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DONS ESPIRITUAIS
Base de toda a matéria de Dons Espirituais é o capítulo 12 da primeira carta de Paulo à igreja aos
coríntios.
Vamos entender primeiro um pouco melhor sobre essa carta tão especial para Igreja hoje, que tanto
nos instrui e exorta.
Paulo escreveu 13 cartas com a finalidade de tratar problemas que já existiam em alguns lugares ou
com determinadas pessoas e também tratar de forma preventiva problemas que poderiam surgir.
É curioso, pois o zelo de Deus é tão grande que ao lermos essas cartas percebemos o quão atual elas
são. Ou seja, se referem a problemas que encontramos, rotineiramente, no dia a dia da igreja
atualmente. Em nossas vidas, claramente.
A carta aos coríntios é escrita com o objetivo de trazer instrução àqueles irmãos, de múltiplos
assuntos que estavam impedindo o avanço da igreja naquele momento. É importante sabermos
sobre o plano de fundo que norteia essa epístola.
O apóstolo Paulo criou essa igreja, e na época que apóstolo escreve essa carta a igreja tinha por
volta dos seus três anos. Mas, embora tivesse começado bem, começou a desviar dos fundamentos
apostólicos.
Na verdade, não sabemos ao certo o motivo que levou aquela igreja a desviar-se dos padrões, mas
entendendo a sua construção de vida, tudo aquilo que precedia sua existência, podemos encontrar
algumas respostas. Somos resultado daquilo que vivemos. Essa é uma verdade incontestável,
embora a Palavra e o Espírito transformam esse conhecimento primário em divino, mas essa
metabolização de práticas espirituais muitas vezes leva tempo. Precisamos ser pacientes com o
outro e conosco.
Mas quem eram aqueles cristãos antes de se converter? Tinham vindo de uma cultura pagã e
trouxeram esses ensinamentos ao corpo da igreja. A verdade precisaria chegar, tinham revelação de
Cristo, mas não de seus ensinamentos por completo.
O que seria o paganismo? Na cultura cristã é aquele adepto de toda religião não abraamica. Os
gentios, não os judeus. O evangelho era pregado aos judeus, que criam em Deus e esperavam pelo
Messias, e esse veio, morreu e ressuscitou. Mas existiam aqueles que não criam nisso, criam em
diversos outros deuses. Como ainda acontece em diversas culturas hoje.
Eram pessoas entregues às suas próprias vontades e serviam a deuses, mortos e mudos. Encontrar
um Deus vivo, foi algo de difícil compreensão ao ponto de deixá-los orgulhosos e presunçosos.
É sobre isso que o apóstolo Paulo faz menção, no capítulo 12 versículo 2. Por essa peculiaridade em
relação ao contexto da sua cultura, existiam problemas específicos. Lembre-se de que tudo tem uma
raiz, toda consequência é oriunda de uma razão.
a. Região Portuária
Não é novidade para nós o entendimento que o principal meio de transportar cargas e também
um meio de transporte bastante utilizado no período do início da igreja era através de navios.
Isto é algo relatado em diversas vezes nas Escrituras. A forma que os produtos chegavam ao
continente era através de portos, que por sua vez transferiam estes produtos a outros meios de
transporte. Com isto claro, podemos já imaginar o quanto uma cidade portuária nesta época
trazia consigo benefícios (principalmente econômicos) e malefícios. Todo tipo de gente circulava
por Corinto, tanto aqueles que tinham interesses fixos como aqueles que estavam simplesmente
de passagem. Morar em Corinto tinha suas vantagens, da mesma forma que trazia diversas
desvantagens. Por exemplo, economicamente falando, assim que Paulo chegou na cidade
conseguiu um emprego (1 Co 18:3) de fazedor de tendas. As demandas eram altas no local, pois
a população além de ser grande (400.000 habitantes) era diversa. Corinto, por mais que não era
a cidade mais importante da época, era um polo extremamente visado e onde tanto pessoas
frequentemente iam até lá como também passavam por lá. Com isto a presença de uma igreja
era extremamente útil, pois podia alcançar tanto aqueles que estavam chegando por Corinto ou
apenas passando por lá. Os que chegavam, podiam ter logo o contato de adentrarem a uma
família espiritual como os que passavam podiam levar consigo a mensagem que receberam.
b. Prostituição
Em Corinto ficava a sede da deusa Afrodite (do amor), onde mais de mil prostitutas cultuavam.
Nestes “cultos” a religiosidade e a promiscuidade sexual se juntavam, onde pessoas iam até esse
lugar e se entregavam a todo tipo de sorte de imoralidade e faziam disso uma forma de
adoração. Durante a noite, essas prostitutas desciam para o cais e a imoralidade era literalmente
instituída naquele lugar. Morar em Corinto nesta época era literalmente questionável,
principalmente a respeito destes costumes imorais, uma vez que o termo “corintianizar” era
usado para dizer o ato de tornar alguém imoral.
c. Idolatria
Exatamente por causa destes templos pagãos, havia uma certa atmosfera de idolatria permeando
toda a cidade e os moradores. Sacrifícios eram apresentados juntamente com práticas imorais
nos templos, banquetes eram dados em sinônimo de adoração e ainda mais, sobras dos
sacrifícios (carne) eram vendidos nos açougues da cidade aos moradores.
d. Contraste Social
Como qualquer capital, em Corinto também havia um contraste social entre aqueles que tinham
mais dos que tinham menos. Haviam os patrões, mas também ali estavam os trabalhadores.
Haviam famílias históricas, como também haviam estrangeiros. Como resultado do contraste
social também haveria uma certa separação destas classes de forma local, como bairros e
lugares a se frequentar, algo que naturalmente acontecesse. Porém, uma vez que estes se
converteram, percebemos que a mesma atitude estava sendo levada dentro da igreja, algo que
não deveria acontecer.
