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ECT - Escola

E l de
d Ciências
Ciê i e Tecnologia
T l i

Estruturas de Concreto Armado 
Estruturas de Concreto Armado II
II
Prof. Marco Antônio
marcoaman@unigranrio edu br
marcoaman@unigranrio.edu.br

Aula 1
Aula  1
Introdução ao Concreto Armado 1
Histórico 
‐ 1824: o químico francês J.J Aspdin descobre o cimento Portland,
Portland com a
queima de pedras calcárias e argila, resultando em um pó que endurecia na
presença de água. Nome em homenagem à ilha britânica Portland.
‐ 1855: o francês J. L. Lambot constrói um barco com argamassa de cimento
reforçada com ferro.
‐ 1861: o francês J. Monier constrói um vaso de flores de concreto com
arame. Outro francês F. Coignet publica os princípios básicos para
construções em concreto armado.
‐ 1867: J. Monier obtém patente para seus vasos, depois para tubos, placas
etc F.
etc. F Coignet apresenta vigas e tubos de concreto na Exposição
Internacional de Paris.
‐ 1873: o americano W. E. Ward constrói em Nova York uma construção em
concreto armado: o Ward´s Castle, existente até hoje.
‐ 1888: Dohring, de Berlim, obtém patente em protensão de pequenas
placas e vigas.
2
Histórico 
‐ 1900: Koenen começa a desenvolver teoria em concreto armado, armado
posteriormente Mӧrsch e Ritter, com numerosos ensaios continuam os
trabalhos de Koenen. Essas teorias estão presentes até hoje.
‐ 1904: na Alemanhã, são publicadas as “Instruções provisórias para
preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado”.
‐1928: Freyssinet patenteia o concreto protendido em estruturas.
‐ 1930: O primeiro arranha céu do mundo, o edifício do jornal “A noite”, com
24 pavimentos, é erguido na Praça Mauá no Rio, por Emílio Baumgart.
‐ Até hoje, estruturas erguidas em Brasília, são também internacionalmente
conhecidas pela sua beleza plástica e arrojo.
arrojo
‐ Inúmeros outros exemplos de obras notáveis construídas no Brasil, como a
Ponte Rio ‐ Niterói, projetada por B. Ernani Diaz, e o Museu de Arte
Contemporânea, em Niterói, com arquitetura de Oscar Niemeyer e
estrutura de Bruno Contarini, podem ser também citados.

3
Classificações
Quanto à Composição:
‐ Pasta de cimento: cimento + água
‐ Argamassa: pasta + agregado miúdo
‐ Concreto (simples): argamassa + agregado graúdo

Quanto à Disposição da armadura:


‐ Concreto armado: concreto simples + armadura passiva ( ou “doce”)
‐ Concreto armado protendido: concreto simples + armadura ativa
‐ pré‐tendido:
é d d armadura
d é tensionada
d antes da
d concretagem.
‐ pós‐tendido: armadura é tensionada depois da concretagem.

Quanto ao Local de formação:


‐ Concreto moldado “in loco”: peça moldada no local.
‐ Concreto
C t pré‐moldado:
é ld d peça moldada
ld d fora
f d local
do l l de
d permanência.
ê i
‐ Concreto pré‐fabricado: peça pré‐moldada em fábrica, com maior
controle de q
qualidade ((é um tipo
p de p
pré‐moldado).
)

Estudaremos apenas peças de Concreto Armado moldado “in loco”. 4
Vigas em Concreto Armado Protendido
Viga pré‐tendida:
Viga pré‐tendida:
aço passivo
(ou “doce”)

