Você está na página 1de 28

28/10/2012

CAMPUS CATALÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Estruturas de Aço
Tópico:

Dimensionamento e Verificação de Barras Fletidas.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 1

1 - Conceitos Gerais
‰ No projeto no Estado Limite Último – verifica-se o momento e o esforço
cortante resistente. Também deve-se verificar o estado limite de utilização.
A resistência da viga pode ser afetada pela flambagem local e pela
flambagem lateral;

‰ A flambagem local é a perda de estabilidade das chapas comprimidas


componentes do perfil a qual reduz o momento fletor resistente da seção;

‰ Na flambagem lateral a viga perde seu equilíbrio no plano principal de


flexão (em geral vertical) e passa a apresentar deslocamentos laterais e
rotações de torção;

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 2

1
28/10/2012

1 - Conceitos Gerais
‰ Para evitar a flambagem de uma viga I, cuja rigidez a torção é muito
pequena, é preciso prover contenção lateral a viga.

‰ A resistência ao esforço cortante de uma viga pode ser reduzida pela


ocorrência de flambagem da chapa de alma sujeita às tensões cisalhantes.

‰ Os tipos de seções transversais mais adequados para o trabalho à flexão


q
são aqueles com maior inércia no p
plano da flexão, isto é, com áreas mais
afastadas do eixo neutro.

‰ O ideal, portanto, é concentrar as áreas em duas chapas, uma superior e


uma inferior, ligando-as por uma chapa fina (perfil na forma I ideal,
devendo obedecer as limitações de flambagem).
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 3

1 - Conceitos Gerais

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 4

2
28/10/2012

1 - Conceitos Gerais
‰ Indicação dos perfis mais utilizados para vigas. Os perfis (a), (c) e (d)
são laminados; Os perfis W, de abas com espessura constante (d) são
fabricados no Brasil com alturas até 610 mm. Os perfis (b), (e) e (f) são
seções de vigas formadas por associação de perfis laminados simples. O
perfil (g) é formado por chapas soldadas.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 5

1 - Conceitos Gerais
‰ Para obras de grandes vãos, como pontes, usam-se vigas de alma cheia
fabricadas em forma de I ou caixão. No final do século XIX e até a metade
do século XX, as vigas fabricadas eram rebitadas, fazendo-se a ligação da
alma com as mesas através de cantoneiras (figura a seguir). Com o
desenvolvimento da solda, as vigas rebitadas tornaram-se antieconômicas.

‰ As vigas fabricadas, soldadas e de grande dimensões possuem mesas


formadas p por chapas
p g grossas, ppodendo ter largura
g variável. A alma é
formada por uma chapa fina, em geral com enrijecedores, para evitar
flambagem. Tanto a chapa das mesas quanto a da alma são emendadas, em
oficina, com solda de entalhe, na posição do topo.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 6

3
28/10/2012

2 - Enrijecedores de alma e abas podem aumentar


a resistência da flambagem local em vigas fletidas
‰ Viga
Vi d alma
de l cheia
h i rebitada,
bi d com enrijecedores
ij d i
intermediários
diá i
transversais e enrijecedores de apoio.
a) Enrijecedor longitudinal de abas; b) Corte

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 7

2 - Enrijecedores de alma e abas podem aumentar


a resistência da flambagem local em vigas fletidas
c)) S
Seção
ã Tí
Típica;
i d) e e)) Enrijecedores
E ij d de
d Alma;
Al f) Enrijecedor
E ij d de d apoio
i

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 8

4
28/10/2012

2 - Enrijecedores de alma e abas podem aumentar


a resistência da flambagem local em vigas fletidas
‰ Viga
Vi d alma
de l cheia
h i soldada
ld d com enrijecedores
ij d i
intermediários
diá i
transversais e enrijecedor de apoio.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 9

2 - Enrijecedores de alma e abas podem aumentar


a resistência da flambagem local em vigas fletidas

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 10

5
28/10/2012

3 - Comportamento das vigas biapoiadas com


cargas crescentes
‰ Relação
R l ã entre momento x curvatura da
d seção
ã mais
i solicitada
li i d e diagramas
di
de tensões normais (admite-se que não ocorre flambagem local ou
flambagem lateral da viga):

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 11

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp

‰ O comportamento de flexão é linear enquanto:

9 Não há flambagem local ou flambagem lateral da viga;

9 A máxima tensão é menor do que a tensão de escoamento do aço, isto é,


enquanto:

M M
σ máx = ymáx = < fy
I W

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 12

6
28/10/2012

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp

‰ O momento My de início de plastificação da seção, não representa a


capacidade resistente da viga, já que é possível continuar aumentando a
carga após atingi-lo.

