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2023-1
Pão é um alimento elaborado com farinha, geralmente de trigo ou outro cereal, água, sal ou
açúcar, formando uma massa com uma consistência elástica que permite dar-lhe várias formas. A
esta mistura básica podem acrescentar-se vários ingredientes, desde gordura a especiarias,
passando por carne (geralmente curada), frutas secas ou frutas cristalizadas, etc. O pão comercial
por outro lado, geralmente contém aditivos para melhorar o sabor, textura, cor, vida de prateleira,
nutrição e facilidade de fabricação.
O pão levedado, a que se acrescentou à massa levedura ou fermento geralmente cozido (assado)
num forno, produzindo pães mais ou menos macios, em que a massa cozida tem espaços com ar.
O pão ázimo, não fermentado, que produz pães geralmente achatados, mais consistentes; estes
podem ser cozidos no forno ou assados numa chapa (ou frigideira), ou mesmo fritos.
História do pão
Ao longo da história registrada, o pão tem sido um alimento importante em grande parte do
mundo e é um dos mais antigos alimentos artificiais, tendo sido de grande importância desde o
início da agricultura.
Surgimento do pão
Evidências de 30.000 anos atrás na Europa revelaram resíduos de amido em rochas usadas para a
perfuração de plantas. É possível que durante esse tempo, o extrato de amido das raízes das
plantas, como taboas e samambaias, fossem espalhadas sobre uma rocha plana, colocado sobre um
fogo e cozido em uma forma primitiva de pão achatado. A evidência mais antiga do mundo de
panificação foi encontrada em um local de uma Cultura natufiana de 14.500 anos no nordeste da
Jordânia. Por volta de 10.000 aC, com o alvorecer da era neolítica e a disseminação da agricultura,
os grãos tornaram-se a base da produção de pão.
A história do pão permeia a própria história da humanidade. Diferentes origens podem ser
encontradas na literatura. O pão é o mais comum e conhecido de todos os alimentos, o forte
alicerce da vida onde centenas de gerações foram buscar seu sustento.
Muitos estudos consultados, partem da premissa de que os primeiros pães foram elaborados no
período Neolítico, onde hoje está situada a Suíça, em um vilarejo às margens do lago Dwellers,
cerca de 8 mil anos atrás- indícios que eles já assavam pães.
O pão fermentado, semelhante ao que comemos hoje, já era consumido pelos egípcios por volta de
4000 anos a.C. No Antigo Egito, o pão pagava salários e os camponeses ganhavam três pães e dois
cântaros de cerveja por dia de trabalho.
O sistema de fabricação dos egípcios era muito simples: pedras moíam o trigo que, adicionado à
água, formava uma massa mole, que era assada. Este sistema encontra-se ilustrado em pinturas
encontradas sobre tumbas de reis que viveram por volta de 2500 a.C.
Em Israel
As primeiras padarias surgiram em Jerusalém, após o contato com os egípcios, com quem os
hebreus aprenderam melhores técnicas de fabricação e obtiveram a receita. Pouco tempo depois, já
existia na cidade uma famosa rua de padeiros.
O pão também teve sua história na Grécia e em Roma. Na Grécia, ocorreu na mesma época que no
Egito. Já em Roma, foi bem mais tarde (800 anos a.C.), porém com grande importância.
Foi em Roma, por volta de 500 a.C., que foi criada a primeira escola para padeiros, tendo se
tornado o principal alimento daquela civilização preparado em padarias públicas.
Pode-se dizer que, com a expansão do Império Romano, o hábito de consumir pão foi difundido
por grande parte da Europa.
Na Idade Média
Durante a Idade Média Europeia, os padeiros eram especializados: ou produziam o comum pão
integral ou faziam o luxuoso pão branco. Isso porque,na época, a farinha moída e tratada para
elaboração de pães brancos era obtida em pequenas quantidades.
Foi só no século XVII que aperfeiçoamentos nas técnicas de moagem e o aumento da renda per
capita estimularam a maior disponibilidade de um pão mais ou menos branco.
Com o início da Idade Média, por volta do ano 476 da era comum, as padarias acabaram e a
produção de pão voltou a ser caseira. Assim, as pessoas voltaram a comer pão sem fermento.
Na Idade Moderna
Receitas de pão domésticas começaram a aparecer em livros de culinárias, dirigidas à classe média
e já se pareciam muito com as receitas modernas.
A industrialização do pão
Hoje, o trigo é tratado em moinhos, é lavado, escorrido e passado por cilíndricos que separam o
grão da casca.
