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DIOCESE DE CASTANHAL

CURSO DE PEDAGOGIA CATEQUÉTICA

CATEQUESE E BIOÉTICA

CURSO DE INTRODUÇÃO A BIOÉTICA:


“A sensibilidade da catequese para com a bioética”

O que é bioética? A bioética é um tema da filosofia , mais especificamente da ética, que trata de
questões relacionadas ao tratamento ético da vida animal (lembrando que nós, seres humanos,
também nós incluímos no conceito de vida animal).

Os gregos antigos diferenciavam a vida por meio de duas palavras:


Bios: vida individual plena, é o ato de viver e de aproveitar a vida. Para os humanos, bios seria a vida
psicológica e subjetiva, participando dela questões como a felicidade e a dignidade.

Zoé: é a vida fisiológica.

A vida humana e suas circunstâncias: Aborto, suicídio, eutanásia, homicídio, pena de morte,
violência, clonagem, drogadição, tortura, fecundação invitro, tratamento ético de animais, meio
ambiente, saúde, legitima defesa, guerra, fome, transplante de órgãos, meio terapêuticos r terapias,
experimentações, meios paliativos, tratamento no coma e estado vegetativo, intervenções da
engenharia genética, morte.

Objetivos do estudo:

1- apresentar o vínculo entre fé cristã e compromisso coma proteção, defesa e promoção da vida.
• “um dos grandes problemas de nosso tempo é a ruptura de fé e vida, isto é, o que é professado com os
lábios não é levado para a vivência”.
2- ampliar a visão e compressão da dignidade da vida humana;
3- apresentar o significado da sacralidade da vida humana;
4- propor critérios e princípio em vida da promoção da vida humana;
O que é bioética?

INTRODUÇÃO

Bioética é um termo composto de duas realidades: A vida (bios) e a ética (ethos). A bioética
é a ética aplicada a proteção, defesa e a promoção da vida; a bioética é um saber, uma consciência, é
uma reflexão filosófica que estuda os critérios e princípios da justa conduta humana diante dos
fenômenos da vida; gravidez, nascimento, desenvolvimento, doença, sofrimento, criminalidade,
envelhecimento, morte...

A ética nada mais é que a fundamentação da moral, que está embasada nos costumes.
Portanto, a bioética é o ramo de estudo filosófico que busca a fundamentação ética do tratamento
da vida em seus mais variados aspectos.

A bioética é interdisciplinar. Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências


humanas, ela procura dar respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida de seres que
podem sofrer, ou seja, seres vivos do reino Animalia. As preocupações da bioética alcançam, hoje,
outras formas de vida que não a humana, mas ela surge com uma específica preocupação em cima
do ser humano por conta das possibilidades que o avanço da medicina e da ciência provocaram na
segunda metade do século XX.

A engenharia genética proporcionou enormes possibilidades de


interferência humana e científica na forma tradicional de conceber-se a vida. De manipulação
genética para a eugenia à possibilidade da clonagem, o ser humano conseguiu várias maneiras de
esculpir ou construir a vida em laboratório.

Além disso, as discussões sobre a eutanásia e o aborto ascenderam um acalorado debate


entre cientistas, médicos, juristas e religiosos, que apresentaram várias divergências, com cada um
defendendo um ponto de vista com base em sua área.

1.1. Breve histórico da Bioética

Orientativa do código de ética médica

• “aplica-se ao bem do doente... ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um
conselho que induza a perda...
• não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva...
• conservarei imaculada a minha vida e minha arte...
• não praticarei a talha(...) deixarei essa operação aos práticos disso cuidam...
• aquilo que no exercício (...) da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto e ouvido,
(...) eu conservarei inteiramente secreto...”

JURAMENTO DE HIPOCRATES:

"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos
os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:

Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se
necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes
esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito;
fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre
e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca
para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um
conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância
abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um
calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda casa, aí
entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução,
sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver


visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este
juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado
para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

2. Paul Max Fritz jarh (1895-1953)


• Era um teólogo alemão, pastor protestante, é considerado o pai da Bioética, pois foi ele que
primeiro usou o termo “Bioética”.
• Em 1977, publicou um artigo numa revista chama da “Kosmos” com o título “Bioética: uma
revisão do relacionamento ético dos humanos em relação aos animais e plantas”.
• Fritz criou um imperativo Bioético:

“respeite todo ser vivo


como princípio e fim em si
mesmo e trate-o se
possível, enquanto tal”.
Fritz Jahr

3- VAN RENSSELAER Potter ( 1911- 2001)

