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All content following this page was uploaded by Daniel Lima Araujo on 05 September 2016.
[a] [b]
FIGURA 1: [a] Corpos-de-prova utilizados no ensaio de caracterização do aço;
[b] esquema do ensaio de tração em andamento. FONTE: Autoria própria.
[a] [b]
[c] [d]
FIGURA 2: Seção transversal das vigas ensaiadas (dimensões em mm): [a] Viga 1 – Perfil “H” soldado; [b] Viga 2 –Perfil
formado a frio em “U” enrijecido; [c] Viga 3 - Perfil formado a frio em “U” enrijecido com eixo de flexão rotacionado
em 90o; [d] Viga 4 – perfil caixa formado por dois perfis em “U” enrijecido. FONTE: Autoria própria.
[a] [b]
FIGURA 3: Esquema de aplicação de forças para o ensaio da (a) viga de seção “H” e (b) vigas em perfil formado a frio
(dimensões em cm). FONTE: Autoria própria.
U. A. NOGUEIRA; M. B. MELO; D. L. ARAÚJO REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 12 - nº 3 ( 2016)
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As vigas foram instrumentadas com a numeração dos extensômetros colados em cada
extensômetros elétricos, colados em pontos uma das vigas ensaiadas.
específicos para determinar a deformação da viga, A coleta dos dados de força, deformação
e um transdutor para medir o deslocamento no e deslocamento da viga foi realizada a partir de um
meio vão da viga. No caso da viga 1, de seção “H”, sistema de aquisição de dados. O ensaio foi
também foram colocados transdutores nos terços realizado com carregamento monotônico crescente
médios de seu comprimento. Um atuador até a caracterização da ruptura da viga, isto é, até o
hidráulico foi acoplado a uma célula de carga com momento em que a mesma se deformava sob
capacidade de 50 kN para aplicação da força, de carregamento constante. Uma foto da viga 1 na
forma crescente. Na Figura 4 é indicada a posição e posição de ensaio é apresentada na Figuras 5.
[b]
[a]
[c]
[d]
FIGURA 4: Posição dos extensômetros colados nas vigas ensaiadas; [a] Viga 1 – perfil “H” soldado, [b] Viga 2 – Perfil
em “U” enrijecido, [c] Viga 3 – Perfil em “U” enrijecido girado de 90o e [d] Viga 4 – Perfil caixa. FONTE: Autoria própria.
U. A. NOGUEIRA; M. B. MELO; D. L. ARAÚJO REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 12 - nº 3 ( 2016)
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[a] [b]
FIGURA 5: Fotos do ensaio da viga seção “H”; [a] seção transversal e [b] flambagem local da mesa. FONTE: Autoria própria.
TABELA 3: Valores teóricos relativos ao início e fim da plastificação da seção transversal a meio vão.
60 25
Flecha teórica
Flecha transdutor 1
50
20
40
Força (KN)
15
Força (kN)
30
10
20
10 5
Flecha Teórica
Flecha Experimental
0 0
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
[a] [b]
12 50
Flecha Teórica
Flecha Experimental
10 40
8
Força (KN)
30
Força (KN)
6
20
4
10
2 Flecha Teórica
Flecha Experimental
0 0
0 20 10 30 40 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
[c] [d]
FIGURA 6: Comparação entre os deslocamentos real e teórico da viga no meio do vão: [a] Deslocamento a meio vão
Viga seção "H" - Viga 1 – perfil “H” soldado, [b] Deslocamento a meio vão Viga seção "U" - Viga 2 – Perfil em “U”
enrijecido, [c] Deslocamento a meio vão Viga seção "U" girada a 90o - Viga 3 – Perfil em “U” enrijecido girado de 90o e
[d] Deslocamento a meio vão Viga seção caixa - Viga 4 – Perfil caixa. FONTE: Autoria própria.
“U” girada a
0,31 0,35 0,88
90o
70 70
60 60
50 50
Força (kN)
40
Força (kN)
40
30 30
20 20
10 Extensometro 1 10 Extensômetro 1
Extensometro 6 Extensômetro 2
0 0
-6000 -3500 -1000 1500 4000 0 800 1600 2400 3200 4000
Deformação (x10-6) Deformação (x10-6)
[a]
12 12
10 10
8 8
Força (KN)
Força (KN)
6 6
4 4
2 Extensômetro 2 2 Extensômetro 5
Extensômetro 4 Extensômetro 6
0 0
-1000 0 1000 -500 0 500 1000
Deformação (x10-6) Deformação (x10-6)
[b]
14 14
12 12
10 10
Força (KN)
Força (KN)
8 8
6 6
4 4
Extensômetro 1 Extensômetro 3
2 2
Extensômetro 2 Extensômetro 4
0 0
0 2000 4000 6000 8000 -5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0
Deformação (x10-6) Deformação (x10-6)
[c]
100 100
Extensômetro 2
80 80 Extensômetro 4
Força (KN)
Força (KN)
60 60
40 40
20 Extensômetro 1 20
Extensômetro 2
0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000 -4000 -2000 0 2000 4000
Deformação (x10-6) Deformação (x10-6)
[d]
FIGURA 7: Gráficos de Força versus Deformação no meio do vão: [a] Força x Deformação Viga Seção "H" e "I" - Viga 1 –
perfil “H” soldado, [b] Força X Deformação Viga seção "U" - Viga 2 – Perfil em “U” enrijecido, [c] Força x Deformação
Viga seção "U" girada a 90° - Viga 3 – Perfil em “U” enrijecido girado de 90o e [d] Força x Deformação Viga seção Caixa
- Viga 4 – Perfil caixa. FONTE: Autoria própria.
