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VOLUME XIX
 BIBLIOTECA OIDAQUl
Prof, Antoniti dt
Volume-

ÍNDICE
Lição n° 01 - A Lei do Senhor 05
Arival DiasCasimiro
Lição n° 02 - A Perfeita Vontade de Deus ,.08
Cleômines A. de Figueiredo
Lição n°03 - Não Terás Outros Deuses 11
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 04 - O Pecado da Idolatria , ,.14
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 05 - O Nome de Deus em Vão 17
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 06 - O Dia de Descanso .....20
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 07 - Honra aos Pais 23
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 08 - Não Matarás 26
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 09 - Não Adulterarás 29
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 10 - Furto .......32
Arival Dias Casimiro e Onésío Figueiredo
Lição n° 11 - Falso Testemunho 35
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 12 - A Cobiça 38
Arival Dias Casimiro e Onésio Figueiredo
Lição n° 13 - O Cristão e os Dez Mandamentos 41
Solano Portela
BIBLIOTECA DIDAQUE
Prof. António

REVISTA 19 - A LEI DO SENHOR PÁqÍNA 1

 *• •••"••• •
iMPJ

REVISTA EDUCAÇÃO CRISTÃ

VOLUME XIX
TEMA DO TRIMESTRE: A Lei do Senhor
13 estudos bíblicos acerca dos Dez Mandamentos
1a Edição - Maio/2001

EDITOR RESPONSÁVEL: Arival Dias Casimiro

REVISÃO GRÁFICA: Ademar de Oliveira Godoy

Esta revisão não inclui correção no conteúdo teológico das lições
e nem na interpretação dos textos bíblicos citados.

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Imprensa da Fé - São Paulo

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REVISTA 19 - A LEI DO SENHOR

 APRESENTAÇÃO
Jamais o homem, por muito que se esforce, cumprirá a Lei de Deus em seu
todo e, por não cumpri-la está condenado para sempre.
Deus na Sua infinita e incompreensível misericórdia, nos Seus planos eter-
nos, enviou Seu unigénito Fiího - Jesus Cristo para cumprir toda a lei e resgatar o
homem da perdição eterna a que estava submetido.
Se Jesus já cumpriu toda a lei, que importância há em estudar a Lei do
Senhor?
Muita. Os Dez Mandamentos foram decretados por Deus e nos apresentam
preceitos judiciais referentes aos deveres do homem para com Deus, no sentido
vertical e aos deveres e direitos entre os homens, isto é do homem para com o seu
semelhante no sentido horizontal, os quais foram resumidos por Jesus em apenas
dois, onde se encontram toda a lei e os profetas: Amor a Deus e ao próximo,
conforme (Mt 22.37 e 39).
Damos graças a Deus pelo privilégio que temos de poder estudar, em 13
lições especiais, a Lei do Senhor.
Desejamos, a ti, querido(a) aluno(a) feliz e abençoado estudo.
Deus te abençoe.

Os Editores

REVISTA 19 - A LEI DO SENHOR PÁC,ÍI\ 3

 LIÇÃO
A Lei do Senhor
01
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA: A Vida Através da Obediência Gn 2.15-17
TEXTO BÁsico TERÇA: A Aliança da Graça Gn 12.1-3
Êxodo QUARTA: A Lei de Deus Êx 20.1-17
QUINTA: A Lei Perfeita SI 19
20.1
SEXTA: A Lei Perene Mt 5.17-20
SÁBADO: A Batalha das Leis Rm 7
DOMINGO: A Felicidade do Justo Salmo l

Objetivo da lição:
Convencer o aluno de que a lei de Deus visa o bem do homem.

com suas ordenanças civis e religiosas

(Êx 20.22 - 24.12) e os regulamentos
cerimoniais (Êx 24.12 - 31.18). Tradici-
Um colega meu, pastor, fez a seguin-
onalmente, fala-se em lei moral, lei civil
te observação: "Na igreja hoje, vivemos
e lei cerimonial.
a mesma experiência da época bíblica
O decálogo é a lei moral de Deus para
dos juizes: Não havia rei em Israel e cada
todos os povos, em todas as épocas. São
um fazia o que achava mais correto". Eis
os princípios absolutos e universais de
uma sentença: a ausência da autorida-
Deus, os quais jamais deverão ser mo-
de gera a anarquia.
dificados.
Creio, entretanto, que a sociedade
Na introdução do decálogo lemos:
em que a igreja está inserida a influen-
"Então, falou Deus todas estas palavras:
cia. Não deveria influenciar, mas este é
Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei
um fato social inegável. A nossa socie-
da terra do Egito, da casa da servidão'
dade hoje, pós moderna, é relativista em
(Êx 20.1-2),
sua ética. Isto é, nega a existência de
Algumas lições apreendemos aqui:
valores absolutos e universais, tornando
Primeiro, a origem ou autoria da lei
a verdade algo individual e subjetivo. A
procede de Deus. Foi Deus quem falou
noção de certo e errado é individual.
"todas estas palavras". A lei não é
A solução é a contra-cuitura cristã.
mosaica, mas divina. Foi Deus mesmo
Proclamarmos os valoçes absolutos e uni-
quem escreveu a lei nas tábuas de pe-
versais de Deus. Estes estão resumidos
dra (Êx 32.16; 34.1). Logo, as palavras
nos dez mandamentos.
ditas pelo Senhor são a revelação escri-
ta de Deus (Rm 15.4; l Co 10.11 e 2 Tm
EXPOSIÇÃO 3.15-17).
1. OS DEZ MANDAMENTOS
Segundo, o conteúdo da lei "todas
estas palavras" constitui um tratado da
A lei do Senhor compreende o aliança entre Deus (o Rei Suserano) e o
decálogo (Êx 20.1-21), o livro da aliança povo de Israel (os vassalos ou súditos).

LIÇÃO 01: A Lei do Senhor PÁqÍNA 5

A ausência de penalidades indica que o
decálogo não é um código jurídico, mas
um documento base de um acordo ou
aliança.
Terceiro, o decálogo é uma expres-
são da Aliança da Graça. A lei não foi
dada antes da saída do povo do Egito,
mas posteriormente, Israel pertencia ao
Senhor por direito de criação e de re-
denção. Deus não exigiu o cumprimento
da Jei como condição para a libertação
do cativeiro egípcio. A lei deveria ser
cumprida como expressão de amor.
2. A REJEIÇÃO DA LEI DO
SENHOR
"Pelo que, como a língua de fogo con-
some o restolho, e a erva seca se des-
faz pela chama, assim será a sua raiz
como podridão, e a sua flor se esvaece-
rá como pó; porquanto rejeitaram a lei
do Senhor dos Exércitos e desprezaram
a palavra do Santo de Israe/"(ls 5.24).
A rejeição da lei do Senhor é a grande
causa do fracasso do homem e princi-
palmente do povo de Deus. A grande
pergunta a ser respondida é: por que as
pessoas rejeitam a lei do Senhor?
2.1. A natureza humana
A natureza humana, por causa do
pecado original (Gn 3), encontra-se em
oposição à pessoa e à lei de Deus. Toda
humanidade está sob o pecado. " Não
hájusto, nem um sequer, não há quem
entenda, não há quem busque a Deus"
(Rm 3.10-11). A humanidade vive segun-
do as más inclinações da natureza, bus-
cando sempre atender as exigências per-
vertidas da carne (Ef 2.1-3). E o pecado
tem a sua sede no coração humano. Je-
sus afirma que é de dentro do coração
que procedem os maus desígnios; o que
sai do homem é o que o contamina (Mc
7).
Mesmo após a conversão, o novo
homem em Cristo continua lutando con-
PÁqiNA 6
tra o pecado. Paulo fala da lei de Deus
mentalmente compreendida que luta
contra a lei do pecado que habita no cor-
po: "Porque, no tocante ao homem inte-
rior, tenho prazer na lei de Deus; mas
vejo, nos meus membros, outra lei que,
guerreando contra a lei da minha men-
te, me faz prisioneiro da lei do pecado
que está nos meus membros" (Rm 7.22-
23).
2.2. A lei se opõe à felicidade
As pessoas se rebelam e rejeitam a
lei de Deus porque sentem que ela se
opõe à sua felicidade. Alguns dizem que
a lei leva a pessoa a sentir-se culpada e
infeliz. Então, rejeitemos essas proibi-
ções divinas. Cada pessoa constituirá a
sua verdade e buscará a sua felicidade
longe das restrições legais.
Contudo, a experiência mostra que
a rebelião contra a lei de Deus não traz
felicidade. O sábio Salomão afirma: "6>
que atenta para o ensino acha o bem, e
o que confia no Senhor, esse éfe//z"(Pv
16.20). "Bem-aventurados os irrepre^
ensíveis no seu caminho, que andam na
lei do Senhor" (SI 119.1). "Os preceitos
do Senhor são retos e alegram o cora-
ção" (SI 19.8).
2.3. A lei se opõe à liberdade .
As pessoas se rebelam contra a lei
porque a vêem como algo oposto à li-
berdade. A ideia que o homem sem Deus
tem da liberdade é a ausência de limi-
tes. Faça o que quiser! Viva e desfrute .
de tudo sem remorso! Não se preocupe
com os outros, curta a vontade! Entre-
tanto, isto não é liberdade, mas licen-
ciosidade.
Jesus Cristo disse: "Se vós
permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos; e
conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará... Em verdade, em verdade, vos
digo: todo o que comete pecado é es-
cravo do pecado " (Jo 8.31,32,34). As
pessoas acham que a melhor maneira
LIÇÃO 01: A Lei do Senhor
de serem livres é rejeitando a lei do Se-
nhor. Contudo, Jesus afirma e a experi-
ência comprova justamente o contrário.
Ligada ao pecado, a pessoa pode rejei-
tar a lei, mas sempre será uma escrava.
2.4. A lei se opõe ao amor
Este é o argumento predileto. A lei é
arcaica, preconceituosa, opressora e in-
justa, afirmam. "O que vale é o amor!"
O argumento é que a lei se opõe ao amor.
Entretanto, a Bíblia diz que o cumprimen-
to da lei é o amor (Rm 13,10). Apropria
lei é resumida por Jesus Cristo como o
amor a Deus e ao próximo (Mc 12.28-
31), Aquele que verdadeiramente ama,
guarda os mandamentos de Deus.
CONCLUSÃO
^•^•^••••^•(^^•••••••••^•^^•^H
M.LIoyd-Jones declara: "Uma coisa
muito maravilhosa que transparece
quando você lê a Bíblia e aprende a
conhecê-la inteiramente, é que você des-
* Pensamento
"Quando a lei de Deus é escrita em nosso coração, nossos deve-
res são nossos prazeres."
LIÇÃO 01: A Lei do Senhor
cobre que ela é um livro atualizado e
muito contemporâneo. É um livro que
fala a todas as épocas e gerações, por-
que a humanidade permanece a mesma
em todas as suas qualidades essenciais,
e Deus continua o mesmo. Assim, a
mensagem de Deus para o mundo é ain-
da esta velha mensagem, e eu quero
mostrar-lhe quão relevante ela é para o
mundo de hoje".
A lei de Deus é perfeita, relevante e
permanente.
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Qual a importância ou relevân-
cia de se estudar a lei hoje?
2. Qual o sentido da Lei no Anti-
go e Novo Testamentos?
3. Por que as pessoas rejeitam a
lei de Deus?
Matthew Henty
 A Perfeita Vontade De Deus
SECUNDA;
TEXTO BÁsico TERÇA:
Romanos '. QUARTA:
- QUINTA':
12.1-2
í SEXTA:
; SÁBADO:
l£ DOMINGO:
Objetivo da lição:
Defender a lei como o perfeita voniade de Deus.
INTRODUÇÃO
Conta-se como uma das supremas
bênçãos do evangelho a libertação do
domínio/ do jugo da lei.
Um dos nossos hinos canta com ale-
gria altaneira: "livresdo medo, oh! dito-
so estado, Cristo morreu levando o pe-
cado; e/s o resgate o pacto se fez, fo-
mos remidos de uma vez... Cristo na cruz
a lei satisfez e resgatou-nos de uma vez".
De um modo glorioso Paulo trata na
Epístola aos Gaiatas/ de nossa liberta-
ção do domínio da lei. E conclui o após-
tolo que o subjugo ao pecado se encon-
tra paralelamente ao subjugo da lei. Por
isso a lei não podia dar a vida.v'Aquilo
que era impossível à lei, porque estava
enferma pela carne, isso fez Deus en vi-
ando seu próprio Filho em semelhança
da carne pecaminosa e no tocante ao
pecado; e, com efeito, condenou Deus,
na carne, o pecado ". Como resultado
desta obra gloriosa/ o que tem fé/ entra
portanto na esfera da Graça/ liberto em
Cristo, da escravidão da lei.
A lei que na pedra feria nosso bruto
coração/ foi pelo amor de Cristo implan-
tada em nosso espírito. E aquilo que a
8 LIÇÃO 02: A Perfeita Vontade de Deus
- ;< LE1TURA';DIÁRIA
A Repetição dá Lei
A Lei é Fonte de: Bênçãos
A Lei do"SenHõr'nb Coração
A Lei dó^Espírito.,...
A Tutela da Irei',/.!
AJustificação'PeIà Fé
A Liberdade Crista:.:....:.......
fraqueza da carne não conseguia/ hoje
pela força que vem de Cristo/ é possível.
Deve/ portanto/ o crente conhecer a
lei.
Deve/ portanto/ o crente regozijar-se
em Cristo pela liberdade/ e deve andar
de conformidade com esta lei em grati-
dão e transformação de vida/ no poder
de Cristo.
Ao contemplar a lei/ verá o crente a
grandeza de Cristo e se sentirá arrepen-
dido e incentivado pelo amor a fim de
obedecê-la.
Que o Senhor Jesus nos abençoe no
estudo de seus mandamentos.
EXPOSIÇÃO
1. O VALOR DA LEI PARA O
CRENTE
Sendo liberto da lei, tem ela alguma
utilidade para o crente?
Conforme a Bíblia/ e bem sintetizada
pela Confissão de Fé (Westminster)/ a
lei foi dada e serve aos crentes para al-
guns propósitos específicos:
1.1. Manifesta-lhes como regra de
vida a vontade de Deus.
 1.2. Descobre-lhes também as peca- Também onde uma promessa está ane-
minosas poluiçÕes da sua natureza, dos xa, a ameaça contrária está inclusa, e
seus corações e das suas vidas; alcan- onde uma ameaça está anexa, a pro-
çando pela lei a profunda convicção de messa contrária está inclusa (Is 58.13;
pecado, maior humilhação e mais aver- Mt 15.4-6; Ef 4.28; Êx 20.12; Pv 30.17;
são aos pecados. Jr 18.7-8 e Êx 20-7).
1.3. Mostra-lhes a necessidade de 2.5. A lei é perenal
Cristo e de como gloriosamente Cristo O que Deus proíbe não se fará em
foi perfeito na sua obediência. tempo algum, e o que Ele manda é sem-
1.4. Ela proíbe o pecado. pre um dever - mas todo o dever espe-
1.5. Mostra o juízo que merece o pe- cial é para se cumprir em todos os tem-
cado e as aflições que advêm de sua pos (Rm 3.8; Dt 4.9; Mt 12.7 e Mc 14.7).
prática. 2.6. A lei é extensiva
1.6. Evidência a bênção que deve o Sob um pecado ou um dever, todos
crente receber quando pauta sua vida os da mesma classe são proibidos ou
na santa obediência. mandados, juntamente com todas as
1.7. Estimula a uma gratidão pela coisas, meios, ocasiões, aparências de-
obediência de Cristo e de todas as bên- les e provocações a eles (Hb 10.24-25;
çãos espirituais que por Cristo e sua vida l Ts 5.22; Gl 5.26; Cl 3.21 e Jd 23).
nos advêm por Ele a ter cumprido por 2.7. A lei é responsabilizadora
nós. Aquilo que nos é proibido ou manda-
do, temos a obrigação, segundo o lugar
2. COMPREENDENDO A LEI que ocupamos, de procurar que seja
evitado ou cumprido por outros segundo
Como poderemos compreender a lei? o dever das suas posições (Ex 20; Lv
A própria Bíblia nos ensina: 19.17; Gn 18.19; Dt6.6-7eJs24.15).
2.1. A lei é perfeita 2.8. A lei e a cumplicidade
Exige absoluta perfeição em seu cum- Quanto ao que é mandado a outros,
primento. Exige perfeição total na obe- somos obrigados, segundo a nossa vo-
diência, nos atos e no tempo, e proíbe o cação e posição, a ajudá-los e a cuidar
mínimo de pecado (todo pecado). (Tg em não participar com eles do que lhes
2.10; Mt 5.17-22). é proibido (2 Co 1.24; l Tm 5.22 e Ef
2.2. A lei é espiritual 5.7).
Assim, se estende ao intelecto, aos 2.9. A lei e seu autor
afetos, à vontade e às outras poten- Deus, o criador e o resgatador de seu
cialidades da alma - como às palavras, povo do cativeiro espiritual, o Senhor do
às obras, e ao procedimento (Rm 7.14; Universo e nosso autor, tem todos os di-
Dt 6.5; Mt 22.37-39). reitos e todos os poderes de nos exigir
2.3. A lei é una obediência e é nosso dever aceitá-lo e
Porque uma e a mesma coisa, em andar em retidao aos seus mandamen-
respeitos diversos, exige ou proíbe em tos. Ele é soberano (Êx 20.2; Is 44.6; Êx
diversos mandamentos (Cl 3.5; l Tm 3.14; Rm 3.29 e l Pé 1.15-18).
6.10; Pv 1.19 e Am 8.5).
2.4. A lei é ampla 3. SUPERIORIDADE DO
Onde um dever é prescrito, o pecado DECÁLOGO
contrário é proibido, e, onde um pecado
é proibido, o dever contrário é prescrito. "Então falou Deus todas estas pala-

