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O pão romano era feito em casa, pelas mulheres, e depois passou a ser fabricado em
padarias públicas. Foi aí que surgiram os padeiros. Com a queda do império romano, as
padarias europeias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior
parte da Europa.
Farinha de centeio
A farinha de milho caracteriza-se por ser uma fonte de potássio e vitamina A para o
organismo. Como alguns cereais, a farinha de milho carece de glúten. É por isso que se
torna necessário mistura-la com farinha de trigo no preparo do pão. O resultado é um
pão com o miolo mais fino e compacto, com o sabor característico do milho. A farinha
de milho tem um rico histórico na elaboração de biscoitos, das tortillas mexicanas e da
tradicional polenta.
Farinha de cevada.
As sementes de cevada sem a casca são conhecidas como cevada perolada e são
bastante usadas no preparo culinário de sopas e ensopados.
Farinha de aveia.
Fécula de mandioca.
A fécula é um pó branco que se obtém das raízes de mandioca, de forma natural e sem
modificações. No Brasil, às vezes é denominada amido de mandioca - ou farinha de
tapioca fina - pois contém cerca de 86% de amido. É utilizada na panificação para o
preparo da chipá, do pão de queijo e de diversos biscoitos doces e salgados. Além
disso, é muito empregada no preparo de gomas, que são bastante versáteis tanto na
panificação como na confeitaria; serve também como espessante no preparo de caldas
e geleias para dar brilho a pães, bolos e doces. Os fabricantes de sorvetes e de pré-
misturas para pães, bolos e biscoitos usam a fécula de mandioca como um elemento
estabilizante, por seu alto poder de retenção de água.
Farinha de soja.
A soja caracteriza-se por seu alto teor proteico, sendo rica também em cálcio e
vitamina B. É encontrada sob diversas formas: grãos de soja inteiros com ou sem casca,
lecitina, farelo, óleo, leite, farinha etc. ela tem pouco conteúdo de amido, mas, por
outro lado, é muito proteica. Sua utilização na panificação melhora significativamente
o valor proteico dos pães e permite elaborações mais equilibradas; por isso, ela é
utilizada no preparo de pães indicados para os diabéticos. Por outro lado, a presença
da farinha de soja em quantidades excessivas na mistura com a farinha de trigo deixa
os pães com pouco volume e afeta seu sabor.
ADITIVOS.
Aditivos são produtos que, além de acrescentarem valores nutritivos ao pão, servem
para melhorar a qualidade das farinhas panificáveis, e sua participação é fundamental
na elaboração dos pães. Eles servem para corrigir a debilidade ao mesmo a falta de
tolerância ao glúten, como também a falta de açúcar no trigo, em razão das diferenças
de qualidade deste cereal de acordo com cada colheita. Desse modo, os aditivos
servem para padronizar a qualidade das farinhas, independentemente das colheitas,
para assim manter inalterada a qualidade dos pães produzidos. A adição e a correção
das farinhas são realizadas pela própria padaria ou nos moinhos produtores.
Tipo de ação:
Reforça o glúten, deixa a massa mais flexível, serve também para proteger a massa da
ação dos fermentos proteolíticos.
Dosagem :
Local de incorporação:
Glúten
Tipo de ação:
Dosagem:
1% a 3% do peso da farinha.
Local de incorporação:
Tipo de ação:
Dosagem:
Local de incorporação:
Nas padarias.
GORDURAS.
MANTEIGA.
A manteiga é produzida pela agitação do creme de leite, que favorece a reunião das
moléculas de gordura contidas no creme.
MARGARINA.
A margarina é uma emulsão de óleo na água e leite. A margarina pode conter diversos
tipos de aditivos, tais como lecitina de soja (ajuda na estabilização da emulsão do óleo
com os líquidos), sal (dá sabor à margarina), glicose-lactose (esses açúcares ajudam na
coloração da casca do pão durante o cozimento), fécula.
ÓLEOS VEGETAIS.
Os óleos podem ser provenientes de frutos e sementes, tais como: a azeitona (fruto da
oliveira), a soja, a palma, o gergelim, o girassol, o milho, a amêndoa, a noz, as
sementes de uva e do algodão entre outras.
FERMENTOS OU LEVEDURAS.
O uso de leveduras no pão tem como objetivo liberar gases para assim produzir uma
massa crescida, com alvéolos e textura singulares. Essa liberação de gases pode ser
proveniente de dois tipos de fermentos.
FERMENTO BIOLÓGICO.
O fermento seco ou instantâneo, também contém cerca de 90% de matéria seca, mas
não precisa ser reidratado antes do uso. Este tipo de fermento tem sido cada vez mais
utilizado por causa de sua praticidade e facilidade de conservação.
FERMENTO QUÍMICO.
Bicarbonato de sódio.
Essas substâncias químicas produzem liberação de gás carbônico, que pode ocorrer
por simples decomposição ao calor ou por uma reação química ocorrida por ação de
calor e de umidade.
O fermento biológico fresco pode conservar-se por cerca de três semana, se mantido
em uma temperatura inferior a 10ºC. Para conservar suas propriedades, é
aconselhável que, depois de aberto, o pacote seja bem fechado novamente, de
preferência sob vácuo, para evitar que o produto entre em contato com umidade
excessiva e perca suas qualidades.
SAL.
