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1ª Capacitação e Treinamento

para Obreiros e Líderes.

2ª PARTE
O Obreiro e seus Deveres

O objetivo deste trabalho é compartilhar de alguns temas, e tentar


contribuir para os queridos irmãos e obreiros de Deus, que se preocupam
com esta causa que lhe foi confiado. Nestes anos de fé temos observado
uma grande preocupação por parte de muitos obreiros, isto significa que
Deus está mobilizando os homens no sentido de que está vindo em boa
hora, pois sabemos que existe uma força espiritual lutando contra a Igreja de
Deus, com o objetivo que não perceba o que está acontecendo, mas o
Senhor está no comando e com certeza, sua Igreja não será enganada, foi
Jesus mesmo quem disse, que “as forças do inferno não iriam prevalecer
contra sua Igreja” (Mt. 16:18), podemos entender que com este texto
certamente o inferno irá nos atacar porém cairá por terra.
Queremos falar aos obreiros de uma maneira simples e objetiva, entre
tantos obreiros, com personalidades, temperamentos, comportamentos
diferentes, porém percebemos e desejamos que exista um só desejo, lutar
pela mesma causa, e todos nós sabemos qual é. Dentro deste “assunto”.
Os Deveres dos Obreiros”, queremos abordar de forma prática alguns
temas.

Meditação: “É por Cristo que temos tal confiança em Deus, não


que sejamos capazes por nós mesmos, mas a nossa capacidade vem
de Deus” (II Co 3:4 e 6)

“Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles, porque velam


pela vossas almas, como aqueles que hão de prestar conta delas,
para que façam com alegria e não, porque isso não vos seria útil” (Hb
13:17)

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento” (Os


4:5)
O DIACONATO
Atos 6.1-7
A ORIGEM DO MINISTÉRIO DIACONAL

O verbo (gr. diakonein, "para servir, ajudar, prestar assistência") é usado


em Atos 6.2, e este mesmo verbo é usado para aqueles que servem como
diáconos em I Tm. 3.8-13.
O vocábulo grego original (diakonein) foi usado por Lucas (Atos 6.2) para
descrever o trabalho de “servir às mesas”, ou seja, zelar e prover às viúvas o
sustento de cada dia (Fp 1.1; I Tm 3.6,7).
Nesse momento da Igreja, os apóstolos estavam sobrecarregados, pois
eram responsáveis por toda a ministração da Palavra, curas e outros milagres; e
ainda cuidavam da arrecadação de ofertas, distribuição dos recursos entre as
famílias da comunidade, ajuda às viúvas, órfãos e demais necessitados.
O diácono” (servo) está ligado ao “serviço dedicado” de alguém em
qualquer área de necessidade da igreja ou da comunidade por amor a Cristo.
Esse ministério se iniciou formalmente na igreja primitiva por motivos
práticos, visando a ajuda e a cooperação, a fim de que nenhum membro da igreja
passasse falta de assistência espiritual e material (At 6.1-7).
1. A instituição do ministério diaconal.

Pela narrativa Bíblica, observa-se que, a instituição do ministério


diaconal teve origem na Igreja Primitiva, coma nítida finalidade de
solucionar um problema de grande vulto administrativo que surgiu pela falta
de atendimento diário e regular as viúvas dos gentios, fato resultante do
“[...] crescimento do número dos discípulos [...]” evitando consequências
maiores, tal qual, a “[...] ameaça de divisão da Igreja entre judeus educados
na Palestina (Hebreus) e os de educação grega, ou que viviam em países
onde se falava grego (gregos).
Verifica-se que, o surgimento da DIACONIA fora para atender e
fazer frente a uma grande necessidade material emergente no seio da
Igreja Cristã Primitiva, uma vez que, as viúvas dos gregos “[...] eram
desprezadas no ministério cotidiano”.
2- Os diáconos e a ajuda aos necessitados.
Na Igreja primitiva a função dos diáconos dirigia-se muito mais à esfera do
serviço prático.

