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2022 - #3

Avaliação,
diagnóstico
e tratamento
do Transtorno do
Processamento
Auditivo.

CEMEAR
Educação permanente:
Parceria da fonoaudiologia e da
ferramenta de transformação
escola na educação das pessoas
e aprimoramento das ações em saúde com deficiência auditiva.
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
10/11/2022
10/11/2022

HORÁRIO
HORÁRIO TEMA
TEMA IDEIA
IDEIA

Orientações
Orientações iniciaisiniciais
e e
08:00H 08:00H Apresentação
Apresentação apresentação
apresentação da palestrante
da palestrante

Bases anatômicas
Bases anatômicas e fisiológicas
e fisiológicas
08:10H 08:10H Sistema auditivo
Sistema auditivo do sistema
do sistema auditivo auditivo

09:00H 09:00H Processamento


Processamento Definição
auditivoauditivo Definição e caracterização
e caracterização

10:00H
10:00H INTERVALO
INTERVALO

Testes monóticos de baixa


Testes monóticos de baixa
redundância
redundância

Testes dicóticos
Testes dicóticos
AspectosAspectos
gerais dagerais da avaliação
avaliação
10:15H 10:15H
do processamento
do processamento auditivoauditivo
Testes dióticos
Testes dióticos

Testes temporais
Testes temporais

12:00H
12:00H INTERVALO - ALMOÇO
INTERVALO - ALMOÇO

Possíveis
Possíveis correlações
correlações entre oentre o
Processamento
Processamento
13:00H 13:00H processamento
processamento auditivo
auditivo ea ea
auditivo
auditivo x x Cognição
Cognição
cogniçãocognição

15:00H
15:00H INTERVALO
INTERVALO

Tipos deTipos de treinamento


treinamento auditivo
auditivo

15:15H 15:15H Treinamento


Treinamento auditivo auditivo Como planejar a terapia
Como planejar do
a terapia do
processamento auditivo
processamento auditivo

Recursos
Recursos disponíveis
disponíveis

17:00H
17:00H ENCERRAMENTO
ENCERRAMENTO

11/11/2022
11/11/2022

Processamento
Processamento auditivo
auditivo X X
Transtorno
Transtorno de linguagem
de linguagem

08:00H 08:00H Estudo


Estudo de casosde casos Processamento
Processamento auditivo
auditivo X X
Transtorno
Transtorno de aprendizagem
de aprendizagem

Processamento
Processamento auditivo
auditivo
e a Telefonoaudiologia
e a Telefonoaudiologia

12:00H
12:00H ENCERRAMENTO
ENCERRAMENTO
EXPEDIENTEEDITORIAL
EXPEDIENTE
EXPEDIENTE EDITORIAL
EDITORIAL

Caroleitor,
Caro leitor,
AA pandemia
pandemia mundial
mundial dodo novo coronavírus
coronavírus
PRESIDENTE:
PRESIDENTE: trouxeuma
trouxe uma mudança
mudança repentina
comportamento das
comportamento
repentina na
das pessoas,
na rotina
rotina ee
pessoas, famílias
famílias ee
instituições. Todo
instituições. Todo oo cronograma
cronograma do do projeto
projeto
“Qualificar:Ciclo
“Qualificar: Ciclo de
de Capacitação
Capacitação para
para aa Rede
Rede
Álvaro
Álvaro Ricardo
Ricardo Malta
Malta Júnior
Júnior de Atenção
de Atenção àà Saúde
Saúde da Pessoa
Pessoa com com
Deficiência de
Deficiência de Minas
Minas Gerais” queque estava
estava
programadopara
programado para oo ano
ano de 2020 foi
foi suspenso.
suspenso.
COORDENADORA
COORDENADORA GERAL:
GERAL: Neste ano,
Neste ano, tivemos
tivemos a retomada
retomada das das
capacitações em
capacitações em novo novo formato,
formato, comcom
transmissãoremota
transmissão remota em em modalidade
modalidade síncrona.
síncrona.
Márcia
Márcia Izabel
Izabel Silva
Silva Mendes
Mendes Essas adequações
Essas adequações foram foram aprovadas
aprovadas pelopelo
Ministério da
Ministério da Saúde
Saúde de de forma a a evitar
evitar aa
transmissão do
transmissão do vírus
vírus da COVID-19.
COVID-19. AA
transformação nos
transformação nos modos
modos de de ensino
ensino ee
COORDENADORA
COORDENADORA CLÍNICA
CLÍNICA aprendizagem trouxe
aprendizagem trouxe necessidade
necessidade de
de
reestruturação por
reestruturação por parte da
da equipe
equipe
organizadora ee dos
organizadora dos alunos,
alunos, gerando
gerando
Ludimila
Ludimila Kyrath
Kyrath Lobo
Lobo benefíciospor
benefícios poralcançar
alcançar um um número
número maior
maior dede
participantes, assim
participantes, assim comocomo desafios
desafios em em
manter aa qualidade
manter qualidade das das capacitações
capacitações ee
adesãodos
adesão dosinscritos.
inscritos.
COORDENADORA
COORDENADORA DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Durante esse
Durante esse tempo,
tempo, as práticas
práticas dos dos
profissionais da
profissionais da saúde
saúde tiveram
tiveram que que ser
ser
Ana
Ana Cristina
Cristina Cardoso
Cardoso dede Souza
Souza Lopes
Lopes repensadas considerando
repensadas considerando o risco
risco de de
contaminação, ofertar
contaminação, ofertar um atendimento
atendimento
humanizado ee acolhedor
humanizado acolhedor em meio
meio a a tantas
tantas
incertezas, manter
incertezas, manter o o ritmo de de trabalho
trabalho
COORDENADORA
COORDENADORA DEDE PROJETOS:
PROJETOS: cuidandoda
cuidando da própria
própria saúde
saúde física ee mental
mental ee
atualizar seus
atualizar seus conhecimentos
conhecimentos considerando
considerando
as novas
as novas exigências
exigências ee especificidades
especificidades dos dos
casos.
casos.
Débora
Débora Cristina
Cristina Rodrigues
Rodrigues Vlcek
Vlcek
Esse módulo
Esse módulo irá irá abordar
abordar a a temática:
temática:
Avaliação, diagnóstico
Avaliação, diagnóstico e tratamento
tratamento do do
COLABORADORES
COLABORADORES DESTA
DESTA EDIÇÃO:
EDIÇÃO: transtorno do
transtorno do processamento
processamento auditivo
auditivo que que
será ministrado
será ministrado pelapela Fga.
Fga. Dra.
Dra. Pollyanna
Pollyanna
Batista, pensado
Batista, pensado de de forma
forma a contribuir
contribuir na na
práticaclínica
prática clínicade
de cada
cada fonoaudiólogo(a)
fonoaudiólogo(a) parapara
Débora
Débora Cristina
Cristina Rodrigues
Rodrigues Vlcek
Vlcek torná-losmais
torná-los maiscapacitados
capacitados a avaliar
avaliar ee intervir
intervir
nasalterações
nas alterações dodo processamento
processamento auditivo
auditivo ee
suascorrelações
suas correlaçõescomcom aa linguagem,
linguagem, cognição
cogniçãoee
Patrícia
Patrícia Cotta
Cotta Mancini
Mancini aprendizagem.
aprendizagem.
Mais do
Mais do que
que trazer
trazer fundamentos
fundamentos teóricos,
teóricos,
nosso intuito
nosso intuito éé aproximar
aproximar o conhecimento
conhecimento
Luana
Luana Deva
Deva Mendes
Mendes científico da
científico da prática
prática clínica, agregando
agregando
estratégias transformadoras
estratégias transformadoras que contribuem
contribuem
paradiagnósticos
para diagnósticos oportunos
oportunos e adequados,
adequados, aa
FOTOGRAFIA
FOTOGRAFIA elaboraçãode
elaboração deplanos
planos terapêuticos
terapêuticos coerentes
coerentesee
personalizados que
personalizados que otimizem
otimizem o tempo
tempo dede
tratamento,
tratamento, desenvolvimento
desenvolvimento das
das
potencialidades
potencialidades individuais habilidades
individuais em habilidades
Empresa
Empresa Blessed
Blessed auditivas
auditivas ee cognitivo-linguísticas
cognitivo-linguísticas ee melhor
melhor
desempenho
desempenhoacadêmico.
acadêmico.
Aproveitando
Aproveitando aa retomada
retomada das capacitações,
capacitações,
Banco
Banco de de dados
dados – CEMEAR
– CEMEAR e Agência
e Agência LOWIN
LOWIN teremos
teremosumaumamatéria
matéria sobre
sobre a importância
importânciada da
educação
educação permanente
permanente como ferramenta
ferramenta de de
transformação
transformaçãoee aprimoramento
aprimoramento das das práticas
práticas
REVISÃO
REVISÃO de
de saúde,
saúde, justamente
justamente para aproximar esse
para aproximar esse
universo
universodas
dascapacitações
capacitações online dada realidade
realidade
de
de trabalho
trabalho das
das equipes. Além disso,
equipes. Além disso,
abordaremos
abordaremos como
como a a integração
integração dada escola
escola ee
Equipe
Equipe CEMEAR
CEMEAR reabilitação
reabilitação auditiva
auditiva contribui para aa
contribui para
efetividade
efetividade dede inclusão
inclusão das pessoas
pessoas comcom
deficiência
deficiênciaauditiva.
auditiva.
PROJETO
PROJETO GRÁFICO
GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
E DIAGRAMAÇÃO

Agência
Agência LÖWIN
LÖWIN Débora Cristina Rodrigues Vlcek
Coordenadora de Projetos
ÍNDICE
ÍNDICE

01.CRONOGRAMA
CRONOGRAMA

Educação
Educação permanente:
permanente:
ferramentadede transformação
04.ferramenta
e aprimoramento
transformação
e aprimoramento das
das ações
ações
em saúde.
em saúde.