‰ Entretanto, a partir de My o comportamento passa a ser não linear, pois


as fibras mais internas da seção vão também plastificando-se
progressivamente
i atéé ser atingida
i id a plastificação
l ifi ã totall da
d seção.
ã

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 13

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp
‰ Viga de seção duplamente simétrica sujeita à flexão pura.
pura O momento de início
de plastificação My é o esforço resultante das tensões do diagrama. A equação de
equilíbrio da forças normais impõe a igualdade das resultantes de tração de
compressão (não há esforço normal aplicado).

Momento de início de plastificação e momento de plastificação total


Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 14

7
28/10/2012

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp
O momento de início de plastificação My, corresponde ao diagrama de
tensões (c) onde a tensão máxima é a tensão de plastificação (escoamento).

∑M = 0
h/2
M y = 2 ∫ yσ ( y )bdy = f yW
0

I
W=
ymáx

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 15

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp
O momento de plastificação (momento resistente) total Mp, corresponde a
grandes rotações desenvolvidas na viga. Neste ponto a seção no meio do
vão transforma-se numa rótula plástica (d).
h/2

∑M = 0 M p = 2 ∫ yf y dA = f y Z Z = At yt + Ac yc
0

Mp Z
Coeficiente de forma = =
My W
yt e yc são, respectivamente, as distâncias das áreas At e Ac (At = Ac) até a
linha neutra plástica.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 16

8
28/10/2012

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp
Seção Limite Elástico Limite Último
Ú
σe σe
C C
- 2h
CG 6 h/4
z h T
2h h/4
y T + 6

σe σe
b We = W

Me Me h Me Me
σe = y= 3 × = = Me Módulo Elástico de
I bh 2 bh 2 We σe =
W Resistência à Flexão
12 6
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 17

4 - Momento de início de plastificação My e


momento de plastificação total Mp
Para Comportamento Elastoplástico Perfeito:

⎛ h⎞ h σ bh 2 σe =
M M
M = ⎜ σe × ⎟ × b = e = σ e Wpl
Wpl
σe =
⎝ 2⎠ 2 4 Z
Coeficiente de Forma
Wpl = Z

bh 2
Módulo Plástico de Wpl 6
Resistência à Flexão = 4 2 = = 1,50
W bh 4
6

Wpl = 1,50 × W
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 18

9
28/10/2012

5 - Momento fletor resistente de cálculo (MRD)


No dimensionamento das barras fletidas deve-se considerar ou verificar:

a) FLT – flambagem lateral por torção (flambagem lateral): Perde a


estabilidade no plano principal de flexão e passa a apresentar
deslocamentos laterais de rotação por torção;
b) FLM – flambagem local da mesa comprimida;
c) FLA – flambagem local da alma;
d) Escoamento da mesa tracionada;
e) Deslocamentos máximos no elemento estrutural.

FLM e FLA correspondem à perda de estabilidade de chapas comprimidas


componentes da seção transversal;

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 19

6 – Resistência a flexão de vigas com contenção


lateral contínua
‰ As
A vigas
i com contenção
t ã lateral
l t l contínua
tí não
ã estão
tã sujeitas
j it a flambagem
fl b
lateral.

‰ A resistência a flexão destas vigas pode ser reduzida à flambagem local


das peças comprimidas que compõe a seção transversal, conforme os
critérios definidos na aula de peças comprimidas.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 20

10
28/10/2012

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
De acordo
D d com a norma brasileira
b il i NBR 8800,8800 as seções
õ das
d vigas
i podem
d
ser dividas em três classes conforme a influência da flambagem local sobre
os respectivos momentos fletores resistentes (MRD)

Seção compacta:
- Aquela que atinge o momento de plastificação total da seção.
(rótula plástica);
- Não ocorre a flambagem localizada de qualquer elemento
comprimido da seção.

MRD = MP ; λb ≤ λP

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 21

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
Seção semi compacta:
- A flambagem local ocorre após a seção ter desenvolvido
plastificação parcial.

MRD > MY ; λP≤ λb≤λr

Seção esbelta:
- A flambagem local ocorre antes da seção atingir o início de
plastificação.

