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Karl Marx

(1818-1883)
Blackburn(2007: 108-119)
50 Sociólogos Fundamentais

2
Qual a principal contribuição de Marx?
Descrever o funcionamento do capitalismo a partir dos
processos e conexões existentes entre as unidades
sociais envolvidas (assalariado, detentor do capital,
‘mercado’, competição) e suas motivações.

Qual a principal característica da sua teoria (ex. teoria do


conflito)?
A luta de classes.
Sendo as classes caracterizadas pela posse ou não dos
meios de produção.
3
Qual o fundamento para se pensar a
dinâmica de mudança das sociedades ao
longo do tempo?
Materialismo histórico:
“Para Marx (e Engels) o estudo da sociedade deveria partir de
sua base material, e a investigação de qualquer fenômeno
social, da estrutura econômica da sociedade, que constituía
a verdadeira base da história humana.” (Dias, 2010: 32)
Para Marx era o mundo real, o âmbito da economia, das
relações de produção que determinavam o que pensava o
homem, e não o contrário: “Não é a consciência que
determina a vida, mas a vida que determina a consciência”.
O material determina o ideal, e não o contrário. Marx é
materialista, Hegel idealista. 4
O que caracteriza as sociedades e dita
processos de mudança ocorridos ao longo da
história?
Para Marx, os processos e mudanças ocorridos ao
longo da história são todos caracterizados por certos
modos de produção e relações de classe entre
exploradores, e entre exploradores e explorados.
A passagem de um sistema socioeconomico para o
seguinte depende da interação entre lutas de classe
e a capacidade do sistema seguinte de aumentar a
produtividade do trabalho e privilegiar as forças da
produção.
6
A pobreza e a desigualdade são inerentes ao
sistema capitalista?
Marx enfatizou a exploração como fonte de
pobreza, mas ele também menciona a exclusão
como uma das principais fontes de
desigualdade.
A exclusão de alguns, segundo Marx, seria
caracterizada pelo “exército (desempregado)
industrial de reserva”, que segundo ele era o
que permitia parte da exploração realizada
pelos capitalistas.
7
Marx era contra os capitalistas e contra a
burguesia?
Não.
O argumento marxista não se caracteriza
somente pela defesa do proletário e ataque ao
capitalista, mas pela COMPREENSÃO das
relações sociais e no seu condicionamento pela
história. Marx estava interessado tanto nos
capitalistas quanto nos operários, e se
preocupava em identificar a operação interna
do sistema capitalista.
8
O que é a “Anarquia do modo capitalista de
produção”?
O modo de produção não depende
exclusivamente da vontade do capitalista
individual, mas está subordinado à concorrência
imposta pelo ‘mercado’. São estas restrições
que regulam o valor da força de trabalho, que
evitam que os produtos sejam vendidos por um
preço muito alto (ou muito baixo), e que ditam
o ritmo de acumulação, fusão e falência.

9
Qual foi a profecia marxista?
Inevitavelmente haveria uma revolução dos
trabalhadores para a derrubada do sistema capitalista
e a introdução de uma sociedade sem “classes” e mais
igualitária. Ao invés de uma sociedade onde poucos
monopolizam o poder econômico e político, e muitos
não se beneficiam com a riqueza que o seu trabalho
cria, Marx profetizou que após a revolução proletária,
o sistema econômico se encontraria sob a
propriedade comunal e uma sociedade mais humana,
e menos baseada numa relação de exploração, se
estabeleceria.
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Estágios da Alienação
1. Quando o trabalhador não se reconhece nas
coisas que produz;
2. Quando o trabalhador não se reconhece em
si mesmo;
3. Quando o trabalhador considera o trabalho
apenas como meio de sobreviver
A alternativa para a superação da alienação seria
a consciência de classe.

