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Perspectivas da Área de Voz

• 3 a 10% da população tem problemas de voz


• 1/3 da população do mundo vivenciará algum
problema de
voz em algum momento na vida
• Distúrbio da voz têm impacto negativo na vida
• Competências clínicas não são fáceis de desenvolver
• Treinamento intensivo ajuda a contemplá-las
• Empresas investindo na melhora da comunicação dos seus
funcionários
• Mídia
Registro da voz
Registro em vídeo
Anamnese Vocal
• Queixa vocal
• Instalação da disfonia
• Época da instalação da disfonia
• Associada ao uso da voz / Demanda
vocal
• Inicio súbito ou progressivo
• Flutuações da qualidade vocal
• Investigação de hábitos vocais
inadequados
• As disfonias comportamentais contemplam:
• Alteração na voz com ausência de modificação laríngea
• Fendas glóticas
• Lesões benignas
• Nódulo vocal
• Pólipo vocal
• Granuloma
• Edema de Reinke
• Leucoplasias

• Uso incorreto ou abusivo da voz, que pode gerar fonotraumas


repetitivos, contribuindo para a instalação das lesões laríngeas
Reabilitação
• Técnicas de tratamento diretas: foco no aparelho fonador,
componentes da produção vocal propriamente dita, como
respiração e configuração laríngea.
• Técnicas de tratamento indiretas: foco na abordagem
educacional que
ajuda o indivíduo a identificar os fatores mantenedores do
problema e, assim, levar à conscientização e mudança no
comportamento.
• Eliminação de fatores mantenedores da alteração vocal através da
modificação de funções mentais ou corporais que influenciam na
produção da voz.
• Combinação das duas abordagens, por meio de educação
em saúde voltada para a voz, somada a técnicas focadas na
qualidade vocal.

Ruotsalainen et al (2008)
Gartner-Schmidt et al
trabalho
integrado
fono + otorrino + professor de canto
7 Métodos (Behlau,
2005)
1. Método Corporal 48
2. Método dos OFA Técnicas
3. Método Auditivo
4. Método de Fala + de
5. Método dos Sons Facilitadores 100
6. Método de Competência exercício
Fonatória
7. Método de Ativação Vocal
s
Métod
oTécnic
a
Exercíci
o
1. Método Corporal
 Técnicas que envolvem movimentos
corporais
 Globais ou específicos

• Técnica de movimentos corporais com sons


facilitadores
• Técnica de mudança de posição de cabeça com
sonorização
• Técnica de massagem na cintura escapular
• Técnica de manipulação digital da laringe
• Técnica de massageador associado à sonorização
glótica
• Técnica de movimentos cervicais
• Técnica de rotação de ombros
2. Método de
OFA
Técnicas de manipulação dos OFA
participantes da produção vocal
• Técnica de deslocamento lingual
• Técnica de rotação de língua no vestíbulo
• Técnica de estalo de língua associado ao som
nasal
• Técnica de bocejo-suspiro
• Técnica mastigatória
• Técnica de abertura de boca
3. Método
Auditivo
Modificação da escuta da própria voz e
consequente impacto na qualidade seu
vocal
• Técnica de repetição auditiva
• Técnica de amplificação sonora
• Técnica de mascaramento auditivo
• Técnica de monitoramento auditivo
retardado
• Técnica de deslocamento de frequência
• Técnica de marca-passo vocal ou ritmo
4. Método de
Fala
Modificação da produção da fala para
facilitar a produção vocal.

• Técnica de voz salmodiada


• Técnica de monitoramento por múltiplas vias
• Técnica de modulação de frequência e intensidade
de fala
• Técnica de leitura somente de vogais
• Técnica de sobrearticulação
• Técnica de fala mastigada
5. Método de Sons Facilitadores
•Treinamento vocal realizado com emprego de uma série de sons
que facilitam a emissão vocal, favorecem um melhor equilíbrio
funcional e agem diretamente na fonte glótica. Propiciando uma
produção vocal mais equilibrada.

 Técnica de sons nasais (ressonância);


 Técnica de sons fricativos (respiração);
 Técnica de sons vibrantes (suaviza a emissão – absorve lesão de
massa);
 Técnica de sons plosivos (aumenta pressão intraoral);
 Técnica de som basal (fecha fenda);
 Técnica de som hiperagudo (diminui tensão do TA).
6. Método de Competência Fonatória
• Técnica da fonação inspiratória (afasta banda)
• Técnica do sussurro (> coaptação anterior)
• Técnica de controle de ataques vocais
(brusco/soprosos)
• Técnica de emissão em TMF (vogais ou sons de
apoio)
• Técnica de messa di voce (forte / fraco)
• Técnica de escalas musicais (grave / agudo)
• Técnica de esforço (Empuxo)
• Técnica de deglutição incompleta sonorizada
• Técnica de firmeza glótica
• Técnica do “b”prolongado
• Técnica de sniff
• Técnica de sopro e som agudo
• Sequência de constrição labial
• Sequência de arrancamento
7. Método de AtivaçãoVocal
Baseado em técnicas variadas para eliciar a
sonorização necessária para uma produção vocal, ou
seja acionar a emissão vocal glótica ou não.

