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ORÇAMENTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE OBRAS

2. ORÇAMENTAÇÃO
DETALHADA
FACULDADE DA SERRA GAÚCHA | DEP. DE ENGENHARIA CIVIL | ORÇAMENTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE OBRAS | PROF.: CYNTHIA HENTSCHKE
ORÇAMENTOS DISCRIMINADOS: ROTEIRO PARA
ELABORAÇÃO

1. Análise do projetos, memoriais e do processo de


produção
2. Segmenta-se a obra em itens, através da
discriminação orçamentária
3. Levanta-se os quantitativos de serviços
4. Calcula-se os custos unitários dos serviços
5. Define-se o BDI
6. Estima-se o custo total da obra e elabora-se relatório
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1.ANÁLISE DE PROJETO,
DOCUMENTAÇÃO E PROCESSO DE
PRODUÇÃO
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa,
completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de
execução a serem adotados na construção.

 Por exemplo, a forma de execução da cerâmica de piso: tipo de


cerâmica, marca, tamanho, cor, forma de assentamento, traço da
argamassa e junta. Têm como finalidade complementar a parte
gráfica do projeto.
São muito importantes, pois a quantidade de informações a
serem gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca
confusão, esquecimento ou modificação de critérios, ainda
mais se existem vários profissionais envolvidos.
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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
A definição clara da qualidade, tipo e marca dos
materiais é fundamental, assim como a forma de
execução dos serviços.
As partes que compõem as ET são:
 Generalidades (objetivo, identificação da obra, regime de
execução da obra, fiscalização, recebimento da obra,
modificações de projeto e classificação dos serviços),
 Materiais de construção (insumos utilizados)
 Discriminação dos serviços

(baseado em Faillace, 1988)


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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Especificação dos materiais pode ser escrito de duas
formas: genérica (aplicável a qualquer obra) ou específica
(relacionando apenas os materiais a serem usados na obra em
questão). Com o uso de sistemas informatizados, não há
dificuldade em usar um ou outro método, pois o sistema pode
emitir o relatório completo ou apenas dos materiais que
aparecem na lista gerada no orçamento.
Discriminação dos serviços especifica como devem ser
executados os serviços, indicando traços de argamassa,
método de assentamento, forma de corte de peças, etc.
Também podem ser compilados de forma completa ou
específica.
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CADERNO DE ENCARGOS
CADERNO DE ENCARGOS
Encargos: reunião das obrigações do construtor, no que se refere
às “Especificações” e às “Normas”.
Outras de caráter administrativo, tais como: Regime de construção,
Responsabilidade e garantia, Licenças e franquias, Seguros e acidentes,
Recebimento das obras e etc
O Caderno de Encargos (CE) é o conjunto de especificações
técnicas, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo
contratante para a contratação, execução, fiscalização e controle
dos serviços e obras.
O texto é semelhante ao das Especificações Técnicas, mas
normalmente o CE é mais geral, servindo para todas as obras,
enquanto que as ET são particulares.
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CADERNO DE ENCARGOS
É utilizado como:
 um guia dos proponentes para elaboração correta do
orçamento ou
 um documento contratual limitando responsabilidades do
proprietário e do construtor
 Diretriz de Serviços e obras orientando: fabricação, escolha,
aquisição, utilização ou aplicação de materiais, equipamentos
e instalações
 Para esclarecer e definir assuntos ligados à construção
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MEMORIAL DESCRITIVO
MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo é outro tipo de resumo das


especificações técnicas.
Há memoriais descritivos para finalidades específicas, tais
como venda, propaganda, registro de imóveis ou aprovação
de projetos na municipalidade.
Deve ser ajustado ao orçamento, seguindo a mesma ordem
deste (ordenamento e nome dos serviços ou atividades).

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2. SEGMENTAÇÃO DA OBRA EM
ITENS
ELABORAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA
É realizada a partir da compreensão do projeto e do
memorial descritivo da obra
Em geral muitas premissas necessitam ser adotadas por falta
de projetos ou de definição do processo de produção e
dependem dos critérios de apropriação de custo (composições
de custo)
É a segmentação da obra em serviços que serão
quantificados
COMO É UMA BOA DISCRIMINAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA?
Tem uma sequência lógica;
É simples e clara;
Agrupa serviços e tecnologias afins;
Enquadra todos os serviços;
Evita a repetição e superposição de assuntos;

