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Esse documento foi construido apenas para aju-


dar os alunos que estão com dificuldade ou que-
rem apenas aprimorar seu conhecimento em
anatomia e sem fins lucrativos.

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esse documento sem autorização.

Fonte: https://www.al-
fonsooctavo.com/fisica-
-ii-grado-quimica-lunes-
-160215-las-20-30-h/

Feito por Luís Fernando Rocha Nogueira


Aluno do 1º período de Medicina veterinária

-As referências se encontram proximas a cada imagem e no final do documento


Anatomia
Estesiologia: estuda os orgãos dos sentidos ( visão, audi-
1- Conceito:
ção,tato,olfato e paladar)
A palavra vem do grego e significa, “Ana” = em partes e Angiologia: descreve o aparelho circulatório com um todo
“Tomein” = cortar. Assim, é o ramo da biologia que estuda Tegumento comum: estuda o resvestimento do corpo, a
a forma, a estrutura do corpo e das suas partes, pele e os anexos cutâneios.
na veterinária principalmente aqueles que possuem valor
econômico , científico ou afetivo ao homem.
3- Divisão anatômica:
2- Subdivisões da anatomia:
Crânio
Anatomia macroscópica: estuda, a olho nu, as partes do
1- Cabeça
corpo animal. Face
Anatomia microscópica(histologia): estuda os com-
ponentes que formam diversos tecidos do animal, como o
2-Pescoço
auxílio de aparelhos como microscópio.
Embriologia: estuda as transformações que o organismo Tórax
aninal sobre em seu desenvolvimento da fecundação até seu
3-Tronco Abdomen
nascimento.
Pelve
Ontogenia: estuda a parte morfologica do desenvolvimen-
to, passando pela embriogênise,crescimento até a morte.
4-Cauda
Filogenia: estuda a história ancestral das espécies e as
diversas modificações devido a evolução.
Torácicos
Anatomia comparada: estuda comparando as diversas
5-Membros
estruturas orgânicas das diverentes espécies e estabelecen- Pelvicos
do critérios de avaliação, inclue também o estudo de espé-
cies extintas.
Anatomia especial: ela vai descrever as estruturas de uma 4- Planos de delimitação:
única espécie ou tipo, por exemplo, a antropotomia(homem)
e hipotomia(equinos).
Anatomia veterinária: estuda a forma e estrutura das
principais espécies de animais domésticos.
Anatomia sistemática: como o nome sugere, estuda o
sistema de orgãos do corpo que são semelhantes em origem
e estutura, assiados na realização de determinadas funções.
Anatomia topográfica ou regional: estuda a posição
relativa dos vários orgãos, sistemas ou aparelhos.
Anatomia aplicada: estuda os fatos indispensáveis ao
exercício da profissão, clínica,radiologia, entre outros.
Osteologia: descrever e estudar o esqueleto(ossos e carti-
lagem). Os planos de delimitação do corpo dos animais são: D-
Artrologia(sindesmologia): estuda como as partes plano dorsal , V- plano ventral, Cr- plano cranial, Ca- plano
rigidas do corpo se unem e formam o esqueleto. caudal e L- planos laterais(direiro e esquerdo).
Miologia: estuda os musculos e estruturas acessórias Obs: esses planos foram criados para estudo dos animais,
Esplancnologia: estuda as viceras, incluindo os aparelhos com o intuito de uma maior noção espacial ao se analizar
digestório, respiratório e urogenital um osso por exemplo, separado do resto do corpo.
Neuroanatomia: descreve o sistema nervoso
4.1- Planos horisontais: 4.3- Planos Verticais

Os dois planos horizontais, um tangente ao dorso, o dorsal,


e um tangente ao ventre, o ventral.
Ele divide o o corpo do animal em paquímeros dorsal e Os dois planos verticais são: o cranial, tangente a cabeça, e
paquímero ventral. o caudal,tangente a cauda.
4.2- Planos sagitais: Todos os planos que seccionam o corpo do animal parale-
lamente a estes, são chamados de transversais.
Ele divide o corpo do animal em metâmero cranial e
metâmero caudal.

5- Eicos de construção:

1-Eixo dorso-ventral 2-Eixo látero-lateral

Os dois planos laterais direito e esquerdo, são aqueles que


tangenciam o corpo do animal.
Ele divide o o corpo do animal em antímero direito e
antímero esquerdo.
Obs: Todo plano que corta o animal paralelo a esses dois
planos é chamado de sagital, mas aquele que corta em duas 3-Eixo crânio-caudal
metades semelhantes é chamado de plano sagital
mediano.
6- Anotações:

. F
L
Osteologia
1- Esqueleto: 4- Função dos ossos:
É um termo dado a armação de estruturas duras que -Funcionam como armação do corpo, como alavanca e
suportam e protegem os tecidos moles dos ani- inserção para os músculos, proporcionam proteção
mais, em animais “mais evoluídos” ele é comumente restrito para algumas víceras.
a ossos e cartilagem, mas os ligamentos também -Contêm a medula óssea vermelha que está rela-
podem ser incluidos. cionada a formação de células sanguíneas e a medula
Obs: em zoologia ele pode ser compreendido como todo óssea amarela.
suporte mais duro e estruturas de proteção. -É considerado um órgão hematopoiético, pois ele é
fonte de eritrócitos, hemoglobina,granulócitos e plaquetas.
2- Divisão do esqueleto: -Serve como reserva de minerais como cálcio e
Esqueleto axial: compreende a coluna fósforo.
vertebral,costelas, esterno e crânio 5- Divisão dos ossos:
Esqueleto apendicular: inclui os ossos Ossos longos:
dos membros. -São típicamente de forma cilíndrica alongada e de
extremidade alargada como o úmero.
-A parte cilíndrica é chamada de diáfise ou corpo, é
tubular e limita a cavidade medular que contem a medula
óssea, e as extremidades são chamadas de epífises.
-Eles atuam como suporte e alavancas.
Representação
Ossos planos:
esquemática
-São ossos expandidos em duas direções, eles propor-
cionam superficie para inserção de músculos e prote-
gem os orgãos que cobrem, como a escápula.
Esqueleto esplâncnico ou viceral: consiste em certos ossos -Esses ossos são compostos de 2 lâminas de osso compacto
desenvolvidos na substância de algumas das víceras como o osso com osso esponjoso e medula óssea interpostos.
do pênis do cão e osso do coração do boi.
Ossos curtos:
3- Aspecto geral dos ossos: -São aqueles que apresentão dimensão similar de compri-
-Ele é uma substância viva que apresenta vasos sanguí- mento, largura e espessura, como os do carpo e tarso.
neos, nervos e vasos linfáticos. -Sua principal função é de difusão da concussão( abalo,cho-
-Cresce, está sujeito a doença e pode recuperar-se quando que ou pancada).
fraturado.
-Pode se tornar mais delgado e fraco pelo desuso e sofrer Ossos sesamóides:
hipertrofia para suportar mais peso. -São aqueles desenvolvidos nas cápsulas de algu-
-Possui uma parte orgânica de tecido fibroso e células mas articulações ou em tendões, como a patela.
que lhe confere flexibilidade e elasticidade e uma parte -Sua função é diminuir a fricção, mudar a direção
inorgânica composta de sais inorgânicos que endurece o de tendões ou aumentar a força de alavanca para
tecido. músculos e tendões.(são classificados como curtos).
Obs: o osso seco consiste de matéria orgânica e inorgânica Ossos irregulares:
na proporção de aproximadamente 1:2. Caso a parte orgâ- -São ossos de formato irregular, como as vértebras, costelas,
nica seja retirada o osso fica muito frágio e reduz seu peso os ossos da base do crânio, ou seja, aqueles que não se
em 1/3, já se retirarmos a parte inôrganica o osso torna-se incluem nos outros já citados.
mole e flexível.
6- Estrutura dos ossos: Canais de
-O osso consite de uma camada externa de substância Havens
compacta e densa, na qual está uma substância espon-
josa mas frouxamente arranjada. Periósteo
-A substância compacta difere de espessura em várias
situações, nos ossos longos ela é mais espessa na parte
média da diáfise e torna-se mais fina nas extremidade, ela é
formada de substância intersticial calcificada, a ma- Canais de Volkmann
triz óssea, que é depositade em camadas, as lamelas. Fonte: https://www.wisegeek.com/what-is-the-osteon.htm- modificado

-A substância esponjosa consiste de delicadas lâminas 7- Osteogênese:


