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Dra.

Dafne Oliveira

Abordagem nutricional
funcional no tratamento
de dermatite atópica

Functional Nutritional Approach in the treatment of atopic


dermatitis

Resumo
A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica que se caracteriza por anormalidade na barreira cutânea
e processo imunológico medido principalmente pelas células T helper tipo 2. Seus principais sintomas são pruridos e
lesões de padrão eczematoso na pele, que tendem a se manifestar nos primeiros anos de vida. Para tratamento e manejo
da DA, são sugeridos três pilares fundamentais: 1) afastamento de fatores irritantes e desencadeantes, incluindo alérgenos
alimentares; 2) hidratação adequada e contínua da pele por meio do uso de hidratantes e óleos; 3) controle da inflamação
e prurido com medicamentos, principalmente corticosteroides e anti-histamínicos. Como não há uma cura definitiva para
a DA, pesquisas têm buscado em terapias complementares – e, principalmente, na nutrição – uma possível alternativa
para minimizar os sintomas da doença. Observou-se que o uso de probióticos, óleos ricos em ácido gama-linolênico
(GLA), ômega-3 e a retirada de alérgenos da alimentação parecem ser eficazes no tratamento da DA. Com relação ao uso
de micronutrientes e fitoterápicos, são necessários novos estudos para comprovar sua real eficácia na melhora do quadro
clínico da doença e a segurança, dosagem e tempo de administração dos mesmos tanto em crianças quanto em adultos.

Palavras-chave: Dermatite atópica, inflamação, alérgenos alimentares, probióticos, micronutrientes, ômega-3.


Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 14, nº58, 2014

Abstract
Atopic dermatitis (AD) is a chronic inflammatory disease characterized by abnormal skin barrier and immune process
measured primarily by T helper type 2 cells. Its main symptoms are skin rashes and lesions, which tend to manifest early
in life. Three pillars are suggested for the treatment and management of AD: 1) avoid irritants and triggers, including
food allergens; 2) continuous and appropriate hydration of the skin through the use of moisturizers and oils; 3) control
of inflammation and pruritus with drugs, especially corticosteroids and antihistamines. As there is no definitive cure
for AD, researchers have sought alternative therapies and especially in nutrition a possible alternative to reduce the
symptoms of the disease. It was observed that the use of probiotics, oils rich in gamma linolenic acid (GLA), omega-3
and the removal of food allergens appear to be effective in the treatment of AD. Regarding the use of micronutrients
and herbal, there is a need for further studies to confirm their real efficacy in clinical improvement of the disease, as
well as safety, dosage and time of administration both in children and adults.

Keywords: Atopic dermatitis, inflammation, food allergies, probiotics, micronutrients, omega-3.

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Dra. Dafne Oliveira

1 Introdução manifestando-se nos primeiros anos de vida e se


prolongando, em alguns casos, até a fase adulta2.
A dermatite atópica (DA) é uma doença A distribuição e as características de tais lesões
inflamatória crônica caracterizada por surtos variam de acordo com a idade e com a evolução e
agudos, prurido e lesões de padrão eczematoso1-5, grau da doença, conforme observado na Tabela 1.

Tabela 1: Locais e características das lesões da DA conforme idade.


Locais predominantes de
Idade Características da lesão
desenvolvimento da lesão
0-2 anos Face (áreas convexas), couro cabeludo, Eczema agudo com eritema, pápulas e/
joelhos, punhos e mãos. ou vesículas, exsudação e crosta.

2-11 anos Superfícies de flexão dos membros, Lesões mais secas, menos exsudativas,
como dobras do joelho, braços, pregas com presença de áreas de liquenificação
antecubitais, punhos, região cervical e da pele (expressão de eczema crônico).
flancos.
A partir dos 12 Semelhante aos locais de crianças de 2 Predomínio de liquenificação da pele.
anos (adolescentes a 11 anos, com frequente envolvimento
e adultos) das mãos, pés, pálpebras, genitais e
mamilos (em mulheres) e das pregas
flexoras.