Problemas da Igreja de Corinto:
Os problemas percebidos naquela igreja são divididos em três aspectos: Divisão, doutrinário e
moral.
Paulo escreve essa carta, instruindo a resolver cada um desses problemas. Mas, um problema que a
igreja não tinha era AUSÊNCIA de Dons Espirituais (1 Co 1:7). Eles tinham todos e os tinham em
abundância, mas não sabiam utilizá-los.
Aquela igreja tinha muita carência de instrução e por não terem conhecimento de princípios divinos,
acabaram adotando princípios que aprenderam no mundo e no paganismo. Eles precisavam de
transformação. Precisavam de revelação.
Acerca dos Dons Espirituais que vamos tratar especificamente nessa matéria, percebemos que ainda
hoje, por imaturidade as pessoas acabam fazendo mau uso desse presente divino que Deus deu a
Sua igreja.
“ORA, OS DONS SÃO DIVERSOS, MAS O ESPÍRITO É O MESMO. E TAMBÉM HÁ DIVERSIDADE NOS
SERVIÇOS, MAS O SENHOR É O MESMO. E HÁ DIVERSIDADE NAS REALIZAÇÕES, MAS O MESMO
DEUS É QUEM OPERA TUDO EM TODOS.”
1CO 12.4-6
Os irmãos de corinto estavam em uma competição carnal e acirrada sobre espiritualidade. Discutiam
até qual dom era mais valioso, dando uma posição privilegiada ao dom da oração em línguas.
Paulo sabia que isso era vaidade, queria ensiná-los o verdadeiro valor dos dons. Antes de listar todos
os dons do Espírito ele os define usando palavras chaves que nos ensinam tanto como: DONS,
SERVIÇOS e REALIZAÇÕES. Juntas, essas palavras trazem um senso de completude para a função dos
dons para o reino de Deus.
Em resumo, os dons do Espírito são um Deus único manifestando a sua graça, trabalho e poder,
através de nossas vidas. A igreja precisava entender que os ídolos que eles serviram outrora não
poderiam mais servir. Agora eram guiados pelo Espírito Santo de Deus.
Mas percebemos que os dons tem uma natureza tríplice e envolvem a trindade.
Todo mérito sempre será de Jesus. Veio Dele, é Ele quem trabalha e é Ele quem realiza.
No verso 4 o apóstolo Paulo nos apresenta a primeira face do Dom Espiritual: Ele procede da graça
de Deus. A palavra Dom tem origem no grego “CHARISMA”, que tem o seguinte significado:
É bem fácil de perceber que os dons tem origem na graça de Deus e não em habilidades humanas,
pessoais. É importante também ressaltar que não tem a ver com capacidade cognitiva (inteligência,
conhecimento a partir de algum estudo, curso, etc). São presentes, doações que o Espírito nos
concede.
Há uma necessidade da igreja e Deus em sua onisciência e soberania, Deus decide capacitar um
irmão da igreja pela sua graça, para que ele possa edificar os irmãos através desse dom.
Os dons eles são diversos, se dividem em categorias distintas e se diferem entre si em função, mas
não significa que há hierarquia entre eles. Nenhum dom é superior ao outro. Ao contrário, muitas
das vezes podem se completar.
O dom mais importante é o dom mais necessário naquele momento. E a igreja necessita de todos os
dons sem exceção para ser edificada. E apesar dessa diversidade de dons o Espírito que opera é o
mesmo.
Nenhum homem jamais poderá conceder a alguém os dons do Espírito Santo. Somente o Espírito
Santo poderá fazê-lo.
2- Serviço:
No verso 5, no entanto, vemos a segunda face dos Dons Espirituais: ele é um serviço.
A tradução na palavra serviço original grego é “Diakonia” que tem os seguintes significados:
· SERVIÇO;
· MINISTÉRIO;
· ESPECIALIDADE DAQUELES QUE EXECUTAM OS PEDIDOS DE OUTROS;
· AQUELES QUE, PELO CHAMADO DE DEUS, PROCLAMAM O EVANGELHO;
· OFÍCIO DOS APÓSTOLOS, PROFETAS, EVANGELISTAS, ANCIÃOS, DIÁCONOS;
· ESPECIALIDADE DAQUELES QUE AJUDAM A ATENDER AS NECESSIDADES.
A palavra serviço nos fala do modo como o dom atua. Ganhamos o dom de presente e com ele vem
o trabalho, o serviço. Concluímos que Deus nos dá o dom para servirmos aos outros não para
tocarem trombetas chamando atenção para nossas virtudes e habilidades.
Isso precisa ser uma constante, um cristão genuíno não deveria jamais trazer luz para si. Um dom
não serve para promover ninguém. Jesus é o cabeça e nós somos o corpo. Ele manda e nós
obedecemos. Cada parte do corpo tem uma função específica e todas as partes juntas formam um
corpo funcionando de forma harmoniosa.
3- Realizações:
Esse é o mesmo radical que surgiu a palavra energia e ela vai nos falar de uma energia de Deus,
operando através de dons espirituais e ministeriais. Tornando aquilo que é invisível real e manifesto
através da vida da Igreja.
Como dom serve para ajudar alguém, fazer algo, realizar alguma coisa por alguém, beneficiar alguém
seus resultados podem sempre ser diferentes.
E podemos enfatizar, Paulo deixa claro e isso precisa ficar claro para nós: não há motivos para nos
gloriarmos. Não tem nada a ver com o homem.
Superioridade/Inferioridade - Haviam aqueles que se sentiam superiores por terem dons “maiores
ou melhores” (digo isto de maneira carnal) que outros. Como resultado, a inferioridade do outro
também surgia, fazendo com que a desvalorização fosse uma opção, uma vez que todos eram
extremamente úteis. Uma vez que os dons eram recebidos de forma graciosa (12:11) não deveria
haver lugar nem para se sentirem superiores ou inferiores, uma vez que o motivo que os dons eram
entregues era de acordo com o propósito.
