por presbíteros “… em cada cidade”
(v. 5).Devemos nos perguntar: É essa a nossa paixão e meta? Embora, quase não
conhecemos cidades, e bairros sem uma igreja evangélica?
Mas há uma carência de igrejas, que sejam fieis ao ensino das Escrituras, e que procurem
viver uma vida de piedade e santidade. O que nossa igreja poderia fazer para que em dez
anos uma comunidade evangélica bíblica esteja testemunhando de Cristo pelo menos nos
principais bairros da nossa cidade?Dessa forma, organizar uma igreja requer a indicação
de obreiros.
Contudo, é importante notar que Paulo não está preocupado em estabelecer estruturas e
processos específicos. É difícil, por exemplo, extrair desses versículos um MODELO DE
GOVERNO eclesiástico (embora algumas pessoas tenham tentado). O interesse maior de
Paulo é o CARÁTER, não a estrutura da equipe de liderança; o importante é a função dos
líderes, e não sua hierarquia (v. 9).
Quando fala a respeito de liderança, Paulo enfatiza a descoberta de bons discípulos que
irão treinar bons discípulos. Ele quer líderes que mostraram ser discípulos fiéis e espera
que eles invistam tempo fazendo mais discípulos.O que você espera de um líder?
Geralmente esperamos que tenha muitas aptidões — boa pregação, personalidade
dinâmica, um toque pastoral, boa estratégia, capacidade administrativa.
No entanto, Paulo está mais interessado no tipo de pessoa que os líderes são. Se você é
líder da igreja ou de um pequeno grupo, os versículos 5 a 9 mostram o tipo de líder que
deve ser.  Se você não tem cargo de liderança na igreja, esse é o tipo de líder que deve
querer ter e (caso você já tenha) então apoiem e apreciam o trabalho deles. Se não, então:
orem para que seus líderes sejam assim.
O trabalho da liderança.
Os superintendentes devem ser homens de excelência distinta.  Aperfeiçoando a ordem da
igreja. Vejam qual foi o trabalho especial desses pastores. Eram companheiros dos
apóstolos, eles deveriam levar à obra do Senhor até a perfeição, tanto preservando o
fundamento que havia sido estabelecido pelos apóstolos, quanto construindo mais adiante
por sua direção, de onde pararam.
O ministério ficava entre o apóstolo e o pastor: o chamado deste era procedente dos
apóstolos, assim como o dos apóstolos era procedente de Cristo. Não obstante muitos
defeitos e problemas haviam nestas Igrejas e daqueles grandes; e vemos que na sua
constituição, elas eram desprovidas de Pastores que liderassem essas igrejas. No entanto
isso não foi negligenciado por Paulo e nem condenado por Tito, como uma igreja
antibíblica. Isto nos ensina que não devemos ser precitados em condenar uma igreja, por
falta de algumas leis ou governos que não estão no momento de acordo com as
orientações das Escrituras.
Muitas igrejas plantadas pelos próprios apóstolos, não se enquadram no nosso modelo de
ORTODOXIA. Muitas delas foram supridas doutrinariamente e mudaram anos depois.
Outras foram igrejas que eram bíblicas, ortodoxas e exaustivamente ensinadas pelos
apóstolos e seus obreiros, mas que se tornaram frias e estéreis, ao ponto de serem
ameaçadas pelo próprio Cristo de serem excluídas, e perderem o status de ser igreja. Veja
o exemplo da igreja mais ortodoxa, que tinha a melhor teologia, a quem o próprio apostolo
Paulo, ensinou tudo o que sabia, ao ponto de dizer eu vos ensinei “todo o conselho de
Deus” (At 20.27).
A essa igreja, Paulo colocou seu melhor discípulo, de quem ele fala que sabia tudo de
bíblia, que era Timóteo que depois foi substituído por Onésimo. Veja o que Jesus fala a
essa igreja poucos anos depois da morte do pastor Timóteo e Onésimo.  Contra você,
porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu!
Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a
você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. (Ap 2:4,5).
O trabalho paciente da liderança
Aprendemos, portanto, que nenhuma Igreja é levada apressadamente para qualquer
perfeição. Muitas igrejas levaram anos para encontrarem o caminho da ortodoxia. Os
próprios apóstolos, os mestres construtores, com muita sabedoria e trabalho, e muitas
vezes por um longo tempo, não conseguiram tais objetivos.
E se eles não tivessem providenciado obreiros para continuar o trabalho deles com muito
cuidado e diligencia, tudo se perderia em pouco tempo. Muito barulho eles fizeram para
estabelecer os alicerces e preparar o material para o edifício; e ao mesmo tempo
trabalhavam, convertendo os homens à fé e batizando-os e os discipulando pelo
evangelho.
Mas depois que as pessoas se uniam a uma profissão publica de fé e começavam a fazer
parte da igreja visível, ou seja, a igreja local. Então exigia mais cuidado e trabalho, e maior
parte foi deixada para a liderança local. Assim como é a construção da casa de Deus,
também não é diferente do acabamento de outros grandes edifícios.
Veja com que mão de obra são escavadas pedras da terra? Veja a dificuldade para tirar
sua aspereza natural? Veja o suor e força que são gastos antes que o pedreiro possa usar
os tijolos e essas pedras? Veja também como é o caso da madeira. E no entanto, depois
de tudo isso, esses materiais ficam muito tempo aqui e ali, dispersos e não abrigam
nenhuma casa. Até que, pela habilidade de algum construtor habilidoso, eles sejam
apropriadamente colocados e unidos em sua estrutura.  Assim, o coração de todo homem,
na aspereza natural, é tão duro quanto uma pedra; sua vontade e afeições, como os
carvalhos resistentes e nodosos.
Resistindo invencivelmente a todas as dores dos pedreiros e carpinteiros de Deus, até que
o dedo de Deus no ministério da pregação do evangelho; venha e faça caminho simples e
suave, trabalhando em sua conversão. Isso pela habilidade de algum construtor
engenhoso, eles são apropriadamente colocados e presos juntos em sua estrutura.
ORDENANDO PRESBÍTEROS.
O apostolo Paulo, deixou Tito em Creta, e lhe deu autoridade com poderes específicos:
Para colocar em ordem as coisas que estava faltando.
Para ordenar presbíteros em todas as cidades.
Não podemos nos esquecer que havia limitação para esses atos: “Como eu te ordenei”.
Tito não tinha autoridade alguma para fazer nada que não fosse de acordo para a sua
comissão dada pelo apostolo, para uma direção especial.
Ministros locais
Os ministros têm trabalho especial e geral. Alguém já disse: QUE O TRABALHO DO
MELHOR DE NÓS PRECISA DA REVISÃO DE OUTROS”. Paulo está dizendo: Coloque
em ordem, reavalia, revisa tudo, e endireita todas as coisas. Todo grupo de cristãos deveria
ter um presbítero-autorizado. Ele diz presbíteros em todas as cidades”. Isto é muito
sugestivo, a influência que o Evangelho tinha em todas as cidades Creta, famosa por suas
muitas cidades.
O historiador Homero, em um dos seus escritos, menciona que uma das ilhas tinha cem
cidades e outra noventa. Pense nas centenas de cidades que deverias haver presbíteros. E
muitas dessas igrejas, não se tinha mais que cinquenta pessoas. Mesmo assim tinha que
ter pelo menos um presbítero. O movimento de igreja em células deveria olhar para esse
texto com mais cuidado. Paulo não está pedindo que Tito, escolha lideres para células.
Ele está ordenando que Tito consagre Presbíteros, com autoridade eclesiástica plena para
cada igreja local. Capaz de cuidar de todas as necessidades pessoais de seus membros.
Uma mega igreja não atende esse propósito. Por isso ele comissiona Tito para ordenar os
presbíteros em todas as cidades.
Consagrando outros.
Nosso próprio Senhor é a única fonte e origem de todo poder ministerial. Ele é o Cabeça
da Igreja – ninguém pode tomar posse na Igreja exceto com a Sua autorização. Ele é
nosso grande Sumo Sacerdote – ninguém pode servir debaixo dEle, a menos que seja por
Sua designação. Ele é o nosso Rei – ninguém pode governar em Seu reino, exceto que
eles detêm Sua comissão. Este poder ministerial nosso Senhor conferiu aos seus
apóstolos.
Nos Atos dos Apóstolos e em outras partes do Novo Testamento, aprendemos como os
apóstolos realizaram essa comissão. O primeiro ato dos apóstolos depois da Ascensão foi
admitir outro em suas próprias fileiras. Matias foi indicado e eleito para o lugar traidor
Judas. Depois de algum tempo, as necessidades da crescente Igreja exigiram que eles
nomeassem oficiais subordinados, mas eles mesmos ainda mantinham o controle principal.
Esses oficiais eram, em primeiro lugar, DIÁCONOS, cujo dever especial era atender à
devida distribuição das esmolas da Igreja, mas que também, como aprendemos com a
história subsequente de dois deles, que Estevão e Filipe receberam autoridade para pregar
e batizar; Em segundo lugar, os PRESBÍTEROS que foram designados para funções ainda
mais altas, para serem pastores de congregações, para alimentar o rebanho de Deus e ter
a supervisão dele.
Nós lemos sobre os anciãos primeiramente em Atos 11:30. A palavra “ancião”, onde quer
que ocorra no Novo Testamento, é uma tradução da palavra grega “presbíteros”. De onde
vieram nossas palavras “presbítero” e “sacerdote”, o último por contração. Se a palavra
presbítero não tivesse sido traduzida, como as palavras “BISPO” (administrador,
supervisor, presidente), “DIÁCONO” (servo) e “APÓSTOLO” (enviado), e aparecesse como
“presbítero” ou “sacerdote”, o leitor da bíblia teria sido salvo de muitas heresias e de
inferências erradas.
Assim, os apóstolos, a fim de atender as necessidades da Igreja, compartilharam,
gradualmente, suas funções com os outros, admitiram outros pela oração e pela imposição
das mãos no santo ministério. Mas havia uma prerrogativa que eles ainda mantinham em
seu próprio controle, isto é, o poder de ordenar os outros.  No entanto, se a Igreja fosse
continuada, se a promessa de Cristo fosse cumprida, “Eis que estou convosco todos os
dias, até o fim do mundo”, esse poder também deve ser transmitido.
E assim descobrimos que o colégio dos apóstolos foi gradualmente ampliado. Um deles foi
São Paulo, que recebeu o apostolado, com todas as suas prerrogativas, diretamente do
céu. Lucas chamou Barnabé, de apostolo, junto com Paulo. E, finalmente, nas Epístolas
Pastorais, chegamos ao último elo da corrente que liga o governo apostólico da Igreja à
SUPERINTENDÊNCIA EPISCOPAL que se seguiu.
Quando os apóstolos viajaram por todo o mundo conhecido, estabeleceram Igrejas e
ordenaram clérigos (obreiros, presbíteros, pastores) em todas as cidades por onde
passavam. Os apóstolos descobriram finalmente que a supervisão de todos os cristãos de
quem eram os pais espirituais havia se tornado demais para eles.
Sentiu-se a necessidade de colocar sobre cada igreja um superintendente local que, dentro
de um distrito fixo, deve estar armado com plena autoridade apostólica – com poder para
governar a Igreja, administrar a disciplina, ordenar o clero e pregar com autoridade (2 Tm
4.2). Quando abrimos as Epístolas Pastorais, descobrimos que era apenas para tal cargo
que Timóteo e Tito foram nomeados.
A sucessão dos apóstolos.
E a história nos informa que, imediatamente após os tempos dos apóstolos, a Igreja Cristã
em todas as partes do mundo era governada por bispos[1], que afirmavam ser sucessores
dos apóstolos, e somente quem tinha o poder de ordenar, com sacerdotes e diáconos sob
eles. A tradição afirma, que Tito, foi o bispo de Creta nomeado pelo Apostolo Paulo. Que
Tiago, irmão do Senhor foi o Bispo de Jerusalém; Onésimo foi chamado de Bispo de Éfeso,
sucedendo a Timóteo[2].
Por que os bispos não guardaram para si o nome de apóstolos, não sabemos; mas
provavelmente eles se julgavam indignos de compartilhar esse título com santos eminentes
como aqueles que haviam sido chamados por Cristo para serem Seus apóstolos originais.
Portanto, adotaram uma designação que tinha menos associações augustas. E então
optaram por um clero da segunda ordem.
E por entender mais tarde que essa deveria ser a designação dos 12 discípulo e de Paulo.
E que somente eles tinham credencias para isto sendo testemunha da ressurreição. Por
mais de 1.500 anos, nenhuma outra forma de governo da Igreja era conhecida em qualquer
parte da cristandade. Embora alguns eruditos afirmem que o modelo de governo de igreja
bíblico seja um corpo de presbítero, e que isto mudou no segundo século. Mas falta
evidencia histórica para essa afirmação.
No livro de apocalipse escrito no inicio do segundo século, usa a identificação “o anjo da
igreja”, ou seja o mensageiro, o pregador, ou o Pastor. Como disse certo erudito: “Vire para
onde quisermos ir, norte ou sul, leste ou oeste, ou tome qualquer período da história
anterior à Reforma, e não podemos descobrir nenhuma porção da Igreja que não fosse
governada por bispos, ou onde não houvesse essas três ordens de ministros (Bispo,
Presbítero, Diácono)”.
A sucessão na reforma.
Pela boa providência de Deus, na grande crise do século XVI, fomos autorizados a manter
a antiga organização da Igreja Cristã. A Reforma nestas ilhas foi o ato da própria Igreja,
que, embora rejeitasse a supremacia usurpada do Bispo de Roma, também retornou em
outros aspectos à fé mais pura dos tempos primitivos, cuidadosamente mantida inalterada
as três Ordens do Ministério.
A reforma protestante, considerou o Titulo de Pastor, mais apropriado, considerando a
necessidade do povo de cuidado e ensino autentico das Escrituras. Lutero e Calvino, foram
pastores de congregações e ordenaram a outros, para continuarem a colocar em ordem as
coisas que ainda precisava e  para ordenar outros a fim de continuar a obra.
Não houve separação do elo que nos ligou aos homens a quem o Grande Chefe da Igreja
disse: “Como o Meu Pai me enviou, eu também vos envio.” Que razão abundante temos
nós, os ministros e todos os crentes, para serem grato a Deus por isso!  Nós, os ministros,
podemos fazer o nosso trabalho sem receio de saber se somos de fato embaixadores de
Cristo ou não.
Sabemos que em todos os nossos atos ministeriais Ele está conosco, que Ele está
realmente agindo através de nós, e que nossos fracos e indignos esforços para promover
Seu reino e glória são apoiados e fortalecidos por um Poder infinito que pode transformar
nossa fraqueza em força. E as pessoas também deveriam abençoar e agradecer a Deus
que, através de Sua grande bondade para conosco, quando no século XVI provocou uma
verdadeira Reforma na religião que voltou ao cristianismo primitivo.
Podemos louvar a Deus, porque pertencemos à própria Igreja fundada pelos apóstolos, e
que esta Igreja PROTESTOU contra o ramanismo, e libertou-se da corrupção medieval e
salvou-se daquelas superstições degradantes nas quais o cristianismo romano caiu. Que
todos nós temos livre acesso aos meios de graça que Cristo designou para o Seu povo;
que todos os que creem nele podem participar dos sacramentos o batismo e santa ceia. E
que são devidamente ministrados de acordo com a ordenança de Deus.
Você tem um ministério local que pode falar para você em nome de Cristo e ouvir sua
mensagem de reconciliação; pois eles foram separados para o seu ofício por Ele mesmo –
para quem e para ele todo o poder foi dado no céu e na terra. Que somos “concidadãos
com os santos da casa de Deus, e somos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
dos profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra angular”.
A confirmação da igreja.
A consciência limpa de que se tem um ministério válido depende da própria existência de
uma Igreja. De um ministério fiel depende do bem-estar de uma igreja. E até que ponto o
caráter do ministério depende do povo? Quão amplamente está no poder da igreja local de
ajudar o Pastor a fazer escolhas das pessoas que serão separadas para o santo ministério.
Eu não estou agora aludindo ao poder direto que as pessoas possuem para impedir a
ordenação de um homem indigno.
Considerando as qualificações que o apostolo Paulo, exige do candidato ao ministério, é
obvio que o caráter do consagrando deve ser aprovado pela igreja local. É para este
propósito expresso que o caráter do ministério depende do povo? É para este propósito
expresso que consagrando, como é chamado, do candidato é apresentado numa
assembleia anterior à ordenação.
O nome do candidato é publicado e as pessoas são convidadas a objetar se puderem
alegar qualquer impedimento. E outra oportunidade do mesmo tipo é dada na própria
ordenação. Eu quero agora aludir especialmente às suas orações. “Irmãos, rogai por nós”,
foi o pedido fervoroso do apostolo Paulo aos cristãos de sua época, e certamente nós os
sucessores dos apóstolos agora precisam ainda mais das orações e da simpatia e
confirmação de seus fiéis.
Instruções sobre a nomeação de presbíteros.
(a) Nomeação. É o próprio Tito quem deve nomear esses anciãos em todas as cidades em
que as congregações existem. Não são as congregações que devem eleger os
superintendentes, (Pastores, presbíteros) e depois sujeitar à aprovação do “delegado” do
apóstolo; nem ainda menos Paulo está dizendo que ele deve ordenar qualquer um a quem
eles possam eleger. A responsabilidade total de cada nomeação cabe a ele. Qualquer
coisa como a eleição popular dos ministros não é apenas não sugerida, é por implicação
inteiramente excluída. Considerando a ordenação de Matias. Os apóstolos indicaram dois
homens, lançaram sorte e saiu Matias. Por voto comum, significando que a igreja
concordou com a indicação dos apóstolos.
(b) Caráter. Ao fazer cada consulta, Tito deve considerar a congregação. Ele deve olhar
cuidadosamente para a reputação que o homem de sua escolha tem entre seus
companheiros cristãos. Um homem em quem a congregação não tem confiança, por causa
da má reputação que atribui a si mesmo ou a sua família, não deve ser nomeado. Desta
forma, a congregação tem um veto indireto; pois o homem a quem eles não podem dar um
bom caráter não pode ser levado a ser colocado sobre eles.
(c) Necessidade. A nomeação de oficiais da Igreja é considerada imperativa: não é de
forma alguma uma opção. E não é apenas um arranjo, uma liturgia, ou simplesmente
porque para ser assim que as Escrituras mostram ser.  Ela é uma necessidade imperativa,
desejável e via de regra ela deve ser universal. Tito deve percorrer as congregações
“cidade por cidade” e cuidar que cada um tenha seus Pastores ou corpo de presbíteros.
(d) Idoneidade. Como o próprio nome indica, esses anciãos devem ser tirados dos homens
mais velhos entre os crentes. Em regra, devem ser chefes de família, que tiveram
experiência de vida em suas múltiplas relações (esposa, filhos, os de fora) e,
especialmente, que tiveram experiência de governar uma família cristã. Isso será alguma
garantia de sua capacidade de governar uma congregação cristã. Neste caso a voz da
experiencia seria necessária na condução da igreja.
(e) Autoridade. Deve ser lembrado que eles não são meramente delegados, seja de Tito,
seja da congregação. A essência de sua autoridade não é que eles são os representantes
do corpo de homens e mulheres cristãos sobre os quais eles são colocados. Tem uma
origem muito maior. Eles são “mordomos de Deus”. É a Sua casa que eles dirigem e
administram, e é Dele que sua autoridade é derivada. Como agentes de Deus, eles têm
uma obra a fazer entre seus semelhantes, através deles mesmos, por Ele. Como
embaixadores de Deus, eles têm uma mensagem para transmitir, boas novas para
proclamar, sempre iguais e sempre novas. Como “mordomos de Deus”, eles têm tesouros
para guardar com reverente cuidado, tesouros para aumentar com diligente cultivo,
tesouros para distribuir com prudente liberalidade.

CONCLUSÃO
Considerando que domingo é o dia do Pastor. Aqui está o resumo de todo o trabalho
pastoral. Colocar em ordem as coisas. Isto por meio da pregação e do ensino, por meio do
exemplo, e por meio da aplicação da disciplina bíblica para aqueles que são desobedientes
ao evangelho. Ordenar outros, para discipular por meio do evangelho, os crentes, e dar
continuidade ao trabalho inacabado.
[1] Oxford Dictionary of the Christian Church, 1997 edition revised 2005, page 211: “It
seems that at first the terms ‘episcopos’ and ‘presbyter’ were used interchangeably
[2] Onesimus» (em inglês). Site oficial do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
Sermão Nº 06 – A santidade do ministro.
Referência: Tito 1:5-8.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 12/06/2019.

INTRODUÇÃO
O caráter é a principal qualificação para se ocupar um oficio na igreja. Paulo inicia falando
das características no lar. As relações domésticas e sociais, são as mais propícias a se
tornar sérios obstáculos ao serviço cristão. O bom governo familiar é uma garantia para o
bom governo da igreja. Pois um homem de vida escandalosa é inadequado para ser
ministro Nosso apóstolo aqui primeiro insiste na qualidade moral da vida daquele que deve
ser escolhido, e só então depois requer sua aptidão para a doutrina
Ele ordena a Timóteo de que ele não deve consagrar, ou seja; impor as mãos sobre
ninguém precipitadamente. Ele diz que não deve ser alguém novo na fé. E deve ser
alguém mais maduro e experimentado, pois a própria palavra Presbítero, significa ancião.
No segundo século a igreja primitiva não consagrava presbítero, como menos de 40 anos e
de preferência alguém que tinha o dom de cura. Outra verdade é que as qualificações,
exigem alguém que tenha experiencia com filhos mais velhos.
Paulo ainda acrescenta outra razão importante, para ser alguém com maturidade cristã;
porque algumas condutas pecaminosas, são logo verificáveis, e outras demanda tempo
para que essas condutas inadequadas sejam percebidas (1Tm 5.22-25). Paulo diz que
algumas condutas só são expostas, quando são levadas a julgamento, ou seja; depois de
uma avaliação muito meticulosa.
Todo esse cuidado serve para evitar que hipócritas ou lobos se infiltrem no meio do povo
de Deus. Alguns são tão profanos interiormente, que seus pecados não podem ser
discernidos, até que se manifestem. Ou seja, há uma situação em que o verdadeiro caráter
de uma pessoa é exposto.  A forma como uma pessoa age em determinada situação
evidencia a natureza exata de seu coração.
Por isso a lista de requisitos e qualificações é tão longa. Até que esse homem-Pastor, seja
testado em todas essas situações; ele não estará apto para o exercido pleno do ministério
cristão. A natureza desse chamado é tão elevada e dever agraciado com uma vida
irrepreensível, que ele foi tipificado de diversas formas na lei. Isto está evidenciado nas
virtudes positivas e especialmente naquela proibição onde nenhum dos filhos de Arão,
poderia ter qualquer defeito nele, pois iria ministrar perante o Senhor.

O CARÁTER SANTO DO MINISTÉRIO.


A lita do nosso apostolo Paulo, em Timóteo e Tito, são muito próximas, e seguem o mesmo
padrão. A principal qualidade do ministro é o seu caráter. Se perde-lo ele perde o
ministério. Vejamos.
A santidade no viver (v.6) “Aquele que for irrepreensível”.
O caráter pessoal é o maior momento no trabalho de admoestação. Não devemos tentar
remover os ciscos dos olhos dos outros enquanto temos trava nos nossos.  Alguém disse
que: “Aquele que limpa uma mancha com os dedos borrados faz uma mancha maior”. Até
os que foram apagadores do santuário eram de ouro puro (Êx 37:23). Não podemos insistir
com os outros para que mudem se não fazemos nada para mudar nos mesmos. Um velho
pregador do século dezesseis colocou essa verdade em palavras simples e pungentes:
“Amados em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, é uma coisa muito monstruosa se
houvesse um homem que tivesse mais línguas do que mãos.
Porque Deus nos deu duas mãos e uma língua, para que façamos muito e digamos pouco.
No entanto, muitos dizem muito e fazem muito pouco, como se tivessem duas línguas e
uma só mão, ou três línguas e nenhuma mão. Tais pessoas fazem coisas piores que
ensinam, ou menos que estão ensinando, ou estão ensinando outras a fazerem bem e
muito, mas não estão fazendo absolutamente nada.
Elas podem ser comparadas como: “Uma pedra de amolar, que sendo cega, faz uma faca
afiada. Para um pintor, que se deforma, mas faz uma imagem linda. Como uma placa que
sendo castigada pelo tempo e pendurada em outro (poste) direciona os outros e não a si
mesma.  Como um sino, que sendo surdo e não ouvindo a si mesmo, chama o povo para a
igreja para ouvir. Como um ourives, que sendo mendigo, e não tendo um pedaço de prata
para usar, mas fabrica joias e as vende para outros ganharem o lucro.”
Por fim, é como um ator ridículo na cidade de Esmirna, que pronunciava “O coelum”, ó céu,
apontava o com o dedo para o chão. Deixando as pessoas irritadas com seu sarcasmo.São
todos esses que falam uma coisa e fazem outra; que ensinam bem e fazem mal.
Santidade sexual (v.6a) “marido de uma só mulher”.
Devemos esperar que os líderes sejam irrepreensíveis em sua vida intima. “É preciso que o
presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher. Segundo uma pesquisa da
fundação John Maxwell 80% dos homens crentes tem algum problema na área sexual.O
segredo de uma vida inocente e pura, está no relacionamento conjugal sadio.
O arcebispo Beusou, falando depois de Earl Granville ter revelado o memorial ao seu
antecessor, adornou a ocasião com uma referência ao segredo da bela vida do falecido
arcebispo Tate. – Ouvi dizer – disse ele – e acredito que é verdade que no primeiro dia de
sua vida conjugal ele e sua noiva se comprometeram um com o outro para nunca brigarem
com ninguém, e acredito que, com Bênção e ajuda de Deus, essa promessa foi mantida
até o fim.
“Marido de uma só esposa” – Na facilidade corrupta do divórcio permitida pelas leis grega e
romana, era muito comum o homem e a esposa se separarem e se casarem com outras
pessoas durante a vida uns dos outros. Assim, um homem pode ter três ou quatro esposas
vivas, ou mulheres que sucessivamente foram suas esposas. Um exemplo disso pode ser
encontrado na colônia inglesa de Maurício, onde a lei revolucionária francesa do divórcio
não foi rejeitada pelo governo inglês.
Por isso não é incomum encontrar na sociedade três ou quatro mulheres que foram
esposas de um homem e três ou quatro homens que foram maridos de uma só
mulher. Assim, poligamia sucessiva e não simultânea é talvez proibida
aqui. Irrepreensível…” não significa totalmente sem culpa. Nenhum líder é perfeito (nem
lideres nem igrejas devem fingir que são perfeitos ou exigir perfeição uns dos outros).
Irrepreensível significa ter boa reputação, contra a qual nenhuma acusação pode ser feita.
“… Marido de uma só mulher… ” nada mais é do que “fiel à sua esposa”. A ordem não
exclui os solteiros nem (necessariamente) quem se casou pela segunda vez. Significa que
devemos procurar homens bem casados, comprometidos com suas esposas, que cuidem
delas e não tenham fama de se insinuar para outras mulheres. 
Santidade dos Filhos (v.6) “que tenha filhos crentes”.
O mesmo tipo de esclarecimento se aplica a “… e tenha filhos crentes…”. No versículo, a
palavra “filhos” se aplica a crianças pequenas. Na infância, as crianças geralmente creem
no que seus pais creem. Portanto, a crença dos filhos pequenos reflete a de seus lares, e
Paulo quer líderes que tenham filhos cujas crenças reflitam uma vida em família de fé em
Cristo.
Quando ficarem mais velhos, os filhos talvez questionem essas crenças, mas na infância
devem refletir a fé de seus pais, que estão intencionalmente lhes ensinando e
exemplificando a fé, bem como aplicando disciplina com amor, e não permitirem que sejam
“… acusados de libertinagem e insubmissão“. A ordem, então, não exclui os homens cujos
filhos na idade adulta rejeitaram a fé ou cujos filhos pequenos não sejam perfeitos!
O ponto fundamental é que o presbítero em potencial já lidere bem seu lar. Por quê?
Porque é “um supervisor administrando a casa de Deus…”(v. 7, NIV). A igreja é a casa de
Deus — família, portanto, a maneira de um homem liderar sua família revela muito a
respeito do cuidado que terá com a família de Deus, a igreja.  Se ele é dominador em sua
casa, provavelmente também será dominador na igreja. Se não assume suas
responsabilidades em casa, provavelmente fugirá das responsabilidades na igreja.
Paulo está dizendo a Tito: O indicador mais importante de um líder da igreja é sua vida em
família.
Santidade da masculinidade.
Que sejam homens de verdade. O Ocidente tem uma geração de homens que desejam
viver e são incentivados a viver como eternos meninos, são os homo meninos. E fácil evitar
responsabilidades em vez de assumi-las; seguir ordens em vez de liderar em casa; usufruir
os benefícios da vida conjugal sem perder os benefícios da vida de solteiro. Portanto, se
somos homens de verdade, temos de tomar a decisão de amadurecer e incentivar uns aos
outros a fazer o mesmo!
Nossas famílias e igrejas precisam que lideremos nossos lares, que tenhamos iniciativa na
igreja e que sirvamos aos nossos vizinhos. Nossas famílias e igrejas precisam que nos
empenhemos em viver como Cristo viveu — não nos contentar em ser o que somos hoje,
mas assumir o que seremos um dia. Temos de entender que esse é o significado de ser
homem. Não tem nada que ver com machismo. Ser homem é assumir as
responsabilidades de modo que os outros se desenvolvam.
Portanto, as igrejas precisam ensinar os homens a ser bons líderes em seus lares. Esse é
o ministério principal deles, e é no lar que acontece o treinamento para o ministério de
liderança na igreja. Se você faz parte da liderança da igreja, está se empenhando para que
seu ministério com sua família seja santificado e comprometido com Deus? Se você deseja
um cargo de liderança na igreja, sua vida em família comprova suas qualificações para
isso?
Santidade no caráter
Segundo, devemos procurar líderes e almejar ser líderes de caráter irrepreensível. No
versículo 7, Paulo repete o adjetivo irrepreensível…”, mas aplicado agora a todos os
aspectos do caráter. O apóstolo enumera cinco características nocivas que não devem ser
aceitas no líder em potencial: “… é necessário que […] seja L..]
(a) não orgulhoso: Não soberbo, arrogante, intolerante com os outros. Aquela pessoa
obstinada (viseira de cavalo) em sua opinião. Egoístas.
Que se constitui sua própria autoridade. Que não pode ser ensinado. Que não é
pastoreável.
(b) não briguento: Que gosta de confusão. Que se ira facilmente. Que guarda magoa. Que
se ressente facilmente. Colérico, apimentado. Valentão. Que gosta de seguidores
submissos e não irmãos.
(c) não apegado ao vinho: Gente que não esteja envolvido com bebidas alcoólicas. O uso
do vinho sempre trouxe problemas no meio do povo de Deus.
Vale o conselho de Paulo. Bom é não tomar vinho, e nem fazer qualquer outra coisa que
escandaliza outros irmãos.
(d) não violento: que gosta de briga, confusão. Que ofende moralmente as pessoas, que
vive usando redes sociais para atacar ou se defender.  Pessoa que não aceita ser
confrontada. Que se ofende facilmente.
(e) não avarento: Alguém que ame o dinheiro. Que valoriza demais as coisas materiais,
que gosta de ostentar status e fama. A simplicidade é marca do ministro.
6) santidade das virtudes (v.8).
A seguir, no versículo 8, ele enumera seis virtudes desejadas:
(a) Hospitaleiro: saber receber pessoas em casa. A hospitalidade é um teste de humildade
e paciência. Nossa casa está a serviço do reino de Deus.
Muitas casas dos crentes primitivos, recebiam pessoas doentes, e desamparadas. È dai
que nasce a ideia dos hospitais.
(b) Amigo do bem: amigo de pessoas boas. que vela pelo que é bom. Que não se mete na
vida alheia, que não se envolve com pessoas suspeitas.
(c) sensato: sóbrio, que tem domínio de seus desejos e paixões. Que toma decisões
coerente, sábio, prudente e discerne bem todas as coisas.
(d) Justo: que não tem dois pesos e nem duas medidas. Que é imparcial. Não aceita
preconceito. Justo em seus negócios, no trato, na palavra e no procedimento.
(e) Consagrado: Homem santo. Cheio de devoção. Piedoso. Santo em toda a maneira que
viver. De oração. Que ama as escrituras.
(f) Tenha domínio próprio”: “egkrates”. Que domine a si mesmo. Que se contém. Que não
age por impulso. Que não seja dominado pela ansiedade.
Que não vive dominado pelas ideias dos outros. Que não anda segundo opinião dos
outros. Que tem segurança do que fala e do que sente.

HABILIDADE X CARÁTER.
É importante lembrar que a preocupação maior de Paulo não é encontrar as pessoas MAIS
HABILIDOSAS. Sua preocupação maior é com o CARÁTER. Identificamos dois motivos
para isso.
(a) As habilidades escondem as falhas do caráter.  A história ilustra bem essa verdade. Os
tiranos deste mundo não chegaram onde estão simplesmente porque a sorte lhes sorriu.
Eles são TALENTOSOS — oradores extraordinários, carismáticos e pensadores
estratégicos. A combinação dessas habilidades os transforma em lideres eficazes, que
alcançam seus objetivos. O problema não está na COMPETÊNCIA dessas pessoas, mas
em seu CARÁTER. Seus propósitos são egoístas e provocam o sofrimento de seus
liderados.
Exemplos extremos como esse talvez sejam raros nas igrejas, mas não é incomum um
líder talentoso, um pregador eloquente, despontar rapidamente e desabar com a mesma
rapidez — levando a igreja com ele. Existem também líderes que usam seus dons para
manter seu status, expandir seu império ou garantir uma vida confortável — a igreja segue
o exemplo do líder, e a fé de ambos sofre uma ATROFIA.
(b) O fracasso no ensino da verdade começa com o fracasso dos padrões morais. O
candidato ao pastorado deve ser alguém conhecido por não ser “… ávido por lucro
desonesto” (v. 7). A mesma expressão é usada no versículo 11, quando Paulo diz que os
falsos mestres: “… devem ser silenciados, pois são homens que transtornam casas
inteiras, ensinando o que não convém, por amor ao ganho desonesto” (NIV).
Os ensinos equivocados nos atraem quando nossos desejos são até mesmo ligeiramente
errados, porque NOVIDADES e CONTROVÉRSIAS nos fascinam. Propagar ORTODOXIA
não é uma boa maneira de ficar famoso, atrair multidões ou vender livros, porque (por
definição!) tudo já foi dito. Contudo, existe um modo mais incisivo de mostrar que os falsos
padrões morais levam a ensinos equivocados.
Romanos 1.18-25 afirma que as pessoas não conhecem a Deus porque“. . . suprimem a
verdade pela injustiça”,” … seus pensamentos tornaram-se fúteis…”, pois “… não o [Deus]
glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças…”.  Em outras palavras, “…estão
obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em
que estão, em razão do endurecimento do seu coração”(Ef. 4.18).
Pensamentos fúteis e entendimento obscurecido nascem quando a pessoa não glorifica a
Deus, mas, em vez disso, endurece o coração. E trágico e perigoso, mas os lideres da
igreja não estão imunes a essas coisas. Não estão isentos de “… [naufragar] na fé” (cf.
1Tm 1.19), quando não mantêm “… boa consciência…”.
(c) Desejos equivocados levam rapidamente a ensinos equivocados
No contexto de Timóteo, não foram dúvidas intelectuais ou falsas doutrinas que os
afastaram de Cristo, e sim o “… amor ao dinheiro…” (6.10). Repetidas vezes, muitos
esmorecem na fé porque se deixam dominar pela paixão por poder, sexo ou dinheiro.
Equivocadamente acreditamos piamente que somos seres racionais que formulam
conclusões morais sem preconceitos. Entretanto, a verdade é que somos propensos a
JUSTIFICAR NOSSO COMPORTAMENTO. Por isso descobrimos motivos para fazer o que
queremos.
Nossos desejos guiam nosso raciocínio tanto quanto nosso raciocínio guia nossos
desejos.Assim, a pergunta que temos de fazer em relação a todo o líder em potencial
é: “Que comportamento essa pessoa tentará justificar?”. Isso vale para todos nós, sejamos
líderes ou não. A negação da verdade geralmente começa com o fracasso moral. Você
talvez não se ache um HEREGE em potencial, mas responda a estas perguntas: “Que
comportamento você procura instintivamente justificar?
Existe algum comportamento que você sabe ser pecado, mas acha fácil desculpar ou
subestimar e, assim, fazer de conta que o erro é, na verdade, perfeitamente aceitável?”. E
muito fácil tentar mudar a verdade de modo que ela se encaixe em nossos desejos; é muito
mais difícil, porém mais saudável, colocar nossos desejos sob o domínio da verdade.

CONCLUSÃO
Os ministros são escolhidos de entre o povo. Logo todas as características exigidas dos
Pastores, Presbíteros, Evangelistas, devem ser comuns a todos os crentes. Essas
qualificações são expressões de como vivemos o evangelho. Salvando as proporções;
assim também deve ser o Pacto eclesial da igreja. Que contém aquilo que o novo
testamento exige de um membro de igreja. Como esta lista que contém o que deve ser
vivido por aqueles que ocuparão o santo ministério.
Sermão Nº 07 – Santidade da Doutrina.
Referência: Tito 1:9.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 26/06/2019.

INTRODUÇÃO 
Duvido que tenha havido algum tempo na história da igreja quando o inimigo não tenha, de
uma forma ou de outra, atacado a Palavra de Deus. Durante a Idade Média, muitos, se não
a maioria dos sacerdotes da Igreja Católica, ignoravam os ensinamentos básicos da Bíblia.
Como a Bíblia não foi traduzida para as línguas comuns, somente os sacerdotes podiam lê-
la (em latim) e ensiná-la, mas poucos deles a leram. A Reforma foi em seu coração um
reavivamento da Palavra de Deus.
Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, para que pessoas comuns pudessem lê-la. Tanto
ele como Calvino pregaram sermões expositivos, explicando e aplicando a Bíblia na vida
cotidiana das pessoas. Embora a Reforma tenha se espalhado pela Inglaterra, em meados
do século XVI , as coisas estavam ruins. J.Packer[1] escreve: “Muitas igrejas não tiveram
um sermão pregado nelas durante anos”. Muitos dos clérigos eram biblicamente
ignorantes.
Neste tempo espiritualmente sombrio, Deus levantou os Puritanos. Eles acreditavam que
os pastores “são responsáveis por repreender a heresia e defender a verdade, para que
seus rebanhos não sejam enganados e enfraquecidos.  A verdade bíblica é nutritiva, o erro
humano está matando, então os pastores espirituais devem guardar a sã doutrina a todo
custo.
O puritanismo era, acima de tudo, um movimento da Bíblia. Para o Puritano, a Bíblia era,
na verdade, o bem mais precioso que este mundo oferece. Sua mais profunda convicção
era que a reverência a Deus significa reverência pelas Escrituras, e servir a Deus significa
obedecer às Escrituras. Em sua opinião, portanto, nenhum insulto maior poderia ser
oferecido ao Criador do que negligenciar sua palavra escrita; e, inversamente, não poderia
haver um ato de homenagem mais verdadeiro a ele do que valorizá-lo e examiná-lo, e
então viver e dar seu ensino.
A intensa veneração pelas Escrituras, como a palavra viva do Deus vivo, e uma
preocupação devotada em conhecer e fazer tudo o que prescreve, era a marca registrada
do puritanismo. Ao longo dos anos em que tenho sido pastor, vi o inimigo atacar a Palavra
de Deus de duas formas óbvias.
No final dos anos 70 e início dos 80, houve um ataque à inerrância das Escrituras. Harold
Lindsell, que lecionou no Seminário Fuller, escreveu A Batalha pela Bíblia [Zondervan,
1976] expondo a erosão da confiança na exatidão absoluta da Bíblia entre alguns dos
professores de Fuller. Ele também mostrou a mesma erosão em várias denominações e
grupos para-eclesiásticos. Como resposta a essa situação, o Senhor levantou o Conselho
Internacional de Inerrância Bíblica, que publicou a Declaração de Chicago sobre a
Inerrância Bíblica, que define claramente o que afirmamos e negamos em relação à
autoridade e veracidade da Bíblia.
Mais recentemente, o inimigo atacou sutilmente a Palavra de Deus através do movimento
da igreja buscadora ou “amigável” e do movimento da igreja emergente. O movimento
Buscador baseia-se em um objetivo digno, para alcançar os buscadores sem igreja e levá-
los à fé em Cristo. No coração da estratégia está redesenhando o serviço da manhã de
domingo para que seja direcionado principalmente para este público-alvo. Os hinos são
substituídos por música contemporânea e otimista.
Eles costumam usar drama. Os serviços são mantidos curtos, para cerca de uma hora. Os
crentes são desencorajados de trazer suas Bíblias para a igreja, porque isso ameaçaria os
descrentes. Sermões são breves e quase sempre tópicos de auto-ajuda sobre como ter
sucesso na vida. Um escritor de crescimento da igreja afirmou que, se você quer que sua
igreja cresça, você nunca deve pregar algo controverso ou negativo.
Agora, a Emergente igreja encontra as igrejas apanhador muito grande e chamativo e
orientado para o programa. Eles querem enfatizar a construção de relacionamentos
próximos na igreja, o que, obviamente, é uma coisa boa. Mas eles compram a filosofia
defeituosa do pós-modernismo, que nega a verdade absoluta no reino moral ou espiritual.
A experiência é enfatizada sobre a doutrina. Tolerância e aceitação são virtudes
fundamentais.
Ter um pastor levantando-se a cada semana e dizer a todos como eles devem viver
(mesmo que seja baseado na Bíblia) é visto como arrogante e crítico. A doutrina é muito
menos enfatizada. Li um site de uma igreja emergente. Pelo menos eles tinham uma
declaração doutrinária, mas para chegar a isso, você tinha que ler um aviso que diz que a
doutrina realmente não é importante.
Em outra parte de seu site, eles dizem: “Embora tenhamos uma breve declaração de
crenças, preferimos não ‘supervalorizar a teologia’, mas sim permitir que a comunidade de
fé interprete as Escrituras e aplique suas lições a si mesmas”. Por exemplo, os
participantes eram encorajados a “compartilhar um poema, uma música, uma foto, uma
escultura, uma dança, uma foto, um vídeo, etc. celebrando uma das bem-aventuranças!”
Eles estão dizendo: “Não estamos realmente na doutrina. Se você está preso com essas
coisas, sentimos muito por você. Se você superar isso, mostraremos como você pode
experimentar Jesus conosco”. Tudo isso para introduzir nosso texto, um verso que, se
seguido, levaria a igreja de volta à direção tão necessária dos reformadores e dos
puritanos.
Paulo diz (1: 9) que um Pastor deve ser um homem “apegado a palavra fiel que está de
acordo com o ensinamento, para que ele seja capaz de exortar em sã doutrina e refutar
aqueles que contradizem”. O fato é que todo mundo que professa conhecer a Cristo,
incluindo aqueles na igreja emergente, mantém uma teologia.
A questão é se eles sustentam uma teologia biblicamente sólida. Na medida em que nossa
teologia não vem da Escritura, estamos adorando um falso deus de nossa própria
imaginação. Assim, todos nós precisamos crescer no entendimento da Bíblia, para que
possamos conhecer melhor a Deus e seguir Seus caminhos com mais cuidado.
Parte do papel dos Pastores é conhecer bem as Escrituras e o suficiente para que eles
sejam capazes de manter a igreja na verdade diante das repetidas tentativas de Satanás
de introduzir o erro. Assim Paulo diz: os pastores devem ser homens piedosos que se
apegam firmemente e ensinam corajosamente a Palavra da verdade de Deus. Paulo dá
cinco requisitos para os anciãos fiéis em relação à Palavra de Deus:

Os pastores devem ser homens de entendimento bíblico.


Todo pastor é chamado primariamente ao ministério da Palavra e, portanto, deve ter o dom
de ensinar. Paulo diz em 1 Timóteo 5:17: “Os presbíteros que governam bem devem ser
considerados dignos de duplicados honorários, especialmente aqueles que trabalham
arduamente para pregar e ensinar.” Porque os presbitérios devem ser “capazes de ensinar”
(1 Tim. 3: 2) e, como nosso texto declara, ser “capaz de exortar em sã doutrina e refutar
aqueles que contradizem”.
Paulo não está dizendo que os presbíteros que não trabalharam duro na pregação e ensino
estavam sendo negligentes. Mas parece-me que Paulo está reconhecendo que alguns
pastores são chamados para se concentrarem no ministério de ensinar a Palavra e, assim
(como 1 Tim. 5:18 implica), então eles merecem apoio financeiro.
Outros presbíteros, embora capazes de ensinar, concentram-se em outras áreas de
supervisão e apascentam o rebanho porque não são dotados de ensino. Então eu não
concordaria que todo ancião deve ser dotado para ensinar (em um ambiente de grupo
grande). Mas todo ancião deve ter conhecimento suficiente nas Escrituras de que ele
poderia ajudar a instruir um crente mais jovem e corrigir o erro doutrinário quando ele o
encontrar. Mas mesmo que pregar ou ensinar não seja o dom espiritual de um Pastor, todo
obreiro deve estar estudando e crescendo em sua compreensão da Palavra de Deus.
Para manter firme a palavra fiel (NIV = “palavra confiável”), você deve entendê-la. Para
entendê-la, você deve estudá-la e lê-la todos os dias. E crescimento no conhecimento é um
empreendimento vitalício. Assim, eu diria que, se um homem não tem o desejo de estudar
diligentemente a Palavra de Deus e de ler livros que o ajudam a entender a sã doutrina, ele
não deve ser um Pastor que responde pelo ensino doutrinário da igreja.

Os Pastores devem ser homens de convicção bíblica.


“Segurar rápido” significa se agarrar ou ser dedicado a. De um pastor, exige-se não apenas
aprender, mas tal zelo pela doutrina pura, como nunca se afastar dela. Tais convicções
fortes fluem de primeira qualidade. Quanto mais você estuda as grandes doutrinas da fé,
mais você aprecia a graça de Deus como mostrado a você em Cristo. Quanto mais você
estuda, mais entende por que essas doutrinas são essenciais. Você começa a ver como o
inimigo introduziu sutilmente heresias destrutivas.
Ao estudar a história da igreja, você aprende como esses erros prejudicaram a vida das
pessoas e seus destinos eternos. Você vê homens que estiveram dispostos a morrer
tortuosamente em vez de negar essas verdades. Tudo isso fortalece suas próprias
convicções de se manter firme na verdade, mesmo diante de uma forte pressão para se
comprometer.
Minha leitura recente incluiu histórias de muitos que pagaram o preço final por causa de
suas convicções. O LIVRO DOS MÁRTIRES de Foxe, que em alguns lugares é horrível,
pois descreve a tortura e execução (muitas vezes queimando viva) de homens, mulheres e
crianças que se recusaram a negar o evangelho. JOHN BUNYAN passou 12 anos na
prisão porque se recusou a concordar em parar de pregar sem a licença exigida. Ele tinha
uma filha cega e disse que ir para a prisão e não ser capaz de cuidar dessa filha era como
arrancar sua pele com pinças. Mas ele não poderia ser silenciado de proclamar a verdade
da Palavra de Deus.
No século III, o pastor Atanásio de Alexandria enfrentou fortemente a heresia ariana, que
negava a divindade de Jesus Cristo. Às vezes, parecia que era Atanásio contra o mundo
inteiro. Ele foi forçado ao exílio sete vezes diferentes, mas permaneceu firme na verdade.
Humanamente falando, temos que agradecer a Atanásio por preservar a verdade vital da
divindade de Cristo (embora os cultos modernos ainda a neguem). Precisamos moderar
este ponto sobre manter as convicções bíblicas com duas precauções.
(a) Precisamos ser firmes e inabaláveis sobre os fundamentos da fé, mas precisamos de
sabedoria e discernimento sobre onde e quando lutar pela fé.
Existem algumas doutrinas que você deve defender e defender, porque se você as negar,
você não será mais um cristão no sentido bíblico da palavra. Esta não é uma lista
exaustiva, mas essas verdades incluem a natureza trinitária de Deus; a divindade e
humanidade de Jesus Cristo; Sua expiação substitutiva na cruz. A salvação pela graça
somente através da fé somente em Cristo; a inspiração, autoridade e veracidade das
Escrituras; a ressurreição corporal de Jesus; Sua ascensão ao céu; Sua segunda vinda
física para julgar a terra.
E, como eu disse, essa lista não é exaustiva, porque há muitos outros erros que, se você
acreditar neles, levam a uma negação das verdades fundamentais. Por exemplo, o atual
“OPEN TEÍSMO” nega a soberania e onisciência de Deus. Isso tem enormes implicações
para sua visão de Deus, como você entende e suporta provações, e a habilidade de Deus
para cumprir Suas promessas.
(b) Precisamos lutar pela verdade em amor. Não devemos amar a controvérsia ou amar o
sentimento de ganhar um debate. Mas devemos amar a Deus e a Sua verdade acima de
tudo e devemos amar as pessoas, incluindo aquelas que estão em erro. O falso ensino é
cruel porque prejudica as pessoas. John Piper faz um apelo para manter a verdade no
amor. Ele faz uma observação útil:
Por causa da unidade e da paz, portanto, Paulo trabalha para estabelecer as igrejas
diretamente em numerosas questões – incluindo algumas que em si mesmas não
envolvem heresia. Ele não exclui a controvérsia de seus escritos pastorais. E ele não limita
seu envolvimento na controvérsia a doutrinas de primeira ordem, onde a heresia ameaça.
Ele é como um pai para suas igrejas.
Os pais não corrigem e disciplinam seus filhos apenas por delitos. Bons pais anseiam que
seus filhos cresçam em toda a bondade e cortesia da maturidade adulta. E uma vez que o
tecido da verdade é perfeito, Paulo sabe que deixar as pequenas mechas continuarem se
desfazendo pode acabar rasgando toda a roupa. Assim, os pastores devem ser homens de
entendimento bíblico e convicção bíblica.

Os Pastores devem ser homens de obediência bíblica.


Seria pura hipocrisia, que a Bíblia condena veementemente, exortar as pessoas a
seguirem a Palavra de Deus, mas não a seguirem a si mesmas. Paulo passa a expor os
falsos mestres (1:16): “Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam,
sendo abomináveis e desobedientes e sem valor para qualquer boa ação.”
JOAO CALVINO disse sobre os pastores “Pois seria melhor se eles quebrassem o pescoço
enquanto subiam no púlpito do que não estarem dispostos a ser os primeiros a andar atrás
de Deus e Viva pacificamente com seus vizinhos, demonstrando que eles são as ovelhas
do rebanho de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Claro, ninguém vive em um estado de perfeição sem pecado. Mas, como vimos nos
versículos 6 e 7, um presbítero deve estar “acima de qualquer reprovação”. Ele não pode
ter pecados secretos ou viver uma vida dupla. Ele não pode ser um homem bom e amoroso
na igreja e um homem irritado e abusivo em casa.
Os pastores devem ser homens de exortação bíblica.
Eles devem ser capazes de “exortar na sã doutrina”. A palavra “sã” significa saudável
(nossa palavra “higiênico” vem disso). A doutrina sólida visa e resulta em saúde espiritual.
Não se concentra nos “mitos judaicos e nos mandamentos dos homens” (1:14). Não se
enamora de especulações sobre a profecia bíblica que não ajudam as pessoas a se
tornarem mais obedientes a Cristo. Antes, os anciãos piedosos apontam seu ensino para
edificar as pessoas no conhecimento de Deus e na vida prática sagrada.
“Doutrina” significa “ensino” e inclui tanto as partes doutrinárias quanto as mais diretamente
práticas da Escritura. Algumas pessoas não gostam das porções doutrinárias da Palavra.
Eles dizem:  Apenas me dê o que preciso saber para ter um casamento feliz, criar meus
filhos e ter sucesso em meus negócios. Deixe os teólogos mergulharem na doutrina, mas
apenas me dêem as coisas práticas.
Mas, o padrão normal de Paulo em suas epístolas é expor a doutrina e prática em todos os
seus ensinos. Não há um ensino pratico do Apostolo Paulo, que não tenha doutrina. E
nenhum ensino teológico que não tenha pratica.Tenha em mente que ele estava
escrevendo para muitos que eram escravos analfabetos e para as pessoas comuns que
compunham as primeiras igrejas.
No entanto, ele achava que os crentes em Roma precisavam conhecer Romanos 1-11 para
sua saúde espiritual antes que ele “fosse prático” no capítulo 12. O fato é que as grandes
doutrinas da Bíblia são imensamente práticas. Sem ela, você está construindo sua vida
cristã sem fundamento. Mais uma vez eu vou dizer que você tem uma teologia. A questão
é: até que ponto a sua teologia é bíblica?
“Exortar” pode significar incitar à obediência e mudar, ou encorajar ou confortar. Pode ter o
sabor de implorar, apelar ou suplicar. Paulo usa a mesma palavra em 2 Timóteo 4:2 , onde
após insistir com Timóteo para pregar a palavra, ele acrescenta: “reprove, repreenda,
exorta com grande paciência e instrução”. Isso implica que nossos corações devem estar
em nosso ensino, então que as pessoas sentem a urgência dessas importantes verdades.
Assim, os pastores devem ser homens de entendimento, convicção, obediência e
exortação bíblicos.

Os obreiros devem ser homens de coragem bíblica para enfrentar o erro.


Calvino (p. 296) diz: “O pastor deve ter duas vozes: uma para reunir as ovelhas; e outra por
afastar e afastar lobos e ladrões. “Os líderes precisam ter uma voz que encoraje e uma voz
que repreenda”. A Escritura fornece a ele os meios de fazer as duas coisas. Uns são
muitos passivos, e outros muito agressivos. Uns subpastoreiam e outros superpastoreiam.
Uns exercem pouca liderança outros são controladores.
Alguns acham que devemos sempre ser positivos e nos concentrar no positivo. Mas
ensinar positivamente não é suficiente. Paulo diz que também devemos refutar o falso
ensino. Não devemos ser propositalmente ofensivos, mas tampouco devemos ser tão
gentis e educados que acabemos diluindo ou comprometendo a verdade. Os apóstolos às
vezes chamavam os nomes de falsos mestres ou homens perigosos (1 Timóteo 1:20 ; 2
Timóteo 2:17; 4:14 ; 3 João 9 ).
Acho que, se falo em termos gerais, as pessoas não entendem. Eles saem e compram os
livros dos falsos mestres. Então eu tenho que ser específico às vezes. Quando Paulo
confrontou a heresia da Galácia, ele não disse: “Os judaizantes são bons irmãos e nós
concordamos muito. Não podemos simplesmente deixar de lado as poucas áreas em que
discordamos e nos reunimos com base no que compartilhamos em comum? “Ao contrário,
ele os denunciou como pregando um falso evangelho e pronunciava anátema sobre eles
(Gálatas 1: 6-9).
John Piper conta a história de J. GRESHAM MACHEN, que defendia fortemente a verdade
quando a Igreja reformada estava sendo infestada de liberalismo. Ele disse:
“Os homens nos dizem que nossa pregação deve ser positiva e não negativa, que
podemos pregar a verdade sem atacar o erro. Mas se seguirmos esse conselho, teremos
que fechar nossa Bíblia e abandonar seus ensinamentos. O Novo Testamento é um livro
polêmico quase do começo ao fim. Todo enunciado cristão realmente grandioso, quase
pode ser dito, nasce em controvérsia. Foi quando os homens se sentiram compelidos a
tomar uma posição contra o erro que eles se elevaram às alturas realmente grandes na
celebração da verdade.”

CONCLUSÃO
O grande reformador, MARTINHO LUTERO, não gostava de controvérsia, mas chegou a
ver tanto na Escritura como na história que é necessário. Ele escreveu: Quando os cristãos
não estão lutando contra o diabo, ou contra quem morde o calcanhar, isso não é um bom
sinal, pois significa que aquele que morde o calcanhar está em paz com você no seu
próprio caminho.
Mas quando aquele que morde o calcanhar se enfurece e não tem paz, é sinal de que ele,
estando sob ataque, será conquistado, pois é Cristo quem está atacando sua casa.
Portanto, quem quiser ver a Igreja Cristã existindo em paz, inteiramente sem cruzes, sem
heresia e sem facções, nunca a verá assim, ou então ele deve ver a falsa igreja do diabo
como a verdadeira.
Assim, os pastores devem ser homens piedosos que se apegam firmemente e
ousadamente ensinam a Palavra de Deus da verdade. Você pode facilmente encontrar
igrejas que lhe darão mensagens positivas e edificantes sobre como ter sucesso na vida.
Mas tais mensagens irão expô-lo aos muitos ventos da falsa doutrina que estão soprando
em nossos dias. Para ser forte no Senhor, você deve estar em uma igreja que exorta em sã
doutrina e refuta aqueles que contradizem. Que todos os nossos obreiros sejam homens
da Palavra de Deus!
[1] J. Packer (Uma Busca pela Piedade [Crossway Books], 1990], pp. 51-52)

Sermão Nº 08 – Disciplinando o discurso vão.


Referência: Tito 1:10-11.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 24/07/2019.

INTRODUÇÃO
Há uma grande necessidade do ministro ter um notável saber bíblico. Pois muitos são
muitos indisciplinados e vãos faladores e enganadores. Paulo diz a Tito o motivo pelo qual
o ministro deve ser um homem tão qualificado e uma alta capacidade, tanto para manter a
verdade quanto para censurar a falsidade. O motivo é retirado da descrição que Paulo faz
dos professores, mestres, obreiros que vão se opor ao ministério de Tito.
O apóstolo Paulo, diz que o número é indefinido, pois há muitos, não dois ou três, que são
facilmente estabelecidos, mas muitos inimigos que vão se opor a pregação de Tito. Paulo
diz que eles são desobedientes ou refratários, pois não se submeterão à verdadeira
doutrina e disciplina da Igreja local. Eles são faladores vãos; isto é, como ser dado à
ostentação e vaidade intelectual, desprezam o estudo piedoso das doutrinas sólidas e
proveitosas.
Mas gostam de controvérsias teológicas; buscam palavras agradáveis, gostam do humor
no púlpito e de aplausos, pois são temas de mais doçura para a carne do que solidez para
a alma e o espírito. Por isso o Pastor precisa ser um homem de um notável sabe bíblico,
mas primeiramente precisa cultivar uma vida de profunda piedade e devoção na oração.

I – O DISCURSO PERIGOSO.
Paulo enumera os efeitos perigosos desses professores e pregadores que vão se opor a
pregação do pastorado de Tito.
(a) A enganação.
Sua enganação de mentes; para qual prática ímpia ele os marca especialmente da
circuncisão; isto é, por metonímia, ou seja; misturando os termos judaizantes com o
evangelho; isso feito pelos próprios judeus circuncidados. Ou então gentios judaizantes,
abraçando opiniões judaicas, misturando a lei e o evangelho, Moisés e Cristo, circuncisão e
batismo juntos, fazendo de fato uma miscelânea de religião confundindo coisas que nunca
podem ficar juntas.
(b) A subversão.
O segundo efeito deles é a subversão de casas inteiras; isto é, eles envenenam e infectam
casas inteiras, sim, e onde os fundamentos e fundamentos da religião foram postos eles
derrubam e derrubam tudo. Este último efeito é declarado por dois argumentos. O de causa
instrumental, e isso é por sua falsa doutrina, ensinando coisas que eles não deveriam. O
de causa final, isto é, cobiça, seja pela propagação de suas controvérsias teológicas
conquistando admiradores e seguidores; ou por causa do lucro imundo.
E Paulo avisou que haverá muitos deles; são professores, pregadores, e sendo tantos, são
tão perigosos e dolorosos, que suas bocas precisam ser detidas por meio da disciplina.
Essa é a conclusão comum destes dois versos, com referência todos esses males
causados pelos opositores da pregação pastoral. E o único remédio contra todos os danos
qualquer maneira foi causada por eles é, portanto, que aqueles que devem ser admitidos
no ministério devem ter a habilidade para calar suas bocas.

II – A NATUREZA DO DISCURSO DA OPOSIÇÃO.


Os principais obstáculos à religião estão frequentemente dentro da própria igreja. As
pessoas mencionadas eram membros e professores professos da igreja local. Mas o
discurso delas impediam o crescimento da piedade. Vejamos:
1) Palavras sem sinceridade são “vãs”. Por mais verdadeiro que seja o ensino de alguém,
mas se não houve sinceridade no coração esse ensino é vão. Normalmente esses
opositores à pregação são membros influentes da igreja local, e com grande habilidade no
ensino. Seus argumentos são em parte verdadeiros, mas a motivação por traz desse
ensino não está correta. São pessoas que querem provar que estão certos, mas não
querem fazer a coisa certa.
2) Grande ênfase na “teologia”, mas violando o sentido da piedade.
Grande atenção pode é dada à letra da lei, enquanto seu espírito é violado. A grande
controvérsia teológica daquele tempo era a salvação pela “lei” ou pela “graça”. Os teólogos
“da circuncisão” se opuseram ao ensino sadio das Escrituras. Eles tinham o gosto pela
controvérsia em si mesma. Hoje eles teriam blogs, sites, para detonar a pregação das
igrejas que Tito pastoreasse. Seriam críticos infrutíferos no meio do povo de Deus. Muita
atenção tem sido dada as controvérsias teológicas e pouco cuidado a vida de piedade.
Muita discursão e pouca pregação do evangelho.
3) O profissionalismo do púlpito. O cerne da questão da oposição ao pastorado de Tito, era
a intenção maligna desses pregadores de ganhar a atenção para si mesmos. Assim por
cobiça, seja pela admiração ou pelo dinheiro. Glamour criou o profissionalismo do púlpito.
Desde cedo houve uma distinção entre pregadores bons e maus – os primeiros vivem para
pregar, enquanto os últimos pregam para viver.

III. OS VÍCIOS DE LINGUAGEM DO DISCURSO DA OPOSIÇÃO.


Esses obstáculos na igreja devem ser removidos. “Cujas bocas devem ser paradas.”  A
disciplina deve ser exercida em amor. Pois a prosperidade da Igreja de Deus deve ser
considerada antes da dos indivíduos. Considerando que toda idade tem suas próprias
obstruções à verdade – intemperança, cobiça, egoísmo, os principais obstáculos do
presente. As comunidades são afetadas pela conduta dos indivíduos. Os personagens dos
homens são transferidos para o seu país; aqui os cretenses se tornaram um sinônimo.
Assim, como se diziam antigamente que os ingleses bêbados no exterior comprometem o
caráter de seus compatriotas. Quatro vícios na linguagem desses opositores (v.10,12)
1) Falácia. “faladores vãos”. A linguagem desses opositores é cheio de recursos da
retorica; a falácia. Uma falácia é todo enunciado ou raciocínio de teor falso, mas que se
tenta passar por verdadeiro; é um sofisma. É um termo que expressa um raciocínio que
aparenta ser verdadeiro, mas não é. Um exemplo claro disso que vivemos aqui: “a igreja
mudou”. Quem mudou foi as pessoas, que não mais querem obedecer. Elas mudaram, por
algum motivo pecaminoso. Esses pregadores que são desobedientes à palavra, em sua
maior parte, tornam-se no ministério da desobediência, mas aplicados que os que vivem no
ministério da obediência.
2) Paixão – “bestas do mal”; bestas ferozes. São indivíduos inflamados de um conceito,
ideia, teologia, que nascem da disputa, da amargura, da inveja, do ciúme, da soberba. O
que motiva toda essa paixão não é o evangelho, pois se fosse não seriam tão críticos e
impiedosos na fala. O evangelho promove, a pureza, o amor, a humildade e principalmente
a obediência.
3) Sensualidade. Os desejos ocultos por traz de toda essa oposição é o mesmo que a
igreja de Judas enfrentava, onde esses opositores buscavam o reconhecimento seja por
mérito ou por dinheiro. Eles são pastores de si mesmos. Gente que que se auto admira,
que estão encantados com consigo mesmos; que se acham capazes. Judas descreve isso
como a síndrome de Lúcifer.
4) Preguiça. O quarto vício comportamental desses opositores, é a inutilidade no reino de
Deus. Quem que fala demais e não faz nada. Que critica, mas não ajuda em nada. Tem
uma ideia perfeita para tudo. Mas não serve sacrificialmente ao evangelho. Não se envolve
com a igreja local, pois são paralisados por suas travas teológicas, que os tornam
imprestáveis e nocivos ao reino.

IV – AS CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO DA OPOSIÇÃO.


Paulo revela a Tito as características do discurso desses faladores vãos (v.10-12).
1) Desobediência. Na medida em que a primeira coisa tributada nesses falsos mestres pelo
apóstolo é a desobediência, aprendemos que a desobediência comumente é a base da
falsa doutrina. É justo com Deus desistir daqueles que cometem erros e ilusões que não
recebem a verdade no amor dela, pois onde quer que seja recebida em amor, a obediência
não pode senão ser cedida a ela.
2) Autojustiça. São faladores vãos, ou seja, gente que vive se justificando. A natureza do
pecado é sempre estar se desculpando. E é relutante em reconhecer o seu erro, sempre
que é confrontado. Embora nunca tão justamente, mas encontra sempre uma forma como
se defender o quanto puder. Usa argumentos fortes das Escrituras, aceita sorrateiramente
um erro pela a manutenção de outro, a fim de não se aceitar que estar errado. O teor das
Escrituras revela isso como pecado ( 2 Pedro 2: 1 2 Pedro 2: 1 ; 2 Pedro 2:10 2 Pedro
2:10 ; 2 Pedro 2:12 2 Pedro 2:12 ; Atos 13: 8 Atos 13: 8 ; Atos 13:10 Atos 13:10 ; 3 João 1:
93 João 1: 9 .
3) Vaidade. Em relação a si mesmos, são vaidosas; são pessoas gloriosas, gostam mais
do aplauso do que a edificação piedosa, o que é uma coisa muito vã. A respeito de seu
trabalho, que é tudo em vão, nunca alcançando o alcance final e correto da pregação do
evangelho para a salvação; porque aquele que semeia a vaidade, que mais pode procurar
colher? Com respeito aos ouvintes, que também gastam suas dores em vão: eles ouvem
um grande barulho e pompa de palavras, e uma demonstração gloriosa da sabedoria
humana, que pode envolver os simples em admiração.
Mas eles não mudam a vida deles, não crescem em santidade; são deixados sem reforma;
seu ouvido talvez esteja um pouco cócegas, mas seus corações permanecem intocados.
Nem suas almas são profundamente instruídas nem alimentadas com conhecimento
verdadeiro, mas elas vão embora tão sábias quanto vieram. A estes Paulo chama vaidosos
palestrantes e soberbos (1Tm1: 6; 1Tm 1: 6 ), e de novo, tagarela profano e vão, e isso de
maneira justa. Os seus discursos inchados procedem da profanidade de seus corações. 2.
Eles são como fogo estranho do altar do Senhor, oposto ao que o Senhor santificou para a
salvação do Seu povo. Eles estão tão distantes da edificação da Igreja que fazem com que
os homens aumentem para mais iniquidade e profanidade.

V – O CONTEÚDO DO DISCURSO DA OPOSIÇÃO.


Se conseguirmos identificar o modus operandi da oposição à pregação, considerando o
conteúdo do discurso, então veremos como esses falsos mestres enganaram as mentes
dos homens?
(a) Suprimindo a verdade.
Por meio de seus vaidosos discursos e falas, poetas, filósofos, historiadores e teólogos
eles ainda assim permanecem tão obscuros em seu entendimento, errôneos em seus
julgamentos, tão perversos em suas afeições e tão iníquos em suas vidas como sempre.
Diferentemente os profetas, apóstolos ou qualquer sucessor deles, eles fizeram uma clara
transmissão da luz ao povo e nunca ocultando a verdade e a luz.
Eles ensinaram toda a verdade da Escritura, e não apenas uma ênfase doutrinaria ou
eclesiológica. Uma das formas mais sutis de suprimir a verdade Escritura, é dar uma
ênfase em uma doutrina e desprezar o resto da Escritura. Uma igreja pode condenar o
divórcio, mas deixar seus membros encherem a cara de vinho, já que quem bebe sabe
quão difícil é a moderação. Não basta ter o “só a Escritura”, tem que ser “toda a Escritura”.
Cada parte dela é inspirada e útil (2 Tm 3.16). Assim as pessoas serão conduzidas a
Cristo, pelo conhecimento correto das Escrituras, pela piedade e da santidade.
(b) Bajulação.
Esses opositores da pregação pastoral de Tito, não lidariam diretamente com os pecados
da época, como os ministros piedosos fazem. Mas enganosamente, para não desagradar
vão focar em algo que desvie a atenção dos seus pecados. Como são pessoas que não
podem ser confrontados, eles desenvolvem uma capacidade muito grande de bajular,
enganar em nome de Deus. Levam as pessoas a enxergar a realidade por meio de suas
“falsas lentes”, de modo que elas nunca vejam a verdade. Embora afirmar que são
ortodoxos e bíblicos. Não são como Micaías não vai enganar nem lisonjear com Acabe,
apesar de estar em sua vida em perigo de morte.
(c) Enganação. Paulo diz que são pessoas cujas mentes estão enganadas. Primeiro eles
são tomados de um profundo ALTOENGANO e depois engana os outros. E eles são
líderes cegos, enganadores e enganados, e embora nosso apóstolo não expresse aqui
quem são aqueles que são enganados, mas em outros lugares ele faz, como Romanos
16:18 Romanos 16:18. …“ eles enganam os corações dos simples ”, e 2 Timóteo 3: 6 2
Timóteo 3: 6 ,“ eles levam mulheres cativas e simples ”, e 2 Pedro 2:142 Pedro 2:14 ,“ eles
seduzem almas instáveis”. Eles atacam essas almas ignorantes, inconstantes e
inconstantes, que recebe qualquer doutrina sem exame ou julgamento, cuja simplicidade
os incapacite para julgar entre verdade e falsidade.

VI – DISCIPLINANDO O DISCURSO VÃO.


Paulo reconhece o perigo desses faladores e opositores, e orienta Tito como reagir. Ele
orienta ao jovem pastor
O perigo do discurso de oposição.
Heródoto fala de um rio cita tendo uma doçura maravilhosa até que um pouco de amargor
se mistura com ele, e o dá sempre depois de uma amargura incomum. Assim, o conselho
maligno, em algumas emergências da alma, envenenará toda a corrente de sua existência.
Você pode envenenar um poço do qual um bairro bebe e, ainda assim, ser menos culpado
do que contaminar o FLUXO DO PENSAMENTO ETERNO. Há momentos em que a maior
confiança que um ser humano pode repousar em outro é a confiança da direção sábia.
Confiando na integridade dos outros, os homens às vezes entregam seu crédito, suas
esposas e filhos à guarda deles, e são guiados por eles através de veículos automotores,
Navios, e até aviões.Mas quando um homem vai com sua alma, e confia que um
companheiro pode dirigi-la então , a confiança é tão importante quanto a própria
eternidade. Oh, vocês que vigiam as vossas almas, como todo cristão deve, façam com
que você peça a Deus o que é proveitoso direcionar, antes de apontar o caminho para uma
mente imortal viajar. Dizem que o exemplo fala mais alto que palavras. Antes de entregar
sua vida a alguém veja os frutos que ela dá.
2) Ministros fiéis devem se opor a sedutores
O dever de todo ministro fiel é, quando a ocasião é oferecida, oportuno para opor-se contra
os sedutores, e parar as bocas dos falsos mestres, onde também a Igreja deveria apoiá-lo
e fortalecê-lo. O exemplo de Cristo deve ser nosso precedente, que mais corporalmente
confrontou a teologia corrupta dos doutores da sua época.  Em relação aos membros
particulares da Igreja, para que eles sejam preservados em solidez, e não abandonem a
verdade. E para isso as ovelhas devem obedecer a voz de seus pastores.
Em relação aos falsos mestres em si; Os tolos, diz Salomão, devem ser respondidos, para
que não sejam prudentes em sua própria presunção. Nem o trabalho será totalmente
perdido sobre eles, pois será um meio de convertê-los e trazê-los ao conhecimento da
verdade, ou então convencê-los de que serão feitos sem desculpa. E, além disso, a Igreja
deve fortalecer as mãos de cada ministro nesta disputa pela fé e, assim, manifestar-se
como a base e a coluna da verdade, que está comprometida com sua confiança e
segurança, contra todos os que contestam. Este dever ministerial requer uma grande
medida de conhecimento, e um homem provido de dons de variedade de leitura e solidez
de julgamento.
3) O silenciamento dos faladores maus
Cujas bocas devem ser paradas, não significa que você deve jogá-las em uma inquisição e
engasgar suas bocas, como era, e é, a prática do papado. Os perseguidores pagãos
adotaram o mesmo método de lidar com os fiéis mártires do Senhor; porque, para evitar
que falassem da sua graça, cortaram as suas línguas. Os muçulmanos têm o mesmo
princípio de sangue do Alcorão; de modo que o papa, o pagão, o grande turco, são, em
princípio, perseguidores. Isso não é ensinado em nosso texto nem em qualquer outra parte
do Novo Testamento.
Pelo contrário, os santos são perseguidos, mas nunca perseguem; eles devem seguir seu
Senhor e Mestre para a cruz, não o exemplo daqueles que O crucificaram. Mas suas bocas
devem ser interrompidas de maneira bem diferente de engasgar; eles devem ser
combatidos pela razão, fidelidade e amor. Sua influência deve ser destruída pela pregação
fiel do evangelho; e, se forem membros da Igreja, devem ser silenciados pela disciplina e,
se ainda refratários, expulsos da comunhão dos fiéis.

CONCLUSÃO
Concluindo com um conselho para evitar todo discurso tolo. Dizem que nas alturas e
recessos do Monte Taurus são muito infestadas de águias, que nunca são mais satisfeitas
do que quando pegar os ossos de um pássaro guindaste. Os pássaros Guindastes são
propensos a gargalhar e fazer barulho (Isaías 38:14Isaías 38:14), e particularmente
enquanto eles estão voando. O som de suas vozes desperta as águias, que surgem ao
sinal e muitas vezes fazem os viajantes tagarelas pagarem caro por suas conversas
impudentes. Os mais velhos e mais experientes pássaros guindastes, sensíveis ao seu
ataque e ao perigo a que os expõe, tomam cuidado antes de se aventurarem a voar; eles
apanham uma pedra grande o suficiente para encher a cavidade de suas bocas e,
consequentemente, impor silêncio inevitável. Assim prendem sua língua e eles escapam do
perigo. Pessoas incomodadas com línguas indisciplinadas podem aprender uma lição com
os guindastes mais velhos. Todos os cristãos devem refrear suas línguas por vigilância e
oração. O salmista formou uma resolução nobre: ”Eu disse, vou tomar cuidado no meu
caminho, para não pecar com a minha língua”.

Sermão Nº 09 – Crentes ou cretenses.


Referência: Tito 1:12-13.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 31/07/2019.

INTRODUÇÃO
Os cretenses são sempre mentirosos, é uma citação da literatura grega clássica. Não foi
com frequência que Paulo citou os tesouros da literatura clássica e, quando o fez, não
recorreu aos mais celebrados dos poetas gregos. Na primeira vez “O Hino de Cleanthes”
deu-lhe um texto em seu discurso na colina de Marte em quando esteve em Atenas (Atos
17); e a segunda citação foi o tratado de Epimênides, “relativo a oráculos”, que ele faz aqui
neste texto de Tito 1.12. Epimênides era um poeta cretense de caráter religioso e que
também fazia afirmações proféticas, que visitou Atenas em 599 a.C, e que pouco depois
morreu, com a idade avançada de cento e cinquenta anos. Ele parece ter proferido um
conciso e dramático provérbio, uma amarga caracterização epigramática de seus
compatriotas, uma parte da qual, “Os cretenses são sempre mentirosos”, foi citado por
Callímaco em seu hino a Zeus.
Embora o Bispo Theodoret (393-457) atribui toda a citação a Callimachus. Jerônimo,
Crisóstomo e Epifânio concordam em referir esta severa acusação contra os cretenses a
Epimênides, o filosofo, poeta místico e profético. Apesar da severidade desta condenação;
ela não interferiu com a tradição preservada pelo historiador romano Diógenes Laércio (200
d.C), que os cretenses fizeram honra sacrificial a ele como se fosse um deus. De acordo
com Diógenes, histórias manifestamente fabulosas são contadas sobre Epimênides, e ele é
considerado por ter escrito numerosos tratados e poemas. (HR Reynolds , DD)

I – O caráter dos cretenses.


A acusação de falsidade é feita também pelo bibliotecário de Alexandria; Callímaco (310
a.C), e esse estigma de mentirosos deve ter sido merecida, e podemos confiar numa série
de testemunhos com o mesmo efeito em outras fontes clássicas. A própria palavra “Cretize”
foi inventada, significando “fazer o papel de um cretense”, e era idêntica a “enganar, ou
proferir e propagar uma mentira”. A expressão ‘bestas feras” ou “Feras do mal” é uma
expressão que demonstra uma “ferocidade indomável”, egoísmo truculento e ganância.
Enquanto “barrigas ociosas”, ou “não faça nada glutões”, completa uma imagem negativa e
revoltante do caráter de todos os cretenses.
 1) Falsidade
A falsidade e o engano; seja em palavras ou ações são condenados, não apenas pela luz
das Escrituras, mas pela luz da própria natureza. Que aparece expressamente não apenas
pelo testemunho desse poeta pagão, mas por outras luzes na natureza; porque a
consciência natural do homem a acusa quando mente, seja nas próprias crianças, isso faz
com que elas ficam alarmadas quando alguém mente. Além disso, o mais desprezível dos
homens considera a mais alta desgraça ter a mentira que lhes é dada, a infâmia de que o
vício é tal que ninguém o aceita, ninguém o confessará. E, ao contrário, os pagãos
louvavam tanto a verdade, na palavra, na prática, como todas as outras virtudes diziam ser
a verdade a única filha de Júpiter, com quem mais se parecia.
(a) Os crentes e a mentira.
Como deveríamos nós que somos reputados como filhos de Deus abominar essa prática,
da qual até os filhos dos homens se envergonham? Se os brilhos da luz natural tomam a
consciência natural de um pagão, que é um homem sem graça e o acusa desse pecado.
Quanto mais a luz clara da graça não obrigará a consciência de cristãos professos a
reprová-los? É justamente reputado uma desgraça para os homens comuns, o ser pego
numa mentira, quão vergonhoso deve ser ainda mais para os cristãos? Se os pagãos
querem professar a verdade, para se assemelharem a um falso deus; não deveriam os
crentes que são filhos do Deus verdadeiro, e que são imagem da palavra da verdade que é
Cristo, falar sempre a verdade como parte dessa filiação.
(b) A pratica da mentira.
Toda mentira é prejudicial, seja na brincadeira ou na má intenção, seja por mal ou pelo
bem, porque ela é inimiga da verdade e quebra o nono mandamento: “não dirás falso
testemunho”. Mesmo que alguém mente de brincadeira ou na esportiva, o perigo é o
mesmo. Por isso inverdades não podem ser ditas embora não sejam pensadas ou
desejadas. (Salmo 5.6) Deus destruirá os mentirosos. E muitos dos próprios pagãos viram
a tolice e insensatez dessa mudança; lemos dos lacedemônios, mas conhecidos como
ESPARTANOS, que eles não permitiriam que suas leis fossem reprimidas em tom de
brincadeira ou piadas. Muitos cristãos modernos assistem a programas humorísticos que
zombam abertamente das Escrituras. A lei do Senhor não pode ser vilipendiada em tom de
brincadeira o piadas, seja por cristãos ou não.
O dramaturgo Thespis (610-550 a.C) considerado o primeiro ator do ocidente, que
introduziu uso de máscaras no teatro; foi perguntado se ele não tinha vergonha de proferir
tantas mentiras para um público tão digno, pois segundo Sólon “As peças mentem para
seus públicos”. Então Thespis respondeu que fazia isso pela arte do entretenimento. Mas o
sábio Solon o pai da democracia respondeu: Se nós aprovarmos e elogiarmos este tipo de
espetáculo, e isto é muito sério, pois logo acabaremos aceitando pacificamente isso em
nossos contratos e assuntos particulares. Muitos cristãos estão debaixo do julgamento
justo de Deus, porque começaram a mentir por brincadeira, adquiriram o hábito de mentir a
sério. E por suas mentiras brincalhonas, acabam levantando suspeita de sua conduta, que
nunca pode ser acreditado e que não leva nada a sério.
(c) A mentira prejudica a verdade.
Para mentiras oficiosas, assim chamadas, não pode haver tal coisa, porque em toda
mentira algum ofício ou dever é violado. Alguém pode argumentar; mas eles não
machucam ninguém; embora possam não machucar a outros, a mentira machuca as
pessoas de muitas maneiras. Se não prejudica as partes envolvidas (sobre que quem se
está falando), mas prejudica as pessoas a quem são contadas as mentiras; que são
abusadas e levadas a acreditar numa mentira. E não somente isso, o pior de tudo e o
maior de todos os danos é que as mentiras, prejudicam e prejudicam a VERDADE que
deveria prevalecer. Ou alguém pode dizer mas o fim é bom, não causa mal a ninguém; mas
aquilo que é mau na natureza e na constituição nunca pode ser admitido, que o fim nunca
seja bom, já que é algo mal.
O mal menor não pode ser cometido para o bem maior; para ajudar o homem, pois não
podemos ferir a Deus. Não, nós podemos dizer a menor mentira para a maior glória de
Deus, e muito menos para o bem do homem (Jó 13: 9-10). O amor não se deleita na
mentira. A mentira é falta de amor. A Escritura diz que o amor se regozija na verdade, se
não for assim não há piedade. A verdade e o amor não podem ser separados.
(d) O perigo da mentira
Devemos pensar sobre o perigo da mentira por algumas razões. Toda falsidade e mentira
são diretamente contra o próprio Deus, que é a própria verdade; assim como por eles um
homem se torna mais diferente de Deus, e mais semelhante ao diabo, quem é o pai e
primeiro fundador deles. Que, portanto, o mentiroso se lança no inferno, local do desagrado
de Deus, visto como Ele aborrece todas as obras do diabo, assim testificou ódio especial
contra isso criando o inferno.
Uma língua mentirosa é uma das seis coisas que o Senhor aborrece e lhe é abominável
(Pv 12:22) e, portanto, faz com elas o que fazemos com as coisas que abominamos; ou
remove-os fora de vista, barrando-os do céu, e destrói-os (Sl 5: 6). Embora a maior
desgraça que o mentiroso possa receber é ter a face de Deus colocada contra eles aqui, e
ser lançada fora de Sua face e abençoada presença de alegria. Há ainda uma infinidade de
outros males inferiores que não devem ser desprezados, que seguem aqueles que vivem
na pratica da mentira.
(e) A repreensão severa aos mentirosos
Quando Aristóteles, o filósofo grego, tutor de Alexandre, o Grande, foi questionado sobre o
que um homem poderia ganhar expressando falsidades, ele respondeu: “NÃO SER
ACREDITADO QUANDO FALAR A VERDADE.” O contrário, é relatado de que quando
Francisco Petrarca (Sec XIV) um poeta italiano, um homem de integridade estrita, foi
convocado como testemunha, e quando de maneira usual ia iniciar a falar para prestando
juramento diante de um tribunal de justiça, o juiz fechou o livro, dizendo: “Quanto a você,
Petrarca, sua palavra é suficiente”.
Da história de Petrarca, podemos aprender como grande respeito é pago àqueles cujo
caráter para a verdade é estabelecido; bem como a resposta de  Aristóteles à loucura, e a
maldade de mentir. No antigo país de Sião, um reino da Ásia, hoje conhecido como
Tailândia; aquele que contava uma mentira era punido de acordo com a lei, tendo a BOCA
COSTURADA. Isso pode parecer terrível; mas nenhuma severidade é grande demais
contra alguém que comete um pecado tão grande. Nós lemos a mesma SEVERIDADE na
forma em que Deus Todo Poderoso puniu Ananias e Safira com a morte por não falar a
verdade.

2) Feras do mal (v.12)


Paulo fala da Bestialidade nos homens, chamando-os de bestas ruins. Animais ferozes.
(a) A bestialidade dos indivíduos.
São pessoas sem entendimento, em todas as coisas de Deus, por natureza, tão ignorantes
como as bestas brutas ( Sl 73:22; Jr 10:14; Pv 20:24). Que são conduzidas por sentimentos
e instintos baixos. E que são conduzidos com sensualidade ou desejos ou instintos como
bestas brutas ( 2 Pd 2:12). Pessoas que não são tratáveis, que são irreconciliáveis, que
não se abrem ao diálogos, que não são convencidas racionalmente. Que não são
pastoreáveis, que não são corrigíveis, não são treináveis, não são disciplináveis. Pessoas
assim são privadas de compreensão, julgamento, razão, como todo homem natural está
nas coisas de Deus, precisam ser guiados por outros guias, como a soberba, o
intelectualismo fútil, a  luxúria, o apetite, sentidos e visão, assim como os animais são. São
comportamentos bestiais e brutais, vorazes em seus conceitos e condutas. São nocivos e
perigosos ao rebanho. Que vivem isolados e fora do aprisco. São lobos no meio das
ovelhas.
(b) Comportamento vorazes.
Há Indivíduos que agem como uma fera animal. Nós temos um ditado comum quando nos
vemos supervisionados ou ultrapassados em qualquer coisa externa e temporal, dizemos:
Oh, que besta eu fui! Mas bom seria se, assim, nos acusássemos seriamente, se
fracassássemos em nosso proceder piedoso, e disséssemos: Oh, que besta era fui deixar a
direção da Palavra; e sofro com o meu apetite, ou com a concupiscência do meu coração,
ou com a visão dos meus olhos para este ou aquele pecado? Ai, que eu a quem Deus deu
razão, julgamento, eleição, deliberação, sim, Sua Palavra e Espírito, deveria viver tudo isso
enquanto um desprovido de tudo isso. Não entendo qual é a boa e aceitável vontade de
Deus, mas ainda sou como o cavalo e a mula sem entendimento.
Eu pisei meus ouvidos na Palavra como o vidente surdo, e recusei as coisas da minha paz;
Tenho ladrado contra Deus e piedade; Eu tenho chafurdado na minha impureza como um
porco em sua própria sujeira. Eu fui impiedoso e cruel como qualquer leão ou lobo; Eu não
poupei nenhuma presa e tão sutil quanto qualquer raposa para enganar meus irmãos. Eu
cuspi fora meu veneno tanto para o rosto como para as costas dos meus vizinhos, e
especialmente contra a casa da fé, os professores da religião. Oh, que besta eu era em
tudo isso! Mas agora, vendo a minha compreensão ser-me restabelecida, nunca mais
levarei a mim mesmo, a não ser como um homem.
Não mais fazendo minha luxúria minha lei, mas a razão será meu guia; ou melhor, mas,
como um homem cristão, pela graça de Deus, deixarei que eu seja guiado daqui por diante
pela razão renovada, sim, pela Palavra e pelo Espírito de Deus.
Se preciso de qualquer coisa que se pareça com as bestas, será o boi e o jumento
conhecendo meu Senhor e Mestre; a cegonha e o guindaste e engolir, em reconhecer o
tempo de época do meu arrependimento. Ser a serpente na sabedoria cristã, o cordeiro e
pomba em mansidão e inocência cristãs, e assim se assemelhando a eles, eu não serei
nem considerado uma besta, nem ainda ser condenado por nenhum deles. Mas se algum,
relutante em deixar suas propriedades brutas, ainda será uma fera e seguir sua luxúria, é
adequado que ele veja o fim de seu caminho em um de seus predecessores (Pv 7:22)
3) Comilões preguiçosos.
O último traço do caráter dos cretenses é uma consequência natural dos dois primeiros,
uma vida de mentiras e sem noção vai levar uma vida descuidada e centrada na busca do
prazer nas suas diversas formas. Os cretenses, gostavam de festas, farras, comidas. Paulo
diz que são ventres preguiçosos. Não porque não gostavam do trabalho, mas pelo estilo de
vida fútil que eles viviam. o fim ultimo dos crentes cretenses, era o empoderamento inútil.
Essas festas custavam caras, mas tudo o que faziam não era para dignidade do trabalho,
mas para gastar em seus desejos egoístas e festivos. A
A preguiça espiritual é um vício comportamental desses crentes cretenses. O estilo de vida
deles é uma inutilidade no reino de Deus. Gente que enche o ventre com uma teologia de
autossatisfação. Que agrada o intelecto, mas que não toda o cerne do evangelho. Gente
que fala demais e não faz nada. Que critica, mas não ajuda em nada. Tem uma ideia
perfeita para tudo. Mas não serve sacrificialmente ao evangelho. Não se envolve com a
igreja local, pois são paralisados por suas travas teológicas, que os tornam imprestáveis e
nocivos ao reino

II – LIDANDO COM OS CRETENSES.