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ESTRUTURA ANALÍTICA DE
PROJETO (EAP)
EAP
Uma adequada organização dos pacotes de trabalho de um
projeto facilita o planejamento e controle do mesmo
Estrutura Analítica de Projeto – EAP é a subdivisão
hierarquizada do trabalho a ser executado em um projeto em
pacotes menores e mais fáceis de se gerenciar
Objetivos:
 Obter uma visão clara e organizada do trabalho a ser
executado em um projeto
 Facilitar o gerenciamento do projeto através do controle
de porções menores do empreendimento
 Fornecer estruturação inicial para elaboração do
cronograma do projeto
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EAP Projeto Aprovação
Prefeitura
Serviços
Preliminares Projeto Executivo

Terraplenagem e Projeto Estrutural


Projeto Hidrossanitário
Fundações
Projetos
Projeto Elétrico
SupraEstrutura Complementares
Projeto Vedações
Vedações As Built

Projeto Elevador
Habite-se
Acabamentos

Instalações

Serviços
Complementares

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EAP Projeto
Limpeza do Terreno

Serviços
Preliminares Instalação Tapume

Terraplenagem e Instalação Canteiro


Fundações
Ligação
SupraEstrutura Água/Elétrica

Vedações
Locação da Obra

Acabamentos

Instalações

Serviços
Complementares

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EAP Projeto

Serviços
Movimentação de
Preliminares
Terra

Terraplenagem e Locação Vias


Fundações
Fundações Rasas
SupraEstrutura
Fundações
Vedações Profundas

Acabamentos

Instalações

Serviços
Complementares

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EAP Projeto

Serviços
Preliminares

Terraplenagem e
Fundações
Estrutura Principal
SupraEstrutura
Estruturas
Vedações Complementares

Acabamentos

Instalações

Serviços
Complementares

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EAP Projeto

Serviços
Preliminares

Terraplenagem e
Fundações
Alvenaria Externa

SupraEstrutura
Alvenaria Interna
Vedações
Divisórias
Acabamentos
Esquadrias
Instalações

Serviços
Complementares

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EAP Projeto

Serviços
Preliminares

Terraplenagem e
Fundações
Revestimento
Externo
SupraEstrutura

Vedações Revestimento
Interno

Acabamentos Soleiras/Peitoris

Instalações Piso

Forro
Serviços
Complementares
Pintura

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EAP Projeto Distribuição Vertical

Serviços Enfiação
Preliminares
Tomadas/Interruptores/ CDs
Terraplenagem e
Fundações Centro de Distribuição
Elétrica Predial
SupraEstrutura
Água
Hidrossanitária
Vedações
Esgoto
Ar Condicionado
Acabamentos Ligações

Lógica/Automação
Instalações

Gás
Serviços
Complementares
Elevador

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EAP Projeto

Serviços
Preliminares

Terraplenagem e
Fundações

SupraEstrutura

Vedações

Acabamentos
Paisagismo
Instalações
Mobiliário
Serviços
Complementares Cercamento/Muro/
Portões

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LEVANTAMENTO DE QUATITATIVOS
SERVIÇOS DIRETOS X SERVIÇOS INDIRETOS
O critério de quantificação deve ter como base o princípio
utilizado na montagem da Composição de Preços Unitários
do respectivo serviço.
As quantidades dos serviços diretos devem ser levantadas
com base nas informações dos projetos e memoriais
descritivos.
As quantidades dos serviços indiretos devem ser levantadas
com base nas informações e exigências constantes nos
códigos de obras locais, legislação vigente, disponibilidades
e necessidades do empreendedor, sendo proporcionais a
essas exigências. O profissional deve ter a habilidade de
identificar cada necessidade nessa fase e o tempo de
permanência e uso.
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LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES
Ao recebermos um projeto, será nosso objetivo calcular as
medidas lineares, de superfície e de volumes ou , saber em seus
serviços , quantos Ml , M², M³ , Kg e UN estarão decompostos
seus elementos.
Basicamente nesta etapa é que será dada a FORMA do
orçamento, é bastante conhecido a conceito de que um bom
orçamento se fundamenta num bom levantamento de
quantidade.
É conveniente ressaltar que o detalhamento das quantificações
dependerá do tipo de projeto, ou seja, as informações de
quantidades serão proporcionais ao seu detalhamento.
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LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES -
RECOMENDAÇÕES
1.Ao receber os projetos, verificar os memoriais descritivos.
2.Observar nos memoriais descritivos, marcas, metodologia ou
materiais especiais.
3.Abrir todas as plantas para verificar se os projetos de
arquitetura, estrutura, hidráulica, elétrica e, detalhes estão
referindo-se a "mesma obra".
Atualmente com o uso dos sistemas de desenhos em CAD tem
sido possível esta coordenação mais facilmente.
4.Comece pela estrutura e depois levante arquitetura,
procurando identificar as paredes, pisos, e, tetos.
5. Estabeleça planilhas auxiliares para portas e janelas, em m²
e ml de batentes.
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LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES -
RECOMENDAÇÕES
6.Ao fazer os levantamentos de paredes, procure utilizar
planilhas já formatadas para auxiliar.
Em cálculos (se você tiver CAD, nas versões mais atualizadas,
eles já calculam áreas).
7.Estabeleça uma rotina de leitura de planta, e siga-a até o
final dos trabalhos, mudanças de rotinas no meio do
trabalho são desgastantes e improdutiva.
8.Mantenha a memória dos cálculos bem organizada, pois
caso seja necessário interromper o trabalho depois será mais
fácil retomá-lo

