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Resumo da Parábola do Joio e do Trigo

Na Parábola do Joio e do Trigo Jesus comparou o Reino dos céus a lavoura de um

homem. Este homem semeou boa semente de trigo em seu campo. Mas durante o
seu período de descanso, veio um adversário e semeou joio no meio do trigo.

Passando o tempo, o trigo cresceu e frutificou, mas junto dele também apareceu o
joio.

Ao constatarem que havia joio entre o trigo, os servos do dono do campo lhe
interrogaram sobre o porquê da presença de joio na plantação se na verdade

apenas o trigo havia sido semeado por ele. O agricultor respondeu aos seus servos
que um inimigo havia feito aquilo.

Prontamente seus servos se disponibilizaram a arrancar o joio do meio da


plantação de trigo. Mas o dono do campo impediu que eles fizessem isto. Segundo

ele, ao arrancar o joio, seus servos poderiam também acabar arrancando o trigo.
Então ele ordenou que deixassem crescer o joio e do trigo juntos até o dia da ceifa.

Neste dia, porém, os ceifeiros teriam ordens para colher primeiro o joio e separá-lo
para queimar, enquanto o trigo seria guardado em seu celeiro (Mateus 13:24-30).

Contexto da Parábola do Joio e do Trigo

Jesus pronunciou a Parábola do Joio e do Trigo num determinado dia em que saiu

de uma casa e se assentou à beira do Mar da Galileia. Naquele dia uma grande
multidão se reuniu perto dele. Então Ele subiu num barco enquanto a multidão

ficou em pé na praia escutando seus ensinamentos.

Naquele mesmo dia, Jesus pronunciou uma série de pelo menos sete parábolas

sobre o Reino dos céus. Primeiro Ele contou quatro parábolas diante de toda
multidão. Foram elas: O Semeador, O Joio e do Trigo, O Grão de Mostarda e o

Fermento (Mateus 13:1-36). Já as três últimas parábolas foram contadas


exclusivamente aos seus discípulos. Foram elas: O Tesouro Escondido, A Pérola de
Grande Valor e a Rede. (Mateus 13:36-53).

Provavelmente a Parábola do Joio e do Trigo foi contada na sequência da Parábola


do Semeador. Ambas as parábolas possuem certas semelhanças. Elas utilizam o

pano de fundo da agricultura, e igualmente falam de um semeador, uma lavoura, e


sementes sendo plantadas.

Mas ao mesmo tempo elas também possuem diferenças significativas. Na Parábola


do Semeador só há um tipo de semente sendo semeada, a boa semente. Por isto a

mensagem da parábola enfatiza a forma com que essa boa semente é recebida
pelos diferentes tipos de solo. Além disto, o maligno aparece como aquele que

arranca a semente semeada em determinado tipo de solo.

Já na Parábola do Joio e do Trigo há dois tipos de sementes, a boa e a ruim. Então

a ênfase é posta no semeador, sobretudo na forma com que ele trata a realidade
de haver semente ruim plantada junto de semente boa. Por último, o inimigo

aparece como sendo o responsável em plantar a semente ruim. Existem muitas


passagens bíblicas que aplicam metáforas da agricultura, pois isto consistia em

algum muito presente na vida daquela época.

Explicação da Parábola do Joio e do Trigo

O próprio Jesus explicou a Parábola do Joio e do Trigo aos seus discípulos. Eles não
tinham entendido esta parábola, e depois de Jesus ter despedido a multidão, eles

lhe pediram explicação.

Jesus explicou a parábola dizendo que o homem que semeia a boa semente é o

Filho do homem, ou seja, Ele próprio. Vale saber que o título “Filho do homem” é a
autodesignação mais utilizada por Jesus. Este é um título muito significativo que

aponta tanto para sua plena humanidade quanto para sua plena divindade.
O campo, na parábola, serve como representação do mundo. A boa semente de
trigo representa os filhos do Reino, enquanto que o joio representa os filhos do

maligno. Consequentemente, o inimigo que semeou o joio é o diabo. Por último, a


ceifa representa a consumação dos séculos, e os ceifeiros, aos anjos.

Os anjos ao serviço do Senhor no dia final, como ceifeiros, tirarão do Reino todo
joio, ou seja, tudo o que foi semeado pelo diabo, isto é, os ímpios, aqueles que

praticam o mal e são motivos de tropeço. Eles serão lançados na fornalha ardente,
onde haverá choro e ranger de dentes. Por outro lado, a boa semente, isto é, os

justos, brilharão como sol no Reino de Deus (Mateus 13:36-43).

A necessidade da paciência diante do joio

A principal lição que devemos tomar da Parábola do Joio e do Trigo diz respeito à
paciência. A ordem para deixar que o joio cresça no meio trigo fala exatamente

disto. Mas ao contrário do que alguns pesam, esta não é uma ordem para que o
pecado seja tolerado no meio da Igreja.

O ensino de Jesus neste ponto é que simplesmente seus servos devem estar
dispostos a esperar pacientemente pela decisão do Filho do homem no dia da

ceifa.

O crescimento do joio não está fora do controle do dono da plantação.

O fato de o dono da plantação não permitir que se arranque o joio logo quando é
identificável mostra que ele não foi surpreendido pelo inimigo. O dono da

plantação, Deus, tem controle absoluto e orienta seus empregados a como agir da
melhor forma com relação ao joio em meio ao trigo. Devemos ouvir a voz do dono

para agirmos com sabedoria diante da esperteza do inimigo. No final das contas o
dono da plantação já tem planejado o que fará com esse joio e com o trigo que

plantou.
O joio está misturado no meio do trigo

Satanás se empenha em falsificar a mensagem do Evangelho, de modo que seus

representantes se misturam no meio do verdadeiro povo de Deus. É interessante


notar que o joio não foi semeado numa lavoura vizinha de onde o trigo foi

semeado. O joio semeado pelo maligno está no meio da igreja visível.

Eles se misturam e se tornam muitas vezes imperceptíveis, e buscam entrelaçar suas

raízes com o intuito de fazer com que os verdadeiros crentes tropecem em seus
enganos. Portanto, aqueles que professam o falso evangelho se parecem com trigo,

mas na realidade são ervas daninhas. Eles jamais poderão ser genuínos
embaixadores do Reino, pois são agentes de Satanás.

O joio será definitivamente separado do trigo

Por mais que o joio cresça no meio do trigo, esta aparente união não será

definitiva. Como foi dito, o joio cresce na mesma lavoura do trigo, sobre a mesma
terra. Ele recebe os mesmos nutrientes, o mesmo adubo e é regado pela mesma

água. Mas um carrega em si a vida, enquanto outro carrega em si a morte. Por


ocasião do juízo, os filhos de Deus e os filhos do diabo serão permanentemente

separados.

No dia do juízo final toda impureza será arrancada do Reino. Tudo aquilo que

afronta e transgride a Lei de Deus será removido. A verdadeira Igreja estará


finalmente reunida em todo esplendor com Aquele que a plantou e que lhe foi sua

Pedra Angular. Então os redimidos viverão por toda a eternidade no universo


transformado, não mais sujeito aos efeitos do pecado. Mas é importante que jamais

nos esqueçamos: esta separação ocorrerá somente no dia da ceifa, não antes disto.

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