Paulo diz que este testemunho é verdadeiro, que muitos crentes são cretenses em seu
caráter. Os que lidam com o serviço cristão não devem ser desencorajados de seu dever,
embora tenham que lidar com um povo brutal e miserável. Sendo este testemunho
verdadeiro, Tito poderia ter sido desencorajado, e por isso ocasionou a meditar a sua
partida deles como um povo sem esperança, ou a repelir que o apóstolo o colocasse em
meio a tal companhia de animais em vez de homens.
Mas ainda assim Tito medita e faz com coragem continuar em seu trabalho entre eles, e
semear a palavra mesmo neste terreno duro. É a sorte de muitos servos graciosos serem
chamados e plantados entre pessoas grosseiras, bárbaras e bestiais, tais como esses
cretenses eram, sim, entre as pragas venenosas que recompensariam suas lutas e dores
fiéis ao gerá-las a Deus com a extremidade do erro e violência que viviam ( Jeremias 26:
8). Agora, o que o ministro deve fazer neste caso?  Duas coisas devem ser feitas.
1) Coragem para lidar com as feras.
Certamente, como não somos chamados por nós mesmos e não vivemos para nós
mesmos, então não vivemos para nosso próprio prazer. E se ele fosse pensar assim, ele
não encontraria nenhuma motivação para continuar a servir entre as víboras venenosas
dos cretenses.  Se Deus ordenou a Jonas que se levantasse e fosse a Nínive, e ele teria
um dos ministérios mais bem-sucedidos de toda a história da pregação. Mas antes o
Senhor lhe ensinará, que ele não pode fugir e nem agir pela sua própria vontade e nem ir
aonde quiser.
Quando Moisés fosse chamado para falar com o Faraó, ele não pode dar a desculpa: “Mas
eles não vão acreditar em mim”.As vezes Deus nos chama para um trabalho que a única
motivação que temos para ir é uma desmotivação: “Eles não vão ouvir! Eles não mudam”.
“Eles não aprendem”. “Eles não querem”. Da mesma maneira, Cristo, enviando Seus
discípulos, “Portanto, ide! Eis que Eu vos envio como cordeiros para o meio dos lobos” (Lc
10.3). Vocês serão perseguidos e caluniados, e odiados sem causa. E se chamaram o
mestre de Belzebu, de que não seremos chamados (Mt 10.16-28).
2) Repreender severamente.
Paulo uso um fraseologia da saúde ou “solidez” em relação à fé. Provavelmente foi
sugerido ao apóstolo pela adoção prévia de frases indicativas de doença e de remédios
severos. Uma faca afiada, instrumentos de cautério, manuseio firme, incisões livres, são
necessárias para algumas feridas venenosas e putrefatas; e como antigamente Tito tinha
que mostrar aos coríntios como purificar o velho fermento. Entregar pessoas iníquas a
Satanás, repreender o quem tinha pecado e reprender e confrontar todo tipo de vício, então
mais uma vez ele teve que levantar sua voz como uma trombeta e, por pura bondade, foi
ordenado e não para poupá-los.
(a) Diferentes modos de lidar com diferentes pecados
De acordo com a natureza dos pecados e pecadores, devemos colocar uma vantagem
sobre nossas reprovações e afiá-las. Porque todos os pecados não são de um mesmo
tamanho, nem todos os pecadores de uma só linhagem; mas alguns pecados são maiores
que outros, e alguns pecadores são mais obstinados que outros. Alguns pecados são de
ignorância, alguns de malícia; alguns são privados, outros são ocultos.
Agora, devemos, sabiamente, colocar uma diferença entre ele. A compaixão deve ser
mostrada a alguns; e outros, a quem o amor não pode fascinar, o medo deve forçar. Alguns
devem ser salvos pelo amor, e alguns devem ser retirados do fogo. Algumas feridas
precisam apenas de um lenitivo gentil, outros um bisturi mais afiado; alguns exigem apenas
a picada de uma agulha para abri-los, outros um cirurgia levou ou uma amputação.
(b) Administrando a Repreensão cristã
A repreensão cristã deve sempre ser baseada em uma firme convicção. Nunca mero boato
insuficiente; nem na curiosidade ou probabilidade. A repreensão cristã deve ser completa e
eficaz. Uma repreensão de corte não precisa ser indelicada. Sarcasmo, sátira, desprezo –
estes são impróprios para um cristão. Palavras suaves quebram corações duros; o calor
derrete, enquanto o frio congela. A repreensão cristã deve ser para o bem do pecador –
“para que sejam sadios na fé”. NUNCA PARA OS MOTIVOS ERRADOS: 1. Para salvar
aparências. 2. Manter a dignidade. 3. Para gratificar a vingança. MAS PELOS MOTIVOS
CERTOS: 1. Para salvar a pureza da Igreja.2. Para evitar a propagação do contágio. 3.
Restaurar a vida e o privilégio espiritual.
(c) O objetivo das repreensões
As mais severas repreensões na Igreja devem visar a este fim, a recuperação dos cristãos
doentes à solidez da religião, tanto no juízo quanto na prática; que parece que a maior
censura comum na Igreja não é mortal, mas medicinal. Pois, como um cirurgião corta os
braços e as pernas para que o corpo e o coração possam ser salvos, também neste corpo,
partes e membros são cortados para que eles mesmos possam ser salvos, assim como
todo o seu corpo.Paulo exorta a pessoa incestuosa que seu espírito pode ser salvo.
Hermineu e e Fileto foram entregues a Satanás para que eles pudessem aprender a não
blasfemar.
Aqueles a quem Judas deseja que sejam retirados do fogo pela violência, devem ser
salvos por meio dele. Paulo usa uma linguagem forte em (1Co 16:21) “Se alguém não ama
o Senhor Jesus, seja amaldiçoado” E, portanto, edificação e salvação não são o fim dessa
censura. Eu respondo: “Uma coisa é a Igreja excomungar, outra a maldição da execração;
uma é a censura comum, o outro é ato muito extraordinário e raro. A excomunhão é contra
aqueles que podem ser amigos da Igreja. Execração, é apenas contra inimigos, e
apóstatas abertos e obstinados, até mesmo como Juliano, quem na história da Igreja foi
julgado ter pecado “o pecado contra o Espírito Santo”, e, portanto, execra e amaldiçoa.
(d) Repreensões agudas às vezes são necessárias
As palavras são uma metáfora tirada dos cirurgiões, que cortam a carne morta ao rápido,
mas é para curar. Palavras cortantes fizeram grandes curas: muitas pessoas doentes e
purificadas se tornaram sãs, tanto pela fé quanto pelas boas maneiras, por severa
repreensão. Aprendei daqui que embora, em termos gerais, devamos temperar nossas
repreensões com muita brandura e mansidão. Mas há ainda assim um tempo em que
devemos repreender severamente, para que os homens sejam “firmes na fé”. Podemos,
devemos falar severamente quando palavras gentis não vão fazer o efeito necessário.
(d) Fidelidade na administração de reprovação
O não conformista; Rev. Joseph Alleine (1634-1688) na Inglaterra; foi muito fiel e imparcial
na administração da repreensão. Certa vez, quando empregado em um trabalho desse
tipo, ele disse a um amigo cristão: “Estou agora fazendo aquilo que provavelmente tornará
um amigo muito querido e prestativo num inimigo. Mas, no entanto, não pode ser omitido; é
melhor perder o favor do homem do que o de Deus. ”Mas, longe de se tornar seu inimigo
por sua fidelidade conscienciosa a ele, ele o amou ainda mais depois, enquanto ele
vivesse.

CONCLUSÃO
O evangelho é oferecido ao pior. Este é realmente um caráter medonho, que o apóstolo diz
ser perfeitamente verdadeiro. A ilha deve ter estado em uma condição de medo, pois o
apóstolo tem sempre o hábito de falar suavemente até mesmo daqueles que são culpados.
Se a culpa não fosse enorme, ele nunca teria repreendidos tão severamente, nem dado
tais ordens rígidas a Tito para repreendê-los severamente, para que eles pudessem ser
sadios na fé. E aqui devemos observar quão maravilhoso é o amor de Deus, que chega até
o mais baixo da espécie, e eleva essas naturezas brutais à semelhança do Filho de Deus,
e eleva-as ao trono de Sua glória!
Em meio a essa ilha pandemonial, a Igreja de Deus é plantada, como um oásis no deserto,
como um farol nos mares revoltos, para dar descanso e direção a todos os que quiserem
ouvir os chamados da Divina Misericórdia. Oh, quão admirável, quão glorioso é aquele
Deus que, como o pai do filho perdido, abre Sua casa e Seu seio para um mundo vil,
miserável e pródigo! És tu um crente cretense? és tu um mentiroso, um glutão e um bruto?
então a mensagem do amor de Deus é para você – até mesmo para você; e se você
receber, você deve brilhar entre os santos na luz para sempre!
O mundo diz talvez de você, como o provérbio fazia antigamente: “Os três piores C’s do
mundo são a Capadócia, Creta e Cilícia”; todavia para estas habitações de iniquidade e
covas de demônios a graça de Deus penetrou, e multidões foram atraídas ao Senhor. O
evangelho é para ti, irmão, em toda a tua vileza e culpa; e Jesus, que te amou, é o mesmo
ontem, hoje e eternamente. Venha a ele e seja salvo.

 
Sermão Nº 10 – A perversidade das trivialidades.
Referência: Tito 1:14-15.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 07/08/2019.
INTRODUÇÃO
Para determinar as principais características da personalidade de uma pessoa, não é
necessário ter um doutorado em psicologia. Basta prestar atenção às suas atividades
diárias, o que ela gosta e o que vive comentando e que ela curte na internet. As questões
triviais a que damos mais atenção acabam nos definem perfeitamente. Revelam
perfeitamente nosso caráter. Coisas triviais tem um poder sedutor de nos roubar o tempo,
que deveríamos dar as questões realmente importante da vida.
Paulo fala do perigo dos discursos vãos (v.10-13), que acabam subvertendo famílias
inteiras. Ele diz que esses discursos devem ser disciplinados severamente para que a
igreja seja saudável. Aqui o texto (14,15) mostra o perigo de dar atenção dessas
discursões intermináveis, controvérsias que podem ser chamadas perfeitamente de
DOUTRINAS-FABULAS. A ocupação com essas trivialidades, afastam as pessoas da
verdade do evangelho que desemboca numa vida de santidade e piedade.

I – O PERIGO DAS TRIVIALIDADES.


Paulo inicia o verso 14 dizendo para não se ocupar: Não dando atenção a fábulas
judaicas”. Esse texto revela o poder perversivo das trivialidades e das controvérsias
teológicas. As controversas e as trivialidades, são meras concepções humanas, e exercem
um poder perverso devastador contra a verdade e a piedade. A verdade em sua essência,
é sempre mais importante do que a formalidade em que é revestida. Pois o “espírito” é
maior que a “letra”.
1 – A armadilhas das doutrinas-fabulas (v.14).
Embora todas as fábulas em matéria de religião devam ser rejeitadas, ainda assim ele
menciona especialmente essas judaizantes, porque eram os mais perigosos de todos. Elas
se opuseram diretamente ao ministério de Tito. Os defensores dessas doutrinas diziam ser
os verdadeiros mestres da igreja, como os detentores da verdade do evangelho e não o
Apostolo Paulo. Eles foram persuadidos e enganaram as pessoas sob os mais fortes
pretextos, fazendo parecer que vieram como a própria boca de Deus, para seu povo. Pois
nasceram sob a lei, e por isso tinham maior firmeza e autoridade dada pelo próprio Deus e
de seu maior profeta Moisés.  Com este ensinamento mentiroso, ganhavam a atenção dos
membros das igrejas locais e se opondo à pregação e ao ensino do Pastor Tito.
(a) Mas o que eram essas doutrinas-fábulas?
Sob esta designação pode-se compreender todos os falsos comentários e falsas
interpretações da lei de Moisés, baseados na letra da lei, mas desprezando o significado
do espirito da lei. Esse mesmo problema foi enfrentado por Cristo em seu ministério, onde
Cristo desafia os mestres da lei, a ir além da letra (Mateus 5:1-48 ; Mateus 6: 1-34 ; Mateus
7:1-29 ). Paulo dá a entender que são muitas fabulas e não tem proveito algum ao
evangelho. Todas as suas fabulosas invenções foram escritas num livro que hoje
conhecemos como “Talmud” que contém as leis, tradições e costumes do povo Judeu. O
próprio contexto imediato, nos mostra algumas dessas “doutrinas-fabulas”, que incluem a
observação legal e cerimonial de dias, carnes, bebidas, roupas, lavagens, pessoas e
povos. Porque os judeus ensinavam que a mesma diferença ainda devia ser mantida,
como Moisés ordenou ao Senhor.
Assim, algumas carnes eram impuras e outras limpas; alguns dias eram mais santos que
outros; assim, roupas e pessoas dos quais; muitos então relacionados à poluição legal por
questões de toques, ou convivência. Eles erram em sua teologia, porque não entenderam
que a vinda de cumpriu todas aquelas formalidades da lei. E que fomos libertos de essa
concepção de impureza, como o próprio Deus diz a Pedro ( At 10: 1-48 ), que nenhum
homem nenhuma coisa deve ser chamada de poluída ou impura.
(b) Mas por que o apóstolo chama essas doutrinas de fábulas
A pregação desses falsos obreiros era aparentemente muito pertinente. Pois todos esses
preceitos foram dados por Deus no Antigo Testamento. Foram impostos ao povo de Deus,
caso não fossem obedecidos, eram castigados pelo próprio Deus. E assim esses teólogos
judaizantes, incluíram junto com estes preceitos bíblicos todas aquelas verdades
evangélicas pela qual todos nós somos salvos. Esses professores estavam cheios de
autoengano. Pois estão apegados na interpretação da letra da lei, e não no espirito da lei.
Porque todas essas exigências legais feitas pelo próprio Deus, foram dadas para servirem
como sombras das coisas que estavam para vir.
Elas carregavam um espetáculo ou figura da verdade, mas não o corpo, nem a própria
verdade: para o mesmo efeito, diz Paulo (Gálatas 4:24), que eles eram alegorias; isto é,
sendo as coisas que eram, significavam as coisas que não eram.Todas essas
constituições, tinha um tempo para cumprir seu proposito e depois não serviriam para mais
nada.  Depois que Cristo cumpriu a lei, esses preceitos cerimonias perdeu sua validade.  E
agora, ensiná-las ou exortá-las, é tão vaidoso, e desprovido de fundamento das Escrituras.
Se tornaram obsoletas, sem proveito, vazias de verdade. Se tornando um ensino de
falsidades vãs, fictícias e inúteis e pura imaginação de homens.
(c) O legalismo das doutrinas-fábulas.
Paulo chama de mandamentos de homens, contrapondo com os mandamento de Deus.
Dada a importância dos preceitos, as fabulas por sua vez nascem a partir da verdade. As
regras divinas tem seu propósito de nos preservar de sermos desviados da verdade. Não
por causa das aparências ou encorajamento que alguma regra possa dar como se
fossemos mais santos e piedosos como fazem os legalistas. Muitos consideram as regras
como um fim em si mesmas. E temos muita facilidade em gostar das regras, de aparências.
E se amamos as regras simplesmente pelos aspectos externos, à medida que esses
aspectos externos mudam, também as nossas afeições. Por exemplo, se a amamos os
mandamentos simplesmente pela prosperidade e benção que temos em obedecê-los,
corremos o risco de nos tempos de perseguição e crises ficarmos decepcionados e cair
decair da fé como Demas.
Devemos praticar tanto quanto sabemos. E quanto mais praticamos, quanto mais sabemos;
e quanto mais sabemos, quanto mais amamos.  E quanto mais amamos mais obedecemos.
(João 7:17). Na verdadeira piedade, a fé e a boa consciência estão unidas, pois, tal como a
é a sua consciência, assim você será na sua piedade. Ouvir um sermão a cada hora na
internet. Ler a Bíblia centenas de vezes ou ser um Doutor em teologia; não adiantará nada
sem o cultivo de uma boa consciência que culmine na pratica da piedade verdadeira.
Nossos primeiros pais cederam ao primeiro ataque de Satanás, que quiz questionar,
discutir e contraverter a verdade de Deus.
O preceito dado por Deus, era simples e exigia apenas obediência e não uma controvérsia
teológica e hermenêutica extremante complexa que o diabo levantou. Toda a discursão
trivial do diabo afastou Adão e Eva, da essência da verdade, que se expressa na vida de
obediência e na santidade do caráter de Deus. Temos que ter muito cuidado para não
darmos ouvidos as doutrinas-fabulas, nem aos mandamentos de homens, pois o principal
motivo dos discursos controversos dos academicistas e dos legalistas é desviar nos da
verdade da santidade.

II – A SUPREMA IMPORTÂNCIA DO CARÁTER MORAL (V.15)


Tito 1:15: Para o puro todas as coisas são puras
O texto mostra que há uma diferença essencial no caráter moral dos homens. E que a
forma como as pessoas veem o mundo exterior é determinado pelo tipo caráter que elas
têm.

1 – O caráter puro e impuro em relação a todas as coisas.


Em relação à aparência. Uma pessoa pura não é dada à suspeita nem à censura; ele está
sempre predisposto a vê algo de bom em todas as pessoas. Ele evita julgar pela aparência,
mas pelo que realmente é. O impuro faz tudo isso ao contrário. Em relação à influência.
Uma pessoa pura é como a abelha, pode extrair mel da planta mais amarga; ou, como a
harpa eólica, pode transformar o vento estridente em música agradável. Em relação à
apropriação. Uma alma impura apropria-se, mesmo dos meios mais fortalecedores e
refrescantes de aperfeiçoamento espiritual, e os transforma naquilo que enfraquece e
destrói.
(a) Como forma nosso caráter.
Será que são as circunstancias que definem nosso caráter. Para os males deste mundo
existem duas classes de remédios – um é o mundo, o outro é de Deus. O mundo propõe-se
remediar o mal ajustando as circunstâncias desta vida aos desejos do homem. O mundo
diz, nos dê um conjunto perfeito de circunstâncias, e então teremos um conjunto de
homens perfeitos. Este princípio está na raiz do sistema chamado SOCIALISMO. O
socialismo parte do princípio de que todo mal moral e mesmo físico surge de leis injustas e
da desigualdade social. Se a causa for remediada, o efeito será bom.
Mas o CRISTIANISMO joga de lado tudo isso como meramente quimérico (desprovido de
realidade; resultado da imaginação; utópico). A Escritura prova que a falha não está nas
circunstâncias externas, mas em nós mesmos. Como o sábio médico, que, em vez de se
ocupar com teorias transcendentais para melhorar o clima e as circunstâncias externas do
homem, EU. O princípio que Paulo estabeleceu aqui é que cada homem é o criador de seu
próprio mundo existencial; ele anda em um universo de sua própria criação.
Como o ar livre é para a saúde a causa dos pulmões frios e enfermos, também para o
homem saudável é uma fonte de maior vigor. O fruto podre é doce para o verme, mas
enjoado para o paladar do homem. É o mesmo ar e o mesmo fruto atuando diferentemente
sobre diferentes seres. Para homens diferentes, um mundo diferente – para um: tudo é
poluído – para outro: tudo é puro. Para o nobre todas as coisas são nobres, Para o
desprezível;  todas as coisas são desprezíveis.
(b) O caráter influencia o modo como vemos o mundo.
Em seu sentido mais estrito, a criação de um novo homem é a criação de um novo
universo. Então conceba um olho de tal forma construído que os planetas e todos dentro
deles devam ser vistos minuciosamente, e tudo o que estiver próximo deve ser escuro e
invisível como as coisas vistas através de um telescópio. Ou, como vemos através de uma
lupa, a plumagem da borboleta e a flor do pêssego; então é manifestamente claro que nós
temos chamado à existência, na verdade, uma nova criação, e não novos objetos. O olho
da mente cria um mundo para si. Novamente, o mundo visível apresenta um aspecto
diferente para cada homem individual.
Um homem vê nesse nobre rio um emblema da eternidade; Ele fecha os lábios e sente que
Deus está lá. Outro não vê nada, mas uma estrada muito conveniente para transportar
suas especiarias, sedas e mercadorias. Para um este mundo parece útil, para outro belo.
De onde vem a diferença? Da alma dentro de nós. Pode fazer deste mundo um vasto caos
– “um poderoso labirinto sem plano”; ou uma mera máquina – uma coleção de forças sem
vida; ou pode tornar a vestimenta viva de Deus, o tecido através do qual Ele pode se tornar
visível para nós.
No espírito em que olhamos, o mundo é uma arena para o mero auto-progresso, ou um
lugar para ações nobres, no qual o eu é esquecido, e Deus é tudo. Observe que esse efeito
é rastreável mesmo naquilo que é produzido por nossos diferentes e mutáveis estados de
ânimo. Nós fazemos e desfazemos um mundo mais de uma vez no espaço de um único
dia. Em humores insignificantes tudo parece trivial. Em humores sérios tudo parece solene.
(c) Somos o que parecemos ser.
Embora a hipocrisia seja uma marca do coração, e dificilmente somos o que parecemos
ser. Mas em um sentido simples, somos o que as pessoas veem. E como as pessoas nos
verão depende de quem somos e como elas nos verão. Se elas forem puras, não verão de
um jeito, mas se forem impuras podem  nos ver e outro jeito. Para o puro, todas as coisas e
todas as pessoas são puras, porque sua pureza faz tudo parecer puro. Há alguns que
passam a vida reclamando deste mundo; eles dizem que não encontraram nada além de
traição e engano; os pobres são ingratos e os ricos são egoístas, mas não encontramos os
melhores homens.
A experiência nos diz que cada homem detecta de maneira mais aguda e infalível em
outros o vício com o qual se familiariza mais. As pessoas parecem a cada pessoa o que ela
é. Quem suspeita de hipocrisia no mundo raramente é transparente. Quem desconfia de
todo mundo, é dificilmente é confiável.  Quem vê defeito em tudo, não valoriza ninguém.
Quem fala mal dos outros, esconde seus defeitos. Quem vive suspeitando de impureza é
um lascivo. Mais uma vez, para os puros, todas as coisas são puras, assim como todas as
pessoas.
Aquilo que é natural não está nas coisas, mas nas mentes dos homens. O impuro detecta
errado onde não há erro; o errado está nos seus pensamentos e não nos objetos. Aqui, no
entanto, cuidado! Nenhuma sentença da Escritura é mais frequentemente nos lábios de
pessoas que se permitem muita licenciosidade, do que o texto: “Para os puros, todas as
coisas são puras”. Sim, todas as coisas são naturais, mas não excedentes, que que
provocam a luxuria e que excitam os sentidos, não são puros e nem visto como puros.
Paulo não está se referindo a uma INOCÊNCIA TOLA e que nunca vê maldade em nada.
Mas, assim como a pomba treme ao aproximar-se do falcão, e o jovem bezerro estremece
com o leão nunca visto antes, a inocência recua instintivamente diante do que está errado.
Se o que está errado parece puro, então o coração não é puro, mas está viciado. Para a
mente certa, tudo o que está certo no curso deste mundo parece puro. Novamente, para o
puro, todas as coisas não apenas parecem puras, mas são realmente assim porque são
feitas assim.

2) Entendendo a pureza
(a) Quem são pessoas puras? As pessoas aqui chamadas de puras são aquelas que pela
fé são colocadas em Cristo, por cujo sangue elas são justificadas, e por cujo Espírito,
através dos meios da Palavra, aquela semente imortal de regeneração, elas são
santificadas e reservadas para a vida eterna. E, portanto, para ambos, é a purificação e
limpeza dos pecadores atribuída nas Escrituras. Porque pela fé cada membro da Igreja se
apega à mais absoluta pureza de Cristo. Embora a pureza absoluta, ocorra na glorificação.
Onde eles se tornarão absolutamente limpos como se nunca tivessem sido contaminados.
(b) Como todas as coisas são puras ou impuras.
Vendo todas as coisas eram puras em sua criação. Tudo o que Deus criou é puro. Toda a
criação de Deus é pura. Não há nada pecaminoso da criação de Deus. Seja a natureza, os
animais, as pessoas. Deus criou todas as coisas e disse que era bom. E deu para que seus
filhos delas desfrutassem com alegria. Como todas as coisas são puras para os puros?.
Para que possamos, corretamente, conceber o significado do apóstolo, devemos saber. A
partícula universal “todas as coisas” admite contenção, e não pode ser estendida para além
da narração do apóstolo, que fala apenas de coisas que não são proibidas pela lei de
Deus, ou natureza.
São coisas de natureza indiferente, que em si mesmas não são nem ordenadas nem
proibidas, nem boas nem más em sua natureza e substância. Mas devem ser usadas ou
não usadas de acordo com as circunstâncias e ocasiões delas; coisas como estas são
carne, bebida, vestimenta, recreação, sono, casamento, vida solteira, riquezas, pobreza,
servidão, liberdade, etc. E pode não parecer estranho assim restringir essa proposição
geral, visto que temos assim limitada diversos outros lugares (Coríntios 6: 4). “Todas as
coisas são lícitas, mas nem todas são proveitosas” (1Coríntios 10:23). “
Todas as coisas são lícitas para mim, mas não são convenientes” (Romanos 14:20). “Todas
as coisas, na verdade, são puras, mas não destrua a obra de Deus por causa da comida”,
etc. Pura não significa nada além de que todas essas coisas são livres agora para serem
usadas em boa consciência, sem escrúpulos, por meio de nossa liberdade cristã. Ao
acrescentar “aos puros”, ele mostra como chegamos a ter título nesta liberdade, tornando-
nos crentes e purificando nossos corações pela fé. Em uma palavra, todas as “coisas
indiferentes” são puras e livres para serem usadas da pessoa pura e crente, com esta
única condição; então eles são puramente e corretamente usados.
(c) Pureza da mente indispensável
A importação dos termos. Por “puro” não se entende sem pecado. A pureza evangélica está
conectada com a fé (1 Pedro 1:22 ; Atos 15: 9 ). A mente e a consciência são PODERES
GOVERNANTES; se eles forem poluídos, todo o homem é assim. Em uma mente crente,
as doutrinas de Cristo terão um efeito santificador, e o contrário, em uma mente incrédula.
Em uma mente que crer, preceitos e até mesmo ameaças produzem um efeito salutar.
Misericórdias e julgamentos humilham, derretem e suavizam alguns, mas endurecem os
outros. Os males que ocorrem entre os homens influenciam diferentemente os diferentes
personagens. O tratamento recebido dos homens revela o estado do coração. Um lago
puro é belo, pois reflete a beleza dos céus, mas um coração puro é mais belo, pois reflete a
beleza de Deus.
(d) Mente e consciência contaminadas (v.15)
Que a consciência está tão pervertida em nossa condição atual, que nenhuma confiança
pode ser colocada em sua decisão, é evidente. Do fato de que essas decisões podem ser
corretas em nenhum outro caso, exceto naquelas em que a verdade Divina é totalmente
entendida. Que as decisões de consciência nem sempre estão de acordo com a verdade, é
evidente pelo fato de que os pecadores são sempre convencidos do pecado. Essa posição
também é sustentada pelo fato de que a ação do Espírito Santo é necessária para
convencer o mundo do pecado. A falta de fé da consciência é aparente no fato de que os
hipócritas nem sempre têm um senso terrível de sua hipocrisia. Essa visão do assunto é
fortalecida pelo fato de que nem mesmo os cristãos detectam seus próprios pecados.
Essa doutrina é evidente pelo fato de que não há mandamento nas Escrituras para seguir
os ditames da consciência. E enquanto não há direção para seguir os ditames da
consciência, é verdade que as Escrituras designam diferentes consciências, e talvez
diferentes estados da mesma consciência, por diferentes e diretamente opostos termos.
Essa visão do assunto é confirmada pelo fato de que o caminho para a ruína parece ser o
caminho da paz e da vida eterna. Esse é um traço muito comum e talvez geral da família
humana. A luz que está neles por natureza é a escuridão. Eles não discernem o caminho
pelo qual devem ir.
(e) A inferências da Escritura e a consciência.
Embora tenhamos uma lei moral dentro de nós que foi debilitada pela queda. Desde então
Deus não colocou nenhuma regra de dever dentro de nós mesmos. Nossa razão nunca foi
projetada para ser nosso guia em coisas espirituais. Seu único ofício é entender as coisas
que Deus revelou em Sua PALAVRA e, em todos os casos, reverentemente reverenciar sua
autoridade. Enquanto seus olhos não estiverem abertos pelo poder do Espírito Santo, o
entendimento estará em obscuridade deplorável. E mesmo que fosse capaz de discernir
todos os princípios do dever, seu ofício é reuni-los da Palavra de Deus.
Viver conscienciosamente não é, em todos os casos, viver piedosamente. A consciência
em suas decisões tem respeito a alguns princípios da vida.  Esses princípios podem ser
fruto da nossa própria razão. Neste caso, a decisão não se aproximará mais da verdade do
que os princípios segundo os quais a decisão é tomada. Ou pode decidir de acordo com as
máximas do dever que aprendeu com os outros.
Neste caso, como no primeiro, suas decisões não podem reivindicar maior autoridade ou
maior correção do que as máximas segundo as quais são feitas. Ou, se até mesmo as
Escrituras forem a regra segundo a qual as decisões são tomadas, então se seguirá que as
próprias decisões devem ser afetadas pela cegueira do entendimento e pela fraqueza da
própria consciência.
(f) A mente e consciência (v.15)
Pela mente entende-se toda a parte compreensiva da alma, que, sendo o olho da alma,
leva consigo a razão, o julgamento e as escolhas. Por consciência entende-se aquela
faculdade da alma que moralmente julga e avalia tudo, aprovando ou reprovando.  A
“mente” é mais do que a mera faculdade intelectiva, e inclui a atividade da vontade; e
“consciência” é a autoconsciência moral que traz o eu e o fato, e todo o comportamento da
alma e do espírito, para o julgamento. Essa consciência pode ser “boa” no sentido de estar
aprovando, ou no sentido de ser ativa; pode ser “maligno” por estar entorpecido, queimado
ou morto, e também por ser acusador ou condenatório.
A contaminação da “mente” deve significar que pensamentos, idéias, desejos, propósitos,
atividades, são todos corrompidos e degradados. A contaminação da “consciência”
significaria que o sentinela enviado para vigiar era subornado para se manter em paz, ou
que o guia para o padrão mais elevado estava aplicando avidamente alguma regra
perigosa nascida de base, criada pelo homem, como suficiente. Paulo diz que uma
consciência pura pode ser abandonada. Na maioria dos casos, a consciência é um artigo
elástico e muito flexível, que irá suportar um alongamento e se adaptar a uma grande
variedade de circunstâncias.

CONCLUSÃO
Desde o verso 10, Paulo vem dando ênfase no discurso vão. Os versos 14 e 15 agora ele
diz do perigo de dar ouvido, de gastar tempo com as doutrinas-fabulas. Uma doutrina por
mais bíblica e ortodoxa que seja, se não promover a piedade, será nada mais do que uma
fábula, que ocupa o tempo com as controvérsias, que deveria ser gasto dom a pratica do
evangelho.
 
Sermão Nº 12 – A  pregação que convém.
Referência: Tito 2:1.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 21/08/2019.

INTRODUÇÃO
O respeitado comentarista luterano, RCH Lenski[1] escreve: “Se um escravo cristão
desonrasse seu mestre de qualquer forma por desobediência, agindo desrespeitosamente,
falando vergonhosamente seu mestre, a pior conseqüência não seria a surra que ele
receberia, mas as maldições que ele causaria. Seu mestre iria atirar contra o Deus deste
escravo miserável, sua religião e os ensinamentos que ele abraçou: “Então é isso que esta
nova religião ensina aos seus convertidos!” Em vez de trazer honra ao verdadeiro Deus e
ao evangelho de seu alto e santo Nome como todo cristão deveria estar ansioso para fazer,
esse escravo traria o oposto, para o deleite do diabo “.
A história da igreja primitiva revela que os escravos cristãos geralmente tinham um preço
mais alto no mercado de escravos do que os incrédulos. Se um mestre soubesse que certo
escravo no bloco de leilão era um cristão, ele geralmente estaria disposto a pagar mais por
aquele escravo, desde que ele soubesse que o escravo o serviria fielmente e bem. Isto é
um alto tributo à fé cristã e à solidez da doutrina que está de acordo com o glorioso
evangelho! Se você fosse colocado no “mercado de escravos” por assim dizer, você “daria
um preço mais alto?”
Em conexão com o capítulo anterior, o apóstolo inicia um contraste usando um, “MAS”.  
Muitos tem uma confissão de fé, mas não a vivem. Mas você; Tito, promova o tipo de vida
que reflete o ensino correto. O dever de Tito é estabelecido no meio de muita oposição,
daqueles que não toleravam a pregação dele. Mas o apostolo Paula, não vacila e diz: mas
prega tu; ou seja, não pare de pregar por causa dos opositores.
Paulo está dizendo algo assim: Embora os falsos mestres que descrevi, estão enchendo os
ouvidos dos seus ouvintes com entretenimento, com fantasias, e doutrina dos homens, que
envenenam as almas e desviam os homens da verdade. Paulo continua… Mas tu deves
ser totalmente diferente deles na tua pregação; eles falam coisas agradáveis e
conveniente, mas tu deves falar o que é proveitoso; pois eles, desprezando a simplicidade
do evangelho. Eles caem não apenas em erros perigosos que eles abordam, mas em
discursos aparentemente ortodoxos, mas soltos e ociosos que trazem doenças à alma.
Mas você Tito, pelo contrário, deve ser claro ensinando as responsabilidades dos homens
e mulheres, para que vivam o que eles creem e assim terão uma fé solida e verdadeira.
Seus opositores não vão deixar de se opor a você. Eles vão continuar influenciando
famílias inteiras e ganhando atenção de muita gente. Deixe os brincar com o evangelho
como quiserem e viver como eles dizem. Mas você deve ser diferente deles, continue a
desempenhar o seu ministério com a verdade que é de acordo com a piedade.

LIÇÕES AOS MINISTROS.


O dever de pregar.
Nenhum ministro cristão, nenhum crente, deve ser de forma alguma abalado ou intimidado
como o procedimento ímpio daqueles que se opõem a pregação da igreja local. Embora
Tito estava sendo incomodado e combatido com a pregação e o ensino de seus doutores e
eruditos opositores, que se ocupariam principalmente em refutar e discordar de sua
pregação e de sua liderança. Mas Tito não deveria ficar calado. Embora ele possa ser
perturbado e combatido por esses doutores; ainda assim Tito não deve ser intimidado e
ficar retraído. Mesmo que sua doutrina por meio da pregação não tem sido obedecida, ele
não deve se cansar de continuar a pregar e a exortar o povo ao arrependimento.
As pessoas normalmente preferem seguir enganadores e aplaudir pessoas que são
escarnecedores, pois eles agem de uma maneira que parecem estar ensinando a
verdadeira doutrina. Mesmo assim Tito não deveria ficar descontente ou frustrado com sua
pregação, nem se desviar de seu caminho, como fez Jonas. Nem se decepcionar como fez
Jeremias, mesmo o povo vendo os juízos de Deus, eles não quiseram ouvir a pregação
dele; embora prometessem que iriam obedecer, mas não cumpriram a promessa (Jeremias
45,46).
Mesmo assim Tito deveria cumprir seu próprio ministério de servir a Deus, e à igreja e a
salvação dos homens. Não importa se a pregação será obedecida ou aceita por todos, mas
ela é o meio que Deus escolheu para salvar os eleitos; eles haverão de crer (Tt 1.1-3).
Paulo está dizendo algo assim; deixe os outros ficarem ou caírem com seus próprios
mestres, deixe que os sigam. Mas você continua pregando a sã doutrina, nisto está a
segurança dos salvos.
 
Pregar a sã doutrina.
O escopo de todo ministro em seu ensino deve ser alimentar o povo de Deus com uma
doutrina saudável, para trazer saúde as almas dos homens. Muitas músicas não apenas
ensinam nenhuma doutrina, mas muitas até ensinam doutrinas falsas. Um cantor não tem
mais o direito de cantar uma mentira do que um professor tem de ensinar uma mentira. Se
a conversa comum dos cristãos deve ser edificante, ministrar graça, trazer doçura para a
alma e saúde para os ossos; se for requerido de todo justo que seus lábios alimentem
muitos, ou melhor, mais, se a lei da graça deve sentar-se sob a boca de toda mulher
virtuosa.
Muito mais deve ser do ministro, cujo ofício em peculiar o vincula a ser um pastor. ou
alimentador, e que de acordo com o coração de Deus, ele tendo para esse propósito
recebeu seu chamado, dons e aprovação de Deus. Caso contrário, ele perverte todo o
curso de sua vida e chamando, e não é melhor do que os falsos apóstolos, que
abandonando o ensino sadio se voltando para discursos infrutuosos e controversos,
tornando-se vaidosos, eles estão errando o alvo, como o um atirador que perde a
habilidade de acertar o alvo.
Doutrina Sadia
Temos apenas que olhar para a parte restante deste capítulo para aprender o que Paulo
quer dizer com “sã doutrina”. Nesse primeiro verso ele declara o assunto em geral, e
depois o divide em suas várias partes. Através dos versículos subsequentes, ele direciona
Tito a explicar ao seu rebanho os deveres das diversas fachas etárias que são sugeridos
pelo evangelho. Ele deveria exortar os idosos e os jovens, senhores e servos, homens e
mulheres, a se comportarem de maneira digna em todas as circunstancias, para que
pudesse ser o embelezamento das doutrinas de Deus, nosso Salvador.
O desempenho de todos os deveres como cristãos forma a perfeição da santidade. Esta é
a grande ênfase de Paulo nesta carta. Mas mencionar particularmente todas as passagens
que nos obrigam à santidade seria recapitular quase toda a Bíblia; o livro inteiro reforça a
obediência aos preceitos do nosso Divino Mestre. É suficiente lembrar-se de Suas próprias
palavras: (Mateus 5.16) “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam
as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”.
A religião de Cristo, que se destina a nos levar à comunhão com Deus, nos leva primeiro à
santidade, sem a qual esta comunhão não pode ser alcançada. Os crentes são templos do
Espírito Santo; mas, enquanto vivemos em pecado, pode o Espírito de Deus habitar em
nós? Ele pode habitar em um homem sem produzir os efeitos do Seu poder e de Sua
graça? Ele pode possuir o novo coração e, ainda assim, deixar as afeições escravizadas
ao pecado?
A função das doutrinas
A função das doutrinas, é ser consideradas como motivos para ação, isso evidencia a
doutrina verdadeira; o seu efeito santificador. Não há discrepância alguma entre muitas
outras doutrinas ou partes do evangelho. A doutrina enquanto inculca pureza e santidade
de vida, nos oferece os mais poderosos motivos para viver sóbria, justa e piedosamente.
Por isso devemos examinar seus preceitos e regras de conduta? Estes nos dão uma ideia
de santidade de uma maneira ao mesmo tempo viva e impressionante.
Consideramos a maneira pela qual a natureza do vício é representada?  Suas misérias são
descritas tão completamente e tão bem que não podemos deixar de considerá-las
repugnantes; em toda parte, a Bíblia está repleta de razões que reforçam a prática
necessária de uma boa vida. Todos os seus mistérios apontam para isto; todas as suas
doutrinas são tão fortes laços para levar nossos corações à obediência da fé – são tantas
armas de guerra, poderosas em Deus para derrubar todo sofisma e toda fortaleza e levar
cativo todo pensamento à obediência de Cristo.  O evangelho consagra todos os usos
sagrados que a natureza nos ensina. O Criador preserva e cuida de sua criação por meio
da sua BONDOSA PROVIDENCIA nos fornece todas as coisas que ele julga necessárias
para nós.
(a) Como a doutrina deve ser considerada.
O que mais pode nos inclinar à prática da obediência do que essas importantes verdades,
se bem consideradas? Visto que Deus é nosso Criador, que nos deu vida, não devemos
dedicar essa vida a Ele? Tudo o que nos foi dado server para vermos corretamente as
misericórdias de Deus e reconhecer que tudo exige santidade ao Senhor. Embora esses
motivos para a santidade por maiores que sejam e poderosos, não são nada comparados
com aqueles que o evangelho faz; não com a luz da razão, mas da revelação. Estes
últimos motivos, compreendidos em Cristo e em Sua economia, são aqueles que devem
afetar toda alma que não está morta em pecado e insensível a toda impressão correta.
Que o Todo-Poderoso, depois de todos os nossos crimes, deve ser reconciliado conosco;
que Ele dê Seu Filho – dê a Ele para ser feito homem – para ser nosso irmão – nosso
exemplo; que Ele deveria dar a Ele para morrer por nós a morte mais ignominiosa e cruel;
não é esse amor e misericórdia digno de louvor eterno? Não são estes os mais fortes
incentivos para serem santos em todo tipo de conversação? Quem será encontrado tão
ingrato a ponto de ser capaz de pecar contra um Deus tão misericordioso – de pisar o
sangue de tal aliança como algo profano? são nada comparados com aqueles que o
evangelho faz com a luz da razão, mas da revelação.  Estes últimos motivos,
compreendidos em Cristo e em Sua economia, são aqueles que devem afetar toda alma
que não está morta em pecado e insensível a toda impressão correta.
(b) Como a doutrina deve ser falada.
Consideremos a seguir a maneira pela qual a sã doutrina deve ser falada. A visão da
revelação cristã já dada é uma resposta suficiente às alegações contra os DOIS MODOS
COMUNS DE PREGAÇÃO.  Alguns reclamam que a EXPOSIÇÃO DE PRECEITOS
BÍBLICOS sobre algum assunto de comportamento não é pregar a Jesus Cristo. Enquanto
outros reclamam que as DOUTRINAS SISTEMÁTICAS não tem qualquer relação com a
pratica do evangelho.  Enquanto pregamos a Cristo crucificado, ou exortamos a conduta
virtuosa, ninguém diga que negligenciamos o fim da revelação, pois cada parte,
devidamente declarada, promove, do modo mais explícito, o fim do evangelho a
santificação dos crentes.
Que seja lembrado, então, que se um ministro aplica um preceito ou explica uma doutrina,
ele está trazendo esse preceito ou essa doutrina para assumir sua parte no grandioso
desígnio de um todo – a salvação da humanidade.E que, ao escolher qualquer tema ou
assunto da escritura, seja qual for o sujeito do discurso, ele não perde de vista o que o
evangelho constantemente mantém em vista. Que aqueles que herdariam o reino; devem
servir a Deus aceitavelmente com reverência e temor piedoso.
(c) Como a doutrina deve ser ouvida?
III Em seguida, consideraremos com que mente e de que maneira essa “sã doutrina deve
ser ouvida”. Embora o pregador não “fale tão sabiamente”, os ouvintes não podem
negligenciar os meios de instrução, pois seria ouvir em vão sermão. Precisamos estar
atentos a pregação, lendo o texto com o pregado, prestando atenção à exortação, à
doutrina, à oração. Você deve ouvir com atenção séria, tendo se preparado para a casa de
Deus com santa reverência, com espirito de oração, evitando toda distração e desatenção
e ouvindo as coisas que são proveitosas para salvação.
Você deve ouvir com mansidão. Venha para a casa de Deus com disposições modestas e
tratáveis, traga consigo a persuasão de que você precisa frequentemente ser
constantemente exortado a lembrar de seu dever. Somente os que em bom e honesto
coração recebem a Palavra, a guardam e produzem frutos. Você deve ouvir e aplicar a sua
vida particular. Quando um vício é condenado, do qual sua consciência o acusa, aplique
seriamente a repreensão a si mesmo: “Ó minha alma, tu és esse homem”.
Todas as instruções que ouvimos devem ser cuidadosamente colocadas em nossos
corações e serem praticadas em nossas vidas. Você deve ser “praticante da Palavra e não
apenas ouvinte”. A religião não é uma diversão vazia ou uma especulação aérea; é a
ciência da santidade, uma arte prática, um guia e um vetor da vida humana.
Faça a sua oração diante do Senhor seu Deus, para que você possa entender a Sua
verdade; Só Deus pode selar as instruções que você pode receber. Quem quer que plante,
é Deus quem dá o crescimento. Peça, com fé, a sabedoria de cima, e “Deus, que dá a
todos os homens liberalmente e sem censura, dará a você”.

LIÇÕES AOS OUVINTES


Os ouvintes são, portanto, ensinados diversos deveres. Como:
(a) Desejar a pregação.
Desejar somente o alimento saudável que suas almas estão precisando. Deixando de lado
os discursos, que nos agradam e a busca frenética por novidades.  O ministério não foi
dado para ser uma musica para os ouvidos, mas para alimentar a alma, tornando-se um
remédio, e uma regra de vida.O “ouvir ateniense” (que gostava de uma novidade), é a
causa da pregação ateniense. As doenças que vem sobre tais ouvintes, mostram a
maldição de Deus sobre eles, que desprezam o maná do céu e desejam a cebola, o alho e
a carne do Egito. Estas coisas são o que eles desejam ouvir, e com isso vem o que eles
mais desejam, pois, essas mesmas coisas que desejaram apodrecem entre os dentes.
(b) Receber a pregação.
Devemos receber a doutrina saudável. Quanto ao corpo, recebemos alimento saudável,
seja qual for, ou de quem quer que seja; seja amargo às vezes, ou pareça muito salgado,
mas, se a fome for sadia, será saboroso. Ninguém recusará um remédio amargo, para
restaurar seu corpo de qualquer enfermidade. No entanto quem de nós está disposto a
sofrer uma repreensão amarga para salvação de sua alma? Muitos estão apegados a seus
“paladares agradáveis”, que acabam admirando seus cozinheiros (ensinadores ou
pregadores) e mesmo que amem o raciocínio e plausibilidade do ensino e a simpatia da
pessoa deles, suas almas estão quase morrendo de fome.
Por isso Tito teria tanta gente que iria se opor a sua pregação. As pessoas teriam queixas
sobre seus sermos duros e amargos. Muitos hoje se queixam de seus pastores locais: “ele
tem um espirito azedo e amargo; ele procura só ferir e não fornece cura, ele tem uma
linguagem rude. Então deveríamos perguntar: Mas o que ele prega? alguma heresia ou a
pura doutrina de Deus? Pois se é Palavra de Deus que ele prega, então porque não tremes
com essa Palavra?
Não importa a rudeza se ele prega a verdade. Aliás os homens de Deus sempre pregaram
sermões duros, mas cheios de graça. Veja a pregação de Elias ou a de Joao Batista, que
chamava seus contemporâneos de raça de víboras. Veja o discurso duro de Jesus em
Joao, onde ele perde a multidão por causa de sua pregação. Veja a pregação de Paulo
diante do rei Agripa sobre o juízo vindouro deixando o rei com medo. Veja a pregação de
Jhonatas Edwards, pecadores nas mãos de um Deus irado, onde as pessoas se
agarravam as pilastras gritando desesperadas.
Guardar a pregação.
Os ouvintes devem guardar uma doutrina saudável quando a tiverem recebido (2 Timóteo
3:14 ). Continue nas coisas que você recebeu; compre a verdade, mas não a venda, e
amarre-a rapidamente em seus corações. Não adianta comer “filé mion” se o estomago da
alma  o mantém, mas escorrega da memória, e não é pela meditação digerida, a alma
estará tão doente quanto o corpo quando nenhum alimento é digerido pelo organismo. Os
ouvintes devem assim desejar, receber e manter este alimento saudável, pois eles podem
crescer por ele, mostrando pelo seu florescimento na graça que eles têm alimento saudável
(Salmos 109:4).Pois, como no corpo, se alimento não for digerido ele não enviará os
nutrientes para as células, devido alguma obstrução, então o corpo sofrerá.
Assim também a alma pode ser obstruída com algum ruído no ouvido, que o impeça de
receber a sã doutrina, seja a cobiça, o ciúmes, a soberba, o mundanismo que manterá a
desnutrição espiritual. Vemos neste verso que o Senhor colocou uma mesa diante de nós,
com todos os alimentos saudáveis, para que nossas almas possas cumprir os deveres
cristãos aos quais fomos chamados para vencer nossas tentações e vencermos nossos
desejos pecaminosos.

III. LIÇÕES PRÁTICAS.


A moralidade genuína legisla igualmente para toda a humanidade independente de idade,
sexo e relacionamento. A verdadeira moralidade alcança as fontes do coração, e ela é o
grande propósito do ensino do evangelho.
(a) O que é o ensino saudável
O ensino sadio, segundo Paulo, não é ensino que tem o toque convencional, cheio de
teorias e formalidade ou formulas. Para ele o ensino saldável produz uma fibra moral,
tornando homens e mulheres fortes e funcionais. O fruto prova da doutrina é a santidade.
Vejamos.
(a) Somente a mente sadia pode transmitir um ensino saudável. Uma mente sadia é uma
mente livre e desimpedida. Ela não é influenciada pela propaganda, pela tendência. Ela
não come o que todo mundo come. Uma mente que tem a visão clara da saúde, uma
mente que tem o apetite aguçado pela saúde, uma mente que tem o paladar da saúde,
uma mente que tem a coragem da saúde, uma mente que toma o mundo como ele o
encontra.
(b) O ensino saudável é aquilo que é saudável em seus efeitos. Comida ruim não pode
construir um quadro robusto. Imagine uma mãe que tem uma criança cheia de saúde e
pulando o tempo todo.  Aleguem questiona qual a dieta dessa criança. Então surge várias
ideias do tipo de dieta. Uma autoridade diz: “Você deve usar a minha, porque ela tem o
rótulo correto, e é feita nas latas apropriadas”. Mas a mãe diz: “Eu tentei, e a criança
morreu de fome”. “Mas essa dieta tem todos os nutrientes necessários em suas devidas
proporções para a criança. E é reconhecida pelos médicos. Então a mãe diz: Rótulos ou
nenhum rótulo, latas ou nenhuma lata dessa dieta, Estudos médicos ou nenhum médico:
Tudo o que eu sei é que eu experimentei aquela comida, e se eu tivesse continuado com
ela, meu filho estaria morto a essa altura.
E então ela diz que uma senhora experiente e sabia, a orientou a tentar outra preparação,
natural e simples; embora fosse alguém com patente, sem rótulo ou endosso. Mas logo a
criança ganha peso e músculos, a pela fica com uma cor bonita, e a cada dia mais disposta
e estimulada. Mas a pessoa continua, mas isso não é uma dieta cientifica. Os grandes
nutricionistas não a prescreveram. Não pode ser saudável. Mais uma vez a mãe responde:
“Não importa. Meu filho está vivo e bem. ”Agora, esse é o verdadeiro teste a ser aplicado
ao ensino religioso. Que tipo de homens e mulheres isso faz?
A “doutrina sadia” é aquela que produz uma vida espiritual e saudável, que constrói o
caráter, embora sem rótulo ou endosso.
(c) A doutrina saudável deve ser aplicada às várias idades e condições.
Todo fiel ministro deve ajustar e aplicar sua doutrina às várias eras, condições e ocasiões
de seu povo, para que todo homem e mulher, jovem e velho, superior e inferior, conheça
não apenas o que é lícito, mas o que é mais conveniente e parecendo nossa idade, lugar e
condição de vida. É verdade que todas as virtudes em geral são comandadas, como todos
os vícios em geral são proibidos, para todas as pessoas. No entanto, existem algumas
virtudes especiais que são ornamentos mais brilhantes em alguma idade e condição do
que outras, como nos homens jovens, o humor e a discrição são belezas especiais, já em
homens idosos a sabedoria e a experiência.
Então, existem alguns vícios especiais (embora todos nós lutamos contra algo), que são
manchas mais sujas para algumas idades do que para outras, e alguns para os quais
homens e mulheres são mais sujeitos em razão de sua idade ou sexo, como jovens com
cabeça e precipitação; velhice a impaciência, perversidade, cobiça, etc..; mulheres à
curiosidade, fofoca, etc… Contra tudo o que o homem de Deus deve em especial fornecer
e armar seu povo, instantaneamente se esforçando para erradicar tais ervas daninhas
como por sua própria vontade aparecem fora do coração terreno dos homens, como
também Plante as graças contrárias em seu lugar. Exemplos dessa prática nos
encontramos nos evangelhos, no livro de Atos, em todas as epistolas, apocalipse e em
todo o A.T.
(d) Outras razões importantes para impor a doutrina.
Jesus disse que a fidelidade de um mordomo sábio é demonstrada quando ele, distribuir a
cada um da família do seu senhor a sua própria porção de alimento no devido tempo
(Lucas 12:42).
Para este propósito é a Palavra preparada, para fazer todo homem pronto e absoluto para
toda boa obra; e assim a sabedoria de Deus é feita para brilhar a todos os olhos, que
podem contemplar uma regra de direção tão perfeita na fé e nos bons costumes.
Bem conhecia nosso apóstolo, com os outros homens de Deus, que as DOUTRINAS
GERAIS (embora nunca tão saudáveis) pouco prevalecem. São apenas postulados frios, e
não tocam profundamente as pessoas, sem particular aplicação às suas diversas
necessidades. Entender a mecânica da salvação pode não ter aplicação direta a certas
necessidades das pessoas.

CONCLUSÃO
Precisamos lidar com os indivíduos em suas necessidades, como ensinou o Mestre. Com
os doutores, discutia teologia, mas com os necessitados levava o alívio e o conforto.
Richard Baxter adotou o método de lidar individualmente com os seus membros, visitando-
os em suas casas um a um. Ele nos diz que, por causa disso, ele tinha razão para acreditar
que mais de um terço dos habitantes crescidos daquele lugar foram convertidos a Deus.
Paulo está interessado numa pregação que lida mais em exortações praticas, porque
aqueles que se interessam por perguntas inúteis e controvérsias teológicas, precisam ser
relembrados para o estudo de uma vida moral sagrada, pois nada efetivamente acalma a
curiosidade errante dos homens, como o ser levado a reconhecer os deveres em que eles
deveriam se exercitar.

[1] (A Interpretação das Epístolas de São Paulo aos Colossenses, aos Tessalonicenses, a
Timóteo, a Tito e a Filemom: Augsburg, 1964, p694-95)
Sermão Nº 13 – Que tipo de homem a igreja deve ter.
Referência: Tito 2:2.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 28/08/2019.

INTRODUÇÃO
Quais os tipos de homens que nossa igreja deve ter? Onde estão os grandes homens?
Onde eles podem ser encontrados?
Muitos de nós pensamos que aqueles que são bem-sucedidos e fez grandes conquistas
são grandes homens, mas isso está longe da verdade.
Grandes homens, são aqueles moldados pelas verdades do Evangelho, são aqueles que
vivem por princípios divinos e não por si mesmos.
O capitulo dois fala do caráter de uma igreja saudável que é expresso inicialmente na vida
piedosa dos homens mais velhos.
Quero chamar sua atenção para os versos 2 de Tito capítulo 2, e deixe-me lê-lo: “Homens
mais velhos devem ser moderados, dignos, sensatos, firmes na fé, no amor, na
perseverança”.
Agora, obviamente, esta mensagem não será dirigida somente aos homens mais velhos,
mas aos mais novos, que precisam se preparar para a velhice e as mulheres jovens, que
precisam avaliar seu futuro cônjuge, quando envelhecer, e as casadas que precisam ajudar
seus maridos a serem maduros no evangelho.
E eu acho que é um assunto muito apropriado, particularmente para o nosso tempo e lugar
na história.  Eu vou te dar um fato que pode te surpreender, mas é verdade.
Comparado com as sociedades mais antiga da história do mundo.  Nunca houve uma
sociedade com essa porcentagem de idosos. Conforto material, assistência médica e baixa
taxa de natalidade levaram as sociedades desenvolvidas a uma população idosa. No
Brasil, a maioria da população tem acima de 30 anos.
O envelhecimento é uma realidade natural. Muitas pessoas não querem envelhecer, e o
único jeito de não envelhecer é morrer jovem.
Alguém disse que você sabe que está ficando velho, quando as velas começam a custar
mais caro que o bolo.
Certa mulher escreveu em uma ocasião que ela se casou com um arqueólogo. E alguém
perguntou: “Por que você se casaria com um arqueólogo?”, ao que ela respondeu: “Porque
quanto mais eu envelheço, mais ele me apreciará”.
Mas há alguma realidade nisso, que talvez não seja tão engraçada.  Há uma certa tristeza
nisso.  Estamos contentes de sabermos o que sabemos quando envelhecermos, mas
gostaríamos de ainda está jovem para expressar essa experiencia da velhice.
As pessoas dizem: há se eu soubesse isso na juventude, não a teria desperdiçado.
Há aspectos negativos em envelhecer, isso é verdade. Nós nos tornamos criaturas de
hábitos formidáveis e inquebráveis.  E quanto mais nós os fazemos, mais difíceis eles são
para lidar.
Às vezes, até mesmo nossos pecados que nos cercam tornam-se uma parte tão importante
do tecido de nossas vidas que até mesmo o reconhecimento deles torna-se difícil.
Às vezes ficamos tão obstinados e teimosos, e às vezes pensamos que sabemos mais do
que sabemos, e às vezes pensamos que idade é igual a sabedoria, e isso não acontece. A
idade deve trazer sabedoria, mas pode não ser a mesma coisa.
O livro de Eclesiastes diz: lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade antes que
venham os dias maus, e você dirá não tenho prazer nenhum neles.
Bem, a implicação disso é que quanto mais você envelhece, mais a vida maligna se torna,
mais insatisfatória, mais incompleta, mais desiludido você se torna.  Ele os chama nos anos
em que você dirá: “Não tenho prazer neles”.
Entregue sua vida a Deus e desfrute de Deus e faça de Deus o centro de tudo enquanto
você é jovem, para que isto torne sua velhice em algo extraordinário.

POR QUE OS HOMENS MAIS VELHOS SÃO IMPORTANTES?


Para um cristão fiel, a velhice será recompensada com um nível de maturidade espiritual,
que não se pode ser alcançada em nenhuma outra etapa da vida.
Isso nos coloca em uma situação em que acumulamos experiência espiritual, o que nos
torna verdadeiramente ricos.
São cruciais para a vida saudável da igreja.
A velhice permite-nos ser líderes, mentores, modelos, discipuladores e os exemplos para
os jovens.
Isso nos permite filtrar a vida e manter o que achamos ser realmente valioso e se torna o
momento mais valioso da vida.
É realmente muito importante para a saúde de uma igreja local, ter pessoas mais velhas
que são piedosas.
Paulo está mostrando ao Pastor que ele deve começar o ensino do evangelho com os mais
velhos porque isto é crucial para a vida saudável da igreja.
Existem muitas igrejas hoje em nosso país, e eu suponho que em outros lugares do
mundo, cheios de jovens.  Eu realmente não gostaria de fazer parte de uma dessas igrejas.
Pois esse ambiente é muito hostil a pregação e o ensino. Pois é necessário que haja
pessoas, mas velhas, que possam mostrar aos jovens aonde este tipo de movimento vai
levá-los.
Pois os mais velhos já frequentarão esses movimentos e podem avaliar que eles não são
benéficos, mesmo que sejam atrativos e modernos.
Os mais velhos podem ajudar os mais jovens a avaliar o momento com sabedoria e
discernimento.
Paulo está dizendo a Tito que você precisa das cabeças graciosas, você precisa dos
idosos e dos sábios para instruir os jovens, para mostrar-lhes o caminho da justiça, para
mostrar-lhes o caminho do bem, para mostrar-lhes as prioridades e valores apropriados.
Você precisa de algumas pessoas que possam apoiar a sua pregação, e que podem dizer:
“Combati o bom combate; Eu mantive a fé”.
Eles são uma fonte de riqueza
Portanto, o envelhecimento dos cristãos é uma bênção.  Eu acho que as igrejas hoje não
entendem isso.
Eu já ouvi alguns comentários de pessoas que foram a certas igrejas e disseram: “Bem,
nós realmente não podemos ajudar tal igreja pois eles são apenas um bando de pessoas
idosas ”
Essa é uma visão terrível e terrível da superficialidade do pensamento de algumas
pessoas. São as pessoas idosas na congregação que fornecem sua força, sua estabilidade
e sua sabedoria.
Os crentes mais velhos, caso estejam em grande número no futuro na igreja, vão tornar a
igreja um lugar melhor, um lugar mais rico.
A maturidade da piedade será uma bênção para o corpo de Cristo.  O envelhecimento da
brasileiros significa o envelhecimento da igreja; o envelhecimento da igreja poderia ser uma
extraordinária bênção.
Certamente Deus nos disse para reverenciar aqueles que são mais velhos do que nós –
aqueles que são os idosos, que andaram com Ele.
Muitos jovens pós-modernos estão defendendo ideias e teologias, que não viveram tempo
bastante para provar que são verdadeiras.
Alguém mais velho que andou por muito tempo no caminho da justiça é um tesouro, um
tesouro de sabedoria e um tesouro de experiência e um tesouro de entendimento.
É um cristão triunfante que lutou uma e outra vez e foi vitorioso; que experimentou tudo o
que os jovens estão esperando para experimentar.
Levítico 19:32 diz: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o
teu Deus. Eu sou o Senhor”.
Jó 12:12, diz que “A sabedoria se acha entre os idosos? A vida longa traz entendimento?
Deus deseja que os mais velhos sejam fonte de grande tesouro para enriquecer os mais
jovens.
Aqueles que melhor podem declarar o caráter de Deus são aqueles que andaram com Ele
por mais tempo.
As pessoas mais velhas, então, numa comunhão, tornam-se um tesouro, uma tremenda
bênção.
Eles trazem experiência espiritual, força espiritual, resistência espiritual e sabedoria
espiritual para todos nós.
E se nos próximos anos a igreja tiver abundância dessas pessoas, que fonte de bênção. 
Mas somente se eles andarem no caminho da justiça.
Eles são o molde da doutrina.
É por isso que a instrução de Tito, versículos 2 e 3 no capítulo 2, é muito, mais muito
importante.
Não há valor em ser velho se você não for piedoso.  Não há valor em ser velho se você
não é um MODELO ou um EXEMPLO.
E assim o apóstolo Paulo estabelece algumas características muito específicas que devem
ser manifestadas nas pessoas mais velhas da congregação.
Agora, a propósito, ele vai trabalhar para baixo.  Vamos chegar às mulheres mais jovens e
aos homens mais jovens à medida que avançamos neste capítulo sobre o caráter de uma
igreja saudável.
Mas começamos aqui no topo, por assim dizer. No capítulo 1, você se lembra, ele se dirigiu
à liderança.
E aqui no capítulo 2 ele está se dirigindo ao povo. O capítulo 1 enfocou a qualidade e o
caráter dos pastores e agora das pessoas.
E ele nos dá, três motivos no capítulo 2 para um caráter governado pelo evangelho.
No versículo 5: “Para que a palavra de Deus não seja desonrada”.
Versículo 8: “Para que o diabo seja envergonhado, não tendo nada de ruim a dizer sobre
nós “.
E no versículo 10, ” Para que eles possam adornar a doutrina de Deus nosso Salvador em
todos os aspectos”
Por uma questão de exaltação da Palavra, por uma questão de silenciar os críticos, e para
demonstrar o poder salvador de Deus, é assim que nós devemos viver.
Estes princípios não são opcionais, não são negociáveis, são necessários para os santos
mais velhos.
Se a igreja tiver um impacto poderoso no mundo, se a igreja tiver que cumprir sua missão e
mandato evangelísticos, então os mais velhos devem ser assim para demonstrar o poder
salvador de Deus – o poder de Sua Palavra – e silenciar os críticos.
Eles são a formatação final do caráter cristão.
Então, o que vamos dizer aqui é obrigatório para aqueles que são santos mais velhos.
Paulo diz no Versículo 2: “Os homens mais velhos devem ser temperados, dignos,
sensatos, sadios na fé, no amor, na perseverança”.
Agora “homens mais velhos” é uma palavra interessante, presbuts. É uma palavra que
significa apenas isso, “homens mais velhos”.
Paulo a usa em Filemon, versículo 9, quando se refere a si mesmo como “Paulo, o idoso”.
Ele tinha aproximadamente 60 anos.
Existem algumas fontes antigas, como Philo e Hipócrates, que usam o termo para se referir
a pessoas com mais de cinquenta anos.  Então Paulo está falando de homens acima dos
50 anos.
O povo de Deus sempre foi dirigido pelos homens mais velhos, como aparece no Antigo e
no Novo, onde os Presbíteros; ou os Anciãos estão governando todas as questões
importantes e doutrinarias.
No período pós-apostólico só se consagrava alguém como presbítero acima de 50 anos,
por causa da maturidade e da sabedoria.
Esses homens aqui são chamados a serem espiritualmente responsáveis para demonstrar
caráter piedoso.  Isto é muito importante.
De fato, é tão importante na igreja que, se eles não fizerem isso, sejam repreendidos.  Esta
repreensão deveria ser respeitosa, como a um pai (1 Tm 5,1).
A consideração geral pelas pessoas em seus últimos anos é de grande preocupação para
Deus, acredite em mim – muito preocupado é Deus a respeito disso.
Como você trata seu pai é uma questão para Deus até discutir nos mandamentos, os Dez
Mandamentos.
De fato, a pena de morte era necessária por desrespeito, por bater, agredir seu pai ou mãe,
ou amaldiçoar seu pai ou mãe segundo Êxodo capítulo 21, versículos 15 e 17.
Aqueles que são mais velhos devem ser tratados com bondade e amor. e honra e respeito.
Então, quando você confronta um homem mais velho por causa de seu pecado, você faz
isso graciosamente.  Você vem junto e atrai-o com o respeito que você daria a um pai.
Agora, Paulo está dizendo a Tito: “Você deve confrontar os homens mais velhos em sua
congregação e você deve chamá-los para este nível de vida espiritual, ou então” – a
implicação é – “eles devem ser tão confrontados”.
Por um lado, nós respeitamos a geração mais velha, por outro lado, os responsabilizamos
por seu comportamento, pois são responsáveis pela maturidade e piedade.
Os patriarcas devem ser respeitados, mas devem ser santos também.  E quando os
homens mais velhos em uma igreja forem homens santos e piedosos, eles se tornarão os
mentores e modelos para um nível de piedade que permeia toda a congregação – incluindo
as mulheres e os homens mais jovens.
Todo homem mais velho deve estabelecer como seu objetivo chegar aos últimos anos de
sua vida e poder dizer com Paulo: “Combati o bom combate, terminei o curso,
Que possam dizer “Eu quero que você seja um seguidor de mim como eu sou de Cristo”.
Todo homem mais velho deveria poder dizer ao homem mais jovem: “Deixe-me mostrar-lhe
como viver a vida”, eu “guardei a fé “( 2 Timóteo 4: 7 ).

COMO HOMENS MAIS VELHOS DEVEM VIVER.


1.Eles devem ser temperantes no caráter.
Paulo sugere, em primeiro lugar, três características: “temperada”, “ digna” e “sensata”.
Eles têm muito a oferecer.
Vamos pegar a primeira, “temperado”; “sóbrio”, “controlado”, “moderado”, ‘’autocontrole”,
“autodisciplina”, “alerta”, “vigilante”. “lucido”.
A palavra aqui significa literalmente “não bêbado”.  Mas metaforicamente significa
“moderado, não indulgente, não extravagante”.
O homem mais velho é um homem que, que não é em excesso, geralmente é uma pessoa
moderada.  Ele aprendeu o alto custo da vida auto-indulgente.
Alguém disse bem que nunca devemos esperar governar os outros até que tenhamos
aprendido a governar a nós mesmos!
O temperado homem mais velho é capaz de discernir mais claramente quais coisas são da
maior importância e valor.
Ele usa seu tempo, seu dinheiro e sua energia com mais cuidado e seletividade do que
quando era mais jovem e menos maduro.
Suas prioridades estão na ordem correta e ele está satisfeito com menos coisas e mais
simples.
Ele aprendeu o alto custo de preencher todos os seus prazeres, satisfazendo todos os
seus caprichos, perseguindo todos os seus sonhos.
E agora ele é filtrado por tudo isso, e ele deixou muitas coisas ao longo do caminho
descartadas.
Quando ele era jovem, era uma questão de acumulação.  E quando ele acumulou, ele
começou a descobriu que não tinha valor algum.
Quando jovem, ele desperdiçou energia em muitas coisas; como um homem mais velho,
ele pode olhar para trás e ver onde essa energia foi desperdiçada em muitos casos.
Quando jovem, ele sonhou mil sonhos e queria realizar mil coisas e olha para trás e vê que
poucas são realmente importantes e que tinham valor eterno.
Como homem mais velho, ele teve uma infinidade de experiências, uma após a outra, dia
após dia, mês após mês, ano após ano, e a vida foi moderada por essas experiências.
Ele descobriu que o que ele achava que queria que lhe desse satisfação nunca o fez.
E todas as posses e todo o acúmulo e toda a reputação e toda a conquista e todos os
elogios foram de alguma forma colocados de lado no caminho da vida e descartados
porque não tinham valor real.
Ele se tornou “sóbrio de espírito”. Ele chegou a um sistema de valores correto.
Em outras palavras, ele tem suas prioridades corrigidas agora. Ele sabe quais experiências
foram valiosas, e em muitos casos, elas eram as que ele temia”de mente sóbria”.
Mais agora ele sabe quais lhes renderam melhores frutos. Todas essas escolhas fizeram
dele o homem que ele é.
Em muitos casos, o que ele não queria era o que era mais valioso, e o que ele perseguia
com todas as suas forças não tinha valor algum.  Ele sabe disso agora. Ele filtrou a vida.
E muito frequentemente quando os homens chegam a esta idade na vida, embora
precisam crescer em alguma área, mas se eles são piedosos e têm trilhado o caminho da
justiça, eles realmente filtraram através de quase tudo.
E eles devem ser encontrados sendo reduzidos, a uma vida mais simples, simples e
simples, porque agora sabem quais as coisas têm valor real.
Eles agora sabem o que as pessoas têm valor real, quais relacionamentos têm valor real,
quais esforços têm valor real.  Isso é absolutamente crucial para eles orientarem uma
geração mais jovem.
Onde há um conhecimento moderado, não indulgente, não extravagante, sóbrio e sóbrio
das prioridades através de anos e anos de experiência, você tem a sabedoria que precisa
ser passada adiante.
É como o pai que senta com seus filhinhos e diz: “Eu sei que você não entende o porquê.
Você terá que confiar em mim para isso.
Você não pode fazer isso. Eu sei porque você não pode fazer isso. Você não entende o
porquê. Eu estive lá. Eu vou te dizer o porquê.
E assim esses homens devem ser homens moderados.  Suas vidas foram reduzidas aos
mínimos irredutíveis do que realmente importa. Homens assim são desesperadamente
necessários a igreja moderna.
Eles devem ser sérios em seu viver.
“semnos”, “sérios”, graves, ‘‘maduros’’“dignos de respeito”, “respeitáveis”; “reverenciáveis”.
Isso não significa que eles sejam pessoas chatas e sombrias. Significa apenas que eles
não são frívolos. Eles não são irreverentes. Eles são sérios na vida.
Quero dizer, eles viveram o suficiente para ver que a vida é uma coisa séria. Eles estão
acima do sentimento de imortalidade e invencibilidade que assola os jovens.
E eles viram muito e sentiram muito para ser trivial. Eles enterraram seus pais em muitos
casos, na maioria dos casos. Eles enterraram suas irmãs e irmãos.
Eles ficaram nas salas de espera do hospital enquanto aqueles que amavam morriam. Eles
assistiram uma criança se rebelar.
Eles viram uma criança nascida na igreja, que se afastou de tudo em que acreditavam.
Eles viram uma criança morrer de leucemia.  Eles assistiram uma criança morrer de câncer.
Eles já viram tudo.  Eles sentiram tudo.  Eles carregaram o fardo de sua própria vida e
família e os fardos de uma miríade de outras pessoas com quem compartilharam a vida.
Eles chegaram à realidade desiludida e ao fato de que o mundo não vai ficar melhor, e não
poderiam melhorá-lo, e ninguém pode fazê-lo.
Eles viveram todos os pensamentos utópicos antecipados.  Eles viveram as esperançosas
e FRUSTRANTES EUFORIAS UTÓPICAS da juventude que diziam: “Nós vamos consertar
tudo”. “Nós vamos mudar o mundo”.
E eles estão do outro lado, e eles sabem com honestidade que a vida é do jeito que é
porque o homem é o caminho ele toma, e ele não vai mudar sozinho.
As coisas não são tão engraçadas como talvez fossem quando ele era jovem porque a vida
é muito séria.
Vejo alguns desses programas que são supostamente os programas mais engraçados da
televisão e me vejo totalmente incapaz de rir de nada disso.
Não que eu não tenha senso de humor. E eu não acho nada disso engraçado porque tudo
que eu vejo são as pessoas manifestando um estilo de vida sem Deus.  Viver sem Deus
não é engraçado.Isso não é engraçado.  Isso é trágico.
Os homens cristãos maduros alcançaram um nível de dignidade onde são veneráveis e
respeitáveis. Eles vêem a vida como ela realmente é.
E se riem, riem do que é risível, não do que é trágico.  E se eles sorriem eles sorriem
porque há algo para sorrir, realmente sorrir. Eles não riem do que é trágico.
Eles devem ser sensatos.
Eles devem ser “sensatos”, “prudentes”, “discretos”.
Isso significa que eles têm discrição e discernimento.  Isso vem pela idade. Eles
experimentaram tudo.
Eles passaram por todas as experiências, e desenvolveram uma força de espírito e uma
profundidade de experiência, um domínio da verdade e uma devoção ao que é certo, e
aprenderam a controlar seus instintos e suas paixões.
E essa palavra “sensata” significa que eles têm as pontas soltas da vida amarradas – estão
sob controle, têm discernimento, discrição.
Eles têm valores profundos. Eles têm Juízo de valor.Eles julgam bem todas as coisas. Eles
pensam profundamente.
Essas qualidades, sendo temperadas, dignas e sensatas, substituem as qualidades da
juventude.
Você sabe o que eles são?  Imprudência, impetuosidade, falta de pensamento correto e
instabilidade.

O QUE OS HOMENS MAIS VELHOS DEVEM SER.


Então, há mais três virtudes positivas que são todas resumidas na declaração final: “sãos
na fé, no amor, na perseverança”. “Sãos” significa “saudável, sem fraqueza, sem doença,
sem debilitação”. bem, atitudes inteiras nessas áreas.
Devem ser saudáveis na fé.
Primeiro “na fé”; isso é maravilhoso.  Eles devem ser saudáveis em fé.  Eles têm uma fé
espiritual que é saudável, completa, sólida, sólida. O que isso significa?  Isso significa que
sua fé em Deus é inabalável.  Eles já viram o suficiente.  Eles já passaram o suficiente.  Os
50, 60, 70, 80 anos lhes mostraram Deus, e Deus é confiável, certo?
Eles não duvidam.  Eles não questionam a Deus.  Eles nunca perdem a confiança na boa
intenção de Deus.  Eles nunca perdem a confiança no plano de Deus.
Eles nunca perdem a esperança de que a soberania de Deus se realize.  Eles nunca
acusam Deus de desapontá-los.  Eles nunca duvidam da verdade das Escrituras.
Eles nunca questionam o poder do Espírito Santo.  Eles nunca questionam se o evangelho
pode salvar. Eles sabem; eles viram isso. Aqueles que viveram todos os anos e Deus se
mostrou e se mostrou e se mostrou através de todas as vicissitudes, lutas e todas as
dificuldades da vida.
Ele esteve lá, e ele provou a si mesmo, e agora é um homem velho e diz: “Eu creio em
Deus”. E sua fé sustenta a igreja.  Ele é forte. Sua fé é corajosa porque uma vida de fé o
ensinou a confiar em Deus.
Deus provou-se fiel durante os longos anos.  Em todos os hospitais, em todos os funerais,
em todas as perdas e decepções da vida, Deus tem sido fiel. Através de todos os pecados
e tentações e as provações e os arrependimentos e as renovações.
Através de toda a exposição à verdade e à aplicação da Palavra, tem sido como Deus
disse que seria, e Ele pode ser acreditado. E esse tipo de fé madura sustenta a igreja. Nos
dá uma fé para imitar.
Devem ser saudáveis no amor.
Ele tem um amor espiritual saudável.  Certamente ele tem esse amor para com Deus e
para com os outros também.  Ele é um homem que ama.  Ele não é um homem amargo.
Essa é a coisa mais triste que existe no mundo é ver um velho amargo.   Aqui está um
homem que ama. Aqui está um homem que ama, suportando “os fardos uns dos outros,
cumprindo assim a lei de Cristo”.Aqui está um homem que ama servir.
Aqui está um homem que aprendeu através dos anos o que deveria ser amado e o que não
amar. Seu amor é definido em coisas que devem ser amadas. ( Gálatas 6: 2).
Aqui está um homem que ama sacrificialmente. Ele aprendeu a amar quando o amor não é
correspondido.  Ele aprendeu a amar quando o amor é rejeitado.  Ele aprendeu a amar
quando o amor nem é merecido. Ele aprendeu a amar e a amar a perdoar e a amar a
servir.  Ele aprendeu a amar com paciência e gentileza. Seu amor não é ciumento.  Seu
amor não se gaba.  Seu amor não é arrogante.  Não age de forma imprópria.  Não procura
o seu próprio.  Não é provocado.
Não leva em conta um mal sofrido.  Nunca se alegra com o pecado de outra pessoa;
alegra-se com a verdade.  O amor dele é tudo, suporta todas as coisas, e seu amor nunca
falha.
Uma das tragédias da velhice é quando as pessoas se tornam desamáveis, amargas e
egoístas.Este homem mais velho que a igreja precisa desesperadamente é saudável em
seu amor.
Ele não ama de emoção; ele ama fora do princípio.  Ele ama porque está certo.  Ele ama
com sua vontade, não seus sentimentos. Parte do envelhecimento é que você não faz tudo
pelos seus sentimentos.
Devem ser saudáveis na perseverança.
Ele deve ser saudável na perseverança. Eles devem ser resistentes, constantes.
Autodeterminados e firmes em suas escolhas. Eles passaram por provações suficientes. 
Eles sofreram o suficiente.  Eles sabem. Eles são usados por Deus como um modelo de
paciência. Eles passaram por tudo isso.  Ele tem a coragem que é o resultado disso. Eles
nunca perderam a esperança, apesar da decepção, aspirações não realizadas, fraqueza
física, crescente solidão. O homem piedoso fica temperado como o aço.  Seu corpo é mais
fraco, seu espírito é mais forte, ele pode suportar até o fim. Estes fazem a glória do
evangelho brilhar.

CONCLUSÃO: Deus espera nossa maturidade, para então cumprir mais precisamente sua
vontade. A Escritura diz que Moisés era um homem feito (Ex 12.11). Hebreus 11.24; diz:
“Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó”; ou seja maduro,
com 40 anos. Moisés tinha 80 anos quando Deus o chamou para livrar e guiar Israel para
fora do Egito, para a terra da promessa. Sua idade avançada nunca o atrapalhou a liderar o
povo.
Abraão foi chamado com 75 anos, e se tornou o pai da fé com 100 anos, quando teve
Isaque seu filho. Calebe conquistou sua herança com 85 anos. Deus espera os homens
amadurecer. Davi foi ungido rei na adolescência; reinou sobre Judá com 30 anos, mas
somente com 37 anos reinou sobre todo Israel e reinou 40 anos.Na idade de 83 anos –
depois de ter viajado cerca de 250.000 milhas a cavalo, e pregado mais de 40.000 sermões
e produzido cerca de 200 livros e panfletos – John Wesley lamentou que ele era incapaz de
ler e escrever por mais de 15 horas por dia, pois seus olhos estavam ficando cansado
demais para trabalhar.
Após seu aniversário de 86 anos, ele admitiu que nunca ficou na cama depois das 5:30 da
manhã, pois precisava aproveitar o tempo para orar e servir a causa do reino. Na idade
mais plena da vida muitos homens estão se aposentando só no Brasil são mais de 50
milhões.
Na hora em que deveriam usar a experiencia e a sabedoria para treinar outros, eles estão
saindo de cena. A desocupação não é o propósito do evangelho para a velhice. Deus
precisa dos homens mais velhos, para moldar os crentes mais novos.

Sermão Nº 14 – Que tipo de mulheres a igreja deve ter.


Referência: Tito 2:3.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 04/09/2019.

INTRODUÇÃO
Na instrução de abertura, é dada três vezes, para Tito ensinar adultos idosos – com a
implicação óbvia de que os adultos idosos devem aprender as coisas que Tito lhes
ensinaria.
Paulo estava dizendo: Você deve ensinar a eles o que está de acordo com a sã doutrina.
Ensine os homens mais velhos … Ensine as mulheres mais velhas …
Em outras palavras, os idosos são ensináveis, totalmente capazes de aprender, de se
alimentar das palavras da sã doutrina.
A palavra que Paulo usou aqui para sã é a palavra grega ‘hugias’, da qual deriva o termo
português higiene. Esta é uma palavra que significa primariamente saudável ou produtora
de saúde ou cura.
Esta é a palavra que Mateus usou quando disse que o homem aleijado que Jesus tocou
ficou bom. Esta é a palavra que Jesus usou quando disse à mulher no evangelho de
Marcos: Sua fé te curou.
Este é o mesmo termo usado por nosso Senhor quando ele disse no evangelho de Lucas:
Não são os saudáveis que precisam de um médico.
É primariamente uma palavra médica, então Paulo estava dizendo que as pessoas mais
velhas deveriam permanecer espiritualmente saudáveis pela ingestão regular da Palavra
de Deus.
Li recentemente um relatório sobre livros de receitas na América. Quase 1000 deles são
publicados a cada ano, muitos deles brilhantes, coloridos e muito caros.
Mas, ao mesmo tempo, cada vez menos pessoas estão cozinhando e um número
crescente está comendo em restaurantes.
O repórter entrevistou uma senhora, gerente de portfólio em Nova York, que adquiriu 16
livros de culinária nos últimos quatro anos e que assina duas revistas de culinária. Mas a
última vez que ela preparou uma refeição foi a há quatro anos “e”, disse ela, “não deu
certo”.
Bem, existem mais traduções da Bíblia, material didático e livros devocionais agora do que
nunca. A publicação cristã é um grande negócio no mundo.
Mas apesar de tudo isso, as pessoas estão lendo e estudando sua Bíblia cada vez menos.
Tito queria mudar isso.
Ele queria transformar os idosos de Creta em novos aprendizes, levando-os a uma dieta de
doutrina saudável. Nunca estamos velhos para estudar a Palavra de Deus.
Depois de orientar os homens mais velhos ele vai dar uma atenção muito especial nas
mulheres mais velhas.

I.CONSELHO APOSTÓLICO ÀS MULHERES IDOSAS


Como a mulher alcançou, através do cristianismo, uma posição de igualdade ao lado do
homem, era necessário lembrá-la de que sua nova posição envolvia sérias
responsabilidades e perigos.
As mulheres sofrem os perigos de tentações peculiares de acordo com a idade. As mais
velhas são tentadas a buscar a excitação das estimulantes conversas caluniosas e
maldizentes. Os pecados da língua são mais comuns nas mulheres mais velhas.
Já as mais jovens são tentadas aserem impulsivas; instáveis em seus sentimentos e de
serem seduzidas facilmente a uma vida de impureza, atraída pela moda do mundo, e por
uma inconsistência na conduta.
As mulheres têm deveres peculiares à sua idade. Os mais jovens têm deveres de
obediência; os de meia-idade têm os cuidados da vida doméstica; as mais velhas a tarefa
principal de instruir as mais jovens.
Vida doméstica é algo puramente religioso. A fé começa em casa. A verdadeira religião é o
fundamento da felicidade no lar.
A verdadeira religião é o segredo da prosperidade doméstica.Somente a verdadeira religião
em casa pode garantir a estima e o respeito daqueles que não conhecem a Deus.
Elas devem formatar o evangelho.
O verso inicia dizendo:As mulheres mais velhas. Gr “Presbutis”.
O evangelho revelou o elevado destino da mulher, e não é de surpreender que o apostolo
Paulo ordena a Tito que exija das mulheres mais velhas, assim como exigiu os homens
mais velhos.
O grego “Presbutis” significa uma mulher idosa, uma mulher adulta avançada em anos e no
NT refere-se à idade e não ao cargo. Paulo não especifica a idade que uma mulher teria
que ter para se qualificar como mais velha .
Porém, a gravidez termina tipicamente aos 40 anos e, consequentemente, a criação
termina aos 60. Portanto, parece razoável considerar as mulheres mais velhas como se
referindo às mulheres com pelo menos 60 anos de idade.
Essa é a idade que Paulo menciona em sua primeira carta a Timóteo em relação às viúvas
que se qualificaram para serem incluídas na lista para receber apoio financeiro da igreja
(1Ti 5: 9).
Nos tempos do NT, as mulheres mais velhas serviam à igreja de várias maneiras. Como
Paulo menciona mais adiante nesta passagem, uma função essencial das mulheres
idosasera ensinar e incentivar as mulheres mais jovens nas coisas do Senhor.
Elas também ministravam entre si e como mulheres na igreja de qualquer idade,
solteiras, casadas ou viúvas. Elas visitaram os doentes e os presos.
Elas ofereciam hospitalidade aos viajantes cristãos, especialmente aqueles que atuavam
em alguma forma de ministério.
Nas cidades que eram fortemente pagãs, as mulheres cristãs passavam pelas ruas e
mercados procurando recém-nascidos abandonados que eram indesejados e que foram
deixados para morrer pelos pais.
Como o aborto era perigoso e caro, e os dispositivos de controle da natalidade não
existiam, um bebê indesejado era simplesmente abandonado ao nascer.
Alguns bebês do sexo masculino eram criados para serem escravos ou gladiadores, e
algumas meninas eram treinadas para a prostituição. As mulheres cristãs que resgatavam
esses bebês os davam às famílias da igreja para adoção.
As mulheres mais velhas eram frequentemente objetos de ridículo nas comédias e eram
especialmente ridicularizadas por causa das fofocas e conversas tolas comuns as mulheres
dessa idade.
Elas devem ser um recurso divino na igreja.
Lendo 1 Timóteo capítulo 5, vemos que as mulheres mais velhas que se tornam viúvas são
destacadas.
E essas mulheres, diz ele no versículo 9, que têm sessenta anos ou mais, mulheres
solteiras, castas, fiéis, esposas puras que tinham uma boa reputação “por boas obras”, que
“criaram filhos”.
Que “Mostrou hospitalidade com estranhos” e “lavou os pés dos santos” e “ajudou os
aflitos” e “se dedicou a todo bom trabalho” –são essas mulheres de que você Timóteo
precisa para cuidar.
Agora, se eles têm uma família, deixe a família cuidar delas.  Se elas não têm ninguém
para cuidar deles, ele diz no mesmo capítulo, e a única esperança deles está em Deus,
então você cuida delas.
Esse tipo de mulher é digna de seu cuidado.  Traga-as para a igreja, coloque-as na lista de
viúvas cuidadas. Elas são preciosas.
Mulheres pecadoras que não foram fiéis; e não eram fiéis a seus maridos e não criaram
filhos adequadamente e não mostraram hospitalidade com estranhos e não eram
conhecidas por suas boas obras, então essas não devem ser colocadas na lista de cuidado
da igreja.
Isso pode parece falta de amor para esta geração hipócrita que vivemos. Essas mulheres
rejeitaram toda a exortação da Palavra de Deus, enquanto mais novas.
Elas nunca mostraram verdadeira conversão, pela forma como elas conduziram seus lares
quando mais novas.
E quem vive desprezando a graça de Deus dificilmente irá encontrar arrependimento
sincero, nem mesmo na velhice.
O Espirito Santo, está exaltando aquelas mulheres que são piedosas. São este tipo de
mulheres que dever ser mantidos no rol de membro da igreja para serem modelos para as
mulheres mais jovens.
Elas devem ser reverentes no viver.
O Espirito Santo ordena então por meio de Paulo que as mulheres crentes devem ser
“reverentes na sua maneira de viver” (v.3a).
Como Jeronimo disse: “Seu andar e movimento, seu semblante, sua fala e seu silêncio
devem exibir uma dignidade de um sagrado decoro”.
A palavra reverente “hieroprepes” (jεροπρεπεῖς)é uma combinação de “hieron” que significa
sagrado, santo, consagrado a Deus, era usada para se referir ao templo do NT.
E o sufixo “prepo” significa “ser adequado”, “aparentemente adequado”, “correto”
Hieroprepeis é uma mulher venerável, respeitável por meio do caráter e idade; digna de
reverencia; consagrada a Deus.
Hieroprepeis tem um significado fundamental de ser “semelhante a um padre (pai)” e isto
se refere àquilo que é apropriado à santidade.
Essas mulheres deveriam ser como pessoas envolvidas em deveres sagrados, como as
empregadas no serviço sagrado.
Devem levar à vida cotidiana o comportamento exigido pelos sacerdotes no templo. As
mulheres mais velhas devem ser exemplos piedosos de santidade.
A profetisa Anna ilustra essa virtude porque, embora fosse viúva eaos oitenta e quatro
anos … ela nunca saiu do templo. Lucas diz que ficou viúva muito nova, mas não se casou,
e viveu consagrada totalmente a Deus.
Por ter vivido tão fielmente no Senhor, o Espírito Santo permitiu que ela reconhecesse
imediatamente o menino Jesus.
A Hieroprepeis transmitir o belo pensamento de que existe uma consagração, uma
“eminência” e santidade sacerdotal, que não só é possível mas deve ser normal, na vida da
mulher.
Jeronimo (Sec IV) comentando esse texto diz que a mulher idosa deve ter em sua
aparência, e na forma de agir algo melhor do que as vestes do padre ou a auréola do
santo.
Isso embora pareçaarcaico é muito apropriado e pertinente. Pois tanto a moda dos tempos
apostólicos e a atual; exploram exageradamente a sensualidade da mulher, despertando
um espirito de lasciva nos homens.
Elas devem ter um comportamento santo.
hieroprepeis en katastemati: (καταστήματι) (katastema do verbo = kathistemi) significa
comportamento que inclui uma ligeira referência ao vestuário, que seria a melhor
interpretação.
Essas mulheres mais velhas deviam vestir-se, andar e agir de maneira geral, de acordo
com o que o chamado sagrado exige e não deveriam ser como o mundo, mas como a
igreja, decente por fora e adornada com santidade por dentro.
Em seu livro intitulado O Peso da Glória, CS Lewis conta a história de uma mulher idosa
que encontrou um inimigo a caminho da igreja.
Quando seu oponente começou a falar mal dela e a abusar verbalmente, a velha
respondeu: “Não é uma pena você estar falando covardemente comigo assim, pois neste
estado de graça, em que eu estou não posso te responder? Mas tome cuidado, eu não
estarei nesse estado de graça por muito tempo!
Aparentemente a idade e crescimento na graça devem coincidir. Quanto mais velhos
envelhecemos, mais espiritualmente maduros devemos nos tornar.
No entanto, esse nem sempre é o caso. Assim como existem algumas tentações
especialmente comuns aos jovens, a idade traz consigo seu próprio conjunto de provações.
Esse tipo de comportamento é exigido por Paulo, por são mulheres que “se enfeitam com
roupas adequadas, modesta e discretamente, não com cabelos trançados e ouro ou
pérolas ou ornamentos caros
Elas são humildes e mansas. Elas estão vestidas adequadamente para chamar a atenção
do Senhor e não para si mesmos. Eles não empilharam uma fortuna de joias no cabelo
para chamar a atenção para si mesmos.
São mulheres que escolhem boas obras como convém às “mulheres que reivindicam a
piedade” com submissão e não exercem autoridade sobre seus maridos. São mulheres
que, cuidam de seus filhos e maridos.
Em 1 Timóteo 2: 9, 10; são mulheres que “recebem instruções em silêncio” removeram o
estigma de seus pecados e continuaram na fé, no amor e na pureza, com autodomínio.
Esse é o tipo de comportamento que Deus deseja – modéstia e discrição, virtude,
submissão ao marido, piedade, criar filhos de maneira piedosa, ajudar estranhos.
A ação externa da santidade depende de uma condição interna da santidade.
E assim Paulo diz a Tito: “Você deve dizer às mulheres mais velhas que sejam santas, que
sejam como sacerdotes que entram na própria presença de Deus”.
Elas devem ter uma linguagem santa. Não caluniadora. Gr. διαβόλους (diabo,
diabólico)
O apóstolo acrescenta um toque sombrio após essa sugestão de beleza sacerdotal santa.
Que as mulheres não tenham uma linguagem diabólica. Literalmente: diabo ou caluniador.
Esta palavra grega diabolos, aparece trinta e quatro vezes no Novo Testamento, e é um
nome que a Escritura dá para Satanás.
As calunias são falsas acusações ( diabolôs: “dia” = “através de” + “ballo” = lance) e,
portanto, imagens o que o diabo faz – jogar entre.
Por exemplo, ele “jogou” mentiras para Eva e criou uma separação entre Deus e o homem,
que por sua vez resultou quase imediatamente em uma divisão entre Adão e Eva.
O “plano de jogo” do diabo é causar estragos nos relacionamentos “jogando entre” e este é
exatamente o efeito de “fofocas maliciosas”!
Nada é mais parecido com Satanás do que calúnia. Os seres humanos tendem a pecar e a
reagir violentamente fisicamente.
Os homens provam ser violentos em sua força física e em suas ações, mas as mulheres
tendem a ser violentas em suas palavras e comentários.
Satanás é um caluniador malicioso, caluniando noite e dia.  Não seja como Satanás.
As mulheres mais velhas podem ser na ilha de Creta, como em outros lugares, elas têm
muito tempo ocioso, e fazem poucas coisas para ocuparem o seu tempo, então elas
gostam de falar demais.
E normalmente essa conversa se torna fofoca, crítica, descoberta de falhas, difamação.
Paulo diz que esse é o trabalho do diabo.
As mulheres mais velhas não devem desabafar sua depravação através da fala.  Eles
deveriam ser qualquer coisa, menos uma “fofoqueira maliciosa”.
As mulheres sábias que Paulo está descrevendo; se recusaram a ouvir, muito menos a
propagar, caluniar ou contar histórias humilhante sobre os outros.
Assim como os homens estão mais inclinados a abusar fisicamente de outras pessoas, as
mulheres estão mais inclinadas a abusar de outras pessoas verbalmente.
Uma pesquisadora norte americana Sybella Artz descobriu que, como as meninas são mais
habilidosas verbalmente do que os meninos, sua agressão é frequentemente exibida
através de fofocas maliciosas.
Ela diz que as meninas jovens “começam a assassinar personagens criando rumores e
fofocas” (Wiley Hall, Boston.com, 26/04/04).
Spurgeon comenta que mulheres mais velhas…são tentados a espalhar relatos
difamatórios contra as pessoas: tendo pouco coisa que fazer na velhice, tendem a ocupar
essa ociosidade com conversar maledicente sobre outros…”.
E isto acontece em maior escala, depois que o telefone foi inventado e o avanço da
tecnologia da computação. O grande problema da tecnologia é que ela cria e influencia o
COMPORTAMENTO, ela não é neutra.
Uma mulher mais velha pode se deixar ficar VICIADA por novelas e notícias fúteis, ou
programas de entretenimentos.
Destruindo um tempo que belamente uma cristã idosa pode, por seu exemplo gentil, ser
professora de coisas boas!
Creio que não há visão mais encantadora debaixo do céu do que a de uma senhora cristã
idosa, cujas palavras e cuja vida inteira são tais que embeleza o evangelho de Cristo.
Elas devem ser temperantes. Sóbrias: não escravizada pelo vinho. “mede oinoi polloi
dedoulomenas”.
Escravizado (douloo) significa escravizar ou tornar um escravo e, no tempo perfeito,
enfatiza o estado completo ou a condição permanente de ser (voz passiva = ação exercida
sobre eles a partir de fora, neste caso “vinho”ser o agente escravizador)
Pessoas mantidas e controladas pelo uso do álcool. A ociosidade da terceira idade, pode
se tornar uma armadilha para o uso do álcool.
Pior ainda, um crente mais velho que se torna viciado traz desonra ao nome do Senhor,
mancha a reputação da igreja e, mais frequentemente, leva outros a seguir seus.
A mulher mais velha tem que ter AUTODOMÍNIO, SÓBRIA, que controla todo os seus
instintos.
É comprovado pela experiência que a recuperação de uma mulher bêbada é quase
impossível. Então aqui elas são advertidas pelo Espírito de Deus.
Essas advertências contra conversas maliciosas e o vício em vinho refletem o estereótipo
popular de uma mulher idosa ímpia. Uma pessoa cheia de álcool fala demais.
John MacArtur comentando esse texto diz que naquele tempo havia o habito[1] de tomar o
vinho, misturado com água, para tirar o teor alcoólico 3×1; ou era reduzido a uma pasta
sem fermentação e depois misturava agua para ser bebido.
Mas havia o perigo de ficar embriagado, se reduzisse a proporção de água, ou beber sem
agua.
A embriaguez entre as mulheres era especialmente abominável na tradição romana e
grega e especialmente entre os judeus.
Elas devem se professoras de boas obras. Mestre do bem. Ensinar o que é bom :
kalodidaskalous
Ensinar o que é bom ( 2567 ) é a única palavra grega composta kalodidaskalos derivada de
kalos que se refere àquilo que é inerentemente excelente ou intrinsecamente bom e que
fornece benefícios especiais ou superiores.
O segundo componente do kalodidaskalos é didaskalos (de didasko = didático), que
significa ensinar de maneira a moldar a vontade daquele que está sendo ensinado pelo
conteúdo do que é ensinado.
E se refere a um instrutor, mestre ou professor . Esta mulher mais velha é, pelo exemplo e
pela instrução, uma professora de coisas boas, belas e benéficas, que era uma missão
extremamente necessária na época e em nossos dias.
As mulheres mais velhas devem ser exemplos de piedade, treinando as mulheres mais
jovens.
emo o que acontecerá na igreja no futuro se nossas mulheres piedosas hoje não
ensinarem a próxima geração, porque eles não têm famílias normais para criar qualquer
tipo de senso sobre o que é uma família.
Ela deve ensinar “o que é bom”, kalodidaskalos – uma palavra – “ensinar o bem”.   O que é
certo e o que é bom é “incentiva
Ela deve ensinar “o que é bom”, kalodidaskalos – “ensinar o bem”.  O que é certo e o que é
bom é “incentivar as moças a amarem seus maridos, amarem seus filhos, serem sensatas,
puras, trabalhadoras em casa.Etc.
Esse é o papel principal delas: criar uma geração piedosa de mulheres jovens. Desafio das
mulheres mais velhas de nossa igreja é fazer isso. A vida das mais jovens dependem
crucialmente de vocês.
E você as tem. Elas podem ser suas filhas. Elas podem ser suas noras. Elas podem ser
suas netas. Elas podem ser amigos da sua filha. Elas podem ser suas sobrinhas.
Elas estão por perto. Elas podem ser aquelas que você conhece por causa de amizades,
as filhas dos seus amigos.
Eles podem ser pessoas da família da igreja.  Eu não acho que elas estão pedindo aqui
algum tipo de seminário formal.  Você tem que vir junto e ensiná-los a viver a vida,
alimentá-las à piedade.