Viga Pós‐tendida:
aço passivo
(ou “doce”)

aço ativo

aço ativo
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
‐ Boa trabalhabilidade, se adapta bem à qualquer formato;
‐ Compõe peças monolíticas, ou seja, interiças quanto ao grau hiperestático.
Dif
Diferente
t das
d peças em aço/madeira,
/ d i que devem
d ser parafusadas,
f d soldadas,
ld d
coladas e encaixadas;
‐ Boa durabilidade ao intemperismo com baixa manutenção, quase nula;
‐ A tecnologia para produção do concreto é simples;
‐ Os materiais empregados na mistura encontram‐se bem disponíveis;
‐ Depois de usinado, possui um tempo hábil para iniciar sua formação, pois
continua liquefeito, ainda na sua fase inicial de “pega”;
‐ As técnicas construtivas estão bem disponíveis => mão de obra barata.
Desvantagens:
‐ Resulta em peças maiores se comparado ao aço, pois tem menor resistência;
‐ Devido ao seu peso próprio alto, certas construções
p p p ç se tornam inviáveis;
‐ Dificuldade de demolições e reformas;
‐ Grande consumo de formas e escoramentos;
‐ Bom condutor
Bom condutor de calor e som, necessitando ser revestido para poder isolar;
de calor e som, necessitando ser revestido para poder isolar;
‐ Possibilidade de fissuração inicial, devida às altas tensões geradas no processo 
de cura e baixa resistência inicial à tração. 6
Estados Limites (ELU e ELS)
Uma estrutura ou parte dela atinge um Estado Limite quando de certa maneira,
maneira ela
se torna Inutilizável, ou deixa de satisfazer condições previstas para sua utilização.
Segundo a o item 3.2 da NBR 6118/2014, existem 2 tipos:

ELU ‐ Estado Limite Último: Situações que levem a estrutura ao Colapso, seja pela
ruptura direta do material, ou pela perda de equilíbrio. Em ambas as situações a
estrutura
t t d
deve ser paralisada
li d (ver
( it
item 10 3 da
10.3 d NBR6118/2014).
NBR6118/2014)
Ex: Escoamento ou ruptura do concreto, ou do aço (no corte, na flexão, na
torção, etc.)
Ex: Retirada de “pedaços” ou de apoios de uma estrutura hiperestática
transformando‐a em hipostática.

ELS ‐ Estado Limite de Serviço: Situações que levem a estrutura a perder ou limitar
sua Funcionalidade (ver item 10.4 da NBR6118/2014).
Ex: verificação
ç de flecha limite,, mesmo q que atenda aos q quesitos de
dimensionamento à flexão

Resumidamente:
‐ ELU → Colapso → Dimensionamento (de seções e armaduras)
‐ ELS: → Funcionalidade → Verificações (de flechas, fissuras e vibrações) 7
Tipos de Ações
Ações: São quaisquer influências, ou conjunto delas, capaz de produzir tensões ou
deformações na estrutura. Classificadas conforme item 11 da NBR6118/2014:

1. Ações Permanetes (g):


Atuam praticamente constantes durante o tempo, ou crescentes, tendendo à um
valor limite.
limite
‐ Diretas: Peso próprio e empuxo de terra (quando não removível)
‐ Indiretas: Deslocamento de apoios, protensão, fluência, retração e
i
imperfeição
f i ã geométrica.
ét i

2. Ações Variáveis (q)


Variam durante o tempo.
‐ Diretas: Sobrecarga de utilização (ou Cargas acidentais), Vento e Chuva.
‐ Indiretas: Temperatura e ações dinâmicas (vibrações mecânicas e sismos).

3. Ações Excepcionais (q):


ç
Ações não citadas acima,, q
que devem ser estudadas p
por normas específicas.
p

8
Coeficientes de Ponderação () 
Também são chamados de “Coeficientes de Segurança”, pois consideram alguma
margem de segurança. São fatores que transformam Valores Característicos em
Valores de Cálculo (ou “de Projeto”). Existe um estudo probabilístico para se
determinar esses coeficientes, em função de uma análise amostral, que não será
abordado. Esses coeficientes consideram a variabilidade que um determinado valor
pode ter em sua natureza. Existem 2 tipos:

‐ Coeficiente de Ponderação das Resistências (m) item 12.3.1 da NBR6118/2014


fk
fd  f k = resistência ‐ tensão normal ();
m ‐ tensão de cisalhamento ();
característica:
(minora) ‐ de escoamento (esc);
‐ ou de ruptura (rup).

