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T l i
Estruturas de Concreto Armado
Estruturas de Concreto Armado II
II
Prof. Marco Antônio
marcoaman@unigranrio edu br
marcoaman@unigranrio.edu.br
Aula 1
Aula 1
Introdução ao Concreto Armado 1
Histórico
‐ 1824: o químico francês J.J Aspdin descobre o cimento Portland,
Portland com a
queima de pedras calcárias e argila, resultando em um pó que endurecia na
presença de água. Nome em homenagem à ilha britânica Portland.
‐ 1855: o francês J. L. Lambot constrói um barco com argamassa de cimento
reforçada com ferro.
‐ 1861: o francês J. Monier constrói um vaso de flores de concreto com
arame. Outro francês F. Coignet publica os princípios básicos para
construções em concreto armado.
‐ 1867: J. Monier obtém patente para seus vasos, depois para tubos, placas
etc F.
etc. F Coignet apresenta vigas e tubos de concreto na Exposição
Internacional de Paris.
‐ 1873: o americano W. E. Ward constrói em Nova York uma construção em
concreto armado: o Ward´s Castle, existente até hoje.
‐ 1888: Dohring, de Berlim, obtém patente em protensão de pequenas
placas e vigas.
2
Histórico
‐ 1900: Koenen começa a desenvolver teoria em concreto armado, armado
posteriormente Mӧrsch e Ritter, com numerosos ensaios continuam os
trabalhos de Koenen. Essas teorias estão presentes até hoje.
‐ 1904: na Alemanhã, são publicadas as “Instruções provisórias para
preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado”.
‐1928: Freyssinet patenteia o concreto protendido em estruturas.
‐ 1930: O primeiro arranha céu do mundo, o edifício do jornal “A noite”, com
24 pavimentos, é erguido na Praça Mauá no Rio, por Emílio Baumgart.
‐ Até hoje, estruturas erguidas em Brasília, são também internacionalmente
conhecidas pela sua beleza plástica e arrojo.
arrojo
‐ Inúmeros outros exemplos de obras notáveis construídas no Brasil, como a
Ponte Rio ‐ Niterói, projetada por B. Ernani Diaz, e o Museu de Arte
Contemporânea, em Niterói, com arquitetura de Oscar Niemeyer e
estrutura de Bruno Contarini, podem ser também citados.
3
Classificações
Quanto à Composição:
‐ Pasta de cimento: cimento + água
‐ Argamassa: pasta + agregado miúdo
‐ Concreto (simples): argamassa + agregado graúdo
Estudaremos apenas peças de Concreto Armado moldado “in loco”. 4
Vigas em Concreto Armado Protendido
Viga pré‐tendida:
Viga pré‐tendida:
aço passivo
(ou “doce”)
Viga Pós‐tendida:
aço passivo
(ou “doce”)
aço ativo
aço ativo
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
‐ Boa trabalhabilidade, se adapta bem à qualquer formato;
‐ Compõe peças monolíticas, ou seja, interiças quanto ao grau hiperestático.
Dif
Diferente
t das
d peças em aço/madeira,
/ d i que devem
d ser parafusadas,
f d soldadas,
ld d
coladas e encaixadas;
‐ Boa durabilidade ao intemperismo com baixa manutenção, quase nula;
‐ A tecnologia para produção do concreto é simples;
‐ Os materiais empregados na mistura encontram‐se bem disponíveis;
‐ Depois de usinado, possui um tempo hábil para iniciar sua formação, pois
continua liquefeito, ainda na sua fase inicial de “pega”;
‐ As técnicas construtivas estão bem disponíveis => mão de obra barata.
Desvantagens:
‐ Resulta em peças maiores se comparado ao aço, pois tem menor resistência;
‐ Devido ao seu peso próprio alto, certas construções
p p p ç se tornam inviáveis;
‐ Dificuldade de demolições e reformas;
‐ Grande consumo de formas e escoramentos;
‐ Bom condutor
Bom condutor de calor e som, necessitando ser revestido para poder isolar;
de calor e som, necessitando ser revestido para poder isolar;
‐ Possibilidade de fissuração inicial, devida às altas tensões geradas no processo
de cura e baixa resistência inicial à tração. 6
Estados Limites (ELU e ELS)
Uma estrutura ou parte dela atinge um Estado Limite quando de certa maneira,
maneira ela
se torna Inutilizável, ou deixa de satisfazer condições previstas para sua utilização.
Segundo a o item 3.2 da NBR 6118/2014, existem 2 tipos:
ELU ‐ Estado Limite Último: Situações que levem a estrutura ao Colapso, seja pela
ruptura direta do material, ou pela perda de equilíbrio. Em ambas as situações a
estrutura
t t d
deve ser paralisada
li d (ver
( it
item 10 3 da
10.3 d NBR6118/2014).