O VIVER SANTO DAS MULHERES MAIS VELHAS.


A santidade consiste em pequenos deveres.
Será que uma vida santa consistia em uma ou duas ações nobres. Alguns exemplos de
atos heroicos de alguns poucos e então ficaríamos frustrados.
Mas uma vida santa é composta de pequenas coisas do momento, do agora, não das
grandes coisas como a vida de da hora, e não as grandes da época, que preenchem uma
vida como a de Paulo ou João, Brainerd, Wesley…
Evitar pequenos males, pequenos pecados, pequenas inconsistências, pequenas
fraquezas, pequenas loucuras, pequenas indiscrições e imprudências.
Pequenas fraquezas, pequenas indulgências, pedacinhos de cobiça e penúria, pequenas
exibições de mundanismo.
Pequenas indiferenças aos sentimentos ou desejos dos outros: evitar coisas pequenas
como essas vai nos levar muito e veremos a beleza de uma vida santa.
Basta então dar atenção aos pequenos deveres do dia e do agora em relacionamentos
públicos ou privados, nos relacionamentos familiares.
As pequenas palavras, e aparências e tons; pequenas abnegações, autocontrole e
esquecimento: estes são os desenvolvimentos ativos da vida santa, os ricos e divinos
mosaicos dos quais ela é composta.
O que torna sua colina verde tão bonita? Não é o pico notável e imponente, mas o
gramado brilhante que cobre suas encostas, composto por inúmeras lâminas de gramas
imperceptíveis a distância.
É das pequenas coisas que uma grande vida é feita; e aquele que não reconhecer a vida
com essa grandeza, dificilmente encontrará algumprazer num caráter bíblico para admirar
ou copiar em alguém perto.
Pequenas abnegações, autocontrole e perdão imediato: estes são os desenvolvimentos
ativos da vida santa, os ricos e divinos mosaicos dos quais é composta.
A floração das mulheres mais velhas.
UMA boa mulher nunca envelhece. Anos podem passar sobre sua cabeça, mas se a
benevolência e a virtude habitam em seu coração, ela está tão alegre quanto quando a
primavera da vida se abriu pela primeira vez.
Quando olhamos para uma boa mulher, nunca pensamos em sua idade; ela parece tão
encantadora quanto quando a rosa da juventude floresceu.
Essa rosa ainda não desapareceu; isso nunca vai desaparecer. No seu bairro, ela é amiga
e benfeitora. Na igreja é a ajudadora.
Quem não respeita e ama a mulher que passou seus dias em atos de bondade e
misericórdia – que tem sido amiga do homem e de Deus – cuja vida inteira tem sido uma
cena de bondade, amor e devoção à verdade?
Repetimos que essa mulher não pode envelhecer. Ela sempre será fresca e dinâmica em
espírito e ativa em ações humildes de misericórdia e benevolência.
Se a jovem deseja reter a flor e a beleza da juventude, que ela não ceda à influência da
moda e da loucura do mundo.
Deixe que ela ame a verdade e a virtude, e até o fim da vida ela conservará os sentimentos
que agora fazem a vida parecer um jardim de doces, sempre frescos e sempre novos.
A sabedoria da linguagem santa.
Precisamos aprender a santidade da linguagem e treinar nossa língua, para evitar
acusações falsas
 
(a) Ocupe-se com a piedade.
Olhe para o seu próprio chamado e os deveres necessários dele, para que assim, seguindo
o seu próprio arado, você não tenha tempo para se meter nos assuntos de outros homens:
corpos ocupados e tagarelas se juntam ao apóstolo.
(b) cuidado com a inveja.
Cuidado com a inveja, que ainda choca e inventa o mal: o ditado é verdadeiro: “A malícia
nunca falou bem”, mas é suspeita e depravará as melhores pessoas e práticas, e é um dos
maiores inimigos da verdade, na qual A imagem de Deus consiste principalmente.
(c) Defenda a honra dos outros.
Aprenda a estimar o bom nome de seu irmão, a próxima coisa em sua vida, considerando a
verdade daquele discurso bíblico, fale dos outros aquilo que você quer ouvir sobre você.
Faz pelos outros, o que deveriam fazer por você essa é a regra de ouro de toda equidade.
Defenda o bom nome dos outros.
(d) Dê o direito de defesa aos outros.
Ao receber relatórios, considere as partes ausentes, na medida do possível procure
interpretar bem os fatos na ótica do amor e do perdão na media em que possam ser bem
interpretados.
Sempre aconselhe o repórter (o que traz a notícia), a olhar como Deus olha, e a
reconsiderar a honra do irmão, mesmo que tenha errado. Nunca deveríamos divulgar uma
historia difamatória.
(e) Cuidado com a interpretação dos fatos.
A Falsa acusação é sempre a má interpretação dos fatos. Frequentemente, os erros mais
dolorosos são infligidos pelo meio sutis, encobertos, com insinuações malignas.
Metade de um relato, é sempre toda uma falsidade. Quem faz um relato falso (e
normalmente é sempre falso); como se fosse verdadeiro, é o pior dos mentirosos.
Tal foi Doeg em seu testemunho contra os sacerdotes. Ele declarou os fatos no caso, mas
deu a eles uma interpretação tão astuta que lhes deu o aspecto e a influência das mais
flagrantes falsidades.
Por causa dos fatos que foram reinterpretados por Doeg foram mortos impiedosamente,
uma centena de sacerdotes piedosos incluindo o sumo sacerdote, em um dos crimes mais
bárbaros da Escritura.
Foi através do mesmo modo de procedimento que nosso Senhor foi condenado. Uma MÁ
INTERPRETAÇÃO perversa foi dada às Suas palavras, de modo que o que foi falado em
lealdade à verdade mais elevada foi transformado em traição digna de morte.

CONCLUSÃO: Vocês mulheres mais velhas, tem muito a oferecer.As mulheres idosas
desempenham um papel muito importante na sociedade.
A sociedade de mulheres da igreja depende de vocês. Só vocês podem produzir uma
geração piedosa de mulheres mais jovens; vocês são cruciais para a vida saudável da
igreja.
[1]https://www.gty.org/library/sermons-library/56-13/gods-plan-for-older-men-and-older-
women

Sermão Nº 15 – Que tipo de mulheres a igreja deve ter (Parte II).


Referência: Tito 2:3-5.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 11/09/2019.

QUE TIPO DE MULHERES A IGREJA DEVE TER II.


Referência: Tito 2.3-5

INTRODUÇÃO: Considerando o caráter de uma igreja saudável, o apostolo Paulo, nesse


capitulo dá instruções à igreja sobre como ela deve ser comportar.
Ele dirige sua instrução a homens mais velhos, mulheres mais velhas, mulheres mais
jovens, homens mais jovens, selecionando todas as categorias da igreja e dando
basicamente alguma instrução direta e específica a eles.
Isso é muito crucial para a vida da igreja, não apenas por seu próprio bem-estar interno,
mas por causa de seu testemunho externo.
Ele diz no versículo 5 que esta “instrução” é “para que a palavra de Deus não seja
desonrada.” 
Versículo 8, “para que o adversário possa ser envergonhado, não tendo nada de mal a
dizer sobre nós”.
E versículo 10, “para que possamos adornar a doutrina de Deus, nosso Salvador, em todos
os aspectos.”  Esses são assuntos evangelísticos.
Queremos que a Palavra de Deus seja honrada; queremos que os oponentes do
cristianismo sejam silenciados; e queremos que Deus, nosso Salvador, seja adornado.
Para fazer isso, temos que nos comportar de maneira piedosa. Isso significa que os
homens mais velhos devem se comportar de uma certa maneira, mulheres mais velhas de
uma certa maneira, mulheres mais jovens e homens mais jovens de uma certa maneira
também.
E assim, ao longo deste capítulo, estamos analisando coisas que identificam o caráter de
uma igreja saudável.  Saudável internamente e saudável em relação ao seu testemunho.
Os dois vão juntos – uma igreja doente internamente terá um testemunho doente. E,
portanto, é muito importante olharmos para essas instruções práticas.
Agora chegamos às instruções dadas às mulheres mais jovens.  Vejamos os versículos 3,
4 e 5.
“Da mesma forma, as mulheres mais velhas devem ser reverentes em seu comportamento
e não fofocar maliciosas, não escravizadas a muito vinho, ensinando o que é bom, para
que incentivem as jovens a amarem seus maridos, amar seus filhos, ser sensatos, puros,
trabalhadores em casa, bondosos, sujeitos a seus próprios maridos, para que a palavra de
Deus não seja desonrada. “
Uma das responsabilidades das mulheres mais velhas, que observamos quando discutimos
isso, é que elas devem ensinar as mulheres mais jovens.
E aqui é muito específico o que eles devem ensinar, conforme indicado nos versículos 4 e
5.
Deus projetou muito claramente Sua própria ordem para a conduta das moças, assim como
Ele fez para os rapazes e as pessoas mais velhas.
Mas Satanás tem atacado esse ensinamento violentamente; vejamos:

O ataque feminista à ordem divina.


Se há algo em nossa cultura que está sendo atacado com mais violência do que qualquer
outro, é esse o papel das jovens mulheres.
Estamos vivendo exatamente isso agora.  Não importa o que eu vou dizersobre os
versículos 4 e 5, será controverso; o simples fato de lê-los já é controverso.
Um dos movimentos mais devastadores, debilitantes e destrutivos de nossos dias é o
Movimento Feminista.  Ele está mudando não apenas o mundo, mas, infelizmente, está
mudando a igreja.
E, como resultado, a Palavra de Deus está sendo desonrada, os adversários têm muito a
dizer sobre nós, e Deus, nosso Salvador, está sendo desonrado e envergonhado.
O feminismo radical fez uma LAVAGEM CEREBRAL em nossa cultura.  Ele fez uma
lavagem cerebral em nossa cultura na medida em que até a igreja foi vítima disso.
Líderes da igreja, teólogos, professores de teologia que deveriam ser profundos nas
Escrituras, bem como leigos na igreja, compraram as mentiras feministas.
Existem até organizações que se dizem cristãs e evangélicas que defendem
veementemente uma agenda feminista.
O casamento e a família, que são os principais alicerces da ordem social e moral, estão em
ruínas em nosso país, e o futuro é ainda pior que o presente.
Cristãos desavisados, crentes desavisados - não apenas em igrejas liberais, mas em
igrejas evangélicas – cristãos enganados e não ensinados estão sendo vítimas dessa
agenda, principalmente nas universidades.
E o mais triste é que a maioria de nós não tem ideia de onde isso vem.
Muitos de nós pensam que são apenas muitas mulheres que realmente querem alguma
libertação e alguma liberdade, e estão cansadas de limpar o chão e lavar a louça, e
querem salários iguais, querem empregos iguais e querem sair debaixo do mundano
deveres e se expressar de maneiras mais grandiosas do que pensam que podem em casa.
Esse pode ser um componente contemporâneo; isso não está nem remotamente
relacionado ao motivo disso.
A verdadeira agenda feminista é assustadora.  A verdadeira agenda feminista é satânica. 
E você precisa entender isso.
Então, eu vou fazer algo diferente na exposição de hoje.  Em vez de mergulhar direto no
texto, quero lhe dar uma compreensão de onde veio esse movimento hoje, para que você
veja esse texto em sua devida luz.
O que o público vê são mulheres que querem ser livres.  De fato, há até um livro publicado
por uma editora cristã, escrito por uma mulher cristã, chamado Woman, Be Free; (mulher
seja livre), defendendo um feminismo cristão.
E pensamos que este é um movimento sobre a liberdade das mulheres, livre de restrições
que as vinculam aos maridos e filhos e aos deveres no lar.
E somos induzidos a ver isso como um grito de igualdade em uma sociedade preocupada
com a vida, a liberdade e a busca da felicidade – um grito de oportunidade e privilégio de
usar suas habilidades, sem obstáculos e sem restrições.
E às vezes a retórica parece razoável.  Mas a verdadeira agenda não é razoável; isso é
assustador, é algo contra a verdade de Deus.

A verdadeira agenda feminista.


Deixe-me ajudá-lo a entender um pouco da filosofia que está por trás desse movimento,
dando-lhe algumas citações dos líderes reconhecidos do Movimento Feminista.
Gloria Steinem, editora da Revista Magazine, diz: “Até o ano 2000, espero, que eduquemos
nossos filhos a acreditar no potencial humano, não em Deus”.
A líder feminista radical Sheila Cronin, que costuma ser citada, diz o seguinte: “Como o
casamento constitui escravidão para as mulheres, é claro que o Movimento das Mulheres
deve se concentrar em atacar essa instituição. A liberdade para as mulheres não pode ser
conquistada sem a abolição. do casamento”.
A Declaração do Feminismo remonta a novembro de 1971, quando eles estabelecem sua
agenda, e é o que diz, citação: “O fim da instituição do casamento é necessário para a
libertação das mulheres.
Portanto, é importante que encoraje as mulheres a deixarem seus maridos e não viverem
individualmente com os homens.
Toda a história deve ser reescrita em termos de opressão às mulheres.  Devemos voltar às
antigas religiões femininas, como a bruxaria, “citação final.
Veja o que essa autora famosa está dizendo que “devemos voltar às religiões femininas
antigas como a bruxaria”.
Annie Laurie Gayler, escrevendo um artigo chamado “Salvação feminista”, no Humanist
de1988, diz: “Vamos esquecer o Jesus mítico e procurar encorajamento, consolo e
inspiração de mulheres reais.
Dois mil anos de regime patriarcal sob a sombra da cruz deve ser suficiente para levar as
mulheres à salvação do mundo pelas feministas “, finaliza a citação.
A Dra. Mary Jo Bain, feminista, professora assistente de educação no Wellesly College e
diretora associada do Centro Escolar de Pesquisa sobre Mulheres, escreve: “Para criar
filhos com igualdade, devemos tirá-los das famílias e educa-los comunitariamente “, citação
final.
E esse nome bem conhecido, Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood,
escrevendo um artigo chamado “Women in the New Race”, diz o seguinte: “A coisa mais
misericordiosa que uma família numerosa pode fazer a um de seus bebês (masculinos) é:
matá-lo “, citação final.
Não podemos pensar levianamente sobre essa agenda; nós temos que pensar
profundamente sobre isso.
O fato de você sentir em seu coração que alguns precisam ser livres, porque você foi
vitimado pela agenda atual não significa que realmente entende a agenda.
Você não sabe que por trás de todo esse movimento feminista há uma filosofia religiosa
muito satânica, e isso é muito profundo nas pessoas que estão influenciando nossa cultura.
Eles estão destruindo nossa cultura.  Eles estão sendo ensinados em todos os sentidos
para a nossa juventude, e até os cristãos estão caindo sob o feitiço das feministas.
Sheila Cronin, novamente, escrevendo na Organização Nacional do Women Times, em
janeiro de 1988, disse: “O fato simples é que toda mulher deve estar disposta a ser
reconhecida como lésbica para ser totalmente feminina“, finaliza a citação.
Agora, algumas pessoas podem pensar que isso é algum tipo de fenômeno do século XX;
isso é algum tipo de coisa nova ligada à democracia e ao igualitarismo – não é.  Isso é
velho; é muito, muito velho.

Uma heresia antiga.


Assim, em nosso tempo, em nosso século, isso não é uma expressão das mulheres
homossexuais anti-homens que o geraram.
Não é uma criação humana; é satânico, absolutamente e totalmente satânico.  E quero
levá-lo de volta a algumas de suas origens para que você possa entendê-lo.
O feminismo, com todas as suas características variadas e sua companhia única com a
homossexualidade, é uma heresia antiga e antiga que visa destruir o desígnio de Deus.
Realmente começou no Jardim quando EVA, A FEMINISTA ORIGINAL, saiu da autoridade
de Adão e pensou que ela agiria independentemente e levou toda a raça ao pecado. E
assim o primeiro ato na agenda feminista de Satanás foi bem-sucedido.
Mas vamos voltar ao tempo do Novo Testamento.  Não voltaremos ao tempo antigo; pois
podemos aprender o suficiente voltando aos tempos do Novo Testamento.
Quando voltamos ao tempo do Novo Testamento, antes do Novo Testamento, e passando
pelo Novo Testamento e depois, temos uma religião que é geralmente conhecida como
GNOSTICISMO.  E vem de uma palavra grega gnose, que significa “saber”.
O gnosticismo era a religiãomística, de conhecimento superior.  Você poderia experimentar
um conhecimento místico, intuitivo e espiritual, que era mais alto que a Bíblia – esse era o
objetivo.
Era uma religião anti-Deus, anti-Cristo e anti-bíblica projetada por Satanás para atrair as
pessoas para longe das Escrituras.
O que você vê hoje na agenda feminista é uma reembalagem, uma reencarnação, do
antigo gnosticismo.  De fato, os paralelos são muito impressionantes.
Peter Jones, escrevendo em seu livro, diz: “Gnosticismo é um termo amplo para descrever
a religião falsa e anti-Deus, desenvolvida antes do nascimento de Cristo como o encontro
do misticismo das religiões orientais e do racionalismo do Ocidente grego”. citação final.
Essa é apenas uma definição ampla.  O gnosticismo pegou o RACIONALISMO GREGO –
que é o pensamento e a mente do homem,
E o MISTICISMO ORIENTAL – aquelas experiências intuitivas, esotéricas, fantasiosas e
imaginativas que os místicos supostamente têm.
E e os casou e disse que esse é o conhecimento superior; este é o conhecimento elevado;
este é um conhecimento superior. A Bíblia é mundana, terrena, comum e errada.
É muito difícil definir detalhes da religião gnóstica, porque é uma mistura de todos os tipos
de coisas místicas.
E sempre que você tem uma religião mística, é algo amorfo ou sem forma, porque tende a
fluir nas mentes e na imaginação de seus seguidores.
Hoje, a religião gnóstica é chamada de FILOSOFIA DA NOVA ERA, mas é gnosticismo – é
a mesma coisa.
É um novo tipo de conhecimento místico, mais elevado, que supostamente mostra a
fraqueza, o caráter mundano do cristianismo bíblico.
Agora, vamos olhar para o gnosticismo e ter uma idéia do que é.  A MELHOR MANEIRA
DE DEFINI-LO É PELO QUE ATACOU, E NÃO PELO QUE É, porque , como eu disse, é
tão amorfo, está tão sujeito à imaginação e intuição que pode se espalhar de todas as
maneiras possíveis.
Mas a única coisa que você vê no gnosticismo é que ele explode continuamente tudo o que
a Escritura afirma.  Então você pode conhecê-lo pelo que ataca.
No coração do antigo gnosticismo havia um MITO CENTRAL, e esse mito central conduzia
toda a heresia.  Aqui está esse mito.  O mito era que o universo físico nunca deveria existir.
É parte desse velho dualismo grego que a matéria é má e o espírito é bom – que a idéia
era que todos deveríamos ser espíritos livres, e espíritos livres com pleno
AUTOCONHECIMENTO seriam divinos.
E deveríamos flutuar no mundo místico e livre da vida espiritual, livre e desinibida pela
definição e confinamento físico.
Mas, o universo físico surgiu.  E eles surgiram, disseram eles, porque um sub-deus tolo –
eles o chamam de demiurgo – um sub-deus, o sub-deus tolo da Bíblia fez uma coisa
estúpida e Ele criou o universo.
Se você ler literatura gnóstica antiga, verá que eles atacam o DEUS CRIADOR, eles
zombam dele, o desprezam com um desdém que ainda possui componentes de ódio.
Eles odeiam o Deus Criador que criou a matéria, porque para eles a matéria era má e se
torna a prisão do espírito livre e flutuante.
De acordo com um texto gnóstico descoberto recentemente, Deus, o Criador, é
apresentado como cego, ignorante, arrogante, a fonte da inveja, e eles O chamam de Pai
da morte.
Esse é o Deus da Bíblia, o Deus Criador. A criação, dizem eles, foi feita por esse sub-deus;
eles O chamam de um ser criado, estragado.
Esse sub-deus – esse Deus estúpido, egoísta e estúpido, esse impostor que se disfarça
como se fosse o verdadeiro Deus – criou como um ato de orgulho porque Ele o desejava
para Sua própria glória.
E quando você olha para a Bíblia, o que está vendo não é o verdadeiro Deus que criou
para um propósito positivo, mas esse sub-deus – por Seus próprios motivos egoístas criou
algo de sua própria estupidez que tem sido uma praga no mundo.
Então você começa com o fato de que o Deus da Bíblia é estúpido, cego, perverso e
egocêntrico, e que Sua criação é um grande erro.
Os gnósticos acreditam que esse Deus falso de alguma forma – e eles têm que acreditar
que é isso ou tudo se desintegraria – esse Deus falso de alguma forma, quando Ele criou o
universo, acidentalmente infundiu na humanidade uma centelha da vida divina.
Eles teriam que dizer isso ou não teriam como abafar a centelha da vida divina que eles
querem acreditar que está neles.
Portanto, esse homem é divino – nele há um pequeno componente da divindade que ele
precisa ventilar até que o consuma e ele se torne totalmente divino.
Mas aqui está este homem com uma centelha divina, ou esta mulher com uma centelha
divina, aprisionada em matéria maligna; e ele tem que encontrar, ou ela tem que encontrar,
uma maneira de escapar.
Os gnósticos ensinaram que não existe pecado, porque não existe certo ou errado no reino
humano.
Portanto, não há necessidade de um salvador, não há necessidade de uma morte na cruz,
não há necessidade de uma expiação.
O que eles precisavam fazer para serem salvos era – ouça isso – expulsar o Deus do
Antigo Testamento, esse Deus maligno; jogue fora o Deus do Novo Testamento com todas
as Suas leis e todas as Suas ameaças e todos os seus chamados castigos.
Jogue fora todo o Velho e todo o Novo Testamento e liberte-se da sobrecarga deste sub-
deus, este Criador que fez o que nunca deveria fazer e criou uma prisão para nós.
Assim, você pode ver que o primeiro princípio de seu sistema foi uma blasfêmia contra
Deus – chamando Deus malvado, confuso, ignorante.
Eles também tinham algumas coisas em seu sistema que atacaram a Cristo.  É claro que
eles tiveram que atacar a Cristo também, porque é isso que Satanás quer fazer, e o
sistema fez isso.
Mas antes de olhar para isso, o sistema também incluía – ouça isso – mentiras que
elevavam as mulheres.

Gnosticismo antigo focado nas mulheres.


Isto é o que dizia, por exemplo, “Eva era uma mulher dotada de espírito que salvou Adão”. 
Você diz: “Bem, a Bíblia não diz isso”.  Claro que a Bíblia não diz isso, porque a Bíblia não
está dizendo a verdade.
Eles disseram: “A salvação final para o mundo inteiro do aprisionamento da matéria virá
pelo poder feminino”.
E a chave é: “AUTO-REALIZAÇÃO feminina, auto-realização, autoconhecimento, em que
uma mulher se torna tão completamente afinada consigo mesma.
Que conhece tão  bem a si mesma, atualiza, e se realiza que se torna totalmente divina, e
como ela se torna divino, ela resgatará o restante desses homens coxos, assim como Eva,
totalmente divina, resgatou o pobre Adão. ”
De fato, complicando o relato da criação, os textos gnósticos nos dizem que a dama
sabedoria era a Eva celestial.
Havia uma mulher mística e celestial chamada Eva celestial, que é igual a Mãe sabedoria –
ela é a fonte de toda sabedoria.  Ela entrou na cobra no jardim e ensinou a Adão e Eva o
verdadeiro caminho da salvação.
A cobra, então, não é chamada de tentador. A COBRA NA LITERATURA GNÓSTICA É O
INSTRUTOR.  A cobra é a sabedoria suprema.  A cobra era mais sábia do que qualquer
outra pessoa.
A serpente, diz na literatura gnóstica, é o REDENTOR, porque é a mulher encarnada que
vem na Eva celestial e ensina a verdade sobre a AUTO-REALIZAÇÃO.
O que é AUTOREALIZAÇÃO, é tornar-se divino, que o livra de ser escravizado pela
matéria. Eles também dizem o seguinte: “a serpente no Jardim é o verdadeiro Cristo, o
verdadeiro reflexo de Deus”.
Então, eles pegam a história redentora e a colocam de cabeça pra baixo como a cruz
satanista em uma massa negra.
Deus é mau. A serpente no jardim é o verdadeiro Cristo. O Cristo no Novo Testamento, o
reflexo de Deus, é igualmente mau.
E Ele não é o verdadeiro Cristo, porque o verdadeiro Cristo, o verdadeiro espírito de Cristo,
está na serpente, é a Sabedoria da Dama.
Agora, novamente, eu digo, é difícil definir todas essas coisas.  É coisa mística. Mas você
pode ver, não tanto pelo que é, pela clareza, mas pelo que ataca, certo?  Ataca Deus,
Cristo, a Bíblia, criação.
Embora apanhados na matéria, eles dizem – os gnósticos – a humanidade mais uma vez
pode se tornar parte do todo universal por um processo de auto-realização.
Eles dizem no próprio livro de Gênesis: “A falta de auto-realização é realmente o problema
que o homem tem”.
E a Bíblia diz que o problema do homem é o pecado. E que a raiz de seu pecado é sua
AUTO-PREOCUPAÇÃO.  Então eles mudam isso completamente.
Portanto, o coração e o núcleo da religião gnóstica são a consubstancialidade do eu com
Deus.  Você se transforma em Deus.  Você é o único Deus que existe.
Você entra em sintonia consigo mesmo, eleva-se; em sua AUTOESTIMA, em seu
AUTOCONHECIMENTO, AUTO-REALIZAÇÃO – o que você quer, é assim que você se
torna Deus.
Você apenas dá total influência ao seu próprio desejo.  Portanto, a situação humana não é
porque temos ofensas morais contra Deus, mas ignoramos o potencial humano.
Escute isso.  Eles dizem que a obediência que levou Jesus Cristo à cruz não tem
significado.  De fato, havia um homem chamado Jesus que morreu na cruz, mas isso é
tudo o que os cristãos estúpidos sabem disso.
O que eles não sabem, de acordo com os escritos gnósticos, é que o verdadeiro Cristo, o
verdadeiro espírito de Cristo, estava sentado no galho de uma árvore, observando o Cristo
na cruz e rindo dele.
Deixe-me ler você do APOCALIPSE GNÓSTICO DE PEDRO, sec II.
“Aquele que você viu na árvore alegre e rindo, este é o Jesus vivo.  Mas aquele em cujas
mãos e pés dirigem as unhas é a parte carnal, que é o substituto que se envergonha,
aquele que veio a existir à Sua semelhança.
Seja forte, pois você é aquele a quem esses mistérios foram dados, para conhecê-los
através da revelação de que Aquele que eles crucificaram é o primogênito e o lar dos
demônios. Ele é o Salvador vivo.”
O Cristo terrestre é um demônio.  O Cristo espiritual e místico, na árvore rindo, é o
verdadeiro Cristo.
Além disso, eles disseram: “Como o verdadeiro Cristo nunca morreu, não há ressurreição.
A redenção, então, não é uma transformação graciosa e milagrosa de uma pessoa através
do sacrifício de Cristo; redenção é AUTOCOMPREENSÃO,AUTO-ATUALIZAÇÃO, ou seja,
dando poder a qualquer coisa que você queira. “Sair das restrições, sair dos limites, sair da
prisão, ser livre.
Peter Jones escreve que “os crentes gnósticos são salvos quando percebem quem são,
uma parte do divino, possuindo dentro de si o reino, capaz de qualquer coisa, sem
limitação pelas tradições humanas, estruturas criacionais ou leis divinas.
Segue-se que parte da AUTO-REDENÇÃO é a rejeição de normas éticas e bíblicas e a
promoção da distorção da sexualidade bíblica “, citação final.
Na verdade, eles dizem que quando uma pessoa chega ao AUTOCONHECIMENTO
completo, ela se torna outra pessoa viva; um cristo.
E como a serpente tinha esse conhecimento, a serpente que era a mulher também é a vida
– o verdadeiro Cristo vivo.
Tudo retorcido, pervertido.O gnosticismo é a blasfêmia da distorção satânica da verdade de
Deus.  A Bíblia diz que Deus é um Deus bom, e Ele é o Deus soberano.
Os gnósticos negaram e blasfemaram Seu nome.  A Bíblia diz que Cristo é o Deus vivo,
encarnado em carne.
Os gnósticos criticaram, blasfemaram Seu nome.  A Bíblia diz que a cobra era um
tentador.  Dizem que a cobra é a sabedoria personificada, queé o instrutor.
A Bíblia diz que Jesus morreu na cruz pelos seus pecados. Os gnósticos dizem que o
Jesus que morreu na cruz era uma piada.
Obviamente, essa é a heresia mentirosa de Satanás para confundir a verdade de Deus –
essa coisa blasfema foi que o apóstolo Paulo escreveu contra, em suas epístolas no Novo
Testamento.
É a doutrina dos demônios dos espíritos sedutores.  Isso não foi inventado por Gloria
Steinem e Bella Abzug; isso foi inventado nos poços do inferno, milênios atrás.

O papel do feminismo no gnosticismo.


Agora, para o elemento central disso, e essa é a questão do feminismo.  Qual o papel do
feminismo no gnosticismo?  Bem, desempenhou um papel muito, muito importante.
Como já lhe disse, Eva foi o salvador de Adão e, além disso, a Eva espiritual ou celestial foi
a personificação da sabedoria na serpente que se tornou o instrutor. E assim sua instrução
se propõe a salvar os homens.
Mas vamos dar uma olhada em outras coisas.  No sistema gnóstico, Eva domina Adão e os
papéis sexuais são totalmente alterados.
E você pode entender isso porque, veja bem, Satanás quer rasgar totalmente a ordem
criada por Deus.  Eles escreveram, os primeiros gnósticos, que o revelador divino era
feminino.
O revelador divino diz, deixe-me citar, “eu sou andrógina.  Sou pai e mãe desde que eu
possa copular(ter relação sexual) comigo mesma.
Eu tiver relação sexual comigo mesmo e com aqueles que me amam, e é através de mim
sozinho que tudo se mantém firme.
Eu sou o ventre que dá forma a todos, dando à luz a luz que brilha em esplendor.Eu sou a
eternidade por vir. Eu sou a realização de tudo, isto é, a glória da mãe.
Agora, toda essa conversa dupla é a conversa da ANDROGINIA DO GNOSTICISMO.
Isso significa eliminar toda distinção sexual.  Existem textos gnósticos nos quais Deus, o
Criador, é castigado por um poder feminino superior, e é a Eva celestial chamada Sophia, a
Dama da sabedoria.
E Deus, o Criador, disse o gnóstico, Deus, que sub-deus demiurgo que criou
estupidamente tudo, finalmente aprendeu que o temor doSenhor é o começo da sabedoria.
Em outras palavras, ele aprendeu a temer a SOPHIA FEMININA, de modo que o Deus da
Bíblia agora está com medo do deus feminino Sophia.
A feminização então desse deus superior, a Sabedoria, levou diretamente à ordenação das
mulheres. A ORDENAÇÃO DAS MULHERES surgiu primeiramente como uma libertação
da feminização da divindade.
O antigo gnóstico, conhecido pelos estudantes de história da igreja, chamado Marcion, foi
excomungado da igreja em A.D. 150.
Ele tinha sua própria bíblia. Ele então estabeleceu sua própria igreja na qual designava
mulheres como bispa epastoras.
No GNOSTICISMO VALENTINIANO, as mulheres funcionavam como professoras,
evangelistas, curadoras, padres, talvez como bispos.
Esse movimento na igreja para colocar as mulheres em papéis de liderança espiritual é
simplesmente um reflexo desse mesmo tipo de atitude religiosa.
Em suma, o gnosticismo rejeita o Deus criador das Escrituras como cego, invejoso e
malicioso, sem hesitar em cometer a blasfêmia mais hedionda de todas.
Os gnósticos até chamavam o Deus da Bíblia de verdadeiro diabo.  Para o verdadeiro
gnóstico, o verdadeiro Deus, quem quer que fosse essa força, era incognoscível,
impessoal, intocável, algum tipo de soma unificada de partes separadas, uma espécie de
força panteísta.
Mas eles disseram isso: “O ser divino, porque ele é totalmente impessoal, intocável,
apenas essa grande força, é melhor expresso pela androginia, que é o fim das distinções
masculinas e femininas”.
O ideal para o gnóstico era tornar-se sem sexo (Feminino x masculino), uma recusa radical
da diferenciação sexual e uma completa confusão da identidade sexual no papel
pretendido por Deus. Aqui está base da IDEOLOGIA DE GÊNERO.

Destruir a ordem moral de Deus.


Veja, é assim que Satanás sempre tentou destruir a ordem moral de Deus no mundo.   E
atacar a família, é claro, causa o maior dano.
A inversão diabólica de tudo é a abordagem de Satanás.  Destrua a ordem criada por
Deus, destrua a integridade das Escrituras, destrua o caráter de Deus, destrua o nome de
Cristo.
E, amado, estou lhe dizendo que é isso que está por trás do Movimento Feminista de hoje.
Este não é um acordo caprichoso que surgiu no século XX por algumas mulheres que
queriam tirar o avental e comprar uma maleta.
Isto não é isso.  Isso não é algo que foi inventado por mulheres que queriam abortar seus
bebês e entrar nos corredores corporativos e nos banheiros executivos.
Esse pensamento da Nova Era, como é chamado hoje, não passa de gnosticismo.  NEW
AGE é uma nova maneira de falar sobre o gnosticismo antigo.  E o cerne disso é que o
poder feminino é a chave da salvação.  O culto à deusa está de volta.
Shirley MacLaine, certamente não é inteligente o suficiente para ter inventado tudo isso,
mas não é inteligente o suficiente para evitar se tornar um pateta para Satanás.
Ela escreveu um livro chamado Going Within (indo para dentro), e em seu livro ela escreve
esta dedicação: “Dedicado a Satche, mãe, Kathleen e Bella e todas as outras mulheres e
homens que buscam o feminino espiritual em si mesmos”.
Macho é matéria; a matéria é masculina; a matéria é má, o homem é mau. Feminino é
espírito; feminino é espírito; o espírito é feminino; e isso é bom.
A propósito, se você olhar para o HINDUÍSMO, verá de onde vêm algumas dessas coisas
porque o salvador no hinduísmo é uma deusa.
O feminismo radical hoje está sendo movido pela ideia de que as mulheres devem ser
libertadas, e elas podem resgatar a humanidade, podem salvar a humanidade.
Estes são os filósofos que dirigem o movimento, que é basicamente religioso.
O Deus Criador de Gênesis, o sub-deus tolo, tem que ir. Ele é homem, tirânico; Ele nega
liberdades humanas básicas; Ele exige obediência total; Ele ameaça a punição por más
ações.
Consequentemente, o pecado original não pode ser encontrado no homem, disseram elas,
mas em Deus. E nós temos que nos livrar desse Deus pecador.
A libertação feminista nos liberta de Deus e de todos os Seus maus valores masculinos,
como casamento, fidelidade, família, autoridade, moralidade.
A SERPENTE EVA QUER NOS LIBERTAR, e o Deus da Bíblia é um tirano ciumento que
quer ficar no seu caminho.
Então, quando você ouve sobre os religiosos e teólogos; decidindo mudar o nome de Deus
na Bíblia e colocar “ELA”, fique sabendo que isso não é um artifício humano para
simplesmente fazer as mulheres se sentirem melhor consigo mesmas.Esta é uma religião
satânica, tão satânica quanto a cruz satânica.

O Feminismo e o movimento Nova Era.


Assim como no antigo gnosticismo – o Movimento da Nova Era hoje – prega que o objetivo
da libertação é a reversão total de todos os valores ordenados por Deus. É por isso que é
tão indispensável que os cristãos sejam sugados por isso.
“Eu encontrei Deus em mim mesmo e me amei ferozmente”, disse a teóloga católica
romana Carol Crist.  “Encontrei Deus em mim e a amei ferozmente.”
Nessa declaração simples temos ideia do negócio todo.  Onde está deus. Em mim mesmo.
O que é Deus? Feminino, e eu sou um com Deus.  E ela encontrou Deus em si mesma
com libertação de todas as restrições bíblicas.
O caminho para a Nova Era envolve destruir a diferenciação bíblica entre homens e
mulheres.  Isso é feminismo da Nova Era.
Tomemos, por exemplo, o livro de Charlene Spretnak, autor da Nova Era, The Politics of
Women’s Spirituality, publicado por Doubleday – a propósito, o mesmo editor que publicou
a série Anchor Bible Commentary.  Eles estão publicando a Palavra de Deus e a de
Satanás ao mesmo tempo.
Este livro, The Politics of Women’s Spirituality, é um livro que pede o fim da religião judaico-
cristã e o apelo é que acabaremos com a religião judaico-cristã por um movimento
feminista nutrido no culto às deusas, paganismo e bruxaria que consegue derrubar o
domínio global dos homens.
O feminismo quer vingança. Elas querem sangue.Essa é a ideologia do filme da Mulher
maravilha, que é filha de Zeus e vai salvar os homens.

A verdadeira ideologia do feminismo.


Seu objetivo ideológico real, porque é o objetivo de Satanás, é absolutamente apagar
qualquer lembrança da estrutura criacional e da moralidade bíblica.
Esse é objetivo do movimento, elas dizem: Você quer saber, daqui a duas gerações, se
alguém saberá o que é moralidade bíblica?
Ah, mas eles podem ler a Bíblia antiga e ver como ela era, mas certamente terão
dificuldade em procurar pela cidade para encontrá-la.
E aqui cristãos os cristãos desavisados veem ou apoiam esse movimento feminista como
se fosse algo inofensivo.
E até defendem “Bem, temos o direito de trabalhar e não devemos ficar confinados em
casa – e tenho o direito de me expressar completamente…”.
Tolas são as mulheres e homens que são convencidos por esses argumentos,
aparentemente corretos.
A deputada e Historiadora; Ana Campagnolo, lançou um livro Feminismo: Perversão e
Subversão; mostrando as falácias do feminismo, e faz isso de forma critica e inteligente.
George Gilder é um escritor norte americano de destaque.  Ele não reivindica ser cristão,
mas ele entendeu a agenda feminista.  Ele já foi um pensador feminista, mas desde 1973
ele percebeu qual é a agenda deles e escreveu sobre isso.
É o que ele diz: “Os membros revolucionários do Movimento de Mulheres dizem que
nossos relacionamentos sexuais são fundamentais para todas as nossas outras instituições
e atividades.
Se alguém pudesse mudar profundamente as relações entre os sexos, como afirmam,
poderia transformar radical e irreconhecivelmente a sociedade”, citação final.
Absolutamente correto. A verdadeira agenda satânica é destruir a sociedade humana. Não
é apenas rasgar a família em pedaços e destruir casamento para que Deus não tenha
meios de passar sua justiça de uma geração para a próxima.
Sem o papel da família. Não há ordem moral mantida na sociedade.  Não há mais valores
éticos.  E a maneira como você faz isso é SEXUALMENTE.
Você simplesmente destrói todas as normas de “padrão sexuais”, para que ninguém saiba
como alguém deve estar relacionado a alguém, mas todo mundo é livre para fazer o que
quiser e é assim que se torna divino.
Gilder afirma com razão que, citação: “A sexualidade não é simplesmente uma questão de
jogos que as pessoas jogam, é uma das poucas questões verdadeiramente sobre a vida e
a morte da sociedade”.
Ele alerta que, se a agenda feminista, mesmo sua versão mais moderada, for realizada,
diz: “Nossa sociedade está condenada a anos de desmoralização e anarquia,
possivelmente terminando em um estado policial”, finaliza a citação.
Nossa sociedade está fazendo exatamente o que está em Romanos 1 – acontece com
uma sociedade quando Deus os entrega.
O que diz que Deus os entregou?  E o que eles fizeram?  Mulheres com mulheres fazendo
coisas que não são imagináveis, e homens com homens fazendo coisas que não são
imagináveis.
É o que acontece com uma sociedade sob a ira de Deus.  Deus os deixa ir, e eles estão
seguindo o caminho das mentiras satânicas.
Jogar-se nas mãos de mentiras satânicas tem sido o trabalho dos governos. A agenda
governamental de muitos países está trabalhando duro, para implementar essa agenda
satânica.
Nosso governo anterior no Brasil com o PT, O governo anterior nos Estados Unidos, a
ONU, e os países governado pelos “partidos de esquerda” estão fazendo tudo o que
podem para eliminar todas as diferenças de gênero.
Essa não é uma questão de liberdade constitucional. Essa é uma questão de religião
satânica.
E essa é foi a agenda de Hillary (EUA), dos partidos de esquerda na américa latina e no
Brasil; a propósito, caso você não tenha notado, nossa ex-presidente era uma feminista e
tentou implantar essa agenda.
A homossexualidade é a companheira do feminismo por causa da androginia.  A
homossexualidade está desenfreada – nenhuma sociedade pode sobreviver a isso. O
Império Romano não sobreviveu.
Todo esse sistema está indo direto ao poço, destruindo sexualmente a ordem de Deus,
destruindo famílias, destruindo o casamento, blasfemando contra Deus, blasfemando
contra Cristo, exaltando a serpente.
Um certo autor sugeriu que o ANTICRISTO poderia ser uma mulher se continuarmos do
jeito que estamos indo. E o apostolo João chamou os mestres do gnosticismo de
anticristos.
Satanás é muito bem-sucedido com isso.  Al Gore escreveu um livro chamado Terra na
Balança: Ecologia e o Espírito Humano.
Peter Jones escreve sobre esse livro: “O envolvimento de Gore na ecologia é uma
expressão de sua crença na conexão de todas as coisas, no grande valor de todas as fés
religiosas e na sua esperança de que a adoração das deusas pagãs antigas nos ajude a
trazer para o planeta a salvação pessoal”.
É inconcebível que essas pessoas se intitulem crentes.  Não, não é inconcebível. Cristãos
sem discernimento sendo vítimas dessas heresias infernais; a destruição não é contida
pela igreja – a igreja se uniu a ela.

O verdadeiro papel da mulher.


Não há dúvida sobre qual é o papel da mulher; não há dúvida de qual é o papel de um
homem.  Veja o nosso texto novamente.  O que Deus projetou para uma mulher?
Versículo 4: “Amar seus maridos, amar seus filhos, ser sensatos, puros, trabalhadores em
casa, bondosos, sujeitos a seus próprios maridos, para que a palavra de Deus não seja
desonrada“.
Isso é muito claro. Teremos muitos problemas sugerindo esse tipo de coisa.  Tente se
posicionar nessa cultura e dizer: “Mulheres, você é instruído a amar seu marido e a seus
filhos, a trabalhar em casa e a estar sujeito a seu marido“.
Você será odiado.  Quero dizer, você pode estar em apuros apenas ouvindo, lendo isso,
muito menos comentando sobre isso.
E talvez muitos não vão estão gostando dessa abordagem.  Mas saiba de que lado você
está.
Deus estabeleceu Seus padrões.  Eles não são negociáveis.  E eu vou lhe dizer isso, se a
igreja não acordar logo e obedecer a Palavra de Deus, tudo estará perdido.
Não precisamos ser vítimas disso. Você não precisa de um mestrado para descobrir o que
significa amar seu marido, amar seus filhos e trabalhar em casa.  Quão difícil é isso?
A propósito, não há qualificadores por lá, nem advertências, nem notas de rodapé. É
exatamente o que diz.  Vá para casa, submeta-se ao seu marido, tenha filhos, crie-os em
piedade, cuide da sua casa.
E é isso que as mulheres mais velhas devem ensinar às mulheres mais jovens. Eles devem
ensinar não apenas com a boca; eles devem ensiná-lo com a vida.
Estou lhe dizendo, o que eu venho dizendo constantemente e está se tornando tão
vividamente verdade.  O que há de errado com o Brasil?
A ira de Deus está sobre nosso país. Deus nos entregou as nossas próprias
concupiscências, e a evidência disso é essa inversão de papéis sexuais que Paulo falou
em Romanos, capítulo 1, versículo 26.
Estamos vivendo em Romanos 1. Você precisa saber disso porque precisa entender com o
que estamos lidando.  Isso faz parte da responsabilidade da advertência que eu como
pastor tenho.

CONCLUSÃO: Quero concluir orando. Curve sua fronte:


Pai, chegamos a ti nesta hora depois e analisarmos esses pensamentos muito
assustadores.
Deveríamos saber que:Lutamos não contra carne e sangue, mas contra os principados e
poderes, os governantes das trevas da maldade espiritual deste mundo.
Não estamos apenas brincando com as filosofias humanas. Essas coisas são doutrinas de
demônios, de espíritos sedutores vindos de mentirosos hipócritas.
Devemos saber que Satanás é o arquétipo e blasfemador, e que mais do que tudo ele quer
blasfemar contra o Senhor e blasfemar contra Cristo e blasfemar contra as Escrituras.
E, portanto, não estamos surpresos ao olhar para uma filosofia que é a inversão de tudo
que Tu és, tudo o que Cristo é; tudo o que as Escrituras dizem.
Pai, ajude-nos a não nos conformar com este mundo, sermos pressionados no molde do
mundo, sugado por esse pensamento herético.
Ajuda-nos, Senhor, a Te obedecer. Ajude as mulheres de nossa igreja e os homens a
serem tudo o que o Senhor os designou.
Ajude-nos a preservar a justiça em casamentos e famílias piedosas, para ser uma
influência restritiva em uma cultura que desce do precipício ao julgamento.
E, Senhor, sabemos que isso é essencial para a bem-aventurança interna da igreja e
também para o testemunho externo.
Não conheceremos alegria, bênção e realização se não vivermos de acordo com os seus
padrões – nem teremos testemunha no mundo.
Devemos viver como o Senhor prescreveu ou não poderemos honrar Sua Palavra, não
podemos silenciar os críticos, não poderemos adornar o ensinamento de que Deus é um
Deus salvador.
Então, Senhor, pedimos que o Senhor chame Sua igreja – não apenas esta igreja, mas
Sua igreja – de volta a um entendimento bíblico do papel das mulheres para que possamos
ser fiéis.
E, Senhor, eu oro por toda mulher querida que está aqui, que pertence ao Senhor Jesus
Cristo, para que ela esteja em seu próprio coração, disposta a trazer tudo, por assim dizer,
diante do Seu trono e procurar que o Senhor a faça a mulher que ela deveria ser.
Para cada homem eu oro e por mim mesmo, para que possamos conhecer a alegria da
obediência e que possamos ter o privilégio de uma testemunha eficaz.
E perdoe-nos, Senhor, por nossos muitos fracassos em ser o povo que O Senhor Deus
quer que sejamos, para mostrar sua glória e seu poder. Em nome do nosso Salvador,
pedimos, O Cristo-Homem, nosso Senhor e Salvador.

[i]
[i] Sermão Adaptado de John MacArtur; disponível em https://www.gty.org/library/sermons-
library/56-14/gods-plan-for-younger-women-part-1

Sermão Nº 16 – Que tipo de mulheres a igreja deve ter (Parte III).


Referência: Tito 2:4-5.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 25/09/2019.

INTRODUÇÃO
Deus tem um projeto magnífico e maravilhoso para as mulheres. É um plano que cumprirá
o propósito da criação.
A intenção de Deus com esse mandamento é maximizar a singularidade da mulher,
tornando-a uma benção para sua família e para o mundo e isto trará satisfação plena para
a sua própria vida e glória ao nome de Deus.
E esse design é indicado brevemente nesses dois versículos. Aqui a instrução é o desígnio
de Deus para as mulheres da igreja.
Deus ordena isso para que a igreja possa ter um testemunho poderoso e para que Deus
possa ser glorificado e Sua Palavra honrada.
Há momentos e lugares na história da humanidade em que essa seção específica das
Escrituras seria comumente acreditada, mesmo na cultura, onde não haveria uma reação a
nenhuma dessas coisas – seria a norma aceita para a sociedade.
Já em nossa cultura, o que está sendo dito nesses versículos para as jovens é exatamente
o oposto do que as jovens estão sendo ensinadas.
Hoje, as jovens estão sendo ensinadas a amar quem quiser, cultivar seus filhos com outra
pessoa, não se preocupe em ser sensata, faça o que lhe agrada, não se preocupe em ser
pura, realize seus desejos físicos e luxuriosos.
Não trabalhe em casa, trabalhe fora de casa, não se preocupe em ser gentil, faça o que
quiser. Toma o seu lugar debaixo do sol. Cuide de você, e de mais ninguém.
Quando isso entra na igreja, portanto, desonra a Palavra de Deus. Quando um cético ler
esses versículos que diz que as mulheres jovens devem “amar seus maridos, amar seus
filhos, ser sensatas, puras, trabalhadoras em casa, bondosas e sujeitas a seus próprios
maridos”.
Ele ler a bíblia e olhar para a igreja, ele terá uma conclusão muito simples: “Vocês cristãos
dizem que acreditam na Bíblia, por que suas mulheres não vivem assim?”
Veja, isso traz descrédito nas Escrituras; pois afirmamos que cremos nelas, mas vivemos
como queremos. E pior ainda; vivemos, conforme a cultura mundana exige; que é
basicamente controlada por Satanás.
Assim, uma igreja saudável com cristãos saudáveis será uma testemunha no mundo
porque suas jovens mulheres modelam suas vidas de acordo com o que a Palavra de Deus
diz.
Então, você precisa entender o motivo de tudo isso e as implicações disso. Se a igreja
continuar a ser vítima da conspiração satânica do Movimento Feminista, estamos
permitindo que Satanás destrua a prioridade, a pureza e a integridade da igreja.
Também é preciso dizer que temos uma nova geração de moças que desde o início
aprenderam o contrário disso. Elas não foram orientadas por pais piedosos.
Por isso temos uma segunda geração de mulheres influenciadas pelo Movimento
Feminista, e esse texto contraria tudo o que elas aprenderam, nas universidades e nas
mídias e nos fóruns de debates.
E foi por isso que fizemos o que fizemos na semana passada, estabelecendo algumas
bases históricas para a exposição de hoje.

OS MANDAMENTOS PARA AS MULHERES.


O apostolo Paulo preliminarmente diz que serão as mulheres mais velhas que vão
“ensinar”, “educar” e “treinar” as mulheres mais jovens a obedecer a esses mandamentos.
Uma mulher virtuosa ou prudente (Pv 31); é exaustivamente treinada, construída, educada,
ensinada, não nasce da noite pro dia.
Por isso as moças são por ordem divina, desde cedo matriculadas na escolha das mais
velhas. Elas estão sob o ensino e a autoridade das idosas.
Qual foi o CURRÍCULO de prioridades que o Espirito Santo na pedagogia divina criou para
a educação das mulheres mais nova na família cristã?
Ele omite muitas coisas que a CULTURA MODERNA gostaria que estivesse no topo da
lista; como: as realizações acadêmicas e profissionais, o cuidado com o corpo, a moda e a
beleza feminina.
Em sete matérias o Espirito Santo cobriu todo o círculo dos deveres de uma jovem esposa
Considerando os verbos imperativos que o Espirito Santo usa nesse texto, devemos ter
esses comandos em alta prioridade.
A obediência a esses comandos pelas mulheres cristãs pode revolucionar o mundo. E essa
é a causa dos MALES SOCIAS do nosso tempo. Como disse o capelão, “as mãos que
embalam o berço, governam o mundo”.
O feminismo, começou com pequenas reuniões nos lares e depois mudou o mundo
ocidental.
Assim também o simples viver piedoso das mulheres cristãs no lar poderá causar um
impacto poderoso lá fora no mundo.
Vejamos esses comandos poderosos dado as mulheres mais novas. 
 
1) Elas devem aprender a serem prudentes (v.4).
O primeiro desejo de Deus é que a jovem seja sóbria, sábia, de mente sã, prudentes,
discretas e cheias de discernimento, e que tenha autocontrole.
O primeiro elemento, então, na educação de suas filhas é a sabedoria ou prudência; pois
sem uma disposição humilde não há o que aprender.
A Escritura começa exatamente na questão nuclear. E se não começasse pela sábia
prudência, e começasse com qualquer outro elemento, começaria o ensino da maneira
errada, e então não teria resultado algum, todo o resto da matéria que Paulo vai abordar.
Essa sabedoria ou prudência não é facilmente definida, mas aparecerá em todo o caráter e
conduta de sua vida futura; permitirá que evitem as armadilhas e seduções do mundo e
saberão se comportar de maneira digna que glorifique a Deus.
Essa sabia prudência se opõe à imprudência, ao egoísmo entusiástico, aos sentimentos
impulsivos e desregrados comum a uma a mente jovem, e especialmente a mente
feminina, que são naturalmente inclinadas.
2) Elas devem aprender a amarem seus maridos (v.4).
O mandamento que ordena as mulheres a amarem seus maridos, no grego é   expresso em
uma única palavra (Philandros) e tem várias implicações; vejamos:
(a) Ela deve ser amante do marido.
A palavra empregada aqui é “philandros”, significa; “ser amante do marido”.
Elas devem amar seus maridos, pois sem isso a casa se tornará um pandemônio, e a
corrupção e a impureza encherá a terra.
O amor delas pelos maridos deve ser ardente e imutável, não rendendo nem à sedução de
estranhos, nem à frieza e negligência do marido em casa.
O amor é um mandamento que não pode ser violado e nem ser quebrado pelo divórcio. Só
a morte pode quebrar esse vínculo.
Na antiga Boeotia (uma cidade da Grécia) quando uma noiva era transportada para a casa
do marido, as rodas do veículo em que ela viajava para lá eram queimadas nas portas,
como uma sugestão de que elas não seriam necessárias novamente
O amor entre os cônjuges é um mandamento e não uma sugestão e nem simplesmente um
sentimento. Este amor é aprendido, cultivado e desejado.
Amar ao marido é uma ordem dada por Deus, antes mesmo de amar os filhos. Muitas
mulheres fazem essa INVERSÃO DE VALORES, e colocam os filhos, trabalho, talentos na
frente do esposo. Isso tem sido a grande causa do esfriamento do amor dos casais.
Muitos casamentos acabam depois dos primeiros filhos, onde a mulher despreza o marido
em detrimento do filho. Um erro comum que expressa bem isso é colocar a criança para
dormir entre o casal.
Assim como uma boa esposa cultiva o amor pelo marido, para que todos os dias aumente
o volume de sua afeição, assim a mulher é solicitada a promover e demonstrar amor por
Cristo.
Lemos na história como, quando Edward I foi ferido por uma adaga envenenada, sua
esposa Eleanor, pelo profundo amor que ela teve pelo marido, sugou a ferida envenenada
e, assim, arriscou sua própria vida para salvar a dele.
Tal amor você deve cultivar para Cristo. Se Ele é ferido pelas línguas venenosas dos
ímpios, pelas censuras.
O amor da esposa pelo Marido é expresso no amor que a igreja tem por Jesus. A forma
como ela o marido ela também amará a Cristo.
(b) Ela dever ser amiga do Marido.
A palavra grega: (philandros) é derivada de philos que significa amigo ou companheiro ou
que ama como amigo mais íntimo; e que não consegue odiar o objeto do amor; o marido.
Esse amor amigo é ultracircunstancial. O verbo no tempo presente, expressa que o tipo de
amor que esse mandamento exige é algo continuo e racional, e não simplesmente
sentimento.
A voz ativa, sugere que esse amor é voluntario e abnegado. A mulher cristã é uma mulher
bem resolvida. O amor dela pelo marido é acima de tudo uma escolha voluntaria.
Ela ama seu marido independente do que ele é e faz. Ela demonstra um amor determinado
e disposto que não se baseia na dignidade do marido, mas nas instruções de Deus para a
ordem no lar.
O modo imperativo do verbo revela que ela nutri um amor inegociável, ela ama a Deus e
por isso obedece o mandamento de amar seu marido.
Toda a devoção e admiração da mulher é para seu marido e nunca para nenhum outro
homem.
O maior objeto do amor da mulher é o marido e ninguém mais. Esse amor vê no marido
toda a afetividade e doçura, que ela oferece sem esperar receber nada em troca.
Esse amor não negocia suas dadivas, seus carinhos, seus desejos. Ela não faz chantagem
emocionais e nem sexuais. Ela graciosamente oferece sem merecimento algum.
Interessa-se por tudo o que diz respeito ao seu marido. Quando ele fala, ela ouve. Quando
ele estiver deprimido, ela tenta animá-lo. Quando ele é exultante, ela participa de sua
alegria.
Quando ele estiver sobrecarregado com o trabalho, ela vê se pode ajudá-lo; e certamente
nunca, em momentos tão conturbados e ansiosos, ela aumenta seu fardo por qualquer
desordem doméstica.
Lutero tinha uma esposa assim, Katarina. Ela entrava no entusiasmo dele. Ela leu e
valorizou seus livros. Ela o cercou com a atmosfera revigorante do amor verdadeiro. Ela o
ajudou em seu trabalho.
Ele escreveu mais de 500 obras, e sempre pensando que sua mulher leria seus livros e
falaria deles para todo mundo. Não seria exagero afirmar que o grande reformador foi
motivado pelo amor de sua Esposa.
(c) Ela deve desejar seu marido.  (philandros) é um adjetivo que descreve mais
literalmente uma mulher que “gosta de homem”, que gosta da masculinidade do marido.
Ela gosta do homem viril que o marido é.
Nesse sentido positivo essa palavra descreve toda a doçura do relacionamento de
intimidade da esposa e do marido.
Aqui está o ponto mais nevrálgico do relacionamento conjugal: a vida de intimidade.
A vida sexual do casal é algo muito valioso para o casamento. Ele é uma dadiva criada
exclusivamente para delicia e crescimento dos cônjuges.
O movimento feminista e a pornografia mudaram os conceitos e a estrutura psicológica que
envolve a sexualidade do casal.
A mentira satânica por traz do movimento feminino, na busca da AUTOREALIZAÇÃO,
tornou a relação hétero machista e insatisfatória.
A pornografia tornou a mulher um objeto sexual a ser consumido e vítima de violência e
xingos pecaminosos.
Marido e mulher dever cuidar de sua intimidade. Mas aqui o mandamento exige das
mulheres “sejam” e “que são” naturalmente sensuais, com toda santidade e beleza devem
zelar mais especificamente da intimidade com o marido.
A intimidade criada por Deus é algo mais extraordinário que o ser humano conhece (Hb
13.1). “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se
dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará”.
Absolutamente nada, mas absolutamente nada pode dar tanto prazer ao cônjuge como a
intimidade.
A intimidade é mais que simplesmente relacionamento sexual. É uma entrega total e
demorada, com devoção total, com admiração venerada; com confiança inabalável; prazer
extasiante; um arrebatamento de sentidos.
Intimidade envolve mente e corpo; alma e espirito; desejo e paixão; conhecimento e
aprendizagem.
Envolve lentamente toques físicos e caricias em todo o corpo, e mais demoradas em áreas
de maior excitação.
A intimidade criada por Deus está cheia de palavras de devoção; admiração; e confissão
apaixonante.
A intimidade é algo tão gracioso, que Deus se utilizou de um livro inteiro da Escritura para
falar exclusivamente dela; Cantares. Veja como o amante descrevem um ao outro, como as
sensações são ouvidas com uma simples leitura.
Satanás tem roubado toda a beleza da intimidade, contando suas mentiras para as
mulheres cristãs. As solteiras ele diz: se entrega para seu namorado, o sexo é gostoso. As
casadas ele diz: não tenha intimidade com seu marido, é custoso é chato e humilhante.
A falta da realização na intimidade tem tornada as mulheres, cansadas emocionalmente,
insatisfeitas, desanimadas, depressivas e sem perspectivas.
A intimidade criada por Deus, traz inumeráveis benefícios em todas as áreas do casal.
Melhora a qualidade de vida, sendo uma força motivacional inigualável.
A intimidade é um excelente antidepressivo, antiestresse; e ansiolítico poderoso, melhora o
sistema imunológico, melhora pele e cabelo, bom para o coração; ajuda as emoções,
melhora o sono, ajuda na memória, melhora a autoestima…

3) Elas devem aprender a amarem seus filhos (v.4).


O termo Gr “philoteknos”, que amem as crianças. O grande desejo de Deus é que as
mulheres sejam mães. E o termo grego aparece no plural, ou seja, que tenha mais de um
filho. Todo crescimento familiar passa pela maternidade.
A intensidade do afeto materno foi ilustrada na observação de um menino que, depois de
ler o livro “O peregrino” de John Bunyan, perguntou à mãe qual dos personagens ela mais
gostava.
Ela respondeu: “Cristão, é claro: ele é o herói da história”. O querido filho respondeu: “Mãe,
eu gosto mais de Christiana, porque, quando Cristão partiu em sua peregrinação para a
cidade celestial, ele foi sozinho; mas, quando Christiana começou sua caminhada, ela
levou consigo as crianças”.
A cultura satânica do FEMINISMO foi quem influenciou algumas mulheres cristãs a não
quererem ter filhos, pois impede o crescimento e a autorealização delas.
O feminismo produziu uma mentalidade em muitas mulheres, onde os estudos acadêmicos
e o sucesso profissional são prioridades e não o ter filhos.
Considerando o mandamento que ordena a amar os filhos; pode-se perguntar: mas não é
natural a mãe amar seus filhos? Esse amor não é natural? Então onde está a necessidade
de ensiná-lo?
Não podemos nos esquecer que o comportamento dos ímpios pode facilmente ser
copiados pelo povo de Deus, como a própria história testemunha.
Onde o comportamento ímpio da sociedade erradicou muitos princípios cristãos e o povo
de Deus acabou se tornando mais depravados e insensíveis do que os brutos irracionais.
Por exemplo, porque a maioria dos presidiários são filhos de pais cristãos? Porque muitas
das líderes influentes do feminismo são filhas de crentes? Porque muitos dos defensores
da ideologia de gênero são filhos de pais cristãos?
Vejamos pelo menos dois perigos que tem causado essa tragédia nas famílias da igreja e
na sociedade.
(a) O perigo da superestimação. Quando o amor pelos filhos se torna superveniente,
idólatra e excessivo.
A idolatria cria um sentimento de SUPERPROTEÇÃO que atrasa o desenvolvimento da
criança e cria dependência emocional e inibi a capacidade de tomar decisões.
Elas então não conseguem lidar com as frustrações da vida, não desenvolvendo
maturidade emocional, se tornando adultos, desajustados, egoístas, frouxos e facilmente
influenciáveis.
Quando a vida dos pais gira em torno das crianças e não o contrário. Quando há excesso
de presentes e brinquedos caros.
A idolatria pelos filhos impede os pais de impor limites e estabelecer regras. Quando a
disciplina não é responsável. A falta de disciplina é um caso de desamor.
Quando os pais deixam de ser um exemplo para ele. Quando os pais dizem uma coisa e
fazem outra. Quando os presentes substituem a presença.
Quando os pais usam dois pesos e duas medidas. Quando os pais que tratam filhos
adultos como crianças e tratam filhos pequenos como adultos. Isso irrita os filhos!  Quando
os pais preferem um filho em detrimento do outro.
(b) O perigo da Subestimação. Quando falta o amor necessário aos crescimentos
emocionais e espirituais dos filhos.
Edmund Burke filósofo e político irlandês (1729-1797); relata que Jean-Jacques Rousseau
não manteve seus filhos em casa, mas os enviou para serem criados em um hospital que
na época eram escola com cuidados médicos para as crianças mais pobres e órfãos.
E depois ele diz “que os ursos amam seus filhotes e os lambem enquanto mamam, mas os
ursos não são filósofos”. Ou seja, ele não iria perder tempo investindo um amor fútil aos
seus filhos.
Na Índia, o amor materno foi destruído por causa de um costume religioso perverso onde
as mães matavam as crianças do sexo feminino com as próprias mãos.
Atualmente quando as mães conseguem fazer uma ultrassonografia e descobrem que é do
sexo feminino, muitas mães optam pelo aborto. Uma média de 13.500 meninas indianas
morrem diariamente antes mesmo de nascer.
Outra quebra desse mandamento apostólico é o aborto. Mais de 57 milhões de abortos;
(equivalente a população da África do Sul ou da Itália) acontecem todo ano. Este é um
crime hediondo e condenado pelas Escrituras.
Desta maneira, milhões de crianças inocentes são sacrificadas, e nenhum olho além do
olho de Deus, da mãe e da assassina sabe alguma coisa sobre isso!
A ilha de Creta era um dos lugares mais perversos do mundo, e os habitantes eram
bárbaros e pagãos, e então podemos fazer a ideia da força da exortação para as mulheres
“amarem seus filhos”.
As mulheres crentes precisam aprender a criar seus filhos no temor e na disciplina do
Senhor.
Conta-se que em uma favela de Londres, vivia um trabalhador, sua esposa e quatro filhos,
todos miseráveis e miseráveis por causa da bebida. Certa noite, a esposa bêbada,
vagando pela miséria, viu um pardal pegar uma migalha e carregá-la para os filhotes no
ninho.
A pobre mulher empalideceu, tremeu por um momento e começou a chorar. O dia do
arrependimento chegara a ela.
“Oh!” Ela exclamou, “aquele pardal alimenta seus filhotes, e eu negligencio meus filhos
pequenos. E para que? Bebida. Nada além de beber! E ela torceu as mãos e chorou.
Então ela se levantou e foi para casa orar. Ela clamou a Deus em sua angústia e Ele
enviou Sua mensagem de perdão à sua alma.
Então o rosto dela exibia uma nova beleza, e o marido e a família a contemplaram. Ela
beijou a todos, um por um, e contou como havia mudado. O marido, sob os ensinamentos
de sua esposa, tornou-se cristão e um lar feliz, com conforto, paz e abundância, logo se
seguiu.
“Que mulheres esses cristãos têm!”, Exclamou o retórico pagão Libanius, ao ouvir sobre
Anthusa, a mãe de João Crisóstomo, o famoso pregador conhecido como “boca de ouro”
em Constantinopla no século IV.
Anthusa, aos vinte anos, perdeu o marido e, a partir de então, dedicou-se totalmente à
educação de seu filho, recusando todas as ofertas de mais casamento.
Sua inteligência e piedade moldaram o caráter do menino e moldaram o destino do homem
que quando se tornou famoso, por sua pregação poderosa, sempre dizia que devia todo o
sucesso de seu ministério à influência de sua mãe.
Portanto, não seria uma afirmação exagerada dizer que devemos aquelas ricas homilias de
Crisóstomo, das quais os intérpretes das Escrituras ainda fazem grande uso, nasceram da
mente e do coração de Anthusa.
4) Elas devem aprender a serem moderadas (v.5)
O termo grego “sophron”, alguém que tenha controle de si e de suas emoções. A
moderação constrói a verdadeira AUTOIMAGEM. Uma mulher moderada, é disciplinada,
controlada, justa e que sabe o quer.
O AUTOCONTROLE das mulheres é uma virtude a ser treinada. Disto depende suas
emoções sadias.  A moderação produz satisfação e evita a busca do prazer, na beleza, na
moda e no culto ao corpo.
A INTEMPERANÇA leva a mulher a comer compulsivamente, não avaliando as
consequências prejudiciais, para o organismo e sua autoimagem.
A moderação evita o pecado do CONSUMISMO, o uso indevido do dinheiro e a
OSTENTAÇÃO tão comuns às mulheres.
A moderação produz a MODÉSTIA cristã, ajudando as irmãs a se vestirem com pureza
sem explorar a sensualidade e a vulgaridade.
A moderação vai influenciar a forma reverente com que fala e como trata o marido. Uma
mulher escandalosa, barraqueira, gritadeira; que gosta de confusão; que trata com insulto
seu marido, é algo que desonra muito a Deus.
A bíblia diz (1 Pedro 3.16) que SARA, chamava Abraão de SENHOR, demonstrando
reverencia e amabilidade, e o Espirito Santo diz que as mulheres cristãs são filhas de Sara,
e devem ter uma reverencia assim por seus maridos, e o texto diz que isso é bom e devem
fazer sem receio.
5) Elas devem aprender a serem honestas (v.5).
O termo grego “Hagnos”. Puras, honestas, fiéis. Aqui a exigência é de um caráter santo. A
fidelidade da esposa é algo muito valioso para seu marido e para Deus.
O caráter santo da esposa torna o lar um lugar muito propício para o crescimento do lar em
confiança e felicidade. A palavra da boca da esposa sempre dever ser a verdade para seus
maridos.
Uma esposa nunca deve mentir a seus maridos e nem a seus filhos, sobre absolutamente
nada. Muitas esposas escondem desejos, segredos e pecados de seus maridos. O fim
disso é a tragédia do lar.
Não há nada nesta terra que possa ser comparado ao apego fiel de uma esposa. Nada é
tão poderoso quanto a influencia de uma esposa piedosa.
Nada motiva tanto o marido quanto a fidelidade e o amor da esposa. Não há nada que um
homem não consiga vencer, quando está debaixo do incentivo e devoção de sua esposa.
Não há nenhuma criatura que seja objeto de um amor assim; que não seja tão indomável,
tão perseverante, tão pronto para sofrer e morrer.
Mesmo sob as circunstâncias mais deprimentes, o amor da esposa torna a fraqueza de
marido um poder extraordinário.
Sua timidez se torna coragem sem medo; todo o seu encolhimento e afundamento passa; e
seu espírito adquire a firmeza do mármore, a firmeza adamantina – quando as
circunstâncias o levam a colocar todas as suas energias sob a inspiração dos afetos de sua
esposa.
Ninguém será um grande homem, e nunca fará algo realmente importante se não tiver por
traz uma grande esposa. A grandeza de uma homem é a grandeza de sua esposa.
O biografo inglês Macaulay descreve a cena dolorosa da morte de Maria, esposa do Rei
Guilherme de Orange. A agonia do rei foi intensa.
Em meio a lágrimas escaldantes, ele testemunhou a excelência da rainha que partiu,
dizendo ao bispo Burnet: “Eu era o homem mais feliz do mundo e sou o mais miserável.
Ela não tinha culpa – nenhuma; você (bispo) a conhecia bem, mas você não podia saber,
ninguém além de mim poderia saber, sua bondade e fidelidade.
6) Elas devem aprender a ser boas donas de casa.
O texto diz: “Trabalhadoras em casa”; ou trabalho doméstico. Esse é um tema controverso
nessa cultura feminista.
Conta-se uma história, que no reinado de Henrique VIII foi emitida uma proclamação
proibindo as mulheres de se reunirem para conversas, e instruindo os maridos a manterem
suas esposas em suas casas.
Tal proclamação nos dá uma visão triste da vida doméstica de nossos antepassados. A
sociedade melhorou desde então.  Mas hoje a pressão é grande para tirar as mulheres de
casa.
Porque o mandamento ordena as mulheres que fiquem em casa?
(a) Para que a palavra de Deus não seja blasfemada.
A grande maioria das mulheres cristãs não estão nem um pouco interessadas a trabalhar
em casa.
Não que seja pecado uma mulher ter uma ocupação profissional. Devido a necessidade
muitas mulheres tem suas profissões.
Na bíblia temos Lídia que era vendedora de purpura (At 16.14). Priscila esposa de Áquila
tinha o oficio de fazer tendas (At 18.2,3).
A questão é a prioridade que Deus estabeleceu, que sendo o lar, tem ficado em segundo
plano, como algo menos importante e desonroso. E os filhos e o marido e o cuidado com a
casa tem sido abandonado.
Mais de 50% do mercado de trabalho é ocupado por mulheres, em 10 anos a tendência é
que chegue a 95%
E então o que acontece é que dois em cada três novos empregos são ocupados por
mulheres, porque preferem lidar com mulheres do que homens, e isso contribui para o
aumento do desemprego dos homens.
Segundo a revista Megatrends; 56% das mães com filhos menores 06 anos trabalham fora
de casa. 73% das mães com filhos de 6 a 17 anos trabalham fora de casa.
Até o ano 2030 daqui a 10 anos, 95% das mulheres entre 16 e 65 anos estarão
trabalhando fora de casa. Ninguém estará em casa, ninguém.
As mulheres não querem ser trabalhadoras em casa. Por quê? Porque Satanás vende o
SISTEMA nisso.
Por quê? Porque esse sistema é anti-Deus, anti-Cristo, anti-Bíblia, e devasta o testemunho
da igreja.
A palavra “trabalhadores em casa” – uma palavra no grego oikourgos – deriva de duas
palavras-raiz, ergon, que significa “trabalho”, e oikos, que significa “casa”.
É simplesmente a esfera da vida de uma mulher que é sua casa, esse é o domínio dela.
Isso não significa que ela tem que estar lá 24 horas por dia e nunca pode sair.
Veja a mulher virtuosa de provérbios 31 que é um padrão da mulher piedosa.
Não é que ela simplesmente estava em casa, mas o lar é sua esfera. Essa mulher era
empreendedora, comerciante, empresária.
Mas ela usava o seu tempo com discernimento. Ela saiu de casa quando precisou comprar
um campo.
Ela saiu de casa para preparar esse campo. Ela saiu de casa e foi longe para encontrar
coisas que ajudariam a família.
Essa mulher fez o que precisava fazer, mas o foco de tudo era o lar. E foi aí que ela
derramou sua vida, levantou-se cedo e foi dormir tarde por causa da casa.
Ela deve ser a guardiã da casa. Essa é a esfera de sua responsabilidade. Esse é o local de
trabalho dela. É onde ela deve derramar sua vida. É no lar que ela causa um impacto no
mundo, e não trabalhando fora.
Uma mulher não afeta o mundo pegando uma maleta e indo para o centro da cidade. Ela
afeta o mundo criando uma geração piedosa de homens e mulheres.
Para uma mãe conseguir um emprego fora de casa e enviar os filhos para algum tipo de
creche é fugir de sua responsabilidade dada por Deus.
Também é um fracasso em entender que o marido deve ser o provedor, como Efésios 5
deixa muito claro.
Mesmo que você quisesse trabalhar fora de casa para pagar para que seus filhos
frequentassem uma escola particular ou mesma que seja cristã, você pode estar
cometendo um grande erro.
Melhor que você fique em casa e crie seus próprios filhos para ser piedoso do que passá-lo
a outra pessoa.
E se você não acha que é isso, ouça a agenda feminista. Vivian Gornek, autora feminista
da Universidade de Illinois, “Ser dona de casa é uma profissão ilegítima.
Esse é o objetivo. A escolha de servir e ser protegida e planejada para se tornar uma
família criadora é uma escolha que não deveria ser.” ela diz: “O CORAÇÃO DO
FEMINISMO RADICAL É MUDAR ISSO”.
Por que eles se importam? Diz-me tu. Por que uma mulher feminista se importa se você é
dona de casa? Por que ela se importa? Vou lhe dizer o porquê, porque a agenda dela não
é dela. É a agenda do inimigo.
É uma agenda anti-Deus destinada a destruir a credibilidade da igreja, porque se você
pode fazer com que as mulheres que se dizem cristãs abandonem o lar, então, você pode
pegar uma Bíblia e colocá-la na cara delas e dizer: “Você diz que acredita nisso? Acho que
não.
Portanto, ela não pode ser crível, porque você sabe o que ela diz e não está interessado
em acreditar, e afirma ser cristã.
A agenda é – eles não se importam. Eles não sabem o que estão fazendo, mas realmente
não se importam se você trabalha.
Satanás se preocupa em desacreditar a Bíblia; esse é o problema. Esse é o nível do
ataque. Veja o que é; e não se torne vítima das mentiras satânicas.
Quando alguém quis descrever uma mulher, ele a pediu que se sentasse sobre uma
concha de caracol, isso significava que, como o caracol, ela nunca deveria estar longe de
sua casa.
O lar é onde uma mulher fornece expressões de amor para o marido e os filhos. O lar é
onde ela lidera, guia, ensina e eleva a geração divina.
O lar é onde ela é protegida e protegida de outros homens e de relacionamentos e abusos
potencialmente iníquos.
O lar é onde ela recebe bem os convidados, lava os pés dos santos, mostra hospitalidade e
se dedica a todo bom trabalho.
Essa é a esfera dela. E qualquer que seja esse lar e qualquer que seja a bondade de sua
vida, ela pode leva-la para fora e não sacrificar o lar, entre ela e o Senhor e seu marido.
Provérbios 7:11 dá uma definição de prostituta. É o que diz: “Ela é barulhenta e rebelde,
seus pés não permanecem em casa“.
Ela não está contente por estar em casa. Ela não está contente com esse domínio, com
seu marido. Ela quer explorar outras opções.
As pessoas hoje dizem: “Oh, uma mulher deve trabalhar. Ela tem que trabalhar para se
AUTO-REALIZAR.”
Isso é ridículo. Isso não é verdade. O lugar que Deus a designou para se expressar de
maneira mais magnânima é o lar; é sua família.
Apesar de todos os ensinamentos claros, Satanás permitiu que a igreja fosse sugada pela
agenda feminista-lésbica.
Isso é de grande importância para a igreja por algumas razões estatísticas. 65% da
população da igreja são mulheres e apenas 37% são homens.
E assim, essa grande e massiva força de pessoas que nomeiam o nome de Cristo está
vivendo na afirmação das Escrituras ou na negação delas. E isto é muito importante em
termos de testemunho cristão.
(b) Para não dar ocasião ao pecado.
Não é que uma mulher nunca será encontrada fora de casa, pois em muitas ocasiões
justas e necessárias a levam para fora do seu lar, inclusive para atividades profissionais.
Como cristão, os deveres públicos de piedade e adoração de Deus; como também deveres
mais particulares de amor e obras de misericórdia em visitar e ajudar os doentes e os
pobres.
Como esposa, e debaixo da ciência do marido, com ou seu ele, ela se afasta do lar, para
uma provisão necessária à família ou cuidados médicos ou outros assuntos afins.
O que a Escritura está condenando, o sair para um prazer egoísta, para um entretenimento
mundano com amigas, para conversas improdutivas, para desfrutar alegrias de
companhias que não são edificam.
Muitas das vezes, essas amizades são ainda mais perigosas, ou seja, ocasiões para
tentações; que acontecem com mulheres solteiras, e mais novas, ou mulheres que não são
felizes em seus casamentos ou que abandonou seu marido, ou que não servem a Deus,
como amigas de trabalho ou faculdade.
Saídas para shoppings, para compras desautorizadas pelo marido, ou que o “seduziu” ou
forçou o marido para que autorizasse algum endividamento, que de outra forma ele não
aprovaria.
Essas saídas são justificadas pecaminosamente, considerando a casa como uma prisão e
não como um lar, ou acusando o ministério doméstico, como pesado e cansativo, e não
como fruto de amor e piedade, por isso abandonando-a constantemente sem um propósito
santo e piedoso.
E justamente essa conduta que está sendo condenada aqui: É um abandono ou uma fuga
para um tempo fora do chamado em que as devem cumprir.
Pois o chamado doméstico é um ministério para dentro de casa; para manter a família em
boa ordem e, portanto, o apostolo está dizendo que as esposas não ficar saindo do seu
ambiente sagrado, como se fosse um pássaro passeando fora do seu ninho.
Pois este é o foco, manter a atenção nas responsabilidades. Pois enquanto as esposas
estão ocupadas como o seu chamado, elas não terão tempo para ficar e conversas fúteis
sobre coisas e fatos não lhes interessam.
Paulo condena em 1 Timóteo 5.13, as mulheres a ficarem ociosas, andando de casa em
casa, não somente o pecado da ociosidade, mas se tornam fofoqueiras, indiscretas,
falando coisas que não edificam. Pois quem tem seus ouvidos abertos, tem suas línguas
soltas.
O Espírito Santo faz disso na Escritura uma nota de uma mulher prostituta, essas mulheres
estão em toda parte, mas não onde deveriam estar; em casa.
As vezes passeando pelas ruas como TAMAR em Gn 39, ou andando a toa para ver a
filhas da terra como fez DINÁ (Gn 34).
Como os pés delas não podem permanecer dentro de casa, e se contra sua vontade elas
permanecem em casa, mesmo se seu corpo estiver dentro de suas próprias portas, mas
seu coração e seus sentidos estão fora.
Muitas mulheres acabam sendo seduzidas pelo Espirito de JEZABEL acabam olhando pela
janela. Ela se adorna de tal maneira que que fica apresentável, mas em casa, olhando pela
janela.
O espirito deste tempo conseguir JEZABELIZAR muitas mulheres crentes, por meio da
“Janelas”, literalmente “Windows” em inglês. (nome do sistema operacional que faz
funcionar a computação).
Essas janelas, como facebook, o Instagram, o twitter, e outras tem sido a maior desgraça
para a destruição da piedade das mulheres cristãs. Os dados mostram que as que as
mulheres dominam as redes sociais.
Quando o anjo do Senhor, que é o Teofania de Jesus no AT. Perguntou a Abraão onde
está SARA, foi respondido, ela está na sua tenda.
E as filhas de Sara estarão nas suas tendas, não nos shoppings, nem nos barzinhos, nem
na casa das melhores amigas, nem longe de casa, ao ponto de seus maridos não saberem
onde elas estão.
Estarão em suas casas cumprindo seu chamado, não ociosas, com bate bapo infrutífero no
WhatsApp, nem sites de compras; nem em joguinhos, nem vendendo seu corpo com fotos
sensuais, nem exibindo irresponsavelmente sua família e principalmente filhos.
Infelizmente a principal causa da ruina da família do casamento são causadas pelo tempo
em que os cônjuges e muitas vezes as mulheres; ficam ociosas olhando para suas janelas,
“Windows”.
A causa primeiríssima do divórcio é infidelidade nas redes sociais. O espirito de Jezabel
conseguiu uma forma de comandar as mulheres de dentro de casa.
Vejam a que males desgraçados, inevitáveis, trágicos, e irremediáveis as mulheres se
expõem quando violam esses mandamentos de Deus.
Essa tem sido a grande estratagema de Satanás, para tirar vantagens sobre as mulheres,
colocando-as contra a lei de Deus; e quão facilmente ele arranca as mulheres da proteção
de Deus.
DINÁ, mesmo sendo filho do Patriarca da fé, foi violada em seu corpo e em suas emoções,
por causa de suas andanças longe de casa. As Dinás modernas se tornaram peregrinas
para ver as filhas do mundo na internet.
EVA, logo que se ausentou de Adão, a serpente aproveitou a vantagem de estar longe de
casa, para seduzi-la e enganá-la.
Na Roma antiga, e um epitáfio foi colocado um elogio para uma rainha: “Ela ficou em casa
e trabalhou”.
Os gregos antigos sugeriam o mesmo dever feminino, esculpindo Vênus em uma tartaruga.
7) Elas devem aprender ser sujeitas a seus maridos (v.5)
“Obediente a seus próprios maridos, para que a Palavra de Deus não seja blasfemada.” O
grande dever da esposa é obediência, e nisso ela é um tipo de obediência e submissão da
Igreja a Cristo.
Uma mulher nunca terá reverencia a Deus, se primeiro não reverenciar seu marido. Efesios
5.33 “E a mulher reverencie seu marido”.
E isso não a torna uma escrava. Esta é apenas uma ordem que Deus escolheu: Deus é a
cabeça de Cristo, cristo é a cabeça do homem e o homem, a cabeça da mulher (1Co 11).
A submissão deve ser aprendida, para que haja respeito e confiança no lar. Os papeis
precisam ser claros no contexto familiar, pois isto visa a funcionalidade e segurança de
toda a família.
O perfeito desempenho dos papeis do homem e da mulher, é de fundamental importância
para o sucesso e a felicidade do lar.
Charles Haddon Spurgeon fez esse tributo a sua esposa. “Ela se deleita no marido, na
pessoa dele, no caráter dele, no afeto dele.
Para ela, ele não é apenas o principal homem da humanidade, mas aos olhos dela ele é
tudo. O amor do coração dela pertence a ele e somente a ele. Ele é seu pequeno mundo,
seu paraíso, seu tesouro de escolha.
Ela está feliz em afundar sua individualidade nele. Ela não busca renome por si mesma.
Sua honra é refletida nela e ela se alegra nele.
Ela defenderá seu nome com ela. Ele é sua respiração segura. Ela está segura quando fala
e estar om ele.
Sua gratidão sorridente é toda a recompensa que ela procura, mesmo em seu vestido ela
pensa nele e não considera nada bonito que seja desagradável para ele.
Ele (o marido) tem muitos objetos na vida, alguns dos quais ela não entende direito, mas
acredita em todos, e tudo o que ela pode fazer para promovê-los, ela se deleita em realizar.
Tal esposa, como verdadeira esposa, realiza o modelo de relação matrimonial e estabelece
qual deve ser a nossa união com o Senhor.
Você vai dizer: que alegria estar casado com alguém assim. E você se pergunta por que
Spurgeon era o homem de Deus que ele era?
Ele teve um tremendo apoio: sua esposa Suzana. E é assim que Deus disse: você quer
que sua igreja seja poderosa no mundo, é assim que você deve viver.
Faça o possível para manter a confiança e o carinho de seu marido.
Uma das figuras mais celebres e genial entre os artistas foi gênio Miguelangelo. E
justamente ele é honrado, pois seu gênio era excepcionalmente grande.
Mas muito acima de seu afresco na Capela Sistina, muito acima de seu “Juízo Final”, muito
acima de sua cúpula de São Pedro, muito acima de seu “Cupido Adormecido”, que Rafael
considerava digno de Phidias ou Praxiteles, estava o soneto que ele fez para sua esposa.
MiguelAngelo amava profundamente e adorava Vittoria Colonna. Quando ela morreu, ele
se demorou no corpo dela e beijou carinhosamente a mão fria de barro; seu único
arrependimento depois é que ele não havia beijado suas bochechas.
E por que um carinho tão profundo e duradouro? Porque a esposa o inspirou e, sob
constante cuidado, ela o teve. Ela o impressionou com a preciosidade da virtude. Ela
elevou o pensamento dele e o inspirou a escrever:
“Oh! quão bom, quão bonito, deve ser
O Deus que fez uma coisa tão boa como você.
 
Quando, como o Escritor Britânico Benjamin Disraeli, publicou seu romance “Sybil”, e o
dedicou “à crítica mais clássica a uma esposa perfeita”, nessas palavras ele deixa um fluxo
de luz sobre o caráter da condessa.
E nada poderia ser uma prova mais forte de sua profunda devoção aos interesses do
marido, do que aquela proporcionada por sua conduta em uma ocasião ao dirigir com ele
para a Câmara dos Comuns.
Por acidente, seu dedo foi esmagado ao fechar a porta da carruagem. Pensando que
qualquer grito de dor perturbaria a mente de Benjamin, que estava profundamente
envolvido no grande discurso que ele proferira naquela noite, a esposa fiel e compreensiva
suportou a agonia sem dizer uma única palavra, até que o marido estivesse em casa.
Lorde William Russell um político Inglês; tinha uma esposa assim. Ela compartilhou com
ele em todos os seus esforços. Ficou ao seu lado no tempo de seu infortúnio. Atuou como
secretária quando estava em julgamento.
Ela o visitou na Torre de Londres e fez o possível para consolá-lo antes que ele fosse
decapitado. Depois voltou para casa para treinar sua família a ser digna do nome de um
pai tão corajoso.
O bispo Wilberforce tinha uma esposa assim. Ela assumiu seus deveres e
responsabilidades do ministério. Quando, depois de treze anos de conforto total, ela
morreu, a vida do bispo ficou tingida de tristeza.
Por isso, referindo-se à esposa, ele escreveu certa vez: “É muito triste voltar para casa. Se
eu fosse para casa; e a encontrasse; isso estava além de todas as palavras”.
O meu Pai tinha uma esposa assim. Depois de falído, ela o ajudou a pagar uma dívida
quase impagável por muitos anos de trabalho duro…
Todos os homens piedosos tiveram uma esposa assim. Você tem uma esposa assim?
Você é uma esposa assim?

CONCLUSÃO: Quero concluir lendo uma declaração de John MacAtur, quando expôs esse
texto.
Ele diz, muitas mulheres crentes não entendem isso – eu e Patricia, conversamos sobre
isso ao longo dos anos.
Não podemos imaginar nunca indo a um seminário de casamento. Não podemos imaginar
jamais participar de algum tipo de seminário sobre criação de filhos. E as pessoas dizem:
“Por que você não pode imaginar isso?”
E a razão é simplesmente essa: nós dois fomos criados em famílias onde o padrão bíblico
foi modelado. Vou lhe dizer uma coisa que vai chocar você. Eu nunca na minha vida vi meu
pai e minha mãe discutirem.
É difícil começar uma briga comigo. Eu nunca vi meus pais discutirem. Eu já vi um modelo
de compromisso um com o outro. Eu assisti meus pais criarem filhos. Minha esposa
assistiu seus pais criarem filhos.
Ninguém precisa me dar um livro sobre como fazer isso. Tem algo embutido no tecido de
uma casa que se torna reprodutivo na próxima geração. E quando isso é cortado, você tem
um grande problema ao tentar desfazer a má modelagem e reestruturar tudo.
É por isso que o Antigo Testamento diz: “Onde você tem iniquidade na família, são
necessárias três ou quatro gerações para mudar isso”.
Não é fácil, e levará muito tempo até que seja revertido em nossa própria cultura. Mas onde
estamos vivendo hoje nesta sociedade, é desesperadamente necessário que algumas
mulheres apareçam e ensinem à geração jovem como pensar corretamente, e com bom
senso.
É por isso que temos que ensinar todo o processo aos pais com tanto zelo em nossa igreja,
para ajudar a essa geração exposta a uma agenda feminista, e saindo de lares desfeitos,
casamentos devastados – alguns deles divorciados.

Sermão Nº 17 – Que tipo de de jovens a igreja deve ter (Parte I).


Referência: Tito 2:6.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 02/10/2019.

INTRODUÇÃO:
Nós, a igreja de Jesus Cristo, estamos aqui na terra com o propósito de ser agentes
humanos para trazer salvação aos perdidos.  É para isso que estamos aqui.
Estamos aqui com o propósito de evangelizar.  Também nos envolvemos na edificação. 
Nós nos envolvemos no ministério.  Nós nos envolvemos em orações, adoração e na
comunhão.
Mas tudo isso será aperfeiçoado no céu.  Mas o evangelismo não terá lugar no céu porque
a Bíblia é clara no final de Apocalipse que nenhum pecador não salvo entrará no céu.
E assim, o Senhor adiou a plenitude de nossa comunhão e a plenitude de nosso louvor e
adoração, a plenitude de nossa bem-aventurança e bênção, e nos deixou aqui com o
propósito expresso de sermos agentes humanos de salvação para os perdidos.
E eu realmente acho que, na maioria das vezes, a igreja evangélica entende isso. Nós na
maioria das vezes, concordamos com esse propósito.
No entanto, nós não necessariamente concordamos com os meios para realizá-lo. 
Suponho que isso não seja novidade.
A igreja sempre lutou com qual TÉCNICA, qual METODOLOGIA ou que estilo deveria usar
– que abordagem para alcançar os perdidos; principalmente as crianças e a juventude.
A juventude sempre o foi grupo menos atraído ao evangelho, devido a busca pelo
entretenimento e aventuras no mundo.
Os jovens sempre foi o grupo menos dedicado a Deus, e poucos são os jovens que
desejam viver uma vida piedosa. Então a igreja moderna tem feito todos os esforços e todo
tipo de negociação para tentar mudar isso.

A BUSCA DE RELEVÂNCIA PARA ATRAIR OS JOVENS.


A igreja na busca de atrair os não crentes, e principalmente a juventude, se rendeu a ideia
de que vale tudo para manter os jovens na igreja.
Então a igreja na busca de RELEVÂNCIA social tem estado confusa sobre como
deveríamos evangelizar, como devemos alcançar os não salvos.
Essa confusão tem tomado proporções um tanto bizarras.  John McArtur relata a história de
uma teleevangelista, famosa dos EUA, a irmã Paula, que se descreve como uma cristã
aberta e transexual que se dedica a pregação do evangelho; que nasceu Larry Neilson,
mas depois de uma cirurgia de mudança de sexo se tornou Paula, ela foi destaque da
revista People.
Agora, obviamente, isso é finalmente impensável, inconcebível, absolutamente confuso.  E,
no entanto, ilustra o fato de que as pessoas pensam que você pode se esforçar ao máximo
para se tornar como o mundo e então ter uma chance melhor de alcançá-lo.
Você pode imaginar algo mais incongruente ou mais profano do que uma evangelista
transexual?  No entanto, a irmã Paula acredita que pode ter um ministério mais eficaz para
as pessoas de nossa geração, ela diz ser uma cristã POLITICAMENTE CORRETA.
O marketing de igreja.
A filosofia da irmã Paula é fundamentalmente a mesma filosofia de MARKETING de igreja
usada pela grande maioria dos evangélicos. Embora certamente nenhuma delas queira vê-
la levada a tal extremo.
Mas a filosofia é que, se quisermos vencer o mundo, precisamos nos aproximar deles e
nos tornar o suficiente como eles, para que não sejam ameaçados por nós.
A noção de que a igreja deve se tornar como o mundo para ganhar o mundo francamente
tomou conta do mundo gospel como uma enxurrada.
Os evangélicos têm feito tudo o que podem e usados todos os meios para se aproximarem
do mundo, e se tornando uma contrapartida cristã de todas as atrações mundanas.
Temos gangues cristãs de motocicletas, times de futebol cristãos e campeonatos entre
igrejas, boates e danceterias cristãs, escola de balé cristã; escola de carnaval cristã, banda
de forró cristã, banda de rock cristã; funkeiros cristãos, parques de diversões cristãos, e até
li sobre uma colônia cristã de nudismo.
Agora, onde quer que os cristãos tiraram essa ideia de que ganharíamos o mundo imitando
o mundo, eles não tiravam isso da Bíblia.
Não há um pingo de justificativa bíblica para esse tipo de pensamento.  De fato, Tiago foi
bem claro quando disse que a amizade com o mundo é inimizade com Deus.
E João colocou desta maneira: “Se alguém ama o mundo, o amor do pai não está nele.  
Tudo o que existe no mundo é a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o
orgulho da vida.
Essas coisas estão todas em processo de perecer e não têm nada a ver com questões
eternas.
A busca por entretenimento
Muitas igrejas têm usado métodos de evangelização fundamentados em entretenimento —
alguns tem chamado isso de “teotretenimento” — para compartilhar o evangelho tanto a
jovens como a crianças.
No caso dos jovens e adultos, o método geralmente envolve uma forma de pesquisa do
público-alvo e a criação de um culto evangelístico em que tudo, desde a música até ao
sermão, é estruturado com o propósito de fazer com que as pessoas se sintam bem —
uma abordagem do tipo “sente-se e aprecie o show”.
No caso das crianças, o método assume a forma de grupos ou de Escola Dominical que
gastam maior parte do tempo pensando em atividades engraçadas que introduzirão
disfarçadamente o evangelho.
Não há nenhuma razão para argumentarmos contra a comunicação do evangelho de um
modo compreensível, criativo e provocativo. Mas a evangelização que assume a forma de
entretenimento tem algumas consequências perigosas.
Lembre-se: aquilo com o que você ganha as pessoas é aquilo para o que você as ganha.
Se as ganha com entretenimento, elas serão ganhas para o show, e não para a
mensagem; e isso aumenta a probabilidade de falsas conversões.
No entanto, ainda que elas não sejam ganhas para o show, métodos de evangelização
fundamentadas em entretenimento tornam o arrependimento quase impossível.
Não seremos desafiados a abandonar nossos pecados quando nossos sentimentos são
afagados e nossas preferências, estimuladas. O evangelho é inerente e irredutivelmente
confrontador.
Ele ataca a nossa justiça própria e nossa auto-suficiência, exigindo que abandonemos o
pecado que amamos e creiamos em Alguém outro para nos justificar.
Portanto, o entretenimento é um instrumento problemático de comunicação do evangelho,
porque ele quase sempre obscurece os aspectos mais difíceis do evangelho.
Como o preço do arrependimento, a cruz do discipulado, a estreiteza do caminho, as lutas
constantes e as oposições e injustiças que crentes piedosos sofrem.
Alguns discordarão, argumentando que a dramatização pode dar aos incrédulos uma
imagem visual do evangelho.
Mas já possuímos essas imagens. São as ordenanças do batismo e da Ceia do Senhor e
as VIDAS TRANSFORMADAS de irmãos e irmãs em Cristo, que é exatamente o que Paulo
ensina a Tito nessa carta.
Isso não significa que temos de abafar toda a criatividade nos empreendimentos
evangelísticos. Desejo encorajar a criatividade em descobrir maneiras de compartilhar o
evangelho.
Isso significa que devemos ter cautela contra a dependência do entretenimento para a
“eficiência” da evangelização, especialmente quando a evangelização acontece em nossas
reuniões semanais para adoração.
As igrejas são mais saudáveis quando o evangelho é apresentado com mais clareza; e o
evangelho é apresentado com mais clareza quando nossos métodos de evangelização são
mais nítidos.
Mas principalmente quando apresentamos o evangelho como Paulo descreve a Tito nesse
texto orientando todas as faixas etárias da igrejas, Homens mais velhos, mulheres mais
velhas, Mulheres novas e Jovens.
A estratégia divina do evangelismo.
Se os estrategistas de marketing estão errados, e se não precisamos nos tornar e não
devemos nos tornar como o mundo para ganhar o mundo, então o que fazemos?
Qual deve ser a nossa estratégia?  E não tanto em termos de realmente falar o evangelho,
mas qual é o problema subjacente que nos dá uma plataforma sobre a qual falar?
Como conquistamos a atenção do mundo dos pecadores para que eles ao menos ouçam a
verdade?  Qual deve ser a nossa estratégia?  Qual deve ser nossa metodologia, nossa
técnica, nossa postura de marketing?
Penso que o princípio é totalmente fundamental, e é declarado para nós no capítulo 5 de
Mateus. Jesus o colocou da maneira mais simples e direta possível, e não pode ser
melhorado.
Ele disse o seguinte: “Deixe sua luz brilhar diante dos homens de tal maneira que eles
possam ver suas boas obras e glorificar seu Pai que está no céu.”
Jesus basicamente disse que a plataforma evangelística final é criada pela virtude de suas
vidas.
Quando William Carey cantava que somos “Somos Chamados à Santidade”, ele estava
expressando essa mesma verdade.
Nossa credibilidade no mundo é o nosso testemunho. A plataforma da qual falamos é
virtude, piedade, justiça, transformação.
O maior e mais poderoso elemento do evangelismo não é a técnica, não é uma estratégia
de marketing, não é uma relevância cultural, é o poder de uma vida transformada –
coletivamente, o poder de vidas transformadas na igreja.
Quando o mundo olha e vê uma pessoa ou pessoas santas, justas, virtuosas; quem está
em paz, experimentando alegria, abençoado, feliz, satisfeitas, realizadas e com esperança
em seus corações pela eternidade, vê a evidência do poder transformador de Deus.
Essa é a prova.  Esse é o teste. É assim que você comercializa o produto – permitindo que
as pessoas vejam o que é.
Para convencer um homem de que Deus pode salvar, preciso mostrar a ele um homem
que ele salvou.  Para convencer um homem de que Deus pode dar esperança, preciso
mostrar a ele um homem com esperança.
Para convencer um homem de que Deus pode dar paz, alegria, amor, preciso mostrar a ele
um homem com paz, alegria e amor.
Para convencer um homem de que Deus pode dar total e total satisfação, preciso mostrar a
ele um homem satisfeito.  Veja bem, do jeito que nós, do jeito que colocamos a plataforma,
vivendo a vida.
Vou dizer novamente – o maior e mais poderoso elemento do evangelismo não é a técnica,
não é estratégia de marketing, não é relevância cultural – é o poder de vidas
transformadas.
O chamado à santidade.
Devemos viver, disse Jesus, para viver para a glória de Deus, para que os homens possam
ver a beleza do que Deus fez em nós. Nós “adornamos a doutrina de Deus, nosso
Salvador, em todos os aspectos.”
O que isso significa? Demonstramos a beleza de um Deus salvador, mostrando vidas
salvas.
Os pecadores precisam ver o poder transformador da presença de Cristo, não em alguma
técnica inteligente, mas na vida de alguém. É o que já vimos desde o começo da carta, e é
que viemos nos versos anteriores.
É exatamente isso que Paulo está pedindo aqui nesse texto em Tito.  Ele sabe qual é a
estratégia evangelística para chegar ao restante da ilha de Creta e aonde quer que os
cristãos de Creta possam viajar.
Ele sabe quais são os problemas em questão.  Ele sabe o que deve ser feito para que a
Palavra de Deus seja honrada, como ele diz no versículo 5; silenciar os opositores, como
ele diz no versículo 8; e “adornar a doutrina de Deus, nosso Salvador, em todos os
aspectos”, como ele disse no versículo 10.
Ele sabe exatamente o que fazer, e é isso que ele pede no capítulo 2 – uma vida de
santidade.
Devemos proclamar a mensagem salvadora, sim. Devemos dar uma palavra clara sobre
pecado, julgamento, arrependimento e fé.
Mas isso deve ser tornado crível por nossas vidas.  Não é bom falar de um Deus que pode
salvar quando você mostra uma vida que não a evidencia.
Ele nos salva, nos capacita à piedade, para que essa piedade se torne a plataforma para o
evangelho.
Onde você tem vidas piedosas, você tem pessoas que podem, pelo impacto de suas vidas
transformadas, alcançar os perdidos.  Sede santos, porque eu sou santo”, citando o próprio
Deus.
É por isso que Pedro diz que Deus nos chamou para ser “um sacerdócio real, uma nação
santa, um povo que propriedade de Deus”, para que possamos viver assim para silenciar a
ignorância de homens tolos que pensariam em criticar a Deus. É por isso que Pedro diz em
(1 Pd 1:16): “Sede
Mas o que a igreja contemporânea faz não é a vida santa, é o MUNDANISMO.
Eles acham que, em vez de estar separado do mundo e, assim, estabelecer uma base de
credibilidade para testemunhar, você precisa ser como o mundo.
Eles não chamam de mundanismo. Eles têm uma nova palavra para isso; chama-se
CONTEXTUALIZAÇÃO, que é uma palavra chique para mundanismo.
A contextualização do evangelho hoje infectou a igreja com o ESPÍRITO DA ÉPOCA.
Ele abriu as portas da igreja para o mundanismo e a superficialidade e, em alguns casos,
uma atmosfera de festa mundana, e de um culto show. O mundo agora define a agenda da
igreja.
Isso foi demonstrado claramente em um livro de James Davidson Hunter, que é professor
de sociologia na Universidade da Virgínia.
E Hunter pesquisou estudantes em faculdades e seminários evangélicos e concluiu que o
cristianismo evangélico mudou drasticamente nas últimas três décadas, portanto, vivemos
o coração da mudança.
Ele descobriu que jovens evangélicos se tornaram significativamente mais tolerantes com
atividades que antes eram vistas como mundanas ou imorais, como fumar, usar maconha,
assistir a filmes com classificação impropria, moda sensual e sexo antes do casamento.
Hunter escreve: “Os limites simbólicos que anteriormente definiam a propriedade moral do
protestantismo perdeu uma certa clareza.  Muitas das distinções que separam a conduta
cristã da conduta mundana foram contestadas, se não totalmente comprometidas”
Mesmo as palavras “mundano” e “mundanismo” perdeu, em uma geração, o seu
significado tradicional, como era entendido pelos crentes da história da igreja.
O significado tradicional de ‘MUNDANISMO’ perdeu de fato sua relevância para essa
geração de jovens evangélicos.
Aqui está um observador externo, não crentes; simplesmente dizendo que a igreja se
tornou mundana.  Como é que eles sabem disso e nós não?
O que Hunter observou entre os estudantes evangélicos é um reflexo do que aconteceu em
grande parte à igreja evangélica como um todo.
Receio que a igreja possa se importar muito mais com a opinião do mundo do que com a
de Deus.
Eles estão tão concentrados em tentar agradar os não-cristãos que podem pensar nem um
pouco em agradar ao próprio Deus.
E você pode concluir que a igreja foi tão contextualizada a ponto de se tornar mundana.
Agora, se vamos alcançar o objetivo do evangelismo, a tarefa dada por Deus de alcançar
os perdidos, tudo começa com o tipo de pessoa que somos e não a técnica.
E Filipenses capítulo 2 – um texto muito dramático e poderoso – versículo 15, devemos
“ser inculpáveis, inocentes filhos de Deus acima da censura no meio de uma geração torta
e perversa, entre a qual brilhamos como luzes no mundo.”
É a nossa irrepreensibilidade, é a nossa inocência, é a nossa piedade no meio da tortura e
feiura do mundo.
Agora, porque isso é tão essencial e básico, Paulo instrui Tito aqui no capítulo 2 para levar
as igrejas de Creta a um padrão de santidade.
É disso que trata o capítulo 2.  Deus é um Deus salvador, e Deus salvou as pessoas para
que elas pudessem viver vidas piedosas, para que outras pessoas também fossem salvas.

A ORDEM DIVINA PARA OS JOVENS CRENTES.


Antes de tudo, no versículo 1, ele lhe deu um comando geral quando lhe disse para “falar
as coisas adequadas à sã doutrina”.  Ele sabe que a vida piedosa depende de um
entendimento adequado da Palavra de Deus.
Você não pode viver uma boa teologia a menos que tenha uma.  E então ele começa
dizendo que você precisa “falar as coisas adequadas à sã doutrina”. Você estabelece o
fundamento da verdade divina.
Então ele diz que você precisa abordar todos os grupos da igreja. Os homens mais velhos,
versículo 2, devem ser ensinados “a serem temperados, dignos, sensatos, sólidos na fé, no
amor e na perseverança.”
As mulheres mais velhas, no versículo 3, devem ser ensinadas a “serem reverentes em seu
comportamento sem fofocas maliciosas, nem escravizadas a muito vinho, ensinando o que
é bom”.
E então as mulheres mais jovens devem ser ensinadas a “amar seus maridos, amar seus
filhos, ser sensatas, puras, trabalhadoras em casa, gentis, sujeitas a seus próprios maridos,
para que a palavra de Deus não seja desonrada”.
Em outras palavras, o pastor, precisa orientar os homens idosos o que é mais necessário
para eles manterem seu testemunho; e para as mulheres idosas o que é necessário para
elas; e para as mulheres jovens, o que é necessário para elas. E nesta exposição
chegamos à quarta categoria, os jovens.
A necessidade de exortar a juventude.
Versículo 6: “Da mesma forma, exorta aos jovens a serem sensatos;
Tendo discutido os velhos, as velhas, as jovens, e agora ele chega aos jovens.  Isso é mais
importante para Tito, porque ele é um deles – muito provavelmente um pouco mais novo
que Timóteo, que provavelmente tinha entre 30 e 40 anos; e Tito, talvez com pouco mais
de trinta anos.
Muito mais novo que Paulo, que agora se descreve como idoso – ultrapassou a marca dos
sessenta – em algum lugar na casa dos sessenta anos.
Mas Tito é especificamente um jovem, e por isso ele tem uma contribuição única a dar aos
jovens que ele não poderia dar aos homens idosos.
Nem poderia fazê-lo às mulheres idosas ou mulheres jovens já que ele não entende
pessoalmente o papel que eles desempenham exclusivamente.
Então esse é realmente o grupo dele.  Portanto, embora o versículo 6 seja dirigido aos
rapazes, os versículos 7 e 8 são dirigidos a Tito.
Você diz: “Isso é uma mudança?  Existe apenas um versículo, versículo 6, muito
brevemente dirigido aos rapazes e depois ele continua conversando com Tito?”
Não, acho que tudo se relaciona aos rapazes, e o que ele diz aos rapazes em geral no
versículo 6, ele diz a Tito em específico, nos versículos 7 e 8, porque Tito deve ser o
exemplo para todos os rapazes.
Isso está estabelecendo um ritmo de caráter espiritual e devoção espiritual que ele não
poderia estabelecer para homens mais velhos, não tendo atingido esse ponto da vida, e ele
não poderia definir para mulheres mais velhas ou mulheres mais jovens, porque não
conhece totalmente e pessoalmente o papel das mulheres.
Este é o grupo dele, e assim ele é chamado não apenas a exortá-los no versículo 6, mas a
dar o exemplo para eles nos versículos 7 e 8. Tudo então se relaciona através dele com os
rapazes.
Três aspectos da responsabilidade se tornam óbvios aqui: exortação, exemplo e
efeito.
Vamos começar com a exortação, versículo 6.  “Igualmente” é apenas uma transição de
palavras que introduz uma nova categoria, como as três categorias anteriores.
Do mesmo modo que outros grupos foram chamados a viver um padrão divino e as coisas
únicas de seu papel particular são abordadas, o mesmo acontece com os jovens.
Aqui Tito é encorajado a assumir liderança pessoal e cuidados pessoais com os rapazes
dos quais ele é um.  E essa seria, sem dúvida, a maior ênfase de sua vida e ministério.
Os homens mais novos devem ser ensinados por outros homens mais velhos; as mulheres
mais novas precisariam ser incentivadas e instruídas por outras mulheres mais velhas ou
mulheres mais velhas.
Aqui há um elemento novo, onde os jovens também serão instruídos por um entre eles que
é mais piedoso, no caso Tito, que é jovem, mas que foi instruído por um homem com mais
de 60 anos que era o Apostolo Paulo.
Agora é a vez dos jovens, com uma instrução simples, mas com um exemplo poderoso
para ser seguido a vida de Tito.
você é jovem? Você se consideraria jovem; aproveite isso enquanto você pode. Bem
moços e moças vocês devem se alegrar pois a juventude aqui se refere a qualquer pessoa
com menos de sessenta anos.
Refere-se, de um modo geral, a homens e mulheres com menos de sessenta anos, mas
especificamente os solteiros.
Os sessenta não era apenas o ponto de ruptura cultural da época, mas também o Paulo o
identifica em 1 Timóteo quando fala sobre viúvas mais novas e as com mais de sessenta
anos.
Os jovens preenchem uma grande categoria; então, em algum lugar entre as vinte e
sessenta. E o grupo de jovens têm seu próprio conjunto de problemas e perigos especiais.
Eles são talvez mais intensos, de certa forma, na parte anterior daquele vasto período
chamado de jovem.
Mas eles parecem se estender por todo o período. Lá, o momento em que os jovens ainda
são basicamente viris, fortes e agressivos, em um grau ou outro, saudáveis e um tanto
ambiciosos. E esses são anos perigosos para todos jovens.
Perigos da juventude.
Pensei nos perigos que surgem para a juventude quero compartilhar alguns deles com
você.
Primeiro de tudo, existe o perigo de preguiça. Você pode chamar isso de indulgência.  Isso
geralmente é programado.
Mas também é inato na queda. O homem, de um modo geral, é preguiçoso. Ele precisa de
alguns recursos, alguns controles e algumas fortes motivações para trabalhar.
Mas a preguiça geral pode ser exacerbada em casa quando os homens são jovens.
Geralmente, são produzidos homens preguiçosos que carecem de disciplina, onde nunca
são realmente ensinados a puxar as pontas soltas de sua vida e a serem construtivos.
Homens preguiçosos também são produzidos em lares onde há parcialidade, onde, por
qualquer motivo, os pais selecionaram esse indivíduo em particular para um benefício e
parcialidade específicos.
E assim ele não se vê como um entre muitos, mas um acima de muitos, e, portanto, não
olha o que ele pode fazer para servir aos outros, mas o que os outros podem fazer para
servi-lo, e isso cria preguiça.
Homens preguiçosos geralmente são produzidos também em lares onde nunca
aprenderam muito trabalho, lares onde foram entregues e tinham muito dinheiro e muitos
bens.
Homens preguiçosos são produzidos em lares onde os pais estão ausentes, onde não há
pai.
Homens preguiçosos são produzidos em lares onde não há preocupação em vigiá-los, e
são deixados sozinhos sem se importar, sem disciplina, sem trabalho.
E deixados para fazer o que bem entenderem, os rapazes escolherão não fazer nada de
bom.  Eles se tornam vítimas de seu próprio programa – letargia.
É um momento perigoso para ser jovem se você não aprender disciplina, se você não
aprender a trabalhar, se você não aprender diligência.
O segundo perigo da liberdade exacerbada. Libertar os jovens dos limites da família, da
responsabilidade da família, do escrutínio da família, muito cedo, muito rápido, muito longe
– eles pegam um carro e têm total liberdade.
Eles estão sob forte influência; eles estão fora de restrição.  Eles estão fora das
consequências de seu comportamento. Eles estão fora de instrução.  Eles estão fora de
disciplina.
Eles estão fora de controle paternal.  E quando eles começam a fazer o que bem entendem
em sua liberdade, geralmente fazem o que não é honesto a Deus ou produtivo.
O terceiro perigo de uma cultura decadente.  Os jovens criados em uma cultura decadente
estão acostumados ao vício. Ouça com atenção.  A familiaridade com o vício não produz
nojo, produz apego.
A familiaridade com o vício não produz nojo, produz apego.  As percepções morais são
obscuras, as sensibilidades para o mal diminuem e, quando os jovens  se acostumam ao
vício, são vitimados por seus atrativos.
O quarto perigo da educação sem Deus.  Eles são expostos em sua educação a ataques a
Deus, ataques a Cristo – tanto abertos quanto secretos.
Segundo a pesquisa da LifeWay Research, 66% dos jovens cristãos entre 18 e 22 anos
abandonam a igreja nos anos de faculdade
Eles estão expostos a ataques à Bíblia.  O cristianismo é ignorado, ridicularizado,
ridicularizado ou não considerado intelectual.
Eles passam por um processo de educação que basicamente deixa Deus de fora ou o
define em termos humanos, e isso é algo poderoso porque mentores, professores e
professores carregam autoridade com eles.
É um momento perigoso, como os fundamentos da vida e a crença em Deus, que é tão
inato para o coração humano e os raciocínios, como indicado em Romanos 1, são
atacados e devastados e destruídos no processo educacional e os homens perdem o
senso de realidade sobre Deus.
O quinto perigo da imaturidade. Eu diria que esse é o maior perigo da juventude.
A imaturidade tem seus próprios problemas. Alguém disse que é muito ruim a juventude ser
desperdiçada com os jovens, mas é assim que as coisas são.
E a juventude, porque é juventude, é imatura. Por ser imaturo, possui seu próprio conjunto
de problemas.  Por exemplo, a tentação é mais forte na juventude.  As luxúrias são mais
atraentes naquele momento.
Formam-se hábitos que raramente podem ser vencidos, mesmo na velhice. Muitos homens
na hora velhos na hora da morte confessam com lágrimas que nunca foram capazes de
superar os hábitos da pornografia que começaram quando eram jovens.
A juventude é uma época que apresenta mais oportunidade para o pecado, oportunidade
mais frequente para o pecado.  A juventude é uma época em que a ambição é forte,
quando o orgulho egoísta está controlando.
A juventude é uma época de confiança injustificada – confiança que você não merece
porque nunca foi testada e nunca foi comprovada.  É um momento de invencibilidade
imaginaria.
É uma época de falta de experiência, e a experiência suaviza, mostra a verdade da
realidade. É um momento perigoso.  E o futuro da igreja ainda depende de jovens
crescerem em tempos tão perigosos.
Que tipo de jovens a igreja deve ter.
É o que diz Paulo a Tito – “exorta aos jovens que sejam sensatos”, “a se controlarem”, a
serem moderados; não influenciados; a serem sábios; prudentes;
A palavra “exorta ” arakale”, “acompanhe e exorte ou incentive” – uma palavra familiar do
Novo Testamento.
Significa “instruir, ensinar, aconselhar, dirigir, guiar, exortar, admoestar, corrigir, disciplinar”.
É um método de influenciar por meio da palavra falada por uma acompanhante, ou
instrutor. Ou seja; “acompanhe-os e instrua-os a serem prudentes”.
Agora, essa palavra também significa simplesmente “ter controle”.  É a mesma palavra,
sphrone. Já vimos várias vezes. Vimos no capítulo 1, versículo 8; capítulo 2, versículo 2, 4,
5. Veremos novamente no versículo 12.
Essa palavra comum que significa simplesmente que a juventude a fase mais perigosa e
mais importante da vida precisa se focar prioritariamente nisso:
“desenvolver autodomínio, autocontrole, equilíbrio, ser prudente, sábio”; “Para obter suas
faculdades e apetites, seus anseios e desejos controlados.
Prioritariamente para desenvolver discernimento e julgamento para não ser enganado e
convencido pelas falácias, sofismas e mentiras que se levantam contra o conhecimento de
Deus.”

CONCLUSÃO: Tal exortação gera equilíbrio. Eles devem exibir poder sobre seus apetites
e faculdades. Estes são essenciais para que sejam piedosos e tenha emoções saudáveis.
Eles têm que controlar suas vidas, eles precisam remir o tempo e não desperdiçar o tempo.
As redes socias, tem sido uma armadilha para destruir toda sensatez, e equilíbrio
emocional da juventude.
Isso significa, pais e mães, que quando vocês estão criando seus filhos adolescente e
jovens vocês precisam ensinar a eles a serem sensatos, prudentes, sábios, ou seja,
piedosos.
Como Timóteo, foi orientado: (2 Timóteo 2:22); “Foge também das paixões da mocidade; e
segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o
Senhor”.
Veja o conselho de Pedro (1 Pd 5: 5). “Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais
velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque “Deus se opõe aos
orgulhosos, mas concede graça aos humildes”.
Os jovens devem ter autocontrole, domínio de si. Os pais devem ensinar seus filhos em
conformidade com os padrões sagrados, e isso significa que você precisa controlá-los para
que seu controle se torne o controle deles com o tempo.
“Diga-me”, disse Edmund Burke, “quais são os sentimentos predominantes que ocupam a
mente de seus rapazes, e eu lhe direi qual deve ser o caráter da próxima geração.

Sermão Nº 18 – Que tipo de de jovens a igreja deve ter (Parte 2).


Referência: Tito 2:6.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 09/10/2019.

INTRODUÇÃO
 “Quem me dera pudesse viver minha juventude novamente!”, é o que provavelmente
falarão.
“Ah! se eu tivesse gasto os dias da minha mocidade de uma forma melhor!” “Oh! se eu não
tivesse deixado os maus hábitos se arraigarem, de maneira tão forte, na primavera da
minha existência
Paulo está querendo poupar desses dissabores com esta única orientação aos jovens:
Semelhantemente exorta aos moços que sejam moderados.
E isso significa: Que você deve ser atencioso e prudente, não precipitado nem desatento. E
correto o provérbio espanhol: “A pressa vem do diabo
Precisar aprender a refletir antes de agir. Alguém disse: “Não faça nada de forma
precipitada; aguarde um pouco mais e você acabará mais cedo”.
Aprender a pensar livremente, sem ser influenciados por tendências e modismos do
mundo.
Significa que você deve ser cauteloso e prudente, não impulsivo, nem viver fantasiando a
vida.
Fixar regras de sabedoria. Aprender a usar a razão e a consciência. Seja desconfiado de
seu próprio julgamento. Estude as Escrituras.
Você deve ser humilde e modesto, não orgulhoso e vaidoso. Não tenha um alto conceito de
si mesmo. Não viva acima da reprovação, acima da piedade.
Você deve ser temperado e abnegado, não indulgente com seu apetite.
Você deve ser gentil e afetuoso, mas enérgico e não indulgente com suas próprias paixões.
Você deve ser casto e reservado, não devasso ou impuro.
Você deve ser firme e composto, não tonto e instável, nem vulnerável.
Você deve ter contentamento em todas as coisas, não ambicioso e astuto.
Você deve ser sério e firme, não vaidoso, nem influenciado pelo marketing do efeito que
domina a manada; e nem é um produto do meio.
O que os moços virão a ser depende, muito provavelmente, daquilo que são no momento;
ainda assim, parece que se esquecem disso com muita facilidade

A IMPORTANCIA DA IMPOSIÇAO DESSA EXORTAÇÃO.


Você é uma criatura razoável. Você é pecador diante de Deus. Você está iniciando sua
caminhada em um mundo de tristezas e armadilhas.
Multidões de jovens estão arruinadas por falta dessa sobriedade mental. Você está aqui
em julgamento pelo céu. Você deve em breve ir a julgamento.
Examine-se. Exortem-se um ao outro. Contemplem as vantagens da mente sóbria.
Aprenda as instruções para deixar você sóbrio.
Precisamos considera o espírito e a conduta aos quais essa exortação se opõe.
A mentalidade sóbria, se quisermos entender o significado principal da palavra, é estar
“seguro” ou “com uma mente sã”.
Mas talvez o melhor equivalente em português para a palavra seja “discreto” ou “auto-
contido”.
Restringir e manter-nos sob controle, tanto quanto necessário; e, no entanto, ao mesmo
tempo, cultivar tais hábitos de pensamento que não serão necessários muito controle.
1) Essa exortação se opõe à autoestima indevida (Rm 11:20;12: 3-6; Fp 2: 3)
Deve haver uma certa quantidade de autoestima ou auto respeito. Onde isso for totalmente
necessário, haverá pouca ou nenhuma força de caráter.
Onde não houver respeito próprio, um dos argumentos mais fortes contra o mal será
perdido. Se não nos respeitarmos, não agiremos de modo a ganhar o respeito dos outros.
Mas o EXCESSO desse respeito próprio é tão prejudicial quanto a sua falta; e é para esse
excesso que a juventude é naturalmente propensa.
A juventude tem uma fantasiosa e irreal ideia exaltada de suas próprias realizações e
importância. A ideia de que se sabe tudo, e que tem as respostas para todas as coisas.
Mas O! quanta dor, de quanta humilhação deveríamos ser poupados, se aprendêssemos
desde o início a estimar os outros melhor que a nós mesmos!
E quando olhamos para nossos próprios corações, vemos o quanto devemos nos humilhar.
O quanto a nossa natureza é má e destruidora.
2) Essa exortação se opõe a todas as especulações céticas sobre coisas espirituais.
As FORMAS DE ORGULHO são muito diversas; mas em qualquer forma que o orgulho se
apresente, ainda é um mal contra o qual devemos estar em guarda.
Existem algumas formas de orgulho que são simplesmente desprezíveis e ridículas.
Por exemplo, o orgulho do vestuário, o orgulho da aparência pessoal, o orgulho da vida ou
o orgulho do nascimento em famílias ricas.
Mas há outra forma de orgulho que não parece tão ofensiva como estas – quero dizer:
O ORGULHO DO INTELECTO daquelas faculdades que Deus nos deu, e que nos
distingue das outras coisas criadas. O intelecto pode se tornar um motivo de pecado de
soberba, pela falta de uma INTELIGÊNCIA HUMILHADA.
Mas ainda assim, essa forma de orgulho, como qualquer outra forma, é abominável aos
olhos de Deus.
Esse orgulho, nãos faz céticos e críticos das obras de Deus na criação, através do
ATEÍSMO e AGNOSTICISMO.
Todos os ISMOS que desmerecem a verdade da palavra de Deus, ou a coloca em uma
categoria inferior que não seja a verdade absoluta.
E se sob nenhuma circunstância é desculpável, é mais especialmente ofensivo se nos levar
a desrespeitar as declarações deste livro sagrado, respeitando o caráter, a vontade e os
tratos do Altíssimo.
3) Essa exortação se opõe a todos os esforços ambiciosos para acumular riqueza e ter
status.
Não suponha que eu me oponha a qualquer quantidade de progresso, intelectualmente ou
socialmente.
Aos jovens, eu diria: faça todo o bem que puder, obtenha todo o bem que puder e desfrute
ao máximo todas as coisas boas que Deus colocou ao seu alcance.
Mas, ao mesmo tempo, lembre-se disso: qualquer coisa, por melhor que seja por si só,
deixa de ser boa assim que é usada em excesso ou quando interfere nos seus interesses
mais elevados.
Agora, mantendo essa afirmação em vista, considere apenas o resultado do esforço
incessante dos homens nos dias atuais, não apenas para acumular riquezas, mas para
imitar os hábitos, os costumes e o vestuário da estação acima deles.
Evite como uma praga todos os livros e conceitos que o deixarão insatisfeito com a posição
em que Deus o colocou.
Tenha certeza de que essa posição é a melhor posição possível para você. Lembre-se de
que este é apenas o primeiro estágio de sua existência.
Aprenda a encarar a juventude como uma ESCOLA DE TREINAMENTO – como um estado
de disciplina em que você deve suportar muito do que não gosta.
Na qual deve fazer muito o que prefere não fazer, mas ousando fazer o que será habilitado
a se conformar à vontade de Deus e a subir para um estado superior de ser.
Essa exortação se opõe a toda impaciência e falta de vontade de ouvir os conselhos e as
advertências daqueles que são mais velhos que nós.
Alguém certa vez disse sabiamente:
“Aos trinta anos, suspeita-se que somos um tolo
Aos quarenta anos, sabe-se que tem de revisar tudo”.
Quanta miséria seria poupada se, quando éramos jovens, nos contentássemos em receber
a experiência dos outros, em vez de adquirir essa experiência por um processo muito
doloroso.
Muitos jovens tem sido como Roboão tem escolhido como conselheiros seus próprios
amigos, e desprezam os mais velhos e acabam caindo nas mãos de gente interesseira e
mal-intencionada que nunca o amou e nem quer o seu bem.
Há uma FÁBULA ANTIGA sobre uma mariposa que, certa vez, comentou com uma coruja
sobre o fogo que havia chamuscado as suas asas.
A coruja, movida pela intenção de jantá-la, aconselhou-a: não se preocupe, vá brincar com
o fogo e ignore a fumaça

II A NATUREZA DA EXORTAÇÃO À SOBRIEDADE.


Seja sóbrio, e isso elevará seu caráter. “Aquele que se humilhar será exaltado.” Seja
sóbrio, e isso aumentará muito sua influência para o bem social,
Seja sóbrio, e você escapará de muitas armadilhas nas quais outros caíram e foram
destruídos.
Há um texto que descreve o leito de morte de um jovem ímpio –
“para que não lamente no final, quando a sua carne e o seu corpo forem consumidos” – a
carne do seu corpo consumida pela indulgência em práticas más – “e você diga: Como eu
odiei instrução, e meu coração desprezou a reprovação; e não obedeci à voz dos meus
professores, nem inclinei meus ouvidos aos que me instruíram”.
Esse é o resultado do espírito e da conduta oposta à sobriedade da mente. Cultive isso em
primeiro lugar, porque isso provará que sua religião é uma realidade, e não uma hipocrisia.
Entenda que a “mente sóbria” está em oposição à excitação. A natureza da sobriedade é
melhor explicada pelo seu oposto de excitação.
Exortar os rapazes a serem sóbrios, é praticamente equivalente a exortá-los a evitar a
excitação.
1) A excitação da intemperança em todas as abordagens.
De todas as abordagens, a sensualidade em todas as suas formas é a mais forte; uma
excitação tão forte e, no momento, tão prazerosa, que aquele que uma vez cedeu a ela
logo forma o hábito de tal indulgência.
E aquele que uma vez formou o hábito, quase sempre persiste nele até que seu pecado
seja sua ruína; nenhuma persuasão e convicção, nenhuma experiência de miséria e
nenhuma resolução de emenda são úteis.
Alguém já disse que quem planta um pensamento, colhe um ato, quem planta um ato,
colhe um habito, quem planta um habito, colhe um destino.
Apenas uma apreciada de material impuro, por 20 minutos, é preciso 20 anos para a mente
esquecê-lo.
O homem que permitiu que o corpo se tornasse seu mestre é, nesse sentido, como em
todos os outros, de fato é um escravo, que ele não pode escapar de sua escravidão, ele
deve viver nela e morrer nela também.
Um garoto consegue envergar um carvalho, quando este é ainda tenro, mas cem homens
não conseguem desarraigá-lo, quando se torna uma árvore adulta.
O caminho do pecado é morro abaixo; o homem não consegue parar quando quer. As
pessoas não podem viver como Esaú e querer morrer como Jacó.
O corpo deve ser disciplinado, mantido em servidão; Paulo ensina exatamente isso em 1
Coríntios 9:27 “Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter
pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado”.
A palavra “intemperança” (falta de moderação) é uma expressão muito forte usada pelo
Espirito Santo para expressar qualquer coisa com a qual você esteja atualmente em perigo,
ou qualquer coisa que as atuais modas da sociedade tornem perigosa para sua pureza
espiritual.
Inicialmente o pecado causa espanto ao homem, depois se torna agradável, confortável,
prazeroso, frequente, habitual e, por fim, confirmado no seu coração.
Assim, o homem se torna impenitente, obstinado, determina não se arrepender e,
finalmente, é condenado”.
De uma vez por todas e pela graça de Deus, decida abandonar cada pecado conhecido,
por menor que ele seja. Vença o pecado agora, enquanto é tempo.
2) Toda excitação pecaminosa, excitação excessiva, mesmo em formas não pecaminosas,
é aqui claramente proibida.
Deus estabeleceu uma certa ordem crescente entre as partes que constituem nossa
natureza. Elas devem viver em harmonia e equilíbrio.
A constituição da natureza humana, é composta de três partes: corpo, mente e
alma. Nossa existência parte da compreensão delas.
Cada uma delas é muito importante: em cada uma delas, há um grande trabalho deve ser
realizado dentro de um tempo limitado. Cada uma delas é destinada à imortalidade e deve
ser preparada por nós.
Mas, embora cada uma dessas três partes seja valiosa, imortal, digna de reflexão, cuidado
e educação, cada uma delas é objeto da consideração especial de Deus.
Todavia, elas não são igualmente valiosos: a alma está em primeiríssimo lugar, por ser
nossa parte imaterial e espiritual, que é capaz de conhecer e amar a Deus, assemelhar-se
a Ele, ser sua própria morada, e essa parte requer nosso cuidado prioritário.
Nunca esqueça que nada é tão importante quanto sua alma. Sua alma é eterna; viverá
para sempre.
Devemos pensar muito mais seriamente na fome ou doença da alma do que a do corpo;
devemos ficar muito mais irritado quando nossa alma perde uma de suas refeições, que
são oportunidades de oração públicas e privadas, oportunidades de ler ou ouvir a Palavra
de Deus, ou de participar da Santa Ceia, e quando somos impedidos por acidente ou falta
de vontade.
Nosso apetite de uma refeição corporal, são na verdade a expressão das necessidades
mais elementares da nossa fé em Deus, e em Cristo e na eternidade. Esse principio
deveria ser o vetor da nossa gastronomia.
Determine fazer da Bíblia o seu guia e conselheiro, enquanto você viver, ame a leitura
devocional e faça dela seu exercício diário e isto vai mudar sua história.
Ao lado dela vem à mente; aquela parte do homem que entende e julga, pensa e conhece;
aquela parte que deve ser configurada e treinada na juventude, para o serviço de Deus e
na geração de uma MATURIDADE SAUDÁVEL.
Por isso o Espirito Santo diz que os jovens devem ser exortados a terem uma mente
sóbria. E se eles são fies a Cristo, eles irão obedecer com toda a sinceridade. Então vão
pensar primeiro em suas almas, depois em suas mentes e por ultimo do que é corporal.
Embora Deus deseje que seus corpos sejam bem alimentados, para que sejam fortes,
saudáveis e habilidosos para toda a boa obra.
O EXCESSO DE PESO, pode ser um impedimento à nossa piedade, por exemplo no
evangelismo pessoal. Pode interferir na disposição para leitura, oração e o Jejum.
O desejo de Deus, é que todas as partes estejam ajustadas. Mente sã, corpo são. Nossas
expressões corporais, demonstram nossas prioridades.
Uma pessoa que não tem controle sobre a alimentação, passa a ideia de alguém que não
tem disciplina em outras áreas e que não consegue dominar seus desejos. O tempo do
Jejum é um teste para isso.
Por isso os jovens são exortados a não gastarem o MELHOR DE SUAS ENERGIAS com
coisas transitórias e temporais, mesmo que não sejam coisas pecaminosas.
Que tenham cuidado com o EXCESSO DE ENTRETENIMENTO, principalmente as
tecnologias que criam comportamentos excessivos e lascivos.
Que aprendam a fazer todas as cosias com moderação, e para a gloria de Deus
demonstrando autocontrole, temperança, pureza em tudo.
3) Ter uma mente sóbria é, em outras palavras, ter uma mente sã.
Uma mente significativa, ativa, constante, viva, focada, perspicaz, sábia em seus objetivos,
moderada em suas expectativas, inflexível em seus princípios, que governa seu reino
interior, cheia de autocontrole, e que tenha paz com Deus.
Isso implica que teremos uma visão justa da vida; que não apenas professamos, mas
sentiremos seu verdadeiro objetivo.
Como uma preparação para a eternidade, como uma oportunidade de fazer a vontade de
Deus e promover Seus propósitos para conosco e para todos os homens.
Isso implica que nunca vivemos baseados na nossa própria capacidade, nem buscando
nossos próprios desejos, nem buscaremos agradar a nós mesmos, e nem seguiremos
nossos próprios caminhos.
Isso implica que seremos gratos por tudo o que Deus dá, e pacientes sob Sua mão que
retém, controla e até castiga.
Que estamos dispostos a ser o que Ele deseja que sejamos, mesmo quando nossa própria
inclinação pode apontar para um algo muito diferente.
Tudo isso é, mas mais também. Uma mente sã, no sentido mais alto da palavra, não pode
estar onde o Espírito Santo não está; onde o próprio Deus não está presente na alma,
através de Jesus Cristo, pelo Seu Espírito, como o Guia, o Senhor e o Consolador, a
sabedoria, a tranquilidade e a força, a vida da nossa vida e a esperança da glória.
Uma mente sã, uma mente sóbria, no verdadeiro sentido, só pode ser onde a alma do
homem foi transformada no Espírito do homem pela habitação do Santo e abençoado
Espírito de Deus.
Estar sóbrio é ser:  Pensativo e atencioso, em oposição à vertigem e leveza da disposição.
Ser humilde e renunciado em oposição a um espírito convencido e autossuficiente.
Ser temperado e abnegado, em oposição à indulgência desenfreada das paixões.
Dar preferência habitual ao eterno ao invés do temporal.   Ter uma atenção sóbria para que
nunca adiemos para um período futuro o que deve ser feito agora.
A juventude é um tempo de PROCRASTINAÇÃO por achar que temos muito tempo.
A morte e o julgamento estão diante dos moços, assim como dos outros; mas quase todos
eles parecem esquecer-se disso

III RAZÕES PARA INSISTIR EM UMA MENTE SÓBRIA.


Vejamos as razões pelas quais a sobriedade da mente deve, em particular, ser
recomendada aos jovens, entre outras, podemos atribuir as seguintes.
Reconhece-se que é impossível para uma pessoa, constantemente agir bem que não
pensa com sabedoria, ou pensar com sabedoria que não pensa sobriamente.
Pensar com sabedoria e agir sobriamente é uma constante necessidade em todas as fases
da vida. Mas principalmente na juventude, da qual todo o resto da existência depende.
Tudo o que fazemos na juventude vai definir quem somos na maturidade. Esse é o tempo
para todo os tipos de virtudes e desenvolvimentos nascerem. As decisões mais importantes
são tomadas agora.
O que os moços virão a ser depende, muito provavelmente, daquilo que são no momento;
ainda assim, parece que se esquecem disso com muita facilidade.
Os moços necessitam de exortação, porque, se começarem a servir a Deus agora, serão
poupados de tristezas
A juventude com a manhã de nossa vida, nossos primeiros e prósperos anos, devem estar
armados com essa precaução, porque é na juventude que estamos expostos aos maiores
perigos.
Quando as paixões são as mais fortes e, podem nos arrebatar e nos seduzir com mas
violência.
Quando os prazeres e entretenimentos dos sentidos nos fascinam e são mais capazes de
nos trair em excesso
Principalmente por ser a juventude mais facilmente enganada e convencida, mais crédula e
sem discernimento.
Portanto, os jovens são mais abertos às tentativas dos outros, os mais propensos a sermos
assaltados e superados, principalmente pelas SEITAS E HERESIAS.
O perigo de MÁS COMPANHIAS e de gente que não ama a Deus. Seremos totalmente
influenciados e copiaremos o comportamento com quem andamos. Nunca tenha como
amigo íntimo alguém que não seja amigo de Deus
Portanto, já que a experiência que chega tão tarde, ela deve ser suprida por considerações
e acompanhamento dos mais velhos. A prudência deve nos convidar a ouvir isso, antes
que venha a tragédia.
A moderação como uma joia da mente e da alma que combinam melhor com a juventude,
assim como são a beleza de todos os ornamentos, brilham mais na juventude.
Então esse excelente temperamento de que falamos, que é a joia e o traje principal da
alma, e para o qual a maioria das outras boas qualidades que ela possa adquirir são
apenas adereços e apêndices.
A moderação é então da maneira mais exata possível uma JOIA VALIOSÍSSIMA e não
bijuteria barata. Ela tem de fato o melhor brilho e tornam os que a usam mais amáveis e
encantadores.
Como os jovens têm muitos dons e talentos naturais que abrem portas ao seu favor.
Tem têm uma desvantagem natural em relação ao tempo, que é falta de maturidade, coisa
que não há como equilibrar ou compensar.
A diferença de um jovem de 20 anos que humildemente se deixar educar por uma pessoa
madura de 50; e outro da mesma idade que não se deixa; é que  o primeiro ganha 30 anos
de uma só vez.
Os privilégios que a moderação dá a juventude, de serem sóbrios e discretos, torna-os
mais felizes, pois possuem um título duplo: sabedoria(própria) e maturidade (de outros).
Esses moços piedosos vivem acima da média.

OS EFEITOS DE UMA MENTE SÓBRIA.


A sobriedade da mente confirma e estabelece a piedade.
Ninguém é pobre quando tem instrutores piedosos. Mas a eficácia disso depende muito de
como vamos agir.
Todas as advertências e conselhos que recebem de nossos pais, amigos, professores e
livros, são um ARSENAL, no qual você deve estar comprometido em guardar e aprimorar.
São um tesouro rico demais para ser desperdiçado. È uma herança que de fato os torna
mais felizes para que chega mais cedo.
Veja os conselhos que Salomão recebeu do seu pai. Eles foram a fonte de toda a sua
sabedoria (1Cr 23: 9; Pv 4: 15-16). Ninguém é sábio aos seus próprios olhos.
A sobriedade mantém a mente disposta.
Dizemos que tudo é fácil para uma mente disposta; mas uma mente sóbria é tão disposta
quanto sábia.
Grandes partes das nossas lutas e dificuldades, é causada pela nossa consideração tardia.
Agimos sem pensar, e por isso colhemos frutos amargos.  E isto tem acontecido muito no
casamento.
Onde o amor é motivado pelos fatores da aparência e não no caráter do futuro cônjuge,
que nasce de um amor egoísta. O numero de divorcio entre os jovens nos primeiros anos
de casados e algo assustador.
A moderação é uma forte defesa contra tentações. “Escrevi a vocês, rapazes, porque sois
fortes”, diz São João;
Ou o que importa o mesmo é o que Deus está dizendo: vocês jovens são vigorosos. Vocês
estão num momento áureo da vida. Onde poderão servir com mais intensidade e como
mais êxito ao reino de Deus.
Governe, portanto, seus apetites antes que os maus dias cheguem. Agora você pode
vencê-los, mas se você negligenciar isso, eles vencerão você e levarão você para onde
não deseja.
Quando você perder a moderação. O pecado fará você pagar mais caro do que pode. Vai
fazer você ficar mais tempo do que queria. E fará você dá o que não queria.
 
 
A moderação oferece maiores oportunidades de piedade e virtude.
Os moços e moças, armado da moderação; são mais fortes e mais rápidos, não apenas em
defesa, mas em ação; para que, quando as ocasiões se apresentem, eles estejam prontos
para encontrá-las com prazer e aperfeiçoá-las em proveito.
A palavra em nosso texto, estritamente traduzida, significa “mente sã”. E implica a
convicção de que existe um certo padrão de caráter ou condição da mente que tem uma
analogia com a saúde do corpo.
Uma condição na qual todas as funções da mente estão em seu estado correto, onde há
visões solidas ou saudáveis das coisas, onde todas as partes dos corpos estão em perfeito
estado de operação.
A moderação é a grande incentivadora de uma vida de ORAÇÃO. Sem disciplina e domínio
sobre a vontade ninguém se dedicará com perseverança na oração. A falta de moderação
é a falta de oração.
A moderação é a disciplina para a santidade. É por meio da moderação que vamos
mortificar o pecado. As renuncias são obras da moderação.
Por obedecer a esse mandamento Bíblico da moderação ROBERT MURRAY McCheyne
(1813-1843) foi um dos homens mais consagrados do século 19.
Morreu Jovem com 29 anos. Teve um pastorado curto, mas fez mais que a maioria dos
pastores. Ele desenvolveu o melhor plano de leitura devocional das Escrituras.
A sobriedade coloca os limites em todas as coisas.
A falta dessa SOLIDEZ DA MENTE, onde as paixões e desejos exerce influencia sobre
nós, mas do que qualquer outra coisa, destrói nossa sanidade mental e levam a ruína.
Portanto, a SOLIDEZ DA MENTE inclui autocontrole e temperança, a primeira das quais é
o poder de governar as paixões e a outra o hábito de usar todos os prazeres sem exceder.
Mas a solidez ou sobriedade da mente é uma joia rara. Pois desenvolve aquelas visões
justas da vida.
Dá uma apreciação do valor do prazer e do mundo em comparação com o dever e a vida
superior da alma, sem a influência da qual na alma não pode exercer continência, nem
autocontrole, nem temperança.
A solidez ou sobriedade da mente também além de colocar os limites das paixões,
especialmente as sensuais; também lida corretamente com todos os outros desejos.
Mesmo aqueles que têm pouco a ver com o corpo, como o desejo de fama, de poder, de
superioridade e o desejo de riqueza – o meio de satisfazer todos os outros desejos – são
colocados sob seu controle.
Eles não fazem isso como consequência da prudência mundana que visa o sucesso na
vida e querem viver melhor, como ensinam as religiões e os gurus modernos, para ganhar
reputação e louvor dos outros.
A sobriedade não é uma virtude filosófica cristã de bem-estar. A motivação pura por traz é
a gloria de Deus, e o caráter santo do evangelho.
Esse caráter é desenvolvido através da união com Cristo e como resultado do trabalho do
Espirito Santo em nós.

CONCLUSÃO: A juventude deve ser como o jovem Daniel, que na adolescência foi capaz
de se destacar por sua moderação e conhecimento (Daniel 1: 4);
O jovem SAMUEL, que assim que é desmamado, esteve diante do Senhor ( 1 Samuel 1: 1-
28 ); o jovem JOSIAS, que aos oito anos de idade foi um rei piedoso influenciado pelo
sumo sacerdote ( 2 Reis 2: 1-25 );
Como o jovem TIMÓTEO, que conhecia as Escrituras desde criança; sim, e do próprio
CRISTO, que cresceu tanto em sabedoria como em estatura, de modo que, aos doze anos
de idade, conseguiu confundir os doutores e grandes rabinos dos judeus.
Deus exige primícias, primogênitos dos homens e dos animais. O primeiro mês, sim, o
primeiro dia desse mês, para a celebração da páscoa; e deleita-se em ofertas inteiras e
gordas, não nos sacrifícios coxos, magros e cegos que Sua alma abomina.
De todos os filhos dos homens, o Senhor nunca teve tanto prazer como nos que foram
santificados desde o ventre.
Alguns dos eruditos falam da vara de amendoeira, como a vara de Moisés e a visão de
Isaias sobre o chamado de Deus (Ex 3; Is 9). A escolha das amendoeiras de todas as
arvores são as que produzem mais rapidamente suas flores e frutos.
Veja quais são os sentimentos predominantes que ocupam a mente da nossa juventude e
saberemos qual será o caratê da nossa próxima geração.
Os homens são modernos, mas repete a sabedoria do passado.  O poder dominante dos
jovens é algo reconhecido em todos os tempos.
Foi porque ele ensinou a seus rapazes que SÓCRATES era temido em Atenas. De pé no
mercado, visitando o ginásio ou falando dos pórticos, ele exercia um poder que os
senadores viam com inveja e pavor.
Quando alguém desejava que WESLEY deixasse a universidade de Oxford para tomar
conta de uma paróquia local, ele recusou, porque, segundo ele, as escolas dos profetas
estavam lá.
O HON. Stephen Allen, que fora prefeito de Nova York, foi afogado a bordo do Henry Clay.
No livro de bolso foi encontrado um recibo impresso, aparentemente cortado de um jornal,
cuja cópia é apresentada abaixo.
É digno de ser gravado no coração de todo jovem: –
 “Tenha boa companhia, ou nenhuma. Nunca fique ocioso. Se suas mãos não puderem ser
empregadas com utilidade, dedique-se ao cultivo de sua mente. Sempre fale a verdade.
Faça algumas promessas. Faça jus aos seus compromissos. Mantenha seus próprios
segredos, se você tiver algum. Quando você fala com uma pessoa, olhe-a na cara.
Boa companhia e boa conversa são os próprios tendões da virtude. O bom caráter está
acima de todas as outras coisas. Seu personagem não pode ser essencialmente ferido,
exceto por seus próprios atos.
Se alguém fala mal de você, deixe sua vida ser para que ninguém acredite nele. Não beba
nenhum tipo de bebida intoxicante. Sempre viva (com exceção do infortúnio) dentro de sua
renda.
Quando você se aposentar, pense sobre o que você tem feito durante o dia. Não tenha
pressa de ser rico se você prosperar. Ganhos pequenos e constantes dão competência a
uma mente tranquila.
Nunca jogue em nenhum jogo de azar. Evite a tentação, por medo que você não possa
suportar. Ganhe dinheiro antes de gastá-lo. Nunca tenha dívidas, a menos que encontre
uma maneira de sair de novo.
Nunca peça emprestado se você puder evitá-lo. Não se case até conseguir sustentar uma
esposa. Nunca fale mal de ninguém. Tenha um pouco antes de ser generoso. Mantenha-se
inocente se você quiser ser feliz.
Economize quando for jovem, para gastar quando for velho. Leia as máximas acima pelo
menos uma vez por semana.”
A supremacia do autocontrole consiste em uma das perfeições do homem ideal.
Não ser impulsivo, não ser estimulado aqui e ali por cada desejo que por sua vez chega ao
topo; mas ser autocontrolado, equilibrado, governado pela decisão conjunta de todos os
sentimentos reunidos no conselho, diante dos quais toda ação deve ser totalmente
debatida e determinada com calma – que é o que a educação, a educação moral, pelo
menos, luta produzir ”.
Essa é a qualidade determinante da qual mais depende o sucesso ou o fracasso da vida
após a morte. Se falhar aqui, sua falha é absoluta e irremediável. Sucesso aqui é sucesso
garantido daqui para frente.
Veja o exemplo de dois jovens: um educado nos melhores colégios e faculdades
particulares; o outro nunca esteve em uma faculdade, mas conhece e possui o poder do
autocontrole.
Para todo trabalho digno da vida, este último é incomensuravelmente superior; ele fará o
trabalho de um melhor banqueiro, fabricante, legislador, etc.
Falar vários idiomas, ter doutorado, é valioso, mas, em contraposição ao
AUTOCONTROLE, não tem o peso de uma pena ou o valor de um peido.
Mas a verdadeira educação adota o autocontrole e, com outras aquisições, oferece grande
vantagem ao estudioso.
Em uma entrevista foi questionado sobre qual a qualidade mais essencial para um
primeiro-ministro.
Um dos participantes disse: “Eloquência”; outro, “conhecimento”; outro, “Trabalho”. “Não”,
disse o primeiro Ministro Pitt, “é a Paciência”, e a paciência com ele tinha seu verdadeiro
significado de autocontrole.
Nesta qualidade, ele próprio se destacou. Há um monumento instrutivo para esse grande
estadista na Abadia de Westminster.
PITT fica ereto com a mão estendida; outra figura representa a anarquia se retorcendo
acorrentada a seus pés, enquanto uma figura calma que representa a história está
anotando o registro de suas conquistas vitoriosas para a posteridade ler.
Há uma necessidade premente de outros Pitts conquistarem a si mesmos e depois
conquistarem seus companheiros neste mundo desordenado. Anarquia e o erro ainda
devastam a terra.
Eles precisam de homens fortes e AUTOCONQUISTADOS para colocar ordem no caos. E
esteja certo, a história imparcial espera para imortalizar o nome dos grandes heróis morais
de hoje.
Moço, Você é necessário para Deus, neste tempo presente. Pense como você pode ser um
instrumento de benção para sua família, para sua igreja e para o bem para o mundo.
WILLIAM WILBERFORCE (1759-1833), foi um inglês estadista, abolicionista e filantropo.
Lutou para abolir o tráfico de escravos e a própria escravidão. Morreu um mês antes da
promulgação oficial do fim do tráfico de escravos nas Colônias Britânicas.
Sermão Nº 19 – Que tipo de de jovens a igreja deve ter (Parte 3).
Referência: Tito 2:7-8.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 16/10/2019.

INTRODUÇÃO
As pessoas costumeiramente são lembradas pelos exemplos que transmite aos demais.
Sejam esses exemplos bons ou ruins, certamente servirão de referência para alguém em
determinado momento, alguém já que nossa vida servirá de exemplo ou de lição para os
outros. Os preceitos são bons, mais os exemplos são melhores. A método preferido de
Deus para nos ensinar é o exemplo. Alguém também já disse que há três formas eficazes
de ensino: a primeira é pelo exemplo, a segunda, pelo exemplo e a terceira pelo exemplo.
É natural do ser humano espelhar-se em alguém para moldar seus costumes, crenças,
atitudes, escolhas, comportamentos, etc. Isso acontece por um fenômeno natural,
nitidamente percebido no comportamento das crianças, cujas ações são diretamente
influenciadas pelas atitudes dos pais ou familiares próximos de seu convívio diário.
Seguindo nessa perspectiva devemos nos atentar para nossa conduta, pois naturalmente
servimos de referência para alguém, seja para os filhos, familiares, amigos e também aos
companheiros de trabalho e estudo.
Nem sempre são abundantes as palavras,nem o brilho da fala, que abre a porta do
evangelho, ao alcance do pecador; um cristão é um sermão vivo.

A IMPORTÂNCIA DOS EXEMPLOS.


Parece que as três primeiras palavras do versículo 7, poderia pertencer ao final do
versículo 6.  Considerando que os números dos versículos não são inspirados e foram
acrescentados em 1553 pelo erudito francês, Robert Estienne.
Se incluíssemos essa frase no final do versículo 6, ficaria assim: “Da mesma forma,
exortamos os rapazes a serem sensatos “em todas as coisas”.
Logo o versículo 7 começaria assim: “você mesmo seja exemplo de boas obras”.
Assim, a frase “em todas as coisas” se encaixaria melhor no final do versículo 6 e estende
essa questão de equilíbrio mental, autodomínio, autocontrole e comportamento equilibrado
na vida cristã a um nível quase infinito – “em todas as coisas”.
Os rapazes – tão potencialmente voláteis, impulsivos, apaixonados, arrogantes,
ambiciosos, inexperientes – precisam se tornar os donos de todas as áreas de suas vidas e
se tornarem ADULTOS SAUDÁVEIS.
Tudo precisa estar sob controle.  Paulo disse: “Eu esmurrei o meu corpo para escraviza-lo”
(1 Co 9.27).  Ele nos lembrou “andar no Espírito”, (Gl 5.16), “e não cumpre as
concupiscências da carne”.
Portanto, Paulo diz que os rapazes devem ser exortados a andar no Espírito, e a procurar
com toda a força e disciplina, a procurar viver em equilíbrio espiritual e autocontrole, e a
não serem vitimados pelos perigos que estão à sua volta.
Escolhendo ser um exemplo (v.7).
Tendo dado essa exortação, ele se volta para o segundo ponto, exemplo, e define Tito para
ser um exemplo de como se vive uma vida equilibrada.
Você notará no versículo 7 a palavra “EXEMPLO”, e essa é obviamente a chave para isso.
Ele agora vai dizer a Tito: “Olhe, para o bem dos rapazes, exortá-los, e isso é para
confrontá-los verbalmente, mas também para o bem dos jovens, dar o EXEMPLO, e isso é
confrontá-los com o padrão da sua vida para que eles possam copiar o que você é.
Qualquer exortação perde sua força, impacto e poder sem um exemplo.  De fato, exortação
sem exemplo é a palavra antiga “HIPOCRISIA”.
E a hipocrisia nunca ensina as pessoas a fazer o certo; sempre ensina as pessoas a
fazerem o errado.
Paulo ensinou e viveu.  “É mais abençoado dar do que receber”, instruindo-os de que
devem ser doadores generosos.
Mas ele não citou apenas aquele ditado de Jesus. Ele disse: “Você sabe como eu era
quando estava com você.
Você sabe que durante três anos não parei nem noite e dia com lágrimas para lhe dar o
que você precisava por meio de aviso.
Você sabe que eu nunca cobicei nenhuma. prata de homem, ouro de qualquer homem ou
roupa de qualquer homem.
Você conhece os sacrifícios que fiz para ganhar a minha própria vida e a vida de todos ao
meu redor, e agora lhe digo: ‘É mais abençoado dar do que receber’
Em Atos 20, ele poderia ter citado, e vocês entende o que eu quero dizer porque vocês
viram isso na minha vida.
Nos Hebreus capítulo 13, versículo 7, somos instruídos a seguir a fé daqueles que lideram
sobre nós, não apenas para ouvir o que dizem, mas para seguir sua fé, para viver da
maneira que vivem.
Em Filipensescapítulo 3 e versículo 17, Paulo diz: “Junte-se ao meu exemplo e observe os
que andam de acordo com o padrão que você tem em nós”.
Assumindo a responsabilidade de ser exemplo agora.
Em 1 Coríntios 4:16, Paulo diz: “Sede imitadores de mim”.  Em 1 Coríntios 11: 1, ele diz:
“Sede imitadores de mim … como eu … sou de Cristo”.
E em nenhum lugar isso é mais delineado do que em 1 Timóteo 4:12. Paulo escrevendo a
outro rapaz Timóteo, ele “Não deixe ninguém menosprezar sua juventude”, mas seja
exemplo.
Não deixe ninguém te criticar apenas porque você é jovem, alguém irresponsável, assuma
suas responsabilidades agora.
Paulo então mostra a Timóteo cinco áreas em que ele deveria ser exemplo: fala, conduta,
amor, fé e pureza.
Ou seja, a juventude, dever ser em todas essas áreas da vida, um padrão para que outras
pessoas possam seguir.
“DISCURSO” – essa é a sua conversa, o que sai da sua boca.
“CONDUTA” – esse é o seu estilo de vida, as coisas que você faz, os lugares que você vai,
os bens que você acumula – todos os aspectos da vida.
“AMOR” – esse é o seu serviço de sacrifício em nome de outras pessoas. Não peça a eles
que façam isso, a menos que você esteja demonstrando sua vida sacrificial também.
“FÉ” – isso significa fidelidade ou consistência; demonstre que você não é um flash
fotográfico, você não é uma estrela cadente, você não é um cometa, você é alguém que
vive entre pessoas por muito tempo.
Você não é um velocista espiritual. Você é consistente; você é confiável; você é fiel; você é
inabalável; você não é inconstante; você é do começo ao fim.
Uma das razões das pessoas mudarem constantemente de igrejas, é porque elas não têm
consistência em seus exemplos. Elas não conseguem ser perenes, fiéis ao tempo e as
intempéries e as crises da vida.
“PUREZA”, E então ele termina com”pureza” – hagneia que tem a ver com pureza moral,
sexual por dentro e por fora.
“Seja um exemplo em todas essas áreas –“o que você diz”, “o que faz”, como “trata outras
pessoas”, “sua consistência” e sua “pureza moral”.
Seja um exemplo, pois isto é absolutamente crucial, e vou dizer que esse é o maior e único
aspecto da liderança, pois o maior poder da liderança é a INFLUÊNCIA.
Não importa o que você diz, se não viver – você não passa de um hipócrita.  As pessoas
deletam o que você diz, e aprendem o que você vive.
Uma geração depende do exemplo da outra.
Os homens mais velhos devem ser naturalmente exemplos para os homens mais jovens.
As mulheres mais velhas devem ensinar, pelo exemplo as mulheres mais novas, a serem
moderadas, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem puras e modestas, a
obedecerem a seus maridos e a serem boas donas de casas.
Portanto, o exemplo é crucial no ensino de Paulo.  É crucial no ensino do Novo
Testamento.  É crucial na vida da igreja. É crucial na vida da família.
Todos os cristãos dever ser exemplos, mas agora a Escritura ensina que principalmente os
jovens têm a responsabilidade de dar o exemplo.
Para que ninguém possa se desculpar e justificar-se diante de Deus – eu sou assim porque
nunca tive exemplo quando eu era novo.
Então Deus ordena que a adolescência e a juventude seja exemplo para todos e em todas
as coisas.
A sociedade mundana INFANTILIZOU A ADOLESCÊNCIA, caracterizando-os como
crianças, e por isso eles não podem ser responsabilizados por seus atos, por mais cruéis
que sejam, até mesmo os seus crimes.
No evangelho não tem espaço para quem quer viver uma vida egoísta e irresponsável, seja
criança, ou adulto.
Por meio do evangelho todos recebem o poder se serem filhos de Deus e então podem
obedecer a lei de Deus; seja criança; seja adulto. E para isto certamente Tito é um exemplo
que outros podem seguir.
É claro que isso é um desafio para todo adolescente e jovem no ministério, como é para
mim agora mesmo, que já fui jovem e agora estou na maturidade.
Durante todos esses meus anos de ministério, essa tem sido a minha preocupação, essa
tem sido a ênfase da minha pregação, a que eu viva a verdade, antes e prega-la.
Para que minha pregação não se torne algo superficial, estéril e hipócrita, como disse
Paulo, para que pregando aos outros, eu seja reprovado.
E então ele diz a Tito: “É absolutamente crucial que você seja um exemplo”.
A palavra “exemplo”, é uma palavra muito interessante.  Literalmente significa “um golpe”,
como você faz com um martelo. A palavra “exemplo”, foi usada para descrever a impressão
das feridas nas mãos de Jesus.
Quando o martelo bateu no prego, ele entrou, deixando a impressão na mão de Jesus, que
foi a ferida do furo. Essa é a ideia aqui.
É a palavra para “um dado, um molde, um modelo, um padrão sobre o qual você traçaria,
algumas impressões ou impressões”.
Você é assim. Você deve ser a impressão viva perfeita da virtude, o modelo que os outros
podem seguir, a vida em que podem seguir sua própria vida.
De fato, em João 20:25, a mesma palavra é usada quando Tomé disse que não creria, se
ele não visse as MARCAS (IMPRESSÕES) DOS PREGOS NAS MÃOS DE JESUS.
“Os outros discípulos lhe disseram: “Vimos o Senhor! ” Mas ele lhes disse: “Se eu não vir
as MARCAS DOS PREGOS(IMPRESSÃO) NAS SUAS MÃOS, não colocar o meu dedo
onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei”. (João 20:25).
As pessoas não vão crer, se não virem as “impressões”, as marcas dos pregos nas nossas
vidas, se elas não verem o nosso exemplo, elas não vão crer no evangelho que pregamos.
Nós somos o povo da mão furada, que segue o EXEMPLO do homem da mão furada, por
isso somos chamados, cristãos, MINIATURAS DE CRISTO,
A natureza humana admira atos grandiosos. Eles querem um herói que possam seguir –
crucial que você viva para se tornar esse herói espiritual, como os heróis da fé de Hebreus
11.
Jesus confrontou sua geração com a impressão dos fariseus em Mateus 23: “vocês querem
ser como eles, pois eles ensinam uma coisa e fazem outra. Vocês querem viver assim?
Como sepulcros caiados?

A NECESSIDADE DE SERMOS EXEMPLOS.


Em que áreas Paulo diz que devemos ser exemplos:
Devemos ser exemplo no que fazemos (v.7).
Chamados primeiramente para sermos exemplos de boas obras.Todos nós fomos
chamados para ser exemplo em uma área muito ampla. Veja isto: “seja um exemplo de
boas ações”.
Isso é o mais amplo que você possa imaginar.  “Bom” é kalos. Isso não significa superficial,
como uma maquiagem de cosmético. Significa “bem inerente, justiça, nobreza, excelência
moral”.
Assim, ele diz: “Você é um exemplo em toda a gama de ações, obras, trabalhos e esforços”
– que poderia ser chamado de justo e bom.
Você é um padrão de bondade e retidão espiritual que aparece em cada coisa que você
faz. Isso se refere, obviamente, à conduta geral e ao comportamento geral.
Sua vida é cheia de boas obras como exemplo para outros cristãos, e principalmente para
os rapazes de como eles devem viver.
Irmãos, essa é a nossa vida. Começamos a viver uma vida plena, quando entendemos que
Deus quer que nossa existência seja cheia de boas, justas e ações santas.
Devemos ser exemplos no que cremos.
Depois, há outro assunto apresentado a ele – não apenas nessa ampla categoria de boas
ações, mas observe o que ele acrescenta no versículo 7.  Na doutrina, mostra
“incorrupção”; “pureza”, “integridade”.
Ele está dizendo a Tito, seja um exemplo de pura doutrina.  Na questão do ensino, você é
um exemplo de” – literalmente no grego – “incorrupção”.
O sentido negativo dessa palavra traz a ideia de sujeira moral. Também é usado, sob outra
forma, de um sedutor ou estuprador, e de um abortista na literatura extrabíblica.
Portanto, refere-se a um sedutor corrupto, imundo, imoral e depravado – um abortista, o
pior dos comportamentos.  Você adiciona o alfa e obtém a corrupção.
Então, o que ele está dizendo é que é uma palavra que fala sobre COMPORTAMENTO. É
uma palavra que fala sobre CONDUTA.
E ele está dizendo: “Quando se trata de ensino, você vive sem corrupção.”  É o que ele
está dizendo.
A palavra “ensino”, didaskalia, é a palavra usada quinze vezes nas epístolas pastorais; é
sempre traduzida por “ensinar” ou “em matéria de“doutrina”.
o ensino” – a doutrina cristã, a doutrina –nela você mantém obediência incorrupta – é o que
ele está dizendo.
É isso que todos os cristãos e os jovens devem fazer.  Devem conhecer a Palavra de Deus,
e os jovens devem viver de acordo com ela.  Isso é integridade.
A questão não é que Tito deve falar pura doutrina. Isso já foi dito a ele no versículo 1. Ele já
foi instruído a falar sã doutrina.
Agora ele está sendo instruído a viver em perfeito acordo com ela, sem defeitos. Esta
também não é a seção de exortação.
Se ele o estava exortando a ensinar de uma certa maneira, você pode encontrá-lo no
versículo 6. Aqui ele está falando sobre seu exemplo de vida e está dizendo: “mantenha
um exemplo que mostre corrupção no que diz respeito à verdade revelada. ”
Há um salmo – Salmo 119 , Ouça o que diz no versículo 9 do Salmo 119 , muito familiar
para nós – que basicamente tem alguns versículos que reforçam essa mesma grande
verdade.  “Como um jovem pode manter seu caminho puro?” – Como? – “Mantendo-o
conforme a Tua Palavra”.
É isso. Se você vai ser um exemplo em todas as áreas, é preciso alinhar-se com a Palavra
e viver de maneira não corrompida.
É por isso que o salmista diz no versículo 10: “Com todo o meu coração, eu Te busquei;
não me deixes desviar dos teus mandamentos.
Tua palavra guardei em meu coração, para não pecar contra Ti. “O que te mantém na linha
é a Palavra e a pura obediência a ela.  Coloque o ensino no coração e depois se submeta
a ele, obedeça e viva o ensino das Escrituras.
Assim, Tito seria um modelo de integridade, vida consistente, que demonstraria a todos os
outros cristãos e principalmente os rapazes exatamente como eles deveriam viver.
E é assim que você deve viver, jovem. Não há prêmio, não há prêmio em “semear seus
impulsos pecaminosos na infância, adolescência e juventude.
Deus não tolera ainiquidadena vida da criança, do adolescente, nem dainiquidade da
juventude, nem dainiquidade da vida adulta.
Não há provisão e nem disposição no plano de Deus para você que vive anos e anos no
pecado, e depois em algum momento, você se converte e se torna sábio e prudente na
velhice.
O pecado a qualquer momento da vida é uma ofensa a Deus, e principalmente na
juventude. A infância, adolescência e a juventude não é desculpa para o pecado. A hora de
vencer nossa natureza pecaminosa é agora.
O Espírito Santo pode restringir o pecado. Se você colocar a palavra de Deus no coração
da criança, do adolescente, ou do adulto. Se você crescer desde cedo no ensino da
Palavra de Deus, ela pode te tornar livre da corrupção.
Devemos ser exemplos de como vivemos (v7).
Depois, ele acrescenta outra palavra no final do versículo 7, “digno”, semnotes. É usado em
1 Timóteo 3: 8 e 11 para falar de diáconos.  Significa “seriedade”.
Ele está dizendo: Você precisa ser um exemplo para homens jovens de seriedade”. A
juventude tende a ser um tanto frívola, não é?
Particularmente em nossa cultura, em que levamos o ENTRETENIMENTO ao nível de uma
doença destrutiva, particularmente em nossa cultura, onde vivemos para entretenimento,
frivolidade, trivialidades, isso domina nossa cultura.
As pessoas que valoriza as FRIVOLIDADES perdem a capacidade de pensar seriamente. 
Os rapazes devem aprender a pensar seriamente.
Essa foi a preocupação do grego Sólon que viveu no Sec VI a,C. Quando ele viu o
Odramaturgo Thespis (610-550a.C) considerado o primeiro ator do ocidente, que introduziu
uso de máscaras no teatro; perguntou – se ele não tinha vergonha de proferir tantas
mentiras para um público tão digno – pois segundo Sólon “As peças mentem para seus
públicos”.
Então Thespis respondeu que fazia isso pela ARTE DO ENTRETENIMENTO. Mas o sábio
Solon o pai da democracia respondeu:
“Se nós aprovarmos e elogiarmos este tipo de espetáculo, e isto é muito sério, pois logo
acabaremos aceitando pacificamente isso em nossos contratos e assuntos particulares”.
A cultura frívola do entretenimento, tem minado a capacidade das pessoas de levar a sério
as coisas com as quais não podemos brincar.
As pessoas estão brincando de viver, brincando de casar, brincando de igreja, brincado de
Deus, brincando de tudo.
Os crentes influenciados pelo mundanismo, não respeitam os preceitos, os pactos, as
alianças, os contratos, os acordos, não levam com seriedade absolutamente quase
nenhum compromisso.
Isso significa que você não ri?  Não, você ri. Deus nos deu o riso como um presente Dele,
e há momentos de alegria e há um tempo para rir.
Mas o que isso significa é que você entende que as coisas são graves e que precisa ser
sério quando se está lidando com coisas sérias. Não se brinca com coisa séria.
Os crentes e principalmente os jovens precisam ter uma compreensão madura das
questões da vida, morte, tempo e eternidade.
Devemos ser o exemplo no que sentimos (v.7).
A motivação de tudo deve ser a SINCERIDADE. Mesmo fazendo as coisas certas, mas
com a motivação errada, não será proveitoso para ninguém.
Se tem uma coisa que devemos vigiar no nosso coração é qual a motivação por traz de
tudo o que fazemos.
Paulo diz que quer comamos, que bebamos ou façamos qualquer outra coisa, que seja
para a gloria de Deus. E tudo o que fazemos devemos dar graças e em nome do Senhor
Jesus.
Tudo o que vier as nossas mãos para fazer deve ser feito com amor. Nossas motivações
serão julgadas no tribunal de Cristo.
Devemos ser exemplo no que falamos (v.8).
E então, no versículo 8, ele adiciona uma característica final desse exemplo de vida.
Paulo ensina que devemos “ser sinceros no discurso, que é irrepreensível”.  Ou seja; minha
fala faz com que outras pessoas tropeçam? Existe motivo para reprovação da minha fala?
Ele está dizendo que devemos ser exemplos de uma linguagem saudável. Falar de uma
maneira saudável.
A palavra logos nem sempre significa “a Palavra de Deus”. Pode significar “conversa,
“discurso”.discurso sempre com graça, “linguagem, “fala”.
É o que isso significa em Efésios 4:29 “Não saia da vossa boca nenhuma PALAVRA torpe,
mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
É o que significa em Colossenses 4: 6: “O seu FALAR seja sempre agradável e temperado
com sal, para que saibam como responder a cada um”.
A palavra grega “sã” aqui, é hugis, de hugiain , que significa “ser higiênico” ou “ser
saudável”, viver com saúde.
Uma linguagem saudável, produz relacionamento saudáveis. Uma linguagem saudável
produz sentimos saudáveis. Uma palavra mata ou dá a vida; derruba ou levanta; destrói ou
constrói.
Então deixar a linguagem ministrar saúde aos ouvintes, e não para adoece-los com
murmurações, maledicências e calunias.
Uma linguagem saudável, nasce uma consciência saudável, que produz emoções
saudáveis. Nossa linguagem revela se somos saudáveis ou doentes emocionalmente.
A boca fala daquilo que o coração está cheio. Uma pessoa que tem uma linguagem sã, ela
tem saúde, ela é espiritualmente saudável, ela é espiritualmente vivificante, sua presença
edificante.
Uma linguagem saudável precisar ser “IRREPREENSÍVEL”.  A pessoa não poderá ser
acusada e nem condenada em nada no que fala. Uma linguagem além da censura.
Paulo está dizendo; Tito, olhe, você tem um trabalho tremendo.  Quero que os jovens
sejam sensatos.
Quero que suas vidas estejam sob controle e, a fim de controlá-las, elas precisam estar
comprometidas com boas ações.
Eles precisam se comprometer a viver vidas de corrupção juntamente com a verdade.
Eles precisam se comprometer a levar a sério assuntos sérios. E eles têm ter uma
linguagem saudável, e que dá vida, e que edifica espiritualmente.
Tito, você não precisa apenas dizer isso a eles, mas também mostrar, sendo exemplo.
O jovem, então, tem um objetivo em sua vida. É o objetivo de todos nós que ainda
podemos ser considerados jovens.
Precisamos estar engajados em excelentes obras de justiça que não são superficialmente
boas, mas essencialmente boas; dar nossa vida a coisas boas, coisas que honram a Deus,
que são espiritualmente nobres, a construção de um reino.
Também temos a obrigação de viver puramente de acordo com o padrão das Escrituras,
com integridade, obedecendo-o. Temos a obrigação de manter a seriedade em relação às
questões sagradas e às questões da vida.
Temos a obrigação de falar de maneira que da nossa boca, surjam palavras que ministrem
saúde espiritual a todos.  E nosso discurso é tão impecável que ninguém pode criticá-lo.  É
assim que os demais crentes e os jovens devem ser.
Deus não avalia um homem como o mundo faz.  Como o mundo avalia um homem?  Eles
avaliam um homem PELO QUE ELE FAZ, pelo seu sucesso, pela sua profissão, pela sua
reputação, e pelo que ele possui.
Nada disso significa nada para Deus, que avalia um homem PELO QUE ELE É.
Veja Eclesiastes por um momento, porque há uma boa exortação final no capítulo 11.
Eclesiastes capítulo 11, versículo 9, é um bom resumo do que acabamos de aprender.
“Alegra-te, rapaz, durante a tua infância” – ou a tua juventude – “e deixe o teu coração ser
agradável durante os dias da tua juventude.  E segue os impulsos do teu coração e os
desejos dos teus olhos.”  Pare por um momento.
Ele está dizendo: “Você deve aproveitar sua juventude.  Não há nada de errado em ter
diversão e alegria.  Não há nada de errado em seu coração ser agradável durante os dias
de sua juventude.
Não há nada de errado com as emoções da juventude e a alegria da aventura, da
descoberta e do amor – conquista.
Nada de errado com isso.  Nada de errado em seguir os impulsos do seu coração, esses
desejos, esses anseios, aquelas aventuras que você realmente gostaria de realizar.
Nada de errado em capturar as delícias e desejos de seus olhos.  Mas saiba disso, Deus
vai levar você a julgamento por todas essas coisas.
Você terá que ficar diante de Deus para prestar contas pelo fato de que alguns desses
eram desejos errados. E alguns desses eram impulsos errados. E parte dessa alegria foi
IRRESPONSÁVEL.
Deus não é um estraga prazer.  Ele só quer que você saiba que precisa prestar contas.
Então, versículo 10, “remova a culpa”. O que é isso? “Tristeza, remorso, o que faz você se
arrepender.” Tire qualquer coisa da sua vida que o deixe com culpa e tristeza.
Retire do seu coração – todo o mal – qualquer coisa que produza uma consequência
maligna, que o infligirá ao sofrimento desnecessário, porque a juventudeé passageira.
E por que você gostaria de preenchê-la com coisas que a deixam triste e magoa?  Remova
as coisas que vão fazer você sentir dor.
Remova as coisas que o farão chorar, as coisas que o levarão a julgamento diante de
Deus.  Aproveite sua juventude, mas controle-a.
Como você faz isso?  No versículo 1 do capítulo 12, você faz isso “lembrando-se do seu
Criador nos dias da sua juventude, antes que os dias maus cheguem e os anos se
aproximem quando você dirá: “Não tenho prazer neles
Os jovens precisam viver sabiamente a juventude, para quando chegar a velhice possam
desfrutar das maravilhosas lembranças de uma juventude bem gasta.
Mas se quando você envelhece e não pode desfrutar da velhice e não pode aproveitar as
lembranças de sua juventude, você não se deleita.
Então viva sua vida na juventude para poder desfrutar de tudo novamente na velhice.

III. O PROPÓSITO DE SER EXEMPLO EM TODAS AS COISAS.


E finalmente, porque somos exortados a vivermos como exemplo.  Por que tudo isso?
Porque todos nós devemos viver dessa maneira?
Por que as mulheres jovens vivem assim? Mulheres mais velhas, homens jovens e mais
velhos devem viver corretamente?
Para que o adversário seja envergonhado (v.8).
Aqui está, no versículo 8; o propósito final de um viver santo, correto – “Para que o
adversário seja envergonhado, não tendo nada de ruim a dizer sobre nós“.
Para que você possa silenciar o diabo e os críticos da fé, para que as pessoas a sejam
envergonhadas quando criticam o cristianismo.
As pessoas criticam o cristianismo sem piedade, e eles não se sentem vergonha de fazê-lo.
Mas elas ficariam envergonhadas se suas críticas fossem mentiras óbvias por causa da
virtude do povo de Deus.
A palavra oponente é usada nos evangelhos, se referindo aos ventos contrários ao navio,
impedindo-o de seguir o caminho que deveria seguir.
Qualquer pessoa que se oponha”, ou que é hostil,e queria impedir a fé cristã precisa ser
“envergonhado”.E isso não como um fim em si mesmo, mas para envergonhá-los em
arrependimento.
Precisamos viver de forma tal, que os opositores do evangelho fiquem envergonhados,
humilhados, desonrados porque não há nada ruim que eles podem legitimamente dizer
sobre nós. E assim possam ser levados ao arrependimento.
Para que o povo de Deus não seja desonrado.
Observe a palavra “nós”. Paulo nem está em Creta.  Como no mundo o oponente vai dizer
algo ruim a seu respeito?”  Aqui está o argumento dele: um cristão representa todos.
Eis aqui uma grande verdade. Tito, o que você faz me afetará.  Se você destruir a
credibilidade da fé cristã, eu caio em desonra com você.
Todos nós somos solidários nesse ponto.  O fracasso de um cristão afeta o resto.  A
censura de alguém recai sobre seu irmão e sua irmã.  A iniquidade de alguém lança uma
sombra sobre a igreja.
A palavra “ruim” é phaulos. Significa “sem valor”. “Não deixe que eles digam que não temos
valor.
Não deixe que eles digam que nosso cristianismo não tem valor, pois não funciona na
pratica, não traz o bem em nada.
Não deixe que eles falem mal contra nós. Silencie-os e não apenas silencie-os, mas
também os envergonhe pela falsidade de suas acusações, o que é tão evidente por causa
do testemunho santo conhecido que vocês mantêm.
E se não, se algum de vocês não vivem o evangelho, todos sentiremos a dor seremos
prejudicados.
Nosso testemunho nesta comunidade aqui campo grande está em jogo. Pois minha vida
pode ser umproblema, pois posso dar motivos para o povo de Deus ser blasfemado.
Bem, se Deus é um Deus salvador, com certeza não posso vê sua vida salva. Se a Palavra
de Deus é tão maravilhosa e você diz que acredita, não vejo que ela tenha mudado sua
vida.
Se você, como indivíduo, fornece esse tipo de espaço para críticas, a sombra cai sobre
todos nós, e o pior é que cai sobre o próprio Senhor.  Irmãos e jovens, temos muito a
defender.
Os homens devem tomar uma atitude.
Em seu livro curando a alma masculina; Gordon Dalby diz: “Os homens não sabem quem
são como homens”. Eles não sabem quem são.  Ele continua dizendo: “Eles só sabem O
QUE FAZEM; não sabem quem SÃO”.
Os homens dever ser desafiados a serem como Deus os criou, e não como a sociedade
exige. Precisamos saber quem somos e precisamos ser quem Deus quer que sejamos.
Os homens em nosso mundo estão confusos, frustrados, inseguros de si mesmos em
comparação com homens há apenas trinta anos.
Os homens modernos estão sendo agredidosmoralmente por mulheres a ponto de sermos
agora o sexo mais fraco.
Se vamos evangelizar o mundo, algo terá que mudar. Se homens mudarem, tudo mudo.
Teremos que agir como homens e ser os líderes na igreja. Uma igreja deve ter homens
líderes piedosos.
Os homens têm um mandato de Deus que não podemos e não devemos abdicar, para ser
curadores da miséria do mundo, portadores do padrão de Deus e arautos da Sua Palavra.
Devemos obedecer ao mandato de 1 Coríntios 16:13, “portai-vos varonilmente”.

CONCLUSÃO: Quero concluir esse sermão orando: curve sua fronte.


Pai, agradecemos noite por esta instrução aos crentes e principalmente aos rapazes.
E oramos para que sejamos fiéis como uma parte muito importante de Sua igreja, que
fornece a liderança da igreja no presente e no futuro, como aqueles que vivem a vida no
mundo, fora de casa e que têm a maior oportunidade de demonstrar piedade diante de um
mundo observador e tornar nosso Salvador desejável.
Oramos, ó Deus, para que você nos dê forças para ser o que precisamos ser.  E ajude-nos
a perceber que a maneira pela qual vencemos o mundo não é descobrir o que eles
querem, mas demonstrar a eles como somos totalmente diferentes deles, como somos
transcendentes, como somos totalmente libertos das coisas que os prendem e os
devastam – ou seja, mostrar a eles que temos o que eles não têm, um Deus salvador que
transformou nossa vida. Não nos deixe ser como o mundo.  Deixe o mundo querer ser
como nós.  Dá-nos, Senhor, a força do Espírito – como homens – para viver da maneira
que Tu queres que vivamos, para que Sua Palavra seja honrada. Que Seu nome exaltado,
e que nossos oponentes sejam envergonhados em arrependimento por amor do Salvador.
E em seu nome nós oramos. Amém.

Sermão Nº 20 – Que tipo de empregados os crentes devem ser (Parte 1).


Referência: Tito 2:9-10.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 23/10/2019.

INTRODUÇÃO
Tem quem veja o trabalho apenas como uma forma de garantir o próprio sustento. Porém,
mais do que fornecer o sustento, o trabalho tem uma grande importância na vida de um
indivíduo.
Benjamin Franklin disse certa vez que “o trabalho dignifica o homem” e ele não estava
errado em afirmar isso.
Trabalho tem a ver com outras questões que vão além do sustento. Trabalho tem a ver
com pertencimento, participação.
Trabalho tem a ver com ser útil e contribuir com uma causa maior. É daí que vem a
motivação e a satisfação pessoal.
Embora tudo isso seja verdade, não podemos nos esquecer que foi Deus quem instituiu o
trabalho. Ele tem um proposito muito especifico para cada um de nós com o nosso
trabalho, seja qual for ele.
O texto da exposição de hoje, fala muito apropriadamente sobre o proposito de Deus para
o trabalho do crente.
Estamos expondo essa maravilhosa carta, que trata do caráter de uma igreja saudável.
E na exposição de hoje, o Apostolo, trata do propósito de Deus para como o trabalho e
qual o do tipo de empregado que o crente deve ser.

