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NUTRIÇÃO APLICADA A SAÚDE DA

MULHER
ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NAS
DIFERENTES FASES DA VIDA

Professora: Bianca Innocencio


Mestranda em Educação em Saúde pela UFF
Especialista em Nutrição Funcional
Pós graduada em Fitoterapia
Nutrichef- Gastronomia Funcional
Especialista em prática Ortomolecular
Docente na Pós Graduação de Nutrição aplicada a Obstetricia,
pediatria e adolescência da NUTMED
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
1.ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO;
2. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL E ALTERAÇÕES;
3. CONCEPÇÃO E ANTICONCEPÇÃO;
4. INFERTILIDADE;
5. CANDIDÍASE VULVOVAGINAL;
5. SOP; ENDOMETRIOSE; GESTAÇÕES ECTÓPICAS;
6. FALENCIA OVARIANA PREMATURA, CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
QUAL A FUNÇÃO
DO SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO ?
ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTIVO;

FORMAÇÃO:
•dois ovários
•duas tubas uterinas
•um útero
•vagina (glândulas vestibulares- lubrificação)
•genitália externa

FUNÇÕES:
◦produzir gametas,
◦acomodar o feto durante todos os estágios
◦produzir hormônios sexuais controle órgãos
do aparelho reprodutor e influência sobre
outros órgãos .

Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
ÓRGÃO EXTERNOS

• VULVA OU PUDENDO FEMININO


• MONTE DO PÚBIS
• GRANDES LÁBIOS
• PEQUENOS LÁBIOS
• CLITÓRIS
VAGINA: canal ÚTERO: onde o
tubular (ato sexual) feto se
Eliminação da desenvolve e
menstruação cresce (miométrio
/canal do parto e endométrio)

OVÁRIOS:
TROMPAS UTERINAS: glândulas sexuais
femininas.
passagem do óvulo Responsáveis pela
do ovário para o produção do óvulo e de
útero a cada ciclo hormônios sexuais
mensal femininos (estrógeno e
progesterona)
Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
Pico máx ovários 18 e 20 semanas
gestacionais- 6 a 8 milhões
2/3 dos folículos - atresia
Meninas nascem com 2 a 3 milhões
de folículos imaturos (oócitos primários)

Alguns destruídos até puberdade


Quando ocorre secreção hormônios
GONADOTRÓPICOS (HIPÓFISE
ANTERIOR)- 300 a 400 mil folículos
A serem “gastos” durante a vida
reprodutiva

Crescimento folículos ovarianos


Liberação de um óvulo por mês
(MENACME) e atresia de alguns
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONODAL

Cérebro- controle do ciclo reprodutivo (hipotálomo)


AÇÃO
ÚTERO
Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) – alimenta as
gônadas

Hipófise- adenohipófise

Hormônio Ovário –
Luteinizante Hormônio Folículo
produção de
LH Estimulante FSH
estrógeno
(estradiol) e
da hipófise são lançados no sangue e atuam nos OVÁRIOS
Fernandes et al
progesterona
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
FSH- Ovócito (folículo) primário maturado em ovócito secundário/
a parede do folículo liberará estrogênio, reconstrução do endométrio
LH- estimulará a ovulação 14 dia e depois estimulará a produção de luteína- corpo lúteo- produzirá estrógeno e
progesterona - preparação do útero para gestação.
A progesterona alta- inibe LH e o corpo amarelo atrofia, a progesterona cairá, descamação do endométrio-
menstruação

MUDANÇAS HORMONAIS NO CICLO Descamação do

MENSTRUAL endométrio
GANADOTROFINAS

Desenvolvimento do folículo ovariano-


Hormônio Folículo início ciclo reprodutivo (maturação
Estimulante FSH das células da granulosa)
Folículos responsáveis pela Síntese de
estrógenos e aromatização de
esteroides (espessamento do Glicoproteínas-
Ovócito
endométrio) Gonadotrofinas
primário a
secretadas de
ovócito
maneira episódicas
secundário
cada 30 a 90 min pela
LH age nas células teca e células hipófise na circulação
Hormônio intersticiais – diferenciação e viajando até as
secreção dos hormônios esteroidais. gônadas
Luteinizante LH
Atua nas células granulosas dos
Estimula a folículos e no corpo lúteo (Ovulação
ovulação- e luteinização) secreção
liberação do progesterona
ovócito
HORMÔNIO
ANTIMÜLLERIANO
(HAM)

Produzido nas células da granulosa dos pequenos folículos em estágio 1


Regulador sobre a foliculogênese.
Concentração sérica reflete o número de folículos pré-antrais e antrais em fase inicial.
Estável durante períodos de mudança hormonal, ciclos menstruais, declina com a idade da
mulher.
Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
Caracteres sexuais
FEMININOS

FSH e o LH estimulo a OVULAÇÃO meio do ciclo, Produção de


hormônios OVARIANOS: ESTROGÊNIO E PROGESTERONA
ESTRÓGENOS

 17- betaestradiol (E₂) Principal e mais ativo


 Estrona (E₁)
 Estriol (E₃)

Liberado pelos ovários e glândulas suprarrenais.


Na gestação pela placenta.

FUNÇÃO:
Desenvolvimento do útero, trompas, vagina e GRUPO DE HORMÔNIOS
mamas ESTEROIDES COM 18
Alterações dos órgãos genitais externos CARBONOS
Distribuição de gordura corporal
ESTRÓGENOS
Estimulação do crescimento do útero, trompas e vagina
Crescimento de ductos da glândula mamária
Secreção do muco cervical
Estimulação do crescimento folicular
Estimulação da síntese de moléculas receptoras de LH
Estimulação da formação de osteoide
Estimulação da secreção sebácea fina
Estimulação do fechamento da epífise óssea (cessação do crescimento)
Estimulação da proliferação endotelial e neoformação vascular do endométrio
Aumento da contratilidade uterina
Exacerbação da síntese de glicogênio e proliferação celular vaginal
Diminuição da colesterolemia/Aumento do HDL-c
Acentuação da produção de fatores de coagulação
Aumento da formação de transcortina (globulina ligada a hormônios sexuais)
Aumento dos receptores de progesterona
Estímulo a vasodilatação
Proteção da apoptose de neurônios (proteção Alzheimer)
Aumento da população de células adiposas
Estimulação da síntese de fatores de crescimento (IGF-1- Insulin- like growth fator)
PROGESTERONA

Estimulação da formação de glândulas e da secreção endometrial


Aumento do conteúdo de glicogênio nas células epiteliais
Estimulação da secreção moderada de muco cervical viscoso
Estimulação do crescimento loboalveolar da glândula mamária
Supressão da formação do leite
Aumento da temperatura corporal (termogênese)
Redução da motilidade uterina
Aumento da ventilação pulmonar
MUCO CERVICAL

Objetivos:
viagem mais fácil
para o esperma até o
óvulo Produzido pelo colo do
Barreira para útero –na ovulação por
bactérias ação do estrogênio e
progesterona
FECUNDAÇÃO

Planejamento Familiar – à possibilidade do


indivíduo em regular sua fertilidade de acordo
com seus desejos

ACONSELHAMENTO

Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
CONCEPÇÃO Ação ou resultado de conceber, de gerar
ou ser gerado (no útero) um ser vivo, como
resultado da fecundação de um óvulo por
espermatozoide(s)
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS /contraceptivos
Temperatura basal Condom
NATURAIS Tabela Masculino e
Muco cervical feminino
TEMPORÁRIOS
Mecânica Diafragma
BARREIRA

Química Espermicida

DIU DIU de cobre

MÉTODO DIU Hormonal


ANTICONCEPCIONAL
Pílula (oral)
HORMONAIS Injetáveis
Implante
Transdérmico
Anel vaginal
ESTERELIZAÇÃO
TUBÁRIA
DEFINITIVOS

VASECTOMIA ADAPTADO de :Fernandes et al


Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
9 de maio de 1960, a Food and Drug Administration, aprovou a comercialização da pílula anticoncepcional.
Três meses depois, as americanas já podiam ir às farmácias comprar o seu passaporte para a liberação
sexual: a pílula Enovid, primeira a ser fabricada nos EUA. Em 13 anos, cerca de dez milhões delas tomavam
o medicamento, que se notabilizou como o primeiro a ser usado em larga escala no planeta.
ANTICONCEPCIONAL HORMONAL
Objetivo:
Fármacos Impedir a Promovem
similares aos fecundação modificações na
esteroides fisiologia feminina
ovarianos

Tradicional – 21
dias seguidos
Atualmente: 150
por 7 dias de
nomes comerciais
intervalo
(diferentes
ANTICONCEPCIONAL Outros: 24 dias
combinações
HORMONAL COMBINADO de pílulas ativas
hormonais)
Progestagênio ORAL (AHCO) – contém com 4 dias de
isolado ou estrogênio na sua intervalo
combinado formulação
(associado a um estrogênio natural
estrogênio produzido pelos
sintético : 17 beta ovários
estradiol) Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
AVALIAÇÃO DA MULHER PELO OLHAR
DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL

• Prevenção e equilíbrio
• Melhora de queixas metabólicas
• Avaliação de aspectos bioquimicamente
únicos como o genótipo e sua
suscetibilidade genética (doenças)
• Individualidade bioquímica em cada
etapa da vida
• Atendimento e tratamento centrados na
pessoa/ MULHER e nos OBJETIVOS
1- exposição a alérgenos e
xenobióticos (xenoestrógenos)
2- alimentação/ longo da vida
3- história de doenças
4-saúde familiar (questões genéticas)
5-patologias infantis e peso habitual e
usual (IMC / % de gordura)
6-primeira menarca (idade/ intervalo
do ciclo)
7-ciclo menstrual (tpm/ alterações e
ou intensidade)
8-história ginecológica e obstétrica
(SOP/ endometriose / gravidez
ectópica/ abortos )
9-uso de medicações e
contraceptivos orais (tempo)
10-TRH
QUESTIONÁRIOS ADAPTADOS
A SUA PRÁTICA

Saúde da mulher- anamnese

Tempo de tentativas/ tratamentos Gestações anteriores


SOP/ endometriose / ciclos Anticoncepcional
anovulatórios
Abortos de repetição Medicamentos / método
contraceptivo
Trombofilia (MTHFR) Doença celíaca
Libido / relações sexuais por Candidíase e Vaginose
semana
Menarca (idade e queixas) Saúde intestinal
QUESTIONÁRIOS/ RASTREAMENTO

 Deve ser preenchido pelo cliente sem a interferência do


nutricionista
 Além dos pontos totais deve ser avaliado as áreas de maior
pontuação
 Ponto de partida para as mudanças propostas
 Nos retornos pode ser aplicado novamente (comparação das
queixas)
Lima, L.M et al. Exames
bioquímicos. 2016 ed Rubio
EXAMES BIOQUÍMICOS
 Hemograma completo (Anemia? Ferropriva?- microcitose/ VCM)
 Ferro sérico VR 50-150mcg/dL
 Ferritina (endometriose ? Ciclo intenso) VR 20 -300mcg/dL
 Vit B12 VR 200-900ng/dL (hipocloridria)
 Ac fólico (uso de contraceptivos/ desejo e engravidar) VR 5 a 21 µg/L
 Homocisteína( pode sinalizar deficiência de B9 ou B12) VR <15µmol/dL
 FSH/ LH (início do climatério/Menopausa ) > 30 a 40 mlU/ML
 Colesterol total e Frações (climatério)
 PTH (perda óssea) 14 a 72pg/ml
 Progesterona: inferior a 10 ng/mL; 7 a 10 dias depois da ovulação: superior a 10
ng/mL; No meio do ciclo menstrual: 5 a 20 ng/mL
 Estradiol (*) em mulheres jovens (pré-menopausa) é de 30 a 400 pg/ml, menopausa
entre 0 e 30 pg/ml.
 Prolactina (*) mulheres não grávidas nem amamentando, até 20
ng/mL Valores acima 100 ng/mL avaliar hipófise, o secretor da prolactina
 Vit D (obesidade/ baixa exposição a luz solar / sedentarismo) VR 30 a 100ng/ml
MENACME / CICLOS
MENSTRUAÇÃO
DEGENERAÇÃO DO CORPO LÚTEO- queda dos níveis séricos de É UM DOS
ESTROGÊNIO E PROGESTERONA; MARCADORES
Diminuição do estímulo hormonal sobre o endométrio, descamação da BIOLÓGICOS
porção superficial- constrição e ruptura de vasos sanguíneos, liberação DA MULHER
de água e sangue pela vagina- descamação gradativa da camada
funcional;
Segundo TRELOAR , média da duração do ciclo menstrual : 28 dias
(variando entre 25 a 35 dias );
Imediatamente após a menarca como antes da menopausa – ciclo
variável .

Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL
(SPM OU TPM)
Definição: conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, apresentam
caráter cíclico e recorrente.
Fase lútea do ciclo
Surgimento dos sintomas de 7 a 10 dias antes da menstruação
Agravando-se 2 a 3 dias antes
Tendendo a melhorar com o início do fluxo menstrual

Febrasgo- março 2018/ critérios diagnósticos site: www.febrasgo.com.br acesso em 10/04/2020


MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS

 Atividade cíclica ovariana


 Efeitos do estradiol e progesterona sobre os neurotransmissores
(serotonina e ácido gama-aminobutírico)
 A maioria das mulheres busca ajuda por volta dos 30 anos, após
10 anos ou mais convivendo com os sintomas
SINTOMAS SPM
PREVALÊNCIA 75 A 80%

Psicológicos Somáticos
Irritabilidade Fadiga
Nervosismo Mastalgia (45 a 70%)
Tensão /ansiedade Dores generalizadas
Mudanças de humor Dismenorreia
Sensibilidade às emoções (choro Mudança no hábito intestinal
fácil)
Depressão Retenção hídrica
Mudança de apetite Cefaleia (8%) quem sofre com
enxaqueca pode ter: náuseas , mal
estar
Insônia Acne
Cunningham F G. Ginecologia de Williams. Porto Alegre: Mc Graw Hill, Artmed, 2011
CLASSIFICAÇÃO SPM (OMS)

 Tipo A (ansiety): sintoma principal é a ansiedade – podendo ocorrer também


agressividade , irritabilidade e tensão nervosa.
 Tipo C (craving): a cefaleia é o principal sintoma. Fadiga e aumento de apetite
(principalmente compulsão por doce)
 Tipo H (hiperhydratation):tendência a retenção hídrica. Neste tipo, são comuns
alterações físicas , como edema, distensão abdominal, mastalgia e ganho de peso
acima de 1,4 kg)
 Tipo D (depression): a depressão é o principal sintoma, Está associada à insônia , ao choro
fácil ao desânimo e ao esquecimento.
 Essa classificação não é uma regra, portanto uma mesma mulher pode apresentar os
sintomas de um ou mais tipos de SPM

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


ETIOLOGIA

 Interação entre neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC) e os hormônios


produzidos normalmente durante o ciclo menstrual.
 Alterações dos níveis hormonais : estrogênio, progesterona, prolactina
 Alterações psicossociais podendo potencializar os sintomas : estresse emocional e
relacionamento social
 Déficit Nutricional: piridoxina , magnésio, cálcio, Prostangladinas E1- potencializando
sintomas

Cunningham F G. Ginecologia de Williams. Porto Alegre: Mc Graw Hill, Artmed, 2011


SPM

Em 1953, Greene e Dalton propuseram a alteração do TERMO TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL


para SÍNDROME PRÉ MENSTRUAL alegando que tensão era apenas um sintoma e nem
sempre estava presente nas mulheres.
Síndrome engloba diversas manifestações mais abrangentes.
 Prevalência: Mulheres a partir dos 30 anos
 Dados epidemiológicos: 75 a 80% das mulheres em idade reprodutiva e de 2 a 10%
relatam sintomas graves o suficiente para alterar suas atividades cotidianas.
 Variante : TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ MENSTRUAL – Sintomas mais graves e severos ,
que influenciam na atividade profissional e social , oscilação do estado de humor o
fator predominante .
Neste caso deverá haver acompanhamento psiquiátrico .
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ MENSTRUAL (TDPM)
Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM IV).
DIAGNÓSTICO – PRESENÇA de cinco ou mais sintomas na maioria dos ciclos menstruais .Dentre os
cinco ou mais sintomas relatados, deve estar presente pelo menos um dos quatro primeiros listados a
seguir :
 Humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
 Acentuada ansiedade, tensão, sentimento de estar com “nervos a flor da pele”;
 Instabilidade afetiva acentuada;
 Raiva ou irritabilidade persistente e acentuada ou conflitos interpessoais aumentados;
 Diminuição do interesse pelas atividades habituais;
 Sentimento subjetivo de dificuldade em concentrar-se;
 Letargia, fadiga fácil ou acentuada, falta de energia;
 Acentuada alteração do apetite, excessos alimentares ou avidez por determinados alimentos;
 Hipersonia ou insônia;
 Sentimento subjetivo de descontrole emocional;
 Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou edema das mamas, cefaléia, dor articular ou
muscular, sensação de “inchaço geral” e ganho de peso;
MECANISMOS ENVOLVIDOS NA
ETIOLOGIA SPM

Cefaleia pré-menstrual
 Distúrbio da transmissão serotonérgica decorrente da diminuição
dos níveis de estrogênio.
 Queda do estrogênio ligação com a queda da serotonina
(relação entre o estrogênio e a ação e degradação da
serotonina).
 Liberação da substância P, um neurotransmissor que causa
vasodilatação das artérias cerebrais, culminando com enxaqueca.

Manual Febrasgo 2018


MASTALGIA NA SPM
Alterações hormonais , sistema renina- angiotensina ,
neurotransmissores cerebrais e carências de nutrientes –
liberação de prolactina facilitada
Stress: redução na liberação da dopamina – neurotransmissor
com efeito inibitório sobre a prolactina.
Fase lútea aumento da proliferação epitelial . Estrogênio ação
vasodilatadora e a progesterona aumenta a permeabilidade
vascular, facilita a passagem do líquido intersticial facilitando a
MASTALGIA

Manual Febrasgo 2018


MASTALGIA NA TPM

 Relação com o perfil lipídico.


 Mulheres com mastalgia maiores níveis de ácidos graxos saturados e
redução dos poli-insaturados (que influenciam positivamente a fluidez
de membrana).

 Receptores hormonais presentes nas membranas ricas em ác graxos


saturados maior afinidade por seus respectivos hormônios (ex:
prolactina) do que aqueles nas membranas ricas em ac graxos poli-
insaturados. Aumentando a afinidade do receptor e resposta
hormonal – mesmo com os níveis circulantes normais .

Manual Febrasgo 2018


Serotonina: neurotransmissor, indução do sono,
SPM E

regulação do apetite, humor e ansiedade;
SEROTONINA  Oscila no período menstrual;
 90% encontrada nas células enterocromafins do
TGI (90%)- após liberação pelos neurônios a
serotonina pode ser recaptada (inativada) e
degradada pela enzima monoaminoxidase
(MAO), metabólito excretado na urina.
 Precursora da melatonina : Sono – vigília (
Secreção noturna)

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


SPM E
SEROTONINA

 Baixos níveis de melatonina em mulheres com SPM – relação com os distúrbios


do sono (insônia, irritabilidade, sonolência diurna )
 Estrogênio aumenta a sensibilidade dos receptores de serotonina e inibindo a
enzima MAO (menos serotonina degradada)- queda do estrogênio na fase
Lútea < quantidade e atividade da serotonina levando a sintomas de tensão,
mudanças de humor, compulsão alimentar (doces), fadiga e alterações no
Sono.
 Estrogênio age potencializando o sistema dopaminérgico- aumentando a
ação da dopamina (concentração, motivação)
SPM , PROGESTERONA E
NEUROTRANSMISSORES
 A progesterona age no SNC – modulação de receptores de neurotransmissores.
 Durante a fase lútea- pico máximo relacionados a sintomas como: retenção
hídrica, (aumento do volume plasmático – renina angiotensina e aldosterona)
 Aumento da atividade da MAO- diminuição dos níveis de serotonina
 Elevação da temperatura corporal 0,3⁰ a 0,5 ⁰ C
 Estimula a glândula sebácea , surgimento de acne
 Metabólitos da degradação da progesterona: alopregnanolona- exerce efeitos
importantes no SNC alta afinidade pelos receptores do ácido gama aminobutírico
(GABA) no cérebro – aumentando a atividade desse neurotransmissor

GABA- efeito inibitório


do SNC , efeito
Alopregnalona em
ansiolítico
mulheres com SPM
(tranquilizante),
Menor sensibilidade aos
sedativos, cognitivos e
receptores de GABA
comportamentais
(alterações de humor)
Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo v.4, n.19,
p.31-38, Jan/Fev. 2010. ISSN 1981-9919. ACESSO EM 2020
SPM É IGUAL PARA TODAS?
 Sintomas podem ser sutis para algumas para outras de forma mais
acentuada
 Cheniaux Jr et al. Afirmaram que cerca de dois terços das
mulheres vivenciam ao menos uma alteração positiva no período
pré- menstrual, como: aumento da libido, mais energia e produção
de ideias criativas, melhor desempenho social e ocupacional ,
entre outras.
TRATAMENTO MÉDICO
 Inibidores seletivos de recaptação de serotonina , ansiolíticos,
bromocriptina (casos severos de mastalgia- agonista da dopamina
reduz níveis séricos de prolactina).
 Diuréticos como espironolactona (poupador de potássio) reduzem
edema , distensão abdominal e desconforto mamário entretanto
uso prolongado letargia, fadiga, cefaleia e irregularidades
menstruais .
 Anticoncepcionais orais combinados – alívio dos sintomas pela
supressão da ovulação, estabilizando as variações hormonais .
OBJETIVO NUTRICIONAL NA SPM

2- Melhorar qualidade de
1- Minimizar os sintomas vida

3- Favorecer satisfação
(peso)
CONDUTA NUTRICIONAL NA SPM

GARANTIR NUTRIENTES

REDUZIR CHO refinados,


cafeína , industrializados...

REGULAR LIPÍDIOS

AVALIAR SUPLEMENTOS
MECANISMOS DE AÇÃO ORIENTAÇÃO
CARBOIDRATOS- liberação de insulina estimulo a Estimular carboidratos integrais , refeições pequenas e
captação dos aminoácidos de cadeia ramificada pelos frequentes, incluir fibras (aveia, biomassa de banana
músculos- diminuindo a competição pelo carreador e verde )
levando a maior absorção de triptofano pelo cérebro Ênfase na comida de verdade e carboidratos complexos
por menor concorrência de boa procedência: frutas, verduras, incluir cacau nas
receitas.