ósseas e espículas que correm em várias direções e se cruzão, -Osteoprogenitoras:
ela forma a massa dos ossos curtos e a extremidade -Essas células se originam das células tronco
dos ossos longos, podendo se estender a uma distância mesenquimais e produzem os osteoblastos.
variável ao longo da diáfise nos ossos longos.
-Osteoblastos:
-Em ossos longos a diáfise é escavada formando a cavidade -São células que tem a propiedade de depositar uma matriz
medular, onde fica a medula óssea vermelha e geralmente que calcifica-se sem morrer no processo, no entan-
com o avanso da idade aparece a medula óssea amarela. to elas acabam encarceradas e carregadas para o
interior formando os osteócitos
-Nos ossos em crecimento a diáfise e a epifise são sepa-
-Osteócitos:
radas por um disco cartilaginoso,a metáfise, que permite o -Essas células se originam dos osteoblatos , elas sin-
seu crescimento. se tetizam e desentegram a matriz mantendo
ifi
Ep a homeostasia de cálcio, são considerados como
se
i á fi uma célula ostegênica madura.
D -Osteoclasto:
a -Essas células derivadas de monócitos, são
t â nci
bs sa responsáveis pela reabsorção óssea para
Su onjo
esp o remodelamento, “digerindo osso”, elas são
de
v ida lar muito importantes no processo de rege-
Ca du
me neração óssea e para o processo de ossificação.
ifise ste
o
https://br.freepik.com/vetores/pes-
ó
Ep Peri
https://br.freepik.com/veto- soas”>Pessoas vetor criado por brgfx
cia -Ossos membranosos:
s t ân a res/pessoas”>Pessoas vetor
b t
Su pac criado por brgfx- Adaptado -São aqueles que são desenvolvidos em tecido fibro-
co m
so, assim designamos como ossificação intermenbra-
-A deposição de sais de cálcio na substância intersticial nosa.
reduz a permeabilidade do osso, por isso é necessário a -Um exemplo de ossos membranos, são os ossos da abóba-
presença de canais vasculares. da(parte superior) e dos lados do crânio.
-As lamelas do osso compacto é arranjada em torno de dos -Ossos cartilaginosos:
canais vasculares longitudinais, chamado de siste- -São aqueles formados a partir de cartilagem pree-
ma de Havers ou osteônio, os canais longitudinais xistente, assim designamos como ossificação cartilagi-
no centro do sistema de Havers são chamdos de canais nosa ou endocondral.
haversianos ou canais nutrícios. -São a maior parte dos ossos do corpo.
- Os canais heversianos se comunicam com a superfície e a 8- Sugestão de vídeos:
cavidade medular via canais de Volkmann. Sobre planos, eixos e termos Planos e eixos
anatômicos-Uma aula completa -resumo
-O periósteo é a membrana que reveste a superficie
externa do osso exceto onde ele é coberto por cartilagem Introdução a anatomia- Osteologia
e possui potência osteogênica. -resumida -resumo
Membro Torácico
-Composição: 1.3-Escápula:
-Os ossos que compõe o membro torácico são: -A escápula é um osso plano de formato triângular,
-A cintura ou cíngulo escapular localizada crontra a parte cranial da parede torácica lateral
( escápula,clavícula e o em direção cranioventral.
coracóide) -Ela é ligada ao tronco por músculos sem formar uma arti-
-Úmero culação verdadeira e conecta os outros ossos do membro
-Rádio e Ulna torácico ao tronco do animal.
-Ossos do carpo,metacarpo e Representação
Vista Lateral
falanges. esquemática

König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6


- Texto e Atlas Colorido de Horst Erich
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos
1-Cíngulo escapular:
1.1-Coracóide:
-Nos animais domésticos o coracoide reduz-se a um
processo cilíndrico, o processo coracoide, fusionando
ao lado medial da escápula.

Estruturas importantes:
-A face lateral é dividida em duas fossas pela espi-
nha da escápula que se estende da borda dorsal até o
Fonte: http://depto.icb.ufmg.br/dmor/mof007/estudo/ colo do ossos onde desaparece.
imagens/Osteologia/osteologia.htm
-A fossa supraespinal, é lisa e a menor das duas, está
1.2-Clavícula: situada cranialmente a espinha e é ocupada pelo músculo
Nos animais domésticos ele está ausente ou reduz-se a supraespinhoso, já a fossa infraespinhal caudalmente é
um pequeno rudimento embutido no músculo braquio- larga e lisa em sua parte dorsal, mais estreita ventralmente
cefálico. onde está marcada por várias linhas rugosas para inserção
-No gato ele assume a forma de um osso plano e ligeiramen- muscular e é ocupada pelo músculo infraespinhoso.
te curvado de 2 a 5 cm de comprimento e no cão apenas 1cm
-Um pouco dorsal a espinha da escápula, vamos encontrar
de comprimento e em ambos sem conexão com o esqueleto.
a tuberosidade da espinha da escápula, na qual o
muscúlo do trapézio se insere.
-O ângulo ventral ou glenóide , está situado na junção
da borda cranial com a caudal, ele suporta a cavidade
glenóide que articula como a cabeça do úmero.
FOGLE, B. Manual completo: Gato - cuidados, Clavícula -O tubérculo supraglenoidal é um grade proeminência
saúde e relacionamento. Porto: Dorling rugosa cranialmente, na qual se insere o tendão de origem
Kindersley, 2003- adaptado do músculo bíceps braquial. Do seu lado medial projeta-se
o pequeno processo coracóide, do qual se origina o
músculo coracobraquial.
Fonte: SISSON, S.; GROSSMAN, J. D. Anatomia dos animais do- Vista Lateral
mésticos. 5ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 1v.
Face costal

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

-Em todas as espécies, á exceção dos equinos e suínos, a


escápula termina em um processo saliente, chamado de
acrômio, lateralmente achatado, ele vai se prolongar
formando o processo hamato em carnívoros e o
processo supra-hamato nos gatos
-A escápula do bovino é mais regularmente triângular que
a do equino.
-Nos bovinos e equinos a fossa infraespinhosa é maior
que a fossa supraespinhosa, já nos carnívoros e no suí-
nos elas possuem praticamente o mesmo tamanho.
-A face costal é escavada pela fossa subescapular que
ocupa quase a totalidade da parte ventral que acomoda o -A tuberosidade da espinha é evidênte em bovinos,
músculo subescapular, que se estreita dorsalmente e separa equinos e suínos, sendo que nos suínos ele é mais
duas áreas triângulares rugosas,a face serrátil, na desenvolvida.
qual se insere o músculo serrato ventral. -A cartilagem da escápula é mais espessa em bovinos,
suínos e equinos, e mais fina nos carnívoros.
1.3.1-:Diferença entre as espécies:
Vista Lateral 2-Úmero:

Vista Lateral

Vista Lateral
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas
Suíno Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6
-O úmero é um osso longo com função principal de movi-
mento do membro torácico. 2.1-:Diferença entre as espécies:
Ele é dividido basicamente em: Epífise proximal,Corpo Vista Lateral
do úmero ou Diáfise e Epífise distal.
-Sua Epífise proximal se articula com a escápula e a distal
com o rádio e a ulna.

Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6


Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas
Estruturas importântes :
-O corpo ou diáfise é irregularmente cílindrico, como se
tivesse sofrido uma torção, sua face lateral é lisa e encurva-
da espiralmente formando o sulco musculoespiral ou
radial, que contém o músculo braquial.
-A cabeça do úmero separa-se o corpo por um colo bem
definido. Vista Lateral

-Na cabeça do úmero temos o tubérculo maior situado


craniolateral, que compõe de uma parte cranial e outra
caudal e o tubérculo menor no situado craniomedial e o
tubérculo médio.
Eles são separados pelo sulco bicipital ou intertuber-
cular, por onde corre o tendão de origem do músculo bíceps
braquial.
Os tubérculos maior e menor propiciam inserção para os
músculos da escápula, que fortalecem e sustentam a articula-
ção do ombro.
Vista Lateral
-A tuberosidade deltoide localiza-se na face lateral do
corpo do úmero, proximal à sua metade,e se prolonga distal-
mente como a crista do úmero.
Ela forma a inserção para o músculo deltóideo. Uma linha ru-
gosa, que propicia a fixação para o músculo tríceps braquial.
-Na extremidade distal está o côndilo do úmero,que se
articula com os ossos do antebraço(rádio e ulna),formando a
articulação do cotovelo.
-Acima do côndilo está a crista supra-condilar e nos seus
dois lados estão protuberâncias espessas, os epicôndilos. Bovino Equino