O TRABALHO E O EVANGELISMO.
Paulo aborda a relação trabalhista de uma ótica divina e na contramão da visão mundana
do trabalho.
A questão emprego é um ministério dos crentes que fazem parte de uma igreja saudável,
visando realizar um evangelismo saudável, ou seja; eficaz.
O evangelismo eficaz do trabalho.
Se pararmos para pensar quantas estratégia, metodologia e técnica e modelos
evangelísticos, e as opções são quase infinitas.
E há quase um número infinito de estratégias, metodologias, técnicas; de vários tipos que
foram desenvolvidas para tentar conquistar pessoas para Jesus Cristo.
Embora o objetivo é nobre, o desejo está certo, e a tarefa do evangelismo é de fato a
principal tarefa da igreja.
Mas, francamente, fico constantemente espantado com quanto tempo, quanto dinheiro,
quanto esforço e mão de obra é gasto nessas estratégias evangelísticas em programas,
eventos, cruzadas, campanhas na mídia, milhões e milhões de dólares e literalmente toda
a vida das pessoas.
Porém, ao pesquisar nas páginas do Novo Testamento, não consigo encontrar uma
estratégia especifica para evangelismo em massa.
Não consigo encontrar uma estratégia especifica e eficaz para distribuição de literatura.
Certamente não consigo encontrar uma estratégia especifica para campanhas de mídia.
Não consigo encontrar uma estratégia para outra coisa senão um plano muito simples do
evangelismo do Novo Testamento.
Embora possamos fazer este tipo evangelismo em massa, e foi muito usado, pelos grandes
avivalistas, Wesley e Whitefield, Finney e Moody que pregava as multidões.
Mas não existe um esquema dado aqui para captar a atenção das MASSAS,existe apenas
um plano de como capturar a atenção dos INDIVÍDUOS.
Não somos chamados para trabalhar para Deus,mas para deixar Deus trabalhar através de
nós.
A igreja é o evangelho visível.
Veja bem, o plano do Novo Testamento, embora certamente envolva a pregação do
evangelho por parte daqueles que são talentosos, é principalmente um plano para
testemunho pessoal e evangelismo pessoal.
Agora poderíamos entrar em uma grande campanha de arrecadação de fundos e nos
esforçaríamos para comprar anúncios nos jornais locais.  Poderíamos comprar spots na
televisão e no rádio.
Talvez eu pudesse até falar no rádio e conversar, ou poderíamos fazer uma apresentação
dramática que atraísse a atenção das pessoas e depois as atingisse com o evangelho no
final.
Podemos até comprar outdoors nas rodovias de nossa região.  E poderíamos gastar uma
verdadeira fortuna e colocar-nos à beira da falência apenas para espalhar a Palavra em
nível de massa.
E então poderíamos colocar no final de cada anúncio o nome da nossa igreja, Assembleia
de Deus Marcas do Evangelho.
Mas escute uma coisa.  Se todas as pessoas que são membros da Assembleia de Deus
Marcas do Evangelho, em toda a nossa comunidade, não vivermos de “maneira piedosa e
transformada”, todo o dinheiro seria absolutamente desperdiçado.
Por outro lado, se vivemos de forma santa e piedosa, poderemos economizar um bom
dinheiro.
Creio que é isso que o apóstolo Paulo está transmitindo a Tito para ser disseminado pelas
igrejas em Creta.
O esquema inicial que o Novo Testamento conhece para evangelização é pessoal, embora
também fale da proclamação de pregadores chamados e ungidos e talentosos por Deus,
como Pedro em Atos 3.
E, a propósito, as estatísticas confirmam a importância do testemunho pessoal.
Aproximadamente NOVENTA POR CENTO de todas as pessoas pesquisadas sobre como
foi conhecer Jesus Cristo apontaram para uma testemunha pessoal, um amigo, um parente
– alguém cuja vida impactou sua vida.
Menos de dez por cento das pessoas que vêm a Cristo vêm por causa de algo diferente de
uma testemunha pessoal.
Todos os meios de comunicação de massa, televisão, rádio; todos os métodos
evangelísticos de massa; todas as cruzadas; todos os shows musicais com ênfase
evangelística que se movem por todo o país;
Todas as reuniões em centros cívicos, auditórios e centros de convenções da cidade –
todo esse tipo de coisa que está acontecendo no Brasil e no mundo que tende a espalhar o
evangelho amplamente entre massas de pessoas;
Não podem superar a exibição igualmente maciça de testemunho negativo e ineficaz
demonstrado por pessoas que nomeiam o nome de Cristo e pecam publicamente e
escandalosamente.
Quero dizer, você teria que acreditar que o incrédulo comum sentado neste país e
anotando como observador do cristianismo vai concluir que “soa bem, mas não tenho
certeza de que seja real”.
Porque não há como uma explosão de informações pode superar o escândalo de pessoas
que se dizem cristãs e vivem como se não fossem, de pessoas que proclamam um Deus
salvador e demonstram uma vida que não foi libertada do pecado.
A igreja manifesta a gloria de Deus.
Se dizemos que Deus é um Salvador, é melhor demonstrar uma vida salva.  Como o
filósofo alemão Heinz disse: “Você me mostra sua vida redimida; posso estar inclinado a
acreditar no seu Redentor”.
Paulo e Tito estavam enfrentando algo do mesmo tipo.  Veja o capítulo 1, versículo 16.
Havia pessoas circulando por Creta, e o versículo 16 diz: “Eles professaram conhecer a
Deus”. 
Essa é a reivindicação deles.  “Mas por suas ações eles O negam.”  E ele diz que eles são
“detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação”.
Quero que você saiba que os incrédulos estão expostos à hipocrisia do cristianismo há
muito, e muito tempo.
Não apenas hoje – nos dias de Paulo havia pessoas por aí dizendo que conheciam a Deus
e negando-O por suas vidas.
Não importa o quão amplamente você o diga, não importa o quão amplamente você
distribua o que está dizendo, não importa como o promova.
Não importa quantos dólares você gaste para garantir que a mensagem seja ouvida por
todos ou vista por todos, se não houver “credibilidade” na vida daqueles que nomeiam o
nome de Cristo, o esforço é curto-circuito.
De fato, é uma hipocrisia flagrante.  Que desgraça no nome da santidade e no poder
salvador de Deus em Jesus Cristo estava acontecendo em Creta por essas pessoas que
estavam reivindicando conhecer a Deus, mas negando-O por suas vidas.
Você não pode pregar que Deus é um Deus salvador – Jesus veio para salvar Seu povo
dos pecados deles – se sua vida está cheia de pecados. Isso não cola.
Da triste situação indicada no versículo 16, Paulo passa para o capítulo 2.  E ele começa o
capítulo 2 dizendo: “Mas quanto a você”; ou seja;  “Por outro lado” , diz ele, “estou muito
preocupado que você não seja como essas pessoas.
Então, Tito, você deve ‘falar as coisas que são adequadas para a sã doutrina’. Você deve
ensinar os homens mais velhos “a serem temperados, dignos. Sensatos, sólidos na fé, no
amor, na perseverança”.
Você deve ensinar as mulheres mais velhas da mesma forma, serem reverentes em seu
comportamento, não fofocar maliciosamente, não ser escraviza do vinho.
Elas devem ensinar o que é bom, a fim de incentivar as mulheres jovens a amarem seus
maridos, amarem seus filhos, serem sensatas, puras, trabalhadoras em casa, tipo, estando
sujeitos a seus próprios maridos, para que a palavra de Deus não seja desonrada.
Da mesma forma, exorta os rapazes a serem sensatos, e você, como exemplo dos rapazes
em todas as coisas.
E você Tito; mostra que é um exemplo de boas ações, com pureza e doutrina, dignas, com
uma linguagem sadia que está além da censura, para que o adversário possa ser
envergonhado, não tendo nada de mal a dizer sobre nós.
Então você pede aos ESCRAVOS/EMPREGADOS que estejam sujeitos a seus próprios
senhores/patrões em tudo, sejam agradáveis, não argumentativos, não furtivos, mas
mostrando toda a boa-fé que eles possam adornar a doutrina de Deus nosso Salvador em
todos os aspectos.
Quando BENJAMIN FRANKLIN decidiu motivar o povo da Filadélfia à iluminação das ruas,
ele pendurou uma bela lanterna na ponta de um suporte comprido preso à frente de sua
casa “, escreveu copie.
Ele mantinha a lâmpada bem iluminada, polida e acendendo cuidadosamente o pavio todas
as noites, ao anoitecer. Qualquer pessoa que andasse na rua escura podia ver essa luz de
longe e sob seu brilho quente.
Qual foi o resultado?
Não demorou muito para os vizinhos de Franklin começarem a colocar lâmpadas fora de
suas casas, e escrevia copie. Logo a cidade inteira percebeu o valor da iluminação pública
e seguiu seu exemplo com entusiasmo.
Se vivermos de acordo com a clara luz da Palavra de Deus, Deus dissipará as trevas e
outros serão atraídos pela luz do evangelho.Não vamos apenas seguir bons exemplos,
vamos ser bons exemplos.
A igreja revela o caráter santo de Deus.
Vemos que a questão aqui é evangelística.  O ponto inteiro aqui é resumido em três
declarações, uma no final do versículo 5, “Para que a palavra de Deus não seja
desonrada”. 
A segunda, no final do versículo 8, “Para que o adversário se envergonhe, não tendo nada
de ruim a dizer sobre nós”.
E a última no final do versículo 10: “Para que adornem a doutrina de Deus, nosso Salvador,
em todos os aspectos”.
Todos os três estão usando a partícula grega “hina”, que indica uma cláusula de propósito.
O propósito de se viver dessa maneira é que a “Palavra de Deus não seja desonrada”, que
o“adversário seja envergonhado e silenciado”, e que “aqueles que estão nos observando
podem realmente ver que temos um Deus salvador”, um Deus que livra as pessoas do
pecado.
De fato, Paulo culmina com essa tremenda instrução nos versículos 11 a 14, dizendo:
“A graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens, e essa salvação nos
instrui a negar a impiedade e os desejos mundanos, A VIVER DE MANEIRA SENSATA,
JUSTA E PIEDOSA NA ERA ATUAL “.
Por quê? Para propósitos evangelísticos. Deus, diz o versículo 14, “nos redimiu de toda
ação sem lei e purificou para si um povo de Sua própria possessão, ZELOSO E DE BOAS
OBRAS“.
Deus quer um povo santo.  Essa é a principal estratégia evangelística do Novo
Testamento.  Deus é um Deus salvador.  E Ele nos salvou do pecado para a santidade, e a
maneira como proclama isso é vivendo isso.
O próprio Jesus disse isso no Sermão da Montanha, quando disse: “Deixe sua luz brilhar
diante dos homens, para que possam ver suas boas obras e glorificar seu Pai que está no
céu”. 
Pedro repetiu o mesmo pensamento quando disse em 1 Pedro 2:12: “Mantenham
excelente comportamento entre os pagãos, para que, naquilo em que eles nos caluniam …
eles possam, por causa de suas boas obras, ao observá-las. , glorificar a Deus…”.
Agora escute. “O CARÁTER PIEDOSO”, uma “VIDA DE SANTIDADE” é a maior estratégia
evangelística.  Brilhar como luzes no mundo “no meio de uma geração torta e perversa “. 
E, francamente, a menos que haja esse tipo de credibilidade e integridade na vida dos
crentes, o mundo não vai comprar nossa mensagem comercializada em massa.É o que
Paulo diz em Filipenses 2:14 e 15:
O Dr. Dudley Woodberry, professor de Estudos Islâmicos … ciente de que em todo o
mundo os muçulmanos estão se voltando para Cristo, ficou curioso sobre as razões pelas
quais – especialmente em países onde o custo da conversão é tão alto.
Para encontrar a resposta, ele criou um questionário detalhado. Durante um período de 16
anos, cerca de 750 muçulmanos de 30 países o preencheram – e os resultados são
reveladores. A principal razão pela qual os muçulmanos convertidos listados por sua
decisão de seguir a Cristo foi o estilo de vida dos cristãos entre eles.

O TRABALHO E O EVANGELHO.
Agora, na estratégia, conforme se desenvolve no capítulo 2, Paulo trabalha na família.
Os membros mais velhos da família e os membros mais jovens da família têm a
responsabilidade de viver de uma maneira que tenha impacto evangelístico.
Já conversamos sobre homens mais velhos e mulheres mais velhas e mulheres mais
jovens e homens mais jovens, e agora chegamos à última categoria nos lares dos tempos
antigos – ESCRAVOS, versículos 9 e 10.
E ele diz sobre eles:“Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo
agradem, não contradizendo. Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para
que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador”.
O evangelho e o trabalho escravo.
Considerando que relação de trabalho do império Romana era basicamente escrava,
devido as guerras e necessidades econômicas.
Aqui a Escritura regula a forma como os crentes, se relacionam com seus senhores na
Escravidão e com seus empregadores na mão de obra livre.
A MOTIVAÇÃO para servi é a mesma, seja na mão de obra escrava, seja na livre. A
Escritura parte da mais complexa para a mais, simples, se é possível servir bem num
trabalho desumano, quanto mais num trabalho humanizado.
A palavra é “douloi”; literalmente se refere a “alguém que está sujeito à submissão, sob
servidão”.
Todos nós estamos muito conscientes do fato de que o Império Romano basicamente
dependia dos escravos para todo o seu trabalho. A maioria da população era escrava.
Eles eram uma parte muito essencial da vida nos tempos antigos. Eles formaram a força de
trabalho do mundo romano.
É verdade que muitos escravos foram maltratados, muitos deles foram enganados e tirado
os seus direitos.
Eles foram abusados; eles foram espancados; alguns deles foram mortos; eles foram
brutalizados.
Mas, por outro lado, outros eram amados, outros eram cuidados, outros serviam mesmo
depois de terem tido a oportunidade de liberdade, voluntariamente, porque amavam tanto
suas famílias das quais haviam participado.
Um escravo podia, é claro, se casar e ter sua própria família, e muitas vezes um
proprietário de terras lhe dava sua própria casinha e seu próprio pedaço de terra.
E assim, aqueles que tinham muito poderiam cuidar daqueles que tinham menos.
Agora, a questão nesta passagem não está abordando a condição da escravidão.  Não
está discutindo em que tipo de situação os escravos poderiam estar.
Simplesmente diz que se você é um “escravo” ou um “livre”, tem a obrigação de viver sua
vida de modo a chamar a atenção para o poder salvador de Deus demonstrado por você.
A escravidão fazia parte da vida no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
As escrituras a regulam com muito cuidado, e se você ler Efésios 6, verá que o evangelho
regula o relacionamento empregador versus empregado que faz parte qualquer sociedade.
Servir a alguém pode ser muito benéfico – se você serviu bem e seu mestre o tratou bem,
assim como ser empregado por certas empresas pode ser um tremendo benefício, devido à
maneira como eles cuidam daqueles que trabalham para eles.
A escravidão nos tempos antigos poderia ser um elemento muito benéfico da sociedade,
pois permitia às pessoas que tinham recursos dar esses recursos àqueles que trabalhavam
para elas e, assim, lhes permitiam ter a dignidade do trabalho, ganhar a vida.
De fato, alguns escravos do Antigo Testamento amavam tanto seus senhores que, no Ano
do Jubileu, no quinquagésimo ano, a cada cinquenta anos, todos podiam ser livres e voltar
para suas famílias originais; eles não fariam isso.
Eles se recusaram a voltar porque amavam as famílias das quais faziam parte.  Então
nesse caso tinham um costume, esse escravo tinha a “orelha furada”, e assim ele estava
dizendo: “Sirvo livremente e de bom grado.
Não há nada de errado com esse tipo de vontade.  Não há nada de errado com o serviço. 
De fato, o próprio Jesus disse: “Não vim para ser servido, mas para – – O quê? -” servir e
dar à Minha vida um resgate para muitos.
E Jesus disse: “Não é quem domina sobre você quem é o maior, é quem serve.”  Há uma
dignidade maravilhosa diante de Deus no trabalho e no serviço.
E então o Senhor e os apóstolos usaram a escravidão como um motivo de instrução
espiritual comparando o cristão que pertence a Cristo e O serve como “um escravo” e,
portanto, digno, elevado e exaltado quem serve.
E, portanto, não há preocupação aqui neste texto sobre REVOLUÇÃO ou rebelião ou
direitos iguais ou liberdades iguais. No brasil ela acabou em 1888.
Mas, antes, a responsabilidade de que, se você é um empregado e tem alguém sobre
você, deve se comportar de maneira a tornar muito evidente que sua vida viu o poder
transformador de Deus.
Muitos de nós podem não parecer tão influentes ou conhecidos pela nossa profissao. Não
temos o talento, a riqueza ou a posição de causar grande impacto em nossa sociedade.
Nossos nomes não aparecem no jornal, nem são mencionados na televisão. Podemos
pensar que tudo o que podemos fazer é praticar nossa fé nas rotinas monótonas da vida
cotidiana.
Mas talvez, despercebido por nós, tenhamos influência sobre as pessoas ao nosso redor
por nossas atitudes e ações cristãs.
Não vamos nos preocupar, então, com nossa aparente falta de influência. Em vez disso,
faça o que Jesus ordenou: “Deixe sua luz brilhar diante dos homens, para que eles vejam
suas boas obras e glorifiquem seu Pai no céu” ( Mateus 5:16 ).
Alguém já disse a lua é um astro “inocente”, que não tem luz própria, mas nada faz além de
brilhar, mas move todas as ondas de trabalho do mundo.
A lua fica a quase 240.000 milhas da Terra e é apenas 1/400 do tamanho do sol. Sem luz
ou calor próprio, reflete o brilho do sol.
Parece ser relativamente INSIGNIFICANTE. No entanto, a lua silenciosamente e quase
imperceptivelmente move os oceanos do mundo por sua força gravitacional.
O evangelho e o emprego.
Há muita instrução no Novo Testamento sobre como os empregadores, mestres, chefes e
líderes devem agir.
Mas a instrução diante de nós tem a ver com os servos, porque, em geral, você se lembra
agora, quando a igreja se reuniu, Paulo disse aos coríntios: “Não há muitos nobres e não
há muitos poderosos”. 
E parece-me que o maior influxo dos cristãos veio dos escalões inferiores da sociedade.  E
era muito importante para eles se comportarem de maneira apropriada.
Existem outros três textos maravilhosos que devem ser considerados muito brevemente, e
eu quero ler e comentar sobre eles de maneira muito breve.
Volte ao capítulo 3 de Colossenses, por um momento, isso é simplesmente o cenário para
o que diremos em Tito.
No capítulo 3 de Colossenses, quero consertar essas coisas em sua mente, porque elas
voltarão novamente quando examinarmos o texto diante de nós.  (pg 1.124 MCcheyne)
O apóstolo Paulo está instruindo os cristãos em Colossos em relação à conduta espiritual.
Se a Palavra de Cristo habita neles ricamente, se eles são realmente controlados pelas
Escrituras
Então diz que os escravos agirão assim: controlados pelo Espírito, biblicamente
controlados, escravos maduros e piedosos:
“Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradar os
homens quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de
vocês temerem ao Senhor.
Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que
vocês estão servindo.
Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém”.
(cl 3.22-25)
Aqui há um texto muito importante. Que diz que os empregados de hoje, tem um campo
evangelístico muito especifico. Ele tem um chamado do evangelho.
Seu local de trabalho é o seu lugar de evangelismo. É o seu campo de missionário. Esse é
o chamado de todo o funcionário. Vejamos nesse texto de colossenses as implicações do
que nosso Apostolo fala:
(a) Nosso trabalho dever ser feito com temor.
Cabe ao funcionário cristão obedecer em todas as coisas aos seus patrões, como diz o
Apostolo Paulo.
Não fazendo bem enquanto eles estão olhando. Só trabalhando bem, enquanto o chefe
está por perto. O chefe sai de perto eu esmoreço e rendo menos.
Nosso Apostolo diz que não devemos trabalhar para “agradar aos homens, mas com o
coração sincero temer ao Senhor“.
O que isso significa?  Você deve ter um medo saudável de que Deus traga correção se
você não prestar o serviço que Ele pediu para você prestar.
Você diz: “Por que Deus está tão preocupado com o que faço no meu trabalho?”  E a
resposta é porque tem implicações evangelísticas.  Porque se você é cristão, está
representando a Deus.
E algum tipo de inaptidão nessa demonstração depreciará a percepção de alguém sobre
como ele é.
Então, você faz o que faz, o versículo 23 diz: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como ao Senhor, e não aos homens”.
Você pode acha que tudo é simplesmente trabalho e não coisa de igreja. O meu chefe é
simplesmente; um chefe, e geralmente um chato. O que há de crente nisso?
Há um mandato de Deus para o trabalho. Seu trabalho nada mais é do que um meio para
você demonstrar diante dos incrédulos uma vida transformada pelo poder de Deus; e então
eles serão atraídos ao evangelho.
Essa é a única razão que você está lá. Porque você tem essa profissão, porque você faz o
que faz e onde você faz.
(b) Nosso trabalho recebe uma recompensa boa ou ruim.
Enquanto você trabalhar simplesmente porque você precisa do dinheiro, você nunca vai
honrar a Deus. Enquanto o salário for a sua motivação; você nunca estará satisfeito.
O versículo 24 de colossenses 3 diz: “do Senhor você receberá a recompensa da herança.
Quem vai assalariar de forma justa suas competências não é o salário que a empresa te
paga; é o Senhor.
O crente recebe do Senhor uma “recompensa” por seu serviço. Sua preocupação não deve
ser se você será promovido ou vai receber um aumento salarial.
Sua preocupação deve ser: O que o Senhor vai dizer em relação à avaliação do meu
serviço e qual será sua recompensa?
O salário que eu ganho é justo? Considerando que o meu empregador é o Senhor, quanto
ele acha que eu devo ganhar?
E irmãos considerando o AUTOENGANO do nosso coração que sempre acha que
deveríamos ganhar mais.
E considerando o serviço precário que damos a Deus na igreja, é bem provável, que a
maioria de nós estivéssemos com nosso salário com saldo devedor. Quem não consegue
servir bem na casa de Deus, não servirá bem em outro lugar.
(c) Nosso trabalho é um culto.
O versículo 24 de Colossense 3 continua dizendo:É o Senhor Cristo a quem você serve.”
A palavra servir que o grego usa é “latria”, de onde vem “liturgia”, culto. O trabalho é uma
oportunidade de adorar a Deus, por meio das nossas competências. O trabalho é
adoração.
O nome de Deus é glorificado com um bom trabalho bem feito. Se vendemos doces, que
sejam os melhores e mais gostosos doces da vizinhança. Se somos médicos, que
tenhamos o melhor atendimento.
Todo o nosso trabalho é reconhecido por Deus, como uma forma de culto. Onde ele deve
ser glorificado.
Por outro lado, o versículo 25 diz que, se você errar, receberá “as consequências do
erro” que fez ao Senhor.
E o Senhor não faz acepção de pessoas, e não importa em que nível de trabalho você
esteja na sua empresa. Como o seu patrão é Deus, e com ele se você não fizer o que Ele
deseja, Ele “sem parcialidade” trará algumas consequências.
d) Honramos a Deus com o trabalho que fazemos.
O trabalho e a vocação de tempo integral são para todos os cristãos, assim como é o a
vocação de tempo integral do Pastor.
Nossas mãos são os instrumentos de nosso coração. Elas expressam por fora aquilo em
que acreditamos por dentro.
O serviço que prestamos deveria demonstrar que somos chamados para algo superior,
deveria expressar que algo maior do que recompensas terrenas é o que nos motiva. A
qualidade do trabalho que fazemos deveria glorificar a Deus.
Alguém já disse que: “Nenhuma perna de mesa torta ou gaveta desregulada, eu ouso jurar,
jamais saiu da carpintaria de Nazaré”.
Veja Efésios 6.5-9 (pg 1096 McCheyne) Paulo repete esse mesmo ensinamento:
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na
sinceridade de vosso coração, como a Cristo;
Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo
de coração a vontade de Deus;
Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.Sabendo que cada um
receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também
que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas”.

CONCLUSÃO: Honramos a Deus com nosso trabalho. Refletimos o caráter de Deus como


nosso trabalho.
O trabalho cristão não é vender objetos cristãos, ter nomes bíblicos, colocar versículos
bíblicos, ou ouvir música cristã no ambiente de trabalho.
O trabalho de Deus não acontece depois do expediente. Nós servimos a Deus com o
nosso trabalho e no nosso trabalho. A graça deve impactar a execução do meu trabalho
A única maneira possível é um colega de trabalho mostrar a eles o que é o cristianismo. Há
uma famosa história de São Francisco.
Um dia, ele disse a um de seus jovens frades: “Vamos descer à vila e pregar ao povo”.
Então eles foram. Eles pararam para conversar com as pessoas, para ouvi-las, e ajuda-las
em algum serviço doméstico.
Francisco parou para brincar com as crianças e trocou uma saudação com os viajantes.
Então eles se voltaram para ir para casa. “Mas pai”, disse o noviço, “quando pregamos?”
“Pregar?” sorriu Francisco. “Cada passo que demos, cada palavra que falamos, cada ação
que realizamos, tem sido um sermão.”
Li algo muito interesse hoje e quero compartilhar:
O Evangelho Segundo Você …
Há um Evangelho segundo Mateus; Marcos;
Para Lucas; e João também.
Há outro evangelho que muitos estão lendo …
O evangelho segundo você.
Todos os ensinamentos que encontramos na Bíblia
são fatos que sabemos serem verdadeiros;
Você deve vivê-los para torná-los o evangelho …
O evangelho segundo você
Muitos não leem as palavras da Bíblia;
Vou lhe dizer o que alguns deles fazem …
Eles estão lendo o livro que você está escrevendo …
O Evangelho segundo você.
Há um grande poder na pregação do evangelho
A Bíblia ensina que isso é verdade.
Mas o sermão com maior probabilidade de influenciar os outros
é o evangelho segundo você.
Deus nos ajude a ser fiéis a Jesus …
A viver todos os Seus ensinamentos tão verdadeiros, para
que todos possam ver Seu Espírito
no Evangelho segundo você.
Você está escrevendo um evangelho, um capítulo por dia;
Pelas coisas que você faz; Pelas coisas que você diz.
Todos leem esse evangelho, seja falso ou verdadeiro!
Diz: O que é o evangelho segundo você?

Sermão Nº 21 – Que tipo de empregados os crentes devem ser (Parte 2).


Referência: Tito 2:9-10.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 30/10/2019.

INTRODUÇÃO
Quero relembrar um exemplo que já citei anteriormente do respeitado comentarista
luterano, RCH Lenski[1] escreve:
“Se um escravo cristão desonrasse seu mestre de qualquer forma por desobediência,
agindo desrespeitosamente, falando vergonhosamente sobre seu mestre, a pior
consequência não seria a surra que ele receberia, mas as maldições que ele causaria.
Seu mestre iria blasfemar contra o Deus deste escravo miserável, sua religião e os
ensinamentos que ele abraçou: “Então é isso que esta nova religião ensina aos seus
convertidos!”
Em vez de trazer honra ao verdadeiro Deus e ao evangelho ao seu Santo Nome; como
todo cristão deveria estar ansioso para fazer, esse escravo traria o oposto, para o deleite
do diabo.
A história da igreja primitiva revela que os escravos cristãos geralmente tinham um preço
mais alto no mercado de escravos do que os incrédulos.
Se um mestre soubesse que certo escravo no bloco de leilão era um cristão, ele
geralmente estaria disposto a pagar mais por aquele escravo, desde que ele soubesse que
o escravo o serviria fielmente e bem.
Isto é um ALTO TRIBUTO À FÉ CRISTÃ e à solidez da doutrina que está de acordo com o
glorioso evangelho! Se você fosse colocado no “mercado de escravos” por assim dizer,
você “daria um preço mais alto?”.
A exposição de hoje mostra como um empregado dever honrar a Deus com seu trabalho.

O TRABALHO DO FUNCIONÁRIO CRISTÃO.


A Escritura nos ensina em Efésios 6.5 sobre os nossos chefes humanos segundo a carne.
Que a obediência a eles deve ser prestada “com temor e tremor.”  Por quê?
Para quem realmente trabalhamos?
Porque você está fazendo isso com toda a sinceridade do seu coração, e primeiramente
para Cristo.
Agora, a maioria das pessoas vão trabalhar – eu diria que a grande massa de pessoas –
vai trabalhar e faz o que tem que fazer se o chefe estiver olhando.
Fazem o que eles precisam fazer se souberem que alguém está checando e
supervisionando.
Mas algumas pessoas podem superar isso e vão trabalhar duro, indo além do dever,
independentemente de o chefe estar olhando ou não, mas a MOTIVAÇÃO por traz disse é
apenas para obter mais dinheiro; ou mais prestígio.
Todos esses, é claro, ficam aquém do padrão para o cristão.  Nós cristão trabalhamos com
“TEMOR E TREMOR”, olhando não para o nosso empregador, mas para Cristo, quem
realmente está avaliando nosso esforço e eficiência.
Ele diz em Efésios 6.6: “Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como
servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus”. Ou seja; Cristo é seu
empregador; Cristo é seu chefe; Cristo é seu mestre.
Então, versículo 7, “Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens”.
O empregado cristão trabalha de boa vontade, sempre de bom humor. Ele presta um
serviço acima da média. Ele presta um melhor serviço. Ele é mais eficiente. Ele tem mais
competência.
Porque a disciplina é necessária no trabalho?
No verso 8 diz: “Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja
servo, seja livre”.
Quando um escravo, servia mal ele era castigado. Aqui o texto diz que quem recompensa
ou castiga é o Senhor. Veja a seriedade do trabalho cristão. Que tremenda verdade.
Veja o que a escritura diz sobre a disciplina do funcionário, quando desobedece:
Provérbios 29:19 “Meras palavras não bastam para corrigir o escravo; mesmo que
entenda, não reagirá bem”.
Veja a necessidade da disciplina para mudar o caráter. Se falta do caixa, deve descontar
do funcionário, se chega atrasado, deve descontar….
Provérbios 29:19 “Se alguém mima seu escravo desde jovem, no fim terá tristezas”.Para o
bem da própria relação empregado e patrão, precisa haver DESCRIÇÃO; a fim de não
confundir a intimidade com a falta de respeito.
Como prestamos nosso serviço?
Veja que este tipo de instrução é repetido, num mundo onde a maioria das pessoas eram
escravas. Deus tem uma vontade especifica para o nosso trabalho.
Veja 1 Timóteo 6 versículo 1 e 2: “Todos os que estão sob o jugo como escravos
consideram seus próprios senhores dignos de toda honra“.
Agora estamos indo além do DEVER DE RESPEITAR. E você faz isso “para que o nome
de Deus e nosso ensinamento não seja difamado”.
Se você for trabalhar, meu amigo, e lá ficar distribuindo folhetos para todo mundo. Se você
ficar falando sobre o Senhor até que alguém lhe diga para não fazer isso na hora do
trabalho e você se tornar um mártir e ser perseguido por ser crente.
Mesmo fazendo tudo isso; você não estará trabalhando da maneira que Deus quer que
você trabalhe. Na verdade, você está dando às pessoas ao seu redor motivos para falar
contra o evangelho e a pessoa de Cristo.
No versículo 2 Timóteo tem de ensinar os empregados crentes que:
“Os que têm senhores crentes não devem ter por eles menos respeito, pelo fato de serem
irmãos; pelo contrário, DEVEM SERVI-LOS AINDA MELHOR, porque os que se
beneficiam do seu serviço são fiéis e amados. Ensine e recomende essas coisas (1Tm
6:2).
Havia alguns empregados cristãos, que estava mudando sua mentalidade; e confundindo a
“liberdade do evangelho” – já que somos ambos cristãos, somos iguais em Cristo, pois
conforme Gálatas 3:28 “não há mais distinção em Cristo”.
Paulo dá um sonoro: não; antes devem servir e obedecer ainda mais, com uma motivação
ainda maior.
Para evitar essa conduta errada, ele então ele diz a Timóteo: “Ensine e pregue esses
princípios”.  Você precisa ocupar sua pregação com isso; repetir isso e repetir isso, repetir
isso; porque isso é muito importante.
Porque o que está em jogo é a Gloria de Deus. O nome de Deus não pode ser blasfemado.
Estamos falando amplamente sobre ESTRATÉGICA EVANGELÍSTICA, estamos falando
sobre como você vive sua vida no local de trabalho.
E quais são as marcas que caracterizam um funcionário que é crente. Ele pela sua própria
natureza da fé, é um funcionário diferente do que não professa a fé,

AS MARCAS DO FUNCIONÁRIO CRISTÃO.


Agora, vamos voltar para Tito. Neste texto, são dadas cinco qualidades de caráter – cinco
qualidades de caráter que devem marcar todo funcionário cristão. E eles estão diretamente
relacionados ao seu impacto evangelístico.
O funcionário cristão sabe ser submisso (v.9).
A Qualidade número um, é a submissão, versículo 9: “Exorta os servos a que se sujeitem a
seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo”.
Aqui Paulo está resumindo numa única palavra toda a formatação do trabalho prestado
pelo empregado crente – seja submisso.
A palavra grega é “hupotass. E é a mesma usada em Efésios 6, Colossenses 3:22.
É frequentemente usado como um termo militar; significa “entrar na hierarquia, entrar,
alinhar-se, alinhar-se abaixo”.
É um reflexo aqui – “alinhar-se sob a autoridade que está sobre você; entre na fila; não
fique fora da linha.”
Submissões como essa, é claro, são a chave da ordem em toda a ESTRUTURA SOCIAL.
Certamente, na questão do casamento, você tem onde a esposa deve se submeter ao
marido e ao Senhor.
Certamente na família você o tem onde os filhos estão se submetendo à autoridade de
seus pais.
Certamente na igreja, temos as ovelhas se submetendo a autoridade dos pastores.
Certamente como cidadãos, devemos honrar nossos governantes e todos aqueles que têm
autoridade sobre nós e realizar o que nos é ordenado por Deus.
E assim é também no ambiente econômico que onde quer que haja trabalho, aqueles que
são EMPREGADOS devem ser submissos aos que estão acima deles.
O termo “mestres” aqui é “DÉSPOTAS” dos quais temos déspotas, geralmente associados
a alguém que tem autoridade absoluta.
Esse é o significado do grego. Significa “um senhor, alguém que tem autoridade absoluta”.
A tendência atual de atacar e enfatizar os DIREITOS dos empregados, embora eles o
tenham, e devem ser respeitados.
Mas não se enfatiza aDEVER da submissão,do bom trabalho prestado; isso paralisa a
sociedade, paralisa economia e desonra a Deus.
Ele diz em todas as coisas, “EM TUDO”, esteja sujeito ao seu próprio mestre, mesmo que
ele seja uma pessoa muito difícil, mesmo que seja uma pessoa perversa. Mesmo que fale
de um jeito arrogante!
Primeiro Pedro 2:18,19 diz: “Servos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não
apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus.
Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte
aflições sofrendo injustamente”.
Mesmo que ele não seja razoável, devemos estar em submissão. Essa submissão que
aprendemos de Colossenses 3:22 e de Efésios 6 deve ser:
Com a atitude correta – “medo e tremor” –
Com a devoção correta – “sinceridade de coração”
Com a diligência certa – “como agradar a Deus, e não homens.”
E assim tudo começa com a submissão.  Você quer ter um impacto evangelístico. Você
pode estar dizendo: “Bem, eu não sou um bom comunicador. Não sou muito bom em
testemunhar.
Não sou muito ousado. Não sei como dar o meu testemunho no meu trabalho. Eles não me
deixam dizer nada do evangelho.
O ponto é que, SE VOCÊ APENAS VIVER DA MANEIRA QUE DEUS PEDE que você viva
em seu ambiente de trabalho, você manifestará uma vida transformada que aponta para o
transformador, que é Deus.
O funcionário cristão faz seu trabalho com excelência (v.9).
No versículo 9, ele diz que você deve “estar sujeito a seus próprios senhores em tudo” e,
em seguida, acrescenta: “e agradando-lhes em tudo”.
Em outras palavras, o trabalho que você faz, precisa ser do agrado do seu patrão.
Então você faz isso de forma excelente, e o seu padrão excelência, não é humano é:“como
para o Senhor”, e não para os homens, sabendo que qualquer coisa boa que cada um fizer
receberá de volta do Senhor.”
Você pode ir trabalhar e alcançar um certo nível de excelência em prol de sua promoção,
sua renda, a segurança de seu trabalho, para agradar seu chefe.
Mas que tipo de trabalho você faria se o próprio Senhor Jesus Cristo fosse seu
empregador? Bem, ele é. Essa é a questão. Dê-lhe total satisfação.
Isto deve ser uma máxima para todos nós; para quem trabalhamos? Para quem eu preparo
os meus sermões? Para quem eu prego os meus sermões?
Qualquer que seja o serviço que presto, qualquer dever que tenha para com a igreja, ou
com as pessoas, tudo isso é pouco, quando comparado com a responsabilidade que tenho
diante de Deus.
Tudo isso se resume em culto: “Servindo ao Senhor”, – “com toda humildade“.
Nossa tarefa não é diferente no sentido de que ela tem como objetivo final ser excelente
diante de Deus.
Agora seu chefe pode ter – e certamente tem – um padrão muito mais baixo do que o de
Deus. E se você fizer no padrão de Deus, que é mais exigente, você vai impressionar seu
empregador, num nível, em que ele não consegue mensurar.
Você entende o que estou dizendo no contexto geral?  O que estou dizendo a você é que o
próprio propósito da igreja na evangelização dos perdidos está vinculado a isso.
O funcionário cristão não se opõe as normas da empresa (v.9).
Há uma terceira qualidade do empregado que é crente. No final do versículo 9, ele diz:
“Não contradizendo”.  Ou seja; “o crente não deve ser argumentativo”.
“Antilegontos” = “Falar contra” – o ponto é que você não deve se opor; “falar alto,
responder, argumentar, resmungar; fofocar, mal dizer; rebelar-se, “se opor a qualquer
requisito que a empresa exige”.
E isso é muito comum entre os funcionários, de questionar ou criticar as metas e diretrizes
da empresa.
Isso é motivado por um espirito de insubmissão e rebelião que influencia e desmotiva
outros empregados, gerando sérios prejuízos a empresa.
O funcionário crente deve ser tratável, empático; compatível, ensinável, dar mais do que
recebe (ele faz mais do que é exigido); e sabe receber as cobranças e metas com amor,
humildade e alegria.
Veja por exemplo a desculpa ímpia da de DESVIO DE FUNÇÃO, tem feito muitos crentes,
deixarem de fazer algumas outras “ATIVIDADES CORRIQUEIRAS”, que ajudaria muito a
empresa e honraria muito o nome de Deus.
Muitos empregados acham que o fato de cumprirem a meta do mês não há nada mais o
que fazer, e caem em seu rendimento, e empenho. O funcionário crente não é movido pela
meta, ele está sempre acima da média.
O empregado crente é regido primeiramente pela PALAVRA DE DEUS e depois pela CLT.
Ele dá mais do que a lei pede, pois ele é funcionário do Senhor.
A palavra grega “Antilegontos” é traduzida várias vezes em seus usos no Novo
Testamento: “alguém, que se opõe”, que é as vezes, é traduzido como “obstinado”,
“soberbo”, “insubmisso”.
Ele tem a ideia de “responder, resistir, frustrar, rejeitar, desobedecer”, “rebelar”.  E
francamente esta é uma falha muito comum entre os funcionários.
Alguns funcionários não gostam do que a empresa pede para que façam, então eles não
fazem.
Eles não têm predisposição para fazer nem o que é pedido, e nem para fazer mais do que
é pedido.
Outros não gostam do modo como o chefe manda fazer, então eles também não fazem. Ou
estão acostumados a fazer de um jeito e não querem fazer de outro.
Outros até fazem o que pede; mas fazem “SEM ENTUSIASMO”, SEM MOTIVAÇÃO; e
torcendo para que dê errado; porque não está fazendo do jeito que o funcionário acha que
deveria ser feito.
Outro empregado resiste; responde de volta, resmunga. Questiona tudo; faz de mal humor;
sem alegria, não faz com satisfação, e ainda desanima os outros.
Embora de forma humilde, você possa perguntar e discutir uma ideia com sabedoria e
prudência com seu chefe ou patrão.
Porém, uma vez tomada a decisão e dado o comando, você deve cumpri-la com
comprometimento absoluto e completo e sem questionar.
Judas traduz um cognato dessa palavra pela palavra “rebelião”, como aquela que os
ANJOS CAÍDOS E LÚCIFER fizeram.
Não há lugar no reino de Deus para se rebelar contra a autoridade.  Não há lugar para
questioná-la.  Não há lugar para miná-la.  Não há lugar para desonra-la.
O cristão no local de trabalho deve ser conhecido pelo respeito à autoridade.   E quando a
autoridade fala, ele se cala e obedece, imediatamente, alegremente e completamente.
Agora, obviamente, se eles pedirem para você fazer algo que vai contra as Escrituras e
contra a Palavra de Deus, você não pode fazê-lo.
Mas, além disso, você deve obedecer, não importa se você acredita que é sábio ou tolo, ou
se deve ser mais do que você deveria ser responsável, ou mais do que você pode; você
deve fazer o seu melhor esforço.
O funcionário crente é sempre honesto (v.10).
Existe uma quarta qualidade ele é honesto, altamente confiável.  Versículo 10; isso é muito
interessante, “Não furtando”.
Ou como no português antigo: “peculando”.O PECULATO é um crime que consiste na
subtração ou desvio, mediante abuso de confiança.
Significa basicamente “separar”.  Significa “pegar algo dali e colocá-lo aqui”.  significar “tirar
do caixa, mesmo que seja dinheiro insignificante”; “pegar algo para você”.
Consumir suprimentos mais do que você deveria consumir; seja gastando muito ou levando
para casa.  Seja usando o “tempo indevido” e “rendendo menos” que deveria.
O Peculato, “separar algo e deixar de lado”.  Era um eufemismo para roubo furtivo e
silencioso.
Agora lembre-se, todos os ofícios, artes e profissões da antiguidade estavam nas mãos dos
escravos, assim como as empresas hoje.
E, como nos tempos antigos, todo modo concebível de trapaça era usado.
Temos hoje – a apropriação indevida de dinheiro, pequenos furtos, falsificação de relatórios
de despesas, roubo de mercadorias.
Roubo de tempo”; roubo de esforço, gasto com outra coisa que não o trabalho; ou deixa de
fazer por preguiça ou desanimo.
Roubo de capacidade; onde o funcionário dá menos e poderia oferecer mais. Rende
menos e poderia render mais. E ainda blasfema dizendo, “eu não ganho para isso”!
A mesma palavra, a propósito, é traduzido em Atos 5:2 e 3 em relação a ANANIAS E
SAFIRA que “eles contiveram”.
Você se lembra que eles venderam um pedaço de terra e disseram: “Nós vamos dar tudo
ao Senhor”. Mas eles enganaram um pouco, eles retiveram um pouco. Eles deram menos
que poderia dar.
Você pode, estar lá falando sobre Jesus o tempo todo e cantarolando hinos durante o seu
intervalo, parecendo espiritual e lendo a bíblia ou livros cristãos.
E se alguém descobrir que você está retirando dinheiro da caixa registradora, que você
está morcegando na hora do trabalho.
Que você vive na internet, no celular, no facebook, na hora do trabalho isso é roubo; e não
importa o que você vai dizer do evangelho.
Eles concluirão que seu Deus não é um Deus que transforma pecadores em santos e,
portanto, Deus é desonrado.
Veja bem, onde quer que estejamos como cristãos, amados, onde quer que estejamos,
temos o propósito de evangelizar.
É por isso que estamos aonde estamos e fazemos o que fazemos. O “Não furtarás” é
básico como um código moral, mas quanto mais essencial é na vida de alguém que está lá
com o propósito de evangelizar?
O funcionário cristão é cheio de lealdade (10).
A quinta marca do caráter cristão é a lealdade, e ele diz que, no versículo 10, nessas
simples palavras: “Mas mostrando toda a boa fé”.  A palavra “fé”, pistin, é melhor traduzida
aqui “fidelidade”. Isso significa “confiabilidade e lealdade”.
Adoro a palavra lealdade, e muito raramente ouço alguém usá-la. Lealdade é tudo para
todas as coisas.
E hoje as pessoas não são leais a nada. Elas levam a vida com um CONTROLE REMOTO,
trocam os canais a hora que querem.
Elas tocam o botão e trocam de casa, de amigos, de marido, de esposa, de trabalho, de
igreja, de ideologia, de gosto. E isso muito rapidamente.
E houve um tempo em que havia lealdade – lealdade até para uma empresa, lealdade para
alguém com quem você trabalhava, lealdade com um amigo; lealdade para um parceiro de
casamento, lealdade para um amigo, lealdade para com uma igreja local.
Não acho que alguém fale sobre lealdade. Acho que eles não sabem mais o que isso
significa, essa geração está provendo uma cultura onde cada um quer viver sozinho no
mundo.
Essa pequena frase no versículo 10, “Mostrando toda boa fidelidade”, precisa ser
entendida.
A palavra “mostrando”, o verbo grego “endeiknumi”, significa “dar ampla evidência”. Paulo
usa essa palavra sempre no sentido de “FORNECER EVIDÊNCIA”.
Você dever dar evidência de que você é confiável, de que você é leal, que você é fiel.   Que
virtude maravilhosa é essa, a fidelidade de um empregado!
o funcionário crente não expõe a fraqueza da empresa e do patrão, para ninguém, ele sabe
guardar segredo e não expõe as crises e situações que a empresa passa ou venha
enfrentar.
Selim, um pobre turco, fora criado desde a juventude com cuidado e bondade por seu
mestre, Mustapha. Quando este estava no ponto da morte, Selim foi tentado por seus
companheiros a se juntar a eles para roubar uma parte dos tesouros de Mustapha. “Não”,
ele disse, “Selim não é ladrão. Receio não ofender meu mestre pelo mal que ele pode me
fazer agora, mas pelo bem ele me fez a vida toda.

III. O TRABALHO CRISTÃO DÁ A DEUS TODA A GLORIA.


Agora todas essas virtudes têm um propósito nobre. Por isso você deve ser submisso,
excelente, respeitoso, honesto e leal. O fim ultimo do trabalho é dar a Deus toda a gloria.
Qual o propósito do nosso trabalho.
Demonstrar a divindade de Cristo (v.10) “doutrina de Deus, nosso Salvador.” Nosso
trabalho revela a natureza divina do Senhor a quem servimos. Somente um Deus, pode
receber esse tipo de devoção, e não homem algum.
O crente serve melhor e acima da média, pois isso revela o nível de devoção que ele tem
pelo seu Deus.
Esse Deus é salvador, isso implica na nossa própria miséria, cuja miséria infinita somente
Deus poderia remover e cujo bem infinito ninguém senão Deus poderia restaurar.
Então, viver uma vida que faça com que nossa religião seja estimada e honrada no mundo
é a maior bênção, tanto para nós mesmos quanto para os outros, que podemos imaginar
ou desejar.
E isso é dito a uma classe de escravos que era a escória da sociedade romana.
CRISÓSTOMO diz que era inevitável que o caráter moral dos escravos em geral fosse
ruim. Eles não tinham motivos para ser bons e pouca oportunidade para aprender o que
era certo.
No entanto é a essa classe de escravos; de condição moral deplorável, que a Escritura
destaca como sendo capaz de adornar de maneira peculiar a doutrina de um Deus
Salvador, em todas as coisas.
Aqui está o milagre da graça maravilhosa de Deus, doadora e capacitadora; que faz com
os homens o conheça, o ame e sejam levados para Ele.
Isso é infinitamente grande e infinitamente verdadeiro. Deus é capaz de ser adornado por
aqueles a quem é dado a vida eterna.
 
Demostrar a joia rara do evangelho.
O final do versículo 10, “Você adornará a doutrina de Deus, nosso Salvador, em todos os
aspectos”. 
Você vai fazer com que nosso Deus, que é o Deus salvador, seja atraente.  “Adornar” é a
palavra kosme. De onde vem cosméticos, adorno, enfeite, vestuário.
É uma palavra basicamente que significa “ordem”.  É usada para “arrumar algo, colocar
algo em ordem adequada” – “simetria, beleza”. Os cosméticos são projetados para deixar
alguém bonito.
Aqui também poderia ser usado no sentido de que costumava ser usada nos tempos
antigos na organização de joias em um ambiente.
Poderia ser referir a um grande broche ou colar ou anel ou uma coroa de joias com belas e
magníficas joias dispostas em maravilhosa simetria e ordem, para que se tornassem
maravilhosamente atraentes.
Os adornos; são precisamente coisas boas e belas que são capazes e dignasde adornar.
Assim, o adorno é uma forma de homenagem: é um tributo prestado à beleza.
O adorno torna o que é adornado mais visível e mais conhecido. Uma foto em uma linda
moldura amplia sua beleza e apreciação.
O adorno é um anúncio de mérito: torna o objeto adornado mais facilmente percebido e
mais amplamente apreciado.
O adorno aumenta o mérito daquilo que adorna. O que era justo antes é tornado ainda
mais justo pelo ornamento adequado. A bela pintura é ainda mais bonita em uma moldura
digna.
Uma pessoa da presença real se torna ainda mais real quando vestida de maneira real.
Nosso testemunho piedoso, torna a doutrina, o evangelho, mais bonito, mais atraente,
mostramos nossa reverência, nossa homenagem e admiração por ele.
Mostramos a todo o mundo que ele é estimado e digno de atenção e honra.
Assim tornamos a doutrina de Deus mais conhecida, como uma JOIA RARA, que de outra
forma ela teria sido ignorada, assim forçamos a atenção das pessoas para o evangelho.
Um cristão no trabalho, um cristão apenas sendo cristão – submisso, excelente, respeitoso,
honesto, leal – faz com que Deus pareça bom, o faz atraente.
Dar a Deus toda a gloria.
Os cristãos devem adornar o evangelho. Nos dias de Paulo, servos ou escravos; em
nossos dias, os pobres e trabalhadores das classes sociais mais baixas.
E veja parece estranho que os mais pobres sejam escolhidos para essa tarefa! Não era
comum escravos usar joias belas e caras. Eles expressavam toda a feiura e baixeza da
sociedade.
Por que não a ARISTOCRACIA DO IMPÉRIO, seus magistrados, seus senadores, seus
comandantes – supondo que qualquer um deles pudesse a abraçar a fé em Jesus Cristo.
Eles não poderiam adornar as doutrinas com mais sucesso e fama.
Se os nobres, os poderosos, fossem um adorno, seria uma simplesmente uma homenagem
à sua dignidade. A lealdade deles seria uma proclamação de seus méritos.
A doutrina seria o ornamento (acessório) deles, e não o inverso. O evangelho então não
teria poder algum de atração.
Mas o contrário de tudo é a verdade no caso dos ESCRAVOS. Seus gostos eram tão
baixos, seu julgamento moral tão degradado,que uma religião que crescesse entre os
escravos dificilmente seria uma recomenda apara as pessoas mais respeitáveis.
E que oportunidades teriam os escravos, sendo considerados como os párias da
sociedade, de tornar o evangelho mais conhecido ou mais atraente?
O normal era que as escravas estivessem sempre prontas para adornar e embelezar suas
senhoras com joias e enfeites caros. Agora a joia de maior valor que é o evangelho,
escolhe os mais indignos para embelezá-los.
Por isso o evangelho foi enviado aos pobres, pois de ninguém mais o evangelho recebe
mais honra do que dos pobres. A Deus toda a gloria.
Isto poderia parecer um erro estratégico, um ANTI-MARKETING. O MOVIMENTO DE
CRESCIMENTO DE IGReja, diria esse método será um completo fracasso. Mas esse
método em 300 anos ganhou o império romano.
Que estratégia fantástica! Os Escravos! Se eles poderiam ser mudados, então o
testemunho deles, arrastaria o mundo para cristo. (Exemplo do pastor da mobilete velha e
uma Kawasaki)
E isso confronta os pecadores com a feiura de quem eles são, não é? Por contraste.E
quando você diz: “Nosso Deus é um Deus salvador”, eles dizem: “Bem, você é diferente. 
Você, com certeza, é diferente”.
É assim que temos que viver se quisermos ser EFICAZES NO EVANGELISMO; porque as
pessoas estão nos observando e concluindo que há algo maravilhosamente atraente em
nós.
Do contrário elas vão dizer que dizemos que conhecer a Deus, mas negamos. E com isso
desonramosa Bíblia, desacreditando-a e Deus não recebe a Gloria devida ao seu nome.
As pessoas podem nos perguntar qual a nossa reação, sobre o NOTICIÁRIO em que o
pastor amarra duas crianças indefesas dentro de casa e depois ateia fogo na casa.
Minha reação a isso é que lamento. Não me lamento pelo que aconteceu a ele,mas
principalmente as crianças, embora isso por si só seja uma tragédia. No entanto, sofro
ainda mais por outra blasfêmia com o nome de Jesus Cristo.
Como vamos pregar à nossa sociedade? E nossa sociedade está em apuros. E nós
precisamos de salvação.
Precisamos de uma varredura poderosa e dada por Deus da mensagem de salvação em
todo o país, mas meu medo é ainda que varrido por todo o país, as pessoas não
acreditariam no que veem nos cristãos.
Não é triste? Por que umPastor bizarro, que mata friamente crianças, não podia ser
budista?  Porque os FALSOS PROFETAS, não dizem que são: Confúcio; Dalai lama; ou
Maomé? Por que eles sempre dizem que são Jesus Cristo?
Porque Satanás sabe como DEVASTAR A INTEGRIDADE de Deus e de Cristo,
associando fanáticos, assassinos, pervertidos, adúlteros, fornicadores, ladrões, mentirosos,
e maus funcionários com Jesus Cristo.
E então, o que fará alguém acreditar que o nosso é um Deus salvador que transforma
pecadores em santos?
Acreditem, por mais que os cristãos tentem pregar ao mundo inteiro a mensagem, eles não
têm conseguido fazer. E acreditem Satanás é eminentemente bem-sucedido nisso.
E esses falsos cristos, e os maus funcionários, tem pregado umANTI-EVANGELHO nos
quatro cantos do mundo. Não há inimigos piores do evangelho do que seus amigos
inconsistentes.
Como podemos combatê-los? Não pelo que dizemos, mas pelo que somos. Pelo que
vivemos, por meio de uma vida santa e agradável a Deus.
Ornamentar a doutrina com o viver.
A piedade é o ornamento do ensino da Escritura. Alguns assumem grande parte do dever,
mas pensam que podem se dar bem o suficiente sem doutrina, sem o ensino correto e isto
é um grande engano.
Antigamente um capitão de um navio dizia: “Quero vapor, mas não me incomode com
carvão – pedaços sujos, sem brilho e pesados. Então vapor sim, mas não carvão para
mim”, você deve considerá-lo um homem muito tolo. Não existe uma coisa sem a outra.
Agora alguém é tão tolo, cujo lema é: DOUTRINA NÃO, MAS VIDA SIM. O apóstoloune os
dois. Ele faz uma coisa só;“doutrina e piedade”, e uma coisa só; “piedade e moralidade”,
são lados de uma mesma moeda.
Para ele, o dever é o adorno da doutrina. A doutrina é o fundamento.A vida é a
decoração(vestuário).Você e eu devemos viver o tipo de vida que adornará a doutrina. 
Que tipo de roupas você tem usado? As Roupas de Cristo” ou “Moda de Carne”?
O melhor comentário sobre a Bíblia que o mundo já viu – é uma vida santa de crescente
semelhança com Cristo.
O sermão mais eloquente em favor do Evangelho que o mundo já ouviu – é uma vida santa
e cheia de piedade.
A melhor versão da Bíblia que já foi feita – é um exemplo consistente e piedoso.Esse
deveria ser nosso lema: “MINHA VIDA MINHA DOUTRINA”.

CONCLUSÃO: Quero concluir com uma oração; curve sua fronte.


Pai Santo! Ajuda-nos em nosso trabalho, nossa oração é que adornemos o evangelho em
todos os aspectos, seja com os mais humildes de nossos deveres e os mais altos.
Que os pecadores possam saber que Tu és um Deus salvador que salva as pessoas do
pecado e os transforma em santos.
Estamos tão tristes que Seu nome tenha sido tão desonrado em nosso meio.  Não há como
comprara mídia e de alguma forma tentar reverter o impacto.
Não adiantaria comprarmos outdoors, fazer programas de televisão. Temos que viver uma
vida santa e demonstrar o que é o verdadeiro cristianismo.
Temos que mostrar a todos à nossa volta no trabalho, e em qualquer lugar que Tu és um
Deus que salva e transforma.
Temos que deixar nossa luz brilhar diante dos homens, para que vejam as nossas boas
obras, e o glorifiquem.
Temos que ser luzes que sustentam a Palavra da vida em meio uma geração corrupta,
perversa e sombria.
Temos que viver na frente dos pagãos que, quando virem nossas boas obras, vão glorificá-
lo no dia em que Seu filho vier.
Ajuda-nos, Senhor, amanhã quando formos trabalhar para viver desta maneira.  Sabemos
que se os homens mais velhos e as mulheres mais velhas e as mulheres mais jovens e os
homens mais jovens e todos os funcionários forem o que deveriam ser neste mundo, o
poder do evangelho será inegável.
Que jamais possamos ser descritos como aqueles que dizem conhecer a Deus, mas
negam-no por suas ações e são detestáveis e sem valor.
Senhor Deus, ajude-nos a ser o que você quer que sejamos, para que possamos alcançar
muitos que verão quão bonito, quão magnífico o Senhor é, então serão
atraídos pelo Senhor porque eles O veem em nós. Pedimos isso para toda vida, em o
nome Jesus Cristo, o Nazareno.
 
[1](A Interpretação das Epístolas de São Paulo aos Colossenses, aos Tessalonicenses, a
Timóteo, a Tito e a Filemom: Augsburg, 1964, p694-95).
Sermão Nº 22 – A graça salvadora.
Referência: Tito 2:11.

Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 06/11/2019.

INTRODUÇÃO
Temos lidado por várias semanas com as instruções muito práticas deste grande capítulo,
e hoje chegamos ao fundamento doutrinário sobre o qual toda essa verdade prática é
construída – versículos 11 a 14 do capítulo 2 de Tito. Vejamos:

A GRAÇA TESTEMUNHADA.
Antes de expor este texto, quero fazer alguns comentários preliminares.
Estrelas da graça.
Um dos termos familiares que ouvimos em nossa sociedade é o termo estrela.  E
geralmente não é usado para se referir a algum corpo celeste, mas sim a alguém, alguém
no cinema ou alguém na televisão ou alguém no esporte, alguém no campo da música.
Todas essas pessoas são rotuladas de “estrelas” quando alcançam uma certa
preeminência, quando brilham intensamente em um determinado campo, quando o mundo
as conhece e meio que superam as outras ao seu redor.
Anualmente, livros, revistas e programas de televisão e os documentários selecionam
essas estrelas mais brilhantes em todos os campos, e assistimos a um desfile constante
delas pela televisão enquanto ocorrem várias cerimônias de premiação, e elas recebem o
prêmio conquistado por seu estrelato.
Estas são as estrelas do mundo e, na maioria dos casos, são estrelas caídas.   Quero dizer,
caído no sentido de que eles não são crentes.  Eles não são as estrelas reais em nosso
mundo, pelo menos não pela definição de Deus.
Ouça o que diz Daniel, capítulo 12, e versículo 3. “Aqueles que são sábios reluzirão como
o brilho do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para
todo o sempre”.
O que o Espírito Santo está dizendo em Daniel, capítulo 12, versículo 3, é o seguinte:
aqueles que têm sabedoria divina – doutrina do Evangelho.
Aqueles cuja sabedoria divina lhes permite ver através da pecaminosidade de sua própria
geração perversa seguir o caminho da justiça de Deus, e então aqueles que levam os
outros à justiça são as verdadeiras estrelas.
Quem conhece a doutrina, tem discernimento e sabedoria. Aqueles que vivem essa
doutrina em uma vida obediente e que assim levam outros à justiça são as verdadeiras
estrelas, e brilharão, não por um breve momento no mundo, mas para todo o sempre.
Essa é uma grande promessa. Essa é uma promessa que não se relaciona às questões
temporais da vida, mas à eterna.
Uma promessa de que quem conhece a verdade, que vive a verdade, e pelo conhecimento
e pelo viver da verdade leva os outros à verdade, na eternidade terá uma capacidade total
de irradiar a glória de Deus no céu para todo o sempre.
Como eu disse, as estrelas da terra são estrelas caídas.  As estrelas no céu serão e
levantadas e exaltadas.
Em Lucas, capítulo 1, e versículo 15, diz João Batista: “Ele será grande aos olhos do
Senhor“. A pergunta vem, por quê? Versículo 16: “Ele converterá muitos dos filhos de
Israel ao Senhor, seu Deus”.
Ele irá como precursor diante do Messias, no espírito e poder de Elias, para transformar o
coração dos pais de volta aos filhos, e os desobedientes à atitude dos justos, a fim de
preparar um povo santo para o Senhor”.
Ele será grande, será uma estrela, porque transforma muitos em justiça.
No final do livro de Tiago, o último versículo, diz: “Saiba que aquele que fizer converter do
erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de
pecados”.
Quem pelo seu testemunho levar alguém à justiça é uma estrela pela definição de Deus.
Astros no mundo.
Agora, no capítulo 2 de Filipenses, há uma declaração interessante que eu quero associar
a isso. Diz no versículo 15 e 16 de Filipenses 2 que devemos ser:
‘irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida
e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo a palavra da vida,
para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.
Portanto, se você vive inocentemente e piedosamente como filhos de Deus; se você vive
fielmente sua vida diante do Senhor; e você se apega à Palavra da vida, você é uma luz no
mundo. E as luzes agora se tornam estrelas depois.
Quem serão as estrelas na glória do céu eterno?  Quem brilhará mais na eternidade? 
Pessoas como você. Como essas pessoas brilham? Pessoas que seguem as instruções de
Tito, capítulo 2.
Os homens mais velhos, que são “temperados, dignos, sensíveis, são sólidos na fé, no
amor e na perseverança.”
“As mulheres mais velhas também são reverentes em seu comportamento, não são fofocas
maliciosas nem escravizados por muito vinho, ensinando o que é bom.”
“As mulheres mais jovens, que“amam seus maridos, amam seus filhos, que são sensatas,
puras, trabalhadoras em casa, gentis, sujeitas a seus próprios maridos”.
Os jovens, que são “moderados”. Que são caracterizados por “boas ações, pureza e
doutrina, dignos, com voz séria e irrepreensível”.
Os funcionários que estão“sujeitos a seus próprios senhores em tudo, que são bem
agradáveis, não argumentativos, não furtam, mas mostram toda a boa fé”.
Essas são as estrelas, que Deus escolheu para brilhar na eternidade.
Agora, o incrível é que isso não é realmente uma lista de realizações. É tudo uma definição
de caráter.
São as pessoas que conhecem a verdade, que vivem a verdade, que, portanto, levam os
outros à verdade que brilharão como as estrelas para todo o sempre.
Pessoas como você, homens mais velhos, mulheres mais velhas, mulheres mais jovens,
homens mais jovens.  Pessoas como você, que trabalham para alguém, que são
funcionários que vivem vidas piedosas.
E por causa do que você sabe e do que vive, outros passam a conhecer a Cristo.
Somos nós; não por causa de alguma conquista, não por causa de seu intelecto, não por
causa de sua capacidade artística, não por causa de sua criatividade, não por causa de
sua capacidade intelectual, não por causa de sua capacidade atlética, aqueles de vocês
que vivem vidas piedosas – você se torna as estrelas.
Por quê? O versículo 5 diz que você se certifica de que vive “para que a palavra de Deus
não seja desonrada.”
Versículo 8, “para que o adversário seja envergonhado, sem ter nada a dizer sobre nós”.
O fim do versículo 10, “para que você adorne a doutrina de Deus, nosso Salvador, em
todos os aspectos.”
Quando você vive uma vida que exalta a Palavra e silencia os críticos e eleva as glórias de
um Deus salvador, você levará outros a Cristo.
Agora, o tema que quero enfatizar, e temos feito isso durante toda a série, é que Deus é
um Deus salvador.
Evidência da graça.
E a principal mensagem que Ele deseja comunicar ao mundo é que Ele pode salvar.  E a
maneira como Ele se comunica é demonstrá-lo através de pessoas salvas.
E se as pessoas salvas não agem como pessoas salvas, Deus não está transmitindo Sua
mensagem – estamos impedindo, causando ruído.
O aspecto da natureza de Deus como Salvador é a maior ênfase nEle nesta carta.
De volta ao capítulo 1, versículo 3; o verso termina: “Deus, nosso Salvador“.  Versículo 4,
“Deus Pai e Cristo Jesus, nosso Salvador“.
Capítulo 2, versículo 10, “Deus, nosso Salvador“.  Versículo 13, “Nosso grande Deus e
Salvador, Cristo Jesus.”
Capítulo 3, versículo 4, “Deus, nosso Salvador“.  Capítulo 3, versículo 6, “Jesus Cristo,
nosso Salvador”. 
Toda vez que há uma referência feita a Deus e a Cristo nesta carta, é a Deus e a Cristo
como Salvador, com exceção da introdução de Deus nos dois primeiros versículos.
Em outras palavras, se Deus quiser demonstrar Seu poder salvador, Ele terá que
demonstrá-lo através de pessoas salvas.
Eles se tornam a EVIDÊNCIA de que Ele pode salvar. “Salvar” significa “livrar os homens
do pecado”.
Deus transforma pecadores em santos.  Portanto, nosso Senhor aqui é sempre retratado
em termos de salvação e isso é central.
Afinal, Jesus disse: “O Filho do homem veio buscar e salvar ” – O quê? – “salvar o que
estava perdido”.
Aqueles que são instrumentos fiéis, demonstrando Seu poder salvador por suas VIDAS
TRANSFORMADAS, serão as estrelas do céu. Eles são luzes agora, são estrelas depois.
Todos os comandos e todas as demandas e todos as exortações à vida santa no Novo
Testamento e neste capítulo têm como objetivo alcançar os perdidos com evidências
convincentes de que Deus pode e salva.
A chave para tais evidências são vidas transformadas. Uma vida santa evidencia a graça
de Deus.
Agora, obviamente, temos que falar a verdade.  VOCÊ NÃO PODE SER SALVO SEM
OUVIR A VERDADE SOBRE CRISTO.  Mas conseguir alguém para ouvi-lo depende da
demonstração de seu poder que eles viram na vida de outras pessoas.
Então Deus nos salvou para nos tornar santos, para que outros pudessem ver as vidas
transformadas que Deus produziu e chegar a Ele para a mesma transformação.

GRAÇA MANIFESTADA
Esse é precisamente o objetivo do texto diante de nós.  Com isso em mente, vamos ler,
começando no versículo 11.
“Pois a graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens, instruindo-nos a
negar a impiedade e os desejos do mundo e a viver de maneira sensata, justa e piedosa
na era atual, procurando a esperança abençoada e o aparecimento da glória de nosso
grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou por nós a fim de remir-nos de toda
iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras.  fala estas coisas,
exorta e repreende com toda autoridade. Que ninguém te ignore.
A frase-chave na qual quero que você se concentre nesse texto é o final do versículo 14, a
última frase, “zeloso por boas ações“.
Esse é o ponto culminante.  A graça de Deus apareceu.  A salvação chegou a todos os
homens.  Com ela vieram INSTRUÇÕES sobre como viver. Com ela veio uma esperança
abençoada aguardando a vinda de Cristo.
E então ele recapitula que Cristo se deu para que “nos redimisse de toda ação sem lei
(iniquidade), para que purificasse para si um povo para Sua própria possessão” e que
fosse – “zeloso e de boas ações”.
Por quê? Porque é essa paixão pureza que demonstra a vida transformada.
Vá para o capítulo 3 por um momento e observe o versículo 8.  “Esta é uma afirmação
confiável; e sobre essas coisas, quero que você fale com confiança, para que aqueles que
creram em Deus possam ter o cuidado de se envolver em boas ações”.
Por quê?  Porque “essas coisas são boas e espiritualmente lucrativas para os homens”. 
Eles levam os homens a concluir que Deus salva.
O Senhor nos salvou, então, com o objetivo de criar em nós um zelo por boas obras, uma
paixão por fazer o que é certo, pelo bem de seu impacto sobre as pessoas ao nosso redor.
Fomos salvos para nos tornarmos estrelas.  Devemos deixar nossa luz brilhar diante dos
homens para que possam glorificar a Deus. E algum dia essa luz se tornará uma estrela
brilhante no céu dos céus.
Todos os componentes da salvação foram projetados para exibir Deus como um Deus
salvador.
E todo o ponto da salvação é nos libertar de – O quê? Do pecado.
Pecado que paralisa, debilita e esmaga a vida humana. Pecado que permanece como uma
praga não curada.
Mas a graça salvadora aparece e é destinada a nos libertar do pecado, para que o poder
salvador de Deus possa se manifestar.
Ela faz isso de três formas:
A graça salva.
Agora, ao olharmos para esses versículos, e não seremos capazes de completá-los – há
muita riqueza aqui -, mas ao examiná-los, há características da obra da graça salvadora
com relação ao pecado.
Quando a graça salvadora vem e realiza seu trabalho transformador para que possamos
passar de pecadores a santos e exibir o poder salvador de Deus.
Enquanto o pecado é uma ocasião para a graça, agraça nunca deve ser uma ocasião para
o pecado. Para evitar a desgraça, cresça em graça. Não desperdice a graça.
Antes de tudo, quando a graça salvadora vem, ela é projetada para nos libertar da
penalidade do pecado.
Versículo 11: “Porque a graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens”.
Agora, esta declaração simples e direta está dizendo que a graça salvadora resgata os
pecadores da inevitável vingança, do julgamento e ira de Deus.
A palavra “salvação” significa “libertação” ou “resgate”. Quando você usa o termo “resgate”,
obviamente está falando em salvar alguém de um destino muito sério, geralmente a morte.
Nesse caso, obviamente, a morte espiritual, a morte física e a morte eterna.  Morte nas
mãos de Deus “que é capaz de destruir a alma e o corpo no inferno,
Então a graça de Deus aparece resgatar todos os homens.  A Bíblia diz que “a alma que
pecar, ela morrerá”. “O salário do pecado é a morte.”  Jesus disse aos fariseus e escribas:
“Vocês morrerão em seus pecados, e para onde eu vou, nunca poderão ir”.
As escrituras falam sobre o inferno. Ele fala sobre um lugar de queima, de fogo incessante
e incessante, onde o fogo nunca se apaga.
Um lugar onde os vermes que consomem, as larvas nunca morrem. Onde “o choro e o
ranger de dentes” nunca cessam”.
Os horrores daquele lugar também são definidos como “trevas exteriores” e são para
sempre.
A graça salvadora vem com o propósito de salvação.  Isso é resgatar os pecadores do
inferno, libertá-los da maldição de Deus, a inevitável maldição de Deus que acaba como
julgamento eterno.
A graça transforma
Agora, vamos olhar mais de perto essa afirmação.  A palavra “porque” a vincula aos
versículos 1 a 10; é uma pequena transição.
O termo grego “γάρ (gar); “para”, “porque”, é um termo de explicação e deve sempre ser
visto como um convitepara pausar e refletir no que vai ser dito.
Este termo sugere que aqui está o fundamento teológico para o que o apóstolo havia
acabado de escrever.
A conduta cristã deve ser fundamentada e motivada pela verdade cristã. A vitalidade da
profissão doutrinária deve ser demonstrada por cristãos transformados. Minha vida, minha
doutrina.
Existem poucas passagens no Novo Testamento que expõem tão vividamente o poder
moral da Encarnação. Todo o seu estresse é o milagre da mudança moral que Jesus Cristo
pode operar.
Paulo diz no versículo 1 desse capitulo: “fale o que é apropriado a sã doutrina”. Ou seja, os
comportamentos que ele acabou de ensinar, devem ser associados a doutrina (didaskalia).
Ele está dizendo que é assim que vocês devem viver, é assim que devem se comportar
para que “adornem a doutrina de Deus, nosso Salvador … [porque]” – e então ele descreve
a base de toda conduta cristã.
E o fundamento de toda conduta cristã é que Deus salvou você para ser “zeloso por boas
ações”, para que você pudesse ser usado para levar outros a Ele.
Toda a vida transformada necessária dos versículos 1 a 10 é produzida pelo trabalho de
salvação descrito nos versículos 11 a 14.
A graça guarda.
Toda a mecânica da salvação gira em torno desse tema na Escritura. Deus salva para
transformar. E transforma para mostrar Seu poder para que outros sejam salvos.
O abandono dessa visão simples do evangelho, gerou o DUALISMO, que temos hoje. Uns
tem teologia correta, mais sem piedade. Outros tem piedade, mas sem teologia. Nos dois
casos nem a teologia é saudável e nem a piedade.
Como diz Paulo, em (2Co 11.3) “Eu receio, e quero evitar, é que assim como a serpente
enganou Eva com astúcia, a MENTE de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera
e pura devoção a Cristo”.
A doutrina não é mais importante que a conduta, mas a conduta está condicionada pela
doutrina. O elo entre doutrina e conduta, deve ser mantido.
A decadência moral de uma igreja, denuncia a fragilidade de sua teologia; e não importa o
quanto ORTODOXA ela diz ser.  Vida pura é resultado de um ensino pura. A doutrina é a
mãe da conduta. Assim como o homem crer; assim ele é.
Infelizmente vivemos novamente a era das CONTROVÉRSIAS. Mesmo que não sejam
temas essências à salvação, mas acarretam certos prejuízos.  Um crente cessacionista,
pode deixar de experimentar muito mais de Deus, por não crer nos dons espirituais,
embora seja um cristão salvo.
Desde o Século IV, quando Agostinho, luta para vencer Pelágio. Ele acabou condenando a
igreja depois dele a viver uma batalha épica, sem vencedores, do determinismo x livre
arbítrio.
Isso destruiu a igreja na idade média, jogando-a na era das trevas. Isso dividiu a igreja na
reforma. Isso tornou os protestantes inimigos uns dos outros.
Essa batalha das OBRAS VERSUS A FÉ, produziu o antinomianismo (Wesley x withifield),
o legalismo, o misticismo, o pietismo, a ortodoxia morta e o academicismo estéril,
liberalismo o sabatismo puritano.
Isso produziu as denominações, o movimento de santidade, o cessacionismo, o
pentecostalismo e o neopentecostalíssimo.
Isso produziu as quatro grandes correntes: o catolicismo, O luteranismo, o calvinismo e o
arminianismo.
Paulo não está discutindo aqui se o cristão perde salvação ou não. Ele está afirmando que
a graça oferece a oportunidade de salvação a todos os homens.
Ele também não está dizendo que Deus deixa de ser salvador se um crente pode se
perder.
Como Lutero, mais tarde vai admitir que um crente pode cair da graça, junto com Filipe
Melâncton seu sucessor, como ensina a confissão Luterana: FORMULA DE CONCÓRDIA
(1577); 30 anos depois da morte de Lutero; como depois Armínio (1609), Wesley(1791),
C.S lews etc…
Lutero incialmente numa carta a Felipe Melancton, em 1 de agosto de 1521 diz…
“nenhum pecado pode nos separar dEle, mesmo se estivéssemos matando ou cometendo
adultério milhares de vezes por dia. Você acha que tal Cristo exaltado pagou apenas um
pequeno preço com um magro sacrifico pelo pecado”.
Mas esse ensino antinomianismo (oposição a lei) se tornou um grande mal para seus
seguidores e a igreja luterana.
Mas tarde Lutero ensina algo um pouco diferente; os luteranos em uma de suas citações
dizem:
“Lutero e nossas confissões afirmam que pode-se perder salvação se houver persistência
no pecado”. (Brunner, Emil, Dogmatic, vol 1 pg 342-345)
Acreditar assim, não quer dizer que uma pessoa nãotem uma teologia bíblica, como
afirmou o SÍNODO DE DORT na Holanda em 1618–1619, chamando esses ensinos de
heresias.
Isso não quer dizer que Deus pode salvar temporariamente até você errar? Ou que ele
pode salvar, mas não pode guardar? Ou então Ele pode salvar e pode guardar, mas não
pode transformar?
As três correntes reformadas, Luterana, calvinista e armíniano, tem uma compreensão
bíblica de que Deus faz tudo isso: ele salva, guarda e transforma.
Ele salva, guarda, transforma. Qualquer coisa menos do que isso e toda a estratégia
evangelística se desfaz. O que muda são maneiras diferente de entender questões de
pormenores, e secundário a fé.
Os luteranos creem no livre-arbítrio e na possibilidade de o crente cair da graça, nem por
isso ninguém diz que o luteranismo é uma heresia.
Segundo os eruditos luteranos: Lutero mais tarde negou a predestinação dupla, defendeu a
Expiação Ilimitada, graça universal e a possibilidade de um cristão cair da graça e ele não
é chamado de herético.

III. A GRAÇA IMERECIDA.


Então, Paulo olha para a salvação da penalidade do pecado, e ele começa com a graça de
Deus.  Volte ao versículo 11 – isso é tão rico – “Porque a graça de Deus apareceu”.
Então vamos ver o propósito da manifestação da graça: Porquê? O que é? Quem é? Para
quem?
1.Por quê?
Todo aspecto da salvação é baseado na graça – se você está falando sobre eleição no
passado eterno, ou se você está falando sobre glorificação no futuro eterno, ou tudo mais –
justificação, regeneração, conversão, redenção, santificação – é toda a graça.
Paulo diz em Efésios 2: 8 e 9: “Porque pela graça sois salvos pela fé, que não vem de vós,
é dom de Deus”.
Significa que todo o pacote; eleição, justificação; regeneração, santificação; é presente de
Deus. Não pelas obras para que ninguém se glorie.
Neste ponto as grandes correntes veem as obras de forma diferente: no CALVINISMO,
elas são naturalmente obra do decreto de divino de salvar, se eu sou salvo eu serei santo,
é uma questão natural.
No sistema LUTERANO e ARMÍNIANO as obras são uma consequência, um resultado da
salvação. Na FORMULA DE CONCÓRDIA (1577)diz se a conversão é monergista, o
desenvolvimento dela é sinergista.
Na Formula de concórdia, ao final da Seção II, fala doLIVRE ARBÍTRIO, ou faculdades
humanas, nos parágrafos 65 e 66. Ensina que o homem é puramente passivo em sua
conversão, mas coopera com Deus após a conversão.
As três correntes creem que a única contribuição que fazemos é a nossa pecaminosidade.
A graça de Deus e somente a graça é o que salva.
Mas tanto o ARMINIANISMO como o LUTERANISMO, acreditam que o homem pode
resistir a graça de Deus.
Embora a forma de entender isso seja diferente entre elas, mas a ideia básica é a mesma.
Já o CALVINISMOcrer que a graça é irresistível.
O que é graça.
Agora, o que é graça?  Bem, você conhece a definição disso.
A graça é o favor imerecido de Deus para com os pecadores maus e indignos, pelos quais
Ele os livra do pecado e de sua penalidade.
Não é demais dizer que a mente gregatinha uma palavra que distintamente expressava
tudo de espetacular que os gregos tinham.
Em outras palavras, tudo o que os gregos eram e amavam e exemplificavam em sua arte,
literatura e pensamento, está incorporado na palavra graça.
Não é demais dizer que Deus em nenhuma outra palavra pronunciou tudo o que está em
seu coração mais do que nesta.
A graça é o favor imerecido de Deus para com os pecadores maus e indignos,livrando-os
de seus pecados e de sua penalidade.
A bondade livre e completamente imerecida de Deus, pela qual Ele abençoa os pecadores
eternamente.
Paulo não está apenas pretendendo que compreendamos a graça aqui como uma palavra
a ser definida, ou como um atributo de Deus, mas ele a personifica em uma PESSOA.
Quem é a graça.
Observe o seguinte: “Porque a graça de Deus apareceu ” – o que? – “apareceu”. “A graça
de Deus apareceu”, epifhaneia , “tornou-se visível, veio à luz, irrompeu”.
A palavra realmente significa “aparecer de repente e de forma visível”.  Quem é o
cumprimento disso? O Senhor Jesus Cristo.
Quando ele diz que “a graça de Deus apareceu”, ele está falando sobre a encarnação.
A graça de Deus apareceu de repente, visivelmente, no mundo quando Jesus chegou. Este
é o nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é a personificação da graça de Deus.
Em 2 Timóteo, capítulo 1, e versículo 10, “Mas agora foi revelado pelo aparecimento de
nosso Salvador Cristo Jesus, que aboliu a morte”.  O que foi revelado? 
No verso 9 – a graça “que nos foi concedida desde toda a eternidade”.  A graça eterna e
escolhida de Deus apareceu em Cristo.
Tito, capítulo 3, versículo 4, observe esse versículo por um momento.  “Quando a bondade
de Deus, nosso Salvador, e Seu amor pela humanidade apareceram, Ele nos salvou.”
Essa é uma afirmação maravilhosa.  Agora veja isso.  Ele não diz quando Jesus Cristo
apareceu. Ele diz que “quando a bondade de Deus … apareceu”, quando “Seu amor pelo
homem apareceu, Ele nos salvou”.
Quem é a bondade encarnada de Deus?  Quem é o amor encarnado de Deus?  Quem é a
graça encarnada de Deus?  Ninguém além de Jesus Cristo designado como “Ele” no
versículo 5, aquele que nos salvou.
A Graça é resumida no nome, pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo
Em João, capítulo 1 e versículo 14, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos Sua
glória“. E que tipo de glória era essa?  “Foi uma glória cheia de graça.”
Nós olhamos para ele e vimos graça. E o versículo 16: “E dele recebemos graça sobre
graça”, “graça sobre graça”.  Ele é a graça encarnada.
E então ele está falando sobre a encarnação, o Salvador, Aquele que veio.   Belém era
onde a graça era encarnada, onde a bondade era encarnada, onde o amor de Deus era
encarnado na forma de Jesus Cristo.
Então ele está falando sobre um evento histórico.  Quando a graça apareceu, a história da
salvação alcançou seu ponto central.  Sua aparição iniciou Sua obra, que redimiu todos os
que já foram redimidos.
A graça veio. Por que Ele veio?  Ele veio – muito claramente diz – trazendo salvação.  Por
isso Ele veio: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que está perdido”.
Na verdade, a frase “trazendo salvação” é uma palavra do grego “salvar”. Pois a graça de
Deus apareceu “salvadora” – podemos torná-la até adverbial.  “trazendo salvação”.
A quem é oferecida.
O efeito de Sua aparição foi trazer redenção, libertação espiritual. Ele veio para salvar. E, é
claro, essa é uma verdade repetida no Novo Testamento. Não quero discutir o assunto,
mas ao mesmo tempo não quero perder.
Você se lembra de tantas declarações maravilhosas.  Simeão disse em Lucas 2 : “Ele
entrou no templo no templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para cumprir
para Ele o costume da Lei, ele o tomou nos braços e abençoou a Deus e disse:
“Agora, Senhor, deixes que o teu servo parta em paz, segundo a tua palavra; porque os
meus olhos viram a tua salvação.”
Ele pegou o bebê no templo e olhou em seu rosto. disse: “Eu vejo a salvação.”  “Eu vejo a
salvação.”  Essa é a razão pela qual Ele veio. Nada além disso, nada menos que isso.
A graça veio então para salvar os pecadores.  Agora observe uma outra frase, muito, muito
importante. Se conseguirmos superar isso, faremos bem.  “Porque a graça de Deus
apareceu, trazendo salvação a todos os homens.”
A questão é inicialmente que a graça encarnada – siga o pensamento – estava literalmente
carregada de salvação.  Ele não veio com moderação. Ele estava carregada com isso.
“Para todos os homens.”  Em 1 Timóteo 2.3 Paulo diz: “Isso é bom e aceitável para Deus,
nosso Salvador”.  “que deseja que TODOS OS HOMENS sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade.”
Ele deseja que todos os homens sejam salvos.  Essa é a amplitude, a magnanimidade
desta questão.
Ele veio para salvar e deseja que todos os homens sejam salvos. “A graça de Deus
apareceu trazendo salvação a todos os homens”.
Existem muitas pessoas no mundo que não sabem sobre a graça salvadora, e há muitas
que nunca saberão sobre isso – muitas morreram sem saber.
Esse é um evento histórico; isso aconteceu em Belém. E a razão para ele aparecer na
Judeia era para “trazer salvação para todos os homens”.
O aparecimento da graça de Deus encarnada, trazendo salvação, foi destinado a todo o
alcance do amor de Deus para oferecer salvação ao mundo.
O apostolo Pedro diz (2Pe3: 9).  “Que Deus não deseja que ninguém se perca; mas que
todos cheguem ao arrependimento”.
O evangelho então é uma boa notícia para todos os homens, porque quando Deus convida
os homens a crer universalmente. Ele não os convoca a acreditar que são eleitos, ou que
Cristo morreu por eles em particular.
Ele os convida a acreditar que Cristo morreu pelo pecado, pelos pecadores, pelo mundo. A
expiação não é oferecida a um indivíduo, como homem eleito ou como homem não eleito,
mas como homem e pecador simplesmente.
Deus chama todos os homens à fé.  Ele chama todos os homens de todos os lugares a se
arrependerem, diz as Escrituras.
Ele convida todos os homens em todos os lugares a se apropriarem da salvação que a
graça trouxe.  E se não, são condenados.
Em João, capítulo 5, é importante ouvirmos as palavras de Jesus, versículos 38 a 40: “E
você não tem a palavra Dele em você, pois não acredita Nele a quem Ele enviou”.
Seu problema é que você não acredita.”Você procura nas Escrituras porque pensa que
nelas tem vida eterna; e são estas que testificam de Mim; e não está disposto a vir a Mim
para ter vida.”
Em João 6 , versículo 29, “Jesus respondeu e disse-lhes: ‘Esta é a obra de Deus, que você
crê naquele que Ele enviou.'” A multidão diz: “O que fazemos para fazer as obras de
Deus?”  e Jesus respondeu: creia naquele que o pai enviou.
Esse é sempre o cerne da questão.  Deus revelou Sua graça para a salvação de todos os
homens.
Para que possa reunir pessoas fiéis e testemunhas que demonstram poder salvador em
suas vidas e mostram que Deus é um Deus salvador, para que outros possam ser atraídos
por Ele.
E as pessoas discutem com frequência, se Cristo morreu pelo mundo inteiro ou se Ele
morreu apenas pelos eleitos.
A expiação é limitada ou não é limitada? Acreditamos em uma expiação universal ou em
particular?
Não é fácil lidar com isso, e você pode amontoar pessoas de ambos os lados da questão,
mas deixe-me dizer o que acredito que as Escrituras dizem.
É uma questão difícil de entender.  A maneira de entender isso é simplesmente declarada:
a expiação é suficiente para o mundo, mas eficiente apenas para aqueles que acreditam. 
Des fez uma provisão que é grande o suficiente para salvar todo o mundo.
A obra expiatória de Jesus Cristo é ilimitada no que realizou, porque Ele é o Deus ilimitado
que a oferta é ilimitada e perfeita, mas só pode ser aplicada àqueles que crêem.
E, portanto, e é crendo que demonstram que são os escolhidos por Deus seja por
DECRETO ou PRESCIÊNCIA. Saber isso não muda nada na vida do indivíduo.
Aquele que crer será salvo e aquele que não crer será condenado, isso é a verdade da
Escritura. Mas a partir da REFORMA a ênfase está não no crer, mas na forma como se
crer.
As pessoas são salvas porque acreditam e se perdem porque não creem. A extensão da
expiação não é o problema. Se a graça é irresistível ou não, não muda o fato de se crer
para ser salvo.
Elas estão mortas em seus pecados, e só podem crer por uma obra do Espirito, nisto tanto
Luteranos, calvinistas e armínianos creem; é a depravação total.
Os CALVINISTAS dizem que este chamado não pode ser resistido. Os LUTERANOS
dizem que o homem pode agir negativamente, e os ARMÍNIANOS dizem que o homem
pode resistir a graça.
Eu sinceramente não entendo isso. Eu não entendo como isso se harmoniza.   Mas esse
não é o meu problema.
Tudo o que devo fazer é pregar o evangelho a toda criação, a todo ser humano. Como Ele
encaixa isso em Sua soberania, Seu propósito eletivo e os limites que Ele estabeleceu para
a eficiência da expiação é Seu problema, não meu. Esse problema é de Deus e não meu.
Então, a graça salvadora apareceu na encarnação para nos resgatar da ira, julgamento e
inferno. E Deus projetou isso para o mundo.
E o ponto de Paulo para Tito é: Olha, se vamos ganhar este mundo, temos que mostrar a
eles como fomos transformados. Nós não vamos mostrar que somos salvos com a nossa
teologia.
Por isso ele ordenou a Tito pregue o que é apropriado a sã doutrina. E isto ele já mostrou,
para homens, mulheres mais velhas, as mais jovens, a juventude e aos empregados.

CONCLUSÃO.
Pai, que tremenda declaração é neste versículo – apenas nos domina.  E oramos para que,
de alguma forma, o que está em meu coração e minha mente e o que eu desejei poder
transmitir e lutei para esclarecer em minha própria mente nos últimos dias, tenha sido
compreendidoclaramente.
Essas não são coisas fáceis, e só posso orar para que haja um esclarecimento em todas
as nossas mentes da verdade.
Senhor, queremos ser as pessoas salvas.  Queremos ser as pessoas que parecem e vivem
como se estivéssemos resgatados do julgamento eterno, salvos da penalidade.
E isto nós vamos demonstrar nos nossos relacionamentos na família, no trabalho e na
igreja.E ISTO NÓS NÃO VAMOS DEMONSTRAR COM A NOSSA TEOLOGIA.
Queremos ser as pessoas transformadas que vivem piedosamente: para que a Palavra de
Deus não seja desonrada, para que o adversário seja envergonhado, para que a doutrina
seja adornada.
Para que nosso Salvador, seja exibido como um Deus poderoso, poderoso e poderoso. E
que sejamos zelosos por boas obras.
Pois isso é realmente proveitoso para os homens que nos vêem e concluirão que nosso
Deus realmente pode salvar. E queremos honrá-lo dessa maneira, pelo amor de Cristo.
Amém.

Sermão Nº 23 – A graça salvadora.


Referência: Tito 2:11-12.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 27/11/2019.

