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Bibliografia Complementar
JONSEN, SIEGLER, WINSLADE. Ética clinica. 7. ed. Porto Alegre: Artmed,
2012.
LOCH, GAUER, CASADO. Bioética, interdisciplinaridade e prática clínica.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
SALLES, Álvaro Ângelo (Org.). Bioética: a ética da vida sob múltiplos olhares.
Belo Horizonte: Mazza, 2008.
SILVA. Biodireito, bioética e patrimônio genético brasileiro. São Paulo:
Pillares, 2008.
ZALTZ. Genética: escolhas que nossos avós não faziam. Rio de Janeiro:
Globo, 2011.
Bio + ética!
• Trata-se de uma junção de duas palavras gregas: bios e ethike;
• Do dicionário: (bio ét ) estudo dos problemas e implicações morais
despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina. A bioética
abrange questões como a utilização de seres vivos em experimentos, a
legitimidade moral do aborto ou da eutanásia, as implicações profundas da
pesquisa e da prática no campo da genética, entre outros assuntos.
• Foi usado pela primeira vez e, 1927 pelo alemão Fritz Jahr como Bio-Ethik
em um artigo sobre a relação ética do ser humano com as plantas e os
animais.
• Mas foi o bioquímico americano e pesquisador na área de oncologia, Van
Rensselaer Potter que em 1971 propôs formalmente a palavra em sua
obra Bioética: uma ponte para o futuro (aqui palavra ponte tem um
significado! Uma “ponte” entre duas culturas: científica e humanística)
Bio + ética!
• Potter propõe a necessidade da pesquisa científica no campo da biologia incluir as
preocupações éticas voltadas ao respeito à dignidade humana, aos animais, aos
vegetais e ao meio ambiente em sentido amplo.
Mortes por
cólera
Casos de pólio
Casos de HIV
Saúde pública X Direitos de todos os humanos
Subnutrição
Saúde pública X Direitos de todos os humanos
(igualdade de gêneros)
1963 - Jewish Chronic Disease Hospital do Brooklyn (células tumorais inseridas/injetadas em pacientes
idosos , sem o seu consenso)
1965-71 – Willowbrook State Hospital de New York (vírus da hepatite inoculado em crianças deficientes,
forçando o consenso dos pais);
• Em 1962 no Swedish Hospital, em Seattle ocorre a instituição de uma Comissão
(composta na maioria de não médicos, “God Committee”) para indicar os critérios de
seleção dos pacientes para o acesso à diálise crônica, dado o número insuficiente de
aparelhos;
• Em 1964 há a Declaração de Helsinki “Princípios éticos a respeito das pesquisas
biomédicas envolvendo sujeitos humanos”
A bioética: origens
• Finalmente em 1970-71 chegamos a POTTER que usa pela 1ª vez formalmente o termo
“BIOética”
• 1970 - artigo “Bioethics. The science of survival”
• 1971 – livro “Bioethics: Bridge to the future”
• A partir daí diversas instituições surgiram ou se fortalecem. Nos Estados Unidos duas
organizações são referência:
1968: Hasting Center (New York, USA): D. Callahan e W. Gaylin ocupam-se de pesquisa e formação
interdisciplinar em bioética e desde 1971 publica o Hasting’s Center Report
1971: Kennedy Institute of Ethics (Georgetown University; Washington DC) sob os cuidados do obstetra A.
Hellegers , junto com P. Ramsey, discutem problemas sociais de relevância bioética (p.ex.: o controle de
natalidade)
• Na Europa:
1972: Institute for medical Ethics, Londres
1976: Instituto Borja de Bioética, Barcellona (Francisco Abel y Fabre, s.j., obstetra, ginecologista)
1977: Linacre Centre for Health Care Ethics, Londres
Bioética: a definição
• Encyclopedia of Bioethics (W. Reich)
• Edição de 1978: “o estudo sistemático da conduta humana, no âmbito
das ciências da vida e da saúde, examinada à luz de valores e de
princípios morais”
• A partir da edição de 1995: “o estudo sistemático das dimensões
morais – inclusa a visão moral, as decisões, a conduta, as linhas-guia
etc. – das ciências da vida e da saúde, com o emprego de uma
variedade de metodologias éticas em uma impostação
interdisciplinar”
Bioética: a definição
• A competência da bioética se dá em 4 âmbitos:
problemas éticos das profissões sanitárias;
problemas éticos emergentes no âmbito das pesquisas sobre o homem, também se não
diretamente terapêuticas;
problemas sociais conexos às políticas sanitárias (nacionais e internacionais), à medicina
ocupacional e às políticas de planejamento familiar e controle demográfico;
problemas relativos à intervenção sobre a vida dos outros seres vivos (plantas, micro-
organismos e animais) e em geral àquilo que se refere ao equilíbrio do ecossistema;
Por fim:
“Os microscópios e os telescópios não revelam partes éticas” (NOZIK,1987)
“Durante séculos, os cientistas têm se mantido fora das tragédias da história,
defendendo a independência e a neutralidade do seu papel na sociedade.
Com orgulho baconiano e cartesiano rejeitaram todos os pedidos de controle
e interferência de qualquer parte que viesse: governo, igrejas e autoridades”
(DULBECCO)