‐ Coeficiente de Ponderação das Ações (f) item 11.7


11 7 da NBR6118/2014
‐ carregamento distribuído (q);
Fd   f  Fk Fk = ação
‐ esforço
ç normal ((N);
)
característica:
(majora) ‐ esforço cortante (V);
‐ momento fletor (M). 9
Coeficiente de Ponderação das Resistências (m)
Transforma Resistência Característica em de Cálculo (Projeto), apenas para o ELU:
f m = c para o concreto
fd  k s para o aço
((item 12.1 da NBR 6118/2014)
/ )
m
Coeficientes c e s no ELU (tabela 12.1 da NBR6118/2014) 

Exercício 1: Determine a resistência de Exercício 2: Determine a resistência de


cálculo de um concreto C30, utilizado em cálculo de um aço CACA‐50,
50, utilizado em
uma obra já executada e em condições uma obra já executada e em condições
normais de utilização: normais de utilização:
f ck 30 f yk 500
f cd    21, 43 MPa f yd    434 ,8 MPa
c 1, 4 s 1,15 10
Coeficiente de Ponderação das Ações (f)
Transforma Ação Característica em de Cálculo (Projeto):
(Projeto)
‐ para o ELU: Fd   f . Fk   f 1 .  f 2 .  f 3 . Fk   f 1 .  f 3 .  f 2 . Fk
‐ para o ELS: Fd ,ser   f . Fk   f 2 . Fk

Coeficiente f = f1 . f3 (tabela 11.1 da NBR6118/2014) 

11
* Na maioria dos casos considera‐se D.
Coeficiente de Ponderação das Ações (f)
Coeficiente f2 (tabela 11.2 da NBR6118/2014) 
Coeficiente  (tabela 11 2 da NBR6118/2014)

12
Combinação de Ações 
Um estrutura
estr t ra ao ser carregada,
carregada pode sofrer a influência
infl ência de diversas
di ersas ações de
diferentes naturezas (peso próprio, sobrecarga de utilização, vento, temperatura,
sismo e etc). Todas essas ações tem uma certa probabilidade de atuarem
simultaneamente e que não serão discutidas aqui neste curso. O item 11.8 da
NBR6118/2014 trata da combinação de ações e a divide em dois itens principais:
‐ Combinações de ações no ELU: item 11.8.2
11 8 2 da NBR6118/2014;
‐ Combinações de ações no ELS: item 11.8.3 da NBR6118/2014.

A norma nãoã deixa


d i claro,
l mas quandod se tem
t mais
i de
d uma açãoã variável,
iá l pode d ser
adotada uma ação variável principal, ou seja, uma ação que seja “mais” variável que
as demais, como se as demais fossem “quase permanentes”. Esta explicação ficará
mais explícita nos exercícios a seguir.

13
Combinação de Ações 
Combinação de ações no ELU (tabela 11 3 da NBR6118/2014)
Combinação de ações no ELU (tabela 11.3 da NBR6118/2014) 

14
Combinação de Ações 

Combinação de ações no ELS (tabela 11.4 da NBR6118/2014) 

15
Combinação de Ações 
Exercício 1: Em um p programa
g de análise estrutural,, foram obtidos os seguintes
g
esforços cortantes característicos, atuando em uma viga de construção predial
residencial, durante a fase de construção:
‐ peso próprio da viga: Vg = 4kN (ação permanente)
‐ sobrecarga de utilização: Vq = 9kN (ação variável)
Determine:
(a) O esforço cortante de cálculo (ou de projeto) Vd no ELU;
(b) O esforço cortante de cálculo (ou de projeto) Vd,ser no ELS.