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MODELO DE PLANILHA DE QUANTITATIVOS
Parte do Dimensões Esquadrias e Vãos Revestimentos Piso Forro Parede
Produto
C L H Janelas Portas Vãos Piso Parede Forro Área Área Área Perímetro
(m) (m) (m) (dim.) (dim.) (dim.) (m²) (m²) (m²) (m)

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Serviço un Critério de Medição
1 Limpeza do terreno M² Área do terreno em projeção.
2 Gabarito e Locação da Obra m Perímetro da obra, considerando um afastamento
de 1,5m para cada lado.
3 Estaqueamento m comprimento efetivo da estaca. Na estaca Franki
considerando mais 1m para o bulbo.
4 Sapatas de fundação M³ Para cada m³ de sapata consideramos: -
escavação manual 2,5m³; - reaterro manual
1,5m³; - forma para fundação 6m2 (aplicação); -
confecção de forma 3m2 (2x reap.).
- armação 60 kg.
5 Blocos e Baldrames de M³ Para cada m3 consideramos:
fundação - escavação manual 2,5m3; - reaterro manual
1,5m3; - forma para fundação 9,3m3 (aplicação); -
confecção de forma 4,65m2 (2x reap.). - armação
60 kg.
6 Formas de Madeira/metálicas M² Área real da superfície em contato com o
concreto. Menos as áreas de intersecção de
formas.
7 Armação Kg Comprimento real em m conforme o projeto
estrutural. De acordo com cada diâmetro,
transforma-se o comprimento real para peso.
Consideramos uma quebra de 4% para o aço.
8 Concreto usinado M³ Volume real a ser ocupado nas formas.
Serviço un Critério de Medição
9 Telhado da Cobertura M² Área real de projeção horizontal do telhado.
10 Funilaria m Medição em ml, considerando todo
desenvolvimento da seção transversal.
11 Impermeabilização em M² Pisos: área real da superfície. Paredes: Terraços e
geral Box 50 cm de rodapé, na platibanda da piscina
considerar toda a altura.
12 Água Fria pt Pontos de consumo: - vasos, lavatório, pia, tanque,
chuveiro, ducha manual, máquina de lavar, filtro,
pia da cozinha.
13 Água Quente pt Pontos de consumo: -lavatório, chuveiro, ducha
manual, pia cozinha.
14 Esgoto Sanitário pt Pontos de captação: - lavatório, vaso, ralo de pia
no box.
15 Esgoto Pluvial pt Pontos de captação: - ralos das sacadas, caixas
de areia no térreo, ar condicionado.
16 Telefone pt -1 ponto na sala, 1 no quarto, no apartamento do
zelador e 1 no salão de festas.
17 Elétrica pt T odos os pontos de saída, como: - interruptor,
tomadas, luminárias, pontos de luz e ar
condicionado.
18 Antena coletiva TV pt -1 ponto na sala,1 no quarto,1 no apartamento do
zelador e 1 no salão de festas.
Serviço un Critério de Medição
19 Gás pt - 1 ponto no apartamento, 1 no apartamento do
zelador e 1 no salão de festas.
20 Marcação de Alvenaria m Medir o perímetro descontando todos os vãos,
inclusive pilares. Considerar quebra de tijolos de
5%.
21 Encunhamento da m Perímetro, considerando uma espessura de 2 cm.
alvenaria
22 Vergas de Concreto m Medida real mais 20 cm para cada lado.
23 Elevação de alvenarias M² Descontamos todos os vãos, inclusive pilares. A
altura considerada é o pé direito entrepisos, menos
a viga, marcação e aperto.
24 Reboco interno M² Descontamos todos os vãos. Não
consideramos enchimento e espessuras
diferenciadas.
25 Reboco externo M² Área real descontando todos os vãos. Os requadros
são medidos em ml. Para diferenças de planos na
fachada, consideramos, sempre que possível, dar a
diferença no tijolo, caso contrário, consideramos
enchimento de argamassa.
26 Banca de granito em M² incluímos na composição da banca: - rodabanca em
mármore ml; - borda em ml: - furos.
27 Azulejos M² Área real descontando-se todos os vãos. Considerar
5% de quebra para azulejos
Serviço un Critério de Medição
28 Piso Cerâmico M² Área real da superfície e 5% de quebra.
29 Cerâmica da fachada M² Área real descontando-se todos os vãos. Vergas e
requadros medidos em ml. Quebra de 5%;
