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AULA 6

Nutrição e alimentação dos búfalos

28/10/2021
NB: Grande parte dos conteúdos e imagens para a elaboração da presente aula foi
a partir da palestra relacionada a nutrição comparativa entre búfalos e bovinos
apresentada pela palestrante **Prof.ª Dr. ª Natália Guarino e três aulas em pdf, de
nutrição e alimentação de bubalinos da Profª. Dr. ª Thaysa dos Santos Silva …**
SPBU - Saúde e Produção de Búfalos
Disciplina opcional para o IV nível do
curso de engenharia Agro-pecuária PA
UZ - FCA
2º semestre de 2021

DOCENTE RESPONSÁVEL
Timóteo Vicente Ferro
tvicenteferro@gmail.com
Conteúdos da Aula
Revisão da anatomia e fisiologia digestiva dos
ruminantes;
 Digestibilidade dos alimentos;
Reacções bioquímicas do rúmen;
População microbiana do rúmen;
Utilização da ureia, minerais e vitaminas;
Exigências nutricionais de proteína e energia;
Tópicos especiais em alimentação e nutrição de
búfalos.
Objectivos da Aula

Descrever os aspectos importantes da nutrição e


alimentação em bubalinocultura de corte e de leite;

Explicar as peculiaridades alimentares e nutricionais


dos búfalos e suas tendências.
Há diferença na nutrição e alimentação
dos bubalinos e bovinos?
 Uso;
Necessidades;
Aproveitamento.
Porque parece haver grande
diferença?
Os búfalos foram alimentados durante muitas
décadas por uma dieta bastante fibrosa, com baixos
níveis de proteína e energia onde a grande maioria
foi explorada em sistemas de pastejo extensivo,
com predominância de gramíneas nativas,
desenvolvendo, por isso, adaptacoes no sistema
digestivo que os permitiu aumentar a eficiencia da
utilizacao desse material fibroso (Angulo et al.
2005).
ANATOMIA & FISIOLOGIA
METABOLISMO
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
O búfalo possui menor exigência de ingestão de
matéria e proteína decorrente das inúmeras
adaptações anatómicas, fisiológicas e
microbiológicas do seu trato gastrointestinal.
ASPECTOS APLICÁVEIS A
BUBALINOCULTURA E
DIFERENTES CONDIÇÕES DE
ALIMENTAÇÃO
Considerações Produtivas

Suplemento mineral; Vitaminas…


Exigência nutricional própria;
Adaptação a nova dieta.
• Macroelementos: cálcio, fósforo (considerado o
mais importante), magnésio, sódio, enxofre e cloro;
• Microelementos: zinco, ferro, cobre, cobalto,
manganês, iodo e selênio.

As búfalas podem sofrer descalcificação após o


parto, pois na lactação há uma grande demanda de
cálcio. Quando não suplementados adequadamente,
os animais retiram do próprio organismo o cálcio de
que necessitam, o que provoca descalcificação.
 As fêmeas bubalinas são acometidas da “febre-
do-leite”.
 A febre do leite é uma doença metabólica que pode
ocorrer nos primeiros dias do pós-parto. Com o início da
lactação, a demanda por cálcio aumenta bastante,
podendo acontecer a queda mineral no sangue, em
níveis que podem causar problemas diversos, inclusive
a “febre-do-leite”.
 Para reduzir a incidência desse mal, recomenda-se
observar os níveis de cálcio na dieta das búfalas
durante o período pré-parto, bem como os de vitamina
D, tendo em vista seu papel na absorção do cálcio pelo
organismo.
 Níveis de macro e micronutrientes do sal mineral
de boa qualidade para bubalinos depende do tipo de
exploração (carne ou leite) e das deficiências da
pastagem.

Em geral, uma boa fórmula deve conter, no


mínimo, 7% de fósforo; 10% de cálcio; 1.000 ppm
de cobre; 3.000 ppm de zinco; 50 ppm de cobalto;
60 ppm de iodo; 20 ppm de selênio.
VITAMINAS???
 Estudos com desmama precoce mostraram que
para os búfalos conseguirem um bom desempenho,
tinha que ser aumentado o teor de vitamina A e E na
ração, além da proteína, cálcio e fósforo.
 Nas condições de luminosidade e de humidade do
trópico húmido, que asseguram disponibilidade de
forragem verde o ano todo, de modo geral os búfalos
não respondem à suplementação das vitaminas A e D.
 Quanto à vitamina E, não há estudos mostrando
sua necessidade para bubalinos, nas condições do
trópico húmido.
CONSUMO DE AGUA
O bubalino têm maior taxa de substituição de
água no corpo que o Bos tauruse indicus.
Menos eficiente na utilização de água, por isso seu
alto consumo de água\kg de MS ingerida.
Consequência = maior volume urinário e menor % de
reabsorção de água pelos rins.
Agravado principalmente no verão (CUIDADOS)…
Densidade de árvores em
pastagens utilizadas
por búfalos, para garantir
sombreamento adequado…
 É imprescindível que haja sombra nas pastagens,
pois os búfalos regulam o calor corporal, também, à
sombra. É uma questão de maneio, que assegura
maior conforto ao animal e influencia de modo
positivo na produtividade.

 Dependendo da espécie utilizada, pode-se manter


por volta de dez árvores por hectare. Deve-se
observar que os búfalos têm o hábito de coçar a
cabeça, batendo contra o tronco da árvore, a qual
tem a casca rompida na sua circunferência, formando
um anel, o que pode matar a planta.
 Nas criações extensivas tal facto passa
desapercebido, mas em pastos de sistemas
rotacionado é comum acontecer.

Para se evitar isso, deve-se enrolar arame farpado


no tronco das árvores.
 Tabelas como referencia para
necessidades nutricionais dos
bubalinos de diferentes categorias e
cálculos de dietas
O primeiro ponto a considerar, é o controle da
lotação. O superpastejo (excesso de gado) pode
levar a mudanças na composição botânica e até à
eliminação de espécies forrageiras desejadas.

 Embora as cercas impliquem custo adicional, as


pastagens nativas devem ter um descanso após
cada período de uso. Esse repouso permitirá a
recuperação das forrageiras. Em resumo, o controle
da lotação e o descanso das pastagens são
fundamentais para o bom desempenho da
bubalinocultura em pastagens nativas.
Dúvidas, observações, resumo e
conclusões…
Pela atenção, obrigado!

tvicenteferro@gmail.com

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