R
Respostas:
t
(a) (tab.11.3 da NBR6118/2014)
Vd   g .Vgk   q .Vqk
Vd  1,3.4   1,2.9   16,0kNm

(b) (tab.11.4 da NBR6118/2014)


Vd ,ser  Vg ,k   2 .Vq ,k
Vd ,ser  4   0,3.9   6,7 kNm 16
Combinação de Ações 
Exercício 2: Em um p programa
g de análise estrutural,, foram obtidos os seguintes
g
momentos fletores característicos, atuando em um pilar de construção predial
comercial, já em fase de utilização:
‐ peso próprio do pilar: Mg = 7kNm (ação permanente)
‐ peso próprio do revestimento do pilar: Mg = 3kNm (ação permanente)
‐ sobrecarga de utilização: Mq = 5kNm (ação variável)
‐ carga de vento: Mq = 2kNm (ação variável)
Determine:
(a) O momento fletor de cálculo (ou de projeto) Md no ELU;
(b) O momento t fletor
fl t de d cálculo
ál l (ou
( ded projeto)
j t ) Md,ser no ELS.
ELS
Respostas:
(a) (tab 11 3 da NBR6118/2014)
(tab.11.3

Sobrecarga como M d   g . M gk   q .M q1k   02 . M q 2 k 


M d  1,4.7  3  1,4.5  0,6.2   22,7kNm Resp.
ação variável principal:

Vento como M d   g . M gk   q .M q1k   02 . M q 2 k 


M d  1,4.7  3  1,4.2  0,5.5  20,3kNm
ação variável principal:
17
Combinação de Ações 
Exercício 2: Em um p programa
g de análise estrutural,, foram obtidos os seguintes
g
momentos fletores característicos, atuando em um pilar de construção predial
comercial, já em fase de utilização:
‐ peso próprio do pilar: Mg = 7kNm (ação permanente)
‐ peso próprio do revestimento do pilar: Mg = 3kNm (ação permanente)
‐ sobrecarga de utilização: Mq = 5kNm (ação variável)
‐ carga de vento: Mq = 2kNm (ação variável)
Determine:
(a) O momento fletor de cálculo (ou de projeto) Md no ELU;
(b) O momento t fletor
fl t de d cálculo
ál l (ou
( ded projeto)
j t ) Md,ser no ELS.
ELS
Respostas:
(b) (tab 11 4 da NBR6118/2014)
(tab.11.4

Sobrecarga como M d ,ser  M gk   1 . M q1k   2 ,1 . M q1k


ação variável principal:
M d ,ser  7  3  0,4.5  0.2  12,0kNm

Vento como M d ,ser  M gkk   1 . M q1k   2 ,1 . M q1k

d ,ser  7  3  0,3.5  0,3.2  12,1kNm Resp.


ação variável principal: M
18
Propriedades do Aço Passivo
‐ fyk = resistência
ê característica
í de escoamento do aço à tração.
‐ São comercializados 3 tipos de aços no formato de fios e barras: CA‐25, CA‐50 e CA‐
60 A sigla CA indica que é um tipo de aço utilizado em concreto armado,
60. armado e o número
indica a resistência fyk em kN/cm².
‐ Por exemplo: uma barra de CA‐50 possui fyk= 50kN/cm², ou seja 500MPa de
resistência.
‐ O aço utilizado em concreto armado é o passivo, ou seja, não é o ativo (não está
inicialmente “ativado” com tensão ates de ser carregado).
‐ Aço e ferro são materiais distintos, e diferem principalmente no teor de carbono. O
f
ferro possuii teor
t entre
t 2,04
2 04 a 6,7%,
6 7% e o aço teor
t abaixo
b i ded 2,04%.
2 04% Os
O aços padrão
d ã CA
utilizados como armaduras, possuem um teor de carbono entre 0,08% a 0,50%, desta
forma é errado chamá
chamá‐los
los de “ferros”.
ferros .
‐ Os aços CA‐25 e CA‐50 são fabricados por laminação à quente, já os CA‐60 são
fabricados por trefilação, estiramento ou laminação à frio, processo esse que aumenta
a resistência do CA‐60.
‐Propriedades do aço:  = 7850kgf/m³ (77kN/m³), E = 210GPa e  = 0,3. 19
Propriedades do Aço Passivo
Diagrama tensão‐deformação
Diagrama tensão deformação na tração 
na tração (item 8.2.10.1 da NBR6118/2014)
(item 8.2.10.1 da NBR6118/2014)

s : tensão de tração
ç no aço.
ç
fyk : resistência característica do aço na
tração.
fyyd : resistência de cálculo do aço na
tração.
s : deformação do aço na tração.
Es : módulo de elasticidade do aço.

yd yk yk : deformação característica do aço na


Diagrama de Tensão‐deformação do aço  tração.
ydd : deformação de cálculo do aço na
passivo (Figura 8.4 da NBR6118/2014) 
tração.

