O documento discute diferentes tipos de concretos especiais, incluindo concretos leves, pesados, massa, compactados com rolo, reforçados com fibras, contendo polímeros e de alta resistência. Esses concretos são formulados para suprir deficiências do concreto comum e atender necessidades específicas de projetos.
O documento discute diferentes tipos de concretos especiais, incluindo concretos leves, pesados, massa, compactados com rolo, reforçados com fibras, contendo polímeros e de alta resistência. Esses concretos são formulados para suprir deficiências do concreto comum e atender necessidades específicas de projetos.
O documento discute diferentes tipos de concretos especiais, incluindo concretos leves, pesados, massa, compactados com rolo, reforçados com fibras, contendo polímeros e de alta resistência. Esses concretos são formulados para suprir deficiências do concreto comum e atender necessidades específicas de projetos.
São concretos com propriedades específicas, destinados a
determinados usos. São formulados para suprir deficiências do concreto de cimento Portland e agregado natural.
Dentro deste conceito podem ser citados:
concreto leve; concreto pesado; concreto massa; concreto compactado a rolo; concreto reforçado com fibras; concreto contendo polímeros; concreto de alta resistência; concreto de alto desempenho; concreto auto-adensável. CONCRETO LEVE ESTRUTURAL • O concreto possui baixa relação resistência-peso comparado ao aço problema econômico na construção de edifícios altos, pontes com grandes vãos e estruturas flutuantes • Diminuição da massa unitária do concreto através do uso de agregados leves estruturais massa unitária de 1600 kg/m³ e resistência à compressão entre 25 e 40 MPa • De acordo com o ACI, este deve apresentar resistência à compressão mínima de 17 MPa aos 28 dias, e massa unitária máxima de 1850 kg/m³ CONCRETO LEVE ESTRUTURAL A dosagem não pode ser feita pelo método da ABCP: • o agregado leve absorve água, não sendo possível utilizar as correlações entre resistência e fator água/cimento; • a massa unitária dos agregados leves varia muito com a granulometria; • em concretos com alta fluidez os agregados leves tendem a segregar e flutuar. Vantagens: redução de custos de fundação, armadura e construção. Agregados mais indicados argila e folhelho expandidos. CONCRETO LEVE NÃO ESTRUTURAL Incorporação de ar e pérolas de poliestireno expandido. Para a obtenção de um concreto homogêneo com pérolas de isopor deve-se seguir os seguintes passos: • misturar água com cola branca; • acrescentar cimento e em seguida as pérolas para que o cimento fique aderido a estas, não permitindo a flutuação; • acrescentar o agregado miúdo e o restante da água. Utilização: enchimentos, sem finalidade estrutural. CONCRETO SEM FINOS • Também pode ser considerado um concreto leve, é feito sem o agregado miúdo, sendo que a união entre os grãos de tamanho entre 9,5 e 19 mm se dá pela pasta pelo contato em pontos.
• Utilização fabricação de placas auto drenantes.
CONCRETO PESADO PARA BLINDAGEM DE RADIAÇÃO Utilização: locais onde há limitação de espaço para uso de paredes de concreto convencional de grande espessura. É o caso de blindagem biológica nas usinas nucleares, nas unidades médicas e nas instalações de testes de pesquisa atômica. Massa unitária entre 3360 e 3840 kg/m³, obtidos com o uso de agregados pesados naturais como barita, magnetita e minérios de boro. Dosagem: • Procedimentos usados nos concretos convencionais • Tomar cuidado com a segregação do concreto fresco utilização de areia mais fina e em maior quantidade e um consumo de cimento superior a 360 kg/m³. CONCRETO MASSA • Grandes volumes de concreto importante considerar a elevada geração de calor, as variações de volume (retração) e as conseqüentes fissuras. • Ponto fundamental redução do gradiente de temperatura entre as partes externa e interna, onde se torna mais difícil a dissipação do calor desenvolvido. • Aparecimento de fissuras nos dois a três primeiros dias o concreto se dilata, havendo em seguida a retração com o abaixamento da temperatura. Como a resistência do concreto ainda é baixa, as tensões são grandes, ocorrendo fissuras perpendiculares à direção de encurtamento. CONCRETO MASSA Medidas para reduzir a quantidade de calor desenvolvido: • Reduzir o consumo de cimento (100 a 200 kg/m³); • Empregar cimento com baixo calor de hidratação (menor quantidade de C3S e C3A) ; • Substituir parte do cimento por pozolana; • Reduzir a velocidade de colocação e/ou a espessura das camadas; • Colocar o concreto com temperaturas ambientes baixas; • Usar água gelada no amassamento; • Refrigerar os agregados; • Retirar cedo as formas ou usar formas metálicas; • Usar aditivos retardadores de pega e redutores de água. CONCRETO MASSA • Uso de agregados de maior granulometria possível ou de dois agregados que forneçam a maior massa unitária (menor número de vazios) menor consumo de cimento. • Cuidados com a ocorrência de reações dos agregados com os álcalis do cimento avaliar a reatividade destes agregados. • Dosagem do concreto massa pode seguir os mesmos passos do concreto comum, devendo se privilegiar o agregado de maior dimensão e usar um abatimento de 25 12 mm. CONCRETO MASSA Na barragem de Itaipu foi utilizado um concreto com as seguintes características: • abatimento: 25 a 50 mm; • agregados com dimensão máxima 150, 75 e 38 mm e consumo de 643, 465 e 729 kg/m³; • aditivo incorporador de ar; • resistência à compressão de 17,5 MPa aos 90 dias; • consumo de cimento: 108 kg/m³; • 13 kg/m³ de cinzas volantes; • 85 kg/m³ de água; • temperatura de lançamento do concreto 6C, por pré- resfriamento dos agregados graúdos, seguida de ar frio, usando parte da água de amassamento a 5C e a maior parte gelo em forma de escamas. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) OU CONC. ROLADO Baseia-se no conceito de um concreto sem abatimento (seco – slump zero), lançado e compactado com o mesmo equipamento de construção utilizado para barragens de terra, satisfazendo as características de um concreto massa. Vantagens: • menor consumo de cimento, pois pode ser usado um concreto magro; • custo de formas menor, pelo lançamento em camadas; • o aumento de temperatura é menor, não havendo necessidade de resfriamento; • custo de transporte menor, pois pode ser transportado por caminhões basculantes, espalhado por tratores de lâmina e compactados por rolos vibratórios; • o período de construção pode ser diminuído. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) A consistência é o fator mais importante, pois o máximo de compactação vai ocorrer com o concreto mais úmido que possa suportar o peso do trator. Umidade ideal: em torno de 6%.
Camada solta espalhada
com espessura 20 a 30% maior do que espessura final. CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS • Composição cimento hidráulico, água, agregados graúdos e miúdos e fibras discretas descontínuas. • Tipos de fibras: aço, polímero (polipropileno ou náilon), vidro e materiais naturais (fibras vegetais, asbesto). CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS Efeitos da introdução das fibras: 1) Aumento das deformações de tração na ruptura. Em outras palavras, há aumento da tenacidade. O concreto convencional rompe repentinamente, enquanto o concreto com fibras continua a resistir a cargas consideráveis, mesmo com deformações elevadas. O rompimento se dá principalmente por arrancamento ou escorregamento das fibras. 2) Redução da trabalhabilidade: é proporcional à concentração volumétrica de fibras, independente do tipo de fibra. 3) Empelotamento ou ninho: efeito produzido por fibras com relação de aspecto maior que 100. CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS Dosagem: • Geralmente a quantidade de fibras no concreto fica limitada a 2% em volume e o diâmetro máximo do agregado graúdo a 19 mm.
• De acordo com o ACI, a dosagem de concretos
com fibras de aço é feita em função do teor de fibras e da resistência, sendo à compressão para aplicações estruturais e à flexão para pavimentos. Especificações comuns são: resistência à flexão 5 a 7 MPa e à compressão 34 a 48 MPa, aos 28 dias. CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS • As fibras de aço podem ter diâmetro entre 0,25 e 0,75 mm e as seções achatadas variando de 0,15 a 0,40 mm de espessura por 0,25 a 0,90 mm de largura, enquanto fibras de vidro apresentam diâmetros de 0,005 a 0,015 mm, podendo ser coladas para atingir diâmetros de 0,013 a 1,3 mm. Aplicações do concreto reforçado com fibras: • Placas em pistas de pouso; • Placas estruturais; • Revestimento de taludes; • Revestimento de túneis. CONCRETOS CONTENDO POLÍMEROS Pode-se dividir estes concretos em três categorias: • Concreto de polímero (CP): obtido polimerizando uma mistura de um monômero e agregado, não contendo outro aglomerante; • Concreto modificado com látex (CML): é um concreto com cimento Portland convencional, onde parte da água de amassamento foi substituída por látex (emulsão de polímero); • Concreto impregnado com polímero (CIP): impregna-se ou infiltra-se um monômero no concreto endurecido para polimerização posterior. CONCRETOS CONTENDO POLÍMEROS Propriedades e Aplicações: • CP: atinge altas resistências (140 MPa), deve ser usado em locais onde exista alta relação carga acidental e carga permanente; em revestimento e trabalhos de reparo; • CML: o látex é usado como aditivo, em forma de suspensão coloidal do polímero em água, numa relação de 10 a 25 de polímero por peso de cimento; suas propriedades mais importantes são: aderência ao concreto antigo e resistência à penetração de água e agentes agressivos; aplicado em pisos deteriorados, pavimentos e tabuleiros de pontes. CONCRETOS CONTENDO POLÍMEROS Propriedades e Aplicações: • CIP: são usados monômeros com baixa viscosidade como metilmetacrilato e estireno e um catalisador; a polimerização pode ser feita através do aquecimento do concreto com vapor, água quente ou aquecedores infravermelhos. Há um limite para a espessura das peças: 150 mm. A aplicação em peças estruturais é limitada devida ao tamanho máximo das peças, mas se torna interessante em locais sujeitos à abrasão, à ação do gelo e ao ataque de soluções químicas fortes.