Auto promoção – Os dons Espirituais não foram dados à igreja para projetar o homem, longe disso,
tem a finalidade de glorificar a Deus e sua manifestação é muito clara a despeito dessa finalidade.
Aqueles irmãos por serem tão usados traziam holofotes para si.
Competição – Mediam a espiritualidade uns dos outros pela manifestação de dons. Isso é uma
mentira, por essa razão Paulo logo após o capítulo 12, depois de falar acerca dos Dons Espirituais ele
fala a respeito do amor. Se quisermos saber se alguém é mesmo espiritual, precisamos ver o amor
em suas ações. Alguém espiritual é alguém cheio de amor. Muito menos, quem opera mais em dons
não é mais espiritual do que o outro. Muito menos um dom espiritual é mais importante que o
outro, até nisso competiam. (1Co 12:31, 13 e 14:1)
Eu poderia falar sobre isto após os dons, mas prefiro adiantar uma das partes principais a respeito
do real entendimento a respeito dos dons para que desde já consigamos caminhar o mais próximo a
respeito da verdade fugindo daquilo que talvez é o maior engano. Por mais que devemos respeitar,
honrar e nos submeter a nossa liderança e também aqueles que percebemos ter um certo tipo de
“autoridade delegada por Deus”, temos cometido um grande engano: o de afirmarmos que certas
pessoas são espirituais por causa do dom que a acompanha. Primeiro, se o dom confirma a
espiritualidade, todos somos espirituais, pois o dom nos torna úteis e todo membro no corpo de
Cristo tem sua utilidade. Em segundo lugar, por mais que pessoas espirituais possuem dons, eles não
são a evidência de espiritualidade. Paulo vai dizer que por mais que era evidente e visível a presença
dos dons de Deus naquele lugar, eles eram carnais (3:1-3). Homens e mulheres, que mesmo
profetizando e curando, realizando maravilhas e orando em línguas, não podiam ser chamados de
espirituais. Então, biblicamente falando, o que é a verdadeira espiritualidade? Podemos entender
um no conceito teológico e lógico, e o outro vendo como Paulo temperou seu ensino a respeito dos
dons.
Nos capítulos 12 e 14, o apóstolo Paulo está declaradamente falando a respeito dos Dons Espirituais.
Porém, por falta até mesmo de atenção à construção da narrativa, achamos que ele acaba o assunto
e começa a falar de algo desconexo e que depois por lembrar que havia algo a mais a ser dito, volta a
falar dos dons. O que Paulo está fazendo no capítulo 13 é exatamente construir uma conexão entre
os assuntos, trazendo um “elo perfeito” que ele mesmo traduz como amor. O amor pode até não ser
o “assunto principal” desta carta, mas sem sombra de dúvidas é a solução para todos os problemas
apresentados nela. Todo pecado e/ou carnalidade sempre são resultantes à ausência ou falta de
amor. Só havia divisões, competições, imoralidade, brigas, preferências e todos os outros problemas
porque os coríntios - de qual somos contemporâneos - não haviam entendido que a beleza do
Evangelho e da nova criação se inicia porque Deus nos amou e se completa porque podemos
responder em amor a Ele e ao próximo. A maior evidência de espiritualidade é a presença e o
constante fluir do amor. E poderíamos falar sobre diversas formas de amar, mas que poderiam
facilmente ser resumidas e traduzidas por este mesmo apóstolo em uma outra carta onde havia
também atitudes carnais. “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da
carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre
si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já,
outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas
paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos
possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.” Gálatas 5:16-26 A
evidência de espiritualidade existe não quando fluímos nos dons espirituais, e sim quando
caminhamos a partir do fruto. Com isso não digo que os dons espirituais deixam de ser espirituais,
mas apenas que a espiritualidade que existe neles não são transferidas aos homens que os
carregam, fazendo com que então eles possam ser utilizados de forma errada e que não cumpram o
propósito que Deus originalmente pensou sobre eles.
Os dons foram dados à igreja com a finalidade de edificá-la. Se pensarmos nesse verbo “edificar”
podemos encontrar uma explicação bem clara a respeito do que norteia o coração de Deus ao
liberar desses dons sobre nós. Edificar é levantar a partir do solo, é construir. Deus quer que sua
igreja cresça, de forma plena e sólida. Nós somos as pedras que ele usa nessa edificação. Por essa
razão os dons espirituais falam diretamente conosco e através de nós. Fragmentos do conhecimento
de Deus nos são depositados e nos tornamos mais parecidos com Ele. (1 Co 14:25)
O Espírito Santo sempre testificará do Filho, a Cristo. Sempre! E mais, o Espírito Santo sempre nos
levará a clamar por Jesus, não por outro.
A busca desenfreada por experiências extraordinárias espirituais aliada a imaturidade desses irmãos
fizeram com que dessem lugar a espíritos malignos se manifestarem. É preciso muita cautela. O
extraordinário pode ser mais simples do que parece.
Todo e qualquer tipo de manifestação de Deus serve para edificar a obra de Cristo, exalta-Lo. É tudo,
por meio Dele e para Ele. Tudo na igreja precisa desse alinhamento.
Manifestações estranhas:
“SABEIS QUE, OUTRORA, QUANDO ÉREIS GENTIOS, DEIXÁVEIS CONDUZIR-VOS AOS ÍDOLOS
MUDOS, SEGUNDO ÉREIS GUIADOS. POR ISSO, VOS FAÇO COMPREENDER QUE NINGUÉM QUE
FALA PELO ESPÍRITO DE DEUS AFIRMA: ANÁTEMA, JESUS! POR OUTRO LADO, NINGUÉM PODE
DIZER: SENHOR JESUS! SENÃO PELO ESPÍRITO SANTO.” 1CO 12.2,3
Paulo, no texto citado faz menção ao momento de conversão. De onde essas pessoas saíram, do que
faziam e qual realidade os norteava em Cristo. Como citamos, eram pagãos.