Processamento
Processamento auditivo:
auditivo:
04.ointervenção.
o que
que é, é, avaliação
avaliação
intervenção.
ee

Parceria
Parceria dada fonoaudiologia
fonoaudiologia
04.epessoas
e da
da escola
escola
pessoas
nana
com
com
educação
educação
deficiência
deficiência
das
das
auditiva.
auditiva.
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO PERMANENTE:
PERMANENTE: FERRAMENTA
FERRAMENTA DEDE TRANSFORMAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO E E
APRIMORAMENTO
APRIMORAMENTO DAS
DAS
AÇÕESEM
AÇÕES EMSAÚDE.
SAÚDE.

A
A
Educação
Educação Permanente
Permanente em emSaúde Saúde
(EPS) (EPS)
é um é um Assim,Assim, o Projeto
o Projeto Qualificar,
Qualificar, executado
executado pelopelo CEMEAR,
CEMEAR,
processo
processo contínuo
contínuo de de aprendizagem
aprendizagem queque habilitado
habilitado
pelopelo Programa
Programa Nacional
Nacional de Apoio
de Apoio à Atenção
à Atenção
oportuniza
oportuniza a construção
a construção de saberes
de saberes a partir da da
a partir SaúdeSaúdeda da Pessoa
Pessoa comcom Deficiência
Deficiência (PRONAS/PCD)
(PRONAS/PCD)
de de situações
situações do do trabalho,
trabalho, existindo
existindo a a busca busca ofertar
ofertar em em suassuas capacitações
capacitações umauma prática
prática de de
possibilidade
possibilidade de promover
de promover soluções
soluções paraparaas as ensino ensino e aprendizagem
e aprendizagem para para promover
promover o desenvolvimento
o desenvolvimento
circunstâncias
circunstâncias existentes,
existentes, associando
associando o o do processo
do processo de trabalho,
de trabalho, aliando
aliando teoria
teoria e prática
e prática dos dos
compartilhamento
compartilhamento dos dos significados
significados e e serviços
serviços de saúde
de saúde auditiva,
auditiva, incentivando
incentivando a participação
a participação
sentidos
sentidos dos dos processos
processos envolvidos.
envolvidos. A EPSA EPS pretende
pretende trazertrazer dos dos fonoaudiólogos
fonoaudiólogos do do estadoestado de deMinas Minas Gerais
Gerais a a
umauma transformação
transformação nas nasformasformas de trabalhar,
de trabalhar, partindo
partindo da da atualizarem
atualizaremseusseus conceitos
conceitos e ações
e ações em emsaúde.saúde.
análise
análise sobre
sobre o queo que precisa
precisa ser modificado
ser modificado dentrodentro da sua
da sua
realidade
realidade prática
prática (BRASIL,
(BRASIL, 2018).2018). A educação
A educação continuada
continuada no contexto
no contexto da saúde
da saúde temtemcomo como
objetivo
objetivo aprimorar
aprimorar as as competências
competências profissionais,
profissionais,
A educação
A educação permanente
permanente dos dos profissionais
profissionais da saúde
da saúde temtem aperfeiçoar
aperfeiçoar as funções
as funções técnicas
técnicas e qualificar
e qualificar as práticas
as práticas na na
comocomo componentes
componentes centrais,
centrais, a aprendizagem
a aprendizagem no no prevenção,
prevenção, diagnóstico
diagnóstico e tratamento,
e tratamento, em em defesa
defesa da da
cotidiano
cotidiano do do trabalho,
trabalho, incorporando
incorporando as as práticas
práticas de de biossegurança
biossegurança e produtividade,
e produtividade, proporcionando
proporcionando a a
ensino-aprendizagem
ensino-aprendizagem na na rotinarotina
das das instituições
instituições e no e no aquisição
aquisição de novos
de novos conhecimentos
conhecimentos e a ereformulação
a reformulação do do
processo
processo de trabalho,
de trabalho, a experiência
a experiência e o econhecimento
o conhecimento exercício exercício profissional
profissional realizado.
realizado. NessaNessa perspectiva,
perspectiva, a a
consolidadopelos
consolidado pelosindivíduos,
indivíduos,configurando-se
configurando-sea a aprendizagem aprendizagem é entendida
é entendida como como potencial
potencial agente
agente
aprendizagem
aprendizagem significativa
significativa e a e a possibilidade
possibilidade de de transformador
transformador da da realidade
realidade social
social e do e do ambiente
ambiente de de
transformar
transformar as as habilidades
habilidades e técnicas
e técnicas profissionais trabalho
profissionais trabalho
dos dos indivíduos,
indivíduos, resultando
resultando em em umauma sériesérie
de de
(BRASIL,
(BRASIL, 2007).
2007). Desta Desta
forma,forma,é umaé uma esfera
esfera queque merece mudanças
merece mudanças contínuas
contínuas e inovadoras
e inovadoras queque provocam
provocam a a
planejamento
planejamento e requer
e requer uso uso de de métodos
métodos educativos autoanálise
educativos autoanálisedos dos processos
processos de trabalho
de trabalho (COSWOSK
(COSWOSK et al.
et al.
diferenciados
diferenciados parapara promover
promover a qualificação
a qualificação profissional
profissional e e 2018). 2018).
preparar
preparar a equipe
a equipe interdisciplinar
interdisciplinar a lidar
a lidar comcom situações
situações
diversificadas e individualizadas
diversificadas e individualizadas dentro do setor
dentro saúde.
do setor saúde.A A Deste modo,
Deste modo,as asreflexões
reflexõesacercaacercada da importância
importância do do
capacitação
capacitação se constitui
se constitui processo
processo estrutural
estrutural parapara a a processo de aprendizagem
processo de aprendizagem contínua
contínuana área
na área da saúde
da saúde
eficácia do conjunto
eficácia do conjunto dos dos
trabalhadores
trabalhadores da saúde
da saúde(Peixoto,
(Peixoto, oferecem
oferecem umauma oportunidade
oportunidade de de rever os os
rever elementos
elementos
2013).
2013). intricados no cotidiano
intricados no cotidianodas das
equipes relacionados
equipes relacionados a ações e e
a ações
instrumentos
instrumentos de avaliação
de avaliação e tratamento
e tratamento utilizados, para
utilizados, para
A principal ação
A principal estratégica
ação estratégica paraparao aperfeiçoamento
o aperfeiçoamento das das melhormelhoraproveitamento
aproveitamento dos dos saberes
saberesindividuais.
individuais.EsseEsse
práticas de ensino
práticas de ensinoe aprendizagem
e aprendizagem éaé problematização
a problematização processo é dinâmico
processo é dinâmico e muda
e muda a medida
a medida em em queque novasnovas
da daconjuntura
conjunturaorganizacional
organizacionaldas dasinstituições instituições demandas
demandas surgem,
surgem,demonstrando
demonstrando queque as modificações
as modificações
aproximando
aproximando da realidade
da realidade dos dostrabalhadores,
trabalhadores, facilitando
facilitando nas nas práticas profissionais
práticas são são
profissionais sucessivas
sucessivase mutáveis
e mutáveis parapara
a a estruturação
estruturação de de procedimentos
procedimentos e e dispositivos
dispositivos atender as demandas
atender as demandas singulares
singulares dos dos
pacientes.
pacientes.NesseNesse
adequados
adequados às às suassuas necessidades,
necessidades, resultando
resultando em em momento,momento, a educação
a educação continuada
continuada provoca
provoca umauma
mudanças
mudanças concretas
concretas em em componentes
componentes essenciais
essenciaisao seuao seu transformação
transformação no no exercício profissional,
exercício profissional, otimizando
otimizando o o
modelo de trabalho
modelo de trabalho (BRASIL,
(BRASIL,2018).2018). desempenho
desempenho dos dos
profissionais
profissionais comcom mais conhecimento
mais conhecimento
disponível (COSWOSK
disponível (COSWOSK et al.
et2018).
al. 2018).

04
04
A Educação à Distância (EAD) possibilita maior acesso e
direito à formação e atualização de conhecimentos
tecnológicos e exercício laboral. O EAD oferece a facilidade
de autoaprendizagem utilizando instrumentos didáticos
em diferentes estruturas e níveis de informação. Desta
forma, a modalidade de ensino à distância representa
uma poderosa estratégia de qualificação profissional
oferecendo acesso à informação geradora de

PROCESSAMENTO
conhecimentos, principalmente para trabalhadores que
se encontram distantes dos grandes centros formadores,
considerando que Minas Gerais é um estado de grande
proporção territorial (MAIA, 2015).

Assim, os projetos de capacitação beneficiam os


AUDITIVO:
colaboradores e as instituições, enquanto ferramenta que
contribui para atualizar os conceitos, subsidiar condutas
profissionais, direcionar escolhas fundamentados em
O QUE É,
conhecimentos teóricos e dinamizar as ações do
profissional na rotina de trabalho. AVALIAÇÃO
Dentro do cenário do Sistema Único de Saúde (SUS), os
programas de educação continuada buscam ocasionar
uma mudança positiva nos modos de acolhimento,
E INTERVENÇÃO
diagnóstico, assistência e reabilitação dos usuários,
garantindo uma atenção integral à saúde. Assim, as
oportunidades de atualização consistem em estratégia
fundamental no exercício do trabalho em saúde,
assegurando que o profissional tenha acesso à
conhecimentos atualizados que sustentem suas práticas,
respaldados nas melhores evidências científicas
disponíveis. Além disso, proporcionar um momento de
aprendizado, cria um sentimento de valorização
profissional, promovendo maior engajamento com o
processo de trabalho, interesse em buscar novas
alternativas para casos desafiadores e envolvimento em
processos diferenciados na rotina de trabalho.

A proposta da Educação à Distância é superar as barreiras


físicas, aproximar, interagir e “diminuir a distância”
utilizando os recursos tecnológicos. O professor tem como
objetivo direcionar novos horizontes dentro da proposta
envolvida, encorajar o pensamento crítico, promover a
interação entre os conteúdos, o educador e as atividades
desempenhadas, fornecendo suporte para que os alunos Dra. Pollyanna
absorvam, reflitam e construam seu conhecimento,
gerando um aprendizado tão efetivo quanto o ensino em
classe presencial (MAIA, 2015).
Barros Batista
Assim, essa iniciativa do CEMEAR subsidiada pelo
PRONAS/PCD promove um espaço de compartilhamento
de saberes, oportunidade de atualização, discussão das Fonoaudióloga (CRFa 6 – 7566)
condutas profissionais, contribuindo para modos de
produzir saúde mais assertivos e eficazes pautado nas Doutora e mestre em Ciências
ações educativas.
Aplicadas à Saúde do Adulto
pela Faculdade de Medicina da
Referências UFMG.
BRASIL. Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007.
Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Especialista em Linguagem pelo
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e Conselho Federal de
dá outras providências. Brasília: 2007. Fonoaudiologia (7109/18).
BRASIL. Ministério da Saúde. Educação permanente como
ferramenta estratégica de gestão de pessoas. Brasília: Idealizadora da Plataforma Hey
2018. Ear.
COSWOSK, É. D.; ROSA, C. G. S; CALDEIRA, A. B. et al. Autora do livro: Como intervir nas
Educação continuada para o profissional de saúde no
gerenciamento de resíduos de Saúde. Revista Brasileira de habilidades auditivas, visuais e
Análises Clínicas, vol. 53, nº 4, 2021. cognitivas na dislexia –
Atividades para a intervenção.
MAIA, L. P. Educação Permanente em Saúde “em
Movimento”: o ambiente virtual de aprendizagem como
recurso pedagógico. Mestrado em Saúde Coletiva.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2015. 87 f.

PEIXOTO, L. S.; CUZATIS, L. G.; DUTRA, T. C. et al. Educação


permanente, continuada e em serviço: desvendando seus
conceitos. Revista Enfermaria Global, Nº 29, janeiro, 2013.

05
VIAGEM AO CENTRO DA AUDIÇÃO

O processo de escutar é decisivo para o nosso desenvolvimento como pessoa. É com o conhecimento obtido do meio que
se vai definir uma ação e um comportamento, além de determinadas decisões para a vida. Mas, como funciona o
“escutar”?

De fato, escutar é um procedimento típico, natural do cérebro. E cada vez que este órgão é exposto a novos sons e
experiências, ele amadurece, favorecendo a um melhor funcionamento do intelecto.
Nas próximas páginas, será abordado como o sistema auditivo funciona, o que é o processamento auditivo e o transtorno
do processamento auditivo, como é possível avaliar o “escutar” e como intervir quando há uma falha. Você também terá
acesso a curiosidades e será desafiado com um quiz! Todos estes aspectos serão abordados neste conteúdo.

Vamos nessa?

Boa leitura!
Pollyanna Barros Batista

COMO
ESCUTAMOS?
CONHEÇA AS ETAPAS AUDITIVAS
QUE ACONTECEM DA ORELHA AO CÓRTEX!

A familiaridade com a anatomia e a fisiologia do


sistema auditivo nervoso central é fundamental para
uma avaliação e gerenciamento adequados do
processamento auditivo e seus transtornos. A teoria do
processamento de informações afirma que fatores
bottom-up (ou codificação sensorial) e fatores
top-down (ou cognição, linguagem e outras funções de
ordem superior) trabalham juntos para definir o
processamento final da entrada auditiva.

O cérebro humano consiste em dois hemisférios


cerebrais (direito e esquerdo) separados por fissuras
longitudinais. O cérebro pode ser dividido em quatro
lóbulos primários principais: o frontal, o parietal, o
occipital e o temporal, cada um dos quais se submete
a diferentes funções. O tronco encefálico consiste em
três divisões principais: a ponte, o bulbo e o
mesencéfalo. O sistema auditivo nervoso central
ascendente se estende desde o nervo auditivo até o giro
de Heschl, o córtex auditivo primário. Os padrões de
convergência e divergência e a presença de células que
apresentam características de resposta diferencial
resultam no aprimoramento e extração de
características no sinal auditivo que são importantes
para a audição binaural e percepção da fala. O corpo
caloso serve para integrar a informação entre os dois
hemisférios dentro e entre as modalidades e também
pode servir de forma inibitória para diminuir a
possibilidade de competição inter-hemisférica em
tarefas selecionadas.

O sistema auditivo central eferente é paralelo ao


sistema ascendente e é considerado instrumental na
detecção de sinais auditivos no ruído e atenção
auditiva, bem como na realização de outras
atividades inibitórias e excitatórias (Bellis, 2003).

06
Estrutura/Função
Estrutura/Função
Orelha externa e média:
Orelha externa
Captação, e média:
condução e amplificação
Captação, condução
das informações e amplificação
auditivas.
das informações auditivas.
Orelha interna:
Orelha interna:
Transdução mecano-elétrica,
Transdução
codificaçãomecano-elétrica,
temporal e tonotópica.
codificação temporal e tonotópica.
Nervo auditivo:
Nervo auditivo:
Condução da informação auditiva,
Condução da informação
codificação de frequênciaauditiva,
e codificação
codificação
temporal. de frequência e codificação
temporal.
Núcleo coclear:
Núcleo coclear: tonotópica, aumento
Representação
Representação tonotópica, aumento
do contraste sinal/ruído.
do contraste sinal/ruído.
Complexo
Complexo olivar
olivar superior:
superior:
Análise
Análise dada localização
localização dodo estímulo
estímulo
sonoro;
sonoro; integração
integração binaural.
binaural.
Colículo
Colículo inferior:
inferior:
Aumento
Aumento dasdas modulações
modulações nono
sinal
sinal acústico;
acústico; processamento
processamento dede
padrões
padrões temporais
temporais complexos.
complexos.
Corpo
Corpo geniculado
geniculado medial:
medial:
Codificação
Codificação dede estímulos
estímulos comcom
diferenças
diferenças temporais
temporais dede parâmetros
parâmetros
acústicos
acústicos como
como vogais
vogais e sílabas;
e sílabas;
integração
integração e retransmissão
e retransmissão dasdas
informações
informações auditivas
auditivas para
para o córtex
o córtex
cerebral.
cerebral.
Córtex
Córtex auditivo
auditivo primário:
primário:
Análise
Análise dos
dos sons
sons complexos;
complexos;
ocalização
ocalização dos
dos sons
sons e representação
e representação
dodo espaço
espaço auditivo;
auditivo; discriminação
discriminação
fonêmica
fonêmica para
para asas consoantes.
consoantes.
Córtex
Córtex dede associação:
associação:
Reconhecimento
Reconhecimento e compreensão
e compreensão
dos
dos estímulos
estímulos linguísticos.
linguísticos.

OQUE
O QUEÉÉOOPROCESSAMENTO
PROCESSAMENTOAUDITIVO?
AUDITIVO?

Terooconhecimento
Ter conhecimentodo
dotema
temaajuda
ajudano
noraciocínio
raciocínio
eeconduta
condutafonoaudiológica!
fonoaudiológica!
Como
Como é possível
é possível observar,
observar, o caminho
o caminho das
das informações
informações atéaté o cérebro
o cérebro é um
é um intrigante
intrigante processo.
processo. O processamento
O processamento auditivo
auditivo
sese refere
refere àà eficiência
eficiência eae efetividade
a efetividade com
com queque o sistema
o sistema auditivo
auditivo nervoso
nervoso central
central utiliza
utiliza a informação
a informação auditiva
auditiva (ASHA,
(ASHA,
2005;
2005; Geffner,
Geffner, 2019).
2019). Em Em outras
outras palavras,
palavras, processamento
processamento auditivo
auditivo é um
é um conjunto
conjunto de de habilidades
habilidades específicas
específicas dasdas quais
quais o o
indivíduo
indivíduo depende
depende para
para compreender
compreender o que
o que ouve.
ouve.
OO processo
processo dede recepção
recepção e integração
e integração dodo sinal
sinal acústico
acústico é possível
é possível porque
porque o sistema
o sistema auditivo
auditivo desempenha
desempenha as seguintes
as seguintes
habilidades
habilidades (Geffner
(Geffner e Ross-Swain,
e Ross-Swain, 2019,
2019, CFFa,
CFFa, 2020):
2020):

Localização
Localização e lateralização
e lateralização sonora:
sonora:
Habilidade
Habilidade para
para identificar
identificar a fonte
a fonte sonora
sonora e reconhecer
e reconhecer a sua
a sua procedência
procedência no no espaço.
espaço.

07
07
Discriminação auditiva:
Discriminação auditiva:
Habilidade para distinguir um som de outro.
Habilidade para distinguir um som de outro.
Reconhecimento de padrão auditivo:
Reconhecimento
Habilidade para dedeterminar
padrão auditivo:
semelhanças e diferenças entre padrões acústicos.
Habilidade para determinar semelhanças e diferenças entre padrões acústicos.
Aspectos temporais da audição:
Aspectos temporais
Habilidade da audição:
para processar estímulos acústicos em função do tempo.
Habilidade para processar estímulos acústicos em função do tempo.
Figura-fundo:
Figura-fundo:
Habilidade de reconhecer a fala ou outros sons quando sinais competitivos estão presentes, podendo ser fala ou ruído
Habilidade de reconhecer
com espectro de fala. a fala ou outros sons quando sinais competitivos estão presentes, podendo ser fala ou ruído
com espectro de fala.
Fechamento auditivo:
Fechamento
Habilidadeauditivo:
de reconhecer a fala ou outros sons quando parte desta informação está faltando, como quando parte do
Habilidade
espectrode
doreconhecer
sinal está a fala ou outros
mascarada em sons quando parte
sua amplitude (pordesta informação
exemplo está faltando,
pela introdução como
de ruído quando
branco), parte do no
comprimida
espectro do sinal
tempo ou ainda está mascarada
com emfrequências
extração de sua amplitude (porou
baixas exemplo
altas. pela introdução de ruído branco), comprimida no
tempo ou ainda com extração de frequências baixas ou altas.
Aspectos binaurais da audição:
Aspectos binaurais
Habilidade da audição:
para processar estímulos acústicos apresentados simultaneamente nas duas orelhas.
Habilidade para processar estímulos acústicos apresentados simultaneamente nas duas orelhas.