A) A organização habitual para tratar e ajudar os necessitados

Todas as sextas-feiras as comunidades eram percorridas por coletores


oficiais que se dirigiam aos mercados e chamavam em cada casa, obtendo
doações para os pobres e os necessitados em dinheiro e em alimentos.
B) A forma de distribuição do material arrecadado

Este material arrecadado se distribuía aos necessitados por meio


de um comitê de dois membros como mínimo, ou de mais de dois se fosse
necessário mais gente para realizar a tarefa.
Entregava aos pobres os mantimentos suficientes para quatorze
comidas, o que significava duas comidas por dia para toda a semana.
Mas ninguém podia receber doações deste fundo se já tinha em
sua casa mantimentos para uma semana.
Este fundo para os pobres se chamava o kuppah, ou a cesta.
Além disto diariamente se arrecadavam mantimentos de casa em
casa para aqueles que por uma emergência nesse momento
necessitavam comida para o dia. Este fundo se chamava o tamhui, ou a
bandeja.
A Igreja cristã herdou esta organização caridosa, e sem dúvida o
dever e a tarefa dos diáconos era levá-la à prática.
A CRIAÇÃO DO DIACONATO

Nenhum dos sete varões escolhidos pela Igreja e consagrados


pelos Apóstolos, recebeu de pronto o título de DIÁCONO, o que ocorrera
pela primeira vez, quando o Apóstolo Paulo escrevera aos irmãos em
Filipos (Fp 1.1), “Paulo e Timóteo, servo de Jesus Cristo, a todos os
santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os Bispos e Diáconos”,
cerca de 63 D.C., fazendo menção da existência dos DIÁCONOS e
PRESBÍTEROS (BISPOS) como obreiros do Senhor integrantes da
liderança da Igreja local e dos eu oficialato. Irineu chama Estevão como o
primeiro diácono.
Durante o ministério de Cristo na terra, ninguém foi instalado na
igreja como diácono. Não existia o diaconato. Foi criado depois, com a
aprovação de Deus.
1. A necessidade do ministério diaconal.

No comentário de rodapé da Bíblia de Estudo de Genebra temos


o seguinte registro: “viúvas... estavam sendo esquecidas”.
O Antigo Testamento requeria cuidado pelos pobres e
necessitados (Sl. 9.18). Esta solicitude é vista na ação social que
acontece em Atos 2.44,45; 4.34-37.
“Aqui o velho problema da discriminação tinha emergido: as
viúvas dos judeus gregos (ou de fala grega) eram consideradas
forasteiras pelos judeus nativos e assim não estavam recebendo sua
porção na distribuição de alimentos, provavelmente derivada em parte da
generosa doação de 4.34-37”.
Os apóstolos resolveram o problema, criando o diaconato para
cuidar da parte material da igreja (At 6.3-4).
2- Seis motivos para a criação do ministério diaconal.

1) A crise econômica em Jerusalém criou um problema para a nova igreja.


2) Alguns dos membros vendiam seus bens para distribuir entre os outros (At
2.44-45).
3) O recebimento voluntários das contribuições (At 5.4),
4) As viúvas foram ajudadas, mais havia desentendimento entre elas (At
6.1).
5) Isto criou murmuração e reclamação, provocando uma assembleia geral
dos membros da igreja (At. 6.1-2),
6) Os apóstolos distribuíram estes bens, assim gastando demasiadamente
seu tempo (At 6. 2).
3- Seis detalhes sobre o ministério diaconal.

1). A igreja e não os apóstolos, escolheu os candidatos (At 6. 2),


2)- Os apóstolos decidiram quais as qualificações necessárias para ser
diácono (At 6. 3).
3)- Tinham que ser homens (At 6. 3),
4)- Tinham que ser homens que todos conheciam e com bom testemunho (At
6. 3),
5)- Tinham que ser sábios e espirituais (At 6.3), porque teriam que fazer
decisões com o dinheiro da igreja, (At6. 3). Foi chamado “este negócio,” v. 3.
6)- Os homens escolhidos pela igreja foram ordenados pelos apóstolos com a
imposição das mãos (At. 6. 6).
AS FUNÇÕES DIACONAIS