LIÇÃO 02: A Perfeita Vontade de Deus

vras..."
Maravilha-nos a superioridade dos
mandamentos divinos. Mas, Êxodo 20.1
diz: "Então falou o Senhor todas estas
palavras..." e quando Deus fala não se
lhe pode comparar. A. N. Mesquita diz
que este código ultrapassa tudo o que
conhecem e fazem os maiores legisla-
dores humanos. O código de Hamurabi,
deAnrafel foi o melhor que a raça hu-
mana pode produzir/ mas se lhe não com-
para. Nenhum outro fundador de qual-
quer religião/ por mais alto que esteja/
há de ser igual/ antes/ estará muito
aquém dos ensinos de Moisés.
Este ensino veio de Deus, o Criador.
Ele une em sua forma: simplicidade/ pro-
fundidade, clareza e sentido.
CONCLUSÃO
Sendo salvos pela graça de Jesus
Cristo/ pela sua vida, obediência e obras/
pela sua morte na cruz, já não será a lei
o padrão obrigatório, antes, pelo con-
trário, a expressão feliz da gratidão e do
louvor àquele que por nós a cumpriu.
Isto é ilustrado com a alegria de uma
escrava e um Lord que se encontraram
num navio negreiro, onde, após terem
conversado bastante, ambos se admira-
vam - ela/ pela grandeza d'alma expres-
* Pensamento
"Cristo aboliu a lei como meio de justificação, não por sua des-
truição, mas por seu cumprimento."
PÁqÍNA 10
sa por aquele cavalheiro - ele, pela ex-
pressão e compreensão que ela possuía
da vida. Após a conversa, o Lord foi à
direção do navio e comprou aquela es-
crava. Quando trouxe os documentos da
compra e mostrou à escrava/ ela sentiu
uma profunda decepção e disse: pensei
que possuía uma alma tão nobre que
jamais praticaria um gesto tão baixo de
mercadejar pessoas. Ao que respondeu
o Lord: comprei-a para dar-lhe liberda-
de. És livre! Emocionada a escrava disse
ao remidor: Se assim é, serei sua es-
crava.
Liberto por Cristo do império da lei,
não terá o crente outra mais grata ex-
pressão do que se tornar escravo de
Cristo, na obediência à Justiça. Agora,
não como obrigado a cumprir a lei/ mas
como agradecido pelo resgate. Ele obe-
deceu nos amando, nós o amamos lhe
obedecendo.
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Por que o cristão deve cumprir
a lei?
2. Qual o valor da lei para o cren-
te?
3. Explique: "a lei é santa".
LIÇÃO 02: A Perfeita Vontade de Deus
 LIÇÃO
Não terás outros deuses

1 . \ TEXTO BÁsico
SEGUNDA:
TERÇA:
LEITURA DIÁRIA
Deus é o Criador
Deus é o Libertador
....
....
Gn 1
Êx 3
Êxodo QUARTA: Deus é o Provedor .... SI 104
QUINTA: Deus é o Protetor .... SI 121
20.3
SEXTA: Deus é o Único SENHOR .... Is 44
\: Honras Somente a Deus .... SI 115

Ig ~ ] DOMINGO: Louvai ao Senhor .... SI 148

Objetivo da lição:
Reafirmar a existência única do Deus verdadeiro.

Quando estivermos falando acerca de 1. O MANDAMENTO

Deus, ou quando ouvirmos alguém fa-
lando sobre Ele, é bom sabermos que Pergunta: "Qual é o primeiro
mandamento?
existem pelo menos três diferentes ma-
Resposta: O primeiro mandamento
neiras de se imaginar sua pessoa e a é: Não terás outros deuses diante de
sua relação com o mundo: mim"(Êx20.3).
1. Panteísmo: afirma que tudo é
Deus ou Deus é tudo. "Deus é como uma 2. AS EXIGÊNCIAS

imensa folha de papel, rasgada em inú-

meros pedacinhos".
2. Deísmo: defende que Deus é o
criador do mundo, mas não exerce do-
mínio completo sobre ele. "Deus é o Su-
premo Arquiteto do Universo"
3. Teísmo: afirma a existência de um
Deus pessoal, criador e sustentador do
Universo. "Eis que os céus e os céus dos
céus são do Senhor teu Deus, a terra e
tudo o que nela há".
Na lição de hoje examinaremos o pri-
meiro mandamento de Deus, segundo o
Teísmo.
Pergunta: "Que exige o primeiro
mandamento?
Resposta: O primeiro mandamento
exige de nós o conhecer e reconhecer a
Deus como único Deus verdadeiro, e
nosso Deus (l Cr 28.9; Dt26.17), e como
tal'adorá-lo e glorificá-lo"'(SI95.6, 7; Mt
4.10; SI'29.2).
Três coisas Deus exige dos seus elei-
tos:
2.1. Conhecimento correto
O crente precisa conhecer o Ser divi-
no na unidade trinitária do Pai, do Filho
e do Espírito Santo, único Deus verda-
deiro. O referido conhecimento não
lhe virá por vias racionais, experienciais
ou emotivas, mas por revelação, e esta

LIÇÃO 03: Não Terás Outros Deuses 1 1

 codificada exclusivamente nas Escrituras,
compreensíveis/ particularmente aos es-
colhidos/ mediante condução e ilumina-
ção do Espírito Santo. Fora da revelação
bíblica/ não há perfeito conhecimento do
Deus único.
2.2. Reconhecimento
Ainda por iluminação e testemunho
interno do Espírito Santo/ o salvo reco-
nhece/ no Deus que conheceu por meio
das Escrituras/ seu único Senhor/ Salva-
dor e Rei, e isto em virtude de sua ado-
ção como filho regenerado/ que o capa-
cita ajusta compreensão de seu Reden-
tor e à interação com seu Pai celeste.
2.3. Correta adoração
Deus exige de seus adoradores que
o adorem em espírito e em verdade de
maneira privativa e exclusiva. O culto,
porém/ em Israel não se expressava
como o povo queria e o desejava, mas
sim como Deus o estabeleceu e o re-
quer. Culto é o serviço do servo; portan-
to/ tem de ser conforme as normas e a
vontade de seu Senhor/ que o planejou
em seus mínimos detalhes/ estabeleceu-
lhe a estrutura e os meios sacrificiais,
organizou e ordenou o seu ministério.
Não é o servo que coloca Deus diante de
si e escolhe o que lhe é bom/ convenien-
te e agradável; Deus é quem convoca o
redimido ao culto/ à adoração e ao lou-
vor e determina a postura e comporta-
mento litúrgicos do adorador na sua so-
berana/ augusta e santa presença.
3. PROIBIÇÕES
Pergunta: "Que proíbe o primei-
ro mandamento?
Resposta: O primeiro mandamento
proíbe negar (SI14.1), deixar de adorar
ou glorificar ao verdadeiro Deus, como
Deus (Rm 1.20-21,25), e nosso Deus (51
81.11), e dará qualquer outro a adora-
ção e a glória que só a Ele são devidas"
(Rm 1.25).
12
A negação ou rejeição da monolatria
litúrgica/ da parte dos que governam e
dos que são governados, e qualquer tipo
de polilatria, adoração ou veneração de
outros deuses, mentalizados ou
iconifícados, todos inexistentes e, con-
seqCientemente, inoperantes, são com-
portamentos proibidos no primeiro
mandamento. Deus é único/ sem supe-
rior/ sem igual/ sem competidor, sem
mediadores no céu, sem procuradores
ou representantes na terra.
4. A EXPRESSÃO "DIANTE DE
MIM"
Pergunta : "Que se nos ensina,
especialmente, pelas palavras" di-
ante de mim ", no primeiro manda-
mento?^
Resposta: As palavras "diante de
mim" no primeiro mandamento, nos
ensinam que Deus, que vê todas as coi-
sas, toma conhecimento, e muito se ofen-
de, com o pecado de ter-se em seu lu-
gar outro deus"(l Cr28.9; SI44.20-21).
A expressão: "Diante demim"s\qrã~
fica:
4.1. Entre Deus e o homem, o maior
e mais nobre de todos os seres/ ima-
gem e semelhança do Criador/ não se
colocará qualquer mediador ou divinda-
de. O pacto estabeleceu relação direta
do Redentor com seus redimidos.
4.2. Deus, o esposo/ requer fidelida-
de absoluta de sua esposa, não admitin-
do, em hipótese alguma, traição, mes-
mo sendo por infidelidade mental.
4.3. Ter outros deuses diante de Javé
não somente implicava em condenável
politeísmo e crassa idolatria mas, e es-
pecialmente/ submeter-se à soberania
de outros povos cujos poderes divinos
emanavam de seus respectivos deuses
como, por exemplo/ Amon do Egito/
Mardukda Babilónia/ Baal doscananitas.
Tais deuses eram respeitados como
LIÇÃO 03: Não Terás Outros Deuses
"kyrios". O "Kyrios" de Israel, pelos ter-
mos da aliança, só poderia ser Javé.
CONCLUSÃO
Não terás outros deuses diante de
m/m, é a ordem de Deus. Mas, por que
esta proibição? Será que Deus não acei-
ta concorrentes? Claro que não! Não se
deve pensar que há outros deuses e que
Javé os tema. A exclusividade é ordena-
da porque o coração do homem vive a
fabricar ídolos. Não terásmôlCB a pos-
sibilidade de se ter. O homem vive sem-
pre a constituir ídolos para si, ao invés
de aceitar a existência do único Deus
verdadeiro. "Eu sou o Senhor, e não há
outro; além de m/m não há Deus... além
de m/m não há outro; eu soe/ o Serrfror;
e não há outro"(Is 45.5-6). Adorar a ou-
tro que não seja Ele é adorar ao vento.
O apóstolo Paulo confirma: Sabemos
que o ídolo, de si mesmo, nada é no
mundo e que não há senão um só
Dei/s(lCoSA).
PONTOS PARA DISCUTIR
1. De acordo com o primeiro man-
damento é possível dizer que o ateís-
mo existe?
2. Quais seriam os deuses da atu-
ai sociedade
3. Em sua vida pessoal. Deus tem
a exclusividade?