• Médico americano, bioquímico, propôs em 1970, a bioética como um campo de


conhecimento voltado para o estudo da sobrevivência da civilização humana no contexto da
sobrevivência de todo o planeta, promovendo a superação de atitudes extremistas;
• Era necessário um diálogo entre as ciências médicas e a ética ambiental
“peço é que pensem a Bioética como
uma nova ética cientifica que combina a
humildade, responsabilidade e
competência numa perspectiva
interdisciplinar e intercultural e que
potencializa o sentido da humanidade”
Van Potter

1.2- A missão da bioética

a) dar sentido ao conhecimento;


b) Orientar o desenvolvimento do conhecimento;
c) Humanizar o ambiente das clínicas e hospitais;
d) Promover os direitos dos pacientes;
e) Integrar ética e ciências biomédicas;
f) Aprofundar o sentido da vida e defender a sua dignidade em todos os contextos;

1.3- OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA BIOÉTICA

a) O princípio da beneficência: Fazer o bem, o que é correto.


b) O princípio da totalidade: integridade, pluridimensionalidade.
c) O princípio da autonomia: subjetividade, vontade, liberdade, consciência, conhecimento...
d) O princípio do duplo efeito: atenção a atenção com dupla consequência, centrar-se no bem...
e) O princípio da justiça: não causar dano, prejuízo...
f) O princípio da sociabilidade: não isolamento interação.
g) O princípio da subsidiariedade: sujeito, instituição, profissional...
h) Sacralidade: a vida é sagrada, dom de Deus... jamais pode ser usada como meio, instrumento
i) O princípio da esperança... transcendência! a vida é surpresa, jamais pode ser reconduzida a
lógica humana.

O que devemos considerar no cuidado e no tratamento da vida(pessoa)


➢ Os dois últimos são propostos pela Bioética cristã.
➢ Todos esses princípios são interrelacionados, independentes. Não podem ser reivindicados,
isoladamente.

2. PERSONALISMO CRISTÃO
Introdução

“A mãe de todas as crises é a crise de identidade”


“A crise de identidade é a insegurança a respeito de quem
eu sou”
“urgência: restaurar a dignidade da pessoa humana.”
Quem sou eu? Disso tudo depende!
Sem acolhida da identidade da pessoa humana, tudo entra
em crise.
Hoje vivemos na era dos reducionismos, que é a perda da
visão da totalidade
(Karls Otto Appel)

• O ser humano é objeto de estudo de todas as ciências...


• Mas reconhecer e escutar “a voz primeira” da natureza humana é um sério desafio,
compromisso...
• O ser humano precisa ser contemplado, para ser respeitado.
• Hoje, nem tudo que se diz sobre a vida do ser humano é digno de crédito; há muitas ideologias
mentirosas!
• Hoje vivemos em uma sociedade cada vez mais pluralista
• Nunca podemos falar tanto de vida e de luta em favor dela como nestes últimos anos, mais
apesar disso temos muitos sinais de morte: violência, drogadição, injustiça, aborto
suicídio, eutanásia, guerra, fome, corrupção, indiferença etc.

Desta forma, o personalismo é uma dessas escolas filosóficas que surgiram nesse período
da história em reação as ideologias que escravizavam o homem moderno. Mounier (1970, p. 15)
afirma: “O nome personalismo surgiu recentemente com Renouvier em 1903, depois caiu no
esquecimento. Reaparecendo na França em 1930 para designar os primeiros estudos da revista
Esprit em que alguns grupos trabalhavam diante da crise política e espiritual […]”.

O personalismo é apenas não uma atitude, mas uma filosofia. O personalismo não nasceu
com Mounier. Assim sendo, não podemos considerar uma novidade trazida por ele como afirma o
próprio filósofo personalista.

O personalismo não é uma novidade. O universo de pessoa é o universo de homem. O


personalismo é uma filosofia, mas também não foge à sistematização porque o pensamento
necessita de uma ordem. Essa definição de estruturas faz do personalismo não apenas uma atitude,
mas uma filosofia. Embora vamos nos deter no personalismo de Mounier, faz-se necessário
mencionar outros tipos de personalismo e respeitar seus diversos caminhos. Por exemplo, temos
um personalismo cristão e o personalismo agnóstico que se diferem nas suas estruturas internas.
(MOUNIER, 1970).