Propriedades dos diferentes tipos de aços:


Propriedades dos diferentes tipos de aços:

 f yk f yd
 ES     210 GPa
GP
  yk  yd
20
Propriedades do Concreto
‐ fck = resistência
ê característica
í de escoamento do concreto à compressão.
‐ Por exemplo: uma viga de concreto C30 possui fck= 30MPa de resistência.
‐ A NBR6118/2014 trata de concreto armado classes C20 até C90,
C90 e divide em 2
categorias distintas: classe C20 até C50 e classe C55 até C90. Atualmente utilizam‐se
concretos até classe C45, apesar da norma estar preparada para até classe C90. O
número depois do C indica a resistência fck em MPa.
‐ Diferente do aço, o concreto geralmente é usinado na obra, com pouco ou nenhum
controle de qualidade, desta maneira, as propriedades calculadas empiricamente com
base em correlações devem ser verificadas com ensaios de campo e laboratoriais.
‐ Propriedades
P i d d do t  ≈ 2550kg/m³
d concreto: 2550k / ³ (≈ 25kN/ ³)  = 0,2
( 25kN/m³), 02
E=? (diferente do aço o concreto tem um módulo de elasticidade E variável,
função do seu fckk, representado por uma fórmula empírica)
Módulo de Elasticidade Tangente Inicial:
‐ Classe C20 até C50: E ci   E .5600 . f ck
1
 f ck  3
E
‐ Classe C55 até C90:  ci  21,5 . 10 . 3
E .  1, 25  21
 10 
Propriedades do Concreto
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)

Para avaliar a resistência do concreto à compressão, devem ser


moldados
ld d corpos de
d prova cilíndricos
ilí d i e ensaiados
i d a compressão.
ã NoN
Brasil, os corpos têm as seguintes medidas padronizadas: 15cm de
diâmetro por 30cm de altura,
altura ou 10cm de diâmetro por 20cm de
altura.
São ensaiados diversos corpos de provas até a ruptura e anotados os valores de
fc. Inicialmente, seria intuitivo adotar o valor médio de toda a dispersão dos
valores,, mas q
que não representaria
p um valor seguro
g para a construção,
p ç , assim
defini‐se:
Resistência Característica do Concreto à Compressão
p ((fck)): Definição
ç segundo
g o
item 12.2 da NBR6118/2014 para qualquer resistência característica:

*
22
* Geralmente lote com 28 dias de concretado.
Propriedades do Concreto
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
As resistências à compressão dos corpos de prova de concreto podem ser
representadas por uma Curva de Densidade de Frequência com Distribuição
Normall (Curva
( de Gauss),
) bem
b conhecida
h em estudos de probabilidade
b bl e
estatística.
f ck  f cm 1  1,645 . 
 f cm  1,645 .s

s  f cm .
2
1 n  f ci  f cm 
  
n i 1  f cm


Resistência Característica do Concreto à fcm: resistência média


: coefic. de variação
Compressão (fck): É o valor da resistência de corpos s : desvio padrão
de prova de concreto ensaiados à 28 dias de fci : resistência de um 
conjunto de amostras    
d
concretados, que representa um valor acima dos 5% ensaiadas com 28 dias
23
de área da curva gaussiana.
Propriedades do Concreto
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Exercício 3: Em uma obra predial de responsabilidade foi determinado pelo
engenheiro projetista um fck=30MPa. O engenheiro construtor contratou uma
“concreteira” para fornecer o concreto usinado e outra empresa de “qualidade”
para ensaiar os corpos de prova, afim de comprovar a resistência característica de
projeto.
p j Com os dados abaixo fornecidos p pelo laboratório p
pode se dizer qque foi
atendido o fck de projeto?

