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DIAKONEO–SERVIR(VERBO)
“Diakoneo” significa ‘ser servo, ser assistente, servir, esperarem, ministrar, prestar qualquer tipo de serviço’”
(VINE). O verbo“d i a k o n e o ” ( s e r v i r ) é u s a d o n o N o v o T e s t a m e n t o d e d i f e r e n t e s
maneiras.
Lucas 10.40 - Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços [diakonia- subs]. Então, se
aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado queeu fique a servir
[diakoneo] sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me.
Hebreus 6.10 - Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para
com o seu nome, pois servistes [diakoneo] e ainda servis [diakoneo] aos santos.
Marcos 10.45 - Pois o próprio Filho do Homem não veio paraser servido [diakoneo], mas para servir [
diakoneo] e dar a sua vidaem resgate por muitos.L u c a s 2 2 . 2 7 - N o m e i o d e v ó s , e u s o u c o m o
q u e m s e r v e [diakoneo].
6-O apóstolo Pedro usa esta palavra para designar serviço realizado no uso dos dons espirituais.
1 Pedro 4.10 - “Servi [d i a k o n e o ] uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu,como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus”.
O v e r b o “ s e r v i r ” (“d i a k o n e o ” ) r e c e b e s e u
s e n t i d o neo-testamentário da pessoa de Jesus e do seu Evangelho. Jesus éaquele que nos serviu da
maneira mais profunda e intensa possível não procurando os seus interesses, mas dando sua vida pela
Nossa salvação (“Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido[diakoneo], mas para servir [diakoneo]
e dar a sua vida em resgate por muitos” - Mar 10.45). “Servir” se tornou a palavra que caracteriza as ações e as
obras de amor, que brotando do amor de Deus alcançou o irmão e o próximo. O serviço de Jesus aos homens e
aos seus discípulos foi uma demonstração do amor de Deus e uma demonstração daquilo que é a essência da
verdadeira humanidade como Deus a quer.
Jesus disse:“No meio de vós, eu sou como quem serve [diakoneo]”
(Luc 22.27)e “o Filho do Homem, que não veio para ser servido [diakoneo], mas para servir [diakoneo] e dar a sua
vida em resgate por muitos”(Mat 20.28).
Este exemplo de Jesus (João 13.15) se tornou um desafio para os seus discípulos: “entre vós aquele que dirige seja
como o que serve [diakoneo]” (Luc 22.26).
Cada um deve servir com o dom que recebeu de Deus (“Servi [diakoneo] uns aos outros, cada um conforme o dom
que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” - 1 Ped 4.10). Quem dá de comer a um faminto,
abriga a um sem teto, visita a um doente, ou preso (Mat 25.35, 36),este “serve” [diakoneo] (Mat 25.44) ao próprio
Jesus (“Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”
- Mat 25.40).
Muitas mulheres “serviam” a Jesus com os seus bens (“e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana
e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência[diakoneo] com os seus bens” - Luc 8.3).
Portanto“servir”é o amor em ação. “Servir”éver as necessidades e dar de sua vida, de seu tempo, de seus bens, para suprir
a estas necessidades. “Servir” é praticar as boas obras que Deus preparou que nós as realizássemos (“Pois foi Deus
quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos
as boas obras que ele já havia preparado para nós.” – Ef 2.10).
Jesus nos “serviu” dando a sua vida. De acordo com 1João3.16-18 nós servimos dando nossa vida para os
irmãos. “Dar a vidapode significar, em raros casos, até morrer pelo irmão. Entretanto oexemplo que João usa não
é “morrer”, mas dar de seus bens, de seusrecursos, portanto, de sua vida, para os irmãos necessitados.
Este serviço, no qual as forças e os bens são investidos a favor dos outros, se revela como o elemento fundamental
para a manutenção da comunhão(koinonia) (“Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha
necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as
suas refeições com alegria e singeleza de coração, l o u v a n d o a D e u s e c o n t a n d o c o m
a simpatia de todo o povo.
Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” - Atos 2.44-47).Este serviço que
envolve não apenas o dinheiro e os bens, mas, também, o corpo e a vida (2 Cor 8.5 - “E não somente fizeram como
nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus”),
se torna uma força que dinamiza todo o Corpo de Cristo (Ef 4.12 - “com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”). Por isso Paulo chama as funções
c a r i s m á t i c a s q u e s ã o e x e r c i d a s d e n t r o d a i g r e j a d e “ s e r v i ç o s ” [diakonia
] (1 Cor 12.5 - “E também há diversidade nos serviços[diakonia], mas o Senhor é o mesmo”). Mas
“diakonia” pode sereferir, também, a um único carisma (Rom 12.7 - “se ministério[diakonia]
dediquemo-nos ao ministério”).
Paulo amplifica o conceito de diakonia ainda mais quando ele se refere a toda a obra salvadora de Deus como a
uma diakonia de Deus em Cristo a favor de todos os homens. Já no Velho Testamento havia uma diakonia de
Deus, mas no sentido da lei e, por isso, da morte, da condenação (2 Cor 3.7,9). Mas por meio de Jesus irrompeuo
ministério (diakonia) do Espírito, da justiça, da reconciliação (2Cor3.8,9 -Como não será de maior glória o
inistério[diakonia] do Espírito? Porque se o ministério[diakonia]da condenação tinha glória, muito
mais excede em glória o ministério[d i a k o n i a ] da j u s t i ç a ” ) . E s t e m i n i s t é r i o
f o i c o n f i a d o a o a p ó s t o l o q u e c o m o embaixador de Cristo proclama: “Deixai-vos
reconciliar com Deus”.
“Mas todas as coisas provem de Deus, que nos reconciliou consigo m e s m o p o r C r i s t o , e n o s
c o n f i o u o m i n i s t é r i o [d i a k o n i a ] da r e c o n c i l i a ç ã o ” - 2Cor 5.18-20). A
palavra “d i a k o n i a ”, de certa maneira, é, portanto, uma palavra técnica para se referir ao trabalho
evangelístico.
DIAKONO–DIÁCONO(SUBSTANTIVO)
“Diakonos denota primeiramente ‘criado’, quer aquele que faz trabalhos servis, ou o ajudante que presta serviços
voluntários, semreferência particular ao seu caráter. Servo, criado, assistente, auxiliar. O termo diáconos deve,
falando de modo geral, ser distinguido do termo doulos, ‘servo, escravo’. O termo diáconos encara o servo e relação
ao seu trabalho; o termo doulos o vê em relação ao seu mestre. Veja, por exemplo, Mt 2.2-14: aqueles que
chamam os convidados e os trazem (Mt 22.3,4,6,8,10) são os doulos. Aqueles que executam a sentença do rei
(Mt 22.13) são os diakonoi ” (VINE,563).
João 2.5,9 - Então, ela falou aos serventes [diakonos]: Fazei tudo o que ele vos disser....
DiáconodaNovaAliança
2 Coríntios 3.6 O qual nos habilitou para sermos ministros [diakonos]deumanovaaliança,nãoda
letra,masdoespírito;porquea letra mata, mas o espírito vivifica.
Diácono do Evangelho
Colossenses 1.23 - “Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do
evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro [
diakonos].