O personalismo é uma filosofia que tem como objetivo principal o primado da pessoa
humana na sua integralidade. Mas como se viu acima há outros tipos de personalismo que
apresentam diferenças na sua forma metodológica e de conteúdo na concepção de pessoa humana.
O personalismo cristão é aquele que está aberto ao transcendente e a filosofia personalista agnóstica
é aquela que está fechada na imanência.

De acordo com Mounier, a filosofia personalista não seria a solução final para os problemas
que assolavam o mundo moderno. Mas, seria o início do encontro do homem com a sua vocação de
pessoa em ação. A filosofia personalista atesta não ser a solução final para os problemas que o
mundo moderno atravessava. Mas, ela veio apontar um novo caminho a ser percorrido. Este seria o
encontro do homem com a sua história, redescobrindo a vocação do homem na sua ação prática para
compreender e apreender a sua dimensão.

O que é ser pessoa?

• O termo pessoa, em grego (prósopon), quer dizer Mascara.

• Prósopon era a máscara que os atores usavam durante os seus espetáculos teatrais.

-Ser pessoa é ser capaz de relação: interage... comunica-se...


-Ser pessoa é ter um papel a desempenhar, uma função a cumprir- consciência representativa.
-Ser pessoa é ter autoconsciência – consciência de identidade...
-Ser pessoa é ser capaz de transcender... papéis, circunstâncias...
-Ser pessoa é ser uma “totalidade unificada” de corpo, alma e espírito...
-Ser pessoa é ser comum e singular: cada pessoa é única, original e irrepetível... singularidade e
universalidade
-Para a moral cristã a pessoa se identifica com a vida humana. Não basta a questão dos papeis e nem
mesmo a autoconsciência
-A vida humana é sagrada e por isso digna de respeito e cuidado em todas as suas fases e
circunstâncias.

A tradição personalista aprofunda suas raízes na própria razão do homem e no


coração de sua liberdade: o homem é pessoa porque é o único ser em que a vida se
torna capaz de reflexão sobre si, de autodeterminação; é o único ser vivo que tem a
capacidade de captar e descobrir o sentido das coisas, e de dar sentido às suas
expressões e à sua linguagem consciente (SGRECCIA, 2002, p. 79)
A pessoa, aqui, é considerada segundo define Boécio – o tradutor latino de Aristóteles que
cria grande parte da filosofia moderna (V e VI séculos): racionais naturae individua substância. De
um lado ele precisa que a natureza da pessoa é racional, ou seja, espiritual, o que permite
compreender que esse conceito se dá seja à pessoa divina, seja à pessoa humana; por outro lado, ele
afirma que se trata de uma substância individual, isto é, concreta, subsistente em si mesma
(BERTI, 1992, p. 47-48). No homem, a personalidade existe como individualidade, formada por
um corpo animado que é estruturado no espírito. Em todo homem, em toda pessoa humana, o
mundo adquire sentido: “a pessoa humana é uma unidade; um todo, e não uma parte de um todo”
(SGRECCIA, 2002, p. 79)

OBESERVAÇÃO IMPORTANTE:

• O termo “pessoa” (filosoficamente entendida a partir do “prósopon”) já tem deixado algumas


brechas para questionamento a por parte de alguns filósofos utilitaristas.

• Mas, quando a igreja fala de “pessoa” entende a vida humana concreta independente de sua
fase (embrião, feto, bebê, criança, jovens, adultos, idosos); situação existencial (docente,
pobre, rico, estrangeiro, ateu...)

• ser reconhecida como vida humana para ser digna de todo respeito.

2.2. A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

• Por suas características próprias o ser humano goza de um status que lhe confere especial
dignidade, da qual deriva seu respeito incondicional e reverencia em relação ao resto das
criaturas. essa dignidade é grandeza, superioridade...
• Fomos dotados de muitos dons que nos distanciam da condição natural dos demais seres
vivos. Somos portadores de inteligência, vontade, liberdade, consciência moral, senso de
responsabilidade, capacidade de amar, (afetividade), capacidade de conviver (sociabilidade),
espiritualidade etc.
• O ser humano tem um grande diferencial; esse mais, extraordinário e incomum... esse
conjunto de realidades, de potencialidades, de faculdades, de dimensões que chamamos
“dignidade humana”.
• A dignidade humana é pluridimensional, porque é composta por várias dimensões,
potencialidades, recursos naturais...
• Deus criou o ser humano á “sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1, 26-27); Gn 5,1; Gn 9,6; Tg
3-9)
• O ser humano é portador de um natural grandeza, muito superior as outras criaturas (cf. Sl
8)
• O fato que fundamental que faz o ser humano nobre em sua natureza diante dos demais seres
vivos é a sua alma imortal; “então o Senhor modelou o homem com a argila do solo,
soprou-lhes nas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivente” (Gn
2,7)
• A alma (espírito) é a participação de Deus em nós! Uma realidade divina está em nós e que
nos mantem com vida!

