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SUMÁRIO
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A HISTÓRIA DO PÃO
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ORIGEM DO PÃO
AVENTURAS NA HISTÓRIA
OS PRIMEIROS PÃEZINHOS
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Foi então que o alimento ganhou o aspecto que conhecemos hoje. No
entanto, alguns historiadores acreditam que a origem do pão fermentado tenha
sido na época pré-histórica. Seja como for, por ser um produto importante para
a alimentação, durante muitos séculos o pão foi usado como moeda. Inclusive,
acredita-se que os faraós o utilizavam como meio de pagamento para os
serviços realizados.
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CURIOSIDADES SOBRE O PÃO
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A FARINHA, TIPOS E CARACTERÍSTICAS
O trigo duro traz consigo uma maior carga de proteína e, por isso, possui
uma dosagem maior de glúten.
Já o trigo mole possui uma quantidade baixa de proteína, o que resulta
em uma baixa quantidade de glúten e, sendo assim, é comum que ocorra a
mistura dos dois tipos para que a farinha tenha uma maior qualidade.
Contudo, saiba que o plantio não é padronizado, ou seja, existem muitos tipos
diferentes de trigo e a mistura dos grãos acaba acontecendo automaticamente.
No entanto, a diferenciação dos tipos se estende e a classificação se
torna possível a partir do refinamento dos grãos, quando a casca é separada
do trigo e, na sequência, o grão é moído.
Outra maneira de diferenciar e classificar o trigo é a partir da remoção
das camadas do grão. Isto porque cada camada possui uma consistência e
uma quantidade de glúten, proteína, amido e vitaminas diferentes.
O grão é constituído por três camadas:
A parte de fora, conhecida como farelo. Ele contém antioxidantes,
vitaminas B e fibras;
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A parte de dentro, chamada de endosperma, que é a maior parte do
grão. Composto por uma grande quantidade de amido, carboidratos,
proteínas e pequenas quantidades de vitaminas e minerais;
O meio, denominado gérmen, que é o embrião do trigo e é composto por
muitas vitaminas do complexo B. Além disso, é rico em gorduras
saudáveis e proteínas.
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fermento químico acrescentado à sua composição e outras contam com a
adição de bicarbonato.
Contudo, as informações acrescentadas à farinha devem estar
esclarecidas na embalagem do produto.
Por ser uma farinha extremamente versátil, é possível utilizá-la para
replicar qualquer receita, desde pães e bolos, como massas e pizzas.
Porém, é preciso conhecer a farinha e saber mostrá-la de maneira
homogênea a massa.
4. Farinha de trigo tipo 2
No tipo 2, a farinha ganha um tom mais amarelado, por ser produzida
com a parte mais externa do grão de trigo e, exatamente por isso, é o tipo de
farinha com maior carga nutricional.
Use a farinha do tipo 2 em receitas de biscoitos, cookies ou para pães
mais leves, como o pão de ló, por exemplo.
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(T150). Além disso, essa moagem também confere uma carga nutricional muito
maior às receitas.
O FERMENTO
Provavelmente você já deve ter ouvido falar que existem vários tipos de
fermentos, não é mesmo? Cada um possui suas características marcantes, que
são fundamentais no processo de fabricação de vários produtos,
principalmente dentro da área de panificação. É importante mencionar que os
fermentos, em geral, possuem uma única finalidade: fazer a massa crescer,
proporcionando fofura e leveza.
2. Bicarbonato de sódio
Um dos componentes e substituintes do fermento químico é o
bicarbonato de sódio. Ele é utilizado para dar leveza e aumentar o volume dos
bolos, cookies, biscoitos e também de pães rápidos.
No entanto, é elementar que haja um componente ácido para que ocorra
a reação de crescimento, como suco de limão, iogurte, vinagre, cacau
ou buttermilk (leite da manteiga, originalmente não encontrado no Brasil).
Vale mencionar que a substituição do fermento químico pelo bicarbonato
só é funcional se houver uma quantidade suficiente de um ingrediente ácido,
tudo bem? Prefira armazená-lo em um local seco e fresco, como dentro de um
armário.
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3. Fermento biológico
Esse é o fermento formado por micro-organismos chamados de
leveduras, cientificamente conhecidos como Saccharomyces cerevisiae.
Quando misturado com farinha e água, a levedura se alimenta e produz o
dióxido de carbono, fazendo com que a massa cresça e tenha bons aromas.
Ele pode ser encontrado em distintas formas: em grãos, em tablete ou
em pó. São subdivididos em 2 categorias definidas pelo teor de umidade:
3.1. Fermento biológico fresco
Encontrado em tabletes ou em saquinhos como uma espécie de grãos,
esse é o tradicional “fermento da padaria”, que possui um característico aroma
e que é passado para o produto final. Sua umidade é alta (cerca de 70%) e por
isso deve ser conservado coberto e refrigerado por no máximo 15 dias.
Ele é ativado entre 30°C e 36°C, mas é facilmente destruído se chegar a
55°C. É recomendado que se utilize uma média de 3% em relação a
quantidade de farinha em massas salgadas; já nas doces, chega a ser 6%,
valores esses que mudam dependendo da receita e do tempo de preparo.
Para usar, é fundamental que dissolva o produto em água. Em algumas
vezes, também se junta o açúcar e um pouco de farinha. Ele é indicado para a
maioria dos tipos de pães e também outras massas, como as de pizza.
