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Premente precisamos saber os porquês da alteração da voz. Se ela sempre foi assim, desde a
infância, talvez haja alguma alteração na estrutura de suas pregas vocais. Se ela fica rouca
quando você abusa da voz, em festas, viagens, etc, provavelmente é um problema do
comportamento vocal. Se for isso, é preciso saber porque você está colocando tanta força para
falar ou porque sua resistência vocal é baixa. Exercícios somente não irão solucionar. Vamos
investigar a causa!
TIPOS DE LESÕES
Nódulos
Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares),
personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal
inadequado (uso excessivo e abusivo da voz). O tratamento dos nódulos éfonoterápico. A
indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam característica
esbranquiçada, dura e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica.
Pólipos
O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a
laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos
podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar
traumatismos nas pregas vocais.
Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem
causar transtornos na emissão da voz.
LARINGITE CRÔNICA
O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominada laringite crônica. Os sintomas
são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção,
pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta.
O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição
a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo
alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que
melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz.
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/voz2.htm
A cultura brasileira sempre teve a música como um forte baluarte de seu desenvolvimento,
preservação e difusão. Rica em influência e raízes, incorpora elementos indígenas, africanos e
europeus, bem como não está isenta de elementos orientais, tanto na música popular como na
erudita. Fato é que nosso país é muito mais fomentado na música popular e, nessa vertente, as
influências africanas falaram bem alto no decorrer de sua concepção histórica. Tal feito afincou
marcas indeléveis em seus conteúdo, contexto, formato, e principalmente, arregimentação. A
presença da percussão muito bem marcada é profundamente engendrada, largamente
difundida, e regiamente bem aceita pelo público, o que, inevitavelmente leva as pessoas a, não
apenas gostar dessa sonoridade, como também acessá-la como instrumento musicalizador.
Desde as tradicionais escolas de samba às mais variadas obras sociais que enxergam na
musicalização um instrumento socializador, que afastará o jovem de práticas nocivas, tais
como drogas e criminalidade, lançam mão do elemento percussivo como veículo
musicalizador. Todo esse processo, por benéfico que seja, carrega toda a sociedade a uma
determinada direção enquanto outra, mais acessível e presente cotidianamente (a utilização da
voz como instrumento musical), fica em obliteração. O aparelho vocal para a musicalização no
Brasil é raramente lembrado e, quando utilizado, vem com força secundária, quase sempre
como ferramenta somente do professor, e não como massa didática a ser multiplicada ao
aprendiz. Enredado nessa cultura percussiva o próprio ‘musicar’ vocal chega sempre com força
diminuta, pouco sendo explorada de maneira didática e formativa. Na maioria das vezes vemos
pessoas afinadas que não sabem utilizar o material vocal. E exatamente da forma como todo
elemento cultural se estratifica, também essa cultura vocal se estratificou, consolidando-se de
geração a geração pela reedição dos hábitos vocais de nossos pais e avós. No canto como
profissão, vemos uma questão de relevante importância, que será explorado em um próximo
capítulo, em que o próprio profissional do canto chega à visibilidade popular sem o devido
preparo vocal, tornando-se reforçadores do símbolo a ser reeditado, bem como os elementos
de agravamento do fazer vocal. Isso nos leva a uma inevitável comparação com a cultura vocal
de outros países, em que tal recurso é utilizado mais ampla e conscientemente, tais como os
Estados Unidos, onde o preparo vocal é amplamente difundido em igrejas, escolas e até
mesmo em casa.
Assim como todo o processo cognitivo do indivíduo, o fazer vocal também passa pelo crivo da
observação / imitação / reedição daquilo a que teve acesso como exemplo e referência. É de
consenso geral a percepção de que o filho, ao atingir a adolescência, quase sempre reedita a
voz do pai, positiva ou negativamente: ou tende a apresentar os mesmos traços vocais,
mesmos hábitos de fonação, dicção e impostação, ou reedita o extremo oposto desses traços.
Mas assim como o pai, ou os familiares próximos, tornam-se referência primordial na formação
vocal do indivíduo, ao longo da vida serão incontáveis as referências adendas que surgirão.
