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Curso: Engenharia Civil

Disciplina: Estruturas Metálicas 1


Ligações com Conectores

• CARGA HORÁRIA: 36 h/a


• 1º semestre 2017
• Prof. Me. Leandro Dias Küster
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Aula 04 – Ligações com Conectores

Tipos de conectores

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Tipos de conectores

• Conector: Meio de união que trabalha através


de furos feitos nas chapas.
– Rebites;
– Parafusos comuns;
– Parafusos de alta resistência.
– Em estruturas mais modernas, os rebites foram
substituídos por ligações parafusadas ou soldadas.

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Rebites

• Conectores instalados à quente, o produto final


apresentando duas cabeças.
• Pelo resfriamento, o rebite aperta as chapas entre si.
• O esforço de aperto é muito variável, não se podendo
garantir um valor mínimo a considerar nos cálculos.

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Parafusos Comuns

• São comumente forjados com aços carbono de baixo


teor de carbono.
• Cabeça quadrada ou sextavada e na outra rosca com
porca.

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Parafusos Comuns
Ligações tipo apoio (ou contato)

a) Esquema da ligação; b) diagrama de forças nas chapas e no parafuso.

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Parafusos Comuns
Ligações tipo apoio (ou contato)
• Tensão de corte no parafuso:

F = esforço transmitido por um


conector em um plano de corte;
d = diâmetro nominal do conector.
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Parafusos Comuns
Ligações tipo apoio (ou contato)
• Tensão de apoio no conector da chapa:

F = esforço transmitido por um


conector em um plano de corte;
t = espessura da chapa;
d = diâmetro nominal do conector.
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Parafusos de Alta Resistência

• Feitos com aços tratados termicamente. Tipo mais usual é o


ASTM A325, de aço carbono temperado.

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Classificação da ligação
quanto ao esforço
solicitante dos conectores

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Ligação por corte

• Ligação pode também ser identificada pelo tipo de


solicitação que impõe aos conectores.

– Ligação por corte: esforço cortante é determinante na


resistência.
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Ligação por tração

– Ligação por tração: Os conectores estão sujeitos à tração


axial.
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Todos os parafusos tracionados

• Conectores sofrem esforços de tração e corte.

– Todos os parafusos tracionados


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• Nas ligações em cortes simples, a transmissão


da carga se faz com uma excentricidade que
produz tração nos conectores.
• As ligações em corte duplo evitam esse
inconveniente, produzindo apenas corte e
flexão nos conectores.

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Disposições construtivas

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Furação de chapas

• Os conectores são instalados em furos feitos nas chapas.


• O furo-padrão para parafusos comuns deverá ter uma folga
de 1,5 mm em relação ao diâmetro nominal do parafuso,
tolerância necessária para permitir a montagem das peças.

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Furação de chapas

• O processo mais econômico de furar é o puncionamento no


diâmetro definitivo, o que pode ser feito para espessura t de
chapa até o diâmetro nominal do conector , mais 3,0 mm.

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Furação de chapas

• Para chapas mais grossas, os furos deverão ser abertos


com broca ou por punção inicialmente com diâmetro de
pelo menos 3mm inferior ao definitivo e,
posteriormente, alargados com broca.
• Como o corte do furo por punção danifica uma parte do
material da chapa, considera-se, para efeito do cálculo
da seção líquida da chapa furada, um diâmetro fictício
igual ao diâmetro do furo (d´) acrescido de 2,0 mm.

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Espaçamento dos conectores

• Espaçamentos mínimos construtivos para furos


do tipo padrão, de acordo com a NBR 8800.

– Espaçamentos construtivos mínimos recomendados


para conectores, com furação padrão
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Espaçamento dos conectores

• Espaçamentos máximos entre conectores são


utilizados para impedir penetração de água e
sujeira nas interfaces. São dados em função da
espessura t da chapa mais fina (NBR 8800).
– 24 t (< 300 mm) para elementos pintados ou não
sujeitos à corrosão;
– 14 t (< 180 mm) para elementos sujeitos à corrosão,
executados com aços resistentes à corrosão, não
pintados.

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Dimensionamento dos
conectores e dos elementos
da ligação

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Resistência dos aços utilizados nos


conectores

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Tipos de rupturas em ligações com


conectores
• Colapso do conector;
• Colapso por rasgamento da chapa ou ovalização do furo;
• Colapso por tração da chapa.

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Dimensionamento a Corte dos Conectores

• A resistência de projeto de conectores a corte é


dada por:

Para solicitações originadas de combinações normais de ações

Resistência nominal para um plano de corte.

• A resistência ao corte é calculada com a tensão de ruptura


do aço sob cisalhamento:
Onde fu é a tensão de ruptura à tração do aço do conector.
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Dimensionamento a Corte dos Conectores

• Parafusos em Geral e Barras Rosqueadas

• Parafusos de Alta Resistência (A325,A490) com


rosca fora do plano de corte

– Onde fu é a tensão de ruptura à tração do aço do


conector.
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Dimensionamento ao rasgamento e
pressão de apoio da chapa
• Pressão de apoio (contato conectar-chapa)

– onde:
• d = diâmetro nominal do conector;
• t = espessura da chapa;
• fu = resistência à ruptura por tração do aço da chapa.