Fazendo-se uma análise mais acurada da Bíblia, no intento de


identificar as funções diaconais, percebe-se que elas não ficavam restritas
tão somente ao campo material, mas também, ao campo espiritual, ou seja,
o DIÁCONO era um homem que desempenhava uma função BIVALENTE
(aquele que vale por dois), isto é, era um homem preparado para o
atendimento material e espiritual.
Daí porque se exigia grandes qualificações para a consagração do
diácono. É claro que, o enfoque maior do ofício diaconal é o aspecto
material.
1. A Função “Material” do Diácono.
Era em suma a de ajudar os pastores, no cuidado dos assuntos
temporais e materiais da Igreja, de tal, maneira que os pastores pudessem
dedicar-se à oração e ao ministério da palavra (At. 6.4). Porém,
identifiquemos o seguinte: Exigir do Pastor ou do responsável pelo rebanho
do Senhor, uma vida de ORAÇÃO e sucesso na MINISTRAÇÃO da Palavra
de Deus, sem dar a necessária condição material ao obreiro, é uma grande
incoerência.
Note-se que, essa função era desempenhada pelo Diaconato.
Lembre-se, DIÁCONO não é só ficar em pé na porta da Igreja ou no interior
do Templo, é fazer muito, muito mais que isso.
Vejamos os exemplos primitivos:

a) O Diácono visitava os pobres, as viúvas e os enfermos, atendendo-os em


suas necessidades básicas. “[...] porque as suas viúvas eram desprezadas no
ministério cotidiano”. At. 6.1;

b) O Diácono administrava os recursos (alimentos e dinheiro) que eram coletados


e doados pelos discípulos. (At. 2.44,45 e 4.32-37);

c) O Diácono servia às mesas “[...] Não é razoável que deixemos a palavra de Deus
e sirvamos às mesas”. (At.6.2) Atendia as necessidades, material e espiritual em
geral. O significado da palavra, ‘Mesas’ aqui deve ser entendido no sentido figurado.

d) O Diácono era um Assessor do Apóstolo “Mas nós perseveraremos na oração e


no ministério da palavra”. (At. 6.4) Isso significa dizer, o diaconato primitivo
PROPICIAVA CONDIÇÃO AO APOSTOLADO DEDICAR-SE MAIS A ORAÇÃO E A
PALAVRA.
1. A Função “Espiritual” do Diácono.

Sabe-se que, o ministério diaconal não ficou restrito ao desempenho desse


ofício só na parte “material”, mas também, avançou na parte espiritual, como
veremos a seguir:
Aliás, o próprio texto de Atos 6.4 aponta para isso: “[...] constituamos sobre
este importante negócio” (No grego significa: necessidade, precisão, negócio ou
serviço).
Indica como era fundamental a função diaconal na Igreja Primitiva, daí, a razão de
afirmamos que o diácono exercia tarefa que não ficava circunscrita à parte material
do seu ministério.
a) O Diácono trabalhava para possibilitar o crescimento da Igreja Primitiva, nos
dois aspectos básicos: QUALITATIVAMENTE (qualidade). Atos 6.7 “E crescia a
palavra de Deus (aumentava a proclamação da palavra), e QUANTITATIVAMENTE
(quantidade), em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos
(aumentava o número dos que aceitavam a palavra), e grande parte dos sacerdotes
obedecia à fé”.

b) O Diácono era ativo no ministério da Igreja Primitiva e operava obras


prodigiosas entre o povo. Atos 6.8 “E Estevão, cheio de fé e de poder, fazia
prodígios e grandes sinais entre o povo”. Verifica-se que, os dons espirituais não
estavam restritos somente ao ministério apostólico.

c) O Diácono agia como um verdadeiro evangelista fazendo a obra de um


pregador do evangelho por toda a parte. At. 8.4,5 “Mas os que andavam
dispersos, iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade
de Samaria, lhes pregava a Cristo”.
d) O Diácono era um homem espiritual, (cheio: do Espírito Santo, de
Sabedoria, de fé, e poder) qualidade inerente a todo o homem de Deus que
almejar ter sucesso no seu ministério da Igreja do Senhor (At. 6.8; I Tm. 3.8).
É mister registrar outras ocupações materiais de responsabilidade do
DIACONATO, estipuladas, não somente pela palavra de Deus, bem como,
pela Igreja, tais como: socorro, governo (I Co. 12.28; Rm. 12.8),
hospitalidade, recepção, integração, segurança, distribuição da ceia, etc.
DEVERES PRÁTICOS DOS DIÁCONOS

Os deveres listados abaixo estão presentes no dia a dia de um diácono de


qualidade. Por isso é necessário conhecê-los.