Fonte: Adaptado de Claro . 6

A DA caracteriza-se pela anormalidade na gene da pró-filagrina, precursora da filagrina


barreira cutânea e processo imunológico mediado (FLG), proteína estrutural essencial da camada
pelas células T helper tipo 2 (Th2), incluindo, superior da epiderme4. Dessa forma, há uma maior
em alguns casos, mecanismos mediados também perda de água transepidérmica e um aumento da
por imunoglobulina E (IgE)4-6. Por prevalecer a sensibilidade a agentes ambientais, alimentares
resposta do tipo Th2, parte dos pacientes com DA e infecciosos (principalmente Staphylococcus
desenvolve também rinite alérgica ou asma7. A aureus), os quais são gatilhos para inflamação4,6
anormalidade da barreira cutânea tem sido atribuída (Figura 1).
à redução dos níveis de ceramidas2 e mutação no

Figura 1: Modificações na epiderme de pacientes com dermatite atópica

Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 14, nº58, 2014

Fonte: Adaptado de Osawa et al.8

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Abordagem nutricional funcional no tratamento da dermatite atópica

A DA é uma doença que afeta mais o público em crianças e, principalmente, em adultos32-35.


infantil, havendo uma tendência para a melhora Assim, o objetivo desta revisão foi analisar o papel
dos sintomas na fase adulta1,6. Cerca de 60% dos e a eficácia da nutrição no tratamento da DA.
pacientes desenvolvem a doença no primeiro
ano de vida, e 90%, antes dos 5 anos9. Contudo, 2 Tratamento nutricional
somente 25% dos casos persistem na fase
adulta1,6,9. Nestes pacientes, verifica-se associação Como não há uma cura definitiva para a
com alergia respiratória e eczema flexural precoce9. DA, pesquisadores têm buscado em terapias
Odhiambo et al.10 verificaram no estudo ISAAC complementares uma possível alternativa para
III (International Study of Asthma and Allergies in minimizar os sintomas de tal doença36. Entre as
Childhood - Phase III) uma prevalência que varia terapias estão inclusas homeopatia, acupuntura,
de 0,9% (observado na Índia) até 24,6% (verificado massagens relaxantes, fitoterapia e nutrição37.
na Colômbia) em crianças (6 a 14 anos), afetando Neste estudo, analisaremos a administração de
mais o sexo feminino. No Brasil, estima-se que a ômega-3, GLA, probióticos, dietas restritivas e
DA atinja 13,6% dos indivíduos, índice que vem alguns micronutrientes e fitoterápicos a fim de
aumentando constantemente11. O motivo desse tratar ou amenizar o quadro clínico de indivíduos
aumento ainda não foi bem estabelecido, mas com DA.
acredita-se que, além da predisposição genética
2.1 Alergia alimentar e dietas de exclusão
individual, fatores ambientais como poluentes,
exposição a alérgenos e infecções possam estar Estudos verificaram que a eliminação de certos
envolvidos12. grupos de alimentos específicos da dieta reduz
Por se tratar de uma doença crônica, com os sintomas da dermatite atópica em crianças e
períodos de exacerbações e remissões6, Porto e adultos38,39,40-54. Cerca de 90% dos casos de alergia
Simão13 sugerem três pilares fundamentais para alimentar são causados pelo trigo, leite de vaca,
manejo da DA: soja, peixe, ovos e amendoim, sendo o leite de
1) Afastamento de fatores irritantes e vaca, trigo (em alguns casos, o glúten) e ovos os
desencadeantes, incluindo alérgenos alimentares, mais estudados em pacientes com DA39.
a fim de reduzir a resposta inflamatória; Pesquisadores observam que, em pacientes com
2) Hidratação adequada e contínua da pele por DA, a mutação do gene da pró-filagrina representa
meio do uso de hidratantes e óleos, evitando o uso um fator de risco para alergias alimentares
de água quente; mediadas por IgE, principalmente com ovos,
3) Controle da inflamação e prurido com amendoim e leite de vaca55,56. O aumento da
medicamentos, como os corticosteroides e anti- permeabilidade intestinal e uma barreira cutânea
histamínicos, principalmente. defeituosa também contribuem para reações
Autores ainda verificaram que o estresse alérgicas promovidas por certos alimentos40, os
crônico14-17, distúrbios e poucas horas de sono18 quais promovem a expansão de células T positivas
também estão envolvidos na exacerbação de para o antígeno associado a linfócitos cutâneos
sintomas da dermatite, uma vez que estimulam (CLA), favorecendo, assim, o aparecimento ou
vias pró-inflamatórias. Dessa forma, além do piora dos sintomas da DA43. Outros autores42-49
afastamento de fatores irritantes, o paciente deve
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ainda observaram que a alergia alimentar mediada


