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CISTITE

b y
A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções bacterianas mais
j o l
u
frequente no ser humano, predominante entre os adultos em pacientes do sexo
P
aul
feminino e em crianças no primeiro ano de vida, igualmente no sexo feminino.
a
A infecção urinária pode comprometerPsomente o trato urinário baixo, o que
n a P P
especifica o diagnóstico de cistite, ou afetar
o A
A simultaneamente o trato urinário inferior e
to ã infecção urináriaomalta, também
o superior; neste caso, utiliza-se
t i tu a terminologia
tr i ç s .c
n s u e i l
denominada pielonefrite. AI infecção urinária
o n baixaomou cistitempode a ser sintomática ou
d e m G g
não. e o i z l @
d
Os agentesadetiológicos,
s e atr soaenvolvidos com ITU adquirida na
in mais frequentemente
ie n B
p
comunidade,
r são, e
em
e ordem r a
de p
frequência: es a Escherichia coli, o Staphylococcus
P ro o d p a r io
saprophyticus, r
nt espécies a
o Proteusaecde Klebsiella e o Enterococcus faecalis. A E. coli,
de
e d
cia por a70%
sozinha,Cresponsabiliza-se
n m a 85% das infecções do trato urinário adquiridas na
e e
b em pacientes idosos admitidos em instituições.
comunidade,iecpor 50% la: 60%
L a i
A infecção-m do trato urinário baixo (cistite), quando sintomática, exterioriza-se
E
clinicamente pela presença habitual de disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e
dor suprapúbica. Febre, neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrência prévia de
quadros semelhantes, diagnosticados como cistite, deve ser valorizada.
LOPES, Hélio Vasconcellos; TAVARES, Walter. Diagnóstico das
infecções do trato urinário. Revista da Associação Médica Brasileira,
[s.l.], v. 51, n. 6, p.306-308, dez. 2005.

Manejo nutricional
Cranberry:

O uso de estratégias alternativas, como as terapias com cranberry para a


profilaxia de ITUs recorrentes, pode ser o melhor para prevenir a cistite e preservar a
eficácia de nossos antibióticos atuais.
O Cranberry (Vaccinium macrocarpon) é rico em fenóis, que exibem atividade
antioxidante potente em impedir a adesão bacteriana às células do hospedeiro em casos
l by
de UTIs por Escherichia coli, e úlceras estomacais, bem como
u joevitar a co-agregação de
muitas bactérias orais. Além disso, eles exibem atividade
a P anticancerígena in vitro,
l
protegem contra a oxidação lipoproteica e reduzem
P auo colesterol in vivo.
Experimentos conduzidos para identificar n a o (s)PP componente (s) do cranberry
A A
o mostraram quemos principais
responsável por suas propriedades
u to anti-adesivas
ã
ç
constituintes responsáveis nsão s tit os PACs,
u tri metabólitos
e i l .co amplamente
s polifenólicos
I n o m m a
o m
distribuídos em plantasdsuperioresee que têm recebido G váriosg benefícios potenciais para
e o tr
datividadesinantibacterianas. i z l@
a saúde, incluindo a a a
ied do Cranberry
Os rPACs e ns são compostos
B e s so
p e r a p e
de oligômeros e polímeros de flavanois, e
ro
suaPestrutura o d
específica podep a influenciar
r io a atividade biológica. Eles podem ser
n t r o c a
e a
distinguidos em dois itipos
d de PACs. a
C n c a m PACs do tipo B, presentes em alimentos ricos em
Os
tanino, como cuvas e e chocolate,
b e em que as unidades de flavan-3-ol (epicatequina ou
L i il :
m a
catequina) são frequentemente ligadas por uma ligação simples. Uma característica
estrutural menos
-
E comum dos PACs é a ligação tipo A, na qual existe uma segunda ligação
éter entre um anel A da unidade inferior e C-2 da unidade superior.
Sabe-se que a absorção oral de flavonoides é mais eficiente com a ingestão de
formas glicosiladas naturais em oposição às formas agliconas (não glicosiladas). As
formas glicosiladas competem com a glicose pelo co-transportador intestinal sódio /
glicose (SGLT1). No entanto, apenas 5% dos flavonoides ingeridos chegam à circulação,
sendo as formas de flavonol capazes de fazer isso com mais facilidade. Flavonoides não
absorvidos no intestino delgado são submetidos à degradação microbiana no cólon. Os
polímeros do PAC podem sofrer biotransformação em estéres de sulfato ou metabolitos
conjugados com glucoronato pela microflora do cólon e podem ser degradados em
ácidos fenólicos que podem ser encontrados na urina humana após o consumo de
chocolate rico em PAC, por exemplo.
A adesão do paciente à ingestão de produtos de cranberry tem sido geralmente
boa, e nenhum efeito colateral foi associado ao consumo de múltiplas porções ou
l by
suplementos de produtos de cranberry. Dada a forte evidência
u jo científica que sustenta o
seu perfil de segurança, a suplementação de cranberry como
a P fruta ou suco inteiro pode
l
ser uma escolha terapêutica valiosa no tratamento
P au de infecções do trato urinário
durante a gravidez ou a amamentação. nNo a entanto,Pem P pessoas com tendência a
A o A
to
desenvolver pedras nos rins ou na presença de insuficiência ã renal, seria mprudente evitar
t i tu r i ç s c o
a terapia com cranberry ou limitar
I ns a ingestão n ut de sucomde e cranberry
a il.em até um litro por
o de desconforto m G o causadosg mpelo excesso de acidez
dia. Além disso, episódiosd e gástrico
z
de após
estomacal foramarelatados i n o o consumo
a tr ide
a
grandes
l@
quantidades diárias de suco de
e d n s e s o
cranberry.ri e a B es
o p d e r p
Pr r o p a S., ISGRO,
MICALI, r io G., BIANCHI, G., MICELI, N., CALAPAI, G., &
nt d o NAVARRA, a
c M. (2014). Cranberry and Recurrent Cystitis: More than
e i a a
m Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 54(8),
Marketing?
C n c a
c e b e controlado, randomizado avaliando a suplementação
1063–1075.