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Sua umidade varia de 7% a 9% e por isso a sua durabilidade é maior,
chegando até 6 meses conservado fora da geladeira, em um ambiente arejado
e seco. Ele possui um maior teor de agentes fermentadores do que o outro,
assim, sua utilização deve ser em uma proporção de 2% em relação a farinha
ou ⅔ do peso do fresco.
Para utilizá-lo, basta misturar diretamente à farinha. Em outros casos,
faz-se uma reidratação na água por aproximadamente 15 minutos. Assim como
o fresco, ele é muito usado em pães e pizzas que precisam de um tempo de
fermentação, também conhecido como tempo de descanso antes de ser levado
ao forno.
4. Fermento natural
Conhecido por vários nomes (por exemplo: massa madre e massa
azeda), o fermento natural tem sido bastante utilizado nos últimos anos devido
à sua qualidade inigualável, especialmente dentro de boas padarias.
Ele é obtido de forma natural, utilizando micro-organismos presentes na
farinha e na água. Ainda é possível usar outros aditivos para potencializar a
fermentação, como o iogurte, a maçã, a uva, o abacaxi e o mel.
O produto deve ser alimentado com mais farinha e água, em
temperatura ambiente, até alcançar a quantidade de levedura pretendida — em
média 10 dias, e depois sob refrigeração para que não morra. Sua textura é
como se fosse uma massa de pão mole.
O fermento natural é usado em grandes quantidades e possui uma leve
acidez. O resultado na preparação de pães são produtos completamente
diferentes, super aromáticos, com textura e sabor incomparáveis. A preparação
é um pouco mais demorada do que com os outros tipos, mas vale muito à
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pena!
É isso aí, agora você já sabe quais são os tipos de fermentos, as suas
principais características e as suas utilizações mais comuns. Lembre-se de que
o fermento natural é diferenciado, possibilitando pães deliciosos e com sabores
e aromas surpreendentes. Por isso, comece agora mesmo a planejar e a criar o
seu para utilizar em suas preparações.
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A fermentação de alimentos
O principal ingrediente do pão é o fermento, componente capaz de
transformar uma simples massa de farinha em um dos alimentos mais
consumidos ao dar início ao processo de fermentação.
Fermentar de forma natural, tecnicamente, é quando micro-organismos
existentes no ar encontram nas massas o ambiente propício para
sobrevivência, alimentando-se do amido (açúcar) presente na farinha
combinada com o fermento e a água.
O amido sofre uma reação e se divide em gás carbônico e álcool e, ao
realizar essa divisão, libera o dióxido de carbono, o elemento responsável pelo
“crescimento” da massa. O álcool, por sua vez, evapora, mas, ao ser
absorvido, ajuda a manter a porosidade e, é claro, o sabor.
O fermento biológico
O fermento biológico nada mais é que a fermentação realizada com os
organismos vivos, leveduras chamadas cientificamente de Saccharomyces
cerevisiae que, por sua consistência e capacidade são indicadas na fabricação
de pães, pizzas e massas doces.
A Saccharomyces cerevisiae é um organismo eucariota unicelular que
pertence ao reino dos Fungos. É a levedura utilizada na produção do pão e
também da cerveja, além de ser usada para a produção de etanol. Esse fungo
é utilizado como fermento biológico, pois libera dióxido de carbono (CO2) na
massa do pão, fazendo-a crescer. É um organismo utilizado como modelo no
estudo da Bioquímica, Genética e Biologia Celular de eucariotas, pois é de fácil
manutenção em laboratório e o conhecimento biológico sobre ele é bem
desenvolvido.
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ajudam a transformar o amido do pão em açúcar para que este possa ser
metabolizado para viver e se multiplicar.
As fases de produção de um fermento biológico comercial podem
ser diferentes de um fabricante para outro, mas o princípio é o mesmo. Tudo
tem início no laboratório, onde uma pequena quantidade de uma cepa
selecionada e pura é colocada num frasco fechado (um tubo de ensaio, por
exemplo), contendo uma solução nutritiva estéril, para seu desenvolvimento e
reprodução. Esta cultura de Sacharomyces cerevisiae cresce vigorosamente a
uma temperatura constante durante 12 horas. Em seguida, é transferida para
um frasco maior, contendo solução de melaço e caldo nutriente e segue
crescendo. O processo de transferência é repetido novamente até que uma
cultura suficientemente grande de levedura seja obtida para iniciar o processo
em bioreatores.
Até esta fase as leveduras são cultivadas em ausência de ar para
favorecer o crescimento das células de levedura, em detrimento de
competidores.
A fermentação anaeróbica é, no entanto, ineficaz em termos de
crescimento de levedura, por isso as fases subsequentes são realizadas com
injeção de ar estéril.
Com início da fermentação aeróbia juntamente com a adição contínua
de uma solução de melaço e nutrientes, o crescimento de leveduras pode
chegar próximo a 12 toneladas, conhecidas como leveduras mãe ou semente.
Cada 3 toneladas de leveduras semente produz cerca de 11 toneladas de
leveduras de panificação e o processo deve ser rigorosamente controlado de
forma a garantir que 40 a 50 toneladas de leveduras sejam produzidas em
cerca de 10 dias com a mesma qualidade da cepa inicial.
