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Piracicaba
2019
Manejo Operacional em Confinamentos
Lucas Barros – Abril 2019
INTRODUÇÃO
Dessa forma, o objetivo central deste artigo é responder as perguntas supracitadas, com
embasamento técnico em conceitos e dados nacionais relativos às atividades existentes em um
sistema de confinamento de bovinos, as operações envolvidas nesse sistema e, sobretudo, as
condições relativas ao manejo operacional para que o sistema seja eficiente e atenda a rotina
necessária.
É válido lembrar que, neste artigo, os dados deste levantamento foram utilizados de
forma a introduzir conceitos somente referentes às atividades operacionais existentes em
sistemas de bovinos de corte confinados, que serão, posteriormente, discutidos.
O terceiro e último conceito a ser discutido neste artigo diz respeito ao manejo de cocho
utilizados pelos pecuaristas entrevistados no levantamento. Os dados estão apresentados no
Gráfico 3.
Desta forma, com os respectivos quesitos apresentados, começamos a nos tornar aptos
para discutir os dados explanados no levantamento em questão, de forma a relacionar conceitos
relativos à cada um dos dados operacionais mostrados.
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De maneira geral, as dietas fornecidas para bovinos confinados contam com todos os
ingredientes necessários ao animal, sejam eles volumosos, concentrados ou minerais. Dessa
maneira, a forma correta e “intensiva” deve contar com pelo menos um misturador durante
alguma fase do processo de fornecimento, para que a dieta seja corretamente misturada, o que
evitará a seleção de certas partículas, por parte dos animais, no cocho.
FREQUÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO
Ademais, segundo estudos realizados pelo Dr. Flávio Dutra Resende, pesquisador da
APTA Colina – SP, o fracionamento do fornecimento da dieta em até oito vezes ao dia tende a
aumentar o consumo dos animais pois, como supracitado, bovinos são animais que obedecem
a rotina e, portanto, se acostumam a vir ao cocho todas as vezes em que o vagão ou trator passa
distribuindo o alimento. Contudo, dependendo do tamanho do confinamento, fracionar o
fornecimento da dieta em oito vezes ao dia, muitas vezes, inviabilizaria a atividade devido a
geração de gastos excessivos em operacional. Portanto, a recomendação geral é que tal
fracionamento seja feito de 3 até 5 vezes ao dia, para que os benefícios de aumento de consumo
e, consequentemente, de desempenho sejam atendidos.
De forma conceitual, o escore de cocho pode ser definido como uma nota, atribuída pelo
“leitor” de cocho, tendo por base a % de sobras existentes imediatamente antes do fornecimento
da dieta. A recomendação geral é que tal leitura seja realizada de forma a atender o mesmo
número de vezes em que a dieta é fornecida, isto é, se o fornecimento ocorre 4 vezes ao dia este
deve ser acompanhado de 4 leituras imediatamente antecedentes à cada um dos fornecimentos.
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A Figura 2 abaixo mostra um esquema padrão de leitura e classificação das sobras existentes
no cocho dos animais.
CONCLUSÕES
Por fim, adequações sempre podem ser feitas no sistema operacional existente, de forma
a alcançar a eficiência máxima, garantindo, dessa forma, o lucro máximo ao produtor em
questão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTHA JR, G.B.; NUSSIO, L.G.; BALSALOBRE, M.A.A, et al. Produção de silagem de
gramíneas tropicais: conceitos básicos e aplicados. Depto. de Produção Animal/Centro de
Treinamento de Recursos Humanos, ESALQ/USP, Piracicaba, 2000. 35 p.