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UNIDADE I

Morfossintaxe Aplicada
da Língua Portuguesa

Prof. Bruno César


Objetivos gerais

 Desenvolver e aperfeiçoar a competência linguística do aluno para, assim,


melhorar o seu desempenho na intelecção e na produção de textos,
observando-lhes melhor sua estrutura morfossintática.
Objetivos específicos

Desenvolver:
 a habilidade de observação e de análise das estruturas e dos processos
morfossintáticos da língua;

 a capacidade de reflexão crítica sobre conceitos tradicionais e modernos da


morfossintaxe e sobre metodologia mais funcional de ensino;

 estratégias de ensino eficiente da morfossintática aplicadas ao uso efetivo da língua.


Morfossintaxe?

 Tal palavra é a união de outras duas conhecidíssimas por nós: morfologia + sintaxe.

Em outras palavras, há uma relação entre vocábulo e sentença (articulação). Veja:

 pat = radical da palavra, elemento significativo de natureza lexical;

 o = elemento significativo de natureza gramatical que indica o gênero masculino.


Morfossintaxe?

Na sentença, a articulação pode ocorrer de várias maneiras, entre elas:


 o pato = duas unidades em concordância em gênero e número: o (masculina e
singular) + pato (masculina e singular);
 os patos = duas unidades em concordância em gênero e número: os (masculina e
plural) + patos (masculina e plural);
 os patos vêm = duas unidades em concordância em gênero e número: os patos +
uma unidade em concordância em pessoa e número: + vêm (3ª pessoa do plural).
Gramática tradicional e gramatização

 Existência das várias gramáticas, dentre elas aquela que é ensinada no Ensino
Básico: gramática normativa.
 Os primeiros estudos gramaticais ocorrem em meados do século II a.C. Os gregos
estudavam, em Alexandria, os fragmentos textuais de seus autores consagrados.
 A atividade era criteriosa, pois os manuscritos do mesmo texto variavam entre si
ou estavam danificados e rasurados; havia lacunas, trechos obscuros, acréscimos
ou cortes indevidos.
Gramática tradicional e gramatização

Faraco (2008) diz que o estudo dos textos levou os eruditos alexandrinos a
descreverem e comentarem a língua do seguinte modo:
 métrica, ortografia e pronúncia;
 a distribuição das palavras por classes (nomes, adjetivos, pronomes, verbos,
advérbios, conjunções etc.);
 a estrutura sintática da oração simples (sujeito, predicado, complementos,
adjuntos) e dos períodos (coordenação e subordinação);
 o uso das figuras de linguagem e assim por diante.
Gramática tradicional e gramatização

 O erudito alexandrino Dionísio, o Trácio (século II a.C.) é considerado o autor da


primeira gramática conhecida do mundo ocidental: a Tekhne Grammatike
(Arte da gramatica).

 Trácio ocupou-se essencialmente da fonética e da morfologia da língua grega, sem


abordar a sintaxe. Sua obra lista oito classes gramaticais: nome, verbo, particípio,
pronome, artigo, advérbio, preposição e conjunção.
Gramática tradicional e gramatização

 Diante de toda diversidade da língua encontrada pelos gregos alexandrinos, eles


concentraram seus esforços na direção do estabelecimento e do cultivo de um
ideal de língua;

 Aqui nasce a gramática, voltada para o estudo da língua e com o objetivo principal
de fixar modelos de correção com base nos estudos empíricos dos usos normais
dos poetas e prosadores.
Gramática tradicional e gramatização

 Depois da incorporação da Grécia aos domínios romanos, no século II a.C., a


cultura grega foi fortemente valorizada pela elite romana.

 Os estudos gramaticais foram tomados pelos romanos, os quais adotaram a


concepção normativa e fixou-se a ideia de um latim modelar.