Muito embora os deuses que adoravam eram mudos, exerciam domínio sobre eles. Agora
precisavam ser dirigidos pelo Espírito Santo, mas mesmo depois de sua conversão alguns irmãos
naquelas reuniões tinham manifestações estranhas, pareciam estar cheios do Espírito mas diziam:
“Anátema, Jesus”.
1 CO 14: 25 -> como o propósito dos DONS é exaltar a Cristo, a forma como entendemos e fluímos
de forma bem simples.
“MAS UM SÓ E O MESMO ESPÍRITO REALIZA TODAS ESTAS COISAS, DISTRIBUINDO-AS, COMO LHE
APRAZ, A CADA UM, INDIVIDUALMENTE.” 1 CO 12.11
Existe um propósito divino na manifestação dos dons. Ele possui sim uma finalidade que nada tem a
ver em satisfazer a vaidade humana. O objetivo dos dons é a edificação da igreja.
Ainda que pareça pessoal, o dom Espiritual sempre será endereçado para a coletividade. O texto é
claro em dizer que os dons são concedidos a cada um, ou seja, a todos porém individualmente.
Não existe nenhum convertido sem nenhum dom; cada crente tem, pelo menos um dom, não existe
um crente que não tenha nenhum.
Existe algum membro sem função? Não existe. Todos tem uma função e uma vez que ela não é
desempenhada, o corpo padece, ele deixa de se desenvolver. Isto é excelente para quebrar a nossa
arrogância. Precisamos dos outros para sermos plenos em nossas funções. Se quero crescer e ser
edificado, preciso do dom do meu irmão e ele também precisa do meu.
Não existe hierarquia entre as pessoas e todos estão no mesmo patamar, servindo uns aos outros
para a edificação mútua.
Quem faz a escolha e também promove a ação é o Espírito Santo; o homem é apenas um
instrumento. É um erro muito grande intitulamos homens como poderosos por fluírem no dom de
milagres ou curas, pois o poder não é seu, mas o Espírito Santo. Não se deve atribuir ao homem o
que pertence Deus.
FLUINDO NOS DONS ESPIRITUAIS
Vale ressaltar algo a respeito dos dons, que é a busca que devemos ter sobre eles. Existem vários
textos que nos revelam o desejo de Deus nos entregar coisas após orarmos. De tal forma, que o
evangelista Lucas nos conta a respeito de um ensino de Jesus a respeito da oração quando nos diz
que Deus nos daria o Espírito Santo (Lc 11:9-13) caso buscássemos isto. Da mesma maneira
podemos aplicar a respeito destes dons espirituais, que por sua vez são manifestações do Espírito
Santo. E como deve ser este processo?
a. DESEJAR OS DONS (1 Co 14:12, Fl 2:13) “visto que desejam...” e “tanto o querer quanto o
realizar”; isto deve estar constantemente em nossas mentes. Devemos ter um constante desejo a
respeito das coisas que Deus disse que seriam importantes para nós, coisas que literalmente seriam
necessárias para o exercício daquilo que fomos comissionados a fazer. E mais que isto, termos o
entendimento que se este desejo brota em nosso coração, é porque primeiro ele fora gerado pelo
próprio Deus que deseja nos entregar.
b. BUSCAR OS DONS (1 Co 12:31, 1 Co 14:1) “procurem com zelo”; existe também esta resposta ao
desejo que deve ser a busca. Devemos buscá-los até alcançarmos a operação dos mesmos. Os textos
nos dizem sobre “os melhores dons” e o outro sobre “profecia”. Num primeiro momento devemos
entender que “o melhor dom” é aquele que se faz necessário no momento. Se num ambiente o que
é necessário é o dom de palavra de conhecimento e não cura, este se torna o melhor dom para o
cumprimento do propósito. Em outro momento, quando Paulo vai tratar a respeito daquilo que
estava acontecendo durante as reuniões dos coríntios, ele encoraja algumas vezes que o dom de
profecia fosse buscado e se fizesse presente, porque naquele ambiente este seria aquele que visaria
o fim proveitoso: a edificação do corpo de Cristo.
d. ONDE DEVEMOS FLUIR? (1 Co 14, At 3, At 11:27-28) Por uma má interpretação a respeito dos
dons, chegamos também a um lugar de não entendermos onde eles devem fluir. Os três textos
mencionados acima trazem para nós ambientes diferentes onde os dons fluem: igreja e no dia a dia.
Devemos entender que quando nós congelamos apenas a igreja o lugar de fluirmos com os dons
acabamos nos congelando e em muitos momentos ficando intimidados, por não possuirmos as
oportunidades necessárias para que isto aconteça. Devemos entender que devemos estar
disponíveis para que estes dons possam aparecer independente se estamos em reuniões ou no
shopping, estarmos sinceramente disponíveis a Deus para que ele cumpra aquilo que lhe apraz e
para que assim, venhamos cumprir o que é necessário.
e. PROGREDINDO NO DOM (1 Co 14:12) Nenhum dom começa em plenitude, e por isto nós
devemos entender que existe um caminho chamado “progressão”. Estamos em um relacionamento
de dependência do Espírito Santo e de conhecer constantemente a forma que Ele se move, e por isto
devemos sempre nos doar ao crescimento dentre deste dom. Muitas vezes o motivo pelo qual nós
não nos doamos ao mover do dom é simplesmente porque queremos começar pelo fim e não pelo
inicio. [VÍDEO: Se Movendo nos Dons Espirituais - JesusCopy, 12:50-18:00) Existe algo incrível que o
Pr. Luciano Subirá chama de “suspeita profética”. Suspeita profética é literalmente algo que
desperta em nós o interesse sobre algo, e que a partir disto iremos caminhar para entender o que
está acontecendo, e que em muitos momentos nos dará mais respostas a partir do momento que
nós respondermos em obediência as primeiras que tivermos. Só iremos conseguir fluir nos dons
fluindo, só iremos alcançar o topo da escada começando pelo primeiro degrau, só iremos de fato
mover no poder do Espírito confessando nossa incapacidade e afirmando a nossa dependência.
