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AVALIAÇÃO

DE
VOZ
Profa. Patrícia Pinho
AVALIAÇÃO DE VOZ
 conhecer o comportamento vocal;

 fatores causais:
 desencadeantes ou mantenedores.

 características do perfil vocal;

 hábitos adequados e inadequados à saúde vocal;

 ajustes do trato vocal;

 relação corpo – voz – personalidade.


OBJETIVOS
 auxiliar no esclarecimento da causa da
desordem;

 descrição da função vocal:


 severidade e prognóstico.

 educar o paciente.
diagnóstico médico

avaliação fonoaudiológica
TRIAGEM VOCAL
 análise perceptivo-auditiva;

 medidas fonatórias:
 TMF – vogal sustentada;
 relação s/z.

 avaliação corporal:
 relação corpo e voz.
AVALIAÇÃO CLÍNICA COMPLETA
 anamnese completa;

 análise perceptivo-auditiva;

 medidas fonatórias:
 TMF – vogal sustentada;
 relação s/z.

 avaliação corporal:
 relação corpo e voz.

 análise acústica da onda sonora;

 avaliação in loco.
ANAMNESE

 identificação;

 profissão;

 atividades secundárias.
ANAMNESE
 queixa e duração;

 história pregressa da disfonia;

 hábitos inadequados;

 investigação complementar;

 antecedentes pessoais e familiares;

 tratamentos anteriores.
QUEIXA E DURAÇÃO

 queixa – motivo da consulta,


sintoma da disfonia.

- grau de conscientização;
- habilidade em organizar idéias;
- dificuldade atual;
- tempo de evolução.
QUEIXA E DURAÇÃO

 sintoma – qualquer fenômeno ou mudança


provocados no organismo por uma doença, e
que, descritos pelo paciente, auxiliam, em
grau maior ou menos, a estabelecer um
diagnóstico.
QUEIXA E DURAÇÃO

 principais sintoma:

 sintomas de alterações na qualidade vocal;


 sintomas de fadiga e esforço vocais;
 sintomas de presença de ar na voz;
 sintomas de perda de frequência da extensão
vocal;
 sintomas de descontrole na frequência da voz;
 sintomas de descontrole na intensidade vocal;
 sintomas de sensações desagradáveis à emissão.
QUEIXA E DURAÇÃO

 sintomas de alterações na qualidade


vocal:

o que mudou na qualidade vocal;

 rouquidão ou afonia.

lesões de massa
QUEIXA E DURAÇÃO

 sintomas de fadiga e esforço vocais:

 cansaço associado à produção vocal;

 cansaço progressivo;

 piora em determinados períodos.

fendas glóticas ou disfonia por tensão muscular


QUEIXA E DURAÇÃO

 sintomas de presença de ar na voz:

 presença de ar constante;

 ar no final das emissões;

 ar nos agudos.

fendas glóticas e AEM


QUEIXA E DURAÇÃO
 sintomas de perda de frequência da extensão
vocal:

 extensão vocal reduzida;

 profissionais da voz.

quadros inflamatórios ou uso excessivo da voz


QUEIXA E DURAÇÃO
 sintomas de descontrole na frequência da voz:

 quebras de frequência;

 falta de modulação ou modulação excessiva;

 voz trêmula.

alterações neurológicas, distúrbios emocionais e alterações na


mutação
QUEIXA E DURAÇÃO
 sintomas de descontrole na intensidade vocal:

 quebras de sonoridade;

 falta de modulação ou modulação excessiva;

 abuso ou fadiga vocal.

alterações neurológicas - cerebelares


QUEIXA E DURAÇÃO
 sintomas de sensações desagradáveis à emissão:

 dor à produção vocal;

 dor muscular em cintura escapular ou face;

 sensação de queimação ou corpo estranho na laringe.

granulomas
HISTÓRIA PREGRESSA DA DISFONIA

 instalação da alteração;

 impressão de 3° da voz do paciente;

 encaminhamento.
HISTÓRIA PREGRESSA DA DISFONIA

 instalação da alteração:

 lenta– uso inadequado da voz;


 abrupta – envolvimento psicológico ou quadros
neurológicos progressivos.
HISTÓRIA PREGRESSA DA DISFONIA

 quadros funcionais:
 flutuação dos sintomas;

 relação com comportamento vocal.

 solicitar auto-avaliação.
HÁBITOS INADEQUADOS

 natureza externa:
 tabagismo;
 etilismo;
 uso de ar condicionado.