O uso
O uso dessas
dessas habilidades
habilidades é extremamente
é extremamente importante,
importante, por por exemplo,
exemplo, salasala de aula
de aula em que
em que o aluno
o aluno devedeve
focarfocar
a a
atenção no que é dito pela professora e ignorar qualquer outro estímulo que possa interferir
atenção no que é dito pela professora e ignorar qualquer outro estímulo que possa interferir negativamente negativamente
(ventilador,
(ventilador, passos
passos no no corredor,
corredor, falafala
de de outros
outros colegas,
colegas, etc) etc) na escuta.
na escuta. A criança
A criança que que apresenta
apresenta bom bom
funcionamento do sistema auditivo nervoso central entenderá a professora com facilidade, enquanto
funcionamento do sistema auditivo nervoso central entenderá a professora com facilidade, enquanto a que tem a que tem
alteração
alteração do processamento
do processamento auditivo
auditivo poderá
poderá ter dificuldade
ter dificuldade em compreender
em compreender o queo que é dito
é dito pelapela professora,
professora, o queo que
pode interferir negativamente no seu processo de aprendizagem.
pode interferir negativamente no seu processo de aprendizagem.

DIFICULDADE
PARA ESCUTAR
DIFICULDADE PARA ESCUTAR
Conheçaoo transtorno
Conheça transtorno dodoprocessamento
auditivo central que interfere na compreensão
processamento
dos sons auditivo
central que interfere na
compreensão
O transtorno dodos sons
processamento
auditivo central (TPAC) 
O transtorno do processamento
Refere-se
auditivo aos (TPAC) 
central desafios em como o cérebro
entende os sons. Os sons podem ser em forte
intensidade
Refere-se aos e claros, mas
desafios em as pessoas
como com TPAC
o cérebro
podemosnão
entende perceber
sons. Os sonsas diferenças
podem ser emsutis entre
forte
eles.
intensidade e claros, mas as pessoas com
TPAC podem não perceber as diferenças sutis
Poreles.
entre exemplo, pessoas com TPAC podem não
reconhecer a diferença entre as palavras “faca”
Pore exemplo,
“vaca”, e pessoas
as palavras
com “sessenta”
TPAC podem e “setenta”
não
podem soar iguais. As palavras também podem
reconhecer a diferença entre as palavras
ficar embaralhadas, então a pergunta “Onde
“faca”
está ea “vaca”,
Clara?”epode
as palavras
soar como “sessenta” e a
“Onde está
“setenta”
Carla?”. podem soar iguais. As palavras
também podem ficar embaralhadas, então a
pergunta
Não está “Onde
claro está
o quea causa
Clara?”o pode
TPAC, soar
mas as
como “Onde está
dificuldades a Carla?”.
afetam as pessoas de todas as
idades e de maneiras diferentes. Abaixo estão
Não está sinais
alguns claro o que causa
comuns o TPAC, mas as
do TPAC:
dificuldades afetam as pessoas de todas as
idades
- e de maneiras
Problemas diferentes.
para Abaixo estão
seguir instruções faladas,
alguns especialmente
sinais comuns aquelas
do TPAC:com várias etapas.
- - Problemas
Muitas para
vezesseguir
pedeminstruções faladas,que
às pessoas
repitam
especialmente uma
aquelas informação
com várias ou
constantemente dizem “Hein?” ou “O que?”
etapas.

- - Muitas
Problemas
vezes para
pedemseguir uma conversa,
às pessoas que
especialmente
repitam uma se houver várias pessoas
informação ou ou
muito ruído de fundo.
constantemente dizem “Hein?” ou “O
que?”
- Problemas para seguir uma conversa,
especialmente se houver várias pessoas
ou muito ruído de fundo.
08 08
- Ser facilmente
- distraídasdistraídas
Ser facilmente por ruídos deruídos
por fundode
ou ruídos
fundo ouem forte
ruídos emintensidade repentinos.
forte intensidade repentinos.
- Problemas
- para lembrar
Problemas para detalhes de informações
lembrar detalhes que sãoque
de informações lidas oulidas
são faladas.
ou faladas.
- Problemas
- com leitura
Problemas comouleitura
ortografia, que requerem
ou ortografia, o processamento
que requerem dos sons.
o processamento dos sons.
- Demora
- para responder
Demora quando alguém
para responder chama. chama.
quando alguém
- Problemas
- para saber
Problemas de saber
para onde os
de sons
onde/os
fala vem.
sons / fala vem.

As conversas
As conversas podem serpodem ser em
difíceis difíceis em
geral geral
para para pessoas
pessoas com Elas
com TPAC. TPAC.costumam
Elas costumam ser lentas
ser lentas para para
responderresponder
ao que osao que os
outros outrosE dizem.
dizem. se elasEnão
se elas não entendem,
entendem, elas podem
elas podem responder
responder de maneira
de maneira que não
que não
fazem
fazem sentido. sentido.

QUAIS
QUAIS
AS CAUSAS DODO
AS CAUSAS
TRANSTORNO
TRANSTORNODODO
PROCESSAMENTO
PROCESSAMENTO
AUDITIVO?
AUDITIVO?

É muito comum
É muitona prática
comum naclínica
práticado fonoaudiólogo,
clínica do fonoaudiólogo, Segundo Nunes Nunes
Segundo (2014), (2014),
diantediante
de tantas possíveis
de tantas possíveis
principalmente quando vão
principalmente entregar
quando os resultados
vão entregar da
os resultados da
causas,causas,
ter a certeza de uma
ter a certeza de delas na medida
uma delas em em
na medida
avaliação avaliação
do processamento auditivo auditivo
do processamento e conversar com
e conversar comque se que
realiza o diagnóstico
se realiza do TPAC,
o diagnóstico pode pode
do TPAC, ser algo
ser algo
a família,a ouvir esta
família, pergunta: 
ouvir “Qual a“Qual
esta pergunta:  causaa do causa do extremamente difícil, mas
extremamente difícil,uma
masentrevista/anamnese
uma entrevista/anamnese
transtornotranstorno
do processamento auditivo auditivo
do processamento do meu do filho?”.
meu filho?”.detalhada com o com
detalhada paciente, os pais
o paciente, os ou responsáveis
pais ou responsáveis
pode ajudar muito muito
pode ajudar no esclarecimento das dúvidas
no esclarecimento das dúvidas
As causasAsdocausas
TPAC dosãoTPAC
desconhecidas, visto que
são desconhecidas, há que há
visto quantoquanto
à existência
à existênciado TPAC isolado
do TPAC ou em
isolado ou em
uma sérieuma de fatores
série deque podem
fatores que relacionar com a com comorbidade
podem relacionar a com outra
comorbidade com doença.
outra doença.
etiologia do TPAC. do
etiologia As TPAC.
causasAscomumente apontadas
causas comumente apontadas
na literatura segundo segundo
na literatura Yalcinkaya et al. (2009)
Yalcinkaya et al.e (2009)
Nunese Nunes
(2014) são:(2014) são: GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
- Intercorrências
- durante durante
Intercorrências a gestação, durantedurante
a gestação, ou ou
após o nascimento.
após o nascimento.
- Otites-médias crônicas.
Otites médias crônicas.
- Problemas
- na maturação
Problemas das vias auditivas.
na maturação das vias auditivas.
- TPAC - associado a outrosa transtornos
TPAC associado como: como:
outros transtornos
transtornos de aprendizagem,
transtornos dificuldades
de aprendizagem, na
dificuldades na
aquisição aquisição
da linguagem,
da dislexia, dislexia,
linguagem, TDAH, TDAH,
prematuridade e doençaegenética.
prematuridade doença genética.

09
09
ISLEXIA
DISLEXIA OTITE
OTITE

COMO
COMOOOTRANSTORNO
TRANSTORNO DO
DO PROCESSAMENTO
PROCESSAMENTO
AUDITIVO
AUDITIVOÉÉDIAGNOSTICADO?
DIAGNOSTICADO?
O primeiro passo
O primeiro para
passo identificar
para o TPAC
identificar é descartar
o TPAC é descartara aperda
perdaauditiva.
auditiva.OOfonoaudiólogo ou oo médico
fonoaudiólogo ou médicopodem
podematestar
atestarisso.
isso.
MasMas
a avaliação do do
a avaliação processamento
processamentoauditivo
auditivoé éconduzida
conduzida pelo
pelo fonoaudiólogo. Este faz
fonoaudiólogo. Este faz uma
uma série
série de
de testes
testes
comportamentais, onde
comportamentais, os os
onde pacientes
pacientesouvem
ouvem e respondem
e respondemaadiferentes
diferentessons.
sons.
O TPAC frequentemente
O TPAC frequentemente aparece
aparecenanainfância. Mas
infância. Masasascrianças
criançasgeralmente
geralmente não
não são avaliadas
avaliadas até
atéos
os77anos
anosde
deidade,
idade,
porque suas
porque habilidades
suas habilidades auditivas ainda
auditivas aindaestão
estãoememdesenvolvimento.
desenvolvimento. Os
Os adultos também podem
adultos também podem ser
seravaliados
avaliadose e
identificados com
identificados essas
com dificuldades.
essas dificuldades.
O TPAC nãonão
O TPAC é a éúnica condição
a única que
condição torna
que difícil
torna compreender
difícil compreenderooque
queasaspessoas
pessoas dizem. Problemas
Problemascom
comaamemória
memóriade de
trabalho, podem
trabalho, podem causar desafios
causar semelhantes.
desafios semelhantes.E Easasdificuldades
dificuldadesde
de foco
foco que
que vêm com oo TDAH
vêm com TDAH podem
podemtornar
tornardifícil
difícil
prestar atenção
prestar atençãoquando os os
quando outros falam.
outros falam.
O TPAC e TDAH
O TPAC podem
e TDAH podem serser
tãotão
semelhantes
semelhantes que
quemuitas
muitasvezes
vezessão
sãoconfundidos
confundidos e mal diagnosticados.
diagnosticados.Além
Alémdisso,
disso,asas
pessoas costumam
pessoas ter ter
costumam as as
duas
duascondições, o que
condições, torna
o que tornaprognóstico
prognósticoainda
aindamais
mais delicado.
delicado.
Outra condição
Outra queque
condição torna difícil
torna entender
difícil entendero oque
queasaspessoas
pessoasdizem
dizem éé oo transtorno de linguagem
transtorno de linguagem receptiva.
receptiva.Mas
Maso o
problema é entender
problema o significado
é entender dada
o significado linguagem,
linguagem,não
nãodos
dossons.
sons.