MRD < MY ; λr ≤λb


Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 22

11
28/10/2012

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
Onde:

λ - índice de esbeltez ou parâmetro de esbeltez ;

λp - valores limite da relação largura e espessura das chapas componentes


do perfil que formam a seção compacta;

λr - valores limite da relação largura e espessura das chapas componentes


do perfil que formam a seção semi compacta;

λb - valor da relação largura e espessura das chapas componentes do perfil


que formam a seção transversal.
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 23

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
‰ Curvas
C momentot x rotação
t ã ded vigas
i metálicas,
táli com seções
õ compacta, t
semicompacta e esbelta, sujeitas a carregamento crescente, mostrando a
influência da flambagem local sobre o momento resistente das vigas e sobre
suas deformações.

Comportamento de vigas com seções compacta, semicompacta e esbelta


Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 24

12
28/10/2012

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
Tab.1 - Limites λp
p e λr ppara perfis
p I ou H, com um ou dois eixos de simetria, fletidos no plano
p da alma

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 25

7 – Classificação das seções transversais quanto


a ocorrência de flambagem local
‰ Notações
N t õ utilizadas
tili d para efeito
f it de
d flambagem
fl b l l sobre
local b a resistência
i tê i ded vigas
i I
ou H com um ou dois eixos de simetria. (a) perfil laminado; (b) perfil soldado

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 26

13
28/10/2012

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
MRd = Mn/γa1

Mn – momento resistente nominal – determinado pelo limite de escoamento


do aço ou por flambagem

Seções compacta: MP = Zfy


Seções
ç semicompacta:
p Interpolar
p linearmente entre Mr e Mp ((Eq.
q 6.7))
Seções esbeltas: Mcr = Wfcr

Na situação limite para seção semicompacta: Mn = Mr e λb=λr


Na situação limite para seção compacta: Mn = Mp e λb = λp

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 27

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
‰ Variação
V i ã do d momento t resistente
i t t nominal
i l de
d vigas
i I ou H,
H carregadas
d no plano
l d alma,
da l
com efeito de flambagem local da mesa ou da alma.

Onde:
Mr – momento início de plastificação
Mp – Momento de plastificação total
Mcr – Momento crítico de flambagem com
instabilidades FLT; FLM ou FLA.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 28

14
28/10/2012

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
‰ Flambagem
Fl b l l da
local d mesa:

M r = Wc ( f y − σ r ) < Wt f y
σr – tensão residual de compressão nas mesas tomada igual a 0,3fy
Wc, Wt – módulos elásticos da seção referidos às fibras mais comprimida e mais tracionada,
respectivamente.

‰ Flambagem local da alma:


M r = Wf y
W – menor módulo resistente elástico da seção.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 29

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
‰ Nas
N seçõesõ semicompactas,
i t os momentos
t nominais
i i podem
d ser interpolados
i t l d
linearmente entre os valores limites Mr e Mp:

λb − λ p
Mn = M p − (M p − M r ) (Eq. 6.7)
λr − λ p
Limitação do Momento Resistente

‰ Quando a determinação dos esforços solicitantes, deslocamentos, flechas etc. é


feita com base no comportamento elástico, o momento resistente de projeto fica
limitado a
1,50Wf y
M Rd < W – menor módulo resistente elástico da seção.
γ a1
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 30

15
28/10/2012

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
I fl ê i dos
Influência d Furos
F na Resistência
R i tê i da d Seção
S ã

‰ Na determinação das propriedades geométricas de vigas laminadas ou soldadas,


com ou sem reforço de mesa, podem ser desprezados furos para parafusos de
montagem em qualquer das mesas, desde que a resistência à ruptura da área líquida
da mesa tracionada seja maior que a resistência ao escoamento de seção bruta da
mesa:
f u A fn ≥ Yt f y A fg ((Eq.
q 6.9))
Onde Afn e Afg são, respectivamente, as áreas líquida e bruta da mesa tracionada.