 comportamento vocal:
 fonotrauma;
 falar alto e com velocidade aumentada.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios alérgicos;
 distúrbios faríngeos;
 distúrbios bucais;
 distúrbios nasais;
 distúrbios otológicos;
 distúrbios pulmonares;
 distúrbios do aparelho digestivo;
 distúrbios hormonais;
 distúrbios neurovegetativos.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios alérgicos:

 prolongamento do tempo de terapia;

 rinite;
 obstrução nasal;
 resfriados constantes;
 secreção aquosa intermitente;
 intolerância a mudanças de temperatura;
 alergias.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios faríngeos:

 dores de garganta;
 faringites;
 amigdalites.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios bucais:

 aftas;
 problemas oclusais-ortodônticos;
 cáries;
 alteração da musculatura da língua.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios nasais:

 rinite;
 sinusite;
 desvios de septo.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios otológicos:

 otites;
 zumbidos;
 tonturas.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios pulmonares:

 bronquite;
 asma;
 dispnéia.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios do aparelho digestivo:

 dificuldade e dor à deglutição;


 engasgo;
 acidez;
 refluxo gastroesofágico;
 gastrite;
 digestão lenta;
 prisão de ventre.
diafragma
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios hormonais:

 influência na Fo.

 alteração endócrina – crescimento;


 alteração nos ciclos menstruais – pílulas,
gravidez:
 fadiga vocal, emissão abafada, redução do volume.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR

 distúrbios neurovegetativos:
 mãos frias;
 sudorese intensa;
 alterações gastrointestinais;
 crises de palidez ou congestão facial;
 taquicardia;
 bradicardia.

emocional
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES

 cirurgias;
 doenças;

 quadros familiares:
 inadaptações fônicas;
 AEM;
 malformações congênitas.
TRATAMENTOS ANTERIORES

 medicamentosos;

 fonoaudiológicos;

 cirúrgicos;

 psicológicos.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
DO
COMPORTAMENTO
VOCAL
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO
COMPORTAMENTO VOCAL

 diagnóstico da função vocal;

 identificar candidatos à disfonia.


AVALIAÇÃO CLÍNICA DO
COMPORTAMENTO VOCAL

 avaliação dos parâmetros vocais:

 tipo de voz;
 sistema de ressonância;
 frequência;
 intensidade;
 medidas fonatórias;
 coordenação pneumofonoarticulatórias.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO
COMPORTAMENTO VOCAL

 descrição dos ajustes de trato vocal e do


corpo:

 alinhamento vertebral;
 posição do tórax e da cabeça;
 posição da laringe no pescoço;
 participação do vestíbulo;
 grau de abertura de boca;
 hipertonia muscular.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO
COMPORTAMENTO VOCAL

 identificação dos comportamentos vocais


negativos em situações externas.
QUALIDADE VOCAL

 conjunto de características que identificam


uma voz;

 avaliação perceptiva principal;

 impressão total criada por uma voz.


QUALIDADE VOCAL

 características anatômicas e fisiológicas;

 sexo, idade, saúde geral, estrutura física


geral;

 dimensão psicológica.
qualidade vocal

tipo de voz
TIPOS
DE
VOZ
VOZ ROUCA

 manifestação mais comum;

 tipo ruidosa;

 irregularidade de vibração das PPVV;

 frequência e intensidade diminuidas;


VOZ ROUCA

 soprosidade e aspereza;

 lesões orgânicas e quadros organofuncionais;

 edema, nódulos edematosos ou pólipos,


neoplasias, gripes.
VOZ ÁSPERA
 chama mais atenção – irritante à emissão;

 esforço ao falar;

 ataques vocais bruscos;

 “voz de taquara rachada”;

 2 focos de ressonância – laringofaríngea e nasal;


VOZ ÁSPERA
 rigidez de mucosa das PPVV;

 leucoplasias, retrações cicatriciais, AEM;

 frequência aguda;

 grande esforço muscular na cintura escapular;

 voz pobre em harmônicos e rica em ruído.