L – THEANINA- presente na planta camellia Sinensis- Estudos da Universidade de Shizuoka e o The Family
aumenta ondas alfa cerebrais (sinal de relaxamento Planning Institute of Japan têm demonstrado que
induzido) . Modulação de neurotransmissores como mulheres utilizando 200mg de L-teanina / dia têm
serotonina e dopamina. Ação antioxidante produção da apresentado uma incidência menor de sintomas da TPM
Glutationa peroxidase (sintomas físicos, mentais e sociais)

TRIPTOFANO- aminoácido essencial precursor da Garantir aporte ideal de tiptofano (100mg) e dos
serotonina . Como a serotonina não atravessa a barreia aminoácidos: leucina, isoleucina, valina, fenilalanina,
hematoencefálica é dependente de seu precursor. tirosina e carboidratos para facilitar a absorção.
Necessita de piridoxina e magnésio (cofatores ) Nutrientes cofatores:
O triptofano compete pelo mesmo carreador : leucina, Piridoxina Vit B6 ....40 a 100mg
isoleucina, valina, fenilalanina, tirosina. Para atravessar a Magnésio quelado.................. 100 a 300mg
barreira hematoencefálica

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


MECANIMOS DE AÇÃO LITERATURA E ORIENTAÇÃO
PIRIDOXINA– cofator enzimático (conversão de triptofano • Souza et al – 50mg de vit B6 + 200 de magnésio
em serotonina e na síntese de dopamina) redução da ansiedade, variação de humor e
Melhora nos sintomas emocionais , depressão e irritabilidade
irritabilidade
Participa da síntese de dopamina, baixa ingestão diminui • Kashanian e tal- 80mg/dia B6 redução de sintomas
a síntese de dopamina , aumento da prolactina e relacionados com humor
quadro de mastalgia
• Sharma et al – 100mg de piridoxina melhora de
sintomas de ansiedade na SPM

MAGNÉSIO- cofator na produção de neurotransmissores, • Quaranta et al melhora nos sintomas de depressão


como serotonina e de hormônios como a melatonina . 250mg de magnésio (3 meses)
Consumo relacionado em sintomas de humor,
ansiedade, depressão, insônia • Facchinetti et al melhora quadro de enxaqueca
Antagonista natural dos receptores de glutamatoN-metil- menstrual 360mg de magnésio (2 meses)
Aspartato (NMDA) que é um aminoácido excitatório
relacionado com a dor . Altos níveis de glutamato > níveis • Walker et al redução dos sintomas relacionados à
de depressão retenção hídrica 200mg ( 2 meses)

Aumentar alimentos fonte de magnésio e quando


Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018
necessário suplementar 100 a 300mg / dia
MAGNÉSIO (100g)
Verde escuro-89mg
Semente de girassol-325mg
Quinoa - 197mg
Feijão branco – 190mg

DRI- 260mg/dia

CÁLCIO X MAGNÉSIO 2:1

REDUÇÃO NA SENSAÇÃO DE DOR


RELAXANTE NATURAL
ANTI-INFLAMATÓRIO
EVITAR!

EMBUTIDOS
CARBOIDRATOS
SIMPLES
CAFEÍNA
ÁLCOOL
ENLATADOS
SAL
OUTROS...
Oenothera biennis Acido gamalinolênico (GLA) 10% de sua composição- a conversão do ácido
L(óleo de prímula) linoleico em GLA é determinante para a síntese de PGE1 (potencial menos
inflamatório) e é mediada por enzimas delta-6- dessaturase e elongase- fatores
como excesso de ac graxos saturados competem pelas mesmas enzimas
(formação do ac araquidônico) e seus metabólitos pró-inflamatórios.

Mulheres com SPM > perfil de ácidos graxos saturados (> presença de mastalgia)
Melhora da dor com o uso de óleo de prímula + vit E
500 a 1000mg/ dia

Borago officinalis Ac gamalinolênico (GLA) 20% auxiliar no tratamento de mastalgia – importante


(óleo de papel na síntese de prostaglandinas de caráter anti-inflamatório (> concentração
borragem) de GLA)
500 a 1000mg / dia
Vitex agnus – Óleos essências (monoterpenos e sesquiterpenos) flavonoides (acasticina) e
casctus L glicosídeos iridoides (aucubina e agnosideo) agonista dos receptores de dopamina,
modulando a secreção de prolactina . Melhora física e emocional na SPM
Halaska etal e Schellenberg et al administração 20 a 40mg (extrato fitoterápico) dia
por 3 ciclos < mastalgia , melhora da irritabilidade, alterações de humor, raiva .
CASO 1
VANESSA

28 anos
SPM- relata que sintomas começam 10 dias antes da
menstruação: edema, alterações de humor ,
irritabilidade, cefaleia, MUITA vontade de doce
Intestino irregular
Objetivo: perder peso e reduzir irritação “NESTA FASE...Acho
que vou matar
PESO: 72 Kg Altura: 1,67 cm IMC 25,8 (sobrepeso) Um...”

35% de gordura (bioimpedância)


HÁBITO ALIMENTAR

Hábito alimentar:
Não cozinha, quando janta pede Ifood , mora
com o irmão , não tem quem cozinhe
Adora fast food/ ama lanches
Adora mate e coca cola (não vive sem)
Bebida alcoolica 3 a 4 cervejas nos dias do FDS
(sexta, sábado e domingo)
Academia paga mais não vai
Recordatório
TRATAMENTO

 INDIVIDUALIZADO: Queixas, sintomas e hábitos.


OBJETIVO: perder peso (mudança de estilo de vida)
 REDUZIR cafeína/ introduzir frutas e verduras
Começar pelo SIMPLES-aceitação/ trocar o lanche a noite pelo jantar/retirar bebida
alcoólica/aumentar verde escuros (cálcio e magnésio)/ 3 frutas (fáceis dia)

 INCENTIVAR Exercício físico ( literatura: aeróbico 2 a 3 x na semana - Byrne e Byrne)


 MUDANÇA da alimentação dando ênfase a alimentos antiinflamatórios e nutrientes que
modulem os sintomas: ômega 3/ oleaginosas / neurotransmissores / Manter carboidratos de
boa fonte / aumentar PTN (saciedade)
Plano 1
1/3 de cada misturar e utilizar 1 colh de sopa para fazer a
infusão. (tarde/ noite) misturar c limão espremido e beber
gelado

CAMOMILA PASSIFLORA
MELISSA
RECORDATÓRIO

PROPOSTO
PROPOSTO

RECORDATÓRIO
SUPLEMENTAÇÃO DA PACIENTE
Manipular:
Vitamina B6.....40mg
Cálcio quelado....150mg
Magnésio quelado .....100mg
Em capsulas sem corantes
Utilizar 1 dose pela manhã e à noite

L- Triptofano...100mg
Em capsulas sem corantes
Utilizar 1 dose pela manhã e no •Probiótico (symfort)...1 sachê
final do dia Lactobacillus acidophillus, Lactobacillus casei,
Lactococcus lactis, Bifidobacterium lactis
e Bifidobacterium bifidum.
Profem, óleo obtido da
pressagem a frio das
sementes da Prímula, ácido
graxo essencial Ômega-6, rico
em ácido gama-linolênico GLA
Ácido Eicosapentanóico (EPA) 88mg

Ácido Docosahexanóico (DHA) 56mg

Ácido Alfa Linolênico (ALA) 106mg

Ácido Gama Linolênico (GLA) 43mg

Ácido Linoléico (LA) 116mg

Cálcio 100mg

Magnésio 50mg

Vitamina E 5mg

Vitamina D 5mcg
RETORNO
REAVALIAR QUEIXAS E
MELHORA METABÓLICA OBSERVAR ADESÃO

FORNECER RECEITAS
MANTER ESTRATÉGIAS DE
REVER SUPLEMENTOS ADESÃO E
SUGERIDOS ACOMPANHAMENTO
FERTILITATE
(LATIM)

ou fecundidade
capacidade de se produzir algo com
facilidade
INFERTILIDADE

SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA


SAÚDE (OMS)
INFERTILIDADE ATINGE 15% DOS CASAIS
(não conseguem gerar filhos em até um ano)
60 a 80 milhões de pessoas enfrentam dificuldades
para engravidar
Estilo de vida e fertilidade
• Menor ingestão de gordura trans com maior
consumo de gordura monoinsaturada;
• Maior aporte de ômega 3
• Menor consumo de proteína animal ;
• Maior consumo de proteína vegetal;
• Maior ingestão de carboidratos ricos em fibras e
baixo índice glicêmico;
• Maior preferência por produtos lácteos;
• Maior ingestão de ferro não heme;
• Maior frequência de uso de multivitamínicos;
• Maior prática de atividade física e redução do
IMC
• Controle no consumo de cafeína – até 200ml
DIETAS RESTRITIVAS,
TRANSTORNOS ALIMENTARES E
FERTILIDADE
Variações de peso extrema ex:
anorexia Inibição do eixo
hipotálamo-hipófise-gonodal

Vitaminas do Complexo B (ácido fólico, B6, B12)


Coenzima Q10, Zinco, Ferro

FERNANDES, C.A; POMPEI, L, M. Endocrinologia Feminina . Manole 2016


DOENÇA CELÍACA (DC) E FERTILIDADE
• Infertilidade inexplicada (homens e mulheres) – DC 4 a 8% dos casos
• Afecção inflamatória crônica , permanente intolerância ao glúten ( trigo,
cevada, centeio e malte)
• Forma clássica: diarreia, distensão abdominal e desnutrição progressiva.
• Resposta auto-imune mediada por linfócitos T, lesão progressiva no
intestino delgado, infiltração linfocitária no epitélio jejunal, atrofia
vilositária e hipertrofia nas criptas.
• Manifestações clínicas: lesões do intestino -normalização com rigorosa
dieta sem glúten.
• Bebês de mães celíacas não tratadas podem apresentar retardo do
crescimento fetal intra-uterino, parto pré-termo (prematuro).
DOENÇA CELÍACA (DC) E FERTILIDADE
Sher e Mayberry ( 1996) Estudo caso-controle 80 celíacas e 70 saudáveis (controle), taxa de
abortamento nas celíacas 15% grupo controle 6%.