 O criador da primeira gramática latina foi Varrão, que seguiu Crates de Malos e
definiu seu trabalho como “a arte de escrever e falar corretamente; e de
compreender os poetas” (FARACO, 2008, p. 137).
Gramática tradicional e gramatização

 Nesse processo, agregou-se o pressuposto de bem falar e bem escrever à


concepção de pessoa culta.
 Isso quer dizer que uma pessoa culta é aquela que cultiva certos modelos de
língua, aproximando seu modo de falar em público e de escrever aos usos dos
autores consagrados.
 Imitar a língua dos autores clássicos passou a ser o ideal linguístico dessas
pessoas.
Gramática tradicional e gramatização

Os gregos e os romanos produziram um saber sobre a linguagem. Faraco (2008)


apresenta três aspectos:
 Constituição de um vocabulário para falar sobre a língua, equivalente, hoje, à
metalinguagem.
 Formulação de grandes perguntas sobre a linguagem humana, presentes ainda
hoje nas nossas especulações linguísticas e filosóficas modernas.
 Sistematização de três direções para o estudo da língua caracterizadoras de
alguns de nossos modos de investigação.
Gramática tradicional e gramatização

Auroux (1992) denomina gramatização o fenômeno ocorrido no século XVI:

 as primeiras gramáticas das línguas vernáculas foram criadas;

 as primeiras propostas com vistas à fixação da ortografia foram feitas;

 os primeiros dicionários foram organizados.


Gramática tradicional e NGB

 NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), criada em 1959 para orientar as


gramáticas brasileiras (MEC 28/01/59).

 A ideia de uma nomenclatura oficial buscava tentar controlar a proliferação


indiscriminada da terminologia gramatical.

 Um docente dizia “adjunto adnominal”, outro chamava “adjunto limitativo”, outros,


“modificador”, “epiteto” e assim por diante.
Gramática tradicional e NGB

 A gramática tradicional (NGB) estuda a qual classe gramatical pertencem as


palavras de determinada frase, realizando uma análise morfológica.
 Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que
as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto,
estamos realizando uma análise sintática.
 São estudos sintáticos: colocação, concordância, regência, coordenação ou
subordinação.
Gramatização e gramaticalização

 Gramatização consiste na transformação de sistemas linguísticos em línguas


sistemas de regras gramaticais: o português e seus compêndios gramaticais.
 Gramaticalização está apoiada na alteração que determinado termo do sistema
linguístico permite.
 A língua, em uso, permite a criação de novas palavras ou expressões: o
adjetivo duro, usado para caracterizar objetos concretos, deu origem a
diversas palavras com sentido temporal, como os verbos durar e perdurar.
Interatividade

A sigla “NGB” significa:

a) Norma Gramatical Brasiliana.


b) Norma Gramatical Brasileira.
c) Norma Gramaticalizada Brasiliana.
d) Normatividade Gramaticalizada Brasileira.
e) Normas Gramaticais Brasileiras.
Resposta

A sigla “NGB” significa:

a) Norma Gramatical Brasiliana.


b) Norma Gramatical Brasileira.
c) Norma Gramaticalizada Brasiliana.
d) Normatividade Gramaticalizada Brasileira.
e) Normas Gramaticais Brasileiras.
Paradigmas da linguística

A Linguística comporta diferentes escolas teóricas, que divergem em sua maneira de


compreender o fenômeno da linguagem. Tais abordagens linguísticas podem ser
divididas em dois grandes paradigmas:
 o paradigma formalista prioriza o estudo da linguagem sob a perspectiva da forma,
relegando a análise da função a um plano secundário.

 o paradigma funcionalista ressalta a função que a forma linguística desempenha


na interação comunicativa.
Paradigmas da linguística

Formalismo:
 Tende a conceber a língua como um fenômeno mental.
 Afirma que os universais linguísticos são considerados herança linguística genética
que é comum a toda espécie humana.
 Considera a aquisição da linguagem pelas crianças uma capacidade humana inata.
 Vê a língua como objeto autônomo.
 Analisa a estrutura da língua, sem considerar situações reais de comunicação.
Paradigmas da linguística