preconizar uma boa noite de sono e reduzir o tanto por IgE como por IgG podem piorar os
estresse emocional, a fim de reduzir a resposta sintomas em crianças e adultos com DA, e, por este
inflamatória, evitando, assim, o aparecimento dos fato, defendem a dieta de eliminação como um dos
sintomas. pontos a ser abordados no tratamento e prevenção
Para prevenir a DA, estudos demonstraram que de DA. No caso da prevenção, sugere-se a retirada
o status nutricional materno durante a gravidez19-27 e de alimentos hiperalergênicos da dieta da mãe no
durante o aleitamento materno24,28,29, o aleitamento período pré-natal e de aleitamento materno50.
materno exclusivo na criança por 4 a 6 meses28,30 e Estudos ainda mostram que aditivos alimentares
a exposição precoce de crianças a alérgenos30,31 são administrados isolados53 ou através de alimentos
os principais pontos a ser considerados. processados52 em adultos e crianças também foram
Muitos estudos têm sido realizados envolvendo responsáveis pelo aumento de coceira e secura da
nutrientes, alimentos e fitoterápicos a fim de pele, já que agem como pseudoalérgenos.
minimizar os sintomas e o prognóstico da doença Celakovská et al.43 realizaram um estudo

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Dra. Dafne Oliveira

com 149 adultos (108 mulheres e 41 homens) e Em indivíduos portadores da dermatite atópica,
observaram o efeito de uma dieta hipoalergênica além da disfunção presente na barreira cutânea é
(isenta de glúten, leite de vaca e derivados, ovos, observado também um enfraquecimento da barreira
peixes e frutos do mar, oleaginosas e temperos) da mucosa intestinal, favorecendo a invasão
durante três semanas. Os pesquisadores também frequente por antígenos66,67. Autores também
verificaram que os sintomas clínicos de 80% verificaram que indivíduos com DA possuem uma
dos pacientes com DA moderada ou grave baixa diversidade da microbiota intestinal68-70,
reduziram, sendo 76% de forma significativa. especialmente das espécies Bifidobacterium69,71,
Outras revisões46-51 verificam que a exclusão de além de possuírem uma baixa produção e
leite de vaca45-49, glúten44-46,48,49 e ovo45-48 também concentração de poliaminas, o que pode estar
reduziu manifestações dermatológicas, acelerando relacionado com a dermatite atópica intratável no
a melhora dos sintomas clínicos ou até mesmo adulto72. Devido a isso, é crescente o número de
minimizando as crises na DA. Os estudos mostram estudos analisando os efeitos da administração de
que mais de 50% de crianças com DA podem ter probióticos em indivíduos com DA.
os sintomas exacerbados de forma imediata ou Com o objetivo de analisar o efeito da
tardia por determinados alimentos46. Adolescentes administração de iogurtes enriquecidos com
e adultos também respondem a alimentos, mas Bifidobacterium animalis lactis LKM512 em
não com a frequência observada em crianças46. pacientes com dermatite atópica intratável,
Estudos relacionam somente a alergia alimentar Matsumoto et al.66 observaram que tal administração
mediada por IgE à piora dos sintomas da DA, mas promoveu a recuperação da função da mucosa e
em muitos casos a IgG também está relacionada, aumentou a produção de poliaminas e ácidos
como mostrado no estudo de Liu et al.53. Dessa graxos de cadeia curta (principalmente o butirato)
forma, a resposta do indivíduo portador de DA no intestino, aumentando a produção de citocinas
não é somente imediata com relação ao consumo do tipo Th1, promovendo um equilíbrio da relação
de alimentos alergênicos, mas sim também tardia, Th1/Th2 e amenizando, dessa forma, os sintomas
como ilustrado no estudo de Ercan et al.54, os quais clínicos da doença nestes pacientes. Iemoli et al.73
observaram que crianças com DA possuíam doses administraram uma combinação de duas cepas
de imunoglobulina altas no sangue, principalmente (Lactobacillus salivarius LS01 e Bifidobacterium
IgG e IgA, e verificaram que a redução de tais breve BR03) em adultos durante 12 semanas
valores séricos favorece para a redução dos e observaram que tal suplementação também
sintomas clínicos e a gravidade da doença. promoveu melhoras clínicas e imunológicas,
Alguns estudos57-60 demonstraram melhoras incluindo redução dos sintomas clínicos da doença,
não significativas no quadro clínico de adultos, redução da translocação microbiana, redução da
adolescentes e crianças com DA após a retirada ativação do sistema imune, e ainda contribuiu
de alimentos alergênicos. Porém, todos eles para o equilíbrio da razão Th1/Th2. Estudos
verificaram somente reações imediatas mediadas semelhantes74-76 verificaram que a administração
por IgE e não tardias mediadas por IgG, sendo este somente de Lactobacillus salivarius LS0174,76 e uma
o maior viés desses estudos. Ainda assim, novas combinação de Lactobacillus acidophilus 74-2,
pesquisas devem ser conduzidas com diversos Lactobacillus paracasei Lpc-37 e Bifidobacterium
tipos de alimentos alergênicos e sua relação com animalis subespécie lactis DGCC 42075 também
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IgG para constatar quais alimentos estão mais foram responsáveis por reduzir os sintomas
relacionados com a DA e a real eficácia da dieta clínicos da dermatite e a razão Th1/Th2.
de exclusão em crianças e adultos. Apesar de esses estudos apresentados e outras
revisões77,78 demonstrarem efeitos positivos do
2.2 Probióticos uso de probióticos por adultos portadores de DA,
ainda são necessários mais estudos para investigar
Os probióticos são microrganismos vivos os tipos de cepas mais eficazes, suas possíveis
que, se administrados de forma e em quantidade combinações, o tempo de tratamento e a segurança
adequadas, promovem diversos benefícios à saúde61. do mesmo nestes pacientes.
Tais benefícios incluem ação imunomodulatória62,
exercendo efeitos moduladores sobre o sistema 2.3 Ácidos graxos essenciais
imune adaptativo e inato intestinal63 melhorando
a função da barreira da mucosa64 e induzindo a Os ácidos graxos essenciais (AGE) e seus
produção de citocinas anti-inflamatórias65. produtos possuem importante papel na manutenção