2.3 A PLURIDMENSIONALIDADE DA PESSOA HUMANA:

a) Dimensão social;
b) Dimensão Afetiva;
c) Dimensão Social;
d) Dimensão sexual;
e) Dimensão Emotiva;
f) Dimensão Biológica;
g) Dimensão Econômica; PESSOA HUMANA
h) Dimensão Volitiva;
i) Dimensão Politiva;
j) Dimensão lúdica;
k) Dimensão Racional;
l) Dimensão Religiosa;
m) Dimensão Espiritual;

2.4.A identidade do embrião humano:


• É um novo ser humano: não é puro material biológico.
• Tem um dinamismo de vida própria – não é parte da mãe (propriedade)
• Não depende da vontade da mãe... outro ser! Como vontade, consciência, liberdade a ser
desenvolvida naturalmente...
• É uma vida humana individual: um individual da espécie humana.
• É uma vida humana individual com potencias a serem desenvolvido.
• Reconhecimento ético: ser valorizado, respeitado, acolhido, amparado, protegido...
• Proteção legal: há necessidade de proteção jurídica porque está numa condição de total
vulnerabilidade: “indefeso, incapaz, inconsciente

2.4 PRINCÍPIO BASILARES DO PERSONALISMO


• O princípio da finalidade: a pessoa é um fim em si mesma, jamais deve ser usada como
meio;
• O princípio da pluridimensionalidade: a pessoa humana tem muitas dimensões-
comunicantes.
• O princípio da transcendência: a pessoa humana vai além da aparência, vontade,
espiritualidade...
• O princípio da totalidade unificada: é um espírito encarnado e um corpo espiritualizado...
• O princípio da singularidade: o ser pessoa se manifesta numa identidade pessoal.
• O princípio da universalidade: a pessoa humana tende naturalmente a descentralizar-se,
alteridade.
• O princípio da sacralidade: a vida é um dom de Deus.

3.JESUS CRISTO, O SENHOR DA VIDA

3.1. A teologia da vida


A respeito incondicional pela vida humana e sua dignidade foi enaltecido pela revelação do filho de
Deus. Jesus se manifestou como Senhor da vida.

• A vida é “Autopoieses” – aquilo que se move, se dinamiza por si mesmo: alimentação,


metabolismo, crescimento, reprodução...
• Na “Autopoieses” está a beleza e o diferencial da vida em relação aos outros fenômenos da
natureza, que dependem da causa.
• A vida é divina, pois só Deus é aquele absoluto, que vive por si mesmo!
• Um ser vivo é um sistema autopoiético- integrado
• “por isso é que eu lhes digo: não fiquem preocupados com a vida, com o que comer, com o
que viver, nem com o corpo, com o que vestir” (Mt 6, 25)
Vida que não pode ser negligenciada é a vida eterna, mas essa depende do cuidado
vida material, do bem saber viver!
• O sentido da vida não depende dos bens materiais.
• Jesus declarou ter vindo ao mundo para servir e dar a sua vida em favor dos outros (cf Mc
10,45).
• Jesus Cristo veio para dar a vida plena: “eu vim para que tenham vida, e a tenham em
abundância “(Jo 10,10).

AS ATITUDES DE JESUS CUIDANDO DA VIDA

• A partir das narrações da vida de jesus podemos afirmar que ele cuidou da totalidade da vida
e da dignidade.
• A salvação, não é cuidar somente da alma, mas da totalidade da vida pessoal, pois a salvação
é integral.
• O seu cuidado com a vida foi universal, todas as pessoas, jesus acolheu a todos.
• Jesus não fez opção exclusiva por uma categoria de pessoas. Mas deu especial atenção aos
mais pobres e pecadores.

4.IDEOLOGIAS QUE ATENTAM CONTRA A DIGNIDADE HUMANA

“Édever da Igreja investigar, a todo momento,


os sinais dos tempos, e interpretá-los a Luz do
Evangelho.” (GS 4)
• Subjetivismo: absolutização da vontade, autonomia;
• Naturalismo: absolutização os impulsos, dos instintos;
• Liberalismo: absolutização da liberdade, decisão pessoal;
• Cientificismo: absolutização da ciência, técnica;
• Utilitarismo: absolutização da utilidade;
• Pragmatismo: absolutização do agir;
• Hedonismo: base é o prazer (absolutização do prazer.

