Trabalho elaborado na disciplina de Microbiologia Aplicada a odontologia , sob a orientação do professor João Castro, com objetivo de obtenção parcial da nota.
GOIATUBA
MARÇO, 2024 RESUMO
O artigo “Metabólitos microbianos na patogênese de doenças periodontais:
uma revisão narrativa’’ tem como principal objetivo. Destacar a importância dos metabolitos microbianos na patogênese de doenças periodontais. No artigo, as principais doenças citadas foram gengivite e periodontite, as quais são doenças com condições inflamatórias iniciadas e mantidas pelo biofilme, Enquanto a Gengivite, se trata de uma doença reversível, a periodontite, se trata de uma destruição irreversível dos tecidos periodontais.
Os microorganismos responsáveis por tais doenças crescem o nicho
nutritivo e protegido no bolso periodontal, algumas consequências da reação inflamatória aprimorada permitem que bactérias mais lentas, exigentes e anaeróbias com vias metabólicas geralmente colonizem e se prosperem. O artigo ressalta que o metabolismo proteolítico é altamente complexo, envolve uma série de vias metabólicas com a produção de uma cascata de metabólitos de maneira inespecífica, os quais envolvem ácidos graxos de cadeia curta e alguns gases.
O artigo estabelece que o efeito do biofilme dental na resposta do
hospedeiro e no reparo tecidual é mediado por metabolitos microbianos, cita também que a microbiota que coloniza, várias partes do corpo humano, como pele, genitais e trato gastro intestinal, vivem uma relação simbiótica com o hospedeiro, cada parte do nosso corpo tem seu próprio microbioma central específico do local, que é regulado pelos fatores fisiológicos e outros fatores ambientais, juntos, esses habitats microbianos e seus genomas constituem o microbioma humano, a simbiose do microbioma do hospedeiro trazem benefícios como resistência, colonização por patógenos exógenos, suporte nas funções de defesa do hospedeiro e propriedades anti-inflamatórias, assim como outros benefícios, a resposta do tecido aos colonizadores ao longo de todo o trato gastrointestinal é uma reação normal e valiosa. A ecologia do biofilme dental na fenda gengival se desenvolve em torno de todos os dentes, em todos os seres humanos e até animais, o artigo ressalta que o número de indivíduos com gengiva que atendem aos critérios para serem saudáveis, com sangramento na sondagem menor que 10%, é uma minoria, isso a resposta do hospedeiro vista clinicamente como uma resposta inflamatória, deve ser considerada como uma resposta protetora natural, em vez de patológica e equilibrada, contra a atividade microbiana e a liberação de produtos metabólicos do biofilme dental na fenda gengival.
Foram realizados diversos estudos nos quais mostram que a composição
do microbioma de bolso periodontal geralmente mostram predominância de espécie estritamente anaeróbias como gram negativos que usam a fermentação proteica como sua principal via nutricional em um ambiente ligeiramente alcalino. A microbiota da periodontite está associada a um crescimento excessivo de alguns microrganismos, como Porphyromonas spp e Treponema spp. Com esses estudos, é possível observar que, nos últimos anos, a função das atividades metabólicas da comunidade de biofilmes dentários, em vez de sua composição, ganharam também um interesse crescente na pesquisa de cárie periodontite. É importante ressaltar que este artigo analisa os processos metabólicos no biofilme dental sub gengival e sua complexa interação com os tecidos gengivais e as células inflamatórias do hospedeiro.
Em síntese, o metabolismo dos biofilmes orais como a cavidade oral, e sua
microbiota devem ser vistas como entrada do portal e o ponto de partida funcional do trato gastrointestinal, é citado no artigo que, assim como existem diferenças, também existem semelhanças, como, por exemplo: Composições complexas, fortes interações microbianas e a degradação de nutrientes é igual em ambas as microbiotas, seja gastro intestinal ou a microbiota dos dentes e lingua. O artigo traz como informações complementares uma figura e uma tabela, uma referente ao fluxo de nutrientes e a outra a metabólicas bacterianas produzido durante o processo de proteolíticos. É citado que o processo fermentação na microbiota oral segue duas vias principais, uma para carboidratos e outra para proteínas. Os nutrientes dos alimentos ingeridos são prontamente disponíveis e fermentados de forma eficiente por estreptococos, uma das principais atividades metabólicas que ocorre são os processos de oxidação que resultam na produção de peróxido de hidrogênio, um processo que ocorre principalmente na presença de oxigênio no biofilme dentário.
Uma curiosidade citada no artigo é que os fumantes parecem ter maior
concentração de cianato no soro e portanto podem contribuir para condições mais anaeróbias favorecendo bactérias anaeróbias.
Os nutrientes presentes na cavidade oral são ainda utilizados por
fermentadores secundários, predominantemente bactérias anaeróbias e assaccarolíticas, que produzem coletivamente inúmeros metabólicos, as bactérias homofermentadoras são caracterizadas como produzindo, principalmente, ácido lático a partir de carboidratos e como sendo a bactéria mais abundante na cavidade oral humana, na microflora subgengival, várias espécies proteolíticas, são as assacarolíticas usando peptídeo/aminoácidos para seu fornecimento de energia.
O terceiro tópico citado no artigo se trata de resposta do host, a qual diz
respeito a resposta do hospedeiro ao desafio microbiano na doença periodontal, que é complexa,e inúmeros fatores estão em jogo. na exposição prolongada da gengiva para o biofilme dentário, uma fase de resposta imune envolvendo linfócitos e células plasmáticas é ativada.
Logo em seguida é citado metabólitos na interação bacteria-hospedeiro,
nos quais muitos e diversos resíduos bacterianos na bolsa periodontal são assumidos como abundantes devido à falta de limpeza salivar que é vista acima da margem gengival. Alguns efeitos no biofilme. Resulta na regulação negativa das enzimas produtoras de h2s da mesma forma, altas concentrações de h2s demonstraram suprimir a captação de sulfato e produção de h2s do exército de Desulfovibrio spp que reduz o sulfato. Algumas consequências tóxicas para o hospedeiro é que, em altas concentrações, tanto o h2s quanto o Co2 tem efeito tóxico, com consequências que ameaçam a vida.
O biofilme subgengival na doença periodontal destrutiva é caracterizado por
flutuações entre a xplosão de atividades e as células microbianas em repouso.
O artigo defende que estudos sobre os principais metabólitos produzidos
sobre atividade bacterianas são sugeridos para pesquisas futuras sobre biomarcadores metabólicos, são necessários métodos simples e fáceis de medir a carga metabólica e capacidade de produzir vários metabolitos.
Em conclusão, o artigo traz que os metabólitos são resultado líquido da
interação muito complexa entre numerosos e diferentes microrganismos no filme dental, Ele também ressalta que métodos simples de cadeira podem complementar abordagens moleculares podem ser aplicados longitudinalmente em estudos clínicos para determinação dos principais metabólitos, e sua relevância clínica em indivíduos com várias condições periodontais.