* Pensamento
"A fidelidade a Deus é nossa primeira obrigação em tudo o que
somos chamados a fazer a serviço do evangelho."
lain H. Murray

LIÇÃO 03: Não Terás Outros Deuses PÁqÍNA 13

 O Pecado dá Idolatria
SEGUNDA:
TEXTO BÁsico TERÇA:
•>, f i
Êxodo QUARTA:
QUINTA:
20.4-6
SEXTA:
SÁBADO:
DOMINGO:
Objetivo da lição:
Convencer o aluno de que a /c/o/afría é uma ofensa a Deus.
INTRODUÇÃO
Somos todos idólatras por natureza.
Adoramos pessoas, posições sociais, di-
nheiro, prazeres, etc. É por isso que
João, o apóstolo amado recomenda-nos:
"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (l Jo
5.21). Segundo João, ídolo é tudo aquilo
que exige lealdade, que pertence exclu-
sivamente a Deus. "Eusou o-Senhor/ este
é o meu nome; a minha glória, pois, não
a darei a outrem, nem a minha honra,
às imagens de escultura" (Is 42.8).
Charles Hodge afirma; ua idolatria
consiste não apenas na adoração de
deuses falsos, mas também na adora-
ção do verdadeiro Deus através de ima-
gens". Segundo J. Packer, a glória de
Deus e o bem espiritual do homem es-
tão diretamente ligados a este manda-
mento. As imagens desonram a Deus,
pois obscurecem a sua glória (Is 40.18).
As imagens enganam os homens, pois,
projetam ideias falsas a respeito de Deus
(SI 115.4-8).
Na lição de hoje aprenderemos que
a idolatria é uma grande ofensa a Deus.
PAqÍNA 14
-L7EITUR'A DIÁRIA
Imagem Esculpida'.....,.. Dt 4.1-19 '
O Senhofé tíèús*,:........... .1 Rs 18.20-40
Deuses Portáteis ;........;...Is 46
Enfrentando a Idolatria Dh 3
Adoração'Espiritual ...... Jo 4.19-30
Fugfda Idolatria"..;..... l Co 10.14-22
O Fim dosldólatras.... ...Ap 22.8-17
EXPOSIÇÃO
1. O MANDAMENTO
Perg unta " Qual é o segundo man-
damento?"
Resposta: O segundo mandamento
é: "Não f arasparã ti imagens de escul-
tura/ nem figura alguma de tudo o que
há em cima no céu, e do que há em bai-
xo na terra/ nem de coisa alguma do que
haja nas águas/ debaixo da terra. Não
as adorarás/ nem lhes darás culto; por-
que eu sou o Senhor teu Deus/ o Deus
zeloso/ que vinga a iniquidade dos páis
nos filhos até à terceira e quarta gera-
ção daqueles que me aborrecem; e que
usa de misericórdia para com milhares
daqueles que me amam e que guardam
os meus preceitos" (Êx 20, 4-6).
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta :"Que Exige o segundo
mandamento?
Resposta: O segundo mandamento
exige que recebamos/ observemos e
guardemos puros e íntegros todo o culto
e ordenanças religiosas que Deus insti-
LIÇÃO 04: O Pecado da Idolatria
 tu/u em Sua palavra" (Dt 12.32; Mt
28.20; Dt32.46).
Deus, aos instituir o culto, estabele-
ceu símbolos e tipos, mas não ícones;
jamais ordenou, e nem os judeus fize-
ram isso, a veneração ou adoração dos
querubins, da arca, das tábuas da lei,
do altar, da vara de Aarão, do maná es-
condido ou de quaisquer objetos do tem-
plo. Não podemos confundir os símbolos
e os tipos com ídolos tanto no velho como
no novo Israel. Temos símbolos cristãos
extraordinariamente ricos como a cruz,
a sarça, o pombo, o peixe, o barco, a
candeia, o candelabro, a videira. Sím-
bolos, sim; ídolos, nunca.
3. PROIBIÇÕES
Pergunta : "Que proíbe o segun-
do mandamento?
Resposta:" O segundo mandamen-
to proíbe o adorar a Deus por meio de
imagens (Dt 4.15-19; At 17. 29), ou de
qualquer outra maneira não prescrita na
sua Palavra"(Dt 12. 30-32).
Imagens icônicas, pintadas ou escul-
pidas nos lares, no templo, nos objetos
pessoais ou nas jóias estão impedidas
pelas Escrituras porque são representa-
ções da divindade e exercem função
mediatária na adoração a Deus, que é
Espírito, não podendo ser identificado por
e em qualquer objeto ou ser da nature-
za, inclusive o humano, e por nenhuma
figura mitológica.
Este mandamento proíbe qualquer
ícone, "figura alguma", do céu, da terra
e do inferno, que se destine à objetivação
de quaisquer divindades; são desvios
litúrgicos intoleráveis. Deus, por outro
lado, sendo Espírito, não quer e não pode
ser evocado por meio de figuras icônicas,
pintadas ou esculpidas, de minerais, ve-
getais, corpos celestes, animais e huma-
nas. Eis, a respeito, a exortação deute-
ronômica: "Guardai, pois, cuidadosa-
LIÇÃO 04: O Pecado da Idolatria
mente a vossa alma, pois aparência ne-
nhuma vistes no dia em que o Senhor,
vosso Deus vos falou, em Horebe, no
meio do fogo; para que não vos
corrompais e vos façais alguma imagem
esculpida na forma de ídolo, semelhan-
ça de homem ou de mulher (negrito
nosso), semelhança de algum animai
que há na terra, semelhança de algum
volátil que voa pelos céus, semelhança
de algum animal que rasteja sobre a ter-
ra, semelhança de algum peixe que há
nas águas debaixo da terra. Guarda-te
não levantes os olhos para os céus e,
vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber,
todo o exército dos céus, sejas seduzido
a inclinar-te perante eles e dês culto
àqueles, cousas que o Senhor, teu Deus,
repartiu a todos os povos debaixo de to-
dos os céus" (Dt 4.15-19). Em suma,
qualquer ídolo de qualquer espécie ou
natureza fica proibido por Deus em
decorrência de sua ineficácia e intole-
rabilidade.
4. RAZOES ANEXAS
Pergunta:" Quais são as razões ane-
xas ao segundo mandamento?
Resposta: As razões anexas ao se-
gundo mandamento são a soberania de
Deus sobre nós (SI 95. 2,3), a sua pro-
priedade em nós e o zelo que ele tem
peio seu próprio culto "(Êx 34.14).
Eis as razões anexas:
4.1. Soberania de Deus
Como absoluto soberano sobre os
seus eleitos, Deus exige adoração direta
e pessoal, eliminando todos os desne-
cessários e inconvenientes intermediá-
rios.
4.2. Senhor de seu povo
Deus é proprietário da comunidade
eleita e de cada um de seus membros,
exercendo sobre todos autoridade ime-
diata e absoluta. O culto da e na Igreja é
resultado da ação onipresente do Rei e
PÁqiNA 15
Salvador. Israel jamais imaginou adorar
um Deus ausente, incapaz e impotente,
4.3. Um Deus zeloso
Sendo zeloso, conforme afirma no
próprio mandamento/ Deus não tolera
idolatria, uma forma de adultério espiri-
tual, iniquidade insuportável. Os que ver-
dadeiramente amam ao Deus zeloso,
adoram-no em espírito e em verdade,
excluindo totalmente do culto a
iconolatria, a santolatria, a crucilatria, a
maríolatria e outras latrias.
CONCLUSÃO
O primeiro mandamento trata da ado-
ração exclusiva a Deus. O segundo esta-
belece a forma como Deus quer ser ado-
rado. A adoração ou o culto a Deus não
deve ser oferecido através de imagens.
Ele proíbe a confecção de imagens para
fins de adoração. Devemos rejeitar a
imaginação e aceitar a revelação de
Deus: revelação pessoal -Jesus Cristo
(Cl 1.15) e revelação escrita - a Bíblia (2
Pé 1.20-21).
* Pensamento
"A mente do homem é como um depósito de idolatria e supersti-
ção; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é
certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo
sua própria razão."
PÁqÍNA 1 6
O propósito divino no segundo man-
damento torna-se claro. "Negativamen-
te, é uma exortação contra os modos de
adoração e a prática religiosa que nos
levam a desonrar a Deus e a falsificar a
sua verdade. Positivamente, convoca-nos
a reconhecer que Deus, o Criador, é
transcendente, misterioso e inescrutável,
além do limite de qualquer conjectura
filosófica de que sejamos capazes; e,
como consequência, um chamado para
que nos humilhemos para ouvi-lo e apren-
der dele, deixando que Ele mesmo nos
ensine como é que devemos pensar nele"
(3.1. Packer).
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Há diferença entre venerar um
imagem e adorar uma imagem?
2. Como relacionar a idolatria com
o adultério espiritual?
3. Você possui algum ídolo?
João Calvino
LIÇÃO 04: O Pecado da Idolatria
 LIÇÃO
O Nome de Deus em Vão
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA: Santificado Seja o Teu Nome Mt 6.9-15
TEXTO BÁsico TERÇA: Glorifica o Teu Nome Jo 12.20-36
Êxodo QUARTA: Nome Glorioso Dt 28.58-68
QUINTA: Em Meu Nome Jo 14.12-15
20.7
SEXTA: Reunidos em Nome Mt 18.19-20
SÁBADO: A Profanação do Nome Lv 19.11-12
DOMINGO: O Nome Exaltado Fp 2.5-11

Objetivo da lição:
Convencer o aluno de que o nome de Deus deve ser reverenciado.

O nome de alguém representa a sua 1. O MANDAMENTO

pessoa. É através do nome que alguém
é identificado. É por essa razão que
quando alguém nasce, faz-se o registro
do seu nascimento identificando o re-
cém-nascido com um nome e um sobre-
nome.
A pessoa de Deus é representada pelo
seu nome. O seu nome não lhe foi atri-
buído, mas revelado. Elohim (Gn 1.1),
Javé Elohim (Gn 2.4), El-Shaddai (Gn
17.1), Eu Sou (Êx 3.13-14), etc. E foi atra-
vés do Nome, que Israel teve acesso à
presença e adoração a Deus. E através
da pessoa de Jesus, representada pelo
seu nome, que o cristão tem acesso a
Deus (ITm 2.5; Jo 16.23; Mt 18.20).
O terceiro mandamento proíbe o uso
do nome de Deus de forma trivial, na
falsa adoração e nos juramentos falsos.
Pergunta: "Qual é o terceiro man-
damento?
Resposta: O terceiro mandamento
é: "Não tomarás o nome do Senhor teu
Deus em vão, porque o Senhor não terá
por inocente aquele que tomarem vão o
nome do Senhor seu Deus"(Êx 20.7).
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta: "Que exige o terceiro
mandamento?
Resposta: O terceiro mandamento
exige o santo e reverente uso dos no-
mes (SI 29.2), títulos e atributos ( Ap
15.3-4), ordenanças (Ml 1.14), palavras
(SI 138.2) e obras de Deus"(SI 107.21-
22).
O nome, em si mesmo e isolado, fica
despido de conteúdo moral. A pessoa que
o possui, porém, se digna e respeitada,
fá-lo digno e reverenciado. Dignidade,
honra e santidade maximizam-se em
Deus por causa da excelência pessoal da

LIÇÃO 05: O Nome de Deus em Vão PÁqiiMA 17

divindade. Portanto; todos os seus atos
e atributos, por serem corretos, eleva-
dos/ santos e justos, merecem respeito-
so tratamento e submisso acatamento
de todos os homens, especialmente dos
eleitos, filhos da graça, herdeiros da pro-
messa. Tudo o que é de Deus ou dele
procede é nobre, verdadeiro, perfeito,
construtivo, elevado e essencialmente
bom. Os crentes sinceros respeitam,
acatam e seguem as Escrituras porque
sabem serem a revelação de Deus e de
sua vontade para todos os seres huma-
nos, mas especificamente eficazes na
vida dos escolhidos. Acatar e obedecer
a Palavra de Deus é honrar e respeitar o
seu glorioso nome, exaltá-lo entre os
homens e santificá-lo na terra.
4. PROIBIÇÕES
Pergunta: "Queproíbe o tercei-
ro mandamento?
Resposta: O terceiro mandamento
proíbe,toda profanação ou abuso de
quaisquer coisas por meio das quais Deus
se faz conhecer" (Ml 2.2; Is 5.12).
Todas as instituições e ordenações
divinas devem ser respeitadas por cau-
sa da santa procedência, da necessida-
de de suas existências, dos benefícios
espirituais que geram ou possibilitam
para os filhos eleitos do Pai. Tomam o
nome de Deus em vão e o profanam
aqueles que tratam com desrespeito,
recebem com leviandade e infidelidade
os sacramentos e demais ordenanças do
Redentor como, por exemplo: O batis-
mo, a Santa Ceia, os mandamentos, as
Escrituras, a oração, o culto, o matrimó-
nio, quando realizado pela ou perante a
Igreja de Cristo. O descumprimento das
promessas ou compromissos no ato do
casamento, visando a sua efetivação em
nome de Deus, representa claríssima e
evidente quebra do terceiro mandamen-
to. A negação vivencial, consciente ou
PÁqÍNA 18
não, da palavra empenhada pelo
confessante na pública profissão de fé,
mediante a qual a igreja lhe ministra o
batismo ou admite-o na comunhão da
comunidade eclesial é, sem a menor
dúvida, profanação da ordenança divina
estabelecida no terceiro mandamento. O
membro da comunidade eclesial, por
outro lado, que corrompe a família ou
profana a igreja, nobilíssimas instituições
divinas, toma o nome do Senhor seu
Deus em vão.
5. RAZÕES ANEXAS
Pergunta: " Qual é a razão anexa
ao terceiro mandamento?
Resposta: A razão anexa ao tercei-
ro mandamento é que, embora os
transgressores deste mandamento es-
capem do castigo dos homens, o Senhor
nosso Deus não os deixará escapar do
seujustojuízo" (Dt 28. 58,59).
Depois de conscientemente fazer-se
um voto, uma promessa ou um compro-
misso com Deus ou torná-lo por teste-
munha, não se há de alegar inocência
como justificativa de desobediência. Deus
não aceita esse tipo de alegação por ser
infundada, mentirosa e hipócrita.
Trate seu Pai celeste com honestida-
de, fidelidade e sinceridade, pois você
assim é tratado por ele.
CONCLUSÃO
A quebra deste mandamento consis-
te em usar o nome divino, que é revesti-
do de suprema e imensurável respeita-
bilidade, honra, dignidade e santidade,
tanto no universo físico como no espiri-
tual, sem o devido respeito, a reverên-
cia adequada, a obediência exigida e a
submissão de servo.
O nome identifica a pessoa e esta por
ele se qualifica. Quem não tem nome
também não possui identidade moral,
LIÇÃO 05: O Nome de Deus em Vão
 social, histórica, cívica e civil. O nome,
determinante revelador da individualida-
de, concede ao nominado historicidade,
tornando-o significativo e socialmente
compreensivo, além de inseri-lo na
nominata universal da humanidade, isto
é, determinar-lhe a existência objetiva,
identificada, qualificada e expressiva no
conjunto geral das civilizações. O nome
e o ser nomeado são inseparáveis; des-
respeitar um é desonrar o outro. Tratar,
conscientemente, com leviandade,
insinceridade e irreverência o augusto
nome de Deus é ofendê-lo profundamen-
te. Ele não aceita o indevido uso de seu
* Pensamento
"O nome de Deus é o próprio Deus em sua santidade revelada."
LIÇÃO 05: O Nome de Deus em Vão
nome, nem nas chamadas "inocentes
brincadeiras". Com o nome de Deus não
se brinca.
PONTOS PARA DISCUTIR
1. É proibido jurar pelo nome de
Deus?[Mt5.33-37J
2. Você concorda que há no meio
evangélico hoje, uma banalizacão do
nome de Deus?
3. O que significa a expressão:
"Santificado seja o teu nome" na ora-
ção do Pai Nosso?
FJ.Delitzsch
PÁqiNA 1 9
 O Dia de Descanso
.:- .LEITURA" DIÁRIA ' ; i
SEGUNDA: Um Princípio na:Criaçaoí!....;..... Gn 2.-1-3 ;
TEXTO BÁsico TERÇA: Um Bem Sociàh....;...,. Êx 23:12 :
Êxodo QUARTA: Dia de Culto ;:......:....Nm 28.25 e Lv"£3,25'
QUINTA: Dia de Serviço-EspiritUál : Md ãy2lí-28
20.8-1 1
SEXTA: Dia de Comunhão At 20.7 e lGrl&2 :
.SÁBADO: Tempo para Encontra'r-se com Jesus ... J o 20.19-29
DOMINGO: Dia do Senhor......i......,*. Ap 1.10 ;

Objetivo da lição:
Convencer o o/uno c/e que Deus é o Senhor c/o fempo.

porém, é o sábado do Senhor teu Deus.