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A mercadoria: os fundamentos da
produção da sociedade e do seu
conhecimento
em
Foracchi e Martins (2008: 46-73)
Original traduzido extraído de:
Karl MARX
O capital, Livro 1, vol. 1, 3a. Ed, Ed. Civilização
brasileira, p. 41-93

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O valor de duas jaquetas:
2. Jaqueta unisex de couro usada pelo
1. Jaqueta unisex de couro Michael Jackson e pelo Bono Vox

14
A mercadoria como forma elementar de
riqueza
Argumento: Se a mercadoria é o que permite a acumulação de
riqueza, é preciso entender o que confere a ela o seu valor,
ou melhor, os seus valores:

1. Valor-de-uso: função do consumo, da utilização, da


qualidade do bem. Valor absoluto em função da sua
utilidade.
2. Valor-de-troca: função do valor relativo de uma terceira
mercadoria (ex. Trigo, ou trabalho). O valor-de-troca serve
para quantificar o valor de certas mercadorias quando há
interesse na comercialização ou permuta mercantil. Valor
relativo em função do valor de outro bem. 15
O que gera valor? Qual é o valor de certas
mercadorias?
O que gera valor é a quantidade de trabalho
despendida na produção de determinado
bem.
“Como valores, as mercadorias são apenas
dimensões definidas do tempo de
trabalho que nelas se cristaliza.”
A grandeza de valor é portanto fixa se a
quantidade de trabalho é fixa.
16
E como o valor é alterado diante de ganhos
de produtividade?
Quanto maior a produtividade, menor a
quantidade de trabalho e portanto
menor o seu valor:
“A grandeza do valor de uma mercadoria
varia na razão direta da quantidade, e na
inversa da produtividade, do trabalho
que nela se aplica.”

17
Sobre valor-de-uso
Coisas que não possuem trabalho também
podem possuir valor (de uso): o ar, a terra,
árvores, etc.

Mas coisas sem valor útil, sem valor-de-uso, não


possuem valor. Nenhuma coisa pode ser valor
se não é objeto util. E se não e útil, tampouco
será o trabalho nela contido.

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Quais são outras características das
mercadorias contendo valor-de-uso?
1. Possuem trabalho útil, são objeto útil;

2. Mercadorias com trabalhos (esforços)


qualitativamente iguais possuem similar valor
de uso (ex. dois casacos);

3. O valor das mercadorias é definido pela sua


utilidade e pela quantidade de trabalho
dispendido na sua produção.
19
Sobre o valor-de-troca
O valor-de-troca se materializa pela relação entre
mercadorias equivalentes que supostamente
possuem a mesma quantidade de trabalho
incorporado.
1 casaco= 20m de linho representam formas relativas
de valor. Não se pode, por exemplo, expressar o
valor do casaco em termos do próprio casaco.
“Ao relacionar-se com a mercadoria B como figura de
valor, materialização do trabalho humano, a
mercadoria A faz do valor-de-uso B o material da
sua própria expressão de valor.” (FM, p.56)
20
O que ocorre com o valor relativo das
mercadorias (valor-de-troca) quando há
variações de produtividade?
Situação 1, produtividade constante: 1 casaco = 20 m de
linho
Situação 2, redução da produtividade pois as terras que
produzem a fibra do linho se esgotaram: o dobro de
trabalho é necessário para produzir a mesma
quantidade de linho que antes. Nesse caso, 2 casacos=
20 m de linho.
Situação 3, aumento da produtividade via adoção de
melhores teares, implicando metade do trabalho antes
utilizado. Nesse caso ½ casaco = 20 m de linho. 21
Situação 4, a produtividade da produção de
ambas as mercadorias (casaco e linho) se
alteram na mesma proporção. Exemplo: tanto
a produção de um quanto a do outro usam
metade da quantidade de trabalho de antes.
Nesse caso o valor-de-troca, o valor relativo,
das mercadorias permanece o mesmo.

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Qual a relação entre valores de uso e de
troca?
O valor relativo (valor-de-troca) pode portanto
permanecer o mesmo, ou se alterar, mesmo que o
seu valor (de uso) não se modifique. E vice versa.
Exemplo: o valor-de-troca (ou valor relativo) pode
permanecer o mesmo quando a quantidade de
trabalho utilizada na confecção de duas
mercadorias se altera na mesma proporção. O
valor-de-uso, entretanto, pode se alterar em
função da utilidade dada a mercadoria.