30 Piso Granito, Caxambu e M² Área real da superfície da peça em m2.
Basalto Consideramos uma quebra de 5%.
31 Granito de fachada M² Área real em m2, descontando-se todos os vãos.
- verga e peitoril e virada em ml.
- 0 a 50 cm consideramos faixas.
32 Fulget ou Grafiato M² Área real em m2, descontando-se todos os vãos.
- Cantos, faixas e juntas são medidos em ml.
- 0 a 70 cm consideramos faixas.
33 Granitina para escada - patamar em m2. - espelhos, degraus e cada face
polida em ml.
34 Peitoril de pedra - peça em ml da largura do vão da janela (mais 5 cm
por peça).
35 Gesso em placa m2 - área da peça em m2.
Negativo de gesso ml - perímetro da peça em ml.
Moldura espelho ml - perímetro da peça em ml.
Ponto de luz pt - medidos por ponto de luz.
Alçapão un - consideramos uma unidade por peça.
- um alçapão para circulação comum e para pilotis
um alçapão a cada 10m2.
Serviço un Critério de Medição
36 Gesso corrido M² Área da peça em m²
37 Massa e pintura M² Área real descontando-se todos os vãos.
PVA/Acrílica
38 Cantoneira de amorim Ml Medimos em ml até h: 1,70m.
39 Pintura esmalte óleo em M² - portas e janelas de madeira 3 vezes a área do
madeira /aço vão.
- portas e janelas em veneziana de aço 5 vezes
a área do vão.
Ex: janela de ventilação, porta da subestação.
- corrimão e pegamão são medidos em ml da
superfície a ser pintada.
40 Pintura de funilaria -calhas e algerosas: desenvolvimento até 50 cm
em ml, maior que 50 cm em m².
41 Pintura rodapé e guarnição Ml
de madeira
42 Pintura da fachada M² Área real descontando-se todos os vãos.
43 Rodapé ml Perímetro da peça menos os vãos.
44 Rodaforro ml Perímetro da peça.
45 Assoalho, Engradamento e M² Área real da superfície da peça.
Forro
46 Carpete / Piso vinílico M² - área da peça em m²;
- incluímos a soleira de latão em ml na
composição de carpete;
Serviço un Critério de Medição
47 Vidros M² vão da esquadria
48 Esquadrias
- Madeira - porta-pronta: medida por conjunto;
- janela: m² do vão;
- aduela para elevador: por conjunto;
- Metálica - janela veneziana: por kg,
transformamos os m² do vão,
conforme tabela de conversão;
- corrimão: em kg, medido em ml,
considerando a inclinação das
escadas, transformando para kg,
conforme tabela de conversão;
- pegamão: em kg, medido em ml,
considerando a inclinação das
escadas transformando pra kg,
conforme tabela de conversão.
- PVC ou Aluminio - contramarco de alumínio em ml.
- janela/porta: medida em m².
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
 Fôrmas
 As dimensões devem ser tomadas entre pilares para que
não ocorra sobreposição de áreas
 Como base pode-se utilizar: por m² de projeção de laje
multiplicada por 1,10 (110%) é aproximadamente área
de forma.
 Esta área divida por 2,98 (quando chapas plastificadas de
18mm) ou por 2,42 (para chapas comuns 1,10 x 2,20)
dará o número aproximado de chapas.
Armadura (kg ou ton)
 Três atividades: corte, dobragem e montagem
 Tipos de quebra: no corte
 Divisão por faixas de bitola
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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: ESTRUTURA DE
CONCRETO ARMADO
Concreto moldado no local (m³)
 Considerar perdas: adensamento, manuseio, tamanho das
peças
 Instalações de bombeamento

Concreto pré-moldado
 Considerar unidades de compra (m, m², m³)
 Mobilização e desmobilização de equipamentos para
montagem

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: ESTRUTURA DE
CONCRETO ARMADO
Pilares: Considerar a altura desde a base até o topo da laje
Vigas: Considerar os comprimentos das partes entre pilares
Lajes: Considerar apenas as partes compreendidas entre
vigas.

 Em figuras diferentes, decompô-las em figuras


geometricamente conhecidas, em obras habitacionais pode-se
adotar para verificação:

Para 1 m³ de concreto - 12 m² de forma - 100 kg de


ferro.