O caldo que foi produzido é concentrado combinando etapas de
centrifugação e lavagem, e resfriado a cerca de 4C. O produto cremoso servirá
de base para o fermento fresco, seco ativado e instantâneo.
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O PAPEL DA ÁGUA NA PANIFICAÇÃO
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meio do resfriamento ou do aquecimento), no controle da palatabilidade e da
maciez do pão, na homogeneização dos demais ingredientes e na dissolução
dos sais.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, para ser utilizada na
panificação, a água deve seguir um rígido controle de qualidade. Para que
nenhuma característica da massa e do resultado final seja alterada, é
importante que o ingrediente seja potável, limpo, inodoro, incolor, ligeiramente
ácido e tenha o pH neutro.
Além disso, é elementar que haja um rigoroso controle de temperatura,
já que esse é um dos pontos técnicos dentro da panificação que
assegura a qualidade de um produto. Vale mencionar, ainda, que as
temperaturas intervêm em todos os processos,
incluindo a temperatura da matéria-prima para
iniciar o procedimento, a temperatura do
ambiente em que está sendo elaborada a
massa e a temperatura de fermentação e de
cozimento.
Para que a atividade enzimática seja desenvolvida, ou seja, para que o
fermento biológico da massa seja ativado, é elementar ficar atento em relação
à temperatura da água, como já foi mencionado.
Isso ocorre porque, quando a água está em temperatura baixa ou
gelada, as leveduras do fermento não são ativadas e, consequentemente, o
pão não cresce como o esperado. Já as temperaturas elevadas demais são
capazes de “matar” esses fungos, impedindo, também, o crescimento da
massa.
Por todos esses motivos, é interessante manter uma temperatura média
da água, que gira em torno dos 40 a 42ºC. No preparo caseiro, é possível notar
essa temperatura utilizando a sensibilidade dos dedos. A água deve estar
levemente quente e é importante que você suporte ficar em contato com ela.
Se sentir que ela está muito fria, é preciso aquecê-la um pouco mais.
Como a água atua na ativação do glúten?
Com características de elasticidade e extensibilidade, o glúten é o
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famoso elemento normalmente encontrado na farinha de trigo, que torna os
pães mais macios e agradáveis de serem consumidos.
Ele é desenvolvido quando a água é incorporada à farinha por meio de
um trabalho mecânico (com batedeiras planetárias) ou manual, pela sovação.
O elemento, que tem em sua composição especialmente as proteínas do trigo,
a glutenina e a gliadina, é capaz de absorver intensamente toda a água
adicionada, retendo os gases da fermentação e promovendo massas muito
mais macias e elásticas.
Para chegar à consistência adequada, deve-se analisar o “ponto de
véu”. Isso significa que a massa ficará elástica a ponto de ser aberta, sem
rasgar, até ficar quase transparente. Essa situação mostra que as proteínas
estão entrelaçadas entre si e formaram uma malha elástica.
Por que existem pessoas que são intolerantes ao glúten?
O glúten é um elemento que se encontra no embrião de sementes e
grãos e que é formado, basicamente, das proteínas do trigo, da glutenina e da
gliadina, como já falamos. Ele é o elemento viscoso que mais absorve água na
panificação, fazendo com que a massa tenha as propriedades ideais para
alcançar um resultado final positivo.
Entretanto, por se tratar de uma proteína de difícil digestão, é normal
adquirir uma intolerância ao elemento.
Também conhecida como doença celíaca, a alergia ao glúten se
caracteriza por uma resposta inflamatória do sistema imunológico, devido
à incapacidade de o elemento ser digerido por completo pelo organismo.
Ainda é possível dizer que a doença é autoimune, de causas
desconhecidas, e afeta o intestino delgado, já que, durante o processo de
digestão, as vilosidades (revestimentos do intestino que absorvem os
nutrientes) são danificadas, e menos nutrientes são absorvidos.
Qual é a relação da água no processo de gelatinização?
O amido dos pães pode estar presente em vários ingredientes, como
trigo, milho, batata e mandioca. Ele é importante para criar a estrutura, já que,
quando colocado em água, absorve uma quantidade significativa — em média
30% do seu próprio peso. Além disso, o elemento também atua na secagem da
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massa ao longo do cozimento.
Esse processo ocorre porque, conforme a temperatura do forno vai
aumentando, os grânulos presentes no amido (que antes eram insolúveis em
água fria) passam a inchar, uma vez que elevadas temperaturas permitem a
entrada de água. Isso gera o aumento das ligações entre a água e o amido,
fazendo com que o pão, já no forno, adquira uma consistência macia por meio
da gelatinização do amido.
É interessante citar, ainda, que, com o tempo e com o envelhecimento
do pão, o amido ali encontrado passa a liberar todo o excesso de água
absorvido durante a cocção. Tal situação faz com que ele volte à sua forma
cristalina e, nesse período, ocorre o processo de retrogradação do amido,
responsável por tornar o pão endurecido.
É isso aí, agora que você já sabe qual é a importância da água na
panificação e como todos os processos principais ocorrem, fique atento a cada
detalhe e busque sempre aperfeiçoar o seu trabalho, garantindo a excelência
em seus produtos. Não se esqueça de que essa é uma maneira de ter mais
conhecimento e, consequentemente, satisfazer ainda mais os seus clientes.