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Abordagem nutricional funcional no tratamento da dermatite atópica

da integridade da estrutura e fisiologia da pele, de óleo de prímula por um período de quatro a


bem como na atividade de receptores e enzimas oito meses em indivíduos portadores de DA e
da membrana79,80. Além disso, tais ácidos graxos verificaram que no grupo suplementado houve
são precursores de prostaglandinas, leucotrienos e melhora da extensão, intensidade, coceira e
outros eicosanoides, os quais modulam respostas ressecamento dos eczemas. Administrando 348 mg
imunológicas, inflamatórias e proliferativas81,82. de GLA isolado, junto com 444 mg de DHA, 591
Alguns autores propõem que a dermatite atópica está mg de EPA, e vitaminas C, E e zinco por quatro
associada com uma anormalidade no metabolismo semanas em 19 indivíduos, Eriksen et al.90 também
dos AGE e também prejudica a incorporação dos observaram que houve uma melhora de cerca de
mesmos na membrana fosfolipídica79,83,84. 50% dos sintomas da dermatite.
Outros estudos 79,80,82,84 ainda verificaram Em uma revisão com o óleo de borragem,
que, na deficiência dos AGE, a pele fica mais Foster et al.82 observaram em alguns estudos
propensa ao desenvolvimento de lesões secas, que a administração de tal óleo por um curto
escamosas e avermelhadas, similares àquelas período (8 a 24 semanas) possui uma pequena
ocorridas na DA, uma vez que há um aumento na eficácia na melhora de sintomas, principalmente
atividade metabólica, na proliferação das células em pacientes com DA menos grave. Porém, os
epidérmicas, na formação de esteróis-ésteres e autores não observaram nenhum benefício com
queratinócitos anormais, na perda de água pela a suplementação em muitos pacientes. Outros
pele e na colonização de Staphylococcus aureus. autores80,91,92,93 também não observaram nenhuma
Além disso, na deficiência dos AGE há também melhora dos sintomas da DA com a administração
uma redução dos níveis de prostaglandina E1 do GLA tanto isolado quanto sob a suplementação
(PGE1), resultando na redução de níveis de AMP de óleos de prímula ou borragem.
cíclico e afetando partes do sistema imunológico Assim, apesar dos efeitos positivos demonstrados
que promovem a hipersensibilidade seletiva82. por alguns autores, mais estudos ainda são necessários
Os ácidos graxos essenciais mais relacionados para verificar a real eficácia da administração de
com tais atividades na pele são: poli-insaturados GLA na melhora dos sintomas da DA, bem como os
do tipo ômega-3, como ácido alfa-linolênico efeitos da administração de tal substância por longos
(ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido períodos de tempo.
docosahexaenoico (DHA), e, do tipo ômega-6,
ácido gama-linolênico (GLA)79-99. 2.3.2 Ômega-3