Lista de Dons:
Paulo está apresentando uma lista com toda a variedade de Dons Espirituais. Da mesma forma que
não existe nenhum crente que não tenha um dom, não existe nenhum crente que tenha todos eles.
A partir dessa diversidade, podemos reuni-los em grupos distintos que os separa de acordo com sua
manifestação. São três grupos: os que dizem algo, os que falam algo e os que fazem algo.
[O que facilita muito o seu a aprendizado se memorizarmos da seguinte forma: Existem 9 Dons
Espirituais divididos em 3 grupos distintos.]
O grupo de dons que revelam algo, são os DONS DE REVELAÇÃO que são:
-Palavra de Conhecimento
-Palavra de Sabedoria
-Discernimento de Espíritos
O grupo de dons que fazem algo, são os DONS DE PODER que são:
-Cura
-Fé
-Maravilhas
O grupo de dons que dizem algo, são os DONS VOCÁLICOS que são:
- profecia
-variedade de línguas
-interpretação de línguas
Dons de Revelação
2) DONS DE REVELAÇÃO
Como vimos acima temos os 9 dons espirituais divididos em 3 grupos distintos de acordo com a sua
manifestação. Os dons que revelam algo, os que dizem algo e os que fazem algo. Hoje nós vamos
falar sobre o grupo de Dons Espirituais que revelam algo.
- DEFINIÇÃO DE REVELAÇÃO
O que significa revelar? Etimologicamente significa trazer a luz algo que estava até então oculto.
Então, o grupo de dons de revelação são aqueles que trazem ao homem algo que até então não era
do seu conhecimento, mas que era do conhecimento de Deus.
É importante ressaltar que Deus é onisciente, ou seja, conhece todas as coisas: passado, presente e
futuro. E pela sua graça pode revelar ao homem através da manifestação do Espírito.
Por haverem tantos exageros hoje em dia acabou-se criando um conceito muito errado sobre
revelação. Precisamos definir muito bem o que é revelação, para tirar todo e qualquer misticismo
(mistura, miscelânea de várias crenças), talvez essa seja a melhor definição e misticismo que
encontramos que esse conceito seja construído em nós.
Revelação não se trata de adivinhação ou previsão de futuro. É o compartilhar de algo que era do
conhecimento de Deus ao homem.
“SABEIS QUE, OUTRORA, QUANDO ÉREIS GENTIOS, DEIXÁVEIS CONDUZIR-VOS AOS ÍDOLOS
MUDOS, SEGUNDO ÉREIS GUIADOS.” 1 CO 12:2
Mas, após conhecer a Deus esse não é mais o embasamento, das suas escolhas e busca. Não mais
buscamos revelação para nós mesmos, mas para serviço da igreja, do Corpo. Por essa razão,
precisamos enfatizar que o Dom Espiritual, jamais será para benefício próprio. Onde, explorar o Dom
é explorar ao próprio Deus.
Então, podemos ressaltar sua onisciência e entender que revelação é um conhecimento que
recebemos direto de Deus sem nenhuma influência externa, sem intervenção humana alguma.
Deus então, partilha fragmentos (pois a revelação é sempre progressiva) do Seu conhecimento,
daquilo que está no Seu coração conosco e isso acontece no nosso espírito.
A iluminação de algo que estava em Deus e agora passa a ser revelado nos faz enxergar pela
perspectiva de Deus, ter uma clareza espiritual daquilo que a nossa humanidade não conseguiria
perceber naturalmente, por essa razão é algo sobrenatural.
Por isso, vale a ênfase, não podemos conhecer por aprendizagem cognitiva: estudo, observação,
leitura. Deus nos concede revelação do Seu conhecimento pela Sua graça.
Ao que Seus filhos se relacionam com Ele, nesse compartilhar, fluem os DONS DE REVELAÇÃO, quais
sejam:
1- Palavra de Conhecimento
2- Palavra de Sabedoria
3- Discernimento de Espíritos
Em síntese, esses dons são fundamentais para a nossa vida e para a edificação da igreja. Nos ajudam
a compreender fatos, acontecimentos, dão direções para o futuro, revelam os seus planos e também
ajudam a perceber que espírito está atuando.
No entanto, esse tipo de conhecimento só pode chegar ao homem através da sua intuição, ou
melhor, através de inspiração da parte do Espírito Santo no nosso interior, que pode acontecer de 3
formas distintas:
-Sonho
-Visão
-Impressão no Espírito
Deus então compartilha parte do Seu conhecimento com o homem através do Espírito Santo. A essa
palavra chamamos de Palavra de conhecimento. É preciso lembrar que se trata apenas de um
fragmento, um parte do conhecimento de Deus, pois não poderemos jamais saber todo o
conhecimento de Deus.
Antigo Testamento:
Novo Testamento:
A Palavra de Sabedoria é uma revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus, no tocante ao Seu plano
e propósito que está na mente, a vontade de Deus. A sabedoria divina é transmitida ao homem de
maneira sobrenatural pelo Espírito Santo.
Este dom é uma capacitação sobrenatural de falarmos e agirmos de acordo com a sabedoria que
vem de Deus (jamais humana) e desta maneira nos dá solidez e segurança para a aplicação correta
dos outros dons.
Ex: Deus revela a Ananias o paradeiro e a condição de Paulo, mas a Palavra de sabedoria mostrou o
que deveria ser feito.
No Antigo Testamento:
-José: Gn 41:15-37
-Revelando os planos do inimigo: 2 Re 6.8-10
No Novo Testamento:
-Ágabo: At 11:27-30
-Tiago: At 15:13-29
Sabemos que existem três tipos de Espíritos: Humano, Maligno e Divino. Sempre estará relacionado
ao que está atuando naquele momento presente.
Existe uma confusão muito grande a respeito desse dom, as pessoas se sentem ‘detetives
espirituais’. Se sentem como se lessem mentes e coisas semelhantes a essa.
O próprio nome é bastante auto explicativo, esse dom atua discernindo o espírito em atuação, não
as pessoas.
O dicionário define o verbo discernir como: perceber claramente, perceber com clareza, conhecer
distintamente; perceber claro por qualquer dos sentidos.
-Ações
-Ensinamentos
-Intenções
Este dom nos prepara para após discernir, combater aqueles que penetram no nosso meio com
espíritos enganadores e doutrinas de demônios.
Bem como os demais, ninguém é capaz de possuí-lo, ou seja, ele é do Espírito Santo e é utilizado de
acordo com a necessidade da igreja naquele momento.
É como se a nossa visão fosse aberta para o que está atuando no mundo espiritual, invisível , mas
real, assim não somos enganados.
No Antigo Testamento:
- Eliseu e seu moço – 2 Rs 6:15-17
-Micaías: 1 Rs 22:9-23
No Novo Testamento:
-Cornélio – At 10:3
-Paulo – At 16:16-18 e At 23:11
-Pedro – At 10: 9-20
Os dons de Poder
Espírito Santo se manifesta através dos crentes pelos dons espirituais. Da mesma forma que uma
parte da onisciência de Deus é compartilhada com o homem através dos dons de revelação, uma
parte do poder de Deus é manifesta pelo Espírito Santo através dos dons de poder. Deus nunca
poderia mostrar todo o seu poder pelo homem, Ele demonstra fragmentos através das realizações
feitas por esses dons.
Os dons de poder são aqueles que fazem algo, e assim como os demais dons espirituais, são
sobrenaturais e não naturais. Aquele que foi agraciado com um dom não é detentor dele. Deus é
quem usa os dons para se manifestar em nosso meio e não nós que usamos dele quando bem
entendermos.
1) O dom da fé
A fé é um elemento fundamental na vida de todo crente e todos são possuidores de fé (Rm 12:3). Da
mesma forma como recebemos um nariz, ouvido, olhos e boca, todo cristão nasce com fé. Além de
todos nós termos fé, nós também vivemos por ela: “todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se
retroceder, nele não se compraz a minha alma” (Hb 10:38). Da mesma forma como precisamos de
oxigênio, alimento e água para sobreviver, necessitamos de fé para sobreviver espiritualmente. Tudo
na vida do crente é baseada em fé.
O dom da fé é um dom importantíssimo dado ao crente, pois é através dele que o cristão pode
receber milagres. Mas ainda assim não podemos confundir o dom da fé com os outros tipos de fé
que a Bíblia aponta. Diante disso, gostaríamos de trazer um maior entendimento aos corações:
1- Fé Salvífica:
O primeiro que é a fé salvífica, ou seja, a fé que nos leva a salvação. A Bíblia nos garante que se com
o coração nós cremos em Jesus e com a boca confessamos, somos salvos (Rm 10:9-10). Somos salvos
pela graça, mediante a fé (Ef 2:8-9).
2- Fé Geral:
O segundo tipo de fé é a geral, a que todos os crentes possuem. Esta fé pode ser aumentada à
medida que o cristão se alimenta da Palavra e busca obedecê-La (Rm 10:17). Em geral, é esta fé que
exercemos para receber respostas as nossas orações. (Mc 11:24 | Rm 12:3)
Diferente de todos os tipos de fé, o dom não é aumentado e nem depende da pessoa, mas sim da
vontade de Deus e é dado por Ele, não a todos, mas a quem Ele quer. É uma manifestação para se
receber e operar milagres. Esta fé, que vai além da imaginação humana, é produzida de tal modo
que grandes milagres podem ser alcançados em Deus. Podemos dizer em síntese que o Dom
Espiritual da FÉ é o dom que nos leva a receber o milagre.
O crente não possui sempre esta fé, ela só se manifesta quando surge uma necessidade, de acordo
com a hora e o lugar que o Espírito Santo determinar. No exercício do dom, a pessoa consegue, de
modo sobrenatural e contrária a todas as possibilidades, crer em Deus para receber um milagre.
- Não é planejada
-E surge em uma inspiração momentânea
No Antigo Testamento:
No Novo Testamento:
Uma vez que este dom se manifesta para recebermos seus milagres, nada precisamos fazer além de
crer de acordo com esta fé especial, que foi manifesta pelo Espírito Santo em nós. Este dom nos leva
a confiar e descansar em Deus.
Muitos dizem, “eu posso pedir fé a Deus, afinal ela é um dom”, mas este pensamento está errado.
Como vimos, há uma diferença entre os vários tipos de fé falado na Bíblia. O dom da fé é operado de
acordo com a necessidade do Corpo de Cristo para se receber um milagre, Deus é que manifesta o
seu dom em quem e quando Ele quiser. Já a nossa fé, que é a fé geral, vem por meio da Palavra.
Logo, se queremos mais fé não devemos pedir a Deus, pois a fé vem pela Palavra, por isso, busque
mais fé pela Palavra de Deus.
O que são milagres? Milagres são manifestações extraordinárias, fora do comum, acontecimentos
inexplicáveis pelas leis naturais. A definição desta palavra é fundamental para compreender este
dom.
Muitos hoje dizem que tudo é milagre: uma praia linda, o pôr do sol, flores coloridas e cheirosas em
uma primavera. Esquecem que muito do que dizem ser milagre, não passa de acontecimentos
normais da lei da natureza, fruto da graça de Deus.
Outros confundem o sobrenatural com o milagre. O milagre é sobrenatural, pois foge do natural,
mas o sobrenatural não é milagre. Os dons espirituais, por exemplo, são sobrenaturais mas não são
milagres. Por isso a ação da operação de milagres é um ato específico, uma intervenção no curso
normal da natureza. Deus suspende temporariamente a operação da lei natural para manifestar sua
divina providência.