Funcionalismo:
 Tende a considerar a língua como um fenômeno social.
 Afirma que os universais linguísticos derivam da universalidade dos usos a que a
língua serve na sociedade.
 Considera a aquisição da linguagem um desenvolvimento das necessidades e
habilidades comunicativas da criança na sociedade.
 Vê a língua como relacionada aos seus usuários. Além disso, relaciona, em sua
análise, a estrutura da língua às diversas situações de comunicação.
Linguística formal estruturalista

 Estruturalismo é a corrente de estudos linguísticos fundados por Ferdinand de


Saussure na Suíça, no início do séc. XX.
 Concepção de um sistema cujo resultado é da aproximação e organização de
unidades, possuindo características semelhantes e obedecendo a princípios de
funcionamento.
 A língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma, criando um estudo
imanente da língua.
 Esse estudo desconsidera fatos extralinguísticos como
relações entre língua e sociedade, cultura, etc.
Linguística formal estruturalista

 Na visão de Saussure, a linguagem tem dois lados: língua (langue) e fala (parole),
sendo língua o lado social e fala, o lado individual.
 Na língua, conhecimento comum a todos, encontra-se a essência da atividade
comunicativa; na fala, por sua vez, desenvolve-se o que é específico de cada
um dos falantes.
 Ressalta-se que a língua não pode ser criada nem modificada por apenas um
indivíduo.
Linguística formal estruturalista

 O estudioso faz a oposição entre sincronia e diacronia, pois se a sincronia estuda


a língua em um determinado tempo, a diacronia – que significa através do tempo –
estuda a evolução histórica da língua.
 A língua é um sistema de signo, formado pelas partes inseparáveis:
um significante e um significado.
 O significante consiste na sequência de fonemas e significado representa
o sentido que é atribuído ao significante.
Linguística formal gerativista

 Corrente de estudos da ciência da linguagem, iniciada nos Estados Unidos, no


final da década de 1950, por Noam Chomsky, com Estruturas Sintáticas.
 Os falantes são considerados criativos, independentemente de serem analfabetos
ou autores da literatura, já que criam infinitamente frases novas, das mais simples
e despretensiosas às mais elaboradas e eruditas.
 Trata-se da competência linguística, uma capacidade natural e inconsciente de
produzir e entender frases.
Linguística formal gerativista

 Análise da linguagem humana de forma matemática e abstrata, afastando-se da


gramática tradicional e da linguística estrutural.
 Aproxima-se da interdisciplinaridade dos estudos da mente humana (cognitivo).
É um grande sistema de regras/elementos.

Fonte: Livro-texto.
Linguística formal gerativista

Estrutura de constituintes sintáticos (os sintagmas), organiza-se de forma


hierárquica. Tal hierarquia é notada na representação arbórea:

 A construção arbórea é de cima para baixo, começando pelos constituintes


oracionais SN e SV.
Linguística formal gerativista

 Compreender como os falantes tenham intuição sobre as estruturas sintáticas que


produzem e ouvem. O falante sabe quando a ocorrência é gramatical ou
agramatical.
 O conhecimento linguístico inconsciente é implícito e natural, que governa a
formação de frases (competência).
 O uso concreto da língua é denominado desempenho linguístico (ou performance
ou atuação), que envolve habilidades fora da língua, tais como atenção, memória,
emoção etc.
Linguística formal gerativista

 Uma das hipóteses dessa vertente é a existência de uma gramática universal


(GU). Consiste no conjunto das propriedades gramaticais comuns de todas as
línguas naturais, bem como as diferenças previsíveis entre elas.
 Para a GU, há a teoria dos “Princípios e Parâmetros”, a qual foi desenvolvida,
sobretudo, na área da sintaxe, uma vez que a estrutura sintática evidencia melhor
as semelhanças entre as línguas, mesmo entre aquelas sem parentesco.
 Input e output ampliam as línguas e seus usos.
Linguística formal funcionalista

