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O novo testamento revela que servir aos santos é uma prática genuína para
todos os membros da Igreja, uma conduta que deve ser normal entre nós,
discípulos de Jesus.
“Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós
será vosso servo; tal como o filho do Homem, que não veio para ser servido,
mas para servir...” (Mt 20.26-28) e Lc 22.26-27).
Expressões práticas que definem esse serviço podem ser observadas nos
ensinos e práticas de Jesus, tais como: alimentar os famintos, acolher o
próximo e visitar os doentes e encarcerados (Mt 25.31-40). O novo testamento
também enfatiza a importância de um coração cheio de misericórdia e
compaixão por aqueles que têm necessidades físicas, materiais e espirituais.
Assim, o Espírito Santo nos capacita para esse serviço de assistências aos
santos através dos dons espirituais que ele mesmo derramou sobre nós.
Vale lembrar que, quando estivermos servindo e socorrendo aos irmãos (e em
especial aos pobres, necessitados e aflitos), estamos servindo ao próprio
Cristo.
“Se alguém me servir, siga-me, e onde eu estou, estará aquele que me serve;
se alguém me servir, o Pai o honrará.” (Jo 12.26)
“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também
para o que é dos outros.” (Fp 2.4)
Deus não dispensa nenhum de seus filhos do serviço na sua casa. Ele nos
concedeu a verdadeira vida, a vida de Jesus, que traz na sua essência essa
característica. Ele derramou dons que nos capacitam a suprir uns aos outros;
ele espera isso de cada um de nós.
“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos
da família da fé.” (Gl 6.10)
Que exemplo de sensibilidade e amor desse homem! Ele amou a arte de servir
e também capacitou outros para servirem como ele serviu. Note-o servindo:
“... deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-
lhos com a toalha com que estava cingido. ” (Jo 13.5)
“tomando ele os cinco pães e os dois peixes erguendo os olhos aos céus, os
abençoou; e, partindo os pães deu-os aos discípulos para que os
distribuíssem.” (Mt 14.19)
“ ... viram ali algumas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão. (...)
vinde, comei. (...) veio Jesus, tomou o pão, e lhes deu, e, de igual modo, o
peixe. Jo 21 4-13.
Ele lhes deu o peixe e o pão (os serviu), mas também lhes ensinou a pescar.
“... vai ao mar, lança o anzol e o primeiro peixe que fisgar tira-o.”
Ele servia, mas também capacitava homens simples para servir, homens que
imitassem seu exemplo. Jesus, modelo de servo e formador de servos. Aleluia!
Vs.35 “E ele assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser
o primeiro, será o último e servo de todos”
Quando alguém quer fazer tudo, pode parecer nobre, mas não é inteligente. O
Centralizador traz sobre si sobrecarga, serviços deficientes, obras inacabadas.
O centralizador não expande a obra, compromete a formação de novos servos.
Monopoliza, individualiza aquilo que deveria ser repartido, traz estanque à
obra, e ainda corre o risco da vaidade da obra.
O que lidera na diaconia, dever ser capaz de delegar. Não deve ser
centralizador. O centralizador, não forma, se sobrecarrega e não deixa o
legado de servos.
O DIÁCONO
O termo Diácono vem do grego “diakono” e significa “servo”. Há pelo menos 29
citações da palavra diakono no novo testamento e ela é também usada de
diferentes formas, tanto sendo relacionada a diaconia no ministério, como
também a diaconia no servir as mesas.
Alguns desses serviços são anônimos. São demandas diversas que são
exercidas, às vezes, sem que ninguém as saiba, beneficiando a igreja como
um todo, de forma direta ou indireta. São assistidos: irmãos pobres, viúvas,
mães solteiras, esposas que o marido deixou o lar, estrangeiras, órfãos,
necessitados; pastores, líderes e demais irmãos, sendo necessitados ou não.
Diáconos são homens guardiões e responsáveis por prover com absoluto
cuidado e zelo a justiça e a equidade no serviço de assistência aos santos e no
suprimento dos ministros.
O diácono deve ser zeloso pela responsabilidade que recebeu, pela autoridade
de que foi investido, sabendo que Deus o capacita para servir. Capacidade
inclusive para, na experiência do ofício, preparar outros servos e sucessores,
assim como fez Jesus. O diácono deve fugir de ser centralizador. Um diácono é
essencialmente um líder servidor, e formador de outros servos. Seu alvo, deve
ser, estimular e levar todos a servirem na igreja.