INTRODUÇÃO Não farás nesse dia obra alguma, nem
tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem
A guarda de um dia da semana para
o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
o Senhor é um mandamento de Deus. E
animal, nem o peregrino que vive das
João Calvino observa três razões para o
tuas portas para dentro. Porque o Se-
estabelecimento divino deste mandamen-
nhor fez em seis dias os céus, a terra e
to: Primeiro/ os fiéis devem descansar
o mar, e tudo o que neles há, e descan-
de suas obras a fim de deixar Deus ope-
sou no sétimo dia. Por isso o Senhor
rar neles (Ez 20.12); segundo, a sepa-
abençoou o dia sétimo e o santificou"
ração de um dia específico para o povo
(Êx 20.8-11).
se reunir em culto a Deus (Nm 28.25); e
O Sábado é visto no Novo Testamen-
terceiro, dia de descanso e folga para
to sob dois aspectos: cerimonial e mo-
os empregados (Êx 23.12).
ral. O Sábado cerimonial alcança a sua
Atualmente, o quarto mandamento é
plenitude em Jesus Cristo. Tudo aquilo
um dos mais desrespeitados pelo povo
que o Sábado tipificava na lei cerimoni-
de Deus. O dia do Senhor tem sido pro-
al, torna-se realidade em Jesus Cristo.
fànado cada vez mais. Vejamos com mais
Ele é o "verdadeiro Sábado". O fim da lei
detalhes este assunto.
é Cristo (Rm 10.4; Cl 2.16-17 e Hb 10.1).
O aspecto moral ou espiritual do quarto
EXPOSIÇÃO mandamento continua. Jesus não veio
revogar a lei, mas cumpri-la. Em nenhum
1. O MANDAMENTO
momento Jesus revogou o princípio de
Pergunta. ^ Qual é o quarto man- se guardar o dia do Senhor (Mc 2.27-
damento? 28; 3.4; 6.1-6).
Resposta: O quarto mandamento é:
"'Lembra-te de santificar o dia de sába- 2. EXIGÊNCIAS
do. Trabalharás seis dias, e farás neles
tudo o que tenspara fazer. O sétimo dia, Pergunta : "Que exige o quarto

PAqÍNA 20 LIÇÃO 06: O Dia de Descanso

mandamento?
Resposta: O quarto mandamento
exige que consagremos a Deus os tem-
pos determinados em sua Palavra, par-
ticularmente um dia inteiro em cada
sete, para ser um dia de santo descanso
a ele dedicado" (Lv 19.30; Dt 5.12; Is
56.2-7).
A expressão "dia do Senhor" (kyriakê)
"pertencente ao Senhor" (Ap 1.10), su-
gere um título formal sobre o dia de ado-
ração coletiva da igreja. "Senhor" cla-
ramente indica a pessoa de Jesus Cris-
to. Ele é o Senhor. E o seu senhorio é
manifesto em sua ressurreição, que
ocorreu no primeiro dia da semana. Do-
mingo, é portanto, o dia do Senhor as-
sim como a Eucaristia é a "ceia do Se-
nhor" (l Co 11.20).
3. DO SÁBADO PARA O
DOMINGO
Pergunta: ^Qual dos sete dias
Deus designou para ser o sábado
(descanso) semanal?
Resposta: Desde o princípio do
mundo até à ressurreição de Cristo, Deus
designou o sétimo dia da semana para o
descanso semanal (Gn 2.3; L c 23.56); e
a partir de então, prevaleceu o primeiro
dia da semana para continuar sempre
até ao fim do mundo, que é o sábado
cristão (domingo) (At20.7; l Co 16.1-2
Jo 20.19-26).
A transição do Sábado para o Domin-
go, como o dia de descanso, dá-se no
evento da paixão de Jesus Cristo. Ele res-
surgiu no primeiro dia da semana (Mt
28.1; Mc 16.1; Lc 24.1; Jo 20.1). Cum-
priram-se as Escrituras. Jesus é o ver-
dadeiro descanso (Sábado), assim como
o verdadeiro maná, o verdadeiro tem-
plo, o verdadeiro sacrifício, a verdadeira
páscoa. Em seu sangue foi estabelecida
a Nova Aliança. Há, então, por escolha
do próprio Cristo, um novo dia para en-
LIÇÃO 06: O Dia de Descanso
contrar-se com o seu povo: o primeiro
dia da semana (Jo 20.19,26).
4. MODO DE SANTIFICAÇÃO
Pergunta : De que modo se deve
santificar o sábado (domingo)?
Resposta: Deve-se santificar o sá-
bado ( = domingo) com um santo re-
pouso por todo aquele dia, mesmo das
ocupações e recreações temporais que
são permitidas nos outros dias (L v 23.3;
Êxlô. 25-29; Jr17.21-22); empregando
todo o tempo em exercícios públicos e
particulares de adoração a Deus (5192.1-
2; Lc 4.16; Is 58,13; At 20.7, exceto o
tempo suficiente para as obras de pura
necessidade e misericórdia "(Mt 12.12].
5. PROIBIÇÕES
Pergunta : Que proíbe o quarto
mandamento?
Resposta: O quarto mandamento
proíbe a omissão ou a negligência no
cumprimento dos deveres exigidos (Êx
22.26; Ml 1.13; Am 8.5), e a profanação
deste dia por meio de ociosidade, ou fa-
zer aquilo que é em si mesmo pecami-
noso (Ez 23. 38), ou por desnecessários
pensamentos, palavras ou obras acerca
de nossas ocupações e recreações tem-
porais" (Is 58. 13;Jrl7. 24, 27).
É dever de todos os homens lembrar-
se do dia do Senhor (Domingo) e prepa-
rar-se com antecedência para guardá-
lo. Negócios e lazer não devem impedir
a santificação do dia do Senhor. A abs-
tenção de atividades comerciais, traba-
lhos, diversões e outras coisas que, líci-
tas em outros dias, são impróprias no
Domingo.
6. RAZOES ANEXAS
Pergunta : * Quais são as razões
anexas ao quarto mandamento?
21
 Resposta: As razoes anexas ao
quarto mandamento são: a permissão
de Deus de fazermos uso dos seis dias
da semana cara os nossos interesses
temporais (Êx 31. 15,16); o reclamar
ele para si mesmo a propriedade espe-
cial do dia sétimo (L v 23. 3), o seu pró-
prio exemplo (Êx31.17), e a bênção que
ele conferiu ao dia de descanso" (Gn
2.3).
CONCLUSÃO
Sobre o quarto mandamento apre-
sentamos as seguintes reflexões;
1. Deus fez separação entre luz e tre-
vas, dia e noite, somente no quarto dia
da criação (Gn 1. 14-19). Portanto, os
dias criacionais não são rigorosamente
idênticos aos semanais.
2. Deus descansou depois da conclu-
são perfeita da obra da criação, mas não
descansa das obras da regência, da pro-
vidência e da redenção (SI 121; 23; Jo
5.17).
3. Deus somente descansou no final
da obra, depois de completá-la com per-
feição absoluta e ver que tudo era muito
bom. Também o homem, se quiser cum-
prir literalmente o quarto mandamento,
só pode descansar se cumprir a sua ta-
refa semanal: "Seis dias trabalharás, e
farás toda a tua obra." Quem transfere
serviço de uma semana para a seguin-
te, ab-roga a ordenança sabática.
4. Também, neste caso, os que
guardam semana inglesa de cinco dias,
quebram o quarto mandamento, pois a
ordem é trabalhar seis dias, imitando
Deus na criação, que concluiu cada ta-
refa diária, no tempo da criação, termi-
nando tudo em seis dias.
5. E ainda mais, quando alguém tra-
balha para nós no dia de descanso, que-
bramos o preceito sabático: "Não farás
nenhum trabalho, nem tu, nem o teu fi-
lho, nem a tua filha, nem o teu servo,
PÁqiNA 22
nem a tua serva, nem o teu animal, nem
o forasteiro das tuas portas para den-
tro" (Ex 20.10). Como, nos tempos mo-
dernos, os operadores da energia elé-
trica, da água, do telefone, dos trans-
portes coletivos, da segurança, do trá-
fego, da rede farmacêutica, do sistema
de saúde, trabalham para a coletívidade
e, consequentemente, para nós, viramos
transgressores irremediáveis do sábado,
Não há como cumpri-lo.
6. O mandamento sabático em
Deuteronômio tem como causa a escra-
vidão do Egito, não o descanso divino ao
término da criação (Dt 5.15). Aqui o as-
pecto social supera o religioso ou
litúrgico.
7. O novo Israel, retirado da escra-
vidão por Jesus Cristo, tem um novo dia,
o Dia do Senhor (Domingo), dia da res-
surreição de Cristo, que é garantia da
nossa, Em Cristo tudo se fez novo: Nova
criação, novo dia, novo mandamento (3o
13.34), nova aliança (Hb 12.24).
8. Cristo é o Senhor de todos os dias,
de todas as terras e de todos os povos.
Guardar o sábado judaico é menospre-
zar o universal e definitivo em Cristo Je-
sus para continuar com o particular e
transitório em Moisés. O Pai recomen-
da-nos ouvir o seu Filho, e este, além de
não nos recomendar a guarda do sába-
do, ainda não o guardou de acordo com
a estreita compreensão do judeu, so-
frendo a censura farisaica (Mc 2.23-28;
Lc 6.1-5; Jo 5.10-18).
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Você tem observado a guarda
do dia do Senhor? Justifique.
2. Como as pessoas que traba-
lham em serviços essenciais podem
observar o quarto mandamento?
3. É possível alcançar o sucesso na
vida quebrando uma lei divina?
LIÇÃO 06: O Dia de Descanso
 LIÇÃO
Honra Aos Pais 07
ri \ \. LEITURA
n, .DIÁRIA
\:
A Bênção da Família ...SI 128
1 TEXTO BASICO TERÇA: Exortação Paternal ... Pv 4
Violência Doméstica ... Êx 21.12-17
-»n m -* QUINTA: A Relação Familiar ... Ef 6.1-4
20.12
SEXTA: Respeito às Autoridades ... 1 Pé 2.11-17

t
\: A Corrupção da Sociedade ...2 Tm 3.1-9
} DOMINGO: Os Deveres Domésticos ...Cl 3.18-25

Objetivo da lição:
Motivar o aluno a respeitar a autoridade paterna.