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: VEDAÇÕES
Alvenaria
Para o cálculo das quantidades de alvenarias, é usual
considerar as áreas da parede para cada tipo ou espessura;
Convém sempre descontar as vigas e pilares das medidas de
alvenaria.
 Chapisco, emboço e reboco
Estas medições sempre ocasionam dúvidas, pois dependem
muito do critério de medição da obra de uma maneira geral,
é sempre bom lembrar que:
ÁREA DE ACABAMENTO é menor ou igual a 2X ÁREA DE
ALVENARIA
ÁREA DE CHAPISCO = ÁREA DE EMBOCO
ÁREA DE REBOCO = ÁREA DE EMBOCO - ÁREA DE AZULEJO
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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: PAREDES DE
ALVENARIA DE TIJOLOS
Três atividades:
marcação (m), elevação (m²) e encunhamento (m)
Desconto de elementos: estrutura e aberturas
 m.o.: somente grande aberturas (por exemplo, TCPO
desconta o que ultrapassa a 2m²)
 material: deveria se descontar sempre
Considerar diferentes tipos de paredes
Considerar acessórios:
 vergas (m)
 contra-vergas (m)
 caixas de ar-condicionado (un)
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LEVANTAMENTO BLOCOS E ARGAMASSA PARA ALVENARIA

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: REVESTIMENTOS
(EM GERAL)
Parede e pisos (m²)
 Exceções (m): rodapés, rodaforro, soleiras, etc.
Desconto de aberturas
 m.o.: somente grande aberturas (por exemplo, TCPO
desconta o que ultrapassa a 2 m²)
 material: deveria se descontar sempre
 pode-se pagar por m (linear) de canto
Considerar quebras (principalmente devido a projeto)

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LEVANTAMENTO DE REVESTIMENTOS

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: COBERTURA
Áreas de Cobertura
Para calcular tanto a estrutura da cobertura quanto seu
material, considerar a área de projeção horizontal.
Área da Cobertura + Área de Beiral = Área da
Projeção do Prédio
Deve-se considerar o plano inclinado e os beirais
Telhamento (m²):
 cuidados com sobreposição e quebras (ideal fazer o projeto)
Madeiramento (m²):
 ideal fazer o projeto
Acessórios (m): cumeeira, espigão, algeroz, rufos
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FATOR PARA CÁLCULO DE ÁREA DE TELHADO

Primeira Água: Área= 240m2x1,044= 250,6m²


Segunda Água: Área = 96m2x1,077 = 103,4m²

Total=354m²
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: PINTURA
Levantar as áreas reais = Área de Pintura será menor ou igual à Área
de Paredes.
O consumo de tinta por m² é função do tipo de tinta e das condições
do substrato.
Como orientação, pode-se adotar 30-40 m²/galão por demão (1
gal =3,6l)

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: ESQUADRIAS DE
MADEIRA
Elementos padronizados: em geral cobra-se por unidade
Como exemplo portas
Ferragens: em geral considera-se o “jogo” (fechadura,
espelhos, dobradiças)
Elementos não padronizados: por m²
 Varia conforme o tipo de esquadria: com ou sem
veneziana, etc.
 Varia conforme os materiais: alumínio, madeira, PVC, etc.
 Pode ou não incluir vidro

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: INSTALAÇÕES
EM GERAL
Paramétrica: tubos e fios (m), peças (un)
Na prática: verba ou ponto (hidráulico ou elétrico)
 Critérios variáveis para a definição do ponto
Valores para divisão em parcelas
 Exemplo para instalações elétricas:
 Tubulação da laje (15%)
 Tubulação de parede (40%)
 Fiação (40%)
 Acabamento (5%)

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: OUTRAS
CONSIDERAÇÕES
Limpeza
Em geral em m² cuja área será menor ou igual à área da obra.

Retirada de entulho
Desde 2001 tem sido considerado cerca de 30% do volume da obra
(que é um absurdo da improdutividade e desperdício!).

Movimento de terra
Regularização ou acerto de terreno em m² (altura média de corte até
0,30 m). Aterro e desterro em m3, de tal forma que,
 V corte x fator de empolamento (1,2 a 1,30) = Volume de transporte
 Volume de Corte = Área x Altura de corte
 O volume de reaterro será a diferença entre o volume da vala e os volumes
de fundações
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PERDAS DE INSUMOS
 Durante a orçamentação é necessário que sejam levadas em
consideração as perdas de material;
 Existem perdas que podem ser controladas através de
programas de melhoria da qualidade e inerentes a atividade;

 Concreto = extravasão na concretagem, desforma, resíduos que


ficam no caminhão betoneira, material de moldagem dos copos de
prova, e principalmente diferença dimensional;
 Atividades como corte e montagem, carga e descarga,
armazenamento, manuseio e transporte impróprios, roubo...