DOENÇA CELÍACA (DC) E FERTILIDADE


Khoshbaten et al, 2010 100 casais Iranianos inférteis -Alta prevalência em exames sorológicos para
DC quando comparados c grupos com fertilidade normal

Meloni et al. Na Sardegna , Itália 10,6 pacientes DC por 1000 mulheres


2011 Alta prevalência de DC na população geral

Kotze 2004 18 pacientes adolescentes brasileiras com DC Atraso no desenvolvimento


puberal quando comparadas a grupo c Síndrome do Intestino Irritável

Stephansson et al , 2010 11,097 mulheres suecas c endometriose relação direta com DC


ESTUDOS
Mecanismo: associação de um
ambiente autoimune, com efeitos
Maior prevalência de abortos diretos sobre a placenta e o feto
recorrentes, infertilidade como consequência da ativação
crescimento intra-intrauterino generalizada do sistema
restrito, natimortalidade imunológico
aumentada, malformações
congênitas

Lesões jejunais levam a síndrome de má absorção, carência de


nutrientes como ferro, zinco e vitaminas (principalmente
ácido fólico e vitaminas B12, K e B6), fundamentais para o
desenvolvimento fetal normal.
Menarca Tardia
Doença Diagnóstico
Celíaca
Abortos recorrentes Quadro clínico sugestivo
Ou infertilidade DC

Menopausa Precoce Dosar anticorpos


(antiendomisio e ou
antitransglutaminase)
Iniciar dieta sem
glúten
Queda de
anticorpos e
melhora clínica
Anticorpos elevados
Atrofia de vilosidade,
hiperplasia de criptas e
aumento de linfócitos
intraepiteliais Biópsia de intestino delgado
NUTRIÇÃO DOENÇA CELÍACA

Dieta isenta de glúten


Tratar intestino : probióticos e glutamina
Garantir Nutrientes essenciais para nutrir/fertilidade -Antioxidantes (vit A,
vit C, selênio, zinco, ferro, vitaminas do complexo B – B9 (metilfolato) , B6,
B12)
• Ômega 3
• Alimentação com caráter antiinflamatório
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL

 Parte da microbiota normal em humanos ( colonizantes)


 INFECÇÃO FÚNGICA

 Causa: várias espécies do gênero Cândida (200 espécies -Albicans mais


comum na candidíase vulvovaginal. Espécies não albicans: Cândida
glabrata, Cândida Tropicalis, Cândida Krusei...)
 Colonizam TGl, genital, pele e mucosas
Desequilíbrio tornam-se fungos oportunistas infecção.
MANIFESTAÇÕES E DIAGNÓSTICO
 Prevalência - Mulheres em idade reprodutiva
 Manifestações clínicas- prurido vulvar intenso, corrimento vaginal
esbranquiçado ( grumos), dispareunia (dor durante a relação
sexual) e disúria (dor ou ardor ao urinar) .
 Edemaciamento da vulva ou vagina (hiperemiadas)
 Diagnóstico: história clínica e exame microscópico do conteúdo
vaginal.
FATORES PREDISPONENTES
 Altos níveis de estrogênio- promotores do processo de adesão do fungo ( estimulam a
produção de glicogênio epitélio vaginal, alimento para o fungo)
 Ambiente hiperestrogênico : gestação, anticoncepcionais, TRH
 Gestação após a 28ª semana
 Infância e climatério baixa incidência
 HIV
 Diabetes descontrolada – aumento nos níveis de glicose sanguínea , nos tecidos e urina
– favorável à sua multiplicação.
 Controle glicêmico adequado reduz risco em mulheres diabéticas.
CONDIÇÕES QUE PROMOVEM O DESEQUILÍBRIO DA MICROBIOTA
INTESTINAL E OUTROS FATORES

• Antibiótico, antiácidos, anti-inflamatórios, laxantes, alimentação pobre em


fibas e nutrientes.
• A microbiota vaginal normal possui lactobacillus formadores de peróxidos
(bacillus de Doderlein- produzem substâncias como peróxido de hidrogênio e
bacteriocinas que constituem uma barreira defensiva as infecções por
cândidavulvovaginal .
• Disbiose intestinal pode promover diminuição no número de bactérias
intestinais benéficas – permitindo o crescimento desordenado de Cãndida.
• Situações que levem a queda da imunidade como: doenças, stress,
quimioterapia , sepse, trauma, uso de corticoides, drogas imunossupressoras,
podem predispor a infecção.
• Uso de roupas apertadas, sintéticas- promovem pouca aeração nos órgãos
genitais.
TRATAMENTO
• Principal substrato: GLICOSE- redução e exclusão de alimentos com
alto teor deste nutriente- em candidíase de repetição .
• Evitar frutas desidratadas e sucos de frutas
• Evitar alimentos que possam estar contaminados por fungos
(oleaginosas, granel)
• Evitar alimentos e bebidas fermentadas pela ação deles (vinhos,
picles)
• Deve-se avaliar a necessidade de se restringir leite de vaca
(candidíase recorrente) . Lactose substrato para o fungo e elevado
potencial alergênico das proteínas como a caseína
• Tempo para se manter a exclusões será individual

Chaitow L. Candidíase recorrente. Tratamento anticândida à base de suplementos e alimentação KN Books 2014
ALIMENTOS QUE FAVORECEM O
CRESCIMENTO DE CANDIDA SPP

Alimentos com alto teor de carboidratos Açúcar, doces, mel, produtos com farinhas
simples refinadas,
Alimentação sujeitos a contaminação fúngica Amendoim e seus produtos, milho, castanha
de caju, pistache
Fermentados Bebidas alcoolicas : cerveja, vinho,
champanhe, vinagre, pães e massas com
fermento biológico
Potenciais alergênicos Leite e derivados
Glúten
Outros (ver intolerância)
Outros Conserva, embutidos, enlatados, ricos em
corantes e conservantes, cogumelos
(champignon e shitake)
Adaptado *Chaitow L. Candidíase recorrente.
Tratamento anticândida à base de suplementos e alimentação KN Books 2014
ALIMENTOS E NUTRIENTES NA
MODULAÇÃO FÚNGICA

Adequado aporte de ferro Manutenção da imunidade – atividade de linfócitos T.


e zinco e antiox maior atividade das células natural Killer (NK)
Zinco Atividade SOD
Selênio Atividade Gluationa Peroxidase
Vitamina E Atividade antioxidante proteção das membranas celulares

Ac fólico Replicação celular – incluindo as das células de defesa


Ácido láurico e caprílico Ácidos graxos de cadeia média capacidade antifúngica-
Óleo de coco- (7% de ac alteram a membrana lipídica contida nos envoltórios do
caprílico e 40% de ácido fungo, interferindo na sua integridade e causando sua
láurico) ruptura e inativação.
Adaptado *Chaitow L. Candidíase recorrente.
Tratamento anticândida à base de suplementos e alimentação KN Books 2014
Temperos Princípios ativos c ação UMA PITADA GASTRONÔMICA DE SAÚDE
(óleos essenciais ) antifungica
Carvacrol e timol- inibição
Origanum vulgare (inibição do crescimento de
Orégano leveduras e fungos)

Thymus vulgaris Timol – inibição da levedura em


tomilho diferentes espécies de Cândidas
Rosmarinus officinalis Ac fenólico (ac rosmarínico,
(alecrim) canfeno, pineno, cinerol, borneol,
cânfora e taninos) inibição de 80%
do fungo em concentrações do
óleo que variaram de 1 a 2%
Allium sativum (alho)- utilização do alho cru por sua
composição rica em alicina (composto sulfurado)
, princípio ativo com propriedade antifúngica.

ALMEIDA, LFD, Cavalcanti YW, Viana WP, Lima EO. Screening da


atividade antifúngica de óloes essenciais sobre Candida albicans.
Rev Bras Ciências Saúde .2011;14:51-6
RETIRAR!
RECUPERAR TGI
A FUNÇÃO DO TRATO GASTRINTESTINAL
IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO de quadros de disbiose e ou
hipersensibilidades alimentares
(proteínas de transporte P-glicoproteína no enterócitos)
 Avaliar: enzimas, glutamina, probióticos, fibras , ômega 3 ( e nutrientes
reparo da mucosa: zinco, vit D) Flavonoides (polifenóis ,quercetina)

Das A, et al 2016
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICISTICO
(SOP) O QUE É ?

• Atinge de 6 a 10% das mulheres em idade fértil


• Causa mais comum de infertilidade por anovulação
• Resistência insulínica e a hiperinsulinemia elementos
mais importantes na etiopatogenia da SOP
• Principais características: hiperandrogenismo e
anovulação crônica.
• Cursa com diabetes mellitus, síndrome metabólica e
doença cardiovascular
Predisposição genética
3 Ps

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018.
103p. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
(SOP)
OVÁRIO POLICÍSTICOS
Recrutamento e ativação folicular intensa
Menor atresia dos folículos em estágios iniciais
Sem depleção precoce da população de folículos
Menores níveis de FSH dificultando o crescimento do folículo até
estágios maduros
Estacionam em estágios intermediários
RESULTADO: Ovário com a morfologia policística

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018.
103p. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
HIPERANDROGENISMO
 Variantes genéticas e fatores ambientais
 Desequilíbrio na função ovariana

FISIOPATOLOGIA DA SOP

Hiperatividade
das céls teca
FSH
LH Andrógenos
LH FSH sem a
conversão em
estradiol

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018.
103p. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
MANIFESTAÇÕES (QUADRO CLÍNICO)
 Hirsutismo Crescimento excessivo de pelos terminais em áreas andrógeno-dependentes
(escala ferriman-gallwey)- atividade aumentada da 5alfa-redutase nos folículos
pilosos (estimulada pelo androginismo e hiperinsulinemia)

Aumento da glândula sebácea e da produção do sebo, descamação


 Acne anormal das células do epitélio folicular

Perda de cabelo na região frontal/ central- níveis elevados da 5-


 Alopécia androgênica alfaredutase

 Disfunção menstrual Intervalos superiores a 31 dias , menstruações mais


duradouras e de maior intensidade

 Infertilidade
Baixa resposta à hiperestimulação ovariana

Santana LF, et al. Tratamento da infertilidade em mulheres com síndrome dos ovários policísticos.
Ver. Bras. Ginicol. Obst. 2008
MANIFESTAÇÕES

Correlação entre os níveis de insulina e de andrógenos


 Hiperandrogenismo
Hiperinsulinismo – contribui para o aumento dos depósitos de adipócitos ,
redução da lipólise
 Obesidade < colecistoquinina (saciedade) – devido ao aumento da testosterona

Doença com caráter metabólico/ a insulina aumenta a produção de


andrógenos nos ovários
 Resistência a insulina

Espessamento e hiperpigmentação da pele (hiperinsulinemia) em áreas como:


Pescoço, seguida pelas axilas, face lateral do pescoço, superfícies flexoras dos
 Acantose Nigrans membros, região periumbilical, inframamária, mucosa oral ou mesmo, em casos
raros, planta dos pés e palma das mãos.

 Síndrome metabólica O consenso de Rotterdan sugere realizar rastreamento para


síndrome metabólica em mulheres c SOP
INSULINA

 Efeito direto na produção de androgênios ovarianos, ação sinérgica ao LH nas


células da teca, estimulando a produção de androgênios.
 Envolvida na redução da produção da proteína carreadora de androgênios
(Steroid Hormone Binding Globulin – SHBG) aumentando a concentração de
testosterona livre (fração ativa do hormônio).
Estudos mostram que o uso de sensibilizadores periféricos à ação da insulina, como a
metformina, reduz níveis de testosterona circulante em mulheres com SOP, na
presença ou não de obesidade.

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. 103p.
(Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
SOP E HIPERINSULINEMIA

50% das mulheres com SOP são


obesas e apresentam
resistência à insulina e
hiperinsulinemia, presença de
acanthosis nigricans.

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. 103p.
(Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
SOP OUTROS DADOS...