Diácono de Cristo
2 Coríntios 11.23 - “São ministros [diakonos] de Cristo? (Falocomo fora de mim.) Eu ainda mais: em
trabalhos, muito mais; muitomais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte,muitas vezes”.·
Diácono de Deus
2 Coríntios 6.4 - “Pelo contrário, em tudo recomendando-nos anós mesmos como ministros [diakonos] de Deus:
na muita paciência,nas aflições, nas privações, nas angústias.·
Diácono da Igreja
Colossenses 1.24,25 - “Agora, me regozijo nos meus sofrimentospor vós; e preencho o que resta das aflições de
Cristo, na minhacarne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro[diakonos] de acordo com a
dispensação da parte de Deus, que mefoi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra deDeus”.·
A PRÁTICA DA DIACONIA- O CONCEITO BÍBLICO DAS BOAS OBRAS
O cristão deve se caracteriza pela prática das boas obras. Iremos considerar duas coisas: A experiência de salvação
na vida de umapessoa deve resultar, sempre, em obras, em frutos e, em segundo lugar, qual deve ser a motivação
do cristão na prática das boas obras.
OBRAS COMO RESULTADO DA SALVAÇÃO
O texto de Efésios 2.8-10 deixa bem claro que somos salvospela fé e não pelas obras, contudo, a salvação pela
fé resulta emfrutos, em obras nas vidas dos salvos. Paulo nos afirma que fomos“criados em Cristo Jesus
para as boas obras”, obras que “Deus p r e p a r o u d e a n t e m ã o p a r a a n d a r m o s
nelas”.
O texto de Tito 2.13,14 mostra, também, que “Jesus se deu por nós a fim de nos remir de nos remir de toda
iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”. O resultado da
redenção, da purificação, o resultado de fazermos parte de um povo que pertence exclusivamente a Jesus, é sermos
“zelosos de boas obras”.
Quando a Bíblia afirma que “Deus preparou obras para andarmos nelas” (Ef 2.10). Isto significa que nós não podemos
fazer tudo o deve ser feito, mas há algo que Deus quer que nós façamos, coisas que Ele “preparou de antemão para
nós”.
Por exemplo, considerando a parábola do Bom Samaritano sabemos que muitas pessoas
eram assaltadas, muitas pessoas estavam caídas, necessitadas à beira do caminho. Havia o problema social da
violência e da insegurança nas estradas, mas o Bom Samaritano, fez a sua parte, fez aquilo que lhe cabia fazer:
Atendeu ao caído.
Na parábola do Rico e do Lázaro o rico foi responsabilizado pornão ter atendido aquele pobre
que estava à sua porta. Sem dúvida existiam muitos outros miseráveis, mas a q u e l e p o b r e
e r a a s u a responsabilidade.
Quando Lucas nos conta a experiência de Felipe evangelizando ao eunuco no caminho de Gaza que estava deserto,
mostra que, apesar de existirem multidões necessitadas, aquele homem, naquele momento, naquela estrada, era a
sua responsabilidade.
Ao fazermos o bem várias podem ser as nossas motivações. Inclusive podemos fazer o bem por
motivações erradas, como Jesus expôs, condenando os fariseus que davam esmolas “para serem vistos
p e l o s h o m e n s ” ( M t 6 . 2 ) Q u a l d e v e s e r a n o s s a m o t i v a ç ã o a o praticarmos o
bem?
1. O exemplo de Cristo
Certamente, a primeira e grande motivação é o exemplo deCristo. Jesus disse: “Porque eu vos dei o
exemplo para que como eu vos fiz”, façais vós também” (João 13.15). O que foi que Cristo fez?
Ele...·Lavou os pés aos discípulos;·
Serviu se curvando diante deles;·
Fez um serviço de escravo.
Em atos 10.38 Pedro pregando na casa de Cornélio disse: “(Jesus) qual andou por toda parte, fazendo o bem
e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
À uma viúva afirmando: “Não chores mais” e lhe restituindo com vida o filho morto.·
O que mais que Cristo fez? Acima de tudo ele deu a sua vida por amor a nós. João afirmou: “Nisto conhecemos
o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo3.16). O ap. João usa o
sacrifício de amor de Jesus como exemplo para o que nós devemos fazer. Pessoas tocadas pelo amor de Cristo irão,
também, dar a sua vida pelos irmãos. De acordo com o exemplo que, neste texto João apresenta sobre o que
significa “dar a vidapelo irmão”, aprendemos que não é morrer pelo irmãos, mas “dar de sua vida”, dar de seus
recursos, para suprir as necessidades do irmão.