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PERDAS DE INSUMOS

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REFERÊNCIAS
12722/1992 - Discriminação de serviços para construção de edifícios
- Procedimento
12721/2006 - Avaliação de custos unitários de construção para
incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios
edifícios – Procedimento
MATTOS, Aldo Dorea. Como preparar orçamentos de obras: dicas
para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. Editora Pini, 2006

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ATIVIDADE 02
Considere o galpão abaixo esquematizado, onde será construído um
compartimento para depósito, com porta de 2,00 m x 2,10 m, cujo teto
será́ rebaixado com forro de PVC com laminas de 0,10 m de largura útil,
colocadas perpendicularmente à menor dimensão, deixando um pé-direito
interno de 3,00 m (pé-direito anterior = 4,00).

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A partir desses dados, sem considerar quaisquer perdas ou acréscimos,
responda às questões.
a. Quantos metros de forro de PVC serão necessários para o
rebaixamento do teto do depósito? Justifique com cálculos.
b. Qual o volume de emboço das novas paredes, considerando apenas
aparte interna do deposito, a espessura de 2cm e descontando vãos ≥
2,00 m²? Justifique com cálculos.
c. Qual será a m² a ser pintada em tinta Latex P.V.A. no interior do galpão,
considerando a parte externa do depósito e quantos galões de tinta
serão necessários para 2 demãos? Justifique com cálculos

A) Quantidade de peças com 4,00m de comprimento:


Q = 3,00 m e peças 0,10 m Total de peças = 30
Comprimento total = 30 peças x 4,00m = 120,00m
B) Área de emboco da parte interna = (3,00m + 4,00m) x 3,00m = 21,00m2
Vãos a descontar = 1 x (2,00m x 2,10m) = 4,20 m²
Área final de emboço = 21,00m2 – 4,20m2 = 16,80m²
Volume de emboco = 16,80m² x 0,02m = 0,336m³
C) Área a ser pintada = (8+6,15+3,15+4,15+3+12,15m)x4,00m = 146,40 m²
Vãos a descontar = 2 x (2,00m x 2,10m) = 8,40 m²
Área final de pintura = 138,00 m² x 2 = 276m² / 30 = 9,2 galões
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ORÇAMENTAÇÃO E GESTÃO DE OBRAS

COMPOSIÇÕES UNITÁRIAS DE Aula 04


SERVIÇOS
COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DE SERVIÇOS
As Composições Unitárias de Serviços nos mostram os
serviços com todos os seus insumos.
Apresentam sempre os materiais, a mão-de-obra e os
encargos sociais gerados pela mão-de-obra.
Além dos insumos fazem parte das Composições dos
Serviços os índices de consumo unitário de materiais e os
índices de produtividade unitária da mão-de-obra.
Os insumos de cada serviço e seus respectivos índices
logicamente não serão memorizados pelo orçamentista,
mas sempre serão consultados em tabelas específicas
como as do Sinapi e do livro TCPO (editora Pini).
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COMPOSIÇÃO UNITÁRIA DE SERVIÇOS

Uma vez alterada a característica de algum insumo, ou


condições de trabalho, provavelmente toda a composição
será alterada.
As composições são inter-relacionadas entre si, e quando
avaliada a composição devem ser considerados:
 Os tipos de materiais a utilizar;
 Os encargos sociais sobre o custo de mão de obra;
 Se os equipamentos estão contemplados em grupo individual
de serviços ou como insumo de algumas composições.