4.1. SUBJETIVISMO, VOLUNTARISMO


• Defende radicalmente à vontade como princípio irrenunciável
• Propõe uma moral sem verdade (para todos) e defende a autonomia absoluta do indivíduo
(contraditória)

“Eu sou eu... sou dono do meu nariz... sei o


que quero, sei o que faço e não tenho que
dar satisfação a ninguém”.

4.1. NATURALISMO:
• Propõe a cega obediência ao dinamismo natural biológico que se manifesta
espontaneamente.
• Tem Freud como mentor. a antropologia freudiana se baseia na defesa das pulsões humanas.
• Para Freud o ser humano deve ser libertado de todo tipo de repressão interior, sobretudo
aquelas psicossexuais.
• O modelo antropológico freudiano reivindica a liberação total da libido, da pulsão sexual: o
ser humano é o ser do desejo.
• Confunde o desejo com necessidade.

“Eu sinto, eu quero, eu faço”

4.3.O LIBERALISMO
• Centra a sua atenção sobre a liberdade;
• Tudo é valido quando somos livres;
• A liberdade individual absoluta; o que cada um decide deve ser respeitado;
• Nega a dimensão social da sociedade com a necessária inconstitucionalidade, padrões...
• Não existe verdadeira liberdade sem consciência

4.4. CIENTIFICISMO
• Afirma que a “técnica” é imprescindível em vista da superação das limitações. nesse sentido,
a manipulação se configura como imperativo moral, para qual o homem deve tender.
• Este modelo prega que não existe contradição entre a possibilidade técnica e a liceidade ética:
“posso, portanto, faço”.
• Na tecnocracia: a possibilidade se identifica com a permissão. Chega-se a tecnolatria.
• A tecnolatria se pauta na eficiência.... e basta!
• Centro da questão é a técnica!

4.5. PRAGMATISMO
• o que conta na vida é aquilo que faz, o agir;
• o pragmatismo reduz o ser humano ao seu dinamismo, comportamento, atitudes;
• o ser humano não é só movimento, ação, trabalho...
• há situações na vida em que perdemos a capacidade de agir e ficamos totalmente dependente
dos cuidados alheios (no coma, na doença, no desmaio)

4.6. UTILITARISMO
• Identifica o Bem com o útil ... aquilo que serve!
• Prega que o bem é produto de uma relação custo e benefício.
• As ações não são medidas pelo significado, mas, pelo cálculo de custo e benefício.
• Propõe como norma: maximizar o prazer (bem), minimizar a dor, promover o maior número
possível de pessoas.
• Mas... nem tudo serve para “servir” (útil), mas tudo tem um sentido para ser

4.7. HEDONISMO
• Propõe o prazer como princípio supremo;
• Fuga do sacrifício;
• Ditadura do prazer exalta o sensacionalismo, aquilo que causa a sensação, prazer...
• O hedonismo é intolerante com tudo aquilo que causa sacrifício, incomodo pessoal... pesar,
dor, sofrimento...

4.8. JURIDICISMO
• É o absoluto apelo a legalidade.
• É delegar as autoridades judiciais e os tribunais as decisões de cunho ético; isso é falso!
• Deve ser o contrário, é justamente o parâmetro ético que deve reger o discernimento e as
decisões de qualquer autoridade
• Na perspectiva juridicista os juízes, ou tribunais, são vistos como senhores do Bem ou do Mal,
senhores da verdade e da justiça, também como senhores dos bens éticos e morais da
sociedade; isso nega a consciência das pessoas e os bens éticos universais.

4.9. DEMOCRACISMO
• A ideologia democracia delega a sociedade o direito de decidir sobre aquilo que é mais
conveniente;
• Questões “polemicas” como o aborto, pena de morte, eutanásia, etc. devem ser objeto de
decisão da maioria; o ideal é um “referendum”
• Todavia, a justiça e a verdade não deve ser produto da maioria, mas princípios regentes... a
maioria pode estar errada...
PROBLEMA QUESTÃO CENTRAL: DIMENSÃO
ANTENTA CONTRA
Aborto Vida nascente TODAS
Eutanásia Vida no sofrimento TODAS
Suicídio Vida pessoal TODAS
Homicídio Vida no outro TODAS
Pena de morte Vida no erro TODAS
Violência Vida e liberdade DEPENDE
Drogadição Integridade da vida DEPENDE
Clonagem Singularidade da vida TODAS
fome Manutenção da vida DEPENDE
Cél.tronco Vida nascente TODAS

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