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Programa de Pós-graduação em Engenharia de Estruturas da UFMG - PROPEEs

ESTUDO TEÓRICO DA TRANSFERÊNCIA DE FORÇAS POR


CONECTORES DE CISALHAMENTO EM ESTRUTURAS MISTAS DE
AÇO E CONCRETO

THEORETICAL STUDY OF FORCE’S TRANSFER BY SHEAR


CONNECTORS IN COMPOSITE STRUCTURES OF STEEL AND
CONCRETE

Lucas Ribeiro dos Santos

(1) Estudo teórico da transferência de forças por conectores de cisalhamento em


estruturas mistas de aço e concreto, UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
luccasrsantos@gmail.com

Resumo

Conectores de cisalhamento são essenciais para a transferência de cargas em estruturas mistas,


dado que o seu uso correto eleva o grau de interação entre o aço e o concreto, proporcionam uma melhor
redistribuição dos esforços em regiões de introdução de cargas e melhoram a rigidez e a ductilidade
dessas estruturas mistas. Neste artigo, realizou-se uma análise teórica da transferência de cargas por
conectores de cisalhamento, focando-se principalmente no uso de parafusos de alta resistência. Como
referências deste trabalho, buscou-se trabalhos científicos recentes que tratam da aplicação destes
conectores em diversos campos de aplicação, tanto em obras de infraestrutura, quanto em edificações
civis. Estudou-se os principais conceitos teóricos abordados, focando no comportamento dos conectores
de cisalhamento e os estudos numéricos realizados pelos autores, suas metodologias e resultados finais.
Ao final, fez-se uma comparação e uma discussão dos resultados obtidos.
Palavras-chave: Conectores de cisalhamento; parafusos de alta resistência; estruturas mistas.

Abstract

Shear connectors are essential for the load transfer in composite structures, once its correct use
increases the interation between steel and concrete, resulting in a better redistribution of forces in the
regions where the loads are applied and improving the system's stiffness and ductibility. In this paper, it
is presented a theoretical analysis of the load transfer by shear connectors, focusing mostly in high-
strength bolts. As references for this paper, it were selected recent scientific papers dealing with the
application of shear bolts in a variety of structures, both in infrastructure and civil constructions. It were
studied the key theoretical concepts covered, focusing on the behavior of shear connectors and numerical
studies the experimental tests' by researches, methodology adopted and their final results. At last, a
comparison of the results was performed and discussed.
Keywords: Shear connectors; high strength bolts; composite structures.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações Iniciais

As estruturas mistas tiveram seu marco inicial história da construção civil no ano de
1894 nos Estados Unidos da América quando, segundo Griffis (1994) apud Nardim (1999) os
engenheiros da época decidiram utilizar vigas de aço de perfil I e revestirem com o concreto.
Na época foram construídas duas edificações: uma ponte em Iowa e uma edificação conhecida
como Methodist Building em Pittsburg. Entretanto, o apogeu na história para utilização do aço
e concreto associados em edificações civis, ocorreu a partir do início do século XX.
É sabido que para serem considerados sistemas misto aço-concreto, o aço deve trabalhar
em conjunto com o concreto simples ou armado, geralmente esta associação tem ocorrido em
maior escala com o uso de concreto armado nas edificações. Dentro desta temática de sistemas
mistos surge se então os pilares, vigas e lajes. O aço é empregado formato de perfis soldados,
laminados ou formados a frio. Na Figura 1 é ilustrado a Canton Tower, recentemente construída
na China - esta edificação possui 612m de altura, cuja solução estrutural viável foi a utilização
de pilares mistos aço-concreto.

Figura 1 – Canton Tower – Fonte: http://en.wikiarquitectura.com/index.php/Canton_Tower

O interessante do uso dos sistemas mistos aço-concreto, é a interação que há entre os


perfis de aço e o concreto, visando aproveitar as vantagens de cada material na mais diversas
situações. Conforme afirma Queiroz (2001) para que o perfil de aço e concreto trabalhem em
conjunto é necessário que ocorra interação entre o aço e o concreto, a forma que esta interação
ocorre pode ser dividida em: interação mecânica, interação por atrito e interação por simples
aderência e repartição das cargas. A interação mecânica pode ocorrer através dos conectores de
cisalhamento, mossas, ressaltos, entre outros. Atualmente, os conectores de cisalhamento
mecânicos normatizados no Brasil são: os parafusos de alta resistência, pinos com cabeça (stud
bolts) e perfil U.
Salienta-se que o dimensionamento de estruturas mistas no Brasil foi recentemente
contemplado por uma nova norma: A ABNT NBR 16239:2013 – “Projeto de estruturas de aço
e de estruturas mistas de aço e concreto de edificações com perfis tubulares”.

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1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise teórica do estudo de transferência
de cargas através dos conectores de cisalhamentos em estruturas mistas. Promover uma revisão
geral da literatura direcionada principalmente ao uso dos parafusos como conectores de
cisalhamento.

1.2.2. Objetivos Específicos

 Analisar o comportamento dos conectores de cisalhamento, como dispositivos de


transferência de carga, nos trabalhos encontrados na literatura;
 Observar os modelos numéricos propostos pelos pesquisadores;
 Avaliar o comportamento dos conectores de cisalhamento e realizar análise comparativa
nos trabalhos que possuíam simulação numérica e/ou análise experimental.

1.3. Justificativa

Os parafusos de alta resistência como dispositivos de transferência de carga foram


recentemente normatizados pela ABNT NBR 16239:2013, cuja norma contém especificações
sobre a utilização destes parafusos em pilares mistos preenchidos com concreto. Esta recente
normatização dos parafusos de alta resistência em pilares mistos preenchidos com concreto
(PMPCs) desponta como tendência para difusão do uso destes conectores no Brasil. Contudo,
é necessário o desenvolvimento de pesquisas que relacionam principalmente o comportamento
dos parafusos de alta resistência em estruturas mistas, justificando o presente estudo.
As pesquisas científicas que surgiram nas últimas décadas que tratam sobre o uso destes
parafusos como conectores de cisalhamento evidenciam os fatos de que o uso correto deste
dispositivo pode resultar em ganhos mecânicos favoráveis nas estruturas mistas. Trabalhos
científicos de autores renomados, como os de Starossek & Falah (2008), Pavlovic (2013), Liu
et al. (2014), dentre outros, comprovam a viabilidade do uso dos conectores de cisalhamento e
despontam na literatura para o incentivo e desenvolvimento de novas pesquisas.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Pilares mistos de aço e concreto