A palavra grega para milagres significa poderes, uma explosão da onipotência de Deus. Através deste
dom, Deus demonstra que tem poder acima das leis da natureza e que Ele realmente pode mudar o
curso de qualquer situação. Nada está acima do seu poder. A pessoa quando flui neste dom participa
do mesmo poder de Deus que foi manifestado na criação do mundo. Deus operou um milagre
quando levou a terra à existência mediante Sua Palavra.
No Antigo Testamento:
Esses milagres nos mostram a soberania de Deus. Nenhuma lei natural pode deter os propósitos
divinos. Logo, sempre que Deus tem algo para fazer através de seus filhos, pode ter certeza, que se
for necessário parar por um instante qualquer lei natural que seja, Deus assim o fará. Por isso não
devemos nos amedrontar diante das circunstâncias e dificuldades que se levantam. Deus é o mais
interessado na edificação do seu Corpo, e Ele fará de tudo para ver se cumprir a Sua vontade. Abra o
seu coração e se Deus te levantar um dia para fluir neste dom, não tenha medo, confie e veja o
sobrenatural intervir o natural pelo poder do Espírito Santo.
3) Os dons de curar
Deus criou toda ciência e de fato a medicina é um instrumento para curar e aliviar os enfermos. No
entanto, quando falamos sobre dons de cura, estamos falando sobre uma inspiração momentânea e
impossível de ser provocada pelo homem. Depende totalmente do Espírito, assim como os demais.
Não. Nossa fé é muito consciente de que Deus pode curar. Por essa razão devemos sempre orar para
que as coisas sejam alinhadas entre terra e céu. No entanto, nem sempre a nossa oração é
respondida. Isso acontece também em diversas áreas das nossas vidas. Isso não deve nos desanimar.
Mas, estar movido em Dons de Cura é um impulso um tanto diferente. Sentimos uma convicção
inexplicável.
Experimentando os resultados. Nas primeiras vezes sentimos um impulso muito forte e nossa mente
milita contra isso. Esse é o padrão. No entanto, depois “acostumamos” com esse assentimento e
vamos ficando mais seguros para entender o espírito.
É importante ficar muito clara a diferença em nossa mente. Deus pode curar a qualquer momento
independente de nós. Podemos orar e a pessoa ser curada. Foi cura divina? Sim. Mas o dom
espiritual de cura divina é uma capacitação momentânea.
Orar por cura e ver Deus curar é algo que deve ser comum ao crente. Outra coisa é fluir no dom.
No antigo testamento vemos poucas experiências com cura. Jesus veio para inaugurar esse novo
tempo. Quando olhamos o ministério do Senhor Jesus percebemos que, o que mais Ele fazia
era,ensinar, pregar e curar. Observe o texto abaixo:
“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.” Mt 4.23
O que isso quer dizer? Jesus virou o nosso protótipo. Ele disse que obra maiores do que as Dele
faríamos em Seu nome. Continuamos o ministério de Jesus através do Espírito Santo.
Se Ele curava, também curamos em Seu nome. Estamos devolvendo o senhorio ao Senhor através da
Igreja.
Não. Nem sempre testifica-se no exato momento. Algumas vezes embora a inspiração seja rápida e
sabemos que é instantânea, vemos a cura se manifestar posteriormente. Bem como, podemos não
ser o canal, Deus pode usar outras pessoas. Mas nem por isso, devemos desanimar ou desistir.
Infelizmente nem sempre. Mas lembrar que o Espírito usa quem Ele quer e quando quer visando um
fim proveitoso, nos ajuda muito a descansar. Se ficarmos preso ao resultado, não oramos por cura e
não cooperamos com o dom.
Não existe uma resposta bíblica, no entanto, podemos fazer algumas conjecturas. Por exemplo,
existem vários tipos de enfermidade e algumas pessoas veem mais resultado de cura em algumas
enfermidades do que outros.
Quando percebemos que há uma graça de Deus quando temos resultados em alguns tipos de
enfermidade, percebemos que podemos concentrar melhor as nossas forças, lembrando que a
responsabilidade não é nossa de promover qualquer resultado.
Níveis de cura.
No Antigo Testamento:
No Novo Testamento:
Dons Vocais
Os dons vocais ou vocálicos, são os dons falados. Os dons de revelação demonstra, o conhecimento
de Deus. Os dons de poder nos mostram a revelação de um fragmento da onipotência divina. Os
dons no entanto, nos trazem uma mensagem vindo de Deus para o homem.
Para entendermos de forma clara sobre esse dom Espiritual, precisamos entender algumas
diferenças sobre o que as Escrituras nos trazem a respeito de outras línguas. Lembram quando
falamos a respeito do Dom da fé? Vimos que existem outros tipos de fé além do dom o que pode
gerar confusões. Vamos partir desse mesmo pressuposto.
Se estamos em uma loja de cosméticos, por exemplo, temos diversos cosméticos mas tipos e
finalidades distintas não é mesmo? Assim é a pluralidade das línguas estranhas.
a. Linguagem de oração (1CO 14.1-4 e 14 || Jd 1:20 || Rm 8:26): Aqui, o homem fala a Deus e não
a homens. Ninguém é capaz de entender e serve para edificação pessoal. No grego, edificar é
“oikodomeo” que significa erguer uma superconstrução, uma superestrutura para acomodação
de algo. No grego moderno esta mesma palavra significa recarregar, como se recarrega uma
bateria. É interessante percebermos a semelhança que existe nestes dois significados. É
interessante pensar que nessa época não havia energia elétrica, logo o apóstolo Paulo estava
sendo muito claro a respeito da sua finalidade.