2.3.1 GLA Os ácidos graxos poli-insaturados do tipo


ômega-3 têm importantes efeitos antialérgicos,
A pele humana é incapaz de converter o uma vez que reduzem a produção de prostaglandina
ácido linoleico em GLA, o qual é precursor da E2 (PGE2), mediador inflamatório responsável
prostaglandina E180. Assim, quando o GLA é por aumentar a interleucina 4 (IL-4) e inibir o
consumido por meio da dieta, a prostaglandina interferon gama (IFN-γ), citocinas estas que estão
E1 e o ácido 15-hidroxi-eicosatrienoico, os quais envolvidas com a resposta alérgica Th281,94.
possuem efeitos anti-inflamatórios, aumentam na Mayser et al.95 verificaram que a administração
pele. Como a prostaglandina E1 está envolvida de 200 ml de infusão contendo 10% de óleo de
na maturação e diferenciação das células T, a peixe em 22 pacientes hospitalizados com grave ou
moderada DA foi eficaz na melhora dos sintomas
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produção de IgE pode ser influenciada pela mesma,


atenuando, dessa forma, os sintomas da DA80,82. e gravidade da doença, comparado ao grupo
As principais fontes de GLA são o óleo de suplementado com ômega-6. Em outro estudo,
prímula (cerca de 8 a 12% de GLA) e o óleo de Koch et al.96 administraram 5,4 g somente de
borragem (cerca de 22 a 24% de GLA)79,85,86. DHA em 53 pacientes com DA por oito semanas
Apesar de o óleo de borragem possuir uma maior e verificaram que tal suplementação promoveu
concentração de GLA, a maioria dos estudos uma melhora clínica significante. Em revisões
publicados foi realizada com o óleo de prímula. realizadas por alguns autores94,97-99, observou-se
Kawamura et al. 87 verificaram que a redução dos sintomas em pacientes portadores de
administração de uma dieta rica em GLA (cerca de DA com a administração de óleo de peixe rico em
200 mg) durante quatro semanas em indivíduos com ômega-3, porém tal redução não foi significativa
pele seca e com DA de leve a moderada, melhorou no estudo de Prescott et al.94.
a função da barreira epidérmica e promoveu uma Apesar dos efeitos positivos demonstrados,
menor perda de água transepidérmica. Morse mais estudos são necessários para verificar a real
et al.88 e Senapati et al.89 administraram 500 mg eficácia da suplementação de ômega-3, bem como

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o tempo de suplementação e a quantidade de DHA casos, não promovem uma resposta significativa
e EPA benéfica nestes casos. no paciente com DA100. Diversas plantas possuem
um efeito significativo quando utilizadas na forma
2.4 Fitoterapia de compressas ou cremes de uso tópico, como
observado na Tabela 2.
A fitoterapia vem sendo utilizada tanto de Importante destacar que o nutricionista só
forma tópica quanto de uso interno como uma pode prescrever fitoterápicos de uso oral após
alternativa aos medicamentos alopáticos, os quais capacitação técnica, considerando ainda as
possuem diversos efeitos colaterais e, em muitos legislações pertinentes sobre fitoterápicos.

Tabela 2: Fitoterápicos de uso tópico com efeitos significativos na melhora dos sintomas da DA.
Fitoterápico Pacientes estudados Duração do tratamento Referências
Erva de São João (Hypericum perforatum) 28 indivíduos 4 semanas 101
Uva do Oregon (Mahonia aquifolium) 42 adultos 12 semanas 102
Uva do Oregon (Mahonia aquifolium), amor- 27 crianças 4 semanas 103
perfeito (Viola tricolor), centela (Centella 88 adultos 4 semanas 104
asiatica)
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) 90 indivíduos 2 semanas 105
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra), vinera (Vitis 218 adultos 50 dias 106
vinifera) 20 indivíduos 72 horas 107