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Dimensionamento ao rasgamento e
pressão de apoio da chapa
• Rasgamento

– onde:
• a = distância entre a borda do furo e a extremidade da chapa
medida na direção da força solicitante para a resistência ao
rasgamento entre um furo extremo e a borda da chapa;
• a = distância entre a borda do furo e a borda do furo
consecutivo, medida na direção da força solicitante para a
determinação da resistência ao rasgamento da chapa entre
furos; igual a (s - d), sendo s o espaçamento entre os centros
de furos;
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Dimensionamento ao rasgamento e
pressão de apoio da chapa
• Quando a < 2d o rasgamento controla o
dimensionamento e, em caso contrário, o estado-limite
de ovalização do furo fornece a menor resistência.
• Nas situações em que a deformação da ligação
decorrente de ovalização do furo for aceitável para
cargas em serviço (por exemplo, nos casos em que as
cargas permanentes sejam predominantes e as
contraflechas possam ser executadas), as expressões
para resistência da chapa podem ser substituídas por:

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Resistência à tração dos conectores

• A resistência de cálculo de conectores ou


barras rosqueadas à tração é dada por

𝑅𝑛𝑡
𝛾𝑎2

Para solicitações originadas de combinações normais de ações

Resistência nominal à tração

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Resistência à tração dos conectores

• Parafusos e barras rosqueadas

Área bruta da seção

Resistência nominal à tração

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Dimensionamento a tração e Corte


simultâneos

São os esforços de corte e de tração de projeto nos parafusos

As resistências a corte e tração.

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Distribuição de esforços
entre conectores em alguns
tipos de ligações

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Ligação axial por corte

• Para deformações em regime elástico, os primeiros


conectores em carga absorvem as maiores parcelas de
esforços.
• Com o aumento dos esforços, os conectores mais
solicitados sofrem deformações plásticas, transferindo-
se os esforços adicionais para os conectores
intermediários, resultando em uma distribuição
aproximadamente uniforme de esforços entre os
conectores.

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Ligação axial por corte

• Se a ligação for longa, poderá ocorrer ruptura dos


conectores de extremidade antes de atingida a
uniformidade dos esforços nos conectores, reduzindo a
resistência da ligação por conector.

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Ligação axial por corte

• De acordo com a norma NBR 8800, se L > 1270 mm a


força solicitante deve ser multiplicada por 1,25 para
levar em conta a distribuição não uniforme de esforços
entre os parafusos.

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Ligação excêntrica por corte

• Os parafusos ficam submetidos apenas ao corte.

– Carga centrada F se admite igualmente distribuída entre os


conectores.

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Ligação a tração

• A distribuição de forças nos parafusos depende da


rigidez à flexão do flange.
• Na figura a seguir o flange é suficientemente rígido e os
parafusos ficam sujeitos à tração pura, enquanto o
flange fica sujeito ao momento fletor.
• Porém, se a deformação do flange não puder ser
desprezada, o parafuso fica submetido à tração e à
flexão devido ao efeito de alavanca.

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Ligação a tração

– Ligação com parafuso sujeito à tração, sem e com


deformação dos elementos da ligação.

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Ligação com corte e tração nos conectores

• A força que produz corte pode ser distribuída igualmente


entre eles.
• A distribuição de esforços devidos ao momento depende do
tipo de ligação.
• Tração nos parafusos superiores e compressão entre as
chapas na parte inferior.

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Ligação com corte e tração nos conectores

• A força que produz corte pode ser distribuída igualmente


entre eles.
• A distribuição de esforços devidos ao momento depende do
tipo de ligação.
• Tração nos parafusos superiores e compressão entre as
chapas na parte inferior.

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Ligação com corte e tração nos conectores

• Tensão no parafuso mais solicitado

• Supõe-se que o diagrama de tensões seja linear

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Bibliografia

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Aula 04 – Ligações com Conectores

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de


estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto de edifícios.
Rio de Janeiro, 2008.
• PFEIL, W; PFEIL M. Estruturas de aço: dimensionamento prático. Rio de
Janeiro. LTC, 2009.
• SILVA, P. V.; PANNONI, F. D. Estruturas de aço para edifícios: aspectos
tecnológicos e de concepção. Editora Edgard Blucher, 2010.
• BELLEI, I. Edifícios industriais em aço: projeto e cálculo. 5.ed.São Paulo:
Pini, 2006.
• BELLEI, I.; PINHO, F. O.; PINHO, M. O. Edifícios de múltiplos andares em
aço. 2.ed. São Paulo:Pini, 2008.
• DIAS, L. A. M. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem. Rio de
Janeiro. CBCA, 2006.
• PINHEIRO, A. C. F. B. Estruturas metálicas: cálculos, detalhes, exercícios
e projetos. 2.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.

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