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Porém, se você não acrescenta sal após a autólise, logo sentirá os
efeitos: a massa sem sal é frouxa e pegajosa.
Por outro lado, ao mesmo tempo em que excesso de sal torna o sabor
do pão desagradável, o excesso dele também tem consequências terríveis
para o fermento e a fermentação como um todo.
Adicionado em quantidades moderadas, o sal contribui para aumentar o
volume do pão, algo em torno de 2% da quantidade de farinha.
É comprovado que o sal ajuda na formação das cadeias de glúten da
massa, tornando-a muito mais forte.
Segundo Nathan Myhrvold e Francisco Migoya, autores do famoso livro
“Modernist Bread: The Art and Science”:
“O cloreto de sódio é um composto iônico composto por íons positivos de sódio
e íons negativos de cloreto. As moléculas de água separam facilmente os íons
quando o sal se dissolve, como ocorre durante a sova. Os íons separados
agem como agentes livres na massa e são atraídos para outras moléculas,
incluindo proteínas de farinha. Embora as proteínas do glúten se repelem
naturalmente, os íons cloreto os ajudam a superar essa repulsão e a se unir.
As cadeias de glúten crescem cada vez mais à medida que mais conexões se
formam entre as proteínas. O resultado final é uma forte parede de bolhas que
pode reter muito gás.”
Podemos notar o efeito desta reação claramente quando você adiciona o
sal após a autólise. À medida que o sal se mistura e se dissolve, a massa
pegajosa se firma.
Outro efeito do sal na massa bastante polêmico é a sua influência sobre
o crescimento da massa. Ao mesmo tempo em que pode dificultar o
crescimento da massa, o sal pode contribuir para a longa fermentação, que traz
benefícios para o pão, como sabores mais complexos e uma crosta mais
escura e corada, por exemplo.
Assim, uma pequena quantidade de sal pode ajudar a regular a
fermentação. A ausência completa do sal também não traz benefícios, pois
quando não há sal na massa, as leveduras começam a fermentar em uma
velocidade muito rápida, e, para isto, comem todo o açúcar da massa.
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A consequência disso é uma crosta de pão pálida, uma vez que não
sobra açúcar para caramelizar a crosta do pão na hora de assar.
Por esta razão, o ideal é não exceder 2% de sal em massas simples e
3% em massas enriquecidas, pois do contrário, a fermentação fica prejudicada,
uma vez que as leveduras não terão alimento suficiente.
Atualmente, há uma variedade grande de sal. O sal rosa, por exemplo,
se popularizou muito e muitas pessoas só utilizam dele.
Porém, ainda segundo Nathan Myhrvold , Francisco Migoya, “Quando o
assunto é pão, o mais importante é que o sal seja completamente dissolvido e
distribuído uniformemente pela massa. Se o sal não for dissolvido
adequadamente, se formarão bolsas concentradas que afetarão diretamente o
fermento. O sal da culinária tem várias propriedades, mas, em geral, sua
textura é o que mais importa. Exemplo: o sal grosso borrifado nos alimentos
cria explosões de sabor, de uma maneira que o sal fino não pode. Esse efeito
delicioso é muito claro quando você morde um pretzel salgado, porém, quando
dissolvido na massa, torna-se igual aos outros”.
Por esta razão, para os pães, o sal mais indicado é o sal fino, que possa
ser completamente dissolvido e incorporado na massa. Porém, se acontecer
por exemplo, de faltar sal na sua casa para fazer o pão e você ter apenas o sal
grosso ou o rosa, uma solução eficaz é dissolver em água e incorporar na
massa.
Para tentar desvendar o porquê dessa massa rasgar quando a gente
adiciona o sal, é essencial a gente falar um pouco sobre autólise, que é o
processo de misturar apenas farinha e água e deixar descansando por no
mínimo 15 minutos, processo este que aumenta a extensibilidade da massa.
Segundo Michal Suas, “a extensibilidade pode ser definida como a
propriedade da massa em se estender facilmente, ou não, quando submetida a
uma ação de alongamento.”
Ainda segundo Michael Suas: “Durante a autólise, duas reações
importantes ocorrem na massa. A primeira é que as proteínas da farinha se
hidratam melhor, levando ao aprimoramento das propriedades da estrutura do
glúten de textura e retenção de CO, a segunda é a ação natural de uma enzima
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específica chamada protease, que está naturalmente presente na farinha. Em
geral, uma enzima é um componente orgânico com uma ação específica e
natural de degradação. As proteases são responsáveis pela degradação da
proteína. Quando deixadas a atuar por algum tempo, reagem sobre a proteína
e degradam algumas das ligações do glúten. Como resultado, vai aumentar a
extensibilidade da massa e aprimorar seu desempenho nos processos
mecânicos.”
Portanto, sem sal, a farinha é hidratada de maneira mais eficiente e se
torna mais extensível, razão pela qual a autólise faz tanto sucesso entre todos
os padeiros, sejam artesanais ou profissionais.
Porém, se você não adicionar sal após a autólise, logo sentirá os efeitos:
a massa sem sal é frouxa e pegajosa, e não é o que queremos.
Quando adicionamos o sal, à medida que ele se mistura e se dissolve, a
massa pegajosa se firma.