-Nos dois lados do côndilo há protuberâncias espessas, -A cabeça do úmero separa-se do corpo do úmero por um
os epicôndilos, que originam a musculatura da parte distal colo bem-definido, o qual é mais pronunciado no cão e no
do membro torácico. O epicôndilo lateral de tamanho gato.
menor, se projeta caudolateralmente, e o epicôndilo -Nos animais de grande porte o úmero é mais curto e
medial, mais proeminente,se projeta caudomedial- robusto, principalmente nos equinos e bovinos, o princi-
mente. pal motivo é devido ao peso desses animais.
-A presença da tuberosidade redonda maior localizada -O sulco bicipital é dividido por uma protuberância plana em
na face medial do corpo do úmero. ruminantes e uma crista proeminente tubérculo intermédio
Os epicôndilos são separados por um sulco profundo, a no equino.
fossa do olécrano, que entra em contato com uma parte
-Exceto no gato o tubérculo maior não compõe-se de uma
do olécrano.
parte cranial e outra caudal.
-Já a fossa radial situa-se na facecranial do côndilo.
-A extremidade proximal contém a cabeça do rádio,
- No cão e no gato, o côndilo divide-se em uma
a qual é ampliada transversalmente para apresentar a
parte medial mais longa, que se articula com a ulna.
fóvea articular do rádio.
-Na fossa radial que situa-se na face cranial do côndilo, no A fóvea articular do rádio e a incisura troclear
cão, a fossa do olécrano e a fossa radial se comunicam atra- da ulna se articulam com o côndilo do úmero.
vés do forame supratroclear e no gato, a face medial -Duas eminências se projetam no sentido lateral e me-
da extremidade distal do úmero é perfurado pelo forame dial à fóvea articular da cabeça do rádio para propiciar
supracondilar. fixação aos ligamentos da articulação.
-Nos carnívoros a tuberosidade redonda maior é substituída -Na face dorsomedial da cabeça do rádio está a tu-
pela crista do tubérculo menor. berosidade do rádio, à qual se insere o tendão do
músculo bíceps braquial.
-Apenas os equinos apresentam 3 tubérculos, eles possuem -A face caudal do rádio proximal apresenta a incisura
o tubérculo médio a mais do que os outros animais. troclear para a articulação com a ulna a fim de facilitar
a supinação em carnívoros. (Essa incisura troclear não
3-Rádio e Ulna: tem função no equino e no bovino).
-Juntos eles o esqueleto do antebraço, na maioria -A face cranial da parte distal do corpo radial
dos animais domésticos, a capacidade de realizar movi- apresenta sulcos para a passagem dos tendões
mentos de supinação (palma da mão voltada para frente) e extensores.
pronação(palma da mão voltada para trás) foi reduzida ou -A extremidade distal forma uma tróclea e apresenta a
perdida quase que totalmente. face articular em direção ao carpo.
Vista craniolateral -O rádio se prolonga na face medial para formar o pro-
cesso estiloide do rádio para a inserção de ligamentos;
no cão e no suíno há uma incisura ulnar na
face lateral.
3.2 Ulna:
-O olécrano e sua tuberosidade,prolongam a ulna
para além da extremidade distal do úmero, formando
um ponto bastante proeminente do cotovelo e propicia a
inserção para o forte músculo tríceps braquial.
-Na base do olécrano está a incisura troclear, a qual
apoia a articulação com o úmero.
-Sobre a incisura troclear no sentido cranial está o proces-
so ancôneo na forma de bico, que se encaixa na fossa
do olécrano do úmero.
-De cada lado do processo ancôneo se projetam os pro-
Equinos cessos coronoides lateral e medial, divididos pela
incisura radial, a qual se articula com a incisura troclear do
rádio.
-Nos equinos existe apenas um pequeno espaço interós-
seo entre a ulna e o rádio na parte proximal.
-A extremidade distal continua como o proeminente pro-
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas cesso estiloide lateral, o qual se articula com a fileira
Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6
proximal dos ossos carpais.
3.1 Rádio: -Em carnívoros e no suíno, ela concentra a incisura
-O rádio é um osso cilíndrico relativamente mais forte em troclear para a articulação com o rádio. No equino, a
ungulados(no caso. equinos, bovinos e suínos) do que em extremidade distal está fusionada ao rádio para formar o
carnívoros. processo estiloide lateral.
-Nos equinos, o rádio e a ulna estão completamente
3.3 Diferença entre as espécies: fusionados e possuem apenas um espaço interósseo, o
Vista craniolateral proximal, e ao contrário dos bovinos não é possível ver a
separação dos desses ossos, o que o impede de realizar
quase que completamente os movimentos de supinação e
pronação.
-Nos suínos os ossos não são fusionados, mas o seu
movimento é impedido pelo tecido mole firme que conecta
o espaço interósseo.
-Nos carnívoros eles não são fusionados o que permite
um maior movimento de supinação e pronação, sendo cerca
de 45º, sendo mais fácil em gatos.

4- Carpos metacárpos e falanges:


-Nos animais, os carpos são dividisos em duas fileiras, a
proximal que articula com o radio e a ulna e a distal que
articula com o metacarpo.
Vista craniolateral
4.1- Carnívoros:
Figura 1

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

-Em ungulados(no caso suínos,equinos e bovinos) ape-


nas o rádio se articula com o úmero, enquanto em carnívo-
ros o rádio é complementado medialmente pela ulna.
-O rádio é mais forte em suínos, equinos e bovino, do -Eles possuem 7 ossos carpais onde o osso, os ossos esca-
que nos carnívoros. foide(representado por “r”) e o semilunar(representado por
-No cão e no suíno há uma incisura ulnar na face lateral “i”) estão fusionados, de forma que a quantidade total de
do rádio. ossos carpais se reduz para sete, embora um ou dois ossos
-A incisura troclear nos carnívoros facilita a supinação, mas sesamoides possam estar presentes.
não possui função nos equinos e bovinos. -Eles apresentam, nos ossos do metacarpo, o III e o IV
-Nos suínos e carnívoros a ulna concentra a incisura troclear são os mais longos e robustos, o II e o V mais curto e o I é o
para articular com o rádio. mais reduzido mandido com um um resquício digital.
-Um diferência visível é se ele estão fundidos ou não:
No bovino, o radio é fusionado a ulna com 2 espaços in- -Nos flanges, eles apresentam cinco dígitos, sendo que o
terósseos, um na parte proximal e outro na parte distal, mas do 3º e o 4º dedo são os mais longos e o primeiro dedo é o
é possível ver a divisão entre eles, apesar da fusão, o que o mais curto.
impede de realizar quase que completamente os movimen- Cada dígito contém três falanges, exceto o primeiro, que
tos de supinação e pronação. apresenta apenas duas, a falange proximal e a falange distal.
4.2- Equinos: Figura 2 4.3- Ruminantes: Figura 4

-Eles possuem sete ou oito ossos carpais, dependendo -Eles apresentam seis ossos carpais, sendo que o osso
da presença ou ausência do osso trapézio carpal. O primeiro trapézio(1º) está ausente e o segundo e o terceiro ossos
e o segundo carpiano localizado na fleira distal se fusinam. carpais estão fusionados.
-Eles apresentam, nos ossos do metacarpo, o III me- -Eles apresentam, nos ossos do metacarpo, o III e IV
tacarpo totalmente desenvolvido, é o único que sustenta o unidos para formar um osso maior, o V é muito reduzido e
peso do animal, já II e o IV são reduzidos o I e II estão ausentes.
-Nos falanges, o equino apresenta um único dígito, o - Nos falanges, o bovino apresenta dois dígitos o 3º e o 4º
terceiro dedo. Ele compõe-se de três falanges e dois (separados).
ossos sesamoides. 4.4- Suínos: Figura 5
Os sesamoides proximais apresentam um formato de pirâmi-
de e o sesamoide distal se assemelha a um navio, sendo o
osso navicular.

-Eles apresentam, a quantidade original de oito ossos


carpais,assim como nós humanos.
-Eles apresentam, nos ossos do metacarpo, o III e IV
Figura 3 bem desenvolvidos, o II e o V é reduzido e o I está ausente.
Fonte da figura 1,2,3,4 e 5:: https://www.passeidireto. - Nos falanges, o bovino apresenta quatro dígitos com
com/arquivo/78583774/osteologia-dos-membros-toraci- ausencia ampenas do 1º.
cos?utm_campaign=ios-arquivo&utm_medium=mobile
4.5- Comparação entre as espécies:

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

7- Anotações:
.F

8- Sugestão de vídeos:
L

Vídeo sobre escápula e úmero

Vídeo sobre o antebraço


Resumo sobre membro torácico
(rádio e ulna)
Membro Pélvico
-Composição: Estruturas importântes :
-Os ossos que compõe o membro pélvico são: -O corpo do ílio, junto com os outros ossos do osso coxal,
-Cíngulo do membro pélvico contribuí para para a formação do acetáculo, uma cavida-
( Ílio,ísquio e púbis) de mais ou menos circular que recebe a cabeça do fêmur.
-Fêmur -As asas, se orientam verticalmente no equino, várias
-Fíbula e Tíbia proeminências acentuadas,cristas e incisuras são essa
-Ossos do tarso, metatarso e aparência inconfundivel a ela.
falanges. -A tuberosidade coxal está situada em uma das pontas
Representação
esquemática da asa do ílio forma um ponto vísivel em equinos e bovino
e palpável no cão.
1-Cíngulo do membro pélvico: -A tuberosidaded sacral está situada em uma das
-Ele consite de dois ossos coxais,cada um composto pelo pontas da asa do ilío.
ílio,ísquio e púbis, que se encontram ventrelmente na -A crista ilíaca conecta a tuberosidade coxal e a tuberosi-
sínfise pélvica e se articulam com o sacro, em conjunto dade sacral,nos equinos ela é fina e côncava.
com as primeiras vértebras caudais esse conjunto forma a -A face lateral ou glútea é cruzada por uma linha
pelve óssea. glútea nos equinos , originando os músculos glúteos.
Vista dorsal -A margem dorsomedial da asa ilíaca é acentuadamente
côncava para formar a incisura isquiática maior na
intersecção com o corpo ilíaco sobre a qual corre o nervo
isquiático.
-A margem ventral do corpo do ílio é marcada pela linha
arqueada, na qual se encontra o tubérculo psoas para
a fixação do músculo psoas menor.
1.2-Púlbis:
-O púbis apresenta um formato de “L” e compõe do corpo,
Equino do ramo acetabular ou ramo cranial do púbis e do
Vista ventral
ramo caudal do púbis.