QUIZ
QUIZ
Teste o seu
Teste o seuconhecimento
conhecimento
03.
03.vezes
aprender a
Crianças
tem dificuldades
vezes tem
aprender a ler.
ler.
com ooTPAC
Crianças com
dificuldadespara
para

A VERDADEIRO
A VERDADEIRO
TPACmuitas
muitas

FALSO
BB FALSO

sobre o transtorno
sobre dodo
o transtorno
04.
04.muito
processamento
processamento auditivo(TPAC)
auditivo (TPAC) O
O TPAC é
é extremamente
extremamenteraro,
raro,
menos comum
muito menos comumdodoque
que
condições comoooautismo,
condições como autismo,por
por

01.
01.
O TPAC é oémesmo
O TPAC que
o mesmo que exemplo.
exemplo.
deficiência auditiva.
deficiência auditiva.
A VERDADEIRO
A VERDADEIRO BB FALSO
FALSO
A VERDADEIRO
A VERDADEIRO B FALSO
B FALSO

02.
02. Crianças
Crianças
a dizer
com
“o “o
a dizer
como TPAC
quê?”
tendem
o TPAC
muitas
quê?”
tendem
vezes.
muitas vezes.
05.
05.Muitas
têm
criançascom
Muitas crianças comooTPAC
dificuldadesem
têm dificuldades
TPAC
ementender
entender
piadas ou charadas.
piadas ou charadas.
A VERDADEIRO
A VERDADEIRO B FALSO
B FALSO
A VERDADEIRO
A VERDADEIRO FALSO
BB FALSO

10
10
AVALIAR PARA INTERVIR
O diagnóstico em uma idade precoce é sempre o ideal, pois quanto mais
rápidas as alterações são corrigidas, mais cedo a informação correta chega ao
cérebro e é interpretada, apreendida, analisada e fixada da forma correta.

Como avaliar o processamento auditivo? Avaliação da função auditiva central


A metodologia utilizada na avaliação e diagnóstico O objetivo da avaliação do processamento auditivo
diferencial do TPAC inclui a história clínica e os dados central é avaliar o sistema auditivo nervoso central em
sobre o desenvolvimento, comunicação e linguagem, diferentes níveis.
combinados aos achados dos testes comportamentais
e eletrofisiológicos. Porém, antes, é preciso avaliar a Os testes comportamentais da avaliação do
função auditiva periférica. processamento auditivo central estão em uso há
décadas. No Brasil os testes comportamentais foram
Avaliação da função auditiva periférica desenvolvidos no final da década de 80 e início de 90,
sendo que em 1997 com a publicação do Manual de
Avaliação do Processamento Auditivo Central de
Antes da realização da avaliação da função auditiva Pereira e Schochat, houve um maior acesso dos
central, deve-se realizar a avaliação da função fonoaudiólogos a bateria de testes gerando grandes
auditiva básica que inclui: avanços na área de avaliação do processamento
auditivo central (CFFa, 2020).
Audiometria tonal limiar: Os principais testes utilizados no Brasil, conforme a
Para estabelecimento dos limiares auditivos nas duas tabela 1 revela, fornecem insights sobre alterações
orelhas. funcionais, podendo ajudar o fonoaudiólogo a
determinar as possíveis habilidades auditivas
Índice percentual de reconhecimento da fala comprometidas.
(IPRF), limiar de reconhecimento da fala (SRT):
Para exploração do reconhecimento de palavras em Os testes da avaliação do processamento auditivo
diferentes intensidades, comparando o desempenho podem ser classificados segundo o CFFa (2020) em:
das duas orelhas.
Testes monoaurais de baixa redundância:
Imitanciometria: São testes cujo estímulo de fala é apresentado de
Pesquisa da integridade da orelha média (pesquisa forma degradada, através da modificação das
principalmente dos reflexos acústicos contralaterais). características de frequência, tempo ou intensidade
de um sinal. São apresentados de forma monoaural,
ou seja, uma orelha é avaliada por vez
individualmente (CFFa, 2020).

11
Testes dicóticos:
Referem-se aos testes cuja a condição de estimulação envolve dois estímulos diferentes concorrentes e
que são apresentados simultaneamente nas duas orelhas (CFFa, 2020).

Testes de processamento temporal:


O processamento temporal é definido como o processamento do estímulo acústico ao longo do tempo.
(CFFa, 2020).

Testes de interação binaural:


São testes que avaliam a capacidade do sistema auditivo nervoso central de processar informações
diferentes, porém complementares, distribuídas entre as duas orelhas e unifica-las em um evento
perceptual (CFFa, 2020).

Tabela 1: Os principais testes utilizados no Brasil para a avaliação do processamento auditivo.

CATEGORIA TESTE COMPORTAMENTAL

Teste de fala com ruído branco

Teste de fala filtrada


Monoaurais de baixa redundância
PSI - MCI

SSI - MCI

Teste dicótico de dígitos

Teste dicótico de dissílabos alternados (SSW)


Dicóticos
Teste dicótico consoante vogal

Teste dicótico não verbal

Teste de padrão de frequência

Teste de padrão de duração


Processamento temporal
Teste Gaps in noise (GIN)

Teste Random Gap Detection (RGDT)

Teste de fusão binaural

Interação binaural Masking Level Difference (MLD)

Teste de localização sonora

Idade para a avaliação do Por que a avaliação do processamento


processamento auditivo utilizando a auditivo é importante?
bateria de testes comportamentais.
Na sua forma mais simples, a avaliação do
O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa, 2020) processamento auditivo deve fornecer informações
assim como outras literaturas (AAA, 2010; BSA, 2018) sobre a presença ou ausência de alguma alteração
recomendam que a avaliação do processamento no processamento auditivo central, respondendo
auditivo seja conduzida a partir dos 7 anos, devido a assim à questão comum se o paciente em questão
sua complexidade. Porém segundo a recomendação tem TPAC. No entanto, a idealização da presença de
01/2018, do CRFa 2ª Região, crianças menores de 6 um transtorno auditivo não é tão simples como
anos, quando há risco para alterações do parece ao primeiro olhar. Nem a identificação
processamento auditivo, deve-se propor a realização simples fornece informações suficientes para
audiológica básica, eletrofisiológica (potenciais responder à pergunta que inevitavelmente seguirá:
evocados auditivos) e fonoaudiológica (exemplo: podemos fazer algo a respeito e, em caso afirmativo,
avaliação de linguagem). o quê?

12
Para responder a esta pergunta, vários tipos de informações devem ser obtidos a partir dos dados da
avaliação. Em primeiro lugar, para desenvolver um plano terapêutico específico, o fonoaudiólogo precisará
determinar a habilidade ou as habilidades que provavelmente estão alteradas em um determinado paciente.
Ao identificar a (s) habilidade (s) alterada (s), então, pode-se desenvolver um programa de intervenção que irá
desenvolver as potencialidades do paciente, ao mesmo tempo em que direcionará as fraquezas, resultando
em maior eficiência e individualização.

Em segundo lugar, os fonoaudiólogos devem ser capazes de conhecer bem o cérebro! Este conhecimento é útil
para definir se o acompanhamento médico adicional é indicado, como no caso de um possível transtorno
neurológico ou lesão, além de auxiliar no desenvolvimento de estratégias de manejo. Interpretar os resultados
dos testes dessa maneira também ajudar a aumentar a confiança no fonoaudiólogo, buscando padrões
lógicos em medidas de processamento auditivo, aprendizagem, linguagem e cognição que, quando
consideradas em conjunto, são consistentes com a alteração em uma ou mais regiões do cérebro. Portanto,
mais uma vez, deve-se enfatizar que é imperativo que os fonoaudiólogos conheçam a ciência subjacente da
função cerebral.

Finalmente, os resultados da avaliação devem estar relacionados as informações escolares, cognitivas, de fala,
linguagem, sociais e outras. A caracterização do TPAC é particularmente útil na determinação do impacto
sobre a qualidade de vida da criança, além de fornecer orientação para uma intervenção significativa.

Quando encaminhar o paciente para a avaliação do processamento auditivo central?


Devem ser encaminhados para a avaliação do processamento auditivo indivíduos que apresentam:

- Dificuldade em comunicação associada a ambientes barulhentos.

- Desatenção.

- História de otites recorrentes.

- Dificuldade de fala.

- Desconforto a sons com audiometria tonal normal.


- Inconsistência de respostas a tons puros e/ou reflexos acústicos elevados ou ausentes com limiares de
audibilidade normais.