 Subordinar o estudo do sistema linguístico ao uso. Aqui, deriva-se a relação entre


linguagem e contexto social.
 A língua é considerada um instrumento da interação verbal. Descreve-se a
linguagem não como um fim em si mesmo, mas como um requisito pragmático da
interação verbal.
 Esse paradigma da linguística possui o seguinte quadro de princípios e categorias:
normatividade, iconicidade, marcação, transitividade, plano discursivo e
gramaticalização.
Linguística sistêmico-funcional

Como exemplo de contexto de situação, Cunha e Souza (2011) verificam os


aspectos campo, relação e modo do gênero editorial, cujo resultado apresentamos
aqui em forma de quadro:
Defesa de um ponto de vista representando uma
Campo
opinião institucional ao público leitor.
Acontecimento entre escritor e leitor. O escritor é
alguém imbuído de autoridade para opinar, e o leitor é
Relação
o público geral, que pode ou não aceitar a tese
defendida. A distância entre eles é máxima.
É o canal, o meio de veiculação do texto, no caso, a
Modo
escrita. A linguagem tem papel constitutivo.
Fonte: Livro-texto
(adaptado).
Interatividade

Saussure é responsável pela:

a) Linguística Estruturalista.
b) Linguística Gerativista.
c) Linguística Formal.
d) Linguística Lógica.
e) Linguística Funcionalista.
Resposta

Saussure é responsável pela:

a) Linguística Estruturalista.
b) Linguística Gerativista.
c) Linguística Formal.
d) Linguística Lógica.
e) Linguística Funcionalista.
Morfologia: conceitos e uso

 Rosa (2009): morfologia significa o estudo das formas. Apenas no séc. XIX, o
termo começou a ser usado.
 A palavra pode ser considerada por diversos pontos de vista. Bechara (2001)
indica que podemos estudar o aspecto material fônico; significação gramatical e
lexical.
 Na língua oral, predomina o ritmo acentual, resultando em silabas átonas
agrupadas em torno da silaba tônica. Na língua oral há um só grupo fônico e,
portanto, um só vocábulo.
Morfologia: conceitos e uso

 A palavra é, então, constituída de uma base fônica e de formas semânticas,


a gramatical e lexical. Quando falamos, ouvimos, lemos e escrevemos,
temos consciência da palavra, e não dos morfemas.
 O morfema é a menor unidade significativa, que tem propriedade de articular-se
com outras unidades.

Fonte: Livro-texto.
Morfologia: conceitos e uso

 A cada comutação, o significado foi alterado, mantendo a estrutura do significante.


A comutação é produtiva também no plano do conteúdo, quando é processada a
comutação de morfemas para estabelecer paradigmas.

Fonte: Livro-texto.
Morfologia: conceitos e uso

 O morfema pode conter dois ou mais valores, comprovados pela comutação.


Isso é conhecido como cumulação.

 O símbolo Ø significa morfema zero. Em Língua Portuguesa, o singular dos nomes


não é concretizado em um ponto do vocábulo, mas é uma categoria de número,
comprovado pelo confronto com o plural: livro-s e livro- Ø.
Morfologia: conceitos e uso

 O morfema suprassegmental tem um significado gramatical sem ser um segmento


entre outros da cadeia sintagmática.

 Relaciona-se com a variação de dois fatores entonacionais: intensidade e altura. A


incidência de maior tonicidade em uma ou outra sílaba e o elemento diferenciador.
Por exemplo: fábrica e fabrica.

 Aqui, a tonicidade cria um nome (fábrica) e um verbo (fabricar).


Morfologia: conceitos e uso

 A acentuação também funciona em nível sintático. Dependendo da maior


tonicidade em uma ou outra palavra, distinguimos qual é o substantivo
e qual é o adjetivo, por exemplo: ingênuos fiéis e fiéis ingênuos.