1. A CHEGADA E A SAÍDA NO TEMPLO - O diácono tem a função de servir a


igreja no que tange as coisas materiais, por isso é necessário que o mesmo seja o
primeiro a chegar à igreja e o último a saí, antes do início do culto, deve preparar o
templo para receber os membros e visitantes.
No final do culto depois que o povo vai embora, cabe ao diácono a
arrumação do templo, auxiliar o porteiro a fechar as janelas e portas.
Na verdade o diácono é o primeiro a chegar à igreja e o último a sair da
mesma no culto. É uma benção para a igreja um diácono exercendo bem a sua
função, não deixando a suas responsabilidades para outros.
ATENÇÃO! Nunca apresentar na porta sem oração. Sabendo que
apresentará diante de pessoas que chegarão com os mais diferentes sentimentos:
passivos como de opressões malignas.
2. A LIMPEZA - Precisar passar um pano para tirar a poeira dos bancos, não vai ser o
membro que vai fazer isso, para isso tem o diácono, cuidar e zelar pela limpeza
interior e exterior do templo, bancos e cadeiras do púlpito na devida ordem, verificar
bebedor de água, copo descartável, cestinha de copos descartável, etc.

3. DURANTE O CULTO - É necessário o diácono ficar atento nos seguintes itens


abaixo:
a) Não permitir crianças correndo dentro do templo, com educação e sempre com um
sorriso no rosto fazer com que elas estejam nos seus devidos lugares.
b) Recepcionar os visitantes, os acomodando a um lugar propício, se for evangélico
pedir o cartão de membro e levar ao dirigente paras as devidas honras.
c) Aconselhar os grupinhos fora do templo a entrar para o templo para participar do
culto.
d) Na hora da oração onde todos estão de olhos fechado, ficar atento a tudo que esta
acontecendo dentro e fora do templo. O diácono precisa orar de olhos abertos e
atentos em tudo.
e) Observar O movimento aos banheiros tanto feminino como masculino para que
não haja prejuízos para a Igreja, como também ajuntamento de pessoas nos mesmos.
4. A RELAÇÃO COM AS PESSOAS - Demonstrar educação, polidez, ser afável no
tratamento com as pessoas, especialmente com os visitantes. Usar suas habilidades
para convencer as pessoas a voltarem outras vezes.

5. MOSTRAR SIMPATIA - Demonstrar que o trabalho que está fazendo não é


simples obrigação, mas é desenvolvido com amor, dedicação e alegria.

6. A APARENCIA DO DIÁCONO - Aspecto exterior: roupa, cabelo, sapatos, higiene,


dentes, a importância do uniforme. Aspecto interior: paz, serenidade e simplicidade.

7. NA HORA DA OFERTA - não ficar esperando um pelo o outro para passar a salva
das ofertas.

8. A COLETA DA OFERTA - Nunca tirar a oferta de traz para a frente, ou passar a


coleta enquanto a igreja estar orando, se possível com um sorriso no rosto, olhar
para os olhos do ofertante e dizer, “que Deus te abençoe”.

9. A CEIA DO SENHOR - O diácono tem uma participação essencial na santa ceia,


pois é o mesmo que tem honra de servir o pão e o suco de uva para os membros
presentes.
10. DIRIGIR O CULTO - na ausência do dirigente e dos presbíteros cabe ao diácono dar início
ao culto, chegando o presbítero, passa-se para o mesmo. Em caso de não chegar o pastor e
nenhum presbítero cabe ao diácono dirigir o culto segundo o costume litúrgico de sua
congregação.