No Brasil
Segundo o sociólogo e antropólogo Gilberto Freire, o Brasil conheceu o pão no século XIX. Antes
do pão, o que se usava, em tempos coloniais, era o biju de tapioca no almoço e, no jantar, a farofa,
o pirão escaldado ou a massa de farinha de mandioca feita no caldo de peixe ou de carne. No
início, a fabricação do pão no Brasil obedecia a uma espécie de ritual próprio, com cerimônias,
cruzes nas massas, ensalmos para crescer, afofar e dourar a crosta, principalmente quando eram
assados em casa. A atividade da panificação no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos. Os
pioneiros da indústria de panificação surgiram em Minas Gerais. Nos grandes centros
proliferaram as padarias típicas, sendo que na cidade de São Paulo até hoje existem, em alguns
bairros, como por exemplo, no Bixiga, padarias que fabricam pães italianos muito apreciados.
PÃO ARTESANAL
O pão continua a sustentar nações, culturas, heranças, períodos de guerra e de paz, fome e
abundância. Cada pão é único, distinto em tamanho, formato e textura. Os pães de um país dizem
quem é seu povo.
O que define um pão artesanal?
Entende-se por artesão a pessoa que exerce uma arte ou um ofício por conta própria. Um pão
artesanal, então, é aquele feito à mão, por um padeiro capacitado, a partir de técnicas tradicionais.
Essa é uma definição ampla e pode gerar muitas interpretações, mas podemos determinar as
principais características que, de acordo com muitos padeiros, são essenciais em um pão artesanal.
- Feito à mão: é perfeitamente possível preparar um pão em casa, do começo ao fim, sem usar
nenhum equipamento, mas, obviamente, seria complicado para um padeiro produzir pães em
uma escala comercialmente viável sem usar pelo menos um equipamento para amassar. Alguns
tipos de equipamentos são usados em praticamente todas as padarias, como a amassadeira, por
exemplo. Em casa, muitos optam por usar uma batedeira com gancho (para massas pesadas) para
ajudar a amassar a massa também. No entanto, o trabalho manual tem um papel muito
importante na produção artesanal. Nesse caso a destreza, a dedicação e o discernimento do
padeiro são essenciais para um bom resultado. A fabricação desse tipo de pães não deve ser um
processo automático ou totalmente mecanizado, e isso faz com que a produção de pães artesanais
seja, por necessidade, feita em pequena escala.
Pães Flavorizados
Segundo o dicionário Caldas Aulete, flavor é a substãncoa natural ou artificial que se adiciona a
alimentos ou bebidas para lhes dar ou realçar o sabor e o aroma.
O pão flavorizado pode ser feito a partir de qualquer massa, seja ela magra ou levedada.
Flavorizar um pão é agregar algum sabor à massa, adicionando agentes de sabor diretamente à
mistura.
Esse processo é simples, porém deve se ter cuidado com o insumo adicionado para a flavorização,
pois deve-se saber o percentual de água de tal, para se fazer uma correção da quantidade de
líquidos que serão adicionados a massa.
Exemplos de pães flavorizados: pão de batata, pão de queijo, pão de abóbora e etc.
TRIGO E FARINHAS
• Definição:
Farinha de trigo é o produto obtido pela moagem, exclusivamente, do grão de trigo triticum
vulgares.
• Rotulagem:
No rótulo da farinha deve constar a denominação “Farinha de Trigo” seguida do tipo (especial ou
comum). O tipo integral deve trazer no rótulo a declaração “Farinha Integral de Trigo”.
• Composição do grão:
- Endosperma: parte principal do grão do trigo onde se encontra o amido e as proteínas (para a
formação do glúten). O endosperma corresponde a aproximadamente 85% do grão. - Gérmen: é
do gérmen que se origina uma nova planta. Ele corresponde apenas a cerca de 2% do grão e
contém uma grande quantidade de gordura e vitaminas. O gérmen precisa ser removido antes da
moagem para a farinha não ficar rançosa. - Pelicarpo ou Casca: parte externa do grão de trigo que
protege o gérmen e o endosperma. A casca é utilizada na fabricação de farinha de trigo integral.
Durante a moagem a casca é separada, produzindo o farelo. Corresponde a aproximadamente
13% do grão.