 A variação de altura opera na língua portuguesa como elemento componente da


modulação frasal e é responsável pela diferença entre asserção e interrogação
em frases como: “Ele já viajou” e “Ele já viajou?”
Morfologia: conceitos e uso

 Os morfemas classificatórios constituem-se de vogais temáticas, cuja função é


enquadrar os vocábulos em classes de nomes (substantivos e adjetivos) e de
verbos. Temos, assim, a subdivisão: nominais: -a, -e, -o; verbais: -a, -e, --.

 A ausência da vogal temática em alguns nomes cria as formas atemáticas,


como nas palavras terminadas em consoantes e vogais tônicas.
Morfologia: conceitos e uso

 Os morfemas flexionais alteram os morfemas lexicais, adaptando-os às categorias


gramaticais que admite.

 No caso dos nomes, os morfemas são de gênero e número; quanto aos verbos,
os morfemas são de modo e tempo, número e pessoa.

 Os morfemas flexionais são: aditivos, subtrativos, alternativos, morfema zero e


morfema latente.
Morfologia: conceitos e uso

 Os morfemas aditivos são o acréscimo de um ou mais fonemas para dar


informação gramatical. Exemplo: cantor – cantora (aditivo de gênero); rapaz –
rapazes (aditivo de número).

 Os aditivos podem ser classificados como cumulativos, resultando da acumulação


de mais de uma noção gramatical em uma forma linguística indivisível. Por
exemplo: amaramos, beberamos, partiramos - /ra/, /mos/.
Morfologia: conceitos e uso

 Morfema latente ou alomorfe ocorre quando o vocábulo não traz morfema


gramatical para indicar qualquer categoria. Ele se caracteriza pela ausência de
marca, não trazendo em si o contraste entre as categorias gramaticais.

 Chama-se latente porque as significações revelam-se indiretamente pelo contexto,


como ocorre em: o, os lápis (o contexto indica o número do vocábulo); o, a dentista
(o contexto indica gênero).
Morfologia: conceitos e uso

 Os morfemas derivacionais, por sua vez, criam novas palavras na língua. A partir
do morfema lexical livr-o foram criados os termos livr-eiro e livr-aria, entre outros.

 Em nossa língua, os morfemas -cao, -mento, -inho etc. não têm a mesma função
que elementos como -s, -a, -va, que são indicadores de número e gênero nos
verbos.
Morfologia: conceitos e uso

Segundo Matthews (apud ROSA, 2009), o termo categoria é empregado:


 para referir classes de palavras como N ou V;

 para representar as dimensões de um paradigma, com número, por exemplo;

 para cada uma das possibilidades de contraste no interior de uma dimensão,


como número singular, número dual e número plural.
Morfologia: conceitos e uso

 Uma categoria morfossintática é obrigatória para uma classe de palavras e espera-


se que qualquer verbo em língua portuguesa, por exemplo, tenha dimensão
número/pessoa.

 A realização de uma categoria morfossintática em um lexema pode ser dos


seguintes tipos: propriedades inerentes, propriedade de concordância,
propriedades configuracionais e propriedade de constituinte.
Morfologia: conceitos e uso

Em geral, são três os critérios de classificação para classes abertas:


 semântico: significados são estabelecidos para a atribuição de palavras a
determinadas classes;
 morfológico: as palavras são classificadas devido a categorias gramaticais,
ou seja, se a palavra possui informações de tempo, modo, gênero;
 sintáticos: possibilidade da palavra de assumir posições diferentes na sentença,
bem como suas funções sintáticas quando articuladas em sentenças.
Interatividade

Morfologia seria o estudo das:

a) Estruturas sintáticas.
b) Estruturas semânticas.
c) Estruturas fonológicas.
d) Estruturas pragmáticas.
e) Formas, estruturas e classificação de palavras.
Resposta

Morfologia seria o estudo das:

a) Estruturas sintáticas.
b) Estruturas semânticas.
c) Estruturas fonológicas.
d) Estruturas pragmáticas.
e) Formas, estruturas e classificação de palavras.
Organização e constituição da frase

 O paradigma gerativista dá conta em verificar como se constitui uma oração.