NBR6118/2014)
Ex: Escoamento ou ruptura do concreto, ou do aço (no corte, na flexão, na
torção, etc.)
Ex: Retirada de “pedaços” ou de apoios de uma estrutura hiperestática
transformando‐a em hipostática.
ELS ‐ Estado Limite de Serviço: Situações que levem a estrutura a perder ou limitar
sua Funcionalidade (ver item 10.4 da NBR6118/2014).
Ex: verificação
ç de flecha limite,, mesmo q que atenda aos q quesitos de
dimensionamento à flexão
Resumidamente:
‐ ELU → Colapso → Dimensionamento (de seções e armaduras)
‐ ELS: → Funcionalidade → Verificações (de flechas, fissuras e vibrações) 7
Tipos de Ações
Ações: São quaisquer influências, ou conjunto delas, capaz de produzir tensões ou
deformações na estrutura. Classificadas conforme item 11 da NBR6118/2014:
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Coeficientes de Ponderação ()
Também são chamados de “Coeficientes de Segurança”, pois consideram alguma
margem de segurança. São fatores que transformam Valores Característicos em
Valores de Cálculo (ou “de Projeto”). Existe um estudo probabilístico para se
determinar esses coeficientes, em função de uma análise amostral, que não será
abordado. Esses coeficientes consideram a variabilidade que um determinado valor
pode ter em sua natureza. Existem 2 tipos:
11
* Na maioria dos casos considera‐se D.
Coeficiente de Ponderação das Ações (f)
Coeficiente f2 (tabela 11.2 da NBR6118/2014)
Coeficiente (tabela 11 2 da NBR6118/2014)
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Combinação de Ações
Um estrutura
estr t ra ao ser carregada,
carregada pode sofrer a influência
infl ência de diversas
di ersas ações de
diferentes naturezas (peso próprio, sobrecarga de utilização, vento, temperatura,
sismo e etc). Todas essas ações tem uma certa probabilidade de atuarem
simultaneamente e que não serão discutidas aqui neste curso. O item 11.8 da
NBR6118/2014 trata da combinação de ações e a divide em dois itens principais:
‐ Combinações de ações no ELU: item 11.8.2
11 8 2 da NBR6118/2014;
‐ Combinações de ações no ELS: item 11.8.3 da NBR6118/2014.
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Combinação de Ações
Combinação de ações no ELU (tabela 11 3 da NBR6118/2014)
Combinação de ações no ELU (tabela 11.3 da NBR6118/2014)
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Combinação de Ações
Combinação de ações no ELS (tabela 11.4 da NBR6118/2014)
15
Combinação de Ações
Exercício 1: Em um p programa
g de análise estrutural,, foram obtidos os seguintes
g
esforços cortantes característicos, atuando em uma viga de construção predial
residencial, durante a fase de construção:
‐ peso próprio da viga: Vg = 4kN (ação permanente)
‐ sobrecarga de utilização: Vq = 9kN (ação variável)
Determine:
(a) O esforço cortante de cálculo (ou de projeto) Vd no ELU;
(b) O esforço cortante de cálculo (ou de projeto) Vd,ser no ELS.
R
Respostas:
t
(a) (tab.11.3 da NBR6118/2014)
Vd g .Vgk q .Vqk
Vd 1,3.4 1,2.9 16,0kNm
s : tensão de tração
ç no aço.
ç
fyk : resistência característica do aço na
tração.
fyyd : resistência de cálculo do aço na
tração.
s : deformação do aço na tração.
Es : módulo de elasticidade do aço.
f yk f yd
ES 210 GPa
GP
yk yd
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Propriedades do Concreto
‐ fck = resistência
ê característica
í de escoamento do concreto à compressão.
‐ Por exemplo: uma viga de concreto C30 possui fck= 30MPa de resistência.
‐ A NBR6118/2014 trata de concreto armado classes C20 até C90,
C90 e divide em 2
categorias distintas: classe C20 até C50 e classe C55 até C90. Atualmente utilizam‐se
concretos até classe C45, apesar da norma estar preparada para até classe C90. O
número depois do C indica a resistência fck em MPa.
‐ Diferente do aço, o concreto geralmente é usinado na obra, com pouco ou nenhum
controle de qualidade, desta maneira, as propriedades calculadas empiricamente com
base em correlações devem ser verificadas com ensaios de campo e laboratoriais.