 Baixo peso ao nascer e pubarca precoce > risco para o


aparecimento da SOP (sintomas usualmente na época da
menarca);
 Início SOP após a puberdade também pode ocorrer como
resultado de modificadores ambientais, tais como ganho de
peso e vida sedentária

Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. 103p.
(Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018.
103p. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina).
Dieta inadequada Gordura Visceral
Obesidade
Etnia
Sedentarismo Secreção de citocinas pró-
inflamatórias
Variantes genéticos IL-6 , TNF- α
E EROs- presentes no tec
adiposo
Inflamação
R.I
Redução
Risco para da atividade
Hiper Tirosina quinase
DM , SM e DCV
androgenismo Receptor da insulina
TRATAMENTO
CLÁSSICO- SOP

 Objetivo: melhorar a fertilidade, diminuir complicações da gravidez;


 Regularizar ciclo menstrual, combater o hiperandrogenismo e prevenir o
carcinoma de endométrio. Diminuir risco de DM2 e DCV;
 Redução 5% do peso pode restaurar a ovulação ;
 Medicamentos : anticoncepcionais orais, os anti-andrógenos, os anti-
estrógenos e os agentes sensibilizadores da insulina (tiazolidinedionas e
biguanidas: Metformina) reduzir o nível de hiperinsulinemia e seu impacto
negativo sobre a função ovariana e a prevenção a longo prazo de suas
consequências cardiovasculares;
 Anticoncepcionais orais, podem piorar a R.I , induzir intolerância à glicose
aumentando o risco de desenvolvimento de DM2, elevar os níveis de TGL e
aumentar o risco cardiovascular também devido às suas ações sobre a
coagulabilidade e a reatividade vascular
NUTRIÇÃO E SOP
SOP - TRATAMENTO

Consenso das sociedades europeia (ESHRE) e


americana (ASRM) : Mudança no estilo de vida primeira
linha de tratamento
 Exercício Melhora no perfil lipídico, reduções dos
 Mudança alimentar níveis de andrógenos circulantes, aumento
da fertilidade e menores taxas de abortos
Metformina- Intolerância a glicose- Facilita o transporte de glicose, com aumento da
atividade tirosina quinase nos receptores de insulina. A metformina não tem efeito direto
sobre a secreção de insulina pelas células beta pancreáticas.

Mudança no peso corporal alteram positivamente a


sensibilidade a insulina
ALTERAÇÕES NA MICROBIOTA INTESTINAL E SOP
• Presença de disbiose intestinal em pacientes com SOP (altos valores de IMC1 )
• Estudo com 90 mulheres (42 portadoras de SOP e 48 controles) participantes com SOP
menor quantidade e diversidade de bactérias probióticas, em comparação com os
controles.
• Alterações na microbiota associadas a níveis aumentados de testosterona total e sintomas
como hirustismo 2.
• Aumento da diversidade de cepas patogênicas em mulheres com SOP associada a
redução dos níveis de estradiol3.

CONCLUSÃO: modificações na microbiota intestinal associadas com alterações metabólicas


da SOP -Necessários mais estudos

1-Liu, R.; Zhang, C.; Shi, Y. et al. Dysbiosis of Gut Microbiota Associated with Clinical Parameters in Polycystic Ovary
Syndrome. Front Microbiol; 8: 324, 2017.
2-Torres, P.J.; Siakowska, M.; Banaszewska, B. et al. Gut Microbial Diversity in Women With Polycystic Ovary Syndrome
Correlates With Hyperandrogenism. J Clin Endocrinol Metab; 103(4): 1502-1511, 2018.
3-Insenser, M.; Murri, M.; Del Campo, R. et al. Gut Microbiota and the Polycystic Ovary Syndrome: Influence of Sex, Sex
Hormones, and Obesity. J Clin Endocrinol Metab; 103(7): 2552-2562, 2018.
ÔMEGA 3 E SOP

Redução de eicosanoides pró-inflamatórios


Melhoram a sensibilidade a insulina em 38% mantendo a inibição
da produção hepática de glicose
Estudos recomendam de 2g a 3g diárias de ômega 3, sempre
acompanhado por uma vitamina antioxidante.

EPA DHA
O aumento no EPA nos fosfolipídios das Apesar do DHA não ser substrato para enzimas
membranas inibem o metabolismo do COX e LOX inibe a síntese de ac graxo w6
ác araquidônico por competição pelas diminuindo a liberação de ac araquidônico da
mesmas vias enzimáticas , promovendo membrana- ação anti-inflamatória
a formação de leucotrienos e
prostaglandinas menos inflamatórias
(COX e 5 LOX)
AC GRAXOS POLINSATURADOS (MUFA)

O consumo de amêndoas associado a melhora na obesidade,


hiperlipidemia, hipertensão e hiperglicemia.
Estudo clínico cruzado randomizado de 12 semanas - consumo de 20
amêndoas/dia melhoraria o controle glicêmico e diminuira o risco de
DCV

> saciedade <


consumo de
carboidratos
Estudo com 100 mulheres
com sobrepeso e o
diagnóstico de SOP
Dieta + atividade física
por 12 semanas

Dieta adotada- Baixo Índice Glicêmico, inspirada na dieta do mediterrâneo, dieta


anti-inflamatória e antioxidante. Incentivando o consumo de legumes, peixes e
produtos lácteos com baixo teor de gordura
25% proteínas , 25% de gordura e 50% de carboidratos
Pirâmide da Dieta Mediterrânea portuguesa
(FUNDACIÓN DIETA MEDITERRÁNEA, 2015).
Estudo transversal prospectivo de 231 mulheres, incluindo trabalhadores de
saúde pacientes de referência saudável da Clínica da Mulher e voluntários
da comunidade universitária no Hospital Universitário Nacional de Cingapura,
de 2011 até 2015.
CROMO E RESISTÊNCIA A INSULINA

• Potencializa a ação da insulina- ativa a


tirosina quinase localizada nos receptores
insulínicos- tornando-os mais ativos
• Nos pacientes com resistência periférica a
insulina , ocorre inativação dos receptores
insulínicos- apesar de haver excesso esta
não se liga ao receptor
• Excesso de açúcar aumenta a excreção de
cromo- suplementar em grandes
consumidores de doce
Efeitos hipoglicemiantes do
Fenogreco (Aminoácido 4-
hidroxisoleucina) atua por meio do
estímulo da regulação da insulina-
células ß – pancreáticas, bem
como por meio da inibição das
atividades de alfa – amilase e
sacarase, duas enzimas intestinais
envolvidas no metabolismo do
carboidrato.

50 Mulheres
500mg por 3 meses
NUTRIENTES E SUPLEMENTOS E SOP

Vitamina D A deficiência de vit D reduz a atividade das células B-pancreáticas


Sugestão: 1000UI a 2000UI
Vit B12 e Ácido Fólico A suplementação combinada de Vit B12 e ac fólico – aumentam o efeito
da metformina
Sugestão: ac folínico 400mcg a 800mcg
Metilcobalamina 100mcg a 500mcg
Fenucgreek seed Uso de 250mg (2 x ao dia)
extract Redução de cistos e retorno do ciclo menstrual em 36% a 71% dos casos
50% fenusídeos Sugestão: 250mg a 500mg , 2 x ao dia

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


Vanádio Sensibilizador da ação da insulina (insulin-like)
Estimula a captação da glicose (redução da insulina de jejum e
hemoglobina glicosilada)
Fosforilação da tirosina quinase, aumento das proteínas GLUTs para
membrana plasmática
Doses Usual- 250mcg / 500mcg /dia

Zinco Cofator da síntese e metabolismo da insulina


Antioxidante (SOD)
Ativação da tirosina quinase
Dose Usual-10 a 30mg/ dia

Magnésio Melhora o comportamento dos receptores de insulina e o transporte de


glicose para dentro das células.
Cofator da maioria das cinases e de outras enzima que participam da
sinalização intracelular de insulina.
Dose Usual: 200 a 300mg por dia

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


Ácido alfalipoico Vitamina antioxidante
Proteção de adipócitos e miócitos – do stress oxidativo
Previne resistência a insulina e disfunção das células beta
prancreáticas
N acetil cisteína (NAC) Aumento nas concentrações de glutationa nos enterócitos
Estudos demonstram ação na melhora da resistência a insulina
Biotina Ação no controle glicêmico e na hiperinsulinemia
Aumenta Glicoquinase (enzima responsável pelo primeiro estágio
na utilização da glicose pelo fígado)
Dose usual: 1 a 2 mg/dia
Coenzima Q10 Redução do stress oxidativo
Melhora na resposta a insulina
Dose usual : 100mcg
Inositol (mioinusitol) Melhora da sensibilidade a insulina e da testosterona livre : 100mg
Vitamina B8- alimentos (2 x ao dia)
verde escuros/ frutas Supressão do LH e assim redução na produção de andrógenos

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


O QUE SE TEM NO MERCADO?
Regeneração das células β-
pancreáticas.
Inibição da absorção de glicose
Inativação da tirosina Estímulo da secreção de insulina
fosfatase e aumento da tolerância à
Modificação na glicose
fosforilação da
Canela cascata do receptor
(Cinnamomum de insulina
zeylanicum)
Gymnema
sylvestre

Alta quantidade de
Chá verde flavonoides e polifenois
Camellia sinensis (epigalocatequinas)
Redução do stress
oxidativo , inflamação
Termogênico

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


NUTRIÇÃO E SOP
 Ac graxos poliinsaturados (ômega 3)
 Ac graxos monoinsaturados (MUFA)
 Controle dos carboidratos da dieta (dieta mediterrânea)
 Antioxidantes (Vit E, Vit A, Vit C, Selênio, coenzima Q10)
 Magnésio quelado
 Zinco quelado, biotina
 Cromo
 Vit D
 Ac lipóico, fenogreco, Mioinusitol
 Canela, chá verde, cacau , yacon, linhaça, amido resistente (biomassa de
banana verde)

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


CASO 2
FLÁVIA ”Me sinto
desregulada e
infértil”
36 anos
Dificuldade em perder peso, busca engravidar há 2 anos, professora em Universidade
Federal (coordenação), stress alto, briga com o peso “a vida toda”
Já fez uso de metformina por 2 anos e conseguir perder peso.
Hist Ginecológica: menstruação irregular, Hirsutismo, acantose nigrans
Anticoncepcional por 8 anos seguidos/ Parou o anticoncepcional há 1 ano e teve uma
piora na pele , pelos e o fluxo está irregular / constipação crônica
Nega gestação anterior
Pilates 3 x na semana(algumas semanas só vai 1 x)
Não bebe, não fuma . Adora doce mais evita
Come em restaurante a quilo/ mas poderia levar quentinha mais saudável/ hortifruti
perto do trabalho (frutas salada de frutas)
Gosta de frutas e verduras (mas não tem o hábito)- não gosta de feijão
Prefere lanchar a noite
Exames Relevantes
Insulina de jejum 22mg/dl (2,6 a 24,9mg/dL)
Glicose de jejum 99mg/dl (70 a 99 mg/dL)
Hemoglobina glicosilada 5,9% (4 a 6%)
Ferritina 21 ng/dl (23 a 336ng/ml)
Vitamina D 20 ng/mL (>30ng/mL)

PESO- 76Kg
ALTURA- 1,60
IMC- 29,7
% DE GORDURA- 33%
Circunferência abdominal -96cm
PREFERE
LANCHAR
noite!
COMBINAÇÕES

 Comida de verdade
 Mais frutas e verduras
 Menos carboidratos simples
 Exercícios 3 x na semana
SUGERIR ALTERNAR C COMIDA DE
VERDADE (JANTAR)
Sódio
1489mg

proposto
Sódio
186mg
2-Fenucgreek seed
extract.....250mg
SUPLEMENTAÇÃO DA PACIENTE (50% fenusídeos)
Em capsulas sem
corantes 1 dose
2 x ao dia por 30 dias

1-Multivitamínico (manipular)
Metilfolato 400mcg
Metilcobalamina 500mcg
Individual
Vitamina D 2000UI
Mioinusitol ....200mg
Picolinato de cromo ....300mcg
Magnésio glicina ...........200mg
Zinco quelado.................10mg
Coenzima Q10 ...........100mg
Vanádio glicina ..............250mcg
Em capsulas sem corantes
Utilizar 1 dose ao dia por 30 dias
3-Probiótico- 1
sachê symfort
RETORNO Gymenma PESO ATUAL: 72 KG
Sylvestre....200mg % gordura 30
2 x ao dia Circunferência
abdominal 92cm

Manter Avaliar queixas e


suplementação sintomas - evoluir o
(rever dose ) tratamento
ENDOMETRIOSE

Patologia crônica ESTROGÊNIO dependente -


Presença de tecido funcional semelhante ao
endométrio localizado fora da cavidade uterina,
peritônio pélvico, nos ovários e septo retovaginal

 Processo inflamatório peritoneal local causado


pelos implantes endometriais ectópicos.