Sal diminui a ação das proteases na massa do pão. Assim sendo, o sal
vai funcionar em oposição ao efeito da autólise, diminuindo a ação das
proteases da farinha, diminuindo também a extensibilidade, razão pela qual
você sente que a sua massa rasga com mais facilidade quando inicia a sova
com o sal.
Não é difícil perceber que o sal tem uma função muito importante na
panificação. Esse ingrediente é um dos responsáveis pelo sucesso ou fracasso
da sua massa de pão. É preciso ter bastante cuidado no momento certo de
incluir o sal na massa.
MELHORADORES NA PANIFICAÇÃO
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possa parecer, o melhoramento é uma prática muito antiga, utilizada desde que
o pão foi inventado.
De acordo com a professora Marina Queiroz, especialista
em panificação e confeitaria, a adição de melhoradores a uma massa resulta
em muitos benefícios. “A massa não precisa ser muito trabalhada para atingir o
ponto ideal. Ela ficará mais forte e maleável, o que a tornará mais resistente ao
atrito mecânico da masseira. Também tem a vantagem do tempo
de fermentação ser menor, além do produto final obter uma melhor aparência e
contar com um prazo de validade maior”, diz Queiroz.
Os melhoradores naturais são a lecitina de soja, o ácido ascórbico, os
suplementos enzimáticos, a pectina e o glúten. Cada um desses possui uma
função distinta na massa dos pães. A lecitina, por exemplo, é como um
emulsificante e lubrificante, que facilita a mistura da água com a gordura. O
emulsificante ainda ajuda a manter o frescor do pão e atua no glúten, dando
mais leveza e volume à massa. Normalmente, é utilizado em baixos
percentuais, variando entre 0,1 e 0,15%.
No caso dos melhoradores artificiais, os mais usados na panificação são
o ácido cítrico e emulsificantes químicos. A ação deste é a degradação do
amido em açúcares mais simples, para alimentar o fermento e colaborar na
coloração caramelo da crosta do pão. Os emulsificantes químicos servem para
aumentar a duração do produto e o ácido cítrico é muito utilizado em pães de
centeio ou de farinhas mistas.
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EQUIPAMENTOS USADOS EM UMA PANIFICAÇÃO
Fazer pão tem a ver com o amor pela gastronomia, pelos ingredientes e
por todo o preparo envolvido, da massa à saída de uma fornada quentinha.
Mas também tem a ver com compartilhar, afinal, nada melhor do que dividir e
apreciar com outras pessoas aquele pão fabricado com tanto carinho.
Por esse motivo, quem começa a crescer como padeiro amador nos
finais de semana logo, logo sonha em abrir sua própria padaria artesanal, em
que poderá se dedicar ainda mais à paixão pelo pão e, ainda, dividi-la com
cada vez mais gente.
Pois você sabe o que é preciso para transformar esse desejo em
realidade? Então conheça os 15 equipamentos que é necessário para ter em
uma panificadora.
MASSEIRA OU AMASSADEIRA
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Vale ressaltar ainda que existem duas espécies de amassadeiras
diferentes:
Amassadeira basculante: suporta entre 5 e 25kg de massa e funciona
com dois braços mecânicos. Ela é ideal para padarias e confeitarias.
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amassadeira com capacidade acima de 25kg. Nesse caso, um equipamento
basculante deverá suprir suas necessidades!
BATEDEIRA PLANETÁRIA
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continua sendo útil na produção de massas mais finas, como de bolos,
biscoitos e até folhados, brioches e outras mais delicadas.
Se, em casa, muitas vezes usamos água morna para fazer pão
(principalmente quando usamos fermentos que precisam ser ativados, como o
fermento biológico fresco ou seco não instantâneo), quando se trata da
panificação profissional, o ideal é usar água bem fria.
Dessa forma, temos mais controle sobre o crescimento inicial da massa
e damos a ela mais tempo para desenvolver o glúten de maneira uniforme, o
que é essencial ao produzir pães em grande quantidade.
Quando se fala em massas com 10 ou mais quilogramas de farinha, no
entanto, não dá para simplesmente usar a água da geladeira ou do filtro.
Principalmente porque você estará fazendo várias massas diferentes e em
grande escala ao mesmo tempo, o que vai demandar um monte de água fria!
E é aí que entra o resfriador e dosador de água. Essa é uma máquina
parecida com um filtro elétrico, que consegue gelar toda a água de que você
vai precisar e entregá-la a você na medida certa. Sua capacidade máxima pode
ir de 50 a até 600 litros de água!
Uma mesa toda dedicada à modelagem e corte dos pães é essencial para
deixar o trabalho na sua padaria mais eficiente. Além disso, a mesa também
permite que você coloque todos os pães de uma fornada no mesmo lugar e,
assim, consiga comparar seu formato e faça cortes iguais em cada um.
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BALANÇA CULINÁRIA DE PRECISÃO
DIVISORA DE MASSA
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produzir fornadas uniformes.
Isso porque o tempo de forno de pães de diferentes formatos e
tamanhos não é o mesmo, de modo que levar pães de tamanhos variados para
assar juntos pode fazer com que os maiores fiquem crus por dentro, ou que os
menores fiquem secos e queimados.
Diante disso, não é difícil entender por que uma padaria profissional —
seja ela especializada em pães artesanais ou não — precisa de uma máquina
cuja função é dividir a massa em unidades de mesmo peso.