 Técnica de Sons Disparadores


 Técnica de manobras musculares
 Aproximação mediana das alas da tireóide
Pressionamento anterior da laringe
Pressionamento vertical da laringe
 Sequências de aquisição da Voz esofágica
O que deve ser usado
especificamente?
• Há vários caminhos
• Diversas opçõespodem levar a
um mesmo resultado
• Considerar o que é mais fácil para o
paciente
• Considerar a necessidade de
Prática não leva à perfeição, leva à
variabilidade
estabilização!
Estratégias
Respiração
terapêuticas Espaço intraoral

Exercícios de trato vocal Elevação do véu palatino e


semiocluído abaixamento
de língua

Vibração efetiva de pregas


vocais Ressonância

Recurs
Flexibilidade laríngea os
Tipos de
1.
Técnicas Sons
nasai
Vocais s

4. 2.
TVS Corporai
O s
com e vocais
aparelho
s
3.
TVSO
sem
aparelho
s
1. Técnica de sons nasais
• Técnica de ressonância
• É o método mais usado do mundo
• Maios dissipação de energia do trato vocal
• Ressonância inferior-superior: reduz tensão laríngea
• Favorece relaxamento mandibular

• Objetivos:
• Suavizar emissão
• Reduzir foco de ressonância laringofaríngea
• Aumentar TMF sem esforço
• Auxiliar monitoramento da voz
• Dissipar energia sonoro no trato vocal- projeção
vocal
• Procedimento básico: Emissão dos sons“m”,“n”,“nh”com a boca fechada, contínuos,
sustentados, modulados ou escalas musicais.

• Aplicações:
 Técnica Universal
 Calibradores naturais da voz
 Nódulo Vocal

• Variações:
 Método mastigatório, vogais, escalas, glissando;
 Alternar com vibrantes;
 Associar com estalo de língua;
 Mini-mini..aaa / mananha, menenhé + voz salmodiada;
 Dissociação de frequência e intensidade.
2. Exercícios corporais e vocais
• Qualquer exercício de associação corpo e voz
• Solicitação da musculatura de cabeça, pescoço e tronco
• Favorece eliminar tensões
• Pode usar sons facilitadores

• Objetivos:
• Refletir positivamente na produção da voz
• Aumentar a conscientização da relação corpo-voz
• Ajudar a quebrar padrão muscular habitual – novo
ajuste
• Reduzir a tensão muscular geral
• Procedimentos:
• Movimentos globais de corpo ou cervicais específicos
associados a sons facilitadores, geralmente nasais, fricativos ou
mesmo vogais suaves.
• Os mais comuns são: cervicais sonorizados e posição de
cabeça com vocalização.

• Aplicações:
• Disfonia por tensão muscular
• Profissionais da voz em geral
• Oficinas e workshops quando não se tem informações sobre os
participantes

• Observações:
• Introvertidos podem ficar desconfortáveis
• Problemas de coluna vertebral, principalmente cervical, ou ATM
podem limitar
• Ação indireta pode frustar a expectativa do paciente.
•1899 Spiess, Alemanha
•1960 Sovijärvi, Finlândia - tubos de vidro
•1980 Sihvo, Finlândia – “LaxVox” - tubo de
silicone
•1990 Titze, USA – canudos para resistência
vocal

Uso na terapia de voz:


◦ 2006 – Sihvo, Denizoglu
◦ 2007 – Simberg,Laine
Hipótese: Alongamento do trato vocal com criação de
uma
semioclusão pode melhorar as características vocais.
• Vocal Function Exercises

• Resonant Voice Therapy


(LRVT)
Nomenclaturas
• Flow voice therapy

• Exercícios de TVSO
Abertura das PPVV- Fechamento das PPVV-
Pressão positiva no trato Pressão negativa no trato
vocal acima afasta ainda vocal acima aproxima as
mais as pregas vocais pregas vocais ainda mais
• Quando as pressõespositiva e negativa do trato vocal se alinham com
a
abertura e o fechamento das pregas vocais- inertância

• Quando essas pressões estão em equilíbrio, as pregas vocais podem


operar com mais eficiência

• A fonação no canudo equilibra a pressão do ar acima e abaixo das


pregas vocais, mantendo-as separadas apenas o suficiente para reduzir
o impacto das PV. O resultado é um treinamento de resistência de baixo
impacto para sua voz.
Menos impacto, colisão e estresse nas pregas
vocais
"Os exercícios TVSO alongam o trato
vocal e estreitam a abertura, criando
aumento da contrapressão acústica
que ajuda as pregas vocais a vibrar
mais facilmente."
• Megafone invertido (alta
impedância) Husson,
• Como aumentar a 1960

impedância:
o Estreitar os lábios (oclusão)
o Protruir os lábios (alongamento)
o Descender a laringe (alongamento)
o Alongamento artificial com tubo de
ressonância
1. Maior interação fonte-
filtro
• Produção mais econômica da voz
• Laukkanen et al, 2006 (aumenta a potência acústica)
• Berry, Verdolini, 2001
• Guzman et al, 2013 (aumento da eficiência e economia
vocal)

• Mudança do padrão vibratório das PPVV


2. Maior amplitude de vibração com baixo impacto
glótico
• Fluxo aéreo e impacto de colisão
reduzidos
• Mudança no quociente de contato
(EGG)
• Voz apertada- registro modal- média CQ= 67%
• Voz apertada durante fonação tubo CQ= 40%
• Voz apertada após fonação tubo CQ= 50%
• Menor CQ glótico com tubo
• Menor inflamação de PPVV
• Verdoline, 2012- (inflamação) “consoantes nasais”
3. Mudanças na configuração do trato
vocal
• Efeito de 8 exercícios com TVSO ( vários tipos de tubo, tubo e água,
vibração e
firmeza) em 3 diferentes intensidades.
• Todos observaram:
• Laringe mais baixa,
• Faringe mais larga ,
• Maior constrição.

• Vampola et al (2011)- elevação de velo, volume total aumentou e área da


faringe e cavidade oral aumentou.
Tubo de ressonância
flexível na água X
vibração de lábios

Geometria orofaríngea e
parâmetros acústicos de
cantores sem sintomas
vocais

Comprimento do trato
vocal foi maior no grupo
que realizou o TRF. E os
homens apresentaram
maior volume do trato
vocal.
4. Maior energia acústica no trato
vocal
• A energia acústica (contrapressão) no trato vocal é um grande
contribuinte para a vibração das pregas vocais (trato vocal-
sustentar a vibração)

• Voz mais brilhante e sonora porque aumenta a energia acústica


nos
harmônicos altos

• Aumento da energia na região do formante do cantor (singing


formant cluster) F3 e F4
5. Aumento da pressão sub e
supraglótica
• Aumenta pressão intraoral
• Aumenta a pressão intraglótica
• Diminui o impacto de colisão
Radoff et al, 2013 – aumento da pressão intraoral e
intraglótica em
tubos muito finos e submergidos em água
• Melhora interação entre glote e supraglote
6. Melhor controle respiratório

• Maior ativação dos músculos


respiratórios

• Fonação + respiração + ressonância


7. Sensação de vibração e voz
“fácil”
• Importante na terapia
• Semioclusão gera mais pressão das pregas vocais, isso
torna a vibração das pregas vocais mais fácil

• TVSO- vibração anterior e sensações de voz mais fácil


Sampaio et al (2008)
8. Promove uma produção vocal mais
eficiente
Vocalização- o ar que sai de sua boca é parcialmente
bloqueado- resistência no trato vocal- envia energia de volta
para as pregas vocais- vibração com mais eficiência
Efeitos de um canudo 5 mm de (258 mm
de
comprimento) em relação diâmetro à de
economia
"economia vocal" como a saída máxima com oEles
mínimo de
estresse nas pregas vocais.vocal. define
O estudo explorou diferentes
profundidades desse canudo de 5 mm dentro m da água,
começando em 30 mm de profundidade, depois 100 mm de
profundidade.

Observaram melhorias na economia vocal em todas


as
configurações de canudo, com o canudo de 5 mm
submerso em
100 mm de água saindo por cima como o mais eficaz
para
promover a eficiência vocal.
Calvache et al. (2019)
9. Vibrato mais consistente

10.Transições vocais mais suaves

11.Eliminação de quebras de

registro
TITZE, 2006
ÁGUA

Canudo de alta resistência Diâmetro Pequeno

Canudo de baixa Diâmetro Grande


resistência
/z/, /v/, /j/
Fricativos sonoros
Vibração de lábios e língua
/m/, /n/, /nh/,
Sons Nasais humming

Vogais /u/ e /i/


Mãos sobre boca e nariz
Firmeza glótica Behlau, 1994
Copo e
Sequência de Constrição Behlau, Izdebski 1998
favorecem
máscaras
corpo e voz.
sensação
labial
Emerich, 2001 Bons
para fala e
Finger Kazoo canto!
Aumenta a sensação de vibração anterior
Kazoo de papel ou cartão
na face
Copo isopor
• Copo de isopor (295 ml) com furo em sua
base
• Selar toda a boca com o copo
• Produzir uma vogal neutra
• Efeito semelhante ao das máscaras
• Usar com fala encadeada
• Facilita o registro vocal mix
Frisancho, Salfate, Lizana,
Guzman, Leiva e Quezada,
2018
Shaker
• “Cachimbo de haste curta”, incluindo
uma esfera de metal de alta densidade
que repousa em uma peça de aspecto
afunilado, coberto por estrutura plástica
com vários orifícios onde o fluxo
expirado é exalado