Principalmente a partir do momento em que quando esse indivíduo descobre interesse pela
música e descobre a demanda vocal para o canto. Nesse ponto, a absorção de referências
vocais deixa de ser apenas subjetiva e passa a ser consciente, o indivíduo se descobrirá no
ensejo de cantar, e assim sendo, ou o fará baseado na falsa premissa de que o cantor nasce
sabendo, de que cantar é um dom natural que não se pode aprender, mas simplesmente saber,
ou buscará a referência que tiver disponível. Nesse ponto ele encontra os profissionais do
canto já difundidos e conhecidos. E aí encontramos um verdadeiro obstáculo. Encontramos no
‘panteão’ de celebridades musicais brasileiras os mais variados casos de despreparo vocal em
profissionais atuantes: cantores com vozes irremediavelmente soprosas, outras vezes com
nasalação alterada, fazendo utilização de recursos pouco saudáveis, tais como o drive vocal
excessivo.
Resumo
Aim: The aim of this study was to check over laryngeal arrangement used by
professional singers of pop music. This idea came from the fact that many times we
notice vocal quality changes when we hear pop singers trying to sing opera
music. Study design: Clinical prospective. Material and method: A number of 26
subjects was analyzed, 10 males and 16 females, all of them were pop professional
singers that worked in dancing shows. A questionnaire was used to check out vocal
profile of the subjects. Perceptual-auditory and acoustic analysis was performed.
Laryngeal assessment with a flexible endoscope was performed to investigate
laryngeal configuration in the pop and opera style. Results: The perceptual-
auditory analysis allowed us to observe that the pop singers change their vocal
quality when trying to sing a piece of an opera music, increasing vibrato and vocal
volume, enhancing vocal resonance and overarticulating the words. The
spectrographic analysis didn't show the presence of the singer formant in any of the
subject's voices. The laryngeal arrangement of pop singers singing opera music was
characterized, in the majority, by an increase of the antero-posterior and median
supraglotic closure. Median supraglotic closure cropped up more among the male.
Jitter and shimmer values decreased for the sung vowel when compared to the
spoken one. These values were statistically significant for the female voices.
Key words: voice quality, voice training, larynx, spectrography.
INTRODUÇÃO
Cantores da noite que atuam em bares, boates, salões de baile e festas muitas
vezes têm que cantar vários estilos de música para agradar ao público variado
destes ambientes (Silva & Campiotto, 1995)2 sendo que numa única noite o
repertório pode incluir samba, pagode, sertanejo, valsa, bolero, pop music, rock,
MPB e até mesmo peças de clássicos como "O Fantasma da Ópera", "A Flauta
Mágica", "Carmina Burana" entre outros. Ouvindo um cantor popular interpretar
uma obra lírica observa-se certos ajustes fonatórios que se aproximam da
qualidade vocal do canto lírico, porém quais são os ajustes laríngeos mais
empregados por estes indivíduos para a modificação da qualidade vocal?
São vários os estudos que apresentam as diferenças entre o canto popular, com
ajustes fonatórios próximos dos ajustes da fala, e o canto lírico, que exige
treinamento vocal prévio para adequação do volume e extensão vocal e que tem
como principais características o grande controle respiratório, a presença do
formante do cantor e um bom padrão de vibrato. Sabe-se que na maior parte das
escolas de canto a laringe tende a permanecer em posição baixa no pescoço,
estabilizada, mesmo nas freqüências mais agudas sendo que as mudanças de tom
ocorrem basicamente pelo alongamento e encurtamento das pregas vocais. A
posição baixa da laringe em freqüências agudas, característica da técnica vocal do
canto lírico, apontada por Appleman (1967)4 e estudada por Sundberg, Gramming
& Lovetri (1993)5 e Miller (1994)6, foi surpreendentemente observada por Lovetri,
Lesh & Woo (1999)7 durante o canto belting, que por sua vez tem um padrão de
laringe bastante elevada (Schutte & Miller, 1993)8. Estes autores acreditam que as
diferentes qualidades vocais provocam ajustes laríngeos diferentes que variam de
cantor para cantor. Do mesmo modo Sundberg (1987)9 refere que diferenças
individuais entre cantores favorecem diferentes estratégias no uso da musculatura
laríngea. Também Campiotto (1998)10 observou a posição da laringe relacionada
mais com o estilo da música interpretada que com a técnica vocal do canto erudito.