23
Quando a mercadoria revela a duplicidade do
seu valor?

“A mercadoria revela seu duplo caráter, o que


ela é realmente, quando, como valor, dispõe
de uma forma de manifestação própria,
diferente da forma natural dela, a forma de
valor-de-troca; e ela nunca possui essa forma,
isoladamente considerada, mas apenas na
relação de valor de troca com uma segunda
mercadoria diferente.” (Marx em FM, p. 60)

24
A forma extensiva do valor relativo
Qualquer e toda mercadoria pode ser
expressa como função de uma outra.
Além disso, duas mercadorias também
podem ter o seu valor-de-troca expresso
por uma terceira.
O “equivalente geral”, por força do hábito
social, é o dinheiro.

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O fetichismo da mercadoria
Segundo Marx, o fato das coisas incorporarem valor faz com que elas
aparentem ter uma vontade independente dos teus produtores.
O fetichismo se refere ao fato das relações sociais serem
intermediadas por coisas, e não entre pessoas. As pessoas agem
como coisas e as coisas como pessoas.
Produtores isolados se relacionam portanto através das mercadorias,
que passsam a ter o seu valor determinado de maneira
independente, em termos da satisfação de necessidades alheias.
Disso resulta que a mercadoria parece determinar a vontade do
produtor e não o contrário.
O fetichismo da mercadoria, segundo Marx, é intrínseco a produção de
mercadorias na sociedade capitalista já que nela o processo de
produção tende a se autonomizar em relação a vontade do ser
humano que a produz.
29
O fetichismo da mercadoria
Marx discutiu quatro tipo de alienação:
1) Alienação do produto, os meios de produção pertencem aos
capitalistas, que se apropriam e trocam o produto do
trabalho;
2) Alienação da atividade produtiva, o trabalho torna-se
externo à vida dos trabalhadores, que só se sentem
livremente ativos quando estão se alimentando, bebendo e
procriando;
3) Alienação da existência a partir da objetificação do ser
através do trabalho;
4) Alienação do homem pelo homem, no qual o senso de
comunidade é deslocado e as relações humanas passam a
ser pautadas e dominadas pela economia.
30
O manifesto comunista

Karl Marx e Frederich Engels. 1848

31
Quão importante é o Manifesto Comunista?
O que o caracteriza?
1. Terceiro livro mais impresso depois da Bíblia e do Corão.
2. 544 edições em 35 línguas antes da Revolução Russa de
1917.
3. É a versão popular e resumida da doutrina marxista e
influenciou líderes e revoluções em todo o mundo: Lênin,
Stálin, Mao Tsé-tung, Ho Chi Minh, Fidel Castro, Pol Pot.
4. É um dos tratados políticos mais mal interpretados da
história.
5. Foi escrito em seis semanas. Marx tinha 29 anos. Engels
tinha 27.
32
Antecedentes do manifesto
1. A revolução Francesa (1789);

2. Declaração dos direitos do homem e do


cidadão: pretendia abolir a sociedade de
classes, apregoando que os homens
poderiam ascender na escala social
independentemente de seu passado.

33
Declaração
dos Direitos
do homem e
do cidadão,
1789

34
Por que o proletariado se tornaria o
instrumento de mudança?

1. Explosão populacional urbana sob condições


precárias de sobrevivência;
2. Precárias condições de trabalho;
3. Contradição definida: o instrumento de
produção de riqueza era a própria classe
trabalhadora, o “proletariado oprimido”.

35
Por que o Manifesto do Partido Comunista
foi escrito?
1. Ele foi encomendado pela Liga Comunista (uma
sociedade alemã secreta da época) para
sintetizar os conceitos e a NOVA doutrina
comunista;
2. Também foi uma tentativa de unificação das
idéias dos partidos operários. A idéia era unificar
e organizar os ideais para fortalecer a causa;
3. Mostrar à classe trabalhadora os motivos e
caminhos para combater o capitalismo e acabar
com a sociedade de classes.
36
Qual a principal “falha” do manifesto?

Ser ambíguo quanto a natureza da revolução e


não sugerir com clareza os caminhos para a
implantação do comunismo e nem quanto às
consequências da sua instauração.