Yt = 1,0 para f y f u ≤ 0,8


Yt = 1,10 para f y f u > 0,8

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 31

8 – Momento resistente de cálculo (vigas com


contenção lateral contínua)
Influência dos Furos na Resistência da Seção

‰ Se não for atendida a da Eq. (6.9), o momento resistente da viga fica limitado
pela ruptura à tração na área líquida da mesa tracionada

1 f u A fn
M Rd ≤ Wt
γ a1 A fg

Wt – é módulo resistente elástico da seção no lado tracionado.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 32

16
28/10/2012

9 – Momento nominal de cálculo de vigas I com


mesa esbelta
Nas vigas I contidas lateralmente com alma atendendo ao limite para seção
semicompacta, porém com mesas esbeltas, o momento resistente pode ser
calculado com a tensão resistente na mesa reduzida pelo valor Qs de
flambagem local elástica de placas não-enrijecidas. Tem-se então:
M n = Qs f yWc (Eq. 6.10a)

Para mesas de perfis laminados,


laminados tem-se:
tem se:

0,69 E
Qs =
f y λb
bf 2
Com λb =
2t f
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 33

9 – Momento nominal de cálculo de vigas I com


mesa esbelta
‰ De acordo com a NBR 8800, utiliza-se para:

9 Perfis Laminados
0,69 E
Mn = Wc (Eq. 6.10b)
λb 2
9 Perfis Soldados O coeficiente kc considera a
0,90kc influência da esbeltez da alma na
(Eq. 6.10c) M n = Wc
λb 2 rigidez a rotação da mesa. A
alma age como apoio da placa
4
Com kc = e 0,35 ≤ kc ≤ 0,763 da mesa do perfil.
h0 t0

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 34

17
28/10/2012

9 – Momento nominal de cálculo de vigas I com


mesa esbelta
Flambagem local da mesa comprimida em vigas I fletidas no plano da alma. As
tensões normais de compressão da mesa (σbc) não são uniformemente distribuídas
(variam entre um valor máximo sobre a alma e um valor mínimo na borda).

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 35

10 – Momento nominal de cálculo de viga I com


alma esbelta
‰ Nas vigas I com alma esbelta, onde:

h0 E h0 ⎛ h0 ⎞
> 5,7 <⎜ ⎟
t0 fy t 0 ⎜⎝ t 0 ⎟⎠ máx

⎛ h0 ⎞ 0,48E 0,42 E
⎜⎜ ⎟⎟ = ≅
⎝ t 0 ⎠ máx fy (fy +σr ) fy

Onde σr é a tensão residual toma igual a 0,3fy.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 36

18
28/10/2012

10 – Momento nominal de cálculo de viga I com


alma esbelta
‰ Quando as mesas atenderem os limites da Tab.1 para seção compacta, o
momento resistente de projeto pode ser calculado como Mn/γa1, sendo Mn o
menor entre os valores obtidos pelas expressões:
M n = Wt f y (Eq. 6.11a)

M n = Wc kf y (Eq. 6.11b)
k – coeficiente de redução da resistência decorrente da flambagem da alma sob tensões normais de
flexão. a – a razão entre as áreas da alma e da
⎛h ⎞
r
ar mesa comprimida (menor ou igual a 10)
k = 1− ⎜ c − 5,7 E ⎟ hc – o dobro da distância entre o centro
1200 + 300ar ⎜ t0 f y ⎟⎠
⎝ geométrico da seção e a face interna da
mesa comprimida.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 37

10 – Momento nominal de cálculo de viga I com


alma esbelta
‰ A flambagem da alma transfere tensões para a mesa comprimida,
comprimida
reduzindo o momento resistente.

(a) Esquema da viga, com o momento solicitante M; (b) Seção transversal mostrando a alma após a
flambagem; (c) Diagramas de tensões elásticas antes e depois da flambagem, mostrando a
transferência de tensões da alma para a mesa comprimida.
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 38

19
28/10/2012

11 – Momento nominal de cálculo de viga I com


alma e mesa esbelta
‰ Nas seções com alma
l e mesa esbeltas,
b l o momento resistente
i é calculado
l l d
com fórmulas que consideram interação das flambagens locais das duas
chapas. As fórmulas para dimensionamento pode encontradas no Anexo H
da norma NBR 8800.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 39

12 – Resistência a flexão de vigas sem contenção


lateral contínua

‰ O fenômeno da flambagem
lateral pode ser entendido a
partir da flambagem por flexão
de uma viga coluna.

Fig. 6.12
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 40

20
28/10/2012

12 – Resistência a flexão de vigas sem contenção


lateral contínua
‰ Na
N viga
i anterior,
i a seção
ã composta da
d mesa superior
i e de
d um pequeno trecho
h dad
alma funciona com uma coluna de pontos de apoio lateral, podendo flambar em
torno do eixo y.

‰ Como a mesa tracionada é estabilizada pelas tensões de tração, ela dificulta o


deslocamento lateral (u) da mesa comprimida, de modo que a fenômeno se processa
com torção (Ø) da viga.