MATERIAL E MÉTODO
Foi aplicado questionário para verificação do perfil vocal dos sujeitos, realizada
gravação digital durante os trechos de músicas cantadas em estilo popular e lírico,
para análise perceptivo auditiva e acústica das vozes e, também, avaliação
nasofibroscópica para análise da configuração laríngea.
Não houve controle dos tons das músicas uma vez que o objetivo foi o de avaliar o
gesto motor da laringe e não a afinação ou outras características musicais.
Realizou-se análise perceptivo auditiva dos dois trechos musicais, a partir das
gravações digitalizadas, a fim de verificar se houve ou não mudança na qualidade
vocal dos indivíduos durante o canto dos dois estilos.
RESULTADOS
Quanto aos hábitos vocais antes das apresentações, 14 sujeitos fazem aquecimento
vocal, 5 fazem repouso vocal, 17 sujeitos evitam gelados, 11 evitam álcool, apenas
1 indivíduo toma cuidados com a alimentação e 6 indivíduos não têm nenhum
cuidado especial com a voz. Quanto aos hábitos de vida, apenas 2 cantoras
referiram fazer uso de cigarros e 1 cantor afirmou fazer uso de álcool. Nenhum
sujeito afirmou fazer uso de drogas.
DISCUSSÃO
Houve dificuldade, por parte dos indivíduos deste estudo, em realizar a escala com
variação de intensidade. Sob esta solicitação, os sujeitos pareciam não entender o
que era pedido, sendo portanto necessária apresentação de modelo para a maior
parte dos sujeitos. Tal ocorrência pode ser explicada pelo fato de que, em sua
atividade profissional, o cantor popular não necessita utilizar desníveis de
intensidade com a própria voz uma vez que faz uso de sistema de amplificação, o
que também foi apontado por Hamam, Kyrillos, Bortolai & Figueiredo (1996)12. O
mecanismo laríngeo mais utilizado para a realização desta prova foi o aumento da
tensão laríngea. Segundo Baken (1991)19, a mudança de intensidade da voz se dá
tanto pelo aumento da pressão subglótica como por aumento da resistência glótica
à passagem do ar.
CONCLUSÕES
4. A constrição mediana ocorre mais no sexo masculino que no feminino nas provas
de "é" falado e cantado e no trecho de canto em estilo lírico;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Oliveira IB. A educação vocal nos meios de comunicação e arte: a voz cantada.
In: Ferreira LP, Oliveira IB, Quinteiro EA & Morato EM. Voz profissional: o
profissional da voz. Carapicuíba: Pró-fono; 1995. pp. 33-43. [ Links ]
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Control the Intrinsic and Extrinsic Laryngeal Musculature. J Voice 1999;13:219-26.
[ Links ]
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Middle Voice: Some Preliminary Considerations. J Voice 1993;7:142-50.
[ Links ]
9. Sundberg J. The science of the singing voice. Illinois: Northern Illinois University;
1987. pp. 51-91. [ Links ]
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estilos. [Tese de Mestrado em Fonoaudiologia]. Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo, São Paulo, 1998. [ Links ]
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21. Saviolli MRB. Caracterização Vocal dos Alunos da Academia de Polícia Militar do
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[Monografia de Especialização Centro de Estudos da Voz]. São Paulo; 1999.
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em http://www.bgsm.edu/voice. Acesso em 13/11/99. [ Links ]
1
Fonoaudióloga Especialista em voz.
2
Fonoaudióloga Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade
Federal de São Paulo UNIFESP.
3
Otorrinolaringologista Doutor em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e
Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo UNIFESP.
Desenvolver mecanismos didáticos para o boa qualidade de transmissão do saber vocal está
direta e intrinsecamente ligado ao preparo do professor. Ele, antes e acima de tudo, deve
buscar domínio de seu próprio fazer vocal. Ele trabalhará com música, portanto, deve ser
cantor, e deve também conhecer consideravelmente todos aqueles itens diretamente ligados à
saúde vocal, desenvolvimento vocal, trabalho vocal, musculatura vocal, questões respiratórias,
e imprescindivelmente a aplicação vocal saudável e qualificada na fala e no canto.