Os constituintes desta são formados, basicamente, por sintagma nominal (SN)
e sintagma verbal (SV).

 Segundo Souza e Silva e Koch (1989), sintagma consiste em um conjunto de


elementos constituintes de unidade significativa dentro da oração, os quais
mantêm relações entre si de dependência e ordem.
Organização e constituição da frase

Assim, o sintagma nominal pode ser composto por um núcleo e mais unidades em
torno deste núcleo:

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

 No caso do sintagma verbal, o núcleo é o verbo, que é considerado o elemento


fundamental dentro desse sintagma.

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

Dependendo do elemento que constitui o núcleo, a natureza do sintagma muda para


nominal ou verbal. Além de SN e SV, existem:
 SA: sintagma adjetival, cujo núcleo é um adjetivo;

 SP: sintagma preposicional, formado de preposição mais sintagma nominal.

A forma básica de uma oração é SN e SV, como verificamos no exemplo: os garotos


(SN)| empinavam papagaios de papel (SV).
Organização e constituição da frase

O SN sujeito existe como posição estrutural, mas muitas vezes esse elemento não é
preenchido lexicalmente, tal como:

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

O SP é o terceiro subconjunto e caracteriza-se por ser:


 facultativo: sua ausência na oração não prejudica a estrutura sintática;

 móvel: pode ser deslocado de sua posição normal, que e após o SN e o SV,
e ser anteposto a esses sintagmas ou, ainda, intercalado;

As flores (SN) enfeitavam os jardins (SV)| na primavera (SP).


Na primavera (SP) as flores (SN) enfeitavam os jardins (SV).
Organização e constituição da frase

 O sintagma nominal (SN) possui, basicamente, um nome (N) como núcleo.

Exemplificando, temos:

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

 No entanto, o SN pode ter como núcleo um pronome (Pro) substantivo, seja o


pronome pessoal,demonstrativo, indefinido, interrogativo, possessivo ou relativo.
Nesse caso, o pronome está no lugar do N.

Pode ser exemplificado assim:

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

O SN complexo é aquele formado por mais de um elemento:


 determinante propriamente dito ou elemento-base (det-base);
 pré-determinante (pré-det);
 pós-determinante (pós-det).

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

A regra completa do determinante é: Det (pre-det) det-base (pos-det). Em língua


portuguesa, os elementos que servem de determinantes-base são artigo e
demonstrativo – que são, portanto, mutuamente exclusivos:

Fonte: Livro-texto.
Organização e constituição da frase

O sintagma preposicionado (SP) e constituído de preposição seguida de um SN. Seu


papel é o de modificador circunstancial, expresso, em sua maioria, por locuções
adverbiais, normalmente introduzidas por preposição. Podemos verificar nas
seguintes orações:
 O leiteiro sai cedinho. (Adv.).
 O leiteiro sai de madrugada. SP (Loc. adv.).
 O leiteiro sai à mesma hora todos os dias. SP (Loc. adv. à mesma hora)
SN (Loc. adv. todos os dias).
Organização e constituição da frase

No esquema arbóreo, o SP é assim:

Fonte: Livro-texto.
 O SP pode apresentar-se como constituinte
independente, como uma terceira divisão da oração.
Aqui, ele pode veicular informações circunstanciais de
tempo, lugar, modo e causa, entre outros, em
conformidade com os advérbios e locuções adverbiais.
Interatividade

SP, SN e SV significam “Sintagmas”:

a) Preposicionado, Nomeado e Vertical.


b) Posicionado, Nominal e Vertical.
c) Preposicionado, Nominal e Verbal.
d) Pertencente, Neutro e Verbal.
e) NDA.
Resposta

SP, SN e SV significam “Sintagmas”:

a) Preposicionado, Nomeado e Vertical.


b) Posicionado, Nominal e Vertical.
c) Preposicionado, Nominal e Verbal.
d) Pertencente, Neutro e Verbal.
e) NDA.
ATÉ A PRÓXIMA!

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