• A formação do glúten:
Como dito anteriormente, é da proteína que se forma o glúten. O glúten é uma proteína insolúvel
em água e é composta pela gliadina (responsável pelo volume do pão) e glutenina (regula o tempo
de mistura da farinha e tem efeito sobre a elasticidade da massa). Dependendo da qualidade
destas proteínas, elas podem absorver de 200 % a 250 % do seu peso em água.
À medida que as proteínas inflam, elas começam a se atrair, formando cadeias de proteínas
chamadas glúten.
Após a formação do glúten, o processo mecânico do batimento da massa (com masseira ou com as
mãos) irá trabalhar o glúten em uma estrutura organizada. Primeiro, esticando a cadeia de glúten
e segundo, dobrando sobre si mesmo, formando uma cadeia cada vez mais longa, fina e
sobreposta.
Por isso, um batimento longo irá criar uma cadeia de glúten bem desenvolvida e um batimento
curto, o contrário, uma cadeia de glúten não desenvolvida. Mas é preciso tomar cuidado com um
batimento longo demais. Isto irá quebrar a cadeia de glúten, resultando na perda da massa.
Cadeia de Glúten
-As farinhas panificáveis: Farinhas panificáveis são as farinhas que contém glúten, em
quantidades maiores ou menores. Elas são: farinha de trigo, farinha de trigo integral, farinha de
centeio, farinha de aveia e farinha de cevada.
FERMENTAÇÃO
• O que é o fermento:
O fermento usado na panificação pertence à família dos fungos e vem da espécie “saccharomyces
cerevisae”.
O fermento biológico é um ser vivo bem diferente do fermento químico. No fermento químico, os
agentes químicos ou sais minerais, na presença do calor e umidade, produzem o gás dióxido de
carbono (CO²), expandindo-se sob a ação do calor do forno. Nesta fermentação não há vida, e sim
a expansão e liberação do CO². A composição de um fermento químico é o bicarbonato de sódio e
um ácido (ácido tartárico, cremor tártaro, etc).
- Ausência de aditivos e conservantes: o pão artesanal nada mais é do que farinha, água e sal, e
podem ser levedados por fermentos naturais ou comerciais (biológicos). Nada impede que outros
ingredientes possam ser acrescentados para criar pães especiais, tanto para enriquecer a massa,
como manteiga, ovos e açúcar, quanto para dar-lhes um toque a mais e sabor diferenciado, como
frutas secas, castanhas, azeitonas, chocolate, ervas e especiarias. Mas é importante que todos os
ingredientes sejam naturais, bem selecionados e livres de qualquer tipo de aditivos e conservantes.
- Técnicas tradicionais: Durante séculos, o pão foi feito sem o uso de equipamentos e maquinários,
totalmente à mão, com exceção, claro, dos fornos. As padarias artesanais de hoje tentam resgatar
ao máximo essas técnicas tradicionais. Mesmo que utilizando amassadeiras para preparar as
massas, a maior parte do processo é feito pelas mãos do padeiro. Os padeiros se preocupam
também com a qualidade dos ingredientes, selecionam farinhas que se assemelham às farinhas
europeias (com menos proteínas e um teor mais alto de cinzas). Além disso, as massas
normalmente fermentam por mais tempo, a temperaturas baixas, sem uso de estufas de
crescimento. Todo esse respeito aos processos e às técnicas tradicionais confere muito mais sabor e
qualidade ao produto final.
• O alimento do fermento:
Na panificação, a fermentação ocorre quando alguns açúcares (ou glicídios 2 ) presentes na farinha
são convertidos em álcool e dióxido de carbono pelo fermento (natural ou comercial/industrial).
Este tipo de fermentação é chamado de fermentação alcóolica. A farinha de trigo contém
diferentes tipos de glicídios (monossacarídeos, dissacarídeos ou polissacarídeos) e cada um é
usado em estágios diferentes da fermentação, dependendo da sua complexidade estrutural.
Os monossacarídeos ou açúcares simples são usados diretamente pelo fermento, mas os açúcares
mais complexos como os dissacarídeos e polissacarídeos precisam ser quebrados em açúcares
simples antes de serem usados pelo fermento. A responsável por esta transformação em açúcares
simples é a enzima 3 chamada zimase, contida na farinha e fermento.
Os monossacarídeos são a glucose e a frutose que representam cerca de 0,5% da farinha. Por serem
açúcares simples, são os primeiros a serem usados no processo de fermentação (durante os
primeiros 30 minutos). Os monossacarídeos são transformados em álcool e CO² pela enzima
zimase.
Os dissacarídeos ou açúcares complexos são compostos pela sacarose e maltose. Eles compõem
cerca de 1% da farinha. Por serem açúcares mais complexos, durante os primeiros 30 minutos,
estes glicídios são transformados em açúcares simples para serem usado mais tarde no processo
de fermentação.
O primeiro e mais visível efeito da fermentação em uma massa é a capacidade de fazer a massa
crescer devido à produção de gás carbônico.
O terceiro efeito é a produção do aroma na massa. Ele pode ser formado pela produção do álcool
ou pelos ácidos orgânicos. O aroma leva tempo para ser formado, por isso uma fermentação
prolongada é melhor.
• Tipos de fermento:
São quatro tipos de fermentos usados na panificação. Três deles são feitos industrialmente
(biológico fresco, biológico seco instantâneo e biológico seco) e um naturalmente (fermento
natural ou levain).
- Fermento biológico fresco: possui de 65% a 70% de umidade. Ele é feito prensando ou filtrando
o creme (de fermento) a vácuo, retirando o excesso de água e levando-o a um produto de
consistência firme.
Armazenamento: o fermento biológico fresco precisa ser guardado refrigerado entre 2ºC e 7ºC.
Não se deve congelar o fermento porque o congelamento destrói suas células, fazendo com que o
poder fermentativo seja perdido.
- Fermento biológico seco: possui de 7% a 9% de umidade. Este tipo de fermento é obtido a partir
da secagem do fermento fresco por ar quente. O fermento seco é mais fraco do que o fresco porque
durante o processo de secagem ocorre a perda da água que se encontra no interior da célula
fazendo com que parte destas células acabe morrendo. Armazenamento: não precisa de
refrigeração. Pode ser guardado em temperatura ambiente.
- Fermento natural ou levain: é uma cultura fermentada baseada em fermentos 4 e bactérias 5 de
várias espécies encontradas no ambiente e na farinha. O levain é criado a partir de uma pasta
líquida (ou mais consistente) utilizando farinha de trigo e água, que é alimentada com mais massa
(farinha e água) por certo período de tempo, desenvolvendo assim colônias de microorganismos
que fermentam e se multiplicam.
• Conversão do fermento:
Sabendo que o fermento seco e fresco são os mesmos (saccharomyces cerevisae), o que os
diferencia é o modo como são embalados/processados. Como o fermento biológico seco é
desidratado, ele torna-se mais concentrado do que o fermento biológico fresco. Em consequência
deve-se usar em menor quantidade na receita. O fermento biológico seco é três vezes mais
concentrado, por isso, ao converter o fermento seco para o fresco deve-se multiplicar seu peso (ou
porcentagem) por três.
Método direto – método pelo qual todos os ingredientes são combinados de uma vez só. A massa
passa pela fermentação “de mesa” ou “piso” (que antecede o boleamento e o crescimento final) de
uma a duas horas e meia. Chamamos de fermentação curta e, em uma padaria convencional, a
maioria dos pães é feita com o método direto de mistura.
As massas de fermentação longa fermentam por oito horas ou mais, algumas vezes de um dia
para o outro, a uma temperatura de 17⁰C ou menos. A vantagem desse método é que a
fermentação longa e lenta melhora consideravelmente o sabor do produto. A desvantagem, além
do longo período de preparo, é que é mais difícil controlar a fermentação em razão das variações
de temperaturas, porém, consegue-se um bom controle mantendo a massa em um recipiente com
temperatura constante, uma geladeira, por exemplo. Para evitar problemas de uma fermentação
longa feita pelo método direto, mas conservando o sabor indiscutível que esta proporciona, pode-
se recorrer ao método indireto.
- Uso de uma quantidade menor de fermento, uma vez que ele se multiplica durante a
fermentação da esponja e, consequentemente, tem-se um tempo mais curto de fermentação para a
massa final.
- A esponja conserva-se por um tempo maior que uma massa final, o que confere uma
maior flexibilidade no planejamento do preparo.
- Para massas ricas, onde o açúcar ou a gordura em excesso inibem o crescimento das
leveduras, a esponja ajuda com uma fermentação mais efetiva, pois quando o método indireto é
usado, a maior parte da fermentação acontece antes de o açúcar e a gordura serem incorporados à
massa.
Método de Percentagem
A farinha é o ingrediente principal na elaboração de massas. Não poderia ser diferente nesse
método, e como tal é considerada 100%. O peso de cada ingrediente adicional é expresso como
uma percentagem do total do peso da farinha. Em outras palavras, cada ingrediente da fórmula é
independentemente calculado e mostrado como uma percentagem da farinha. No caso de
utilização de tipos de farinha diferentes (trigo, centeio, integral), o somatório total das farinhasé
igual a 100%.
Exemplo:
Pão de Hambúrguer
Ingredientes %
Farinha 100%
Sal 2%
Açúcar 7%
Gordura 6%
Fermento Freco 4%
Leite em pó 1%- 2%
Melhorador 1%
*Variável
Autólise
A autólise é um processo em que a farinha e a água são misturados e deixados descansar por, no
mínimo 15 a 20 minutos. É uma modificação no processo de mistura da massa, um “descanso” na
metade da mistura. Nesse tempo de descanso, duas reações importantes ocorrem na massa. Uma
delas é que as proteínas da farinha, quando bem hidratadas, aprimoram as propriedades da
estrutura do glúten com relação à textura e retenção de gases como CO2. Uma rede de glúten bem
formada e estruturada consegue reter melhor o CO2 liberado na fermentação da massa, formando
os alvéolos do miolo do pão. A segunda é a ação natural de uma enzima encontrada na farinha,
chamada proteaze. As proteazes são responsáveis pela degradação da proteína responsável pela
ligação de glúten. Isso faz com que aumente a extensibilidade da massa e facilite o seu
desempenho. Esta simples prática faz com que a massa fique mais forte, extensiva, menos
pegajosa e muito mais fácil de ser moldada.
INGREDIENTES
A função dos principais ingredientes da panificação:
- Água: é responsável pela estrutura do pão. É a quantidade de água presente na receita que
irá determinar a consistência do miolo, o tamanho dos alvéolos, a leveza, a crocância da crosta. É
importante usar água filtrada, se possível, sem cloro, que prejudica o desempenho do fermento
natural.
- Açúcares: além de adoçar e dar sabor ao alimento, dão cor à casca do produto, servem de
alimento para o fermento, acelerando, assim, o processo de fermentação. Por essa razão,
enfraquecem as estruturas do glúten, proporcionando maior maciez à massa. Conservam a
umidade, aumentando a validade do produto.
* Açúcares e gorduras, assim como leite e derivados, são ingredientes usados com pouca
frequência em pães com fermentação natural. Chamamos de “massas enriquecidas” e são,
geralmente, receitas específicas e tradicionais como, por exemplo, brioche, panetone e croissant.
Normalmente os pães de fermentação natural são compostos apenas de farinha, água e sal, além
de tempo e dedicação.
O fermento natural atua sobre o trigo sem pressa, proporcionando pães com crostas crocantes e
espessas, miolos densos, porém leves, e sabores inigualáveis, nos quais se revelam notas de mel,
nozes e frutas cítricas.
OS PRÉ-FERMENTOS
Os pré-fermentos agregam à massa uma qualidade no sabor e no aroma. É criado a partir de uma
porção da fórmula total da massa e é formado de farinha de trigo, água, fermento biológico e, em
alguns casos, sal. É preparado antes de a massa ser batida (de 30 minutos a 16 horas antes) e tem
sua fermentação e tempo controlados. Um pré-fermento pode durar até 48 horas em geladeira.
Os pré-fermentos foram criados para compensar a baixa qualidade na produção do pão feito com
uma primeira fermentação curta. Ele permite ao padeiro fabricar pães com maior qualidade,
mesmo que a primeira fermentação seja curta devido aos horários de produção na padaria.
• Pâte Fermentée:
A pâte fermentée vem do francês “massa fermentada”. Ela é geralmente feita guardando um
pedaço de massa batida para ser usada no dia seguinte e assim sucessivamente. O ideal é que este
pedaço de massa seja usado no mesmo tipo de pão. Se usar uma pâte fermentée de outro sabor de
pão, a fórmula fica desbalanceada porque as quantidades e os tipos de ingredientes são diferentes.
Também é possível criar uma pâte fermentée para ser usada apenas uma vez.
A porcentagem de uso de uma pâte fermentée em uma receita é de 40% a 50%.
Para fazer uma pâte fermentée:
- 100% de farinha de trigo
- 60% de água
- 2% de sal
- 0,5% de fermento biológico seco
• Biga:
Biga é um pré-fermento de origem italiana. Os ingredientes necessários para produzir uma biga
são a farinha de trigo, água e fermento biológico. Originalmente a biga era usada para agregar
força a massas com pouca força devido ao uso de um trigo fraco. Hoje é usada para agregar sabor
às massas de pão. A porcentagem de uso de uma biga em uma receita é de 30%. Como a biga é um
pré-fermento que será feito exclusivamente para uma receita, é preciso subtrair um pouco da
farinha de trigo, água e fermento da receita.
• Poolish:
Foi um dos primeiros pré-fermentos inventados com o fermento comercial. O nome vem dos
padeiros poloneses que o inventaram na Polônia no final do século XIX.
O poolish é um pré-fermento como a pâte fermentée ou biga. Sua intenção é agregar sabor e
aroma às massas. A única diferença entre eles é que o poolish é líquido, com 100% de hidratação,
isto é, é utilizada a mesma quantidade de farinha e água e de 0,25% a 0,5% de fermento biológico
seco, dependendo do tempo de fermentação.
A fermentação é feita em geladeira por 16 horas. Pode-se usar de 30% a 45% de poolish em uma
receita. Para fazer um poolish:
- 100% de farinha de trigo
- 100% de água
- 0,25% a 0,5% de fermento biológico seco
• Esponja:
A esponja é um pré-fermento, mas sua utilidade primordial é para ativar o fermento antes de ser
incorporado à massa. Ela não chega a agregar muito sabor e aroma porque o tempo de
desenvolvimento de uma esponja é curto, apenas 30 minutos.
A esponja é usada quando, em uma receita, há mais de 12% de açúcar ou 25% de gordura. Estas
concentrações altas de açúcar e gordura atrapalham o desenvolvimento do fermento. Faz-se a
esponja antes para poder ativar o fermento e, quando a esponja é adicionada no restante da massa,
o fermento já está ativo, não havendo problema na fermentação.
Para fazer uma esponja:
- 30% de farinha de trigo
- 70% de água (em relação aos 30% de farinha)
- 100% de fermento biológico seco.
TIPOS DE PÃES
Pão branco
Elaborado com farinha de trigo comum, que contém apenas a parte do endosperma do trigo.
Pães integrais
Elaborados com farinha de trigo integral, que preserva todo o conteúdo do grão de trigo, bem
como de outros grãos e cereais.
Pães rústicos
Os pães artesanais/rústicos em geral incluem os ingredientes básicos: água, sal, farinha e fermento
natural, na forma de biga, massa azeda ou simples esponja.
Pães étnicos
Os pães étnicos, tais como pão árabe (Pitta), ciabatta, challah, entre outros, vem conquistando
popularidade.
Pães pretos
MODO DE PREPARO
Misturar todos os ingredientes secos. Depois os ovos, a gordura e a cerveja. Dê o ponto com a
água. Sove bem até formar uma massa macia e homogênea. Descansar por 20 minutos e
modelar. Forno 180°C 20 a 30 minutos (até dourar) ou atingir 90° no interior da massa.
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
1º PASSO: Prepare a esponja misturando bem todos os ingredientes. Tampe complástico filme e
deixe agir por 30 minutos.
2º PASSO: Misture as duas farinhas, a esponja, cacau, o açúcar, omel, a água e sove a massa até
que fique lisa.
3º PASSO: Adicione o sal e a manteiga na massa e continue sovando até obter oponto de véu. Se
for necessário, corrija a hidratação adicionando mais farinha. Deixe descansar por 20 minutos.
4º PASSO: Porcione a massa em bolinhas de 70 gramas e modele em formato depão de
hambúrguer. Finalize passando o pão pela água e depois no fubá. Leve para fermentar 1 hora.
5º PASSO: Leve para assar em forno pré aquecido a 170 graus com calor úmidopor
aproximadamente 15 minutos.
AULA 2 – Prática
FAROFA: Misturar todos os ingredientes com a mão até formar uma farofa grossa.
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
2º PASSO: Abrir a massa, colocar a linguiça cortada a portuguesa, enrolar e deixar descansar.
Assar a 180°C por 30 min.
CORREÇÕES:
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AULA 3- Prática
2º PASSO: MASSA
Acrescente a água e o fermento sobre a biga, mexa delicadamente. Em seguida adicione os
demais ingredientes.
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
2º PASSO: Recheada: Divida a massa em duas partes e deixe descansar por 40 min.
Abrir dois discos de massa, untar um lado com azeite e o utilizar de base, dispor o disco
untado em uma assadeira, distribua os dois queijos e as folhas de manjericão, cubra com o
outro disco.
3º PASSO: Finalização: Faça pequenas marcas com as pontas dos dedos, espalhe o sal grosso,
o alecrim e o restante do azeite. Assar em forno pré-aquecido por 30-45 minutos.
