Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Filosofia profissional crítica é um termo usado por Hountondji para designar uma
filosofia que se baseia na expressão individual e original dos pensadores, que assumem
a responsabilidade pelo seu discurso e que estão abertos à análise e ao debate. É uma
filosofia que busca a rigor e a cientificidade, sem se apoiar na autoridade da tradição ou
na ideologia
A filosofia profissional crítica é uma forma de fazer filosofia que se baseia na reflexão,
na crítica e na responsabilidade do filósofo. Ela busca libertar a filosofia africana das
limitações da etnofilosofia e dar-lhe autonomia, originalidade e racionalidade. Ela
valoriza as ideias individuais e a diversidade das culturas africanas
A etnofilosofia é criticada por alguns filósofos africanos que a consideram uma pré-
filosofia que não tem autonomia, originalidade e racionalidade. Eles argumentam que a
etnofilosofia é uma forma de etnocentrismo que ignora a diversidade e a complexidade
das culturas africanas e que reduz a filosofia a um conjunto de crenças e costumes
tradicionais. Eles defendem que a filosofia africana deve ser uma filosofia profissional
que se baseia na crítica, na argumentação e na inovação
A etnofilosofia é um termo que se refere à filosofia africana baseada nas tradições orais
e nos sistemas de crenças dos povos africanos. Há muitas críticas à etnofilosofia,
principalmente de filósofos africanos que a consideram uma forma de pré-filosofia ou
de metafilosofia que não apresenta uma justificação racional própria. Alguns exemplos
de críticos da etnofilosofia são Paulin Hountondji, Odera Oruka e Samuel Imbo
Odera Oruka foi um filósofo queniano que criou a ideia de sagacidade filosófica. Ele
considerava a etnofilosofia como uma forma coletiva e não crítica de pensamento
africano. Ele defendia que a filosofia africana deveria se basear nos ensinamentos dos
sábios das comunidades tradicionais, que tinham uma visão individual e racional do
mundo. Ele também classificou a filosofia africana em quatro tendências: etnofilosofia,
sagacidade filosófica, filosofia ideológica nacionalista e filosofia profissional
Paulin Hountondji é um filósofo beninense que criticou a etnofilosofia como uma forma
de colonialismo e exotismo. Ele considerava a etnofilosofia como uma pré-filosofia que
se baseava na autoridade da tradição e não na justificação racional. Ele defendia que a
filosofia africana deveria ser uma filosofia profissional crítica que expressasse as ideias
individuais e originais dos pensadores africanos, sujeitas à análise e ao debate. Ele
também buscou uma síntese entre o pensamento tradicional africano e o método
filosófico rigoroso
Etnofilosofia é um termo usado para designar uma filosofia que se baseia na tradição
oral e na sabedoria coletiva dos povos africanos, que expressam a sua visão de mundo
através de mitos, provérbios, lendas e rituais. É uma filosofia que busca a harmonia e a
integração com a natureza e com os ancestrais. Filosofia ocidental é um termo usado
para designar uma filosofia que se baseia na escrita e na razão individual dos pensadores
ocidentais, que expressam o seu pensamento através de conceitos, argumentos, teorias e
sistemas. É uma filosofia que busca a verdade e a liberdade do ser humano. Essas são
algumas diferenças entre as duas filosofias
O que é dogmático não pode ser filosófico. A relação filosófica com o mito e as
religiões tradicionais não é uma relação arquivista ou arqueológica com função de
sistematização e perpetuação, nem sequer é uma protectora desse passado popular,
muito pelo contrário
Quando a palavra «filosofia» é qualificada pela palavra africana» não tem o mesmo
significado que a Filosofia ocidental do século XIX.
Parece-me que uma palavra muda o seu significado se é aplicada à Europa e América
em vez da África. Este é um fenómeno comum, como Odera (Queniano)
humoristicamente comenta: "o que é superstição é apresentado como religião africana.
Do Ocidente espera-se que diga que é mesmo assim, religião africana; o que é mito é
apresentada pelos africanos como Filosofia africana, e os africanos estão a espera que os
ocidentais confirmem que não é mito, mas Filosofia africana. O que é claramente
ditadura é considerado democracia africana e espera-se que a cultura europeia apoie
dizendo que é mesmo assim." Nós manipulamos as palavras em nome da cultura
africana.
A ideia de Filosofia africana deve ser aliada projecto de crítica e reflexão de africanos
sobre os problemas de África.