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COMPONENTES DA COMPOSIÇÃO

Insumo: são os itens que irão compor os serviços: material, MO e


equipamentos
Unidade: Unidade de medida do insumo
Índice: incidência de cada insumo na execução de uma unidade
de serviço
Custo unitário: custo do emprego de uma unidade de insumo
Custo total: custo total do insumo na composição. É obtido pela
multiplicação do índice pelo custo unitário
Custo unitário do serviço: somatório do custo total dos insumos
que compõe o serviço
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COMPONENTES DA COMPOSIÇ Ã O –
Insumo Unidade Índice Custo Custo Total
Unitário (R$) (R$)
EXEMPLO
Armador h 0,1 6,9 0,69
Servente h 0,1 4,2 0,42
Aço CA-50 kg 1,1 2,9 3,19
Arame recozido nº18 kg 0,03 5,0 0,15
Total Custo unitário do serviço de armadura 4,45
Insumo Unidade Índice Custo Custo Total
Unitário (R$) (R$)
Cimento kg 306 0,36 110,16
Areia m3 0,901 35,00 31,54
Brita 1 m3 0,209 52,00 10,87
Brita 2 m3 0,627 52,00 32,60
Pedreiro h 1,0 6,90 6,90
Servente h 8,0 4,20 33,60
Betoneira h 0,35 2,00 0,70
Total Custo unitário do serviço de concreto 226,37
MONTAGEM DA COMPOSIÇÃO
Pode-se inserir perdas sobre os materiais
Índice de MO ou Razão Unitária de Produção (RUP) é o inverso de
produtividade
 Índice do armador 0,10h/kg
 Produtividade do armador é 10kg/h
 O engenheiro e/ou orçamentista devem possuir conhecimento e
domínio sobre os índices porque:
 Revelam a produtividade da mão-de-obra e equipamento, e o consumo
dos materiais adotados no orçamento;
 Representam o limite além do qual a atividade se torna deficitária;
 Permite a detecção de desvios;
 Ajudam a estabelecer metas de desempenho para as equipes.

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TOMADA DE PREÇOS

Procede-se à tomada de preços de todos os insumos que


aparecem nas composições de serviços.
Para esta tarefa, devem ser adotadas as seguintes diretrizes:
 A tomada deverá ser feita no provável mercado fornecedor da obra.
 Não tomar preços de produtos em promoções de vendas.
 Fazer a tomada por escrito e com identificação do fornecedor -
assinatura e data.
 Atenção especial para a forma de pagamento.
 Verificar disponibilidade de estoques do fornecedor consultado.
 Fazer tomadas em diversos fornecedores idôneos.
 Arquivar as tomadas de preços juntamente com as memórias de cálculo.
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CUSTO DE MATERIAIS
CUSTO DE MATERIAIS
Correspondem a cerca de 60% do custo direto
Maior certeza quanto ao consumo em relação à mão-de-obra:
 Riscos em algumas atividades, por exemplo: fundações,
escavações, etc.
 Riscos das perdas (principalmente materiais a granel)
Principais componentes
Aquisição: considerar unidades de compra e descontos
Transporte externo
Manuseio (descarga, estocagem e transporte interno)
Perdas: influenciadas por vários fatores, tais como qualidade do
material, modulação, manuseio, etc.
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CUSTO DE MATERIAIS: FONTES DE
INFORMAÇÕES
Revendas de materiais: materiais não vendidos por
fabricantes, pequenas quantidades
Fabricantes: só em grandes quantidades e não para todos
os materiais
Revistas técnicas (construção e mercado)
Monitoramento de reajustes

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CUSTO DE MÃO DE OBRA
CUSTO DA MO
O custo de um operário para o empregador não é o seu salário-
base, é um valor bastante superior, pois inclui diversos encargos
sociais e trabalhistas impostos pela legislação e pelas convenções
do trabalho.
Encargos em sentido estrito: são os encargos sociais, trabalhistas e
indenizatórios previstos em lei e aos quais o empregador está
obrigado. É esta modalidade a mais usada entre os orçamentistas;
Encargos em sentido amplo: outras despesas que podem ser
referenciadas ao homem-hora, tais como alimentação, transporte,
EPI, seguro em grupo e até horas extras habituais. A rigor, esta
ampliação do conceito de encargo existe por conveniência de
quem orça.

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CUSTO DE MÃO DE OBRA

Correspondem a cerca de 40% do custo da obra


Maior incerteza quanto ao consumo
Inclui salário básico e leis sociais
Valores de referência:
Piso salarial
Salário Médio
Data do dissídio

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GRUPO DOS ENCARGOS

Grupo A: Encargos básicos


Grupo B: Encargos Trabalhistas
Grupo C: Encargos Indenizatórios
Grupo D: Incidências Cumulativas

A+B+C+D = Encargos somados ao salário-base

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ITENS NÃO OBRIGATÓRIOS

Vale-transporte, café da manhã, almoço, seguro de vida,


assistência médica, etc.
Resultados de acordos sindicais ou iniciativas da
empresa
São deduzidos do imposto de renda
Trabalhador paga uma parte

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EPI E FERRAMENTAS
Equipamento de proteção individual (EPI)
 CMAE / (12 x S) = 2,45%

CMAE = custo médio anual de EPI por operário (V.tabela)


S = salário médio mensal

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CUSTO DE EQUIPAMENTOS
TIPOS DE EQUIPAMENTOS E CUSTOS
Máquina: de grande porte, em geral insumos são movimentados ou
modificados
Ferramenta: de menos porte, em geral são levados até os insumos
para operações de cortar, martelar, desbastar, etc.
Equipamento: termo genérico que engloba todos os outros
Máquina:
 Representam ativos fixos (investimentos em capital) da empresa
 Custo horário explicitado no orçamento
Ferramenta:
 Estão embutidos no custo de cada atividade ou como uma parcela dos
custos indiretos
 Frequentemente são fornecidos pelos próprios sub-empreiteiros

