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QUESTÕES

1) No dia 22/01/2014 uma guarnição do PETO da 36ª CIPM/Dias D'Avila, agrediu fisicamente o
Sr. MARCOS AURÉLIO durante os festejos momescos. No dia 12/02/2014 o Sr. MARCOS
AURÉLIO compareceu à Corregedoria da PMBA para prestar queixa contra a guarnição, bem como
compareceu ao Ministério Público onde também prestou a denúncia. O Ten PM ANTONIO SEM
NOÇÃO, Mat. 30. 666.666.0, lotado na Base Comunitária da Avenida Peixe, foi designado para apurar
um PDS no dia 12/02/2015, referente a agressão física perpetrada pela guarnição da 36ª CIPM.

Foi instaurada uma ação penal contra a guarnição, onde todos foram condenados à pena de 01 (um)
ano de prisão no dia 15/02/2015.

O Ten PM ANTONIO ao tomar conhecimento da prisão dos policiais, concluiu o PDS opinando pelo
arquivamento, devido a condenação dos acusados na esfera penal, baseando-se no princípio do no bis
idem.

Com base nos conhecimentos debatidos em aula, a decisão do tenente está correta? Por quê?

2) Você acabou de formar e foi transferido para a 33ª CIPM. No mesmo dia da apresentação, o
Maj PM AMBRÓSIO, comandante da unidade, entregou um PDS para que seja apurado com a maior
brevidade possível.
O fato envolve o Sd PM MARCUS SANTOS, Mat. 30.333.333-3, o qual exerce a função de
motorista do subcomandante da OPM, o Cap PM ADELVINO. O Sd MARCUS resolveu dirigir
utilizando o uniforme de educação física (camisa básica branca, calça e tênis), sob a alegação de que se
o Sd PM CARLOS ANTONIO, motorista do Maj AMBRÓSIO, usa esse mesmo uniforme, ele
exercendo a mesma função, também poderia utilizá-lo. Vale salientar que o Maj AMBRÓSIO não se
dá bem com o Cap ADELVINO, pois este foi indicado pelo comandante do CPR, que, por sua vez, não
possui uma boa relação com o Maj AMBRÓSIO.
O advogado do Sd MARCUS alegou em sua defesa que seu cliente tem direito a utilizar o
uniforme de educação física, fundamentando sua tese com base em três princípios: Princípio da
Igualdade, pois a igualdade jurídica consiste em assegurar às pessoas de situações iguais os mesmos
direitos, prerrogativas e vantagens, com as obrigações correspondentes; Princípio da Liberdade, pois
qualquer pessoa pode tudo que não prejudiquem outrem; Princípio da Legalidade, pois o uniforme
usado por seu cliente estava de acordo com o RUPM.
O advogado do acusado requereu também a nulidade do feito, alegando que o Maj
AMBRÓSIO não poderia assinar a portaria de instauração do PDS, pois ele é parte no processo, além
de que todo ocorrido se deve a perseguição emplacada pelo comandante contra o Cap ADELVINO.
Qual parecer você dará nesse processo? Comente sua decisão.
3) Você foi designado para fazer parte de uma comissão de PAD com mais dois colegas, para
apurar ação desencadeada pelo Sgt PM CARLOS ALBERTO, que matou um vizinho durante uma
discussão na rua onde reside.
O graduado durante todo decorrer do processo, alegou que era culpado e estava arrependido,
tendo declinado da defesa técnica. Entretanto, a comissão nomeou um advogado dativo para
acompanhar o graduado no decorrer do processo.
A defesa não apresentou testemunhas, haja vista que o acusado se recusou a apresentá-las;
durante as oitivas das testemunhas de acusação o acusado não se fez presente, apenas o advogado.
Em seu depoimento, o acusado se autoincriminou ao afirmar que merecia ser demitido da
corporação e que o crime praticado era hediondo.
Devido ao posicionamento do acusado, o advogado apresentou a defesa final incriminando seu
cliente, confirmando que ele merecia ser punido, sem oferecer qualquer tese defensiva ao acusado.
Com base nos fatos acima, a comissão realizou a sessão de julgamento, tendo como resultado a
demissão do graduado.
Comentem a decisão da comissão, caso concordem expliquem em que está correto; caso não
concordem fundamentem e redija a decisão correta.

4) Você acabou de formar na APM e foi trabalhar na 89ª CIPM/Avenida Peixe, chegando na OPM
no mesmo dia que o Maj CARLOS HENRIQUE estava assumindo o comando. No primeiro dia de
trabalho, o Maj CARLOS lhe nomeia como corregedor setorial e lhe encaminha um recurso
administrativo apresentado pelo advogado do ST PM PAULO ROBERTO BRAGA, o qual solicita a
extinção da punição de seu cliente.
O ST PAULO encontra-se detido no quartel, cumprindo detenção de 15 dias, após ser
publicada em BIO a punição do PDS que respondeu por ter sido acusado de ter desrespeitado a Cap
ANA BELA, a época Chefe da SPO e esposa do antigo comandante. Ao compulsar os autos, você
percebe que a defesa só teve direito de arrolar duas testemunhas, enquanto a acusação cinco, não teve
acesso aos autos quando solicitado e a decisão não estava fundamentada.
A defesa do acusado alega que os princípio do devido processo legal, ampla defesa e
contraditório, foram violados, além do comandante ter sido totalmente pessoal em sua decisão.
O recurso impetrado pela defesa tem fundamento? Fundamente sua resposta.
Saliento que cumprimento da punição é imediato, pois o recurso não tem efeito suspensivo.

