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Lajes Maciças de Concreto Armado

 Cálculo dos esforços atuantes

 Para o cálculo dos esforços atuantes nas lajes, admite-


se as seguintes hipóteses:

* Separação virtual entre lajes e vigas, permitindo seu


cálculo separadamente;
* Consideração das vigas como sendo apoios
indeslocáveis;
* Consideração das reações das lajes sobre as vigas
uniformemente distribuídas.

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 Para garantir condições apropriadas de dutilidade, a


posição da linha neutra, nas seções sobre apoios, deve
ficar limitada em: Item 14.7.4 da
NBR6118:2014

 No ELU, para lajes retangulares, deve ser adotada


razão mínima de 1,5:1 entre momentos de borda (com
continuidade e apoio indeslocável) e momentos no vão.

Em lajes maciças convencionais, as cargas atuantes são relativamente


baixas e não é necessária a verificação das tensões devidas às forças
cortantes e nem o dimensionamento de armadura transversal.

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 Dimensionamento à flexão (no ELU)


Para concretos do grupo I (C10 a C50)

 O dimensionamento das armaduras das lajes é feito


para uma seção retangular de largura unitária
b=100cm e altura igual a d=h – c – 0,5cm.

 Para a face superior das lajes, que serão revestidas


com argamassa de contrapiso e posterior revestimento
(carpete, madeira, piso cerâmico, etc.) o cobrimento
dado em tabela pode ser substituído por um
cobrimento nominal de 15 mm, não podendo ser
inferior ao diâmetro das barras de armadura.
Na prática, recomenda-se adotar 20 mm. 152
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 Nas lajes, por segurança, a flexão deve conduzir ao


dimensionamento com armadura simples.

Equações de equilíbrio:

Atenção:
y=0,8x

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Quando y ≤ ylim (sendo ylim= 0,8 xlim) então estamos


nos Domínios 2 ou 3 e usa-se armadura simples, que é
obtida pela outra equação.

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 Armadura mínima de lajes (item 19.3.3.2 da NBR


6118:2014):

As,mín = (ρmin /100) b ∙ h

 Considerando uma seção retangular com largura


unitária (b=100cm), resulta As,mín = (ρmin) ∙ h , onde As
é dado em [cm²/m].

 Assim, se o valor de As calculado for menor que As,mín ,


usa-se As,mín como armadura de flexão p/a laje.

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 A tabela a seguir define as taxas mínimas (ρmin) de


armadura, a ser posicionada na região de tração da
peça, conforme o fck definido em projeto.

Concretos do grupo I = uso corrente

 Sendo que, deve-se respeitar também a tabela a


seguir:
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Valor mínimo de
armadura
Tipo de armadura

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 Prescrições importantes:

Espaçamentos usuais entre barras:


8cm, 10cm, 12cm, 15cm, 18cm e 20cm.
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 A armadura de distribuição, nas lajes armadas em uma


direção, deve ser igual ou superior a 20% da armadura
principal (conforme tabela), mantendo-se, ainda, um
espaçamento entre barras de no máximo 33 cm.

Armadura negativa:
Recomenda-se Ø ≥ 6.3mm para evitar a deformação
da armadura (pelo pisar dos funcionários) antes da
concretagem, o que reduziria a altura útil da laje.

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 Armadura positiva e arm.negativa:

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Tabela p/lajes com b=100cm [cm²/m]

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 Lajes armadas em uma direção

 As lajes armadas em uma direção são dimensionadas


como se fossem vigas;

 A vinculação é definida segundo o vão menor.

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* Lajes armadas em uma direção – laje isolada

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P/verificar o ELS (def.) P/verificar o ELU (dimensionar)
Tabela – Solicitações para laje
armada em uma direção

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* Lajes armadas em uma direção – laje contínua

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 Lajes armadas em duas direções

 Solicitações em regime elástico P/VERIFICAR ELS:


DEFORMAÇÕES

* Estes valores podem ser calculados pela expressão:

Onde:
l=vão menor da laje;
p=carga superficial na laje;
α=dado pela tabela abaixo em função da relação entre os
vãos e da vinculação da laje.

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(') representa momento no engaste.


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 Solicitações em regime rígido plástico


P/VERIFICAR ELU:
DIMENSIONAR

* O método que utiliza o regime rígido plástico para o


cálculo dos momentos das lajes é conhecido por
“método das linhas de ruptura” ou “charneiras
plásticas”.
* Conforme este método, em uma laje retangular,
engastada nas quatro bordas, vão aparecer momentos
fletores negativos nos engastes, dados por:

Onde:
i=grau de engastamento;
m=momento no vão. 168
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(') representa momento no engaste.