VOZ SOPROSA

 voz acompanhada de ar não-sonorizado pelas


PPVV;

 presença audível de ruído à fonação;

 intensidade baixa;
VOZ SOPROSA

 frequência grave;

 coaptação deficiente de PPVV;

 disfonias hipocinéticas, inadaptações


fônicas, paralisia vocal, miastenia gravis.
VOZ SUSSURRADA

 extremo da voz soprosa;

 fenda paralela;

 mucosa rígida, sem vibração;

 afonia funcional por conversão


psicosssomática, paralisia bilateral total
abdutora.
VOZ FLUÍDA
 estágio de contração glótica intermediário entre
as vozes neutra e soprosa;

 emissão agradável, solta e relaxada;

 Fo grave;

 laringe baixa;

 amplo movimento de mucosa.


VOZ GUTURAL
 emissão tensa;

 abafamento de harmônicos;

 ressonância laringofaríngea;

 fechamento do vestíbulo laríngeo;

 redução da amplitude do movimento ondulatório;

 origem psicoemocional – modelo vocal


deficiente.
VOZ COMPRIMIDA

 tensa, desagradável;

 vibração relaxada e livre fluída;

 contração exagerada;

 reduzida vibração da mucosa.


VOZ TENSA-ESTRANGULADA

 som comprimido e entrecortado;

 flutuações na qualidade vocal;

 quebras de frequência e sonoridade;

 tensão excessiva em todo trato vocal;

 disfonias hipercinéticas extremas.


VOZ BITONAL
 2 diferentes sons, com frequência, intensidade e
qualidade vocal diversas – 2 vozes;

 desnivelamento de PPVV;

 diferença de tensão das PPVV;

 inadaptação fônica ou alteração de inervação;

 aspereza;

 sulco vocal.
VOZ DIPLOFÔNICA

 2 diferentes sons;

 fonte sonora:
 fonação ariepiglótica;
 fonação vestibular.
VOZ POLIFÔNICA
 extrema irregularidade na qualidade vocal;

 rouquidão, aspereza, soprosidade, diplofonia;

 comprometimento severo na fonte sonora;

 grande quantidade de ruídos;

 “estação de rádio fora de sintonia;

 laringectomias parciais.
VOZ MONÓTONA
 monoaltura;

 monointensidade;

 padrões de frequência e intensidade repetitivos;

 voz desinteressante;

 desordens neurológicas.
VOZ TRÊMULA
 variações acentuadas, regulares ou
irregulares;

 instabilidade à emissão;

 forte emoção;

 primeiros sinais de distúrbios nas vias


extrapiramidais.
VOZ PASTOSA

 redução do uso ressonância orofaríngea;

 “batata na boca” – imprecisão articulatória;

 hipertrofia de amígdalas palatinas,


obesidade, quadros neurológicos e álcool.
VOZ PRESBIFÔNICA
 falta de sustentação:
 frequência;
 intensidade;
 qualidade da emissão;
 quebras de sonoridade.

 idosos – 65 anos;
 homens – “agudização”;
 mulheres – agravamento.
AVALIAÇÃO
PERCEPTIVO-AUDITIVA
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA

 avaliação clássica da qualidade vocal;


 subjetiva;

 impressão do avaliador:
 rouca;
 soprosa;
 áspera;
 comprimida...
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA

 GRBAS:

 índice de disfonia;
 análise do perfil vocal;

 internacionalmente utilizada;

 avaliação de PPVV.
GRBAS
 G – grau global da disfonia

 R – rugosidade

 B – soprosidade

 A – astenia

 S - tensão
“R” - RUGOSIDADE

 rouquidão;

 crepitação;

 bitonalidade;

 aspereza.
I - INSTABILIDADE

 flutuação na qualidade vocal.


GIRBAS
 graduação:

0 – normal ou ausente
1 - discreto
2 - moderado
3 - grave
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR

 ressonância;

 TMF;

 ataque vocal;

 registros vocais;

 loudness e picth;

 gama tonal;
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR

 articulação e prosódia;

 ritmo;

 resistência vocal;

 respiração;

 coordenação pneumofonoarticulatória;

 estruturas fonoarticulatórias;
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR

 funções reflexovegetativas;

 avaliação corporal;

 psicodinâmica vocal;

 qualidade de vida.
SISTEMA DE RESSONÂNCIA

 projeção do som;

 pulmões, laringe, faringe, cavidade da boca,


cavidade nasal, seios paranasais.
SISTEMA DE RESSONÂNCIA

 equilibrado – riqueza de harmônicos;

 laríngea – uso excessivo da laringe, foco


vertical baixo, tensão;

 faríngea – uso excessivo da faringe, foco não


tão baixo, voz metálica, tensão;
SISTEMA DE RESSONÂNCIA

 laringofaríngea – comprimida ou tensa-


estrangulada;

 oral – energia na cavidade oral,


personalidade narcisista, sobrearticulação;

 hipernasal – foco vertical alto;

 hiponasal.
TMF
 medida acústica - respiratórias;
 emissão sustentada de um som ou fala
encadeada;

vogais;
fricativas;
contagem de números.
TMF
 vogais:
 a, i, u;
 3 repetições.