Existem modelos variados de divisoras, mas todas funcionam mais ou
menos segundo o mesmo princípio: transformar a totalidade da massa em
unidades menores. Aí o próximo passo é levar as bolotas para crescer e,
depois disso, moldá-las e deixá-las fermentando mais uma vez antes de irem
para o forno.
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MODELADORA
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ASSADEIRAS OU TABULEIROS
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FORMAS
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ESTEIRAS
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ARMÁRIOS
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Os armários podem ser usados em todo o processo da panificação e
confeitaria, da fermentação ao resfriamento, assim que o produto sai do forno.
Basicamente, eles são o lugar em que você vai deixar tudo o que não
estiver sendo trabalhado na bancada naquele momento, seja uma fornada de
pães que precisa receber o corte antes de ir ao forno, ou uma de bolos que têm
que esfriar antes de receber a cobertura e serem embalados.
ESTUFA DE FERMENTAÇÃO
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CÂMARA DE FRIO
FORNO
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padeiro, da seleção dos ingredientes à moldagem da massa, vai se transformar
em um produto final digno desse cuidado artesanal!
Muito além de serem maiores e mais potentes, os fornos profissionais
têm ainda características específicas para garantir que cada fornada da sua
padaria saia nas melhores condições possíveis, sabia disso?
Sendo assim, não é de se estranhar que, diferentemente dos fornos
domésticos, eles devam ter alguns recursos extras. Sistema de distribuição de
calor (para que todos os pães assem de forma homogênea) e um controle bem
mais preciso da temperatura são alguns dos diferenciais.
Outro componente importante do forno para padaria é a injeção de vapor
de água, essencial na formação da crosta do pão, em sua coloração e na
formação dos alvéolos no miolo.
Há vários modelos diferentes de forno profissional para panificação e
confeitaria. De maneira geral, eles se distinguem pela forma como o calor é
distribuído, assim como a fonte utilizada (lenha, gás ou eletricidade). Conheça
alguns dos principais tipos de forno para padaria:
Forno de lastro: ideal para uma padaria artesanal, pois existem vários
tamanhos distintos e permitirá obter a qualidade máxima em pães.
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Forno rotativo: pode ser elétrico ou a gás. Tem uma câmara só, em que
as assadeiras giram dentro do forno a fim de garantir a distribuição do
calor e o forneamento homogêneo. É ideal para médias e grandes
produções.
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FATIADORA
Por último, com seus pães prontinhos para serem consumidos pelos
clientes, não se esqueça de que é essencial ter uma fatiadora na sua padaria
para cortar seus produtos automaticamente em fatias iguais e sem amassar
nem danificar a estrutura do pão.
BÔNUS: ACESSÓRIOS
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campanha. Alguns vêm em um padrão específico, que fica impresso na
massa do pão, mesmo depois de assado.
Estilete: é com ele que você vai realizar o corte nos pães, logo antes de
assá-los. Além de ser, em algumas padarias, uma marca registrada do
padeiro, o corte é importante para estimular a expansão da massa sem
que ela se arrebente no forno.
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Pá: pode ser feita de madeira ou metal e é usada para colocar e tirar os
pães e pizzas do forno.
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AS PRINCIPAIS ETAPAS DO PROCESSO DA PRODUÇÃO DE PÃO
Alguns pães têm a produção mais simples, com menos etapas, e outros
com preparação mais complexa. Em geral, eles têm processos básicos que
todos passam. Os principais processos da fabricação de pães. Confira:
Mistura: é a fase de homogeneização dos
ingredientes, misturando-os e iniciando a
sova da massa. Dessa forma, ocorre a
ativação do glúten e a massa ganha
propriedades elásticas conforme o
desejado para cada receita.
Fermentação principal: é a ação feita
pelo fermento biológico, em que as
leveduras consomem os açúcares
presentes na massa, liberando gás
carbônico.
Divisão: é o porcionamento da massa em
unidades, podendo ser feito manualmente
ou por equipamento específico. É
importante que as porções tenham
tamanhos uniformes para o melhor
aproveitamento da massa e a
apresentação do produto final.
Boleamento: como o próprio termo já diz,
a massa ganha formato de bola, que
elimina pegajosidade da superfície,
deixando-a lisa e homogênea. Essa etapa
facilita a moldagem.
Fermentação secundária: devolve a
extensibilidade da massa perdida durante
a manipulação nos processos de divisão e
boleamento. É feita na câmara de
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fermentação com temperatura controlada.
Moldagem: melhora a textura e a
estrutura do pão, assim como dá o
formato apropriado para o produto. Esse
processo pode ser realizado
manualmente ou com auxílio de
moldadores.
Fermentação final: é o descanso
necessário para que a massa recupere
o volume antes de ser assada. Também
é feita em câmara de fermentação e o
tempo depende do tipo de pão, da
qualidade da farinha e do fermento
utilizado.
Cozimento: é o momento de assar a massa em forno industrial e, enfim,
transformá-la em pão. Nessa etapa acontece a formação de crosta, o
cozimento da massa e o
desenvolvimento de texturas, sabores e
aromas. O tempo e a temperatura devem
ser escolhidos de acordo com as
características desejadas para cada
receita de pão.