• Vibração altera a viscosidade do


muco, mobiliza as secreções e
facilita a expectoração
Shaker
• “Flutter® modelo VRP1”
• Desenvolvido originalmente na
Suíça e combina as técnicas de
pressão posiJva expiratória com
oscilação oral de alta frequência, na
abertura da via aérea.
• Muito popular na América do
Norte e Europa
• Clareamento do excesso de secreção
brônquica, aumento da função
pulmonar e melhora da oxigenação

Prior, (1994); Brooks et al. (2002); Tarantino, (2008)


Shaker
• Posição sobre uma mesa de forma paralela ao solo

Pires Neto, Ramos e Ramos


2012

• Novo design e novo fluxo de ar- mais


intensidade mobilizando as secreções com
mais eficiência
VocalFeel www.vocalfeel.com

Disseminada por Franco Fussi


(Itália)

• Fonação e ressonância
• Máscara envolve nariz e boca
• Permite articulação de todos os
fonemas
• Aquecimento vocal
• Utilidade dupla
• Aumenta impedância do trato
vocal
• Hidratação PPVV
doctorVOX www.doctorvox.com

Foniatra Dr. Ilter


Denizoglu
(Istambul)

-Invenção turca para


desordens vocais funcionais
e orgânicas;
- Serve também para
umidificar
o trato vocal;
- Aquecimento vocal;
- Aumenta a consciência
sobre
o mecanismo vocal;
-Facilita messa di voce e
técnicas com a laringe mais
baixa.
PocketVO
X
MaskVOX

PocketVOX e MaskVOX
MaskVOX

doctorVOX e MaskVOX
• Canudo de alta
resistência
 diâmetro pequeno

• Canudo de baixa
resistência
 diâmetro grande

• Tubos rígidos
 de vidro

• Tubos flexíveis
 de silicone
Tubo de vidro
Lax Vox

Canudinho de Canudinho
pirulito de
refrigerante
• Diâmetro é mais importante que o comprimento;
• Para canudos pequenos,a configuraçãoda boca
é importante!
Silva et al, 2018
• Categorização de tubos resistentes ao
fluxo usados ​para treinamento e terapia
ETVSO
• Redução no diâmetro de um tubo pela
metade (5 mm a 2,5 mm) aumentará o fator
DIÂMETRO de resistência entre 4-10 vezes

• Aumento no comprimento do tubo


também aumentará a resistência

Smith e Titze
(2017)
Canudo de Alta Canudo de Baixa
Resistência Resistência

Canudinho de Canudinho de
pirulito refrigerante
Canudos rígidos de alta resistência
Sequência Titze
◦ 7x ao dia; 2 a 5 minutos
◦ Do mais grave ao mais agudo
◦ Após 1 a 2’:variar frequência e intensidade
◦ Vocalizar uma música favorita
◦ Não escapar ar ao redor dos lábios ou pelo
nariz
Ocluir narinas e o som não deve mudar
◦ Usar suporte respiratório para manter a
qualidade
◦ Não colocar força no pescoço

Objetivo:
Reverter fadiga por uso continuado
da voz
• Os canudos estreitos e longos são os mais difíceis.
Por isso, evitar começar com eles, deixar para as
fases mais finais da terapia.

• São ótimos para condicionamento!


Canudos rígidos de baixa resistência

• Boa opção para início


• Aumenta sensação de trato
vocal
Resistência
glótica
Maior reduzida
amplitude, (Laukkanen et Maior
maior CQ na al, 1998) NPS
EGG Laukkane
(Laukkanen n
1992, Gaskilll
e
Quinney
Tub 1992;
Vampola et
2012)
Maior
proporçã
o Formante
al 2011do
Falante
o
de atividade
no (Laukkanen
et al 2011;
muscular
TA/CT
ar da
Redução Vampola et
al
epilaringe 2011)
(Laukkanen et
(Peltokoski et
al 2008)
al 2012)
Tubos rígidos na água Tubos flexíveis na água
Tubos Finlandeses
 Proposto por um foneticista: Sovijärvi
◦ Universidade de Helsinki
◦ Década de 1960
 Indicado para a maioria dos distúrbios
vocais
◦ Foco holístico na fonação, respiração e postura
◦ Pode ser usado em conjunto com outros exercícios
Resultados positivos devido ao abaixamento
da laringe e firmeza na vibração das PPVV
◦ Equilíbrio dos músculos na fala
◦ Com maior economia