U. A. NOGUEIRA; M. B. MELO; D. L. ARAÚJO REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol 12 - nº 3 ( 2016)
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Comparando-se os valores experimentais extensômetros colados ao longo da altura da seção
da Tabela 6 com os valores teóricos da Tabela 3, transversal. Durante o regime elástico, a seção
percebe-se que apesar da torção, as fibras transversal da viga deve permanecer plana Quatro
extremas da seção transversal da Viga 1, de seção extensômetros da viga de seção “H” foram
“H”, começaram e terminaram a plastificação para utilizados (extensômetros 1, 6, 9 e 10), enquanto
valores próximos aos valores teóricos (Pesc e Pplast). da viga de seção caixa foram utilizados apenas três
Neste caso, a relação entre a força teórica e a força (extensômetros 1, 4 e 6). Na Figura 8 é ilustrada a
experimental no final do regime elástico linear e no deformação da seção transversal das vigas de
regime plástico foi igual a 0,98 e 0,96, seção “H” e caixa.
respectivamente. Verifica-se, por meio da Figura 8, uma
No caso da Viga 3, de seção “U” girada a tendência linear entre os pontos para
o
90 , houve uma grande diferença entre os valores carregamentos inferiores ao limite de escoamento
teóricos e experimentais. Neste caso, os valores das vigas. Como os coeficientes R² aproximaram-se
experimentais foram cerca de 50% inferiores aos do valor unitário 1, é possível afirmar que a seção
valores teóricos. Isso se deve, provavelmente, à continuou plana durante o regime elástico linear.
flambagem local dos enrijecedores do perfil em U Entretanto, para as forças próximas do limite de
que estavam comprimidos durante o ensaio. escoamento, verifica-se uma discrepância entre os
Na viga 4, de seção caixa, a relação entre coeficientes R² e o valor unitário, uma vez que o
o momento experimental e o momento teórico no material aproxima-se do regime plástico.
final do regime elástico linear e no regime plástico Nota-se que a viga 1, em perfil formado a
foi igual a 0,90 e 0,98, respectivamente. Isso frio, apresenta tendência de plastificação da seção
mostra que a viga atingiu o regime plástico antes para carregamentos relativamente pequenos
do previsto, provavelmente devido ao menor devido ao baixo valor da tensão de escoamento do
momento de inércia da viga em relação ao valor aço. Apesar disso, a força última da Viga 1,
teórico calculado. Apesar disso, o momento último em torno de 60 kN, foi superior à força
dessa viga foi praticamente igual ao momento correspondente à plastificaçao da seção
teórico de plastificaçao da seção transversal da transversal devido ao aumento expressivo da
viga. tensão de ruptura do material. Dessa forma, a
Um dos aspectos mais importantes a ser força última dessa viga foi 35% superior à força
ressaltado foi a capacidade do perfil I e do perfil relativa ao final do regime elástico linear. Já a Viga
caixa atingirem a plastificação total da seção. 4, de seção em caixa, apresentou uma maior
Ambos são classificados como compactos, linearidade da seção transversal. Neste caso,
entretanto a norma NBR 14762 (ABNT, 2010) não foi observado um aumento de 28% na
permite o cálculo plástico dos perfis formados a resistência da viga devido à plastificação da seção
frio. transversal. Esse aumento foi menor que o da
Pode-se, ainda, determinar a rotação da viga de seção “H” provavelmente devido ao efeito
seção transversal do meio do vão das vigas a partir de encruamento que ocorre no aço durante o
do conhecimento da deformação dos dobramento das chapas.
TABELA 6: Valores experimentais referentes ao final do regime elástico e à plastificação total da seção transversal.
F = 30,5 kN
40
F = 44,3 kN
20
Neutra (mm)
0 F = 52,1 kN
-1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400
-20 Linear (F = 11,9 kN)
100
80 F= 15,2 kN
Distância do extensômetro à
60
40 F = 25,4 kN
Linha Neutra (mm)
20
F = 40,3 kN
0
-1600 -1400 -1200 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400
-20
Linear (F= 15,2 kN)
-40
80 80
70 70
60 60
50 50
Força (kN)
Força (KN)
40 40
30 30
20 20
Extensômetro 13
10 Extensômetro 12 10 Extensômetro 9
Extensômetro 11 Extensômetro 11
0 0
-300 -200 -100 0 100 200 300 -300 -200 -100 0 100 200 300
Deformação (x10-6) Deformação (x10-6)
[a] [b]
FIGURA 9: Força versus Deformação nas rosetas das vigas de seção:[a] Força x Deformação Viga seção "H" - Viga 1 –
perfil “H” soldado e [b] Força x Deformação Viga seção Caixa - Viga 4 – perfil caixa. FONTE: Autoria própria.
TABELA 7: Valores de deformação medidos pela roseta no limite de escoamento e deformação nos eixos cartesianos.
Viga de
εa (x10-6) εb (x10-6) εc (x10-6) εx (x10-6) εy (x10-6) xy (x10-6)
seção
TABELA 9: Valores teóricos e experimentais da força cortante e da tensão de cisalhamento máxima na seção.
Viga de
Q (m³) I (x10-6 m4) t (mm) τ (MPa) Vteo (kN) Vexp (kN)
seção
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS