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O Espirito Santo E A Igreja

PROF. CLÁUDIO MARCOS FERREIRA LEITE


I. O Ministério Cristocêntrico do Espírito Santo

• Ele executa a obra salvífica no coração dos homens (Jo 16.8).

• Conduz a Igreja do Senhor Jesus à toda verdade mediante a Sua Palavra


revelada aos apóstolos (Jo 16.13; 14.26; At 1.2).

• Glorifica a Cristo (Jo 16.14,15).


• O Espírito está tão essencialmente ligado à igreja que, na linguagem de
Pedro, mentir à igreja é o mesmo que mentir ao Espírito (At 5.9) A Igreja é a
comunidade do Espírito formada e preservada por Ele. Ao longo da História
"Deus tem preservado sua igreja de uma maneira comum ou ordinária, porém
com terrível majestade“ Dentro de outra perspectiva, declara Bavinck (1854-
1921): "Assim como Cristo em Sua concepção assumiu a natureza humana e
nunca colocou-a de lado, assim também o Espírito Santo no dia de
Pentecostes
passou a usar a Igreja como Sua morada e como Seu santuário e nunca se
separará dela“ A Igreja de fato é de Deus. Vejamos alguns pontos
concernentes
a este fato.

1) ESTABELECE A IGREJA:
• Sem o Espírito não haveria Igreja; isto, porque não haveria crente em Cristo.
A Igreja é composta por pessoas que confessam o Senhorio de Cristo. Esta
confissão só é possível pela ação poderosa do Espírito (Cf. 1Co 12.3).
• A Igreja é uma comunidade de pecadores regenerados. A regeneração é
efetuada pelo Espírito (Cf. Jo 3.3,5; Tt 3.5). Logo, sem a ação regeneradora do
Espírito, não existiriam cristãos nem Igreja.

• O Espírito é a alma da Igreja, Quem lhe dá ânimo e vitalidade. É o Espírito Quem


dirige os homens à porta de salvação que é Cristo (Jo 10.9). Através da História
o Espírito tem estabelecido a Igreja, chamando através da Palavra os homens
para constituírem a Igreja de Deus. "Do mesmo modo que o Espírito Santo
formou o corpo físico de Jesus Cristo na encarnação, assim também forma o
corpo místico de Jesus Cristo, ou seja, a igreja.

• A Igreja é a comunidade daqueles que foram chamados do mundo para Deus


pela operação do Espírito, daqueles "que tem a mesma fonte genética, o sangue
de Cristo, o novo nascimento".
2) UNIFICA A IGREJA
• Todos os crentes estão unidos pela fé comum em Jesus Cristo, tendo sido
selados pelo mesmo Espírito que atua em nós, tornando-nos em Seu Templo
(1Co 3.16,17; 6.19; Ef 1.13). Participar da Igreja é participar da unidade e da
comunhão do Espírito (2Co 13.13; Fp 2.1), no qual todos nós temos acesso ao
Pai (Ef 2.18). Esta comunidade tem como lema de vida o amor, que caracteriza
a Igreja de Cristo.

• A harmonia multifacetada da Igreja está no fato de que toda a diversidade


cumpre o seu papel específico dentro do Corpo vivo de Cristo. Esta é uma das
facetas da Obra do Espírito na Igreja (1Co 12.4,12,13,14,25/Ef 4.3). Na Igreja há
a igualdade e a diferença convivendo conjuntamente. Todos estamos unidos
pela fé comum e obediência ao cabeça, que é Cristo Jesus.
3) Dirige a Igreja nas Suas Decisões
• Muitas vezes somos tentados a nos esquecer de que a Igreja é também uma
organização, que tem os seus oficiais e Concílios. Geralmente quando isso ocorre,
somos levados a menosprezar as decisões conciliares, como sendo "obras de
homens", portanto, concluímos: nada valem. Na realidade, os Concílios devem
trabalhar sob a orientação do Espírito Santo, o que não significa que eles sejam
infalíveis; todavia, "os seus decretos e decisões, sendo consoantes com a Palavra
de Deus, devem ser recebidos com reverência e submissão, não só pela sintonia
com a Palavra, mas também pela autoridade através da qual são feitos, visto que
essa autoridade é uma ordenação de Deus, designada para isso em sua Palavra".

• O Espírito por meio do Concílio de Jerusalém, dirimiu uma dúvida existente no seio
da Igreja. Os apóstolos e presbíteros que participaram deste Concílio, debateram e
votaram a questão, tendo consciência da orientação do Espírito. Esta convicção se
revela no fato de dizerem no parecer final: "Pareceu bem ao Espírito Santo e a
nós...."(At 15.28).
Conclusão
• Ninguém pode ser cristão, de fato, sem que tenha o Espírito Santo agindo em
sua vida – Romanos 8.9; 1 Co 12.3.
• A presença do Espírito Santo em nossas vidas não é garantia de plena
santificação, mas a certeza de termos o poder de Deus em nossos corações
para resistirmos ao mal (Gálatas 5.16,17).

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