INTRODUÇÃO
Jesus Cristo resumiu a lei em dois
mandamentos: amar a Deus e amar o
próximo (Lc 10.25-28). Os quatro pri-
meiros mandamentos da lei tratam do
amor para com Deus. Os últimos seis,
tratam do amor para com o próximo. Os
dez mandamentos podem ser assim clas-
sificados:
PRIMEIRA TÁBUA — AMOR A DEUS
Não Terás outros deuses;
Não farás para ti imagem;
Não tomarás o nome de Deus em
vão;
Lembra-te do dia de sábado para
o santificar.
SEGUNDA TÁBUA — AMOR AO PRÓXIMO
Honra teu pai e tua mãe;
Não matarás;
Não adulterarás;
Não furtarás;
Não dirás falso testemunho;
Não cobiçarás.
Na lição de hoje, estudaremos o pri-
meiro mandamento que demonstra amor
pelo próximo. Este começa dentro do lar.
EXPOSIÇÃO
1. O MANDAMENTO
Pergunta:wQual'é o quinto man-
damento?
Resposta: O quinto mandamento é:
"Honrarás a teu pai e a tua mãe, para
teres uma longa vida sobre a terra que
o Senhor teu Deus te há de dar" (Êx
20.12).
Num mundo em que a mulher vivia
em completa subalternidade, primeira-
mente submissa ao pai, depois ao mari-
do, sem nenhum direito, mas sobrecar-
regada de deveres e despida de qual-
quer autoridade, é surpreendente a in-
clusão da mãe como objeto de honra do
filho. Tal ordenança significa que Deus
reconhece a igualdade autoritativa e
gerencial do pai e da mãe perante os
filhos, estabelecendo, por semelhante
preceito, um governo familiar patri-
matriarcal. A unidade conjugal, em to-
dos os aspectos, no quinto mandamento
se confirma. A mãe em nada é inferior
ao pai, pois os filhos procedem da união
dos dois e por ambos são criados, man-

LIÇÃO 07: Honra aos Pais PÁqiiNA 23

tidos e educados. A mesma honra orde-
nada ao pai também se tributa à mãe,
pois marido e mulher, no povo eleito, são
uma só carne diante de Deus.
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta: "Que exige o quinto
mandamento?
Resposta: O quinto mandamento
exige a conservação da honra e o de-
sempenho dos deveres pertencentes a
cada um em suas diferentes condições
e relações, como superiores,- inferiores
ouiguais"(tf 5.21-22; 6.1, 5, 9; Rm 13.
1; 12.10).
Pais, no entendimento escriturístíco
e em consonância com a cultura de Is-
rael, não são exclusivamente os
genitores, mas todos os que exercem
algum tipo de autoridade sobre a nova
geração, especialmente a moral e a es-
piritual. Governar, no sistema patriarcal
e em regime teocrático, significava exer-
cer o poder paternal e sacerdotal sobre
o clã. Foi, certamente, firmados em tal
princípio que os teólogos de Westminster
ampliaram o conceito de paternidade
para que sua abrangência incluísse
quaisquer autoridades superiores, por
natureza, por vocação e por ofício, aos
comandados. O governo ditatorial é in-
compatível com o patriarcal; o primeiro
é imposto, o segundo emerge com a fa-
mília, o clã medular, fonte de origem,
base preservadora e força mantenedora
da tribo. O chefe de estado e seus mi-
nistros, administradores da "família Dei",
todos os ancestrais, sacerdotes, líderes
tribais e familiares eram considerados
pais por ordenação divina e, como tais,
respeitados, acatados e estimados.
3. PROIBIÇÕES
Pergunta : Que proíbe o quinto
mandamento?
PÁqÍNA 24
Resposta: "O quinto mandamento
proíbe o negligenciarmos ou fazermos
alguma coisa contra a honra e o dever
que pertencem a cada um em suas dife-
rentes condições e relações"(Rm 13,7-
8).
Respeitar e honrar os superiores são
deveres dos servos de Deus, pois todas
as autoridades são revestidas de poder
pelo onipotente Rei dos reis, Senhor uni-
versal de tudo e de todos.
4. RAZÃO ANEXA
Pergunta: "Qual é a razão ane-
xa ao quinto mandamento?
Resposta: A razão anexa ao quinto
mandamento é: uma promessa de lon-
ga vida e prosperidade (tanto quanto sir-
va para a glória de Deus e o próprio bem
do homem) a todos aqueles que guar-
dam este mandamento"(Ef 6. 2, 3).
LONGA VIDA:
4.1. Na terra Prometida
A terra mencionada é a da promes-
sa, que Israel receberia, e efetivamente
recebeu, mas não antes de muitas lutas
e batalhas crudelíssimas. Fica claro, por-
tanto, que o respeito exigido por Deus
dos filhos aos seus pais, genitores e
governantes civis e eclesiásticos, era o
princípio fundamental da unidade tribal
e nacional. O desrespeito e a irreverência
das gerações emergentes às autorida-
des constituídas por Deus acarretariam
a destruição da unidade tribal e, por via
de consequência, a perda da nacionali-
dade. O enfraquecimento da família pela
indisciplina filial traria como danoso re-
sultado a debílitação do povo eleito, dei-
xando-o como presa fácil de seus nu-
merosos inimigos internos e externos.
4.2. Punição
O filho que desonrasse seus pais por
maldição era punido com a pena de morte
(Lv 20.9; Êx 21.17). O crime de leza-pa-
ternidade causava o encurtamento da
vida.
LIÇÃO 07: Honra aos Pais
 4.3. Condição de Sobrevivência
O outro aspecto, que não deve ser
ignorado, é que o filho, numa economia
patriarcal, não tinha como sobreviver
dignamente fora da estrutura
socioeconômica da família. Invoquemos
aqui a situação do filho mais novo da
Parábola do Filho Pródigo; Longe do lar
paterno, sofreu abandono, discriminação
e privações e passou fome. A única saí-
da foi retornar ao núcleo familiar e sub-
meter-se à autoridade paterna.
CONCLUSÃO
Os princípios fundamentais do quinto
mandamento permanecem: ofende a
* Pensamento
"Qualquer que seja o serviço ou a obediência que prestamos
a Deus ou ao homem, se disso o amor é excluído, a lei não se
cumpre."
LIÇÃO 07: Honra aos Pais
Deus o filho que desrespeita ou abando-
na os seus pais, causando a desorgani-
zação familiar e contribuindo para o en-
fraquecimento social e moral da socie-
dade. A crise de autoridade na socieda-
de atual origina-se na crise de autorida-
de familiar.
PONTOS PARA DISCUTIR
Í. Qual a influência do lar na so-
ciedade?
2. Quando e onde se aprende a
respeitar a autoridade?
3. O que significa "honrar"?
F. B. Meyer
PÁqi(\ 25

i. . •' • •
1 TEXTO BÁsico
Êxodo
20.13
i SEGUNDA: 0 Primeiro Homicídio
TERÇA:
;, ; QUARTA:
QUINTA:
'SEXTA:
- \ SÁBADO:
n } • DOMINGO;. Quem Ama-Nao Mata
j
Objetivo da lição:
Convencer o aluno de que Deus valorizo o vida humana e condena o homicídio.
INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios para a so-
ciedade brasileira neste início de século,
é o da segurança pública. Roubos, fur-
tos, sequestros, homicídios, violência
sexual contra mulheres e crianças, cha-
cinas, rebeliões em presídios são man-
chetes diárias em jornais e programas
de rádio e televisão. Alimentada pela má
distribuição de renda, pela pobreza, pelo
desemprego, pelo consumo de drogas,
pela corrupção, pela certeza da impuni-
dade, pela açao demoníaca, a violência
urbana tem chegado a limites inaceitá-
veis. É chocante a naturalidade com a
qual os assassinos matam cidadãos de
bem. O valor da vida humana tem sido
banalizado.
Deus valoriza sobremaneira a vida
humana. O sexto mandamento enfatiza
a santidade da vida. À nenhuma pessoa
é dado o direito de, a seu próprio crité-
rio, tirar a vida do seu próximo.
PÁqÍNA 26
Não Matarás
LEITURA DIÁRIA
0 Ódio Contra o Próximo
Amor ao* Próximo
As Virtudes Cristãs
,
... Gn £Íftl.è-«" i
... Mt 5.2Í-26EÍ
... Mt 5.38-48 '
... Rm 12."9'-<21
A Prática do Bem ... 1 Pé 3. 13-22
0 BorruSamaritano ... Lc 40-25137
... í cájltf '
EXPOSIÇÃO
1. O MANDAMENTO
Pergunta: * Qual é o sexto man-
damento?
Resposta: O sexto mandamento é:
* Não matarás" (& 20.13).
O sexto mandamento, interpretado à
luz das leis civis e penais de Israel (Lv
capítulos 18,19, 20), proíbe ao cidadão
o assassinato e o suicídio, mas deixa ao
estado teocrático o direito de aplicar a
pena de morte nos casos previstos em
lei, Por exemplo, os crimes de adultério
e de sacrifício humano a Moloque, den-
tre muitos outros, eram punidos,
inapelavelmente, com a pena capital (Lv
20.10; Lv 20.2-5). O homem não podia
tirar a sua própria vida ou a do próximo;
pois a justiça era exclusiva prerrogativa
do poder público, executor das ordenan-
ças divinas.
Os crimes de guerra, em se tratando
de "guerras santas", aquelas ordenadas
e comandadas por Javé, e muitas acon-
teceram, também ficavam fora do que
preceitua o sexto mandamento. Em
LIÇÃO 08: Não Matarás
suma: o indivíduo não tinha o direito de 4. SOBRE O SUICÍDIO
matar; a pena de morte, sendo o caso,
competia privativamente ao estado. O que o mandamento condena é o
suicídio consciente, praticado por atitu-
2. EXIGÊNCIAS de covarde, por demasiado apego aos
bens morais e materiais, por fanatismo
Pergunta: Que exige o sexto exacerbado. Há suicídio de natureza pa-
mandamento? tológica pelo qual o suicida não pode ser
Resposta: O sexto mandamento responsabilizado, pois não toma consci-
exige todos os esforços lícitos para pre- ência de sua tresloucada atitude.
servar a nossa própria vida(Ef 5,29; Mt Alguns tipos de suicídio
10.23) e a de nossos semelhantes"(S\; Jó 29,13; l Rs 18.4).
4.1. Apego aos bens morais e
materiais
Qualquer ato consciente lesivo ao Pessoas há, como Jó, que perdem
corpo ou ao espírito, nosso ou de nosso tudo: saúde, riqueza, família, mas rejei-
semelhante, pode ser considerado como tam a proposta de apostasia e a de sui-
ação efetiva de suicídio ou homicídio. cídio. Outras, nas mesmas circunstânci-
Jesus afirma que a ira contra o próximo as, perdem a confiança em Deus e se
e o juízo maldoso de desqualificação matam, pois os seus corações estão pos-
mental de um irmão é quebra do sexto tos na materialidade perecível: riquezas,
mandamento (Mt 5. 21,22). Cumpre-nos família, amor próprio.
a defesa da própria vida e a de nosso 4.2. Fanatismo
próximo. Por exemplo, um marido, sa- O mundo conheceu os kamikases]a-
bendo que é portador do vírus HIV, e poneses da segunda guerra mundial, os
oculta esse fato de sua esposa, acaban- fanáticos vietnamitas que se queimavam
do por infetá-la, descumpre, certamen- em praça pública, e ainda conhece os
te, o sexto mandamento, e de maneira revolucionários que se deixam extermi-
muito cruel. nar em carros-bomba, nos frequentes
O incrédulo não manifesto é um sui- atentados em todo mundo, impulsiona-
cida; aquele, porém, que se expressa dos por fanatismos nacionalistas, esti-
prática, ideológica ou dialeticamente, mulados por objetivos ideológicos.
além de matar a própria alma, ainda 4.3. Psicopatologia
assassina espiritualmente, o que é pior, Há pessoas que, por herança genéti-
os seus seguidores; e há numerosos ca reforçada por desvios educacionais de
missionários do pecado e da morte eter- formação, possuem tendências mórbidas
na. ao suicídio. Estas, se não passarem por
adequados e sérios tratamentos, exter-
3. PROIBIÇÕES minarão a própria vida.
Algumas circunstâncias trauma-
Pergunta : " Que proíbe o sexto tizantes ou lesões cerebrais profundas
mandamento? podem descontrolar psiquicamente os
Resposta: O sexto mandamento indivíduos frágeis ou fragilizados, levan-
proíbe o tirar a nossa própria vida (At do-os, eventualmente, ao suicídio. A psi-
16.28), ou a de nosso próximo, injusta- cose desvia a conduta, retira a capaci-
mente (Gn 9,6), e tudo aquilo que para dade perceptiva da realidade, anula o
isso concorre" (Mt 5,22; l Jo 3,15; Gl autocontrole, A um psicopata não se lhe
5.15; Pv 24.11-12 cf Êx 21.18-32). atribui responsabilidade. O ato inconsci-

LIÇÃO 08: Não Matarás PÁqÍNA 27

ente originário de estado patológico é,
pela natureza de sua condição, inocen-
te, despido de qualquer conteúdo peca-
minoso.
Estão incluídas, certamente, no sex-
to mandamento as categorias "4.1" e
"4.2"; excluída, no entanto, a "4.3". Por-
tanto, nem todos os suicidas quebram a
lei de Deus, Conheci membros da igreja
que, por circunstâncias patológicas, sui-
cidaram-se. Podemos conscientemente
afirmar que se perderam?
CONCLUSÃO
A vida nos foi dada por Deus e so-
mente ele a pode tirar, O mandamento
"não matarás" regulamenta este princí-
* Pensamento
"O homem que considera sua própria vida e a de seus semelhan-
tes como coisa sem significado não é meramente infeliz; é tam-
bém quase desqualificado para a vida."
PÁqiNA 28
pio. Precisamos entender que, na visão
de Jesus Cristo, a violência tem a sua
origem no coração corrompido do ho-
mem: "Porque de dentro, do cora-
ção dos homens, é que procedem os
maus desígnios, a prostituição, os
furtos, os homicídios, os adultéri-
os..."(Mc 7.21).
PONTOS PARA DISCUTIR
l .Quais são as diferentes formas
que pode assumir a quebra do sexto
mandamento?
2. Qual a origem da violência?
3. A Bíblia oferece base para se ins-
tituir a pena de morte no Brasil?
Albert Einsteín
LIÇÃO 08: Não Matarás