Os pilares mistos compostos por aço e concreto apresentam uma série de vantagens
construtivas e estruturais. Quando surgiram os primeiros pilares mistos, o concreto usado
possuía baixa resistência e os ganhos em rigidez provenientes da associação do aço e concreto
no pilares, ainda não eram computados nos cálculos. Griffis1 apud Figueiredo (1998) destaca
os Laboratórios de Engenharia Civil da Universidade de Columbia como os primeiros a
desenvolverem ensaios em pilares mistos em 1908, várias pesquisas desenvolvidas

1
GRIFFIS, L. G. (1994). The 1994 T.R. High lecture: Composite frame construction. In: NATIONAL
STEEL CONSTRUCTION CONFERENCE, Pittsburgh, Pennsylvania, 18-20 may, 1994. Proceedings. New York,
AISC. V.01, p.1.1-1.72.
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anteriormente buscavam mostrar que um pilar de aço revestido com concreto tinha capacidade
de carga maior que a de um pilar isolado. E mesmo nos dias atuais, ainda existem uma gama
de variáveis relacionadas ao comportamento destes pilares ainda a serem estudadas e avaliadas,
dentre elas destaca se a influência dos conectores de cisalhamento, sendo um dos objetivos
específicos deste trabalho.
De modo geral, o termo pilar misto, conforme enfatizado por Caldas (2004) é referido
a qualquer membro no qual um elemento de aço atua juntamente com o concreto. Os elementos
trabalham juntos e não possuem escorregamento relativo significativo na superfície de contato.
Os pilares mistos podem ser formados por um perfil envolvido ou preenchido com o concreto,
como pode se visualizar na Figura 2.

Figura 2 - Pilares mistos de seções usuais - adaptado de Han et al. (2014)

As seções mais usuais que a ABNT NBR 8800:2008 destaca aos pilares mistos são
aqueles compostos por perfil de aço I ou H soldado ou laminado e os perfil de aço tubular
retangular ou circular para os pilares que são preenchidos com concreto. Contudo, existem
vários tipos de seções transversais sendo estudadas e avaliadas na literatura. A ABNT NBR
8800:2008 apresenta as diretrizes para o dimensionamento de pilares mistos de seções
transversais total ou parcialmente revestidas com concreto, quando submetidos à compressão
axial ou à flexo-compressão.
Os pilares mistos possuem aplicações vantajosas tanto em estruturas de pequeno porte,
quanto em edifícios multiandares. É sabido que a utilização deste elemento estrutural eleva a
rigidez dos pilares e aumenta a resistência a flambagem, além de proporcionar vantagens
econômicas frente ao uso das estruturas convencionais de concreto armado, decorrente da
racionalização da construção civil e da redução do desperdício de materiais. Outras principais
vantagens podem ser citadas: dispensa de fôrmas de escoramento, redução do peso próprio.

2.2. Efeito do Confinamento do Concreto

É sabido que o confinamento do concreto é um dos fatores que influem diretamente


no aumento da resistência à compressão dos pilares mistos preenchidos com concreto. A
resistência e durabilidade do concreto estão diretamente influenciadas pelos materiais que o
constituem e as condições do processo de cura do mesmo. Geralmente esta composição é a
mistura de cimento, areia, água e agregados e, em algumas vezes há a adição de aditivos. Sendo
assim, o concreto possui um comportamento complexo e depende de uma gama de variáveis
que o formam.

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Figura 3 - Disposição das tensões em PMPC em diferentes estágios de carregamento: (a) ʋa ≥ ʋc; (b) ʋa ≤ ʋc; -
Adaptado de Johansson & Gylltoft (2002)

Oliveira (2008) destaca em sua tese que existem dois tipos de confinamento: o
confinamento ativo e o confinamento passivo. O confinamento ativo é definido como um estado
de tensões que é aplicado lateralmente e controlado externamente. Neste caso, pressões são
aplicadas nas laterais de um cilindro de concreto e são mantidas constantes durante a aplicação
da força axial. O confinamento passivo é quando aplica-se um carregamento axial no material
e o mesmo é impedido de se expandir lateralmente.
A despeito do comportamento estrutural, Johansson & Gylltoft (2002) e De Nardin
(1999) relatam que o confinamento do concreto nos primeiros estágios de carregamento está
relacionado aos diferentes coeficientes de Poisson que os materiais possuem. No estágio inicial
de carregamento, o coeficiente de Poisson do concreto é menor que o do aço (Figura 3a) e por
isso o perfil de aço apresenta uma maior deformação na direção radial. Nesta fase, o aço está
submetido a tensões de compressão e o concreto em fase de expansão e, devido as tensões de
aderência existentes na superfície entre o aço e o concreto, aparecem tensões transversais de
compressão no tubo de aço e no núcleo de concreto tensões de tração na direção radial. Assim,
com a elevação da carga aplicada, o processo de microfissuração é intensificado e a expansão
do material confinado é maior que o tubo de aço, ou seja, o coeficiente de Poisson do concreto
torna-se maior que o do tubo de aço, que por sua vez começa a restringir a expansão do concreto,
surgindo elevadas tensões de confinamento. Oliveira (2008) destaca que o valor da capacidade
resistente do pilar preenchido é superior à soma dos valores das parcelas de resistência
correspondentes ao tubo de aço (ASfy) e ao núcleo de concreto (Acfy) e que a tensão gerada pelo
confinamento é responsável pelo acréscimo na capacidade resistente à comrpessão uniaxial do
pilar preenchido. A Figura 3, representa o comportamento estrutural do concreto confinado no
tubo de aço, é possível verificar que o concreto está submetido a um estado triaxial de tensões
e o tubo de aço a um estado biaxial de tensões.