Não, de acordo com os dados amostrais: fck=29MPa. 24


Propriedades do Concreto
Diagrama tensão‐deformação
Diagrama tensão deformação na compressão
na compressão (item 8.2.10.1 da NBR 6118) 
(item 8.2.10.1 da NBR 6118)
c : Tensão de Compressão no
Concreto.
fck : Resistência
i ê i Característica
í i do
d
Concreto na Compressão.
  c  
n fcd : Resistência de Cálculo do
 c  0,85  c 1   1    C
Concretot na Compressão.
C ã
c 2  
   c : Deformação de Compressão
do Concreto.
c2 : Deformação de Compressão
Diagrama tensão‐deformação do concreto na  Plástica do Concreto.
cu : Deformação de Compressão
compressão (adaptada da Figura 8.2 da NBR6118/2014)  na Ruptura do Concreto.
Concreto

‐ Concreto de classe até C50:                ‐ Concreto de classe C55 até C90: 
n2 n  1,4  23,4 .90  f ck  100 
4

 c 2  2,0 0 00  c 2  2,0 0 00  0,085 .f ck  50 


0 , 53 0
00
 cu  3,5
 cu  2,6 0 00  35 .90  f ck  100 
0
00 4 0
00

25
Propriedades do Concreto
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)

Tração Pura (fct)
Tração por flexão (fct,f) 
Tração por flexão (f )
Tração indireta (fct,sp)
(por compressão diametral)

Ad it
Admitem‐se as seguintes correlações entre os 3 ensaios:
i t l õ t 3 i f ct  0,9 .f ct ,sp  0,7 .f ct ,f
Na falta dos ensaios acima, podem ser admitas as seguintes correlações:
‐ A resistência à tração característica do concreto fctk pode ser avaliada pelo seu valor 
médio fct,m : f ctk ,sup  1,3 .f ct ,m f ctk ,inf  0,7 .f ct ,m ‐>  tem uma variabilidade de 30%

‐ E a resistência à tração média do concreto fct,m pode ser avaliada pela resistência 
característica à compressão do concreto: Obs: fórmulas empíricas! 
2 3
‐ Concretos classe até C50: f ct ,m  0,3 .f ck entra MPa sai MPa.

‐ Concreto de classe C55 até C90:  f ct ,m  2,12 . ln 1  0,11 .f ck  26


Propriedades do Concreto
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Exercício 4: Em uma obra predial de responsabilidade deseja‐se determinar a
resistência a tração do concreto utilizado. Foi ensaiado um corpo de prova por
compressão diametral (Ensaio Brasileiro de Resistência à Tração), desenvolvido
pelo engenheiro e professor L. F. Lobo Carneiro. Deste ensaio obteve‐se o valor de
3,30MPa,
, , determine a resistência à tração
ç p pura e a resistência à tração
ç p por flexão.

Tração Pura (fct)
Tração por flexão (fct,f) 
Tração por flexão (f )
Tração indireta (fct,sp)
(por compressão diametral)

admitem‐se as seguintes correlações entre os 3 ensaios: f ct  0,9 .f ct ,sp  0,7 .f ct ,f


