Você está na página 1de 37

RADIOLOGIA

ITPAC SOI V
TUMORES DO SNC
 Preferência da localização dos tumores no encéfalo.
- Supratentoriais
- Infratentoriais

 Faixa etária:
- 80% a 85% adultos e na região supratentorial.
- Nas crianças o predomínio é infratentorial.

 Os tumores primários são classificados pela OMS de acordo com o tipo


celular que lhe deu origem, graduados em uma escala de malignidade, que
varia de I a IV.
 Quanto maior o grau histológico, maior a recorrência, menor o tempo de
sobrevida do paciente e pior a resposta à terapia.
TUMORES DO SNC
 Quase metade todos os tumores intracranianos é composta por:
- Astrocitomas
- Oligodendrogliomas GLIOMAS
- Ependimomas

 Quase metade dos gliomas é composta por astrocitomas grau IV


(gliobalastoma).
 RNM é o exame de escolha.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 ASTROCITOMA PILOCÍTICO
 2% A 6% de todos os tumores encefálicos.
 É o mais comum glioma pediátrico.
 Pico entre 5 e 15 anos.
 Raramente em adultos.
 40% no compartimento supratentorial.
 Neurofibromatose tipo 1.
 Grau I.
 TC:
- Tumor circunscrito sólido-cístico.
- Realce pelo contraste.
- Até 20% podem ser completamente sólidos.
- Calcificação em até 20%.
- Hemorragia é incomum.
- Principalmente Quiasma e nervos ópticos.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- Iso ou hipointenso em T1, hiperintenso em T2 e realce ao contraste.
- Edema perilesional é incomum.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 ASTROCITOMA DIFUSO
 Grau II pela OMS.
 Adulto jovem, entre 20 e 45 anos.
 10% a 15% dos astrocitomas.
 Discreto predomínio para o sexo masculino.
 Crescimento lento.
 Apresenta tendência para progressão maligna.
 2/3 supratentoriais (1/3 frontais e 1/3 temporais).
 Relacionados a hipertensão intracraniana, convulsão e cefaleia.
 TC:
- Lesão infiltrativa, iso ou hipodensa, usualmente com limites indefinidos.
- Raramente calcifica.
- Raramente cistos.
- Não realça ao contraste.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- Identifica a morfologia infiltrativa do tumor que afeta a substância branca.
- Sinal homogeneamente hipointenso em T1 e hiperintenso em T2.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 ASTROCITOMA ANPLÁSICO
• Grau III pela OMS.
• 33% dos astrocitomas e 25% dos gliomas cefálicos.
• Todas as idades.
• Preferência por 40 a 55 anos.
• Sexo masculino.
• Sobrevida de 2 a 3 anos.
• Convulsão, déficit neurológico focal e sintomas de hip. Intracraniana.
• TC:
- Lesão infiltrativa hipodensa, com limites geralmente indefinidos.
- Maioria sem realce ao contraste.
- Calcificações, cistos e hemorragias são raros.
- Subst. Branca dos lobos frontais e temporais.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- Infiltração da substância branca adjacente ao tumor é esperada.
- O sinal da lesão em T1 e T2 é mais heterogêneo em relação ao grau II, mas
geralmente predominam regiões com sinal baixo em T1 e alto em T2.
- Ao uso de contaste é comum observar a quebra da barreia hematoencefálica.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 GLIOBLASTOMA
• É o tumor encefálico primário mais comum do SNC.
• Grau IV.
• 15% de todas as neoplasias intracranianas e 60% dos astrocitomas.
• Sexo masculino.
• Qualquer idade, com pico entre 45 e 70 anos.
• Altamente agressivos.
• 10% são secundários , evoluindo de astrocitomas de menor grau.
• Sobrevida de 9 a 12 meses.
• TC:
- Lobos frontais, temporais e parietais.
- Infiltra a substância branca.
- Processo expansivo hipodenso ou isodenso, de limites mal definidos e necrose central.
- Realce ao contraste e hemorragia.
- Raramente apresentam calcificações.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- T1 e T2 heterogêneos, devido necrose, cistos e hemorragias.
- Hipointenso em T1 e hiperintenso em T2.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 OLIGODENDROGLIOMA
• Tumor infiltrante.
• Grau II.
• Crescimento lento.
• 5% a 10 % dos todos os tu primários do SNC.
• 5% a 25% dos gliomas.
• Qualquer idade, com pico entre 40 e 50 anos.
• Mais frequente no lobo frontal.
• Sobrevida de 5 anos é entre 30% e 70%.
• Longa história de cefaléia e convulsão.
• TC:
- Tumor hipodenso cortical/subcortical, frontal ou temporal.
- Calcificações são frequentes.
- Pode haver hemorragia.
- Pode expandir, remodelar ou erodir a calota craniana adjacente.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- Tumor hipointenso em T1 e hiperintenso em T2.
- Limites mal definidos.
- Podem apresentar calcificações.
- Realce é comum ao contraste.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 EPENDIMOMAS
• 3% A 9% das neoplasias neuroepiteliais.
• 6% a 12 % de todos os tumores intracranianos pediátricos.
• Mais de 30% em abaixo de 3 anos.
• Grau II.
• Ependimomas intraventriculares ocorrem principalmente em adultos jovens.