Simberg, 2000; Simberg, Laine, 2007


• Especificações
• Comprimento
• Crianças: 24-25cm
• Adultos: 26-28cm
• Material - vidro
• Refração do som oferece monitoramento
auditivo
Simberg, 2000; Simberg, Laine,
2007
• Recipiente com água
Estudos de raio-X: dobro
do comprimento da
bifurcação da traqueia
até os dentes
• Crianças
• Meninas = 24
cm
• Meninos = 25
cm

• Adultos
• Soprano = 26
cm
• Mezzo = 26,5
cm
• Contralto = 27
cm
Execução para Disfonia
Comportamental
◦ Emissão prolongada confortável: 1 a 2 cm na
água
◦ Monitoramento da estabilidade das borbulhas
◦Sugestão Simberg 2009
Primeiras 2 semanas: 1’,10
X/dia Semanas seguintes: 4 a
5’,6X/dia
Execução para Paresia/ Paralisia
de PV
◦ Emissão curta: 5 a 15 cm na água
◦ Sugestão Behlau 2010
Primeiras 2 semanas: 3 séries de 10 emissões, 10X
dia
Semanas seguintes: 3 series de 10 emissões longas,
5X/dia
Lax Vox®
 Proposto por uma fonoaudióloga
◦ Universidade de Tampere

 Combinação de ETVSO e resistência de


água
o A água tem o efeito “massagem” (tensão)

 Objetivos
◦ Condicionamento vocal
◦ Aquecimento vocal
◦ Melhorar controle da voz
◦ Diminuir tensão excessiva na voz
◦ Prevenir disfonias durante resfriados
Sihvo 2007
Lax Vox®
 Especificações
◦ Tubo de silicone
◦ Comprimento de 35 cm e diâmetro de 9mm

 Recipiente com água


◦ Garrafa PET de 500ml ou copo alto

 Ponta do tubo 2-3cm abaixo da superfície


◦ Quanto mais profundo maior a resistência e mais
condicionamento
Lax Vox® Fotografia ultra-rápida
Borbulhas se refletem até a glote
Dra Adriana Hashya e Fgo Juvenal de Moura

 Vocalizações no tubo
◦ Vogal “u”prolongada
-Reto
-Glissandos
-Melodia

 Dosagem
◦ 3 a 5 vezes por dia, durante alguns
minutos
Diagrama da Fonação em
Tubo Flexível- Lax Vox®
Variações ETVSO
• Glissandos
• Mudança de frequência ou
intensidade
• Saltos de oitava
• Arpejos
• Pense em diferentes formas de
vogais
• Cante
• Subindo e descendo véo palatino
Transferência para a Fala
• ETVSO são distantes da vocalização
normal
• Necessidade de treino

• Transferência do mecanismo não é clara e


direta
• Repetição pode calibrar o sistema
para um melhor equilíbrio
• Sensações vibratórias melhoram o
• alcance do alvo buscado
Transferência para o Canto
• Não desafinam!

• A curto prazo, o impacto pode ser de


instabilidade vocal, falta de controle vocal

• Médio e longo prazo são muito positivos!


ETVSOemcrianças
• Pode ser utilizado os
tubos

• Cuidado com os
canudinhos estreitos

• Acrescentar brinquedos
com sopro e som, na
água
Aplicabilidade
em todos os
ciclos da vida!
Mas não funciona
para qualquer
pessoa.
Precisa ser
avaliado o impacto
do exercício
(prova terapêutica)
Recursos Terapêuticos

• Terapia convencional
• Termoterapia
• Eletroterapia
• Bandagens- elástica e
hiperelástica
• Laserterapia
Termoterapia
• A termoterapia se refere à aplicação ou
retirada do calor corporal para fins
terapêuticos.
• Hipertermoterapi
Mc Lean,
a 1989
Lehmann,
• Crioterapia 1990
Lentell, 1992
Collins, 1999
Brukner, 2001
Prentice, 2004
Franco, 2007
Pimenta, 2016
Bowler, 1987
Hipertermoterapia Klingholz et al., 1991
Watts, 2001
Temperatura e metabolismo Prentice, 2004
local Alencar e Matias,
2010
Vasodilatação Pimenta,
Fluxo sanguíneo 2016 Pimenta et
al., 2021
Drenagem
linfática
Elasticidade dos músculos
Inflamação e edema
Espasmo muscular
Dor
Rigidez tecidual
Formas de aplicação
• CALOR SUPERFICIAL Local de aplicação
• Vapor (calor úmido) Conforto do paciente
• Bolsas de água quente Domínio de aplicação da
técnica Equipamento
• Banho de parafina disponível Temperatura
• Banho de imersão / alcançada
hidroterapia Processo inflamatório já
• Lâmpadas infravermelho instalado - em etapas
mais avançadas
Dia seguinte ao show
• CALOR PROFUNDO Relaxamento e drenagem
• Ondas curtas
• Ultrassom e outros
• Eficácia do uso do calor úmido no tratamento da laringite
aguda
• 65 cantores disfonia por laringite aguda
• Videolaringoestroboscopia + análise acústica da voz
• Antes e depois 30 minutos de vapor quente
• Melhora parâmetros GRBAS
• Melhora hiperemia, edema, MMO e fechamento glótico
Utilização do calor úmido como tratamento auxiliar da disfonia
aguda por laringite pareceu ser um método eficaz e rápido
merecendo maiores estudos, uma vez que a intervenção melhorou
a qualidade vocal com a técnica proposta.
04/1 08/1
0 0
Caso1
• Cantora sertaneja
• Live diária tiktok (média 02 hs)
• Laudo ORL:
Borda livre de PVD com abaulamento
acentuado
em terço médio, associado a edema
(pólipo?) Borda livre de PVE com
abaulamento em terço médio (provável
reação contralateral)