11. CONHECENDO A LIRTUGIA DO CULTO - Segue a abaixo a liturgia dos nossos cultos:
* Oração inicial.
* Louvar a Deus com 2 ou 3 hinos da harpa.
* Convidar a igreja para de pé fazer a leitura oficial da Palavra de Deus
* Distribui as oportunidades para os membros em comunhão, louvar a Deus ou testemunhar.
* Agradecimento e boas-vindas aos visitantes, convidados, etc.
* Um louvor para recolhimento das ofertas.
* Oração pelo preletor.
* Pregação da Palavra de Deus. Atenção! Os nossos cultos tem duração de 2 horas, sendo
das 19:00 horas as 21:00 horas, deixando os 40 ou 50 minutos finais para a pregação e avisos
finais.
* Apelo.
* Oração pelo convertido caso houver.
* Anúncios dos trabalhos da semana.
* Oração final.
* Benção apostólica – Eis aqui a maneira correta de dar a benção: 2Co 13.13 (Que não pode
ser dado pelo diácono).
O Diácono tem participação antes, durante e após a santa
ceia do Senhor, vejamos:

1) Antes da celebração: arrumar a mesa, encher as taças, preparar o pão


e o suco de uva, preparar a mesa da Santa Ceia do Senhor.

2) Durante a celebração: Se posicionar em ordem um ao lado do outro na


nave da igreja, frente ao púlpito, esperando receber das mãos do
celebrante ou a quem o mesmo designar as bandejas. Recebendo vai para
o último lugar da fila dando lugar para o próximo da vez. Esperar a ordem
vinda do celebrante e então começar servindo o pão e depois o vinho,
dizendo as seguintes palavras:
OBS.: Os Diáconos e Diaconisas que forem designados para servir à mesa
(Santa Ceia); não deverão cantarolar o hino, mas permanecer com a boca
fechada - exceto na hora de entregar o pão e o cálice diga para o (a) irmão
(a), dizendo: “receba o Corpo e o Sangue de Cristo”.
A bandeja deve estar à uma distância de 10 a 15cm de seu peito e
deve ter cuidado para a gravata está bem presa na camisa para não correr
o risco desta está com a ponta dentro da bandeja.

3) Depois da Celebração: Cabe ao diácono (a) a responsabilidade de


recolher os cálices dos irmãos (devolvendo-os nas bandejas), retirar a
mesa, lavando e guardando todas as peças e separando a Ceia para levar
para os enfermos que não podem estar no templo.
AS QUALIFICAÇÕES BÍBLICAS DO DIÁCONO

As qualificações Bíblicas inseridas em Atos 6.3, as quais chamamos de


“primeiras qualificações”, portanto, foram indicadas por ocasião da instituição do
ministério diaconal, na nossa ótica, são tão importantes, que podem ser
consideradas como requisitos imprescindíveis e com poder de eliminar eventuais
candidatos ao diaconato que não as possuam.