Fonte: Adaptado de Reuters et al.108

Os fitoterápicos de uso interno envolvidos da doença. Porém, como o Hochu-ekki-to é


em melhoras nos sintomas de adultos e crianças individualmente formulado para cada paciente, não
com DA são o chá Oolong (Camellia sinensis)109; foi possível determinar uma fórmula definida em
Hochu-ekki-to, uma mistura de 10 ervas japonesas: ambos os estudos controlados e randomizados. O
Astrágalo (Radix astragali), Ginseng (Panax estudo de Hon et al.112 envolveu a administração
ginseng)110,111, Bai Zhu (Rhizoma atractylodis), de ervas da Medicina Tradicional Chinesa, em que
Alcaçuz (Glycyrrhiza uralensis), Dong-Quai uma dose diária de 9 g de PentaHerbs, contendo
(Angelica sinensis), Chen Pi (Pericarpium citri 1 g de Bohe (Herba menthae), 2g de Jin Yin
reticulatae), Erva de São Cristóvão (Rhizoma Hua (Flos lonicerae), 2 g de Mu Dan Pi (Cortex
cimicifugae), Chai Hu (Radix bupleuri), Gengibre moutan), 2 g de Bai Zhu (Rhizoma atractylodis) e
(Zingiber officinale), Da Zao (Fructus jujubae date); 2 g de Huang Bai (Cortex phellodendri), dividida
ervas medicinais tradicionais chinesas108,112-114, três vezes ao dia durante 12 semanas reduziu o
incluindo o PentaHerbs, um composto com 5 quadro clínico de crianças com DA moderada ou
ervas: Jin Yin Hua (Flos lonicerae), Bohe (Herba grave, diminuindo assim o uso de corticosteroides.
menthae), Mu Dan Pi (Cortex moutan), Bai Zhu Tal melhora se justifica pela redução nos níveis
(Rhizoma atractylodis) e Huang Bai (Cortex de quimiocina cutânea atraente para células T
phellodendri)115. (CTACK), importante parâmetro inflamatório113.
A administração de 1 litro de chá de Oolong Efeito semelhantes foram observados no estudo Revista Brasileira de Nutrição Funcional - ano 14, nº58, 2014

três vezes ao dia por seis meses melhorou os de Sheehan et al.114, porém com a administração
sintomas de DA em 63% dos pacientes estudados de 200 ml de água com 10 g de extrato de ervas
já no primeiro mês e manteve a melhora em 54% (Clematis armandii, Dictamnus dasycarpus,
dos pacientes após o fim do estudo. Tais resultados Glycyrrhiza glabra, Ledebouriella seloides,
são atribuídos às propriedades antialérgicas dos Lophatherum gracile, Rehmannia glutinosa,
polifenóis presentes na erva109. Foram também Paeonia lactiflora, Potentilla chinensis, Tribulus
observados efeitos positivos em pacientes que terrestris e Schizonepeta tenuifolia), preparadas
fizeram uso de Hochu-ekki-to, que faz parte sob a forma de decocção, onde foi observada
da Medicina Tradicional Japonesa, ou Kampo, redução da extensão e gravidade do eczema.
principalmente se aliado a uma dieta específica, Apesar dos resultados promissores verificados
baseada na culinária e nos costumes japoneses. nesses estudos, outros necessitam ser realizados
Os autores110,111 verificaram redução significativa com um número maior de indivíduos para verificar
na contagem de eosinófilos e IgE sérico, o que a eficácia clínica, bem como a segurança em
pode ter justificado a melhora no quadro clínico administrar tais fitoterápicos por um período maior

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Abordagem nutricional funcional no tratamento da dermatite atópica