INTRODUÇÃO
Muitos cristãos professos pensam erroneamente que a graça de Deus significa que Ele dá
passes gratuitos que nos permitem pecar, sem consequências para a desobediência. E se
você enfatiza a necessidade de obedecer aos mandamentos de Deus ou fazer boas obras,
eles o chamam de legalista e moralista. Se você avisá-los de que sua visão desleixada do
pecado resultará na disciplina de Deus, eles não querem ouvir. O mantra deles é: “Eu não
gosto do seu tipo de religião. Estou debaixo da graça, não da lei”. Para eles, graça significa
permissão para uma vida desleixada, mesmo que negam e digam de forma “ortodoxa” que
não.
Nosso texto corrige esses dois equívocos sérios sobre a a graça de Deus. Paulo mostra
que a Graça de Deus primeiro salva e depois treina Seu povo para a piedade e boas
ações. Voltamos a estes versículos 11 a 12, a esta grande seção sobre a graça salvadora.
Este é um dos textos mais magníficos sobre salvação em toda a Bíblia.  É o próprio
coração e alma da fé cristã.  Simplesmente diz que Deus salva os homens do pecado. 
Deus é um salvador. Essa é a questão.  Ele quer nos lembrar que o próprio propósito da
encarnação de Jesus Cristo, bem como o próprio propósito de nossas vidas cristãs no
mundo, é demonstrar que Deus é um Deus salvador.
No versículo 11, “A graça de Deus apareceu para demonstrar a salvação“.  E no versículo
14, estamos na terra, “zelosos por boas ações”, para que também possamos demonstrar o
poder salvador de Deus. A simples mensagem do cristianismo é que Deus salva os
homens do pecado.  Essa é a mensagem do cristianismo. Essa é a mensagem da igreja.
Essa é a mensagem dos missionários que seguiram nosso Senhor ao longo de toda a
história da igreja.  Deus salva os pecadores.  Jesus veio e Seu nome era Jesus porque
“Ele salvará Seu povo dos pecados deles”.  Ele veio “para buscar e salvar o que estava
perdido” (Lc 19.) “Deus nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e
chequem ao pleno conhecimento da verdade “. (1 Tm 2.4, 2 Pe 3.19).
A graça de Deus apareceu a todos os homens no tempo e espaço em que lhe são dados
para buscá-la e obtê-la. A graça de Deus apareceu a todos os homens na Palavra
inspirada e nas ordenanças do batismo e da santa ceia. John Selden (1584) um rico inglês
e jurista, disse certa vez: Você desejará um livro que não contenha os pensamentos do
homem, mas de Deus. Não um livro que possa divertir você, mas um livro que possa salvá-
lo. Nem mesmo um livro que possa instruí-lo, mas um livro no qual você possa se aventurar
por toda a eternidade. Não apenas um livro que pode dar alívio ao seu espírito, mas
redenção à sua alma. Um livro que contém salvação e a transmite a você. Um que deve ser
ao mesmo tempo o livro do Salvador e o livro do pecador.
A graça de Deus apareceu a todos os homens, propiciando a ORAÇÃO como a primeira
causa original de todas as bênçãos que recebemos de Deus. A graça de Deus aparece a
todos os homens, por meio do ministério da pregação dos santos ministros do evangelho.
A graça de Deus apareceu a todos os homens, na medida em que a misericórdia lhes é
oferecida sem distinção. A graça de Deus apareceu a todos os homens nas operações
comuns do Espírito Santo e nas concessões de dons espirituais e ministeriais. Ela é
apresentada a pessoas de todas as idades e todos os níveis, a homens de todo tipo de
cultura e realização. O evangelho também não investiga o caráter de um homem, a fim de
descobrir se ele tem direito à salvação. A graça é oferecida ao moral e ao imoral – ao
virtuoso e ao cruel.
A graça de Deus apareceu trazendo descanso para alma. Quando o ilustre, culto e rico
John Selden estava morrendo, ele disse ao arcebispo Usher:  ….“Eu tenho pesquisado a
maior parte da aprendizagem que está entre os filhos dos homens, e meu estudo está
cheia de livros e manuscritos (ele tinha 8000 volumes em sua biblioteca) sobre vários
assuntos; mas, atualmente, não consigo recordar nenhuma passagem de todos os meus
livros e documentos em que possa descansar minha alma, exceto naquele texto das
sagradas Escrituras: A graça de Deus apareceu trazendo salvação”…
Vejamos a obra da bendita graça:

A GRAÇA EXIBIDA.
E este é um daqueles grandes textos que nos lembram que Deus é um Deus salvador.  E
essa é a mensagem da igreja cristã.
Essa é a mensagem que não podemos perder, não podemos esconder, não podemos
deixar de pregar, não podemos adulterar, não podemos modificar – Deus salva os homens
do pecado. Essa é a mensagem central do púlpito.
E a razão pela qual este texto foi colocado neste capítulo é porque se vincula ao
COMPORTAMENTO CRISTÃO.  Deus é um Salvador, e Ele demonstrou Seu poder
salvador através da vida daqueles que Ele salvou.
É por isso que é tão importante para nós viver uma vida santa, a fim de demonstrar o poder
salvador de Deus.  Deus deseja exibir Sua glória salvando os pecadores de seus pecados.
E então, ao invés de levá-los imediatamente para o céu, Ele os deixa na terra para que o
resto do mundo possa ver como é um pecador salvo, para que possam ver o poder
salvador de Deus.
Nada mostra a glória de Deus como a maravilhosa e milagrosa obra de redenção, trazendo
pecadores indignos à justiça.
Deus exibe sua graça.
Agora, aprendemos isso ao longo do capítulo 2.  Lembre-se de que o capítulo 2 direciona a
atenção de Tito para todas as faixas etárias da igreja – homens mais velhos, mulheres
mais velhas, mulheres mais jovens, homens mais jovens e até os empregados e aqueles
que servem.
E todos eles são chamados à PIEDADE; todos eles são chamados a viver de maneira
santa, a um comportamento justo, para que possam, no versículo 10, “adornar a doutrina
de Deus, nosso Salvador, em todos os aspectos”. 
Em outras palavras, para que possamos colocar o poder salvador de Deus em exibição.
Onde quer que você mora, onde quer que trabalhe, onde quer que vá à escola, onde
compra ou o que quer que seja, qualquer que seja a sua oportunidade de ter
relacionamentos dentro de sua família, sua família, você é UMA DEMONSTRAÇÃOviva e
inspiradora do poder salvador de Deus.
Você está em exibição 24 horas no cinema da vida real.  A todo momento, você deve
deixar sua luz brilhar diante dos homens para que possam ver suas boas obras e, portanto,
concluir que Deus é um Deus salvador e dar-Lhe glória por Seu poder salvador.
Para que todos os comandos sobre comportamento nos versículos 1 a 10 sejam
construídos com base na verdade dos versículos 11 a 14 – Deus salvou você, agora Ele
quer que você o adorne como um Salvador para mostrar Seu poder salvador por sua
conduta divina.
Temos nos versículos 11 a 14 o fundamento doutrinário dos deveres dados nos versículos
1 a 10.  Somos chamados à vida santa, a fim de demonstrar então o poder salvador de
nosso Deus.
Se as pessoas não conseguem ver que fomos salvos do pecado, por meio de uma vida
santa; Deus não é devidamente glorificado.
Portanto, devemos viver uma vida santa, não apenas para sermos abençoados, mas para
que Deus seja honrado – sendo essa a motivação mais alta.
Deus exibe seu poder.
Assim, a partir do versículo 11, Paulo inicia essa discussão breve, mas muito rica, sobre o
poder da graça salvadora.
A graça nos salva da condenação do pecado: A justificação.
A graça salvadora é projetada para nos libertar, antes de tudo, da penalidade do pecado,
da condenação do pecado.  Do salário do pecado; a morte; e isso é morte eterna.  E se
não confiarmos em Jesus Cristo, você morrerá em seus pecados.
Jesus repetidamente disse que o inferno era um lugar de choro, lamento e ranger de
dentes. O inferno é lugar da justa ira Divina, do julgamento eterno.
A salvação nos salva; a graça salvadora nos salva; nos livra; dessa penosa sentença
eterna.
“A graça de Deus apareceu.”  E isto se refere à encarnação, morte e ressurreição da
pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo
Deus, agora justifica os pecadores, por meio da fé em Jesus; imputando a eles toda a
justiça de Cristo. Diante do tribunal de Deus, somos declarados justos por meio do sangue
da cruz.
Somos reconciliados com Deus. Somos feitos filhos de Deus por meio da adoção e co-
herdeiros com Cristo. Na justificação somos salvos da condenação do pecado.
A graça nos salva do poder do pecado: A santificação.
Ela nos livra do poder do pecado.  Isso é realmente o que está na mente de Paulo aqui, e é
isso que é tão crucial neste texto.
Versículo 12: “A graça de Deus apareceu” e trouxe “uma salvação a todos os homens”,
“instruindo-os a “renunciar toda a impiedade”, “todas as paixões mudanças e viver de
maneira sensata, justa e piedosa na era atual.
A salvação não apenas afeta uma mudança em nosso FUTURO, isso também afeta uma
mudança em nosso PRESENTE.
Não apenas elimina a condenação do pecado, mas se torna para nós uma professora.  A
nova vida recebida de Deus, por meio do novo nascimento, precisa ser ensinada, como se
treina uma pessoa desde criança.
Desde o momento em que fomos salvos, estamos recebendo “INSTRUÇÕES
CONSTANTES” sobre justiça e piedade.  Assim a graça salvadora quebra o domínio do
pecado.
Em Romanos, capítulo 6 e versículo 14, diz que o pecado não tem mais domínio sobre
nós, não nos domina mais.  A graça salvadora quebra o poder do pecado.  Rompe o
domínio do pecado.  Rompe as algemas do pecado.
De fato, isso é tão evidente que o apóstolo João nos lembra em (1 Jo 3.3-9)
“E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é
puro. Qualquer que comete pecado, também quebra a lei; porque o pecado é a
transgressão da lei.
E bem sabeis que Ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado.
Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu.
Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como Ele é justo.
Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio
Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece
nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.
 
O crente não vive na pratica do pecado. Ele nasceu de Deus.  Ele tem uma nova vida.  Ele
tem um novo coração. Ele tem novos afetos. Ele tem uma naturezaregenerada.
Ele é uma nova criação, e o domínio do pecado é quebrado, e ele não continua,
habitualmente, em um padrão ininterrupto e contínuo de pratica do pecado. Isso é muito
básico.
A salvação não trata apenas do nosso futuro, mas do presente.  Considerando que houve
um tempo em que não podíamos fazer nada de bom.
“Não havia justo”, entenda … não há quem faça o bem … O veneno de cobras está
debaixo de nossas línguas” … “Todos nós erramos o caminho”.
Estávamos “sob o poder do príncipe do ar, o espírito que trabalha nos filhos da
desobediência … e nós eram por natureza filhos da ira”.
Estávamos condenados ao inferno. Estávamos vivendo em um padrão ininterrupto e de
pecado contínuo.  Não conseguíamos fazer nada direito.
Na salvação, recebemos uma nova natureza. Tornamo-nos um novo ser.  Não estamos
apenas cobertos com a justiça forense de Cristo, mas há uma obra santificadora que
continua por dentro por meio do Espirito, da Palavra e da oração.
Nós somos purificados; uma nova vida se instala, por assim dizer, dentro de nós, na qual o
Espírito de Deus habita e nos leva a uma santidade sempre crescente.  A salvação não
apenas lida com o futuro, mas com o presente.
Agora, se parece que estou dando uma ênfase maior a esse ponto, você está certo, estou.
Uma das coisas que você deve entender que a graça salvadora faz é reprogramar seu
COMPUTADOR ESPIRITUAL.
Ele retira todos os discos antigos, joga-os fora e reprograma seu computador espiritual com
anseios por santidade e retidão, virtude e bondade e Deus.  É isso que ocorre na
transformação da salvação.

A GRAÇA PROFESSORA.
Então ele diz que a graça, no versículo 12, se torna nosso educador, nosso instrutor. Então
a graça tem suas lições.
Ele usa a palavra “paideia”, de onde vem a nossa palavra portuguesa “PEDAGOGIA”, que
usamos para nos referir a um instrutor, treinador, professor ou tutor.
Significa, que a Graça tem uma pedagogia com um currículo de lições para nos treinar,
educar e disciplinar. Todo convertido é matriculado na ESCOLA DA GRAÇA.
A igreja é a escola de Cristo. Não é atoa que somos chamados e discípulos, aprendizes,
alunos de Cristo.
Isso quer dizer que quando somos convertidos, ficamos sob a tutela de Deus, de Seu
Espírito e de Sua Palavra.
E esse é um processo continuo de treinamento que só será concluído na gloria.  A palavra
grega “paideia” literalmente significa “treinar uma criança”.
Lutero traduziu da seguinte maneira: “a graça nos castiga, corrige”, pois significa também
disciplinar alguém que errou.
Nosso médico tem em seu grande bálsamo de remédio e curativos para todas as feridas.
Mas Ele também tem uma terrível variedade de lâminas afiadas para cortar a carne
orgulhosa causando dor e agonia.
Ninguém pode viver ao lado desse Senhor sem ser repreendido momento a momento, e
envergonhado dia após dia. Quando somos contrastados com esse amor e toda Sua
perfeição.
Quais são as lições da professora Graça.
A graça nos ensina a renúncia (v.12).
Veja o lado negativo da santificação, no versículo 12. Somos instruídos no ponto da
salvação a negar algo.
O temo grego “arneomai” (de “a” = negação + rheo = dizer) significa literalmente “dizer
não”, “rejeitar, “recusar”, “negar”, renunciar”.
O tempo aoristo (grego)desse verbo exige uma recusa definitiva e efetiva, uma renúncia e
afastamento do que é ímpio, corrupto, destrutivo e mundano.
E negar implica numa firme recusa em aceitar como verdadeiro, conceder ou reconhecer a
existência das reivindicações da nossa antiga forma de viver.
Portanto, o processo de treinamento continua à medida que somos treinados no processo
de santificação, para sermos cada vez mais parecidos com Jesus Cristo.
Agora – siga esse pensamento – a salvação foi uma ruptura decisiva com o poder do
pecado.  Assinale isso, a salvação foi uma RUPTURA DECISIVA com o poder do pecado.
Por meio de Jesus Cristo, quando você é salvo, há uma grande ruptura com o poder do
pecado e você se move em direção à graça transformadora.
Agora a graça reina pela justiça. A justiça começa a dominar nossas vidas. Agora temos
um padrão de justiça, um padrão de santidade, um padrão de bondade.
Gálatas 5.24: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências”.
As coisas velhas passaram e tudo o que fazemos é novo. Temos um outro padrão santo;
literalmente diferente. O sentido bíblico de santidade santo é aquilo que é DIFERENTEe
SEPARADOdo mundo.
E esse é o assunto mais importante na vida da igreja. A questão básica simplesmente é:
uma pessoa convertida, ela é totalmente transformada.
Não há conversão aos poucos. Ela é um milagre instantâneo da graça de Deus, na vida da
pessoa.
O milagre do novo nascimento, acontece uma vez para sempre. Ele não é gradativo. Ele é
um ato único e imediato do Espirito na alma do pecador.
Embora a alma vai aprender a crescer em santidade. Mas ela é POSICIONALMENTEsanta
devido a nova natureza da regeneração.
Ela não ama mais o pecado, ela odeia o pecado. Embora vai lutar contra certas tendências
pecaminosas. Mas ela não mais vai viver na pratica do pecado.
Enquanto não houver uma ruptura total com o pecado, não houve o novo nascimento. Esse
é o pano de fundo desta carta paulina.
Todos concordamos que a salvação nos salva da condenação do pecado, mas também
nos salva do poder do pecado.
Muitos dizem que alguém pode ser salvo da condenação do pecado e ainda estar sob o
total domínio o poder do pecado.
Ao ponto de alguém ser crente, mais ainda, negar a Cristo, viver na prostituição,
divorciando, na jogatina, na bebedeira, e amando o mundo.
Muitos cristãos, vivem um padrão pecaminoso continuo, ou mantém uma falha de caráter
pecaminosa; na verdade, viver assim é dizer que a graça salvadora lida somente com o
futuro eterno, e não pode lidar com o presente.
Essa não é a salvação sobre a qual o apóstolo Paulo escreve aqui neste texto, ou em
qualquer outro texto do Novo Testamento. Essa pessoa não foi verdadeiramente salva.
O que ele está nos dizendo aqui é o seguinte: que quando a graça de Deus aparece ela
traz salvação, e a evidencia disso é uma TRANSFORMAÇÃO COMPLETA. E é
exatamente isso que esse texto nos ensina.
O processo de santificação, afastando-nos cada vez mais do pecado – separando-nos
cada vez mais, afastando-nos cada vez mais do mundo, e nos aproximando-nos cada vez
mais em relação a Cristo.
Como Lutero costumava dizer: “Você não pode limpar o estábulo (cavalos) com carrinhos
de mão e pás. Você precisa jogar toda a água do rio Elba nele”.
“Que essa grande inundação de vida caia em nossos corações, e então não será
difícil“viver piedosamente”. Cristo veio nos ajudar a viver“em retidão”. Ele nos dá Sua
própria vida para habitar em nossos corações
A graça nos ensina a santidade (v.12).
Na escola da graça aprendemos a repudiar o mal. A voz do verbo grego é reflexiva,
indicando que a PROFESSORA GRAÇA ensina a nós mesmos iniciar a ação de negar,
para depois experimentar os resultados dessa ação.
A mesma graça que nos salvou agora nos treina na escola da santidade de Deus.A
renúncia; a negação; carrega a ideia de uma ação consciente, proposital da vontade.
Significa dizer consistentemente um “não”.
A obra da graça atinge a disposição da vontade humana, dando a ela novos desejos, que
combate com nossas antigas DISPOSIÇÕES MENTAIS pecaminosas.
Renunciar é confessar e conscientemente se afastar daquilo que é pecaminoso e
destrutivo e avançar em direção ao que é bom e piedoso.
Isso inclui o compromisso que um crente assume quando reconhece seu pecado pela
primeira vez e recebe a Cristo como Salvador e Senhor.
Bem como as inúmeras outras decisões que ele toma para negar e abandonar a impiedade
e os desejos mundanos que continuam a voltar à sua vida.
Muitos de nós tivemos muito que DESAPRENDER, quando chegamos a faculdade. Isto
devido a uma educação negligenciada ou devido ao ensino defeituoso, fraco que tivemos
nos primeiros anos do colegial.
A parte mais difícil da pedagogia da graça não é colocar a coisa certa na mente dos
alunos, mas tirar as coisas erradas que aprenderam.
Depois de seis meses estudando a língua portuguesa, a grande coisa a ser feita é saber se
os alunos conseguiram abandonar seus erros gramaticas.
Todos nós somos tomados pelo nosso AUTOENGANO e achamos que já sabemos muito
sobre tudo, e isto é pura soberba.
Alguém já disse que a HUMILDADE é uma virtude que todos pregam, mas ninguém
pratica; e, no entanto, todo mundo está contente em ouvir.
A grande tarefa da PROFESSORA GRAÇA é levar-nos a desaprender e negar nosso
conhecimento egoísta, soberbo, mundano e pecaminoso.
O Espirito Santo por meio da DISCIPLINA DA GRAÇA, revelada principalmente na
PREGAÇÃO (Tt 2.1), tem como alvo levar-nos a negar e abandonar este estilo de vida
errado que aprendemos do velho homem.
É por isso que temos uma sensação real de que tudo que estamos fazendo pode estar
errado, depois que ouvimos uma exposição da Palavra de Deus.
Devemos cortar o nervo de nossas ações instintivas, e obedecer ao Espírito. Não basta
que tenhamos o Espírito; o Espírito deve ter-nos! Não basta tê-lo residente, devemos tê-lo
presidente!
Somente então Ele poderá compartilhar conosco a vida abundante e vitoriosa que pode ser
nossa em Cristo.
O Espírito nos fornece energia e o poder para matar contínua e gradualmente nossos
pecados, um processo que só termina na eternidade.
O meio que o Espírito usa para realizar esse processo é nossa obediência fiel aos simples
mandamentos das Escrituras.
Isso significa que precisamos recusar a concordar com nossos antigos valores, e rejeitar o
padrão de vida que o mundo oferece.
Um exemplo claro disse foi Moisés que “pela fé, Moisés, quando maduro, RECUSOU- SE a
ser chamado filho da filha de Faraó” (Hb 11:24).
Moisés aprendeu que não é a posse das coisas, mas a recusa e abandono delas que traz a
maturidade, ele fez isso pela fé; descansando nas promessas de Deus.
As decisões que tomamos hoje, inclui prioritariamente as coisas que “negamos”. Elas
determinarão as recompensas do amanhã.
A graça instrutora nos capacitará por meio da Palavra á negar o terreno, temporal e a
desejar o que é eterno. Ela nos ensina que a aparência do mundo é pura ilusão e é
passageira.
A graça nos ensina a nos afastar da companhia daqueles cuja conduta desonra a Deus e
sua palavra, e leva-nos a repudiar verbalmente uma conduta ímpia.
Paulo diz; “não vos associeis com as obras infrutuosas das trevas, pelo contrario condenai-
as”.  (Ef 5.11)
CS Lewis estava correto quando disse que“De todos os homens maus, os religiosos são
piores.”
Por isso a graça ensina o crente a não viver para si mesmo, nem para seu próprio prazer,
mas viver totalmente para Cristo. Jesus disse “Se alguém quiser me seguir, negue a si
mesmo, tome sua cruz diariamente e siga-Me. ( Lc 9:23 )
Isso transmite a ideia de um ato decisivo inicialmente, com implicações certamente
contínuas.  Vou lhe dizer, quando você veio a Cristo, veio porque queria ser libertado do
pecado.
Algumas pessoas diriam:Bem, quando fui salvo, tudo o que eu queria era seguro contra o
fogo do inferno!  Quando fui salvo, tudo que eu queria era ter a garantir de que não iria
para o inferno!
Mas, francamente, devemos questionar alguém que pensa assim. É, com certeza possível,
alguém querer ser salvo, simplesmente pelo medo de ir para o inferno.
Mas a CONVERSÃO GENUÍNA, ela será geralmente marcada não apenas por uma
preocupação com o medo do futuro, mas por um desejo de ser libertado do poder do mal
presente.
Em outras palavras, essa pessoa está cheia de impiedade. Na verdade, ela está realmente
dizendo: “bem eu quero continuar minha vida do jeito que está; mas certamente não quero
morrer e ir para o inferno”.
Esse não é o material do ARREPENDIMENTO GENUÍNO. Essa pessoa está convencida e
nunca convertida. O Espirito Santo convence o pecador primeiro do “pecado”depois da
“justiça” e do “juízo”.
Essa mentalidade reducionista; da salvação para libertação do inferno e não libertação do
pecado é adulterar a salvação bíblica e realmente lidar de maneira ímpia e injusta com à
obra do Espírito Santo e à convicção do pecado.
Graça nos ensina a renunciar a impiedade (v.12).
No ponto da salvação, há uma negação e uma negação de “impiedade”, diz ele, “e desejos
mundanos”.  Há algo decisivo que acontece.  E há uma rejeição de padrões anteriores.  Há
um sonoro “não” ao jeito que costumava ser.
Há uma transformação que envolve novos desejos e novos anseios.  A alma salva é feita
por Deus para quebrar o poder do pecado.
E a primeira coisa que acontece é – vejamos a palavra “impiedade”, (asebeia), é o oposto
de “piedade” (eusebeia).
O que isso significa é “falta de reverência a Deus”, é a “falta de temor a Deus”.  Se há algo
verdadeiro sobre a nossa natureza pecaminosa é que ela é irreverente, ela não teme a
Deus.
Romanos 1 ensina que a irreverencia, a impiedade é quem corrompe o homem, e atrai a
ira de Deus sobre aqueles que conhece a verdade e a rejeita (Rm 1.18,19).
Qualquer conceito irreverente de Deus é punível com a morte eterna. E assim, quando uma
pessoa se torna crente, a primeira coisa que acontece é que há uma ruptura com a
irreverência.
Não basta renunciar a um pecado, mas devemos renunciar a todos; pois quando o
apóstolo fala em negar a impiedade, ele diz toda a impiedade. Tanto pequenos como
grandes.
Esdras expresso bem esse conceito no Salmo 119:13 “Odeio pensamentos vãos, mas amo
a tua lei“. se amamos a lei Deus, devemos odiar qualquer contrariedade a ela, por menor
que seja ou mesmo um pensamento vão.
Foi o que Moisés disse a Faraó, nem uma unha ficará no Egito (Ex 10.16).
Há uma ruptura com todas as ideias falsas sobre Deus, toda falta de respeito, falta de
honra, falta de adoração, falha em adorar a Deus.
Quando a salvação chega, o pecador abandona todas as suas visões erradas sobre Deus
e instantaneamente é transformado em adorador aprendiz.
Não existe cristão que não seja adorador aprendiz, porque quando você foi salvo, você foi
transformado em discípulo, aquém desejoso a obedecer.
Você nunca verá alguém convertido, com dificuldade com alguma doutrina ou exigência da
lei de Deus.
Nunca haverá um convertido indisposto a abandonar seus antigos conceitos e valores.
Você não pode ser salvo e ser um agnóstico ou ateu. Ser salvo e ser uma adultero. Ser
salvo e ser um mentiroso. Ser salvo e viver em seus vícios. Ser um salvo e não concordar
com as contribuições financeiras para o sustento da obra.
Um exemplo claro disso: é quando alguém quer se unir a nossa igreja, mas não concorda
com o nosso PACTO: por exemplo da “modéstia”, ou da “corte”.
Portanto, a primeira coisa que o convertido nega é a impiedade – qualquer coisa;seja um
conceito, atitude, pratica ou pensamento irreverente em relação a Deus.
E isso significa que agora você está focado no Deus verdadeiro, com uma perspectiva
verdadeira, acreditando que Ele é o Deus que, de fato é Santo e por isso você deve ser
santo.
Essa é a máxima “Sede santo porque eu Sou santo; diz o Senhor”. Deus é santo e tudo o
que pertence a Ele é santo.
A graça salvadora faz com que você faça uma ruptura decisiva com a vida antiga e viva
agora de um modo digno de Deus.
A graça nos ensina a renunciar o mundanismo (v.12).
E então ele adiciona outro componente, ele diz: A salvação instrui você não apenas a
negar a impiedade, mas também os desejos do mundo.
Epitumias kosmikos, significa: concupiscências que são características do sistema humano
ímpio, desejos que refletem a cultura ímpia.
Pedro os chama de “desejos carnais”; João diz: “não ameis o mundo e nem o que há no
mundo”. Tiago chama de adúlteros, aqueles que são amigos do mundo”.
Paulo os chama de “desejos tolos”; ele também chama de “paixões dolorosas” ao escrever
2 Timóteo ele fala de “paixões da mocidade.”
Mas aqui você tem “desejos mundanos” – o que é material, carnal, paixão tola, doloroso,
estilo mundano”;
Todas as coisas na natureza externa têm seu elemento, e nossa natureza moral deve ter
seu elemento, no qual viver, se mover e ter seu ser.
Animais vivem na terra, pássaros voam no ar, peixes nadam na água; mas cada um desses
organismos animais requer seu próprio elemento, e nenhuma quantidade de educação fará
com que um peixe desfrute de ar fresco.
Mesmo assim, o homem ímpio tem este mundo como elemento, assim como o verdadeiro
crente tem Deus como elemento.
O ímpio é da terra terrena; ele recebe o espírito do mundo; ele entra em sua mente; ele
forma seu caráter de acordo com seu gênio; ele se submete aos seus ditames; ele mede
tudo pelo seu padrão.
Mas o crente não é do mundo. Ele é peregrino. Ele não pertence a este sistema. Ele é
inimigo do mundo, desse sistema anti-Deus, anti-Cristo e anti-Biblia.
Nesse ponto a salvação, é uma ruptura clara das ideias erradas sobre Deus, e há uma
ruptura clara com os padrões de vida que foram dominados pela luxúria.
Há uma renúncia. Há uma transformação. Há uma reprogramação. Deixamos nosso antigo
modo de viver que foi substituído por um novo que é renovado pelo verdadeiro
conhecimento.
O estilo de vida do crente é totalmente diferente em TODA A MANEIRA DE VIVER; na
modéstia, na família, nos negócios, na conduta etc…
O apóstolo Paulo está reconhecendo que a salvação não lida apenas com o futuro, mas
lida com o presente – não apenas lida com a penalidade do pecado, mas lida com o poder
do pecado. Você não está mais sob seu domínio. Portanto, não ceda ao pecado.
Crisóstomo disse que as coisas do mundo são coisas que não passam conosco para o céu,
mas são dissolvidas junto com o mundo atual.
Um homem é muito míope e medíocre, quando põe todo o seu coração e gasta todas as
suas forças em coisas que ele vai deixar para trás quando partir deste mundo.

CONCLUSÃO: Uma biografia que muitas vezes nos convencer da nossa falta de amor ao
Senhor e zelo por Sua obra é “A Vida e o Testamento de Jim Elliot” (em inglês).
Jim, filhos de pais piedosos, que o levou a amar e ler a bíblia todos os dias. Tinha uma
mente brilhante, e se recusava a participar das festas mundanas dos amigos de classe,
mostrando na bíblia que isso era errado.
Ele ainda não estava totalmente convencido do valor dos seus estudos, considerando
matérias como filosofia, política e antropologia distrações para alguém que está tentando
seguir Deus.
Depois de um semestre de notas relativamente baixas, ele escreveu para seus pais que
não tinha nenhum remorso, considerando o estudo da Bíblia muito mais importante.
Ele tinha apenas 28 anos quando ele e quatro outros rapazes foram mortos à tiros na
tentativa de levar o evangelho aos ferozes índios Auca no Equador.
Veja como a graça de Deus o motivou. Ouça o que ele escreveu no seu diário.   Aos 22
anos, ele escreveu: “Vejo claramente agora que qualquer coisa, seja o que for, se não
estiver no princípio da graça, não é de Deus”.
Quanto a viver à luz da segunda vinda, aos 20 anos, ele escreveu para sua irmã de 15
anos: “Fixe seus olhos na estrela da manhã nascente…. Viva todos os dias como se o Filho
do Homem estivesse à porta e direcione seu pensamento para esse momento
extraordinário … Ande como se o próximo passo o levasse através do limiar do céu.
“Quão mal parecerá algo, exceto uma fé operativa inflamada na pessoa de Cristo quando
Ele vier na sua vinda.
Quão perdida, infelizmente, será uma vida vivida sob qualquer outra luz! ”Sua vida inteira
retratou intenso zelo pelo Senhor e por Sua obra.
Ele escreveu: “Onde quer que você esteja, esteja realmente lá. Viva ao máximo todas as
situações que você acredita serem a vontade de Deus”.
É dele essa celebre citação: “Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para
ganhar o que não pode perder.
O último registro do diário dele, em 28 deoutubro de 1949, expressa a crença dele; de que
trabalho dedicado a Jesus era mais importante que a sua própria vida (Lucas 9:24).
Depois da morte deles e seus amigos, as esposas e filhos foram evangelizar os mesmos
índios que mataram seus maridos e pais. E ganharam a tribo para a gloria do Senhor
Jesus.
É assim que a graça de Deus funciona. Ele nos salva e depois nos treina e motiva a
sermos pessoas piedosas na era atual, zelosos por boas ações, enquanto procuramos o
aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou
por nós.
Sermão Nº 24 – A graça salvadora  Parte 3.
Referência: Tito 2:12-14.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 04/12/2019.

INTRODUÇÃO: Considerando a calamidade moral dos nossos dias; poderíamos perguntar


se seria este um bom momento para uma vida sóbria, justa e piedosa?
Num mundo pós-moderno, onde não há verdade absoluta, onde tudo é relativo e subjetivo.
Um tempo onde impera o politicamente correto, numa visão pluralista das ideias e
conceitos e comportamentos.
No meio de tanta inversão de valores, e de um “espirito egoísta e consumista desse tempo”
que não tolera uma vida simples e pensamentos elevados.
Em tal estado de espírito, duas coisas parecem possíveis.
Uma é ceder à pressão do nosso tempo. A igreja pós-moderna na busca pela relevância,
vem negociando seus valores. Aceitando sua inconsistência com a vida cristã, adaptando-
se a padrões que consciência nunca irá aprovar.
Essa geração mundana é moralmente fraca e pouco resistente ao pecado. Ela se tornou
mundana porque cedeu à pressão da maioria e a ética circunstancial. Ela demonstrou que
não tem coragem para ser diferente por isso cedeu a pressão do mundo.
A outra coisa a fazer é fugir do tempo em que vivemos. Foi o que milhares de crentes
fizeram ao longo da história cristã.
Eles acham impossível viver uma vida sóbria em plena corrente de seu próprio tempo; e
assim eles fugiram de sua influência, escondendo-se em mosteiros e povoando o deserto
com suas cavernas.
Ninguém pode examinar a história desses ASCETAS e EREMITAS sem um brilho de
admiração. É uma grande coisa que as tentações de cada época que dominaram tantas
almas tenham sido impotentes para atrair alguns santos.
Mas, no entanto, toda essa história não é a história de uma batalha, mas de uma fuga. E foi
uma fuga infrutífera. Fugindo do mundo, eles fugiram de toda a chance que tinham para
torná-lo melhor.
Se, então, o homem sóbrio, justo e piedoso não se entrega à era atual, nem foge dela, o
que ele deve fazer?
Ele deve viver sabiamente no mundo. Os santos do passado foram, na maioria das vezes,
aqueles que fugiram do mundo; mas o santo cristão de hoje é a pessoa que vive no
mundo.
Se a graça de Deus está em você, essa graça deve ser exibida, não em um retiro seleto e
isolado, mas neste mundo atual. Você deve brilhar na escuridão como uma luz.
O crente inconscientemente está vivendo algo heroico e maravilhoso. Ele é simplesmente
uma pessoa que vive no mundo em meio a frouxidão e a desonra, e se mantem verdadeiro
e limpo.
Ele vive em meio ao luxo e ostentação e mantem sua simplicidade e simpatia. Ele é jovem
que não se deixar seduzir pelas paixões da mocidade.
Isso é algo mais difícil do que ser um eremita e é tão nobre quanto ser um santo. É a vida
sóbria, justa e piedosa vivida no meio desta era atual.
Depois de expormos tanta coisa negativa no versículo 12. Vamos então olhar para o
positivo.
A graça é uma professora completa. Ela não só nos ensina a negar a impiedade e o
mundanismo a afirmar algumas coisas. Ela não só ensina o que devemos deixar de fazer,
mas também ensina o que devemos começar a viver de maneira sensata, justa e piedosa
na era atual.

A GRAÇA NOS ENSINA A VIVER.


Esse é o lado positivo da vida cristã.  Aí vem a evidência da transformação em três
expressões que realmente resumem como fomos libertados do poder dominante do
pecado.
Uma coisa que o pecado faz é ensiná-lo a viver de maneira insensível, injusta e ímpia,
certo? Exatamente o oposto.  Assim, a maestria do pecado é quebrada e vivemos “de
maneira sensata, justa e piedosa”.
A vida de um discípulo de Cristo não é apenas “dizer não” ao “mau”, mas dizer “sim” ao
“melhor”, e tudo isso é possibilitado pelo poder do Espírito (e não pelo espírito do legalismo
com uma lista de “não faça e faça”!)
O legalismo diz: “nossas ações determinam o que somos”.Mas a graça diz: “o que somos
determina nossas ações”. A moralidade não é simplesmente um esforço próprio. Ela é
impulsionada pela nova vida que recebemos na regeneração.
Aqui temos que ter o cuidado com a graça barata que produz o ANTINOMIANISMO (viver
sem regras, sem lei). O crente foi salvo para as boas obras e deve se empenhar para
pratica-las.
Conta-se que as princesas britânicas (Elizabeth, hoje Rainha Elizabeth II) e Margaret eram
crianças e saiam para uma festa, a mãe avisava: crianças da realeza, se comportam com
realeza.
Era um lembrete de que o comportamento das meninas tinha de estar à altura de quem ela
eram. O seja o status delas vinha primeiro, o comportamento delas deveria estar de acordo
com ele. E a graça é a tutora desse comportamento real.
A vida cotidiana deve ser influenciada por essa tríade de virtudes. Elas devem governar;
nossas conversações, desejos, trabalho, lazer, recreação, talentos, família, relacionamento
e tudo mais. Não há um centímetro de sua vida que a graça não toca, e diz isso é meu.
 
A graça nos ensina a viver sensatamente.
“Sensatamente” é a mesma palavra “sophronos” que vimos repetidamente. E significa
“autocontrolo”, “sóbrio”, “prudente”; “disciplinado”, “temperado”; “refreado”.
Paulo já usou essa palavra cinco vezes nesta epístola – uma vez no capítulo 1; quatro
vezes antes de chegarmos a esse versículo.
Essa a palavra do temperamento cristão, a grande virtude cristã.Uma das coisas que
acontece quando você é salvo é ter controle sobre suas afeições.
Você pode se controlar.  O homem natural não pode. Ele não pode fazer as coisas de
Deus; é impossível para ele.
Ele é impotente para fazê-las.  Tudo o que ele faz é pecado, pecado, pecado e mais
pecado. Mas um cristão pode se controlar.
Você pode colocar a carne não resgatada sob o controle do Espírito de Deus no homem
interior redimido e faça o que é certo.  Autocontrole significa equilíbrio adequado,
prioridades espirituais, escolhas sábias, tudo isso.
Apostolo João resume a falta de sensatez como uma tentativa de viver a parte da vontade
de Deus.
O desejo da carne é o desejo de fazer algo à parte da vontade de Deus. O desejo dos
olhos é o desejo de ter algo à parte da vontade de Deus. O orgulho da vida é o desejo de
ser algo à parte da vontade de Deus.
O primeiro desejo apela principalmente ao corpo, o segundo à alma e o terceiro para o
espírito.
Talvez a manifestação mais comum da luxúria da carne na civilização ocidental moderna
seja o sexo ilícito (hedonismo, prazer idólatra).
Talvez a manifestação mais comum da luxúria dos olhos seja a compra excessiva
(materialismo, bens idólatras).
Talvez a manifestação mais comum do orgulho da vida esteja tentando controlar (egoísmo,
poder idólatra).
A graça de Deus nos fez negar as filosofias, glórias, máximas e modas predominantes
deste mundo atual. No melhor sentido, somos não-conformistas.
Desejamos ser crucificados para o mundo e o mundo para nós. Foi uma grande coisa para
a graça fazer entre os sensualistas degradados dos dias de Paulo, e não é uma conquista
menos gloriosa nesses tempos.
Sobriedade significa o castigo, a disciplina de todas as nossas paixões, o esforço resoluto
de obter e manter o controle de todos os nossos desejos.
É a determinação de reprimir sentimentos de raiva e fantasias impuras, de subjugar tanto a
afeição desordenada quanto o gosto depravado.Sobriedade significa resistência a toda
forma de tentação.
Devemos ter controle sobre todas as paixões básicas de nossa natureza. O monarca de si
mesmo é rei dos homens.
Em 1 Pedro 4: 7, recebemos um aviso solene sobre este assunto: “O fim de todas as
coisas está próximo: sede portanto sóbrios.
A graça nos ensina a viver retamente.
Em seguida, ele diz, em segundo lugar ele menciona “retamente”, “dikaios” o que significa
que você “obedece ao padrão divino do que é certo”.  Que você é moralmente integro,
honesto e correto em seu caráter e conduta.
De que você tem um caráter e uma conduta que não pode ser condenada. O crente é uma
pessoa inocente e sem culpa em todas as situações, e quando erra ele assume seus erros.
A graça ensina você a começar a viver corretamente e depois isso afeta a todos ao seu
redor.  As pessoas que vivem bem, é claro, impactam as pessoas ao seu redor.
Paulo diz que o amor não folga com a injustiça. O crente não se alegra com algo praticado
com injustiça e insensibilidade ou escândalo.
O evangelho muda a maneira como você vive com os outros. Você vive em retidão,
demonstrando o que é viver corretamente.  E isto só é possível de você for ensinado pela
palavra da justiça.
A grande questão é a falta de um discernimento piedoso, para julgar com retidão todas as
coisas.
A bíblia diz que aquele que é espiritual, julga, discerne bem todas as coisas e por ninguém
é julgado. O crente tem a palavra final da retidão, pois ele é guiado pela Palavra da
verdade.
A graça ensina a viver piedosamente.
Terceiro, ele menciona a palavra “piedosa”, “eusebeia”, e diz respeito a Deus. Essa é a
palavra da religião. A graça nos ensina a viver reverente.
A graça tornou você reverente; tornou você respeitoso com Deus; você o honra; você o
adora; você o adora; você o obedece. Então aqui está a evidência da sua transformação.
A salvação, então, nos livra da penalidade do pecado no futuro, a saber, o inferno, e o
poder do pecado no presente, a saber, o padrão ininterrupto do pecado contínuo.
E agora estamos em um padrão de santidade, não praticando mais o pecado,porque temos
a vida de Deus em nós. Temos a semente de Deus em nós, diz João; não continuamos
mais na prática do pecado. (1 Jo 3.10)
As características da vida piedosa são do tipo mais prático, pois a verdadeira piedade
influencia tudo, elevando e purificando tudo, e quem a vive oferecerá um contraste tão
grande em sua vida e conversas com aqueles que não a viverem, que os homens ainda
serão constrangidos a se maravilhar com isso e a tomar conhecimento deles de que
estiveram e ainda estão com Jesus. Estamos vivendo piedosamente em Cristo Jesus
Agora observe o final do versículo 12.  Essa piedade, retidão e sensibilidade, esse
afastamento de visões erradas sobre Deus e o viver pela paixão, devem ser feitos “na era
atual”.
Isso não é futuro, é agora – o aqui e agora, a esfera em que vivemos.  Essa frase em
particular é repetida pelo apóstolo Paulo pelo menos quatro vezes que eu conheço, e
significa “o tempo presente”.
A graça salvadora, então, não apenas nos livra do inferno futuro, mas educa, nos treina
para apresentar santidade no aqui e agora.  Isso é essencial para entender a questão da
salvação.

A GRAÇA NOS ENSINA A ESPERAR.


Há cristãos que gostam de recordar algum período da história da Igreja, que eles
consideraram uma espécie de era de ouro,
Uma época em que comunidades de homens e mulheres santos eram ministradas por
ministros ainda mais santos, e na qual a Igreja seguia belamente a caminho, não
totalmente livre de perseguições, que talvez fossem necessárias para sua perfeição, mas
imperturbáveis por dúvidas, ou dissensões, ou heresias, e sem manchas de mundanismo,
apostasia ou preguiça.
Até onde a experiência e história tem demonstrado, nunca houve algo assim em momento
algum da história, nem mesmo nos períodos dos grandes avivamentos.
Nenhuma idade de ouro pode ser encontrada na história real da Igreja. Nem mesmo no
novo testamento, nem antes ou depois da pentecostes.
Muitas das igrejas do novo testamento tinham mais problemas do que a maioria das igrejas
modernas, embora fossem lideradas pelos apóstolos.
O fracasso em encontrar qualquer idade de ouro em qualquer período coberto pelo Novo
Testamento ou depois dele deve nos colocar em alerta contra a esperança de encontrá-la
em qualquer período subsequente.
Nenhum período da história pode nos trazer qualquer esperança, era dourada da igreja
está no porvir. Nossa única esperança é a manifestação da gloria do nosso grande Deus.
O versículo 13, “Aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória de nosso
grande Deus e Salvador, Cristo Jesus”.  
A esperança da vinda de Cristo é a motivação do viver santo
Um ponto importante que Paulo coloca sobre nós aqui – muito, mais muito importante – a
graça salvadora nos livra da presença do pecado! A graça salvadora nos livra da presença
do pecado!
Vivemos na esperança, diz o versículo 13. E a esperança é que algum dia Jesus venha, e
quando Ele vier, sabemos que Ele nos livrará da presença do pecado.
Na justificação somos libertados de sua punição, na santificação estamos sendo libertos do
poder do pecado; e na glorificação seremos libertados de sua presença.
Por isso Paulo disse: “É muito melhor partir e estar com Cristo”. Por isso Paulo disse: “Para
mim, viver é Cristo, mas morrer é ganho”.
Por isso Paulo disse que toda a CRIAÇÃO GEME, aguardando a adoção, a redenção de
nossos corpos.
É por isso que ansiamos pela manifestação gloriosa dos filhos de Deus. porque O veremos
como Ele é”, e então parecerá o que realmente somos como filhos de Deus.
Assim, o desejo do coração do crente é algum dia a ser libertado da presença do pecado.
É por isso que nos baseamos em 1 João 3: 2: “seremos como Ele,
O que significaria salvação se não nos libertasse da presença do pecado?
Se o pecado sobrecarregou meu coração, se o pecado me preocupou, me debilitou e me
esmagou, e se eu ódio o pecado e odeio cada vez mais, então eu quero o tipo de salvação
que promete me que algum dia isso não existirá.
Essa é a nossa esperança e ela está no futuro e não no passado. É o que ele diz no
versículo 13, “Procurando”.  Literalmente significa “esperar, esperando”.
Não podemos perder de vista isso, estamos esperando com grande expectativa.  Traz a
ideia de ansiedade, antecipação, saudade, isso muda minha perspectiva completamente.
Todos os cristãos de todos os tempos morreram nessa única esperança. E o que estamos
esperando?  “A bendita esperança, “A esperança abençoada”.  O que isso significa?
A esperança que irá abençoar. A esperança que trará bênção. E o que é “a esperança
abençoada?”  É “o aparecimento da glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo
Jesus.”
Essa é a nossa esperança abençoada.  Jesus está vindo. Essa é a esperança que
abençoará.
E quando Ele vier haverá alegria e riqueza e paz e recompensa e perfeição, ausência de
pecado, glória. Vivemos nessa esperança. Vivemos ansiosamente nessa esperança.
Algumas pessoas querem dividir isso um pouco e vêem na frase “procurando a esperança
abençoada” o arrebatamento da igreja e “o aparecimento da glória de nosso grande Deus e
Salvador, Cristo Jesus”, a segunda vinda sete anos depois.
O arrebatamento é anterior ao tempo da tribulação.  A segunda vinda sendo depois.  Mas
eu realmente não sinto que Paulo esteja promovendo qualquer tipo de divisão aqui.
Acho que ele está simplesmente dizendo que estamos “procurando a esperança
abençoada” e “a esperança abençoada” é a aparição do Senhor.  E ele está apenas
resumindo toda a segunda vinda.
Não acho que ele esteja tentando isolar o arrebatamento do retorno.  Embora entendamos
que essas são duas partes da grande vinda de Cristo, a epifania, “a aparição, a chegada”.
Acho que Paulo está simplesmente dizendo que vivemos na expectativa de que Jesus está
voltando, e quando Ele vier – certamente no arrebatamento e mais tarde na seguinte glória
em nome dos santos do Antigo Testamento e dos santos da tribulação – seremos
libertados da presença do pecado em nossa forma glorificada.
“A esperança abençoada” é uma realidade histórica fixa, pela qual ansiamos, essa é a era
de ouro da igreja.
De fato, ele diz “a esperança abençoada e o aparecimento da glória”.  E quem é “a glória?” 
De fato, “A GLÓRIA” é “nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus.” Portanto, neste
texto, o Senhor é chamado “GRAÇA” no versículo 11.
Ele é chamado de “glória” no versículo 13. Ele é chamado de “bondade” no versículo 4 do
capítulo 3, e Ele é chamado de “amor” no mesmo versículo.  Ele é a personificação da
graça, da glória, da bondade e do amor.
Vimos a bondade, o amor e a graça em Sua primeira vinda; veremos a glória em Sua
segunda vinda.
Como tantas vezes em outras partes das Escrituras, você não tem uma separação do
arrebatamento, chamada “a bendita esperança”. e a segunda vinda, chamada “a aparição”.
Embora pudéssemos fazer essas distinções certamente em nossa escatologia.  Eu acho
que Paulo está apenas varrendo todo o conceito do retorno de Cristo como o culminar da
salvação final que nos livra da própria presença do pecado.
Então receberemos corpos imortais. Este incorruptível irá colocar, este corruptível irá
colocar na incorrupção. Este mortal colocará a imortalidade, e seremos triunfantes em
nossa santidade absoluta.
A gloria do grande Deus salvador.
Uma nota sobre o final do versículo 13.  Ele chama Cristo por este título, “nosso grande
Deus e Salvador, Cristo Jesus”.  Agora, aqui está outra daquelas passagens muito, muito
maravilhosas das Escrituras, que removeram a dúvida sobre se Jesus era Deus.
Sempre há pessoas que querem negar a divindade de Cristo, e pequenas declarações
como este grande título aqui são úteis para afirmar a divindade de Cristo.
Frequentemente, nas Escrituras, a divindade de Cristo é apresentada a nós. onde diz que
Cristo Jesus, Seu Filho, o Filho de Deus, é “o esplendor da glória de Deus e a
representação exata de Sua natureza”.
Penso em outro texto que não é diferente deste em Hebreus 1: 3, como também Romanos
9.5 Que definitivamente se refere ao Senhor Jesus Cristo como sendo igual a Deus em
essência e natureza.
O texto de Romanos diz: “Cristo que está acima de tudo, Deus bendito eternamente”.
Então, aqui nesse texto de Tito; está uma declaração que diz simplesmente “nosso grande
Deus e Salvador, Cristo Jesus“.
Ele entrou em um estado humilde pela primeira vez com graça. Ele vem em um estado
exaltado da próxima vez com glória.
Ele vem para glorificar Sua igreja no arrebatamento. E então voltar em glória com Sua
igreja para glorificar os santos restantes e estabelecer Seu reino.
Mais uma nota. Ao olhar para essa afirmação, “nosso grande Deus e Salvador, Cristo
Jesus“, pode ocorrer que você mova a vírgula após a palavra “Salvador” para antes da
palavra “Salvador” e faça-as em duas pessoas – ” nosso grande Deus, e Salvador Cristo
Jesus “, para que um se referisse a Deus, o outro, o Salvador Cristo Jesus e evitasse a
conexão necessária de que Jesus é Deus.
Existem vários problemas com isso.  Vou sugerir para você.  É melhor vê-lo se referindo a
uma pessoa por várias razões. Há um artigo aqui, um artigo definido em vez de dois.
Você também notará no versículo 14, “que se entregou por nós“, leva todo o título com um
pronome singular, referindo-o, portanto, a um indivíduo.
A palavra “grande” seria bastante interessante. “Nosso grande Deus” pode ser inútil usar
isso se ele estiver se referindo somente a Deus.
Nunca é usado no Novo Testamento para se referir a Deus, porque muitas vezes, no
Antigo Testamento, Deus é chamado de grande.  Parece ter sido assegurado e afirmado, e
não é usado no Novo Testamento.
“Grande” é usado no Novo Testamento para se referir a Cristo várias vezes.  Ele será
grande.  Jerusalém é chamada a cidade do grande rei.  “Um grande profeta ressuscitou
entre nós!” Portanto, “grande” é usado repetidamente para falar de Cristo no Novo
Testamento, nunca de Deus.
E cada vez que “grande” é usado para falar de Cristo, isso o liga como Deus ao uso de
“grande” no Antigo Testamento, referindo-se a Deus Pai.( Lucas 7:16 ). “Um grande
sacerdote sobre a casa de Deus” (Hebreus 10:21). Um “grande pastor das ovelhas”
(Hebreus 13:20).
Mas o ponto mais revelador é este: nunca nas Escrituras o Pai se une ao Filho em Sua
segunda vinda.  Então você não poderia falar sobre o aparecimento da glória de nosso
grande Deus e Jesus Cristo.
O Pai nunca se une ao Filho na segunda vinda.  A epifania, o aparecimento, a chegada de
Jesus Cristo, é singularmente Jesus Cristo.
Portanto, todas essas coisas nos indicam que o entendimento adequado é “nosso grande
Deus e Salvador, Cristo Jesus”.  E, portanto, torna-se um testemunho maciço da divindade
de Cristo, que de fato é chamada Deus e Salvador.
Então Ele vem no futuro para salvar Seu povo.  No sentido de que?  Livrando-os da
presença do pecado.   A salvação da presença do pecado. Já temos salvação da
penalidade e do poder, mas ainda não da presença do pecado.
Mas “nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”, virá, e Ele nos libertará da própria
presença do pecado em nossa própria carne. Ele transformará os nossos corpos frágeis
em um corpo glorioso.
Então seremos como Ele. Ele nos fará como Ele mesmo. E essa grande transformação
elimina de nossa própria pessoa qualquer presença de pecado.
Mesmo se voltarmos e reinarmos sobre a terra no reino de mil anos, seremos intentáveis,
seremos intocáveis com o pecado, seremos puros e eternamente santos.  Essa é “a
bendita esperança”.
E eu realmente acredito que é a coisa mais importante que as pessoas têm procurado, a
serem libertas da penalidade do pecado, a serem libertas do poder do pecado, mas, em
última análise, da presença dele por completo.
A completa redenção.
E há um outro pensamento aqui, e não vou esgotar isso. Vamos terminar da próxima vez,
mas eu vou apresentar a você.
A graça salvadora vem para nos libertar da POSSE do pecado.  Versículo 14: “Que se
entregou por nós para nos redimir de toda ação sem lei e purificar para si um povo para
sua própria possessão, zeloso por boas ações”.
Oh, essa é uma verdade maravilhosa.  O pecador não regenerado é a possessão do
pecado.  Ele é dono. Ele é controlado pelo pecado.  A graça salvadora quebra essa
propriedade.
O primeiro marido morre e o parceiro não está mais em cativeiro. O primeiro marido foi
pecado e está morto, e não há mais servidão – há libertação completa.
E nos tornamos – eu amo isso – o versículo 14, “Sua própria possessão”, “Sua própria
possessão”.  E nós nos tornamos Sua, e Ele nos mantémescondidos com Cristo em Deus.
Ninguém é capaz de nos tirar da Sua mão”, “nada jamais nos separará do amor de Deus
que está em Cristo Jesus”. Estamos para sempre seguros.
Esse é um componente essencial da salvação, amado. Temos uma salvação que nos livra
permanentemente da posse do pecado.  A graça salvadora quebra para sempre essa
propriedade.
Você não pode voltar atrás.  Por quê? Porque o Senhor pagou o preço e a justiça de Deus
foi satisfeita e a compra foi feita.
Paulo não está ensinando se o crente perde o não salvação. Ele está dizendo basicamente
que Deus pagou um preço suficiente por uma compra eterna.
Ele também não está dizendo que Deus pode iniciar sua obra em nós, mas depois nos
perder ao longo do caminho. Nem está dizendo que Deus não onipotente caso alguém caia
da graça.
Paulo também não está dizendo, ou discutindo a controvérsia de que alguém pode perder
a salvação, estará afirmando que em algum lugar do universo alguém é mais poderoso que
Deus.
É realmente confuso tentar entender as afirmações teológicas sobre esse assunto, e não
há consenso sobre isso, desde quando se começou a discutir.
E não há como conciliar as diferentes correntes, seja armínianos, luteranos ou calvinistas;
e todas elas afirmam categoricamente ser a verdade da Escritura.
A verdade que a nossa segurança de salvação está em Deus, e não em nós mesmos. Mas
toda a Escritura avisa solenemente do perigo de alguém viver na pratica do pecado.
E ela diz isso principalmente ao povo de Deus. Ela diz que o pecado é uma decisão da
vontade humana.
O cristão precisa mortificar o pecado por meio do poder do poder do Espirito Santo, dos
meios de graça, como a Palavra, oração e jejum, culto e da pregação.
Não há duvida alguma sobre o nosso futuro, se realmente seremos libertos da presença do
pecado e seremos seres santos para todo o sempre.
Você não precisa viver com medo de um dia cair da graça, e perder sua salvação. É Deus
quem garante, é ele que é o Deus salvador; tudo o que temos que fazer é confiar no
bendito salvador.
Quando um pecador chega ao fim de sua vida de pecado, por assim dizer, e ele quer
redenção e ele quer salvação, e ele quer perdão, ele quer um Deus que não o deixar
apegado ao pecado?
Como podemos adornar a doutrina de Deus, como podemos mostrar ao mundo que nosso
Deus é um Deus salvador, se não ensinamos que nosso Deus guarda quem Ele salva?
Que nosso Deus aperfeiçoa quem Ele salva?  Que nosso Deus quebra o poder do pecado
na vida de quem Ele salva, assim como os livra do inferno eterno?
É o pacote que coloca Deus em exibição.  Temos um Deus que pode anular toda
condenação dos homens do poço e do inferno.
Temos um Deus que pode quebrar a infecção devastadora do pecado que está no tecido
dos seres humanos.
Temos um Deus que, em última análise, transformará tão totalmente nossos corpos que
nunca conheceremos o pecado para todo o sempre.
Temos um Deus cuja posse nos tornamos, cuja posse nos tornaremos e nunca alguém
será capaz de quebrá-lo.
Então, se vamos demonstrar a grandeza de nosso Deus e Seu poder salvador, então
exaltemo-lo por ser o Salvador que Ele é.
E não vamos apresentar algum tipo de salvação que seja algo menor do que aquilo que
exalta adequadamente nosso grande Deus.
O que significa ser cristão?  Significa ser salvo da penalidade do pecado no futuro, o poder
do pecado no presente, algum dia a presença do pecado, e ser sempre e sempre pela
eternidade a possessão de Deus – “um povo para Sua própria possessão,” Purificado,
libertado de toda ação sem lei e redimido.
O versículo 14 diz que Ele se entregou para realizar isso. O sacrifício de Jesus Cristo
deveria realizar nada menos que essa salvação total.
Qualquer coisa menor do que “não adorna o ensino de Deus, nosso Salvador, em todos os
aspectos”.

CONCLUSÃO: Pai, agradecemos pela exposição de sua Palavra nesta noite.  Oh, o tempo
passa tão rapidamente e tanta riqueza aqui.
Pai, agradecemos novamente pelo lembrete de que você é um Deus salvador.  Na tua
grande misericórdia e graça, abaixaste-te para salvar pecadores indignos.
Obrigado, pai, por isso. Por que você nos escolheu, nunca compreenderemos.  Talvez até
por toda a eternidade nunca possamos entender.
Mas somos gratos pelo que o Senhor fez. Somos gratos por ter chegado o dia em que o
Espírito de Deus convenceu nossos corações, e nos aproximamos como pecadores sem
esperança e pegamos uma salvação como a que acabamos de ler.
Pai, agradecemos a plenitude de nossa salvação.  E oramos para que possamos viver
assim, para mostrar ao mundo que Deus é salvador, para que eles possam ver em nós a
alegria de alguém que está para sempre livre da penalidade do pecado.
Para que eles possam ver em nós a pureza de alguém em quem o poder do pecado é
quebrado. Que eles possam ver em nós a antecipação, o desejo, a esperança, a falta de
sentido, a sensação de antecipação celestial de alguém que um dia será libertado da
presença do pecado.
Que eles possam ver em nós a confiança, a segurança e alegria estabelecida de quem não
sabe que nada pode mudar, pois somos para sempre a sua posse pessoal.
Pai, seja esse tipo de salvação que exibimos para um mundo que assiste como vivemos,
como falamos e como agimos para que outros, ao ver o que o Senhor fez em nossas vidas,
possam ser atraídos a ti e te glorifique e venha a conhecê-lo.
Obrigado por esta maravilhosa oportunidade, Senhor, de ensaiar novamente essas
grandes verdades, e nós Te damos glória e louvor pelo que fez em nossas vidas e pelo que
fará na vida de outras pessoas, que agora mesmo ouvem esta mensagem, como o Senhor
os salva por Sua graça. Em nome de Cristo. Amém.

Sermão Nº 25 – A autoridade do pregador.


Referência: Tito 2:15.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 11/12/2019.

INTRODUÇÃO
Preparar-se para ministrar a Palavra de Deus semana após semana é uma grande
aventura.  E aprecio cada hora preciosa que tenho para estudar a Palavra de Deus.
Preciso planejar muito, e está em oração debaixo da orientação do Espirito Santo. Eu
planejei pregar esse último verso, na exposição da semana passada, para então iniciar o
capitulo 3. Mas esse verso me atinge como um raio.
Paulo está instruindo um Pastor que está comandando um campo; e talvez dezenas de
igrejas locais, onde ele com presidente, ou um delegado investido de autoridade pelo
apostolo Paulo, “para colocar em ordem, as coisas que não estavam”, e para isso deveria
estabelecer presbíteros; ou seja; uma liderança; que é o meio pelo qual as coisas devem
ser feitas.
“Essas coisas fala, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.”   E
ocorre que esta é uma declaração sobre a autoridade do pregador – “fala, exorta e
repreende com toda autoridade. Não deixe ninguém desprezar sua pregação, seu ensino.

A VERDADEIRA AUTORIDADE DO PREGADOR.


Essa é uma afirmação muito forte sobre autoridade. Deus deu sua própria autoridade aos
homens no exercício da função do ministério da pregação, aqui especialmente ao Pastor
da igreja local.
A autoridade da pregação.
A principal função do Pastor é cumprir o mandato da pregação. O pregador não é um
contador de histórias. Ele não é realmente teológico.
Ele não está compartilhando suas ideias. Ele não está aconselhando. Ele não está apenas
transmitindo fatos.
Se ele faz o que é chamado a fazer, está falando com autoridade – de fato, com toda
autoridade.  Ou seja, toda autoridade à sua disposição é exercida no exercício de sua fala,
exortando e reprovando.  E ninguém pode justificar, racionalizar ou fugir do que ele diz.
Perceber que alguém tem essa autoridade é, por um lado, emocionante e, por outro,
assustador.  Pregar um privilégio único; dado por Deus.  Agora, porque carrega esse tipo
de autoridade, e que imensa responsabilidade é essa.
Para aprofundar um pouco, comecei a olhar atentamente para a palavra “autoridade”.  É a
palavra epitag em grego.  Aparece várias vezes no Novo Testamento.
Em outras ocasiões, é traduzido como “mandamento” ou “comando”. Esse é o único local
em que os tradutores optaram por usar a palavra “autoridade”.
Mas o termo transmite a ideia de comandar.  Quem fala, diz Paulo aqui a Tito, deve falar no
tom de comando de presidir, de mandar.
Não estamos fazendo sugestões.  Não estamos apenas dando ideias.  Não estamos
citando / não citando “compartilhando pensamentos”.  Não estamos transmitindo fatos. 
Não estamos esclarecendo a doutrina.
Todas essas coisas podem ser componentes, mas o efeito final é comandar e comandar
implica no: “que você ouve”, “o que implica entender”; “o que você acredita”; “e o que você
obedece”.
Falar deve trazer a primeira, ou seja, que você ouve. Exortar deve ajudar em que você
acredita.  E a reprovação deve ajudar você a obedecer.
Portanto, estamos exercendo uma responsabilidade muito incomum, falando com você com
autoridade para que você entenda, acredite e obedeça.
Paulo disse o mesmo no versículo 1 do capítulo 2 de Tito, embora não com a menção de
autoridade, quando disse: “Mas, quanto a você, fale as coisas adequadas à sã doutrina”.   E
o que isso envolve?
Dizer aos homens mais velhos “que sejam temperados, dignos, sensíveis, sólidos na fé, no
amor e na perseverança”.
Isso é um mandamento.  E dizer às mulheres mais velhas “para serem reverentes … e não
para fofocas maliciosas, e não escravizadas por muito vinho, e ensinando o que é bom”.
Isso é um comando, uma ordem.
E dizendo às mulheres mais jovens que “amem seus maridos, amem seus filhos, sejam
sensatas, puras, obreiras em casa, gentis, sujeitas a seus maridos, para que a palavra de
Deus não seja desonrada.”  Isso é um mandamento.
E então “ordene” aos jovens que “sejam sensatos … e você dê um exemplo do que isso
significa em boas ações, com pureza e doutrina, dignas, linguagem sã que está além da
censura”, e assim por diante.
E então você ordena que os “escravos, os empregados, que estejam sujeitos a seus
próprios senhores e patrões em tudo”, versículo 9, “…trabalhando alegremente, não
reclamando, não dando prejuízo, mas mostrando toda a boa fé”.
Logo pregar é comandar.  É falar, exortar e reprovar com toda a autoridade e não permitir
que ninguém despreze o que você disse – perifrone , “pensar em torno disso”;
“Racionalizar, justificar, iludir, se opor.”
Paulo disse a Timóteo em 1 Timóteo 4:11 :“Comande, ordena e ensine estas coisas”.
E então ele disse: “Seja um exemplo para eles“, no próximo verso, “e não deixe ninguém
menosprezar a sua palavra por ser jovem.”  Não deixe ninguém lhe dizer: “Você é jovem
demais para nos dizer isso.” Você tem a autoridade para presidir.
Paulo está dizendo a Tito, e acho que todos nós que pregamos para presidir, que o
pregador é quem comanda, quem deve comandar.
Há um componente de ensino, há um componente de teologização, há um componente de
simpatia, empatia e identificação, mas no final tudo isso leva ao ponto de comando.
Um pregador, então, deve falar com total autoridade, exigindo que as pessoas ouçam,
acreditem e obedeçam.
O modelo de autoridade na pregação.
E, claro, o modelo de tudo isso seria nosso Senhor Jesus Cristo.  Os textos de (Mt7. 29; Mc
1.22, Lc 4.36), Jesus acaba de pregar e as pessoas estavam francamente maravilhadas
com Seus ensinamentos, e o que as impressionou, foi que “Ele as estava ensinando como
um tendo autoridade, e não como seus escribas. ”
Os escribas tinham pontos de vista.  Os escribas tinham opiniões. Mas Jesus tinha
autoridade. Ele ordenou. Ele ordenou. Ele não compartilhou ideias, sujeições ou conceitos.
Sua pregação era poderosa, autoritária, comandante e exigente (Jo 7:46). Ele não cita um
teólogo (Mc 11:28) ele não se identifica com nenhuma escola judaica de pensamento. Ele
não deu atenção a dois mil anos de tradição.
Sua autoridade não era ateologia judaica da época. Não havia nota de rodapé em seus
sermões. Ele foi contrariou toda a teologia existente. Ele não falou para agradar a
multidão.  Não
Ele deu a resposta, quando perguntaram com que autoridade você ensina. O que Jesus
disse foi muito simples.  “Minha autoridade é esta: falo as palavras de Deus.  Meu ensino
não é meu; Foi Ele quem me enviou.”
Esse era o padrão de Jesus, e Ele era Deus, e poderia muito bem ensinar algo de sua
autoria ou de suas ideias divinas. Mas ele disse “eu falo as Palavras de Deus”.
Jesus disse aos judeus (Jo 8,28,38,40; 12.,48, 49), que eles queriam mata-lo porque ele
fala a Palavra de Deus.
Veja bem, o pregador tem autoridade se e somente se ele falar a Palavra de Deus.  Deixe-
me dizer ainda mais forte.
O pregador não tem autoridade nenhuma fora da Bíblia. Não tenho autoridade além das
Escrituras; nenhum pregador tem.
A única autoridade que tenho é a Palavra de Deus.  Pregar presidindo, então, é pregar é a
Palavra de Deus.  Pregar a Palavra de Deus é pregar com autoridade.  Pregar com
autoridade é comandar.  Portanto, pregar é comandar. E é isso que os pregadores devem
fazer.
O texto de Tito 2.15, está falando sobre o mandato a todo pregador.  Nós pregamos com
autoridade.
Pela Escritura, ordenamos que os homens ouçam, acreditem e obedeçam. Essa é a nossa
autoridade e isto não pode ser desconsiderado.
Esta é a nossa autoridade e nossa única autoridade.  Vou dizer novamente: nossa única
autoridade; Não tenho autoridade além das Escrituras.
Eu posso ter algumas dicas práticas. Eu posso ter algumas boas idéias, nada mais. Eu não
tenho autoridade. Só posso falar por Deus quando falo Sua Palavra.

A FALSA AUTORIDADE DO PREGADOR.


Agora, alguns têm entendido mal e muitos tem deturpado esse ensino, indo  além dos
limites da autoridade bíblica.
E eles imaginam ter outro tipo de autoridade além das Escrituras, que é uma ilusão, se não
uma blasfêmia. Vejamos:
O poder pessoal.
Alguns homens pensam que têm em si mesmos, porque são pregadores, algum poder
messiânicoou apostólico, e que podem fazer o que Jesus fez, e podem fazer o que os
apóstolos fizeram.
Pessoas acreditam que tem autoridade pessoal sobre demônios e anjos, que estão sempre
debaixo de sua vontade pessoal, para provarem o grande poder que tem. Certamente isto
vai além das escrituras.
E você os ouve muitas vezes comandando Satanás, falando com demônios, exigindo que
ele faça isso ou aquilo ou fique longe ou vá embora ou se amarre.
E que podem curar todas as enfermidades, a hora que quiserem e é só liberar a palavra
profética,
Muitos querem demonstrar seu poder pessoal, exigindo direitos diante de Deus, e colidindo
com a vontade de Deus, obrigando-o a fazer o que querem, supondo ser isso melhor para
eles.
Eles estão comandando onde não têm autoridade. Eles estão comandando onde não têm
jurisdição alguma.
Isso deveria ter sido facilmente aparente por uma leitura muito superficial do Novo
Testamento. O poder para expulsar demônios, de curas e maravilhas, é do Espirito Santo e
feito no poder do Nome de Jesus.
Quem faz essas obras é o Espirito Santo, e nunca a autoridade pessoal de alguém. Jesus
disse que os sinais, seguem a pregação do evangelho, e nunca uma demonstração de
poder pessoal (Mc 15).
Isso acontece até mesmo para aqueles que tem dons miraculosos. Nem todo mundo que
ele ora será curado. Paulo era apostolo, mas deixou seu amigo Trófimo enfermo em mileto
(2 Tm 4.20).
Paulo ordenou a Timóteo que tomasse algum tipo de remédio (água misturada com vinho),
por causa de suas frequentes enfermidades (1 Tm 5,23)
Paulo ficou angustiado porque soube que “Epafrodito” estava doente …Com efeito,
adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas
também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).
Paulo orou por si mesmo três vezes, pedindo que algo que o fazia sofrer muito fosse
retirado dele, e Deus não atendeu sua vontade (2 Co 12).
Os apóstolos receberam poder para expulsar os demônios e voltaram felizes por isso, mas
tempos depois não puderam expulsar o demônio no corpo de uma criança (Lc 19).
Edward Irving, chamado o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving e usado
poderosamente nos dons de curas. E ainda bem jovem, contraiu pneumonia e logo morreu.
Deus pode usar alguém especificamente em um dom sobrenatural, ou milagres, mas isso
não o dá autoridade irrestrita a nada. Pois tudo depende da vontade soberana de Deus.
Ninguém tem autoridade apostólica, messiânica. Essa é uma ilusão de autoridade
apostólica.A única autoridade final, são as Escrituras.
A única autoridade que temos e a que os apóstolos tiveram é a Palavra de Deus A nossa
autoridade começa com o Gênesis e termina com o Apocalipse.
A autoridade da igreja.
Há um segundo erro na área de autoridade que prevalece hoje, e existe há séculos, e esse
é o poder da igreja – não apenas o poder pessoal, mas o poder da igreja.
Embora a igreja em autoridade nas questões espirituais, mas essa autoridade é limitada
aquilo que a Bíblia ensina.
Mas a igreja pode e já muitas vezes extrapolou essa autoridade; e isso foi danoso e
destrutivo. Fazendo exigências às pessoas que elas não têm o direito de fazer e dizer
coisas em nome de Deus que Deus não está dizendo nem apoiando.
A Igreja já tento, através dos séculos, dominar as almas dos homens, assumir autoridade
sobre nações, governos, até no mundo, e exercer essa autoridade.
Essa autoridade nunca foi limitada à Bíblia. Embora sempre se afirmou a crença na
autoridade da Palavra de Deus, mas não termina na bíblia. E isso foi feito tanto por
católicos como protestantes.
Muitos têm interpretações autorizadas da Bíblia feita pela igreja que julga um entendimento
adequado da Bíblia.
Essa autoridade vai além da Bíblia e está contida em certas, tradições; credos, confissões,
concílios; artigos de fé; ou magistério.
Na igreja católica, há um entendimento que o Papa é o sucessor de Pedro, e por isso tem
infalível. Todos esses pronunciamentos ex-catedra, são obrigatórios e autoritários como a
própria Palavra de Deus.
É aí que você obtém doutrinas como o purgatório, a adoração a maria e sua posição como
co-redentora. A adoração a santos e anjos.
A Igreja Católica Romana, então, aos seus próprios olhos é a autoridade final e tem todo o
direito de ordenar às pessoas que façam coisas que não estão nas Escrituras, que
acreditem nas coisas que não estão nas Escrituras, porque elas são a autoridade.
De fato, a Bíblia pode ser substituída pela igreja; Simplificando, a Palavra está sob a igreja
– a Palavra está sob a igreja.
A Igreja Ortodoxa Oriental, conhecida como Igreja Ortodoxa Russa, Igreja Oriental, Igreja
Ortodoxa Armênia – qualquer um dos ramos da Igreja Ortodoxa e outros – também
reivindica a mesma autoridade.
Eles alegam que a autoridade da igreja se estende além da Bíblia. Eles também têm um
magistério. Eles rejeitam o papado – é por isso que o Oriente e o Ocidente se separam;
isso e algumas das coisas envolvidas na adoração de ídolos.
A Igreja Oriental não tem ídolos. Eles têm fotos em vez de estátuas, esse tipo de coisa.
Mas a Igreja Oriental disse que a revelação de Deus ainda está sendo dada com
autoridade por meio de a igreja por meio de conselhos e pais da igreja.
Mais particularmente, eles disseram que ocorreram sete conselhos ecumênicos infalíveis :
o primeiro em Nicéia, em 325; o último em Nicéia novamente, em 787; e desses sete
conselhos infalíveis, vem a tradição, e a tradição é igualmente vinculativa.
Eles concordariam então com Roma que a igreja pode falar infalivelmente, não apenas das
Escrituras, mas também de seus próprios pronunciamentos, tradições e artigos de fé.  De
fato, eles, se alguma coisa, julgam a Bíblia.
O verdadeiro cristianismo sempre disse que a Palavra não está debaixo da igreja – a igreja
está debaixo da Palavra.  E não há autoridade além das páginas das Escrituras.
Deus é a autoridade final, e Deus revelou os mandamentos de Sua autoridade através da
revelação divina dos profetas e apóstolos que escreveram a Bíblia e agora declara que é
isso que deve ser pregado com autoridade.
É por isso que Paulo diz a Timóteo, 2 Timóteo 4: 2 , frase muito simples: “Pregue a
palavra”. Não há mais nada autoritário. A autoridade suprema é Deus.
Todos os mandamentos espirituais vinculativos vêm dele somente através das Escrituras,
não através de papas, conselhos, pais, credos, artigos e tradições.
Esse foi o próprio erro de Israel.  Jesus disse: “Você substituiu a tradição dos homens
pelos mandamentos de Deus”.
Portanto, a única palavra autorizada de Deus é a Bíblia.  E é isso que pregamos.  E quando
pregamos, mandamos. Nenhuma palavra fora da Bíblia tem autoridade no reino da alma.
Nenhuma palavra fora da Bíblia tem autoridade no reino da alma – nem os escritos de
Mary Baker (ciência cristã), Madame Blavatsky( Teosofismo), Charles Taze Russell
(Testemunhas de Jeová); Joseph Smith (mórmons),Ellen White (adventismo);  todos eles
não tem autoridade nenhuma.
Não é a palavra de qualquer homem hoje que declara que recebe revelação de Deus.
Ninguém, nenhuma palavra fora das Escrituras tem autoridade no reino da alma.
E Deus exigiu que somete Sua Palavra fosse ouvida, crida e obedecida, e essa é a tarefa
do pregador de trazer essa palavra para as pessoas, para que possam ouvi-la, crer e
obedecer.
E a Palavra de Deus diz claramente que, se você não fizer isso, haverá consequências
fatais e condenatórias. E para o cristão que não obedece, severo castigo.
Francamente, acredito que negar que as Escrituras são a única autoridade é uma forma de
blasfêmia.
A razão.
Há uma terceira área equivocada de suposta autoridade. Vamos chamá-lo de poder
racional.
E a razão é necessária, e a razão é adequada em todos os domínios da vida. Mas ouça
com atenção: o homem exaltou a razão, é claro, desde o Renascimento, o Iluminismo e
tudo isso.
Mas deixe-me dizer uma coisa: a razão – por mais boa que seja, por mais maravilhosa que
seja para descobrir coisas no mundo material – a razão não contribui para o
relacionamento com Deus.
Ouça, a razão pode fazer muitas coisas, mas não pode conhecer a Deus.  “O homem
natural não entende as coisas de Deus, nem as conhece.”
Deus não é conhecido pela razão. Ela sabe que ele existe, mas não pode conhecê-Lo (Rm
1).A razão é limitada, decaída, egoísta, egocêntrica, auto-justificativa, pecaminosa; e ela
lida apenas com as ideias e conceitos.
No entanto, muitos na modernidade imaginam ter alguma grande autoridade em sua mente
racional, sabedoria, em seu senso comum prático, em suas ideias sobre a vida humana,
em sua psicologia e filosofização, e imaginam algum grande poder para mudar a vida das
pessoas.
E talvez eles possam modificar seu comportamento por meio de técnica psicológica,
sabedoria humana e outros insight, mas não podem relacionar as pessoas com Deus
porque Deus é conhecido apenas por meio de Seu – O quê? – a palavra dele.
E todas as ideias humanas, por mais inteligentes que sejam, podem conceber Deus, mas
Deus é conhecido apenas por quem Ele é através da revelação de Si Mesmo em Sua
Palavra.
Além disso, a razão não pode eliminar o pecado, e o pecado sempre será a barreira para
conhecer a Deus.
Os sentimentos.
Outra área de autoridade equivocada também é que poderíamos chamar de poder
experiencial. Muitas pessoas dizem: “Eu sei que é verdade porque sinto que é verdade”.
Nada é verdade porque você sente que é. Sentir não é saber.  Eu posso sentir algo em
relação a alguém que eu não conheço.  Pode ser atração, ódio, animosidade.
Não há autoridade final na experiência.  Eu posso ter todos os tipos de experiências que
precisam ser explicadas basicamente pela minha razão decaída.
Não estou aqui para contar minhas experiências.  Não estou aqui para contar as coisas
que aconteceram na minha vida que me mostram tudo o que preciso saber sobre Deus
para que você possa conhecê-lo também.
Não estou aqui para lhe dar minha compreensão racional, minha sabedoria humana,
embora eu possa ter coletado algumas coisas bastante formidáveis.
Não estou aqui para lhe dizer que qualquer coisa que nossa igreja diz é autoritativa, e não
estou aqui para lhe dizer que tenho algum poder pessoal além das páginas das Escrituras. 
Todos esses são conceitos falsos de autoridade.
A igreja não tem autoridade em si mesma como organização.  Não tenho poder em mim
mesmo – sou um ser humano como você.  Eu não tenho mais poder sobrenatural do que
você pelo Espírito Santo que habita.
E não há autoridade na minha razão. E não há autoridade na minha experiência.   A única
autoridade que tenho é a Palavra de Deus, e quando falo; falo a Palavra de Deus.
Porque essa autoridade? Na natureza o poder de Deus, é um pode bruto, ele fala e as
coisas acontecem imediatamente.
Mas na pregação ele espera nossa aceitação, obediência e resposta aos Seus
mandamentos nas Escrituras.
III. O PAPEL DO PREGADOR.
Então, qual é o papel do pregador?  O que Paulo está dizendo a Tito?  Ele está dizendo:
“Tito, você deve pregar a autoridade que Deus lhe deu através da verdade.”
A Bíblia é o verdadeiro pregador.
E todo o papel do homem no púlpito ou na conversa de aconselhamento é simplesmente
deixar passagens dizem sua parte através dele, levando as pessoas a entende-la.
O trabalho mais difícil do pregador é deixar o texto falar, sem que ele atrapalhe ou
impeça.Essa é a minha tarefa principal, deixar o texto fluir através de mim, sem que seja
mudado sua essência.
Qual é a minha tarefa como pregador?  Sair do caminho para que a Palavra possa falar.  É
isso aí. Deixe a Palavra falar.  Pregar é dar voz a Deus para que Ele possa comandar Sua
igreja.
E somente quando o pregador está debaixo da Palavra, ele pode comandar qualquer
coisa.  E somente quando ele está fora do caminho, o comando vem com força divina e
não com a personalidade humana.
Paulo disse em 1 Coríntios 2: 4: “Minha mensagem e minha pregação não foram em
palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, que sua
fé não deve repousar na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”
O que as pessoas devem ouvir é a autoridade de Deus. Eles devem ser ordenados a
acreditar, ordenados a obedecer.
A única pregação que Deus deseja é autoritária.  A única pregação que Ele deseja é
comandar.  E isso só ocorre quando a Bíblia fala diretamente às almas dos homens e
quando o pregador sai do caminho e deixa a Palavra falar.
O desafio do pregador.
Porque há muito poucos pregadores expositivos. O problema é o pregador.  Ele é o
problema.  Temos que sair do caminho para que a Palavra possa falar.  Esse é o grande
desafio.
Minha idéia não é pegar todas as minhas habilidades e todos os meus talentos e ir a uma
passagem e descobrir uma mensagem inteligente.
Minha idéia é ir a uma passagem e cavar nessa passagem enquanto eu precisar cavar
nessa passagem até descobrir qual é a mensagem de Deus.
E então me afasto do caminho e deixo a Palavra de Deus falar.  Isso é pregar com
autoridade.  O maior obstáculo é o pregador.  Temos que tirar a nós mesmos e nossa
inteligência.
Há o perigo do da AUTO-PROJEÇAO, onde o pregado por causa de sua habilidade
focaliza a atenção em si mesmo.
Se ele não proclamar com humildade o texto, ele exclui toda possibilidade de canalizar
qualquer senso de autoridade divina.  O que ele não sente, não pode mediar para os
outros.
As pessoas não podem sair com a impressão de você é um grande pregador, mas que
Jesus é um grande Salvador. O mensageiro deve ser esquecido, mas a mensagem deve
ser lembrada. E esse tipo de pregação é raro.

IMPEDIMENTOS A PREGAÇÃO BÍBLICA.


Bem, por mais essencial que seja para a salvação dos perdidos, por mais essencial que
seja para a pureza e poder da igreja, esse tipo de pregação é raro.
Francamente, esse não é o tipo de pregação que as pessoas querem ouvir. E porque os
pregadores não são treinados para fazê-lo. As pessoas não entendem a pregação porque
as pessoas não gostam.
Isso por causa da espirito que opera no mundo, que criou clima anti-autoridade. Se há algo
que nossa cultura odeia, é uma autoridade.  Ninguém quer que alguém lhes diga para fazer
alguma coisa.
Nós gostamos de algo sensacional, e pregações tolerantes e edificantes, pregações
populares.  Mas não nos dê púlpitos fortes, autoritários, exigentes e exigentes que levem a
Palavra a pesar no coração. Nós não gostamos disso.
Agora eu tentei pensar em algumas razões.  Por que hoje é tão impopular pregar com
autoridade?  Por que as pessoas não querem ouvir isso? Deixe-me dar algumas razões
pelas quais pensei.
A má pregação.
Isso é muito comum, a maioria dos crentes nunca ouviram uma pregação realmente bíblica.
E quando é chocante.
E quando sua mente e sua consciência são atingidas e condenadas pelos golpes da
autoridade bíblica, isso parece cruel e impiedoso, estranho e estranho.
As pessoas querem algo que as interessam e que sejam psicologicamente estimuladas.
Não querem nada que parece julgadora, insensível, e que as confronte.
Baixa expectativa.
Há uma segunda razão, e isso seria baixa expectativa. Acho que as pessoas ouvem
pregações ruins há tanto tempo que esperam que seja ruim, e então elas não reconhecem
quando a pregação realmente e boa.
A baixa expectativa, impede o entendimento, não importa a quão bíblica seja a pregação.
Normalmente as pessoas dizem, não me lembro o que foi pregado, não tenho certeza de
entendi. Ou dizem foi realmente demais, mas elas não lembram do que foi exposto.
A superficialidade. As pessoas ouvem há tantos anos pregações superficiais, daquelas
que o pregador abre o texto e fala qualquer coisa espontânea e improvisada.
Ao ponto de as pessoas não terem mais apetite algum por pensamentos bem preparados,
profundos, desafiadores, ricos, perspicazes, provocativos e profundos.
Além disso, eles não têm nenhum referencial teológico para colocar alguma coisa. 
Portanto, se você lhes der uma mensagem sobre doutrina, elas não farão ideia do que seja
aquilo.
Elas não sabem o que fazer com o conhecimento doutrinário. Esse conhecimento não se
encaixa em suas categorias psicológicas, e portanto parece algo isolado e irrelevante.
O conforto da liturgia.
Uma quarta razão pela qual as pessoas na igreja nem gostam de pregar com autoridade é
que se sentem confortáveis com a liturgia.
A pregação é um componente menor, e eles entram na estrutura, seja uma liturgia da igreja
alta ou da igreja baixa.
Toda igreja tem um determinado formato, e as pessoas podem fluir através do formato, e é
um negócio fácil, e elas ouvem uma pequena mensagem em algum lugar ao longo da linha
– meio que se encaixa.
Mas se você estragar o formato e a liturgia com uma mensagem bíblica muito poderosa,
parece que está fora de sincronia com as coisas e não é natural para elas. Elas querem
uma igreja amigável.

A PREGAÇÃO E O ESPIRITO DA NOSSA ÉPOCA.


Mas, principalmente, acho que a razão pela qual as pessoas rejeitam a pregação
autorizada é que a igreja capturou o espírito da época.
A igreja quer tolerância, unidade e aceitação, poucas definitivas e nada autoritário, querem
inclusão e não exclusão.
E comandar as pessoas pode ser muito abusivo, pois se ordena as pessoas devem ouvir,
sem crer e obedecer não é algo popular e não é politicamente correto, não agrada o
mundo.
E toda a nossa sociedade é ANTI-AUTORIDADE. Toda a cultura rejeita a autoridade. 
Basta olhar para o que está acontecendo ao seu redor em nossa sociedade e veja se não
estamos à beira de uma anarquia.
Pessoas são exigentes. E elas não se importam com quem é a autoridade. Elas resistem e
rejeitam toda a autoridade, seja a escola ou a polícia, o governo, a igreja, o quem quer que
seja.
Por que temos uma mentalidade anti-autoridade?  Por que todo mundo quer fazer o que é
certo aos seus próprios olhos?  Por que ninguém quer que alguém lhe diga o que fazer?
Essa é natureza do pecado.
Essa é a natureza do pecado.  Pecado é rebelião.  É muito natural que o homem se rebele.
É natural que ele odeie toda autoridade, inclusive a autoridade do próprio Deus. Foi aí que
o pecado começou.
Foi Satanás que se rebelou contra a autoridade de Deus no céu. Foi Eva e Adão que se
rebelaram contra a autoridade de Deus na terra.  E a humanidade se rebelou desde então.
Temos um mundo cheio de rebeldes. Não se obedece a nada.
Leia Romanos 1 – é disso que se trata. É tudo sobre rebelião. Pecado é ilegalidade.  É
rebelião. Não há respeito no coração humano pela santidade de Deus. Não há respeito por
Sua lei. E não há respeito por Sua soberania.
A falta de absolutos morais. Como podemos exercer autoridade quando não sabemos
quais são as regras?
Veja bem, nós rejeitamos a Bíblia.  Então, qual é o padrão de autoridade?  Se eu disser
que ordeno que você faça isso, alguém dirá: “Com base no quê?  Quais regras? Que lei?
Que autoridade?
Não temos mais um padrão, então como podemos ter autoridade?  Como podemos
comandar quando não temos autoridade?
Hoje tudo o que as pessoas tem são opiniões ou pontos de vista, e a tolerância é aceitar
como verdade todos os pontos de vistas diferentes e conflitantes.
Então como pode haver alguma autoridade quando não há um padrão acordado?E nossa
sociedade, as únicas autoridades hoje reconhecidas como autoridades na área da alma do
homem são os psicólogos e os psiquiatras.
São as novas autoridades e não têm opinião sobre nada.  Eles não têm regras. Eles não
fazem julgamentos morais. Eles se envolvem numa assistência de auto-ajuda.
A falta de disciplina. Um terceiro colaborador da mentalidade anti-autoridade em nossa
sociedade é o fracasso dos pais em disciplinar seus filhos.
Temos uma geração inteira de jovens que cresceram sem ter noção do que significa
responder à autoridade.
E porque os dois pais estão trabalhando fora de casa, quando estão em casa, eles querem
minimizar o conflito, para que apenas cedam à criança.  Eles cedem a ele o tempo todo, e
assim ele nunca aprende autoridade.
Então você tem a separação da família; os divórcios; a imoralidade; o desvio sexual; o
fracasso, é claro, das crianças em respeitar os pais, que vivem assim; a falha dos pais em
ensinar respeito pela autoridade a seus filhos.
Então temos uma geração de jovens que crescem zangados, hostis, desobedientes, que
querem seu próprio caminho, que vão seguir seu próprio caminho, não importa o quê. E
isso está começando a contar em nossa sociedade.
A campanha da mídia. A mídia tem uma campanha para destruir toda autoridade, seja o
governo, polícia, seja qual for a autoridade ela é suspeita.
Você vê isso na Tv, nas séries, nos filmes, no cinema. Eles exaltam a vingança pessoal. O
herói tem o direito de fazer o que quiser.
Os criminosos são vítimas, que foram abusadas e por isso estão reagindo violentamente.
Porque há tanta violência, drogas e assassinatos?
A razão pela qual as pessoas agem assim é porque foram ensinadas a violar as regras e
as leis e pegar o que você puder pegar. Essa geração de jovens foi criada por uma mídia
anti-autoridade.
O fracasso dos líderes-modelos.
As pessoas querem alguém que seja modelo de virtude e que tenha caráter. Onde
encontrar isso?  No governo, no congresso, no senado, no supremo tribunal, nos
professores da escola. Sejam os pastores, onde muitos estão envolvidos em escândalos
imorais.
O humanismo.
O homem é o centro de tudo. A medida de todas as coisas. há uma superestimação de
direitos pessoais. Nossa sociedade está envolvida em um mar de liberdades pessoais.
Ficamos loucos com direitos iguais, direitos pessoais, direitos humanos. Todo mundo tem
direitos. A banalização da liberdade tem levado as pessoas e viverem cada vez mais
egoisticamente na libertinagem.
Todo mundo faz o que quer e todo mundo deve respeitar o estilo de vida dos outros,
aceitar as escolhas dos outros, não importa quais sejam essas escolhas, pois não há
padrão de certo e errado.
Até o Renascimento, quando tivemos o nascimento do humanismo, a Bíblia era
considerada por todo o mundo ocidental como a autoridade, e a Palavra de Deus e a lei
eram feitas de acordo com as Escrituras.
Depois veio o ILUMINISMO, depois o RENASCIMENTO, depois o RACIONALISMO e isso
mudou completamente os valores da sociedade.
O Renascimento e a Reforma aconteceram ao mesmo tempo. Somente aqueles que foram
influenciados pela fé dos reformadores, mantiveram os valores da Palavra de Deus como
absolutos.
A liberdade renascentista é bem expressada notipo de liberdade que levou à Revolução
Francesa onde eles disseram: “Não vamos deixar ninguém nos dizer o que fazer” e
iniciaram o massacre de milhares de pessoas.
A liberdade renascentista é a questão. Liberdade significa independência, e liberdade
significa igualdade para humanistas.
Essa ideia de liberdade e igualdade que se torna a base do COMUNISMO, que passa por
Rousseau e passa por Marx e Lenin.
A maneira comunista diz: “Oh, somos todos iguais; isso significa que todos devemos ter a
mesma coisa“.  Isso é comunismo, que no final se torna uma ditadura. O comunismo já
matou mais de 100 milhões de pessoas.
O CAPITALISMO seguiu o outro caminho, em direção à democracia.  E o que a
democracia disse basicamente era: somos todos iguais. Isso não significa que todos
devemos ter as mesmas coisas.
O que isso significa é que todos devemos ter as mesmas escolhas.  Todos devemos ter
nossa própria escolha.
Isso leva à DEMOCRACIA, onde todos recebem um voto igual, de diz: Eu tenho direitos
iguais aos seus direitos iguais.
Enquanto os valores da REFORMA, perdurou podíamos dizer: fazemos escolhas, mas há
uma lei que as governa”.
Mas agora assistimos à morte da fé na Reforma – tudo o que nos resta é a liberdade
renascentista.  E isso quer dizer que eu posso fazer o que quiser e ninguém vai me mandar
fazer nada.
Eu tenho direitos iguais aos seus direitos iguais. E a única moralidade são direitos iguais. E
a única imoralidade é privar do direito igual.
Isso é humanismo no seu melhor.  Essa é uma liberdade renascentista sem fé na Reforma.
E a Bíblia pode ser um livro bom, velho e interessante, com bela prosa e poesia e alguns
registros históricos sobre os judeus e alguns ensinamentos éticos, mas não me diga que
tem autoridade.  Nada tem autoridade sobre mim.
Eu tenho autoridade sobre mim e mais ninguém.   Mesmo a palavra autoridade não é
popular. Representa instituições para as pessoas.   Parece estrutura.  Parece leis.  Parece
moral.  Parece poder.
E isso soa como limites, restrições, controle. Até soa um pouco como medo e punição.   As
pessoas não querem isso. Eles querem liberdade, autonomia, autodeterminação.
Assim, o Renascimento levou a um orgulhoso sentimento de auto- suficiência do homem e
sua independência de tudo e de todos, até de Deus.
E o mundo ocidental foi moldado pelo Renascimento, e uma vez que abandonamos o que
restava da Reforma, vimos os resultados. As sementes foram semeadas mesmo na época
de Martinho Lutero.
Martinho Lutero reconheceu isso. Ele disse o seguinte: “As universidades são locais para o
treinamento de jovens nas modas da cultura grega, onde é praticada uma vida livre, onde
pouco se ensina sobre as Escrituras Sagradas e a fé cristã”.
Isso foi nos dias de Martinho Lutero. A tradição do Renascimento com o homem no centro
de todos, e não de Deus – rei da razão – o objetivo estava completo; e liberdade
inquestionável, independência – e isso agrediu a autoridade das escrituras.
O EU cria seu próprio mundo, disse Rousseau, Marx, Lenin. O colapso total da autoridade
na vida moderna decorre então desse tipo de humanismo. Todo mundo tem direito à
mesma coisa, disse o COMUNISTA.
Todo mundo tem direito a sua própria opinião, disseram os CAPITALISTAS.  E os dois
fizeram do homem a sua própria autoridade.

CONCLUSÃO: Tudo o que o homem faz não deve ser determinado pelo homem, mas por
Deus. Então, se os homens vão viver sob a autoridade de Deus, então quem lhes dará a
autoridade de Deus?  Esse é o papel do pregador; é disso que se trata.
Temos que falar com essa cultura. Eles podem não gostar, mas isso não muda o mandato.
Isso não altera o que fazemos. Isso apenas torna mais necessário. Por isso, estamos
sempre chorando: “Onde estão os homens que estão pregando a Palavra? 
Onde estão os pregadores em que você não consegue se lembrar tanto da personalidade
deles, mas com certeza não consegue esquecer da mensagem, que confrontou você e isto
trouxe arrependimento ao seu coração. Somos chamados a pregar uma Palavra
autorizada.  Somos chamados a ordenar que as pessoas ouçam, acreditem e obedeçam.
“Fale”, ele diz no versículo 15, “e depois exorte.”  O que isso significa?
Dirija-o para a vida com urgência, de modo que o agarre e o segure e ele se torne
convicção. E reprovação, o que isso significa?  Fale contra a desobediência para obrigá-los
a obedecê-la. E faça isso com toda a autoridade que você tem, porque é a voz de Deus
através da Sua Palavra revelada, e não deixe ninguém tentar contornar esse processo. 
Essa é a nossa tarefa – a autoridade do pregador.
William Barclay escreveu o seguinte: “Os olhos do pecador devem estar abertos ao seu
pecado.  A mente dos desorientados deve ser levada a perceber seu erro.  O coração dos
desatentos deve ser esfaqueado, completamente desperto.
A mensagem cristã não é um ópio para enviar. homens para dormir. Não é uma garantia
confortável de que tudo ficará bem.  É a luz ofuscante que mostra os homens como são e
Deus como Ele é”.
A pregação tem autoridade quando tanto sua substância quanto seu estilo proclamam de
maneira transparente a humildade dócil do próprio pregador diante da própria Bíblia e
diante do Deus trino, cuja Palavra é a Bíblia.
É como o próprio pregador está verdadeiramente está debaixo da autoridade de Deus e da
Bíblia, então ele terá autoridadecomo porta-voz de Deus.
São aqueles sob autoridade que têm autoridade.São aqueles cujo comportamento modela
a submissão às Escrituras e a dependência do Senhor da Palavra que mediam a
experiência da autoridade de Deus em sua pregação. E certamente isso é grandioso, esse
chamado sagrado. Isso me leva a dizer: “Ore pelo pregador”.