• Ependimomas extraventriculares são mais comuns em crianças.
• Convulsão e cefaleia.
• TC:
- Processo expansivo isodenso ao córtex parcialmente calcificado, com relace ao
contraste.
 RNM:
- Edema depende do volume tumoral.
- Heterogêneo em T1 e T2.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 CARCINOMA DO PLEXO CORÓIDE
 20% dos tumores do plexo coróide.
 Grau III.
 Papiloma do plexo coróide é muitas vezes indistinguível (variante).
 Invade estruturas vizinhas e disseminam pelo líquor.
 Principalmente 2 a 4 anos.
 Mais nos ventrículos laterais.
 Sintomas secundários a hidrocefalia.
 TC:
- Lesão intraventricular relacionada com os plexos coróides, com aspecto de couve-
flor.
- Associado a hidrocefalia e edema.
- Lesão heterogênea.
- Iso ou hiperdenso em relação ao córtex e realça ao contraste.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 RNM:
- Iso ou hipointenso em T1 e hiperintenso em T2.
- Realce ao contraste.
TUMORES SUPRATENTORIAIS
 TUMORES METASTÁTICOS
• 50% de todos os tumores cerebrais.
• Únicas ou múltiplas.
• Pulmão, mama, melanoma, tireóide, rim e gastrointestinais.
• Convulsões, sinais focais neurológicos, hip. Intracraniana.
• TC:
- 80% hemisférios cerebrais, 15% cerebelo, 3% núcleos da base.
- Isodensas ou hipodensas.
- Quase sempre circundadas por área hipodensa perilesional (edema vasogênico).
- Apresenta impregnação pelo contraste de formato anelar ou nodular.
 RNM:
- Isointensas ou hipointensas em T1 e hiperintensas em T2.
- Apresenta impregnação pelo contraste de formato anelar ou nodular.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 ASTROCIMA PILOCÍTICO
• Tumor mais comum em crianças.
• 85%dos tumores cerebelares na infância.
• Bom prognóstico, com sobrevida em 10 anos de 94%.
• Duas primeiras décadas de vida.
• H=M.
• Grau I.
• TC:
- Lesões bem delimitadas.
- Hipoatenuantes, oval ou arredondada, com componente cístico e ocasionalmente
calcificações.
- Maioria próxima ao sistema ventricular.
- Tem realce ao contraste.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 RNM:
- Baixo sinal em T1.
- Alto sinal em T2.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 MEDULOBLASTOMA
• 30% a 40% dos tumores malignos infratentoriais em crianças.
• Maioria tem diagnóstico nas 2 primeiras décadas de vida.
• Masculino.
• Predomina na linha média.
• Cefaleia, ataxia, espasticidade, paralisia do sexto nervo.
• Grau IV.
• TC:
- Lesão expansiva vermiana, espontaneamente hiperatenuante, e por vezes, circundada
por edema vasogênico.
- Hidrocefalia é frequente.
- Realce ao contraste.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 RNM:
- Iso/hiposinal em T1.
- Sinal heterogêneo em T2.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 EPENDIMOMA
• Crianças entre 1 e 15 anos.
• Sendo 50% dos casos diagnosticados nos primeiros 3 anos.
• Meninos.
• Vários graus.
• Predomina no sistema ventricular, com maior prevalência na região do assoalho do 4º
ventrículo. Cone medular é outra área afetada.
• TC:
- Lesões heterogêneas, sólidas, com pequenas áreas císticas e de hemorragia de
permeio.
- Calcificações.
- Hidrocefalia.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 RNM:
- Hipossinal em T1.
- Hiperssinal em T2.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 HEMANGIOBLASTOMA
 Tumor vascular circunscrito e benigno.
 Grau I.
 Tumor encefálico mais comum em adultos.
 Entre 30 e 50 anos.
 Sintomas dependem da localização.
 TC:
- Lesão sólido-cística sem calcificação.
- Realce homogêneo ao contraste.
• RNM:
- Hipossinal em T1.
- Hiperssinal em T2.
TUMORES INFRATENTORIAIS
 TUMOR RABDOIDE TERATOIDE ATÍPICO (TRTA)
 Principal neoplasia que acomete crianças nos primeiros 6 meses.
 Pode ser diagnosticado em exames de usg pré-natais.
 Anormalidades envolvendo o cromossomo 22.
 TC/RNM:
- Lesão expansiva infiltrante, heterogêneas, sólido-císticas.
- Realce heterogêneo ao contraste.
- Calcificações em até 50%.
TUMORESDE MENINGES
 MENINGIOMA
 Tumores intracranianos primários não gliais mais comuns.
 15% a 20% dos tu intracranianos.
 Feminino.
 Raros na infância (malignos).
 Neurofibromatose tipo 2.
 Geralmente únicas.
 Ampla base de inserção dural.
 Realce ao contraste.
 Deslocam o córtex adjacente.
 Vários graus.
 90% supratentoriais.
 TC:
- Lesão extra-axial discretamente hiperatenuante, com realce intenso e homogêneo ao contraste.
- Edema adjacente.
- Calcificações em 25%.
• RNM:
- Isointenso em T1 e T2.
MORES DE REGIÃO PINEAL
 PINEOBLASTOMA
 Grau IV.
 40% dos tumores da pineal.
 Crianças 3 anos.
 Meninos.
 Sobrevida em 5 anos de 58%.
 Cefaleia, náuseas, vômitos e letargia.
 Hidrocefalia.
 Exame de imagem deixam a desejar.
 Tc:
- Hiperatenuantes, com realce intenso e heterogêneo ao contraste.
 RNM:
- Hipointenso em T1 e T2.

Você também pode gostar