1 - BOA REPUTAÇÃO - Não deveriam ter-se envolvido em qualquer escândalo que


lançasse qualquer reflexo adverso sobre sua moralidade ou honestidade.
Deveriam ser conhecidos como homens de interesses humanitários, que
promovessem o seu ofício e apresentassem soluções equitativas aos muitíssimos
problemas”.
“A palavra [...] reputação [...] dá-nos a entender que teriam de ser
indivíduos testados, ou, segundo o que o seu sentido original entende, que lhes
tivesse sido dado testemunho. Outras pessoas precisam conhecê-los em seus
negócios e em seu caráter passado, testificando favoravelmente acerca deles”.
2- CHEIOS DO ESPÍRITO SANTOS- “Aqueles diáconos, pois deveriam ter sido
participantes da experiência pentecostal não menos que os apóstolos. Devem ter
experimentado pessoalmente a promessa feita pelo Senhor Jesus de que seus
seguidores seriam dados o divino “paracleto” ou Consolador.
É bem provável que os dons espirituais também estivessem em foco. Os
diáconos precisavam ser homens dotados de habilidade, sendo homens destacados
na comunidade cristã, como homens de Deus, ativos e poderosos no ministério.
Deve-se notar que um dos indivíduos assim selecionado foi Estevão,
homem cheio de graça e poder (Atos 6.8), - que “fazia prodígios e grandes sinais
entre o povo”.
Visto que tais dons espirituais eram tão comuns na Igreja Primitiva, não
somente entre os apóstolos, mas também no caso de outros líderes da segunda
linha, é bem provável que a Igreja Primitiva tenha encarado esses sinais visíveis dos
dons espirituais como característica necessária para alguém ser nomeado a
qualquer ofício mais elevado, como deve ter sido inicialmente considerado o
diaconato.
3- CHEIOS DE SABEDORIA - “Obviamente essa qualidade era resultado direto do
poder habitador do Espírito Santo”. Era mister que soubessem como rejeita as
murmurações e como cuidar delas, sabendo também cuidar dos que eram dados à
fraude, à calúnia e à traição por palavras, pois, em seu trabalho de administração do
dinheiro naturalmente se encontravam com muitas pessoas dessa natureza,
especialmente visto que tinham de tratar com pessoas mais idosas, nas quais, com
frequência, talvez por motivos físicos, se encontra um espírito partidarismo radical,
além de ideias fechadas e preconcebidas.
A sabedoria dos diáconos precisava ser terrena e prática, dando eles exemplos de
discrição e poupança, além da aptidão pelas coisas e soluções práticas.
Contudo, essa sabedoria também teria de ter um aspecto espiritual, fazendo com
que olhassem para seus semelhantes com espírito de amor, de ternura e de
bondade, sempre considerando seu destino espiritual e eterno, visando o avanço e
o desenvolvimento espiritual e eterno se suas almas.
4- NÃO DADOS A MUITO VINHO - “[...] NÃO INCLINADOS A MUITO
VINHO [...]” O termo grego usado no original é “prosecho” que significa: ‘voltar à
mente para’, ‘dar atenção’, ‘dedicar-se a’. A bebida alcoólica tem sida a desgraça
de muitos lares.
O diácono, bem como, o obreiro cristão em geral, deve ser TOTAL
ABSTÊMIO, justamente, pela falta de controle a limites morais estabelecidos por
Deus em sua Palavra Santa.

5- NÃO COBIÇOSOS E DE TORPE GANÂNCIA -“[...] NÃO COBIÇOSOS DE


SÓRDIDA GANÂNCIA”. No grego é: “aischrokerdes” que significa: pessoa que
deveria cuidar das viúvas e pobres, inclusive, na administração do dinheiro
arrecada para essa finalidade, era advertido a NÃO AGIR COM COBIÇA OU
TORPE GANÂNCIA.
Nenhum obreiro cristão terá sucesso na vida ministerial, agindo com
cobiça e sórdida ganância usando o ministério sagrado como meio lucro pessoal
e locupletamento ilícito, e de satisfação de sua torpeza material (I PE. 5.2 “[...]
nem torpe ganância” I Tm. 6.5b). A cobiça leva o homem a se desviar da fé (Tm.
6.10).
O DIÁCONO E A DOUTRINA BÍBLICA

O corpo Diaconal, tendo conhecimento Bíblico e, mormente o conhecimento


das doutrinas sistemáticas das Escrituras Sagradas, representa para a Igreja de Deus,
um grande parapeito (Parede ou resguardo que se eleva à altura do peito ou pouco
menos). Parte superior de uma trincheira de fortificação para resguardar os
defensores que podiam atirar por cima dela contra as fortes influências heréticas
antigas e as falsas hermenêuticas dos nossos dias.
Usando ainda a figura do ‘parapeito’ de conhecimento que deve constituir-se
o diaconato cristão para a Igreja de Deus, o Diácono, frente essa grande missão,
precisa preparar-se, orar e estudar a palavra de Deus, tomando as seguintes atitudes:
a) Ser aluno assíduo da Escola Bíblica Dominical.
b) Matricular-se num Instituto Bíblico Sério para Estudar Teologia.
c) Nunca deixar de frequentar com regularidade o “culto de ensino” da sua
Igreja.
d) Jamais deixar de ler a Bíblia regularmente.
e) Fazer Parte Ativa da Equipe de Evangelização.
f) Assumir Compromisso de pregar a Palavra de Deus nas congregações
visando desenvolver-se ministerialmente.
g) Praticar uma vida de Piedade, e misericórdia..

Além disso, o Diácono precisa entender que, para elevar seu


conhecimento Bíblico e estar preparado responder com “[...] mansidão e temor
que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe. 3.15), precisa buscar
mais conhecimento sobre sua função em bons Seminários Teológicos.
FIM
ATÉ O PRÓXIMO
ENCONTRO...

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