‐ Propriedades
P i d d do t ≈ 2550kg/m³
d concreto: 2550k / ³ (≈ 25kN/ ³) = 0,2
( 25kN/m³), 02
E=? (diferente do aço o concreto tem um módulo de elasticidade E variável,
função do seu fckk, representado por uma fórmula empírica)
Módulo de Elasticidade Tangente Inicial:
‐ Classe C20 até C50: E ci E .5600 . f ck
1
f ck 3
E
‐ Classe C55 até C90: ci 21,5 . 10 . 3
E . 1, 25 21
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Propriedades do Concreto
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
*
22
* Geralmente lote com 28 dias de concretado.
Propriedades do Concreto
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
Resistência característica à compressão (item 8.2.4 da NBR6118/2014)
As resistências à compressão dos corpos de prova de concreto podem ser
representadas por uma Curva de Densidade de Frequência com Distribuição
Normall (Curva
( de Gauss),
) bem
b conhecida
h em estudos de probabilidade
b bl e
estatística.
f ck f cm 1 1,645 .
f cm 1,645 .s
s f cm .
2
1 n f ci f cm
n i 1 f cm
‐ Concreto de classe até C50: ‐ Concreto de classe C55 até C90:
n2 n 1,4 23,4 .90 f ck 100
4
25
Propriedades do Concreto
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Resistência característica à tração (item 8.2.5 da NBR6118/2014)
Tração Pura (fct)
Tração por flexão (fct,f)
Tração por flexão (f )
Tração indireta (fct,sp)
(por compressão diametral)
Ad it
Admitem‐se as seguintes correlações entre os 3 ensaios:
i t l õ t 3 i f ct 0,9 .f ct ,sp 0,7 .f ct ,f
Na falta dos ensaios acima, podem ser admitas as seguintes correlações:
‐ A resistência à tração característica do concreto fctk pode ser avaliada pelo seu valor
médio fct,m : f ctk ,sup 1,3 .f ct ,m f ctk ,inf 0,7 .f ct ,m ‐> tem uma variabilidade de 30%
‐ E a resistência à tração média do concreto fct,m pode ser avaliada pela resistência
característica à compressão do concreto: Obs: fórmulas empíricas!
2 3
‐ Concretos classe até C50: f ct ,m 0,3 .f ck entra MPa sai MPa.
Tração Pura (fct)
Tração por flexão (fct,f)
Tração por flexão (f )
Tração indireta (fct,sp)
(por compressão diametral)
Exercício 6: Considere o mesmo exercício acima, mas com concreto classe C60.
f ct ,m 2,12 . ln 1 0,11 .f ck
f ck 60 MPa
2,12 . ln 1 0,11 .60 MPa 4,30 MPa 4 MPa
15 15
f ctk ,sup 1,3 .f ct ,m 1,3 .4,30 MPa 5,59 MPa
f ctk ,inf 0,7 .f ct ,m 0,7 .4,30 MPa 3,01 MPa 28
Propriedades do Concreto
Diagrama tensão‐deformação
Diagrama tensão deformação na tração
na tração (item 8.2.10.2 da NBR6118/2014)
(item 8.2.10.2 da NBR6118/2014)
Diagrama tensão‐deformação do concreto
na tração
ç ((Figura 8.3 da NBR6118/2014)
g )
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Propriedades do Concreto
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de Elasticidade Tangente Inicial: Obs:
fórmulas
Classe C20 até C50: E ci E .5600 . f ck
‐ Classe C20 até C50: empíricas!
íi !
1
30
Propriedades do Concreto
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Módulo de elasticidade (item 8.2.8 da NBR6118/2014)
Exercício 7: Calcule o módulo de elasticidade secante Ecs de um concreto classe
C30 feito com brita comum (de granito).
f ck 30 MPa (classe C30)
E 1,0 (brita de granito)
módulo de elasticidade tangente inicial: E ci E .5600 . f ck 1,0 .5600 . 30
30672 MPa
f ck 30
i 0,8 0,2 . 0,8 0,2 . 0,875 1,0 ( okk )
80 80
módulo de elasticidade secante: E cs i . E ci 0,875 .30672 26838 MPa
Módulos de elasticidade do concreto considerando granito como agregado
graúdo (tabela 8.1 da NBR6118/2014):
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Símbolos
Aço passivo:
Aço passivo:
S e S : Tensão e Deformação do Aço.
fyk : Resistência Característica do Aço na Tração.
fyd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Aço na Tração.
fyck : Resistência Característica do Aço na Compressão.
fycd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Aço na Compressão.
ê ( á )
Concreto:
C e
e C : Tensão e Deformação do concreto.
: Tensão e Deformação do concreto
fck : Resistência Característica do Concreto na Compressão.
fcd : Resistência de Projeto (ou de Cálculo) do Concreto na Compressão
Índices
S = Steel
= Steel = Aço
= Aço
k = CHaracteristc = Característico
c = Concrete = Concreto ou Compression = Compressão
d = Design = Projeto
y = ? 32