de tempo. al.126 ainda verificaram que uma alta concentração


de vitamina B12 (acima de 178 pmol/L) e ácido
2.5 Micronutrientes fólico circulantes em mulheres grávidas estava
Estudos116-133 verificaram a relação de alguns associada com alergias no bebê nos primeiros 4
micronutrientes com a dermatite atópica tanto em anos de vida, incluindo a DA. Os mecanismos
adultos quanto em crianças. Autores116-133 mostram que embasam tais resultados incluem o papel da
que suplementações de vitaminas B6, B12, D, E vitamina B12 como doador do grupo metila no
e zinco podem promover melhoras nos sintomas DNA, promovendo um impacto no equilíbrio Th1/
clínicos de tal doença. Th232,126. Tais mecanismos são confirmados no
Segundo DiNicola et al.32, a vitamina D estudo de Hollingsworth et al.127 com ratos, o qual
é considerada uma grande promessa para o mostra que a alta concentração de vitamina B12 e
tratamento da DA, uma vez que possui a habilidade folato em ratas grávidas favorece a predominância
de induzir a diferenciação de queratinócitos, de Th2.
facilitar a cicatrização de feridas, aumentar a David et al.128 verificaram que crianças com
síntese de fator de crescimento de plaquetas, DA tem um nível reduzido de zinco sérico, e
diminuir a síntese de citocinas inflamatórias116 uma suplementação via oral poderia melhorar os
e promover a expressão da catelicidina, um sintomas clínicos de tal doença. Takahashi et al.129
peptídeo antimicrobiano, diminuindo, assim, a também observaram que em ratos alimentados com
infecção cutânea117. Estudos118-120 observaram que uma dieta pobre em zinco aumentou a incidência
baixos níveis de vitamina D contribuem para o de eczemas e erupções cutâneas, a produção de
agravamento dos sintomas clínicos da doença. IgE e a proliferação de Staphylococcus aureus na
Heine et al.121 justificam tal relação, em seu estudo pele, bem como o número de células T CD4+ e
caso-controle, através da grande incidência de CD25+. Porém, a administração de 184,5 mg de
polimorfismo no gene receptor de vitamina D sulfato de zinco por duas semanas em crianças de
entre pacientes com dermatite atópica grave, 1 a 16 anos não promoveu melhoras significativas
contribuindo para a desregulação da barreira nos sintomas clínicos da DA, no estudo conduzido
cutânea e do sistema imune local. por Ewing et al.130.
A piridoxina (ou vitamina B6) é uma vitamina Também há estudos envolvendo a administração
hidrossolúvel que age como cofator de diversas do ácido alfa-lipoico131,132 e vitamina E133 na
reações bioquímicas no nosso corpo32. Não há melhora dos sintomas clínicos da DA, porém tais
estudos que mostrem um mecanismo específico estudos foram realizados somente em ratos.
da piridoxina envolvido na DA, mas verifica- Estudos analisando o papel de micronutrientes
se que uma dieta deficiente em tal vitamina na dermatite atópica ainda são escassos e não
poderia aumentar o risco de dermatite32,122,123. No mostram efeitos significativos para embasar sua
entanto, no único estudo randomizado e duplo- administração nestes pacientes. Verifica-se, em
cego122 envolvendo a suplementação de 50 mg
sua maioria, que, apesar de parte dos portadores
de piridoxina em crianças com dermatite atópica
de DA possuírem doses baixas de certos nutrientes,
não foi observada nenhuma diferença entre o
grupo suplementado e o placebo, concluindo que a suplementação dos mesmos não promove
a suplementação de tal vitamina não é eficaz para efeitos significativos, o que talvez pudesse
melhorar os sintomas e/ou aumentar os riscos do sugerir uma atuação conjunta de micronutrientes
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desenvolvimento de sintomas clínicos da doença. e macronutrientes, como óleos essenciais, ou a


A cianocobalamina (vitamina B12) também tem administração de micronutrientes com a redução
sido envolvida no tratamento da dermatite atópica, na exposição a fatores irritantes, como alérgenos
haja vista que possui papel importante na supressão alimentares. Mais estudos controlados, com
da produção de citocinas inflamatórias124. Tais número suficiente de participantes, devem ser
citocinas estão envolvidas na estimulação da óxido feitos em humanos para analisar a real função
nítrico sintase, enzima responsável pela produção destes micronutrientes na DA.
de óxido nítrico e por sintomas como eritema,
vasodilatação e prurido32. Porém, o único estudo 3 Conclusão
mostrando a redução dos sintomas clínicos da DA
A dermatite atópica é uma doença complexa e
utilizou a vitamina B12 na forma tópica: crianças
que não possui cura, e seu tratamento é, em muitos
que utilizaram um creme rico em vitamina B12
casos, considerado um desafio para médicos32,134. O
reduziram o número e a piora dos eczemas em duas
uso de probióticos, óleos ricos em GLA, ômega-3
a quatro semanas125. No entanto, Kiefte-de Jong et

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Dra. Dafne Oliveira

e a retirada de alérgenos da alimentação parecem pregnancy and suspected atopic eczema in Japanese infants aged
3-4 months: the Osaka Maternal and Child Health Study. Pediatr
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