Não Adulterarás
SEGUNDA:
TEXTO BÁsico TERÇA:
Êxodo QUARTA:
QUINTA:
20.14
SEXTA:
SÁBADO:
DOMINGO:
Objetivo da lição:
Mostrar aos alunos as diferentes formas de quebra c/o sétimo mandamento.
"O diabo é como um cachorro louco
acorrentado. Não é capaz de nos preju-
dicar quando estamos fora de seu alcan-
ce, mas, se entramos na esfera da sua
ação, nos expomos a sermos atingidos
e mesmo mordidos" (Agostinho). E é na
área sexual que o diabo tem intensifica-
do mais a sua ação, visando principal-
mente a destruição da família. O adulté-
rio ou a infidelidade conjugal tem se tor-
nado uma prática comum em nossa so-
ciedade, sendo até incentivada pelos
meios de comunicação. Muitos lares têm
sido destruídos pelo adultério, trazendo
sofrimento para os cônjuges e principal-
mente para os filhos.
A finalidade do sétimo mandamento
é a proteção da família. Segundo a Bí-
blia, a igreja e a sociedade se estruturam
na família. Logo, a santificação do casa-
mento é condição indispensável para o
bem social.
LIÇÃO 09: Mio Adulterarás
LIÇÃO
LEITURA DIÁRIA
Os Deveres Sociais Hb 13.1-6
A Lascívia Pv 5
Cuidado com o Adultério Pv 6.20 -7.27
A infidelidade Conjugal Ml 2.10-16
A Intenção Impura Mt 5.27-32
A Fornicação l Co 6.12-20
A Santidade na Vida Sexual l Ts 4.1-8
1. O MANDAMENTO
Pergunta \" Qual é o sétimo man-
damento?
Resposta: O sétimo mandamento é:
Não adulterarás." (Êx 20.14).
O que é adultério? É a violação do
leito conjugal. "No sentido técnico, é o
encontro sexual voluntário de uma pes-
soa casada com alguém que não seja
legalmente seu cônjuge. Entretanto,
numa definição mais significativa, é um
escape da realidade em busca de um sig-
nificado de vida diferente, fora dos laços
do casamento" (Jaime Jemp).
O adultério compreende três ilícitos
sexuais: adultério, fornicação e prosti-
tuição. Estes não são rigorosamente
idênticos, embora todos os delitos por
eles expressos estão sob juízo e conde-
nação do sétimo mandamento. Sepa-
remo-los conforme seus respectivos sig-
nificados:
1.1. Adultério (moicheia)
Relação sexual ilícita entre duas pes-
soas casadas ou entre uma casada e
PÁqiNA 29
outra solteira, maculando o tálamo con-
jugal/ destruindo a unidade matrimoni-
al, estabelecendo a infidelidade, ferindo
a ordenação divina de união indissolúvel
entre marido e mulher.
1.2. Fornicação (porneia)
Prática sexual de pessoas solteiras ou
viúvas antes e fora do casamento. O sexo
pré-matrimonial, especialmente entre
adolescentes, passou a ser procedimento
comum nos tempos modernos. Compe-
te à igreja, guardiã, pela prática e pelo
ensino, das ordenanças divinas, instruir
a sua juventude e coibir-lhe, firmemen-
te, a prostituição. A fornicação degrada
moralmente o fornicário, coloca em dú-
vida sua futura fidelidade conjugal, difi-
culta-lhe a formação do lar, necessidade
psicológica do ser humano, base sólida
da geração da família, da educação dos
filhos, da estruturação da personalida-
de, do equilíbrio social.
1.3. Prostituição (sodomia)
A prostituição abrange três aspectos
da ilicitude sexual:
7.3.1. Prostituição sagrada
Era praticada nos tempos veto e
neotestamentáríos por sacerdotes e sa-
cerdotisas dos cultos pagãos ligados aos
ciclos estacionais, aos mistérios da re-
produção animal, à fertilidade e à ger-
minação das sementes. Acreditava-se
que o coito efetivado no altar dos deu-
ses promovia a fecundação de todos os
seres da natureza, trazendo de volta a
vida, que desaparecia, no fim de cada
inverno. Sem o esperma da divindade
masculina a matriz da vida natural, re-
presentada no óvulo da prostituta sagra-
da, não seria fecundado e, portanto, a
vida pereceria. Esse tipo de culto trans-
formou-se em orgias sexuais inomi-
náveis, proibidas, certamente, no séti-
mo mandamento.
7.3.2. Prostituição venal
Comercialização do sexo, venalização
do corpo, transformação dos prazeres
30
sexuais em objetos de consumo com
tabelas de preços e cotações no merca-
do sexual, onde a concupiscência, a las-
cívia, e a despudorada pornografia de-
gradam o ser humano, profanam-lhe a
imagem, destinada à dignidade e à pu-
reza, aviltam-lhe a personalidade e a
honra. A sociedade, cada vez mais pe-
caminosa e permissiva, tolera a prosti-
tuição, hétero e homossexual, como op-
ção de vida, como profissão, admitindo
e justificando os chamados "profissionais
do sexo".
Condenável é a prostituição; conde-
nados estão os seus agentes, os seus
operários, os seus beneficiários. Somente
a misericórdia de Deus pode retirar um
prostituto do seu antro horrível de per-
dição.
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta : Que exige o sétimo
mandamento?
Resposta:" O sétimo mandamento
exige a preservação da nossa própria
castidade (l Ts 4.4-5), e da do nosso
próximo (l Co 7.2; Ef 5.11-12), no nos-
so coração (Mt 5.28), nas palavras (Ef
4.29; Cl 4.6) e na conduta /f(l Pé 3,2).
O Cristão regenerado, sendo nova
criatura, não pode ser corrupto. A
regeneração é incompatível com a
corrupção. Toda expressão verbal, toda
manifestação e toda a ação concreta de
depravação moral e sexual tiveram an-
tes sua origem, amadurecimento e aca-
lento na mente e na consciência do de-
pravado. Um coração corrupto produz
corrupção. A regeneração, mudando a
natureza do pecador, não elimina os pen-
samentos pecaminosos, mas lhes esta-
belece rigorosa censura consciente pela
iluminação do Espírito Santo, que habita
no regenerado.
LIÇÃO 09: Não Adulterarás
 3. PROIBIÇÕES
Pergunta : v Que proíbeo sétimo
mandamento?
Resposta:" O sétimo mandamento
proíbe todos os pensamentos (Mt5.28),
palavras (Ef 5.4) e ações impuros" (Ef
5.3),
Duas coisas precisam ser ressalta-
das:
3.1. O Carater Absoluto da Proi-
bição
A proibição, em termos mandamen-
tais, tem caráter absoluto, e o que é ab-
solutamente proibido não pode ser ab-
solutamente permitido ou tolerado. O que
Deus impede o homem não pode liberar
sem consequências graves.
3.2. Condenação Antecipada
O ato sexual impuro (adultério,
fornicação, prostituição) recebe a con-
denação divina antes da concretização,
ainda no estágio mental de elaboração,
seguido ou não de efetivação fatual (Mt
5.28). A pornografia imaginada, que não
se oculta de Deus, é tão pecaminosa
quanto a efetivada.
* Pensamento
"Deus nunca pretendeu que o homem encontrasse o verdadeiro
significado de sua sexualidade em qualquer outro relacionamento
que não fosse a auto-entrega total própria do casamento."
LIÇÃO 09: Não Adulterarás
O adultério é a violação do leito con-
jugal e como tal a destruição do casa-
mento.
A proibição do sétimo mandamento
é tão séria que Paulo estabelece o para-
lelo entre a união do marido com a es-
posa e a de Cristo com a Igreja. Os adúl-
teros são vistos como incapazes de her-
dar o reino de Deus: " Ou não sabeis que
os injustos não herdarão o reino de
Deus? Não vos enganeis: nem impuros,
nem idólatras, nem adúlteros, nem
efeminados, nem sodomitas, nem la-
drões, nem avarentos, nem bêbados/-
nem maldizentes, nem roubadores her-
darão o reino de Deus" (l Co 6.9-10).
PONTOS PARA DISCUTIR
Í . "Que a esposa deixe o marido
feliz por chegar em casa, e que este
a deixe triste ao partir" (Lutero)
2. Qual o objetivo primordial do
sétimo mandamento?
3. Você conhece alguma família
que foi destruída pelo adultério?
Al Martin
31
 Furto
•"*• --LEITURA" DIÁRIA ^ •'•-
SEGUNDA: Roubando a Deus. ;.... Ml 3.6-12
TERÇA^H: Comerftálizando á Fé ...'....„. Jo 2.13-22
1 .QUARTA:^- A Amplitude do Roubo Lv 19.11-13'
••"QUINTA:.:.. Jesu^^Paga^frhpóstb...;..:. Mt 17.24^7
Tesouros,dá'lmpiedade Mq 6.9-16-
SÁBADO:: A Integridade^Recompensada .... Pv 11
O Cidadão'dós Céus....; SI Í5

Objetivo da lição:
incentivar o aluno o respe/for a propriedade a/he/o.

INTRODUÇÃO
Da perspectiva bíblica, toda proprie-
dade pertence a Deus, que é seu Cria-
dor e mantenedor. Somente a Ele cabe-
ria o título "O Dono do Mundo ". "Ao
Senhor pertence a terra e tudo o que
nela se contém/ o mundo e os que nele
habitam" (5124.1). A relação do homem
com a terra é apenas de uso, isto é, de
mordomia. Nesta perspectiva, a Bíblia ad-
mite a necessidade de propriedade indi-
vidual. O oitavo mandamento: Não fur-
tarás, pressupõe o direito e o respeito
da propriedade individual.
Veja o exemplo do movimento brasi-
leiro dos SEM TERRA. Ele reivindica a
posse da terra. Entretanto, ainda que os
seus interesses sejam dignos, o ato de
invadira propriedade alheia não se jus-
tifica. É uma quebra do mandamento di-
vino.
Vejamos mais detalhes sobre o oita-
vo mandamento.
EXPOSIÇÃO
1. O MANDAMENTO
Pergunta :"Qual'é o oitavo man-
damento?
Resposta: O oitavo mandamento é:
Não furtarás (Êx20.15).
Este mandamento proíbe; o furto, o
roubo, o latrocínio, a defraudação, o
peculato, o estelionato e todos os de-
mais ilícitos nos campos produtivos,
mercantis, financeiros, gerenciais e ad-
ministrativos tanto nos âmbitos individu-
ais como nos coletivos, privados e pú-
blicos. Qualquer ato, portanto, lesivo ao
próximo ou à sociedade, está sob con-
denação divina.
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta: ^Que exige o oitavo
mandamento?
Resposta: O oitavo mandamento
exige que procuremos o lícito adian-
tamento das riquezas e do estado exte-
rior, tanto nosso (2 Ts 3.10-12; Rm
12.17; Pv 27.24) como do nosso próxi-

32 LIÇÃO 10: Furto

 mo"(Lv25. 35; Fp2,4; Pv 13.4;Pv20.4;
Pv24.30-34).
A licitude deve ser o lema do verda-
deiro cristão. A riqueza que nasce do es-
forço honesto é, certamente, abençoa-
da por Deus, pois não se constitui de
bens maculados com o suor, a lágrima
e o sangue do semelhante explorado ou
enganado.
No tempo em que o mandamento foi
promulgado a economia se fundamen-
tava quase exclusivamente na empresa
doméstica (tribo ou clã). Todos os mem-
bros da família trabalhavam para o bem
comum, sem salário individual e sem a
sofisticada divisão de trabalho dos dias
atuais. A possibilidade do enriquecimento
honesto era maior. Nas transações
intertribais, baseadas no mercado de tro-
cas diretas, a palavra do chefe do clã,
supremo fiador ou realizador de todos
os atos mercantis, possuía real
credibilidade por ser tida como lei
irrevogável: Palavra empenhada; pala-
vra cumprida. Nas guerras tribais, po-
rém, e havia muitas, a pilhagem era nor-
ma geral no mundo gentílico e tolerada
em Israel.
As estruturas empresariais e mercan-
tis modernas dificultam o exercício da
retidão. A competitividade, não raro, fir-
ma-se ora na diminuição dos salários ora
no rebaixamento da qualidade, quando
não se estriba nos iníquos e famigerados
cartéis, no uso indevido de patentes, na
falsificação de "griffes" e marcas, no
contrabando, na sonegação fiscal. Há
pessoas, cultural e psicologicamente
inescrupulosas, que amealham fortunas
explorando o governo, a sociedade
consumista, as pessoas físicas, os seus
operários, ao mesmo tempo que man-
têm, perante o público, "propalada ho-
nestidade". A defraudaçao é como o ví-
rus HIV: mina a defesa do organismo
social incuravelmente. E as vítimas mai-
ores são os trabalhadores de renda mí-
LIÇÃO 10: Furto
nima, os pobres e os miseráveis, cada
vez mais miserandos, atirados ao martí-
rio da pobreza absoluta.
O indivíduo e a empresa que traba-
lham com operosa honestidade promo-
vem o bem próprio e o comum ou soci-
al. Poucos, no entanto, procedem as-
sim; e os que o fazem estão sendo leva-
dos ao sacrifício pelos corruptos
transvestidos de honestos.
3. PROIBIÇÕES
Pergunta :"Que proíbe o oitavo
mandamento?
Resposta: O oitavo mandamento
proíbe tudo o que Impede ou pode im-
pedir, injustamente, o adiantamento da
riqueza ou do bem-estar exterior, tanto
nosso (l Tm 5. 8) como do nosso próxi-
mo' (Ef 4.28; Pv 21.6; 2 Ts 3. 7-10).
3.1. Autolesão
O indivíduo pode roubar de si mes-
mo, quebrando o oitavo mandamento,
sendo: preguiçoso; malandro; malba-
ratador de seus bens, recursos e salá-
rio; viciado em bebidas alcoólicas, dro-
gas e jogos de azar; farrista e fornicário.
Tal indivíduo, se casado, sacrifica a fa-
mília com suas desonestidades.
3.2. Lesão do próximo
Além dos delitos já mencionados, o
furto poderá efetivar-se quando:
3.2.7. O patrão, ou empresa, não
assalaria adequadamente o trabalhador,
revertendo a diferença salarial em lucro
(Tg 5.4). Salários baixos têm sido cau-
sas de muitos enriquecimentos, iniqui-
dades condenadas por Deus e proibidas
no oitavo mandamento.
O empregador crente está obrigado
pelo seu Salvador a remunerar digna-
mente os seus empregados.
3.2.2. O trabalhador que, receben-
do salário justo, não produz o que pode
e o que deve. Tais empregados
frequentemente levam a empresa à per-
PÁqiNA 33
da de competitividade em razão do alto
preço de seus produtos e até à falência.
O trabalhador cristão tem de fazer jus
ao seu salário; trabalhar com honesti-
dade e operosidade.
Tanto a instituição patronal, que lesa
os seus empregados/ como os funcioná-
rios ou operários de baixa produtividade
por negligência, quebram o oitavo man-
damento.
CONCLUSÃO
Precisamos/ como crentes/ zelar pelo
cumprimento deste mandamento. Já cir-
cula na sociedade que, nos negócios, os
crentes não são confiáveis; "Negócio
com crente, dinheiro na frente". Os cren-
tes são considerados maus pagadores e
* Pensamento
"Os que dão a Deus apenas a sombra do dever nunca podem
esperar dele uma verdadeira recompensa."
PÁqiNA 34
caloteiros. Há imobiliárias que não alu-
gam imóveis para crentes. O conceito de
pastor está muito desgastado e para
muitos, pastor é sinónimo de ladrão.
Cumpre-se, então, aquilo que Jesus pre-
viu: " Vós sois o sal da terra; ora/ se o
sal vier a ser insípido/ como lhe restau-
rar o sabor? Para nada mais presta se-
não párã, lançado fora, ser pisado pelos
homens" (Mt 5.13)
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Qual é o principal objetivo do
oitavo mandamento?
2. Você concorda que o conceito
de evangélico no Brasil está
desgastado?
3. Tem futuro ser honesto?
John Fiável
LIÇÃO 10: Furto