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COMPONENTES DOS CUSTOS DOS
EQUIPAMENTOS
Independentes da intensidade de utilização:
 Investimento inicial
 Seguro contra acidentes
 Armazenamento
 Juros do capital investido

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COMPONENTES DOS CUSTOS DOS
EQUIPAMENTOS
Dependentes da intensidade de utilização
 Mão de obra para operação
 Consumo de energia ou combustível, lubrificante, graxa e
filtros
 Mobilização e desmobilização
 Manutenção (em geral ocorrem segundo uma progressão
crescente)
 Depreciação (perda de valor de um equipamento ocorrida
ao longo de sua vida útil)

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VIDA ÚTIL DE EQUIPAMENTOS EM HRS
Ac a ba dor a de superfície 4.500
Betoneira 5.000
Bomba de argamassa 8.000
B o m b a de concreto 8.000
Caminhão betoneira 10.000
C a m i n h ã o carroceria d e madeira 10.000
Carregadeira dumper 6.000
Compressor de ar 10.000
Elevador 10.000
Ferramentas elétricas 3.000
Guincho 10.000
Guindaste 10.000
M á q u i n a d e cortar ferro 4.500
Misturador de argamassa 4.500
P l a c a vi b r a t ó r i a 10.000
R é g u a vi b r a t ó r i a 3.000
Serra circular 3.000
Vibrador de imersão 4.500
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EXEMPLO DE CÁLCULO DE CUSTO DOS
EQUIPAMENTOS: BETONEIRA 320 L
Componente Coeficiente Custo Custo
(R$) total (R$)
Juros do capital 4,36x10 -5 7852,00 0,34

Operador 1,00 h 120,00 120,00


Leis Sociais 140,00% 120,00 168,00
Energia elétrica 3,75 kw 4,00 15,00
Manut. mecânica 6,00x10 -5 7852,00 0,47
Depreciação 18,18x10 -5 7852,00 1,43
Total 305,24

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CONSULTA SINAPI
SINAPI

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da


Construção Civil (SINAPI) tem gestão compartilhada entre
Caixa e IBGE e divulga mensalmente custos e índices da
construção civil.
A Caixa é responsável pela base técnica de engenharia
(especificação de insumos, composições de serviços e projetos
referenciais) e pelo processamento de dados, e o IBGE, pela
pesquisa mensal de preço, metodologia e formação dos
índices.

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SINAPI

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DOWNLOAD DE RELATÓRIOS
Insumos e Composições por região
INSUMOS E COMPOSIÇÕES POR REGIÃO
COMPOSIÇÕES POR REGIÃO
Composições por região – exemplo formas
RELATÓRIO DE INSUMOS
CATÁLOGO DE COMPOSIÇÕES ANALÍTICAS
PLANILHA DE ENCARGOS
PLANILHA DE
ENCARGOS

• Vigência de
07/2015

Com desoneração:
• Horista: 86,22%
• Mensalista: 48,69%
Sem desoneração:
• Horista: 115,67%
• Mensalista: 72,29%
CONSULTA POR REGIÃO RS – PORTO
ALEGRE
PESQUISA - INSUMOS OU COMPOSIÇÕES
POR CÓDIGO OU DESCRIÇÃO
LISTA DE COMPOSIÇÕES PESQUISADAS
SELECIONA A COMPOSIÇÃO
DADOS DA COMPOSIÇÃO
ITENS E COEFICIENTES DA COMPOSIÇÃO –
REFERENCIA TÉCNICA
TELA PARA IMPRESSÃO
PESQUISA NOS RESULTADOS
COMPOSIÇÕES RESULTANTES
CONSULTA TCPO E CONSTRUÇÃO E
MERCADO (PINI)
TCPO – TABELAS DE COMPOSIÇÕES DE
PREÇOS PRA ORÇAMENTOS
É uma base de dados onde podem ser encontradas as
quantidades de insumos necessárias para fazer uma unidade
de serviço de obra. Estes dados são imprescindíveis na
montagem do orçamento.

Utilidades:
Exemplifica o processo de orçamentação;
Demonstra o processo de cálculo de BDI;
Fala sobre o uso de produtividades variáveis;
Detalha as composições unitárias de insumos;
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EXEMPLO DE
COMPOSIÇÃO

FACULDADE DA SERRA GAÚCHA | DEP. DE ENGENHAR


CONSTRUÇÃO E MERCADO (PINI)

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