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PEDAGOGIA LIBERTADORA

(Alcides Vieira; Julha Zuccolotto T.; e Otavio Seara)

O principal pensador desta pedagogia foi Paulo Freire, que utilizou o analfabetismo como objeto de seu
estudo, segundo Freire a educação é um ato libertador, pois as pessoas possuem a capacidade de mudar o
mundo. Para Paulo Freire o analfabetismo possuía origem em situações históricas de dominação e não da
falta de aprender ou da capacidade de determinado grupo social. Assim, educar é um ato que opera e
transforma o homem e este opera e transforma o mundo através de sua clara compreensão da realidade.

O presente seminário busca trabalhar a concepção da pedagogia libertadora e apresentar que a mesma busca
promover uma educação humanizadora, inclusiva, significativa e que valorize a liberdade. Apontaremos,
ainda, que a mesma baseia-se na liberdade como princípio fundamental para o desenvolvimento integral da
pessoa e na ideia de que o educando é o sujeito principal do processo educativo, que deve ser livre para
escolher como aprender, de modo a colocar em prática seu potencial crítico e criativo.

É visto nas obras de Paulo Freire que ensinar não é transferir conhecimento, assim, saber ensinar é criar
possibilidades para a produção ou construção própria, uma vez que em sala de aula o professor deve estar
aberto a indagações/perguntas, devendo estar disposto a ensinar e não apenas transferir conhecimento.

Paulo Freire destaca com isso que ensinar precisa constantemente ser testemunhado, vivido.

O autor afirma que ao tratar teorias deve-se saber usar exemplos concretos da teoria, exemplos práticos da
mesma. Freire afirma que ao falarmos da construção do conhecimento devemos envolver os alunos nela, se
possível construir o conhecimento com eles.

Como método educacional foi proposto pelo autor, como forma de proporcionar uma educação libertadora,
que um aluno não pode ser avaliado pela quantidade de conteúdos sobre os quais os educando são capazes de
dissertar, mas sim pelo potencial adquirido pelos educandos de transformação da sua própria realidade e do
mundo que os cerca

O método de alfabetização criado por Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação, tematização e
problematização. Na etapa de investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da
sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, a de tematização,
eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim, consciência do
mundo vivido. E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão
mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

Freire defendia que o processo de ensino-aprendizagem deveria ser pautado na igualdade entre professor e
aluno e na liberdade de pensamento do aluno. Ele acreditava que o processo de ensino-aprendizagem deveria
ser construído em conjunto, baseado em diálogo, reflexão, discussão e argumentação. O professor é o
conselheiro, uma espécie de monitor à disposição do aluno.

Fonte:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Coleção Leitura. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.

MIRANDA, Rosilene Figueira. Um Estudo Sobre a Prática Pedagógica Libertadora de Paulo Freire. In:
Boletim GEPEP – v.03, n. 04, p. 14-28, jul. 2014.

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