L i
Um multicêntrico,
il : placebo
a
E -m
de própolis com cranberry concluiu que a suplementação reduziu significativamente a
incidência de ITU em mulheres com cistite recorrente E. coli, nos primeiros 3 meses, mas
não aos 6 meses. Estes resultados confirmam que o consumo de própolis + Cranberry
constitui uma estratégia útil para reduzir a recorrência de episódios de cistite. Própolis
+ cranberry pode diminuir a prescrição de antibióticos que acompanham esses eventos
e ao potencial de seleção que exerce.
BRUYÈRE, Franck et al. A Multicenter, Randomized, Placebo-
Controlled Study Evaluating the Efficacy of a Combination of Propolis
and Cranberry (Vaccinium macrocarpon) (DUAB®) in Preventing Low
Urinary Tract Infection Recurrence in Women Complaining of
Recurrent Cystitis. Urologia Internationalis, [s.l.], p.1-8, 22 maio 2019.
Dose usual: 400 a 800 mg por dia
by
Vaccinium macrocarpon, (Cranberry) - extrato seco padronizado a no mínimo 25%
j o l
de antocianidinas
P u
u la
Pa
a P
Contraindicação: a acidificação suave n
A da urina P
Acausada pelo Cranberry pode
t o o
ã medicamentos (ex: manfetaminas).
teoricamente aumentar a excreção
t i tu renal de r i ç
certos
s c o
Interações com Varfarina eIn
s
Cranberry n ut registradas.
foram m e Os casosa il. relatados sugerem
o m G o g m
aumento do efeito dae d
varfarina com e a z
administração
i do Cranberry, sendo proposto pela
d o tr l @
d a
inibição do metabolismo s
da indroga pela e a O Cranberry não deve ser
aisoenzimasoCYP2C9.
rie e e com n B
utilizadopconcomitantemente r a p
medicamentos es destinados ao tratamento de acidwz
P ro o d p a r io
gástrica, comor
nt bloqueadores
o do receptor a
c H2 histamínico (por exemplo, cimetidina) e
e d
a prótonsm a
C da bomba
inibidores
n cide a (pantoprazol).
e b e
Lic ail:
m
D-manose E-
A D-manose é um açúcar simples, sem importância metabólica real, ao qual a
Escherichia coli uropatogênica (UPEC) pode se ligar por meio das fímbrias do tipo P,
permanecendo assim de forma livre na urina e, portanto, sendo mais facilmente
eliminada com a micção. A pesquisa in vitro identificou uma lectina específica para
manose na superfície de cepas aderentes de E. coli. Outro projeto de pesquisa in vitro
elucidou o mecanismo de adesão. A D-manose é aparentemente o principal local
receptor de células da bexiga para E. coli uropatogênica. O primeiro passo na adesão
envolve a ligação sensível à manose da FimH (adesão na ponta do pili tipo 1 de E. coli)
ao epitélio da bexiga. Um estudo in vitro descobriu que α-glicosídeos aromáticos de
manose são inibidores mais eficazes da aderência de E. coli do que o α-metil-manosídeo.
VICARIOTTO, Franco. Effectiveness of an Association of a Cranberry
Dry Extract, D-mannose, and the Two Microorganisms Lactobacillus
y
plantarum LP01 and Lactobacillus paracasei LPC09 in Women Affected
b
2014. j o l
by Cystitis. Journal Of Clinical Gastroenterology, [s.l.], v. 48, p.96-101,