Estruturas importântes:
-Sínfise púbica, é onde o púbis de cada lado se fusio-
nam.
-No púbis se encontra mais da metade da margem do fo-
rame obturado, que é uma ampla abertura do assoalho
Equino pélvico por onde atravessa o nervo obturatório.
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas -A borda cranial do ramo acetabular é denominada de
Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6 pécten do púbis e forma a eminência iliopúbica
para fixação de músculos abdominais.
1.1-Ílio:
-O ílio forma a parte dorsocranial do osso coxal e se prolonga
em sentido oblíquo desde o acetábulo até o sacro.
-Ele é constituído por uma parte cranial que se estende
por uma grande superfície, a asa, e uma caudal, mostrando
uma coluna arredondada, o corpo.
Vista dorsal

en5/27754030-4-por-BR/EN.jpg
vet-anatomy/dog-osteology-illustrations/
bin_site/storage/images/media/images/
Fonte: https://www.imaios.com/i/var/ezwe-
1.3-Ísquio:
-Pode ser dividido em corpo,lâmina caudal ou tábua do
ísquio e o ramo medial.

Estruturas importântes:

-A tábua se divide em dois ramos, um sinfisiário e outro


acetabular, os quais formam a circunfêrencia caudal do
forame obturado(completando a parte do púbis como já
vimos).
-Os ramos mediais dos ísquios formam a parte caudal da
Canino
sífise pélvica.
- Já o corpo do ísquio forma parte do acetábulo, en-
quanto a margem dorsal prossegue com a margem dorsal do
ílio para formarem a espinha isquiática, a qual se afunila
em direção a incisura isquiática menor, a margem den-
teada entre a tuberosidade isquiática e a borda caudal
do acetábulo.
-As margens caudais das tábuas isquiáticas se encontram no
arco isquiático.
Fonte: SISSON, S.; GROSSMAN, J. D. Anatomia dos animais
1.4-Diferença entre as espécies: domésticos. 5ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 2v.

Vista dorsal

Equino
Vista ventral
Bovino
Fonte: http://depto.icb.ufmg.br/dmor/mof007/estudo/imagens/
Osteologia/34.jpg

-Ílio:
-A orientação das asas do ílio varia conforme a espécie:
Nos equinos e bovinos ela se orienta verticalmente
Equino Nos pequenos ruimnantes ela se orienta dorsolateral-
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas mente
Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6
Nos suínos e nos carnívoros elas são quase sagitais.
- Em carnivoros a tuberosidade coxal apresenta duas
proiminências, as espinhas ilíacas ventrais cranial e caudal.
-Em carnivoros e no bovino a tuberosidade sacral apre-
senta duas eminências, as espinhas ilíacas dorsais cranial e
caudal.
- A crista ilíaca é convexa e espessa em carnívoros e no -A cabeça do fêmur se separa do corpo do fêmur por um
suíno, mas é fina e côncava nos animais de grande colo.
porte. -Lateralmente à cabeça se projeta um processo grande,
-Nos carnívoros a face lateral é cruzada por 3 linhas glúteas o trocanter maior, que se prolonga para além do limite
e por apenas 1 nos outros maníferos domésticos dorsal da cabeça do fêmur, nos equinos.
-Nos carnívoros está presente um quarto osso no centro do Ele propicia fixação para os músculos glúteos, atuando
acetábulo, chamado de osso do acetábulo. como uma alavanca para esses extensores da articulação
coxofemoral
-Púbis:
-O trocanter maior e o colo do fêmur são separados pela
-No equino, a face vetral da eminência iliopúbica é cruzada
fossa trocantérica, na qual se inserem os músculos
pelo sulco púbico, que conduz ao acetábulo.
femorais profundos.
-No garanhão também há um tubérculo púbico dorsal. Ela se divide em uma parte cranial e outra caudal, apenas
-Isquio: nos equinos.
-Nos equinos o arco esquiático é raso e irregular, já nos -Um processo menor, o trocanter menor,está presente
outros animais é amplo e profundo. na face medial e propicia fixação para o músculo iliopsoas.
2-Fêmur: -O terceiro trocanter, posiciona-se na face lateral do terço
-Ele é o mais forte dos ossos longo, sendo essencial proximal do corpo e propicia inserção para o músculo
para postura e locomoção. glúteo superficial.(existe apenas no equino).
-Assim como o úmero pode ser dividido em epífise proximal, -A face caudal da diáfise é marcada por uma área rugosa
distal e corpo ou diáfise. proximalmente, a qual é circundada pelos lábios laterais
-Pode-se encontrar até quatro ossos sesamoides nos te- e mediais, aos quais se fixam os músculos adutores.
cidos femurais moles, sendo que o maior deles é a patela
- No equino, a face caudodistal recebe a fossa supra-
ou rótula do joelho.
condilar, que aumenta a área de origem do músculo
Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas

flexor superficial dos dedos.


-Na extremidade distal, encontram-se os côndilos late-
ral e medial caudalmente e uma tróclea cranialmente.
Os côndilos se articulam com a extremidade proximal da
tíbia e os meniscos para formar a articulação femorotibial.
-Entre os côndilos lateral e medial, situa-se a fossa in-
tercondilar profunda, que se separa da face poplítea por
meio da linha intercondilar horizontal.
-O côndilo lateral exibe duas depressões uma cranial e
outra caudal para inserir músculos.
-A tróclea do fêmur consiste em duas cristas sepa-
radas por um sulco que se articulam com a patela.
Essas cristassão acentuadamente assimétricas em animais
de grande porte,sendo que a crista troclear medial é a
maior. No equino, há uma protuberância na crista medial-
Vista craniolateral que se projeta proximalmente.
Estruturas importântes:
- A extremidade proximal se curva medialmente e contém a
proeminente cabeça do fêmur, que apresenta uma face
articular hemisférica para a articulação com o acetábulo,
interrompida por uma incisura, a fóvea da cabeça.
2.1-Diferença entre as espécies: 3.1-Diferença entre as espécies:
Vista craniolateral

Vista craniolateral

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

-No equino e no bovino, a patela se prolonga medialmente


através da fibrocartilagem da patela, formando um processo
cartilaginoso.
4-Tíbia e Fíbula:
-A fíbula percorre a margem lateral da tíbiae não se
articula com o fêmur proximalmente, o que significa que
somente a tíbia sustenta o peso do animal, isso
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas
reflete no aumento de sua robustez.
Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6 -A fíbula é reduzida em alguns animais em compri-
mento e/ou em diâmetro em outros.
-Nos carnívoros e no suíno o colo ( fica na parte proximal do
fêmur e sapara o corpo da cabeça) é bem distinto.
Liebich, Edição: 6
e Atlas Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto
-O trocanter maior se prolonga além do limite dorsal da
cabeça do fêmur em animais de grande porte, mas permane-
ce na mesma altura da cabeça em animais de pequeno por e
no suíno.
-Nos equinos a fossa trocantérica se divide em uma parte
cranial e outra caudal.
-Apenas no equino, o terceiro trocanter e a fossa supra-
condilar está presente.
-A fóvea da cabeça nos equino ela tem um formato de
cunha e é aberta medialmente em direção à periferia,por
outro lado no cão ela é é circular e se localiza no centro.
Vista craniolateral

3-Patela: 4.1-Tíbia:
É um grande osso sesamoide situado no tendão de inserção do Ela se articula com o fêmur em sua porção proxi-
músculo quadríceps femoral. mal e com os ossos do tarso em sua porção distal.
-Sua face articular se volta caudalmente em direção ao fêmur, a
face livre se volta cranialmente e é palpável sob a pele.
Estruturas importântes:
-A extremidade proximal da tíbia apresenta faces articula- 4.3-Diferença entre as espécies:
res para os côndilos femorais correspondentes. Vista craniolateral
-A extremidade proximal possui três faces e concentra
dois côndilos,os quais são separados caudalmente pela
incisura poplítea, onde se encontra o músculo poplíteo.