‰ Sob efeito de torção as seções sofrem rotações acompanhadas de deformações


longitudinais, causando o empenamento (uma seção originalmente plana se
deforma deixando de ser plana).

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 41

12 – Resistência a flexão de vigas sem contenção


lateral contínua
‰ São
Sã ded granded importância
i â i as disposições
di i õ construtivas
i d contenção
de ã lateral,
l l nas
quais existem dois tipos bem definidos:

a) Embebimento da mesa comprimida em laje de concreto (a) ou ligação mesa-


pilares por meio de conectores (b); nesse caso, tem-se contenção lateral
contínua.

b) Apoio laterais discretos ((c), (d) e (e)) formados por quadros transversais,
treliças de contraventamento etc., com rigidez suficiente; nesse caso, a
contenção lateral atua nos pontos de contato da mesa comprimida com os
elementos do contraventamento; a distância entre os pontos de contato
constitui o comprimento de flambagem lateral lb da viga. As vigas e treliças de
contraventamento ((c) e (d)) precisam estar devidamente ancoradas.

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 42

21
28/10/2012

12 – Resistência a flexão de vigas sem contenção


lateral contínua

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 43

12 – Resistência a flexão de vigas sem contenção


lateral contínua
‰ As
A vigas
i l
longas atingem
i o estado
d limite
li i de
d flambagem
fl b l
lateral
l em regime
i
elástico, com o Mcr
‰ As vigas intermediárias apresentam ruptura por flambagem lateral
inelástica, a qual é muito influenciada por imperfeições geométricas da peça
e pelas tensões residuais embutidas durante o processo de fabricação da
viga.

‰ As formulações rigorosas de flambagem lateral são apresentadas em


Timoshenko e Gere (Theory of Elastic Stability)

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 44

22
28/10/2012

13 – Flambagem lateral de viga biapoiada com


momento fletor constante
‰ O caso fundamental
f d l de
d flambagem
fl b l
lateral
l elástica
lá i encontra-se ilustrado
il d na Fig.
Fi
6.12.

‰ Trata-se de uma viga I duplamente simétrica, bi-apoiada com contenção lateral e


torcional nos dois extremos (u= Ø=0) e sujeita a um momento fletor constante no
plano da alma (em torno do eixo x).

‰ Nos apoios, a viga não tem restrição a empenamento da seção transversal.

‰Neste caso, a solução exata (Timoshenko e Gere, 1961) da equação diferencial de


equilíbrio na posição deformada fornece o valor do momento fletor crítico:

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 45

13 – Flambagem lateral de viga biapoiada com


momento fletor constante
π π2
M cr = EI y GJ + EI y EC w
l l2

l – comprimento da viga
Iy – momento de inércia da seção em torno do eixo y
J – constante de torção pura (Saint-Venant)
Cw – constante de empenamento
G – módulo de deformação transversal ou módulo de cisalhamento

‰ Para perfil I ou H duplamente simétrico, as constantes J e Cw são expressas por

J=
1
3
( 3
2b f t f + h0t0
3
) Cw = (h − t f )
2 Iy
4
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 46

23
28/10/2012

13 – Flambagem lateral de viga biapoiada com


momento fletor constante
‰ Identifica-se
Identifica se na equação anterior (Mcr) as rigidezes a flexão lateral (EIy)
e a torção (GJ e ECw) da viga compondo a resistência à flambagem lateral.
Por isso, a flambagem lateral não é, em geral, determinante no
dimensionamento de vigas de seção tubular e viga de seção I fletidas em
torno do eixo de menor inércia, as quais apresentam grande rigidez à torção
e à flexão lateral, respectivamente.
‰ Para vigas sujeitas a um momento fletor não não-uniforme
uniforme, a força de
compressão no flange não é mais constante, como no caso fundamental de
análise, e o momento crítico é maior do que se a viga estivesse sujeita a um
momento uniforme.
π π2
M cr = Cb EI y GJ + 2 EI y EC w
l l
Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 47

14 – Instalação das vigas metálicas da Ponte Joel


Silveira
‰ Localizada entre os povoados Mosqueiro em Aracaju e Caueira
(Sergipe);
‰ Comprimento = 1.080 metros
‰ Largura = 14,2 metros
‰ Vão = 77 m
‰ Quantidade de Vigas Metálicas = 56

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 48

24
28/10/2012

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 49

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 50

25
28/10/2012

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 51

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 52

26
28/10/2012

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 53

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 54

27
28/10/2012

Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 55

28

Você também pode gostar