- Indivíduos com algum tipo de transtornos na voz, na fluência, ou na comunicação falada ou escrita e que
necessitem de terapia fonoaudiológica.

13
Intervir para uma
melhor qualidade
de vida
O principal tratamento para o TPAC é a
terapia fonoaudiológica. Quanto mais
cedo o tratamento começar, melhor.
Como intervir no transtorno do processamento
auditivo central?

O planejamento terapêutico pode ser dividido em


três aspectos principais: (1) técnicas de remediação
destinadas a aumentar a discriminação, a
transferência-hemisférica de informações e
melhorar as funções associadas (intervenção
bottom-up); (2) estratégias compensatórias
destinadas a ensinar o paciente a superar as
dificuldades e maximizar o uso de informações
auditivas (intervenção top-down); e (3)
modificações ambientais e sugestões pedagógicas
destinadas a melhorar o acesso do paciente à
informação auditiva. Em outras palavras, o
gerenciamento do TPAC deve se concentrar na
mudança do meio ambiente, na remediação do
transtorno e na melhoria das habilidades
cognitivas e audição. Todo planejamento
terapêutico deve incluir componentes de cada uma
dessas três categorias, entretanto, o planejamento
terapêutico deve ser individualizado com base no
perfil e dificuldades específicas do paciente.

você sabia?
Que não existe remédio para ajudar a criança com transtorno do
processamento auditivo central?

Não há remédio para tratar o TPAC! No entanto, algumas


crianças com TPAC também têm TDAH ou ansiedade, que
podem ser tratadas com medicamentos. É melhor sempre
conversar com o médico que acompanha o paciente se você
suspeita que ele tenha TDAH ou ansiedade. Juntos, vocês
podem chegar a um plano de tratamento que pode ou não
incluir a medicação.

14
Conheça os principais tipos
de intervenção
O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para selecionar e indicar a
intervenção adequada quanto ao TPAC. Pesquisas recentes demonstram
evidências de que o treinamento auditivo pode melhorar vários processos
auditivos, promovendo uma reorganização do substrato neural auditivo em
indivíduos com o TPAC, transtornos de linguagem e aprendizagem. Existem
mudanças na morfologia e desempenho auditivo depois da rigorosa estimulação
sonora. Cérebros de pessoas mais jovens possuem maior plasticidade e podem se
alterar rapidamente, observando-se melhoras efetivas nas habilidades dos
indivíduos submetidos ao treinamento auditivo.

O treinamento auditivo pode ser realizado formalmente (treinamento auditivo


acusticamente controlado), informalmente ou associando também estratégias
cognitivas (treinamento auditivo-cognitivo), sendo que a diferença entre estas
abordagens envolve principalmente o nível de controle que é mantido ao longo
do treinamento quanto aos estímulos utilizados e ao ambiente.

O treinamento auditivo acusticamente controlado (formal) utiliza estímulos


gravados (exemplos: tons, ruído, fala, dígitos) em mídias eletrônicas ou no próprio
computador. Os estímulos devem ser controlados por meio de um audiômetro,
para melhor precisão da intensidade, e de uma cabina acústica, para minimizar
a interferência de ruídos externos. A dificuldade das atividades auditivas deve ser
sempre modificada quando o score é obtido, a fim de promover o
aprimoramento em determinada habilidade auditiva. Portanto, o treino auditivo
segue uma hierarquia de complexidade.

O treinamento auditivo informal é desenvolvido com tarefas baseadas em


linguagem, enfatizando o uso do contexto linguístico para beneficiar a função
auditiva. Não requer utilização de equipamentos específicos ou ambientes
acusticamente controlados, podendo, desta forma, ser utilizado em maior escala
e com menor custo.

O treinamento auditivo-cognitivo aborda estratégias que envolvem os processos


bottom-up e top-down. Os objetivos do treinamento bottom-up são melhorar o
acesso à informação auditiva, melhorar as habilidades auditivas alteradas. Já os
objetivos do treinamento top-down referem-se ao emprego de estratégias
metacognitivas, como a atenção e a memória.

15
atividades de processamento
auditivo que o fonoaudiólogo
pode propor sem gastar um
centavo!

Estimular o processamento auditivo durante a sessão


fonoaudiológica é fácil! Abaixo você encontra “5 top
atividades” que você pode fazer sem gastar um centavo
utilizando basicamente o que você já tem no seu consultório!

Peça o paciente que feche os olhos e identifique os


sons que você faz. Exemplos de tais sons incluem
deixar cair um lápis, arrancar um pedaço de papel,
ATIVIDADE 1: usar o grampeador, quicar uma bola, apontar um
QUAL SOM É? lápis, bater no vidro da janela, abrir a janela, apagar
as luzes, folhear um livro, cortar com a tesoura ou abrir
uma gaveta. Esta atividade estimula o reconhecimento
de sons não-verbais.

Com os olhos fechados, o paciente deve julgar que parte


ATIVIDADE 2: do ambiente um som está vindo, e se é perto ou longe.
PERTO OU Esta atividade estimula a localização sonora,
reconhecimento de intensidade sonora e nomeação
LONGE? (transferência inter-hemisférica).

Peça ao paciente para dizer qual palavra começa com o


ATIVIDADE 3: mesmo som que “mola”. Diga três palavras como
CONSOANTES “astronauta, montanha, bicicleta” e aguarde a resposta.
Esta atividade estimula discriminação, atenção
INICIAIS. auditiva e consciência fonológica.

16
O terapeuta faz um som de um animal, faz uma
ATIVIDADE 4: sentença, perguntas ou frases. O paciente com os
JOGO DA olhos vendados tem que adivinhar quem é. Esta
atividade estimula a habilidade de reconhecimento de
CABRA-CEGA sons verbais.

Peça ao paciente para fechar os olhos ou sentar-se de


costas. Bata palmas, toque um tambor, quique uma bola,
ATIVIDADE 5: etc. Peça a criança para contar quantos sons foram feitos
ATENÇÃO PARA ou peça para repetir os sons feitos. O padrão rítmico
também pode ser pedido! Esta atividade estimula
OS SONS detecção, discriminação e memória para sons não
verbais.

Curiosidades sobre
o treinamento
auditivo
As primeiras descrições a respeito da aplicação
do treinamento auditivo, como método de
reabilitação, foram feitas após a II Guerra
Mundial, em soldados portadores de perdas
auditivas.

Frente ao grande número de queixas Nesse caso específico, as tarefas


como “dificuldades para entender a fala iniciavam-se com o desenvolvimento da
em mensagem competitiva e em consciência e sensibilidade dos sinais
ambiente ruidoso”, o objetivo principal da acústicos significativos (identificar a
intervenção era treinar identificação e presença ou ausência de som), prosseguiam
discriminação de fonemas, dígitos e para as habilidades de discriminação dos
palavras semelhantes (Murphy e sons ambientais e finalmente para as
Schochat, 2014). habilidades de percepção da fala. Assim, por
meio desse treinamento auditivo intensivo e
Já em meados da década de 1960, o focado, foi demonstrado que era possível
treinamento auditivo também passou a otimizar os benefícios dos aparelhos de
ser considerado com o intuito de ampliar amplificação sonora individual (AASI)
o uso da audição residual de deficientes (Carhart, 1960; Murphy e Schochat, 2014).
auditivos.

17
A década de 1980 e 1990, houve um expressivo MATERIAIS PARA
aumento do número de pesquisas focadas no
estudo do sistema auditivo central e no
transtorno do processamento auditivo. A
partir daí, as pesquisas além de corroborarem
os achados iniciais sobre a influência positiva
do treinamento auditivo em crianças com
transtorno do processamento auditivo e em
usuários de aparelhos auditivos também
ampliaram as linhas de pesquisa sobre a
aplicabilidade do treino auditivo em outras
populações como crianças com transtornos
de linguagem, idosos, indivíduos vítimas de
traumatismo crânioencefálico e indivíduos
com transtornos mentais (Murphy e Schochat,
2014).

Com o avanço tecnológico, medidas


eletrofisiológicas de audição também têm
sido utilizadas para demonstrar, de forma
objetiva, as mudanças neurofisiológicas
ocorridas após a aplicação do treino auditivo
(Murphy e Schochat, 2014).
O TREINAMENTO AUDITIVO.

Como ajudar uma pessoa com TPAC?


Há muitas maneiras de ajudar as pessoas com o TPAC
e tornar mais fácil para elas gerenciarem os desafios.
Seguem as orientações:
- Use instruções simples de uma etapa.
- Fale em um ritmo mais lento.
- Ofereça um local tranquilo para fazer as atividades.
- Seja paciente e repita as informações que as pessoas solicitam.

As escolas podem dar ao aluno apoio extra em sala de aula sob um plano de
educação em acordo com as indicações do fonoaudiólogo. Por exemplo, a criança
pode se sentar em local estratégico da sala, longe de distrações. Ou podem receber
instruções escritas em vez de faladas. Esses tipos de suporte também podem ser úteis
no manejo.

18
OOTPAC
TPACPODE
PODECRIAR
CRIARDESAFIOS
DESAFIOSNA
NA ESCOLA,
ESCOLA, NO
NO TRABALHO E
E NA
NA
VIDA
VIDACOTIDIANA.
COTIDIANA.MAS,
MAS,COM
COMAAAJUDA
AJUDA EE O
O SUPORTE
SUPORTE ADEQUADOS,
ADEQUADOS,

AS
ASPESSOAS
PESSOASCOM
COMTPAC
TPAC PODEM
PODEM PROSPERAR.
PROSPERAR.

RESPOSTAS
RESPOSTAS QUIZ
QUIZ
Respostas:
Respostas:1 1––B,
B,22––A,
A,33–– A,
A, 4
4 –– B,
B, 55 – A.