-Cada côndilo apresenta uma face articular para a articulação


com o côndilo femoral correspondente ou a face fibrocartila-
ginosa do menisco e entre as faces articulares dos côndilos se
projeta a eminência intercondilar.
-A face lateral do côndilo exibe uma fóvea articular para a
articulação com a extremidade proximal da fíbula.
-Uma incisura profunda na face craniolateral, o sulco exten-
sor, dá passagem para o músculo extensor longo dos dedos.

-O corpo da tíbia é comprimido craniocaudalmente e


exibe duas estruturas ósseas proeminentes. Vista craniolateral
A tuberosidade da tíbia é um processo grande que se
projeta da face cranial da parte proximal do corpo da tíbia e
representa um ponto de referência importante já que distal-
mente da tuberosidade da tíbia projeta-se a margem cranial
da tíbia que é palpável no animal vivo.

-No equino, a face caudal do corpo é marcada por vários


sulcos para a fixação do músculo poplíteo e dos músculos
flexores do dedo

-Na extremidade distal, encontra-se a cóclea, que consiste


em uma crista intermediária margeada por dois sulcos.
-A crista central orienta-se em uma direção sagital na
maioria das espécies domésticas, mas no equino ela se
orienta craniolateralmente.
A cóclea recebe as cristas trocleares do tálus para
articulação.
O lado medial da cóclea é aumentado por uma protuberância
óssea, o maléolo medial.
A face lateral da cóclea exibe variações conforme
a espécie.
4.2-Fíbula:
-A fíbula situa-se lateralmente à tíbia e divide os músculos da
perna em um grupo cranial e outro caudal.
-A fíbula pode ser dividida em uma cabeça proximal,
um colo, um corpo e uma extremidade distal ou
meléolo lateral.
A cabeça da fíbula se articula com o côndilo lateral da tíbia.
-É possível ver nitidamente uma redução da fíbula duran-
te a evolução, mas o grau dela varia de espécia para outra.
Na fíbula:
-Nos bovinos ela é quase completamente reduzida
-Nos equinos a parte proximal ainda pe um osso
distinto, mas a parte distal está incorporada à tíbia e forma
o maléolo lateral, o qual possui um centro de ossificação
distinto, visível por meio de radiografia no equino jovem.
-Nos carnivoros a redução da fíbula é no diâmetro dela
e o espaço interósseo fica limitado apenas a parte proximal.
-Nos suínos a redução é menor que nos carnívoros e o
espaço interósseo se prolonga por todo o comprimento.
Obs: o espaço interósseo é conectado por tecido
mole.
5-Ossos do tarso, metatarso e falanges:

5.1-Ossos do tarso:
Vista craniolateral Nos animais, os ossos do tarso são composto de 7 ossos
e estão dispostos em três fileiras: a fileira proximal, a
fileira média e a fileira distal.
- A fileira proximal é aquela que vai se articular com a tíbia.
Liebich, Edição: 6
e Atlas Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto

-O talos:
É o osso medial da fileira proximal do tarso. Ele pode ser
dividido em um corpo compacto, uma tróclea com cristas
sagitais proeminentes dorsoproximalmente e uma cabeça
cilíndrica como base do osso.
A tróclea vai se articular com a tíbia.

-O calcâneo:
-O calcâneo se situa lateral e plantarmente em relação ao
tálus e fornece a base óssea da ponta do jarrete.
Ele apresenta faces articulares em direção ao tálus medial e
dorsalmente e em direção ao osso tarsal IV distalmente.
A tuberosidade calcânea projeta o calcâneo proxi-
malmente para além do tálus a fim de formar a ponta
proeminente do jarrete, a qual é um ponto de refe-
Vista craniolateral
rência importante em animais vivos. Ela funciona como
Na tíbia: uma alavanca para os músculos que realizam a extensão
A face lateral da cóclea: da articulação tibiotarsal. Um processo plano, o susten-
-Em carnívoros e no suíno, a cóclea apresenta uma táculo do tálus presente na face medial da parte distal do
incisura lateral para a articulação com a extremidade calcâneo.
distal da fíbula.
-No bovino, a face lateral da cóclea possui uma fóvea
articular para a articulação com o restante da fíbula
distal, o osso maleolar (os malleolare) isolado.
-No equino, o maléolo lateral é formado pela fusão da
extremidade distal da fíbula com a tíbia.
Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas Colorido de Horst
Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

5.2-Ossos do Metatarso e falanges: 7- Anotações:


-Os ossos do metatarso e as falanges apresentam grande
semelhança com seus correspondentes no membro torácico.
-Os ossos do metatarso tendem a ser mais longos e delgados
com um córtex mais resistente do que os ossos correspon-
dentes do metacarpo.
-O osso metatarsal III do membro pélvico do equino
apresenta uma secção transversal circular, enquanto o osso
metacarpal III do membro torácico é oval
-No bovino pode-se encontrar um osso sesamoide adicio-
nal imediatamente proximal ao osso metatarsal III.
.F

-Os ossos sesamoides e falângicos do membro pél-


vico são quase idênticos aos do membro torácico.
L

-A falange distal do membro pélvico é mais es-


treito que o do membro torácico, com um dedo mais
longo e um ângulo mais íngreme na parede da falange distal.

6- Sugestão de vídeos:

Vídeo sobre membro coxal e fêmur

Resumo sobre o membro pélvico


Cránio-Equinos
-O canal do hipoglosso é localizado entre a raiz do
1-Introdução: processo paracondilar e do côndilo occipital vamos ter a
-O crânio forma uma construção rígida composta de fossa( uma depressão) condilar vental e na parte medial
diversos ossos, maioria deles pareados, que envolve e dela vamos acher o canal do hipoglosso que é por onde
protege o encéfalo e os órgãos sensoriais, além de passa o nervo hipoglosso.
acomodar parte dos tratos respiratório e alimen-
Curiosidade:
tar(superiores).
Segundo a professora doutora Roberta Paresque um
-Ele possui projeções ósseas que formam pontos de fixa-
forame é uma passagem arredondada através do osso, já
ção para a musculatura facial e mastigatória.
um canal é uma passagem tubular e uma fissura é uma
-Os ossos individuais do crânio são unidos firmemente por
abertura ou passagem estreita, uma fenda.
suturas, enquanto apenas a mandíbula e o aparelho
hióideo são ligados ao crânio por articulações. 1.2-Parte escamosa:
-Uma estrutura notavél na parte escamosa do occipital é a
1-Osso Occipital:
crista nucal quem em carnivoros e em equinos dá origem
-O osso occipital, que fica na parte caudal do crânio, a crista sagital externa.
na qual ele forma a parede caudal e parte da parede -Obs: uma crista é um relevo,espessamento ou bordo
ventral ou base. alongado, geralmente osseo.
-Ele pode ser dividido em parte basal, parte escamosa Então crista nucal vem de sua localização e a crista sagi-
e partes laterais. tal(pq está no meio, lembrem do plano sagital).
Obs: Vale lembrar que os côndilos occipitais são da
1.3-Parte basal:
parte lateral, por mais que no konnigan que é a fonte
dessas imagens, traga como basal. Ela constitui a parte caudal da base do crânio e se
situa em posição rostral ao forame magno, onde se co-
-No potro é possível a depender da idade ver a separação
necta ao basisfenoide através de uma sutura cartilaginosa.
de suas partes, mas no equino adulto elas já estam
fusionadas.

1.1-Parte lateral: Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

Estruturas importântes:
-Os côndilos occipitais que se articulam como o atlas da
coluna vertebral formando a articulação atlanto occipital
-Obs: um côndilo é uma superficíe ossea articular,arredon-
dada e lisa.
-O processo paracondilar ou como o livro de getty traz:
o processo jugular ou paramastóide, ele é uma robusta
lâmina de osso que se projeta ventral e caudalmente.
-Obs: O processo é uma projeção óssea geralmente para
inserção muscular ou para conexão com outro osso.
O prefixo “para” vem do grego e quer dizer proximidade
ou ao lado de algo, no caso, paracondilar seria ao lado do
côndilo, como estamos falando do osso occipital seria o
côndilo occipital.
2-Osso esfenóide: 3-Osso Parietal:
-Ele está situado na base do crânio e sua parte central -Os dois ossos parientais formam a maior parte do
acha-se rostral a parte basilar do occiptal. teto do crânio, eles se unem na linha mediana forman-
-Ele é dividido em pré-esfenóide e basifenóide. do a sutura sagital.
2.1-Pré-esfenóide: Ele se articula com o osso interparietal,occipital(parte
escamosa), osso frontal,temporal e basifenoide.
-Ele é composto de um corpo que articula-se com o basife- -Ele é composto de 2 faces e 4 lados, a face interna é
noide, com o etmóide rostralmente, com o vômer rostroven-
côncava e a externa é convexa.
tralmente e com o palatino rostrolateralmente e um par de
asas que se artifulam com o frontal dorsolateralmente e com
as asas do basifenóide caudalmente.