Resfriamento: antes de fatiar (caso seja necessário) e embalar, é
importante que o pão seja resfriado para a temperatura ambiente. O pão
fatiado ainda quente fica deformado, e se embalado também quente
tende à proliferação de fungos e
bactérias — devido à formação de vapor
e umidade —, além de perder as
características de sabor, textura e
aroma. Esse processo pode ser feito
expondo os pães à temperatura
ambiente ou de um modo mais prático e
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higiênico, como as esteiras, em que os pães passam pelo vento de um
ventilador próprio para esse fim.
Corte e embalagem: depois de
resfriados, os pães podem ser cortados
(se for o caso) e embalados
manualmente ou por máquinas
específicas para a panificação — que
agilizam esse processo.
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O que é o glúten?
É a união de duas proteínas presentes no trigo: a glutenina e a gliadina.
Essa junção é realizada com a adição da água, que faz com que elas se
encontrem e formem o glúten.
Essa proteína tem a capacidade de tornar a massa elástica para ser
trabalhada e resistente para não arrebentar no processo de produção de pão.
Além disso, o glúten forma um tipo de rede que retém o gás carbônico,
produzido na fermentação no interior da massa, fazendo com que o pão cresça
e fique com textura macia — mesmo no caso de pães mais rústicos, como
a ciabatta.
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Para que serve a autólise na fabricação de pão?
A autólise é uma técnica facilitadora do desenvolvimento do glúten,
poupando tempo de trabalho mecânico sobre a massa. Nela, a farinha é
hidratada e descansa por alguns minutos (mínimo de 20′) ou horas, conforme o
necessário para o pão. Dessa forma, a farinha absorve a maior parte da água,
fazendo o glúten se desenvolver naturalmente. A partir daí é adicionado o
restante dos ingredientes, fazendo a mixagem e iniciando a sova da massa. Ela
é essencial para fazer uma boa baguete rústica, por exemplo.
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O que significam a elasticidade e a extensibilidade da massa de pão?
A elasticidade é a força de resistência da massa e a extensibilidade é a
capacidade dela de ser esticada sem romper a sua estrutura. Avaliar esses
pontos antes de dar continuidade ao processo de produção de pão é
importante para que possa obter um produto de textura macia, com bom
volume e melhor qualidade.
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proteínas, e, como vimos, a junção das proteínas glutenina e gliadina da
farinha de trigo resulta no glúten. Dessa maneira, a adição de sal nas
receitas de pães também tem a função de fortalecer a massa,
aumentando a rede de glúten e prevenindo que os pães fiquem
achatados e com bolhas indesejadas na superfície.
Gorduras: que são os óleos, as banhas e os azeites — envolvem o
glúten, aumentam a extensibilidade da massa, deixam o pão com textura
mais macia e prolongam a conservação do produto. No entanto, sua
adição deve ser feita após a hidratação da farinha de trigo, já que, em
contato direto, pode interferir no desenvolvimento do glúten por repelir a
água. A correta distribuição da gordura na massa faz com que a água do
interior do pão não seja evaporada, evitando o ressecamento e
deixando-o com textura macia por mais tempo.
O que são os aditivos e por que são usados?
Os aditivos químicos são muito utilizados na indústria alimentícia e têm
diversas funções. No caso da panificação, são auxiliares no melhoramento da
qualidade da massa e são chamados de reforçadores de farinha, que em geral
contêm três componentes:
Oxidante: o ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, é um
oxidante que reforça a rede de glúten, aumentando a elasticidade da
massa e evitando que ela fique achatada e com bolhas na superfície
enquanto cresce especialmente após a moldagem.
Emulsificante: os emulsificantes são responsáveis por unir as
moléculas de água e de gordura, fazendo com que a massa fique
estabilizada e com os ingredientes bem distribuídos, contribuindo para a
uniformidade do pão. Além disso, por ter gordura na sua composição,
eles também contribuem com a função desse ingrediente na massa.
Alfa-amilase: como já explicamos na atividade diastásica, a alfa-
amilase, naturalmente presente na farinha de trigo, é essencial para a
fermentação. Ela também faz parte dos melhoradores de farinha,
aumentando a conversão dos amidos em açúcares e auxiliando
diretamente na qualidade da fermentação da massa.
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CÁLCULOS DE BALANCEAMENTO
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PRÉ – FERMENTAÇÃO
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reorganizada durante o amassamento. Quando um pré-fermento é misturado,
as moléculas de proteína são hidratadas e as ligações começam a se formar.
Quanto maior o tempo, melhor a hidratação da proteína, por isso os longos
períodos de descanso de algumas pré-fermentações que ficam hidratando da
noite para o dia, antes que amassar. Nesse período longo de descanso, as
proteases são ativadas.
São as enzimas presentes na farinha que quebram a cadeia proteica,
elas são capazes de se mover quando a água é adicionada à farinha e
começam a trabalhar, mastigando a proteína, preparando-a para o
amassamento. O período longo de descanso da massa desenvolve a acidez na
massa. Uma massa mais ácida requer menos mistura. Quando usamos um
pré-fermento, permitimos que as reações produtoras de ácido comecem antes
de amassar a massa. Quando é hora de amassar, a massa é mais ácida e
mais fácil de misturar.