19
19
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION. (central) auditory processing disorders — the
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION. (central) auditory processing disorders — the role
role of the audiologist [Position Statement]. 2005. Disponível em: www.asha.org/policy. Acesso em agosto
of the audiologist [Position Statement]. 2005. Disponível em: www.asha.org/policy. Acesso em agosto 2022.
2022.
AMERICAN ACADEMY OF AUDIOLOGY. Clinical Practice Guidelines: Diagnosis, Treatmentand Management
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children who were suspected of auditory processing difficulty. Int J Pediatr Otorhinolaryngol.
2009;73(8):1137-42.

20
20
PARCERIA DADA
PARCERIA FONOAUDIOLOGIA
FONOAUDIOLOGIAE DA ESCOLA
E DA NANA
ESCOLA EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
DAS PESSOAS
DAS COM
PESSOAS DEFICIÊNCIA
COM AUDITIVA.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA.

A inclusão
A inclusão escolar faz faz
escolar parte de um
parte de um processo
processo O tema
que que O temada surdez
da surdezenvolve muitos
envolve aspectos
muitos aspectos que quese se
busca
buscaincentivar a criação
incentivar a criaçãode leis
de eleis
políticas públicas
e políticas relacionam,
públicas relacionam,incluindo de natureza
incluindo de naturezamédica
médica (sobre a a
(sobre
que que
direcionem a implementação de programas e etiologia, o diagnóstico
direcionem a implementação de programas e etiologia, o diagnóstico e uso de recursos de e uso de recursos de
serviços
serviçosvoltados
voltadosao atendimento
ao atendimento das daspessoas comcom
pessoas amplificação
amplificação ou ou implante
implante coclear); de de
coclear); caráter
caráter
deficiência,
deficiência, promovendo
promovendo a convivência
a convivência de todos
de todosem emlinguístico (processos
linguístico (processos diferentes
diferentesde deaquisição
aquisição e e
diversos
diversosambientes,
ambientes, isentos de qualquer
isentos de qualquerpreconceito
preconceitodesenvolvimento
desenvolvimento da linguagem
da linguagem oral oral
e/oue/ou
língua de de
língua
ou discriminação
ou discriminação (RIOS, 2007).
(RIOS, 2007). sinais); de de
sinais); ordemordem educacional
educacional (metodologias
(metodologias
específicas
específicas para a educação de surdos);formas
para a educação de surdos); de de formas de de
ParaPara
isso, isso,
a leiade diretrizes e bases da educação de tratamento (acompanhamentos
lei de diretrizes e bases da educação de tratamento (acompanhamentos profissionais); profissionais); de de
1996,1996,
prevê a inclusão
prevê de crianças
a inclusão comcom
de crianças deficiência
deficiência ordem
na na ordem social (dificuldade
social (dificuldade nas nasinterações
interações comcom
rederede
regular
regularde ensino,
de ensino,desde o início
desde da inserção
o início da inserção ouvintes); entre
ouvintes); outros
entre (SANTANA,
outros (SANTANA,2015).
2015).
escolar, comcom
escolar, a responsabilidade
a responsabilidade de oferecer ao aluno,
de oferecer ao aluno,
condições
condições de de desenvolver
desenvolver suas suashabilidades
habilidadesA Adeficiência
deficiênciaauditivaauditivapodepodeprejudicar
prejudicara a
acadêmicas e sociais. A inclusão das pessoas com aprendizagem
acadêmicas e sociais. A inclusão das pessoas com aprendizagem das pessoas acometidas, das pessoas acometidas, devidodevido
deficiência
deficiência auditiva
auditiva no no ambiente
ambiente escolar devedeve
escolar especificamente
especificamente ao comprometimento
ao comprometimento na aquisição
na aquisição
assegurar
assegurar a permanência
a permanência e continuidade
e continuidadedo processo
do processoe desenvolvimento
e desenvolvimento da linguagem
da linguagem oral,oral,
que que variavaria
de aprendizagem com oportunidades iguais, criando conforme o tipo e grau da
de aprendizagem com oportunidades iguais, criando conforme o tipo e grau da perda auditiva. A literaturaperda auditiva. A literatura
condições
condições favoráveis
favoráveis de de aprendizagem
aprendizagem comcom refere que que
refere até mesmo
até mesmo umauma perda auditiva
perda de grau
auditiva de grau
qualidade,
qualidade, eficiência
eficiência e acolhimento
e acolhimento das das leve leve
suassuas podepode
interferir no desenvolvimento
interferir no desenvolvimento da linguagem
da linguagem
necessidades
necessidades (BORTOLETO,
(BORTOLETO, RODRIGUES
RODRIGUES e PALAMIN,
e PALAMIN, oral oral
da criança
da criança e noe seu desempenho
no seu desempenho acadêmico.
acadêmico
2003). A escola
2003). A escoladevedeveconstituir um um
constituir espaço favorável
espaço Dessa
favorável forma,
Dessa não não
forma, existem
existemdúvidas que que
dúvidas as crianças
as crianças
parapara
o convívio de diferentes
o convívio de diferentesrealidades trazidas
realidades pelos
trazidas comcom
pelos perdaperdaauditiva severa
auditiva e profunda
severa e profunda são são maismais
alunos. Proporcionar momentos que incluem propensas a
alunos. Proporcionar momentos que incluem propensas a significativos atrasos no processosignificativos atrasos no processo de de
interações
interações comcom diversidade
diversidade é contribuir
é contribuir paraparao aquisição
o aquisição da linguagem
da linguagem oral oral
e escrita, impactando
e escrita, impactando o o
exercício
exercício do do amadurecimento
amadurecimento pessoal
pessoale uma e uma sucesso escolar
sucesso (VERDU,
escolar 2004;
(VERDU, FORTUNATO,
2004; FORTUNATO, 2003). 2003).
consciência
consciência social de inclusão.
social de inclusão.