5) No dia 22/01/2009 o Sd PM MACETOSO permutou o serviço de RP com o Sd PM MÃO DE


QUIABO sem autorização do comandante. Foi instaurado um PDS para apurar a infração no dia
22/02/2011, tendo como encarregado o Asp PM MALVADO.
O Asp PM MALVADO só iniciou os trabalhos no dia 24/08/2013, devido ter ficado afastado por
problemas médicos. Entretanto, no dia 27/06/2014 concluiu o PDS opinando pela punição dos
acusados.

O advogado dos acusados entrou com um recurso alegando que o feito estava prescrito, pois o fato
ocorreu no dia 22/01/2009 e só foi concluído em 27/06/2014, havendo mais de 05 (cinco) anos,
salientando que o prazo do PDS é de 03 (três) anos.

O Asp PM SABIDÃO, corregedor setorial da OPM, ao realizar o parecer do recurso, alegou que a tese
da defesa não deveria prosperar, devido o prazo de prescrição só ter iniciado no dia 24/08/2013, data
em que o encarregado começou os trabalhos, além de que, com a instauração do PDS em 22/02/2011,
o prazo prescricional fica interrompido até o final, podendo permanecer por quanto tempo for
necessário.

Com base nos conhecimentos debatidos em aula, comentem as alegações do advogado e do


corregedor setorial, e decidam se o feito estava prescrito ou não.

6) Você foi designado para apurar um PDS, onde o Sgt ADEOBALDO PEREIRA está sendo
acusado de ter agredido a Srª. ADALGISA REBOUÇAS CAVALCANTI ALBUQUERQUE
SANDEBER durante uma abordagem policial realizada no Corredor da Vitória, no dia 07/02/2015.
A Srª. ADALGISA alega que um policial ordenou que ela parasse o carro e desembarcasse, ao
sair ela perguntou quem era o comandante da guarnição, tendo a partir daí levado uma bofetada e um
soco nas costelas, fraturando duas vértebras.
Ao iniciar o PDS e citar o acusado para ser ouvido, este alegou que não iria falar nada, pois
quem teria que provar que ele cometeu qualquer infração seria o encarregado. Em sua defesa, o
advogado do acusado alegou que seu cliente é inocente e não iria apresentar testemunhas tampouco
uma tese para defender seu cliente, pois o ônus da prova cabe a quem acusa, e o acusado não iria
produzir provas contra si mesmo, além de consignar em ata que não iria participar das oitivas das
testemunhas de acusação, pois apenas o acusado estaria presente, mas estaria acompanhando todo o
andamento do processo.
Ao abrir vistas do PDS para o advogado fazer a defesa final, este, ao compulsar os autos e
verificar que haviam três testemunhas que presenciaram todo o fato, laudos periciais e uma filmagem
da ação policial, solicita a você a realização da oitiva de três novas testemunhas.
Neste caso o advogado tem razão em alegar que o ônus da prova é do encarregado e por isso
não se mover durante o processo?
Na condição de encarregado, você vai ouvir as testemunhas apresentadas pelo advogado?

7) Você foi nomeado para assumir a corregedoria setorial da 100ª CIPM/Palestina. Ao tomar
conhecimento dos feitos sob sua responsabilidade, ficou sabendo que o Sd PM ABDIAS DA
ANUNCIAÇÃO está cumprindo detenção de 10 dias na unidade, por ter sido submetido a PDS, devido
ter praticado a conduta tipificada no art. 51, inciso V, VI e VII do EPM, ao faltar e chegar atrasado
reiteradamente ao serviço, utilizando atestado médico falso, o que ficou materialmente confirmado nos
autos do PDS, ao confirmar que a namorada do acusado trabalhava em uma clínica médica e se
apropriava de algumas requisições em branco, assinadas pelo Dr. Sebastião Santos.
No segundo dia de cumprimento da punição, chegou em suas mãos um habeas corpus em favor
do acusado, assinado pelo Juiz Plantonista. Ao verificar o teor do remédio jurídico, é percebido que o
advogado do acusado alegou que o comandante da OPM não poderia prender seu cliente, haja vista
que ele não era médico para afirmar que o acusado não estava realmente adoentado
Estando você com o habeas corpus em mãos, o que deve ser feito?

8) No dia 22/01/2011 uma guarnição do PETO da 36ª CIPM/Dias D'Avila, foi acusada de ter
estuprado a menor MORGANA INOCENTE, 13 anos, fato que chegou ao conhecimento do
comandante da unidade no mesmo. Foi realizado exames periciais na menor, tendo constatado a
presença do sêmen de todos os componentes da guarnição. Entretanto, no dia 27/01/2011 o
comandante da unidade passou o comando a outro oficial, o qual não foi informado do acontecido. No
dia 22/07/2016 o novo comandante foi questionado sobre os procedimentos administrativos adotados
no caso e este informou que não foi informado.

Assim, no dia 23/07/2016 foi instaurado um PAD para apurar o estupro.

No decorrer da instrução do feito, o advogado dos policiais pediu a nulidade do processo devido a
previsão do instituto da prescrição, pois já fazia mais de 05 (cinco) anos do fato.

O Ten PM MEDROSO BAHIA, presidente da comissão, levou o questionamento do advogado ao


comandante, o qual disse-lhe que a tese da defesa não prosperava, pois ele só tinha tomado
conhecimento do fato no dia 22 e o prazo de prescrição só começa a correr quando a autoridade toma
conhecimento do fato.

Com base nos conhecimentos debatidos em aula, a decisão do comandante está correta? Por quê?

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