2.3. Conectores de cisalhamento

Os conectores de cisalhamento são essencialmente fundamentais para a transferência


de cargas em estruturas mistas de aço e concreto. É sabido que para se garantir o comportamento
misto entre o aço e o concreto, como fossem uma peça única, é necessário que haja interação
entre estes materiais, uma vez que a aderência natural entre eles não consegue garantir esta
interação, faz se necessário o uso de conectores de cisalhamento.
As primeiras investigações desenvolvidas com conectores de cisalhamento se deu na
década de 60 na Suíça por Viest e nos Estados Unidos na década de 40 pela Universidade de
Illinois e de Lehigh. Os europeus começaram as pesquisas com os conectores rígidos enquanto
que os americanos desenvolviam estudos com os conectores flexíveis. No Brasil, é mais comum
a utilização em estruturas mistas de aço e o concreto, o uso de três tipos de conectores de
cisalhamento: os pinos com cabeça (stud bolts), parafusos de alta resistência e o perfil U
laminado. Ambos conectores possuem prescrições de cálculo nas normativas brasileiras.
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(a) (b) (c) (d)


Figura 4 – Tipologia de novos conectores desenvolvidos, adaptado de Cruz et al. (2006): (a) pinos com cabela (stud bolts);
(b) T; (c) Perfobond; (d) Crestbond
O desenvolvimento de novos conectores (Figura 4) tem sido influenciado nas
estruturas mistas por vários fatores técnicos e econômicos que acarretam no avanço das
pesquisas e difusão do uso destes novos conectores na estruturas mistas. Recentemente, os
parafusos de alta resistência tem sido amplamente estudados na literatura, uma vez que o uso
destes parafusos como conectores de cisalhamento, quando comparados aos pinos com cabeça,
oferecem melhor qualidade na montagem e desmontagem de estruturas mistas de lajes pré-
moldadas, o menor custo para sua utilização e a não necessidade de se utilizar equipamentos
específicos para sua instalação. A Figura 5 apresenta este tipo de dispositivo.

Figura 5 - Caracterização de um parafuso - adaptado de Dias (2007)

Os conectores de cisalhamento são classificados em duas categorias: rígidos e


flexíveis. Conforme Veríssimo (2007) destaca em sua tese que os conectores rígidos não se
deformam sob carga e proporcionam uma conexão praticamente sem deslizamento relativo
entre o aço e o concreto, conforme esboçado no gráfico da Figura 6. Entretanto, o colapso deste
tipo de conector é caracterizado uma ruptura frágil com esmagamento ou cisalhamento do
concreto, o que é indesejável por questões de segurança estrutural. Por outro lado, os conectores
flexíveis podem se deformar sob carga, permitindo o deslizamento relativo entre o aço e o
concreto e, ao final apresentam uma ruptura dúctil, conforme apresentado na Figura 6.

Figura 6 - Classificação dos conectores, adaptado de Chaves (2009)

Veríssimo (2007) ainda ressalta que o modo de falha do conector flexível não é
propriamente ideal em algumas situações, porque o mesmo possui baixo desempenho à fadiga
e pode se deformar sob cargas de serviço, enquanto que o conector rígido, por outro lado, tende
a não sofre problemas de fadiga.
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2.4. Push-out tests – EN 1994-1-1

O ensaio de cisalhamento direto, internacionalmente conhecido como push-out tests,


serve para se determinar as propriedades dos conectores de cisalhamento que comumente ainda
não estão reconhecidos em normativas. Este ensaio foi padronizado pela norma europeia EN
1994-1-1:2004 com o objetivo de manter uma especificação única para este ensaio onde for
utilizado. Conforme se observa na Figura 7, o ensaio é composto por um perfil I que está
conectado a duas lajes de concreto. As lajes possuem dimensões iguais de 650x600x150mm,
estas são apoiado na parte inferior e o carregamento é aplicado no perfil de aço na parte superior.
Em intervalos de tempos pré-fixados, com o início do carregamento são aferidos os
deslocamentos relativos entre a laje de aço e o concreto, bem como a força que está sendo
aplicada no exato momento. Desta forma, ao longo do ensaio vai sendo gerado um gráfico
deslocamento x carregamento por conector. O escorregamento relativo é medido em ambas as
lajes do ensaio. Todavia, a recomendação deste ensaio é para avaliar o comportamento vigas mistas
com conectores de cisalhamento. Para os casos de PMPC o ensaio padronizado pelo EN 1994-1-
1:2004 poderá sofrer adaptações que venham da melhor forma representar o comportamento
dos pilares mistos com conectores de cisalhamento.

Figura 7 - Esquema do ensaio push-out tests - conforme EUROCODE 1994-1-2004

2.5 Análise de resultados encontrados na Literatura

2.5.1 Kwon (2011)

Kwon et al. (2011) realizaram um estudo numérico-experimental com a finalidade de


avaliar o comportamento de vigas de aço sobrepostas por lajes de concreto que posteriormente
são adaptadas com conectores de cisalhamento para garantir o comportamento misto. Uma vez
que ainda existem muitas pontes antigas, Kwon et al (2011) desenvolveram um estudo que
propõe o reforço estrutural destas pontes com conectores de cisalhamento. Nos estudos
experimentais, foram analisados cinco modelos constituídos por vigas de aço com lajes de
concreto. Os modelos eram simplesmente apoiados em suas extremidades, possuíam 11,6m de
comprimento e foram submetidos a uma carga concentrada aplicada no meio do vão. O primeiro
modelo era constituído por uma viga de aço sobreposta com laje de concreto sem conectores de
cisalhamento. Nos demais modelos, foram aplicados conectores. A Figura 8 representa o
esquema de como os conectores foram adaptados.
Conforme ilustrado na Figura 8, Kwon et al. (2011) estudaram três tipos de conectores
de alta resistência mecânica que foram uniformemente espaçados ao longo das vigas mistas:
DBLNB (double nut bolt) – aço ASTM A193 B7, HSFGB (friction grip bolt) – aço ASTM
A325 e o HASAA (adesive anchor) – aço ASTM A193 B7. Para avaliar a influência do
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espaçamento dos conectores foi incluído o modelo HASAA 30BS1 semelhante ao HASAA
citado anteriormente, porém com os conectores instalados perto dos apoios das vigas mistas,
onde o diagrama do momento é próximo a zero nas extremidades.

Figura 8 - Modelos de conectores de cisalhamento utilizados por Kwon (2011): (a) parafuso com dupla porca embutida
(DBLNB); (b) parafuso de alta resistência de aderência por atrito (HSFGB) e (c) haste de parafuso com adesivo estrutural
(HASAA)

Os conectores DBLNB e HASAA, possuíam resistência ao escoamento fy = 860 MPa e


o conector HSFGB possuía resistência ao escoamento fy = 825 MPa. Neste estudo, foi
considerado que as vigas adaptadas com conectores de cisalhamento tinham interação parcial
de 30%, conforme esboçado pelo gráfico da Figura 9.