• Não conseguiu cantar no dia 04/10


• Vapor dia 04, 05, 06 e 08
• Cantou dia 06 e 07 (protocolos)
• Repouso vocal disciplinado (?)
caso 2
• Atendimento trio elétrico: pré- treinamento, aquecimento vocal,
monitoramento durante o percurso e recuperação após apresentação
• 7 – 10 dias (trio, camarote, entrevistas...)

Procedimento:
• Protocolo de recuperação vocal (drenagem de edema/ mobilidade de mucosa)
• Vapor 40 minutos
• Massageador
• Associar com exercícios vocais
• Outros recursos (eletro, LASER, bandagem, ultrassom...)
• Nutrição + Hidratação
Grana, 1994
Crioterapia Rodrigues, 1995
Swenson et al. 1996
Temperatura Knight, 2000
Diniz, 2001
Efeitos inflamatórios Brancaccio et al.,
2005
• Otimizando o processo inflamatório (mais rápido e Pimenta,
eficiente) 2005 Silva et al.,
2007 Chieragato et
Circulação local al., 2008 Chaves et
al., 2008 Gong et
(vasoconstrição) Espasmo al., 2022

muscular
• Diminuição da velocidade de condução dos nervos sensoriais e
Dor
motores
Diminuição da extensibilidade do tecido
conjuntivo
• Ruptura na tentativa de estendê-lo forçadamente / rigidez tecidual
• A crioterapia é uma terapia anti-cicatricial eficaz para lesões de pele
• Explorar o potencial anti-cicatricial da crioterapia em pregas vocais
• 15 ratos - crioterapia PV normal bilateralmente - análise de reação em cadeia da
polimerase em tempo real (RT-PCR) para colágeno I, colágeno III, TGFβ1, decorina,
fibronectina e HAS1 em 1 dia, 3 dias e 7 dias.
• 10 ratos foram lesionados unilateralmente por stripping da lâmina própria e
imediatamente tratados com ou sem crioterapia e foram colhidos em 2 meses para
análise histológica e imuno- histoquímica.
• A crioterapia pode fornecer um ambiente ideal para a regeneração do tecido das
pregas vocais. Os resultados da presente investigação sugerem que a crioterapia tem
potencial terapêutico na prevenção e tratamento de cicatrizes nas pregas vocais.
Formas de aplicação
• Compressas de gelo Tempo de aplicação
Variabilidade
• Compressa de gel frio individual
Localização da
• Compressas frias região
químicas

• 20 a 30 minutos
• Apoio nutricional
• Pós performance
Indicações da termoterapia naperformance
ANTES DO SHOW:
Hipertemoterapia até 2 horas antes (intervalo maior para performance).

SHOW:
Aquecer a voz a partir de exercícios sem o uso da termoterapia (prontidão).

LOGO APÓS O SHOW:


Crioterapia. Atenção aos critérios e contraindicações.

NO DIA SEGUINTE AO SHOW:


Hipertemoterapia. A utilização de exercícios associados deve ser avaliada de acordo
com cada profissional e após cada performance.
fatores
que
ENERGIA
o
afetam
desempenh
o
DESEMPENHO

Força
Habilidade
Ajuste
NUTRIÇÃO

AMBIENTE
• Altitude FATORES
• Calor PSICOLÓGICOS

• Umidade

DESEMPENHO

PRODUÇÃO
ENERGÉTICA
• Aeróbia SON
• Anaeróbia O

FORÇA/
HABILIDADE adaptado de Powers e Howley (2014)
• Prática
• Dom natural
Fatores psicológicos
• Melhores desempenhos exigem envolvimento psicológico
• Equilíbrio entre o físico e emocional do artista - surpresas técnicas, momentos de
tensão...
• Alto nível de ansiedade pode intervir no desempenho, a ponto de reduzir aperformance
• Apreparação psicológica torna-se tão importante para o atleta quando a preparação
física, técnica e táticas