P u
a ul
Dose usual: 1 P
a
n a a 2g/diaPP
A o A
to ã m
t i tu r i ç s c o
Probióticos I ns n ut m e a il.
o m G o g mbenefício potencial dos
Em revisões, d vários estudos e clínicos focaram no
d e n o tr iz l@bacteriana, UTIs, candidíase
a i a a
probióticos para
r i e d a terapia
e ns
e profilaxia
B e da
s so
vaginose

p e infecções
vulvovaginal e a
por papilomavírus
r e (HPV).
humano
p
o d a o
Pr A revisãot r ode Hiergeisto c
ri analisaram 20 estudos, e concluíram que
pe Gessnera(2017),
e nanalisados i a dforam heterogêneos
a
os estudos
C n c a m em termos de design, intervenção,
resultados eice e
qualidade bcientífica. Os lactobacilos probióticos, particularmente
L i l :
ma GR-1 e Lactobacillus reuteri, como estirpes simples ou
Lactobacillus rhamnosus
-
E
combinações diferentes, têm sido escolhas para o tratamento e prevenção de infecções
uroginecológicas. As intervenções probióticas variaram de 5 dias a 12 meses, as
dosagens variaram de 104 a 1010 UFCs e cápsulas orais, bem como bebidas ou diferentes
formas de aplicações vaginais foram testadas. Embora as recomendações da prática
clínica fossem limitadas pela força da evidência, as intervenções probióticas parecem
mostrar alguma eficácia no tratamento e prevenção de infecções urogenitais como uma
alternativa ou co-tratamento. De importância, nenhuma das intervenções probióticas
foi associada a eventos adversos graves. Se usado como co-tratamento, outras
evidências sugerem que as intervenções com antibióticos e probióticos devem ser
separadas por pelo menos 2 a 4 h para evitar a destruição dos microrganismos vivos no
trato gastrointestinal. Claramente, estudos de pesquisa clínica mais bem desenhados
com coortes maiores são necessários em probióticos usados para tratar ou prevenir
infecções urogenitais em mulheres antes que recomendações confiáveis possam ser
incluídas nas diretrizes clínicas. y
l b
HIERGEIST, Andreas; GESSNER,
the microbiome in urinary u
joAndré. Clinical implications of
tract diseases. Current Opinion In
Urology, [s.l.], v. 27, n. 2,Pp.93-98, mar. 2017.

a ula
a P P
Dose usual:A n
1 bilhão de A P
UFC
to ã o m
t i tu r i ç s c o
I ns n ut m e a il.
Contraindicação: Não háoevidênciasm G o descritos
de efeitos colaterais g m na literatura, porém,
d
e e flatulência e iz bastantel@comuns, principalmente, nos
distensão abdominal
a d i n o tr
são queixas a
d s e a s o
n
ie de tratamento. B
primeiros rdias
p e e
r a p es
o d a io
Pr r o p a r
e nt i a d o a c
C n c a m
Orientações gerais
e e
l: b durante todo o dia. Isso ajuda a diluir a urina e aumentar
Licbastanteailíquido
1. Ingerir
a excreção m urinária;
E- a urina – urinar sempre que der vontade;
2. Não segurar
3. Sempre limpar da frente para trás após fazer suas necessidades.
4. Utilizar papel higiênico sem perfume;
5. Pode-se utilizar lenço umedecido, desde que este não tenha perfume;
6. Evitar banhos de banheira;
7. Higienizar a região íntima antes e após as relações sexuais;
8. Evitar o uso de desodorantes íntimos;
9. Dar preferência à absorventes externos ou internos feitos de algodão.

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