Figura 9 - Relação força x grau de interação - pesquisa de Kwon (2011)

O coeficiente de interação η pode ser definido como a razão entre o número de


conectores de cisalhamento na interface aço-concreto e o número de conectores requeridos para
interação completa ao sistema misto. Conforme os resultados da Figura 9, a previsão é que sem
a utilização dos conectores de cisalhamento (sem interação ou seja, viga de aço isolada) o
modelo chegasse a uma capacidade de carregamento de 609 kN e com interação completa, o
modelo alcançaria 1.048 kN. Através dessas análises, os autores optaram por adotar em seu
trabalho um coeficiente η de 0,3 que resulta em 901kN elevando a resistência em 50% quando
comparada ao modelo sem interação. O grau de interação de 30% correspondeu a 32 conectores
de cisalhamento ao longo do vão, os conectores foram instalados em pares.
Nos estudos numéricos Kwon et al. (2011) selecionaram no ABAQUS (2007) uma
malha de elementos de quatro nós (shell element S4) que serviu para modelagem dos
componentes (viga de aço e laje de concreto). É importante destacar que nesta pesquisa que o
autores não consideraram o atrito na interface aço-concreto do modelo de elementos finitos e
também não foi considerado os possíveis efeitos de flambagem local e flambagem lateral com
torção. Entretanto, foram consideradas não linearidades materiais e geométricas nas análises
numéricas.
Através dos resultados obtidos, os autores concluíram que o modelo de elementos finitos
forneceu uma boa aproximação do comportamento observado nos modelos experimentais de
vigas mistas com os conectores de cisalhamento, sendo capazes de prever com precisão a
rigidez, resistência e ductilidade dos corpos de prova, até no instante das falhas dos mesmos. E
por fim, com os resultados numéricos e experimentais os corpos de prova com conectores de
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cisalhamento posteriormente instalados elevaram sua rigidez e resistência na ordem entre 40-
50% quando comparado ao modelo sem o conector, ainda que este aumento substancial foi
devido a instalação de um pequeno número de conectores.
Outra importante conclusão é que os conectores situados pertos das extremidades das
vigas realmente fornecem uma maior ductilidade ao sistema de vigas mistas, os testes realizados
com o modelo HASAA que possuíam os conectores situados perto das extremidades da viga
confirmam essa observação quando comparado com os modelo HASAA com conectores
distribuídos uniformemente ao longo do comprimento da viga.

2.5.2 Starossek e Falah (2008)

Starossek e Falah (2008) buscaram compreender o comportamento dos pilares mistos


de aço preenchidos com concreto (PMPC) quando submetidos a três tipos de carregamentos
axiais. Dentro dessa temática, os autores avaliaram a transferência de forças de cisalhamento
que age pela aderência natural entre o tubo de aço e o núcleo e concreto e a transferência de
forças de cisalhamento pelo uso dos conectores de cisalhamento.
No estudo experimental, os autores ensaiaram 71 modelos de PMPCs que foram
testados sob carregamento axial aplicado na extremidade superior. Os conectores de
cisalhamento utilizado foi o parafuso de alta resistência Bolts M16 – grau 5.6, cujo diâmetro
nominal e comprimento efetivo são 16mm e 55mm, respetivamente. Os conectores possuíam
resistência ao escoamento 𝑓𝑦 = 294 MPa e resistência à ruptura 𝑓𝑢 = 490 MPa. Starossek e Falah
(2008) classificaram os modelos de acordo o tipo de carregamento: “SP” - carregamento
aplicado somente no núcleo do concreto; “S” - carregamento aplicado somente no tubo de aço;
“A” carregamento aplicado em ambos, tubo de aço e núcleo do concreto.
O trabalho de Starossek e Falah (2008) contemplam o estudo numérico desenvolvido
através do software ABAQUS/Standard 6.7. Os autores consideraram as não linearidades
materiais e geométricas em suas análises numéricas, e desenvolveram modelos numéricos
bidimensionais axissimétricos capazes de representar os pilares mistos preenchidos com
concreto, para os tipos de carregamento S e A, ambos modelos sem conectores de cisalhamento.
Também foram desenvolvidos modelos numéricos tridimensionais de pilares mistos
preenchidos com concreto (seção quadrada) para os tipos de carregamento S e A com
conectores de cisalhamento, neste caso os autores optaram em fazer o uso de simetria e
modelaram somente um quarto da seção quadrada.
Para os modelos axissimétricos bidimensionais, o núcleo de concreto, tubo de aço e as
placas de topo de extremidade foram modeladas usando o elemento sólido CAX4I, este
elemento possuí 4 nós e dois graus de liberdade por nó: translações nodais nas direções x e y,
conforme exposto na Figura 10a. Nos modelos axissimétricos tridimensionais, o núcleo de
concreto, tubo de aço, parafusos e as placas de topo de extremidade foram modeladas usando o
elemento sólido C3D8, elemento de 8 nós com três graus de liberdade por nó, conforme
apresentado na Figura 10b.

Figura 10 - Malha sólida de elementos axissimétricos com 4 e 8 nós, adotadas por Starossek e Falah (2008): (a) elemento CAX4I;
(b) elemento C3D8
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A curva de compressão tensão x deformação do concreto obtida nos ensaios foi


utilizada no modelo numérico, cuja média dos resultados para o módulo de Elasticidade (Ec)
foi de 32.240 MPa e para a resistência à compressão (fck) de 46,2 MPa. Starossek e Falah (2008)
adotaram a curva tensão x deformação do aço obtidas nos ensaios laboratoriais, cuja média dos
resultados para o módulo de Elasticidade (Es) foi de 197.535 MPa, e coeficiente de Poisson (υ)
de 0,3.
O comportamento dos parafusos é descrito pela curva tensão x deformação bilinear da
Figura 11 que serve respectivamente, para compressão e tração (limitada a uma deformação
última de 0,2) dos conectores. Propriedades do parafusos, tais como módulo de Elasticidade
(Ecs) e coeficiente de Poisson (υ) utilizados, foram Ecs = 210.000 MPa e υ = 0,3,
respectivamente.

Figura 11 - Curva tensão x deformação dos parafusos idealizada por Starossek e Falah (2008)

Starossek e Falah (2008) concluíram para os modelos com carregamento aplicado no


tubo de aço (modelo S) a tensão axial foi quase uniforme sobre a seção transversal do núcleo
de concreto, bem como a distribuição da tensão de cisalhamento é praticamente uniforme ao
longo de todo comprimento do núcleo de concreto do pilar misto. Neste mesmo modelo o
deslizamento relativo entre o concreto e o aço é maior na parte superior do pilar misto
preenchido com concreto, evidenciando a necessidade dos autores terem utilizado os conectores
de cisalhamento na parte superior do pilar. Estas conclusões podem ser depreendidas na Figura
12a. Pela análise de elementos finitos Starossek e Falah (2008) também perceberam que os
níveis de tensão de confinamento do concreto abaixo dos conectores de cisalhamento aumentam
significativamente devido ao confinamento que é fornecido pelo tubo de aço.

Figura 12 - Tensões no concreto no momento da falha obtidas por Starossek e Falah (2008a): (a) tensão normal; (b) tensão
cisalhante

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De acordo Starossek e Falah (2008) a contribuição do tubo de aço na resistência total


deve ser levada em conta, devido ao confinamento do núcleo de concreto, o aumento na
resistência do concreto foi de aproximadamente 38% em relação a resistência do concreto não
confinado.
Os resultados dos ensaios experimentais e numéricos confirmam que os conectores
de cisalhamento atuaram significativamente na transferência de forças entre o tubo de aço e o
núcleo do concreto. Em virtude disso, antes que os tubos de aço atinjam a resistência ao
escoamento em torno dos parafusos, os conectores de cisalhamento e a aderência entre os
materiais, foram capazes de transferir forças entre o tubo de aço e o núcleo do concreto. A
Figura 13 mostra a falha do concreto e a deformação do tubo de aço nas regiões dos conectores
obtidas por Starossek e Falah (2008).

Figura 13 - Falha dos modelos com conectores de cisalhamento (numérico e experimental)

De acordo Starossek e Falah (2008a) os pilares mistos preenchidos com concreto que
foram submetidos ao carregamento do tipo A (aplicado em ambos, aço e concreto) tiveram seu
comportamento estrutural consideravelmente afetados pelos diferentes valores do coeficiente
de Poisson do tubo de aço e núcleo de concreto, uma vez que esta conclusão foi baseada pelos
os autores com as aferições das deformações laterais do aço e concreto durante o carregamento.
Os resultados dos estudos numéricos obtidos por Starossek e Falah (2008)
demonstram que a força transferida pelos conectores de cisalhamento aumentam conforme o
aumento do diâmetro dos parafusos e, as falhas nos parafusos ocorrem principalmente naqueles
que possuem menor diâmetro. No entanto, para os parafusos que possuem diâmetros maiores,
os tubos de aço atingem o limite de escoamento antes que ocorra as falhas dos parafusos. Os
autores também concluíram que o aumento na resistência do concreto não melhora a capacidade
dos conectores para transferirem forças de cisalhamento entre o tubo de aço e o núcleo de
concreto. Conforme os resultados obtidos por Starossek e Falah (2008), a eficiência dos
conectores de cisalhamento é comprovada pelos bons resultados quanto a transferência de carga
pelos parafusos de alta resistência nos pilares mistos preenchidos com concreto,
proporcionando uma melhor redistribuição dos esforços em zonas elevadas de tensões.

2.5.3 Younes (2015)

Younes et al. (2015) realizaram um estudo experimental para investigar o


comportamento dos conectores de cisalhamento na interface aço-concreto de pilares mistos
preenchidos com concreto (PMPC) submetidos à compressão. Dentro desse contexto, o foco da
pesquisa dos autores foi em avaliar como a resistência final a compressão dos tubos de PMPCs
submetidos à um carregamento axial, podem ser influenciadas pelos conectores de
cisalhamento considerando vários espaçamentos dos conectores nos tubos de aço. Os
conectores de cisalhamento utilizado pelos autores foram parafusos de alta resistência M10
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Bolts, com diâmetro nominal de 9,5mm e comprimento de 134,3mm, os furos nos tubos para
colocação dos parafusos foram previamente alargados para colocação e soldagem dos mesmos.

Tabela 1 - Detalhes dos modelos ensaiados por Younes (2015)


Altura do Preenchido
Aplicação Diâmetro Distribuição
Grupo Pilar Pilar com Conector
Carga (mm) do Conector
H (mm) Concreto
I C1 600 N.A. Tubo aço N.A. N.A. N.A.
C2 600 SIM YES 9.5 6 Dstud
II Tubo aço
C4 600 SIM YES 9.5 4.2 Dstud
C5 600 SIM YES 9.5 6 Dstud
III C6 600 SIM Concreto N.A. N.A. N.A.
C7 600 SIM YES 9.5 9 Dstud
C8 600 SIM Tubo aço YES 9.5 6 Dstud
IV C9 600 SIM + N.A. N.A. N.A.
C10 600 SIM Concreto YES 9.5 9 Dstud

A partir dos resultados experimentais, os autores concluíram que o uso dos conectores
elevam a capacidade resistente axial dos PMPCs, isso foi explicado pelo fato de que o
carregamento transferido ao tubo de aço é diretamente proporcional ao aumento da quantidade
de parafusos, foi evidente esse aumento quando as colunas foram carregadas no núcleo de
concreto com os conectores espaçados na ordem de seis e nove vezes o diâmetro dos parafusos,
onde foi possível elevar a capacidade resistente axial das colunas há uma taxa de 13% e 15%,
respectivamente.
Os conectores com espaçamento mais largos entre si conduziram a menores elevações
das tensões circunferenciais, enquanto que os conectores espaçados mais próximos conseguem
elevar o carregamento transferido do núcleo do concreto e, consequentemente aumentar a
tensão circunferencial que age no tubo pelo confinamento do concreto. Quando o modelo foi
carregado somente através do núcleo de concreto, pelo efeito exercido no confinamento do
mesmo, a resistência à compressão do concreto pode ser elevada em 40%.
E por fim, os conectores situados nas extremidades do tubos de aço permitiram uma
deformação maior do sistema misto, quando comparados com os conectores situados nos meios
da altura do tubo, conforme explica Younes et al. (2015) que as forças transmitidas são maiores
quando os conectores estão nas extremidades do tubos. As conclusões supracitadas na pesquisa
de Younes et al. (2015) confirmam a eficiência do uso de conectores de cisalhamento em
sistemas mistos, resultando nos bons ganhos na capacidade resistente axial das colunas e a
melhora na distribuição do carregamento na interface aço-concreto. No entanto, os autores não
realizaram um estudo numérico em sua pesquisa, afim de observar melhores detalhamentos que
possam complementar e efetivar os resultados dos estudos experimentais.

2.5.4 Liu et al. (2014)

A pesquisa de Liu et al. (2014) aborda o comportamento das vigas mistas constituídas
por vigas de aço e sobrepostas com lajes pré-moldada de concreto geopolimérico. Foram
instalados nas vigas conectores mecânicos de cisalhamento de alta resistência por atrito e uma
das motivações dos autores foi avaliar a influência destes conectores para prever a sua
resistência última e as relações carga x deslizamento nas vigas.