Sermão Nº 26 – Que tipo de cidadão o crente deve ser.


Referência: Tito 3:1-2.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 29/01/2020.

INTRODUÇÃO: Estamos sendo muito edificados expondo essa carta de Tito. Acredito que
entramos em uma das seções mais desafiadoras e relevantes desta breve epístola.
Ela trata da responsabilidade do cristão que vive numa sociedade pagã, e como deve agir
com seus deveres como cidadão e como se relacionar com as autoridades instituídas.
O Brasil é uma sociedade pagã. Nesses 520 anos de história nosso país vive nas mais
profundas e densas trevas espirituais.
Mesmo que hoje os evangélicos dizem ser 50% da população e as pessoas, gostarem de ir
aos cultos religiosos. Mas isso não tem melhorado a situação.
Os crentes dizem que acreditam em Deus, e vivem um tipo de ateísmo pratico, e na melhor
das hipóteses, eles têm uma MORALIDADE SITUACIONAL.
Na maioria das vezes, quaisquer vestígios da religião cristã ainda que permeiam nossa
cultura são fracos, comprometedores, se não céticos e apóstatas.
Alguns dizem que vivemos uma sociedade PÓS-CRISTÃ. Mas a verdade é que estamos
vivemos uma sociedade SUB-CRISTÃ, pois não estamos comprometidos com o que
realmente é o evangelho.
Nosso cristianismo se tornou vazio. Somos claramente pagãos, mas usamos a máscara da
religião.
Nossa nação está agora afirmando através de seus líderes, através de seus congressos,
seus órgãos legislativos, seus tribunais e seus juízes uma agenda distintamente
ANTICRISTÃ.
Qualquer coisa e tudo que é distintamente cristão está sendo varrida sob a égide de
direitos iguais, liberdade moral. E, como crentes, francamente, tendemos a nos ressentir
disso.
O cristianismo que outrora fez parte do tecido do movimento pentecostal e que que criou
alguns ADEREÇOS CULTURAIS para nos sustentar e nos dar uma moralidade bíblica e
algum padrão divino para julgar o comportamento agora se foi.
O cristianismo cultural, seja o que for, está morto. A moralidade bíblica é atacada
constantemente. A liberdade moral reina como se fosse Deus.
Materialismo, desagregação e familiar são epidêmicos. Os abortos continuam.Males
sexuais, drogas, crimes, educação pagã estão inundando nossa nação como as enchentes
que vimos nesses últimos dias.
E não temos conseguidos lidar e nem conter essa inundação do mal. Derrubamos todos os
padrões e removemos os limites antigos, e agora não conseguimos descobrir o que é
certo, por isso não sabemos o que ensinar a ninguém, por isso não podemos controlar o
comportamento nos primeiros anos da infância.
Agora, temos uma geração de pessoas que adotaram a agenda do mundo e estão sendo
guiados por ela.
Não temos padrões suficientes para controlá-los. Não temos policiais suficientes para
prendê-los. Não temos tribunais suficientes para processá-los. E não temos cadeias
suficientes para mantê-las.
Para aqueles de nós que assistimos ao grande REAVIVAMENTO dos anos 80 a noventa e
acredito que foi assim.
Pois vimos um tremendo mover do espirito no meio dos PENTECOSTAIS com milhões de
almas vindo a cristo, e muitos jovens se levantado para pregar um evangelho completo,
“Jesus, salva, batiza com Espirito Santo, cura e leva para o céu”.
Pensamos que tudo nos levaria a dias de glória e bênção. Vimos Bíblias sendo traduzidas
para que pudéssemos tê-las em uma tradução mais recente.
Vimosa proliferação de livros, editoras, fitas e músicas novas, e havia um vento definido do
Espírito de Deus soprando em nosso país. E aqueles foram dias maravilhosos.
Mas o renascimento dos anos oitenta e início dos anos noventa se transformou em
deboche no final dos anos noventa.
E a mudança é triste. E sentimos a tristeza. E depois de um tempo começamos a sentir
ressentimento. Não gostamos do que nosso o presidente está fazendo.
Não gostamos da agenda dele. Não gostamos das decisões dele. Não gostamos do que
nosso governador e até mesmo nosso prefeito estão dizendo sobre homossexualidade.
(embora temo uma trégua no governo de Bolsonaro).
Nós não gostamos do tipo de coisa que nossos senadores e congressistas estão fazendo.
Não estamos felizes com as decisões que estão tomando.
Somos repelidos pelos veredictos que estão sendo proferidos em tribunais que estão
inocentando os culpados e condenando os inocentes.
Eu deveria dizer, que sentenciam pessoas que não tinham a intenção infligir a lei e libertam
pessoas culpadas de coisas que julgamos hediondas.
Não estamos satisfeitos com a agenda até o fim, seja o ramo judicial, o legislativo ou o
executivo. Estamos cansados da evolução da liberdade a ponto de qualquer pessoa poder
fazer absolutamente qualquer coisa.
Ficamos irados porque a perversão é legalizada em nosso país e a vontade de Deus é
descaradamente rejeitada.
Uma coisa é pecar, outra é redefini-la como um comportamento humano aceitável.
E então ficamos ainda mais irritados quando eles decidem aumentar nossos impostos para
poderem financiar ainda mais essa agenda diabólica.
E tememos por nós mesmos, e principalmente por nossos filhos e por nossos netos.  E o
pior que sabemos ainda está por vir, e isso acontecerá nos filhos de nossos filhos.
E a pergunta que quero fazer para você esta noite é a seguinte: como devemos responder
agora a nossa sociedade? Como devemos reagir? O que é uma resposta cristã adequada
em uma cultura pagã?
Paulo responde a essa mesma pergunta em Tito 3: 1-2,  essa é precisamente a questão
aqui.
Tito, como você sabe, está na ilha de Creta. Ele está lá para ordenar as coisas que
permanecem nas igrejas. Havia pelo menos cem cidades nesta ilha. Não sabemos quantas
delas tinham igrejas, mas muitas.
Ele tem uma grande responsabilidade de colocar a igreja em ordem, de ordenar líderes
piedosos contra uma cultura muito corrupta.
Os cretenses inquestionavelmente, estavam envolvidos na idolatria e em todo o paganismo
existente que compunha o mundo grego e romano da época.
Tito então tinha essas igrejas como pequenos bolsões de justiça em um esgoto do
paganismo e precisava instruí-los sobre como reagir à cultura ao seu redor.

A CULTURA E O CRISTÃO.
Hoje ouço muita conversa sobre a igreja impactando a cultura. Editoras e autores famosos,
lançando livros relacionados ao confronto com a nossa cultura, afetando e impactando a
nossa cultura.
Mas, francamente, pessoal, esse não é nosso objetivo. Esse não é o nosso objetivo.
Parece um objetivo nobre, e tenho certeza de que há pessoas que podem ver certos
aspectos nobres, e pode haver alguns.
Mudando por dentro.
Nosso objetivo não é impactar nossa cultura, alterando seus valores morais. Nosso objetivo
não é impactar nossa cultura, criando valores tradicionais, valores familiares através de
legislação ou processo judicial.
Nosso objetivo não é garantir que o Brasil cumpra uma política nacional que se iguale à
MORALIDADE BÍBLICA. Esse não é o nosso objetivo. Não estamos envolvidos na
alteração da moralidade social.
Não estamos envolvidos na melhoria da conduta cultural. Estamos interessados em que as
pessoas sejam salvas. Essa é a nossa única agenda. Se vamos mudar nossa cultura,
vamos mudar de dentro para fora.
 
Você vê, a igreja tem uma MISSÃO; nós somos uma nação de sacerdotes. E um sacerdote
tinha uma função simples: levar as pessoas a Deus, conduzi-las à Sua presença. É a única
coisa que estamos no mundo a fazer.
Francamente, se as pessoas morrem em um governo COMUNISTA ou em uma
DEMOCRACIA, realmente não importa se elas acabam no inferno.
Se eles morrem sob um governo tirano ou um ditador benevolente, não importa se eles
acabam no inferno.
Se eles morrem acreditando que a homossexualidade está errada ou acreditando que a
homossexualidade está certa e acabam no inferno, não importa.
Se eles morrerem como um policial ou uma prostituta sem Cristo, eles vão acabar no
mesmo lugar. Se eles morrem moral ou imoral, não fará diferença em sua eternidade.
Se eles estavam de um lado da rua com o grupo de direitos PRÓ-ABORTO e gritavam por
legalizar e manter abortos legais, ou do outro lado da rua contra o aborto e gritavam para
parar a matança – se não conheciam a Cristo, vai acabar no mesmo lugar. Certo? Esse
não é o problema.
A questão é salvação; a questão é SALVAÇÃO. E a triste realidade é que, quando a igreja
se inclina moralizadora e politicamente, geralmente tem um impacto negativo em sua
missão de evangelização, porque torna as pessoas hostis ao sistema atual e elas se
tornam mais inimigas da sociedade do que compassivas.
Se vamos ver nossa nação transformada, isso deve ser feito de dentro para fora, essa é a
nossa agenda. E então estamos aqui para pregar a Cristo e “para não saber nada entre
vocês, exceto Cristo e Ele crucificado”.
Mostrando o poder transformador.
Por trás dessa pregação, porém, deve haver algum tipo de vida, algum tipo de vida que
torne nossa mensagem crível. É sobre isso que Paulo se dirige no capítulo 3.
Vamos ler o vv 1-2: “Lembre-os de estarem sujeitos a governantes, de autoridades, de
serem obedientes, de estarem prontos para toda boa ação, de não prejudicar ninguém, de
não serem descontentes, de serem gentis, mostrando toda consideração por todos os
homens.
Porque o apostolo Paulo, está dizendo isso?  Qual é o objetivo? È o mesmo objetivo de
toda essa carta!
Devemos viver de maneira a exaltar a Palavra de Deus, calar a boca doadversário e exibir
o poder salvador de Deus. Queremos que o mundo saiba que Deus é um Deus salvador,
que Deus transforma as pessoas.
E como podemos convencê-los disso? Mostrando a eles nossas vidas transformadas.
Certo? Devemos mostrar o poder salvador de Deus.
O Apostolo, Paulo, está dizendo que o Pastor, no caso aqui Tito, precisa instruir a igreja em
todas as coisas, sobre como se comportar entre eles mesmos e perante o mundo pagão.
E como nós nos comportamos juntos como cristãos dará um testemunho ao mundo da
salvação, poder transformador de Deus quando vivemos vidas santas, graciosas,
amorosas, sábias e bondosas ditas no capítulo 2.
A vida do cristão é uma espécie REALITY SHOW, sendo acompanhado 24 horas pelo
mundo pagão.
Isso fará com que a Palavra de Deus seja honrada.Isso vai silenciar os críticos e adornar a
doutrina de Deus como um Deus salvador – Aquele que pode transformar totalmente as
pessoas.
Então, no capítulo 3, ele se preocupa não com o modo como vivemos um no outro na
igreja, mas como vivemos na sociedade, como vivemos entre os não-cristãos, como
vivemos em nossa cultura.
Se quisermos manifestar o poder salvador de Deus, precisamos manifestá-lo em nossas
relações com os cristãos e com os não-cristãos.
E nunca é o momento mais crucial para um cuidadoso comportamento cristão do que
quando os crentes estão envolvidos na cultura pagã.
D.A Carson, não é feliz em colocar os cristãos primitivos contra a cultura, depois da
reforma amoldados na cultura, e agora ganhando a cultura.
A falácia do cristianismo cultural.
Nos dias de Paulo não havia cristianismo cultural. Não havia cristianismo até que ele fosse
introduzido. No mundo gentio, era apenas um paganismo flagrante e abrangente, com
todas as armadilhas de Satanás poderia.
Era total e exclusivamente, com exceção de alguns judeus, um sistema satânico.
Toda a religião existente, toda a ideologia, filosofia e pensamento existentes, toda a lei e
ordem existentes, todos os valores existentes, mais eram derivados de um sistema não-
cristão.
Era totalmente pagão até a chegada de Paulo. E o confronto foi tão grande que custou a
ele e a muitos outros a vida deles.
Paulo sabia como era viver em uma cultura completamente pagã – muito mais pagã do que
experimentamos, porque em nosso país há uma grande força de pessoas verdadeiramente
regeneradas.
E ele sabia o que era estar em um mundo de desigualdade e escravidão abusivas e
mortais. Ele sabia o que era ser uma cultura de tiranos, pequenos ditadores que eram
assassinos.
Ele sabia o que era estar sob liderança abusiva. Ele sabia o que era ver uma sociedade
envolvida até os ouvidos em perversão sexual, o colapso da família.
Lemos em alguns documentos antigos sobre pessoas que tinham 26 e 27 esposas e / ou
maridos, dependendo da situação.
O mundo estava literalmente inundado de ídolos, deuses mesquinhos. As pessoas eram
pesadamente tributadas e os cobradores de impostos eram corruptos que aceitavam o que
não lhes era justo. Se alguém reclamassem, eles tirariam a vida assim que olhassem para
eles.
E o mundo estava cheio de terroristas, pessoas que andavam por aí executando aqueles
que haviam feito algo contra eles.
Mesmo no mundo judaico havia os zelotes, os sicários, os caras que carregavam os
punhais e chegaram atrás das autoridades de Israel e os esfaquearam até a morte – o
terrorismo estava por toda parte.
Era um mundo feio. E Paulo nunca, em nenhuma de suas cartas, diz: “Agora, senhoras e
senhores, precisamos moralizar nossa cultura pagã. Precisamos impactar nossa cultura de
alguma forma”.
Não, tudo o que ele disse foi: “PRECISAMOS EVANGELIZAR”. E ele não estava pedindo
nenhum tipo de PROTESTO ou PASSEATA.
Ele não estava pedindo nenhum tipo de disputa ou qualquer tipo de guerra contra a
mentalidade existente.
Ele estava pedindo a pregação do evangelho que transforma a vida. Mas não era apenas a
pregação. Foi a forma como os crentes viviam dentro e fora da igreja que deu a plataforma
que tornou a mensagem pregada crível.
Veja bem, o que Deus havia feito pelos cristãos em Creta, Ele também queria fazer por
muitas outras pessoas.
E a conduta dos crentes era crucial para aquele trabalho salvador, para aquele
empreendimento salvador.
A necessidade de lembrar
Agora, primeiro, vejamos o versículo 1. Ele diz apenas duas palavras: “Lembre-os”. E quero
dizer a você que ele está simplesmente dizendo que isso não é novidade.
Obviamente, ele havia ensinado isso no passado. Certamente as pessoas sabiam as
responsabilidades que tinham por viver em uma cultura pagã, mas precisavam ser
lembradas.
E esse é um dever que pertence a todos que estão atrás desse púlpito sagrado por assim
dizer, e que proclama a verdade ao rebanho de Deus.
Estamos basicamente aqui para lembrá-lo do que você sabe. O imperativo atual significa
que é um dever regular, contínuo e contínuo de lembrá-los.
E ele quer lembrá-los da necessidade de se comportar em uma sociedade pagã.
Agora, o que ele faz nesses oito versículos é resumir pedindo que lembrem de quatro
realidades, quatro grandes realidades. É maravilhosamente organizado em torno dessas
realidades.
Primeiro, lembre-se do seu dever (1-2). Segundo, lembre-se de sua condição anterior (3-4).
Terceiro, lembre-se da sua salvação(4-7). E quartolembre-se de sua missão(v.8).
E se você mantiver essas coisas em mente, elas se tornarão a motivação para viver
excelentemente em um mundo pagão.
Eu gostaria de poder dar todos eles a você esta noite, as veremos isso nas próximas
exposições.
a) Lembre-se do seu dever.
Qual é o nosso dever? Nós podemos ficar irados. Podemos ficar desapontados. Podemos
ficar com raiva ao ver os vestígios da influência cristã morrerem.
Podemos ficar com raiva do que vemos acontecendo nos tribunais, nos congressos e nos
escritórios executivos de nossa terra.
Qual é a nossa resposta? Podemos não concordar com as decisões que eles estão
tomando.
Aqui está o que ele diz: “Lembre-os de estarem sujeitos a governantes, a autoridades, a
serem obedientes, a estarem prontos para toda boa ação, a não prejudicar ninguém, a
serem descontentes, gentis, mostrando toda consideração por todos os homens”.
Agora ouça isso. Não importa se seu governante é César, Herodes, Pilatos, Felix, Festo,
Agripa, Stalin, Hitler, Lula, Dilma, Bolsonaro – não importa quem seja. Ele diz: “seja
sujeito”. “Você os ensina a ser sujeito”.
Governantes eram tiranos. Eles não tinham integridade. Eles eram assassinos. Eles não
eram nobres. Os governos fizeram leis, e talvez todas as leis não fossem justas.
Mas ele diz: “Você deve estar sujeito aos governantes, e autoridades”. Ele está reiterando
um princípio bíblico muito, muito comum.
Em Mateus 22, os fariseus estavam sempre tentando prender Jesus. Eles querem prendê-
lo publicamente porque queriam desacreditá-lo publicamente e virar contra ele algum
elemento da população.
Então, eles enviaram discípulos a Ele, juntamente com os herodianos, e disseram no
versículo 16:
“Mestre, sabemos que você é verdadeiro e ensina o caminho de Deus em verdade, e não
se importa com ninguém; pois você não é parcial a qualquer “. E isso foi muita lisonja
pecaminosa. “Diga-nos, portanto, o que você acha? É lícito dar uma cota a César ou não?”
 
Agora, o que eles estão tentando fazer é fazê-lo dizer que é ou não é. Se Ele diz que é
lícito, todos os judeus vão odiá-lo porque odeiam César, odeiam o imposto de renda,
odeiam toda a idéia de estar em um país ocupado governado por um bando de pagãos.
Se, por outro lado, Ele concorda com os judeus e diz que não, não é correto, não é lícito
que se pague impostos a César, ele estará cometendo um crime contra os romanos
De uma maneira ou de outra, eles irai conseguir algo para incriminar a Jesus. Mas Jesus
percebeu a má intenção deles e disse:
“‘Por que você está me testando, seus hipócritas? Mostre-me a moeda usada para o
imposto de renda. Eles lhe trouxeram um denário. Disse-lhes: De quem é essa semelhança
e inscrição? Disseram-lhe: César. ”
Eles odiavam usar essas moedas porque qualquer coisa com uma imagem nela constituía
– O quê? – um ídolo. E eles odiavam isso. E, claro, César era um deus. E isso era idolatria
para eles.
Eles odiavam não apenas a idéia de tributação, mas odiavam a idéia da idolatria inerente a
ela – uma imagem esculpida feita após um deus.
Foi uma violação do primeiro mandamento. Mas Jesus era tão sábio. “Ele lhes disse:
‘Então entregue a César as coisas que são de César; e a Deus as coisas que são de Deus.
E ele confirmou ambas. Ele disse por um lado: “Pague seu imposto. Por outro lado, isso
não tem nada a ver com Deus. “Você deve dar a Deus o que é de Deus.”
O ponto para nós hoje é: Jesus pagou seu imposto, mesmo com a idolatria inerente. Ele
disse: “Pague seu imposto”. O que eles estavam fazendo com esse imposto?
Coisas que certamente Jesus não estava satisfeito. Mas o impulso geral do governo
sempre é positivo, e os cristãos devem se submeter a ele.
A razão da obediência.
Vá a Romanos 13, e aqui você tem a declaração mais abrangente sobre isso do apóstolo
Paulo – os primeiros versículos do capítulo 13. Versículo 1: “Toda pessoa esteja sujeita às
autoridades governamentais”.
Isso é apenas uma afirmação geral pura e simples. Todo mundo está sujeito. Não importa
se é uma democracia ou uma forma de governo comunista.
Não importa se é uma MONARQUIA ou se é uma DITADURA, você está sujeito – bom,
ruim, seja qual for a forma – você está sujeito às autoridades governamentais.
Então ele lhe dá sete razões pelas quais.
Razão número um: o governo é designado por Deus. “Não há autoridade, exceto de Deus,
e aqueles que existem são estabelecidos por Deus.”
Deus projetou o governo humano. Ele o projetou para existir de várias formas, e existe por
causa de Seu design para o controle da vida humana. Então envie. Deus o projetou.
Razão número dois: resistir é resistir a Deus. Versículo 2: “Aquele que resiste à autoridade
se opõe à ordenança de Deus”.
Razão número três: os resistentes serão punidos. Fim do versículo 2: “Os que se opõem
receberão condenação sobre si mesmos.”
Então você se submete ao governo. Por quê? Foi projetado por Deus. Resistir é resistir a
Deus, e resistentes serão punidos.
Razão número quatro: o governo foi projetado para conter o mal. (v. 3) : “Os governantes
não são motivo de medo do bom comportamento, mas do mal. Você não quer ter medo da
autoridade? Faça o que é bom e receberá elogios do mesmo“.
Em outras palavras, o governo é projetado para conter o mal.
Razão número cinco: ele foi projetado para promover o bem. Versículo 4: “É um ministro de
Deus para você para o bem. Se você faz o que é mau, tenha medo.”
Razão número seis: o governo está autorizado a punir. “É um ministro de Deus, um
vingador que causa ira sobre quem pratica o mal.” E é por isso que “não leva a espada por
nada”.
Deus concedeu o direito à pena de morte. É isso que significa carregar a espada. Deus até
deu ao governo o direito de tirar uma vida.
Razão número sete:submeta-se ao governo por causa da consciência”, não apenas porque
você teme a ira que virá se desobedecer, mas por causa da consciência; porque está certo.
Então, submeta-se ao governo. Por quê? É projetado por Deus; resistir é resistir a Deus.
Os resistentes serão punidos. O governo é projetado para restringir o mal e promover o
bem. Os governantes têm o poder de punir e fazê-lo por causa da consciência.
Então a soma disso, versículos 6 e 7, “Então pague seus impostos“, diz o versículo 6, “pois
os governantes são servos de Deus, dedicando-se a isso mesmo”.
E então o versículo 7, “Prestar a todos o que é devido, tributar a quem é devido, costume a
quem costume, medo a quem temer, honra a quem honra”.
O proposito evangelístico.
O ponto principal é: Deus colocou o governo no lugar e você deve se submeter a ele. Aqui
em romanos ele dá as razões para obedecer e em Tito não.
A única razão pela qual ele não dá é o motivo evangelístico; para que possamos viver e
demonstrar que este mundo não é um problema para nós.
Qual a diferença de quanto pagamos impostos? Essa não é a nossa preocupação. Não é
nossa preocupação nos preocupar com legislação. Não é nossa preocupação ficar
preocupado com o que o presidente faz.
É nossa preocupação viver uma vida santa e chamar as pessoas para Cristo. E a nossa
cidadania está em outro mundo. Somos apenas estranhos e alienígenas aqui.
Faremos o que for solicitado para não estragar nosso testemunho, porque esse é o
problema maior e convincente.
Primeiro Pedro 2 acrescenta a nota muito importante do evangelismo. Em 1 Pedro 2, o
versículo 9, diz:
“Somos uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa” e devemos “proclamar
as excelências daquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”.
Em outras palavras, “o que somos” é para demonstrar como é a salvação. Devemos
mostrar às pessoas o que é uma pessoa salva. Como fazemos isso? Pedro continua no
Versículo 12, “Mantenha seu comportamento excelente entre os pagãos”.
O que você quer dizer com isso? Versículo 13: “Submeta-se, por amor do Senhor, a toda
instituição humana, seja a um rei como alguém em autoridade, ou a governadores
enviados por ele para punir os malfeitores e louvar os que fazem o que é certo.
Essa é a vontade de Deus de que, fazendo o certo, você possa silenciar a ignorância de
homens tolos. “Honre a todos os homens”, versículo 17,“ame os irmãos, tema a Deus,
honre o rei”. Como você vive em uma cultura pagã écrucial para proclamar as excelências
de quem o salvou, para demonstrar sua vida transformada – esse é o problema.
Agora isso nos leva de volta a Tito novamente. O apóstolo Paulo está dizendo que você
precisa estar sujeito a governantes e autoridades por razões evangelísticas.
6) A razão para desobedecer.
No final do versículo 8, “Isso é bom e proveitoso para todos os homens”.
Então ele diz que você precisa ser obediente, versículo 1, para ser obediente. O segundo:
você deve obedecer ao que eles dizem. Você diz: “Nós devemos desobedecer?” Sim.
Há uma ocasião em que desobedecemos, é quando eles nos pedem para fazer o que a
Bíblia nos proíbe de fazer, ou quando eles nos pedem para não fazer o que a Bíblia nos
ordena que façamos.
E a melhor ilustração disso, como você sabe, está em Atos, capítulo 4. Eles disseram aos
apóstolos para não pregar. Você se lembra que eles os convocaram em Atos 4:18, ordenou
que não falassem ou ensinassem.
Pedro e João disseram-lhes: “Se é correto aos olhos de Deus dar ouvidos a vocês, e não a
Deus, vocês julgam isso”. Você julga se obedecemos a você ou a Deus. “Pois não
podemos parar de falar”, disseram eles.
No capítulo 5, eles os açoitaram, chicotearam, versículo 40, ordenaram que não falassem
mais.
Eles partiram da presença do conselho regozijando-se por serem considerados dignos de
sofrer e, versículo 42, “todos os dias, no templo, de casa em casa, continuavam ensinando,
pregando Jesus como Cristo”.
Chega um momento em que o estado se volta contra a igreja e diz à igreja para não fazer o
que Deus mandou fazer. Então temos que obedecer a Deus e sofrer a consequência, seja
prisão ou morte.
O imperador Juliano, obrigou os crentes a adorar os deuses romanos e eles não
obedeceram, depois ele o convocou para a guerra, e então eles tomaram a primeiras
fileiras.
A única vez que desobedecemos é quando somos ordenados pelas Escrituras a fazer algo
que somos proibidos de fazer, ou não fazer algo que estamos sendo compelidos a fazer.
Nós somos obedientes. Então ele diz, no final do versículo 1, “Lembre-os de … estarem
prontos para toda boa ação”. Isso é tão bom. “Lembre-os de … estarem prontos para toda
boa ação.”
Isso é uma bondade agressiva que não é relutante, em pagar imposto ou cumprir outra
ordenança civil.
A palavra “pronto” significa “ansioso, ansioso por fazer todas as boas ações concebíveis”.
Aborde a vida por mais volátil que a cultura seja contra o cristianismo, por mais pagã que
seja até o âmago, como envolvida em idolatria e pecado.
Buscamos agressivamente tudo de bom, como em Gálatas 6:10 diz: “Estamos fazendo o
bem a todos os homens, especialmente aos da família da fé”.
A propósito, isso está em contraste direto com o comportamento de falsos professores.
Relembre o capítulo 1, versículo 16. Lembre-se da descrição de falsos mestres. Eles
são “detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação.”
Uma das coisas, que diferencia os crentes dos falsos mestres e seus seguidores é a
BONDADE ANSIOSA na vida dos crentes que demonstra TRANSFORMAÇÃO; isso
demonstra novo nascimento, salvação, a vida de Deus, o poder do Espírito, a justiça, a
virtude. Devemos ser conhecidos na sociedade por nossa bondade, ou seja, uma “bondade
agressiva”.

O CIDADÃO CRISTÃO.
Então, no versículo 2, ele segue em sua lista de sete virtudes, que caracterizam a
cidadania dos crentes.
Os crentes não devem falar mal das autoridades.
“Não maldizer ninguém”. O verbo blasphēmeō do qual obtemos a palavra
blasfema.Significa “caluniar”, “falar mal” ou “tratar com desprezo”.
Precisamos enfrentar o pecado. Nós podemos enfrentar o pecado. Podemos enfrentar o
pecador por causa do pecado dele. Devemos chamar os pecadores ao arrependimento,
mas não nos inclinamos à blasfêmia, calúnia, maldição e fala com desprezo das pessoas.
Não aprecio isso quando o povo cristão, principalmente pastores que fazem isso com
relação aos governantes. Essa não é a abordagem cristã.
Podemos não gostar do que eles fazem, mas devemos lembrar, pessoal, a condição em
que estão. Esquecemos que eles estão cegos em suas mentes pelo deus deste mundo?
De que outra forma você espera que pessoas não convertidas ajam do que como pessoas
não convertidas?
E como as pessoas não convertidas agem? Eles agem sob a influência de Satanás e seu
sistema atual, e estão apenas cumprindo a única agenda que podem compreender.
Veja 1 Timóteo 2:1. Aqui estava Timóteo em Éfeso, outra cidade corrupta e idólatra.
Paulo diz a Timóteo: “Quero insistir para que sejam feitas súplicas, orações, petições e
ações de graças em nome de todos os homens, dos reis e de todos os que têm autoridade,
para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica com toda a piedade e dignidade “.
Escute isso. Devemos ser “tranquilos”. Isso é “pacífico, quieto, piedoso, digno”. E qual é a
nossa atitude em relação ao presidente, ao congresso e aos juízes – os reis e todos os que
têm autoridade? Oramos por eles. É isso que Deus quer que façamos, oremos por eles –
constantemente fazendo “petições, orações, pedidos” por aqueles que têm autoridade de
que Deus operará em suas vidas, que Deus os salvará. Por quê? Por que nos versículos 3-
5 diz que ele é um Deus salvador, que enviouJesus Cristo para prover salvação. Deus quer
salvar, e queremos orar por sua salvação. Não os difamar; ore por sua salvação.
Os crentes não se opõem as autoridades.
Então ele diz a Tito outra coisa interessante – que os cristãos são “a ser incontestável”, (gr
“amachos), “Não brigando”, “se opondo”.
Os crentes não devem ser brigões, devemos ser pacíficos, amigáveis, não brigar com o
governo, não se opor aos seus líderes.
Não devemos ser combativos, grevistas, partidários (a igreja é apartidária). Essa não é a
agenda para nós. Nós nem somos deste mundo. Este não é o nosso país, em certo
sentido. Estamos aqui de passagem. Tão fácil ser contencioso, hostil e zangado com o que
acontece na cultura pagã em que vivemos, e especialmente se isso aumenta nossos
impostos ou se muda nossa vizinhança, nossa cultura ou o que quer que seja – ficamos
zangados com isso.
Não gostamos de ver Deus ser insultado e Satanás exaltado. Mas não devemos ser
contenciosos, manifestantes, não devemos lutar. Este é um mundo passageiro para nós.
Tudo o que podemos fazer é chegar à medida que avançamos.
Os crentes devem ser atenciosos com as autoridades. Então ele diz que devemos ser
“gentis”. É uma palavra bonita, epieikēs . Significa “ser razoável e tolerante”.
Acho que o sinônimo mais simples é “gentil, atencioso com a fraqueza humana” – muito
paciente com os pecadores.
Um escritor diz: “doce razoabilidade” – não é tolo, não é argumentativo, não é zangado,
não é hostil, docemente razoável, graciosamente gentil.Receber com alegria sem
agressividade e resistência e desconfiança.
Os crentes devem mostrar consideração pelas autoridades.
E então ele termina no versículo 2 com o último dos sete, “mostrando toda consideração”,
“mostrando toda consideração”; essa é a palavra “mansidão” nas bem-aventuranças,
Mateus 5: 5 – prautēs, “mansidão”.
Somos mansos. Isso é “poder sob controle”, você se lembrará. Nunca reivindicar os direitos
de alguém é o que isso significa. Nunca lutando pelos seus direitos. Os cristãos não fazem
isso.Não estamos brigando por nossos direitos. Não temos nenhuma agenda política. Não
temos nenhuma agenda legislativa. Não estamos buscando nenhum direito. Não queremos
nenhum direito específico com essa sociedade.
Apenas viveremos por Cristo, aconteça o que acontecer. Refere-se à confiança do paciente
– em Deus. Nós entregamos nossas vidas a Ele.
2 Timóteo 2. diz que, se vivermos assim – mansamente, gentilmente – Deus pode nos usar
para levar as pessoas ao arrependimento e ao conhecimento da verdade (2 Timóteo 2:25).
Veja bem, tudo o que fazemos tem um objetivo evangelístico. Vamos demonstrar salvação,
porque somente pessoas transformadas podem agir assim.
Os crentes devem agir com imparcialidade.
E então ele termina no versículo 2, dizendo: “para todos os homens”, “para todos os
homens”. Você precisa fazer isso antes de todos. Essa pequena frase é muito importante.
Aparece várias vezes em 1 Timóteo: 1 Tm2:1  – Por que ele diz “para todos os homens”?
Por que ele joga isso lá? Porque “todos os homens” se tornou um termo importante na
mente “ARMINIANA” de Paulo.
Ele diz “Orações”, o final do versículo 1, “deve ser feito em nome de todos os homens”.
Por quê? Versículo 4, “Porque Deus deseja que todos os homens sejam” – O que? –
“salvo”. Versículo 6, “Cristo Jesus, que se entregou como resgate por todos”.
Isso é muito “ARMÍNIANO”; Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”. E então ele
diz aos crentes: “Viva assim sua vida para que todos os homens vejam.”
Isso é consoante com Deus, 1 Timóteo 4:10 diz: “Deus é o Salvador de todos os homens“.
Todos os homens precisam ver nosso testemunho. Eles precisam ver a transformação.
Tito 2:11 : “A graça de Deus apareceu, trazendo salvação a todos os homens“. Veja, ele
repete essa frase de novo e de novo e de novo.
Deus ama todos os homens. Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”, diz ele.
Deus quer que você ore por todos os homens.
“A graça de Deus apareceu … a todos os homens.” Você vive sua vida diante de todos os
homens, para que eles possam ver a transformação. Somente os cristãos podem viver
assim. Esse é o nosso dever. É assim que temos que viver.

CONCLUSÃO: Pai, obrigado por nosso tempo nesta manhã em Sua Palavra. Queremos
ser o seu povo. Queremos viver para a sua glória. Queremos exaltá-lo. Queremos adornar
a doutrina de Deus, nosso Salvador. Queremos que o mundo saiba que Tu és Deus
salvador, porque eles podem ver pessoas salvas, pessoas transformadas.
Ajude-nos a viver assim, não apenas na igreja, mas no mundo pagão, de maneira que eles
vejam que somos diferentes. Que sejamos submissos, obedientes, gentis, atenciosos,
ansiosos para fazer o que é bom.
Ajuda-nos a sermos mais transcendentes, vivendo mais desligados das coisas que
acontece nessa vida, pois não somos daqui. Nós apenas queremos reunir almas para o
mundo vindouro.
Senhor Deus, que o mundo que assiste e veja pessoas transformadas – e acredite em Seu
poder transformador. Como o Senhor nos salvou. Usa-nos para trazer muitos mais para a
mesma salvação. Amém.
Sermão Nº 27 – Eu era assim.
Referência: Tito 3:3.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 05/02/2020

INTRODUÇÃO
Não podemos perder de vista, que as igrejas do Novo Testamento eram pequenas ilhas em
um mar de paganismo, numa cultura absolutamente pagã.
O mundo gentio não sabia nada sobre a Bíblia. Não sabia nada sobre moralidade bíblica.
Não sabia nada sobre valores cristãos.
Não sabia nada sobre um senso divino de misericórdia ou justiça. Não sabia nada sobre
um entendimento adequado da liberdade dentro da estrutura do código moral. Era pura,
total e abrangente e totalmente pagão.
Essas igrejas nasceram, numa cultura sem influência cristã. Não havia cristianismo cultural.
Não houve influência cristã no comportamento social ou nos sistemas de crenças.
O mundo gentio estava literalmente envolvido em idolatria, tudo isso projetado por Satanás.
Suas culturas eram totalmente controladas por uma agenda satânica elaborada por seres
humanos total e totalmente depravados envolvidos na adoração de demônios.
Portanto, as igrejas estavam em oposição direta e contrastam com tudo dentro da estrutura
da vida cultural.
Hoje muitos teólogos dizem que os cristãos primitivos deveriam ter feito de tudo para
impactar a cultura com uma agenda cristã.
Que adotasse um sistema de valores bíblicos, para que as nações adotassem esse código
moral. No entanto a igreja primitiva nunca fez nada disso.
Eles não estavam tentando influenciar a cultura e nem a política. A igreja primitiva existia
para fazer uma única coisa; alcançar as pessoas perdidas com o evangelho.
Esse foi o começo e o fim de seu propósito, e esse ainda é o propósito da igreja. Esse
ainda é nosso único objetivo. É por isso que estamos no mundo.
É muito agradável viver no mundo ocidental, como o brasil que teve um influencia cristã.
Este não é o caso em outras partes do mundo. Onde os missionários estão lá a décadas,
mas não existe nenhum elemento do cristianismo na visão legislativa, judicial, educacional
ou política.
Não é necessariamente importante que a igreja tenha algum impacto em sua cultura para
torná-la superficialmente cristã. Esse não é o nosso objetivo. Essa não é a nossa
AGENDA. Esse não é o nosso propósito.
Tem sido agradável viver numa cultura influenciada pelo cristianismo, mas isso está
mudando completamente e muito rapidamente. Nossa nação tem abandonado os
princípios cristãos e isto tem nos deixado completamente tristes e zangados.
Muitos estão reagindo com ódio contra essa mudança, dizendo que os cristãos tem que
protestar e buscar seus direitos.
Declarando guerra a uma cultura pagã e atacando a mídia e o sistema mundano, tentando-
os forçar à uma moralidade bíblica. Muitos cristãos tem lutado para tentar ganhar a cultura.
Embora isso pareça muito nobre, mas no fim isso torna as pessoas alienadas da realidade
e presas a assuntos que não são centrais a nossa mensagem.
A razão por trás disso tudo é o medo. Medo perder nossos filhos, medo de perder a
liberdade, medo da perseguição, medo de se sentir diferente, medo do confronto da
verdade.
Uma fé politizada não apenas atrapalha nossas prioridades, mas enfraquece nossas
lealdades. Se consumirmos tempo, dinheiro e energia nisso, ficaremos frustrados, e
perderemos nosso alvo principal, ganhar as pessoas para Cristo.
E certamente não podemos ficar tão envolvidos nisso, pois nos tornamos inimigos das
mesmas pessoas que procuramos ganhar para Cristo.
Tudo o que a igreja faz tem esse único objetivo, levar as pessoas a Cristo.
Paulo não está preocupado em tentar moralizar o comportamento cultural, mas demonstrar
à sociedade que Deus salva as pessoas do pecado. E que a principal maneira de fazer isso
era demonstrar uma vida salva.
Logo a questão da evangelização não é esperteza e artimanha. Não é entretenimento. Não
é estratégia de marketing.
As pessoas são salvas porque um Deus soberano as redime ao ouvir um poderoso
testemunho do evangelho. É assim que a salvação funciona. Não é uma questão de
artifício ou técnica ou qualquer outra coisa engenhosa.
A maioria das igrejas pensa que é assim que você alcança o mundo. Paulo está dizendo
que a maneira como você alcança o mundo é demonstrar como é uma pessoa salva.
E isso é extraordinariamente maravilhoso, emocionante e único, é alto tão convincente, que
as pessoas descobrem, que se Deus as salvar, ele fará da mesma maneira que salvou
aquele cuja vida eles viram.
E assim, nesta maravilhosa e pequena epístola, Paulo está chamando Tito para garantir
que a igreja esteja em posição de fazer isso.
No capítulo 1, ele diz que você precisa ter a liderança certa.Obviamente, se as pessoas
têm uma vida piedosa, é preciso ter líderes piedosos.
Então ele lhes dá todas as qualificações para líderes piedosos, começando lá no versículo
5 a 9 – ordenando o tipo certo de presbíteros anciãos.
Esses que são líderes piedosos liderando na proclamação da verdade, e as pessoas
seguem eles.
Em contraste com isso, você tem os falsos mestres nos versículos 10-16, a doutrina deles
está errada e a vida deles é “detestável, desobediente e sem valor”. Eles são “rebeldes …
faladores vazios.
Agora, qual é o caráter dos crentes verdadeiros? O capítulo 2 conta como os cristãos
devem viver na igreja. Capítulo 3, como eles devem viver no mundo.
No capítulo 2, ele diz que homens mais velhos devem viver de uma certa maneira, homens
mais jovens, mulheres mais velhas, mulheres mais jovens, escravos.
No versículo 5 ele diz que – todo mundo deve viver de uma certa maneira para colocar o
poder salvador de Deus em exibição, para que “a palavra de Deus não seja desonrada.”
O versículo 8, para silenciar o adversário e os oponentes que querem criticar sua fé.
E no versículo 10 ele diz:“para adornar a doutrina de Deus como Deus salvador em todos
os aspectos”.
Como o cristão vive uma vida santa na igreja, como a vida da igreja é pura, santa e
imaculada e tudo o que Deus deseja que ela seja, então o mundo que vê vidas
transformadas.
E desde o final do capítulo 2 diz que Deus é um Deus salvador e traz “salvação a todos os
homens. Então ele entra no capítulo 3, e diz aqui que também é importante não apenas
como você vive na igreja, mas como você vive no mundo.
E você se lembra dos versículos 1 e 2, nós os estudamos na semana passada.
Ele diz que você os lembra: “esteja sujeito a governantes, a autoridades, seja obediente,
esteja pronto para toda boa ação, não ofenda ninguém, seja contencioso, gentil, mostrando
toda consideração por todos os homens“.
Ou seja, na sociedade e na cultura, devemos viver dessa maneira, para que eles também
vejam nossa vida transformada, não apenas no que diz respeito a como você trata os
outros cristãos, mas como você vive dentro da própria sociedade.
E vimos as setes caraterísticas de como os cristãos devem viver. E agora Paulo elenca
sete caraterística de como os ímpios vivem e como vivíamos,
Se quisermos viver piedosamente em uma cultura pagã, precisamos nos lembrar de quem
nós éramos e como vivíamos.
 
LEMBRANÇAS DO PASSADO.
Somos lembrados da nossa condição de vida no passado; (v.3) “Porque também nós
éramos”.
O tempo imperfeito mostra como repetidamente éramos tolos. A lembrança de quem nós
éramos deve ser um impulso á piedade.
Nesses versículos, vemos a verdade que George Whitefield colocou com tanta precisão
quando viu um criminoso indo para a forca: “lá, se não fosse a graça de Deus, ia eu”.
Para ter uma resposta adequada em uma cultura pagã, você deve se lembrar de sua
condição anterior. Ele começa a descrever as caraterísticas de uma vida não regenerada.
Antes de se tornar calunioso, antes de se zangar com os que estão no poder em seu país e
com aqueles que estão em pecado e com uma agenda imoral, antes de se tornar hostil,
calunioso e com raiva, e antes de julgar esse tipo de coisa.
Emoções que levam a tipos venenosos de atos e pensamentos de vingança, antes de você
se tornar insensato, antes de lutar pela agenda cultural cristã, antes de atacar os ímpios e
atacar os não salvos, Paulo diz que se lembra de uma vez que você era um deles.
Você esqueceu? Você esqueceu? Você esqueceu que costumava ser assim e não podia
fazer nada sobre isso?
Todos nós éramos assim. O próprio Paulo era “um blasfemador”, diz ele em 1 Timóteo 1, “e
um perseguidor e um agressor violento”, mas fez isso “ignorantemente na incredulidade”.
Como se dissesse: “eu fiz isso e porque não sabia fazer melhor”.
Você olha para a ideologia de gênero, o feminismo, a mentalidade playboy, a imundície da
pornografia, a corrupção dos governos, a banalização do sagrado, o desprezo pela lei de
Deus e nos sentimos revoltado com tudo isso, e não aprovamos essas condutas e
devemos condena-las.
Mas também precisamos entender que elas não sabem fazer algo melhor, porque vivem
nas trevas da ignorância.

OS NÃO REGENERADOS.
Paulo, começa a descrever as características daqueles que ainda não foram regenerados,
não mudaram de vida. E aqui vale uma observação: Os pecados dos ímpios são óculos
nos quais podemos ver nossos próprios corações.
Eles são insensatos (v.3).
Paulo diz: Vocês já foram tolos, sem intelecto, sem discernimento, incapaz de pensar de
forma justa e piedosa.
O que isso significa? Eles não tinham entendimento. Eles são completamente ignorantes
“Sem conhecimento, sem entendimento.” Eles não sabem o que estão fazendo.
Conforme Efésios 4:18 são: “obscurecidos em seu entendimento, excluídos da vida de
Deus por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza de seus corações”.
Eles são ignorantes. O deus deste mundo cegou suas mentes, o que agrava a escuridão
deles. E, naturalmente, “eles não podem entender as coisas de Deus”,
Quando você arranca os pinhões do cristianismo cultural e não há restrições, a ignorância
deles vai assumir. Assim que não há critérios bíblicos convincentes, eles são deixados por
conta própria e é isso que você deve esperar.
Eles são incrédulos agindo como incrédulos. Isso é depravação se manifestando.
Alguns acreditam que, de alguma forma, quanto mais as pessoas se tornam inteligentes e
estudada, maior a probabilidade de aproximarem uma moralidade bíblica; isso é
absolutamente errado.
Paul Johnson, é considerando o maior historiador da civilização ocidental do nosso tempo
em seu livro “OS INTELECTUAIS”, ele mostra o inacreditável pântano de sujeira, sobre o
qual foi construído os fundamentos intelectuais e filosóficos da cultura ocidental
contemporânea.
Olha a resenha que o Google faz do livro:
Um intelectual é um indivíduo que se sente qualificado e impelido a formular e promover
doutrinas que visam o desenvolvimento da Humanidade, muitas vezes em oposição às
normas vigentes.
O programa desta obra assenta na resposta à seguinte formulação: terão os intelectuais
sido coerentes, nas suas vidas, com as ideias que defendiam?
Paul Johnson constata que não e põe a nu a contradição de muitas das figuras intelectuais
cujas obras influenciaram o mundo e marcaram a sua geração e as gerações seguintes.
Assim, ROUSSEAU, que propunha a criação de um estado paternalista, que se ocupasse
das necessidades básicas dos cidadãos e da sua educação desde tenra idade, abandonou
os seus cinco filhos em orfanatos.
MARX não sabia o que era pagar um salário, pois nunca o fez, apesar de ser essa a sua
obrigação perante a sua fiel criada.
O olhar penetrante de Paul Johnson e a sua escrita brilhante não poupam figuras como
Shelley, Ibsen, Tolstoi, Hemingway, Bertrand Russell, Brecht, Sartre, Edmund Wilson,
Lillian Hellmann, Norman Mailer e muitos outros intelectuais, sempre que a sua prática
contraria os princípios que defendem.
Porque, como Paul Johnson interroga, deverá o indivíduo ser menos avaliado do que as
ideias que apresenta?
Descobrimos que homens, que eram inteligentes o suficiente para projetar toda a cultura
em que vivemos, eram os seres humanos mais debochados da face da terra.
Estudar as biografias dos grandes “agitadores” da história é estudar a altura e a
profundidade da degradação e depravação desprezíveis de que os homens originalmente
criados à imagem de Deus são capazes!
Uma mente brilhante é iminentemente capaz até do mal mais hediondo.
Testemunhe as atrocidades terríveis e indescritíveis da Alemanha nazista, que foram
concebidas e perpetradas por homens brilhantes na nação indiscutivelmente mais
intelectual, científica e culturalmente avançada dos tempos modernos.
suas vidas deixariam uma marca negra. Inteligência e educação não têm nada a contribuir
para a moralidade.
Agora o que me deixa chocado, quando olho para as instituições de ensino superior, que
só existem por causa da reforma protestante, que nasceu apoiada na moralidade bíblica.
E que se perdeu completamente. Grande parte do que aprendemos na Universidade é no
sentido pleno da palavra um “MENTIRA”.
Algumas pessoas mais conseguem estudar mais cuidadosamente e chegam a conclusões
sabias sobre moralidade bíblica. Mas elas não podem fazer nada com essas conclusões
inteligentes.
Por causa da depravação seus corações.  Eles são ignorantes, não importa quão
instruídos, não importa quantos doutorados tenham. Eles são cegos, ignorantes e
obscurecidos.
O que esperamos deles? Nada além do que sua própria depravação poderia criar.
Eles são desobedientes (v.3).
Então ele diz que eles são “desobedientes”. Para com Deus e e consequentemente a toda
autoridade instituída por Deus.
O cerne do coração humano é a rebelião. Está implícito em tudo o que homem é e faz.
Está ligado à sua queda.
É por isso que a Bíblia ensina que devemos usar a vara para corrigir os filhos, para manter
a rebelião sob algum controle.
Mas onde o Espirito de Deus não está para impedir a rebelião, a resistência a lei de Deus e
a depravação será sem limites.
Por isso temos visto os símbolos religiosos, como a cruz e a bíblia sendo tirados das
instituições públicas, para que não haja resíduo algum da restrição da lei de Deus.
Tudo se foi, e agora vamos ver a depravação como foi vista na cultura grega pagã. E
teremos que ser o tipo de igreja, que era os irmãos em Creta.
Os ímpios são “desobedientes. Eles são desobedientes a Deus e à autoridade. Eles não se
importam com a Bíblia.
Eles riem e zombam das Escrituras, abertamente ou secretamente. Eles são resistentes à
verdade e a virtude.
Eles vivem enganados (v.3).
Então ele diz, em terceiro lugar: eles são “enganados”, extraviados. O termo grego
“planão”, de onde vem a palavra planeta, errante, vagante, extraviado.
Dando a ideia que eles apenas andam no espaço. Eles não estão amarrados. Eles não
estão ancorados. Eles apenas vagam.
Literalmente significa que eles “são desviados”. Eles são pervertidos em mente, vontade e
ação. O lema deles é a liberdade. Eles só querem vagar por todos os seus impulsos
pecaminosos.
Nada os detém; nada quantifica sua vida; nada qualifica sua vida; eles apenas vivem por
capricho – o que sentem.
O autoengano é a marca dessa geração. Eles são enganadores, e são enganados, e
pioram cada vez mais, eles nunca melhoram, eles cada vez mais estão defendendo tudo o
que for contra os bons costumes e a moral.
Eles enganam e são enganados, como as filosofias e os regimes ideológicos.
Veja o engano do COMUNISMO que matou injustamente mais de 100 milhões de pessoas.
Apesar da brutalidade entorpecente do regime de Joseph Stalin na União Soviética, sua
máquina de propaganda fez bem seu trabalho.
Muitos russos o saudaram como um herói e um salvador, incluindo uma jovem da escola
que foi escolhida para cumprimentar Stalin em uma ocasião.
Anos depois, essa mulher lembrou Stalin levando-a ao colo, sorrindo como um pai
amoroso. Ela enchia os olhos de lagrimas toda vez que a apreciava aquele momento por
muitos anos.
Só mais tarde ela soube que, durante esse período, Stalin mandou prender e enviar os pais
para os campos de trabalho forçado, para nunca mais serem vistos.
Eles são escravos das várias paixões e deleites.
Agora, o que os está levando? Se são ignorantes, desobedientes e enganados, não podem
saber a verdade. Eles não querem fazer o que é certo. Eles são levados a todos os tipos
de erros.
Qual é a força motriz? Aqui está: eles são “escravizados por várias concupiscências e
prazeres”, “várias concupiscências”.
Numa cultura ocidental onde a liberdade é tão aclamada. Mas nunca se viu tantos escravos
como em nossa sociedade. As pessoas vivem escravizadas.
Elas são escravizadas por seus “maus desejos”. Seja o dinheiro, que é o maior Senhor de
Escravos da nossa sociedade contemporânea.
Pode ser para sexo, a libertinagem, a luxurias, a prostituição, a homossexualidade, a
pedofilia.
Pode ser o poder, status e fama, moda, riqueza, a tecnologia, o conhecimento, do
entretenimento, do futebol; dos jogos.
Pode ser, comida, o consumismo, Álcool, bebidas,drogas. Pode ser por assassinato,
estupro, corrupção, furtos. Pode serqualquer coisa.
Eles são movidos pelo único impulso que têm dentro deles, e esse é o desejo deles. E
vivem para os “prazeres”, eles são Hedonitas; “hēdonē” “Prazeres”.
Eles vivem pelo que os faz se sentir bem. Eles são amantes de si mesmos. Isso determina,
por que ele vive e como se comportam e pelo que lutam.
O historiador judeu Josefo, falando de Cleópatra, dizEla era uma mulher cara, escravizada
pela luxúria. Pois a luxuria é realmente cara.
Tanto o escravo como um homem livre não pode fazer o que deseja, porque o que sempre
nos agrada é AUTODESTRUITIVO.
Um PSIQUIATRA da Califórnia reclamou recentemente que quatro em cada dez
adolescentes e jovens adultos que visitaram seu centro médico têm uma doença
psicológica que ele não pode fazer nada.
Segundo o Los Angeles Times, é simplesmente issa:
Cada um deles exige que seu mundo esteja em conformidade com seus desejos
descontrolados.
A sociedade forneceu-lhe tantas rotas de fuga que ele nunca teve que se posicionar contra
a decepção, o adiamento do prazer e o peso da responsabilidade e que são forças que
moldam o caráter.
Se o transtorno de personalidade persistir até a idade adulta, haverá uma sociedade de
pessoas motivadas pelo prazer irremediavelmente inseguras e dependentes
 
Eles vivem habitualmente em malicia e inveja.
Agora ele não está dizendo que eles fazem de vez em quando, ou que fazem uma vez, ou
podem fazê-lo, ou há uma chance de fazê-lo.
Ele está dizendo que tudo o que eles fazem de alguma forma é movida pela “malicia e
inveja”.Tudo o que sentem e querem é movido pelo sentimento de malicia ou inveja.
A “Malícia” significa “maldade”, kakia, “maldade profunda”. Não há bondade genuína em
nada do que fazem. Significa uma má vontade, uma disposição viciosa.
Uma aversão gratuita aos outros. Alguém já disse que não há maldade maior do que as
várias formas de engano.
A inveja e maldade anda juntos. A inveja é um sentimento que se recente daquilo que os
outros tem e são.A inveja é sempre maior que o sucesso dos outros.
A maldade abusa da boa fé das pessoas. Ela faz promessas que não podem ser
cumpridas. A maldade de um homem, defrauda amorosamente e sexualmente uma mulher.
Dwight L. Moody contou uma vez a fábula de uma águia que tinha inveja de outra que
podia voar melhor do que ela.
Um dia, o pássaro viu um esportista com arco e flecha e disse-lhe: “Gostaria que você
derrubasse aquela águia lá em cima”.
O homem disse que faria se tivesse algumas penas para sua flecha. Então a águia
ciumenta puxou uma da sua asa. A flecha foi disparada, mas não atingiu o pássaro rival
porque ele estava voando alto demais.
A primeira águia puxou outra pena, depois outra – até perder tantas que não conseguiu
voar.
O arqueiro aproveitou a situação, virou-se e matou o pássaro indefeso. Moody fez esta
aplicação: se você tem inveja dos outros, quem você mais sofrerá com suas ações, senão
você mesmo.
Veja então como funciona a mecânica da velha natureza: a pessoa é ignorante, uma
pessoa ignorante é uma pessoa desobediente.
E como eles não sabem a verdade, eles vagam por todo o lugar alienados e a única coisa
que os move é a paixão.
E isso leva à luxúria e ao prazer. E uma vez que sentem um gosto de luxúria e prazer,
passam a vida inteira consumindo esse tipo de coisa.
E na medida em que têm más intenções em relação a todos; que eles buscam tudo o que
podem obter e não se importam com quem paga o preço por isso. “Malícia e inveja” –
“inveja” significa “má vontade”.
Há um mal malicioso e uma má vontade ligados à queda do homem. Eles nunca obtêm
satisfação porque a luxúria nunca é satisfeita, o prazer nunca é duradouro e, portanto,
continuam consumindo e consumindo.
E tudo o que alguém atrapalha, eles ficam com raiva, hostis, maliciosos e invejosos. E
alimenta – “inveja” é o pecado que se alimenta dos vivos e quer consumi-los.
Eles são movidos por um ódio gratuito (v.3).
E isso leva ao final do versículo 3, “odiosos e odiando um ao outro”. O ódio é a
enfermidade da natureza não redimida. As pessoas são odiosas e por isso sempre tem
alguém para odiar.
Eles então se tornam literalmente consumidos em odiar qualquer um que estiver no seu
caminho.
Talvez a principal manifestação de ódio, que expressamos é a indiferença, quando somos
insensíveis as necessidades dos outros.
Eles são egocêntricos na medida em que odeiam qualquer um que seja um obstáculo para
eles ou um problema para eles ou qualquer pessoa que discorde deles ou se imponha em
seu caminho ou que os discorde.
E então, finalmente, eles chegam ao lugar onde odeiam todo mundo, menos a si mesmos,
porque é para onde a depravação acaba indo.
Vai para o ego, e o ego diz: “Quero o que quero quando quero, e você sai do meu caminho
porque estou conseguindo.”
É por isso que eles não podem manter casamentos. É por isso que os pais não se dão
bem. É por isso que as crianças odeiam os pais, os pais odeiam os filhos.
A agenda final do homem caído é o orgulho, e o orgulho o isola de todo mundo. Essa é a
foto do homem não regenerado.

CONCLUSÃO.
Agora, o que você espera de pessoas assim? Que tipo de sistema você espera que eles
criem? Bem, sente-se e assista porque você vai vê-lo.
Você está vendo isso agora, e é exatamente o que presumiríamos – cego para Deus e,
portanto, cego para toda a realidade espiritual; rebelde à lei de Deus e resistente
completamente à Sua verdade.
Completamente enganado sobre o que é verdadeiro e o que é certo; em completa
escravidão à paixão irracional e vivendo apenas por prazer.
Alimentam-se da vida através do tratamento perverso dos outros, são desonestas e
egoístas. E todo mundo acaba odiando todo mundo.
Agora, que tipo de mundo você acha que eles vão desenvolver? Eles vão desenvolver o
tipo de mundo que você vê.
Que tipo de literatura, filmes, política, cultura e educação, eles vão promover?
Lembre-se, você também já esteve lá uma vez. E se você fosse salvo quando criança,
como veremos a seguir, exceto pela graça de Deus, você faria parte da mesma cegueira.
Portanto, antes de se apressar ansiosamente para maltratar os pagãos que o ofendem e
que estão destruindo todos os vestígios de influência cristã, considere sua própria
depravação. Eles são depravados.
E você também era antes de ser salvo e não era diferente deles. E é isso que esperamos.
E então você tem que olhar para eles como Jesus olhou para eles, e vê-los tristementea
caminho do inferno e incapazes de fazer outra coisa senão o que estão fazendo.
Sim, há uma rebelião neles. Sim, há uma animosidade em relação a Deus. Existe uma
atitude vitriólica em relação ao que é verdadeiro.
E sim, é repreensível, e sim, Deus os condenará e os castigará no inferno eterno se eles
não se desviarem do pecado e crerem nEle.
Mas, ao mesmo tempo, Deus amou o mundo. E precisamos ser capazes de lidar com o
pecado e ver a iniquidade pelo que é e enfrentá-lo pelo que é sem nos tornarmos rebeldes
maliciosos que odeiam a própria cultura que Deus nos chamou para alcançar.
Se Jesus pudesse sentar e contemplar a cidade de Jerusalém e chorar por sua apostasia,
podemos contemplar nossa nação e chorar?
Lembre-se da sua condição anterior, por que você já foi assim.
Sermão Nº 28 – Ele nos salvou.
Referência: Tito 3:4-7.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 12/02/2020

INTRODUÇÃO: Esse texto é tão carregado de verdades teológicas que um homem poderia


pregar uma vida inteira nele. Existem tantas palavras que poderiam ser estudadas
exaustivamente por meses e meses.
Há verdade que varre desde a eternidade passada até a eternidade futura, conceitos
dentro e ao redor da grande verdade da salvação que exigem nossa atenção em grande
profundidade e com profunda meditação.
Há uma frase que é o coração desta passagem, encontrada no começo do versículo 5.
Três palavras: “Ele nos salvou”.
Nessas simples palavras, você tem o cerne da fé cristã, é tudo sobre salvação, é tudo
sobre Deus salvando os pecadores.
A palavra “salvo” tornou-se um termo distintamente cristão, na língua grega o verbo sozo,
traduzido como “salvo”, significa libertação.
Era uma palavra usada para descrever resgatar alguém do perigo, preservar alguém a
salvo de danos, livrar alguém de possíveis ruínas e desastres.
Assim, o verbo fala de resgatar alguém em perigo grave e até iminente, ou permanente, ou
desastre temporais.
No sentido espiritual, porém, que é seu principal uso no Novo Testamento, ele tem a ideia
de ser salvo do pecado, ser resgatado do pecado, do poder do pecado, da penalidade do
pecado, ser preservado, portanto, seguro e ileso da ira divina, de julgamento, do inferno, do
castigo eterno.
Conhecemos e amamos a palavra. Entendemos o que isso significa. Falamos sobre ser
salvo. Nós falamos sobre salvação.
Lembramos as palavras do apóstolo Paulo, que disse por escrito a Timóteo:  “Cristo Jesus
veio ao mundo para salvar pecadores, resgatar pecadores condenados”.

A SALVAÇÃO.
A salvação em seu sentido espiritual não apenas carrega uma conotação negativa, que é
de nos resgatar de desastres iminentes e perigos mortais, mas também tem uma
CONOTAÇÃO POSITIVA.
Pois carrega a essência de não apenas nos tirar do perigo, mas enche-nos de bênçãos
divinas, temporais e eternas; não apenas nos libertando do castigo, mas nos levando à
glória.
Não apenas nos tirando da ameaça do inferno, mas nos dando a esperança do céu, não
apenas nos afastando da ira divina, mas nos colocando sob as promessa e cuidados
divinos e suprimentos das nossas necessidades.
A palavra carrega a ideia de ser libertado, como Paulo disse, do reino das trevas para o
reino do querido Filho de Deus.
É usado de tal maneira, por exemplo, em Atos 2:47, onde diz que o Senhor estava
acrescentando diariamente à igreja as que iam sendo salvas.
Eles estavam sendo resgatados do pecado e colocados no corpo de Cristo, a igreja, o
próprio local de bênção. E é assim que passamos a conhecer e amar a palavra “salvo”.
Muitos crentes banalizam a salvação, porque se acostumaram com a palavra “salvação”, e
esse vocábulo acaba se tornando irrelevante para eles. Alguns tentam encontrar um termo
melhor e mais atual.
Isto é muito tolo, alguém tentar melhorar a Palavra de Deus. Esse termo é maravilhoso e
rico e precisamos regatar o seu sentido de ser resgatado de um perigo mortal iminente.
Essa palavra se tornou uma palavra tão amada que você a encontra nos hinos e canções
do cristianismo ao longo de sua história.
Essa palavra é cantada em todos os cultos todos os dias em todas as igrejas cristãs. E
cantamos hinos maravilhosos e amados que aprendemos desde a infância.
Cantamos sobre a salvação todos os dias. Conversamos sobre Sua salvação.  Oramos
todos os dias sobre a salvação nossa e dos outros.
Ela é uma profunda em seu conceito. É a essência do cristianismo, que é uma religião de
resgate.
Nosso Deus é salvador, que salva os homens e mulheres de seu pecado e a consequência
inevitável e eterna.
Por isso, esse é o tema central da nossa pregação, do nosso testemunho e da nossa
adoração, das nossas orações e das nossas músicas.
Profundamente, a grande realidade da fé cristã é resumida nessas magníficas palavras:
“Ele nos salvou” do pecado, de seu poder e de sua penalidade.

A DEPRAVAÇÃO.
Para nos lembrar o quão desesperadamente precisamos ser salvos, veja o versículo 3,
onde Paulo incluiu um de seus catálogos familiares de depravação humana, e que nós
éramos assim.
Esses termos podem ser adicionados à infinidade de termos que encontramos ao longo do
Novo Testamento para descrever a triste e trágica condição caída do homem.
Em Romanos, capítulo 1, Paulo descreve o homem caído como vítima da luxúria do seu
coração à impureza. Ele o descreve como entregar seu corpo para ser desonrado. Ele diz
que troca a verdade de Deus por uma mentira, adora e serve a criatura ao invés do criador.
Ele é entregue a paixões degradantes, como as mulheres trocando a função natural por
aquilo que não é natural, como homens ardendo em desejo uns pelos outros, homens com
homens cometendo atos indecentes, recebendo a si mesmos a devida penalidade por seu
erro.
Ele descreve a depravação humana como tendo uma mente reprovada ou depravada,
sendo preenchida com injustiça, maldade, ganância, maldade, inveja, assassinato,
contenda, engano, malícia, fofoca, calúnia, odiadores de Deus, insolentes, arrogantes,
orgulhosos, inventores do mal, desobediente aos pais.
Ele diz que o homem caído depravado está sem entendimento, indigno de confiança,
pouco amoroso e impiedoso.
E mesmo que ele conheça a ordenança de Deus e saiba que aqueles que praticam tais
coisas são dignos da morte, ele não apenas os pratica, como também aprova os que
praticam tais coisas.
Paulo está dizendo aos crentes das igrejas espalhadas no arquipélago de creta: vocês
costumavam ser tolos, ou seja, “anoetos” em grego, significa ignorante, sem entendimento.
Eles foram desobedientes. Isso é rebelde, sem lei, resistente a Deus, Sua verdade e Seus
mandamentos. Eles foram enganados, que são desviados por toda coisa má imaginável.
Eles foram desviados como uma estrela errante, pervertida do caminho e padrão justos.
Escravizados, são escravos da luxúria, que são maus desejos e prazeres, a necessidade
de sentir prazer. Eles passam a vida na malícia, isso significa simplesmente maldade e
inveja, o que significa má vontade para com os outros.
Eles são marcados por serem odiosos e se odiarem. Egocêntricos, isolados, tornam-se
detestadores de todos ao seu redor que atrapalham o cumprimento de seus prazeres.
Todo esse diagnóstico das Escrituras mostra”…a ira de Deus que é revelada do céu contra
toda a impiedade” (Rm 1.18); “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
Deste destino horrível, precisamos ser resgatados. E o fato óbvio é que não podemos nos
resgatar. E assim fazemos a pergunta … quem resgatará pecadores tão perversos, tão
perversos, tão consumados?
Nenhum humano tem o desejo. Nenhum humano tem o plano. Nenhum humano tem o
poder. Quem fará isso?
E você chega ao versículo 5 e aquelas maravilhosas palavras: “Ele nos salvou”. Quem?
(v.4) “Deus, nosso Salvador”. (v.6) “Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Deus que é um Deus salvador. Por isso está comprometido em resgatar pecadores
indignos.
É por isso que Ele é chamado Deus, nosso Salvador e Cristo é chamado Cristo nosso
Salvador ao longo desta epístola … duas vezes em cada um dos três capítulos.
Nestes versículos, versículos 4 a 7, Paulo se concentra no elemento mais importante do
evangelho cristão … que é a salvação … o resgate dos pecadores da ira e do inferno e a
preparação deles como santos para bênção e para a salvação, o céu.
Os versículos 4 a 7 são uma declaração monumental sobre salvação … muito, muito
poderosa e carregada de tanta teologia é uma passagem magnifica.
No verso 8, Paulo diz que “Esta é uma afirmação confiável”, expressão que ele usa cerca
de cinco vezes em suas cartas a Timóteo e Tito.
Essa é uma axiomática. Um axioma,é uma verdade evidente que não precisa de prova; é
apenas óbvio.  Era algo que todo mundo sabia, e ele está simplesmente dizendo o
seguinte: “Vocês todos sabem disso com certeza.
Provavelmente essa passagem era um CREDO da igreja primitiva ou talvez um HINO da
igreja primitiva e, como tal, seria cantado, memorizado e recitado.
Paulo lembra que vivemos num mundo com um sistema pagão. E uma das coisas que é
muito importante para nós que vivemos num mundo pagão é nunca nos esquecermos de
que a única razão pela qual são diferentes é porque Deus nos salvou.
Não podemos viver com presunçosamente, desprezando a todos com uma atitude
condenadora. Não podemosviver em guerra com a nossa cultura, debochando dela.
Eles precisam perceber que a única razão pela qual não fazem parte dessa cultura é
porque Deus nos salvou.
E assim com um senso de misericórdia e compaixão que vivemos em nossa sociedade
pagã e vemos a condição trágica dos perdidos dos quais antes participávamos.
Nós não nos ressentimos. Nós não os odiamos. Nós não lutamos contra eles. Nós não os
tratamos com desprezo ou crueldade, mesmo os mais pagãos deles. Não nos sentimos
melhores, superiores ou mais sábios. Somos gratos que Deus nos salvou.

III. OS ASPECTOS DA SALVAÇÃO.


Observe essa afirmação do 5, “Ele nos salvou”. Simplesmente reflete o fato de que a
salvação é totalmente obra de Deus.
O ponto é que não podíamos fazer nada sobre a nossa condição. Estávamos sem
esperança, mortos em ofensas e pecados. Não podíamos fazer nada, ele nos salvou.
Agora, ao examinarmos mais de perto essa salvação soberana, veremos como a ideia de
que Deus é soberano em toda a obra da salvação se desenvolve.
Existem alguns aspectos para Deus nos salvar, e eles fluem em torno dessa afirmação “Ele
nos salvou”.
Esses versos mostram a vastidão da abrangência da salvação e em quais aspecto ela
opera. Vejamos:
Ele nos salvou por Sua bondade (4).“Mas quando apareceu a benignidade e amor de
Deus, nosso Salvador, para com os homens”.
Foi a bondade que levou Deus a realizar um plano de salvação. Deus é gentil. O que
queremos dizer com isso? A palavra significa literalmente “bondade de coração”.
Isso significa que Ele tem uma preocupação em Seu coração em relação às pessoas que
sofrem. Deus é basicamente bom. Ele é inerentemente bom.
Ele é inerentemente gentil. Em Lucas 6.35 podemos ver a bondade de Deus, quando Jesus
diz: “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será
grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com
os ingratos e maus”.
Um dos atributos de Deus é a sua bondade. Ele é gentil, mesmo para homens ingratos e
maus.
É da natureza inata de Deus ser gentil, ser paciente com pecadores indignos e ingratos.
Ele é paciente, é tímido, é bom.
A Bíblia diz que Ele deixa a chuva cair sobre os justos e os injustos, e oferece salvação a
todos os homens que creem, libertando-os da morte e condenação eterna.
Paulo diz emRomanos 2.4 “Não percebe quanto ele é bondoso, tolerante e paciente com
você? Não vê que essas manifestações da bondade de Deus visam levá-lo ao
arrependimento?”
Deus é bom e Ele é gentil, é paciente e por isso dá tempo as pessoas para que elas
possam se arrepender, embora isso tenha um limite.
Então ele diz em Romanos 11.22 “Observem como Deus é, ao mesmo tempo, bondoso e
severo. É severo com os que lhe desobedecem, mas é bondoso com vocês, desde que
continuem a confiar em sua bondade. Mas, se deixarem de confiar, também serão
cortados”.
Deus é bom. Ele não tem prazer na morte dos ímpios. Ele não deseja que ninguém pereça,
mas que todos cheguem ao conhecimento do arrependimento. Essa é uma VERDADE
INSOFISMÁVEL; a bondade de Deus deseja salvar todos os homens.
Pois isso reflete Seu coração bondoso para com os pecadores que são Seus inimigos
indignos. E foi essa virtude muito inata, esse componente noSer eterno de Deus que
moveu Deus a nos salvar.
A propósito, isso é contrário aos deuses dos tempos antigos que eram basicamente maus,
pelo menos nas misturas pelas quais os homens os projetavam à sua própria imagem.
Deus nunca encontrará em nós nada de bom que Ele deva amar, pois somos
essencialmente maus. Mas Ele é bondoso e Sua bondade alcança pecadores indignos. Ele
nos salvou por Sua bondade.
A coisa toda da nossa salvação é iniciada na bondade não influenciada e soberana de
Deus.
Uma das mais belas ilustrações desse aspecto volitivo da bondade humana é o tratamento
que Davi fez de Mefibosete(2Sa 9:1ss). As escrituras registram a pergunta de Davi: “Ainda
resta alguém da casa de Saul, para que eu lhe mostre bondade por causa de Jônatas?”
O desejo de Davi era mostrar “a bondade de Deus” à família do rei Saul por causa de sua
aliança com o filho de Saul, Jônatas.
O jovem escolhido foi Mefibosete, filho de Jônatas, que “era coxo nos dois pés”. (2Sa 9:13)
Se Davi tivesse agido de acordo com a justiça, teria condenado Mefibosete, que pertencia
a uma família condenada.
Mas Davi agiu com base na bondade, procurando Mefibosete, assegurando-lhe que não
precisava temer, convidando-o a viver no palácio do rei em família e a comer à mesa do rei.
Esta é apenas uma imagem velada da infinita bondade de Deus! De fato, todo crente
experimentou uma bondade ainda maior, pois agora somos filhos do rei e nos deleitaremos
em Sua presença majestosa para sempre! Que bondade
Ele nos salvou por Seu amor (v.4) “Mas quando apareceu e amor de Deus, nosso
salvador, para com os homens”.
Ele ama a humanidade. A bondade que é Sua virtude se manifesta no amor à humanidade.
A palavra para amor aqui é bastante interessante.
Não é uma palavra normalmente associada ao amor no Novo Testamento, é a palavra
grega “filantropia”, que origina o português filantropia.
Literalmente significa pena, compaixão, ânsia de libertar a dor ou a angústia por causa de
um forte afeto. Tem a ideia de um forte carinho.
Não é pena pelo motivo errado. Deus é gentil. Ele é gentil com os homens ingratos e
maus,e Sua bondade faz com que Ele tenha um forte afeto, do qual deseja agir com
piedade e compaixão.
É um conceito magnífico. Deus está na glória e é perfeitamente santo. Aqui no mundo está
o homem caído e indigno.
É da natureza de Deus desejar ser bondoso com o homem caído, esforçar-se o quanto
puder com o homem, para que se arrependa.
E dessa bondade vem a FILANTROPIA DE DEUS, a piedade de Deus, a compaixão de
Deus, A afeição ansiosa de Deus por tocar a vida do miserável pecador e torná-la boa e
melhor.
Encontramos o uso dessa palavra bem ilustradono navio, que naufragou e chegou na ilha.
O barco foi destruído pela tempestade, mas toda a tripulação se salvou, embora
estivessem completamente abatidos.
“Então os nativos mostraram uma bondade extraordinária”. Com Paulo e os que estavam
com ele. Todas as almas haviam chegado à costa com vida pela providência de Deus.
Eles não tinham comida. Eles não tinham recursos. Houve uma tempestade e a chuva
estava caindo.
E essas pessoas mostraram a eles,em Atos 28, onde o apóstolo Paulo, juntamente com o
eles haviam desembarcado em uma ilha chamada Malta, e o versículo 2 de Atos 28 diz:
que eles tiveram uma extraordinária bondade. Eles os receberam. Eles os alimentaram.
Eles os aqueceram. Eles fizeram uma fogueira, eles os vestiram.
O grego literal diz isso: “E os bárbaros não nos mostraram o amor comum”. Isso é
filantropia. É um amor que não é apenas uma emoção ela vira ato, ela é um forte afeto de
piedade e compaixão; é uma forte consideração.
Deus então é amoroso em Sua natureza e Ele é bom. E tudo que você precisa fazer é
olhar ao redor do seu mundo para ver isso.
Aqui está um mundo bonito, glorioso e maravilhoso, repleto de todos os tipos de
expressões da bondade de Deus para com pecadores indignos que odeiam o próprio Deus
que é gentil com eles.
Ele é gentil e compassivo por natureza, e Sua bondade e compaixão fazem com que Ele
alcance um forte afeto, e assim as Escrituras dizem Seu amor pela humanidade.
O Antigo Testamento celebra Sua bondade amorosa, Suas misericórdias são novas todas
as manhãs. Sua bondade amorosa se estende dia a dia. Grande é a sua fidelidade.
Mas em nenhum lugar Seu amor e a expressão dessa forte compaixão se expressam
melhor do Deus é o pai e o filho é o pecador indigno.
O pecador indigno volta para o pai na história do filho pródigo em Lucas 15, veja como se
manifesta o amor de Deus.
Ele diz no versículo 20: “O pai, quando ainda estava longe, viu o filho e sentiu compaixão,
correu, abraçou-o e beijou-o repetidamente”.
Esse é o coração de Deus. Ele não está relutante em receber o pecador. Ele não é
desconfiado. Ele não está distante.
Ele corre e joga os braços em volta do pecador, o abraça e o beija porque se importa
muito, porque é muito gentil.
E o filho, você se lembrará, diz: “Pequei contra você e aos seus olhos e nem sequer sou
digno de ser chamado seu filho.
E o pai diz que esqueça isso, chamou o banquete, tirou o roupão, colocou o anel no dedo,
matou o bezerro gordo e deu a ele um banquete como nenhum outro banquete”.Assim há
festa no céu quando um pecador se arrepende.
Paulo também diz que a bondade de Deus “apareceu”, isso é uma referência à
ENCARNAÇÃO.
Não é que eles nunca tivessem aparecido antes, a bondade de Deus e o amor de Deus
podiam ser vistos de várias maneiras.
Mas a plena manifestação pessoal visível da graça de Deus, a bondade de Deus e o amor
de Deus vieram na encarnação de Jesus Cristo.
Ele era compaixão. Ele teve pena. Ele era amor. Ele era bondade. Ele era bondade em
forma humana. Ele era o Deus eterno tornado visível.
E todos os atributos do divino Pai que amavam os pecadores foram tornados visíveis em
Jesus. Se você já se perguntou se Deus ama os pecadores, olhe para Jesus chorando por
eles.
Quando Ele apareceu, a bondade e o amor estavam encarnados e Ele nos salvou.
Não conseguimos nos resgatar. Foi a bondade e o amor de Deus que apareceram em
Cristo que iniciaram a operação de resgate.
A propósito, essa aparência historicamente não significa nada, a menos que apareça em
seu coração pela fé.
Creio que ele se refere no versículo 4 é a encarnação, que a bondade de Deus e o amor de
Deus apareceram, sendo tornados visíveis ou manifestos em Cristo.
Mas essa aparência está perdida para aqueles que nunca depositam sua fé nEle. Assim, a
salvação é pela bondade e pelo amor.
Ele nos salvou por Sua misericórdia (v.5). “Ele nos salvou não com base em obras
que fizemos em justiça, mas segundo a Sua misericórdia”.
Sua bondade e sua filantropia fizeram com que Ele fosse misericordioso. A Misericórdia é
uma palavra magnífica, “hileos”.
É diferente de graça. A graça se relaciona com a culpa. Misericórdia diz respeito à miséria.
A graça se relaciona com o estado do pecador diante de Deus, o juiz. Misericórdia refere-
se à condição do pecador em seu pecado.
Graça é um conceito judicial que perdoa o crime.Misericórdia é um conceito compassivo
que ajuda o criminoso a se recuperar.
A misericórdia olha a miséria, a graça olha a culpa.
E aqui ele está falando de misericórdia. E ele diz que foi a misericórdia de Deus. Ele não
nos salvou com base em obras que fizemos em justiça.
Meu querido amigo, você não faz nenhuma contribuição para sua salvação. Você não tem
capacidade de fazer uma contribuição.
De maneira alguma você pode ganhar sua salvação, merecer sua salvação ou contribuir
com ela.
Seu resgate e sua transformação, sua libertação do pecado, da morte e do inferno vêm de
Deus e somente de Deus.
Paulo, você deve se lembrar, passou a maior parte de sua vida antes de sua conversão,
tentando acumular justiça religiosa suficiente para comprar sua própria salvação.
Filipenses capítulo 3, ele diz: “Olha, eu fui circuncidado no oitavo dia, quando se trata de
ritual, eu tinha o ritual. Eu era do povo de Israel, a raça dos israelitas.
Eu era da tribo de Benjamim. Eu tinha privilégios tribais, bem como herança racial. Quando
se trata de hebraico, eu era hebreu dos hebreus. ”
O que isso significa? Eu era um judeu ortodoxo tradicional. Quando se trata de lei, escolhi
ser fariseu, porque queria levá-lo ao nível mais profundo.
Quando se trata de justiça, não havia uma coisa na lei para que alguém pudesse me
acusar. Eu tinha feito tudo isso!
Eu tinha coberto todas as bases humanas concebível de justiça e então eu percebi que era
tudo lixo (estrume) e todas as coisas que uma vez foram contadas ganham para mim, ele
diz, considero perda por causa de Cristo.
As melhores ações que fiz foram apenas lixo. Ele não nos salvou com base em ações que
fizemos em retidão, isso é lixo.
Filipenses 3 Paulo diz: “Desprezei tudo isso, pelo valor extraordinário de conhecer Jesus
Cristo, meu Senhor, de quem recebi uma justiça, não a minha, com base nas obras, mas
na justiça de Deus”.
E isso é misericórdia. Merecemos ira, recebemos salvação. Por quê? Porque Deus é
bondoso e Deus tem compaixão e filantropia, que é expresso em misericórdia para com os
miseráveis pecadores. Certamente Paulo poderia dar esse testemunho:
“Agradeço a Cristo Jesus, nosso Senhor”, escreveu a Timóteo capítulo 1, versículo 12,
“que me fortaleceu porque me considerou fiel, colocando-me no ministério, mesmo que eu
fosse um blasfemador e um perseguidor e injuriador, mas ele me concedeu essa
misericórdia“.
Um homem tirou uma foto. Ele ficou muito chateado com o fotógrafo e muito chateado com
a foto. Ele correu de volta para o fotógrafo e disse: “Veja esta minha foto! Essa foto não me
faz justiça!
”O fotógrafo olhou para ele e disse:“ Senhor, com um rosto como o seu, você não precisa
de justiça, precisa de misericórdia!”
Essa é exatamente a situação em que estamos, precisamos de muita misericórdia, pois
nossos pecados são feios.
Ele me salvou por Sua regeneração (v5). “Não pelas obras de justiça que
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração…”
A palavra regeneração, palingenesia significa nascer de novo, receber nova vida. E
somente Deus pode fazer isso.
Foi o que Jesus chamou de nascer do alto em João, capítulo 3. Você deve nascer do alto.
Ele disse a Nicodemos, nascido de novo. Somente Deus pode fazer isso.
Aqui está o pecador morto em ofensas e o pecado, sem esperança, não pode se erguer,
não pode se salvar. Deus vem de fora e o regenera, lhe dá vida.
E no processo limpa aquela velha vida morta, para que a regeneração … a regeneração
seja chamada de lavagem. A velha vida era imunda, um cadáver imundo e morto, lavada e
regenerada, novo nascimento.
O Novo Testamento tem muito a dizer sobre isso. Paulo fala sobre ser crucificado com
Cristo, isso é vida de ressurreição, subimos para andar em novidade de vida, nova vida,
nascer de novo, ser purificado, ser lavado. É tudo obra de Deus.
A propósito, ele usa a palavra Gálatas 2:20 , no entanto eu vivo, Romanos 6 , somos
sepultados com Cristo em Sua morte, João 3 , 1 João 2 , 1 João 3 , 1 João 4 , 1 João 5
todos falam sobre regeneração,
A palavra é o agente de purificação em Tiago 1:18 , diz que Ele nos trouxe à luz, 1 Pedro
1:23 diz que nascemos de novo  ou seja, nascemos de novo pela Palavra da verdade,
através da Palavra de Deus viva e permanente.
É a Palavra que dá vida. A Palavra vem e lava, limpa e traz vida nova. Obviamente, não
podemos nos purificar, não podemos dar vida a nós mesmos.
Essa é toda a obra de Deus. Ele nos salvou por Sua bondade, Seu amor, Sua misericórdia,
Sua regeneração.
Agostinho depois de sua conversão, encontra sua antiga amante, você não me conhece
mais, ele responde, eu não sou mais aquele homem.
Ele nos salvou pelo Seu Espírito(v.5) “e da renovação do Espírito Santo”.
O final do versículo 5 analisa nossa salvação e diz: “Ele nos salvou pela renovação do
Espírito Santo”.
A salvação demonstrou Sua bondade, Seu amor, Sua misericórdia. Ele demonstrou Seu
poder de dar vida, lavar e regenerar e também demonstrou o Espírito Santo e Seu poder
de renovação.
Este é o próximo passo lógico. O efeito da regeneração é uma nova vida. E essa nova vida
emerge do novo nascimento, que é efetuado pela Palavra e pelo Espírito.
O Espírito Santo é quem nos regenera. Esta é uma renovação radical. “Se alguém está em
Cristo, ele é uma nova criação.”
Somos criações totalmente novas, andamos em novidade de vida, vestimos o novo
homem.
Não somos mais como éramos. Temos nova identidade. Temos novos anseios, novas
aspirações, novos desejos, novas paixões, novos afetos. E essa é a obra do Espírito.
Mas a ênfase mais logica na interpretação aqui, e na linguagem do DERRAMAMENTO DO
ESPIRITO em Joel e Atos, é uma alusão ao enchimento do Espirito.
Somos também cheios do Espirito Santo… Por favor, observe o início do versículo 6. Ele
diz sobre o enchimento: “Fomos renovados pelo Espírito Santo, a quem
Deus DERRAMOU ricamente sobre nós“.
O enchimento do Espirito é uma obra da salvação, todo crente salvo deve ser cheio do
Espirito Santo. Deus salva e enche com o seu Espirito, ele é a fonte de renovação e de
gozo.
O gozo pentecostal, com o mover do Espirito, que impulsiona uma vida de santidade e
devoção piedosa.
Não podíamos fazer nada para obter o Espírito Santo por conta própria. Você se lembra de
Simon em Atos que tentou comprar o Espírito Santo, quando ele viu visivelmente a
operação do Espirito Santo.
E Pedro disse: “Que seu dinheiro pereça com você”. O enchimento é uma promessa de
Deus, que obtemos pela fé em Jesus Cristo.
A vida crista é idealizada para ser vivida no poder do Espirito Santo. Precisamos do
derreamento abundante do Espirito Santo.
Assim depois do novo nascimento nós temos uma segunda benção subsequente a
salvação, o enchimento do Espirito Santo.
Os apóstolos já eram crentes, e já tinham o Espirito Santo, mas precisavam do
revestimento do Espirito que é um poder para a devoção e o serviço, como ensina os
teólogos reformados[1]Martin LIoyd-Jones, com João Wesley, Moody, Finney, Jonathan
Edwards e David Brainer..
O piedoso John Fletcher de Madely disse: cada Cristão deve ter o seu pentecostes.
Lloyd-Jones diz; o Enchimento do Espirito é essencial à uma genuína qualidade da vida
cristã… O enchimento é uma ordem e é essencial a um genuíno ato de culto.
Então ele cita o que Paulo fala aos Efésios 5:18,19 ‘E não vos embriagueis com vinho, em
que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;
Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração.
Que coisa tremenda é contemplar o que Deus fez. Ele nos salvou por Sua bondade, Seu
amor, Sua misericórdia, Sua regeneração, Seu Espírito. Ele fez tudo.
Ele nos salva, por Seu Filho (6) “Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus
Cristo nosso Salvador”.
Tudo isso, ele diz, através de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele nos salvou pela
misericórdia. Ele nos salvou lavando a regeneração. Ele nos salvou pela renovação do
Espírito Santo.
Ele nos salvou por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Nós não poderíamos ter essa
lista sem essa, não é?
A pessoa e obra de Cristo tornou tudo possível, por isso Pedro pregando no dia de
Pentecostes disse: “Deus, de acordo com Seu plano predeterminado, Cristo crucificou”.
Jesus veio pagar o preço pelo pecado e venceu a morte. Essa foi a parte de Jesus da
aliança eterna.
Lembre-se de que o Pai fez um pacto para dar ao Filho uma humanidade redimida como
expressão do amor do Pai e Ele disse ao Filho:
Quero dar-lhe esta humanidade redimida, para que para sempre e sempre e sempre em
glória eles o louvem e louvem a você e louvem a você.
E só peço que faça uma coisa e isso é ir à terra e pagar o preço por seus pecados. E foi o
que Ele fez.
A justiça teve que ser satisfeita e o salário do pecado é a morte e alguém teve que morrer e
todos os pecados do mundo foram colocados em Jesus Cristo e Ele pagou o salário.
Ele satisfez a justiça de Deus, o preço foi pago, a morte foi conquistada e foi por Jesus
Cristo nosso Salvador que Ele nos salvou.
Ele nos salvou por justiça (v.7) “Sendo justificado por Sua graça”.
A justificação tecnicamente é Deus declarando alguém justo por causa dos méritos de
Cristo aplicados a eles em seu nome pela fé. Na salvação Deus nos declara justo.
A graça lida com a nossa culpa. A graça diz que você é perdoado, você é perdoado por
causa do sacrifício de Cristo.
A graça toma a justiça de Deus e a imputa a nós, coloca-a em nossa conta, declarando-nos
justos e justos aos olhos de Deus, porque Cristo fez uma expiação satisfatória por nossos
pecados.
Ele pagou o preço e, portanto, nossos pecados são removidos, a justiça é totalmente
satisfeita, bondade, amor, misericórdia e graça podem agir livremente. Justificado por Sua
graça. A graça está nos dando o que não merecemos.
Não merecemos ser perdoados. Nós não merecemos ter nosso pecado removido. Não
merecemos ser imputados à justiça de Deus. Nós não merecemos isso. Não merecemos
estar diante de Deus.
Não merecemos entrar em Sua presença. Nós não merecemos o céu. Mas a graça nos dá
porque a justiça de Deus é satisfeita em Cristo e Ele nos declara justificados … justificados.
Você vê aqui a grande e vasta essência da salvação em Deus pela graça, declarando-nos
justos e tudo o que veio antes disso e tudo o que flui depois disso.
Deus nos salva pela glorificação.
Na justificação Deus nos salva da condenação do pecado, na santificação, Deus nos salva
do poder do pecado, e na glorificação Deus nos salva da presença do pecado.
Esse é o clímax da grande salvação, onde na glorificação o nosso corpo abatido, que não
mais estará sujeito ao pecado, e então receberá a completa herança da vida eterna.
Tudo isso resulta no benefício mais imenso e surpreendente para os pecadores não
merecedores.
Eles são feitos herdeiros, co-herdeiros com Cristo de tudo o que Deus possui de acordo
com a esperança da vida eterna.
Por quê? Como isso aconteceu? Fizemos alguma coisa? Não. Deus se sentiu gentil
conosco.
Ele nos amou com compaixão. Ele nos mostrou misericórdia. Ele nos lavou dos nossos
pecados. Ele nos deu uma nova vida. Ele colocou Seu Espírito Santo em nós.
Ele graciosamente derramou Sua justiça sobre nós e, assim, nos tornou herdeiros da glória
futura para sempre no céu. Ele fez tudo. Você diz: “E a nossa fé?” Bem, ele nos deu até
isso.

CONCLUSÃO: Quero concluir orando.  Pois em nós mesmos não teríamos fé para crer,
não teríamos o coração para buscar.
Tal reconhecimento é que Deus fez tudo e a mensagem de Paulo aqui para Tito e para
esses cristãos cretenses e todo o resto de nós é …
Estamos vivendo numa cultura pagã sem Deus, não se sente presunçoso e nem
condenando hipocritamente essa cultura
Somos gratos que Deus em Sua bondade e misericórdia nos salvou e nós não somos
assim como eles são.
Eles são alvos da nossa oração para que sejam salvos. Pois na presciência eterna do Deus
soberanoos passos da misericórdia foram todos ordenados.
Antes mesmo da fundação do mundo o Senhor nos amou, nos salvou. Toda a gloria seja
dada a Deus. Que nos salva do começo ao fim. Te louvamos por uma tão grande salvação.
Que a nossa gratidão promova uma vida dedicada a ser tudo o que você quer que sejamos
na igreja e no mundo para a glória do nome de Cristo. Amém.

[1] Deus o Espirito Santo, segundo volume  pg301 -313. Editora pés.

Sermão Nº 29 – O credo e a conduta.