Guzmán, Amar e Ferreras


(1995) Santos e
Shigunov (2000)
Voser & Campani
(2008)
Nutrição Nutrição

CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURAS

Favorece a recuperação e a homeostasia



desempenho do atleta
Nutrição
• No exercício físico quem mais contribui para obtenção de energia são
carboidratos e gorduras

Powers e Howley
(2014)
Carboidratos Carter et al
(2003) Utter et al
(2004) Powers e
Howley (2014)
• Glicogênio muscular: fonte de energia utilizada em
momentos de esforço/ resistência prolongados. Éo
combustível dos exercícios de alta intensidade.

• Ingestão de carboidratos

• Maior disponibilidade de glicose no fim do exercício


que adia a fadiga
Carboidratos
• Escala de percepção de esforço é menor com a
suplementação de carboidrato durante o exercício
prolongado
• Suplementação é positiva para a performance.

• Maior velocidade de absorção – melhores


desempenhos

Carter et al
(2003) Utter et al
(2004) Powers e
Howley (2014)
Carboidratos
• Ingestão antes do desempenho (certa variabilidade)
• Aumentar ao máximo as reservas de glicogênio
• 1 hora antes do desempenho causam respostas de glicemia e insulina maiores

• Ingestão durante o desempenho: consenso que durante o exercício adia


fadiga e
melhora o desempenho
• Ingeridos ao longo de todo o exercício ou 30 minutos antes do momento previstoda fadiga
(Coggan e Coyle, 1991)
• 2 horas reposição de carboidrato
• Alto índice glicêmico
Powers e Howley
(2014)
Suplementação durante aperformance
Carboidratos
• Ingestão após o desempenho:
• Grau de redução do glicogênio muscular varia com a duração e intensidade do exercício
• Após uma sequência de exercício intenso, ocorre um aumento da permeabilidade da célula à
glicose e na atividade de síntese de glicogênio
• Consumir carboidratos (30 min após) para repor estoques de glicogênio rapidamente

=> Atenção a recuperação / nutrição após ademanda.


• Uso de proteínas após a performance
• Volume pequeno e leve (RGE)

Powers e Howley
(2014)
Proteínas
• Não são fontes de energia primárias, mas são indispensáveis. As proteínas, são
descompostas em aminoácidos e usadas para a construção e reparo de todos os
nossos tecidos, incluindo os músculos

• Ingestão após o desempenho

• Consumo 1,2 a 1,6 g/kg/dia para atletas de endurance (resistência)


• Perda muscular
• Alta performance
• Cantores mais idosos

Powers e Howley
(2014)
Hidratação
• 50 – 75% do corpo humano (idade e gordura
corporal)
• Condições normais: 2.5 L/dia (maior parte urina)
• Recomendação geral: 1-1,5 mL de água por
kcal de gasto energético
• 2,7 L/dia – 3,7 L/dia

Guyton (1977)
National Research Council/ Institute of Medicine- Washington (2004)
Williams (2010)
Ambiente e Calor
• Aprodução de calor aumenta durante o exercício em decorrência da contração muscular e é
proporcional a intensidade do exercício

• Necessidade de dissipar calor durante o exercício afim de minimizar o aumento da temperaturano


centro do corpo

• Perda de calor = evaporação do suor (intensidade do exercício)


• Clima quente taxa de suor 2,8 litros por hora
• Temperatura mais elevadas e prática de exercício intensa: 6-7L/dia
• Corredores perdem 8% peso corporal
• Perdas maiores de 2% tem efeitos adversos no desempenho de resistência (aeróbio), sobretudo no calor

Costill et al
(1977) Murray
(1995) Guyton &
Hall (2002)
American College of Sports Medicine (2009)
Powers e Howley (2014)
Água e eletrólitos
• Suor= água e eletrólitos (Na+, K+, Cl- e Mg++)

• Exercício prolongado sobretudo em ambiente quente


• Declínio pregresso do fluxo sanguíneomuscular
• Hipertermia
• Desidratação
• Acelera a fadiga
• Compromete o desempenho Costill et al
(1977) Murray
(1995) Guyton &
Hall (2002)
American College of Sports Medicine
(2009)
Powers e Howley (2014)
Hidratação
• Prevenir a desidratação
• Maximizar o desempenho
• Prevenir lesões
• Controlar e evitar o aquecimento (temperatura)
• Ahomeostase líquida da superfície das pregas vocais contribui para a fisiologia vocal ideal