Se o dom de variedade de línguas precisa depende do dom de interpretação de línguas para fluir,
idem ao revés. O apóstolo Paulo nos ensina que devemos orar para que haja interpretação de
línguas.
Esse dom é uma revelação sobrenatural do Espírito Santo que traz significado ao que Deus disse em
uma língua espiritual. Não se trata de tradução, ou seja, eu posso ouvir apenas um vocábulo por
horas mas ter uma interpretação curta, mas com palavras diversificadas. Ela ganha status de profecia
quando interpretada.
3. Dom da Profecia
É uma fala divinamente inspirada para a edificação da igreja. Vimos que o dom de variedade de
línguas, ganha esse status quando interpretado. Mas aqui a mensagem é levada diretamente de
Deus ao Corpo.
A palavra profetizar no original hebraico significa “sair fluindo”, jorrar. Já a palavra profecia significa
proclamar.
No grego, no entanto significa “falar no lugar de outro”. Esse significado é tão interessante. Por
exemplo, a Jozzy me pede para dar um recado dela para vocês, eu falo em seu nome, em seu lugar. É
a minha voz, mas representando ela. Assim Deus usa pessoas para profetizar, falar em Seu nome.
Quando profetizamos nos tornamos mensageiros de Deus.
O Antigo Testamento é cheio de profecias. Mensagens inspiradas por Deus através de alguns
homens para conduzir o povo a vontade de Deus. Hoje ainda acontece. Pessoas são levantadas a
todo momento para através das Escrituras falarem de forma inspirada e levar as pessoas a Cristo.
Sabemos que, profetizar não faz da pessoa um profeta. Segundo as Escrituras, todos podem
profetizar porque o dom flui de acordo com a necessidade do Corpo e a vontade de Deus de falar.
O ministério do profeta é bem diferente. O profeta tem o ofício de aperfeiçoar, capacitar e treinar os
crentes para o serviço. O dom ministerial está sempre se movendo desta forma. É uma habilidade
natural.
A carnalidade não só na igreja de corinto mas nos dias atuais fez com que essa dom fosse distorcido
e até desprezado. A motivação diz muito a respeito disso, onde quem profetiza fica arrogante e o
que recebe pensa ser a única forma de Deus os guiar em suas escolhas.
Profecia tem uma conotação de adivinhação em nossos dias, mas não é isso que todos acreditam
ser. A profecia é uma proclamação de Deus. É Deus jorrando, fluindo a Sua poderosa Palavra para
edificação, consolação e exortação. É muito claro, ao que estou ensinando a Palavra de Deus, estou
falando da parte de Deus, estou profetizando.
1- O que é profecia?
Edificação da igreja.
Nos dois dons juntos temos duas notas de 50,00 e no segundo uma nota de 100,00. Temos 100,00
de qualquer forma, mas um inteiro e outro de forma fragmentada.
Sair fluindo, jorrar (sign Dic. fluir com abundância; emanar, manar)
Falar no Lugar de outro, anunciar, proclamar, declarar publicamente em alta voz, anunciar algo.
1. Exortar - Significa motivar ou insistir com alguém para fazer algo. Algumas vezes isso
acontece através de uma repreensão, mas não é uma regra. Confunde-se muito o ministério
de exortação com “brigas”. Nem sempre é necessário. Ex: a Bíblia (divinamente inspirada
nos exorta a vivermos de um modo que agrade a Deus em 2 Timóteo 4:1-2)
2. Encorajar - Nada mais é do que dar coragem para alguém. Uma espécie de mensagem que
alarga a nossa fé a respeito de algo, como Is 40:31.
3. Consolar - Aliviar ou suavizar a aflição,o sofrimento, proporcionar sensação agradável.
4. Edificando - Construir algo a partir de fundamentos.
Nem sempre. Mas, sim, pode acontecer. Geralmente é como citamos acima, pessoas com falas
divinamente inspiradas exortam, consolam, etc.
Sim, todos que nasceram de novo. O dom de profecia é diferente do ofício do profeta. Todos podem
profetizar, mas nem todos são profetas, bem como nem sempre o profeta está fluindo no dom de
profecia, embora lhe seja mais comum.
Como não havia ainda as Escrituras (palavras divinamente inspiradas por Deus) e nem o Espírito
Santo residindo no homem, Deus usava a profecia para guiar o seu povo.
Agora vivemos em uma nova dispensação. A forma primária de Deus nos guiar é através da Bíblia
(profecia impossível de ser completada!) e através do testemunho interior, uma vez que, passamos
pelo novo nascimento.
Por óbvio que nascidos de novo ouvimos a Deus no Espírito. Pode se dar de 3 formas distintas:
sonho, visão ou impressão no Espírito.
15 Como aplicar?
A aplicação daquilo que ouvimos nem sempre dá certo. Bem como, do profeta que nos entregou.
Por isso precisamos orar e ter cautela. Bem como, uma postura de humildade.
Profecia tem uma conotação de adivinhação em nossos dias, mas não é verdade. A profecia é uma
proclamação de Deus. É Deus jorrando, fluindo a Sua poderosa Palavra para edificação, consolação e
exortação. É muito claro, ao que estou ensinando a Palavra de Deus, estou falando da parte de Deus,
estou profetizando.
17- Por que o apóstolo Paulo fala que todos deveriam buscar profetizar? (1 Co 14:1)
Entendemos que não podemos operar no Dom Espiritual quando queremos e que nem todos são
profetas. O apóstolo Paulo então está falando de algo que chamamos de encargo profético.
Ele queria dizer que devemos exortar, consolar e nos edificar mutuamente. Ter um encargo
profético é ansiar por ver pessoas recebendo da fonte de vida. Simples e pontual. Diz respeito a uma
prática espiritual que deve ser constante como orar e buscar a Palavra. Nada místico, mas
sobrenatural. Ex. Salmos, ensinos, pregações, conversas. Tudo isso é profetizar, falar da parte de
Deus. Todos precisamos profetizar.