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Nas análises experimentais Liu et al. (2014) foram modelados cinco modelos push-out
tests que possuíam conectores entre as mesas dos perfis de aço e as lajes pré-moldadas. A
resistência média à compressão do concreto geopolimérico aferida pelos autores no laboratório
foi de 47MPa e os conectores de cisalhamento foram dois modelos de parafusos de alta
resistência: o parafuso M20 Bolts grau 8.8 e o parafuso M16 Bolts grau 8.8, com diâmetros de
20mm e 16mm, respectivamente. Ambos conectores foram instalados nas lajes pré-moldadas
que já possuíam furos pré-dispostos para colocação dos mesmos, resultando em uma folga entre
a superfície dos conectores e a superfície do furo da laje.
Liu et al. (2014) realizaram o estudo numérico no programa de elementos finitos
ABAQUS para simular os ensaios experimentais. Os autores aproveitaram da simetria e
modelaram somente um quarto da seção transversal. Nesta análise foram consideradas as não
linearidades material e geométricas. Para modelagem da malha de elementos finitos da viga de
aço e das lajes de concreto, foi adotado por Liu et al. (2014) a malha tridimensional de oito nós
C3D8R e para a modelagem dos conectores de cisalhamento foi adotada uma malha
tridimensional de vinte nós C3D20R, esta malha foi escolhida para os parafusos de alta
resistência ao cisalhamento devida à sua capacidade de capturar de forma mais precisa as
concentrações de tensões e as características favoráveis de modelagem geométricas.
Liu et al. (2014) adotaram na análise numérica, a curva tensão x deformação para o
concreto geopolimérico sendo a mesma curva do concreto convencional, porém com algumas
adaptações. Na Figura 15, observa-se que foram idealizadas três partes para esta curva, a
primeira parte refere se ao regime elástico que segue até a tensão de proporcionalidade. Para o
cálculo desta tensão, os autores assumiram a proposta de Kim (2009) que define a tensão de
proporcionalidade sendo 40% da resistência à compreensão característica do concreto (fck). O
módulo de elasticidade do concreto convencional (EC) adotado por Liu et al. (2014) foi o
recomendado pela norma australiana AS3600 (2009) que define EC sendo:

𝐸𝑐 = 𝜌1,5 (0,024√𝑓𝑐𝑚 + 0,012) (𝑀𝑃𝑎) (1)

onde ρ é a densidade do concreto em kg/m3 e fcm é a resistência média à compressão


do concreto em MPa.

Para o caso do concreto geopolimérico, os autores adotaram a proposta de Rangan


(2009) que recomenda a utilização do módulo de elasticidade do concreto geopolimérico sendo
75% do módulo de elasticidade do concreto convencional. O coeficiente do Poisson adotado
foi de 0,2. A segunda parte da curva que se inicia na tensão de proporcionalidade e segue até o
fck foi determinada pela equação a seguir:
𝜀 𝑛
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐𝑘 (𝜀 𝑐 ) [ 𝜀 ] (2)
𝑐𝑘 𝑛−1+( 𝑐⁄𝜀𝑐𝑘 )𝑛𝑘

onde εck é a deformação correspondente ao fck, para o caso do concreto geopolimérico


assume-se que a deformação seja de 0,0033,
𝑛 = 0,8 + 𝑓𝑐𝑘 /17, 𝑘 = 0,67 + 𝑓𝑐𝑘 ⁄62 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜀𝑐 ⁄𝜀𝑐𝑘 > 1 e 𝑘 = 1, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜀𝑐 ⁄𝜀𝑐𝑘 ≤ 1.

A terceira parte da curva é constante, sem variação da tensão após alcançar o fck. Para a viga de
aço e os conectores de cisalhamento Liu et al. (2014) adotaram uma curva tensão x deformação

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representada por uma relação bilinear, conforme exposto na Figura 14. O módulo de
Elasticidade para ambos, vigas de aço e conectores, foi dado como 200.000 MPa.

Figura 14 - Diagrama tensão x deformação Figura 15 - Diagrama tensão x deformação do


do parafuso e aço - Liu et al. (2014) concreto - Liu et al. (2014)

Ao final da pesquisa Liu et al. (2014) concluíram que o modelo de elementos finitos
quando comparado com os resultados dos ensaios experimentais, foi capaz prever bons
resultados de resistências últimas e boa concordância nas curvas carregamento x deslizamento
dos conectores de cisalhamento. Contudo, estas curvas apresentaram três estágios de
carregamentos diferentes. No primeiro estágio, o deslizamento não é tão significativo pelo fato
do atrito existente entre a mesa do perfil de aço e a laje de concreto funcionarem como
mecanismos inicial de transferência de carga. No segundo estágio, com uma carga maior
aplicada houve um deslizamento relativo entre o aço e o concreto, isto ocorreu pois a força
aplicada ultrapassou a resistência ao atrito que existia entre os materiais e, como havia uma
folga existente entre o furo da laje pré-moldada e o parafuso de alta resistência, este
deslizamento foi mais significativo até o momento em que o conector se encostou na superfície
da laje de concreto. A partir daí, no terceiro estágio iniciou se a solicitação efetiva do conector
de cisalhamento que foi sendo solicitado até a sua resistência última, que é obtida com a máxima
carga aplicada durante o ensaio push-out tests. Em paralelo a isso, Liu et al. (2014) verificaram
a eficiência do conector de cisalhamento HSFGB através dos estudos feitos pela modelagem
numérica, onde os autores obtiveram bons resultados para os valores de resistência última dos
conectores. Estas resistências tiveram uma variação máxima de 4,7%, quando comparados os
valores obtidos nos ensaios experimentais com os resultados numéricos. Ao final da pesquisa
Liu et al. (2014) propuseram fórmulas empíricas concernentes à força aplicada nos conectores.
Os autores chegaram em bons resultados quando compararam suas formulações com as que já
foram propostas por Kwon et al. (2010) e pela norma EN 1994-1-1:2004.