Referência: Tito 3:8.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 19/02/2020

INTRODUÇÃO: Que tipo de conjunto de habilidades você tem?” Essa pergunta, pode ser
colocada em uma entrevista de emprego, e ela tem como objetivo determinar se a pessoa
seria um bom candidato para ocupar aquela posição.
Então o candidato à vaga de emprego, faz rapidamente uma revisão mental de suas
habilidades e talentos, na esperança de enfatizar as características únicas que possui e
que contribuiriam para o sucesso da empresa.
Agora pensa comigo! E se já tivéssemos o conjunto perfeito de habilidades necessárias
para realizar o que Deus quer que façamos?
E na verdade já temos! Os dons espirituais que possuímos, juntamente com nossas
experiências, treinamento, talentos naturais e um coração submisso, formam um indivíduo
único que possui as habilidades necessárias para as “boas obras” que Deus “preparou de
antemão” ( Ef 2:10 ).
Se Deus tem algo que Ele deseja realizar e que você sente que está sendo chamando
você para fazer, Ele fornecerá o que você precisa para concluir a tarefa.
E podemos numa paráfrase enfatizar, “Deus quer que “nos juntemos a Ele na obra que ele
faz, a boa obra que Ele se preparou para nós fazermos” ( Ef 2:10) A única coisa que Ele
exige de nós é que “sejamos fiéis” (1 Cor. 4: 2 ).
Então todos nós precisamos encontrar um lugar no serviço de Deus onde você possa ser
usado por Ele? A bíblia diz que devemos “fazer o bem” e “ser rico em boas obras” (1 Tim.
6:18).
O que nos impede de fazermos as obras de Deus? Que nos impede de passarmos da
inspiração para a transpiração.Tiago diz (1:22) “Sejam praticantes da Palavra, e não
apenas ouvintes”.
Muito de nós gostamos, por exemplo de Jardins. Belos jardins nos inspiram a queremos
criar algo igualmente bonito no nosso próprio quintal.
Porque temos dificuldade em passar da INSPIRAÇÃO para a parte da TRANSPIRAÇÃO da
jardinagem.
Nossas grandes ideias não se tornam realidade porque não gastamos tempo e energia
para fazê-las acontecer.
Isso se aplica as questões espirituais. Podemos ouvir os testemunhos de outras pessoas e
nos maravilhar com o trabalho que Deus está fazendo em suas vidas.
Podemos ouvir música edificante e uma grande pregação e nos sentirmos inspirados a
seguir a Deus com mais diligência.
Mas logo depois que saímos da igreja, temos problemas para encontrar tempo ou fazer um
esforço para seguir adiante.
Tiago descreveu esses cristãos como sendo aqueles que se olham no espelho, vêem a si
mesmos, mas não fazem nada para consertar o que está errado (Tg 1:23-24).
Eles ouvem a Palavra, mas isso não os leva à ação. Tiago diz que precisamos fazer – não
apenas ouvir .
Quando passamos da inspiração de simplesmente “ouvir” sobre o bem que está sendo feito
pelos outros, para a transpiração (suar a camisa) do realmente “fazer” boas obras, então a
Palavra de Deus implantada em nós (Tg1:21) florescerá em um belo jardim de frutos
espirituais.
A exposição de hoje trata da conexão entre a fé e as obras, entre a credo e a conduta,
entre a teologia e a pratica.
A exposição de hoje enfatiza duas verdades: algo para acreditar e algo para fazer.
Vejamos.

ALGO PARA ACREDITAR.


(v.8) “Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus
procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens”.
Há neste verso pelo menos três coisas sobre a verdade.
Uma verdade axiomática.
Paulo começa a dizer que esse é um ditado fiel, “firme é essa palavra”; “uma declaração
fiel”.
Os eruditos tem se dividido, se a declaração fiel são as doutrinas da salvação que Paulo
aborda dos versos 4-7; ou a um axioma conhecido de todos, que os crentes devem aplicar-
se às boas obras.
Sem entrar nos argumentos exegéticos para provar cada lado da questão. Acredito ser
melhor resolver isso, citando as outras citações onde Paulo usa a mesma expressão.
1 Timóteo 1:15 “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio
ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
1 Timóteo 3:1 “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja”.
1 Timóteo 4:9,10 “Esta palavra é fiel e digna de toda a aceitação”. Porque para isto
trabalhamos ….pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens,
principalmente dos fiéis.
2 Timóteo 2:11 “Palavra fiel é esta”: que, se morrermos com ele, também com ele
viveremos”. 
Considerando que nestes textos o apostolo olha para frente e não para traz, seria melhor
considerar que o AXIOMA, seja a importância das boas obras (gr “kalonergon”), daqueles
que creem.
Um axioma é usado para identificar uma expressão conhecida. Quando você diz que algo é
um axioma, quer dizer que é uma verdade evidente que não precisa de prova; é apenas
óbvio.
É uma premissa básica. É algo que é óbvio, algo que todo mundo sabe que facilmente
podemos esquecer, e ele está simplesmente dizendo o seguinte: “Vocês todos sabem
disso com certeza”.
A verdade tem muitos lados. E embora, como uma jóia pura, seja igualmente brilhante por
todos os lados, não pode ser vista de uma só vez.
O que é obvio aqui é que a fé e as obras andam juntas. Logo pouco importa, se Paulo se
refere as doutrinas da graça nos versos 4-7, ou as boas obras nesse verso.
Pois uma coisa está relacionada com a outra. A doutrina deve produzir a pratica. E a
pratica é a prova da doutrina.
O principal propósito da doutrina é produzir vida santa. As obras não são a causa, mas a
evidencia da nossa salvação.
LUTERO dizia: “boas obras não fazem um cristão; mas é preciso ser um cristão para fazer
boas obras”.
Veja um exemplo simples que alguém da deu: por flores, entenda a fé; por frutas, boas
obras. Como a flor está diante do fruto, assim é a fé antes das boas obras; assim também
não é o fruto sem a flor, nem as boas obras sem fé.
Fé e obras – Foi uma divisão infeliz que foi feita entre fé e obras. Embora em meu intelecto
eu possa dividi-los, assim como na vela eu sei que há luz e calor; mas, ainda assim,
apague a vela e os dois se foram; um não permanece sem o outro.
Então podemos interpretar das duas maneiras.  A declaração fiel é evangelho que
devemos afirmar constantemente.
E nunca é demais falar do evangelho. Jamais será necessário substitui-lo por qualquer
outro assunto, pois nada pode ser ensinado sem o evangelho ele é o centro de tudo.
Mas a evidencia visível do evangelho são nossas boas obras operadas em nós por meio do
Espirito Santo. O verdadeiro evangelho é evidenciado numa vida de retidão e amor.
Há uma tendência dualística nas igrejas do nosso tempo. Umas afirmam constantemente o
evangelho e não vivem o evangelho. Outras tentam viver o evangelho sem entende-lo..
O resultado de ambos é um evangelho deformado e hibrido e que não glorifica a Deus. 
Uma verdade categoria. (v8) “e isto quero deveras afirmes”.
A Escritura está afirmando por meio do apostolo Paulo, que o pastor deve se ocupar desse
oficio; afirmando categoricamente, constantemente e com firmeza essa verdade do
evangelho.
O principal objetivo da pregação pública é recomendar a prática da virtude. Os antigos
acreditavam que os deveres de moralidade e religião deveriam ser os principais assuntos
da pregação pública.
Porque o que impede os não crentes de serem salvos, não é a falta de pregação, mas a
falta de uma vida piedosa dos crentes tem sido o verdadeiro empecilho à salvação dos
pecadores.
Um dos principais fins de um ministério cristão é conter a nossa forte inclinação para a
iniquidade e melhorar nossos hábitos morais.Se isso não for alcançado, nada será feito
para um bom propósito.
As verdades do evangelho podem ser esclarecidas com a doutrina, mas podem ser
ocultadas com falta do viver santo.A pregação pode ser expositiva, mas pode se tornar
ineficaz de não for vivida.
Nenhuma glória pode ser trazida a Deus, nenhum benefício pode ser garantido ao homem,
se não houver uma mudança moral exercida nos corações e vidas dos homens.
Nisto todos estão de acordo. Até o profano, que não considera nem pratica um dever
moral, o reconhecerá como necessário.
Mas então qual é então a afirmação categórica que os pastores tem pregar?
Seria enfatizar somente as boas obras e não ficar incomodando os crentes com as
doutrinas da graça?
Seria o trabalho do Pastor exclusivamente, estabelecer uma boa moral? Infelizmente,
muitos tem feito isso e caído num LEGALISMO COMPORTAMENTAL e um senso de
MORALISMO VAZIO.
Outros tem trabalhado exaustivamente para inculcar as doutrinas da graça, mas sem
produzir qualquer mudança moral nas pessoas, caindo numa ORTODOXIA MORTA e num
ACADEMICISMO ÁRIDO.
Essa foi a questão do Sec 17 do Pietismo alemão, que desprezava a ortodoxia e valorizava
as experiencias.
Mas o texto, devidamente entendido, tem um aspecto diretamente oposto: é uma injunção
expressa ao pastor Tito que ele apresente continuamente as doutrinas do evangelho, que
levem os homens à prática de seus deveres.
Isto não é uma questão trivial, isso é o cerne do cristianismo. Os homens só são salvos
quando vê o cristianismo encarnado. A credibilidade do evangelho depende de uma vida
santa.
E isto é axiomático e categórico, isso é obvio; que aqueles que creem nessas doutrinas,
devem viver uma vida santa, mas não tem sido a verdade entre os crentes modernos.
É uma verdade ocupacional. (v.8) “procurem aplicar-se”.
Os crentes devem se manter ocupados com isso. O termo grego “proistasthai”, (Boas
ações) significa praticar uma profissão.
William Barclay diz que essa palavra que traduzimos para praticar boas ações é
proistasthai, que literalmente significa ficar na frente e era a palavra usada para um lojista
em frente a sua loja apresentado suas mercadorias.
A frase pode significar duas coisas. Pode ser uma ordem para os cristãos se envolverem
apenas em negócios respeitáveis e úteis.
Havia certas profissões que a Igreja primitiva insistia em que um homem deixasse antes
mesmo que lhe fosse permitido ser membro da igreja.
Mais provavelmente, a frase tem o significado mais amplo de que um cristão deve praticar
“boas ações” que são úteis aos homens.
O termo também significa liderar, avançar, dominar, governar como no grego clássico. O
crente tem sempre a iniciativa de fazer coisas boas, é de sua natureza cristã, o servir,
ajudar e compartilhar.
E neste caso ele deveria liderar o ranking. Pois essa palavra significa ficar na frente ou
assumir a liderança na disposição de viver uma vida reta e fraterna.
Esta é a mensagem dessa carta, a forma como vivemos vai demonstrar que o nosso Deus
é Salvador.
A prática de boas obras é necessária para provar a realidade e a sinceridade de nossa fé.
O evangelho não é teórico ele é prático.
Fé ou crença é um princípio oculto que ninguém pode ver, e não há outra maneira de
testemunhar que possuímos esse princípio, senão pelos sentimentos benevolentes que
demonstramos e pelas boas ações que ele nos leva a realizar.

ALGO PARA FAZER.


Paulo estava dizendo que isso é algo óbvio, algo que todo mundo sabia, e ele está
simplesmente dizendo o seguinte: Vocês todos sabem disso com certeza e ele só estava
relembrando.
Vocês sabem como vivem os ímpios, pois vocês já foram assim no passado, e que não
podiam ser diferentes disso. Mas agora a graça de Deus alcançou vocês, e isto faz toda a
diferença.
Portanto, antes que você fique com raiva e hostil contra a cultura em que vive, lembre-se
de que, sem a graça de Deus, você é igual a eles.
Então, como devemos viver em uma sociedade pagã?
 Um: lembramos do nosso dever como cidadão (v.1,2).
 Segundo: lembramos da nossa condição anterior (v.3), e isso nos ajuda a entender
que eles estão apenas agindo da maneira que agem, porque é a única maneira de
agir.
 E terceiro: lembramos de nossa salvação (v.4-7), que é apenas a graça de Deus que
nos diferencia deles. E, como o senhor teve pena de nós, devemos ter pena deles.
Eles estão em uma condição lamentável.
 Finalmente, quarto: se você quer viver da maneira que Deus quer que você viva em
uma cultura pagã, lembre-se de sua missão é PREGAR E VIVER o evangelho, para
atrair as pessoas a Cristo.
A evidencia da fé.
Paulo diz no versículo 8: “E com relação a essas coisas, QUERO que você fale com
confiança, para que aqueles que creram em Deus SEJAM cuidadosos em se envolver em
boas ações. Essas coisas são boas e lucrativas para os homens”.
Paulo está lembrando da missão Pastoral de Tito. Ele diz: fale dessas coisas?  Que
coisas?
Todas as coisas que ele escreveu, desde o capítulo 2, versículo 1: “Tu, porém fala o que
convém a sã doutrina”.
Tudo o que convém a sã doutrina está no capitulo 2, os deveres dos homens mais velhos e
mais novos e das mulheres mais velhas e mais novas, dos empregados e dos cidadãos no
verso 1 do capitulo 3.
Ele diz (Tt 2.16), fala dessas coisas com toda autoridade e não permita que ninguém deixe
cumprir esse teu ensino.
Veja se todos os crentes estão aplicando a doutrina no seu viver diário. E esse é o grande
desafio do ministério pastoral.
Muitos até pregam o evangelho, mas poucos supervisionam o rebando se estão vivendo o
evangelho.
E então ele vai e dá muitas coisas no capítulo 2 e depois no capítulo 3. Agora volta ao
ponto em que ele começou no capítulo 2, versículo 1, e dizendo: “sobre essas coisas,
quero que você fale com confiança”.
“Não hesite; pregue essas coisas com ousadia e convicção.”O verbo grego é muito intenso.
Você deve falar com confiança, com intensidade, com severidade, sobre esses assuntos do
comportamento cristão.
É disso que se trata a igreja. Quando a igreja se reúne, ela se reúne para ser exortada.
Como vimos no capítulo 2, versículo 15, o pastor deve “falar, exortar e reprovar;não
permitindo que ninguém o desconsidere; e deve fazer isso com toda a autoridade.
No capítulo 3 e versículo 1; Paulo novamente diz que Pastor deve exortar, admoestar,
chamar a atenção dos crentes para honrar as autoridades.
Veja aqui o pano de fundo. Quando a igreja se reúne ela o faz para ser exortada a viver
uma vida de santidade (Hb 10.27).
Você precisa estar aqui toda semana para ser estimulado ao amor e às boas obras.
A questão do evangelismo está em jogo, ela gira em torno de como você vive sua vida, por
isso e você precisa ser estimulado semana após semana para a piedade.
Então ele diz: “Tito, você fala essas coisas com autoridade. Pois são questões de
comportamento em uma cultura pagã, e é sobre o comportamento dos crentes que esta
carta inteira fala.
Você deve falar sem hesitar, a tempo e fora de tempo, para que aqueles que creram em
Deus, devem viver em santidade.
Essa é uma grande frase. Não quem creu em Deus, mas os que creem em Deus. É uma
ação continuada. O que é isso?
Aqueles que levam Deus e a Sua Palavra a sério. Essa é uma definição de cristãos. Quem
são os cristãos? Eles não são apenas pessoas que acreditam em Deus.
Muitas pessoas dizem que acreditam em Deus. 80% das pessoas que dizem crer em Deus
não levam a sério a Palavra de Deus. Eles não creem no que Deus fala em sua Palavra.
E esse é o problema aqui. Ele está falando sobre os crentes que crêem na Palavra de
Deus.
Você pode falar com confiança e ousadia, porque aqueles que aceitam Deus na Sua
Palavra vão responder positivamente a pregação e tomaramo cuidado para se envolver em
boas ações.
Eles vão assumir a liderança em fazer o que é santo e excelente. Eles vão dar atenção
muito cuidadosa, atenciosa e dedicada à questão do viver espiritual.
Pessoas que levam a Deus a sério vão fazer isso, pois eles querem estar em ambientes
de PRESTAÇÃO DE CONTAS.
Parte do problema na igreja hoje é que temos pessoas que dizem que acreditam em Deus,
que dizem que são cristãos, mas não levam a sério a Palavra de Deus.
E isto gera toda a CONFUSÃO MORAL na sociedade, pois os crentes não vivem como sal
e luz da terra.
Então cabe ao Pastor falar com toda a autoridade, para que os crentes levam a sério a
Palavra de Deus e os que foram regenerados (v.4-7), esses irão atender a sua pregação.
Eles terão o cuidado de envolver em boas ações, e essas coisas é que são proveitosas e
uteis para todos.
O fim ultimo das coisas.
Paulo termina dizendo que essas coisas são proveitosas e uteis a todos.
O que isso significa? Qual o proveito e a utilidade de todo credo cristão.
Porque as pessoas precisam conhecer a boa teologia? Para serem ortodoxos e livrar-se
das heresias? Embora isso seja verdadeiro.
Qual a verdadeira utilidade de uma declaração de fé? Elas dizem o que devemos crer, mas
podem falhar em nos dizer como devemos viver.
A declaração de fé de Westminster diz que o fim ultimo do homem é glorificar a Deus e
goza-lo para sempre; e deveria acrescentar; “e testemunhar disso”.
Deus será glorificado no nosso testemunho que mostra que Ele é salvador, nisto podemos
regozijar nEle. Paulo diz a Tito que sem o nosso bom testemunho o nome de Deus será
desonrado.
Tito 2. 10 diz que nosso viver santo é um “ornamento da doutrina de Deus, nosso
salvador”. O que mostra que Deus salva é um viver santo.
Isso levará à salvação de almas perdidas, porque vocês demonstram que suas vidas
foramtransformadas pelo evangelho de Jesus Cristo.
O apostolo Paulo exorta ao jovem Pastor Timóteo que “o exercício físico é de pouco
proveito; a piedade, porém, PARA TUDO É PROVEITOSA, porque tem promessa da vida
presente e da futura.Esta é uma afirmação fiel e digna de plena aceitação” (1 Tm 4:8,9).
Todas as instruções morais e teológicas dadas nessa carta, tem o fim ultimo de levar as
pessoas a serem salvas.
O entendimento de uma igreja saldável, está na sua missão de ganhar almas. E O
entendimento correto do evangelismo é a quinta marca de uma igreja bíblica como ensina
Mark Dever.
A igreja não vai atrair os pecadores, se não viver uma vida que agrada a Deus. Se a igreja
ao revela a gloria de Deus, ela não cumpre o seu papel.
Uma mulher cristã que se submete ao seu marido, e cuide se sua casa como ordena a
Escritura, dará mais gloria a Deus, do que uma cruzada evangelística com milhares
pessoas em um estádio.
Uma mulher cristã idosa, que consegue controlar sua língua e ajudar a mais novas a serem
boas donas de casas, a amar seus maridos e filhos, dará muito mais gloria a Deus, do que
todas as conquistas e liberdade de direitos que os cristãos tem conquistado neste ultimo
século.
Um marido cristão que ama sua esposa como Cristo amou a igreja, impactará muito mais
uma cidade, do que a distribuição de milhares de folhetos.
O empregado cristão que se submete ao seu patrão como se fosse a Cristo, trará mais
almas ao evangelho, do que um programa de televisão de evangelismo em rede nacional.
Temos um grande desafio em nosso amado país. E eu acho que a igreja está perdendo
toda essa abordagem.
Temos uma nação cada vez mais paganizada, e alguns cristãos estão pulando na onda
política tentando impactar “a cultura”.
Esse não é o nosso objetivo. Esse não é o nosso propósito. Esse não é o nosso chamado.
Outros cristãos estão tentando criar uma estratégia mais inteligente para evangelismo e
sentem que, se puderem encontrar todas as ferramentas de marketing e todos os botões
de atalho e pressioná-los adequadamente, as pessoas serão salvas porque a técnica é
muito inteligente.
E assim eles transformam a igreja em um centro de ENTRETENIMENTO para os
incrédulos que querem vir e se divertir.
E, esperançosamente, se estiverem entretidos o suficiente para ficarem realmente felizes e
entusiasmados, eles decidirão que querem se tornar cristãos.
Não é assim que se faz, irmãos. Você pode ter uma multidão e até pregar o evangelho e
salvar algumas pessoas.
Mas o fim ultimo disso tudo é que teremos crentes imaturos, carnais, mundanos e
ignorantes cujas vidas não vão demonstrar à cultura o poder transformador e salvador de
Deus e nome dele será blasfemado.
Quando a igreja se reúne, ela se reúne para ser exortada com ousadia e chamada à vida
santa, e fora da Palavra de Deus.
Porque aqueles que levam a sério a Palavra de Deus, vão “se envolver nas boas ações”
que promove o reino de Deus, e isto torna-se “bom e lucrativo” para o mundo que assiste.
Esse é o mandato. Não podemos ficar tristes. Certamente não podemos ser hostis. Temos
que orar por aqueles em nossa cultura e nossa sociedade que estão perdidos.
Temos que ter pena deles e amá-los com o amor de Deus e mostrar-lhes Cristo. s
economizando energia em nossas vidas. A igreja não precisa agora se tornar mais como o
mundo.
Precisa tornar-se total e distintamente a igreja para que haja uma diferença tão óbvia que o
mundo possa vê-la claramente.
Estamos fazendo exatamente o oposto, e essa é a tragédia. Para nós aqui temos um
mandato – não podemos consertar tudo, mas podemos ser o que Deus quer que sejamos
aqui. E Deus, em Sua graça, nos usará para levar muitos à justiça.
 
CONCLUSÃO.
Para resumir o que venho dizendo: A crença em Deus não é uma questão de teoria ou
especulação, mas de prática; deve ser acompanhado de boas obras.
A fé precisa ser nossa INSPIRAÇÃO e as obras nossa TRANSPIRAÇÃO. Crer em Deus,
resulta em suar a camisa, em serviço, em incansável trabalho e devoções.
De acordo com isso, a MARCA REGISTRADA de um cristão é conduta –“boas obras”.
Os cristãos não são conhecidos por sua TEOLOGIA, nem por sua ORTODOXIA, nem por
seu DOGMAS; mas por suas obras, pelo seu viver santo. A crença que não muda a vida é
inútil.
Aqui, então, temos a última vontade e testamento do apóstolo, por assim dizer, deixada a
todas as igrejas, de que ‘aqueles que crêem em Deus devem ser cuidadosos em manter
boas obras.
Essa verdadeira religião une o belo e o rentável. Por outro lado, especulações tolas e
controvérsias sobre a lei são inúteis e impraticáveis.
Não demore muito com um cismático, divisionista. Se ele não ceder a uma ou duas
advertências, rejeite-o completamente. Está além do seu poder corrigi-lo.
Sermão Nº 30 – Quais tipos de relacionamentos a igreja não deve ter.
Referência: Tito 3:9-11.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 26/02 e 04/03/2020

INTRODUÇÃO
Se eu fosse um Pastor responsável por muitas congregações de uma igreja, como Paulo
era, havia muitas cidades e muitas congregações na ilha de Creta, se eu fosse o
responsável por liderar, guiar, dirigir e discipular um jovem pastor para continuar meu
trabalho, em um campo com centenas de igreja jovens e frágeis.
Se eu fosse responsável por fortalecer uma igreja no meio de uma cultura pagã muito
violenta, se tivesse a responsabilidade de armar-la contra falsos mestres e a impiedade,
confusão e poderes do mal,
se tivesse a tarefa de tentar levá-los à pureza e santidade, virtude e maturidade, sem isto a
igreja não ganharia os perdidos para Cristo.
Se fosse minha responsabilidade garantir que eles estivessem isolados do mal do mundo
ao redor deles e, ao mesmo tempo, alcançando o mundo maligno com o evangelho de
Jesus Cristo,
Se eu como pastor responsável, soubesse que esses crentes provavelmente não teriam
acesso a nenhum outro material da Escritura, pois a maior parte do novo testamento que
conhecemos, não estava escrito, talvez um evangelho, e outras cartas.
Se todo o conhecimento bíblico que essas centenas de igrejas, teria sobre o evangelho e
doutrinas seria basicamente desta carta.
E se, considerando hoje que muitas de nossas crianças tem um conhecimento maior da
Escrituras, que muitos presbíteros daquelas igrejas
Se tudo isso fosse minha tarefa, no meu senso de dever, acho que teria escrito uma carta
mais longa. Eu teria escrito um livro, ou vários livros.
Eu teria escrito uma confissão de fé. Eu teria escrito uma teologia sistemática. Eu teria
preparado um material de discipulado, essa preocupação tomaria minha mente.
E me surpreende que, com tudo isso, com toda essa responsabilidade, o apóstolo Paulo
tenha terminado isso tudo, em apenas três capítulos, na melhor das hipóteses,são breves
capítulos, hoje seria duas páginas de A4.
Ele foi tão breve e, no entanto, foi também tão direto. E ele se concentrou nos assuntos
necessários e mais importantes.
E novamente isso demonstra a mente do Espírito de Deus que, com poucas palavras, pode
dizer tudo o que precisa ser dito.
Embora seja pequena essa epistola; ela é uma fonte inesgotável de riquezas intermináveis,
pois estamos expondo essa epistola oito meses, com 31 sermões, numa média de 14
paginas temos 434 paginas escritas sobre essa pequena epistola.

PREPARANDO RELACIONAMENTOS.
Uma grande maioria dos cristãos, nunca pararam para prepara-se para relacionar do jeito
certo, com as pessoas certas.
E isto tem sido a causa de muitos cristãos serem arrastados por divisões, e naufragarem
na fé.
Precisamos escolher nossos relacionamentos, baseados na verdade de Deus, e não nas
nossas emoções frouxas e irresponsáveis.
O objetivo dos relacionamentos.
Toda essa epistola pode ser resumida em uma afirmação (2.10):
“O objetivo dos crentes é ter um viver santo para que possam adornam a doutrina de Deus
nosso Salvador em todos os aspectos”.
Embora esse verso foi escrito particularmente àqueles que eram escravos que não tinham
direito a nada.
Certamente captura em uma afirmação a essência da responsabilidade de todo crente
dentro da igreja e é que devemos viver de maneira que o mundo possa ver que nosso
Deus salva os pecadores.
A responsabilidade suprema é adornar o ensino das Escrituras sobre o poder salvador de
Deus, demonstrando como são as vidas salvas.
Devemos viver para que a Palavra de Deus não seja desonrada.
Devemos viver para que os críticos da fé cristã sejam silenciados porque não têm nada a
dizer negativamente sobre nós.
Devemos viver para que o ensino que diz que Deus salva os pecadores seja tornado
visivelmente verificável por nossas vidas.
Então, realmente, esta é uma CARTA EVANGELÍSTICA, está dizendo à igreja como
ganhar o mundo, e ela ganha o mundo ao seu redor por sua própria pureza.
E assim, o maior ENSINAMENTO SOBRE EVANGELISMOé ensinar sobre santidade,
virtude e integridade, pureza e honestidade na vida cristã.
Para que a igreja ganhe o mundo perdido,ela não pode ser influenciada por ele. Ela busca
a santidade para causar impacto por meio do seu testemunho.
Nossos relacionamentos promovem crescimento em santidade? O objetivo final das
amizades é a pureza.
A função dos relacionamentos.
Resumindo esse conceito, basicamente entendemos nesta carta, então a verdadeira
função dos nossos RELACIONAMENTOS.
No capítulo 1, você tem o relacionamento necessário entre as pessoas e Deus,e isto é
demonstrado, pela vida de piedade dos presbíteros, que dão o exemplo de como todos na
igreja devem se relacionar com Deus.
Por isso o apóstolo Paulo diz no capítulo 1 que é crucial para o sustento da vida e o
testemunho da igreja que ela obreiros/presbíteros acima da reprovação,
Que seja Homens com H; que tenha filhos crentes, que sejam bons maridos, bons pais,que
não pudessem ser acusados, ser oposição a liderança, que não fossem insubmissos, que
causava rebelião e divisão na igreja.
Que fossem lideres fiéis, não teimosos, que se irritam com facilidade, sem vícios, não
avarentos, hospitaleiro, amigo do bem, sensível as necessidades dos outros, bom
testemunho entre os não crentes.
Que fossem sensatos, que conheçam a bíblia ao ponto de refutar com a sã doutrina
aqueles que se opõem a liderança da igreja local.
O ponto central aqui é que são esses homens (obreiros); virtuosos e piedosos que serão o
exemplo de como todos na igreja devem se relacionar com Deus.
Essa é a essência dessas descriçõese qualificações da liderança, ajudar nossos
relacionamentos.
A liderança piedosa deve ser imitada, a partir disso construímos nossos relacionamentos.
A essência disso também é mostrar que há relacionamentos perigosos e destrutivos.
Essas pessoas, que geralmente são destacas e que influenciam outras, não vão atender a
todos esses requisitos (dos presbíteros/liderança) de relacionamentos saudáveis.
Relacionamentos adoecidos.
Veja bem; numa rebelião, o diabo, focaliza as acusações normalmente na vida da
liderança, para poder desviar a atenção do caráter daqueles que se opõe.
A igreja precisa de uma liderança saudável, santa e bíblica para se defender dos lobos.
Assim como os obreiros fiéis são descritos pelo caráter se seus relacionamentos, assim
também são descritos os falsos obreiros.
Então Paulo passar descreve o caráter deles, dizendo que eles não se submetem a
liderança, seus discursos são mentirosos, gostam de controvérsias, são brigões.
Eles enganam famílias inteiras, ensinando coisas erradas, tem uma natureza de besta fera,
são egoístas e só olham para o próprio umbigo. São infiéis e traidores.
Eles têm um coração errado, e por isso julga tudo errado. Eles não são ensináveis,não são
tratáveis, e são pastores de si mesmos, eles não têm uma autoridade sobre eles.
Eles desenvolvem uma confissão de fé perfeita, mas não praticam. Eles têm ideias
perfeitas sobre a igreja, mas não servem a igreja.
Paulo diz que eles devem ser silenciados e repreendidos severamente; pois são
desprezíveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.
Relacionamentos saudáveis.
Assim o capítulo 1 realmente focaliza o relacionamento da igreja com o Senhor, conforme
modelado e exemplificado em sua Liderança. A piedade da igreja é a piedade de sua
liderança.
O capítulo 2 então fala sobre relacionamentos entre os crentes. Os homens mais velhos e
os mais novos.
As mulheres mais velhas e as mais novas, os maridos e as esposas, os patrões e os
empregados.
O capítulo 3 fala sobre o relacionamento que os crentes mantêm com a sociedade não
regenerada em que vivem.
Como se relacionar com as autoridades, e como lidar com os ímpios desse mundo,
sabendo que já fomos assim.
Essas três áreas cruciais de relacionamento entre nós e Deus, entre nós e nós, e entre nós
e eles do lado de fora.
Tudo isso foi coberto com a genialidade do Espírito Santo nesses três breves capítulos.
Última palavra sobre relacionamentos.
Mas agora, quando chegamos à seção final que acabei de ler para você, temos os
comentários finais de Paulo.
Aqui acontece as preliminares para a batalha final. Aqui está a luta decisiva de quem fica
com o cinturão.
Se o evangelho vence ou perde. Se a igreja cumpre o seu papel ou não. Se ela glorifica a
Deus ou não. Se ela cumpre o seu proposito ou não. Se o testemunho dela permanece de
pé ou cai.
E a última palavra é sobre relacionamentos. Paulo fará seus comentários finais com
relação aos relacionamentos importantes na vida da igreja que levam a um testemunho
eficaz.
Uma coisa que tenho aprendido, neste tempo no ministério, é que as pessoas quando vem
a mim compartilhando o seu coração, percebo que preciso ouvi-las até o fim, pois as coisas
mais importantes que elas vão dizer, o que mais as preocupam ficam pro final.
É uma forma delas se prepararem para as coisas mais ruins, pois as pessoas demoram
dizer o que realmente são e o que querem.
Pois até que cheguem ao fim, provavelmente não ouvimos o que é mais
importante.Embora essa não seja uma manobra errada. Pois a Escritura mostra que nós
somos assim.
Paulo se aproximando do final da carta, algo está em seu coração que ele deixa para o
final, e antes de terminar ele precisa dizer algo muito importante que ele vem nos
preparando a carta toda para dizer e então chega ao ponto principal.
Ele disse até agora muita coisa crucial, ele ensinou coisas proeminentes, e certamente
todas elas são coisas eternamente importantes que precisava ser dito, mas há algo que
realmente precisa ser dito antes de fechar o assunto.
Pois todas as outras verdades dependem da dinâmica do que ele vai dizer no desfecho
final.
Embora ele não vai falar nada novo, e ainda continuará a falar sobre relacionamento, mas
ele preparou-nos ao longo de toda essa carta para dizer uma “última palavra” sobre
relacionamento.
Então, ele expressa essa verdade identificando quatro categorias(grupos) cruciais de
relacionamentos, disto depende a saúde da igreja, para o seu testemunho da salvação.
com falsos lideres-mestres, que influenciam negativamente.
com opositores/divisionistas, que dividem a igreja local.
com companheiros de ministério, que auxiliam no pastoreio.
com amigos fiéis, que são refrigérios no meio da batalha.
Vejamos essas categorias relacionamentos na igreja.

RELACIONAMENTOS NA IGREJA.
Todos nós precisamos estar atentos, sobre os nossos relacionamentos, pois embora
estejamos na igreja, nem todos os relacionamentos são saudáveis, e alguns nós devemos
evitar.
Relacionando com os falsos líderes.
Vamos ouvir sua última palavra sobre falsos professores. Versículo 9: “Mas evite
controvérsias e genealogias tolas, contendas e disputas sobre a lei por serem inúteis e
infrutíferos“.
Agora, os cristãos de Creta haviam sido superexpostos a várias pessoas que disseram
“representar o Senhor”, disseram que eram Seus servos, obreiros chamados, ordenados,
separados, pregadores eloquentes e realizadores de milagres, mas eram mentirosos.
De fato, o conflito que eles estavam enfrentando com falsos líderes-mestres, que
influenciavam outros crentes e estavam criando tanto caos e tanta confusão.
Esta foi a razão principal que levou Paulo a enviar Tito apressadamente, para levantar uma
liderança piedosa, ordenando presbíteros/líderesem todas as cidades (Tt 1.5).
A igreja precisa de uma forte liderança espiritual. E em(Tt 1.9) ele diz que eles devem ser
homens que se apegam à Palavra fiel de acordo com as Escrituras; e que são capazes de
manejar essa verdade tanto para ensinar ou refutar aqueles que contradizem.
O Magistério na igreja foi dado exclusivamente aos pastores piedosos, presbíteros
piedosos, líderes piedosos são necessários como defensores e protetores da pureza da
doutrina da igreja.
Para que a igreja tenha algum testemunho no mundo, ela deve manter a doutrina pura, que
é a base para a vida pura e, portanto, é crucial que esses falsos mestres
seremseveramente confrontados ea igreja deve ser isolada deles.
Você notará em (Tt 1.9) que há uma discussão bastante longa sobre eles, indicando que
eles eram um grupo FORMIDÁVEL E INFLUENTE na igreja.
Paulo diz que eles são muitos, e que são rebeldes, faladores e enganadores vazios,
especialmente os da circuncisão.
São rebeldes, de fato,desobedientes, insubmissos, não estão dispostos a estar debaixo de
nenhuma autoridade bíblica, eles não prestam contas a ninguém.
Ninguém pode repreendê-losou disciplina-los, aonde eles vão eles deixam um rastro de
desgraça e tragédias na igreja.
Faladores vazios, eles são fluentes, professores, mestres, doutores,e com uma capacidade
fora do comum de argumentação, mas no fundo eles não sabem nada.
Eles são enganadores, levando outros a cometer erros, inicialmente isso foi feito por
grupos que ensinavam um legalismo judaico chamados de judaizantes, como os que Paulo
enfrentou em Gálatas.
No inicio eles andavam de igreja em igreja, defendo uma justiça por meio da lei, da
circuncisão da guarda dos sábados, e da comemoração das festas, juntamente com outras
coisas bizarras, místicas e alegóricas.
E Paulo diz categoricamente que havia muitos deles (v.11).Eles devem ser repreendidos
severamente e silenciados (precisar fazer calar a boca deles), não se pode dar a voz a
eles.
Eles estão perturbando famílias inteiras. Eles estão ensinando coisas que não deveriam
ensinar, para ganhar prestigio, admiradores, e dinheiro.
Ele diz mais sobre eles no versículo 16, que professam conhecer a Deus, são teólogos de
ponta; são pregadores milagrosos, mas por suas ações(vida impura) o negam, sendo
detestáveis, desobedientes e inúteis por qualquer boa ação.
E como boas ações são a essência do impacto evangelístico, uma vez que é isso que
demonstra vidas transformadas, eles não podem fazer isso porque suas vidas não foram
transformadas.
Ele está profundamente preocupado, então, com o fato de essas igrejas na ilha de Creta
estarem sendo atacadas pela doutrina demoníaca.
Por traz desses falsos obreiros, estava o diabo, com seus espíritos sedutores, com seus
ensinamentos sedutores, atraindo as pessoas a esses líderes, falantes e vazios.
Eles produzem na igreja o oposto do que é bom e proveitoso para os homens (Tt 3.8), eles
produzem o que é mau e o que não é rentável e isto impede o testemunho da igreja.
O capítulo 2 continua com o mesmo tipo de ênfase quando no versículo 1 é dito a Tito que
fale as coisas adequadas à sã doutrina.
E então, no final do capítulo do versículo 15, ele diz que o Pastor deve falar, exortar e
reprovar com toda autoridade e não deixar ninguém deixar de obedecer ao seu ensino.
A batalha é pela FÚRIA DA VERDADE em Creta e Tito deve defender a igreja construindo
líderes piedosos e silenciando falsos mestres que que dividem a igreja.
Isso faz parte da responsabilidade da liderança e da igreja local. Esses são os
antecedentes do texto lido hoje.
Agora volte ao capítulo 3, versículo 9, e aqui está a última palavra. E a última palavra uma
ordem, um verbo, um imperativo, um comando; “não entres”, evite, despreze, não dê
atenção.
O sentido aqui é como uma prática contínua. O verbo significa literalmente tratar alguém
com indiferença, com desprezo, dar-lhe as costas e seguir por outro caminho, na verdade,
virar-se com o objetivo de evitar alguém ou alguma coisa.
E a responsabilidade que temos para com os falsos lideres-mestres é dar as costas e ir
embora, evitá-los.
Essa é a última palavra de Paulo, que pode parecer estranho, para que nos afastemos
desse tipo de pessoas.
Quatro coisas essas pessoas fazem, que vai destruir o testemunho da igreja.
(a) Elas gostam de controvérsias. A palavra tolo é a palavra da qual obtemos a palavra em
português idiota.
Isto não tem nada a ver com a instrução acadêmica, tem muita gente com doutorado
defendendo teses idiotas, tolas.
Jesus disse que aquele que chamar o seu próximo de “idiota” (moros)’, será réu do fogo do
inferno, mas aqui é a própria pessoa que se torna idiota, e por isso se torna réu do fogo do
inferno.
Paulo diz que ela tem argumentos tolos (moros = idiota), refere-se à; debates idiotas,
argumentos idiotas, argumentos sem profundidade…evitá-los, virar as costas e seguir a
outra direção.
Esses falsos professores sempre querem atacar a verdade. Eles sempre querem atacar a
teologia da igreja. Eles sempre querem atacar o que é historicamente verdadeiro, afirmado
e tradicional.
Com seus ensinamentos controversos e suas novas idéias, eles querem atacar essa
verdade solidamente fundamentada e levar os pobres crentes vitimizados à confusão e ao
pecado.
Isso era tão comum no tempo de Paulo, a propósito, ele escreveu quase o mesmo tipo de
coisa para Timóteo sobre o mesmo tipo de ensino falso.
E se você ler atentamente 1 Timóteo e 2 Timóteo, ouvirá um eco exatamente do que vê
aqui em Tito.
Por exemplo, 1 Timóteo 6: 4  diz Paulo, … “que eles não eram treinados, eram ímpios,
Mestres que têm mórbido interesse em questões controversas e disputas sobre palavras
que surgem de …
…das quais, devo dizer, surgem inveja, conflito, linguagem abusiva, más suspeitas,
constantes atrito entre homens de mente depravada e privados da verdade.
Isso não é novidade. Eles entrariam e, com seu romance erudito supostamente escolar,
divinamente recebido de forma intuitiva, com insights obtidos misticamente, eles atacariam
a Palavra de Deus.
O que eles realmente estavam fazendo era defender a doutrina demoníaca. Eles eram
ignorantes.
Passaram horas sem sentido discutindo e debatendo sobre suas especulações contra a
verdade de Deus, com o objetivo de suscitar perguntas que não podem ser respondidas,
confusão e, finalmente, deserção da fé.
Paulo diz que esse tipo de comportamento e ensino, contamina a igreja; corrompe os bons
costumes; come como gangrena; e naufraga a fé.
Isso é devastador. Divide a igreja. Mata as pessoas espiritualmente. Evite-os, exclua-os;
essa é a última palavra do apostolo.
Depois de confrontados e eles não se submeterem, então não oferece nenhuma plataforma
para o ensino deles.
Você não os ouve como se fosse verdade ensinada por aqueles que representam Deus,
você dá as costas e se afasta.
Enquanto eu pensava nisso, estava meditando sobre o pensamento … Será que Deus está
mantendo algum tipo de registro de quantas horas, quantos anos e quantos tempos de vida
dos cristãos foram perdidos para propósitos reais do Reino.
Quanto tempo realmente gasto com atividades redentoras, oração, evangelismo real,
discipulado e ministério espiritual, treinamento de famílias, juventude e crianças.
Agora veja, quanto tempo gasto com debates e controversas tolas e suas mentiras,
frequentemente chamamos isso de erudição, acadêmica, “novo evangelho”.
Existem centenas de perguntas, que algumas pessoas consideram muito importantes, mas
que não têm qualquer influência prática, seja na glória de Deus ou na santidade do homem.
Não devemos entrar nessas questões; que aqueles que têm tempo a perder façam essas
perguntas; quanto a nós, não temos tempo para coisas que não são proveitosas.
Enquanto as almas dos homens imploram para ouvir o simples e poderoso evangelho?
(Jesus salva, Jesus batiza com Espirito Santo, Jesus Cura, Jesus leva para o céu), que
mensagem profunda e simples (Tt 3.4-7)
Em 2 Timóteo, capítulo 2 e versículo 14, Paulo dando o mesmo tipo de orientação a
Timóteo diz: “ordena-os solenemente, na presença de Deus, de não brigarem com
palavras que são inúteis e levam à ruína dos ouvintes“.
No versículo 16, “Evite a tagarelice mundana e vazia, isso apenas leva a mais impiedade”.
No versículo 14, leva à ruína; no versículo 16, leva à impiedade; no versículo 17, torna-se
gangrenoso. E então no versículo 23, “Recuse especulações tolas e ignorantes, elas
apenas produzem brigas”.
Se você quer um tipo de erro gangrenoso de partidarismo e doenças maliciosas que
produzem impiedade e a ruína de seus ouvintes, entre em um debate com pessoas que
defendem aquilo que não é verdade.
E, no entanto, a igreja desperdiçou; quem sabe quantas vidas incontáveis em um debate
com a loucura desses tipos de especulações e controvérsias inúteis sem sentido. O Espirito
Santo diz: Evite controvérsias tolas.
(b) Elas gostam do misticismo.
O segundo aspecto desse falso ensino que ele identifica está sob o termo “genealogias”.
Isso significa que não devemos ler certas partes do Gênesis? Ou não devemos ler a
genealogia de nosso Senhor em Mateus ou em Lucas?” Não, claro que não significa isso.
O que isso tem a ver com as interpretações bizarras, alegóricas e místicas das genealogias
do Antigo Testamento.
Eles usavam os nomes das genealogias, associando os a lendas e mitos que acompanham
certas fábulas, com visões e sonhos.
Grande parte da CABALA JUDAICA consiste em tal loucura reescrita. Há um antigo
chamado O Livro dos Jubileus, que tem muitas dessas alegorias judaicas e especulações
genealógicas, dando sentido a nomes e números cheios de especulações bizarras.
Esses ditos segredos místicos, se tornam fabulas e lendas, que inventam religiões que são
geradas a partir do inferno.
Irineu discípulo do apostolo João, conta que as genealogias de Gênesis estavam sendo
transformadas em mitos e lendas.
O historiador da igreja primitiva Eusébio disse que quando os apóstolos faleceram, a
conspiração do erro, cresceu assustadoramente, através dos falsos lideres-mestres; com
seus conhecimentos falsos, em oposição á verdade.
Depois que os guardiões, os apóstolos, se foram, essa coisa aumentou. Mas já existia, aqui
em Creta, as mesmas coisas estavam em Éfeso, onde Timóteo estava quando Paulo
escreveu 1 e 2, Timóteo veio à tona e estava atacando a igreja e precisava ser abordado
ele diz que eram
“…interpretações fantasiosas e místicas que se encaixavam apenas em à categoria de
estúpida controvérsia de genealogia”.
Este tipo de pessoas, adora coisas místicas, espiritualiza tudo, usa até os dons espirituais
para se opor a liderança da igreja.
(c) Elas gostam de contendas (v.9).Paulo menciona conflitos, “kai eris’, contenda, disputa,
brigas.
É a disputa que nasce da inveja, do ciúme, da ambição, do desejo de prestígio, de lugar e
destaque, da competição.
Vem do coração em que há ciúmes. Vem do desejo de lugar, de poder, prestígio e o ódio
de ser superado.
Aqui vemos pessoas constantemente, discordando e contradizendo a liderança, e na
linguagem da mitologia, é como se Eris, a deusa do conflito, tivesse liderando a batalha
das palavras.
Paulo escreve em (1 Tm 6.3-5)
“Se alguém ensina alguma outra doutrina que não é segundo as palavras de Jesus Cristo,
e com o a doutrina que é segundo a piedade.
Ele é vaidoso. e não entende nada, mas tem um interesse mórbido em disputas das quais
surgem inveja e contenda, linguagem abusiva, vivem levantando suspeita sobre os outros,
falam de falar mal “.
eles gostam de contendas, tem um entendimento corrompido, não podem entender a
verdade, gostam de ostentar sucesso; aparte-se dele”
Eles estão constantemente lutando em torno da verdade, disseminando divisão, são
vaidosos e orgulhosos, e alguns chegam a atacar a verdade histórica da Palavra de Deus e
vivem tentando provocar batalhas, rivalidade, contenda. A INTERNET está cheia disso.
Essas pessoas estão fazendo o esquema satânico; sendo projetadas para destruir a
confiança, a segurança, o senso de fé e descanso que os santos têm na verdade das
Escrituras. Ele diz que evita todas essas coisas.
Em certas ocasiões, alguns crentes querem afirmar certas ideias sobre teologia e sobre a
bíblia, das quais elas não viveram o bastante para amadurecer seu entendimento
E não fez nenhuma diferença para eles com relação a qualquer treinamento formal que eu
posso ter nas Escrituras; ou que eu estudo as Escrituras por quase tantos anos quanto eles
têm de vida.
(d) Elas Gostam de exibir conhecimento (v.9).“debates acerta da lei”.
E então ele olha para de uma maneira mais específica para aspessoas, que gostam dos
holofotes e participam dos “debates sobre a lei”.
Paulo diz em 1 Timóteo, capítulo 1 e verso 4-7, que muitos querem se mestres da lei, se
entregando a debates inúteis e perdendo uma boa consciência e desviando-se da fé.
A motivação dos debates é exibir conhecimento. Essas pessoas estão sempre envolvidas
em discussões infrutíferas, com argumentos inúteis.
Eles queriam ser professores de teologia, mas não entendiam o que estavam dizendo ou
os assuntos sobre os quais estavam fazendo afirmações confiantes.
As pessoas normalmente são DOGMÁTICAS sobre coisas que elas não conhecem bem e
nem receberem treinamento adequado.
Elas procuraram destaque como professores. Procuram por meio de novas sutilezas e de
alegoria distorcidas e seu legalismo e suas interpretações místicas, com verdades
misturadas com erros, tudo para serem consideradas como pessoas que tem um
conhecimento elevado sobre a bíblia.
Muitas dessas pessoas que parecem ter acesso a informações privilegiadas, que consegue
ver erro em todo ensino dos outros, na verdade querem prestígio, destaque, FAVORES
SEXUAIS e dinheiro.
Por isso não percebem que já CAÍRAM DA GRAÇA, e não percebem que as Escrituras
estão os condenando. São pregadores da própria desgraça.
Paulo está dando um comando, uma ordem, um mandamento: evite este tipo de pessoas,
vira as costas e vai embora.
Pois os demônios estão por traz disso. É tudo doutrina de demônios defendida pela
sedução de espíritos enganadores, através de mentirosos hipócritas. Ele diz: dê as costas
e vá embora.
Não há virtude em ficar por perto para ouvir o que eles têm a dizer. Mina, arruína a fé,
come como gangrena. Isso leva à impiedade.
As pessoas que estão indo atrás de falsos ensinos, não estão crescendo e nem
apresentando uma melhora na sua santidade.
Não sei quantas vezesem particular e nesse púlpito ao longo desses anos que avisei aos
jovens que ao escolherem uma FACULDADE ou um SEMINÁRIO, para se certificarem de
que não estão sendo desobedientes a esse mandamento da Palavra de Deus.
Porque eles irão para lá e o que ocorrerá será a devastação prometida. Para que não
desça ao nível de sua ignorância brigando e discutindo com eles.
Qualquer um que nos ataca que não merece ser ouvido. Os erros doutrinários e debates e
brigas intermináveis é uma perda de tempo e energia e isso não cabem as pessoas quem
amam a Deus.
Um dos grandes problemas das pessoas que vão para os seminários é que eles não serão
treinados na Palavra de Deus para o ministério, mas para discutir com professores que
ensinam erros.
O que precisamos hoje é de uma abordagem clara, expositiva e positiva é o que a Escritura
pede sobre si mesma.
Relacionando com os divisionistas (v. 10).
Há uma segunda categoria de relacionamento que devemos evitar na igreja.
Portanto, a última palavra de Paulo sobre falsos “mestres” é evitar. E em segundo lugar na
categoria: “pessoas fatídicas …
Versículos 10 e 11: “Rejeite um homem fatídico (carrega a desgraça, tragédia) após um
primeiro e segundo aviso, sabendo que esse homem é pervertido e está pecando, sendo
autocondenado”.
Agora, isso certamente poderia se referir àqueles que ensinam doutrina doentia porque
seriam fatais, isso é divisivos, rebeldes.
Eles vão criar grupos na igreja. Eles se separam dos outros. Eles são um problema na
igreja. Eles são uma influência sectária.
Eles vão atrair pessoas a si mesmas.Eles vão dividir a igreja. Mas realmente o texto vai
além disso.
(a) Eles pecam contra a unidade da igreja.
Isso vai além daqueles que se envolveriam em alguma doutrina errada, aqueles que
dividiriam a igreja por uma questão doutrinária, esse texto não se limita a isso.
Conforme diz os eruditos, refere-se à alguém que tende a se dividir, a fraturar a irmandade,
a rasgar o manto sem costura, por assim dizer, das vestes da unidade da igreja.
A igreja, como você sabe, sempre lutou contra a falsa doutrina e sempre lutou para manter
a unidade.
Ela sempre será agredida por pessoas que propagam mentiras e sempre será agredida por
pessoas que tentam dividi-la.
E não há uma igreja que não tenha enfrentado a divisão. Toda igreja local, tem uma
história negra de divisão. Se ainda não, vai passar.
“A verdade na unidade” é o estoque e o comércio do evangelismo da igreja. A sã doutrina e
o amor expressos são a nossa mensagem.
O que torna nossa sã doutrina crível é a integridade de nossa unidade, como Jesus deixou
muito “Nisto todos os homens saberão que vocês são meus discípulos, se vocês amarem
uns aos outros.”
Portanto o perigo contra o qual a igreja mais lutou, não foi o erro, as heresias. Mas foram a
discórdia e a divisão.
Em todas as CONTROVÉRSIAS DA IGREJA, o problema central nunca foi somente a
doutrina, mas a controvérsia que gerou a discórdia e a divisão.
Seja Católicos x protestantes; luteranos x calvinistas, calvinistas x armínianos, pentecostais
x tradicionais.
Você se lembra de que Paulo escreveu 1 Coríntios exatamente para resolver os conflitos e
divisões na igreja e usou os primeiros quatro capítulos só para enfatizar que a igreja
precisa viver na unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Pois afinal, um só Deus, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, e um só corpo, e Jesus
orou para que sejamos unidos em essência.
Todos nós fomos batizados em um só corpo, bebemos de um mesmo Espirito, existe uma
unidade espiritual, mas também precisa haver uma unidade real e visível. Somos
chamados sacrificialmente a amar um ao outro.
Na 1 epístola de Corinto, capítulo 1, acredito que Paulo resume nos versículos 10 e
seguintes:
“Exorto-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos vocês concordam
e que não há divisão entre vocês, mas vocês devem crer e sentir as mesmas coisas (evitar
o pensar diferente).
Fui informado, que há brigas, contendas, controvérsias entre vocês. Cristo foi dividido?
Existe um Cristo para cada grupo na igreja”.
Foi esse mesmo desejo de unidade que o levou a escrever aos filipenses, Para que eles se
conduzissem, no capítulo 1, versículo 27, de uma maneira digna do evangelho de Cristo,
para que, que eu esteja presente (vendo) ou esteja, eu possa ouvir sobre vocês que estão
lutando juntos, permanecendo firmes em um mesmo espírito pela fé do evangelho.
A unidade da igreja, absolutamente crucial para o evangelismo. A falta de unidade é o
grande empecilho ao evangelismo eficaz.
(b) São empecilhos ao evangelismo eficaz.
E é para isso que Paulo dirige sua atenção nesta segunda categoria.
Existem algumas pessoas na vida da igreja que são factuais (o que traz desgraça,
tragédia). Elas perturbam. Elas trazem discórdia. Elas são divisivos.
Qualquer um de nós a qualquer momento poderia fazer isso se estivermos pecando e não
vigiando o nosso coração.
O termo aqui que se refere a um homem faccioso é hairetikos, do qual, em português vem
a transliteração de “herege”.
O termo herege para nós significa apóstata, alguém que ensina algo diferente da sã
doutrina, alguém que rejeita a verdade. Geralmente pensamos nisso em um sentido
doutrinário.
Somente no segundo século hairetikos passou a significar um herege, ou apóstata. Embora
o fim desse pecado é a apostasia.
Mas, naquele momento, aqueles que estudam a língua grega nos dizem que a palavra
realmente não tinha esse tipo de conotação.
Veio do verbo grego hairetomi (?), Que significa simplesmente escolher, ou preferir …
tomar por si mesmo, escolher por si mesmo;e passou a significar
Festa = Se diverte por si mesmo, sem restrições, limites.
Escola = Pensar por si mesmo, cada um tem sua linha de pensamento.
Seita = Um grupo que defende doutrinas diferentes dos demais.
Partido = Um grupo que defende ideais políticos, filosóficos próprios.
Pode se referir ao grupo específico ao qual uma pessoa escolheu pertencer. Não seria
necessariamente ruim.
Por exemplo, é usado em todo o livro de Atos e traduziu a seita dos fariseus. É até usado
no livro de Atos com referência à seita chamada cristianismo.
Significa simplesmente um grupo, uma escolha. Mas aqui começamos a ver sua má
conotação, facções, divisões, é usando em Gálatas 5.20, como um dos frutos da carne.
Resumindo, o termo tem a ideia de alguém que faz uma escolha resoluta e obstinada, em
se opor; motivadas por conceitos e sentimentos errados.
Paulo está se referindo aquelas pessoas, que escolheram uma ideia, um conceito, um
ensinamento, uma doutrina, um ponto de vista, uma perspectiva um modo de
comportamento que não é aceitável para a saúde da igreja.
Isso ocorre quando alguém ergue sua opinião privada contra todo o ensino, o acordo e a
tradição da Igreja.
Um divisionista é simplesmente uma pessoa que decidiu que ela está certa e todo mundo
está errado.
A advertência de Paulo é contra a pessoa que fez de suas próprias ideias o teste de toda
verdade.
Devemos ter sempre muito cuidado com qualquer opinião ou doutrina (por mais que nos
pareça ortodoxa) mas que nos separe da comunhão dos nossos irmãos. A verdadeira fé
não divide os homens; mas os une.
Ela não está coerente coma Palavra de Deus, com a mente do Espirito Santo, conforme
revelado pela Liderança da igreja local.
Literalmente, “quem escolhe por si mesmo”, não fará parte do consenso e este não é o
Espirito da graça, essa não é a mente da igreja.
Alguém assim; não se submeterá “totalmente” à Palavra. Ele não se submeterá à liderança
da igreja.
Ele não se tornará parte daquilo que é a mente do Espírito revelada através da liderança
pastoral da igreja.
É a ordem de Paulo que o homem contencioso, opinativo, discordante, deve ser evitado,
excluído, afastado da membresia da igreja.
Essa pessoa não pode estar jamais no ministério. Não pode ocupar um cargo de liderança.
E mais tarde, no segundo século, a palavra passa a significar um “herege” e um “apóstata”,
pois na pratica é exatamente isso que ocorre.
Pois esse é o caminho trilhado por essas pessoas, no final acabam se apostatando da fé
ou naufragando da fé.
Mas aqui nesse texto; temos alguém que escolheu um caminho não-bíblico, inaceitável, e
ele está reunindo adeptos e causando conflitos, divisões e facções na igreja e não se
mudará para a área onde reside a verdade e o testemunho do Espírito.
Lenski, um famoso comentarista, escreve: “Essa pessoa escolhe por si mesma o que a
igreja, escolhendo as Escrituras, deve repudiar e desdenhar”.
Então ele se posiciona contra a verdade e contra a liderança da igreja e contra a vontade
do Espírito.
Ele pode estar até está lançando mão de uma interpretação histórica ou até ortodoxa, mas
a motivação não está correta.
Pode ser alguma interpretação nova, algum mito novo, alguma extrapolação genealógica
ou interpretação mística.
Ele pode estar tendo alguma interpretação ignorante e sectária das Escrituras.
Ele também pode estar agindo inconscientemente por algum capricho pessoal, alguma
preferência pessoal sobre comportamento, conduta ou qualquer outra coisa. A questão é
que ele é divisívo, partidário, ele se opõe.
Como lidar com essas pessoas? O que fazer? Como nos relaciona com elas?2)Qual a
medida disciplinar a igreja deve tomar?
(c)Elas devem ser evitadas.
Então o que nós fazemos? O verbo diz rejeitar. Rejeite, essa é a última palavra. Não tem
nada a ver com eles. Evitar = Rejeitar.
Nós não teremos nada a ver com eles. Corte-o da irmandade. Que ele seja para vocês
como pagão e proscrito.
A Proscrição (latim:proscriptio) é uma pena de banimento, comparado ao Degredo
(condenação ao Exilio).Em um contexto histórico, o termo que designa a condenação
oficial dos que são tidos como “inimigos do Estado”.
O Dicionário Oxford a define como uma sentença de condenação à morte ou banimento,
por motivações de ordem política.
“Se alguém não obedecer às nossas instruções nesta carta, tome nota especial daquele
homem, não se associe a ele para que possa ser envergonhado. Não o considere um
inimigo, mas exorte como um irmão”(2 Tm 3.14,15).
Precisamos lembrar que tudo isso deve ser feito, mas não podemos nos esquecer que é
nosso irmão. O desprezo, a disciplina têm como propósito inicial a restauração.
Isso é o mesmo que acontece com Mateus 18:17: se a pessoa que pecou, se recusar a te
ouvir, leve o caso a igreja (assembleia) e se não ouvir a igreja, ele será considerado um
pagão, um não crente.
Não tenha comunhão com ele, não faça refeição, não facilite que ele se sinta à vontade,
para que possa se envergonhar ao ser afastado da comunhão. Isso é exatamente o efeito
da disciplina da igreja.
Observe o versículo 10, que diz: “Você não faz isso antes de repreende-lo pelo menos por
duas vezes”.
Você está seguindo aqui o processo de Mateus, capítulo 18.
Você vai a ele, ele não se arrepende.
Você vai com dois ou três, ele não se arrepende.
Agora você conta a igreja inteira e o trata como um excluído.
Rejeite-o depois de ir corretamente várias vezes para avisá-lo.
(d) Elas devem ser chamadas ao arrependimento.
Por quê? Qual a finalidade da instauração da disciplina. Qual a finalidade processual dessa
decisão da igreja.
Em primeiro lugar: Não é que nós queremos expulsá-lo, mas que a pessoa se arrependa.
É sempre verdade que a disciplina da igreja é reparadora, é restauradora, é redentora.
E então nós devemos ir gentilmente a esse indivíduo antes de precisarmos entregá-lo a
Satanás para que ele aprenda a não blasfemar (falar mal).
Paulo ordenou a igreja de Éfeso que entregasse Himeneu e Alexandre, a Satanás, para
que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).
Não é uma ordem para perseguir, e montar uma “SANTA INQUISIÇÃO” contra os
heréticos, não é uma caça às bruxas e joga-las na fogueira, não é intolerância religiosa,
não é reprimir os que pensam diferentes.
Antes que você tenha que entregá-lo a Satanás, antes que você precise cortá-lo da
comunhão, devemos ser gentis, e instruí-lo com amor paciente, na segunda vez;
repreendendo com mais severidade.
Talvez Deus lhe conceda arrependimento e ele chegará ao conhecimento da verdade
sobre esse assunto e teremos conquistado nosso irmão.
Então passamos por um PROCESSO DE ADVERTÊNCIA. A palavra aviso aqui vem do
verbo grego noutheteo, usamos a palavra “nouthetic” para falar sobre aconselhamento.
O processo de ACONSELHAMENTO DISCIPLINAR, envolve a advertência gentil e
carinhosa, e pode culminar na ENTREGA DA PESSOA A SATANÁS, por meio da exclusão
definitiva.
Como acontece 1 Coríntios 5 para castigo na carne, para que possa haver a possibilidade
do espírito ser salvo. Será que o castigo do diabo, levará ao quebrantamento?
E Paulo diz em 2 Timóteo 2:25 que devemos corrigir com mansidão, aconselhando a
pessoa dizendo que é melhor para mudar de direção, porque o fim desse caminho é
perigoso, trágico, castigador e cheio de juízos de Deus.
“Corrija com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o
arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade,para que assim voltem à
sobriedade e escapem da ARMADILHA DO DIABO, que os aprisionou para fazerem a sua
vontade”. (2 Timóteo 2:25,26)
Então passamos inicialmente por um processo de aviso. Você vai graciosamente para esse
indivíduo, percebendo que ele é um irmão e o chama ao arrependimento.
 
Em Romanos, capítulo 16, versículos 17 e 18, Paulo diz: ”
Peço a vocês, irmãos, que fiquem de olho naqueles que causam dissensões e obstáculos
contrários aos ensinamentos que vocês aprenderam e se afastam deles, pois eles não são
verdadeiramente servos/escravos dos Senhor Jesus Cristo, mas de seus próprios apetites.
E por seu discurso suave e lisonjeiro, enganam os corações dos inocentes “. Afastem-se
deles.
O apostolo João diz: “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não
o RECEBAIS em casa, nem tampouco o SAUDEIS.Porque quem o saúda tem parte nas
suas más obras”.2 João 1:10,11
Onde você encontra uma pessoa divisora facciosa que está propagando umerro ao ponto
de colocar em risco a unidade da igreja, por causa de algum assunto;
é dever de todo e qualquer crente salvo, repreender tal pessoa piedosamente. Caso não
aceite as exortações, então Paulo ordena:
vire as costas, rejeite-as, não tenha comunhão com elas, não deixe que elas façam parte;
para que possam se envergonhar e aprendam que não podem fazer isso.
Irmãos, com certeza isso mudaria a aparência da IGREJA CONTEMPORÂNEA se a igreja
subisse a esse nível.
Temos pessoas soltas defendendo todos os tipos de coisas místicas bizarras, todos os
tipos de coisas não-bíblicas e temos uma tendência na igreja em nome da unidade, que é
exatamente o oposto da verdadeira unidade, não apenas para permitir, mas para dar
plataforma e honrá-los.
Há uma história que remonta aos primórdios da Igreja, ocorrida com o Apóstolo João,
respondendo a um herege.
A história está registrada em um livro do século II, Contra as Heresias, por Irineu. Ele era
discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João.
No final do primeiro século, houve um herege gnóstico, chamado Cerinthus. Entre outras
coisas, ele negou que Jesus era o Cristo, e ensinou que os cristãos eram obrigados a
seguir a Lei de Moisés.
Um dia, João foi a uma casa de banhos pública, e logo encontrou Cerinthus lá dentro. João
imediatamente correu para fora do prédio, e exclamou para os que estavam com ele:
“Vamos voar, para que até mesmo a casa de banho venha abaixo, porque Cerinthus, o
inimigo da verdade está aí dentro!” (Contra as Heresias, 3.3.4)
(e) Elas condenam a si mesmas (v.10,11)
Muitos crentes acreditam que isso não tem nada haver. Mas a ultima palavra de Paulo
sobre pessoas divisíveis é recusá-las.
Esse mesmo verbo, evitar, rejeitar, é traduzido em 1 Timóteo 4: 7 e Timóteo 5:11, Hebreus
12 , como “Recusar”.
Isso deve ser feito porque devemos procurar a unidade. E a unidade faz isso?Sim, a
unidade faz isso porque a unidade exige que estejamos unidos em torno da verdade da
Palavra de Deus e da mente do Espírito.
Fazer isso deve ser fácil por “causa do que sabemos”, no versículo 11,”Saber”, que é
“oida”, essa palavra significa … fica claro para todos, é observável…
“Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado. (Tito
3:11)
O Espirito Santo, está nos advertindo para o que é obvio. Ele está dizendo que é obvio,
que está claro, que todo mundo sabe.
Que esta pessoa que está sendo fatídica, divisionista, que se opõe a liderança de Cristo na
igreja, só está fazendo isso porque ela é pervertida, que ela vive no pecado (embora com
capa de falsa piedade).
Devemos colocá-lo fora. Devemos mantê-lo à distância. Devemos rejeitar esse indivíduo,
porque deve ser aparente para todos observando que seu caráter é revelado por seu
obstinado e duro coração, ele é pervertido.
Esse é um uso muito forte de um termo forte. Literalmente significa virado do avesso.
Poderia ser traduzido distorcido, destroncado. É usado na literatura médica e traduzido por
deslocado.
Aqui está um indivíduo distorcido, destroncado, deslocado, virado do avesso de dentro
para fora, insatisfeito com a igreja local, ele perturba a paz, ele discorda do ensino.
Ele tem a verdade. Ele foi informado da verdade. Ele foi avisado repetidamente. Este não é
um pagão que nunca ouviu falar.
Este não é um indivíduo que não conhece a verdade e não sabe o que é desejado e qual é
a mente do Espírito.
Mas ele é um indivíduo pervertido e está pecando … ele está pecando. Isso é pecado
voluntário no tempo presente.
É um pecado que não resta mais sacrifício, que o individuo corre o risco de não encontrar
arrependimento.
Ele é culpado de continuar em um curso de crença, ensino, atitude e ação, ao contrário da
Palavra e da vontade de Deus. Coloque-o para fora. Rejeite-o.
Ele é auto-condenado. Deveria ser aparente para todos que ele se condenou a si mesmo
por seu erro … katakrino, palavra forte que significa condenado.
E este homem é autokatakrino, auto-condenado. Ele está julgando sua própria perversão
pela maneira como está agindo.
Ele se autocondena. A sentença final é dada por ele mesmo. Ele age como um condenado.
As pessoas são julgadas pelo seu próprio julgamento.
Ele evidencia isso pelas suas obras reprováveis, pecando contra a unidade da igreja e
sendo um empecilho a salvação dos perdidos.
Ele é impenitente, ele não se quebranta, seu orgulho o impede de ser repreendido.
E pode não ser alvo mais do trabalho de convencimento do Espirito, como muitos pais da
igreja entenderam. Ele se apostatou da fé, ele caiu da graça, ele naufragou na fé, ele se
tornou um Herege.

CONCLUSÃO: Warren Wiersbe oferece uma aplicação prática desta seção, sugerindo


que…
Se um membro da igreja tenta obter seguidores, e depois fica com raiva e sai da igreja,
deixe-o ir. Se ele voltar (talvez as outras igrejas também não o desejem), e se ele mostrar
uma atitude arrependida, receba-o de volta.
Se ele repetir esse comportamento (e geralmente o fazem), receba-o de volta na segunda
vez. Mas se ele fizer uma terceira vez, não o receba de volta à comunhão da igreja (Tito
3:10).
Por que não? “Tal homem é deformado, continua pecando e se condena” ( Tito 3:11 ,
tradução literal).
Se mais igrejas seguissem esse princípio, teríamos menos “vagabundos” que causam
problemas em várias igrejas. (Wiersbe, W: Comentário da Exposição da Bíblia. Editora
Geográfica)

Sermão Nº 31 – Quais tipos de relacionamentos a igreja não deve ter.


Referência: Tito 3:12-15.
Pregação do Pastor Jairo Carvalho em 11/03/2020

INTRODUÇÃO
Resumindo a ordem do apostolo Paulo, contida nos versículos 9 à 11, que expomos na
semana passada; que aqueles que ensinam coisas que divergem do ensino das Escrituras
por meio da liderança piedosa da igreja.
E aqueles que promovem divisão e resistem a liderança devem ser evitados, desprezados
e excluídos da membresia da igreja, se não se arrependerem, depois de duas vezes
exortados.
Essas pessoas se autocondenaram e pecam contra a unidade da igreja e impedem o
testemunho da igreja de que o nosso Deus é Salvador.
Hoje existem pessoas que ensinam o erro, que vivem impiedosamente, que carregam
atitudes profanas que são voluntárias, divisívas tanto nas igrejas locais quanto em um
sentido mais amplo de área de influência.
E, em vez de serem rejeitados, eles têm permissão para manter seu perfil na igreja local ou
na assembleia maior do corpo de Cristo, eles são tolerados, são frequentemente
respeitados e recebem uma plataforma para suas aberrações.
A última palavra sobre professores falsos é evitar, desprezar. A última palavra sobre
pessoas facciosas e que promovem a divisão da igreja local é rejeitar.
Mesmo que o motivo da divisão, seja aparentemente, “piedoso”, “ortodoxo”, mas se divide
o corpo, não tem “ortodoxia” que justifique.
Num trecho do livro Contra as Heresias, de Ireneu de Lião (130-202 d.C.), discípulo de
Policarpo (70-160 d.C.). Ele diz:
Podemos ainda lembrar que Policarpo, não somente foi discípulo dos apóstolos e viveu
familiarmente com muitos dos que tinham visto o Senhor, mas que, pelos próprios
apóstolos, foi estabelecido bispo na Ásia, na Igreja de Esmirna.
Nós o vimos na nossa infância, porque teve vida longa e era muito velho quando morreu
com glorioso e esplêndido martírio.
Ora, ele sempre ensinou o que tinha aprendido dos apóstolos, que também a Igreja
transmite e que é a única verdade.
E é disso que dão testemunho todas as Igrejas da Ásia e os que até hoje sucederam a
Policarpo, que foi testemunha da verdade bem mais segura e digna de confiança que
Valentim* e Marcião* e os outros perversos doutores.
É ele que junto com o bispo Aniceto, quando esteve em Roma, conseguiu reconduzir
muitos destes hereges, de que falamos, ao seio da Igreja de Deus, proclamando que não
tinha recebido dos apóstolos senão uma só e única verdade, aquela mesma que era
transmitida pela Igreja.
E há os que ouviram dele que João, o discípulo do Senhor, tendo ido, um dia, aos
banheiros públicos de Éfeso e tendo notado Cerinto* lá dentro, saiu correndo pela porta de
saída, sem tomar banho, dizendo ter medo que as o teto do banheiro desmoronassem,
porque no interior se encontrava Cerinto, o inimigo da verdade.
O próprio Policarpo, quando Marcião, um dia, se lhe avizinhou e lhe dizia: “Prazer em
conhecê-lo”, respondeu: “Eu te conheço como o primogênito de Satã”.
Tanta era a prudência dos apóstolos e dos seus discípulos, que recusavam comunicar,
ainda que só com a palavra, com alguém que deturpasse a verdade, em conformidade com
o que Paulo diz:
“Foge do homem herege depois da primeira e da segunda correção, sabendo que está
pervertido e é condenado pelo seu próprio juízo” (Tt.3.10-11).
Com pessoas que se encaixam nas características desses dois grupos, os crentes fiéis não
devem se relacionar. A convivência com eles, implicar na aprovação da conduta
pecaminosa.
O apostolo João diz não os receba em casa, não os saúde pelo caminho, quem os
cumprimenta tem parte nas suas más obras (1 Jo 1.10,11). Pois tais pessoas se
autocondenaram por seu próprio comportamento ímpio, eles caíram na sedução de
satanás.
Mas agora chegamos a mais dois grupos dos quais precisamos nos relacionar
adequadamente.
Desses dois tipos de relacionamentos somos nutridos e consolados pelas verdades
benditas do evangelho de Cristo.
Temos dois tipos de relacionamento negativos na igreja, os que promovem contendas,
debates e controvérsias e os divisionistas.
Temos dois grupos positivos os que promovem camaradagem e os que relacionamento
que promovem consolo e lenitivos a nossa alma. Vejamos:

Relacionamentos de camaradagem.
Bem, agora chegamos a um grupo muito melhor quando chegamos ao fim. Basta olhar
brevemente para este, o terceiro grupo, companheiros de serviço.
Então vemos que voltamos para o positivo, o agradável e o que é frutífero.
Passando dos autocondenados que devem ser rejeitados e dos falsos mestres que devem
ser evitados, chegamos àqueles que abençoam nossas vidas.
E Paulo, no final dessa carta; por meio de palavras pessoais, aqui nos dá alguns
pensamentos e exemplos úteis sobre nossas relações com os cristãos.
Eles são companheiros fiéis.
Verso 12, “Quando eu enviar Artemas ou Tíquico a você, faça todos os esforços para vir
até Nicópolis, pois decidi passar o inverno lá”
Paulo, está dando instruções a Tito, demonstrando que é responsabilidade dele cuidar de
outros trabalhadores da obra.
Atermas, Tíquico, Zenas, Apolo, e o próprio Tito, na verdade eles estão todos a serviço do
Senhor.
Eles são todos os tipos de companheiros que trabalham sob a liderança direta da
maravilhosa liderança do Espirito Santo por meio do apóstolo Paulo.
Ele é o general que move suas tropas para satisfazer as estratégias que o Espírito lhe
revelou para a batalha espiritual.
E então aqui Paulo diz a Tito particularmente que ele quer que ele cuide desses
companheiros de serviço. Há uma certa camaradagem nesse nível que é maravilhosa,
abençoada e providencial.
Tito estava envolvido no estresse do ministério, com os desgastes físicos e emocionais aos
quais todos os obreiros são submetidos. Paulo diz em (II Co 7.5), que o ministério é um
lugar:
 De extremo cansaço físico e emocional.
 De Combates (conflitos) de todos os lados.
 De Batalhas externas.
 De Temores internos. Pressões, aflições emocionais e psíquicas.
“Quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso. Enfrentamos conflitos
de todos os lados, com batalhas externas e temores internos.Mas Deus, que conforta os
desanimados, nos encorajou com a chegada de Tito (Co 2 Coríntios 7:5)
Paulo conhecedor do quanto é desgastante e estressante o serviço cristão, e sabe que Tito
está enfrentando terríveis batalhas para organizar as igrejas de Creta, então ele está
provendo uma terapia, um descanso, se não ele vai sucumbir.
Paulo não sabe quando vai fazer isso, e nem quem ele vai enviar, se será Ártemas ou
Tíquico, ou quem estiver disponível, mas em algum momento antes do inverno, ele iria
enviar um deles.
Mas sabemos que Paulo enviou alguém pois Tito deixou Creta para se encontrar com o
apostolo, e ele não podia fazer isso sem deixar alguém no comando.
Paulo vai estar em Nicópolis, quando o inverno chegar, nesse tempo não se podia viajar e
havia poucas coisas para fazer, a não ser descansar e se dedicar as devoções e aos
cultos.
Embora não sabemos nada sobre Ártemas, absolutamente nada.
Ele é mencionado aqui e ele deve ter sido um servo formidável do Senhor para assumir
uma tarefa como a de ordenar as coisas e garantir que a liderança das igrejas de Creta
fosse o que deveriam ser.
Essa tarefa formidável não seria dada a um homem com dons ou caráter fracos, então ele
deve ter sido um homem maravilhoso. Não sabemos nada sobre ele.
E isso não importa muito, pois sabemos sobre Tíquico, e como são citados juntos, eles têm
dons e capacidades parecidas.
Tíquico é um homem mais familiar para nós. Ele acompanhou Paulo na jornada missionária
de Corinto à Ásia Menor registrada em Atos, capítulo 20.
Ele foi o homem que entregou a carta de Efésios e a carta de Colossenses, provavelmente
ao mesmo tempo.
Ele é chamado em (Ef 6.21) de“um amigo/irmão/amado fiel e um ministro fiel do Senhor” e
“tinha o louvor de todas as igrejas”. Então ele era uma pessoa formidável.
Paulo o descreve assim em termos muito brilhantes em Colossenses 4:7 “Tíquico, irmão
amado e colaborador fiel que trabalha comigo na obra do Senhor, lhes dará um relatório
completo de como tenho passado”.
Ele era uma pessoa competente e experiente, pois ele já havia substituído Timóteo (2 Tm
4.12).
Ele vai substitui até Tito que era um dos companheiros de mais confiança e mais devotado
a Paulo.
Tito tinha muitos inimigos, em Creta, e todo obreiro fiel terá muitos inimigos, mas no
ministério, também temos amigos verdadeiros e devotos.
Então ele diz: “Quando eu enviar Ártemas ou Tíquico para você, faça todos os esforços
para me procurar em Nicópolis“.
Em outras palavras, um desses homens virá e ficará no seu lugar e eu quero que você
venha e fique comigo.
Eu quero passar algum tempo com você. Você precisa descansar um pouco. Eu quero
também ser balsamo para a sua vida.
Onde fica Nicópolis? Alguns dizem que provavelmente havia nove cidades chamadas
Nicópolis. Esse nome nasce da junção de duas palavras gregas: “polis”: cidade; e “nike”:
vitória, conquista.
E toda vez que grandes generais venciam grandes batalhas, eles queriam memorizar seus
triunfos. E uma das maneiras que eles fizeram isso foi plantar cidades chamadas Nicópolis,
“cidade da vitória”.
A cidade da vitória a que ele está se referindo aqui, sem dúvida, é a da costa de Epiris (?).
Um porto comercial, uma colônia romana que por sinal foi fundada por Otaviano, mais tarde
conhecido como Augusto depois de sua batalha em 31 aC no Átrio quando derrotou Marco
Antônio e Cleópatra.
E assim, Paulo estava indo para lá no inverno e queria enviar alguém para substituir Tito,
para que Tito pudessem passar umas férias juntos.
Paulo queria DISCIPULAR E TREINAR ainda mais Tito, e não pode haver aprendizado
completo se não passarmos um tempo junto.
Não existe discipulado via internet, não há (EAD) Educação á distancia na formação do
caráter.
Paulo sabia que seu fim estava próximo, ele só tem mais uma carta para escrever, embora,
a propósito, ele ainda esteja livre, mas sabe que o tempo está chegando ao fim.
Então ele precisa passar um tempo com Tito, treinando, e fortalecendo-o ainda mais, pois
isso é crucial para o futuro da igreja.
Paulo, está em algum lugar da Macedônia, talvez em Fílipos, quando escreve. Macedônia
e Creta estariam a uma distância igual de onde fica esta cidade de Nicópolis, seria um bom
ponto de encontro mediano.
É também um maravilhoso local de lançamento para a Dalmácia, “e Tito foi para a
Dalmácia”, conforme diz 2 Timóteo 4:10.  A Dalmácia é a Iugoslávia moderna, agora
Croácia e Sérvia nessa parte do mundo.
Então ele disse … Olha, eu vou mandar alguém. Eu quero que você venha. Eu quero
passar algum tempo com você. Eu vou estar em Nicópolis para passar o inverno lá.
Eles trabalham em equipe.
Depois, ele diz no versículo 13: “Ajude diligentemente Zenas, o advogado e Apolo, que
estão a caminho para que nada lhes falte”.
Você vai ter outros dois cavalheiros de peso que aparecerão no seu caminho.
Zenas, o advogado. Não sabemos nada sobre ele. Ele servia ao Senhor, e estava
ministrando ao lado de Paulo.
Ele por certo era um especialista em direito judeu ou romano, ou ambos. Talvez Romano,
devido ao seu nome romano, embora pudesse ser judeu como Paulo.
Então não sabemos muita coisa sobre ele. Ele é o único advogado mencionado nas
Escrituras.
E considerando as habilidades dos advogados, elas são muito uteis a pregação e ao
ensino das Escrituras. Como foi com Calvino e Lutero e muitos outros expoentes da igreja
protestante.
Zenas Ele era um doutor da lei, um interprete habilidoso da lei judaica e romana. Por certo
um habilidoso interprete da Escritura, um perito em hermenêutica, um professor de bíblia.
Ele vem acompanhado de Apolo, oeloquente pregador judeu de Alexandra, que era
poderoso nas Escrituras, conforme diz Atos 18.
Ele era o homem que sabia apenas sobre o batismo de João Batista e era um grande
pregador do Antigo Testamento. Ele veio a Éfeso, Áquila e Priscila, instruiu-o no caminho.
Mais tarde, ele trabalhou em Corinto. Foi abençoado pelo Senhor. Ele se tornou um
parceiro de Paulo. Ele teve um tremendo ministério na igreja de Corinto.
Então ele diz: Zenas está chegando!  Apolo está chegando!  Uma ajuda poderosa estava
vindo, para equilibrar a batalha. Novamente, o general Paulo está movendo suas tropas.
Eles estão chegando, eles são os portadores dessa carta. Eles vão ajudar você nessa
batalha épica contra o erro e os DIVISIONISTAS. Eles são o apoio para que você precisa
para exercer o ministério cristão.
Eles estão indo para fortalecer a unidade da igreja, para confirmar as verdades da
Escrituras, para ensinar todas as coisas que estão ordenadas nesta carta. Sem esses
companheiros nenhum pastor pode exercer seu ministério.
Você Tito tem inimigos perversos, mas também tem amigos poderosos em Deus.
levantados para destruir, esmagar todo erro que se levanta contra a verdade. Deus envia
uma dupla poderosa nas Escrituras para a equipe pastoral de Tito.
Quando eles chegarem quero que você, diga a eles que não lhes faltarão nada, e que você
vai atender às suas necessidades.
Seja espiritual, encorajador, seja material, seja ele qual for, comida, moradia, você cuida
deles. Eles estão em uma atividade missionária.
O que Escritura está dizendo é: Você faz parte de uma equipe. Esses obreiros estão indo
para ajudar você; para consolidar o evangelho.
E esse é todo o conceito de como os companheiros de serviço devem funcionar em equipe.
Uma igreja só terá uma liderança forte se tiver uma equipe pastoral.
Só podemos desejar que isso seja mais verdadeiro do que é. Que a liderança da igreja
seria mais devotada uma à outra. Há na igreja outros mestres e doutores que consolidam a
igreja local.
Não para ficarem discordando, competindo, debatendo, tentando puxar o tapete um do
outro. Eles não estão lá para dividir a igreja. Mas juntos, unidos, com um mesmo ensino e
uma mesma visão.
Eles não são como os indivíduos enumerados nos versos 9 a11, eles não estão ai para
fazer contenda ensinar outra visão, para dividir o povo.
Eles contribuem para que o nome de Deus não seja blasfemado, para que o adversário
não tenha o que nos acusar, e para possamos a adornar a doutrina do nosso Deus
Salvador.
Tito ia sair de férias, e outro Pastor; Tíquico ou Ártemas: iria ocupar a liderança da igreja, e
esses doutores estariam ensinando, enquanto Tito, estaria passando todo o inverno fora,
ou iria para outra igreja, talvez a Dalmácia.
Eles promovem o ministério dos outros (v.13)
Tito você tem uma responsabilidade com esses dois homens que são seus
companheiros de serviço para garantir que todas as suas necessidades sejam atendidas à
medida que trabalhem na causa do Reino.
Eu quero que você acompanha com muito cuidado, ou seja; diligentemente em ajudá-los
em seus ministérios. A palavra diligentemente significa ansiosamente, sinceramente,
apaixonadamente.
Você é parte de uma equipe, somos todos interdependente, é preciso ser solidário e confiar
e delegar.
Nós todos compartilhamos. Nós nos movemos para ajudar um ao outro, o que é melhor
para a causa. Isso é uma coisa muito importante na liderança espiritual.
Nenhuma liderança piedosa acontece numa carreira solo. Toda igreja precisa de uma
equipe pastoral, seja: obreiros, presbíteros, evangelistas (Ef 4.11).
Somos uma equipe, temos um comandante, um Rei. Somos todos de um mesmo time, em
prol de um único propósito. É assim que o Reino funciona.
Esse é um trabalho de sinergia, todos trabalham pelo todo. Cada parte, em função de um
todo.
Não para dividir, nem para atrair as pessoas para si mesmas. Isso diferencia os
verdadeiros dos falsos obreiros.
Semana passada um pastor batista me ligou, para eu falar na sua igreja sobre oração. Eu
vou, porque eu quero ajuda-lo em seu caminho. Eu quero fortalecer a mão dele.
Eu quero incentivar a sua igreja. Eu quero fazer o que puder para motivar os irmãos a orar.
Eu faço parte de uma equipe de companheiros, que servem ao Rei em todo o mundo.
Onde quer que essa equipe precise que eu compartilhe, é onde eu quero estar, para
fortalecer as mãos da liderança local.
Eu sou parte de uma igreja local, eu sirvo em uma igreja local, Deus por sua graça me
colocou numa equipe pastoral da Marcas do Evangelho.
Meu dever é ser diligente para que nada falte aqueles que são cooperadores comigo na
obra do ministério. Meu dever é promover o ministério dos outros.
Fazemos parte de uma equipe de cooperadores, sem a qual nosso testemunho diante do
mundo pode ficar ofuscado. Funciona assim em qualquer igreja bíblica
E que privilégio é esse! Sempre que me pedem para ir, principalmente para ajudar outro
pastor, outro líder espiritual, meu coração se apega a isso porque quero fortalecê-los de
qualquer maneira e de todas as maneiras que puder.
A última palavra sobre falsos professores, evite-os. A última palavra sobre pessoas
facciosas, rejeite-as. A última palavra sobre outros ministros, ajude … ajude, ajude
diligentemente.

Relacionamentos consoladores
E depois o grupo quatro. A última palavra sobre amigos fiéis. Amigos que nos amam.
Vejamos:
Eles nos amam sacrificialmente (v.14).
Versículo 14: Quanto aos nossos, que aprendam a dedicar-se à prática de boas obras, a
fim de que supram as necessidades diárias e não sejam improdutivos.
Agora chegamos ao nível da congregação. Tito, diz ele, diz a todos para se ajudarem.
Paulo se volta para o povo, a congregação, os membros da igreja; vocês precisam
aprender a se envolverem em boas ações.
Agora ele tem dito isso por toda esta carta … por toda essa carta.
Versículo 1, capítulo 3, esteja pronto para toda boa ação.
Versículo 8, tenha cuidado para se envolver em boas ações.
O versículo 12 do capítulo 2, negando a impiedade e os desejos do mundo, de viver com
sensibilidade, retamente e piedosamente nesta era atual. Por quê?
Versículo 14, porque Deus está purificando para Si um povo por Seus próprios bens zeloso
por boas ações.
Todo o crente deve estar envolvido em boas ações, no trabalho, no serviço, na ajuda aos
outros crentes em todas as coisas
Diga a toda a congregação para aprender a se envolver em boas ações para atender às
necessidades emergenciais dos outros uns dos outros.
É pelo nosso amor que as pessoas sabem quem somos, particularmente no rebanho de
Deus, para que não sejam infrutíferos. Por quê?
Porque uma vida infrutífera não é um bom testemunho do poder salvador de Deus, é?
As pessoas precisam ser capazes de olhar e ver os frutos para que suas vidas sejam
abençoadas e testemunhas do poder salvador de Deus e da graça de Deus.
Para que sua luz brilhe tanto que os homens possam ver suas boas obras e glorificar seu
Pai que está no céu, Mateus. 5:16.
Este é o coração do nosso testemunho. Este é o coração da nossa vida.
A última palavra sobre relacionamentos entre todos vocês é que aprendem a fazer boas
ações para atender às necessidades imediatas.
Despeje sua vida um no outro para que você fique cheio de frutos e o mundo o conheça
por isso.
John Wesley disse: “Se eu tivesse 300 homens que não temiam nada além de Deus,
odiavam nada além de pecar, e estavam determinados a não conhecer nada entre os
homens, exceto Jesus Cristo e ele crucificado, eu incendiaria o mundo” .
Eles nos amam fielmente (v.15)
E depois fala sobre a cola que une tudo isso no versículo 15. “Todos os que estão comigo
os cumprimentam. “Saúdem aqueles que nos amam (phileo) fielmente, a graça esteja com
todos vocês”.
Ele diz que todos aqui cumprimentam você, por favor, cumprimenta aqueles que nos amam
fielmente? O verbo Phileo amar carinhosamente, ter apreço profundo.
Essa é realmente a essência do versículo 14. As pessoas se engajam em boas ações para
satisfazer necessidades prementes quando se amam fielmente.
Paulo diz: “Eu tenho um grupo de pessoas por aqui que amam você, eu sei que você tem
um grupo de pessoas por aí que nos amam fielmente”. Essa é a essência disso.
A palavra final para amigos fiéis é amor. Amor que se envolve em boas ações para
satisfazer necessidades emergenciais.
Você diz: “Pensei que fosse uma epístola evangelística”. Isto é. É uma epístola
evangelística. Meu Deus, versículo 11 do capítulo 2, “A graça de Deus apareceu trazendo
salvação a todos os homens”.
Capítulo 3, “Ele não nos salvou com base nas ações que fizemos …” e assim por diante. É
tudo sobre salvação. É uma epístola evangelística.
Mas a chave do evangelismo são os relacionamentos corretos. Isso envolve afastar os
falsos mestres, rejeitar as pessoas facciosas. Envolve ajudar outros servos e amar amigos
fiéis.
Veja bem, a coisa toda no evangelismo, toda a questão da CREDIBILIDADE é construída
sobre o CARÁTER De nossas vidas.
E a única maneira de conseguir isso é sua conclusão final: “A graça esteja com todos
vocês”.
À parte a graça de Deus, isso não pode acontecer. Por Sua graça, pode.
Quando a igreja é marcada pela verdade e unidade, liderança leal e amor carinhoso, as
pessoas vão acreditar que Deus salva os pecadores, porque eles não sabem nada sobre
isso.
Eles não conhecem a verdade ou a unidade, o serviço leal ou o amor sacrificial, não sabem
nada sobre isso. Não vem do homem.
Se eles virem isso em nós, saberão que você tocou nossas vidas. Essa é uma obra da
graça de Deus em nossa vida.

CONCLUSÃO: Obrigado por tudo o que você nos ensinou nestas exposições por toda
essa maravilhosa epístola.
E que, Senhor, as coisas que ouvimos sejam pressionadas ao nosso coração pela
convicção do Espírito Santo, que não nos descansa até que, fielmente, voluntariamente
submeta-se a viver de acordo com a verdade que ouvimos.
Vivemos no meio de um mundo agonizante, uma cultura pagã sob a ira de Deus. A tarefa
de alcançá-los é tão grande e, Senhor.
Que poderíamos ficar frustrados, intimidados e desencorajados, se não fosse pelo fato de
que Tua graça está conosco, e pode nos enobrecer para sermos o que precisamos ser.
Ajude-nos a pensar de maneira pura e bíblica e a permanecer comprometidos com a
verdade e a unidade.
Comprometidos com todos aqueles que são leais aos pastores e líderes da igreja local.
Comprometidos a fortalecer uns aos outros e também ser um povo marcado pelo amor
sacrificial.
Para que as pessoas saibam que Deus salva os pecadores, que Cristo salva pecadores.
Essa é a nossa oração. E então, quando chegar a oportunidade de falar a verdade a elas,
seus corações estarão abertos para recebê-la. Use-nos exatamente dessa maneira,
oramos em nome de Cristo. Amém.

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