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


ENDOMETRIOSE- ETIOPATOGENIA
 Fatores:genéticos, hormonais e imunológicos poderia contribuir
para a formação e o desenvolvimento dos focos ectópicos de
endometriose;
 Menstruação retrógrada- refluxo de tecido endometrial através
das trompas de falópio durante a menstruação, com
subsequente implantação e crescimento no peritônio e ovário;

Embora 70 a 90% das mulheres apresentem menstruação retrógrada,


apenas uma minoria irá desenvolver a doença . Isso sugere que outros
fatores – genéticos, hormonais ou ambientais – poderiam determinar uma
maior suscetibilidade para desenvolver a doença;
FISIOPATOLOGIA DA ENDOMETRIOSE APOPTOSE
redução da morte
celular na
endometriose
INFLAMAÇÃO poderia ser causa
ESTRESSE OXIDATIVO para o início da
marcadores de doença
EROs
inflamação

ADESÃO E INVASÃO
ANGIOGÊNESE adesão de moléculas
crescimento de novos aumenta a fixação de
capilares através da tecidos do tipo endometrial
proliferação e migração a locais ectópicos.
de céls endoteliais Capacidade de invadir seu
deferenciadas ambiente.

VALLÈ, Alexandre; Et al Curcumin and endometriosis. March, 2020


ENDOMETRIOSE

 Prevalência 10 a 20% das mulheres em idade reprodutiva de 30 a 50%


das mulheres inférteis apresentam endometriose;
 Prevalência Nuliparidade (maior exposição estrogênica);
 Contraceptivos podem temporariamente suprimir os sintomas , porém
o uso prévio aumenta o risco da doença por suprimir os sintomas e
não os focos da doença, reativação após a interrupção do seu uso;
 Pode ser assintomática ou cursar com queixas de dismenorreia,
dispareunia, dor pélvica crônica e/ou infertilidade.
 Diagnóstico : intervenção cirúrgica, preferencialmente por
videolaparoscopia
 Tratamentos difundidos: cirurgia, terapia de supressão ovariana ou a
associação de ambas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA
ENDOMETRIOSE- PREVALÊNCIA Dor pélvica + dispareunia
(33,45%)
Dispareunia +dor pélvica +
dismenorreia (34,45%)

Disminorréia (12,7%)
Dor pélvica + dismenorréia
(25,2%)
Disminorréia + Dispareunia
(6,5 %)

Sinaii Et al, 2008


ENDOMETRIOSE
compromete
também o
desenvolvimento dos
ovócitos e pré-
embriões.

Massa pélvica Dor pélvica

infertilidade

Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
Substâncias químicas ação sistema endócrino

XENOBIÓTICOS interferem com


armazenamento/liberação,
a síntese,
transporte,
DESREGULADORES ENDÓCRINOS metabolismo, atividade conjugadora ou eliminação
de hormônios naturais na corrente sanguínea
responsáveis pela regulação da homeostase e pelo
desenvolvimento normal
FITOESTRÓGENOS

ORIGEM VEGETAL SINTÉTICAS

Sementes, frutos e vegetais Herbicidas, fungicidas, inseticidas,


(Soja- isoflavona/ Linhaça- cadmio, chumbo, mercúrio,PBBS, PCBs,
lignana) Ftalatos
• Metabólitos secundários • Substâncias sintéticas c ação
• Facilmente excretados desreguladora
• Persistem no ambiente, animais e
plantas e metabolismo do homem
XENOBIÓTICOS- DIOXINA E
ENDOMETRIOSE
Efeitos imunossupressores e interferência
na via de sinalização estrogênica.

Mulheres expostas a maiores concentrações


plasmáticas de DIOXINA maior risco de
desenvolver endometriose se comparado ao
grupo de mulheres com menores concentrações .
Simsa, et al. 2010
FEBRASGO, 2014/2015

Relação entre a exposição a


xenobióticos
e endometriose
EXERCÍCIO E ENDOMETRIOSE
2 horas de Regulação
exercício dos níveis de
aeróbico por estradiol
semana

IMC maior,
menor risco de
endometriose
Redução de
Ciclos
citocinas
anovulatórios
inflamatórias

FEBRASGO, 2014/2015
Dieta e o estilo de
vida pode influenciar
na inflamação
crônica

Alimentação rica em Consumo de carne


ômega 6 vermelha e
(prostaglandinas E2 e embutidos maior
O consumo de E2α)- aumento da dor risco de
fitoestrógenos , endometriose
aumentam o risco
(relação endometriose
e estrogênio) Maior consumo de Níveis adequados
álcool maior risco de de Vit D
endometriose Suplementação Vit A, C, E e
Cafeína (controverso) complexo B
MCN Am J Matern Child menor risco de
Nurs. 2017 endometriose
CONCLUSÃO

Deficiência de nutrientes : mudanças no metabolismo lipídico, no estresse


oxidativo e promoção de anormalidades epigenéticas, envolvidas na gênese
e progressão da doença.
Alimentos ricos em omega 3 efeito anti-inflamatório, suplementação com N-
acetilcisteína, Vitamina D e resveratrol, aumento do consumo de frutas,
vegetais (orgânicos) e grãos inteiros- proteção reduzução do risco de
desenvolvimento e possível regressão da doença.
MCN Am J Matern Child Nurs. 2017
FITOTERÁPICOS

RESVERATROL PINUS PINASTER


Estudo investigou controle da dor pélvica em Ação antiinflamatória- inibidor na cascata pró-
pacientes c endometriose. inflamatória NF-kB em 15,8%.
À terapia com anticoncepcionais orais
(ACO)foi adicionado 30mg de resveratrol /dia. 100mg de extrato seco P. Pinastre por via oral 1
82% de alívio na dismenorreia e dor após 2 x ao dia – alívio da dor na terapia padrão
meses de tratamento (ACO)

Sugestão: 30mg via sublingual Sugestão: 100mg ao dia


CURCUMINA
REDUÇÃO NFKB E
MARCADORES
DE INFLAMAÇÃO

Endometriose

Citocinas inflamatórias
NFK-B /TNF –alfa/ COX2
interleucina 6
e interleucina 8
NUTRIÇÃO E ENDOMETRIOSE

 Tratar intestino (inflamação), reduzir exposição (alimentação limpa)


 Orientar consumo de peixes (pequenos) e redução do consumo de
carne vermelha (ômega 3 de 1 a 2 g/ dia)
 Aumentar o consumo de proteína vegetal
 Aumentar o consumo de vitaminas e nutrientes antioxidantes (Vit A,
Vit C, Vit E ) , selênio, coenzima Q10 e vitaminas do complexo B;
 Orientar o consumo de alimentos fonte de magnésio
(antiinflamatório);
 Orientar o consumo de alho, gengibre, cúrcuma
 Avaliar suplementos: resveratrol e pinus pinaster

Ramos, et al. Nutrição funcional na saúde da mulher Atheneu 2018


CASO 3 ISABELLE “Minha magreza me
incomoda muito.”
40 ANOS

Trabalhava em empresa RH (tinha muito stress), hoje trabalha de casa


Endometriose / Muita cólica 2 primeiros dias - insuportável
Anticoncepcional por 10 anos seguidos- parou para tentar engravidar- cirurgia para endometriose há 1 ano
– atualmente fará uso de Lupron (medicação injetável- suspensão da menstruação- até novo ciclo)
2 FIVs sem sucesso (anteriormente)
Ex fumante (fumou por 5 anos)/ Marido fumante
OBJETIVO: mais massa magra (baixo peso e uma aparência de desnutrição) e ter sucesso em um possível
FIV
Se sente cansada e desanimada com os tratamento e na vida (Chorou durante a consulta) sem exames
recentes
Aeróbico 4 x na semana (spinning e esteira)/ já fez quadro de bulimia
Intestino – irregular/ Sono – acorda durante a noite
Sempre comeu pouco / gosta de besteiras / ama carne vermelha (não consome peixe)/ não tem o hábito
de oleaginosas/ café ama Expresso / pode fazer algumas preparações simples – empregada 2 x na
semana-
Recordatório
DESEQUILÍBRIO
Reduzir café para
2 /dia coados

Introduzir chá
verde

Preferir orgânicos
Reduzir carne
vermelha- observar
B12 e ferritina

Jantar pratos
únicos:
Omelete
Sopa de legumes
c quinoa
Lasanha de
abobrinha
vegetariana
2- Redução da dor e
1- Alimentação menos melhora em energia
inflamatória e mais limpa-
preparar para nova FIV (1 ano )

OBJETIVOS E COMBINAÇÕES
TRATAMENTO

3- Começar musculação e ganho de massa


magra
Não trouxe exames
SUPLEMENTAÇÃO DA PACIENTE solicitar

MANIPULAR
Magnésio....300mg
Coenzima Q10....100mg
L- carnitina.....500mg
L-triptofano....100mg
Não come
L- theanine.....100mg
peixe!!
Vit B6.....40mg
Em capsulas sem corantes
Utilizar 1 dose ao dia – final da
2 caps / dia tarde por 30 dias
Almoço e jantar

Resveratrol....30mg 3g no pré
Sublingual 1 x ao dia treino +
palatinose
(carbolift- 15g)
RETORNO NA CONSULTA

 Avaliar deficiências
 Acompanhar queixas (redução da dor, melhora do fluxo,
infiltração – imagens)
 Avaliar outros suplementos
 Observar ganho de massa magra
GRAVIDEZ ECTÓPICA
Implantação do embrião em desenvolvimento fora da cavidade uterina
Alta morbidade e mortalidade materna (primeiro trimestre da gestação)
95% na tuba uterina ; 5% nos ovários; colo uterino; cavidade abdominal e cicatriz de
cesariana

FUNÇÃO TUBÁRIA ADEQUADA – interações locais entre


epitélio, musculatura e embrião
a coordenação adequada dessa sinalização facilita o
transporte do embrião no tempo ideal e cria o ambiente
favorável ao seu desenvolvimento
FATORES MODULADORES: hormônios sexuais , inervação
simpática tubária, óxido nítrico, citocinas inflamatórias e
resposta imune
FATORES DE RISCO PARA GRAVIDEZ
ECTÓPICA