2.5.5 Pavlovic et al. (2013)

Pavlovic et al. (2013) avaliaram o comportamento dos conectores de cisalhamento do


tipo pinos com cabeça e parafusos de alta resistência. Os autores analisaram o comportamento
destes conectores em lajes pré-moldadas, afim de obter uma visão mais acurada dos modos de
falha que viriam a ocorrer nestes conectores, melhorar a competitividade das estruturas mistas
pré-moldadas e por último compreender as diferenças entre o comportamento dos parafusos de
alta resistência e os pinos com cabeça. Ressalta-se que a utilização dos parafusos de alta
resistência em lajes pré-moldadas, quando comparados aos pinos com cabeça, oferecem melhor
qualidade na montagem e desmontagem dos sistemas mistos, dado que os parafusos podem ser
facilmente desmontados em conjunto com as lajes de concreto pré-moldadas que
posteriormente podem ser reutilizadas e, como consequência disto elevar o índice de
sustentabilidade na edificação. A utilização dos parafusos de alta resistência também favorece

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as manutenções que podem surgir nas edificações e o desenvolvimento de sistemas estruturais


modulares. Pavlovic et al. (2013), utizaram parafusos de alta resistência M16 Bolts de grau 8.8,
possuíam diâmetro de 16mm e comprimento total de 140mm, estes conectores foram
aparafusados nas mesas do perfis de aço, que por sua vez já tinham furos que permitissem folga
de 1 mm em torno do diâmetro dos parafusos. Salienta-se que os parafusos utilizados possuíam
uma porca embutida, que contribuiu no aperto em ambos os lados da mesa do perfil de aço.
Os estudos numéricos de Pavlovic et al. (2013) foram simulados meio do método dos
elementos finitos utilizando o software ABAQUS/Explicit code. A simulação foi realizada para
ambos conectores de cisalhamento (parafusos de alta resistência e pinos com cabeça) com o
objetivo de obter previsões reais do comportamento dos conectores, como maior enfoque nos
seguintes parâmetros: resistência ao cisalhamento, ductilidade, rigidez e modos de falha dos
conectores que ao final das simulações, os valores obtidos foram comparados com os resultados
dos estudos experimentais. Conforme observado na Figura 16, os autores depreenderam da
dupla simetria do ensaio push-out tests e modelaram somente um quarto de seção transversal.

Figura 16 - Modelo de Elementos Finitos - Pavlovic et al. (2013): (a) - Modelo robusto; (b) Modelo detalhado; (c) Parafuso

Figura 17 - Resultados do ensaio de tração (numérico e experimental) - Pavlovic et al. (2013)

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Os parafusos e porcas, por serem de geometria mais complexa, requereram dos autores
uma modelagem mais precisa para a malha de elementos finitos. Portanto foi feito um estudo
sobre qual malha seria melhor e após isso, os autores chegaram na conclusão que a malha C3D4
que possui 4 nós com três graus de liberdade por nó, seria a melhor para a pesquisa. O módulo
de Elasticidade E = 210.000 MPa e coeficiente Poisson v = 0,3 foram adotados nas modelagens
numéricas para os materiais constituídos de aço (parafusos e perfis de aço). O gráfico da Figura
17 esboça os resultados obtidos das análises numéricas e experimentais para os parafusos e
perfis de aço ensaiados no laboratório. Percebeu-se que houve boa concordância entre as curvas
numéricas e experimentais, tanto para os parafusos de alta resistência e pinos com cabeça. O
perfil de aço também apresentou boa concordância nos resultados. Através dos resultados
obtidos na Figura 17, os autores aproveitaram dos parâmetros utilizados para a modelagem da
malha dos parafusos e aplicaram no modelo da Figura 16.
O modelo constitutivo para o concreto utilizado no ABAQUS, possuía o módulo de
Elasticidade Ec = 35.000 MPa e resistência média à compressão fcm = 40 MPa, estes valores
foram obtidos das em laboratório por ensaios realizados por Pavlovic et al. (2013). A curva
tensão x deformação que representa o comportamento do concreto submetido à compressão
adotada pelos autores obedeciam as prescrições da norma europeia EN 1992-1-1:2004,
conforme pode se observar na Figura 18. Entretanto a curva proposta pela norma europeia se
limita ao valor resistência última do concreto (fcu – ponto D) que é correspondente a deformação
específica do encurtamento de concreto na ruptura (εcu – ponto D). Este não seria um problema
em análises de estruturas de concreto armado que, em geral a resistência à compressão do
concreto não alcança o valor de fcu, todavia quanto aos conectores de cisalhamento que estão
submetidos à aplicações de cargas, é comum surgir em torno destes conectores elevadas tensões
de esmagamento no concreto que venham ultrapassar o valor da deformação εcu, que por sua
vez poderiam levar à uma superestimação da resistência do concreto ao esmagamento. Para
contornar esta situação, Pavlovic et al. (2013) propuseram uma extensão na curva do EN 1992-
1-1:2004, onde os autores elaboraram uma curva contínua senoidal que se iniciou no ponto D
e seguiu até o ponto F, conforme esboçado na Figura 18. As deformações nos pontos E e F são
definidas como εcuE = 0,03; εcuF = 0,01, respectivamente. A curva proposta pela norma chinesa
GB 50010-2002 também pode ser observada na Figura 18, foi a única referência que os autores
encontraram na literatura para fins de comparação do resultados após a deformação εcu.

Figura 18 - Curva tensão x compressão do concreto - Pavlovic et al.(2013)

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Os valores numéricos da força de cisalhamento e axial nos parafusos representados


pelos vetores visualizados na Figura 19a são pertencentes ao estado limite último do conector
de cisalhamento antes da ruptura. As tensões de von Mises estão representadas na Figura 19b.
Por este critério, percebe-se que houve uma concentração maior de tensões na haste rosqueada
do parafuso entre a mesa do perfil e a porca embutida, sinalizando que a falha do conector de
cisalhamento se daria neste local. O vetor de forças (resultante das forças internas) visualizado
na Figura 19, correspondente a carga última (Fult) do conector é representado pela equação 3.

𝐹𝑢𝑙𝑡 = 𝐹𝑠 + 𝐹𝑡 + 𝐹𝑛 + 𝐹𝑐 (3)

onde: 𝐹𝑠 – força da resistência ao cisalhamento puro do parafuso; 𝐹𝑡 – força catenária;


𝐹𝑛 – força de contato e atrito da porca com a mesa do perfil; 𝐹𝑐 – força de atrito do
concreto com a mesa do perfil.