 normalidade:
 homens – 20 s;
 mulheres – 14 s;
 crianças até puberdade – idade.
TMF
 fricativas:
s e z;
 s/z.

 normalidade:
 s/z < 0,8 – hiperconstrição de PPVV;
 s/z 0,8 a 1,2 – coaptação de PPVV adequada;
 s/z > 1,2 – coaptação inadequada de PPVV.
ATAQUE VOCAL

 isocrônico – suave, equilibrado ou normal;

 brusco – fonação hipertônica, forte adução


das PPVV;

 aspirado – coaptação insuficiente que leva a


expiração do ar antes do início da vibração.
REGISTROS VOCAIS

 diversos modos de emitir o som.

 basal:
 frequências graves (10 a 70 Hz);
 som de ranger da porta;
 intensidade débil;
 PPVV encurtadas.
REGISTROS VOCAIS

 modal:
 falahabitual;
 maior de todos os registros;
 peito - grave
 misto - médio
 cabeça - agudo

 frequências 50 a 560 Hz.


REGISTROS VOCAIS
 modal:

 peito:
 laringe baixa;
 PPVV espessas;
 voz falada masculina.

 misto:
 contração do CT.

 cabeça:
 laringe alta;
 PPVV estiradas.
REGISTROS VOCAIS

 elevado:

 registroleve;
 frequências agudas (160 a 800 Hz);
 contração de CT;

 sub-registro de falsete
 sub-registro de flauta
PITCH

 sensação psicofísica da Fo;

grave;
médio;
agudo.
LOUDNESS

 sensação psicofísica da intensidade;

fraca;
adequada;
forte.
GAMA TONAL

 número de notas acima e abaixo da Fo;

normal;
monoaltura;
excessiva.
ARTICULAÇÃO

 precisa;

 imprecisa.
RITMO E VELOCIDADE

 ritmo – movimento, tensão e relaxamento,


periodicidade e oposição;

 velocidade – número de palavras por minuto.


RESISTÊNCIA VOCAL

 usar a dinâmica vocal na fala encadeada


intensamente, por um determinado período,
sem mostrar sinais de cansaço, mantendo a
qualidade vocal inicial.
RESPIRAÇÃO
 tipo:
 clavicular ou superior;
 média, mista ou torácica;
 inferior ou abdominal;
 completa, diafragmático-abdominal ou
costodiafragmático-abdominal.

 modo:
 nasal;
 misto;
 oral.
COORDENAÇÃO
PNEUMOFONOARTICULATÓRIA

 interrelação harmônica das forças


expiratórias, mioelásticas da laringe e
musculares da articulação;

 níveis:
 inferiorou respiratório;
 médio ou fonatório;
 superior ou articulatório.
ESTRUTURAS FONOARTICULATÓRIAS

 lábios;
 língua;
 dentes e oclusão;
 palato duro;
 véu palatino;
 mandíbula e ATM;
 laringe.
FUNÇÕES REFLEXOVEGETATIVAS

 sucção;

 mastigação;

 deglutição.
AVALIAÇÃO CORPORAL
 comunicação não verbal;

 postura:
 poucos gestos;
 pouca expressão facial.

 cintura escapular;
 face;
 peito.
PSICODINÂMICA VOCAL

 impacto psicológico produzido pela qualidade


vocal do indivíduo;

 ouvir o paciente;
PSICODINÂMICA VOCAL

 tipo vocal;

 ressonância;

 loudness e pitch;

 extensão vocal;

 articulação.
QUALIDADE DE VIDA

 SF-36

 QVV
AVALIAÇÃO
OTORRINOLARINGOLÓGICA
ANÁLISE ACÚSTICA
ANÁLISE ACÚSTICA
 Fo;

 jitter;

 shimmer;

 tremor;

 PHR;

 extensão vocal;
ANÁLISE ACÚSTICA
 espectografia;

 sons da fala;

 ataques vocais;

 quebras de sonoridade e de frequência;

 registros vocais;

 espasmos de adução e abdução.

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