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 Numerando-se de 1, 2, 3, 4 os lados da laje, começando


sempre por uma borda de menor comprimento, os graus
de engastamento serão i1, i2, i3 e i4 (conforme figura
anterior), com valores:

* entre 0,7 e 2,0 para as bordas engastadas (a norma


recomenda que i ≥ 1,5);

* i=0 para as bordas apoiadas.

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 Na figura acima:
* ma = momento positivo correspondente à armadura
paralela ao vão “a”.
* mb = momento positivo correspondente à armadura
paralela ao vão “b”.

 Assim, conforme o método das linhas de ruptura, os


momentos negativos são dados por:
* m'1 = -i1 ∙ mb
* m'2 = -i2 ∙ ma
* m'3 = -i3 ∙ mb
* m'4 = -i4 ∙ ma

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 Para cargas uniformemente distribuídas:

 Lajes isótropas
* Ocorrem quando: 0,8≤a/b≤1

ma=mb=m e o momento no vão (m) é dado por:

Onde:
p=carga superficial;
ar e br =vãos reduzidos, que dependem dos graus de
engastamento i1 , i2 , i3 , i4.
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* O cálculo de ar e br é feito da seguinte forma:

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 Lajes ortótropas
* Ocorrem quando: 0,5≤a/b<0,8

ma≠mb e o coeficiente de ortotropia (𝜑) é definido por:

e pode ser calculado por:

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* A laje ortótropa é calculada pelas mesmas fórmulas da


isótropa, apenas considerando-se que:

Assim:

com m=ma e mb= 𝜑 m.

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 Por fim, os momentos negativos (nos engastes) serão:


* m'1 = -i1 ∙ mb
* m'2 = -i2 ∙ ma
* m'3 = -i3 ∙ mb
* m'4 = -i4 ∙ ma

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 Dimensionamento das armaduras das lajes armaduras em


duas direções

Determinados os momentos nos vãos ma e mb e os


momentos nos engastes m'1 , m'2 , m'3 e m'4 , o cálculo
das armaduras é feito da seguinte maneira:

 Laje isótropa
Dados: b=100cm
d= h – c – 0,5cm
m=ma=mb
Calcular a área de armadura Asa=Asb.

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 Laje ortótropa

* Asa (armadura paralela ao vão “a”):


Dados: b=100cm
d= h – c – 0,5cm
m=ma
Calcular Asa.

* Asb (armadura paralela ao vão “b”): Sempre a armadura


Dados: b=100cm; do vão menor deve
d= h – c – 1,0cm; ser colocada por
baixo da armadura
m=mb ; do vão maior.
Calcular Asb. 179
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 Prescrições gerais
 Lajes vizinhas são calculadas separadamente, mas
devem ter uma armadura única de continuidade ao
longo da borda comum que foi considerada engastada.

 Para isto, deve-se dimensionar a armadura para o maior


entre os dois momentos de engastamento e a menor
das alturas úteis.

 De forma aproximada, pode-se estender esta armadura


para cada lado do eixo do apoio de um comprimento
igual a 1/4 do maior dos vãos menores das duas lajes
consideradas.

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 A armadura correspondente a uma laje em balanço deve


se estender, na laje adjacente, de um comprimento
igual à 1,5x o da laje em balanço.

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 Esforços para lajes em balanço

Item 13.2.4.1 da NBR6118:2014

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 Bordas livres e aberturas (item 20.2)

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 Reações de apoio

 De forma aproximada, as reações de apoio das lajes


maciças retangulares, com carga uniforme, podem ser
determinadas a partir do estudo das “charneiras
plásticas”.
 As charneiras correspondem a triângulos ou trapézios
de carga. Por sua vez, cada um destes representa uma
parcela da carga da laje que será suportada pelo apoio.
 Pode-se considerar, simplificadamente, que esta
parcela de carga será distribuída uniformemente no
apoio.

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 Entretanto, quando a análise plástica não for efetuada,


as charneiras podem ser aproximadas por retas
inclinadas, a partir dos vértices com os seguintes
ângulos:
* 45º entre dois apoios do mesmo tipo;
* 60º a partir do apoio considerado engastado, se o
outro for considerado simplesmente apoiado;
* 90º a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.

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 Baseado neste último critério, os valores das reações


podem ser determinados com o auxílio da tabela a
seguir.
Fonte bibliográfica: “Vigas continuas, pórticos y placas –
J. Hahn, Editora Gustavo Gili – Barcelona – 1966”.

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‘r’ representa apoio e ‘e’ engaste. 187
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Distribuição de
cargas de lajes
em vigas

Ver anexo 4.

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 Atenção com o cobrimento da armadura!

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