Falso Testemunho
SEGUNDA:
TERÇA:
QUARTA:
QUINTA:
SEXTA:
SÁBADO:
DOMINGO:
Objetivo da lição:
Incentivar o aluno a respeitar a reputação alheia.
INTRODUÇÃO
Falar da vida alheia é um pecado co-
metido por todos: "Falemos da vida
alheia, pois alguém já está falando da
nossa". No mundo artístico, "fofocar" é
uma profissão ou um negócio rentável.
Há programas no rádio e na televisão
que se dedicam a vasculhar e publicar
notícias sobre a vida de personalidades
famosas. Revistas mensais e semanais,
tais como Caras, Chiques e Famosos,
Contigo são especializadas em publicar
notícias sobre artistas, políticos e atle-
tas. Muitos problemas constrangedores
já forarn criados por causa de notícias
falsas.
A vida e a morte estão no poder da
língua. É por causa desta fraqueza hu-
mana e do poder maléfico que a língua
possui, que Deus preceitua/ Não dirás
falso testemunho contra o teu próximo.
O objetivo deste mandamento é respei-
tar a dignidade e a reputação do próxi-
mo.
LIÇÃO 11: Falso Testemunho
LIÇÃO
11
LEITURA DIÁRIA
O Mexeriqueiro Pv 11.13;18.8 e 20.19
Falsa Acusação l Rs 21.8-15
Linguagem Honesta Ne 5.1-12
A Maledicência é Pecado Tg 4.11-12
O Juízo Temerário Mt 7.1-5
Testemunha Falsa Dt 19.16-20
Nada Podemos contra a Verdade .. 2 Co 13.1-10
1. O MANDAMENTO
Pergunta :"Qual'é o nono man-
damento?
Resposta: "O nono mandamento é:
"Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo "(Êx 20.16).
Na sociedade tribal vetotesta-
mentária, simples por natureza, a justi-
ça era direta e imediata. O depoimento
de duas testemunhas podia significar
execução sumária do réu ou simples as-
sassinato, se os testemunhos fossem
falsos. Eis porque os acusadores deveri-
am ser os carrascos, assumindo a res-
ponsabilidade de "justiceiros públicos",
se as alegações testemunhais fossem
verdadeiras ou de "criminosos comuns",
"cúmplices de sangue", se falsos os de-
poimentos. Assim prescreve a legislação
complementar: "Por depoimento de duas
ou três testemunhas, será morto o que
houver de morrer; por depoimento de
uma só testemunha, não morrerá. A mão
das testemunhas será a primeira contra
ele, para matá-lo" (Dt 17.6-7). Testemu-
PÁqÍNA 35
nhar falsamente, no contexto social em
que o nono mandamento foi outorgado,
equivalia à quebra do sexto mandamen-
to, isto é, matar, e com os agravantes
da premeditação, da falsidade e da per-
versidade.
Falsas testemunhas podiam acusar
seus desafetos pessoais ou serem "com-
pradas" para o indigno papel de traido-
res contratados. Foi por meio de duas
testemunhas malignas e venais que
Jezabel, oficialmente, matou Nabote (l
Rs 21.10-13). Com testemunhos falsos,
embora por verbalizaçoes de algumas
verdades incompletas, os judeus leva-
ram o imaculado Cordeiro de Deus aos
tribunais, onde foi condenado à morte
por crucificação. O falso testemunho é
terrível, mesmo hoje, com todos os re-
cursos técnicos da perícia criminal, da
sindicância e das inquirições.
Temos de reconhecer que, por
constatação, em certas áreas metropo-
litanas impera a wlei do silêncio". O cri-
me organizado não admite denúncias. Na
perpetração do homicídio, se alguém
reconhecer o criminoso e for reconheci-
do por ele, fatalmente morrerá, imedia-
ta ou posteriormente ao crime. No im-
pério da marginalidade e da delinquên-
cia o medo cega e ensurdece as pesso-
as. Diante de quadros delituosos e pe-
rante as vítimas de matadores, a omis-
são: "Ninguém sabe, ninguém viu". É
sempre um risco depor contra crimi-
nosos, mas omitir-se implica em
desproteger a sociedade e cometer o
delito da conivência. O servo de Cristo
tem compromisso com a verdade. Inqui-
rido pela polícia ou convocado a depor
em tribunal, certamente não mentirá e,
muito menos, perjurará.
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta: nQue exige o nono
mandamento?
PAqÍNA 36
Resposta: O nono mandamento exi-
ge a manutenção e promoção da verda-
de entre os homens (Zc 8.16) e a manu-
tenção da nossa boa reputação (l Pé
3.16; At25,10) e a do nosso próximo (3
Jo 1.12), especialmente quando somos
chamados a dar testemunho"(Pv 14.5,
25).
O crente não somente tem o dever, a
responsabilidade e a incumbência de tes-
temunhar a retidão, a justiça e o bem,
mas também lhe cabe a impostergável
obrigação de promover, como missioná-
rio de Cristo, a veracidade e a honesti-
dade dos atos, dos tratos, dos testemu-
nhos e dos comportamentos. Somente
assim manterá a própria honra e pre-
servará a do próximo, especialmente no
contexto da sociedade eclesial em que
vive e na qual se expressa como servo
regenerado e se realiza como herdeiro
da promessa.
3. PROIBIÇÕES
Pergunta: "Que proíbe o nono
mandamento?
Resposta: O nono mandamento pro-
íbe tudo o que é prejudicial à verdade
(Pv 19.5; Pv 6.16-19), ou injurioso, tan-
to à nossa reputação como à do nosso
próximo" (Lc 3.14; SI 15.3).
A mentira não é somente incompatí-
vel com a verdade, é a sua negação, a
sua destruição. Todo bem se constrói
com a verdade e se destrói com a men-
tira. A verdade é de natureza divina; a
mentira é original e essencialmente de-
moníaca. Cristo é a verdade; o Diabo é
a mentira. Viver e proferir a verdade sig-
nifica agir conforme a vontade de Deus,
mas encarnar a mentira, verbalizá-la e
usufruir-se dela é ser maligno, agente
da malignidade, militante de Satanás. A
palavra do crente redimido tem de ser
sim, sim; não, não (Tg 5.12). Assim como
o seu Senhor é a verdade, ele, criado à
LIÇÃO 11: Falso Testemunho
sua imagem e salvo em Cristo Jesus, deve
ser verdadeiro em tudo e em quaisquer
circunstâncias. O falso testemunho de-
clarado, a omissão da realidade fatual
ou o falseamento da verdade são impró-
prios a um servo de Deus e contraditóri-
os à realidade crista.
Qualquer mentira é falso testemu-
nho. E não há mentira inocente, conve-
niente ou necessária. Em todas as cir-
cunstâncias cabe a verdade. O Diabo, no
entanto, tenta convencer-nos de que há
situações em que a mentira é melhor que
3 verdade, pois com ela, alega-se, o bem
Dode ser promovido; o mal, evitado. Pura
e sutil armadilha! Jamais a mentira em
lugar da verdade! A mentira é sempre
má; a verdade é sempre boa.
CONCLUSÃO
Em 1994, na cidade de São Paulo,
houve um incidente que revela o perigo
do falso testemunho. Foi o da Escola de
Educação Infantil Base. Uma mãe afir-
* Pensamento
"Não consigo crer que um homem está a caminho do céu, se
pratica habitualmente o tipo de obras que indicam, pela lógica,
que ele deve estar a caminho do inferno."
LIÇÃO 11: Falso Testemunho
mou que seu filho havia sido molestado
sexualmente na Escola, com a conivên-
cia do proprietário e apoio do motorista
escolar. A notícia ganhou os principais
jornais, os quais publicaram o fato como
sendo verídico. O delegado de polícia que
investigava o caso acolheu o fato como
verdade e começou a aparecer através
da imprensa. Meses mais tarde, conclui-
se que o fato não era verdadeiro. Con-
tudo, a Escola foi fechada e os seus do-
nos tiveram a vida arruinada. No início
de 2000, o Estado pagou uma indeniza-
çao ao casal proprietário, contudo, as
suas vidas já estavam destruídas pela
calúnia.
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Há mentiras necessárias?
2. É correto encobrir as fraquezas
do outro?
3. Qual o objetivo do nono man-
damento?
A. W. Tozer
PAqÍNA 37
 A Cobiça
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA; A Inveja Mata Gn 4.1-16
TEXTO Básico TERÇA: O Pecado da Murmuração ........... Nm 11.1-9
Êxodo QUARTA: A Cobiça Sexual 2 Sm 11
QUINTA: A Cobiça Material l Rs 21.1-16
20.17
SEXTA: O Contentamento l Tm 6.3-10
SÁBADO: Vida sem Avareza Hb 13.1-6
DOMINGO: A Felicidade do Piedoso SI 112

Objetivo da lição:
Esclarecer para o aluno que a cobiça é a raiz para todos os pecados.

Resposta: O décimo mandamento

INTRODUÇÃO é: "Não cobiçarás a casa do teu próxi-
mo; não desejarás a sua mulher, nem o
Deus/ ao criar o homem, o fez com a
seu servo, nem a sua serva, nem o seu
capacidade de desejar. Esta reside na
boi, nem o seu jumento, nem coisa al-
alma ou no coração humano. É por isso
guma que lhe pertença "(Êx 20.17).
que a Bíblia recomenda: "Sobre tudo o
A cobiça é um desejo intenso, extre-
que se deve guardar, guarda o teu cora-
mo, egoísta, ganancioso, desordenado
ção, porque dele procedem as fontes da
e descontrolado; mais ampio e mais pro-
vida" (V\i 4.23). Entretanto, com a
fundo, quanto à malignidade, que o fur-
corrupção da natureza humana, é do
to ou o roubo. Este se restringe ao cam-
coração pecador que procedem os ho-
po da matéria, aquele, abrange todas as
micídios, os roubos, os adultérios e to-
áreas dos bens humanos: físicos, soci-
dos os maus desígnios. Jesus reafirma:
ais, morais, culturais e espirituais. A co-
" Oraf todos estes males vêm de dentro
biça, um tipo de patologia psíquica, gera:
e contaminam o homem"(Mc 7.23).
o egoísmo, a desonestidade, a infideli-
A cobiça é o desejo indevido do co-
dade, a avareza, a corrupção, o materi-
ração humano por outras pessoas ou
alismo, a carnalidade. No caso de Eva,
coisas. É a ânsia de conseguir alguma
por exemplo, a cobiça de "status" de
coisa; desejo imoderado ou ambição;
proeminência, de elevação, de
avidez; concupiscência; apetite desor-
entronização e divinização do ego, cau-
denado.
sou-lhe a desobediência e a infidelidade
a Deus. A cobiça limita-se com a inveja;
EXPOSIÇÃO uma é continuação da outra e ambas,
conjugadas induzem à prática pecami-
1. O MANDAMENTO
nosa: Eva invejou, cobiçou e furtou na
tentativa de realizar, por meios imorais,
Pergunta :"Qual'é o décimo man- os seus sonhos egoístas. Caim invejou,
damento? cobiçou a posição espiritual do irmão e

PÁqiNA 38 LIÇÃO 12: A Cobiça

procurou concretizar os seus maus in-
tentos eliminando o suposto concorren-
te. Davi cobiçou e, por meios crimino-
sos, conquistou a mulher cobiçada. A
inveja e a cobiça são parceiras malig-
nas, madrastas e algozes do bem. O fur-
to, quando levado a efeito por extrema
cobiça, é mais danoso ao caráter do pra-
ticante e mais perverso que aquele pra-
ticado por necessidade imediata ou por
carência irremediável.
A palavra "casa" incluía todo o con-
^unto, unitário mas complexo, dos bens
:amiliares dos quais o marido era o pro-
prietário, representante máximo e gestor
incontestável. O bem maior e mais vali-
oso do património patriarcal era a espo-
sa. Seguindo a ordem de importância,
Deuteronômio coloca a mulher em pri-
meiro lugar (Dt 5.21). Porém, em se tra-
tando de pessoa da mesma raça, ela fazia
parte da unidade do clã como carne da
mesma carne e osso dos mesmos ossos
do consorte. Portanto, ela "pertencia" ao
marido, mas de maneira essencialmen-
te diversa do senhorio que ele exercia
sobre os seus escravos e o seu
património material. O mandamento, ao
destacar o que não pode ser cobiçado
(mulher, escravos, animais, móveis e
imóveis), estabelece uma escala de va-
lores e de importância na ordem decres-
cente, ocupando a esposa degrau su-
perior. Ela não representava um simples
objeto, mas valiosíssimo património que,
por sua beleza, como a de Bate-Seba
(2 Sm ll.lss) ou virtuosidade, como a
descrita em Provérbios (Pv 31.10ss),
podia ser cobiçada.
2. EXIGÊNCIAS
Pergunta : "Que exige o décimo
mandamento?
Resposta: O décimo mandamento
exige pleno contentamento com a nossa
própria condição (Hb 13. 5), bem como
LIÇÃO 12: A Cobiça
disposição caridosa para com o nosso
próximo e tudo o que lhe pertence" (Rm
12.15; Fp 2.4; l Co 13.4-6).
Quatro objetivos que o verdadeiro
servo de Deus, na expressão de sua fé,
demonstra:
2.1. Qualificação adequada
Objetivo: desenvolver suas poten-
cialidades, pendores e dons; é o estágio
da profissionalização.
2.2. Trabalho honrado e incansá-
vel
Almejando a produtividade e a
criatividade.
2.3. Poupança
Não esbanjando o produto de seu es-
forço, procurando transformá-lo em mo-
radia, alimentação, indumentária, saú-
de e educação.
2.4. Respeito
Contentando-se com o que Deus lhe
concedeu, vivendo nos limites de suas
posses, não cobiçando o património
alheio.
3. PROIBIÇÕES
Perg u nta /" Que proíbe o décimo
mandamento?
Resposta: O décimo mandamento
proíbe todo descontentamento com a
nossa própria condição (l Co 10.10), toda
i n veja ou pesar à vista da prosperidade
do nosso próximo (Gl 5.26) e toda ten-
dência e afeições desordenadas a algu-
ma coisa que lhe pertença "(Cf 3.5).
Contentar-se com o que se tem não
significa deixar de lutar honestamente,
para adquirir mais, mas agradecera Deus
o que dele já recebeu, viver sem preo-
cupações, confiante em seu Senhor, eli-
minar as ansiedades próprias dos inve-
josos, dos cobiçosos, dos avarentos. Os
desejos sinceros de progredir e de pos-
suir são legítimos. Pecaminosa é a cobi-
ça. Esta, sim, macula a consciência e os
pensamentos, corrompe os atos, depra-
va o caráter.
PÁCÍNA 39
 sos desejos. Com certeza, agradando a
CONCLUSÃO Deus/ jamais pediríamos que Ele satisfi-
O décimo mandamento toca o âma- zesse um desejo ilícito. Coloquemos di-
go dos problemas do pecado humano. ante de Deus todos os nossos desejos e
Antes de se quebrar um dos nove man- aspirações.
damentos/ primeiro se comete a cobiça
no coração. De maneira geral/ os dez
mandamentos condenam os atos exteri- PONTOS PARA DISCUTIR
ores de pecado/ porém/ este que proíbe
1. Cite um exemplo de que a in-
a cobiça condena o próprio desejo do
veja pode matar.
coração/ mesmo que o pecado não te-
2. Qual a relação entre a cobiça e
nha se concretizado visivelmente.
a inveja?
"Agrada-te do Senhor, e ele sa-
3. É pecado almejar o progresso
tisfará os desejos do teu coração"
financeiro?
(51 37.4). Deus deseja realizar os nos-