CORREÇÕES:
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AULA 4- Prática
1º PASSO: Coloque a água, o óleo, a farinha, o fubá e o sal em uma panela e cozinhe até
despregar da panela. Abaixe o fogo e acrescente o polvilho. Deixe esfriar. Acrescente o
açúcar e os ovos até dar o ponto. Sove bem.
2º PASSO: Modelar com bico pitanga. Forno 220°C até crescer após diminuir para 180°C.
FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
1º PASSO: Coloque para ferver (o leite, a manteiga, o sal e o açúcar). Quando ferver, adicione
a farinha e o fubá, faça um angu, coloque no bowl e acrescente os ovos para dar o ponto de
pingar.
3º PASSO: Com o forno pré-aquecido, asse na temperatura de 180 graus, por cerca de 45
minutos.
CORREÇÕES:
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AULA 5- Prática
1º PASSO: Misturar todos os ingredientes secos. Acrescento o purê, os ovos, o sal, a manteiga
e a água aos poucos até obter um ponto macio. Descansar por 10 minutos e modelar.
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
MODO DE PREPARO
CORREÇÕES:
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AULA 6- Prática
MODO DE PREPARO
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
1º PASSO: Misture todos os ingredientes secos, dar o primeiro atrito, acrescentar as gemas, a
manteiga, a lecitina, o leite aos poucos. Quando a massa começar a juntar colocar o sal e dar
o ponto.
2º PASSO: Deixe descansar por 20 minutos, modelar, deixar crescer. Polvilhar fubá. Forno pré-
aquecido 180°C.
CORREÇÕES:
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AULA 7- Prática
MODO DE PREPARO
1º PASSO: Misturar todos os ingredientes secos. Acrescentar a água aos poucos até obter um
ponto macia. Descansar por 10 minutos e modelar.
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
MODO DE PREPARO
Em uma tigela, coloque o fermento, 1 xícara (chá) de leite morno e misture até dissolver o
fermento. Adicione ¼ xícara (chá) + 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal em temperatura
ambiente, ½ xícara (chá) de açúcar, 2 ovos levemente batidos, 1 colher (chá) de sal e misture
bem. Acrescente, aos poucos, 4 xícaras (chá) de farinha de trigo e sove bem a massa até ficar
lisa e homogênea. Deixe descansar por 1 hora numa tigela fechada com plástico filme. Dica:
Se a massa estiver grudando nas mãos, adicione um pouco mais de farinha de trigo.
Com uma faca, corte o rocambole ao meio, no sentido do comprimento. Pegue cada metade
do rocambole e vire de maneira que fique com o corte voltado para cima. Cruze cada metade
formando uma cruz. Faça uma trança inteira e depois cruze novamente as pontas e coloque
numa forma de bolo inglês untada (9 cm de largura x 22,5 cm de comprimento x 6,5 cm de
altura) forrada com papel manteiga untado. Deixe num lugar protegido do vento até dobrar
de tamanho. Repita o procedimento com a outra metade da massa.
Leve ao forno pré-aquecido a 170º C por 45 minutos. Quando estiver assado, retire do forno,
desenforme e coloque sobre uma grade. Pincele a calda de açúcar, deixe amornar e sirva em
seguida.
CALDA
AULA 8 – Prática
Sonhos
INGREDIENTES: (esponja) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 100 G
Água 100 G
Fermento biológico seco 10 G
INGREDIENTES: (massa) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 400 G
Açúcar refinado 90 G
Leite integral 125 G
Ovos 30 G
Sal 7 G
Manteiga sem sal 30 G
INGREDIENTES: (para fritar) QUANTIDA UNIDADE
DE
Óleo 300 G
INGREDIENTES: (para finalizar) QUANTIDA UNIDADE
DE
Açúcar gelado 20 G
MODO DE PREPARO
1º PASSO: Prepare a esponja misturando bem todos os ingredientes. Tampe com
plástico filme e deixe agir por 30 minutos.
3º PASSO: Adicione o sal e a manteiga na massa e continue sovando até obter oponto
de véu. Cubra a massa e deixe descansar por 20 minutos.
5º PASSO: Leve para pré-assar em forno pré aquecido a 160 graus até que fique
levemente corado.
Extrato de baunilha 10 Ml
Áçúcar refinado 60 G
Gemas 80 G
Amido de milho 20 G
MODO DE PREPARO
4º PASSO: Passe o creme para outro recipiente e cubra com plástico filme em
contato. Resfrie e recheie os sonhos com ajuda de um saco e bico de confeitar.