Pode-se usar tanto o sal grosso quanto o refinado. Ao se utilizar o sol grosso, é
fundamental colocá-lo no início do processo de mistura, para se certificar de que ele
será completamente dissolvido.
AÇÚCAR
O açúcar tem função de: Adoçante. Abranda a proteína da farinha, amaciando a massa.
Sua função é de: Aumentar o valor nutritivo da massa. Fortalecer a estrutura da massa.
OVOS : Os ovos possui grande valor nutritivo, pois, em sua composição, há uma grande
quantidade de proteína, vitamina e gordura.
ETAPAS DA PANIFICAÇÃO.
"A arte de fazer pão" pode ser decomposta em várias fases distintas. A primeira é
denominada "fase ativa", pois é quando se trabalha a massa; a "fase passiva"
corresponde ao período em que a massa descansa, fermentando.
Um bom padeiro deve conhecer bem essas etapas para poder obter os melhores
resultados. Veja a sequência das diferentes fases de preparação colocadas em ordem
lógica do trabalho.
MISTURA.
Mistura manual.
Mistura e sova.
A mistura, como o próprio nome diz, é a ação pela qual se misturam os ingredientes, a
farinha, o sal, a água e o fermento. Depois de misturados, os ingredientes são sovados
ou amassados para formar a massa.
Recorte.
A massa deve ser cortada em pedaços de alguns quilos, que são dobrados sobre si
mesmos e logo depois colocados em recipientes plásticos, mesas ou tabuleiros,
tampados com panos limpos, para que se inicie a pré-fermentação.
O porcionamento depende do tipo de pão a ser feito. Para pães de 50 g, por exemplo,
a massa deve ser dividida em pedaços de 1,5 kg.
Mistura mecânica.
Para este processo é necessária a utilização de uma masseira, que é uma máquina
composta de uma bacia e de um ou vários braços acionados por um motor de duas
velocidades.
Inicialmente, a primeira velocidade da masseira mecânica realiza o mesmo trabalho
que a mistura manual; isto é, a fase em que se misturam a farinha, a água, o fermento
e o sal.
Posteriormente, em um segundo momento, o recorte, o estirado e o soprado se
realizam de forma simultânea.
Logo depois de se conseguir fazer bem a mistura, o que resulta em uma massa
consistente, passa-se à segunda velocidade, na qual o estirado e o soprado tomam
lugar. Nesse momento se incorpora o ar à massa, e isso irá todas as qualidades do
glúten. Desenvolver.
FERMENTAÇÃO PRIMÁRIA.
Divisão.
FERMENTAÇÃO FINAL.
A fermentação final é o segundo repouso pelo qual a massa terá de passar. Começa
com o fim do boleamento e modelagem e termina cerca de 5 minutos depois que o
pão é levado ao forno. Durante esse tempo, o pão aumenta de volume graças à ação
do fermento. O gás produzido pela fermentação está encapsulado pela massa, mais
precisamente pelo glúten - isso tem o nome de "poder de retenção". Essa fermentação
é responsável, em grande
parte, pelo volume final do pão. Também ajuda a deixá-Io mais leve e macio.
Como saber se um pão está suficientemente fermentado para ser levado ao forno?
O controle é feito por meio de uma leve pressão do dedo sobre o pão fermentado; se a
depressão formada pela pressão do dedo se desfizer rapidamente, a fermentação
pode ser prolongada por mais tempo. Se a depressão for preservada, isso quer dizer
que a fermentação foi excessiva. Este pequeno teste serve para comprovar a dilatação
da massa.
Primeira etapa.
Segunda etapa.
Ocorre quando a massa do pão está numa temperatura entre 50°C e 80°C; nessa faixa,
outros fenômenos começam a ocorrer:
Terceira etapa.
Por outro lado, há a secagem, que é a evaporação de uma parte da água contida no
pão e que tem por finalidade formar uma casca firme e crocante, com o miolo macio e
leve.
É útil também saber que o interior do pão nunca supera os 100°C, ainda que a casca
possa atingir uma temperatura até superior a 200°C.
COCÇÃO.
Função da vaporização :
Excesso de vapor: Pães não crescem direito, Pães com casca muito fina, Pães ficam
murchos depois de assados.
Nem todos os pães requerem a mesma quantidade de vapor; alguns são assados sem
aplicação deste, como os pães de fôrma, por exemplo. Em hipótese alguma se deve
assar pão com excesso de vapor à pressão. É importante que a água já esteja sob a
forma de vapor no momento de entrar em contato com os pães.
CORTES.
Os cortes na massa de pão provocam pontos mais frágeis sobre a superfície do filão,
com o objetivo de permitir que o gás carbônico presente na massa pressione esses
talhos, facilitando sua saída e evitando, também, rompimentos indesejados.
Por conta da pressão exercida pelo gás carbônico, os cortes abrem-se amplamente,
criando um volume de pão completamente superior. Já aconteceu muitas vezes de o
padeiro se esquecer de fazer os cortes da massa e, como consequência disso, os pães
ficarem menores e com a casca rasgada. A ausência dos cortes faz com que o gás
carbônico exerça uma pressão interna grande, a qual acaba rompendo a casca nos
pontos mais frágeis.
Importância do corte.
O corte deve ser realizado de forma regular sobre toda a superfície do pão; isso dará
ao produto pronto uma apresentação muito agradável aos olhos.