21
21
Depois
Depoisdo diagnóstico
do diagnóstico da deficiência
da deficiência auditiva
auditivaé étiverem
tiverem sua sua inserção
inserção no no ambiente
ambiente escolar,
escolar,
imprescindível
imprescindível umauma intervenção
intervenção precoce
precocecomcom inícioinícioconsiderando
considerando que que a exposição
a exposição nesse nessecontexto,
contexto,
da reabilitação
da reabilitação auditiva,
auditiva, vistovisto
que que
existem períodos
existem períodosinteragindo
interagindo e recebendo
e recebendo as mesmas
as mesmas experiências
experiências
sensíveis para o desenvolvimento
sensíveis para o desenvolvimento auditivo, auditivo, que crianças ouvintes,
que crianças ouvintes, promove um promove um espaço
espaço
linguístico
linguísticoe aprendizado,
e aprendizado, e fatores como
e fatores a privação
como a privaçãofavorável parapara
favorável o desenvolvimento
o desenvolvimento da fala, audição,
da fala, audição,
auditiva
auditiva podem podem interferir
interferir no no processo
processo de delinguagem
linguagem e aprendizagem
e aprendizagem (BUFFA, 2005).
(BUFFA, 2005).
reabilitação.
reabilitação.
Alguns professores
Alguns professores ainda aindanão não possuempossuem formação
formação
A reabilitação
A reabilitação auditivaauditivatem tempor objetivo
por objetivodesenvolver
desenvolveradequada adequada parapara atuarematuarem comcom estudantes
estudantes comcom
ou treinar
ou treinar a capacidade
a capacidade de percepção
de percepção auditiva da dadeficiência
auditiva auditiva,
deficiência enfrentando
auditiva, enfrentando dificuldades
dificuldades comcom
pessoa
pessoacomcom deficiência
deficiência auditiva
auditivacomcom auxílio de derelação
auxílio relação a comunicação
a comunicação e oe ensino o ensino escolar,
escolar,
dispositivos que possam amplificar
dispositivos que possam amplificar o som ou o som ou impactando diretamente na
impactando diretamente na aprendizagem. aprendizagem. As As
fornecer a sensação sonora. Dentre
fornecer a sensação sonora. Dentre esses, temos o esses, temos o crianças que possuem a LIBRAS – Língua
crianças que possuem a LIBRAS – Língua Brasileira Brasileira
Aparelho
Aparelho de de Amplificação
Amplificação SonoraSonora (AASI) e oe ode Sinais
(AASI) de Sinaiscomo comoprimeira
primeira língua e necessitam
língua e necessitam de de
Implante
ImplanteCoclearCoclear(IC) (SCARANELLO,
(IC) (SCARANELLO, 2005).2005). intérprete
intérpreteem em salasala de de aula,aula, demandam
demandam um um
trabalho
trabalhoconjunto
conjuntocomcom o professor
o professor e o e intérprete,
o intérprete,
É Éfundamental
fundamental esclarecer
esclarecer que que nenhumanenhuma profissionais
profissionais que favoreçam a interação aluno
que favoreçam a interação do do aluno
metodologia, sistema ou abordagem
metodologia, sistema ou abordagem educacional educacional dentro do contexto
dentro do contexto da salada salade aula. ParaPara
de aula. os surdos,
os surdos,
se aplica
se aplicade formade forma unânimeunânime a todas
a todas as criançasos campos
as crianças os camposvisuais e espaciais
visuais e espaciais são imprescindíveis,
são imprescindíveis, já já
comcom histórias
histórias de vida
de vida particulares,
particulares, acessoacesso aos aosque queas expressões
as expressões faciais e os emovimentos
faciais os movimentos gestuais
gestuais
recursos
recursosdiagnósticos
diagnósticos e terapêuticos
e terapêuticos diferentes
diferentes e esão perceptíveis
são perceptíveis pelapelavisão. No cenário
visão. No cenário educacional,
educacional,
graus variados de perda auditiva
graus variados de perda auditiva (RIOS, 2007). (RIOS, 2007). o Decreto nº 5.626/05 passa a
o Decreto nº 5.626/05 passa a ser um marco,ser um marco, pois pois
assegura, pela primeira vez, no
assegura, pela primeira vez, no âmbito nacionalâmbito nacional
A Alinguagem linguagemé éparte integranteno noumauma
parteintegrante proposta
propostade educação
de educação bilíngue parapara
bilíngue surdos,
surdos,
desenvolvimento
desenvolvimento do ser do humano.
ser humano. A falta deladela
A falta tem temsendo sendoa Libras,
a Libras, como como a primeira
a primeira língualínguae oe o
graves consequências
graves consequências parapara o indivíduo
o indivíduo no que no quese sePortuguês
Portuguêscomo 2ª língua
como 2ª língua(BRASIL, 2005).
(BRASIL, 2005).
refere ao seu desenvolvimento emocional,
refere ao seu desenvolvimento emocional, social e social e
intelectual.
intelectual. A comunicação
A comunicação é um é um processo
processo de deSabemos Sabemos que que o sistema
o sistema educacional
educacional brasileiro
brasileiro
interação
interação no no qualqual se compartilha
se compartilha mensagens,ainda
mensagens, ainda precisa
precisa melhorar,
melhorar, principalmente
principalmente ao ao
ideias, emoções
ideias, emoções e sentimentos,
e sentimentos, podendopodendo influenciarpensarmos
influenciar pensarmos nas naspráticas
práticas de educação
de educação inclusiva. O O
inclusiva.
ou não outras pessoas. No entanto,
ou não outras pessoas. No entanto, a comunicação a comunicação movimento voltado à inclusão
movimento voltado à inclusão impôs diversos impôs diversos
nemnem sempresempreocorre de forma
ocorre de forma clara, umauma
clara, vez que há hádesafios
vez que a nossa
desafios sociedade,
a nossa sociedade, entre eles:eles:
entre o deorespeitar
de respeitar
várias crianças,
várias crianças,jovens e adultos
jovens comcom
e adultos deficiência
deficiência na naas as particularidades
particularidades de de cadacada indivíduo,
indivíduo, o de o de
audição e consequentemente
audição e consequentemente na comunicação.
na comunicação. reconhecer
reconhecere valorizar a diversidade
e valorizar a diversidade e o dee ogarantir
de garantir
o acesso
o acessoe a eparticipação
a participação de todos,
de todos,em em todos os os
todos
A pauta sobre o diagnóstico em
A pauta sobre o diagnóstico em tempo oportuno, tempo oportuno, espaços sociais.
espaços sociais.
intervenção
intervenção em etapas
em etapas iniciais do desenvolvimento
iniciais do desenvolvimento
e o prognóstico
e o prognóstico no desenvolvimento
no desenvolvimento da linguagemCertamente
da linguagem Certamente os pais devem
os pais devemser inseridos
ser inseridos no processo
no processo
oral oral
nos nos remete remete a uma a uma reflexão. No No
reflexão. ambientede aprendizagem.
ambiente de aprendizagem. O que maismais
O que angustia
angustiaos genitores
os genitores
escolar é notável
escolar é notável a heterogeneidade
a heterogeneidade do públicode pessoas
do público de pessoascomcom deficiência
deficiência auditiva não não
auditiva é a surdez
é a surdez
infantil com deficiência auditiva quanto
infantil com deficiência auditiva quanto ao domínio ao domínio em si, mas o obstáculo na comunicação
em si, mas o obstáculo na comunicação que que ela ela
da língua em sua modalidade
da língua em sua modalidade oral, exigindo umaoral, exigindo uma proporciona. Muitos pais não
proporciona. Muitos pais não estabelecem uma estabelecem uma
análise
análiseindividualizada
individualizada quando quando é levantada
é levantada a acomunicação
comunicação efetiva como
efetiva como a Língua
a Língua de Sinais na na
de Sinais
questão
questão da inclusão
da inclusão na escola
na escola regular. Assim,
regular. a ainteração
Assim, comcom
interação seusseusfilhos, porque
filhos, têm têm
porque receio que que
receio as as
inclusão
inclusão de crianças
de crianças comcom deficiência
deficiência auditiva,crianças
auditiva, criançasnão nãotenhamtenham o desejo
o desejo de se de comunicar
se comunicar
usuárias
usuárias de de aparelho
aparelho de de amplificação
amplificação sonorasonoraverbalmente
verbalmente e/oue/ou
desconhecem
desconhecem a importância
a importância deladela
individual ou implante coclear, que
individual ou implante coclear, que se encontram se encontram para o desenvolvimento psíquico-social
para o desenvolvimento psíquico-social e ainda e ainda
em processo
em processo de reabilitação
de reabilitação auditiva e são
auditiva são inseridoscomo
e inseridos comoumauma forma formade aquisição
de aquisição de conhecimentos
de conhecimentos
na escola
na escola regular necessita
regular necessita de atenção
de atenção especialdas das
especial pessoas surdas.
pessoas Há por
surdas. Há parte
por parte deles o interesse
deles o interesse
(RIOS, 2007).
(RIOS, 2007). de que seus filhos possam ouvir
de que seus filhos possam ouvir naturalmente naturalmente ou ou
tornarem-se semelhantes aos ouvintes.
tornarem-se semelhantes aos ouvintes. Para tanto, Para tanto,
Além de ser
Além de umser um direito, é fundamental
direito, é fundamental que que elas elasbuscambuscam atendimentos,
atendimentos, tratamentos
tratamentos clínicos e
clínicos e
sejamsejaminseridas
inseridas em em classes comuns
classes comuns assim assimque que
22
22
educação na linha oralista na tentativa de oferecer Assim, orienta-se que o professor e terapeuta
aos filhos surdos, a oportunidade de constituírem-se contemple a perspectiva da aprendizagem visando
como sujeitos e cidadãos por meio da linguagem às situações reais, levando em consideração que
oral. cada sujeito deve exercitar suas habilidades
individuais e sua criatividade. Para isso, se faz
Como dito anteriormente, cada caso deve ser necessário que seja escolhida uma abordagem
analisado individualmente conforme o perfil da educacional que possibilite a cada sujeito uma
criança e a escolha da família pela forma de aprendizagem acessível e significativa.
comunicação, constituindo o público infantil com Historicamente, muitas foram as abordagens
deficiência auditiva no âmbito escolar bastante educacionais surgidas ao longo dos anos na
heterogêneo, quanto ao domínio da língua oral e/ou educação de surdos em todo o mundo.
LIBRAS por fatores diversos. A utilização da Língua Destacamos, dentre elas, três: Oralismo,
Brasileira de Sinais pode desenvolver integralmente Comunicação Total e Bilinguismo. Essas três
todas as possibilidades cognitivas, afetivas e abordagens tornaram-se uma prática constante na
emocionais, permitindo sua inclusão e integração vida dos surdos. Essas abordagens tiveram seu
na sociedade. Além disso, é uma forma de garantir destaque em épocas diferentes, na tentativa de se
a preservação da identidade das pessoas e buscar soluções para a comunicação das pessoas
comunidades surdas, contribuindo para a com deficiência auditiva.
valorização e reconhecimento da cultura surda. Por
isso, é imprescindível que os pais de crianças surdas A metodologia do bilinguismo torna acessível as
estabeleçam contato com a Língua de Sinais o mais duas línguas na escola, envolvendo o processo
cedo possível, aceitando a surdez de seus filhos terapêutico e a família, principalmente quando os
como diferença e a Libras como uma modalidade surdos, filhos de pais ouvintes, que não têm acesso à
de comunicação. Língua de Sinais logo que nascem, somam mais de
90% da população surda, como afirmam Quadros e
O processo de ensino e aprendizagem de surdos Cruz (2011).
acontece em todo tempo, em todo o lugar e em
todas as fases da vida, independente de condição Os professores e demais profissionais do ambiente
social, familiar ou física. Ela é possível a todos os escolar e terapêutico devem estar capacitados para
sujeitos em construção, mesmo quando estes trabalhar com pessoas com deficiência auditiva e,
encontram barreiras para a aquisição do para isso, devem ter um conhecimento mínimo da
conhecimento. Em crianças ouvintes, a Língua de Sinais. O quadro de funcionários deve
aprendizagem acontece, principalmente, por meio também conter um surdo adulto que sirva de
dos canais oral e auditivo e, nas crianças surdas, referência para questões de identidade. Além disso,
acontece, primordialmente, por meio do canal precisam conviver com seus pares e ter o currículo e
visuoespacial (MARCHESI, 2004). a metodologia de ensino adequados.

As pessoas com deficiência auditiva também O papel do fonoaudiólogo de contribuir na inclusão


aprendem e se desenvolvem de forma gradativa, de alunos com deficiência auditiva no ambiente
entretanto vivenciam certas limitações no processo escolar consiste em sugerir adaptações na classe e
educacional em relação aos alunos ouvintes, a estabelecer diálogo com os professores, trabalhar
saber: a falta de um professor ouvinte que saiba em conjunto com a família, sempre acolhendo e
LIBRAS, a limitação de pares para interagir no orientando os envolvidos, para de fato, promover
ambiente escolar, a ausência de professor surdo melhor aproveitamento acadêmico e consolidando
como referencial, a inexistência ou ineficiência de o processo de inclusão (RIOS, 2007). O
estrutura educacional e um currículo pensados de fonoaudiólogo pode desenvolver ações no
modo a contemplar a sua individualidade ambiente escolar em diversas situações, por meio
linguística (SILVA et al. 2016). da participação em atividades de trabalho
pedagógico coletivo, grupos de estudo e reuniões de
planejamento.

23
ANOTAÇÕES

A Fonoaudiologia tem muito a oferecer à educação das crianças,


como parte integrante da equipe interdisciplinar, agregando
conhecimentos sobre a comunicação humana, que são de sua
competência, assim como discutindo estratégias educacionais
que possam favorecer o processo de ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

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24
REALIZAÇÃO:

APOIO:

MINISTÉRIO DA
S ÚDE
SA
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