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Frases do Manifesto
Comunista que
marcam e sintetizam
as idéias e valores
contidas no mesmo:

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Parte 1. Burgueses e proletários
1. “A história de toda a sociedade existente até hoje
tem sido a história das lutas de classes.”
2. “A sociedade moderna burguesa, surgida das
ruínas da sociedade feudal, não aboliu os
antagonismos de classe. Apenas estabeleceu
novas classes, novas condições de opressão,
novas formas de luta, em lugar das velhas.”
3. “A burguesia rasgou o véu sentimental da família,
reduzindo as relações familiares a meras relações
monetárias.”
39
Burgueses e proletários
4. “A burguesia não pode existir sem revolucionar
de modo permanente os meios de produção e,
por conseguinte, as relações de produção – e,
com elas, todas as relações sociais.”
5. “Tudo que era sólido se desmancha no ar, tudo
o que era sagrado é profanado, e, por fim, o
homem é obrigado a encarar com serenidade
suas verdadeiras condições de vida e suas
relações com sua espécie.”
40
Burgueses e proletários
6. “A burguesia suprime cada vez mais a dispersão
da população, dos meios de produção e da
propriedade. Aglomerou a população,
centralizou os meios de produção e concentrou
a propriedade em poucas mãos.”
7. “A burguesia, porém, não forjou apenas as
armas que representam sua morte: produziu
também os homens que manejarão essas armas
– o operariado moderno – os proletários.”

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Burgueses e proletários
8. “Esses trabalhadores que são obrigados a vender-se
diariamente representam uma mercadoria, um artigo
de comércio, estão sujeitos, portanto, às vicissitudes
da concorrência, às flutuações do mercado.”
9. Ao tomarem ciência disso, “os trabalhadores
começam a formar grupos (sindicatos) contra os
burgueses; atuam em conjunto na defesa dos
salários; fundam associações permanentes que os
preparam para esses choques eventuais. Aqui e ali a
luta se transforma em motim.”
42
Burgueses e proletários
10. “A condição essencial para a existência e o domínio da
classe burguesa é a formação e o crescimento do capital;
a condição de existência do capital é o trabalho
assalariado. Este se baseia exclusivamente na
concorrência entre os trabalhadores. O progresso da
indústria, cujo agente involuntário é a própria
burguesia, substituiu o isolamento dos operários,
resultante de sua competição, pela união revolucionária,
resultante de sua associação. (...) O que a burguesia
produz são sobretudo seus próprios coveiros. Sua queda
e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”
43
Parte 2. Proletários e comunistas
1. “O objetivo imediato dos comunistas é o mesmo que o de
todos os outros partidos proletários: constituição dos
proletários em classes, derrubada da supremacia
burguesa, conquista do poder político pelo proletariado.”
2. “A característica particular do comunismo não é a abolição
da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade
burguesa. A propriedade burguesa é a expressão final do
sistema de produção e apropriação baseado em
antagonismos de classe, na exploração de muitos por
poucos.(...) Nesse sentido, a teoria dos comunistas pode
ser resumida nesta frase: abolição da propriedade
privada.” 44
Proletários e comunistas
3. “O capital é um produto coletivo pois só pode
ser posto em movimento pelos esforços
combinados de muitos membros da
sociedade... O capital é, portanto, uma força
social e não pessoal.”
4. “Assim, quando se converte o capital em
propriedade comum, não é a propriedade
pessoal que se transforma em social. Muda-se
apenas o caráter social da propriedade, que
perde sua vinculação de classe.” 45
Proletários e comunistas
5. “Ficais horrorizados porque queremos abolir a
propriedade privada. (...) Pois bem, é
exatamente isso o que temos em mente.”
6. “O comunismo não priva ninguém de se
apropriar dos produtos da sociedade; o que
ele faz é privá-lo do poder de subjugar o
trabalho alheio com essa apropriação.”

46
Proletários e comunistas
7. “O proletariado lançará mão de sua supremacia para
arrancar, pouco a pouco, todo o capital da burguesia,
centralizando os instrumentos de produção nas mãos do
Estado, ou seja, do proletariado organizado em classe
dominante, e para aumentar o mais rápido possível o
total das forças produtivas.”
8. Em lugar da antiga sociedade burguesa, com suas classes
e antagonismos de classe, haverá uma associação na
qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição
do livre desenvolvimento de todos.”