Figura 19 - Mecanismo de transferência do carregamento e tensões de von Mises no parafuso de alta resistência - Pavlovic et
al. (2013)

Os parafusos de alta resistência demonstraram uma rigidez inferior em estado limite de


serviço quando comparado aos pinos com cabeça, o estado limite de serviço corresponde a 70%
da carga última prevista aos conectores. Os pinos com cabeça apresentaram um deslizamento
relativo superior aos dos parafusos de alta resistência.
Os resultados obtidos no ensaios push-out tests que utilizavam os pinos com cabeça
foram originados da pesquisa de Spremic et al. (2013) e demais resultados e comparações foram
realizadas por Pavlovic et al. (2013) nos estudos experimentais e numéricos. Pavlovic et al.
(2013) ao final de sua pesquisa concluíram que os parafusos de alta resistência, com uma porca
embutida alcançaram aproximadamente 95% da resistência última dos conectores tipo pinos
com cabeça. A rigidez do parafuso de alta resistência no estado limite de serviço foi reduzida à
50% quando comparada aos conectores pinos com cabeça, isto foi explicado pelos autores
devido à folga que existia entre o diâmetro dos parafusos e o furo na mesa do perfil,
proporcionando uma certa folga até o instante em que começa a solicitação do parafuso. Os
autores também observaram que o modo de falha predominante nos parafusos de alta resistência
foi o corte cisalhante gerado na interface da superfície inferior da mesa do perfil com a porca
interna embutida na parte rosqueada do parafuso, este modo de falha possuía 67% de influência
da força cortante. Entretanto, aos conectores do tipo pino com cabeça, a falha se deu na parte
inferior do pino entre o colar e o fuste, percebeu se que a ruptura se deu pela interação de 56%
e 37% de flexão e cortante, respectivamente. Pavlovic et al. (2013) constataram que a
resistência ao cisalhamento dos parafusos de alta resistência dado pela norma europeia EN
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1993-1-8 foram conservadores quando comparado com os resultados obtidos em sua pesquisa,
uma vez que para este caso, o uso de uma porca embutida nos parafusos favoreceu na elevação
da resistência em até 20%.
A despeito do modelos de elementos finitos os autores conseguiram boa concordância
dos resultados experimentais com os valores numéricos. Sinalizando que a malha C3D4, o
modelo constitutivo para o aço e o concreto e a utilização do ABAQUS – no modelo de cálculo
Explicit code validaram bem a convergência dos resultados. Pavlovic et al. (2013) propõe a
utilização de sua curva no modelo constitutivo do concreto para valores acima de εcu, quando o
mesmo está submetido a elevadas tensões de compressão.

3. CONCLUSÕES

3.1 Considerações Finais

Dentro do que foi proposto neste trabalho, estudar e analisar as recentes pesquisas que
abordam a utilização dos parafusos de alta resistência como conectores, foi possível sintetizar
algumas considerações a respeito de alguns conceitos teóricos abordados pelos autores.
Kwon et al. (2011) realizou um estudo numérico-experimental que avaliou o
comportamento de vigas de aço sobrepostas por lajes de concreto que posteriormente foram
adaptadas com conectores de cisalhamento. Os autores analisaram três tipos diferentes de
conectores de cisalhamento (DBLNB, HSFGB e o HASAA) que foram ensaiados e analisados
numericamente, com grau de interação de 30%. A pesquisa obedeceu as prescrições da
AASHTO (2007) e a norma americana AISC 2005. Os resultados finais de Kwon et al. (2011)
demonstraram que os conectores corresponderam de forma satisfatória no aumento da rigidez
do sistema misto e permitiram maiores deformações no meio dos vãos das vigas. Em relação
ao modelo de elementos finitos, Kwon et al. (2011) forneceu poucas informações de quais
variáveis foram adotadas, entretanto afirmaram que houve boa concordância nos estudos
numéricos e experimentais. A proposta do uso dos conectores de cisalhamento do trabalho de
Kwon et al. (2011) foi adotada e implementada para reforço em uma ponte existente no Texas
(EUA), onde foi possível aumentar sua taxa de carregamento na ordem de 65%, com base nos
resultados obtidos.
A pesquisa de Liu et al. (2014), avaliou os conectores HSFGB nas vigas de aço
sobrepostas com lajes de concreto geopolimérico. Diferentemente de Kwon et al. (2011) que
ensaiou vigas com 11,6m de vão livre, Liu et al. (2014) realizaram o estudo experimental com
ensaios push-out tests. O estudo analítico referente à resistência última dos conectores,
conduzido na pesquisa de Liu et al. (2014) fez uso da equações propostas por Kwon et al.
(2010), da equação da norma europeia EN 1994-1-1:2004 e dos resultados numéricos. Assim,
quando foram comparados os resultados entre as equações, tanto os valores numéricos e a
equação de Kwon et al. (2010), quanto os valores numéricos e a equação da norma EN 1994-
1-1:2004, obteve-se uma variação máxima entre os resultados na ordem de 1,1%. O estudo
numérico de Liu et al. (2014), se mostrou satisfatório para avaliar a resistência dos conectores
HSFGB, confirmado pela boa concordância entre os resultados obtidos.
Pavlovic et al. (2013) avaliou o comportamento dos conectores pinos com cabeça e
parafusos de alta resistência em lajes de concreto pré-moldadas. De forma semelhante a Liu et
al. (2014), os autores realizaram o estudo experimental por ensaios push-out tests. Nos
resultados finais, Pavlovic et al. (2013) encontraram aproximadamente resistências iguais para
os parafusos de alta resistência e os pinos com cabeça, de mesmos diâmetros, entretanto o
comportamento dos conectores foram distintos.
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As pesquisas de Starossek e Falah (2008) e Younes SM et al. (2015) buscaram


compreender o comportamento dos PMPCs submetidos à compressão. Ambos autores
realizaram ensaios com três modelos de aplicação de carga: no núcleo do concreto, no tubo de
aço e em ambos (núcleo de concreto e aço), assim os autores observaram que o confinamento
do núcleo concreto pelo tubo de aço elevou a resistência do concreto em aproximadamente
40%, quando comparado ao concreto não confinado.
O estudo de Starossek e Falah (2008) foi mais abrangente ao de Younes (2015), pelo
fato dos autores realizarem estudos numéricos. Os valores obtidos na análise numérica,
demonstraram boa concordância com os resultados dos ensaios experimentais e, através de
estudos paramétricos realizados, foi possível avaliar o comportamento e a capacidade dos
conectores de cisalhamentos quando influenciados pela geometria dos parafusos, propriedades
dos materiais dos parafusos, espessura do tubo de aço e propriedades do núcleo de concreto.

4. AGRADECIMENTOS
Primeiramente, grato a Deus pela oportunidade que tive pra chegar até aqui. Aos
Amigos e Professores que depositaram em mim o incentivo e a confiança. À Universidade
Federal de Minas Gerais – Departamento de Engenharia de Estruturas e ao meu orientador Prof.
Dr. Rodrigo Barreto Caldas e ao Prof. Dr. Ricardo Hallal Fakury que me direcionaram nesta
disciplina.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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