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AULA DE REVISÃO 08

CONTINUAÇÃO - CAPÍTULO 01

CONCEITOS MACROECONÔMICOS

IDH e GINI

IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de


qualidade de vida, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e
usada como referência da qualidade de vida e do desenvolvimento,
considerando critérios acima dos índices econômicos.

Diferentemente do produto per capita, a abordagem de desenvolvimento


humano mede o bem-estar social não apenas pela perspectiva do crescimento
econômico, mas, sim, com um olhar para o ser humano, suas oportunidades e
capacidades.
O IDH, contudo, não contempla alguns aspectos de desenvolvimento, por
exemplo, democracia, participação, equidade e sustentabilidade.

Ele englobava, até o ano de 2009, três dimensões: renda per capita, educação
(taxa de analfabetismo) e esperança de vida (longevidade). O IDH media o
bem-estar da população, utilizando os seguintes critérios de avaliação:

1 - A renda, por meio do PIB real per capita;

2 - A saúde, por meio da expectativa de vida ao nascer e da sintetização das


condições de saúde e salubridade;

3 - A educação, por meio da taxa de analfabetização de pessoas com 15 anos


ou mais e do número de pessoas matriculadas em um curso, dividido pelo
número de pessoas entre 7 e 22 anos.

Depois de uma série de manipulações estatísticas, fazia-se a média aritmética


simples e determinava-se um valor para o IDH que variava entre “0” e “1”.
Quanto mais próximo de “0”, pior era a qualidade de vida; e quanto mais
próximo de “1”, melhor era a qualidade de vida.

Portanto:

IDH = 0,5 - o país tinha baixo desenvolvimento humano;

0,5 < IDH < 0,8 - o país apresentava médio desenvolvimento humano;

IDH = 0,8 - o país apresentava alto desenvolvimento humano.

A partir de 2010, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento


(PNUD) começou a usar um novo método de cálculo para o IDH, utilizando as
mesmas três dimensões (índice de renda, índice de educação e expectativa de
vida ao nascer), para medir o bem-estar da população, porém com novos
critérios de avaliação:

1 - a renda, por meio do PIB (PPC) per capita;


2 - a educação, por meio do índice de anos médios de estudo dos adultos acima
de 25 anos e índice de anos esperados de escolaridade para uma criança na
idade em que ela entra na escola; considerando‐se os padrões prevalecentes
de taxa de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante
a vida da criança;

3 - a saúde (uma vida longa e saudável), por meio da expectativa de vida ao


nascer;

Depois de uma série de manipulações, faz-se a média geométrica dos três


índices normatizados, adotando pesos iguais para cada critério.

COEFICIENTE DE GINI

O Coeficiente ou Índice de Gini é uma medida de desigualdade que calcula o


nível de concentração de renda.
Dados do artigo:

http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-11/renda-
recua-e-Brasil-se-torna-o-9%C2%BA-pa%C3%ADs-mais-desigual

O relatório País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018,


divulgado nesta segunda-feira (26) pela organização não governamental
Oxfam Brasil, mostra que entre 2016 e 2017 a redução da desigualdade de
renda no Brasil foi interrompida pela primeira vez nos últimos 15 anos - reflexo
direto da recente recessão econômica. A estagnação fez com que o Brasil caísse
da posição de 10º para 9º país mais desigual do planeta no ranking global de
desigualdade de renda de 2017.

“Vivemos uma crise econômica recente muito severa que gerou uma onda de
desemprego. Essa onda reduziu a renda geral do Brasil, sobretudo a renda da
base da pirâmide social, os primeiros a sofrerem nos tempos de crise. E como
efeito, houve aumento da desigualdade da renda do trabalho, aumento da
pobreza e a estagnação da equiparação de renda entre os gêneros, além de um
recuo na equiparação de renda de negros e brancos. Esse cenário é o que
compõe o país estagnado estampado pelo relatório”, avalia o autor do relatório
e coordenador de campanhas da organização no Brasil, Rafael Georges.

Retração da renda

Em 2017, os 50% mais pobres da população brasileira sofreram uma retração


de 3,5% nos seus rendimentos do trabalho. A renda média da metade mais
pobre da população foi de R$ 787,69 mensais, menos que um salário mínimo.
Por outro lado, os 10% de brasileiros mais ricos tiveram crescimento de quase
6% em seus rendimentos do trabalho. A renda média dessa parcela da
população foi de R$ R$ 9.519,10 por mês, conforme dados da PNAD/IBGE.

O número de pessoas pobres também cresceu no período. Havia 15 milhões de


pessoas pobres no Brasil em 2017, o que corresponde a 7,2% da população -
aumento de 11% em relação a 2016, quando havia 13,3 milhões. É
considerado pobre quem sobrevive com renda de até US$ 1,90 por dia, cerca
de R$ 7, conforme critério do Banco Mundial.
Georges argumenta que do ponto de vista estrutural, o Brasil está tendo que
aprender a “dura lição” de que conquistas sociais se perdem muito
rapidamente. A distância entre os mais ricos e os mais pobres vinha diminuindo
há 15 anos no Brasil desde 2002, conforme o índice de Gini de rendimentos
totais per capita, medido pelas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio
(PNAD-IBGE).

“Em 2017, nós voltamos para os mesmos níveis de 2012 em termos de


porcentagem da população na pobreza. A menor taxa foi em 2014, em 2015 ela
subiu um pouco e em 2016 e 2017 ela saltou. Em dois anos, voltamos cinco.
Esse movimento nos lembra que é importante adotar medidas estruturais. O
Brasil aprendeu a combater a desigualdade por meio do incremento de renda, o
que é importante, mas renda não é tudo. É importante garantir uma
infraestrutura social por meio da oferta de serviços de saúde e educação,
principalmente, com aumento de investimentos nessas áreas”, defendeu.

Fonte: IBGE e FGV

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,desigualdade-e-a-maior-em-
sete-anos,70002735833
Ficamos por aqui.

Este é um recorte do Capítulo 01 do Livro: Macroeconomia Esquematizado.


Completar o estudo com a leitura completa do capítulo.

Grande abraço Prof. Pedro Loula

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