Se meu irmão tem uma necessidade e eu tenho um recurso que pode ajudá-lo, eu devo abrir meu coração
em amor, e agir a seu favor. Pode ser em coisas bem pequenas, como um abraço carinhoso, um sorriso amigo, um
telefonema numa hora oportuna ou podem ser coisas maiores como investir uma noite ao lado de sua cama de
enfermo. Não importa, o amor de Jesus que deu sua vida por mim me levará a dar de minha vida para os meus
irmãos.
O grande missionário Carlos Studd disse: “Se Jesus Cristo sendo Deus morreu por mim, não haverá,
então, sacrifício demasiado grande para eu fazer por Ele”.
A glória de Deus
Outra motivação cuja importância não pode ser adequadamente enfatizada e a glória de Deus. Jesus ensinou:
“Assim brilhe tambéma vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Tudo o que fazemos deve ter um propósito maior: A glória de Deus.
Mesmo na realização do serviço de ajuda social podemos ter motivações erradas. Num boletim da Visão Mundial
se apresentam motivações erradas para o serviço social:·
Jesus só tinha uma motivação em tudo o que fazia: A Glória de Deus. Mesmo diante da cruz a sua oração foi: “Pai a
glorifica o teu nome” (Jo 12.28). Que seja esta, também, a nossa motivação em tudo o que fizermos.
A necessidade do irmão
Uma outra poderosa motivação para fazermos o bem é a visãoda necessidade do irmão. João disse: “Aquele
que possuir recursosdeste mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe oseu coração, como pode
permanecer nele o amor de Deus” (1Jo3.17).Toda a ação começa com uma visão. O Bom Samaritano viu
apessoa caída e ajudou-a. Jesus “viu Jesus uma grande multidão ecompadeceu-se dela porque eram como
ovelhas que não tem pastore p a s s o u a e n s i n a r - l h e s m u i t a s c o i s a s ” .
O b r a s m i s s i o n á r i a s começaram com a visão das almas perdidas: Hudson Taylor viu osmilhões
da China. William Carey viu os milhões da Índia.
DIACONIA - U
M
ESTILO
DE
VIDA
28
Quantas obras de ajuda e de diaconia começaram também comuma visão. Visão...·Dos famintos;·Das
crianças desabrigadas;·Dos leprosos;·Dos desabrigados;·Dos refugiados.Certa vez um navio naufragou,
no meio de uma tempestade,perto da costa, onde havia uma colônia de pescadores.
Muitosnáufragos se debatiam nas ondas tempestuosas. Os pescadores vezapós vez foram ao mar, com o
risco de suas vidas, para salvá-los.Finalmente estavam todos completamente exaustos. Mas um deleslançou o
desafio: “Há ainda um homem lá fora no mar, quem irácomigo para salvá-lo?” A mãe do pescador se lançou
ao pescoço dofilho suplicando: “Meu filho não vá. Seu pai morreu no mar. Seuirmão Guilherme foi ao mar e
nunca mais tivemos notícias dele.Você é tudo que me resta. Não vá!” Delicadamente se desvencilhoudos
braços da mãe dizendo: Há um homem se afogando. Tenho queir salvá-lo”, e com mais alguns, se lançou, com
o pequeno barco,maisumavezao mar.N a p r a i a t o d o s a g u a r d a v a m c h e i o s d e m e d o e
a n s i e d a d e . Finalmente, no meio da bruma avistaram o barquinho. Na frenteestava o pescador que gritou
mais alto que o barulho da tempestade:“Nós o encontramos, nós o salva-mos, e digam para a mamãe que
émeu irmão Guilherme”.Quantos de nossos irmãos estão naufragando, se afogando, nomar tempestuoso da
vida...
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M
ESTILO
DE