 INFECÇÃO- Chlamydia trachomutis


 TABAGISMO DIAGNÓSTICO
 FERTILIZAÇÃO IN VITRO Ultrassonografia
e B-hCG
 ENDOMETRIOSE
 CIRURGIA TUBÁRIA PRÉVIA
 ABORTAMENTO PRÉVIO
 IDADE MATERNA >40 ANOS
 DOENÇA TUBÁRIA COMPROVADA
MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

Segundo a OMS- o climatério é uma


fase biológica da vida que compreende
a transição entre o período reprodutivo
e não reprodutivo da vida da mulher
Menopausa- último ciclo menstrual após
12 meses
IDADE MÉDIA da menopausa: 48 e 50
anos
Climatério- declínio da
função ovariana-
Menopausa antes dos 40 anos hipoestrogenismo
– considerada precoce. associado com sinais e
sintomas

Climatério engloba as 3 fases da menopausa:


Pré, peri e pós menopausa
Estima-se que o período do
climatério se inicie por volta
dos 40 e termine em torno dos
65 anos

Espontânea OU artificial
(cirurgias, quimioterapia)
Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
ALTERAÇÕES HORMONAIS

FSH Hormônio Folículo Estimulante (2x o nível médio das


mulheres férteis)- medidos no terceiro dia do ciclo menstrual

Marcador de uma transição para uma menopausa eminente

Início dos sintomas até 13 anos antes da menopausa

Nesta fase inicial LH – Hormônio Luteinizante se mantém normal / pode


aumentar com a queda da secreção de esteroides ovarianos e
elevação dos níveis de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)

Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
SINAIS E SINTOMAS FREQUENTES DO INÍCIO
DO CLIMATÉRIO- SÍNDROME DO
CLIMATÉRIO
 Irregularidades menstruais
 Urogenitais: incontinência urinária , secura, ardor e prurido vaginal (até
atrofia local)
 Vasomotores : fogachos e suores noturnos
 Cardiovasculares: aumento do colesterol e pressão arterial
 Aumento do peso, mudança óssea
 Alterações de humor e sono
 Alterações dermatológicas no climatério: envelhecimento cutâneo,
aparecimento de rugas, alterações da pigmentação, dos anexos
cutâneos e dos cabelos.
FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA
(FOP)
Algumas pacientes
Piora ou perda da FUNÇÃO GONODAL (temporária OU com
progressiva) gonadotrofinas
tem oócitos viáveis
Antes dos 40 anos 5 a 10% podem
engravidar
Critério: FSH > 30 a 40 mlU/mL + presença de amnorreia
espontaneamente

amenorreia hipoestrogenismo

Níveis elevados
de
gonadotrofinas
Fernandes et al (LH/ FSH)
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
DOENÇAS AUTOIMUNES: anemia
hemolítica, aplasia do timo, artrite
Toxinas e drogas reumatoide, ceratoconjuntivite,
cirrose biliar primária,
Diabete melito, doença de addison,
doença de crohn , doença de
graves, hepatite crônica , hipofisite,
Hereditárias e
hipoparatireodismo, lúpus e.s,
genéticas púrpura , síndrome de má absorção,
Doenças
infecciosas
e idiopáticas
50% FOP teroidites, vitiligo

Doenças autoimunes
30%
Poluentes ambientais são séria ameaça ao
A reprodução do ser humano e animal ,efeitos nocivos em funções
endócrinas e reprodutivas.
Problema de saúde pública que necessita da implementação de medidas de
proteção, prevenção e informação,
Rastrear pacientes com maior exposição e em risco de POP, a fim de
informá-los sobre sua capacidade reprodutiva, para limitar fatores
agravantes e tratá-los o mais cedo possível.
INDIVIDUALIDADE E PREVENÇÃO
FOCO NA QUEIXA

 Queixas e sintomas – amenizar (alimentação e suplementação)


 Mudanças metabólicas , hormonais e psicológicas;
 Acompanhamento sistemático e integrado- objetivando
promoção da saúde e bem estar;
 Doenças associadas ao climatério: obesidade, DCV, osteoporose
(prevenção)
N de fogachos dia
Leve até 19
Idade início de fogachos
Moderado de 20 a 35
Total:
Acentuado acima de 35
FOGACHOS

Sintomas vasomotores (fogachos e suores noturnos)


Causa: instabilidade no sistema termorregulador hipotalâmico,
envolvendo o sistema adrenérgico, dopaminérgico e de outros
neurotransmissores
Comum na transição menopausal (dura em média 7 anos)
Prevalência-80%
Calor agudo, sudorese e rubor facial na cabeça, pescoço, peito e
região superior das costas
Frequência – 20 episódios ao dia
Pode ser acompanhado de vertigem, palpitação e insônia Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
PELE

 Fatores individuais, geneticamente determinados, ambientes externo e interno


 Alterações cutâneas, diferentes camadas da pele: epiderme; derme e hipoderme.
 Descamação, principalmente nas extremidades, diminuição da secreção sebácea,
mudanças nos lipídios, menor conteúdo de água, maior ressecamento e presença
de fissuras, com resistência diminuída à agressão de substâncias alcalinas.
 Derme reduz a espessura, perda das fibras elásticas e do colágeno.
 Fibras elásticas ficam mais amorfas e as colágenas afinam-se.
 Pósmenopausa, o colágeno declina de 2,1% ao ano (anos de menopausa)- declínio
começa após 25 anos
PELE E MENOPAUSA – FATORES EXTERNOS:
CIGARRO, FOTO ENVELHECIMENTO
STRESS OXIDATIVO
SONO

 Fogachos (noturnos) > irritabilidade, dificuldade de concentração e


cansaço
 Queda da serotonina (melatonina)- sintomas depressivo e disfóricos

“... Acredita que o sintoma ocorre devido aos fogachos e suores noturnos e pode gerar fadiga, cefaleia,
perda de memória, instabilidade emocional e, em último estágio, pode chegar à depressão. Outros
autores entendem insônia como consequência do hipoestrogenismo que leva ao estado hiperadrenérgico
da menopausa”
FADIGA E CANSAÇO

Noite mal dormida (fogachos) e a redução da serotonina (melatonina)


cansaço diurno

Adaptógenos:
Rodiola Rósea....100mg a 300mg
Aswaganda (Ginseng indiano).....300 a 500mg
Licorice Root............ 100 a 450mg
PERDA ÓSSEA

ENVELHECIMENTO
Ingestão < de cálcio
Atividade física reduzida
Redução de hormônios gonodais
Perda de colágeno
Concentrações circulantes diminuídas
1,25 (OH) 2D e má absorção intestinal
SÍNDROME GENITO-URINÁRIA DA
MENOPAUSA
Até 2014: atrofia vulvovaginal e vaginite atrófica
Acomete cerca de 50% das mulheres

secura vaginal, sensação de queimadura,dispareunia, sensação de pressão,


corrimento fétido amarelo, Maior frequência urinária, incontinência, urgência,
infecções do trato urinário (ITU),
dificuldade em excitação sexual, lubrificação inadequada durante a excitação,
sangramento vaginal de pele atrófica frágil, secura dos lábios;
sinais físicos: epitélio vaginal pálido, liso ou brilhante,
perda de elasticidade ou turgor da pele,
escassez de pelos pubianos,
fusão de pequenos lábios, dermatoses vulvar,
mudanças de pH, perda de plenitude labial e vulvar.
TRATAMENTO: uso de gel hidratante, TRH, Timbolona , Laser vaginal
LIBIDO

 Redução da libido na pós menopausa- redução da testosterona


 Queda do estrogênio: lenta a lubrificação vaginal , atrofia
vaginal, dispareunia, cistites (ação mecânica do coito).
 Aumento % gordura
 Irritabilidade e depressão
 Questões emocionais e sociais dificuldade em aceitar as
mudanças com o envelhecimento
MUDANÇAS FÍSICAS
(%GORDURA)
 Aumento Obesidade Visceral e perda
de massa magra pernas e braços
 Doenças Cardiovasculares
 Síndrome Metabólica e Dislipidemia

Hormônios sexuais femininos > acúmulo na região glúteo femoral do que na região abdominal
Aumento progressivo da massa gordurosa e redução massa magra ( água, tecidos ósseo
e muscular)
Redução TMB 15 a 20% Massa magra (após a menopausa de 5 a 10% por década)
fisiológica e redução da atividade física

Ramos, A.P et Al . Nutrição Funcional na saúde da mulher . Atheneu 2018


Efeitos cardioprotetores do estrogênio
Efeitos vasculares
Antagonismo dos canais de cálcio
Relaxamento do endotélio
Inibição dos fatores de constrição vascular
Inibição dos efeitos constritores induzidos pela angiotensina II
Modulação na liberação de neurotransmissores
Inibição da biossíntese das células do músculo liso

Efeitos na fisiologia cardíaca


Aumento do volume plasmático
Aumento do volume sistólico
Aumento do débito cardíaco
Diminuição da resistência periférica

Efeitos no metabolismo e coagulação


Efeitos benéficos nos lipídeos
Efeito antioxidante
Influência benéfica nos fatores de coagulação

Ramos, A.P et Al . Nutrição Funcional na saúde da mulher . Atheneu 2018


ESTROGÊNIO

Acúmulo de gordura na região abdominal características


adipogênicas, pró-aterogênicas e pró-trombóticas,
Conduzindo a resistência Insulina (RI), níveis elevados de ácidos
graxos livres,
Risco aumentado de problemas cardiovasculares, determinados
tipos de câncer e Síndrome metabólica

RISCO CARDIOVASCULAR

Ramos, A.P et Al . Nutrição Funcional na saúde da mulher . Atheneu 2018


EXAMES
Bioquímicos: glicemia, colesterol total e frações (HDL, LDL, VLDL), triglicerídeos,
hemograma, cálcio, albumina, fósforo, transaminases, creatinina e eletrólitos, vit
D, B12, ferritina
Exames hormonais: FSH, LH, estradiol, paratormônio,TSH, tri-iodotironina (T3)
Tetraiodotironina(T4), testosterona, androstenediona, sulfato de
desidroepiandrosterona.
Outros: mamografia, ultrassonografia pélvica e transvaginal, densitometria óssea
Monitorar a tireoide, glicemia e hemoglobina glicosilada- pois é comum
surgirem alterações em tireoide e diabetes mellitus nessa fase.
Avaliação do colesterol total, frações e TGL devem ser constantes- avaliação do
risco DCV .
TRATAMENTO /TRH
Benefícios Riscos

Redução dos riscos DCV Aumento tromboembolismo


Redução de osteoporose Aumento câncer de mama
Redução de sintomas

 Terapia de reposição hormonal TRH avaliação de riscos individuais


 Medicação timbolona – contraindicada em caso de ca de mama
 Riscos considerados pequenos 1 caso por 1.000 mulheres
 Estrogenioterapia - Reduzir sintomas , busca estabelecer níveis
normais de estrogênio circulantes
 Controvérsias quanto ao uso concomitante de progestágenos (10
a 12 dias no Mês)
TRH deve se respeitar as indicações e contraindicações
Prescrição pelo menor tempo e menores doses para alívio
dos sintomas e melhora na qualidade de vida.
Respeitar a “janela” pós menopausa ( 5 a 10 anos)
Fernandes et al
Endocrinologia feminina. Barueri SP Manole 2016
CONTRA INDICAÇÃO TRH / GRUPOS
DE RISCO

