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Projeto de Pilares de Concreto Armado

 Classificação dos pilares


 Pilar intermediário:

* Lajes e vigas que nele se apoiam têm continuidade


nas duas direções;
* Admite-se como desprezíveis os momentos fletores
transmitidos ao pilar;
* Situação básica de dimensionamento: compressão
centrada.

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 Pilar de extremidade:
* Lajes e vigas são interrompidas na direção
perpendicular à borda livre;
* Há momento fletor inicial na direção perpendicular à
borda livre;
* Situação básica de dimensionamento: flexão
composta normal.

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 Pilar de canto:
* Lajes e vigas são interrompidas nas duas direções;
* Há momento fletor inicial nas duas direções;
* Situação básica de dimensionamento: flexão
composta oblíqua.

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 Dimensões mínimas:
 Segundo item 13.2.3 da NBR6118:2014, a seção
transversal de pilares e pilares-parede maciços,
qualquer que seja sua forma, não pode apresentar
dimensão menor que 19cm.

Pilar-parede (segundo item 18.5) se diz do pilar cuja


maior dimensão da seção transversal exceda em 5x
a menor dimensão.
É pilar-parede. Não é pilar-parede.
20cm

120cm 20cm 90cm

Atenção: Pilares-parede têm considerações de cálculo e


detalhamento específicos (estudar Norma).
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 Em casos especiais, quando 14,0cm≤b<19,0cm,


deve-se majorar os esforços solicitantes finais de
cálculo dos pilares por γn , quando de seu
dimensionamento.

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 Seções:
 Em geral, os pilares apresentam seções transversais
constantes de piso a piso. Podem apresentar a
forma quadrada, retangular, circular ou de uma
figura composta por retângulos (seções L,T,U).

Seção Retangular: mais comum.


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 Detalhamento da armadura dos pilares


 Agressividade ambiental:

* A tabela 6.1 abaixo foi vista em Concreto I.

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 Cobrimento das armaduras.


* Após definida a classe de agressividade ambiental,
defini-se o cobrimento da armadura.
* Para uma tolerância de execução Δc=10mm, tem-
se os seguintes cobrimentos nominais para pilares:
desenhos do
Explícito nos

Quando houver um adequado controle de qualidade e


projeto!

rígidos limites de tolerância da variabilidade das


medidas durante a execução, pode ser adotado o
valor Δc = 5 mm.
* Permite-se, então, redução em 5 mm os
cobrimentos nominais da tabela acima.
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 Cobrimentos:
* Os cobrimentos são sempre referidos à superfície da
armadura externa,em geral à face externa do estribo.
* O cobrimento nominal deve ser maior que o diâmetro
da barra.
* A dimensão máxima característica do agregado
graúdo utilizado não pode superar em 20% o
cobrimento nominal, ou seja: .

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 Armadura longitudinal:
* Colabora com o concreto para resistir à
compressão, diminuindo a seção do pilar, e também
resiste às tensões de tração.
* Além disso, tem a função de diminuir as
deformações do pilar, especialmente as decorrentes
da retração e da fluência.

 Diâmetro das barras longitudinais

menor dimensão
transversal do pilar

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 Quantidade mínima de barras longitudinais


* Seção poligonal → 1 barra em cada vértice dos
estribos;
* Seção circular → 6 barras, no mínimo.

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 Taxas de armaduras de pilares (item 17.3.5.3)


* Mínima: a norma indica que a taxa mínima de
armadura é dada por:
tabelando p/aço CA-50,
γc=1,4 e γs=1,15.

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* Máxima: A maior taxa de armadura possível em


pilares deve ser:

As,máx = 0,08 Ac

Considerando-se inclusive a sobreposição de


armadura existente em regiões de emenda (ou
traspasse).

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 Distância livre entre as barras longitudinais

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 Espaçamento máximo (sl) entre os eixos das barras


longitudinais

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 Emenda das barras longitudinais dos pilares

A emenda por traspasse é largamente empregada:


* Menor custo;
* Facilidade de execução.

 Entretanto, segundo a norma deve-se evitar este


tipo de emenda para:
* barras com Φ>32mm;
* elementos estruturais com seção transversal
totalmente tracionada (tirantes).

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* Considerando que as barras concretadas na posição


vertical estão em situação de boa aderência, e a
resistência de aderência é uniforme (fbd) ao longo
do comprimento da barra, pode-se tabelar os
valores de comprimento de ancoragem básico (lb)
em função do fck do concreto, conforme tabela
abaixo:

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 Armadura transversal:
* Normalmente, constituída por estribos.
* Os estribos devem ser colocados em toda a
altura do pilar, sendo que na região de cruzamento
com vigas e lajes, prevalece os estribos do pilar
(item 18.4.3 da NBR6118:2014).

 Estribos: devem ser fechados, geralmente em


torno das barras de canto, ancorados com ganchos
que se traspassem (colocados em posições
alternadas).

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 Funções dos estribos:


* Garantir o posicionamento e impedir a flambagem
das barras longitudinais;
* Garantir a costura das emendas de barras
longitudinais;
* Confinar o concreto e obter uma peça mais
resistente ou dúctil.

 Diâmetro dos estribos:

diâmetro da barra
longitudinal

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* Em relação ao diâmetro dos estribos, a norma ainda


permite adotar o valor Øt<Øl/4 desde que as
armaduras sejam constituídas do mesmo tipo de
aço e o espaçamento longitudinal entre os estribos
respeite também a limitação:

 Espaçamento longitudinal entre os estribos (st):

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 Proteção contra a flambagem das barras longitudinais


Item 18.2.4 da NBR6118:2014

Estribos poligonais garantem contra flambagem as


barras longitudinais situadas em seus cantos e as por
eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20Øt
do canto, se nesse trecho de comprimento 20Øt não
houver mais de duas barras, não contando a do canto.

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* Para as barras desprotegidas, deve-se utilizar


estribos suplementares.
Detalhe explícito nos desenhos do projeto!

- Solução usual -
mais econômica

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Projeto de Pilares de Concreto Armado

* Se o estribo suplementar for constituído por uma


barra reta, terminada em gancho (90º a 180º) ele
deve atravessar a seção do elemento estrutural, e
os seus ganchos devem envolver a barra
longitudinal, conforme figura abaixo.

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* Em estribos curvilíneos cuja concavidade esteja


voltada para o interior do concreto, não há
necessidade de estribos suplementares.
* Em contrapartida, se as seções das barras
longitudinais se situarem em uma curva de
concavidade voltada para fora do concreto, cada
barra longitudinal deve ser ancorada pelo gancho
de um estribo reto ou pelo canto de um estribo
poligonal.

* O comprimento dos ganchos dos estribos segue o


exposto em Concreto I.

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 Exemplo de
detalhamento de
um lance de pilar:

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 Atenção no momento da concretagem!

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 Ruptura de pilar com flambagem das armaduras


longitudinais

Possível causa da ruptura: falta de estribos


suplementares.
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