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ECONOMIA POLÍTICA II

Aula 1: Os Antecedentes Históricos do Capitalismo

O aumento da produtividade gerou excedente, ou seja, tecnicamente o ser


humano ficou apto a produzir mais alimento do que realmente consome.
Entretanto, apenas este fator é insuficiente, faz-se necessário mecanismos
sociais que forcem os trabalhadores a criar excedente. Estratificação Social.
Com a geração de excedentes surge a propriedade privada, havendo assim
trocas.

Escravismo Clássico: forma dominante de extração de excedente. Baseado


em impérios humanos, dotados de grande poderio militar. EX: 476 – queda do
Império romano, fim do escravismo clássico, que retorna no séc. XVI e XVII, com
a tomada dos ingleses. 1453 – queda de Constantinopla.

Feudalismo – renda da terra ou fundiária.

A partir do séc. XVI há o ressurgimento do comércio na Europa –


RENASCIMENTO. As grandes navegações surgiram com a vontade da Europa
de acumular riqueza, já que o mercantilismo prega que tal acúmulo é um fator
determinante para prosperidade de uma nação.

Um dos antecedentes do capitalismo é a acumulação de capital mercantil.


Expansão da produção de dinheiro. Mercado de trabalho, trabalhadores livres.

Aula 2

Produção em massa capitalista, animais passaram a servir como meio de tração,


aumentando deste modo a capacidade de produção de excedente, pois
aumentou-se a produtividade por hora. A máquina a vapor também foi
fundamental neste aumento de capacidade.

Todas as mercadorias têm em comum o fato de possuírem utilidade (valor de


uso), ou a capacidade de satisfazer uma necessidade. Porém há algumas
variáveis necessárias para se chegar a tal satisfação, como exemplo a
composição da mercadoria. Outro ponto relevante é o seu valor de troca, uma
relação social (mecanismo institucional). Para que haja valor de troca é
necessário valores de uso distinto, divisão social do trabalho, propriedade
privada. Se a pessoa tem propriedade privada, ela tem a capacidade de usufruir
produtos de outra propriedade privada.

1 kg de trigo – 2 kg de ferro = as duas pessoas possuem essa relação não devido


ao trabalho concreto, que é a capacidade de que cada trabalhador obtém ao se
especializar em algo, mas sim ao trabalho abstrato, que independe da
especialização, mas sim do dispêndio do ser humano.

Abstrato valores de uso e o abstrato valor de troca que se destinam ao mercado.

Tudo que vem da natureza não possuem valor de troca, pois ela não é uma
entidade jurídica.

É o trabalho que produz a riqueza, mas a essência é a fonte de trabalho abstrato.


Outra variável notável é a grandeza e a magnitude que correspondem a
característica de troca de equivalente, que é a mesma quantidade de valor,
tempo de trabalho socialmente aceitável. O progresso tecnológico inerente ao
capitalismo passou a ter a capacidade de reduzir os preços dos produtos. O
terceiro elemento que caracteriza o valor de troca é a forma.

Ao longo da história o valor assumiu diferentes formas:

1. Forma simples, singular e fortuita: primeira forma, civilização antiga.


XA = YB relativo, equivalente. As quantidades possuem o mesmo valor
de trabalho abstrato.
2. Forma extensiva do valor: pressupõe que há uma rede de intercalações
comerciais entre tribos distintas, em que uma mercadoria não é apenas
equivalente a outra mercadoria, mas sim também a várias outras.
XA = YB = ZC
3. Forma equivalente geral: As pessoas elegem uma mercadoria que é
equivalente geral as outras, é um facilitador de trocas, já que reduz muito
os custos de transações devido ser um meio de troca. Por exemplo, na
Roma Antiga o sal era a forma equivalente geral de troca.
4. Forma dinheiro: ouro, prata.
Aula 3: Tipos de Conhecimento

O Método Marxista: conhecimento científico

O ponto de partida da analise marxista é a realidade e concreto. Pegar do mais


geral, método dedutivo lógico, pega a realidade e vai se abstraindo. O sentido
inverso seria uma síntese, método indutivo histórico do abstrato ao concreto.

1. Assimilação do material – empírico;


2. Progressão concreto para abstrato – divisão analítica;
3. Explorar as conexões;
4. Elos intermediários;
5. ..
6. Descoberta de novos dados.

Aula 4: A Transformação do Dinheiro em Capital

Teoria Marxista do capital

Todas categorias são relações sociais que são formas de relacionamentos de


indivíduos que foram criadas durante a história. Capital é uma relação social que
se estabelece entre capitalistas e trabalhadores, enquanto a base material é a
força de trabalho. A única coisa que o trabalhador tem para vender é a sua mão-
de-obra.

O comércio é anterior ao capitalismo, porém seu desenvolvimento que


proporcionou o surgimento de tal sistema. (O renascimento italiano foi um dos
grandes responsáveis). A Holanda não teve um regime feudal, pois
predominava-se camponeses livres. Os holandeses conseguiram juntar uma
grande quantidade de capital, dinheiro.

A primeira função do dinheiro é de ser equivalente geral, mas a partir do


momento em que se começa acumular, ele cumpre outra função social: o
entesouramento.
O dinheiro é a primeira forma de capital. Ele tem outra função que é ser meio de
pagamento e a quarta função é se transformar em capital. Lembrando que
sempre deve haver sua circulação para que haja capital.

M – D - M é uma forma de circulação que antecede o capitalismo. Não há


geração de riqueza na circulação e sim na produção, pois na circulação cumpre
apenas a função de equivalente geral. A uma metamorfose entre a mercadoria
e o dinheiro, em que há um valor de uso, pressupondo que o produto do trabalho
humano se transforma em mercadoria. A segunda metamorfose é transformar o
dinheiro em mercadoria, em que o valor de uso assume um valor de troca. A
mercadoria é o ponto de partida e chegada, a pessoa quando entra no mercado
tem o intuito de obter o valor de uso. Vale lembrar que nem tudo na sociedade
humana segue a lógica do capital. Obs: Não há a produção de excedente na
relação M – D – M, visto que há só o intuito de satisfazer as necessidades
cotidianas.

A segunda etapa do dinheiro: o dinheiro surge como capital. O início deste


acúmulo está relacionado além do comércio, a usura. O que faz
necessariamente o dinheiro virar capital? O dinheiro passa a ser ponto de partida
chegada, o objetivo passa a ser a acumulação, geração de lucro D – M – D. Esta
forma tem uma contradição, que seria exatamente como explicar a acumulação.
O objetivo de D – D’ ( D + L). Se há a relação de troca de troca de equivalentes,
como há a geração de lucro?

Toda mercadoria tem valor de troca e valor de uso. A força de trabalho é um


valor de troca, o capitalista paga a força de trabalho, equiparando o trabalho ao
salário, querendo desta forma atingir o valor de uso. Porém a força de trabalho
também poderá obter o valor de uso.

Dinheiro – meios de produção – força de trabalho – capital produtivo –


mercadorias’ – dinheiro’ d + lucro – imposto, juro, lucro.

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