• Direta ou indireta
=> Repor água e eletrólitos para aumentar a chance de desempenho ideal e
reduzir
problemas de saúde
Leydon et al.
(2009) Powers e
Howley (2014)
Hidratação
• Exercícios com duração inferior a 1 hora, o foco é apenas na reposição de água
• Exercícios com duração superior a 1 hora, as bebidas devem conter Na+ Cl- e
carboidrato

Powers e Howley
(2014)
Nebulização
• 10 minutos (+ usado e prevalente na literatura)
• Cloreto de sódio 0,9 %
• Hidratação (primeiras horas do dia do show)
• Facilitar a eliminação de secreção/muco
• Limpeza de vias aéreas superiores

• Efeito lubrificante superficial


• Reduz a fricção e atrito das PPVVna produçãosonora
• Efeito imediato no aumento da onda mucosa Verdolini et al.
(1994) Fujita et al.
(2004) Tanner et
al. (2016) Fujiki et
al. (2017) Santana
et al. (2017)
Masson et. al
(2018) Souza et
al. (2021)
Hidratação
Hidratação
Respiração
• Tipo
• Modo

• Espelho- Por que é incorreto?

• Consciência e percepção do tipo incorreto e correto

• Percepção das estruturas para o tipo correto: faixa,


método de acentuação
13
9
• Fortalecimento muscular das estruturas do
tipo correto: exercícios isométricos (carga)...

• Consciência do modo para diversas situações e


percepção do modo misto no canto e na fala
14
1
• Reabastecimento
• Sustentação

• Percepção da suavidade do abastecimento: Sugar o


canudinho

• Percepção do fluxo expiratório: Vela, cachimbinho,


kazoo, shaker...

• Intensidades de sons diferentes e fluxos diferentes


• Coordenação pneumofonoarticulatória

• Utilização coordenada dos pontos trabalhados anteriormente

• Realizar o suporte com costelas e barriga

• Ir aumentando o tempo (final de frases)

• /u/ em diversas situações: Pianíssimo, fortíssimo, vários tons

• Contagem em voz salmodiada


• Associar o aprendizado da respiração a fala e ao canto

• Músicas lentas com frases longas

• Músicas rápidas com inspirações rápidas

• Músicas de finais de frases extensos

• Músicas com grave ou agudo


Flexibilidade laríngea
 escalas musicais, sons graves e agudos intercalados
 sugar canudo
 bocejo
 língua para fora e para dentro
 varrer palato
 sugar espaguete
 /b/ prolongado
 sniff
Espaço intraoral
 Espaços de ressonância

 Valorizar harmônicos graves (espaço maior)e


harmônicos agudos (espaço menor)

 Projeção vocal

 Melhor interação fonte/filtro


Elevação do véu palatino e abaixamento da língua
 Seringa
 Sapo: sopro com bucinador expandido
 Respiron
 Tubo finlandês vedado
 Bolinha de isopor
 Soprar
 Sugar
 Emitir /a/, /ã/
Ressonância
 Flexibilidade de ajustes

 Controle

 Ativação dos músculos zigomáticos

 Sons nasais para orais


Recursos
15
5
EXTRA
Posição da prega vocal
• Abdução forçada: rara
• Abdução
• Conduta cirúrgica
• Intermediária
• Cirurgia a se considerar
• Paramediana
• Frequente, bom
prognóstico
• Mediana
• Excelente prognóstico
vocal
Planejamento terapêutico depende:
• Posição da PV paralisada
• Presença de arqueamento de
PV
• Tempo do início da paralisia
• Condições gerais do paciente
• Presença de outras lesões
associadas
• Adesão à terapia
Terapia vocal PRECOCE melhora pressão
subglótica e fechamento glótico
Terapia
• Força de contato e medialização de borda livre

• Empuxe
• Tradicional
• Com variações
• Risco de lesão l Cuidado na indicação

• Ataque vocal brusco (plosiva sonora)


• Variável mais suave do empuxe
• Auxilia na coaptação glótica
• Plosiva sonora

• Hiperagudos (nasais e vibratórios)


• Constrição labial
• Auxilia na coaptação glótica, projeção vocal, precisão articulatória e clareza na
emissão
Terapia
• Firmeza glótica
• ETVSO
• Tubos variados em água em diferentes profundidades e diâmetros

• Fonação inspiratória
• Também auxilia na coaptação glótica e aumento da eficiência fonatória

• Vibratórios
• Língua e/ou lábios
• Com ou sem escalas
• Amplitude de vibração da mucosa

• Suporte a fonação: base da língua, elevação laríngea controlada,


sobrearticulação
• Apoio respiratório
• Fechamento ariepiglótico: bruxa, tosse, k, sapo
• “tolerar o esforço” sem se cansar
“Só fazemos melhor aquilo
que repetidamente insistimos
em melhorar. A busca da
excelência não deve ser um
objetivo, e sim um hábito”
Aristóteles

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2

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