2.2-Basifenóide:
-Ele é composto de um corpo que articula-se caudalmente
com a parte basal do occipital e rostralmente com o pré-esfe-
noide, um par de asas e um par de processos.
-Seu corpo é cilindrico e mas chatado dorsoventralmente
e a extremidade caudal é plana e une-se a parte basilar do
occipital (por uma articulação cartilaginosa), suas asas se Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
articulam com a parte escamosa do temporal,rostralmente
com o pré esfenóide e caudalmente com o parietal. 4-Osso Interparietal:
-Ele localiza-se centralmente entre o osso occipital e
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

o osso parietal.
Fusiona-se ao osso parietal na fase adulta, por isso é difícil
de identifica-lo nitidamente com o avanço da idade.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

5-Osso Temporal:
-Os osso temporais (direito e esquerdo) formam a
maior parte da parte lateral do crânio.
Asa do Pre-esfenoide -Está localizado entre o occipital caudalmente, o parietal
dorsalmente, o frontal rostralmente e o basifenóide vental-
Corpo do mente.
Pré-esfenoide
Asa do -Também vai se articular com o hióide e o côndilo mandi-
basifenoide
bular.
Corpo do -Ele é dividido parte timpânica,petrosa e escamo-
Basifenoide
sa.
Parte basal do
osso occipital

Fonte: SISSON, S.; GROSSMAN, J. D. Anatomia dos animais


domésticos. 5ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 1v.
-Adaptado
5.1-Parte petrosa e timpânica: 6-Osso Etimoide:
-A parte petrosa está entre o occipital caudalmente -Eles estão na base das paredes orbitais e contribui
e o parietal rostrodorsalmente,a parte tímpânica la- para a formação das partes cranial e facial do crânio.
terorostralmente e é encoberta pela parte escamosa -Tem relação tanto a cavidade cranial quanto com a cavida-
do temporal lateralmente, sendo de formato irregular. de nasal, por isso para visualizá-lo é necessário seccio-
nar os ossos frontais e nasais.
-Na parte petrosa está localido uma robusta protu- - Fica na cavidade do encefálo, tendo inclusive a crista gali
berância, o processo mastóide, que separa a face ligando-o por meio de uma prega a meninge duramater.
occipital da face lateral, ele é muito importante para - A lâmina cribriforme é uma divisão semelhante a
músculos e para o hióide. uma peneira entre as cavidades nasal e craniana, ela é
perfurada por diversos forames(ou crivos) através
-Na parte timpânica é encontrado a bula timpânica dos quais os fascículos de nervos olfatórios passam.
que é uma iminência pouco desenvolvida no cavalo e
em relação aos outros animais , sua parede é delgada e
encerra um cavidade que é parte do tímpano.
5.1-Parte escamosa:
-Ela é a maior, articula com todos os ossos mencionados,
menos o hióide, ela é uma lâmina em forma de concha com
2 faces e 4 bordas

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=AQ5qfFkl5oA&lis-
t=PL6SWl8SIeClNIF0p5OW8t-fb2aKdEwGvP&index=10&t=949s

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

Parte petrosa e timpânica


Vista lateral (esquerda) e Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
vista carniomedial (direita)
7-Osso Zigomático:
-Estão localizados entre o lacrimal dorsalmente e a
maxila ventral e rostralmente.
-O processo temporal do zigomático articula-se com
o processo zigomático do temporal. Cada um deles
de contorno irregularmente triangular formando o arco
zigomático.
-Ele possui três segumentos: a face lateral, orbitária e nasal.
Processo
-No cavalo não existe o processo frontal.
mastóide Bula
timpânica

-Adaptado

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
8-Osso Incisivo:
Eles formam a parte rostral da mandíbula superior e
suportam os ossos incisivos, cada um deles articula-se
com o osso do lado oposto, com o nasal, a maxila e o vômer.
-Cada um consiste de um corpo e 3 processos: alveolar,
nasal e palatino

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

9-Osso Maxilar:
Eles são os principais ossos da queixada superior
e suportam os dentes molares superiores, situados
na porção lateral da face e se articulam com todos os ossos
faciais, bem como com o frontal e o temporal.
-Cada um deles pode ser dividido em um corpo e três
processos: alveolar, zigomático e palatino.

Legenda:
3-Processo palatino do osso incisivo (ou menor)
2-Processo palatino do osso maxilar(ou da maxila)
Fonte: Atlas colorido de osteologia veterinária de Aline Luize
e Ana Bárbara da editora Payá

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/ 11-Osso Pterigóide:


-Ele é uma placa óssea delgada entre o osso esfenoide
10-Osso Palatino: e a lâmina horizontal do osso palatino que forma parte
das paredes dorsal e lateral da cavidade nasofaríngea.
Eles são ossos pares situados entre a maxila e os ossos
-Sua margem livre forma um pequeno processo, bastante
esfenoide e pterigoide.
desenvolvido no equino, no formato de gancho, o hâmulo
-Eles se dividem em uma lâmina horizontal e estreita a qual
pterigóideo ,que se projeta além da margem das coanas.
forma a parte caudal do palato duro.4
-A borda rostral une-se ao processo palatino da maxila e
forma com ela o forame palatino maior, que passa a
artéria e o nervo palatinos maiores.
-E também o palatino menor ou incisivo, pode ser
visto na figura.
13-Osso Lacrimal:
-Os ossos lacrimais são um osso pequeno localizado próxi-
mo ao ângulomedial do olho, formando segmentos da
órbita e da parede lateral da face.
Ele se articula com o osso frontal,o osso zigomático e a ma-
xila em todos os mamíferos domésticos, em ruminantes
e no equino; ele também se articula como osso nasal em
carnívoros com o osso palatino.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

12-Osso Nasal:
-Os osso nasais forma o teto da cavidade nasal e apre-
senta uma face externa convexa,no equinos,gatos e suínos,
em todos os outros é de formato côncavo.
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
- As principais estruras presentes no osso nasal são as sutu-
ras, que recebem o nome de acordos com os ossos que estão
ligando, sendo elas: internasal - frontonasal - nasola- 14-Osso frontal:
crimal - nasomaxilar - nasoincisiva. -Os ossos frontais pares situam-se entre o crânio e a face e
estão unidos na sutura interfrontal.
-Possuem cavidades aéreas chamadas de seios frontais.
Com base a localização pode ser segmentado em: Escama
frontal, parte orbital, face temporal, parte nasal.
-Uma estrutura proêminente nos equinos chamada linha
temporal, que separa o osso frontal da face temporal
osteologia/
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
-A extremidade livre do ramo da mandíbula compõe-se do
15-Vômer: processo condilar e da cabeça da mandíbula alonga-
Ele é um osso mediano que participa da formação da parte da transversalmente para a formação da articulação tempo-
ventral do septo nasal e divide a parte caudal das romandibular caudalmente.
coanas em duas metades laterais.
-Ele encaixa-se no sulco do processo palatino da maxila -Rostralmente, ele se prolonga para formar o processo
-Ele se prolonga da região das coanas até a cavidade nasal, coronoide, onde o músculo temporal se insere. Esses dois
onde se fixa à crista nasal mediana no assoalho da cavidade processos são separados pela incisura
nasal. da mandíbula.
-As duas lâminas laterais se prolongam de cada lado da
base dorsalmente, formando um sulco estreito, o sulco
septal, que envolve o septo nasal.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

17- Sugestão de vídeos

Aula completa sobre crânio dos equinos

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/ Resumo sobre crânio dos equinos


16-Osso mandibular:
-Ele é composto de um par e é dividido em corpo( que 18- Anotações:
contém os dentes) e ramo da mandíbula ( um direito e
outro esquerdo).
-O corpo da mandíbula pode ser subdividido em uma
parte incisiva, que contém os dentes incisivos, e uma
parte molar caudal, que contém os dentes molares.
-O ramo da mandíbula é uma placa óssea vertical que
se prolonga do corpo da mandíbula em direção ao arco
zigomático.
-Sua face lateral se caracteriza pela fossa massetérica, a
qual é o local de fixação do músculo masseter.
.F