Donuts
INGREDIENTES: (esponja) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 100 G
Água 100 G
Fermento biológico seco 10 G
INGREDIENTES: (massa) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 400 G
Açúcar refinado 75 G
Leite integral 100 G
Ovos 50 G
Sal 7 G
Manteiga sem sal 50 G
INGREDIENTES: (para o recheio) QUANTIDA UNIDADE
DE
Doce de leite 300 G
INGREDIENTES: (para a cobertura) QUANTIDA UNIDADE
DE
Açúcar impalpável 100 G
Água 10 G
Corante colorido QB
Confeitos coloridos QB
MODO DE PREPARO
1º PASSO: Prepare a esponja misturando bem todos os ingredientes. Tampe com
plástico filme e deixe agir por 30 minutos.
3º PASSO: Adicione o sal e a manteiga na massa e continue sovando até obter oponto
de véu. Cubra a massa e deixe descansar por 10 minutos.
4º PASSO: Abra a massa com ajuda de um rolo e deixe com espessura de 2 cm.
Corte com um aro de 10 cm de diâmetro e faça outro corte com aro menor no
centro.
1º PASSO: Coloque o fermento, o açúcar e o sal. Misture até dissolver o fermento e então
coloque a água e o óleo e misture bem. Por último, coloque a farinha de trigo.
2º PASSO: Sove bem a massa, cubra e deixe dobrar de volume. Deixe descansar por
cerca de 1 hora ou até dobrar de volume. Divida a massa em 05 pedaços, faça uma bola
com cada pedaço e reserve.
3º PASSO: Pegue uma bola, abra-a com a ajuda de abridor de massas, recheie e asse por 10 a 15
minutos. Observação: enquanto se abre uma bola, as outras continuam a crescer.
CORREÇÕES:
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AULA 10- Prática
MODO DE PREPARO
CORREÇÕES:
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AULA 11- Prática
MODO DE PREPARO
1º PASSO: Misturar todos ingredientes secos e acrescentar a manteiga, os ovos e a água aos
poucos até obter um ponto macio. Deixar descansar por 10 minutos e modelar.
CORREÇÕES:
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Cinnamon roll
INGREDIENTES: (esponja) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 150 G
Água 100 G
Fermento biológico seco 8 G
INGREDIENTES: (massa) QUANTIDA UNIDADE
DE
Farinha de trigo 250 G
Açúcar refinado 50 G
Leite integral 100 G
Ovo 50 G
Sal 5 G
Manteiga sem sal 40 G
INGREDIENTES: (recheio) QUANTIDA UNIDADE
DE
Açúcar refinado 40 G
Açúcar mascavo 40 G
Manteiga sem sal em ponto de pomada 40 G
Canela 4 G
INGREDIENTES: (cobertura) QUANTIDA UNIDADE
DE
Cream cheese 70 G
Açúcar impalpável 50 G
Manteiga sem sal (ponto de pomada) 25 G
MODO DE PREPARO
1º PASSO: Prepare a esponja misturando bem todos os ingredientes. Tampe com
plástico filme e deixe agir por 30 minutos.
CORREÇÕES:
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AULA 13- Prática
CORREÇÕES:
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FICHA TÉCNICA DE PREPARO N.º PORÇÕES:
MODO DE PREPARO
CORREÇÕES:
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AULA 14- Prática
Passo 2 - Corte a massa em pedaços com 70 g e faça bolinhas. Coloque numa assadeira utada
com óleo e dê uma leve achatada. Pincele 1 ovo ligeiramente batido em todas as bolinhas e
decore com gergelim sem casca e pimenta calabresa a gosto.
Passo 3 - Deixe a massa descansar por 2 horas. Leve para assar em forno
pré-aquecido a 150° C por 18 minutos. Retire do forno e sirva.
CORREÇÕES:
Pão de queijo
INGREDIENTES : QUANTIDADE UNIDADE
Sal Qb
Óleo de girassol 40 G
ovo 1 Un
MODO DE PREPARO
2º PASSO: Com a massa fria, adicione o ovo e misture até obter uma massa
homogênea. Adicione mais ovos caso seja necessário.
3º PASSO: Adicione o queijo e misture bem. Faça bolinhas de 40 gramas e leve para
assar a 180 graus em forno pré aquecido com calor seco por aproximadamente 18
minutos.