Cooperam, sim, para com o ministério específico como oficiais leais e zelosos,
a fim de que não só a igreja seja suprida, como os pastores fiquem mais livres
para se consagrarem à oração e ao ministério da palavra. “...Não é razoável
que nós abandonemos a palavra de Deus para servir as mesas” (At 6.2b)
Estabelece-se, então, esse “ofício” para um serviço de atendimento aos irmãos
e aos ministérios específicos.
Os que discipulam, os líderes das igrejas nas casas, assim como os diáconos,
devem estar atentos para verificar as necessidades reais e legítimas dos
irmãos. Alguns estão sofrendo por entenderem que não devem ficar expondo a
todo tempo suas necessidades, e outros (discipuladores, líderes e diáconos)
podem falhar por não tomarem conhecimento e se anteciparem a investigar
criteriosamente e a suprir as necessidades legítimas dos discípulos.
Devemos cuidar pela dignidade de nossos irmãos. Não estamos falando sobre
compactuar com o assistencialismo religioso e inconsequente; nem tampouco
tentando resolver todos os problemas de quem, convertido, vem do mundo com
complicações financeiras, prometendo-lhe uma vida melhor e próspera, sem
sacrifício, sem trabalho ou sem assumir as consequências e colheitas de uma
vida desregrada. O que não podemos compreender ou concordar é com o
descaso e a falta de cuidado imediato, até que restabeleça a ordem nessa área
da vida do discípulo.
A graça é a capacidade que Deus dá a seus filhos para realizar sua vontade, é
resultado de uma contemplação do nosso modelo de servo, JESUS. Sua vida
deve ser para nós sempre o maior motivo e inspiração para tudo que nos
propusermos a fazer para Deus. Na verdade, toda boa obra advém de sua
própria existência em cada um de nós. Logo, nossa conduta de contemplá-lo e
ser conduzido por ele é indispensável no exercício do serviço, que apenas se
realiza por meio dessa maravilhosa graça, Cristo Jesus, o filho de Deus. Caso
contrário, nosso serviço resultará em um ativismo independente, ou
subserviente, desmotivado e sem propósito.
Jesus quando subiu aos céus concedeu dons aos homens, alguns dos quais
relativos ao serviço. Os diáconos devem também buscar os dons do Espírito
Santo que melhor lhe auxilie no serviço, a exemplo dos dons de:
Socorros;
Misericórdia;
Administrar/presidir (ICo 12.27-30; ICo 12.4-11; IICo 9.1,12,13; Rm 12.4-8).
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (IPe 4.10)
“... Se alguém me serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas
as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo” (IPe 4.11)
Para que haja efetiva consolidação do serviço, são necessários, pelo menos,
três passos a serem seguidos.
Em Atos dos apóstolos, nota-se que existia apenas uma queixa, referente às
viúvas que estavam sendo esquecidas na distribuição diária, ainda que isso
não signifique que não havia outros problemas. Deus concede graça para que
seus filhos desempenhem qualquer serviço, em qualquer época e em qualquer
circunstância, em favor de seu povo. Ele é zeloso nas instruções, detalhista e
cuidadoso.
Deve-se também, ter um cuidado especial para com esses homens, pois eles
necessitam de apoio dos que presidem e devem ser beneficiados com a graça
e sabedoria dos ministérios na igreja e o interesse destes por sua vida pessoal
e sua família. São homens de frente, homens que estão expostos a riscos e
que necessitam de ânimo, encorajamento, advertência, direção e supervisão.
Todo serviço que se delega, precisa ser também supervisionado.
Nota: Os irmãos indicados e escolhidos para o serviço diaconal não devem ser
“esquecidos” no período de experimentação. Se há impedimentos reais que
comprometem a ordenação, devem esses serem notificados e/ou estabelecer
ações de correção, e até substituição por outros indicados. Exercer o serviço
diaconal com deficiências e/ou impedimentos, sem a devida ação de ajuste,
sem a imposição de mãos, pode-se apresentar à igreja um modelo equivocado
de oficio.
AS ESPECTATIVAS
Certamente que com o bom desempenho desse serviço, a igreja será mais
bem atendida (sobretudo os pobres e necessitados), suprida e organizada,
além de ter seus pastores e outros ministérios mais livres para o
desenvolvimento pleno de seu serviço na oração, na palavra e na expansão da
obra de Deus.
César Damasceno
diaconato.salvador@gmail.com
#Diaconato #serviço