 Alto risco para ca de mama – hiperplasia com atipias,


carcinoma
 Avaliação individual, criteriosa pelo médico
 Mutações em BRCA-1 e BRCA-2 (teste genético) ou
antecendentes familiares significativos
FITOESTRÓGENOS cumestanos, lignanos e isoflavonas

ISOFLAVONAS-
Ação estrogênio-like (genisteína e
daidzeína) leguminosas: soja, grão de
bico, lentilhas e feijão.

compostos não esteroides


Similar ao estrogênio natural – anel fenólico com radical
hidroxila no carbono 3 (capacidade de ligação seletiva)
afinidade por receptores estrogênicos
PADRÃO
ALIMENTAR E
MENOPAUSA
2019- Revista
Menopause
Estudo transversal : 400 mulheres na pós-menopausa Teerã, Irã.
Sintomas da menopausa (questionário da Menopausa Rating Scale (MRS); um
questionário semi-quantitativo de frequência alimentar 147 itens
relação sintomas da menopausa e padrões alimentares.
RESULTADOS:
3 Padrões alimentares:
• VEGETAIS E FRUTAS (FV)
• MAIONESE, ÓLEOS LÍQUIDOS, DOCES E SOBREMESAS (MLSD);
• GORDURAS SÓLIDAS E LANCHES (SFS)
Padrão alimentar FV inversamente associado a sintomas gerais, físicos e
mentais
Adesão ao padrão alimentar da MLSD foi diretamente associada a sintomas
gerais e sintomas geniturinários
Padrão alimentar SFS relacionado a sintomas gerais e mentais como :
alteração de humor, irritabilidade e insônia
CONCLUSÃO:
Associação inversa entre o padrão alimentar da FV e sintomas da menopausa.
Padrões alimentares de MLSD e SFS foram correlacionados a um risco
aumentado desses sintomas.
COLÁGENO- família de 27 proteínas
encontradas nos tec conjuntivos do corpo

Proteína fibrosa encontrada no reino animal, cadeias peptídicas de aminoácidos glicina, prolina,
lisina, hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina.
Organizadas de forma paralela a um eixo ( fibras de colágeno), proporcionam resistência e
elasticidade à estrutura presente.
Proteínas colagenosas formam agregados supramoleculares (fibrilas, filamentos ou redes),
sozinhas ou em conjunto com outras matrizes extracelulares .
Função: integridade estrutural da matriz extracelular ou ajudar a fixar células na matriz.
O colágeno apresenta propriedades mecânicas singulares, e é quimicamente inerte.

Função terapêutica na osteoporose e osteoartrite – aumento na Densidade mineral


Óssea, efeito protetor de cartilagens , alívios da dor
Melhora da pele e melhora da flacidez urogenital

8 a 12g diários alívio da dor e melhora nos sintomas de osteoartrite e osteoporose nos
tecidos .
Magnésio
SAÚDE ÓSSEA Vitamina D

Cobre
Vit K Vit C

Cálcio mg/dia Funções vasculares, Compostos antinutricionais


RDA 1000 a 1200 neuromusculares , ósseas e (ácidos oxálicos, fítico e
UL 2000 glandulares; taninos)
Não é produzido Inibidor mais potente- ácido
endogenamente; oxálico (espinafre e ruibarbo)
Transporte ativo duodeno e Alta ingestão de sódio
jejuno proximal (ph ácido aumenta excreção de cálcio
gástrico); Cafeína- reduz absorção de
Baixos níveis de estrogênio – cálcio
aumento da perda óssea
ABSORÇÃO DE CÁLCIO
Fatores positivos Fatores negativos
Ph ácido no estômago Excesso de fosfato (faz um complexo
aumenta a excreção fecal)

Ph ácido no intestino Excesso de PTN, cafeína e sódio


(aumenta a excreção urinária)
Ph levemente alcalino no sangue: 7,3 a 7,4 Insulina (determina sobre o túbulo renal,
maior reabsorção de sódio e menor de
cálcio)
Estrogênio (evita reabsorção do cálcio) Substâncias pró-inflamatórias
(interleucinas), TNF-α e prostaglandinas
(aumentam a excreção (pela urina)

Excesso de gorduras saturadas, álcool,


Equilíbrio outros nutrientes (magnésio , fósforo) açúcar refinado, ácido oxálico e fitatos
(competem pelo sítio de absorção e
aumentam sua excreção urina e fezes)

Biodisponibilidade de nutrientes. Silvia M. F. Cozzolino- 2016


Fitoterápicos : Indicação e dose usual
climatério e
menopausa
Glycine max L Dose : 40 a 60mg de isoflavonas/dia benefícios similar aos povos asiáticos (100mg/dia)
(soja) Acoorsi etal – mulheres pós menopausa- melhora no colágeno e fibras elásticas da pele e
redução de fogachos 50 a 100mg/dia de isoflavona

Morus nigra Folhas da amoeira preta, utilizada na medicina popular da Ásia.


(amora) Princípio ativo: pectinas e rutina
Ação antioxidante, hipoglicemiante , atininflamatória
Melhora nos fogachos (mecanismos de ação ainda não esclarecido) Segundo índice terapêutico
Fitoterápico (ITF)
10 a 20 ML de tintura (dividir em 2 a 3 tomadas diárias )
Lepidium meyenii Raiz rica em esteroides, compostos fenólicos, alcaloides flavonoides, glicosídeos, saponinas ,
(maca- peruana) taninos e antoxioninas .
Indicação como energético e restaurador físico e psicológico- melhora a memória ,
concentração e sistema imunológico.
Na medicina peruana- é utilizada na redução dos sintomas da menopausa, melhora da libido e
disfunção sexual no climatério.
Estudos demonstram utilização segura na pré e pós menopausa.

Vitex agnus Estudado nos sintomas SPM e menopausa


Castus Princípio ativo: Glicosídeos, flavonoides e óleos essenciais
(agnnocasto) Inibe a ação do FSH e estimula a ação do LH ( aumento indireto da progesterona) Segundo ITF:
20 a 40mL de tintura / dia até 3g de planta seca ( 1 c chá da planta para 1 xícara de água ) até
Prescrição
3 x ao dia
médica (não usar em distúrbios de coagulação)
MODULA O METABOLISMO DO
ESTROGÊNIO- IMPORTANTE NA TRH SUPLEMENTOS

MÉDICO

Cimicífuga
racemosa
Cimicifuga racemosa (L.) Prescrição médica
glicosídeos triterpênicos (cimifugosídeo, 26- deoxiacteína e acteína), ácidos
aromáticos (ácido ferúlico e ácido salicílico), taninos, resinas, fitoesteróis e ácidos
graxos. Moduladores seletivos de receptores
estrogênicos . Redução nível de LH reduz
Nome popular: Cimicífuga sintomas: rubor, ondas de calor, suor
Família: Ranunculaceae excessivo e alterações depressivas de
humor. Efeito terapêutico após duas
Parte da planta utilizada: Raiz ou rizoma semanas , efeito máximo oito semanas.

Estudos clínico: eficácia do extrato de C. racemosa com terapia de estrogênios conjugados e


placebo, alívio dos sintomas físicos e psíquicos relacionados à menopausa.
Estudo duplo-cego extrato de C. racemosa ( 40 mg droga vegetal/dia) 12 semanas -Melhora na
frequência e intensidade dos sintomas foi a mesma para extrato de C. racemosa e estrogênios
conjugados, ambos foram significativamente melhores que placebo
(WUTTKE et al, 2003).
RECOMENDAÇÕES
 Promover alimentação e estilo de vida saudáveis (priorizar alimentos fonte de
nutrientes e fitoquímicos, perfil anti-inflamatório saúde cardiovascular)
 Acompanhar o % de gordura, alimentação hipocalórica (febrasgo)
 Desencorajar tabagismo e moderar o consumo de cafeína e álcool
 Estimular atividade física e manutenção da massa magra e exercícios aeróbicos
 Consumir alimentos fonte de fitoestrógenos (olhar individual)
 Desencorajar refrigerantes, café, açúcares
 Monitorar o consumo de cálcio, magnésio, vit D ,
precursores tireóide e vitaminas antioxidantes (pele, cabelo)
 Utilizar fitoterápicos com cautela e sempre com olhar individualizado (queixas)
 Acompanhar perfil lipídico suplementar ômega 3
 Monitorar stress, atividades e condutas que auxiliam
a neutralizar a ansiedade (ver conduta SPM) 5htp , Theanina

Adaptado : Nutrição Funcional da Saúde da Mulher . Ramos, A.P. 2018


CASO 4 “Não me
reconheço e
BEATRIZ tenho medo de
envelhecer feia”

Idade 49 anos / advogada /Há 7 meses sem menstruar/ alterações de humor – irritabilidade/
menopausa? /pensando TRH/ apresentando candidíase (queixa que já havia sido tratada)
 Peso: 65 Altura: 167
 Queixas atuais: fadiga, alterações de humor, insônia, fogachos
 2 filhos, sem questões ginecológicas importantes
 História de saúde: Alergia respiratória , rinite , sinusite frequente
 Pele, cabelo fraco e seco, perda de massa magra , ganho de gordura abdominal
 Fogachos , insônia
 Alimentação: gosta de tudo, não é gulosa. Tem tido mais vontade de carboidratos , gostando de
doce (antes não ligava)
 Atividade física 2 a 3 x na semana (pilates)
EXAMES
recordatório
proposto

Incluir brássicas diariamente:


suco verde, refeições – 3 indol
carbinol

Aumentar o consumo
de linhaça, tofu
(orgânico) – avaliar
tireoide

Suco verde
Raízes
Aumentar consumo de
gorduras boas

Incluir frutas
vermelhas no dia
OBJETIVO “Com as perdas, só há um jeito: perdê-las.
Com os ganhos, o proveito é saborear cada um
como uma boa fruta de estação.”Lya Luft

Energia: treinos Queixas Alterações de Humor


Melhorar sono e humor Fogachos
SUPLEMENTAÇÃO

RODIOLA RÓSEA.....200mg
Em capsulas sem corantes em uso sem
Utilizar 1 dose ao dia pela regularidade
manhã por 30 dias

PRO SLEEP ....200MG


1 caps antes de dormir

em uso

T.M de Amora - Morus Própolis Verde (pon


Nigra...60ml lee) ...20 gotas pela
20 gotas 3 x ao dia manhã
+ glutamina ...5g
(acrescentar)
Ácido Eicosapentanóico (EPA) 88mg

Ácido Docosahexanóico (DHA) 56mg

Ácido Alfa Linolênico (ALA) 106mg

Ácido Gama Linolênico (GLA) 43mg

Ácido Linoléico (LA) 116mg

Cálcio 100mg

Magnésio 50mg

Vitamina E 5mg

Vitamina D 5mcg
Alternar:
Collagen Skyn
Collagen Joint

Antioxidante:
Selênio quelado....100mcg
Vit C.......200mg
Exynutriment.....50mg
Zinco quelado .....20mg
Cobre quelado.......2mg
Coenzima Q10.....100mg
Em capsulas sem corantes

RETORNO... 1 dose ao dia

Ômega 3....1 caps no


almoço e 1 caps jantar
por 30 dias 1 dose no
pós treino
OBRIGADA!

biainnocencio@hotmail.com
Insta: @nutribiancainnocencio

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