* Pensamento
"Quem sempre se contenta, embora tenha pouco, é muito mais
feliz do que aquele que está sempre cobiçando, embora tenha
muito."
Matthew Heniy

PÁqÍNA 40 LIÇÃO 12: A Cobiça

 O Cristão e os LIÇÃO

Dez Mandamentos 13
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA: Todos Pecaram Rm 3.9-18
TEXTO BÁSICO TERÇA: Sou Pecador l Jo 1.5-10
Mateus QUARTA: A Justificação pela Fé Gl 2.11-21
QUINTA: Os Frutos da Justificação Rm 5.1-11
19.16-22
SEXTA: Livres para Obedecer Rm 6
SÁBADO: Sal e Luz Mt 5.13-20
DOMINGO: Santidade de Vida Ef 4.25; 5.21

Objetivo da lição:
Convencer o aluno de que a lei deve ser obedecida ho/e.

que possibilita a aceitação de pecadores

por um Deus santo, o exemplo de pro-
cedimento e de cumprimento dos man-
Os Dez Mandamentos representam a
damentos a serem seguidos.
vontade de Deus para minha vida, o pla-
no de comportamento traçado por ele.
No entanto sei que sou pecador, que te- EXPOSIÇÃO 3

nho a natureza pecaminosa herdada de

1. ALGUÉM JÃ
Adão. Sei também que a lei não salva,
OBEDECEU TODOS OS
mas sou resgatado pela graça e miseri-
DEZ MANDAMENTOS?
córdia de Deus. Qual a importância des-
sa íei, se sou incapaz de cumpri-la?
A resposta bíblica é um óbvio não!
Como posso obedecer os Dez Manda-
Desde o início temos o registro da que-
mentos? Que devo fazer para herdar a
da do homem, em Adão, pela qual a sua
vida eterna?
pecaminosidade passou para toda a sua
Essas são perguntas honestas e legí-
descendência. Isso representa incapaci-
timas. A palavra de Deus responde a
dade no cumprimento pleno da lei. Pe-
essas indagações de várias maneiras. A
cado é toda transgressão da lei de Deus
última pergunta -"que devo fazer para
e, como pecadores que somos, desobe-
herdar a vida eterna?" - foi formulada
decemos a sua lei em pensamentos,
diretamente pelo jovem rico, no incidente
palavras e ações.
registrado em Mt 19.16-23. Em sua res-
Romanos 3.9-18, é uma das passa-
posta, Jesus reafirma a validade da lei,
gens mais reveladoras dos efeitos do pe-
ao mesmo tempo em que revela a im-
cado no íntimo das pessoas.
possibilidade do homem natural lhe dar
Paulo realmente registra o estado
cumprimento integral. Falando com
catastrófico de nossas pessoas e de nos-
Nicodemos (João 3), Jesus afirma a ne-
sa natureza. A não ser pela misericórdia
cessidade do novo nascimento. Em Cris-
de Deus, temos ali um espelho no qual
to estão centralizadas todas as respos-
veremos a nossa descrição. Semelhan-
tas; ele é o nosso elo com Deus, aquele

LiçÃo 13:0 Cristão e os Dez Mandamentos PÁqÍNA 41

temente/ l João 1.8-10 retira de nós
qualquer pensamento ou sentimento de
auto justiça:
"Se dissermos que não temos peca-
do nenhum, a nós mesmos nos engana-
mos, e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injusti-
ça. Se dissermos que não temos come-
tido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a
sua palavra não está em nós."
Realmente, não podemos apelar às
nossas próprias forças ou à nossa natu-
reza para nos adequarmos aos padrões
de Deus, expressos em sua Lei. Somen-
te Jesus Cristo obedeceu completamen-
te a lei, em todos os seus aspectos. Ele
obedeceu à Lei Civil, como judeu que era.
Jesus obedeceu igualmente à Lei Ceri-
monial, pois viveu no período em que ela
ainda se encontrava em vigor, participan-
do de todos os seus requerimentos e
cerimónias que apontavam para Ele pró-
prio. Jesus obedeceu à Lei Moral, pois é
santo e justo em todas as suas açoes e
nunca quebrou qualquer um dos Dez
Mandamentos. A sua obediência fez com
que a sua morte na cruz fosse pelos pe-
cados de sua Igreja e não por qualquer
transgressão sua. Sua obediência o qua-
lificou para ser o nosso substituto - ato
supremo de amor de Deus para conosco.
2. NINGUÉM JAMAIS
OBEDECEU TODOS OS
DEZ MANDAMENTOS
Não é correto colocarmos Cristo e sua
Graça em contradição ou oposição com
a Lei Moral de Deus. Jesus Cristo de-
monstrou sua afirmação de que não veio
para anular ou abolir a Lei, mas sim para
cumpri-la; no incidente com o jovem rico,
registrado em Mateus 19 e Marcos 10,
vemos que pessoas pecadoras em um
42
mundo que é pecador, podem querer
enganar aos outros e até a si próprias,
dizendo que vivem uma vida sem peca-
dos. Entretanto, por mais que o alvo lá
esteja e permaneça válido e seguro, nin-
guém atinge o padrão de perfeição es-
tabelecido por Deus. Todos necessitamos
de sua graça, misericórdia e perdão, em
Cristo Jesus, para a redenção de nossos
pecados.
Desta passagem, podemos destacar
os seguintes pontos, relacionados com
o uso que Jesus Cristo faz da lei moral:
2.1. O jovem apresentou-se cha-
mando Jesus de bom (Mc 10.17). A res-
posta intrigante de Jesus, mostra que ele
não tinha consciência de quem realmente
era Jesus, Bom, em toda a sua essên-
cia, somente Deus, e Jesus e Deus (17).
Mas o jovem não entendia que a crença
no Messias, em Jesus como sendo Deus
e Salvador era o caminho para a vida
eterna.
2.2. Jesus indicou o cumprimento dos
mandamentos, como o caminho à vida
eterna (17). Outra colocação intrigante,
da parte do Mestre! Estaria ele ensinan-
do a salvação pelas obras, ou reafirma-
va a santidade da lei? Aonde estaria ele
querendo chegar?
2.3. O jovem também estava intriga-
do e perguntou: "mas que mandamen-
tos" Jesus respondeu com a menção dos
últimos seis mandamentos (18 e 19), um
a um... (nossas obrigações para com os
nossos semelhantes).
2.4. O jovem praticamente interrom-
peu, respondendo que tudo aquilo havia
cumprido; queria algo mais que pudes-
se realizar (20).
2.5. Jesus, entretanto, não chegou a
enunciar o último mandamento (Não
cobiçarás...)
2.6. Em vez disso colocou um teste
prático sobre a cobiça, mandando que
ele vendesse tudo o que tinha e distribu-
ísse com os pobres (21).
LIÇÃO 13: O Cristão e os Dez Mandamentos
 2.7. Nesse momento ele evidenciou
a cobiça existente no seu coração e nre-
tirou-se triste"(22), mostrando que não
cumprira nem o primeiro mandamento,
pois amava algo, mais do que Deus.
2.8. Note que Jesus, nunca aventou
a possibilidade de que aquelas obriga-
ções eram hipotéticas ou superadas pela
"nova dispensação", ou de que o jovem
rico não estava mais "sob a lei Moral de
Deus, mas sob a Graça." Em vez disso,
Cristo derrotou o argumento dentro da
orópria obrigação que o jovem possuía
- a de cumprir a lei. Ao mesmo tempo
Bim que reafirmava a validade de sua Lei,
Jesus demonstrou que a alegação, do
jovem, de cumprimento integral da lei,
era falsa; comprovou que ele era, na
realidade, um quebrador da lei no seu
coração, longe ainda da salvação e da
vida eterna - encontrada somente no
Messias prometido, em Cristo Jesus.
3. OBEDECEMOS OS
MANDAMENTOS EM CRISTO
Cristo demonstrou perfeita obediên-
cia ao Pai. Tínhamos necessidade de um
perfeito sacerdote e mediador. Sendo
perfeito e sem pecado ele foi morto, isto
é: recebeu o salário do pecado, pelos
pecados do seu povo e não pelos seus
próprios pecados.
Com sua obediência perfeita ele ad-
quiriu crédito para nós e nos imputa sua
justiça e obediência. Algumas vezes não
damos a devida importância a esse as-
pecto da vida de Cristo, mas essa obedi-
ência é tão importante quanto a sua
morte e ressurreição. Isto significa tam-
bém que a resposta de Jesus ao jovem
rico não era apenas figura de retórica,
mas um requerimento real - temos de
cumprir os mandamentos, mas somos
incapazes de fazê-lo, como ficamos en-
tão? No que diz respeito à nossa salva-
ção que é a única forma bíblica de obe-
LIÇÃO 13: O Cristão e os Dez Mandamentos
diência integral: confiamos, assim, na
justiça dele e não na nossa própria,
como fez o jovem rico.
4. PROCURAMOS OBEDECER
OS MANDAMENTOS
POR CRISTO
Apesar de nossa inabilidade no cum-
primento da lei, para nossa salvação, ela
é o alvo e diretriz fornecidos por Deus
para o nosso caminhar diário, para a
nossa santificação. Considere os seguin-
tes pontos:
4.1. Como já vimos, Jesus não revo-
gou a lei, o que também se evidencia
por Mt 5.17: " Não penseis que vim revo-
gar a lei ou os profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir".
4.2. Na realidade ele reafirma a im-
portância do mandamento, como temos
em Jo 14.21: "Aquele que tem os meus
mandamentos e os guarda, esse é o que
me ama; e aquele que me ama será
amado por meu Pai, e eu também ama-
rei e me manifestarei a ele ".
4.3. Semelhantemente, em Jo 15.10,
Jesus se apresenta como o nosso exem-
plo e reafirma a importância na guarda
dos seus mandamentos: "Se guardardes
os meus mandamentos, permanecereis
no meu amor; assim como também eu
tenho guardado os mandamentos de
meu Pai e no seu amor permaneço ".
4.4. Esse ensinamento, registrado
repetidamente no evangelho de João,
deve ter impressionado o apóstolo. Sob
a inspiração do Espírito Santo, ele
relembra e reafirma alertas semelhan-
tes, em suas cartas. Em l Jo 2.3-4, ele
mostra que o cumprimento dos manda-
mentos é a grande evidência da nossa
salvação: "Ora, sabemos que o temos
conhecido por isto: se guardamos os
seus mandamentos. Aquele que diz: Eu
o conheço e não guarda os seus manda-
mentos é mentiroso, e nele não está a
PÁqirviA 43
 verdade".
4.5. No capítulo S, de sua primeira
carta (5.2-3) João volta ao tema, mos-
trando que a prova do amor que temos
por Deus vem de uma vida dedicada aos
mandamentos de Deus: "Porque este é
o amor de Deus: que guardemos os seus
mandamentos; ora, os seus mandamen-
tos não são penosos.,.", na segunda car-
ta (4) ele expressa alegria para com
aqueles que "... andam na verdade, de
acordo com o mandamento que recebe-
mos da parte do Pai"'.
CONCLUSÃO
trando perfeita obediência, assegura o
novo nascimento dos seus e torna-se o
exemplo de devoção e lealdade a Deus,
a ser seguido. O Messias Prometido, da
mesma forma que recebeu sobre si os
pecados do seu povo, imputou a ele a
sua justiça.
Nos Dez Mandamentos conhecemos
nossos limites e nossas obrigações. Com-
parando nossa vida, nossos desejos e
inclinações com a Lei Santa de Deus,
compreendemos a extensão de nossa
pecaminosidade e verificamos que a sal-
vação procede só de Jesus, pelo seu sa-
crifício supremo na cruz do calvário.

Reconhecemos, portanto, que

estamos todos debaixo da maldição do
pecado, pecadores que somos, desde
Adão. Nossa incapacidade de cumpri-
mento da lei é superada pela graça e
misericórdia de Deus, que enviou o seu
filho, Jesus Cristo, não somente para
morrer por aqueles que compõem a sua
Igreja, mas igualmente para cumprir ple-
namente a lei de Deus. Jesus, demons-
PONTOS PARA DISCUTIR
1. Alguém já obedeceu os Dez
Mandamentos?
2. É possível alguém ser salvo pela
obediência aos Dez Mandamentos?
3. Qual a motivação do cristão
para guardar os Dez Mandamentos?

* Adaptado do livro UA Lei de Deus Hoje" com a devida autorização do Editor.

* Pensamento
"A lei de Deus remete-nos ao evange/ho, para que possamos ser
justificados; o evangelho remete-nos à lei novamente para que
sejamos informados de nossos deveres, estando justificados."
Samuel Ro/íon

Os pensamentos citados no final c/e cada íição, foram extraídos do livro

"Pérolas para a Vida" compilado por John B/anchard.
Edições Vida Nova - São Paulo 1993, com a devida autorização.

44 LIÇÃO 13: O Cristão e os Dez Mandamentos

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XVIII Princípios de Sabedoria
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