assim: f ct  0,9 .f ct ,sp  0,9 .3,30 MPa  2,97 MPa Obs: fórmulas empíricas! 
0 ,9 0 ,9 entra MPa sai MPa.
f ct ,f  .f ct ,sp  .3,30 MPa  4,24 MPa
0 ,7 0 ,7 27
Propriedades do Concreto
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Exercício 5: Em uma obra predial de responsabilidade o engenheiro construtor
contratou uma “concreteira” para fornecer o concreto usinado e outra empresa de
“qualidade” para ensaiar os corpos de prova, afim de descobrir a resistência
característica do concreto utilizado. Através dos ensaios à compressão, foi
determinado q que o concreto é de classe C25,, ou seja
j fck =25MPa. Determine de
maneira empírica as resistências à tração (média, inferior e superior).
f 25 MPa
f ct ,m  0,3 .f ck  0,3 .25 MPa   2,56 MPa   ck   2,5 MPa
2 3 2 3
10 10
f ctk ,sup  1,3 .f ct ,m  1,3 .2,56 MPa   3,33 MPa
Obs: fórmulas empíricas! 
f ctk ,inf  0,7 .f ct ,m  0,7 .2,56 MPa   1,79 MPa entra MPa
t MP sai MPa.
i MP

Exercício 6: Considere o mesmo exercício acima, mas com concreto classe C60.
f ct ,m  2,12 . ln 1  0,11 .f ck  
f ck 60 MPa
 2,12 . ln 1  0,11 .60 MPa   4,30 MPa     4 MPa
15 15
f ctk ,sup  1,3 .f ct ,m  1,3 .4,30 MPa   5,59 MPa
f ctk ,inf  0,7 .f ct ,m  0,7 .4,30 MPa   3,01 MPa 28
Propriedades do Concreto
Diagrama tensão‐deformação
Diagrama tensão deformação na tração
na tração (item 8.2.10.2 da NBR6118/2014)
(item 8.2.10.2 da NBR6118/2014)

ct : Tensão de Tração no Concreto.


fctk : Resistência Característica do Concreto
na Tração.
Eci : Módulo de Elasticidade Tangente Inicial
do Concreto.
ct : Deformação de Tração do Concreto.

Diagrama tensão‐deformação do concreto 
na tração
ç ((Figura 8.3 da NBR6118/2014) 
g )

29
Propriedades do Concreto
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de Elasticidade Tangente Inicial: Obs:
fórmulas 
Classe C20 até C50: E ci   E .5600 . f ck
‐ Classe C20 até C50: empíricas! 
íi !
1

‐ Classe C55 até C90:  E ci  21,5 .10 3. E . ck  1,25 


f 3 entra MPa
sai MPa.
 10 
 = 1,2 (basalto e diabásio)
onde,  é função do tipo   = 1,0 (granito e gnaisse) 
de agregado graúdo:
de agregado graúdo:   = 0,9 (calcário) 
0 9 (calcário)
 = 0,7 (arenito) 
f ck
Módulo de Elasticidade Secante: E cs   i . E ci onde :  i  0,8  0,2 .
 1,0
80
Módulos de elasticidade do concreto considerando granito como agregado 
graúdo (tabela 8.1 da NBR6118/2014):

30
Propriedades do Concreto
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Exercício 7: Calcule o módulo de elasticidade secante Ecs de um concreto classe
C30 feito com brita comum (de granito).
f ck  30 MPa (classe C30)
 E  1,0 (brita de granito)
módulo de elasticidade tangente inicial: E ci   E .5600 . f ck  1,0 .5600 . 30
 30672 MPa
f ck 30
 i  0,8  0,2 .  0,8  0,2 .  0,875  1,0 ( okk )
80 80
módulo de elasticidade secante: E cs   i . E ci  0,875 .30672  26838 MPa

Módulos de elasticidade do concreto considerando granito como agregado 
graúdo (tabela 8.1 da NBR6118/2014):

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Símbolos
Aço passivo:
Aço passivo:
S e S : Tensão e Deformação do Aço.
fyk : Resistência Característica do Aço na Tração.
fyd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Aço na Tração.
fyck : Resistência Característica do Aço na Compressão.
fycd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Aço na Compressão.
ê ( á )
Concreto:
C e 
e C : Tensão e Deformação do concreto.
: Tensão e Deformação do concreto
fck : Resistência Característica do Concreto na Compressão.
fcd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Concreto na Compressão

Índices
S = Steel
= Steel = Aço
= Aço
k = CHaracteristc = Característico
c = Concrete = Concreto     ou     Compression = Compressão
d = Design = Projeto
y = ? 32

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