A partir de tais conhecimentos, sempre será de fácil domínio administrar exercícios e
vocalizações apropriadas ao treinamento da fonação e de todas as questões periféricas
inerentes à fonação.
Trabalha-se música vocal através da entonação vocal das notas das escalas. Conhecer as
tessituras típicas de seu grupo de aprendizes portanto é irrefutável. Trabalhando dentro desses
limites, o professor de musicalização já se garante no que se refere a segurança de seu
trabalho, para alunos e para si próprio, e também algo das questões da saúde de tais vozes.
Um conhecimento fonético e noções fonoaudiológicas também será bem vindo. Saber como as
consoantes e vogais insidem em esforço sobre a prega vocal e sobre as cavidades de
ressonância também serão ferramentas interessantes. A análise dos vocalizes a serem
aplicados passam inexoravelmente por esses critérios, e mediante eles, torna-se possível até
mesmo a criação/invenção de novos vocalizes funcionais e seguros que possam envolver a
turma de aprendizes e promover ótimos resultados.
Mediante as questões fisiológicas das vozes dos aprendizes, é imprescindível que a atenção
do professor esteja voltada, além do trabalho conjunto, ao fator individual. Não é difícil para um
professor reconhecer irregularidades nas vozes de seus alunos, habituado que está em ouvir
vozes saudáveis, se não passíveis de emissão correta, ao menos, imunes a incorreções.
Portano, nesse caso, cabe ao professor estar atento à possíveis questões que necessitem
encaminhamento a especialistas.
No mais, todo trabalho de educação vocal, passa pela aplicação de técnicas que abrangem
desde questões respiratórias até articulatórias, passando pelo funcionamento do trato laríngeo
e pelo desenvolvimento de grupos musculares específicos que garantirão ao indivíduo tanto
uma produção vocal facilitada e melhorada, como tônus para suportar melhor a carga do fazer
vocal.
Partindo desses pressupostos, o professor que busca esse embasamento estará apto a
oferecer educação musical e vocal a sua turma e alcançará resultados surpreendentes.
Imprescindível é salientar que toda educação musical tem como objetivo principal, senão único,
a educação musical. A música é, por si só um sistema completo de comunicação. É artístico,
uma vez que lida com fatores estéticos; é científico, uma vez que lida com a análise dos sons,
medindo-os, associando-os entre si, de forma consciente e racional. Mas acima de tudo, um
sistema de comunicação, uma vez que este fazer pretende transmitir idéias a outros indivíduos,
muitas vezes, idéias que não se fazem possíveis transmitir por qualquer outro sistema de
comunicação humana: diz-se na música aquilo que é indizível em outros termos.
Contudo, não sobrepujando a importância da educação musical em si e por si, é inegável que
ela abrange e atinge uma gama de habilidades humanas, proporcionando melhores
desenvolvimentos em quase todas as outras áreas do fazer humano, ainda mais do
compreender e raciocinar humano. Sendo assim, é flagrante que o estudante de música, uma
vez que ativa áreas do cérebro pouco ativadas, acaba por desenvolver habilidade mais
depurada na coordenação motora fina, no raciocínio sobre uma gama interessante de saberes,
senso estético, capacidade analítica, destreza em seu senso crítico.
Com a musicalização através do instrumento vocal mais vários nichos são beneficamente
atingidos, tais como:
Aqui, pelo próprio treinamento vocal a que o canto se dispõe e demanda, a coordenação
articulatória de mandíbula e língua se enriquecem em depuro e precisão, colaborando
diretamente à capacidade e clareza da fala. O próprio convívio com os vocalizes proporcionará
treino da emissão dos fonemas, gerando assim domínio e clareza articulatória da fala, e o
convívio com o repertório proposto pelo professor, pode proporcionar um enriquecimento de
seu vocabulário, bem como destreza ao falar, cantar, e clareza em se expressar.
Uma vez que o canto é um fazer artístico e que tem por principal objetivo comunicar algo a
alguém, enquanto arte este fazer será sempre enriquecido por outros teores inerentes à sua
arte e atuação. A expressividade por variações da entonação, denotando emoções e intenções
através das variadas intensidades provocadas pela dinâmica e pela interpretação musical,
contagiará sem dúvida a capacidade e a cognição do aprendiz, proporcionando melhora
indescritível em sua capacidade de expressão.