-Sua face medial pela fossa pterigóideo que é o local de


fixação do músculo pterigóidea medial .
-A parte caudoventral do ramo mandibular forma o ângulo
L

da mandíbula, o qual projeta um processo em forma


de gancho em carnívoros, o processo angular.
18-Algumas imagens a mais:

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

Fonte: https://veteriamarpdfs.wordpress.
com/anatomia-de-equinos-ossos-do-cra-
nio/
Fonte: https://veteriamarpdfs.wordpress.com/anatomia-de-equinos-ossos-do-cranio/
Vértebras
1-Composição geral: 2-Vértebras cervicais:
-Obs: a explicação das vertebras é dada nas vér- -Em todas as espécies de animais domésticos que nós estu-
tebras equinas e depois é dito as diferenças entre damos elas são sempre de 7 vértebras.
as espécies. -Com exceção da primeira elas são cubóides, maciças e mais
-As vertebras de modo geral são compostas de: alongadas que as das outras regiões.
-Um corpo que é a parte ventral prismática ou cilíndrica
2.1-Atlas:
de uma vértebra sobre a qual se assentam as outras partes.
A primeira vértebra é o atlas ela é uma vértebra atípi-
Cada corpo vertebral apresenta uma extremidade cra-
ca, já que precisa suportar o peso da cabeça e permitir sua
nial ou cabeça convexa e uma extremidade caudal
movimentação junto com a segunda.
côncava.
-O corpo e o processo espinhoso estão ausentes.
-De um arco vertebral ou arco neural se forma sobre
a face dorsal do corpo vertebral e, desse modo, delimita um -O atlas tem forma dede um forte anel do qual se projetam
forame vertebral. lateralmente duas lâminas curvas que são processos
Os forames vertebrais correspondem aos forames das outras transversos ou asas do atlas.
e juntas formam o canal vertebral, que circunda
-As massas laterais apresentam duas cavidades articu-
a medula espinal, suas meninges, nervos espinais, vasos
lares craniais ovais e profundas que, a face articular
sanguíneos, ligamentos, tecido adiposo e tecido conectivo.
cranial que se articula com os côndilos occipitais.
-Obs: Esse canal atinge seu maior diâmetro na altura da
primeira e segunda vértebras cervicais, sua largura diminui - E fóvea ou fossa ontóide que recebe o processo
ao longo da coluna cervical, aumenta novamente na região ontóide ou dente do axis.
torácica cranial e se estreita na região torácica caudal.
-Tem também a fossa do atlas ao lado do forame transver-
-Cada vértebra apresenta uma determinada quantidade de so, que é bem largo e o caudalmente o transverso.
processos para a fixação de músculos e ligamentos e para
a articulação com as vértebras adjacentes, eles variam -Além disso tám bem vai possuir o arco.
em dimensões e podem estar ausentes depen- -No atlas existem 2 tubérculos, o ventral e o dorsal.
dendo da vértebra.
-Podendo ser: Diferença entre as espécies:
-Nos ruminantes o forame transverso está ausente.
-Um processo dorsal ou espinhoso na linha mediodor- -Os carnívoros possuem a insisura alar, ao em vez do
sal do arco vertebral; forame alar.
-Quatro processos articulares, posicionados no sentido -Nos suinos o tubérculo dorsal será largo e o ventral é
cranial e caudal em relação à raiz do processo espinhoso longo e comprido lateralmente
-Dois processos transversos, que se projetam lateral-
mente a partir da base do arco vertebral
-Dois processos mamilares entre os processos articula-
res transverso e cranial das vértebras torácicas e lombares;
-Dois processos acessórios entre os processos articulares
transverso e caudal das últimas vértebras torácicas (carnívo-
ros e suínos) e as vértebras lombares (carnívoros).
-Entre as vértebras vai existir um disco fibrocartilagino-
so, os discos intervertebrais cartilaginosos. Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
2.2-Axis: 2.3-C3,C4 e C5:
-O segundo osso leva o nome de axis, pq é o eixo ao -O corpo é longo comparado as demais vértebras.
redor do qual a primeira vertebra(atlas) gira.
-A extermidade carnial ou cabeça, possui uma face articu-
-Ele é a mais longa, e se caracteriza pela presença do den- lar oval, é fotemente convexa e mais larga dorsalmenete que
te ou processo odontóide. ventralmente
-A extremidade cranial do corpo apresenta centralmente o -A extremidade caudal é mais larga e apresenta uma cavida-
dente ou processo odontóide, que vai se articular com de aproximadamente circular, parecida com a C6 que vamos ver
o atlas. depois.
-Contornando esse processo temos os processos articula- -O arco é largo e forte, ele é perfurado de ambos os lados por
res craniais que apresentam a forma de sela de montaria um forame que se comunica com o forame transverso
nos equinos.
-Os processos articulares são largos(muito largos) , suas
-Os processos articulares são típicos faces são extensas e de contorno oval e levemente côncavo, as
-Os processos transversos são pequenos, simples e faces aparecerão direção dorsomedial a caudal, direção ven-
trolateral o restante da superfície é muito áspero para inserção
projetados caudalmente e o forame transverso é estreito
de músculos e ligamentos, uma crista une os 2 processos de
-O processo espinhoso é mais largo e robusto. mesmo lado na quarta e quinta vertebra, na terceira não alcaça
o processo cranial.
-Apresenta o forame transverso e o vertebral lateral
-O Processo transverso(duas cúspides,ou seja,duas
Diferença entre as espécies: pontas no seu processo transverso) são largos e planos, cada
um deles origina-se por 2 raizes entre ambos existe o forame
-Nos bovinos os processos articulares craniais são conecta- transverso que passa através dele os vasos vertebrais e um
dos e os seus processos transversos são pequenos, simples, nervo, o processo se divide em ramo caudal e cranial, ambos
no entanto mais espessos que no cavalo, mas o forame são espessos e asperos para inserção muscular
transverso é pequeno e às vezes falta
-O processo espinhoso que apresenta o formato de uma
-Nos caninos os processos articulares craniais que apre- crista baixa,nos equinos.
sentam a forma condilóide e muito oblíquas, os processos
transversos são únicos e pontiagudos, direcionados caudal e Diferença entre as espécies:
lateralmente e perfurados pelo forame transverso. -Nos bovinos os processos articulares são largos, no entanto
O processo espinhoso nos caninos é fino e de altura mode- mais curtos de comparados ao cavalo,possuem uma crista que
rada, porém muito largo, ele se prolonga cranialmente de une os 2 processos de mesmo lado na terceira,quarta e quinta.
modo a sobrepor o arco dorsal do atlas. O Processo transverso da terceira, quarta e quinta são duplos,
a parte dorsal projeta-se em direção caudal e é curta e espessa,
-Nos suínos os processos transversos são muito pequenos, já a parte ventral segue em direção ventral é mais longa e mais
e o forame transverso é muitas vezes incompleto, eles pos- em forma de lâmina
suem um grande processo espinhoso caracteristico por ser -Tem o processo espinhoso que apresenta o formato bem mais
bastante largo comparado as outras espécies. desenvolvido que a do cavalo e contem o forame transverso.

-Nos caninos as vértebras cervicais caninas são relativamente


mais largas do que a do bovino e suíno, apresenta processos
articulares largos
Tem o processo espinhoso na terceira vértebra tem formato
de uma crista longa e baixa, no restante ele é mais alto e de
extremidade rombuda(mal aguçado ou mal aparado.)

-Nos suínos o processo espinhoso é mais desenvolvidos e


aumentam de altura do terceiro ao último e os processos articu-
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
lares estão presentes, mas de forma compacta.
2.5-C7:
Comparando com a C3,C4 e C6:
-Ela é mais curta e mais larga que as demais, o corpo
é mais achatado dorso ventralmente e largo especialmente
na parte caudal.
-Apresenta uma faceta ou fóvea costal caudal para
cada lado para articulação com parte da cabeça da
primeira costela.
-O processo espinhoso tem uma abertura de quase 3
cm
-O processo transverso é indivisível e comúnmente não
apresenta forame
-A crista ventral é substituída por um par de
tubérculos.

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/ -Seus processos articulares são bem largos.


Diferença entre as espécies:
2.4-C6:
Comparando com a C3,C4 e C6: -Nos bovinos, O processo espinhoso é muito maior que
-Ela é mais curta, no entanto mais larga que a quinta . as demais, não apresenta a crista ventral e o seu processo
-O arco é mais largo, particularmente caudal transverso apresenta uma única ponta.

-Os processos articulares são mais curtos, mais espessos -Nos caninos,ela é mais fácil de distinguir por ser curta,
e mais separados pelo comprimento do seu processo espinhoso, que é
-O processo espinhoso é menos rudimentar com cerca de grande a apresenta uma extremidade rombuda e pelo seu
1,5 cm de altura, um pouco maior que a C3,C4 e C5 processo transverso único( de uma cúspide).