Uma possível explicação para isso é que as proteases funcionam melhor
em pH ácido e, portanto, uma massa mais ácida está simplesmente
aumentando a atividade da protease. Quando trabalhamos com pré-
fermentação em períodos mais longos, menos fermento é necessário. Em pães
feitos com fermento, o uso de um poolish permite que o padeiro use menos
fermento, o que melhora o sabor do pão. Um pouquinho de fermento, dado
uma noite inteira, pode processar uma grande quantidade de farinha. Sem um
poolish, esta farinha deve ser adicionada durante a etapa de mistura, e o
padeiro precisaria adicionar mais fermento para produzir em tempo hábil.
As pré-fermentações são variadas, cada uma delas confere uma
característica específica para o pão. Elas são divididas em duas categorias,
firmes e úmidas. Abaixo vamos especificar cada uma delas.
Fermentações firmes: Pâte fermentée e Biga
Fermentações Úmidas: Poolish e esponjas.
PÂTE FERMENTÉE
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Podemos prepará-la apenas guardando um pedaço de massa após sua
fermentação primária e usá-la em uma nova massa.
A massa deve ser fermentada por no mínimo 3 horas e não deve
exceder mais que 6 horas em TA (temperatura ambiente).
Para períodos mais longos é aconselhável deixar a massa fermentar por
umas 2 horas em TA e manter no refrigerador. A pâte fermentée pode ser
mantida até 48 horas em temperaturas de 2°C à 7°C. É muito importante para
incorporar a patê a uma nova massa deixar em TA umas 2 horas para ativar
novamente a fermentação.
Pode-se utilizar uma massa antecessora. Na França o costume é
reservar a massa da baguette por conter apenas (farinha, água, sal e
fermento).
Seu uso proporção pode variar de 10% a 180% correspondente a farinha
da receita, mas a média fica entre 40% a 50%.
Confere força, e sabor ácido a massa, proporcionando uma vida maior
ao pão e uma casca crocante.
BIGA
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da extensibilidade por conta da quantidade de fermento e o tempo longo de
fermentação. Proporcionando níveis altos de acidez e um shelf-life maior para
seu pão.
POOLISH
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ESPONJA
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diferenciado no seu produto final.
Produção de ácido: A acidez desempenha um papel fundamental, isso
se dá por três efeitos na massa e no produto final.
Primeiro, firmar as proteínas para fortalecer a massa. Segundo, diminuir
o PH, desencadeando um aumento na durabilidade do pão ao retardar o
processo de deterioração e inibindo o crescimento de mofo. E terceiro, com
resultados da fermentação secundária são formados ácidos orgânicos,
produzindo aromas na massa. Estes aromas são muito importantes para o
sabor do produto final.
Desvantagens
1º Desvantagem: para preparar o pré-fermento é necessária uma
mistura adicional, portanto será preciso uma organização para pesar os
ingredientes na véspera ou ao menos três horas antes de misturar a
massa final.
2º Desvantagem: mais espaço de armazenamento e obter câmaras
ideais para controlar as temperaturas das pré-fermentações.
3º Desvantagem: dificuldade em programar a quantidade de pré-
fermento necessária para atender a produção. Você precisará para isso
fazer uma programação de pedidos com o mínimo um dia de
antecedência.
Mesmo obtendo algumas desvantagens, as pré-fermentações são uma
ótima escolha na hora de desenvolver um novo produto, ou dar características
específicas para seu pão. Podendo diferenciá-lo dos demais pães
convencionais encontrados no mercado.
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REFERÊNCIAS
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e-curiosidades/
https://www.deliway.com.br/blog/tipos-farinha-trigo
https://massamadreblog.com.br/know-how/curiosidades/voce-conhece-todos-os-tipos-
de-fermentos-descubra-aqui/
https://massamadreblog.com.br/know-how/info-tecnicas/fermento-biologico/
https://massamadreblog.com.br/know-how/curiosidades/afinal-qual-importancia-da-
agua-na-panificacao/
https://meupaocaseiro.com.br/blog/funcao-sal-massa/
https://www.cpt.com.br/noticias/melhoradores-fazem-toda-a-diferenca-na-producao-de-
paes
https://massamadreblog.com.br/know-how/info-tecnicas/15-equipamentos-
indispensaveis-em-uma-padaria-artesanal-conheca/
https://massamadreblog.com.br/know-how/curiosidades/quais-sao-os-principais-
termos-no-processo-de-producao-de-pao/
https://www.madrepaesartesanais.com.br/formula-de-padeiro/
https://massamadreblog.com.br/know-how/info-tecnicas/metodos-de-pre-
fermentacoes/
https://rrfornos.com.br/a-importancia-da-temperatura-na-panificacao/
https://www.cpt.com.br/cursos-a-distancia-na-area-padaria-e-
confeitaria/artigos/padeiro-dicas-eficazes-para-evitar-o-mofo-nos-produtos-panificados
https://www.uov.com.br/cursos-online-na-area-padaria-e-confeitaria/artigos/conheca-
alguns-defeitos-dos-paes
https://revistaazul.voeazul.com.br/gastronomia/23-paes-de-diversos-paises-do-mundo/
https://paladar.estadao.com.br/receitas/baguete-simples,10000012228
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/culinaria/guia-da-cozinha/8-receitas-diferentes-
de-pao-caseiro-para-o-cafe-da-
tarde,86ec1c16e6154ed0d0c414ae4b92f5f7el041cyt.html
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