47
Desfecho...
“Que tremam as classes dominantes
diante da revolução comunista! Os
proletários nada têm a perder senão
seus grilhões. E têm um mundo todo
a ganhar.
PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO,
UNI-VOS!”
48
O legado do Manifesto
Comunista

49
O legado do Manifesto
Nenhum impacto imediato na época da sua publicação, em 1848.
A REVOLUÇÃO RUSSA
A primeira revolução bem sucedida, e supostamente marxista, foi
comandada por Lênin na Russia em 1917.
Esta revolução, entretanto, foi comandada por um grupo de
intelectuais e revolucionários que preencheram o vazio deixado
pela abdicação do czar Nicolau II, e não pelo proletariado.
Os ideais lenistas afastaram-se dos sugeridos pelo Manifesto
Comunista. Além de ter sido caracterizado por violencias
absolutistas, Lenin encorajou empreendimentos privados, negou ao
sindicato o direito de opinar acerca da administração e incentivou o
comércio com países capitalistas.

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O regime Stalinista (1924-1953)
Características:
Sucedeu o regime de Lenin e foi tão opressor quanto o
anterior;
Retirou camponeses do campo e levou-os para as fábricas*.
Consequência: fome e morte de mais de 7 milhões de pessoas;
Transformação dos Kulaks em fazendas coletivas;
Greves eram vistas como sabotagem;
Surgimento da nomenklatura;
Expurgo de mais de 35 mil suspeitos de ameaçar o “Estado
socialista”: “Qualquer pessoa que, por seus atos ou
pensamentos – sim, por seus pesamentos –, transgrida os
limites impostos pelo Estado socialista será destruída por nós.”
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O Manifesto além da Rússia soviética
O comunismo chegou a China em 1949 através de vitória
militar sobre os japoneses liderada por Mao Tse-tung;
Oposição à nobreza proprietária e proibição da
propriedade privada de forma violenta;
Revolução Cultural em 1966 e envio de 17 milhoes de
jovens da cidade mandados para trabalhar no campo;
Guardas vermelhos com seus livros vermelhos de
citações maoístas;
Deng Xiaoping foi o sucessor que abriu a economia
gradualmente (socialismo de livre mercado) e não de
forma abrupta como feito pela União Sovietica. Morreu
em 1997 de Parkinson. 52
Outros eventos relacionados, mas não
antecipados por Marx e Engels
Crescimento do Solidariedade, sindicato proletario
anticomunista da Polônia na década de 80;
Assassinato dos comunistas na América Latina por regimes
militares, e caça as bruxas Mcarthista nos EUA;
Revolução Cubana;
Guerra do Vietnã; regime de PolPot e fanáticos do Khmer
Vermelho no Camboja;
Eleição democrática de Salvador Allende (1970-73);
Ascensão de Mikail Gorbachev em 1984 e o fim dos sonhos
expressos por Marx e Engels em quase 140 anos antes.

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Críticas ao Manifesto Comunista
1. Vago a respeito do que realmente desejavam após a
revolução;
2. O colapso do comunismo em todo o mundo e os
danos causados pela ideologia marxista revela as
falhas e contradições no núcleo do Manifesto
3. Há serias restrições sobre como a suposta revolução
do proletariado deveria ser conduzida. A vaga solução
revolucionária proposta por Marx e Engels, com sua
fatal alusão à violência, ainda desperta desconfiança;
4. O capitalismo não sucumbiu as próprias “contradições
internas”.
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A sobrevivência do Manifesto
1. “O capital alienou os seres humanos uns dos
outros e de si próprios.” E ainda: “O dinheiro
é a prostituta do mundo.”
2. Ainda hoje é possivel encontrar pessoas que
trabalham seis dias por semana, dez horas
por dia, que fazem jeans por 20 centavos na
Nicarágua e em Bangladesh e que serão
vendidos por 30 dólares nos EUA.
3. PCB, PCO, PCdoB, PSOL
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A motivação idealista de Marx
• O estado de alienação advém do fato de sermos
controlados por um sistema monetário que parece
escapar ao poder de alguém.
• Marx (e Engels) tinha o ideal de separar trabalho de
dinheiro pois ele acreditava que o trabalho deveria ser
“não apenas um meio de sobrevivência, mas um desejo
vital primordial”. (ver Dias, p. 33)
• Movido por essa ideologia é que ele antecipou um
regime comunista no qual “o livre desenvolvimento de
cada um é a condição do livre desenvolvimento de
todos”. Idealista e, como a história viria a mostrar,
terrivelmente errada. 56

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