-O processo tranverso(três cúspides- ou seja 3 pontas). -Nos suínos, ela é conhecida pelo tamanho do seu pro-
Diferença entre as espécies: cesso espinhoso que no adulto tem mais ou menos 10 cm
Pela ausência da lâmina ventral do processo transverso e
-Nos bovinos, a maior diferança é o processo espinhoso pelo achatamento do corpo da vértebra.
maior e os processos articulares menores do que no equino.
-Nos caninos o processo transverso da sexta vertebra tem 3-Vértebras torácicas:
duas partes uma é uma placa quadrilátera extensa, que está -Elas formam, parcialmente justapostas, um bastão ósseo
direcionada ventrolateralmente e é ressaltada por sua super- ligeiramente dorsoconvexo, o qual se caracteriza por sua
fície medial, a outra é curta e rombuda e está direcionada flexibilidade limitada.
lateralmente e um pouco caudal e dorsalmente e o processo
-As vértebras torácicas se articulam com as costelas por
espinhoso apresenta a extremidade rombuda.
meio dos curtos e firmes processos transversos que apre-
-Nos suínos, ela é quese identica a C3,C4 e C5 do suíno, sentam fóveas articulares.
apenas apresentando um processo espinho um pouco maior.
-Elas vão possuir uma estrutura semelhante a da C3,C4 e
C5 com as seguntes diferenças:
-O processo espinhoso é muito maior que nas cervicais
-Os processos articulares das vértebras torácicas craniais
sãorepresentados pelas fóveas articulares craniais e as 4-Vértebras lombares:
fóveas articulares caudais situam-se na porção caudal da -Elas são mais longas que as torácicas e com seu corpo em
base do processo espinhoso. formato mais uniforme.
-Elas vão apresentar os processos transversos longos,
-A vértebra torácica cujo processo espinhoso é quase per-
achatados e sua projeção lateral é maior comparado as
pendicular ao eixo longo do osso é denominada vértebra
outras vértebras, o que é sua caracteristica proncipal.
diafragmática ou anticlinal.
-Diferente das torácicas as lombares não possuem o auxilio
-Os processos mamilares estão presentes apenas nas das costelas para sustentar o peso do animal
vértebras torácicas e lombares -As fóveas costais inexistem, os processos espinho-
sos são mais curtos e voltados craniodorsalmente,
-Os curtos e firmes processos transversos apresentam
os processos transversos,
fóveas articulares que se articulam com as costelas.
Diferença entre as espécies:
Diferença entre as espécies:
-A primeira vértebra lombar apresenta os processos
-Em carnívoros elas são de 12-14, o comprimento dos
transversos mais curtos. A vértebra lombar mais longa cos-
processos espinhosos diminui gradualmente ao longo de toda
tuma ser a 3º ou 4º na maioria dos mamíferos domésticos,
a região torácica.
exceto em carnívoros, nos quais o processo transverso
A vértebra diafragmática nos cães é a 10º
mais longo encontra- se na 5º ou 6º vértebra lombar.
-No suíno e em ruminantes elas são de 13-16 e o
-Nos equinos os processos transversos das duas últimas
processo espinhoso deles ficam mais elevados nas três
vértebras lombares e os processos transversos da última
primeiras vértebras, se tornam progressivamente mais curtos
vértebra lombar e 1º vértebra sacral se articulam uns com os
até a 11º vértebra no suíno e na 12º ou 13º vértebra em
outros.
ruminantes e permanecem com o mesmo comprimento até o
final da coluna torácica.
Nos equinos elas são de 5-7, nos bovinos são 6, nos
-A vértebra diafragmática é a 12º nos suínos e a 13º nos
suínos são de 5-7 e nos caninos são de 6-7.
bovino.
-No equino elas são 18, os processos espinhosos das
primeiras quatro vértebras torácicas aumentam em altura e se
tornam mais curtos até a 13º ou 14º vértebra.
Sua vértebra diafragmática é a 16º

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
5-Vértebras Sacrais:
-As vértebras sacrais e seus discos intervertebrais ossificados
unem-se firmemente para formar um único osso, o sacro
em todas as espécies domésticas.
-A 1º vértebra sacral com suas asas prolongadas forma
uma articulação firme com a cintura pélvica.
-Ele se divide em uma base ampla cranialmente, duas
partes laterais, aumentadas pelas asas do sacro e uma
extremidade caudal.
-Sua face dorsal apresenta processos espinhosos, que
podem estar presentes apenas em forma residual em algu-
mas espécies, e várias ondulações.
-A extremidade cranial se articula com a última vértebra lom-
bar e apresenta incisura para formar a incisura vertebral
cranial.
Sua margem ventral apresenta uma projeção cranioven-
Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
tral, o promontório.
-As partes laterais são formadas pelos processos trans-
versos unidos das vértebras sacrais e são ampliadas pelo 6-Vértebras Caudais ou coccígeas:
prolongamento das asas do sacro. -O tamanho das vértebras caudais diminui gradual-
-Os processos transversos se unem para formar uma mente da primeira à última vértebra. Elas apresentam uma
crista sacral lateral, nos suínos e no equinos, já nos simplificação progressiva quanto a seu formato ao perderem
outros é irrelevange. aspectos vertebrais característicos, como arcos e processos.
-As últimas vértebras caudais se parecem com bastões
Diferença entre as espécies: cilíndricos cujo tamanho se reduz.
-O sacro é um quadrilátero em carnívoros, mas triangular
em outros mamíferos domésticos. Diferença entre as espécies:

-Em carnívoros e no equino, as terminações livres dos -Nos equinos, os processos espinhosos da segunda
processos espinhosos permanecem separadas, enquanto vértebra caudal são bifurcados e o arco da terceira vértebra
suas bases são unidas. caudal já se apresenta incompleto; desse modo, o canal
vertebral é aberto dorsalmente.
-Em ruminantes, as espinhas dorsais se unem para for-
Os processos transversos se reduzem a pequenas elevações
mar a crista sacral mediana.
e, a partir da 7º vértebra caudal em diante, não há mais
-No suíno os processos espinhosos são substituídos por processos, e o indício de sua posição anterior se reduz a
uma crista não definida. pequenas ondulações ósseas.
-Os processos transversos se unem para formar uma crista -Nos ruminantes da 1º à 8º e da 5º à 15º em carnívoros
sacral lateral, a qual é diferenciada no suíno e no equi- aprersenta processos para medianos, os processos he-
no, mas irrelevante nos outros mamíferos domésticos. mais, para proteção dos vasos caudais.
Esses processos formam arcos hemais ventrais na 2º e 3º no
-Uma crista sacral intermediária encontra-se em rumi-
bovino e na 3º a 8º nos carnívoros.
nantes e representa os rudimentos unidos dos processos
articulares já em outros mamíferos domésticos, essa -Nos equinos são de 15-21, nos bovinos de 18-20, nos
crista é substituída por pequenos tubérculos. suínos e nos carnívoros de 20-23.
-Nos equinos e bovinos são 5, nos suínos são 4 e nos
carnívoros apenas 3 vértebras sacrais.
7- Sugestão de vídeos
Resumo sobre vértebras

Fonte: http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/

Fonte: Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas


Colorido de Horst Erich König e Hans-Georg Liebich, Edição: 6

8-Referências:
-http://www.gege.agrarias.ufpr.br/livro/osteologia/
-https://veteriamarpdfs.wordpress.com/anatomia-de-equinos-ossos-do-cranio/
-Anatomia dos Animais Domésticos - Texto e Atlas Colorido de Horst Erich König e Hans-
-Georg Liebich, Edição: 6
-Fonte: SISSON, S.; GROSSMAN, J. D. Anatomia dos animais domésticos. 5ª ed, Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 1v.
-Atlas colorido de osteologia veterinária de Aline Luize e Ana Bárbara da editora Payá
-http://depto.icb.ufmg.br/dmor/mof007/estudo/imagens/Osteologia/34.jpg
-https://www.imaios.com/i/var/ezwebin_site/storage/images/media/images/vet-anatomy/do-
g-osteology-illustrations/en5/27754030-4-por-BR/EN.jpg
-http://depto.icb.ufmg.br/dmor/mof007/estudo/imagens/Osteologia/osteologia.htm
-FOGLE, B. Manual completo: Gato - cuidados, saúde e relacionamento. Porto: Dorling
Kindersley, 2003
-https://br.freepik.com/vetores/pessoas”>Pessoas vetor criado por brgfx
-https://www.wisegeek.com/what-is-the-osteon.htm
-https://pixabay.com/pt/vectors/cavalo-anatomia-esqueleto-ossos-30760/
-https://all-free-download.com/free-vector/download/walking-horse-outline-clip-art_6648.
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-Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/78583774/osteologia-dos-membros-toraci-
cos?utm_campaign=ios-arquivo&utm_medium=mobile

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